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1 CE JULIA WANDERLEY ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 2010 Prado Ferreira 06/08/2010

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CE JULIA WANDERLEY ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

2010

Prado Ferreira

06/08/2010

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COLÉGIO ESTADUAL JÚLIA WANDERLEY - ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO

Projeto Político Pedagógico

“Uma certeza histórica nós

temos: a escola só é

indispensável para aqueles

que dela já se apropriaram.”

(CBAPR-1990)

Prado Ferreira

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2010ÍNDICE------------------------------------------------------------------------------------------PG

OrganizaçãoIdentificação---------------------------------------------------------------------------------04Histórico da Instituição--------------------------------------------------------------------05Estrutura do Curso-------------------------------------------------------------------------08Regime de Funcionamento--------------------------------------------------------------09Quadros Demonstrativos-----------------------------------------------------------------10Perfil da Comunidade---------------------------------------------------------------------12Condições Físicas e Materiais----------------------------------------------------------14Recursos Humanos da Instituição-Organização do Trabalho------------------15Relação de Recursos Humanos--------------------------------------------------------16Filosofia e Princípios Didáticos Pedagógicos da InstituiçãoObjetivos do Estabelecimento do Estabelecimento de Ensino-----------------19Objetivos do Ensino Fundamental e Médio------------------------------------------21Concepções de Homem, Sociedade,Educação,Infância,Ensino e Aprendizagem-------------------------------------------------------------------------------23Inclusão---------------------------------------------------------------------------------------25Proposta Curricular------------------------------------------------------------------------26Proposta Curricular-Ensino FundamentalArte--------------------------------------------------------------------------------------------28Ciência---------------------------------------------------------------------------------------48Educação Física---------------------------------------------------------------------------56Ensino Religioso---------------------------------------------------------------------------79Geografia------------------------------------------------------------------------------------84História---------------------------------------------------------------------------------------90Língua Portuguesa------------------------------------------------------------------------95Matemática---------------------------------------------------------------------------------101Inglês-----------------------------------------------------------------------------------------110Proposta Curricular-Ensino MédioArte--------------------------------------------------------------------------------------------119Biologia --------------------------------------------------------------------------------------134Educação Física ---------------------------------------------------------------------------139Filosofia---------------------------------------------------------------------------------------152Sociologia-------------------------------------------------------------------------------------157Geografia--------------------------------------------------------------------------------------161História-----------------------------------------------------------------------------------------171Língua Portuguesa--------------------------------------------------------------------------176Matemática------------------------------------------------------------------------------------182Inglês--------------------------------------------------------------------------------------------189Química-----------------------------------------------------------------------------------------198Física--------------------------------------------------------------------------------------------201Sistema de AvaliaçãoConcepção de Avaliação da Instituição------------------------------------------------211Critérios de Avaliação-----------------------------------------------------------------------217Metodologia------------------------------------------------------------------------------------220Plano de Avaliação Institucional----------------------------------------------------------222Plano de Formação ContinuadaFormação Continuada-----------------------------------------------------------------------225Gestão Escolar/Gestão Democrática----------------------------------------------------226

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Órgãos Colegiados---------------------------------------------------------------------------228APMF--------------------------------------------------------------------------------------------228Regimento Escolar---------------------------------------------------------------------------230Conselho Escolar-----------------------------------------------------------------------------230Grêmio Estudantil-----------------------------------------------------------------------------231Conselho de Classe--------------------------------------------------------------------------232Atividades Escolares e Projetos Específicos desenvolvidos pela escolaVIVA ESCOLA---------------------------------------------------------------------------------234CELEM------------------------------------------------------------------------------------------238FERA--------------------------------------------------------------------------------------------252JOCOP’S---------------------------------------------------------------------------------------252Quadro de Projetos desenvolvidos na escola----------------------------------------253Calendário Escolar--------------------------------------------------------------------------254Matriz Curricular-----------------------------------------------------------------------------256Respaldo Legal para elaboração da Proposta Pedagógica.---------------------260

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COL. EST. JÚLIA WANDERLEY – ENSINO FUNDAMENTAL e MÉDIO

PRADO FERREIRA – PARANÁ

ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

IDENTIFICAÇÃO

Nome do Estabelecimento: Colégio Estadual Júlia Wanderley – Ens. Fund.

e Médio.

Localização: Rua Itapui, 901

Bairro: Conjunto Pioneiro

Município: Prado Ferreira

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná NRE: Londrina

Telefone/fax: (43) 32441554

e-mail: [email protected]

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HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Colégio Estadual “Júlia Wanderley” Ensino Fundamental e

Médio recebe esta denominação como resultado das transformações do

Estabelecimento de Ensino, cujo histórico consta dos dados oficiais que

seguem:

a) O Grupo Escolar de Prado Ferreira começou a funcionar em 01 de março de

1970, tendo sido criado pelo Decreto nº 18.519 de 12 de março de 1970,

publicado no Diário Oficial de 16/03/70.

b) Pelo Decreto nº 20.685 de 24 de julho de 1970, publicado no Diário Oficial de

27/07/70, passou a ser denominado Grupo Escolar “Júlia Wanderley”.

c) A Resolução nº 2.138/81 de 01 de setembro de 1981, publicada no Diário

Oficial nº 1.131 de 17/09/81, Reorganiza o Grupo Escolar “Júlia Wanderley” e

Autoriza o funcionamento da Escola “Júlia Wanderley” - Ensino de 1º Grau.

d) A Resolução nº 2.227/82 de 17 de agosto de 1982, publicada no Diário Oficial

nº 1.364 de 27/08/82, Reconhece o Curso de 1º Grau Regular e a Escola “Júlia

Wanderley” - Ensino de 1º Grau.

e) A Resolução nº 647/83 de 07 de março de 1983, publicada no Diário Oficial

nº 1.509 de 06/04/83, adota a denominação de Escola Estadual “Júlia

Wanderley” - Ensino de 1º Grau.

f) A Resolução nº 3.204/92 de 30 de setembro de 1992, publicada no Diário

Oficial nº 3.967 de 14 de outubro de 1992, autoriza a implantação do Ensino de

2º Grau Regular, Auxiliar de Contabilidade / Técnico em Contabilidade com

implantação gradativa a partir de 1993.

g) A Resolução nº 4.810/93 de 01 de setembro de 1993 da SEED, autoriza o

funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com Habilitação Auxiliar de

Contabilidade por 02 anos e muda a denominação de Escola Estadual.

h) A Resolução nº 5.870/94, prorroga a autorização de funcionamento da

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habilitação Auxiliar de Contabilidade por mais 02 anos a partir do início de 1995.

i) A Resolução nº 1.377/96 de 02 de abril de 1996, autoriza o funcionamento da

4ª série da habilitação Técnico em Contabilidade, para o ano de 1996.

j) A Resolução nº 4.394/96 de 20 de novembro de 1996 – Implantação do Curso

2º Grau E

ducação Geral/ Preparação Universal.

l) As Resoluções nº 6.342/93 e nº 1.599/94 – SEED que autoriza a Implantação

do Ciclo Básico de Alfabetização (04) anos, conforme o Decreto nº 2325/93 de

25/05/93.

m) A Resolução nº 3.721/97 de 05 de novembro de 1997 publicada no Diário

Oficial nº 5.136 de 21 de novembro de 1997 – Reconhece o Curso de

Habilitação Auxiliar/Técnico em Contabilidade em caráter excepcional,

exclusivamente para fins de cessação gradativa, a partir do ano letivo de 1.997.

n) A Resolução nº 1553/97 de 24 de abril de 1.997 autoriza o funcionamento do

Programa de Adequação Idade-Série (PAI-S).

o) A Resolução nº 1.244/98 de 29 de abril de 1.998 autoriza o funcionamento de

uma Classe Especial, Área de Deficiência Mental (DM).

p) Considerando a nova LDB nº 9394/96, a Deliberação nº 003/98-CEE e a

Resolução nº 3.120/98-SEED passou a ser denominado Colégio Estadual Júlia

Wanderley – Ensino Fundamental e Médio.

q) A Resolução nº 89/2000 de 11 de janeiro de 2000, cessa definitivamente as

atividades escolares da Habilitação Auxiliar/Técnico Contabilidade.

r) Em 2006, o Colégio Estadual Júlia Wanderley está passando pelo processo de

municipalização dos anos iniciais do Ensino Fundamental com a cessação do

mesmo.

s) Em 2007, o Colégio Estadual Júlia Wanderley cessou os anos iniciais do

Ensino Fundamental, pois o processo de municipalização foi concluído.

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t) Em 2008, reconhecimento do Ensino Médio

u) Em 2009, O colégio Júlia Wanderley, foi contemplado com uma unidade nova

e se mudou em 08 de Abril de 2009 para a Rua Itapui, 901 – Conjunto Pioneiro –

Prado Ferreira/PR.

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ESTRUTURA DO CURSO

O Colégio Estadual Júlia Wanderley-Ensino Fundamental e

Médio propõe:

Organização do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries:

*Composto de quatro anos, com uma carga horária de 800 ho-

ras por série, as quais serão distribuídas entre a Base Nacional Comum e a

Parte Diversificada, perfazendo um total de 2400 horas.

Organização do Ensino Médio:

*Composto de três anos, com uma carga horária de 800 horas

por série, as quais serão distribuídas entre a Base Nacional Comum e a Parte

Diversificada, perfazendo um total de 2400 horas.

A carga horária a ser efetuada pelo Colégio atenderá as dispo-

sições legais, cumprindo os 200 dias letivos, os quais serão distribuídos em 40

semanas, atingindo um total de 800 horas por série, previstas em lei, salvo em

casos de pandemias, catástrofes naturais, conforme instruções específicas e

governamentais a cada caso.

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REGIME DE FUNCIONAMENTO

O Colégio Estadual Júlia Wanderley- Ensino Fundamental e

Médio, pertence à Rede Estadual de ensino do Paraná com funcionamento de

5ª à 8ª séries e Ensino Médio, período matutino das 7:40 horas às 12:05 horas

e no período noturno das 18:50 às 23:00 horas. No vespertino a escola ofere-

ce:

• Projeto Viva Escola – Investigação Científica

Horário: 13:30 às 15:10h

Dias: segunda-feira e quarta-feira

20 alunos do Ensino Fundamental e Médio

• Sala de Apoio – 5ª Série

- Matemática

Horário: 13:00 às 14:40h

Dias : quarta-feira e quinta-feira

15 alunos das 5ª séries

- Português

Horário: 15:00 às 16:40h

Dias : quarta-feira e quinta-feira

15 alunos das 5ª séries

• CELEM: Centro de Estudos da Língua Estrangeira Mo-

derna

- Turma PII – Vespertino

Horário: 13:00 às 14:40h

Dias : terça-feira e quinta-feira

- Turma PII – Nortuno

Horário: 18:45 às 20:30h

Dias : terça-feira e quinta-feira

- Turma PI – Nortuno

Horário: 20:30 às 22:15h

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Dias : terça-feira e quinta-feira.

QUADROS DEMONSTRATIVOS

PERÍODO DIURNO - 5ª a 8ª Séries e Ensino Médio

Horário: 07:40 às 12:05 h

PERÍODO NOTURNO - 5ª a 8ª Séries e Ensino Médio

Horário: 18:50 às 23:00 h

Professores Série

5ªD 6ªC 7ªC 8ªC 1º B 2º B 3º B

Adriana Passoni X X X

Professores Série

5

A

5

B

5

C

6

A

6

B

7

A

7

B

8

A

8

B

1

A

2

A

3

A

Adriana Passoni X X X

Andrea Peruci Cuba X X X

Carlos Augusto Santos

Farias

X

Chistianny Borges Rosa X X X X X X X

Elaine Cristina Ferreira X X X X X X

Eliana dos Santos X X X X X

Emilia Aparecida Camargo X X X X X

Flávia Cristina Camiloti X X X X X

Irene Spilari X X X X X X

José Carlos Afini X X X X

Leila Cristina Tonin X X X X

Leonice Borges Rosa X X X X X X X X X

Maria Pereira dos S. Duarte X X X X

Marinalva Pereira dos S.

Reis

X X X X X X X X X

Mercedes Maldonado Dias X X X X X X X X X

Rejane Lemos X X X X

Rosangela Ap. S.

Vendramini

X X X X

Simone Cristina Gozzi X X X X X X X

Suzi Rosa de Araujo X X X

Tania Mara Cazado Felix X X X X

Valda de Lima Vilas Boas X X X X

Número de alunos 24 25 25 25 27 30 27 28 22 30 26 15

Total de alunos 304

Equipe pedagógica

Direção Maria Apª do Nascimento Zanon

Professora pedagoga Silmara Candida de Oliveira

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Ana Maria G. V. Cavalini X X X X X X X

Andrea Peruci Cuba X

Carlos Augusto Santos Farias X X X X

Chistianny Borges Rosa X X X X

Elaine Cristina Ferreira X X X X X X X

Eliana dos Santos X X X

Flávia Cristina Camiloti X X X X X X X

Jucélia Santos X X X

Leonice Borges Rosa X X X X

Maria Pereira dos S. Duarte X X X X X X X

Marinalva Pereira dos S. Reis X X X X X X X

Mercedes Maldonado Dias X

Osmar Ferdinado Tonin X X X X X

Paulo Virgilio Viana X X X

Rejane Lemos X X

Suzi Rosa de Araujo X X X

Valda de Lima Vilas Boas X X X X X

Número de alunos 18 18 15 19 29 22 28

Total de alunos 149

Equipe Pedagógica

Direção Maria Apª do Nascimento Zanon

Professora Pedagoga Silmara Candida de Oliveira

PERFIL DA COMUNIDADE

O Colégio Estadual Júlia Wanderley-Ensino Fundamental e

Médio, do Município de Prado Ferreira – Paraná é composto por alunos

oriundos de Escola Pública Municipal, filhos de lavradores principalmente da

cana, comerciantes, professores, poucos sitiantes, granjeiros, funcionários de

abatedouro de frangos, funcionários municipais, trabalhadores do comércio,

pensionistas e aposentados.

Parte da comunidade é itinerante, devido ao período de safra e

entre safra.

Nossa comunidade é bastante carente, contamos com alunos

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muitas vezes desmotivados pelo baixo nível sócio econômico e cultural de suas

famílias, estes sofrem pelas dificuldades financeiras e os alunos chegam

cansados pelo percurso realizado até a escola dificultando assim, o

desempenho escolar do educando.

No período matutino o processo ensino aprendizagem é mais

satisfatório, pois contamos com alunos com perfil sócio econômico e cultural

um pouco melhor. Já no período noturno, os alunos apresentam maiores

dificuldades e a maioria dos alunos são trabalhadores, chegando cansados na

escola.

O maior desafio desses alunos é o de conciliar o tempo de

trabalho, o cansaço e o estudo. Cabe a escola olhar diferenciadamente para o

período noturno, implicando em trabalhos em sala de aula de maneira

extraordinária e diversificar os instrumentos de avaliação.

Nossa comunidade parece conformada com sua situação sócio

-econômica e cultural. Na maioria das vezes não busca alternativas de

qualidade de vida, apresenta-se acomodada sem perspectivas de um futuro

melhor. Poucos alunos se interessam por concursos ou vestibulares e não

prosseguem os estudos superiores.

Nosso quadro de professores conta com profissionais QPM e

PSS, com formação universitária bem diferenciada e também sofremos com o

problema da rotatividade dos professores PSS que mudam todo ano e dos

professores QPM que ficam em nosso município com Ordem de Serviço, até

regularizarem suas vidas no lugar almejado, deixando nossa escola. Outro

agravante são alguns professores sobrecarregados, trabalhando em várias

escolas, em horários diversos e sem tempo.

Possuímos uma escola com um grande espaço físico, bonita,

nova e bem equipada, mas com poucos funcionários para atender todas as

necessidades da escola, devido ao pequeno porte.

De acordo com nossa realidade, verificamos que em nossa

escola existem vários problemas com nossos alunos, muitos desses oriundos

de famílias totalmente desestruturadas, onde o descaso dos pais pela

formação e educação dos filhos, gera problemas de aprendizagem e

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comportamento.

Há pouca participação dos pais na Escola. Alguns só

comparecem quando convocados em suas casas.

CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS

O Colégio Estadual Júlia Wanderley conta com um espaço físico que

atende totalmente as necessidades do estabelecimento de ensino, inclusive

com possibilidades de ampliação, tanto para o turno vespertino, quanto à possi-

bilidade de ofertar novos cursos.

Contamos com:

- 01 sala para professores

- 01 sala para Laboratório de Informática

- 14 salas de aula

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- 01 sala para Laboratório Científico

- 01 sala Multiuso,

- 02 salas para secretaria

- 01 sala para biblioteca

- 01 sala para Diretoria

- 01 sala para Pedagogo

- 01 sala para Documentador Escolar

- 01 cantina

- 02 banheiros masculinos

- 02 banheiros femininos

- 01 banheiro para portadores de necessidades especiais

- 01 refeitório para os alunos

- 01 sala de aula ao ar livre

- 01 quadra poliesportiva coberta e iluminada

- amplo espaço gramado

- acessos cobertos a todos os espaços

- amplo pátio em alvenaria

- 01 casa para caseiro

RECURSOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO - ORGANIZAÇÃO DO

TRABALHO

ORGANOGRAMA

DIREÇÃO

BIBLIOTECA SERVICOS GERAIS SALA VÍDEO

SECRETARIA PROFESSOR PEDAGOGO

CONSELHO DECLASSE

CONSELHO ESCOLAR

APMF

PROFESSORES

LABORATÓRIOCIENTÍFICO

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Linha de Subordinação __________________

Linha de Orientação ...............................

RELAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

Recursos Humanos e Relação do Corpo Docente e Técnico – Administrativo

Relação de Recursos Humanos – Corpo Docente – QPMNome Disciplina de

docência

Formação Pós

Graduação

Carga

HoráriaAna Maria G. V. Cavalini Educação Física Ed. Física Met. De Ensino 18Andrea Peruci Cuba Português/Inglês Port./Ingl. Adm. Sup. e

Orient. Ed.

09

Carlos Augusto Santos Farias Matemática Matemática 16

Elaine Cristina Ferreira Geografia Geografia 27Eliana dos Santos Matemática Matemática Ed. Mat. 35

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17

Emilia Aparecida Camargo Ciências Cien. Biológ. Did. e Met. De

Ensino

17

Irene Spilari Geografia Geografia Met. De Ens.

G

e

o

g

r

a

fi

a

18

Leila Cristina Tonin Matemática Matemática 16Leonice Borges Rosa Português/Inglês Port./Ingl. Did. e Met. De

Ensino

32

Maria Pereira dos S. Duarte Português/Inglês Port./Ingl. Esp. Língua

Port.

27

Marinalva Pereira dos S. Reis Artes Artes Plást. Gest. Esc. Sup.

e Orient. Esc.

32

Mercedes Maldonado Dias História Geografia Did. e Met. de

Ensino

36

Rosangela Ap. S. Vendramini Português Port./Ingl. Esp. Língua

Port.

16

Valda de Lima Vilas Boas Ciên./Biol./Quím. Ciên. Biológi. Adm. Sup. e

Orient. Educ.

28

Suzi Rosa de Araujo Química /Fisica Física 16

Relação de Recursos Humanos – Corpo Docente – PSS

Nome Disciplina de docência Formação Pós Graduação Carga

Horária

Adriana Passoni Filosofia/Sociologia/Hist. Pedagogia 15

Ana Vieira da Silva História/Ensino Religioso História 18

Chistianny Borges Rosa História Geografia 29

Elaine Adriana dos Santos Matemática Matemática Met. Do Ens.

Superior

16

Flávia Cristina Camiloti Educação Física Ed. Física Ed.Física

Escolar

29

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18

Jucélia Santos Biologia/Química L.P. Biologia 10

Kerolen Fernanda Calisto Educação Física Ed. Física Recreação e

Laser

13

Paulo Virgilio Viana Filosofia / Sociologia Filosofia Hist. E Filosofia

da Ciência

08

Rejane Lemos Ciências/Química L.P. /Biologia 15

Simone Cristina Gozzi Ed. Física Ed. Física Psicopedagogia 25

Tania Mara Cazado Felix Matemática/Física Matemática Ed. Mat. 13

Relação de Recursos Humanos – Corpo Docente – QPM – Classe Especial

Nome Disciplina de docência Formação Pós Graduação Carga

Horária

Ivanilde Apª dos Santos Classe Especial Pedagogia Ed. Esp. DM 16

Corpo Administrativo

Relação de Recursos Humanos – Corpo Administrativo e Serviços Gerais – QPM / QG/QPPE

Nome Função Formação Pós Graduação C.H

.

