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CENÁRIOS e INVESTIMENTOS 2017

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CENÁRIOS e INVESTIMENTOS 2017

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CENÁRIOS1. GLOBALIZAÇÃO E CRISE ........................................... 03

2. A DESGLOBALIZAÇÃO ............................................... 05

3. 2016, O ANO QUE NÃO QUERIA TERMINAR ............. 07

4. PERSPECTIVAS PARA 2017 .......................................10

A) CENÁRIO DE REFERÊNCIA ........................ 11

B) CENÁRIO ALTERNATIVO ........................... 13

C) CENÁRIO DELICADO .................................. 15

5. ANÁLISE ESPECIAL .................................................... 17

6. TABELA DE PROJEÇÕES ............................................ 18

INVESTIMENTOS1. RETROSPECTIVA DE 2016 ....................................... 19

2. RECOMENDAÇÕES PARA 2017 ............................... 21

3. RESUMO …................................................................. 23

4. CARTEIRAS RECOMENDADAS................................. 24

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O eBook CENÁRIOS e INVESTIMENTOS é o material que preparamos todos os anos

para orientar seus investimentos e traçar estratégias ou promover ajustes para o ano

que se inicia, de acordo com os horizontes e as perspectivas que delineamos.

Em 2016, ganharam os investimentos com posições em ações e fundos de ações. O

Ibovespa, índice de referência do mercado acionário brasileiro, subiu quase 40%. Mas

a alta foi alcançada com muita volatilidade, ou seja, muito sobe e desce. Algumas

empresas viram suas ações dobrar de preço, outras triplicar. Todavia, também houve

companhias amargando prejuízos em sua ações.

Foi mais um ano bom para os investimentos em renda fixa, com retornos de dois

dígitos. A Selic passou quase o ano todo de 2016 no patamar de 14,25%. O primeiro

corte só ocorreu na reunião do Copom de outubro e foi de 0,25 ponto percentual. Em

novembro, outro corte de mesmo tamanho, e a taxa básica de juros fechou o ano em

13,75%, acima das projeções otimistas de meses atrás, em torno de 13% ao ano.

A poupança rendeu 8%.

Os fundos multimercado tiveram comportamento misto. Alguns ganharam com os

movimentos da curva de juros ou com as ações. Outros se apropriaram de ganhos

com as distorções dos preços de moedas.

INTRODUÇÃO01

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Neste eBook, o economista da Órama e professor do Ibmec Alexandre Espirito

Santo traça os cenários macroeconômico e político para Brasil e o mundo. A

consultora de investimentos Sandra Blanco explica os altos e baixos das

aplicações nos mercados local e internacional. E, para concluir, Sandra sugere as

estratégias de investimentos mais indicadas para o ano de 2017.

INTRODUÇÃO02

A recomendação principal continua sendo cautela. Para evitar surpresas negativas,

boa parte dos investimentos deve continuar alocada em renda fixa, que ainda

apresenta boa relação risco-retorno em comparação com as demais classes de

ativos.

Para 2017, os desafios políticos e econômicos continuam no radar.

Boa leitura e bons investimentos em 2017!

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CENÁRIOS

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Mas o mercado, ao longo do tempo, teve (e tem) seus “auxiliares”, uns com mais,

outros com menos relevância. Na história recente, a globalização pode ser

considerada a “auxiliar” de mais elevada insígnia desse deus-mercado, contestada

por alguns. A questão é que, a partir da crise de 2008, o “alguns” está sendo,

gradativamente, substituído por “muitos”. O Brexit, bem como a eleição de Donald

Trump para a presidência dos EUA, entre outros fatos, apontam para essa

substituição.

A globalização financeira emerge no início da década de 1980. A revolução da

engenharia cibernética permite avanços espetaculares, culminando em

computadores mais potentes e velozes. Com a queda do muro de Berlim, dá um

passo a mais. A essa altura, a internet já é uma realidade. A rede mundial de

computadores surge com a novidade do e-mail, e a tecla enter vai, gradativamente,

substituindo o caixa do banco. Assim, conseguimos fechar negócios com qualquer

agente econômico do globo, basta enviar um e-mail e dar um enter para transferir o

dinheiro. Fantástico!

A frase bíblica “no princípio era o verbo” alude a Deus como o mentor de

todas as coisas. Em economia, o verbo é o “mercado”, pois tudo e todos

gravitam em torno dele.

