ceepresumo1ªsérie

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONALEM CONTROLE E PROCESSOS INDUSTRIAIS NEWTON SUCUPIRA

HISTÓRIA ANTIGA

A teoria sobre o surgimento do homem que prevalece hoje é a teoria da evolução de Darwin. De acordo com as descobertas recentes os primeiros ancestrais humanos viveram no Leste africano há cinco milhões de anos. Fóssil mais antigo encontrado Toumai, encontrado no deserto do Chade em 2002. Crânio e fragmento de mandíbula com idade entre 6 e 7 milhões de anos. Tem cérebro igual ao de um chimpanzé moderno e mandíbula pouco proeminente, menor que a dos hominídeos posteriores. Achado na área de Baringo no Quênia em 25/10/2000, pela equipe do palentólogo Martin Pickford do Collége de France, o Homem do Milênio - O Orrorin tugenensis, tem idade estimada de 6 milhões de anos. A criatura estaria em um estágio evolutivo superior ao dos hominídeos mais recentes.(Revista Veja, 13/12/2000, p. 88-90).

Depois existe enorme lacuna fóssil até os 4 milhões de anos com o Australopitecus ramidus de 4,4 milhões de anos. Esqueleto mais completo encontrado Lucy – aproximadamente 3,18 milhões de anos. Ao longo do tempo surgiram várias espécies que competiram mutuamente: austrolopithecus africanos, afarensis, garhi, bolsei, robustus, Homo rudolfensis, ergaster, habilis, antecessor, helderberg e erectus. Mais recentemente surgiu o homo sapiens neandertalensis que viveu de 600.000 a 30.000 anos, tendo convivido com a espécie humana, mas sem cruzamento aparente. O homo sapiens sapiens atual apareceu por volta de 200.000 anos.

Duas teorias explicam o povoamento da terra – ARCA DE NOÉ – a mais aceita defende a idéia de que a população atual surgiu de uma única população que viveu na África Austral entre 200 e 100.000 anos atrás. CANDELABRO – defende a tese de que os seres humanos surgiram simultaneamente em diversas partes do globo. Recentemente antropólogo australiano Alan Thorne afirmou que o fóssil australiano O Homem de Mongo, com idade entre 58 e 68.000 anos é geneticamente diferente do homo sapiens africano. Por outro lado, pesquisadores da universidade de Michigan afirmam que o homem é produto do cruzamento entre várias espécies de hominídeos.

POVOAMENTO DAS AMÉRICAS – Nas Américas, a teoria mais aceita situa o povoamento iniciado há 15.000 anos quando tribos do sul da China chegaram na América do Norte pelo Estreito de Bering. A antropóloga Niéde Guidon defende a tese do povoamento no Brasil há 50.000 anos.

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NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA POLIDA – período recente mais significativo pela Revolução Neolítica, descoberta da agricultura que permitiu a sedentarização dos grupos humanos (antes vivendo como nômades da caça, coleta e extrativismo), e a formação dos primeiros núcleos urbanos e civilizações.

ANTIGUIDADE ORIENTAL - Estudo das sociedades asiáticas, civilizações hidráulicas ou de regadio – Egito, Mesopotâmia, Oriente Médio e Mediterrâneo. Características gerais: comunidades de aldeia agrícolas, estado despótico controlando a produção e a sociedade, atividade agrícola predominante, trabalho escravo.

EGITO ANTIGO

Civilização fascinante. Intensa produção artística. Beneficiada pelo isolamento geográfico – deserto da Líbia a Oeste e do Sinai e Arábia a Leste. Agricultura produtiva graças a enchentes regulares do Nilo. Rio transborda de julho a novembro, depositando húmus fertilizante em suas margens". O Egito é uma dádiva do Nilo" Heródoto.

PERÍODO PRÉ-DINÁSTICO – comunidades rudimentares chamadas de Nomos que se agruparam , por volta de 3.500 ªC. formando dois reinos Alto Egito ao sul e Baixo Egito ao Norte . PERÍODO DINÁSTICO – Menés unificador do Egito e primeiro faraó em 3200 ªC . Monarquia teocrática , faraó como deus. Estado proprietário das terras.

ANTIGO IMPÉRIO – 3200 a 2300 aC., fato mais importante – construção das três pirâmides. Política pacífica. Enfraquecimento do poder do faraó no final, fortalecimento dos Nomarcas.

MÉDIO IMPÉRIO – 2000-1580 ªC., novo fortalecimento do faraó até invasão dos Hicsos, povo da Ásia entre 1788 e 1580 a.C., fim do isolamento e Egito conheceu pela primeira vez a dominação estrangeira . Hicsos introduziram

cavalo, diversos armamentos .