Vinc.

Maria Aparecida do

Nascimento Zanon

Diretora Letras/Port/

Ingês

Did. E Met. De Ensino 40 QPM

Ana Maria G. V.

Cavalini

Documentadora Ed. Física Met. De Ensino 20 QPM

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Eliane Tiziani Pivotto Secretária Ciên. Biológ. Gest. Esc. Sup. e

Orient. Educ.

40 QPPE

Silmara Candida de

Oliveira

Professora

Pedagoga

Pedagogia 20 QPM

Telma Regina

Machado Onça

Professor/ Lei

15308/06

Geografia Gestão / Sup. e

Orient. Educ.

20 QPM

Joelma Galvão Educação Física Educaçção Especial 20 QPM

Hélia Maria da

Silveira

Apoio Téc.

Administrativo

Pedagogia Did. E Met. de Ens. 40 QG

Maria Neide Neto Apoio Téc.

Administrativo

História Did. E Met. de Ensino 40 QG

Maria Inês Araujo Apoio Téc.

Administrativo

Ciên. Biológ. Gest. Esc. Sup. e

Orient. Educ.

40 QPPE

Silmara Simili Krey Apoio Téc.

Administrativo

Ciên. Biológ. Gest. Esc. Sup. e

Orient. Educ.

40 QPPE

Dalva Apª Casoti

Sanches

Auxiliar Serviços

Gerais

2º Grau 40 QPPE

Relação de Recursos Humanos – Corpo Administrativo e Serviços Gerais – CLT/PEAD/PSS

Nome Função Formação C.H. Vinc.

Lucineide Couto Reis Auxiliar de Serviços Gerais 1º Grau 40 CLAD

Devair Fiel Auxiliar de Serviços Gerais 1º Grau Inc. 40 PEAD

Marystela da Silva Cerrutto Auxiliar de Serviços Gerais 1º Grau Inc 40 PEAD

Eunice Gomes dos Nascimento Auxiliar de Serviços Gerais 1º Grau Inc. 40 PEAD

Yaiko Ota Afini Professora Pedagoga Pedagogia 40 PSS

FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICOS PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO

Objetivos do Estabelecimento de Ensino

A Proposta Pedagógica de nosso Estabelecimento de Ensino está

fundamentada nos preceitos da Legislação Vigente e de acordo com a

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Tem por objetivos:

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• Melhorar o entrosamento entre a escola e os diversos segmentos da

comunidade escolar, bem como reorganizar o trabalho educativo, buscando

alternativas e soluções para os problemas do processo de ensino

aprendizagem;

• Possibilitar a participação dos pais no desenvolvimento escolar de seus

filhos;

• A melhoria da qualidade de ensino, oportunizando aos alunos a melhor

ampliação de seus conhecimentos;

• Favorecer o processo de ensino aprendizagem, garantindo aos educandos

não só o acesso a escola e ao conhecimento científico e tecnológico, mas a

permanência dos mesmos em tal processo;

• Formar cidadãos críticos e conscientes de seus direitos e deveres, aptos

para atuarem na sociedade na qual estão inseridos, procurando transformá-

la;

• Promover a melhoria do relacionamento entre escola e comunidade,

conscientizando-a da importância de sua participação no âmbito escolar;

• Preparar os alunos para a vida em sociedade, garantindo a transmissão e

construção dos saberes historicamente produzidos e sistematizados pela

humanidade.

• Questionar e avaliar criticamente o trabalho desenvolvido dentro do

ambiente escolar, para a partir daí buscar soluções para os problemas

encontrados;

Esta Proposta Pedagógica tem por fim o objetivo de assegurar a

todos uma educação digna, de qualidade, que assegure aos educandos a

aquisição dos conhecimentos tecnológicos e científicos necessários para a

construção de uma base cultural sólida, que lhes permita o livre exercício da

cidadania.

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Objetivos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio

Ensino Fundamental:

Esta etapa de escolarização básica deve garantir a formação básica do

cidadão e o desenvolvimento integral do educando. Nossa escola oferta o

Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries nos períodos diurno e noturno, e tem

como objetivo:

• O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios

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básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

• A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político da

tecnologia das artes e dos valores em que se fundamente a sociedade;

• O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a

aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e

valores;

• O fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade

humana e de tolerância recíproca em que se acenta a vida;

• O posicionamento de maneira crítica, responsável e construtiva nas

diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar

conflitos e de tomar decisões coletivas;

• O conhecimento e valorização do patrimônio sociocultural brasileiro bem

como os aspectos socioculturais de outros povos e nações,

posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças

culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras

características individuais e sociais.

Ensino Médio:

O Ensino Médio, etapa final da educação básica com duração de três

anos, tem como objetivos:

• A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos

no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudo;

• A preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,

para continuar aprendendo de modo a ser capaz de se adaptar com

flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento

posteriores;

• O aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e de

pensamento crítico;

• A compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos

processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino

de cada disciplina.

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Concepção de Sociedade, Homem, Educação, Conhecimento, Escola,

Ensino-aprendizagem e Avaliação.

Partindo da reflexão que temos uma sociedade organizada de

forma injusta, desestruturada, excludente e que queremos que a educação

institucionalizada proporcione a todos direitos iguais, faz-se necessário

organizar a escola para ofertar um ensino de qualidade que vise desenvolver a

capacidade de pensar, criticar e construir, pois são direitos inerentes ao ser

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humano.

Hoje, a escola pública ainda recebe alunos provenientes de

famílias de baixa renda, vítimas das injustiças sociais, principalmente com a

falta perspectivas de trabalho para todos. Mas, ousamos sonhar com alunos

bem alimentados, com oportunidades de usufruir de lazer, cultura, boas

amizades, tecnologia avançada, apresentando assim, condições dignas de

vida.

O papel da escola pública é a preparação do aluno para a

inclusão na sociedade, para que possa usar o seu conhecimento sendo

atuante, não sendo apenas construtivo, mas reflexivo e crítico. Para isso é

necessário que o coletivo da escola busque novos conhecimentos produzidos

pelas diferentes áreas, valorizando o saber, enfrentando os desafios e

investindo na formação dos profissionais. É preciso incorporar as diferenças,

combater as desigualdades, ter um plano social e cultural, assegurando a

reapropriação do conhecimento para a construção da cidadania.

O homem vive em sociedade e em função dessa relação

social, desenvolve características específicas, que lhe são peculiares e que

possibilitam sua singularidade enquanto espécie. A maturação do ser humano

é decorrente de um processo de sociabilidade e pode-se, por exemplo, citar a

linguagem como construção necessária a esta sociabilidade. É possível afirmar

que em função do estabelecimento da relação em sociedade, o homem se

humanizou. Esta humanização permite a cada nova geração o conhecimento,

adaptação e absorção do que a humanidade construiu, possibilitando também

a transformação e a reconstrução dessa geração e consequentemente dessa

sociedade.

A educação deve possibilitar ao homem, o conhecimento e os

instrumentos necessários para interpretar e decifrar a realidade, realizar

escolhas e agir sobre o seu destino. Na ação educativa o que deve estar

implícito é o aperfeiçoamento do próprio homem.

Não é possível falar em educação, sem um processo de

contextualização, promovendo o desenvolvimento de estratégias pedagógicas

que estejam vinculadas aos dois principais eixos da construção da autonomia

do ser humano: cidadania e trabalho, pois a visão de conhecimento como

construção entende a pessoa como sujeito em processo de emancipação. A

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formação da pessoa para a autonomia como construtor de sua história e de

seu entorno constitui a função da educação.

A sociedade é resultado histórico da construção humana, na

luta por interesses e na busca de melhoria da qualidade de vida. Apesar das

dificuldades, sabemos que somos todos agentes transformadores da

sociedade, buscando qualidade na educação que atenda necessidades

presente e futura dos alunos. Assim faz-se necessário trabalhar por melhorias

contínuas em todas facetas relacionadas com o ensino, avaliando o que foi

realizado, estabelecendo novos objetivos e enfrentando os desafios com

serenidade e perseverança. O que foi positivo deve ser reforçado e aquilo que

não funcionou conforme esperado deve ser corrigido.

Cabe ao professor repensar sua metodologia através de um

processo de interação educador - educando - objeto de conhecimento -

realidade. Sendo, portanto, o professor o mediador da construção do

conhecimento, através de uma pedagogia participativa e problematizadora,

fortalecendo a concepção da educação emancipadora, que realmente

possibilita a emancipação das pessoas.

INCLUSÃO

Educação Inclusiva

A terminologia “necessidades educacionais especiais” pode ser atribuída

a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências

permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu

processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de

atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam

necessidades educacionais especiais decorrentes de:

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• Deficiência mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

• Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

• Superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas

as alternativas e estratégias que a prática pedagógica deve assumir

para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os

alunos. (CARVALHO, 2001).

Neste sentido, desloca-se o enfoque do “especial” ligado ao educando

para o “especial” atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem

características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas

também de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis,

eles terão direito a receber apoio diferenciado daqueles normalmente

oferecidos pela educação escolar.

A garantia da escola pública para todos significa dar acesso àqueles que

a ela se reportam, bem como permitir-lhes um transcurso contínuo e

progressivo, com apresentação de resultados positivos de aprendizagem.

Portanto, tal processo exige planejamento e mudanças sistêmicas político-

administrativas na gestão educacional.

Tais procedimentos garantirão que a inclusão educacional se realize

assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades, garantindo

o apoio e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se

suas singularidades.

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PROPOSTA CURRICULAR

– Organização Curricular – Atende o disposto pelo DEB/SEED a partir dos

conteúdos básicos de cada disciplina em anexo.

Áreas do conhecimento, disciplinas, conteúdos, encaminhamento

metodológico e avaliação.

– Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena atende a Lei nº 11.645 de Março

de 2008 – altera a Lei nº 9394, de 20 de Dezembro de 1996, modificada pela

Lei 10.639, de 09 de Janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da

educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a

obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”.

Deve acrescentar novos conteúdos:

O índio na formação da sociedade Nacional, contribuições dos povos

indígenas em diferentes áreas.

Os conteúdos serão ministrados no âmbito de todo o Currículo escolar,

em especial em Educação Artística/ Artes/ Literatura e História.

– História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena

À escola está sendo atribuída a responsabilidade de acabar com o modo

falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus

descendentes para a construção da nação brasileira de fiscalizar para que, no

seu interior, os alunos negros deixem de sofrer os continuados atos de racismo

de que são vítimas. Sem dúvida, assumir estas responsabilidades implica

compromisso com o estorno sócio cultural da escola, da comunidade onde esta

se encontra e a que serve, compromisso com a formação dos cidadãos

atuantes e democráticos, capazes de compreender as relações sociais e

étnico-raciais de que participam e ajudam manter e/ou reelaborar, capazes de

decodificar palavras, fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de

desempenhar-se em áreas de competência que lhes permitam continuar e

aprofundar estudos em diferentes níveis de formação.

Cabe a este Estabelecimento de Ensino cumprir as Leis 10.639/03 e

11.645/08, incluindo no seu planejamento o estudo da história e cultura afro-

brasileira e indígena, através do envolvimento da sua Equipe Multidisciplinar,

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envolvendo a Direção, Equipe pedagógica, Professores e Funcionários, para

orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à este tema, ao longo

do período letivo.

No que se refere ao calendário escolar, estabelecer o dia 20 de

novembro como Dia Nacional da Consciência Negra, sendo esta data ponto

culminante das atividades desenvolvidas pela escola durante todo o ano letivo.

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PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

ARTES

JUSTIFICATIVA

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

independentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses

conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,

organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,

constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes

movimentos e períodos. A opção pelos elementos formais e de composição

trabalhados pelos artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos

artísticos nos diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de

mundo, característica dos movimentos e períodos, também determina os

modos de composição e de seleção dos elementos formais que serão

privilegiados. Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no

interior dos conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.

Os conteúdos estruturantes específicos, resultado do debate entre professores,

apontam uma parte dos conhecimentos a serem trabalhados na disciplina de

Arte e, ao mesmo tempo, explicitam formam de encaminhamento metodológico

presentes na Educação Básica. Neste sentido, para o planejamento das aulas

de todas as séries de Educação Básica propõe a organização dos conteúdos

de forma horizontal, vide tabela de conteúdos estruturantes. Esta forma de

organização é também uma indicação de encaminhamento metodológico, pois

em toda ação pedagógica planejada devem estar presentes conteúdos

específicos dos três conteúdos estruturantes, ou seja, dos elementos formais,

composição e movimentos e períodos. Esta proposta visa superar uma

fragmentação dos conhecimentos na disciplina de Arte, em que no processo de

debate, grande parte dos professores relataram adotar o seguinte

procedimento metodológico: nas séries/anos iniciais (1ª a 4ª séries/1º ao 5º

ano) o trabalho pedagógico centra-se nas atividades artísticas, na prática com

músicas, jogos teatrais, desenho e dança. Nessas atividades priorizam-se os

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elementos formais, como estudo sobre cores primárias e secundárias (artes

visuais); timbre, duração e altura (música); expressão facial, corporal e gestual

(teatro) e movimento corporal (dança).Nas séries/anos finais dos Ensino

Fundamental (5ª a 8ª séries/ 6º ao 9º ano) gradativamente abandona-se a

prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando-se de forma

superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos. No

Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de

prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos e

na leitura de obras de arte. Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno

tem contato com fragmentos do conhecimento em Arte, percorrendo um arco

que inicia-se nos elementos formais, com atividades artísticas (séries iniciais) e

finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios cognitivos, abstratos

(Ensino Médio). Diante deste diagnóstico, torna-se imprescindível adotar outra

postura metodológica, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima

da totalidade da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma

horizontal, os elementos formais, composição e movimentos e períodos,

relacionados entre si e demonstrando que são independentes, possibilita-se ao

aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como ideologia e

como trabalho criador.

Conteúdos Estruturantes da 5ª Série

a) Artes visuais• Movimentos e Períodos• Períodos;• Elementos formais;• Arte; Pré-histórica• Arte Egípcia;• Arte Grega;

b) Saber estético (elementos visuais)• Ponto;• Linha;• Volume;• Luz• Cor (harmonias e escala cromática);• Textura (própria, produzida);

c) Composições Bidimensionais

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• Desenho (figurativo, abstrato, memorização e criativo);• Pintura;• Mosaico;• Vitral;• Paisagens;• Natureza morta;• Propaganda;• Colagens;• Arte da escrita;

d) Tridimensional• Modelagem;• Escultura;• Máscaras;

Música

a) Elementos que compõe os sons• Altura;• Duração;• Timbre;• Densidade;• Intensidade;

b) Canto• Música;• Folclóricas;• Populares;• Diferentes culturas;• Improvisadas

c) Instrumentos musicais• Corda;• Sopro;• Percussão;

d) Teatro• Organização da ação dramática a partir de:• Temas de folclore nacional;• Lendas brasileiras;• Poesias;• Músicas;

e) Elementos de ação dramática• Roteiro;• Enredo;

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f) Personagens• Expressão verbal;• Expressão gestual;

g) A ção dramática• Improvisação;• Jogo dramático;• Mímica;• Dramatização;

h) Dança• Folclóricas;• Populares;• Hip Hop

- Coreografias:• Improvisadas;• Original;

i) Cultura afro• Sua origem histórica;• Ornamentos, tapeçarias, pintura corporal;• A influência;

Conteúdos Estruturantes da 6ª Série

a) Artes visuais• Movimentos e Períodos• Arte Bizantina;• Arte Gótica;

b) Saber estético (elementos visuais)• Ponto;• Linha;• Volume;• Luz• Cor (harmonias e escala cromática);• Textura (própria, produzida);

c) Composições Bidimensionais• Desenho (figurativo, abstrato, memorização e criativo);• Pintura;• Mosaico;• Vitral;• Paisagens;• Natureza morta;• Propaganda;• Colagens;

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• Arte da escrita;

d) Tridimensional• Modelagem;• Escultura;• Maquete;

e) Músicas

f) Elementos que compõe os sons• Altura;• Duração;• Timbre;• Densidade;• Interasidade;

g) Canto• Música;• Folclóricas;• Populares;• Diferentes culturas;• Improvisadas

h) Teatro

i) Elementos de ação dramática• Roteiro;• Enredo;

j) A ação dramática• Improvisação;• Jogo dramático;• Mímica;• Dramatização;

k) Dança• Folclóricas;• Hip hop• Populares;

- Coreografias:• Improvisadas;• Original;

l) Cultura afro• Sua origem histórica;• Ornamentos, tapeçarias, pintura corporal;• Dança música envolvendo a temática do negro;• Elementos plásticos da cor, da forma;

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• A influência;

Conteúdos Estruturantes da 7ª Série

a) Artes visuais• Movimentos e Períodos• Manifestações culturais locais; Semana de arte moderna de 1922; Arte Oriental, Africana e Medieval Renascentista;

1-Elementos visuais• Ponto;• Linha;• Volume;• Luz;• Cor;• Textura;

2-Composições bidimensionais• Desenho (figurativo, abstrato, memorização, criativo)• Pintura;• Mosaico;• Vitral;• Natureza morta;• Propaganda;• Arte da escrita;• Colagens;

3-Composições tridimensionais• Modelagem;• Escultura;• Maquete;

b) Músicas Leitura das qualidades sonoras da realidade;• Audição dos sons da realidade;• Sons produzidos por fontes;• Naturais;• Culturais;

1-Canto• Folclóricas;• Populares;• Diferentes culturas;• Improvisados;

2- Instrumentos musicais

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• Corda;• Sopro;• Percussão;

c) Teatro Organização da ação dramática a partir de:• Temas de folclore nacional;• Textos literários;• Poesias;• Música;

1-Elementos de ação dramática• Roteiro;• Enredo;

2-Personagens• Expressão verbal;• Expressão gestual;

3-Espaço Cênico• Cenário;

4-Ação Dramático• Improvisação;• Jogo dramático;• Mímica;• Dramatização;

5-Dança• Folclóricas;• Populares;

6-Coreografia• Improvisada;• Original;

7-Cultura afro• Sua origem histórica;• Ornamentos, tapeçaria, pintura corporal;• Dança, música envolvendo a temática do negro;• Elementos do movimento;• Elementos plásticos; da cor, da forma;• A influência da arte africana nas obras de artistas contemporâneos

Conteúdos estruturantes da 8ª Série

a) Artes visuais Leitura, releitura, reprodução de obras

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• Movimentos;• Períodos;• Elementos formais;• Manifestações culturais locais; Semana de arte moderna de 1922; Arte brasileira; História da arte paranaense;

1-Saber estético (elementos visuais)• Ponto;• Linha;• Volume;• Luz;• Cor - harmonias e escala cromática;• Textura – própria e produzida;

2-Composições bidimensionais• Desenho (figurativo, abstrato, memorização, criativo)• Pintura;• Mosaico;• Vitral;• Natureza morta;• Propaganda;• Colagens;

3-Composições tridimensionais• Modelagem;• Escultura;• Maquete;• Móbile;• Máscaras;

b) Músicas Leitura das qualidades sonoras da realidade;• Audição dos sons da realidade;• Sons produzidos por fontes;• Naturais;• Culturais;

1-Elementos que compõe os sons• Altura;• Duração;• Timbre;• Densidade;• Intensidade;

2-Canto

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• Folclóricas;• Populares;• Diferentes culturas;• Improvisados;

3-Instrumentos musicais• Corda;• Sopro;• Percussão;

c) Teatro Organização da ação dramática a partir de:• Temas de folclore nacional;• Lendas Brasileiras;• Textos literários;• Poesias;• Música;

1-Elementos de ação dramática• Roteiro;• Enredo;

2-Personagens• Expressão verbal;• Expressão gestual;

3-Espaço Cênico• Cenário;

4-Ação Dramático• Improvisação;• Jogo dramático;• Mímica;• Dramatização;

5-Dança• Folclóricas;• Populares;

6-Coreografia• Improvisada;• Original;

7-Cultura afro• Sua origem histórica;• Ornamentos, tapeçaria, pintura corporal;• Dança, música envolvendo a temática do negro;• Elementos do movimento;

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• Elementos plásticos; da cor, da forma;• A influência da arte africana nas obras de artistas contemporâneos;

Encaminhamento Metodológico

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,

como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de

conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino

da Arte, três momentos da organização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a

obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar

conceitos artísticos.