1. “DEPOIS DO VERBO” GLOBALIZAÇÃO E CRISE

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Com a globalização acelerando, as empresas vão espraiando negócios. Surgem as

corporações transnacionais, e a fabricação de produtos vai se deslocando para

diversas partes do planeta, notadamente a Ásia, que emerge como uma região de

enorme potencial. Devagar, o neoliberalismo do “Consenso de Washington” toma

conta das principais nações. O incentivo à economia de mercado, o fim das barreiras

comerciais entre os países e a livre flutuação cambial impulsionam a economia

global. Nesse cenário, emerge a China, uma “ditadura de mercado” que, em 2016,

virou oficialmente uma economia de mercado. Tempos modernos…

Do lado de cá, também há mudanças significativas com o processo em curso. Na

América Latina, países vão se aproveitar dessa reorganização global, procurando

surfar a nova onda de liberação do comércio. Com planos de estabilização

competentes, emergem Brasil e México, que vão se juntar ao Chile, já em processo de

organização.

O uso repetitivo da palavra “emerge” é proposital. Precisamos incluir, na análise, os

países emergentes, que passam a ter importância decisiva no novo contexto. No

início do milênio, surge o acrônimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), um trocadilho

com a palavra “tijolo” em inglês, para enfatizar a “construção” da new age, onde as

economias centrais perderiam o protagonismo excessivo e os emergentes

desempenhariam papel de relevo. De forma bem simples, essa relevância pode ser

observada no “pulo” do G-7 para o G-20.

Usando uma metáfora para ilustrar todo esse quadro, a globalização pode ser

comparada a uma madrasta boa: não é original, mas acalenta. Traz a reboque uma

expansão significativa da economia na virada do século. O desemprego cai e, para

melhorar, a inflação é mínima, o que ajuda a manter o poder de compra dos salários,

mesmo que relativamente baixos. Novos paradigmas globais vão construindo um

cenário benigno. O quadro é tão alvissareiro que consegue superar, inclusive, o

terrorismo de setembro de 2001.

Com a crise de 2008, a madrasta começa a mostrar seu lado megera. A debacle das

economias centrais destrói riqueza e empregos.

E agora? Iniciamos um retrocesso para um admirável mundo velho?

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Não é somente o mar e a vida que vêm em ondas, como canta Lulu Santos em sua

clássica “Como uma onda”. Também a globalização vem em vagas, às vezes

vagalhões. Basta olhar a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados

Unidos.

Vivemos dias complexos e, de alguma forma, a compreensão não é trivial. O que a

eleição norte-americana nos mostrou é algo que já vem acontecendo faz algum

tempo: uma globalização apolítica. Alguns, mais pessimistas, defendem que a

globalização entrou em crise, e passamos por um processo inverso, de

desglobalização.

A verdade é que as pessoas estão fartas dos políticos “tradicionais”. A vitória do

magnata bufão, host do famoso programa televisivo “O Aprendiz”, um outsider, que

jamais teve um cargo público (muito menos foi congressista), precisa ser avaliada.

O que surgiu das urnas americanas é incontestável: estamos diante de uma guinada

da esquerda para a direita, em várias partes do mundo. Apesar dos rótulos

desgastados, não dá mais para usar eufemismos de que há um “centro-isso” ou

“centro-aquilo”. São evidências, não tendências. Aqui mesmo, no Brasil, as eleições

municipais mostraram esse desencanto geral, com expressiva abstenção dos

eleitores e triunfos inesperados, como o de João Dória, em São Paulo.

2. A DESGLOBALIZAÇÃO

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Trump é a antítese do politicamente correto. Impregnou o debate com ideias radicais

e preconceituosas. Sua oponente mais parecia uma Pollyanna, que sonhava com um

lugar onde o bom mocismo deve prevalecer, defendendo que sem união não

lograremos êxito. O discurso da democrata era de derrubar muros e não de levantá-

los, como o de seu rival. O incrível é que, mesmo com teses xenófobas e machistas,

muitas mulheres e hispânicos votaram no republicano. Parece loucura! Talvez seja.

Por quê?

Os jovens estão vivendo numa espécie de mundo paralelo, como avatares. As redes

sociais e a internet provocaram um fenômeno interessante nos últimos anos, já que

há uma benéfica difusão de informações, que contribui para a disseminação do

conhecimento. Todavia, há outro aspecto importante: eles vivem em “tribos” com as

quais se identificam. Assim, absorvem conhecimento restrito, direcionado pelos seus

influenciadores (sites, blogs, grupos de Facebook, Twitter), o que acaba conduzindo-

os, de certa maneira, para extremismos. Muitos, inclusive, estão se alienando da

política, o que em parte explica essa new wave.