NOVO IMPÉRIO – 1580-525 a.C. – APOGEU. Expulsão dos Hicsos. Escravização dos Hebreus até êxodo com Moisés em 1250. Imperialismo com Tutmés III e Ramsés II. Conquista da Síria e Palestina. Reforma religiosa fracassada com Amenófis IV, numa tentativa de enfraquecer os sacerdotes, com substituição do deus Amon por Aton – culto monoteísta e círculo solar. Sacerdotes vencem coroando Tutankhamon. Construídos os templos de Luxor e Karnac. Após Ramsés III declínio até domínio Assírio de 670 a 663 a.C..

RENASCIMENTO SAÍTA de 663 a 525 a.C., liderado por Psamético, governador da cidade de Saís, que expulsou os assírios. Construído por Necao, canal de Ramsés II, ligando o Mediterrâneo ao Mar Vermelho. Em 525 domínio persa até 332, domínio macedônio de 332 a 30 e em seguida domínio romano.

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ECONOMIA – Agricultura em torno do rio Nilo. Estado controlava sociedade de castas formada pela elite – faraó, sacerdotes, nobreza, militares. Camada média - escribas, comerciantes e artesãos e pelo povo: camponeses, e escravos.

RELIGIÃO - elemento fundamental na vida egípcia, base da religião era o culto local, o que colocava cada cidade sob a proteção de um deus e fazia dos sacerdotes o grupo de maior poder e prestígio da sociedade. Politeísta com deuses com forma humana e animal – Anúbis (antropozoomorfismo), só forma humana – Ísis (antropomorfismo), deuses animais – boi, crocodilo, leão, gato, etc, (zoomorfismo) e elementos da natureza como o sol e a lua - Rá. Crença em vida pós morte, daí mumificação. Escrita desenvolvida em 3 tipos – Hieroglífica (sagrada), Hierática (documentos) e Demótica (popular), decifrada por Champollion na pedra de Roseta .

MESOPOTÂMIA

Localizada no atual Iraque, região do Crescente Fértil (que compreende também os vales do Nilo e Jordão), entre os rios Tigre e Eufrates (que nascem nas montanhas da Armênia e desembocam no Golfo Pérsico), com enchentes menos regulares que o Nilo, sem as proteções naturais do Egito, daí região muito agitada historicamente. Dividida, a grosso modo em Alta ao norte, região da Assíria (árida e montanhosa) e Baixa, ao sul, a Caldéia, pantanosa e alagadiça. Horóscopo tão comum hoje em dia já era intensamente consultado na mesopotâmia.

SUMÉRIOS – Cidades Estado comandadas pelo Patesi. Base cultural da civilização mesopotâmica. Criadores da escrita cuneiforme. Precursores do código de Hamurábi com o Código de Dunji. Lei do Talião. Avanço da astrologia.

ACÁDIOS – Semitas vindos do deserto da Arábia, dominaram os Sumérios, destacando-se Sargão I, responsável pela unificação da região.

I IMPÉRIO BABILÔNICO – Amoritas criaram primeiro império na região. Destaque Hamurábi, dominou Assíria e Golfo Pérsico e criou Código Hamurabi, composto de 282 leis , maior ordenamento jurídico da antiguidade oriental, cuja base é a pena do talião .

IMPÉRIO ASSÍRIO – Império militar famoso por sua crueldade. Com Sargão II, dominaram reino de Israel. Sob Tiglatfalasar dominaram a Babilônia. Senaqueribe transferiu a capital de Assur para Nínive e Assurbanipal construiu em Nínive a maior biblioteca da antiguidade antes de Alexandria com 22.000 tábuas e venceu o Egito. Após sua morte houve decadência.

II IMPÉRIO BABILÔNICO – auge com Nabucodonosor. Conquistou a Palestina, escravizando os judeus do reino de Judá, no “Cativeiro da Babilônia”. Construiu os jardins suspensos da Babilônia, uma das sete maravilhas do mundo antigo e

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o Zigurate (torre de Babel). Aniquilou os fenícios. Agricultura atividade principal, mas comércio altamente desenvolvido. Estado teocrático, menos religioso que o Egito. Religião politeísta contém a Epopéia de Gilgames, narração do dilúvio por outra fonte que não a Bíblia.

HEBREUS

Povo de origem semita que se instalou na Palestina (terra de Canaã ou terra prometida) no século XVIII a.C.. Norte, fronteira com a Síria, ao sul com o Sinai, a leste com a Arábia desértica e oeste o Mediterrâneo. No interior destaca-se o rio Jordão e o Mar Morto, possibilitando a agricultura em uma região árida. História contada na Bíblia, no Antigo Testamento.