• Sentir e perceber: são formas de apreciação, fruição, leitura e acesso a

obra de arte.

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos

três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-

se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

Teorizar - Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a

cognição, em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento

historicamente produzido sobre arte. Tal conhecimento em arte é alcançados

pelo trabalho com os conteúdos estruturantes elementos formais, composição,

movimentos e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.

Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são

trabalhos. É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o

grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados

pela comunidade. Também é importante quem discuta como as manifestações

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artísticas podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como

na fruição de uma obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a

possibilidade do caráter provisório do conhecimento em arte, em função da

mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas

diferentes sociedades e modos de produção. Assim o conteúdo deve ser

contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a arte

como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho

de sujeitos, histórica e socialmente datados.

Sentir e perceber – No processo pedagógico, os aluno devem ter acesso ás

obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com

as diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e

apropriação dos objetas da natureza e da cultura em uma dimensão estética. A

percepção e apropriação das obras se dão inicialmente pelos sentidos. De fato,

a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as

experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida. O

trabalho do professor é possibilitar o acesso e mediar a percepção e

apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar

as obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade

humana em sua dimensão singular e social. Ao analisar uma obra, espera-se

que o aluno perceba que, no processo de composição, o artista imprime sua

visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento histórico

e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico

social, é também singular, e na sua obras apresenta uma nova realidade social.

Para o trabalho com produtos da indústria cultural, é importante perceber os

mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da

homogeneização do gosto e da ampliação do consumo. A filósofa Marilena

Chauí (2003) apresenta alguns efeitos da massificação da indústria cultural que

constituem referência para este trabalho pedagógico. Para Chauí, em função

das interferências da indústria cultural, as produções artísticas correm riscos

em sua força simbólica, de modo que ficam sujeitas a:

• Perda da expressividade: tendem a tornar-se reprodutivas e repetitivas;

• Empobrecimento do trabalho criador: tendem a tornar-se eventos para

consumo;

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• Redução da experimentação e invenção do novo: tendem a supervalori-

zar a moda e o consumo;

• Efemeridade: tendem a tornar-se parte do mercado da moda, passagei-

ro, sem passado e sem futuro;

• Perda de conhecimentos: tendem a tornar-se dissimulação da realidade,

ilusão falsificadora, publicidade e propaganda.

Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela

apropriação do conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção

quanto pelo trabalho artístico.

Trabalho Artístico – A prática artística - o trabalho criador – é expressão

privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades

que a escola apresenta para desenvolver esta prática, ela é fundamental, pois

a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo

de produção do aluno acontece quando ele se interioriza e se familiariza com

os processos artísticos e humaniza seus sentidos. Essa abordagem

metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os três aspectos

metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e perceber e trabalho

artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que as

aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos. O

encaminhamento do trabalho pode ser escolhido pelo professor, entretanto,

interessa que o aluno realize trabalhos referentes as sentir e perceber, ao

teorizar e ao trabalho artístico.

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual.

É diagnostica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar

os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da

aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a auto-

avaliação dos alunos. De fato, a avaliação requer parâmetros para o

redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do

processo e compartilha a produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que

se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de

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uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de

resultados ou na valorização somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no

conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e

das afinidades pessoais, direcionando de maneira sistematizada o trabalho

pedagógico. Assim a avaliação de Arte supera o papel de mero instrumento de

medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens

socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer

parâmetros comparativos entre os alunos, discute dificuldades e progressos de

cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta a

sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da

realidade. É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e

um capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da

escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm

um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à

Música, às Artes Visuais, ao teatro e à Dança. O professor deve fazer um

levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas

respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar

ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos

para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas

pelo professor. Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois,

ainda que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a

profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos

trazem consigo. Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de

desenvolvimento proximal, conceito elaborado por Lev Semenovich Vigotsky

que trabalha a questão da apropriação do conhecimento. Vigotsky argumenta

que a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela

capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento

potencial, determinado pela resolução de um problema sob a orientação de um

adulto ou em colaboração com outro colega, é denominado de zona de

desenvolvimento proximal. Portanto, o conhecimento que o aluno acumula

deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se com

referência para o professor propor abordagens diferenciadas. A fim de se obter

uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação tais como:

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• Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• Pesquisas Bibliográficas e de campo;

• Debates em forma de seminários e simpósios;

• Provas teóricas e práticas;

• Registros em formas de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e ou-

tros.

Por meio desses instrumentos o professor obterá o diagnóstico necessário para

o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando as seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

• A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas di-

versas culturas e mídias, relacionados a produção, divulgação e consu-

mo.

Fundamentação:

As diferentes formas de pensar a arte e o seu ensino são constituídas nas

relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que

se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte

estabelecem referência sobre sua função social, tais como: da arte poder

servir a ética, a política, a religião, a ideologia; ser utilitária ou mágica;

transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. Nessa

introdução dos fundamentos teóricos-metodológicos, serão abordadas as

formas como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de

ensino e como as pessoas se defrontam com o problema de conceituá-la tal

abordagem se embasará nos campos de estudo da estética, da história e da

filosofia. Alguns formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso

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comum em prejuízo do conhecimento de suas raízes históricas e do tipo de

sociedade (democrática ou autoritária, por exemplo) e de ser humano

(essencialmente criador, autônomo ou submisso, simples repetidor ou

esclarecido) que pretendem formar, ou seja, a que concepção de educação

vinculam-se são elas:

• Arte como mímesis e representação;

• Arte como expressão;

• Arte como técnica (formalismo).

Essas formas históricas de interpretar a arte especificam propriedades

essenciais comuns a todas as obras de arte.

Com os filósofos e artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de

arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamental na

representação fiel ou idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada

obra de arte toda expressão concretizada em formas visível/audível/dramática

ou em movimentos de sentimentos e emoções. O movimento romântico

defendia que a arte deveria liberar-se das limitações, das concepções

anteriores – mímesis e representação – e, ao mesmo tempo, deslocava para o

artista/criador a chave da arte. A beleza da obra de arte passou a consistir não

mais na “adequação a um modelo ou a um cânone externo de beleza, mas na

beleza da expressão isto é, na íntima coerência das figuras artísticas com o

sentimento que as anima e suscita.” (PAREYSON, 1989,K p. 29). No ideal

romântico da arte prevalesce o subjetivismo e a liberdade de temas e

composições inspirados em sentimentos e estados da alma. Em suas bases,

evidenciou uma rejeição dos artistas às contradições da sociedade capitalista e

à miséria gerada e sua fase de consolidação, expressa pelos sentimentos e

emoções pessoais dos artistas. Na arte como expressão, destacaram-se

filósofos, artistas plásticos, músicos e escritores que, em muitas de suas obras,

apresentam ou representam características românticas, tais como Kant, Tolstoi,

Van Gogh, Edwrd Munch, Goethe, Ibsen, Wagner, entre outros. Esse

movimento tem de a centrar-se no individuo e aprofundar um olhar sujetivo

sobre a realidade. Sob tal concepção, o artista é considerado o gênio em seu

processo criativo, aquele que não mais contempla as cenas do cotidiano de

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forma distanciada – com um olhar de fora para dentro – e, sim, deixa

transparecer em suas obras as impressões dos sentidos, projeções e visões

subjetivas do real que se caracterizam nessa concepção como num movimento

de dentro para fora. Assim, uma importante função da arte foi a de revelar as

contradições da sociedade, prestando-se desse modo uma critica social que

representava os conflitos sociais internalizados e expressões artísticamente

pelos sujeitos criadores. Essa idéia de arte como expressão consolidou-se no

ensino como a pedagogia da escola nova, que era concentrada no aluno. O

encaminhamento metodológico no ensino da arte passou a priorizar atividades

práticas (fazer) ancoradas na espontaneidade (o que reduzia as aulas, muitas

vezes, ao espontaneísmo) para assegurar o desenvolvimento da imaginação e

da autonomia do aluno. Assim, o aluno alcançaria a realização pessoal a partir

de atividades de expressão artística que valorizam a imaginação e a

criatividade, o que pressupõe a produção em arte, fruto de um dom nato. Pode-

se identificar essa concepção de arte nas seguintes falas, ouvidas nas escolas:

“ Vamos trabalhar com a coleção Os Gênios da Pintura!”, pois tais artistas, por

sua genialidade criadora, representam o que de melhor se produziu em arte,

em todos os tempo. Outra concepção de Arte a ser analisada é o formalismo

que se vinculou à pedagogia tecnicista dos anos de 1970 e ainda está presente

na prática escolar. O formalismo na arte supervaloriza a técnica e o fazer do

aluno e tem origem no movimento artístico do inìcio do século XX, em que o

“aspecto essencial” da obra de arte era o “produtivo realizativo (sic), executivo”

(PAREYSON, 1989, p. 31). O artístico era evidenciado e super valorizado com

forma significante, o que resultou no formalismo ou na idéia da forma pela

forma. No formalismo considera-se a obra de arte pelas propriedades formais

de sua composição. As idéias expressas na obra são consideradas puramente

artísticas; o artista não se detém nem da importância ao tema. O fundamental é

como se apresenta, se estrutura e se organiza e não o que a borá representa

ou expressa. Entre os artistas e filósofos que imprimiram em algumas de suas

obras tais características, destacam-se Duchamp, Kandinsky, Malevitch e

Mondrian, entre outros. Identificam-se a concepção formalista em afirmações

como as seguintes “Coloque o chão (uma base) na figura para ela não ficar

voando!”; “Esse quadro é uma verdadeira obra-prima devido a harmonia e ao

equilíbrio da composição!”; “A música da Bossa Nova é complexa e rica devido

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a organização de seus acordes!”; “Essa dança não tem qualidade por que não

está bem sincronizada!”. O formalismo ignora que no campo da arte “o simples

‘fazer’ não basta para definir sua essência. A arte é também invenção. (...) Ela

é um tal fazer que, enquanto faz, inventa o por fazer e o modo de fazer. (...)

Nela concebe-se executando, projeta-se fazendo encontra-se a regra operando

(...)” (PAREYSON, 1989, p. 32). Arte é uma práxis criadora; é um fazer

pensando e um pensamento feito, concretizado, isto é, um produto resultante

do movimento dialético/ação pensamento/ação que se concretiza em objetos

artísticos. Reconhece-se que o entendimento da arte como mimesis a

representação, da arte como expressão e da posição tecnicista que entende a

arte como puro fazer, são limitadas por focarem a compreensão da arte a

apenas uma dimensão. Em sua complexidade, a arte comporta cada uma das

posições apresentadas: simultaneamente representa a realidade, expressa

visões de mundo pelo filtro do artista (mas não apenas suas emoções e

sentimentos pessoais) e retrata aspectos políticos, ideológicos e socioculturais

da sua época. O ensino de arte deve basear-se num processo de reflexão

sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a

coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos

teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram

conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para

expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Diante da complexidade da tarefa de definir Arte, considerou-se a necessidade

de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido

estudos sobre ela, quais sejam:

• o conhecimento estético está relacionado á apreensão do objeto artístico

como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na

Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a

respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em conso-

nância com os diferentes momentos históricos e formações sociais em

que se manifestam. Pode-se buscar contribuições nos campos da Socio-

logia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor com-

preendido em relação ás representações artísticas;

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• o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do

fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo da cria-

ção das obras desde suas raízes históricas e sociais, as condições con-

cretas que subsidiam a produção, o saber científico e o nível técnico al-

cançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibili-

zar a obra ao público, incluindo as características desse público e as for-

mas de contato com ele, próprias da época da criação e divulgação das

obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança, música e teatro.

Para compreender a relação entre arte, sociedade e cultura é importante

observar a complexidade do conceito de cultura. Um dos primeiros sentidos

dados ao termo cultura foi o de cultivo, de crescimento, de cuidado com

colheitas e animais e, por extensão, de cuidado com o crescimento das

faculdades humanas. Mais tarde, nos períodos do Iluminismo e do

Romantismo, relacionou-se cultura com o processo de desenvolvimento íntimo,

de vida intelectual, o que associava cultura à arte, à família, à vida pessoal, à

religião, às instituições e práticas de significados e valores. Essa concepção

veio do conceito alemão de Kultur (ELIAS, 1990) vinculado as produções

intelectuais, artísticas e religiosas, tais como obras de arte, livros, sistemas

religiosos e filosóficos, nas quais se expressa a individualidade de um povo.

Esse conceito descreve o caráter e o valor de determinados produtos

humanos, com ênfase especial nas diferenças nacionais e na identidade

particular dos grupos. Outro sentido dado à cultura nesse período, é o externo,

isto é, que prioriza a aparência e sua imposição a outros grupos sociais,

estabelecendo um processo geral de conhecimento. Willians (1979) argumenta

que esta concepção de cultura teve papel importante no desenvolvimento das

Ciências Humanas e Sociais. Está relacionado ao conceito de civilização

(francês e inglês) que vincula cultura ao valor que a pessoa tem em virtude de

sua mera existência e conduta, sem a necessidade de qualquer realização.

Sua origem remonta aos modos e atitudes de aparência, próprios da corte

francesa e foi usado para disseminação da idéia de superioridade dos

colonizadores em relação aos povos colonizados (ELIAS, 1990). A Arte é fonte

de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente de sua

existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o

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mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das

obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe

contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino

da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o

espírito critico, para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade

histórica. Além dos conceitos de trabalho e cultura, é preciso explicitar o

conceito de obra de arte. Relembrando, as concepções de arte mais

representativas da história e presentes no senso comum, ora apresentam a

arte somente como representação da realidade (e por ela determinada); ora

como expressão da genialidade, da pura subjetividade do artista, característica

do romantismo ou ainda como mero fazer. “Toda obra de arte apresenta um

duplo caráter em indissolúvel unidade: é expressão da realidade, mas ao

mesmo tempo, cria a realidade, uma realidade que não existe fora da obra ou

antes da obra, mas precisamente apenas na obra” (KOSIK, 2002, p. 128). A

partir do fato de que a arte está voltada a um ou mais sentidos humanos,

enquanto expressão de aspectos de uma dada realidade, o objeto artístico

torna possível seu conhecimento, tanto de aspectos da realidade do individuo

criador, quanto do contexto histórico e social em que este vive e cria suas

obras. Como conhecimento da realidade, a arte pode revelar aspectos do real,

não em sua objetividade – o que constitui tarefa específica da ciência -, mas

em sua relação com a individualidade humana. Assim, a existência humana é o

objeto específico da arte, ainda que nem sempre o homem seja o objeto da

representação artística. A arte, como forma sensível, apresenta não uma

imitação da realidade, mas uma visão do mundo socialmente construída

através de maneira específica com que a percepção do artista apreende.

Entretanto, a arte não é uma duplicação das ciências humanas e sociais, que

analisam o ser humano e suas relações visando generalizações; a arte é um

conhecimento sensível de um aspecto específico da realidade do homem como

ser vivo concreto, na unidade e riqueza de suas determinações, nos quais se

fundem de modo peculiar o geral – idéias, conceitos universais, concepções de

mundo – e o singular – um novo objeto sensorialmente captável por um ou

mais sentidos humanos. Conclui-se, então, afirmando que “a Arte só é [uma

forma de] conhecimento na medida em que é criação. Tão somente assim pode

servir à verdade e descobrir aspectos essenciais da realidade humana”

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(VÁZQUEZ, 1978, p. 35-36).

Referências:

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2001.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n. 5692/71: lei de diretrizes e bases da

educação nacional, LDB. Brasília, 1971.

Brasil. Leis, decretos, etc. Lei n. 9394/96: lei de diretrizes e bases da educação

nacional, LDB. Brasília, 1996.

CHARLOT, B. Da relação com o saber. Porto Alegre: Artmed, 2000.

GOMBRICH, E.H. Arte e ilusão

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PROPOSTA PEDAGÓGICA DE CIÊNCIAS

– Apresentação Geral da Disciplina

Ao se pensar em Ciência como construção humana, é fundamental

considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que

a história da Ciência se constrói.

Toda a história da Ciência está relacionada e integrada aos processos

que constituem a própria história da sociedade humana. Atualmente tem o

desafio de oportunizar a todos os alunos, por meio de conteúdos, noções e

conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados

à vida, a diversidade cultural, social e da produção científica.

Estabelecendo assim a relação entre os conteúdos básicos e os

conteúdos estruturantes como: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos,

Energia e Biodiversidade.

Nesta perspectiva, a disciplina de Ciências favorecerá a compreensão

das inter-relações e transformações manifestadas no meio, também instigará

reflexões e a busca de soluções a respeito das tensões contemporâneas, como

por exemplo, a preservação do meio ambiente, necessidades oriundas da

produção industrial, a ética e a produção científica.

– Objetivos gerais da disciplina

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• Redirecionar o processo do ensino e aprendizagem de ciências

valorizando a dúvida, a contradição, a divergência, bem como os questiona-

mentos, sempre priorizando a função social da disciplina.

• Possibilitar estudos e discussões sobre astronomia, destacando a

origem e a evolução do universo, bem como os métodos e instrumentos cientí-

ficos e os fenômenos celestes, relacionando-os a nossa realidade.

• Identificar a biodiversidade como os diferentes ambientes da Ter-

ra, sua biodiversidade, localização, caracterização, transformações ao longo da

história, bem como a adaptação dos seres vivos aos diversos ambientes, pro-

movendo a compreensão das causas e efeitos explícitos e implícitos decorren-

tes da degradação ambiental, utilizando-se informações científicas.

• Considerar as interações entre matéria e energia no ambiente, ob-

servando os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos nos pro-

cessos de transferência e transformação de energia.

– Conteúdos Estruturantes e Básicos

Diante do exposto, a retomada dos conteúdos que historicamente

compõem o currículo da disciplina é imprescindível no processo de

escolarização. Os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, dentre outros,

são contemplados nessa disciplina com vistas à compreensão das diferenças e

inter-relações entre essas ciências de referência que compõem a área de

ciências, ditas naturais, no processo de ensino-aprendizagem. De forma geral,

os fenômenos naturais são tratados na disciplina focando os conhecimentos

físicos, os conhecimentos químicos e os conhecimentos biológicos.

Assim podemos identificar como as ciências de referência orientam a

definição dos conteúdos significativos na formação dos alunos na medida em

que oportunizam o estudo da vida, do ambiente, do corpo humano, do

universo, da matéria e da energia, dentre outros, fornecendo subsídios para a

compreensão crítica e histórica do mundo natural, do mundo tecnológico e da

prática social.

Nesse sentido os conteúdos estruturantes são entendidos como saberes

fundamentais, capazes de organizar teoricamente os campos de estudo da

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disciplina, essenciais para a compreensão de seu objeto de estudo e de suas

áreas afins.

Dessa forma, as diretrizes propõem como conteúdos estruturantes

Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade, os quais

foram definidos tendo em vista as relações existentes entre os campos de

estudo e a sua relevância no processo de escolarização atual.

Astronomia

A astronomia é a ciência de referência para o conhecimento dos corpos

celestes.

Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos

geocêntricos e heliocêntricos, os fenômenos celestes, os movimentos dos

astros, viagens especiais, entre outros, bem como os métodos e instrumentos

científicos. Enfim, este conteúdo possibilita estudos e discussões sobre a

origem do universo e sua evolução. Os conteúdos básicos que envolvem tais

conceitos são: universo; sistema solar, movimentos celestes e terrestres,

astros; origem e evolução do universo; gravitação universal.

Matéria

Este conteúdo deve privilegiar o estudo da constituição dos corpos,

entendidos tradicionalmente como objetos materiais que se apresentam a

nossa percepção. Sob o ponto de vista científico, permite o entendimento não

somente sobre as coisas perceptíveis como também sobre sua constituição,

indo além daquilo do que vemos, sentimos, ou tocamos.