A vitória de Donald Trump traz muitas interrogações, que vão de questões

econômicas a políticas. Como ele não tinha, verdadeiramente, um plano de governo,

os mercados ficaram em cólicas. O diagnóstico da equipe de Trump parece

equivocado em relação aos problemas de fora. Por exemplo, não é a China o seu

“inimigo”, mas sim a Ásia (no geral). Só que colocar a culpa no chinês pelo

desemprego americano caiu como uma luva, para atrair o voto do descontente com a

política de Obama.

Trump escalou uma equipe de auxiliares extremamente conservadora. Vem

“disparando” contra a China, o que pode indicar que irá adiante em seu discurso de

campanha. “Dialogar” com Taiwan, como fez logo após ter conquistado a eleição, é o

prenúncio dessa posição. A globalização, como a conhecemos, está em crise.

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3. 2016, O ANO QUE NÃO QUERIA TERMINAR O início do ano de 2016 foi um dos mais conturbados do passado recente. Logo nos

primeiros dias, as principais commodities sofreram um sell off de grande magnitude.

O preço do barril do petróleo, por exemplo, despencou, atingindo U$ 25, e o minério de

ferro veio abaixo de U$ 40 a tonelada. Havia um grande temor de que a economia

chinesa entraria em desaceleração pronunciada, o que contaminou fortemente os

preços dos ativos e das ações. Esse movimento tomou conta dos mercados globais,

com nosso Ibovespa vindo abaixo de 40 mil pontos, e a taxa de câmbio ultrapassando

os R$ 4.

Internamente, o começo do ano também não era alvissareiro. Um novo ministro da

Fazenda, Nélson Barbosa, tentava construir um ambiente de recuperação de

credibilidade após a saída de seu antecessor, Joaquim Levy. Pari passu, o processo de

impeachment da então presidente Dilma Rousseff, acolhido em dezembro de 2015

pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, ia prosperando no

Congresso e nas ruas do país, com enormes manifestações de brasileiros

descontentes com o quadro político. Entrementes, a operação Lava-Jato

descortinava, a cada nova fase, as falcatruas dos envolvidos na corrupção, e o povo

sinalizava que queria mudanças.

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A partir do momento que o impeachment foi aceito na Câmara dos Deputados, o vice-

presidente Michel Temer assumiu interinamente, com uma equipe econômica

renomada, de grande prestígio internacional. Capitaneada pelo ministro da Fazenda,

Henrique Meirelles, e pelo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, o time fez um

diagnóstico pessimista sobre nossos problemas, provenientes da gastança fiscal

descontrolada dos governos anteriores. Assim, partiu para uma série de propostas de

reformas e mudanças constitucionais.

Enquanto isso, no mundo, o referendo no Reino Unido para decidir se os britânicos

“pulariam” fora da União Europeia apontou a vitória do chamado Brexit, o que trouxe

mais estresse aos mercados. Naquele momento, os candidatos às eleições

americanas iam sendo delineados, com o partido Republicano ainda rejeitando

Donald Trump.

Com a chegada do segundo semestre, vieram as Olimpíadas do Rio e a esperança de

que, com elas, a economia pudesse voltar a crescer. Ledo engano. De fato, o evento

esportivo não teve o poder de alterar o quadro de indefinições reinante, sobretudo na

política, sem maiores impactos positivos sobre o crescimento da economia.

Com o Senado afastando definitivamente a presidente Dilma, Michel Temer tornou-se

presidente da República, no fim de agosto. Com o poder em definitivo, Temer passou

a sugerir profundas reformas fiscais, para recolocar o país nos trilhos

Nesse sentido, houve a prorrogação da DRU e a aprovação da PEC do teto dos gastos,

que provocou um enorme debate na sociedade e descontentamento de grupos mais

radicais, que passaram, por exemplo, a ocupar escolas. Para completar, a equipe

econômica sugeriu uma audaciosa proposta de Reforma da Previdência, que

certamente trará muitas discussões em 2017, pois afetará a aposentadoria da maioria

dos brasileiros, aumentando a idade mínima de todos.

Concomitantemente, o Banco Central do Brasil iniciou uma inflexão de sua política de

juros, que culminou nas reduções de outubro e novembro, de 250 pontos base cada. A

inflação de 2016 terminou muito mais comportada (dentro da meta), o que chancela

uma política monetária mais frouxa em 2017.

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Externamente, os mercados acionários apresentaram um desempenho invejável, pós-

Trump. Isso acontece por conta da expectativa de que o novo governo reduza

impostos das empresas e estimule investimentos em infraestrutura. Assim, o Dow

Jones, por exemplo, atingiu seu high histórico, próximo dos 20.000 pontos, bem como

o S&P500, que flertou com os 2.300 pontos.