• ERA DOS PATRIARCAS – início da ocupação com luta contra Cananeus e Filisteus, sob o comando dos patriarcas, chefes dos clãs: Abraão que conduziu seu povo de Ur na Caldéia, para a Terra Prometida, Isaac e Jacó ou Israel que teve 12 filhos dos quais se originaram as 12 tribos de Israel. Secas obrigaram judeus em 1800 a.C. a migrar para o Egito, sendo escravizados após expulsão dos Hicsos em 1580 a.C.. Na Bíblia este processo é narrado pela história de José, um dos 12 filhos de Jacó que vendido como escravo, acabou ministro do faraó e chamou seus irmãos. Moisés em 1250 a.C. libertou o povo, voltando à Palestina após 40 anos, o êxodo, recebendo no caminho as tábuas da Lei, os Dez Mandamentos (decálogo) e a confirmação dos hebreus como povo escolhido de Javé.

• JUÍZES – Com Josué, chegaram á Palestina, lutando contra os Filisteus. Gideão, Sansão e Jefté e Samuel.

• REIS – Saul primeiro rei e depois Davi que derrotou Golias e conquistou Jerusalém. Auge com Salomão construtor do Templo de Jerusalém, estabilidade e crescimento comercial. Instituídas várias festas religiosas: Sabat (dia de descanso), Páscoa (êxodo), Pentecostes (recebimento do Decálogo), etc.

• CISMA – A morte de Salomão gerou disputa que criou dois reinos – Israel e Judá. Judeus se enfraqueceram. Em 701, reino de Israel conquistado pelos Assírios. Em 586 reino de Judá, conquistado pelos Babilônios – Cativeiro da Babilônia. Em 539 retornam à Palestina como província persa, na região de Judá, daí o nome de judeus. Em 332 domínio macedônico. Em 63 protetorado romano. Em 70, revolta levou o Imperador Tito a destruir Jerusalém. Em 135 nova revolta levou á diáspora judaica. Judeus se dispersaram pelo mundo. Única religião monoteísta da Antiguidade. Crença no Messias. Estado só volta a existir em 1948 criado pela ONU.

• RELIGIÃO - principal contribuição. Religião monoteísta, única do período e que contribuiu para a formação do islamismo e do cristianismo. Predominou o patriarcalismo e a poligamia. Economia pastoril e posterior desenvolvimento comercial pelas rotas de caravanas.

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FENÍCIOS

Norte da Palestina – região do Líbano atual. Forte comércio e navegação marítima. Predomínio de cidades Estado – Biblos, Sidon e Tiro, dominadas pelos ricos comerciantes – Talassocracia. Fundaram Cartago. Criaram alfabeto de 22 letras, que deu origem aos alfabetos modernos.

PERSAS

Leste da Mesopotâmia, no atual Irã. Fusão dos Medos e Persas, povos arianos. Maior império da Antiguidade Oriental. Despotismo de direito divino unificado por Ciro (559-529 a.C.) que dominou o Império Babilônico e libertou os judeus. Cambises (529-522 a.C.) dominou o Egito. Dario I (52-484 a.C.) dividiu o império em satrápias, construiu estrada real de 2400 km e adotou dáricos (moeda). Com Dario e depois Xerxes, os persas atacaram os gregos, nas Guerras Médicas, mas foram derrotados tendo início decadência até o domínio dos macedônios com Alexandre Magno. Religião dualista – Zoroastrismo – duas divindades Ahura Mazda deus do bem, da luz e Ahriman deus do mal, das trevas. Crença na vinda do messias e ressurreição dos mortos tendo influenciado o judaísmo e o cristianismo. Livro sagrado Zend-Avesta .

ANTIGUIDADE CLÁSSICA -Geografia da Península Balcânica com relevo acidentado, montanhoso, dificultando comunicações internas, facilitando autonomia das cidades. Solo pouco fértil, bons portos e conhecimento de navegação, favorecendo o comércio marítimo. Três regiões: Continental – norte da península; Peninsular – sul e Insular - ilhas do Mar Egeu (leste) e Mar Jônio (oeste).

CRETA

O destaque para a questão geográfica (uma ilha que foi ocupada por volta de 3000 a.C tornaram-se notáveis pelo comércio marítimo, pelo artesanato e pela influência que exerceram sobre os gregos. A partir de 2200 a.C., diversas cidades prosperaram por causa das atividades com metais e da relação comercial com a Fenícia, Egito e Síria. Período de grande desenvolvimento urbano.

Por volta de 1750 a.C., uma catástrofe desconhecida destruiu parte das construções cretenses. Em 1700 a.C., palácios foram construídos e CNOSSOS se torna a cidade mais importante, com uma frota bem aparelhada que garante a segurança e o desenvolvimento do comércio marítimo.