Apresentam-se a seguir os conteúdos básicos essenciais para o

entendimento e compreensão da constituição e propriedades da matéria:

constituição da matéria e propriedades da matéria.

Sistemas Biológicos

Compreender o organismo como um sistema integrado, ampliando a

discussão para uma visão evolutiva permitindo a comparação entre os seres

vivos, a fim de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações

que formam o conjunto de sistemas que integram o organismo vivo.

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Neste conteúdo, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem

conceitos para o entendimento dos sistemas biológicos de funcionamento dos

seres vivos e compreensão do objeto de estudo da disciplina : níveis de

organização; célula; morfologia e fisiologia dos seres vivos; mecanismos de

herança genética (cultura afro-brasileira).

Energia

Este conteúdo propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito

de energia, desde a antiguidade, destacando que a ciência não define energia,

mas fornece a idéia que representa as mudanças de temperatura entre objetos

e sistemas, tendo assim o propósito de provocar a busca de novos

conhecimentos na tentativa de compreender o conceito energia no que se

refere às suas várias manifestações como: energia mecânica, energia térmica,

energia elétrica, entre outras, bem como o tipos de conversão de um forma em

outra.

Apresentamos os conteúdos básicos que envolvem tais conceitos

científicos: forma de energia; conversão de energia; transmissão de energia.

Biodiversidade

Para compreender esse conteúdo estruturante é importante ter

entendimento do funcionamento dos ambientes da natureza, de como a vida se

renova, a importância da biodiversidade e das ações humanas que interferem

nela, os diversos ambientes da terra, as transformações ao longo da história e

adaptação dos seres vivos e do homem aos diversos ambientes. Pensar o

conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o entendimento

de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de

complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter-relações de

dependência e está inserida em um contexto evolutivo.

O campo de estudo deste conteúdo é amplo, assim os conteúdos

específicos deverão considerar os aspectos sociais, políticos, econômicos e

éticos intrínsecos as problemáticas ambientais.

Apresentam-se para este, alguns conteúdos básicos que envolvem

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conceitos científicos que auxiliam a compreensão da biodiversidade como

objeto de estudo da disciplina: organização dos seres vivos; sistemática;

ecossistemas; interações ecológicas; origem da vida; evolução dos seres vivos.

História e Cultura Afro-Brasileira e Africana

Observando que a inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira nos

Currículos da Educação Básica é de extrema importância já que em nossa

nação a população em sua maioria é afro-descendente dessa cultura, se faz

necessário um aprofundamento que possibilite uma formação de informação de

professores e alunos a respeito do tema.

Neste conteúdo estruturante é fundamental que se discuta, analise e

reflita alguns princípios como:

• A igualdade básica de pessoa humana como sujeito de direitos;

• O conhecimento e a valorização da história dos povos africanos e

da cultura afro-brasileira na construção da etnia brasileira.

• Cabe ainda considerar e abordagem genética em relação a pig-

mentação da pele e caracteres físicos e biológicos (genótipo e fenótipo) dos

descendentes africanos.

Conteúdos Estruturantes de 5/8 séries

• Astronomia• Matéria• Sistemas biológicos• Energia• Biodiversidade

Conteúdos básicos da 5ª série

• Universo• Sistema solar• Movimentos terrestres• Movimentos celestes• Constituição da matéria• Níveis de organização celular• Formas de energia• Conversão de energia

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• Transmissão de energia• Organização dos seres vivos• Ecossistema• Evolução dos seres vivos

Conteúdos básicos da 6ª série

• Astros• Movimentos terrestres• Movimentos celestes• Constituição da matéria• Célula• Morfologia e fisiologia dos seres vivos• Formas de energia• Transmissão de energia• Origem da vida• Organização dos seres vivos• Sistemática

Conteúdos básicos da 7ª série

• Origem e evolução do universo• Constituição da matéria• Célula• Morfologia e fisiologia dos seres vivos• Formas de energia• Evolução dos seres vivos

Conteúdos básicos da 8ª série

• Astros• Gravitação universal• Propriedades da matéria• Morfologia e fisiologia dos seres vivos• Mecanismo de herança genética• Formas de energia• Conservação de energia• Interações ecológicas

– Encaminhamento Metodológico

O ensino de Ciências propõe uma prática que leve à integração dos

conceitos cientifico e valorize o pluralismo metodológico. Para isso é

necessário que os conteúdos de ciências sejam entendidos em sua

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complexidade de relações conceituais, não dissociadas em áreas de

conhecimento físico, químico e biológico, mas visando uma abordagem

integradora.

Tais conteúdos podem ser entendidos a partir da mediação didática

estabelecida pelo professor, que pode fazer uso de estratégias que procurem

estabelecer relações interdisciplinares e contextuais, envolvendo desta forma,

conceitos de outras disciplinas e questões tecnológicas, sociais, culturais,

éticas e políticas.

O professor de ciências, responsável pela mediação entre o

conhecimento científico escolar, deve lançar mão de encaminhamentos

metodológicos que utilizem recursos diversos, planejados com antecedência,

para assegurar a interatividade no processo ensino-aprendizagem e a

construção de conceitos de forma significativa pelos estudantes. É importante

que o professor tenha autonomia para fazer uso de diferentes abordagens,

estratégias e recursos, de modo que o processo ensino-aprendizagem em

ciências resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes,

professores e o conhecimento científico escolar selecionado para o trabalho em

um ano letivo.

Assim entendido, o plano de trabalho docente em ação privilegia

relações substantivas e não arbitrárias entre o que o estudante já sabe e o

entendimento de novos conceitos científicos, permitindo que o mesmo

internalize novos conceitos na sua estrutura cognitiva.

– Avaliação

A avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do

processo ensino-aprendizagem quanto instrumento de investigação da prática

pedagógica, sendo que o fim desse processo é a aprendizagem, ou a

verificação dela.

A avaliação tem por objetivo proporcionar subsídios para as decisões a

serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e

aluno no acesso ao conhecimento, visando também contribuir para que essa

aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa

aprendizagem se concretize, sendo possível atender as diferenças de forma

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justa, no atual contexto histórico e nos espaços onde os alunos estão inseridos.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir do momento que se

verifica que a aprendizagem não se efetivou com o aluno, se faz necessário

investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda.

A recuperação e justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem.

Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da

recuperação de conteúdo. Sendo assim ao professor cabe acompanhar a

aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento do processo cognitivo.

Bibliografia

As Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – versão

preliminar – 2008.

GOWDAK, Demetrio; MATTOS, Neide S. de; FRANÇA,Valmir de. Ciências – O

Universo e o Homem. São Paulo: FTD.

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GEWANDSZNAJDER Fernando; Ciências – A vida na Terra – Editora

Áticas.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR-EDUCAÇÃO FÍSICA.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Baseando-se nas Diretrizes Curriculares da rede de educação Básica do Esta-

do do Paraná, fundamenta o projeto de Educação Física para ensino funda-

mental do Colégio Estadual Júlia Wanderley.

Pensando num projeto mais amplo de educação no Estado do Para-

ná, entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve ga-

rantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela hu-

manidade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultu-

ra Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao

conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas cor-

porais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com

um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reco-

nhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, políti-

co, social e cultural (DCE, 2008). A ação pedagógica da Educação Física obje-

tiva, estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo

que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em

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jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões

podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades

vividas pelo homem (DCE, 2008).

A lei 9394/96 regulariza a Educação Física como componente curri-

cular das escolas, norteado pela LDB (Lei de diretrizes e bases da educação),

a qual deve estar integrada a proposta educacional .A educação física dentro

da área escolar visa educar o sujeito com a cultura corporal, este é o conheci -

mento sistematizado, adquirido por dessa área de conhecimento.

Compreendendo a escola como local de transmissão, assimilação e

transformação de conhecimentos sistematizados e acumulados historicamente

na formação de sujeitos. A Educação Física dentro da escola é uma disciplina

que assume o papel de componente curricular, sendo assim é uma prática pe-

dagógica que, no âmbito escolar, expressa formas de atividades expressivas

corporais como: jogo, esporte, dança, ginástica,lutas, formas estas que configu-

ram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. A

Educação Física Escolar tem a função possibilitar discussões sobre a cultura

corporal humana, sua importância, função e relações com o cotidiano. É im-

prescindível que a área de Educação Física assuma seu papel de formadora,

contribuindo também com seus conhecimentos sistematizados no sentido de

alertar os alunos, sobre os grandes problemas advindos da falta de hábitos

saudáveis. A Educação Física escolar deve possibilitar discussões que fomente

a articulação com aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos e cultura-

is. Além de abranger as discussões sobre saúde, que a Educação Física discu-

ta de forma crítica superando os padrões de corpo que a sociedade impõe

como forma ideal, sem levar em consideração o biótipo da pessoa e outros as-

pectos que cada individuo possue. Dentro do projeto pedagógico a Educação

Física deve visar à formação do sujeito critico que apreende para si um corpo

de conhecimento, compreendido nesta como cultura corporal: o jogo, o esporte,

lutas, dança, ginástica.

A educação física escolar visa contribuir com o processo de aquisição da cultu-

ra corporal por meio da participação em atividades corporais estabelecendo re-

lações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando

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características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros sem discri-

minação por características físicas, sexuais ou sociais.

Os procedimentos metodológicos devem caracterizar os aprofundamentos dos

aspectos motores visando discussões sobre os conteúdos propostos. O profes-

sor não deve centrar seu trabalho apenas na motricidade. Devem orientar as

discussões, pesquisas tendo como critério a absorção do conteúdo não apenas

motor, mas relacionar com o cotidiano das práticas corporais. Considerando o

objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas Diretrizes, isto

é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – es-

porte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras A Educação Física tem a

função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de

reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e

refletir criticamente sobre as práticas corporais.

A prática pedagógica da disciplina curricular de educação física deve estar pau-

tada nos conteúdos de ginástica, dança, esportes, jogos e brincadeiras, e lutas.

Para o ensino fundamental os conteúdos devem estar articulados com elemen-

tos articuladores: manifestações esportivas, manifestações ginásticas, a rela-

ção do corpo com o mundo do trabalho.

E para o ensino médio conteúdos são ginástica, esporte, dança, lutas e jogos e

os elementos articuladores: o corpo, a saúde, a tática, a técnica, o lazer, a di -

versidade étnico-racial, de gênero e de pessoas com necessidades educacio-

nais especiais e a mídia.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos estruturantes se relacionam entre si e evocam outros

conteúdos tanto básicos quanto específicos, além de elementos articuladores

dos conteúdos estruturantes que enriquecem o processo pedagógico e am-

pliam os campos de discussão da disciplina. Neste sentido, as aulas partirão

sempre do conhecimento já adquirido pelo aluno sobre o conteúdo a ser traba-

lhado, levando-o como referencia para a construção do novo conhecimento.

Essa construção será feita através de uma problematização inicial, levando o

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aluno a fazer uma relação do mesmo com sua prática social e refletindo sobre

possíveis intervenções que estes poderão fazer para a solução desses questio-

namentos. Essa problematização será realizada através de recortes de vídeos,

aulas na tv multimídia, imagens ou textos onde a interferência da turma será

primordial para a mobilização acerca do tema.

Depois, através de aulas teóricas, práticas, expositivas, pesquisas e

outros estudos será oferecido o conteúdo sistematizado com intervenções du-

rante o processo de ensino aprendizagem, sempre procurando recuperar o

conteúdo trabalhado quando isso se mostrar necessário .

AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-apren-

dizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço

para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o

conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada

por ele.

A avaliação optada pelo professor será diagnóstica levando para um

processo de reflexão das aulas dadas, junto com os alunos, rompendo com as

lacunas que foram obtidas nas aulas anteriores e assim encaminhar as próxi-

mas aulas dentro das limitações constadas e superá-las. E tendo avanços qua-

litativos na educação integral do aluno.

A finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportuni-

dades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre o seu próprio tra-

balho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRAN-

TES, 1994, p.15).

A avaliação vem desde as primeiras aulas, que servirá pra diagnosticar a con-

dição em que o aluno se encontra e a adequação dos conteúdos a serem tra-

balhados. Neste sentido, a avaliação da aprendizagem deve ser entendida

como processo contínuo, claro, consciente, e sistemático de obter informações,

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que proporcionam um diagnóstico dos processos de desenvolvimento. Deve-se

produzir um referencial centrado nos conteúdos, com resultados igualmente

claros, objetivos e que se manifestarão através de uma ação desencadeada

sobre os conteúdos.

A avaliação terá um cunho diagnóstico e sistemático e será registrado

em um caderno, para acompanhamento do processo do educando no processo

ensino aprendizagem, torna-se um processo de investigação de pesquisa que

vise a transformação perdendo a conotação de mensuração, de julgamento

que leva a classificações. Mas será abordadas testes motores e avaliação físi -

ca que visa acompanhar com dados mais objetivos o desenvolvimento real dos

alunos.

OBJETIVOS GERAIS:

- favorecer o acesso e a participação de todos nas atividades inerentes a Edu-

cação Física, ao Desporto e ao lazer.

- estimular a interação de todos, favorecendo a construção de valores e atitu-

des por meio da cooperação e solidariedade.

- possibilitar o desenvolvimento da consciência e expressão corporal, de forma

lúdica e criativa, mediante a participação no processo de planejamento, realiza-

ção e avaliação das atividades.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

ENSINO FUNDAMENTAL:

- proporcionar o enriquecimento e ampliação dos movimentos e cultura corpo-

ral;

- ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos

diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais si-

tuações de interação;

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- explorar diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força, veloci-

dade, resistência e flexibilidade conhecendo gradativamente os limites e as po-

tencialidades de seu corpo;

- controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoamento de seus recur-

sos de deslocamento ajustando suas habilidades motoras para utilização em

jogo brincadeiras, danças e demais situações;

-apropriar-se progressivamente da imagem global de seu corpo, conhecendo e

identificando seus segmentos e elementos e desenvolvendo cada vez mais

uma atitude de interesses e cuidado com o seu próprio corpo.

- participar de diferentes atividades corporais, procurando adotar uma atitude

cooperativa e solidária, sem discriminar os colegas pelo desempenho ou por

razões sociais, físicas, sexuais ou culturais.

- conhecer algumas de suas possibilidades e limitações corporais de forma a

poder estabelecer algumas metas pessoais (qualitativas e quantitativas)

- conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifesta-

ções da cultura corporal presente no cotidiano;

- organizar autonomamente alguns jogos, brincadeiras ou outras atividades cor-

porais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de gran-

de amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreen-

der seu objeto de estudos/ensino. Constituem-se historicamente e são legitima-

dos nas relações sociais.

Os Conteúdos Estruturantes e básicos da Educação Física para o

Ensino Médio por Blocos serão trabalhados em complexidade crescente, con-

forme preconiza as Diretrizes Curriculares de Educação Física, contemplando

as tendências metodológicas apontadas nos encaminhamentos metodológicos

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e o aporte teórico para os conteúdos propostos neste nível de ensino. Desse

modo, os conteúdos serão divididos por série conforme a seguir:

EDUCAÇÃO FISICA

ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SERIE

CONTEUDOS ES-

TRUTURANTES

CONTEUDOS

Básicos

ABORDAGEM AVALIAÇÃO

ESPORTE

Coletivos

Individuais

Teórico-metodológica

Pesquisar e discutir

questões históricas

dos esportes, como:

sua origem, sua evo-

lução, seu contexto

atual.

Propor a vivência de

atividades ... desporti-

vas, no intuito de pos-

sibilitar o aprendizado

dos fundamentos bá-

sicos dos esportes e

possíveis

adaptações às regras.

Espera-se que o

aluno conheça

dos esportes:

- O surgimento

de cada esporte

com suas primei-

ras regras;

- Sua relação

com os jogos po-

pulares.

- Seus movimen-

tos básicos, ou

seja, seus funda-

mentos.

Conhecer o con-

texto

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JOGOS E

BRINCADEIRA

DANÇA

GINASTICA

Jogos e

brincadeiras

populares.

Brincadeiras e

cantigas de

roda

Jogos de ta-

buleiros Jogos

coletivos

Danças folcló-

ricas

Danças de

rua

Danças criati-

vas

Abordar e discutir a

origem e histórico dos

jogos, brinquedos e

brincadeiras.

Possibilitar a vivencia

e confecção de brin-

quedos, jogos e brin-

cadeiras com e sem

materiais alternativos.

Ensinar a disposição

e movimentação bási-

ca dos jogos de tabu-

leiro.

Pesquisar e discutir a

origem e historias das

danças.

Contextualizar a dan-

ça.

Vivenciar momentos

em que envolvem a

expressão corporal e

o ritmo.

Estudar a origem his-

tórica da ginástica e

suas diferentes mani-

histórico em que

foram criados os

diferentes jogos,

brinquedos e

brincadeiras,

bem como apro-

priar-se efetiva-

mente das dife-

rentes formas de

jogar;

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico

a partir da consti-

tuição de brin-

quedos com ma-

teriais alternati-

vos.

Conhecimento

sobre a origem e

alguns significa-

dos (místicos, re-

ligiosos, entre

outros) das dife-

rentes danças;

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Ginástica cir-

cense

festações.

Aprender e vivenciar

os movimentos bási-

cos da ginástica (ex:

saltos, rolamento, pa-

rada de mão, roda).

Construção e experi-

mentação de mate-

riais utilizados nas di-

ferentes modalidades

ginásticas.

Criação e adap-

tação tanto das

cantigas de ro-

das quanto de di-

ferentes seqüên-

cias de movi-

mentos.

Conhecer os as-

pectos históricos

da ginástica e

das praticas cor-

porais circense.

- Saltar- Equili-

brar;

- Rolar/Girar;

- Trepar;

Ginástica ge-

ral

Pesquisar a cultura do

circo.

- Balançar/ Em-

balar

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Lutas

Lutas de apro-

ximação ca-

poeira

Estimular a ampliação

da consciência corpo-

ral.

Pesquisar a historia

das lutas.

Vivenciar atividades

que utilizem materiais

alternativos relaciona-

dos às lutas.

Experimentar a vivên-

cia de jogos de oposi-

ção.

Apresentação e expe-

rimentação da musica

e sua relação com a

luta.

Vivenciar movimentos

característicos da luta

como: a ginga, esqui-

va e golpes.

- Malabares.

Conhecer aspec-

tos históricos, fi-

losóficos, as ca-

racterísticas das

diferentes mani-

festações das lu-

tas, assim como

alguns de seus

movimentos ca-

racterísticos.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico

a partir da utiliza-

ção de matérias

alternativos e

dos jogos de

oposição.

ENSINO FUNDAMENTAL 6ª SERIE

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CONTEÚDOS ES-

TRUTURANTES

CONTEÙDOS

Básicos

ABORDAGEM AVALIAÇÃO

ESPORTE

Coletivos

Individuais

Teórico-metodológica

Estudar a origem dos

diferentes esportes e

mudanças ocorridas

com os mesmos, no

decorrer da historia.

Aprender as regras e

os elementos básicos

do esporte.

Vivencia dos funda-

mentos das diversas

modalidades esporti-

vas.

Compreender por

meio de discussões

que provoquem a re-

flexão, o sentido da

competição esportiva.

Recorte histórico deli-

mitando tempos e es-

Espera-se que o

aluno possa co-

nhecer a difusão

e diferença de

cada esporte, re-

lacionando-as

com as mudan-

ças do contexto

histórico brasilei-

ro.

Reconhecer e se

apropriar dos

fundamentos bá-

sicos dos dife-

rentes esportes.

Conhecimento

das noções bási-

cas das regras

das diferentes

manifestações

esportivas.

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JOGOS E BRINCA-

DEIRAS

DANÇA

Jogos e brin-

cadeiras po-

pulares.

Brincadeiras e

cantigas de

roda

Jogos de ta-

buleiros

Jogos coope-

rativos

Danças folcló-

ricas

paços nos jogos, brin-

quedos e brincadei-

ras.

Reflexão e discussão

acerca da diferença

entre brincadeira,

Jogo e esporte.

Constituição coletiva

dos jogos,

Brincadeiras e brin-

quedos.

Estudar os jogos, as

brincadeiras e suas

diferenças regionais.

Recorte histórico deli-

mitado

Tempos e espaços na

dança.

Conhecer difu-

são dos jogos e

brincadeiras po-

pulares e tradi-

cionais no con-

texto brasileiro.