Aqui dentro, a expectativa de mudança na política macroeconômica local colaborou

decisivamente para a recuperação das ações brasileiras.

O Ibovespa, que abriu o ano, como explicado acima, em derrocada, se recuperou

fortemente, encerrando o período em 60,2 mil pontos, uma alta de 39% no ano.

Já a taxa de câmbio, após “passear” acima de R$ 4,20,

fechou o ano em R$ 3,25, uma queda de 18%.

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Traçar cenários é uma das tarefas mais difíceis para quem lida com investimentos.

São inúmeras variáveis econômicas a serem analisadas, locais e externas, além da

questão política, uma vez que andam de mãos dadas. Assim, com o objetivo de

contemplar diversas hipóteses, traçamos três cenários, tentando associar os eventos

domésticos com os internacionais.

No primeiro deles, que chamaremos de cenário de referência, a economia global não

se modifica de forma importante com Donald Trump na presidência americana,

havendo, somente, impactos pontuais sobre o comércio global e mudanças

superficiais nos preços dos ativos.

No segundo, que chamaremos de cenário alternativo, a economia global irá se

ressentir de forma contundente com Trump, o que afetará para pior os preços dos

ativos.

No terceiro, que chamaremos de cenário delicado, a questão política local traz novas

surpresas com as delações da Lava-Jato, e o governo Michel Temer pode correr

riscos.

4. “COMO SERÁ O AMANHÃ?”

PERSPECTIVAS PARA 2017

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A) CENÁRIO DE REFERÊNCIA (PROBABILIDADE 60%)

EXTERNO

Donald Trump assume a presidência americana e ameniza o discurso de campanha.

Contemporiza na questão do protecionismo, que poderia afetar a recuperação em

curso, e dialoga com seus parceiros principais. Assim, a economia global segue em

marcha estável de crescimento, em torno de 3%. O preço do barril petróleo deve

oscilar, nesse caso, entre US$ 45 e US$ 55. O Fed eleva os juros para até 1,5% a.a.,

porém os mercados não questionam se o BC americano está refém da política

expansionista de Trump, que contrata inflação para frente.

Do outro lado, o Brexit se confirma, mas com pouca influência sobre a economia

europeia. Já o BCE prossegue em sua política de estímulos monetários, pelo menos

até meados do ano. Politicamente, nas importantes eleições de França e Alemanha,

não teremos surpresas inesperadas, pois a direita deve vencer, especialmente na

França. Em relação à China, permanecerá crescendo entre 6,5% e 7%, considerando

que Trump não iniciará uma guerra comercial (aberta) contra o país.

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A) CENÁRIO DE REFERÊNCIA (PROBABILIDADE 60%)

LOCAL

No ajuste fiscal, prometido pela equipe econômica de Michel Temer, será imperativa a

Reforma da Previdência Social, para que a PEC do teto dos gastos possa fazer

sentido. Não há como tergiversar! A proposta, que deve ser motivo de grande

discussão, poderá causar muito estresse, pois alguns grupos sentir-se-ão

prejudicados e tentarão conturbar o processo. Ao final, se não tivermos elevação da

idade mínima para aposentadoria e uma equidade entre público e privado, a reforma

terá sido pouco eficaz.

Além da previdência, é provável que a equipe econômica instigue a sociedade para

promover uma Reforma Tributária em 2017. Isso poderia ocorrer através de uma

negociação por não elevação de impostos. Ademais, como a maioria dos estados da

federação está mal das pernas, poder-se-ia sugerir um rearranjo de tributos, que

encerrasse a guerra fiscal que prevalece nos dias presentes, em contrapartida de

ajuda do governo central, além das multas pela repatriação de capitais.

Olhando a situação dos estados e municípios, não lhes restará muitas alternativas, a

não ser mais endividamento e novas negociações com o governo federal. O ponto é

como isso ocorrerá e em que condições. Será também crucial o retorno das

privatizações/concessões. Tais ativos poderão servir, igualmente, como garantia

desses possíveis novos empréstimos.

Por falar em privatizações, nosso cenário contempla o BNDES voltando à condução

desse processo, que precisa caminhar de forma célere. Será, a nosso ver, um dos

pilares da política fiscal para 2017.