As festas ao ar livre estimulavam as competições esportivas. A arquitetura era o destaque em Creta e a mulher tinha um papel de destaque na sociedade. A grande divindade cultuada em Creta era uma mulher, a Grande Mãe, símbolo da terra e da fecundidade. Por volta de 1400 a.C., os Aqueus, invadiram Creta, Cnossos foi destruída, dando origem a Civilização Creto-Micênica.

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ORIGEM DOS GREGOS

Período Pré-homérico (2000-1200 a.C.)

Sucessivas migrações de povos arianos que ocuparam a Península Balcânica a partir do ano 2000 a.C., formaram o povo grego. Os AQUEUS se estabeleceram na região do Peloponeso e fundam as vilas de Tirinto e Micenas, permitindo desenvolvimento comercial e urbano. Micenas assimila o modo de vida e as artes cretenses surgindo a Civilização Creto-micênica.

No início do século XII a.C., invasores jônios e eólios, se estabeleceram na região, seguidos pelos dórios, superiores militarmente e com uma sociedade em estágio inferior aos creto-micênicos, dominaram os povos na península, impondo sua cultura, levando a primeira diáspora grega.

Período Homérico (1200-800 a.C.)

Conhecido por meio das obras de Homero (Ilíada e a Odisséia). Organizados em genos (comunidades agropastoris formadas por pessoas ligadas por laços familiares a um chefe comum – o pater). Propriedade da terra comum, certo grau de igualdade, os parentes mais próximos ao pater tinha maior importância social.

Período Arcaico (800-600 a.C.)

A geografia interfere (influência) na formação social, política e cultural da Grécia. O continente era montanhoso, com vales férteis, porém isolados entre si, contribuindo para a formação das polis (cidades-estados). O litoral extenso e recortado estimulou a navegação e o comércio externo. A população crescia e a produção agrícola não, gerando insatisfação e discórdia. A terra comum foi dividida e surge à hereditariedade pela posse da terra, os genos se desintegraram e grande parte da população ficou a margem da sociedade.

Os genos levam as fatrias que levam as tribos e logo depois ao surgimento das polis ou cidades-estados, independentes embora ligadas por laços culturais comuns. Os EUPÁTRIDAS monopolizavam o conselho e escolhia o rei, o povo era excluído.

Período Clássico (600-400 a.C.)

Esparta fundada pelos dórios na região fértil no Peloponeso precisava de terras para produzir alimentos, levando a conquista da Messênia. Os escravos eram a base produtiva e para manter o domínio a educação espartana era rígida, com ênfase nas práticas físicas e militares. O jovem se dedica a defender o Estado. Dos sete aos setenta anos serviam ao exército e logo em seguida formavam o conselho dos Anciãos, em uma sociedade que não ocorria discussão ou debate.

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A sociedade era formada pelos ESPARCIATAS, dórios detentores do poder; militares e funcionários públicos; os chamados iguais; PERIECOS, homens livres, descendentes dos aqueus; cultivavam terras periféricas ou cuidavam do comércio; não tinham direitos políticos; HILOTAS, escravizados nas guerras, pertenciam ao Estado, trabalhavam nas terras públicas e nos lotes dos espartanos.

O sistema político era conhecido como GERONTOCRACIA, com órgãos como a Diarquia; Ápela (assembléia dos cidadãos); Gerúsia (conselho de anciãos); Eforado (cinco magistrados) fiscalizava a vida em Esparta, exercia o poder na prática.

Atenas fundada pelos jônios na região da Ática, também tinha colônias na região do Mar Negro e Egeu, após a primeira diáspora. Sociedade formada pelos DEMIURGOS, comerciantes enriquecidos; EUPÁTRIDAS, proprietários de terras-Aristocracia; GEORGÓIS, pequenos proprietários de terras - endividados podiam perder a liberdade; THETAS, artesãos.

No século VI a.C., Atenas passou por profundas transformações. As camadas populares não aceitavam ser excluídas do poder e pressionou por reformas. Os reis foram substituídos por nove arcontes (magistrados), mas, as agitações prosseguiram. Em 621 a.C., o aristocrata Drácon assume o poder e elabora leis severas escritas (pena de morte). Em 549 a.C., o político e legislador Sólon, realiza uma ampla reforma político-social, cujas principais medidas estabeleciam uma República censitária; o fim da escravidão por dívida; devolução de terras aos antigos proprietários; estímulo ao comércio e artesanato; criação de três instituições: Bulé, Eclésia e Helieu, desagradando aristocratas e ao povo.