Reconhecer as

diferenças e as

possíveis rela-

ções existentes

entre os jogos,

Brincadeiras e

brinquedo.

Construir indivi-

dualmente ou co-

letivamente dife-

rentes jogos e

brinquedos.

Conhecer a ori-

gem e o contexto

em que se de-

senvolveram o

Break, Frevo e

Maracatu;

Criação e adap-

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GINASTICA

Danças de

rua

Danças criati-

vas

Danças circu-

lares

Ginástica rít-

mica

Ginástica cir-

cense

Ginástica ge-

ral

Experimentação de

movimentos corporais

romântico/expressivos

Criação e adaptação

de coreografia.

Construção de instru-

mentos musicais.

Estudar os aspectos

históricos e culturais

das ginásticas rítmi-

cas em geral.

Aprender sobre as

posturas e elementos

ginásticos.

Pesquisar e aprofun-

dar os conhecimentos

acerca da cultura cir-

cense.

Pesquisar e analisar a

origem das lutas de

aproximação e da ca-

poeira, assim como

suas mudanças do

decorrer da historia.

Vivenciar jogos adap-

tados no intuito de

tação de coreo-

grafia rítmica e

expressiva.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar.

O lúdico a partir

da constituição

de instrumentos

musicais como,

por exemplo, o

pandeiro e o cho-

calho.

Conhecer os as-

pectos históricos

da ginástica rít-

mica (GR);

- Aprendizado

dos movimentos

e elementos da

GR como:

- Saltos;

- Piruetas;

- Equilíbrios;

Apropriação dos

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LUTAS

Lutas de apro-

ximação

Capoeira

aprender alguns movi-

mentos característicos

da luta, como: ginga,

esquiva, golpes, rola-

mento e quedas.

aspectos históri-

cos, filosóficos e

as características

das diferentes

manifestações

das lutas de

aproximação e

da capoeira.

Conhecer a his-

toria do judô, Ca-

ratê, taekwondo

e alguns de seus

movimentos.

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico

a partir da utiliza-

ção de materiais

alternativos.

ENSINO FUNDAMENTAL 7ª SERIE

CONTEÙDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÙDOS

Básicos

ABORDAGEM AVALIAÇÃO

Teórico-metodológica Entender as prá-

ticas esportivas.

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ESPORTE

Coletivos

Radicais

Recorte histórico deli-

mitando

Tempos e espaços,

no esporte.

Estudar as diversas

possibilidades do es-

porte enquanto uma

atividade corporal,

como: lazer, esporte

de rendimento, condi-

cionamento físico, as-

sim como os benefí-

cios e os malefícios

do mesmo a saúde.

Analisar o contexto do

Esporte e a interferên-

cia da mídia sobre o

mesmo.

Vivencia pratica dos

fundamentos das di-

versas modalidades

esportivas.

Recorte histórico deli-

mitando

Podem ser viven-

ciadas no tempo

espaço de lazer,

como esporte de

rendimento ou

como meio para

melhorar a apti-

dão física e saú-

de.

Compreender a

influencia da mí-

dia no desenvo-

lvimento dos di-

ferentes espor-

tes.

Reconhecer os

aspectos positi-

vos e negativos

das praticas es-

portivas.

Desenvolver ati-

vidades coletivas

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JOGOS E BRINCA-

DEIRAS

DANÇA

Jogos e brin-

cadeiras po-

pulares

Jogos de ta-

buleiro

Jogos dinâmi-

cos

Jogos coope-

rativos

Danças criati-

vas

Danças circu-

lares

Tempos e espaços,

nos jogos, brincadei-

ras e brinquedos.

Organização de festi-

vais.

Elaboração de estra-

tégias de jogo.

Recorte histórico deli-

mitando

Tempos e espaços,

na dança.

Analise dos elemen-

tos e técnicas de dan-

ça.

Vivencia e elaboração

de esquetes (que são

pequenas seqüências

cômicas).

Recorte histórico deli-

mitando tempos e es-

paços, na ginástica.

a partir de dife-

rentes jogos, co-

nhecidos, adap-

tados ou criados,

sejam eles coo-

perativos, com-

petitivos ou de

tabuleiro.

Conhecer o con-

texto histórico

em que foram

criados os dife-

rentes jogos,

brincadeiras e

brinquedos.

Conhecer os di-

ferentes ritmos,

passos, postu-

ras, conduções e

formas de deslo-

camento, entre

outros elementos

que identificam

as diferentes

danças.

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GINASTICA

LUTAS

Ginástica rít-

mica

Ginástica cir-

cense

Ginástica ge-

ral

Lutas com

instrumentos

mediador

Vivencia pratica das

posturas e elementos

ginásticos.

Estudar a origem da

ginástica com enfoque

específico nas dife-

rentes modalidades,

pensando suas mu-

danças ao longo dos

anos. Manuseio dos

elementos da ginásti-

ca rítmica.

Vivencia de momen-

tos acrobáticos.

Organização de rosa

de capoeira vivenciar

jogos de oposição no

intuito de aprender

movimentos direcio-

nados a projeção e

imobilização.

Montar pequenas

composições

coreográficas.

Manusear os di-

ferentes elemen-

tos da GR como:

- Corda;

- Fita;

- Bola;

- Massas;

- Arco;

Reconhecer as

possibilidades de

vivenciar o lúdico

a partir das ativi-

dades circense

como acrobacias

de solo e equilí-

brios em grupo.

Conhecer os as-

pectos históricos,

filosóficos e as

características

das diferentes

formas de lutas.

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Capoeira Aprofundar al-

guns elementos

da capoeira pro-

curando compre-

ender a constitui-

ção, os ritos e os

significados da

roda.

Conhecer as di-

ferentes proje-

ções e imobiliza-

ções das lutas.

ENSINO FUNDAMENTAL 8ª SERIE

CONTEUDOS

ESTRUTURANTES

CONTEUDOS

Básicos

ABORDAGEM AVALIAÇÃO

ESPORTE

Coletivos

Teórico-metodológica

Recorte histórico deli-

mitando tempos e es-

paços.

Organização de festi-

vais esportivos.

Analise dos diferentes

esportes no contexto

social e econômico.

Apropriação

acerca das re-

gras de arbitra-

gem, preenchi-

mento de simu-

las e confecção

de diferentes ti-

pos de tabelas.

Reconhecer o

contexto social e

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JOGOS E BRINCA-

DEIRAS

Radicais

Jogos e brin-

cadeiras po-

pulares

Jogos de ta-

buleiro

Jogos dinâmi-

co

Pesquisar e estudar

as regras oficiais e

sistema táticos.

Vivencia pratica dos

fundamentos das di-

versas modalidades

esportivas.

Elaboração de tabelas

e simulas de competi-

ções esportivas.

Organização e criação

de gincanas e RPG

(Role-Playing Game.

Jogo de Interpretação

de Personagem),

compreendendo que

ao um jogo de estraté-

gia a imaginação, em

que os alunos inter-

pretam diferentes per-

sonagens, vivendo

aventuras e superan-

do desafios.

Diferencia-lo dos jo-

gos cooperativos.

econômico em

que os diferentes

esportes se de-

senvolveram.

Reconhecer a

importância da

organização co-

letiva na elabora-

ção de gincanas

e R.P.G.

Diferenciar os jo-

gos cooperativos

e os jogos com-

petitivos a partir

dos seguintes

elementos:

- Visão de Jogo;

- Objetivo;

- O outro;

- Relação;

- Resultado;

- Conseqüências;

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DANÇA

GINASTICA

Jogos coope-

rativos

Danças criati-

vas

Danças circu-

lares

Ginástica rít-

mica

Recorte histórico deli-

mitando tempos e es-

paços na dança. Or-

ganização de festivais

de dança.

Elementos e técnicas

constituintes da dan-

ça.

Estudar a origem da

ginástica:

Trajetória o surgimen-

to da Educação Físi-

ca.

Constituição de coreo-

grafia.

Pesquisar sobre a gi-

nástica e a cultura de

rua (circo, malabares

e acrobacias).

- Motivação;

Reconhecer a

importância das

diferentes mani-

festações pre-

sentes nas dan-

ças e seu

Contexto históri-

co.

Conhecer os di-

ferentes ritmos,

passos, postu-

ras, conduções,

formas de deslo-

camento, entre

outros elementos

presentes no for-

ró, vanerão e nas

danças de ori-

gens africana.

Criar e vivenciar

atividades de

danças, nas

quais sejam

apresentadas as

diferentes cria-

ções coreográfi-

cas realizada pe-

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Ginástica ge-

ral

Lutas com

instrumentos

mediadores

Capoeira

Analise sobre o mo-

dismo

Relacionado a ginásti-

ca.

Vivencia das técnicas

especificas das ginás-

ticas desportivas.

Analisar a interferên-

cia de recursos ergo-

gênicos (doping).

Pesquisar a origem e

os

aspectos históricos

das lutas.

los alunos.

Conhecer e vi-

venciar as técni-

cas da ginásticas

ocidentais.

Compreender a

relação existen-

tes entre a ginás-

tica artística e os

elementos pre-

sentes no circo,

assim como, a in-

fluencia da gi-

nástica na busca

pelo corpo perfei-

to.

Conhecer os as-

pectos

históricos, filosó-

ficos e as cara-

cterística das di-

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78

ferentes formas

de lutas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO

FÍSICA ,PARANÁ 2008 .www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para Educação

Básica. Curitiba, 2008.

DICISPLINA: ENSINO RELIGIOSO (ENSINO FUNDAMENTAL)

a) Ementa:

O histórico da disciplina do Ensino Religioso neste texto,

pretende apresentar marcos importantes na construção deste componente

curricular onde a sua implantação nas escolas públicas estadual foi obrigatória.

b) O objetivo do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações

do sagrado no coletivo, analisar e compreender as experiências religiosas do

cotidiano que está contextualizada na cultura universal tais como:

- a paisagem religiosa;

- os símbolos;

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- o texto sagrado;

- o sentimento religioso.

c) Conteúdos por Série/Ano:

5ª Série:

O Ensino Religioso na Escola Pública.

- Orientações legais;

- Objetivos;

- Principais diferenças entre as aulas de Ensino Religioso e o Ensino Religioso

como disciplina Escolar.

I RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito

à liberdade religiosa.

- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

II LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado

nestes locais.

- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

III TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

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Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)

Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Baha´is – Fé Baha’I, Tradições Orais

Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, etc.

IV ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas

principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos

sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de

relações com o sagrado.

- Fundadores e /ou Líderes Religiosos.

- Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta

Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao

Tsé), Etc.

6ª Série:

I UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

- Nos Ritos

- Nos Mitos

- No Cotidiano

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, Etc.

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II RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por

um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um

acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação

da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também

podem remeter a possibilidade futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de passagem

- Mortuários

- Propiciatórios

- Outros

Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki ( Kaingang – ritual fúnebre), Via

sacra, Festejo indígena de colheita, Etc.

III FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de lemanjá (Afro-brasileira), Pessach (judaísmo), etc.

IV VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

- Reencarnação

- Ressurreição – ação de voltar à vida

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- Além Morte

- Ancestralidade – vida dos antepassados se tornam presentes

- Outras interpretações.

Encaminhamento Metodológico:

Levar o aluno a formar o caráter de respeito as diversas

manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos

alunos tendo como objeto de estudo o sagrado o qual será a base a partir dos

conteúdos tratados no Ensino Religioso. Respeitar o direito a liberdade de

consciência e a opção religiosa do educando, ou seja, as reflexões e análises

se darão por meio do tratamento dos conteúdos.

Critérios de Avaliação específica da disciplina de Ensino Religioso.

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação

bem como não terá registro de notas ou conceitos na documentação escolar,

isso se justifica pelo caráter facultativo da matrícula na disciplina. A avaliação

não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo nesta

disciplina, a implementação de práticas avaliativas que permitem acompanhar

o processo de apropriação de conhecimento pela classe tendo como parâmetro

os conteúdos tratados e os seus objetivos.

O professor deve elaborar instrumentos que auxiliam a registrar

o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou tem se apropriado dos

conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso.

Bibliografia:

- Costella, Domenico: O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso.

- Eliade, Mircea: O Sagrado e o profano: a essência das religiões.

- A apostila: Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino

Fundamental.

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GEOGRAFIA

Período: Matutino e Noturno

Curso: Ensino Fundamental

1-Justificativa

A Geografia apresenta um papel específico, uma vez que oferece

instrumentos para a compreensão e intervenção na realidade social. Por meio dela,

podemos compreender como e em que diferentes sociedades interagem com a

natureza na construção de seu espaço e nos lugares onde vivemos. Desta forma, esta

ciência visa a ampliação das capacidades dos alunos e de observar, conhecer,

explicar, comparar e representar as características do lugar em que vivem diferentes

paisagens e espaços geográficos.

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A Geografia tem atuação privilegiada dentro do elenco de disciplinas

na escola, pois favorece uma maior integração entre o ambiente mais restrito do aluno

e o mundo do qual faz parte, fornecendo-lhe uma visão mais completa do complexo

social- o espaço construído pelo trabalho humano, ao longo de um processo histórico.

Essa integração deve ser interpretada como a capacidade de refletir criticamente sobre

a sociedade em que vive e sobre o espaço que ocupa e, muitas vezes, ajuda a

construir.

A Geografia é uma área de conhecimento comprometida em tornar o

mundo compreensível para os alunos, explicável e passível de transformação. Neste

sentido, a Geografia tem por objetivo estudar as relações entre o processo histórico na

formação das sociedades humanas e o funcionamento da natureza por meio da leitura

do lugar, do território, a partir de sua paisagem. Na busca dessa abordagem relacional,

aquilo que na paisagem representa as heranças das sucessivas relações no tempo

entre a sociedade e a natureza em sua interação.

O ensino de Geografia pode e deve ter como objetivo, mostrar ao

aluno que cidadania é também o sentimento de pertencer a uma realidade em que as

relações entre a sociedade e a natureza formam uma todo integrado do qual ele faz

parte e que, portanto, precisa conhecer, e do qual se considera membro participante,

efetivamente ligado, responsável e comprometido historicamente com os valores

humanísticos.

2-Conteúdos Estruturantes

- Dimensão Econômica do espaço geográfico;

- Dimensão política do espaço geográfico;

- Dimensão Sócio-ambiental do espaço geográfico;

- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;

3-Conteúdos Básicos

5ºserie:

-Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;

-Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias

de exploração produção;

-A formação, localização e utilização dos recursos naturais.

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-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)

organização do espaço geográfico;

-As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;

-A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos;

-A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da

diversidade cultural;

-As diversas regionalizações do espaço geográfico;

6ºsérie

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território

brasileiro;

-A dinâmica da natureza e a sua alteração pelo emprego de -tecnologias de

exploração e produção;

-As diversas regionalizações do espaço brasileiro;

-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e

indicadores estatísticos;

-Movimentos migratórios e suas motivações;

-O espaço rural e a modernização da agricultura;

-A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e

a urbanização;

-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do

espaço geográfico;

-A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e informações;

7ºsérie

-As diversas regionalizações do espaço geográfico;

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do

Continente Americano.

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

-O comércio em suas implicações sócio-espaciais;

-A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações;

-A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do

espaço geográfico;

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-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

-O espaço rural e a modernização da agricultura;

-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos;

-Os movimentos migratórios e suas motivações;

-As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

-Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

8ºsérie

-As diversas regionalizações do espaço geográfico;

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;

-A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço

da produção;

-O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais;

-A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;

-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os

indicadores estatísticos;

-As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;

-A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a

(re) organização do espaço geográfico;

-A dinâmica da natureza e sal alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

-O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual

configuração territorial;

4-Objetivos Gerais da Disciplina de Geografia

1 Subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscando elementos que per-

mitam compreender, explicar e transformar o mundo;

2 Preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espa-

ço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem uma cer-

ta passividade aos indivíduos;

3 Preparar os alunos para serem agentes da construção do espaço e

subsidiá-los para interferir conscientemente na realidade;

4 Ler, analisar e interpretar os códigos específicos de geografia (ma-

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pas,gráficos,tabelas,etc), considerando como elementos de represen-

tação de fatos e fenômenos espaciais ou especializados;

5 Reconhecer os fenômenos espaciais à partir da seleção, comparação

e interpretação, identificando as singularidades e generalidades de

cada lugar, paisagem e território;

6 Identificar e analisar o impacto das transformações naturais, sociais,

econômicas, culturais e políticas do seu “lugar no mundo”, comparan-

do, analisando e sintetizando a densidade das relações e transforma-

ções que tornam a realidade concreta e vivida.

5-Fundamentos teórico Metodológico da disciplina

A compreensão do objeto da Geografia – espaço – é a finalidade do

ensino dessa disciplina, bem como as categorias de análise da Geografia – as

relações sociedade/natureza e as relações espaço/temporal - são fundamentais

para a compreensão dos conteúdos.

Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas

geográficas com o uso da linguagem cartográfica – signos,escala,orientação.

Propõe que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma crítica e

dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, valorizando o real processo de

inclusão que preconiza uma verdadeira relação ensino-aprendizagem. Mantendo

uma coerência dos fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando a cartografia

como ferramenta essencial, possibilitando assim transitar em diferentes escalas

espaciais, ou seja, do local ao global e vice-versa contemplando a

interdisciplinaridade.

6-Avaliação

Deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores

para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos

tratados durante um determinado período.

Evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de comunicação dos

alunos.

Esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os

conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias

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espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as relações de poder, contemplando a

escala local e global e vice-versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continuada, e

que contemplem diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e

produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e

principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo, entre

outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de seminários, leitura e

interpretação de diferentes tabelas e gráficos, relatório de experiências práticas de aulas

de campo ou laboratório, construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre

outros.

A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos. A avaliação deve ser um

processo não-linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na

relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e aluno.

7-Recuperação de Estudos

No decorrer das aulas, conteúdos serão retomados com explicações e atividades

diversificadas, dando assim oportunidade para os alunos que ainda não conseguiram

assimilar os conteúdos já trabalhados em sala. Em decorrência disso, novas atividades

serão aplicadas, conforme previsto no regulamento interno do estabelecimento de ensino,

no decorrer de cada bimestre.

Portanto, na disciplina de Geografia, será realizada a recuperação de conteúdos

e de notas, sendo que esta última será realizada da seguinte forma para os alunos:

*Produção de texto: o professor fará correção escrita do texto com apontamento dos

erros e o aluno irá reescrever o texto;

*Nas atividades de pesquisas escritas e demais atividades escritas inclusive provas a

nas orais, o aluno que não atingir 60% no final do bimestre fará uma prova escrita do

assunto abordado no bimestre.

REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Vesentini, José Willian-Geografia Crítica: manual do professor/José Willian Vesentini,

Vânia Vlach.--3.ed.atual.e aperfeiçoada.--São Paulo : Ática,2006.

Ab-Saber, Aziz.Formas de Relevo. São Paulo,Edart/FBDEG,1975.(Série Projeto

Brasileiro para o Ensino de Geografia.)

Geografia&Questão Ambiental.Terral Livre. São Paulo, ABB/Marco Zero, n.3,1988.

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Lacoste, Yves & Ghirard,Raymond. Geográphie 2ª.Paris, Fernand Nathan,1981.

A Cartografia. Fernand Joly. Campinas, Papirus, 1990.

A Geografia em sala de aula. Ana Fani A. Carlos (org). São Paulo, Contexto, 1999.

(Coleção Repensando o Ensino).

Um globo em suas mãos - Práticas para a sala de aula. Neiva Otero Schaffer et al.Porto

Alegre, Ed da UFRGS, 2003.

Governo do Paraná Secretaria de Estado do Paraná Departamento de Educação Básica-

Diretrizes Curriculares da Educação Básica Geografia.

HISTÒRIA

PERÍODO: Matutino e Noturno CURSO: Ensino Fundamental

JUSTIFICATIVA

O ensino de História pretende mostrar a importância que os conteúdos se dá

no sentido de uma tomada de consciência por parte do aluno,das dimensões

sociais do mundo em que vivem, seja rural ou urbana. Há uma outra opção por

uma abordagem temática,buscando a compreensão acerca da “constituição

histórica do mundo” em abordagens clássicas como: as formas de subsistên-

cia,as

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crenças, a natureza, a cultura e vida das civilizações ao longo da história.Bus-

cando suscitar reflexões a respeito de aspectos

políticos,econômicos,culturais,sociais e das relações entre o ensino da

disciplina com a produção do conhecimento histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

-relações de trabalho;

-relações de poder;

-relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª SÉRIE

-A experiência humana no tempo;

-Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

-As culturas locais e a cultura comum.