Avaliando a política monetária, com a inflação caminhando para o centro da meta de

4.5%, o Banco Central do Brasil deverá imprimir uma continuada queda da taxa Selic,

de maior intensidade. Após a agressiva redução de 0,75 ponto percentual na 1ª

reunião de 2017, nossa expectativa é de que a taxa de referência sofra uma nova

queda (de igual magnitude) na reunião de fevereiro, e depois mais três reduções de

0,5 ponto percentual, atingindo, ao final desse primeiro ciclo de afrouxamento

monetário, o patamar de 10,75%. Essa será condição sine qua non para a retomada do

crescimento da economia brasileira.

Quanto à retomada, nesse cenário projetamos o PIB de 2017 crescendo entre 0,5% e

0,8%. A atividade econômica será muito influenciada pela maior recessão de nossa

história (2015-2016), com a taxa de desemprego devendo atingir 14%. Nossa

expectativa é de que a economia volte, lenta e gradualmente, para o terreno positivo

(talvez no 2º trimestre de 2017), até que a confiança seja restabelecida de forma mais

contundente.

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B) CENÁRIO ALTERNATIVO (PROBABILIDADE 30%)

EXTERNO

Com ações que denotam que o discurso de campanha de Trump não foi somente

retórica (para vencer a eleição), a economia global se ressente da guinada que o novo

presidente americano promoverá. Nesse contexto, a globalização será afetada

dramaticamente, com o comércio entre países sendo bastante prejudicado. Os

organismos multilaterais, blocos econômicos e OMC perdem relevo na ordem

econômica vigente, e uma política mais ufanista, “made in USA”, vai retornando,

incentivada por uma política fiscal expansionista, com destaque para os

investimentos em infraestrutura e quedas de impostos, que contratará inflação para

frente.

Nesse caso, o Fed poderá elevar suas taxas para 1,75% a.a., o que seria ruim para o

fluxo de capitais destinados aos emergentes. A China seria afetada de forma mais

expressiva, e as bolhas de ativos por lá podem estourar, afetando o seu crescimento.

Os preços do petróleo podem subir para além dos U$ 60 o barril, pois o dólar

enfraqueceria nesse cenário menos amistoso. Para piorar, nas eleições europeias o

radicalismo de direita pode consagrar-se na França, o que complica ainda mais o

quadro geopolítico da região.

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B) CENÁRIO ALTERNATIVO (PROBABILIDADE 30%)

LOCAL

Aqui, a modesta recuperação da economia é afetada, com possibilidade de PIB

zerado. Seríamos contaminados pelos canais de comércio global e fluxos

internacionais de capitais, com impactos significativos sobre a taxa de câmbio, que

desvalorizaria acima de R$ 3,75. Assim, nosso banco central teria dificuldades em

reduzir mais audaciosamente a Selic, pois o cenário benigno para a inflação pode não

prevalecer, e a queda da taxa seria interrompida em torno de 12%.

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EXTERNO

C) CENÁRIO DELICADO (PROBABILIDADE 10%)

EXTERNO

Para este cenário, admitimos que o cenário externo se comporte do modo

descrito no cenário de “referência”.

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C) CENÁRIO DELICADO (PROBABILIDADE 10%)

LOCAL

As novas delações da Lava-Jato (Odebrecht, principalmente) atingem de forma

contundente políticos que hoje suportam o governo Michel Temer, que perde

sustentação política. Ademais, o TSE aceita a tese de que a chapa Dilma-Temer, de

2014, deva ser impugnada, e uma nova eleição (indireta, via Congresso) deverá

ocorrer, com o presidente da Câmara dos Deputados e do Senado conduzindo a

transição. Haveria uma crise imprevisível, podendo tragar o país para um caos

institucional. Não se pode descartar, diante de um mal-estar generalizado, uma

emenda (à lá Dante de Oliveira) para convocação de eleições gerais.

Assim, o quadro seria dramático, pois a economia sucumbiria à recessão e a

temperatura política atingiria níveis perigosos. Nesse caso, a taxa de câmbio

ultrapassaria os R$ 4, podendo atingir níveis ainda não experimentados. Uma

eventual recuperação da economia seria abortada, e os ativos brasileiros,

especialmente as ações, sofreriam fortes perdas.

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5. ANÁLISE ESPECIAL (BOLSAS INTERNACIONAIS)

A vitória de Donald Trump não abalou o mercado acionário americano, que

atingiu seus picos históricos logo depois do resultado das urnas.

Esse movimento foi surpreendente, pois as expectativas davam conta de

que Wall Street preferia Hillary Clinton. Todavia, após a vitória do magnata,

uma crença surgiu: Trump será um novo Reagan.