Atenas entra em uma guerra civil por trinta anos, levando a insatisfação popular e a tirania. Em 561 a.C., Psístrato, promoveu a pacificação política e realizou reformas importantes; com a morte de Psístrato, seus filhos Hípias e Hiparco assumiram o poder. Hípias foi assassinado e Hiparco deposto. Seguiu-se uma fase de reação dos aristocratas. Em 507 a.C., o aristocrata Clístenes, conhecido como o “pai” da democracia, assumindo o poder. Dividiu a população em dez tribos, cada formada por três demos, havia um conselho, um tribunal e uma assembléia e a instituição do OSTRACISMO.

O crescimento econômico ateniense e o expansionismo territorial persa ameaçavam-se mutuamente. Quando as cidades gregas da Ásia Menor se rebelaram contra o domínio persa, os atenienses enviaram ajuda. Se iniciava as guerras greco-pérsicas (490-448 a.C.). Os gregos tiveram importante vitória em Maratona (490 a.C.), sendo derrotados nas Termópilas, quando Atenas foi incendiada (480 a.C.), logo em seguida os gregos derrotaram os persas no estreito de Salamina, em Platéia e Mícole (479 a.C.).

Após as seguidas vitórias gregas sobre os persas, sob o comando de Atenas foi formada a Confederação ou Liga de Delos, Esparta e outras cidades do

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Peloponeso não participavam. Fortalecida com a liga, os gregos destruíram o poderio naval de Xerxes em Eurimedonte (448 a.C.). A paz foi firmada com o Tratado de Susa, a liga não fazia mais sentido. Mas, Atenas, decide mantê-la, possibilitando o seu fortalecimento e formação do Império Ateniense. Este período foi marcado pelo governo de Péricles (444-429 a.C.), democracia para os cidadãos, período de apogeu da cultura e, em particular, das artes: teatro (Ésquilo, Eurípedes e Sófocles); escultura (Policleto, Fídias); ciências (Demócrito, Hipócrates).

Esparta liderava a oposição das cidades do Peloponeso contra Atenas, a Liga do Peloponeso. Em 431 a.C., se inicia o conflito entre Atenas e Esparta, Atenas superior no mar e Esparta em terra. Epidemias, fome, cercos, mortes, minaram a resistência ateniense. Em 404 a.C., os espartanos e seus aliados derrotaram Atenas e dissolveram a Confederação de Delos, era o fim do império ateniense. Esparta se torna hegemônica. Tebas lidera uma revolta contra Esparta com apoio ateniense e em 371 a.C., os espartanos são derrotados. Tebas conquista a hegemonia e em 362 a.C., é derrotada por uma coligação militar ateniense-espartana. Os tebanos aceitaram a paz com base no equilíbrio entre as cidades.

Em Atenas a aristocracia volta ao poder e os conflitos sociais também. As cidades-estados gregas enfraquecidas acabaram cedendo ao domínio macedônico.

CULTURA GREGA

• RELIGIÃO – Politeísta antropomórfica. Religião sem dogmas ou códigos de conduta. Deuses moravam no Olimpo, estavam no mundo, faziam parte do mundo e eram imortais. Não há separação entre sagrado e profano. Não havia culto à parte, a religião era parte do cotidiano. Oferendas não eram para expiar pecados, mas para agradar deuses e obter favores. Além dos deuses: Zeus, Hestia, Demeter, Poseidon, Afrodite, havia os heróis – Perseu, Jasão, Édipo, Hércules. Os oráculos eram locais de consulta aos deuses do futuro. Jogos eram realizados em homenagem aos deuses: ístimicos, neméios, píticos e olímpicos. Vitória nos jogos significava favorecimento dos deuses.

• ARTES – três estilos arquitetônicos – Dórico, Jônico e Coríntio. O teatro grego inventou o drama. Encenação feita somente com homens usando máscaras (persona) em papéis femininos. Ésquilo – Persas, Prometeu Acorrentado, Sete contra Tebas; Sófocles – Antígona, Édipo Rei e Electra; Eurípides – Alceste, Medéia, Mulheres Troianas; Aristófanes (comédias) As Rãs, Os cavaleiros, As nuvens.