6ª SÉRIE

-As relações de propriedade;

-A constituição histórica do mundo do campo e da cidade;

-A relações entre o campo e a cidade;

-Conflitos e resistências e produção cultural campo\ cidade.

7ª SÉRIE

-História das relações da humanidade com o trabalho;

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-O trabalho e a vida em sociedade;

-O trabalho e as contradições da modernidade;

-O trabalhadores e as conquistas de direito.

8ª SÉRIE

-A constituição das instituições sociais;

-A formação do Estado;

-Sujeitos,guerras e revoluções.

CONTEÚDOS BÁSICOS COMPLEMENTARES

-História e cultura Afro-Brasileira;

-História do Paraná.

OBJETIVOS DA DISCPLINA DE HISTÓRIA

O ensino de história tem a necessidade de desenvolver competências intelec-

tuais quanto a tarefa de formar cidadãos para uma vida solidária e democrática.

Compreender as características da sociedade atual,identificando as relações

sociais e econômicas,regimes políticos,questões ambientais, comparando-as

com as características de outros tempos e lugares.Reconhecer a identidade de

forma articulada através da leitura e análise bem como contextualização e in-

terpretação de transformações relacionando com o presente e o futuro.Resga-

tar os valores da cultura Afro-Brasileira na formação de uma nova geração sem

discriminação.

FUNDAMENTOS TEÓRICO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA

O conhecimento histórico possibilita que os alunos valorizem e contribuam para

a preservação os documentos, dos lugares de memória como : museus,biblio-

tecas,públicos de fotografias de documentos escritos e audiovisuais,entre ou-

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tros,seja pelo uso adequado dos locais de memória,pelo manuseio cuidadoso

de documentos que podem constituir fontes de pesquisas.

O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permi-

tem aos alunos formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio

de narrativas históricas.

A abordagem metodológico dos conteúdos para o ensino fundamental parte da

história local \ Brasil para o mundo. É fundamental que o aluno aprenda a reco-

nhecer os costumes, valores, e crenças em suas atitudes e hábitos cotidianos,

assim o trabalho com diferença e semelhança,tem objetivos de investigar à re-

flexão, à compreensão e participação no mundo social.

AVALIAÇÃO

Os conteúdos da disciplina de História tem como finalidade estudar e avaliar de

modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as

manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro

instituída por um processo histórico.Verificar a compreensão do aluno acerca

da utilização do documento em sala de aula,propiciando reflexões sobre a rela-

ção passado \ presente.

No processo avaliativo deve-se fazer uso:de narrativas,documentos

históricos,inclusive os produzidos pelos alunos;verificação e confronto de docu-

mentos de diferentes naturezas:mitos, culturas,religiosidade,festas,formas de

representação humana,oralidade e a escrita e formas de narrar a história,entre

outras.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

-Rodrigue,Joelza Ester

História em documento:imagem e texto / Joelza Ester Rodrigue.

1. ed.- São Paulo: FTD,2006. - (Coleção Hitória em documento : imagem

e texto)

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-ATLAS da História do mundo,São Paulo:Folha de S.Paulo /Times Books,1995.

-HISTÓRIA das civilizações .São Paulo:Abril Cultural,1975.

-ARANHA.M. L. De A & MARTINS,M. H. P. Filosofando.Introdução á filosofia.-

São Paulo:Mo-

derna,2000.

-BROWKER,J.Para entender as religiões.São Paulo:Ática /Dorling

Kindersley,1997.

-VEYNE,P. Do Império Romano ao ano ano mil.São Paulo:Companhia das Le-

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História da vida privada,v.1.

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Brasileira,1968.v.1.

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Enciclopédia Britânica.

-http://www.ipl.org

Biblioteca pública com textos integrais de obras-primas.

-http://sites.uol.com.br./cliohistorias

Clio História.

-História do mundo. Lisboa / São Paulo:Verbo,1981.

-ALVES FILHO,I. Brasil,500 anos em documentos.Rio de Janeiro:Mauad,1999.

-MATTOSO,K.M.de Q.Textos e documentos para o estudo da história contem-

porânea(1789-1963

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São Paulo:Hucitec,1977.

-AZEVEDO,A. C. Do A.Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos.Rio

de Janeiro:Nova

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-FREITAS,G. DE. Vocabulário de História.Lisboa:Plátano,1982.

-HAUSER ,A História social da arte e da literatura.São Paulo:Martins

Fontes,1995.

-FAORO,R. Os donos do poder.Porto Alegre:Globo,1979.v.2.

-FAUSTO,B.História do Brasil.São Paulo:Edusp / Fundação do Desenvolvimen-

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-MENDES JR.,A. & MARANHÃO,R.Brasil história: texto e consulta.São

Paulo:Melhoramentos,1979(v.3) e 1982 (v.4).

-SANDRONI,P. Traduzindo o economês para entender a economia brasileira

na época da globalização.São Paulo: Best Seller,2000.

-STEPAN,A.C.Os militares:da abertura à Nova República .Rio de Janeiro:Paz e

Terra,1986.

Língua Portuguesa - Ensino Fundamental

1- Apresentação da Disciplina

O trabalho com a Língua Portuguesa na escola deve contemplar o estudo da

linguagem em uso, isto é, a língua, em suas diferentes práticas de oralidade,

leitura, escrita e análise lingüística.

Nesse sentido, o ensino da língua materna se orienta na concepção

sóciointeracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros tex-

tuais. Dentro de um processo dinâmico e histórico dos agentes de interação

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verbal tanto na constituição social da linguagem quanto dos sujeitos que por

meio dela interagem.

O ensino, por meio dos gêneros textuais, propicia o desenvolvimento da capa-

cidade individual lingüística e discursiva dos educandos e, ao mesmo tempo,

aponta formas de participação efetiva na sociedade através do uso da lingua-

gem, ampliando a sua compreensão da realidade, conduzindo-os ao pleno

exercício da cidadania e, por conseqüência, a superação das desigualdades

que lhe são impostas pela ordem

capitalista.

2- Conteúdo Estruturante e Específicos

O conteúdo estruturante do ensino de Língua Portuguesa é o discurso enquan-

to prática social, em suas manifestações de leitura, escrita e oralidade. Portan-

to, não deve ser encarado como uma mensagem direcionada a um receptor,

pois o discurso gera sentido entre os interlocutores.

Os conteúdos específicos compreendem os gêneros discursivos que circulam

socialmente, considerando-se o tema (conteúdos ideológicos), a forma compo-

sicional e o estilo (marcas lingüísticas e enunciativas).

5a. Série

histórias em quadrinhos, contos, contos de fadas, fábulas, poemas, causos,

narrativas fantásticas, lendas, .bilhete, cartão postal, piadas, fotos, letras de

música, pinturas, relatos de experiências vividas, pesquisas, cartum, charge,

anúncio publicitário, cartazes, paródia, placas, resumo.

6a.Série

relatos de experiências vividas, memórias, diário, autobiografias, biografias,

contos, narrativas de aventuras e viagens, crônicas, fotos, letras de música,

pinturas, pesquisas, cartum, charge, anúncio publicitário, histórias em quadri-

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nhos, resumo, haicai, manchete, infográfico, notícia, reportagem, tiras, poema,

textos de divulgação científica, e-mail.

7a. Série

notícia, reportagem, crônica e conto, poema, textos publicitários e propaganda,

gêneros da fala pública, textos argumentativos, resenha, entrevista, romances,

carta ao leitor, narrativas de ficção científica, fotos, letras de música, pinturas,

pesquisas, cartum, histórias em quadrinhos, resumo, charge, exposição oral,

relatório,

8a. Série

Textos argumentativos, conto, crônica, romances, carta ao leitor,artigo de opini-

ão, editorial, notícia, propaganda, textos publicitários, texto dramático, charge,

texto científico, resenha, classificados, pesquisa, palestra, seminário, entrevis-

ta, júri simulado, sinopses, caricatura, e-mail, fotos, pinturas.

3- Metodologia

Em relação à metodologia utilizada no ensino de Língua Materna é de grande

importância a reorganização dos conceitos metodológicos que nortearam o tra-

balho com essa disciplina ao longo do tempo, pois o ensino era voltado às prá-

ticas estruturalistas e que não refletiam sobre a linguagem em uso. Hoje sabe-

mos que não basta centralizar o ensino na gramática e na fixação de nomen-

claturas. O que se espera do professor é formar cidadãos com pleno domínio

da linguagem nas suas diversas práticas sociais: leitura, escrita, oralidade.

Leitura

Por meio da concepção sóciointeracionista assumida nessa proposta, a leitura

é compreendida como um processo de produção de sentidos, que se dá pelas

relações dialógicas entre os sujeitos , autor e leitor mediados pelo texto.

Nesse trabalho dialógico, discursivo e intertextual a leitura abre novas perspec-

tivas, refaz sentidos, multiplica-se em contato com novas possibilidades, dando

importância ao conhecimento de mundo do leitor, suas experiências anteriores

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de leitura, suas inferências e previsões acerca da leitura realizada. O leitor vai

construindo o sentido do texto em conjunto com suas experiências vividas.

Nessa perspectiva, a sala de aula é o lugar de constituição de sentidos por

meio da diversidade de textos em linguagem verbal, visual e outras formas de

linguagem com suas especificidades.

Os textos literários contemplam a multiplicidade de sentidos, podendo ser tra-

balhados em correlação a outras linguagens, como artes plásticas, cinema, mú-

sica, abrindo horizontes e permitindo desfrutar de suas potencialidades: a bele-

za, a fruição... Essa relação faz com que o aluno compreenda o presente como

resultado e parte de uma história complexa, que é a própria história dos ho-

mens e das mulheres em sua relação com o outro e com o mundo.

Escrita

Trabalhar na perspectiva de gêneros textuais significa, antes de mais nada

conceber o texto como meio de interação em situações concretas de uso da

língua.

Nesse sentido, o trabalho com os gêneros textuais em sala de aula é uma

oportunidade riquíssima de se lidar com a língua nos seus diferentes usos do

cotidiano, o que faz com que o aluno veja sentido naquilo que estuda, entenda

melhor aquilo que lê e se sinta motivado para a produção textual, seja ela oral

ou escrita.

Considerando que o ato de escrever precisa ser visto como atividade sóciointe-

racional, isto é, que ao escrever tem-se um leitor em potencial, deve-se privile-

giar a escrita com objetivo e leitor definido.

Quanto mais claro ficar para os alunos o contexto de produção do gênero estu-

dado (quem escreve, o que escreve, para quem escreve, com que intenção e

onde será veiculado o gênero em questão), mais proveitoso será o trabalho.

Assim, o trabalho de escrita e reescrita de textos, deve valorizar a linguagem

do aluno em situações específicas de interação verbal, observando e analisan-

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do os diversos gêneros existentes no meio social, de modo que ele domine não

só as práticas de seu universo imediato de convívio, mas seja também capaz

de interagir pela escrita em situações mais formais.

Oralidade

As práticas com a oralidade devem contemplar o aluno como sujeito do proces-

so interativo, considerando suas vivências e pautando-se em situações reais de

uso da fala, propiciando e promovendo atividades que possibilitem ao aluno tor-

nar-se um falante competente de sua língua, compreendendo-a e organizando

seu próprio discurso de forma clara e coesa.

As atividades propostas pelo professor devem permitir que, gradativamente, o

aluno compreenda e utilize a variedade padrão nos diversos contextos sociais,

bem como reconheça as demais variedades lingüísticas, afastando o precon-

ceito lingüístico arraigado nas instâncias escolares.

Almeja-se, portanto, a superação da artificialidade das práticas essencialmente

escolarizadas e a valorização do sujeito-aluno enquanto ser falante no mundo,

que busque nas relações dialógicas a apropriação do espaço que lhe é de di-

reito na sociedade da qual faz parte.

Análise Lingüística

Em consonância com a concepção sóciointeracionista adotada pelas Diretrizes

Curriculares Estaduais e reiteradas nessa proposta curricular, deve-se promo-

ver a desconstrução entre a visão historicamente estabilizada, segundo a qual

ensinar língua portuguesa seja sinônimo de ensinar a gramática.

Antes de postular a exclusão dos conteúdos gramaticais de língua portuguesa,

almeja-se a ressignificação do trabalho com as regras que regem o funciona-

mento do sistema lingüístico, fazendo-as menos contemplativas e mais funcio-

nais.

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Nessa perspectiva, a gramática tem importância fundamental no trabalho que

se faz com a Língua Portuguesa na escola, enquanto elemento que assegura a

clareza dos textos, orais e escritos, que ali são produzidos.

O trabalho com a gramática deve, portanto, promover a reflexão permanente

sobre a linguagem permitindo que os alunos sejam operadores textuais, ou

seja, enquanto artífices do seu dizer, o aluno recorre ao conhecimento sistema-

tizado sobre a língua como forma de alcançar os objetivos que o levaram a pro-

duzir o texto que está escrevendo. Para tanto, faz-se necessário o conhecimen-

to dos aspectos textuais e das exigências específicas de adequação da lingua-

gem, como operadores argumentativos, aspectos de coerência, coesão, inter-

textualidade, informatividade, concordância, regência, formalidade/informalida-

de, referenciação, entre outros.

4- Avaliação

A avaliação constitui-se num processo diagnóstico, contínuo e cumulativo a fim

de possibilitar avanços no processo educativo, deve, portanto, permear todo o

trabalho com a língua e não apenas aparecer no final em forma de uma prova,

pois tem caráter formativo. É ela que vai guiar o trabalho do professor , mostrar

os erros e acertos, ou seja, ela revela dificuldades e direciona para a interven-

ção pedagógica, pois os alunos

possuem ritmos e processos de aprendizagem diferentes. Afinal, nesse proces-

so, não é somente o aluno o avaliado, mas o professor e sua metodologia tam-

bém.

Nesse processo avaliativo devem ser contemplados os eixos: oralidade, leitura,

escrita e análise lingüística.

Em relação à oralidade, avalia-se o aluno quanto aos aspectos de participação

nos diálogos, fluência da fala, relatos e discussões, clareza de idéias, argumen-

tação, com capacidade para adequar o discurso /texto aos diferentes interlocu-

tores e situações.

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Para a leitura, é desejável que seja verificada a habilidade de se extrair da lei -

tura os diversos sentidos permitidos pelo texto e de tecer relações pertinentes

entre esses sentidos e o cotidiano por ele experienciado. Entre os possíveis re-

cursos situam-se: a proposição de questões abertas, verificação da compreen-

são de textos lidos e empregados em debates, defesa de pontos de vista, posi-

cionamento diante do tema, reflexão crítica acerca dos textos, além do reco-

nhecimento da estrutura e dos recursos lingüísticos envolvidos na formulação

dos textos representativos dos diversos gêneros que circulam na sociedade.

Na escrita, a avaliação pode percorrer os seguintes caminhos, sem esquecer

que trata-se de um processo de produção e não de um produto final. A produ-

ção textual e a adequação do discurso ao interlocutor/intenções, em contextos

reais de comunicação, são exemplos dessa prática. No entanto, os aspectos

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais utilizados nas produções preci-

sam ser avaliados concomitantemente por meio de uma prática reflexiva que

permita aos alunos o avanço no domínio da linguagem.

5- Referências

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Edu-

cação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

MATEMÁTICA

JUSTIFICATIVA DA DISCIPLINA

O exercício da cidadania pressupõe que as pessoas desenvolvam

sua capacidade de aprender, tendo como meios o domínio da leitura, da escrita

e do conhecimento matemático de tal forma que lhe seja permitido

compreender o mundo, o ambiente natural, cultural e político a sua volta, as

artes, a tecnologia, os valores que fundamentam a sociedade, para nela atuar

de forma crítica e participativa.

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Nesse sentido, a matemática tráz grandes contribuições, pois tem

relações estreitas com diversas áreas do conhecimento e da atividade humana.

É um instrumental importante para as ciências da natureza, as ciências sociais,

a arte, a música, o esporte, e pode ser mais bem aprendida quando analisada

dessa perspectiva de interação com outras áreas.

Ela faz parte da vida de todos nós, sendo aplicada em diversas

situações do dia a dia. Em casa, na rua, nas várias culturas, o ser humano

necessita contar, calcular, comparar, medir, localizar, representar, interpretar,

etc... e o faz informalmente, à sua maneira, com base em parâmetros do seu

contexto sociocultural. É preciso que esse saber informal, cultural, se incorpore

ao trabalho matemático escolar, diminuindo a distância entre a matéria da

escola e a matemática da vida, desde uma simples contagem, até o uso de

complexos computadores.

A matemática é fruto da criação humana, da qual fazem parte erros

e acertos. A história da matemática nos revela que os povos das antigas

civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos que

vieram compor a matemática que se conhece hoje. A matemática surgida na

antiguidade por necessidade da vida cotidiana, tem se transformado em um

imenso sistema de variadas e extensas disciplinas, como as demais ciências,

refletem as leis do mundo que nos rodeis e servem de instrumento para o

conhecimento e domínio da natureza.

A vitalidade da matemática se deve ao fato de que, apesar de sua

abstração, seus conceitos e resultados tem sua origem no mundo real e

encontram muitas e diversas aplicações em outras ciências, na engenharia e

em todos os aspectos práticos em outras ciências.

A finalidade da matemática é fazer com que o aluno compreenda e se

aproprie da própria matemática concebida como um conjunto de resultados,

métodos, procedimentos, algorítmos, etc.

Outra finalidade apontada pelos autores é fazer com que o estudante

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construa por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de

natureza diversa, visando a formação integral do ser humano exercendo a

cidadania.

A educação matemática em especial não se destina a formar

matemáticos, mas sim pessoas que possuam uma cultura matemática que lhe

permitam aplicar a matemática nas suas atividades e na sua vida diária. Assim,

dentro dessa proposta, desejamos que o aluno possa:

• Contemplar os conteúdos específicos concernentes a cada conteúdo

estruturante, articulando-os: estruturantes e específicos fazendo uso de

metodologias que transitem entre as tendências da educação matemática.

• Adotar uma atitude positiva em relação à matemática, ou seja, desenvolver

sua capacidade de fazer matemática” construindo conceitos re

procedimentos, formulando e resolvendo problemas por si mesmo, e assim

aumentar sua auto-estima e perseverança na busca de soluções para os

seus problemas.

• Constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem

adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticas e de outras

áreas do conhecimento.

• Perceber que os conceitos e procedimentos matemáticos são úteis para

compreender o mundo e atuar nele.

• Perceber a presença da matemática no dia a dia (quantidades, números,

formas geométricas, simetria, grandezas e medidas, tabelas e gráficos).

• Utilizar a linguagem matemática, associando-a a linguagem usual.

• CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• 5ª SÉRIE

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

• GRANDEZAS E MEDIDAS

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• GEOMETRIAS

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Sistemas de numeração

• Números naturais

• Múltiplos e divisores

• Potenciação e radiciação

• Números fracionários

• Números decimais

• GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento

• Medidas de massa

• Medidas de área

• Medidas de voluma

• Medidas de tempo medidas de ângulos

• Sistema monetário

• GEOMETRIAS

• Geometria plana

• Geometria espacial

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Dados, tabelas e gráficos

• Porcentagem

• 6ª SÉRIE

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números inteiros

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• Números racionais

• Equação e inequação do 1º grau

• Regras de três simples

• GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de temperatura

• Medidas de ângulos

• GEOMETRIAS

• Geometria plana

• Geometria espacial

• Geometria não-euclidianas

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Pesquisa estatística

• Média aritmética

• Moda e mediana

• Juros simples

• 7ª SÉRIE

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números racionais e irracionais

• Sistemas de equações do 1º grau

• Potências

• Monômios e Polinômios

• Produtos notáveis

• GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento

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• Medidas de área

• Medidas de volume

• Medidas de ângulos

• GEOMETRIAS

• Geometria plana

• Geometria espacial

• Geometria analítica

• Geometria não-euclidianas

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Gráfico e informação

• População e amostra

• 8ª SÉRIE

• CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

• GRANDEZAS E MEDIDAS

• FUNÇÕES

• GEOMETRIAS

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais

• Propriedades dos radicais

• Equação do 2º grau

• Teorema de Pitágoras

• Equações irracionais

• Equações Biquadradas

• Regra de Três Composta

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• GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações Métricas no Triângulo Retângulo

• Trigonometria no Triângulo Retângulo

• FUNÇÕES

• Noção Intuitiva de Função Afim

• Noção Intuitiva de Função Quadrática

• GEOMETRIAS

• Geometria Plana

• Geometria Espacial

• Geometria Analítica

• Geometrias não – euclidianas

• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Noções de Análise Combinatória

• Noções de probabilidade

• Estatística

• Juros compostos

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS:

A teoria é distribuída por meio de uma linguagem simples, mas

precisa, estabelecendo um diálogo com o aluno, permitindo que ele progrida

sem dificuldade.