Nos EUA, a alíquota “oficial” de impostos sobre empresas é de 39%.

Todavia, por conta de muitas brechas legais, a alíquota efetiva é bem

menor, em torno de 30% (ou um pouco menos, em algumas situações). O

que muitos analistas estão avaliando é que, com Trump, o ambiente para

negócios pode melhorar muito, e que os impostos cairão ainda mais.

Especialistas advogam a tese de que, com a Trumponomics, a alíquota do

IR para as empresas que compõem o índice S&P poderia cair para perto de

20%, favorecendo-as.

Ademais, se levar a cabo a ideia de elevar fortemente os gastos com

infraestrutura, a economia crescerá no curto prazo entre 3% e 4%, o que

será igualmente favorável para as empresas com negócios em bolsa.

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Gostaríamos de ressaltar, entretanto, que o mercado de ações está com

múltiplos elevados para seus padrões históricos, e a relação

risco/retorno nos parece desinteressante. A relação preço/lucro (P/L)

projetado, por exemplo, para o S&P500 está próxima de 20 anos, o que

não é atraente. Dessa forma, não seria despropositado assumir que, no

evento de alguma turbulência econômica ou política, as ações entreguem

parte dos ganhos atuais. Nossa projeção para o S&P500, nesse caso,

seria uma queda para até 2.000 pontos. Essa é a nossa melhor

expectativa.

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OBS: Não é impossível a combinação desse quadro

delicado doméstico com um cenário pior lá fora.

Mas preferimos descartá-la, dado que a avaliação

ficaria absolutamente sem parâmetros.

18

Fonte: Órama - Alexandre Espirito Santo

Cenário Referência Cenário Alternativo Cenário Delicado

Probabilidade de Ocorrência do Cenário

60% 30% 10%

PIB 0,5% - 0,8% 0% - 0,5% Negativo

Selic 10,75% - 11,25% 12% - 12,25% Acima de 13%

Taxa de câmbio R$ 3,20 - R$ 3,50 R$ 3,50 - R$ 3,80 Acima de R$ 4

Ibovespa 68.000 – 72.000 55.000 – 60.000 Abaixo de 45.000

IPCA 4,5% - 5% 5% - 5,5% Acima de 5,5%

6. TABELA DE PROJEÇÕES PARA 2017

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INVESTIMENTOS

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Dadas a conjuntura no início de 2016 e o cenário nebuloso, sugerimos, no eBook anterior, manter o viés conservador nos investimentos. Nossa recomendação foi deixar boa parte

da carteira em renda fixa (títulos e fundos), além de fundos multimercado de baixa volatilidade. Com essa estratégia, o investidor se protegeria contra surpresas negativas

resultantes de acontecimentos no cenário doméstico ou global e estaria longe da volatilidade, presente o ano todo.

1. RETROSPECTIVA 2016

Antes de passarmos para as recomendações para o ano que se inicia, vamos analisar como foi 2016, avaliar

as sugestões que fizemos, mostrar o que acertamos e explicar o que saiu diferente do que pensávamos.

Renda FixaFoi um ano muito bom para a renda fixa, a relação risco-retorno dessa classe de

ativos no Brasil continua muito atraente. Os rendimentos acumulados ultrapassaram

a casa dos 20%. O CDI variou 14,06%, o IMA-Geral, carteira teórica que combina títulos

pós e prefixados, atrelados à inflação, de curto e longo prazo, bateu 21,07%. A taxa

Selic se manteve estável praticamente durante o ano todo em 14,25%, pois a inflação

de dois dígitos demorou a ceder. O primeiro corte da Selic foi em outubro, e de apenas

0,25 ponto percentual.

AçõesRecomendamos, no início de 2016, aguardar sinais de mudança do cenário para voltar a

investir em ações. Mas sugerimos algum percentual em fundos de ações, em função da

habilidade dos gestores dessa classe de ativos para identificar as empresas que estão

com preços subavaliados, portanto com potencial de valorização significativo.

Os fundos de ações que selecionamos acumularam um bom retorno no ano, alguns

valorizaram perto de 40%, como é de se esperar em função do risco-retorno do mercado

acionário. Uma carteira com 10% em fundos de ações conseguiu adicionar 4 p.p. à

rentabilidade, sem aumentar demais o risco.

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DólarSabíamos que a tendência para o dólar era de alta no exterior, em função do cenário

macroeconômico então vigente, mas que as questões domésticas iam pesar mais

sobre a cotação do câmbio. Recomendamos aplicar em fundos multimercado com

gestão ativa no mercado cambial ou em fundos de investimento no exterior.