• FILOSOFIA – Pré-socráticos. ESCOLA DE MILETO – Abandonam a mitologia em busca da explicação racional do mundo. Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes. PITAGÓRICOS – Busca da essência das coisas não em uma substância material, mas em um princípio abstrato, o número. Pitágoras, Parmênides e Heráclito. SOFISTAS – Reflexão para fins imediatos, inclusive

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comerciais. Humanismo e relativismo. Protágoras, Górgias. SÓCRATES – Felicidade e virtude só com o conhecimento. Criou a Maiuêutica ou parturição de idéias, onde através de perguntas e respostas tirava do próprio interlocutor á verdade. Condenado à morte Frases - "Conhece-te a ti mesmo"; "Só sei que nada sei". PLATÃO – livros Apologia de Sócrates, Críton, Banquete, Fédon, A República. Defendia governo de sábios. Desenvolveu doutrina das idéias ou tipos ideais. A realidade percebida pelos sentidos apenas cópia imperfeita das realidades supremas – as idéias. ARISTÓTELES – maior filósofo grego. Autor de Política. Defendia a virtude no governo. Real existe independente das idéias e para conhecê-lo usa-se a lógica. HISTÓRIA – Heródoto pai da História e Tucídides, fundamentos da História Científica.

• CIVILIZAÇÃO HELENÍSTICA – Fusão da cultura helênica e cultura oriental (persa e egípcia). Centro deixa de ser a Grécia e passa a ser Alexandria, Antioquia e Pérgamo. Governo despótico com divinização dos governantes. Comércio em larga escala. EPICURISMO – individualidade e materialismo. ESTOICISMO – firmeza de espírito e indiferença à dor. CETICISMO - nada podemos provar, impossível alcançar a verdade. CIÊNCIA – grande desenvolvimento. Biblioteca de Alexandria – com mais de 400.000 volumes. Aristarco (heliocentrismo), Euclides (geometria), Hiparco (trigonometria), Eratostenes (circunferência da terra). Grande avanço da medicina.

ROMA

Península Itálica - localização central entre penínsulas balcânica e ibérica. Solo mais fértil que a península Balcânica, relevo simples. Costa menos recortada. Norte Alpes, centro Apeninos. Povos autóctones – ligures, sículos. Povos arianos – italiotas, sabinos, umbrios, latinos, etruscos, gregos. Origem lendária de Roma narrada em Eneida do poeta Virgílio. Gêmeos Rômulo e Remo, netos do rei Numítor, atirados ao Tibre, amamentados por Loba e criados por pasto. Adultos, vingaram o avô e fundaram Roma. Os dois teriam se desentendido e Rômulo matado Remo e se transformado no primeiro rei de Roma. Origem histórica, Roma acampamento militar fundado por volta de 1.000 a.C., às margens do rio Tibre, por latinos e sabinos, contra ataques dos etruscos.

MONARQUIA – Período baseado em interpretação de lendas, apresentados por Virgílio e Tito Lívio. Quatro primeiros reis latinos e três últimos etruscos. Fim da monarquia golpe dos patrícios para expulsar etruscos. Classes: patrícios – elite, grandes proprietários; clientes – parentes pobres, prestavam serviços aos patrícios; plebeus – maioria da população, trabalhadores livres sem direitos políticos, em geral estrangeiros; escravos – pouco numerosos, instrumentos de trabalho sem nenhum direito. Rei chefe supremo e Senado composto pelos patrícios propunha leis e administrava a cidade. Assembléia Curiata, elegia rei e podia vetar suas decisões, composta pelos patrícios divididos em três tribos.

REPÚBLICA – Estado voltado para a coisa pública, modelo romano. Patrícios recuperaram o poder, porém criaram mecanismos para evitar sua concentração e manter a plebe afastada do poder, daí tornar-se modelo de governo, como a

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democracia.Sincretismo como modelo de governo: Magistrados(elemento monárquico), eleitos pela assembléia para cargos de um ano com funções executivas – Cônsul (chefes), Pretores (justiça), Censores (censo), Questor (tesouro), Edis( conservação pública), Pontífice (culto religioso).

• Senado – (elemento aristocrático), sob domínio dos patrícios, tornou-se principal órgão de governo. Designava cônsules para as províncias, nomeava embaixadores, fiscalizava os questores, decidia pela guerra. Assembléia Centuriata (elemento democrático), reunia centúrias, divisões do exército que eram dominadas pelos patrícios. Elegia os magistrados e votava leis. Aristocrática no início, a República com as revoltas da plebe foi se democratizando. Plebe, maior parte da população mas, marginalizada politicamente, revoltou-se por cinco vezes de 494 a 286 a.C.. Criaram tribuno da Plebe (vetar leis do Senado), Lei das 12 Tábuas – primeiras leis escritas; Lei Canuléia – casamento entre patrícios e plebeus; Lei Licínia Sextia – proibia escravidão por dívidas e Lei Hortênsia – decisões da Assembléia da Plebe ou Plebiscito, passam a ter validade legal. Estado continuou forte, mas houve equilíbrio de poderes entre patrícios e plebeus.