• São apresentadas ilustrações e esquemas explicativos;

• Sempre que necessários necessários, são retomados os assuntos que

fazem parte do conhecimento prévio do aluno;

• Os temas são acompanhados por atividades ao longo do texto, objetivando

a integração entre o saber e o fazer;

• Os assuntos são relacionados com a prática cotidiana do aluno com o

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intuito de chama-lhe a atenção e o interesse;

• São indicados usos de materiais manipulativos, que permitem ao aluno o

desenvolvimento do raciocínio logico, a construção e generalização de

conceitos e o aprendizado significativo;

• Inclui-se a resolução detalhada dos exercícios.

AVALIAÇÃO

Entendemos a avaliação como um processo contínuo cumulativo,

contextualizador por toda a comunidade escolar. São realizadas práticas

avaliativas diagnósticas, investigativas, participativas, levando em consideração

o aluno como um todo, sua bagagem cultural e as suas diferenças individuais.

A avaliação é um elemento, parte integrante do processo ensino-

aprendizagem, abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e

também os objetivos. A estrutura e o funcionamento

da escola e do sistema de ensino. A avaliação está intimamente ligada ao

conceito de melhoria, melhoria não apenas da aprendizagem, mas da própria

ação do professor.

A avaliação deve ser uma atividade valorativa e investigativa, facilitadora

da mudança educativa e do desenvolvimento profissional do professor.

Portanto, a avaliação deve ser compreendida como:

• Elemento integrador entre a aprendizagem e o ensino;

• Conjunto de ações cujo objetivo é o de ajuste e a orientação da intervenção

pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma;

• Conjunto de ações que busca obter informações sobre o que o aluno

aprendeu;

• Reflexão para a prática do professor;

• Instrumento que possibilita ao aluno tomar consciência de seus avanços,

dificuldades e possibilidades;

• Ação que ocorre durante o processo de ensino?aprendizagem;

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• Grande variedade de tarefas e ter uma visão global da matemática;

• Propor situações-problema que envolvam aplicações de conjunto de ideias

matemáticas;

• Propor situações abertas que tenham mais de 1 solução;

• Propor ao aluno que formule problemas e resolva-os;

• Usar várias formas de avaliação tais como: (provas , testes, trabalhos, auto-

avaliação, exposição, entrevistas, conversas informais, etc)

• Avaliar a aprendizagem, portanto implica avaliar o ensino oferecido.

O objetivo principal da avaliação é verificar o conhecimento do aluno,

desenvolvendo nele a capacidade de lidar com situações diversas, argumentar,

sintetizar, planejar e organizar em diferentes situações. E ao fazer a avaliação

espera-se que o aluno tenha aprendido, pois se não há aprendizagem, significa

que o ensino não cumpriu a sua finalidade que é o de fazer aprender.

REFERÊNCIAS

• BARROSO,Juliane Matsubara. Projeto Araribá – 1, ed. - São Paulo:

Editora Moderna, 2006;

• J. Timoni: Nos Domínios da Matemática – Editora FTD;

• Oscar Guelli:Uma Aventura do Pensamento – Editora Ática;

• Jakubo e Lellis: Matemática na Medida Certa – Editora Scipioni;

• Giovanni e Giovanni Jr.; Aprendizagem e Educação Matemática –

Editora FTD;

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• Giovanni & Giovanni Jr.; Pensar e Descobrir – Editora FTD;

• Jakubo e Lellis: Matemática na Medida Certa – Editora Scipioni;

• Bigode. Antonio José Lopes: Matemática Atual – Editora Atual.

INGLÊS

Colégio Estadual “Júlia Wanderley “ Ensino Fundamental e Médio

Língua Estrangeira Moderna ( L E M ) Inglês Ano 2010

Disciplina : Inglês

Período: diurno e noturno

Curso: Ensino Fundamental

Professora: Leonice Borges Rosa

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Justificativa

O ensino da Língua Estrangeira Moderna está norteado a trabalhar as quatro

áreas do aprendizado da língua: ouvir, falar, ler e escreve. Proporcionando um

espaço em que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e

cultural, envolvendo-o discursivamente e percebendo as possibilidades de

construção de significados em relação ao mundo em que vive.

A língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação,

proporcionando ao aluno a formação necessária ao desenvolvimento das suas

potencialidades, visando aprimorar, através das relações com o conhecimento,

com o outro e com o mundo.

Conteúdos Estruturantes:

• O discurso como prática social;

• A Língua Estrangeira e o relacionamento da diversidade cultural;

• A Língua Estrangeira e o processo de construção de identidades sociais

transformadoras.

Conteúdos Básicos:

5ª Série:

Leitura

• Identificação do tema

• Intertextualidade

• Intencionalidade

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções das classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

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• Variedade linguística

• Acentuação gráfica

• Ortografia

Escrita

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Intencionalidade do texto

• Intertextualidade

• Condições de produção

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto)

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções das classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística

• Acentuação gráfica

• Ortografia

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

• Pronúncia.

6ª Série:

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112

Leitura

• Identificação do tema

• Intertextualidade

• Intencionalidade

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções da classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística

• Acentuação gráfica

• Ortografia

Escrita

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Intencionalidade do texto

• Intertextualidade

• Condições de produção

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto)

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções da classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística

• Acentuação gráfica

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113

• Ortografia

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

• Pronúncia.

7ª Série:

Leitura

• Identificação do tema

• Intertextualidade

• Intencionalidade

• Vozes sociais presentes no texto

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções das classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística

• Acentuação gráfica

• Ortografia

Escrita

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

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114

• Intencionalidade do texto

• Intertextualidade

• Condições de produção

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto)

• Vozes sociais presentes no texto

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções das classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística

• Ortografia

• Acentuação gráfica

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Vozes sociais presentes no texto

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

• Adequação da fala ao contexto

• Pronúncia

8ª Série:

Leitura

• Identificação do tema

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115

• Intertextualidade

• Intencionalidade

• Vozes sociais presentes no texto

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções das classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

• Discurso direto e indireto

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística

• Acentuação gráfica

• Ortografia

Escrita

• Tema do texto

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Intencionalidade do texto

• Intertextualidade

• Condições de produção

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto)

• Vozes sociais presentes no texto

• Discurso direto e indireto

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto

• Léxico

• Coesão e coerência

• Funções das classes gramaticais no texto

• Elementos semãnticos

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• Recursos estilísticos (figuras de linguagem)

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística

• Ortografia

• Acentuação gráfica

Oralidade

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc...;

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Vozes sociais presentes no texto

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

• Adequação da fala ao contexto

• Pronúncia

Observação

O ensino de gramática e a prática de análise lingüística será realizada de

acordo com a série.

Vale ressaltar que há diferença entre o ensino de gramática e a prática de

análise linguística.

Fundamentos Teóricos Metodológicos:

A partir das reflexões e implicações no Ensino de Língua Estrangeira Moderna,

serão apresentados alguns fundamentos teóricos metodológicos:

-O resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no

currículo da Educação Básica.

-O atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a

garantia da equidade no tratamento da disciplina de L E M em relação às

demais obrigatórias do currículo.

-O respeito à diversidade ( cultural,identitária, linguística ) pautando no ensino

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de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.

Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que

sustenta este documento, valorizando a escola como um espaço social

democrático,responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento

como instrumento de compreensão das relações sociais e para a

transformação da realidade. Propõe-se que a aula de L E M constitua um

espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e

cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de

construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o

aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos

e, portanto, passiveis de transformação na prática social.

Avaliação

Os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna propõem reflexões sobre as

práticas avaliativas, objetivas-se favorecer o processo de ensino-

aprendizagem, norteando o trabalho do professor, e propiciando ao aluno uma

dimensão do ponto em que se encontra no processo pedagógico.

Pretende-se formar leitor ativo, capaz de produzir sentidos na leitura dos

textos, tendo conhecimentos prévios, levantarem hipóteses a respeito da

organização social, perceber a intencionalidade. No processo avaliativo

subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de

suas produções, perceber como bem sucedido o ensino/aprendizagem quando

o trabalho desenvolvido são retomados e analisados tanto pelo educador

quanto pelo educando. A avaliação enquanto relação dialógica é a apropriação

do conhecimento pelo professor e pelo aluno, sendo um processo de ação-

reflexão –ação, através da interação professor/aluno envolvidos de significados

e compreensão. A avaliação deve estar articulada com os objetivos e

conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos

metodológicos envolvidos neste processo.

Bibliografia

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Governo do Paraná Secretaria de Estado do Paraná Departamento de Educação Básica-

Diretrizes Curriculares da Educação Básica Inglês.

PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO

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Conteúdos Estruturantes e Básicos. ARTE

Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são

independentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses

conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,

organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte,

constituirão a composição que se materializa como obra de arte nos diferentes

movimentos e períodos. A opção pelos elementos formais e de composição

trabalhados pelos artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos

artísticos nos diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão de

mundo, característica dos movimentos e períodos, também determina os

modos de composição e de seleção dos elementos formais que serão

privilegiados. Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no

interior dos conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.

Os conteúdos estruturantes específicos, resultado do debate entre professores,

apontam uma parte dos conhecimentos a serem trabalhados na disciplina de

Arte e, ao mesmo tempo, explicitam formam de encaminhamento metodológico

presentes na Educação Básica. Neste sentido, para o planejamento das aulas

de todas as séries de Educação Básica propõe a organização dos conteúdos

de forma horizontal, vide tabela de conteúdos estruturantes. Esta forma de

organização é também uma indicação de encaminhamento metodológico, pois

em toda ação pedagógica planejada devem estar presentes conteúdos

específicos dos três conteúdos estruturantes, ou seja, dos elementos formais,

composição e movimentos e períodos. Esta proposta visa superar uma

fragmentação dos conhecimentos na disciplina de Arte, em que no processo de

debate, grande parte dos professores relataram adotar o seguinte

procedimento metodológico: nas séries/anos iniciais (1ª a 4ª séries/1º ao 5º

ano) o trabalho pedagógico centra-se nas atividades artísticas, na prática com

músicas, jogos teatrais, desenho e dança. Nessas atividades priorizam-se os

elementos formais, como estudo sobre cores primárias e secundárias (artes

visuais); timbre, duração e altura (música); expressão facial, corporal e gestual

(teatro) e movimento corporal (dança).Nas séries/anos finais dos Ensino

Fundamental (5ª a 8ª séries/ 6º ao 9º ano) gradativamente abandona-se a

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prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando-se de forma

superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos. No

Ensino Médio a prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de

prática artística, centrando-se no estudo de movimentos e períodos artísticos e

na leitura de obras de arte. Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno

tem contato com fragmentos do conhecimento em Arte, percorrendo um arco

que inicia-se nos elementos formais, com atividades artísticas (séries iniciais) e

finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios cognitivos, abstratos

(Ensino Médio). Diante deste diagnóstico, torna-se imprescindível adotar outra

postura metodológica, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima

da totalidade da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma

horizontal, os elementos formais, composição e movimentos e períodos,

relacionados entre si e demonstrando que são independentes, possibilita-se ao

aluno a compreensão da arte como forma de conhecimento, como ideologia e

como trabalho criador.

1° ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOSELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Artes Visuais• Ponto;• Linha;• Forma;• Textura;• Superfície;• Volume;• Cor;• Luz.

Música• Altura;• Duração;• Timbre;• Intensidade;• Densidade.

Teatro

Artes Visuais:Bidimensional e Tridimensional;Figurativo;Abstrato;Perspectiva;Semelhanças;Contrastes;Ritmo Visual;Técnicas: (desenho, pintura);Gêneros;

Música:Ritmos;Melodia;Harmonia;Modal, tonal e fusão;Gêneros;Técnicas;

• Arte Oriental;• Arte Ocidental;• Arte Africana;• MPB;• Música Paranaense;• Indústria Cultural;• Teatro Greco-romano;• Teatro Medieval;• Teatro Popular;• Teatro Paranaense;• Teatro Brasileiro;• Dança na Pré-História;• Renascimento;• Dança Clássica;• Dança Popular.

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• Expressão corporal, vo-cal e gestual;

• Ação;• Espaço.

Dança• Movimento

Corporal;• Tempo;• Espaço.

Improvisação.

Teatro:Jogos teatrais;Teatro direto e indireto;Mímica;Ensaio;Roteiro;Encenação;Leitura dramática;Teatro Fórum;Gênero;Técnicas.

Dança:Eixo;Dinâmica;Aceleração;Ponto de apoio;Salto e queda.

2° ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOSELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Artes Visuais• Ponto;• Linha;• Forma;• Textura;• Superfície;• Volume;• Cor;• Luz.

Música• Altura;• Duração;• Timbre;• Intensidade;• Densidade.

Artes Visuais:Bidimensional e Tridimensional;Figurativo;Abstrato;Perspectiva;Semelhanças;Contrastes;Ritmo Visual;Técnicas: (desenho, pintura);Gêneros;

Música:Ritmos;Melodia;Harmonia;Modal, tonal e fusão;Gêneros;

• Arte Paranaense;• Arte Popular;• Arte de Vanguarda;• MPB;• Música Engajada;• Indústria Cultural;• Música de Vanguarda;• Teatro Engajado;• Teatro Dialético;• Teatro Essencial;• Teatro Oprimido;• Teatro Pobre;• Teatro de Vanguarda;• Danças Brasileiras;• Danças Paranaenses;• Dança Africana;• Indígena;• Hip Hop;

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Teatro• Expressão

corporal, vo-cal e gestual;

• Ação;• Espaço.

Dança• Movimento

Corporal;• Tempo;• Espaço.

Técnicas;Improvisação.

Teatro:Jogos teatrais;Teatro direto e indireto;Mímica;Ensaio;Roteiro;Encenação;Leitura dramática;Teatro Fórum;Gênero;Técnicas.

Dança:Eixo;Dinâmica;Aceleração;Ponto de apoio;Salto e queda.

• Expressionismo.

3° ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOSELEMENTOS

FORMAISCOMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Artes Visuais• Ponto;• Linha;• Forma;• Textura;• Superfície;• Volume;• Cor;• Luz.

Música• Altura;• Duração;• Timbre;• Intensidade;• Densidade.

Artes Visuais:Bidimensional e Tridimensional;Figurativo;Abstrato;Perspectiva;Semelhanças;Contrastes;Ritmo Visual;Técnicas: (desenho, pintura, modelagem, instalação e performance);Gêneros;

Música:Ritmos;Melodia;

• Arte Engajada;• Arte Contemporânea;• Arte Digital;• Arte Latino-Americana.• Música Ocidental e Ori-

ental;• Música Latino America-

na;• Indústria Cultural;• Teatro Renascentista;• Comédia Dell Arte;• Barroco;• Realista/Naturalista;• Simbolista;• Clássico.• Dança Moderna;• Dança Contemporânea;

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Teatro• Expressão

corporal, vocal e ges-tual;

• Ação;• Espaço.

Dança• Movimento

Corporal;• Tempo;• Espaço.

Harmonia;Modal, tonal e fusão;Gêneros;Técnicas;Improvisação.

Teatro:Jogos teatrais;Teatro direto e indireto;Mímica;Ensaio;Roteiro;Encenação;Leitura dramática;Teatro Fórum;Gênero;Técnicas.

Dança:Eixo;Dinâmica;Aceleração;Ponto de apoio;Salto e queda.

• Vanguardas.

Encaminhamento Metodológico

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica.

Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas,

como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de

conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino

da Arte, três momentos da organização pedagógica:

• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a

obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar

conceitos artísticos.

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• Sentir e perceber: são formas de apreciação, fruição, leitura e acesso a

obra de arte.

• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que

compõe uma obra de arte.

O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos

três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-

se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

Teorizar - Teorizar é a parte do trabalho metodológico que privilegia a

cognição, em que a racionalidade opera para apreender o conhecimento

historicamente produzido sobre arte. Tal conhecimento em arte é alcançados

pelo trabalho com os conteúdos estruturantes elementos formais, composição,

movimentos e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança, Música e Teatro.

Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são

trabalhos. É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o

grupo social dos alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originados

pela comunidade. Também é importante quem discuta como as manifestações

artísticas podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como

na fruição de uma obra. Além disso, é preciso que ele reconheça a

possibilidade do caráter provisório do conhecimento em arte, em função da

mudança de valores culturais que pode ocorrer através do tempo nas

diferentes sociedades e modos de produção. Assim o conteúdo deve ser

contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a obra artística e a arte

como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do trabalho

de sujeitos, histórica e socialmente datados.

Sentir e perceber – No processo pedagógico, os aluno devem ter acesso ás

obras de Música, Teatro, Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com

as diversas formas de produção artística. Trata-se de envolver a apreciação e

apropriação dos objetas da natureza e da cultura em uma dimensão estética. A

percepção e apropriação das obras se dão inicialmente pelos sentidos. De fato,

a fruição e a percepção serão superficiais ou mais aprofundadas conforme as

experiências e conhecimentos em arte que o aluno tiver em sua vida. O

trabalho do professor é possibilitar o acesso e mediar a percepção e

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apropriação dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar

as obras, transcender aparências e apreender, pela arte, aspectos da realidade

humana em sua dimensão singular e social. Ao analisar uma obra, espera-se

que o aluno perceba que, no processo de composição, o artista imprimne sua

visão de mundo, a ideologia com a qual se identifica, o seu momento histórico

e outras determinações sociais. Além de o artista ser um sujeito histórico

social, é também singular, e na sua obras apresenta uma nova realidade social.

Para o trabalho com produtos da indústria cultural, é importante perceber os

mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da

homogeneização do gosto e da ampliação do consumo. A filósofa Marilena

Chauí (2003) apresenta alguns efeitos da massificação da indústria cultural que

constituem refêrencia para este trabalho pedagógico. Para Chauí, em função

das interferências das indústrias cultural, as produções artísticas correm riscos

em sua força simbólica, de modo que ficam sujeitas a:

• Perda da expressividade: tendem a tornar-se reprodutivas e repetitivas;

• Empobrecimento do trabalho criador: tendem a tornar-se eventos para

consumo;

• Redução da experimentação e invenção do novo: tendem a supervalori-

zar a moda e o consumo;

• Efemeridade: tendem a tornar-se parte do mercado da moda, passagei-

ro, sem passado e sem futuro;

• Perda de conhecimentos: tendem a tornar-se dissimulação da realidade,

ilusão falsificadora, publicidade e propaganda.

Ressalta-se ainda que a humanização dos objetos e dos sentidos se faz pela

apropriação do conhecimento sistematizado em arte, tanto pela percepção

quanto pelo trabalho artístico.

Trabalho Artístico – A prática artística - o trabalho criador – é expressão

privilegiada, é o exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades

que a escola apresenta para desenvolver esta prática, ela é fundamental, pois

a arte não pode ser apreendida somente de forma abstrata. De fato, o processo

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de produção do aluno acontece quando ele se interioriza e se familiariza com

os processos artísticos e humaniza seus sentidos. Essa abordagem

metodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os três aspectos

metodológicos abordados nesta Diretriz – teorizar, sentir e perceber e trabalho

artístico – são importantes porque sendo interdependentes, permitem que as

aulas sejam planejadas com recursos e encaminhamentos específicos. O

encaminhamento do trabalho pode ser escolhido pelo professor, entretanto,

interessa que o aluno realize trabalhos referentes ao sentir e perceber, ao

teorizar e ao trabalho artístico.