O dólar caiu 16,54%, e a perda dos fundos cambiais foi de magnitude semelhante. O

resultado dos fundos multimercado em moedas ficou dentro das nossas

expectativas.

Fundos ImobiliáriosPara investidores com horizonte de longo prazo, há um ano sugerimos que ainda

poderiam ser encontradas oportunidades em fundos imobiliários. Foi um bom ano

para essa classe de ativos. O IFIX, carteira teórica composta por fundos imobiliários

negociados na BM&FBovespa, valorizou quase 40%.

20

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Temos à frente mais um ano no qual as incertezas serão fatores determinantes na

tomada de decisão, sobretudo no primeiro semestre. O que esperar? Será que o

pacote de medidas para a retomada do crescimento econômico e redução do

desemprego vai ser implementado com sucesso? O que vai rolar na tramitação da

Reforma Previdenciária no Congresso? O que mais será desvendado com a Operação

Lava Jato? Como será o programa do governo Trump? Quais os resultados das

eleições na Europa? O que virá da China?

Por tudo isso e pelo que ainda não conseguimos vislumbrar, recomendamos manter

um percentual superior a 50% em renda fixa com o objetivo de proteger o patrimônio e

tirar proveito da boa relação risco-retorno dessa classe de ativos.

2. RECOMENDAÇÕES PARA 2017

JurosA curva de juros aponta para uma Selic mais baixa em 2017, porém ainda na casa de dois

dígitos em qualquer cenário, até no mais otimista. O CDI médio de 2017 deve ficar entre

12,5% e 13%. Em 10 anos, o CDI acumula 180%, supera a variação do Ibovespa e do dólar,

entrega rendimento real de 6% ao ano.

Títulos públicos ou privados devem compor o colchão de segurança. Há títulos com

remuneração atrelada à inflação ou prefixada que garantem um bom rendimento pelos

próximos anos: LCI, LCA, CDB, LC, debêntures. Fundos com carteiras compostas por esses

títulos também: Órama Debêntures Incentivadas , Órama DI Tesouro,

JP Morgan Income Class e Vinci Valorem.

Os Fundos de Crédito Privado devem continuar entregando bons resultados. Apesar do

número de empresas ainda endividadas e a possibilidade de ocorrer inadimplências, com

carteiras diversificadas esses fundos conseguem minimizar o risco de crédito e oferecer

bons retornos: DLM Hedge Conservador II, Sparta Top, AZ Quest Altro e Empírica Lótus

Crédito Privado . Veja mais Fundos de Crédito Privado.

Os Fundos Multimercado também podem proporcionar bons ganhos extraídos do

mercado de juros com a trajetória de queda da Selic. Aqui, a tarefa mais difícil do investidor

é escolher um fundo de risco moderado, de um bom gestor, qualificado e experiente e que

tenha histórico consistente de bom desempenho: Adam Macro II, Garde D´Artagnan, Modal

Institucional e Azul Quantitativo. Veja mais Fundos Multimercado.

%

21

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Renda Variável Para os jovens, os investidores de perfil mais arrojado ou com horizonte de longo

prazo (mais de cinco anos), cabe um percentual de até 15% em ações ou Fundo de

Ações. Nesse mercado sempre há boas oportunidades. Estimamos uma alta de até

20% para o Ibovespa em nosso cenário de referência.

O setor de infraestrutura deve ser o destaque do ano com a trajetória de queda da

taxa Selic e os estímulos ao setor para a retomada econômica. O setor imobiliário

também pode se beneficiar, dado que foi bastante massacrado nos últimos anos.

Já o setor financeiro no Brasil, incluindo bancos e prestadores de serviços, é

sempre uma boa escolha. Mesmo com a tendência de queda da Selic, os juros

continuam altos, e o segmento lucra com isso. É melhor esperar algum sinal de

mudança para voltar a investir em ações. Porém, investir através de fundos de

ações é uma forma mais diversificada e indicada para aplicar no mercado acionário.

A gestão profissional tem exibido o seu valor nesses anos de Ibovespa em baixa:

Órama Bogari Value, Órama IP Participações, Fama Ações, Pacífico LB, Fides

Absoluto e Vinci Gas Seleção Dividendos. Veja mais Fundos de Renda Variável.

DólarNo nosso cenário de referência, o dólar deverá variar entre R$ 3,20 e R$ 3,50.

Portanto, para o investidor não há espaço para grandes lucros. A cotação só deverá

superar R$ 3,50, como estimados em outros cenários, se ocorrer algum evento de

estresse que aumente a aversão ao risco. Especular é perigoso.