• Expansão territorial – inicialmente romanos dominaram os vizinhos, depois as colônias gregas no Sul da Itália. Em 275 a.C. criada confederação liderada por Roma. Cartago colônia fenícia no norte da África era grande rival comercial de Roma e sua conquista indispensável para a continuidade da expansão .

• Guerras Púnicas - Houve três guerras e Roma venceu todas elas. Na primeira Roma anexou a Sicília, Córsega e Sardenha. Na segunda revanche de Cartago, Aníbal invadiu a Itália, mas romanos atacaram Cartago, obrigando-o a recuar. Espanha ocupada e Cartago perdeu sua frota. Terceira Guerra, foi provocada pelos romanos que arrasaram a cidade e escravizaram seus habitantes. Guerras Macedônicas submeteram Grécia, Península Ibérica em 133 a.C.. Júlio Cesar dominou a Gália em 55 a.C e o Egito foi conquistado em 30 a.C.. Mar Mediterrâneo tornou-se mare nostrun, ou seja, mar romano. Repercussões das Conquistas – imperialismo e militarismo, ruína dos pequenos produtores que migraram para as cidades. Grande afluxo de riquezas e escravos – desvalorização do trabalho e baixa produtividade. Surge nova classe social os Homens Novos ou cavaleiros. Exército profissional, valorização do luxo e ócio. Crise das instituições republicanas,

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território muito grande.

• Crise república – conflito entre patrícios e plebeus, os cavaleiros e o exército.Como tentativa de solução para a marginalização dos plebeus buscaram-se reformas, sem sucesso. TIBÉRIO GRACO – Tribuno da Plebe propôs reforma agrária com limite de 125 hectares por cidadão. Resto seria redistribuído pelo estado, 7,5 hectares para cada um. Foi assassinado com mais 300 adeptos. CAIO GRACO – Lei Frumentária – reduziu o preço do trigo. Tentativa de controlar o poder contra os patrícios o levou ao suicídio em 121 a.C.

• Fracasso das reformas, fortaleceu o exército. Generais apoiados pelos soldados passaram a ser identificados como os únicos que poderiam resolver a situação. MÁRIO – general vitorioso, eleito Cônsul seis vezes o que era proibido. Reformulou o exército que era privilégio dos cidadãos em exército de assalariados criando o soldo, participação nos espólios e após vinte e cinco anos de carreira, um pedaço de terra. Homem novo era detestado pelo Senado. SILA – General patrício, tornou-se ditador. Expulsou e perseguiu violentamente os partidários de Mário, desarticulando os grupos populares. Procurou restaurar o poder senatorial.

IMPÉRIO - após Mário e Sila, crise do modelo republicano continua, apesar de calmaria aparente. Novo líder aristocrático, Pompeu consegue abafar na Espanha revolta popular comandada por Sertório ( 78-72 a.C.). Crasso obtém prestígio após liquidar a revolta de escravos comandada por Espártaco (73-71 a.C.) e Júlio Cesar faz fama com suas vitórias militares. Catilina, um patrício fracassado tenta tomar o poder político, desmascarado por Cícero, homem novo e orador destacado, sendo a saída à formação dos triunviratos. Poder foi dividido entre três generais, ficando cada um responsável por parte do território romano.

• Primeiro Triunvirato – Crasso, Pompeu e Júlio Cesar. Crasso morreu na Pérsia e Pompeu em 52 a.C. obteve o título de Cônsul único e destituiu César do comando da Gália. Ás margens do rio Rubicão, César profere a famosa frase: "a sorte está lançada". Parte para Roma, para enfrentar Pompeu, vencendo-o somente em Farsálias (49 a.C.), na Grécia. César desembarcou em seguida em Alexandria e apoiou Cleópatra como rainha do Egito contra o faraó Ptolomeu. Posteriormente na Ásia Menor aniquilou as tropas sírias, pronunciando outra frase famosa: "Vim, vi e venci". Retornando a Roma foi proclamado ditador vitalício com a oposição do Senado. Fez várias reformas e obras públicas, deu cidadania aos gauleses e espanhóis. Distribuiu trigo gratuitamente, reformou calendário (mês julho). Desejo de se tornar rei e poderes hereditários, levou-o a ser assassinado no Senado em 15 de março de 44 a.C., a punhaladas em uma conspiração dirigida por Caio, Cássio e Marcus Brutus.

• Segundo Triunvirato – três políticos ligados a César: Lépido, Marco Antonio e Otávio. Perseguiram e eliminaram os opositores de César. Otávio

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aproveitou-se da ausência de Marco Antonio, que se encontrava no Egito junto a Cleópatra, para ampliar seu poder. Afastou Lépido em 36 a.C. e declarou guerra a Marco Antonio, vencendo-o na batalha naval de Actium em 31 a.C. e tornou-se único senhor de Roma.