Investir em dólar só é recomendado mesmo para quem tem dívida ou algum

compromisso em moeda estrangeira. O mesmo vale para o investimento no exterior

sem hedge cambial. A volatilidade está muito alta, e as bolsas americanas estão

rodando nas máximas históricas.

Os Fundos Multimercado que aplicam no mercado de câmbio são mais indicados

para obter lucros com as variações das moedas: Órama Gávea Macro e BTG Pactual

Explorer. Veja mais Fundos Multimercado.

22

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A nossa recomendação para 2017 é aplicar uma boa parcela dos investimentos em Renda

Fixa com o objetivo de preservar o dinheiro acumulado e também se beneficiar da boa

relação risco-retorno dos títulos e Fundos de Renda Fixa.

Os Fundos Multimercado também são uma boa escolha. Os gestores desses fundos são

hábeis para extrair lucros das distorções dos preços dos ativos em geral, incluindo

também moedas, juros, ações e até commodities. Esses fundos, além de adicionar

retorno a uma carteira de investimentos no médio ou longo prazo, servem como proteção,

amortecendo as volatilidades do mercado em momentos de alta aversão ao risco.

Um percentual recomendado em Fundos de Ações de no mínimo 5%.

Abaixo, as carteiras que recomendamos para 2017. Escolha a sua!

4. RESUMO23

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5. CARTEIRAS RECOMENDADAS

ÓRAMA SELEÇÃO | COMECE COM POUCOFundos cuidadosamente selecionados, com aplicações mínimas acessíveis e que

conjuntamente devem alcançar retornos acima do CDI no médio e longo prazos. São

fundos que investem em títulos públicos e privados, moedas, índices e ações. Assim,

mesmo com um valor mínimo de R$ 5.000 é possível diversificar e obter bons

resultados.

Vamos divulgar mensalmente os resultados de cada carteira. Acompanhe nossa

newsletter e blog.

20%

30%30%

20%Órama DI Tesouro Ref DI LP

Órama Debêntures Incentivadas FIM CP

Órama Opportunity Total FIC FIM

Órama Órama Bogari Value FIC FIA

24

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5. CARTEIRAS RECOMENDADAS

ÓRAMA LIQUIDEZ | RESGATE RÁPIDOCom essa carteira, espera-se alcançar retornos que superem 1% ao mês, em média, no

prazo de um ano. No entanto, a liquidez desses Fundos é bastante alta, em geral de

um dia. São Fundos de Renda Fixa e Multimercado de baixo risco e que, combinados,

produzem uma relação risco-retorno bastante favorável para qualquer perfil de

investidor. Esses Fundos servem como base até para as carteiras de investidores

mais experientes.

20%

20%

30%

30% JP Morgan Income Class FIRF LP

DLM Hedge Conservador II FIM CP

Modal Institucional FIM

Azul Quantitativo FIM

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5. CARTEIRAS RECOMENDADAS

ÓRAMA ESTRATÉGIA | DIVERSIFICAÇÃO INTELIGENTEFundos que investem nos mercados de juros, câmbio, ações e commodities, de

forma global, com o objetivo de alcançar retornos significativamente superiores ao

CDI no médio e longo prazos. Pode-se aplicar nesses Fundos para constituir uma

carteira consolidada, pois com eles conseguimos equilibrar os fatores liquidez, risco

e retorno. Mas também eles podem ser inseridos em qualquer carteira para

incrementar a rentabilidade. A Carteira ÓRAMA Estratégia foi harmonizada para o

investidor de perfil moderado, que entende que as variações de curto prazo são

recompensadas por retornos significativamente superiores ao CDI no médio e longo

prazos.

20%

40%

20%

10%

10%BTG Pactual Explorer FIM

Adam Macro II FIC FIM

Modal Tactical FIC FIM

Sparta Cíclico FIM

Fama Ações FIC FIA

26

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20%

10%

20%30%

20%Órama Bogari Value FIC FIA

Órama IP Participações FIC FIA

Vinci Gas Dividendos Seleção FIA

Fama Ações FIC FIA

Fides Absoluto FIM

5. CARTEIRASRECOMENDADAS

ÓRAMA VALORIZAÇÃO | PARA QUEM QUER GANHAR MAISFundos de ações com o objetivo de alcançar altos retornos no longo prazo. Essa carteira

foi elaborada para o investidor experiente, que compreende a dinâmica do mercado

acionário e a relação risco-retorno envolvida neste investimento.

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Conteúdo editado e revisado por Luciana Brafman

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