• Principado - período de transição da República para o Império. Otávio recebeu do Senado o título de Príncipe (primeiro cidadão da República). Passou a concentrar todo o poder, sendo comandante do Exército e tendo o poder de veto sobre as decisões do Senado e o controle da religião. Em 27 a.C. recebeu o título de Augusto (divino e sagrado), até então reservado aos deuses. Período mais próspero e glorioso de Roma. Apaziguou conflitos sociais, ampliou política republicana de pão e circo. Exército permanente formado por soldados profissionais. Arrecadação direta de impostos, consolidou fronteiras, cidadãos divididos pelo critério censitário: ordem senatorial, eqüestre e plebéia. Embelezou Roma, criou a Guarda Pretoriana para proteger o imperador, apoiou as artes e escritores como Horácio, Virgílio, etc.

ALTO IMPÉRIO – DINASTIA JÚLIO CLAUDIANA (14-68) - Muitos imperadores tiranos e brutais como Tibério (morte de Cristo) Calígula e Nero. DINASTIA DOS FLÁVIOS (69-95) – Exército passou a participar da escolha do Imperador, antes privilégio da guarda pretoriana. Teve bons imperadores, Vespasiano, Tito e Domiciano, que morreu assassinado. DINASTIA DOS ANTONINOS (96-192) - Apogeu do Império. Maior extensão territorial (Trajano), grande prosperidade econômica (Adriano e Antonino), progresso cultural (Marco Aurélio). DINASTIA DOS SEVEROS (193-235) – Início da decadência. Problemas - queda na produção agrícola, crise escravismo (fim das guerras ofensivas), cristianismo (crescimento e oposição á escravidão), exército (rivalidades e interferência na vida política, uso de soldados bárbaros e menor treinamento), invasões dos bárbaros germânicos, revoltas dos povos dominados; saída de metais preciosos na importação de produtos do oriente, levando à diminuição do conteúdo metálico das moedas, causando inflação. Com a crise generalizada, iniciou-se a ruralização da economia. Estado criou o colonato, prendendo o camponês à terra, impedindo-o de abandoná-la.

BAIXO IMPÉRIO – De 235 a 284 predominou anarquia militar. De vinte e um imperadores, só um não teve morte violenta. Alguns imperadores tentaram reverter à decadência. DIOCLECIANO – 284-305. Implantou a Tetrarquia - dois Augustos e dois Césares. Império dividido em quatro regiões. Decretou Edito Máximo em 301, tentando tabelar os preços. Tetrarquia não sobreviveu ao seu criador. CONSTANTINO (313-337) - Edito de Milão, deu liberdade de culto aos cristãos. Transferiu capital para Constantinopla. TEODÓSIO (379-395) – Tornou o cristianismo religião oficial do Império. Dividiu Império em Ocidental (capital Milão) e Oriental (capital Constantinopla). Pressão dos “bárbaros” aumentou.

• “BÁRBAROS” - para os romanos eram todos os que não falavam latim, os não romanos. Celtas - indo-europeus, da Europa Central e Oriente; Eslavos - russos, poloneses, tchecos, sérvios, etc; Tártaro- mongóis - hunos, turcos,

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búlgaros, etc; Germanos - visigodos, ostrogodos, hérulos, anglo-saxões, francos, etc. Imperadores romanos no século IV permitiram que povos “bárbaros” se fixassem nas fronteiras do Império como "aliados". Roma tomada em 410 pelos Visigodos, em 455 pelos Vândalos e em 476 pelos Hérulos que depuseram o Imperador Rômulo Augústulo pondo fim ao Império Ocidental.

CULTURA ROMANA - DIREITO – Mais evoluído da antiguidade. Uma das maiores contribuições para a época moderna. Jus Civile – regulamenta vida dos cidadãos romanos. Éditos pretoriais, decretos imperiais e costumes. Jus Gentium – aplicado aos demais e Jus Naturale – direitos dados pela natureza e comuns a todos os homens. LITERATURA – Influenciada pelos gregos – Virgílio (Eneidas), Horácio, Ovídio (Arte de Amar), Tito Lívio (História de Roma). Fase final poesia satírica com Petrônio (Satyricon). Cícero maior orador romano. RELIGIÃO – cópia da grega politeísta, ajustada às condições romanas, antropomórfica e contratual. Antepassados cultuados em cerimônias feitas pelo pater famílias. Principais deuses: Júpiter (Zeus), principal deus; Juno (Hera) protetora da família, Diana (Artemis) deusa da caça, Baco (Dionísio), deus do vinho, Vênus (Afrodite), deusa da beleza.