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual.

É diagnostica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar

os alunos; é processual por pertencer a todos os momentos da prática

pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação da

aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a auto-

avaliação dos alunos. De fato, a avaliação requer parâmetros para o

redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do

processo e compartilha a produção do aluno. Ou seja, a avaliação permite que

se saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se desvincula de

uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de

resultados ou na valorização somente do espontaneísmo. Ao centrar-se no

conhecimento, a avaliação gera critérios que transcendem os limites do gosto e

das afinidades pessoais, direcionando de maneira sistematizada o trabalho

pedagógico. Assim a avaliação de Arte supera o papel de mero instrumento de

medição da apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens

socialmente significativas para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer

parâmetros comparativos entre os alunos, discutem dificuldades e progressos

de cada um a partir da própria produção, de modo que leva em conta a

sistematização dos conhecimentos para a compreensão mais efetiva da

realidade. É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivência e

um capital cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da

escola, como a família, grupos, associações, religião e outros. Além disso, têm

um percurso escolar diferenciado de conhecimentos artísticos relativos à

Música, às Artes Visuais, ao teatro e à Dança. O professor deve fazer um

levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e de suas

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respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar

ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos

para uma ou mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas

pelo professor. Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois,

ainda que estejam definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a

profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento que os alunos

trazem consigo. Essa é outra dimensão da avaliação, a zona de

desenvolvimento proximal, conceito elaborado por Lev Semenovich Vigotsky

que trabalha a questão da apropriação do conhecimento. Vigotsky argumenta

que a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela

capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento

potencial, determinado pela resolução de um problema sob a orientção de um

adulto ou em colaboração com outro colega, é denominado de zona de

desenvolvimento proximal. Portanto, o conhecimento que o aluno acumula

deve ser socializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se com

referência para o professor propor abordagens diferenciadas. A fim de se obter

uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação tais como:

• Trabalhos artísticos individuais e em grupo;

• Pesquisas Bibliográgicas e de campo;

• Debates em forma de seminários e simpósios;

• Provas teóricas e práticas;

• Registros em formas de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e ou-

tros.

Por meio desses instrumentos o professor obterá o diagnóstico necessário para

o planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo,

visando as seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua

relação com a sociedade contemporânea;

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• A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua

realidade singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas di-

versas culturas e mídias, relacionados à produção, divulgação e consu-

mo.

Fundamentação:

As diferentes formas de pensar a arte e o seu ensino são constituídas nas

relações socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que

se desenvolveram. Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte

estabelecem referência sobre sua função social, tais como: da arte poder servir

a ética, a política, a religião, a ideologia; ser utilitária ou mágica; transformar-se

em mercadoria ou simplesmente proporcionar prazer. Nessa introdução dos

fundamentos teóricos-metodológicos, serão abordadas as formas como a arte

é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de ensino e como as

pessoas se defrontam com o problema de conceituá-la tal abordagem se

embasará nos campos de estudo da estética, da história e da filosofia. Algumas

formas de conceituar arte foram incorporadas pelo senso comum em prejuízo

do conhecimento de suas raízes históricas e do tipo de sociedade (democrática

ou autoritária, por exemplo) e de ser humano (essencialmente criador,

autônomo ou submisso, simples repetidor ou esclarecido) que pretendem

formar, ou seja, a que concepção de educação vinculam-se, são elas:

• Arte como mímesis e representação;

• Arte como expressão;

• Arte como técnica (formalismo).

Essas formas históricas de interpretar a arte especificam propriedades

essenciais comuns a todas as obras de arte.

Com os filósofos e artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de

arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamental na

representação fiel ou idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada

obra de arte toda expressão concretizada em formas visível/audível/dramática

ou em movimentos de sentimentos e emoções. O movimento romântico

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defendia que a arte deveria liberar-se das limitações, das concepções

anteriores – mímesis e representação – e, ao memso tempo, deslocava para o

artista/criador a chave da arte. A beleza da obra de arte passou a consistir não

mais na “adequação a um modelo ou a um cânone externo de beleza, mas na

beleza da expressão isto é, na íntima coerência das figuras artísticas com o

sentimento que as anima e suscita.” (PAREYSON, 1989,K p. 29). No ideal

romântico da arte prevalesce o subjetivismo e a liberdade de temas e

composições inspirados em sentimentos e estados da alma. Em suas bases,

evidenciou uma rejeição dos artistas às contradições da sociedade capitalista e

à miséria gerada e sua fase de consolidação, expressa pelos sentimentos e

emoções pessoais dos artistas. Na arte como expressão, destacaram-se

filósofos, artistas plásticos, músicos e escritores que, em muitas de suas obras,

apresentam ou representam características românticas, tais como Kant, Tolstoi,

Van Gogh, Edwrd Munch, Goethe, Ibsen, Wagner, entre outros. Esse

movimento tem de ao centrar-se no individuo e aprofundar um olhar subjetivo

sobre a realidade. Sob tal concepção, o artista é considerado o gênio em seu

processo criativo, aquele que não mais contempla as cenas do cotidiano de

forma distanciada – com um olhar de fora para dentro – e, sim, deixa

transparecer em suas obras as impressões dos sentidos, projeções e visões

subjetivas do real que se caracterizam nessa concepção como num movimento

de dentro para fora. Assim, uma importante função da arte foi a de revelar as

contradições da sociedade, prestando-se desse modo uma critica social que

representava os conflitos sociais internalizados e expressões artísticamente

pelos sujeitos criadores. Essa idéia de arte como expressão consolidou-se no

ensino como a pedagogia da escola nova, que era concentrada no aluno. O

encaminhamento metodológico no ensino da arte passou a priorizar atividades

práticas (fazer) ancoradas na espontaneidade (o que reduzia as aulas, muitas

vezes, ao espontaneísmo) para assegurar o desenvolvimento da imaginação e

da autonomia do aluno. Assim, o aluno alcançaria a realização pessoal a partir

de atividades de expressão artística que valorizam a imaginação e a

criatividade, o que pressupõe a produção em arte, fruto de um dom nato.

Pode-se identificar essa concepção de arte nas seguintes falas, ouvidas nas

escolas: “Vamos trabalhar com a coleção Os Gênios da Pintura!”, pois tais

artistas, por sua genialidade criadora, representam o que de melhor se

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produziu em arte, em todos os tempo. Outra concepção de Arte a ser analisada

é o formalismo que se vinculou à pedagogia tecnicista dos anos de 1970 e

ainda está presente na prática escolar. O formalismo na arte supervaloriza a

técnica e o fazer do aluno e tem origem no movimento artístico do ínicio do

século XX, em que o “aspecto essencial” da obra de arte era o “produtivo

realizativo (sic), executivo” (PAREYSON, 1989, p. 31). O artístico era

evidenciado e super valorizado com forma significante, o que resultou no

formalismo ou na idéia da forma pela forma. No formalismo considera-se a obra

de arte pelas propriedades formais de sua composição. As idéias expressas na

obra são consideradas puramente artísticas; o artista não se detém nem da

importância ao tema. O fundamental é como se apresenta, se estrutura e se

organiza e não o que a borá representa ou expressa. Entre os artistas e

filósofos que imprimiram em algumas de suas obras tais características,

destacam-se Duchamp, Kandinsky, Malevitch e Mondrian, entre outros.

Identificam-se a concepção formalista em afirmações como as seguintes

“Coloque o chão (uma base) na figura para ela não ficar voando!”; “Esse

quadro é uma verdadeira obra-prima devido a harmonia e ao equilíbrio da

composição!”; “A música da Bossa Nova é complexa e rica devido a

organização de seus acordes!”; “Essa dança não tem qualidade por que não

está bem sincronizada!”. O formalismo ignora que no campo da arte “o simples

‘fazer’ não basta para definir sua essência. A arte é também invenção. (...) Ela

é um tal fazer que, enquanto faz, inventa o por fazer e o modo de fazer. (...)

Nela concebe-se executando, projeta-se fazendo encontra-se a regra operando

(...)” (PAREYSON, 1989, p. 32). Arte é uma práxis criadora; é um fazer

pensando e um pensamento feito, concretizado, isto é, um produto resultante

do movimento dialético/ação pensamento/ação que se concretiza em objetos

artísticos. Reconhece-se que o entendimento da arte como mimesis a

representação, da arte como expressão e da posição tecnicista que entende a

arte como puro fazer, são limitadas por focarem a compreensão da arte a

apenas uma dimensão. Em sua complexidade, a arte comporta cada uma das

posições apresentadas: simultaneamente representa a realidade, expressa

visões de mundo pelo filtro do artista (mas não apenas suas emoções e

sentimentos pessoais) e retrata aspectos políticos, ideológicos e socioculturais

da sua época. O ensino de arte deve basear-se num processo de reflexão

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sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a

coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos

teóricos) e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram

conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de criação artística para

expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico.

Diante da complexidade da tarefa de definir Arte, considerou-se a necessidade

de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente têm produzido

estudos sobre ela, quais sejam:

• o conhecimento estético está relacionado á apreensão do objeto artístico

como criação de cunho sensível e cognitivo. Historicamente originado na

Filosofia, o conhecimento estético constitui um processo de reflexão a

respeito do fenômeno artístico e da sensibilidade humana, em conso-

nância com os diferentes momentos históricos e formações sociais em

que se manifestam. Pode-se buscar contribuições nos campos da So-

ciologia e da Psicologia para que o conhecimento estético seja melhor

compreendido em relação ás representações artísticas;

• o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do

fazer e da criação, toma em consideração o artista no processo da cria-

ção das obras desde suas raízes históricas e sociais, as condições con-

cretas que subsidiam a produção, o saber científico e o nível técnico al-

cançado na experiência com materiais; bem como o modo de disponibili-

zar a obra ao público, incluindo as características desse público e as for-

mas de contato com ele, própias da época da criação e divulgação das

obras, nas diversas áreas como artes visuais, dança, música e teatro.

Para compreender a relação entre arte, sociedade e cultura, é importante

observar a complexidade do conceito de cultura. Um dos primeiros sentidos

dados ao termo cultura foi o de cultivo, de crescimento, de cuidado com

colheitas e animais e, por extensão, de cuidado com o crescimento das

faculdades humanas. Mais tarde, nos períodos do Iluminismo e do

Romantismo, relacionou-se cultura com o processo de desenvolvimento íntimo,

de vida intelectual, o que associava cultura à arte, à família, à vida pessoal, à

religião, às instituições e práticas de significados e valores. Essa concepção

veio do conceito alemão de Kultur (ELIAS, 1990) vinculado as produções

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intelectuais, artísticas e religiosas, tais como obras de arte, livros, sistemas

religiosos e filosóficos, nas quais se expressa a individualidade de um povo.

Esse conceito descreve o caráter e o valor de determinados produtos

humanos, com ênfase especial nas diferenças nacionais e na identidade

particular dos grupos. Outro sentido dado à cultura nesse período, é o externo,

isto é, que prioriza a aparência e sua imposição a outros grupos sociais,

estabelecendo um processo geral de conhecimento. Willians (1979) argumenta

que esta concepção de cultura teve papel importante no desenvolvimento das

Ciências Humanas e Sociais. Está relacionado ao conceito de civilização

(francês e inglês) que vincula cultura ao valor que a pessoa tem em virtude de

sua mera existência e conduta, sem a necessidade de qualquer realização.

Sua origem remonta aos modos e atitudes de aparência, próprios da corte

francesa e foi usado para disseminação da idéia de superioridade dos

colonizadores em relação aos povos colonizados (ELIAS, 1990). A Arte é fonte

de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente de sua

existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o

mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das

obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe

contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino

da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o

espírito critico, para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade

histórica. Além dos conceitos de trabalho e cultura, é preciso explicitar o

conceito de obra de arte. Relembrando, as concepções de arte mais

representativas da história e presentes no senso comum, ora apresentam a

arte somente como representação da realidade (e por ela determinada); ora

como expressão da genialidade, da pura subjetividade do artista, característica

do romantismo ou ainda como mero fazer. “Toda obra de arte apresenta um

duplo caráter em indissolúvel unidade: é expressão da realidade, mas ao

mesmo tempo, cria a realidade, uma realidade que não existe fora da obra ou

antes da obra, mas precisamente apenas na obra” (KOSIK, 2002, p. 128). A

partir do fato de que a arte está voltada a um ou mais sentidos humanos,

enquanto expressão de aspectos de uma dada realidade, o objeto artístico

torna possível seu conhecimento, tanto de aspectos da realidade do individuo

criador, quanto do contexto histórico e social em que este vive e cria suas

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obras. Como conhecimento da realidade, a arte pode revelar aspectos do real,

não em sua objetividade – o que constitui tarefa específica da ciência -, mas

em sua relação com a individualidade humana. Assim, a existência humana é o

objeto específico da arte, ainda que nem sempre o homem seja o objeto da

representação artística. A arte, como forma sensível, apresenta não uma

imitação da realidade, mas uma visão do mundo socialmente construída

através de maneira específica com que a percepção do artista apreende.

Entretanto, a arte não é uma duplicação das ciências humanas e sociais, que

analisam o ser humano e suas relações visando generalizações; a arte é um

conhecimento sensível de um aspecto específico da realidade do homem como

ser vivo concreto, na unidade e riqueza de suas determinações, nos quais se

fundem de modo peculiar o geral – idéias, conceitos universais, concepções de

mundo – e o singular – um novo objeto sensorialmente captável por um ou

mais sentidos humanos. Conclui-se, então, afirmando que “a Arte só é [uma

forma de] conhecimento na medida em que é criação. Tão somente assim pode

servir à verdade e descobrir aspectos essenciais da realidade humana”

(VÁZQUEZ, 1978, p. 35-36).

Refêrencias:

AZEVEDO, F. A cultura Brasileira. 5. Ed. São Paulo: Melhoramentos,1971.

BENJAMIN, T.W. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1. São

Paulo: Brasiliense, 1985.

BERTHOLD, M. História Mundial do teatro. 2. Ed. Campinas: Perspectiva,

2004.

BOAL, A. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

2005.

BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.

BOURCIER, P. História da dança no ocidente. São Paulo: Martins Fontes,

2001.

BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n. 5692/71: lei de diretrizes e bases da

educação nacional, LDB. Brasília, 1971.

Brasil. Leis, decretos, etc. Lei n. 9394/96: lei de diretrizes e bases da educação

nacional, LDB. Brasília, 1996.

CHARLOT, B. Da relação com o saber. Porto Alegre: Artmed, 2000.

GOMBRICH, E.H. Arte e ilusão

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DISCIPLINA DE BIOLOGIA

A) APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Biologia é uma Ciência que estuda os mecanismos que sustentam e

regem a VIDA, fenômeno esse que é construído cientificamente de acordo com

o momento histórico.

Não apenas contempla estes mecanismos, mas elabora modelos

teóricos e práticos com o objetivo de entender, explicar, utilizar e manipular os

recursos naturais, sem prejuízos a biodiversidade, numa busca constante de

compreender o fenômeno VIDA.

A Ciência da biologia em cada contexto histórico sempre esteve sujeita

as interferências e transformações da sociedade devido as necessidades

materiais mutáveis do homem, é uma realidade em construção e sempre

dinâmica, é uma ciência que não representa uma realidade pronta e acabada,

mas um processo em constante transformação.

É de grande importância que o ensino de Biologia tenha o método da

prática social que parta da pedagogia histórico-crítica,abordando a socialização

e a valorização dos conhecimentos da Biologia às camadas populares.

Assim sendo, a Biologia contribui para a formação de sujeitos críticos,

reflexivos e atuantes que tentam exaurir totalmente a cognição, por meio dos

conteúdos que possa proporcionar o entendimento da Vida em toda a sua

complexidade, e no Ensino Médio do Paraná estão organizados em quatro

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Conteúdos Estruturantes, os quais são:

• Organização dos seres vivos;

• Mecanismos biológicos;

• Biodiversidade

• Implicações dos avanços biológicos no fenômeno da Vida.

Com a socialização de conhecimentos historicamente acumulados

espera-se que o educando venha a ter condições de analisar e compreender o

mundo e intervir de maneira a melhorar a sua qualidade de vida, contribuindo

para um processo de transformação social, em busca de uma sociedade mais

justa e igualitária.

O objetivo geral da biologia é permitir ao aluno reconhecer que o

conhecimento científico, por ser produto de longas investigações e estar em

constante desenvolvimento, não pode ser considerado absoluto e acabado,

refletindo como a aplicação do conhecimento biológico interfere e modifica o

contexto de vida da humanidade, necessitando assim, da participação e da

crítica de cidadãos responsáveis pela VIDA.

B) CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1ª SÉRIE

1 – Organização dos seres vivos

• Introdução à biologia

• Características dos seres vivos

• Origem da vida

2 – Mecanismos biológicos

• Citologia

- Membranas celulares

- Citoplasma

- Organelas celulares

- Divisão celular

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• Histologia

• Reprodução

• Embriologia

3 – Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida

• Bioética

• Biologia Molecular

2ª SÉRIE

1 – Organização dos seres vivos

• Taxonomia

• Classificação dos seres vivos

2 – Mecanismos biológicos

• Mecanismos fisiológicos e anatômicos dos seres vivos

3 – Biodiversidade

• Vírus

• Reino Monera

• Reino Protista

• Reino Fungi

• Reino Plantae

• Reino Animal

4 – Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida

• Bioética

• Biotecnologia

Lei 10.639/09 – História e Cultura afro-brasileira e africana

• Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos

(epidemia/endemia), in loco.

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3º SÉRIE

1 – Biodiversidade

• Genética

- Conceitos fundamentais em genética

- Leis de Mendel

- Polialelia

- Pós-Mendel

• Evolução

• Ecologia

• Relações entre os seres vivos

• Ciclos biogeoquímicos

2 – Mecanismos biológicos

• Anatomia e fisiologia humana

3 – Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida

• Bioética

• Biologia Molecular

• Manipulação Gênica

• Biotecnologia

Lei 10.639/09 – História e Cultura afro-brasileira e africana

• Estudo das características biológicas (biótipo) dos povos diversos

C) METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos devem ser abordados de forma integrada, destacando os

aspectos essenciais do objeto de estudo da disciplina, relacionando-os a

conceitos oriundos das diversas ciências de referência da biologia.

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Os métodos de aprendizagem devem sempre seguir os princípios do

diálogo, leitura, escrita, práticas e analogias populares, no sentido de que o

aluno aprimore seu senso critico, sua percepção, interpretação, criação de

novos significados, atendendo e diversidade cultural: cultura afro-brasileira e

africana.

Os recursos áudio visuais proporcionados pelos aparelhos eletrônicos,

assim como, filmes, retro-pojetor, a “internet”, “dvd” e etc. que auxiliam no

aprimoramento da prática pedagógica.

O essencial é que o professor passe de um mero vocalista e

“mastigador” das informações para um excelente orientador que transforme o

aluno de um observador passivo para um participante ativo.

Para a prática, as pesquisas de campo, as visitas à parques florestais,

hortas, simples bosques, lixões, fábricas de vários tipos de produtos, desde

manufaturados à altamente tecnológicos, museus e universidade e afins.

Também os jogos didáticos auxiliam com a finalidade de desenvolver

habilidades de resolução de problemas.

O método experimental é muito importante como recurso de ensino para

uma visão crítica dos conhecimentos da Biologia, porém sem experimentos que

causem prejuízos a biodiversidade.

Muito importante é a participação do aluno em palestras com

profissionais liberais, autoridades e na comunidade em geral, pois traz um

maior conhecimento ao aluno, sendo necessário que seja estruturado um

trabalho crítico do conteúdo que o leva a discussões sobre as práticas

individuais, sociais e, de forma ampla e por extensão, global, frente à natureza

e à vida no planeta Terra.

D) AVALIAÇÃO

A avaliação é considerada um elemento indispensável da prática

pedagógica. Deve assumir um caráter de medição, seletivo, diagnóstico,

uniformizador, formativo ou regulador. É fundamental avaliar a participação do

aluno em sala de aula com trabalhos de pesquisas individuais ou em grupo,

apresentados de forma de texto ou seminários e através de debates.

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Também é importante a auto-avaliação de cada participante, incluindo o

professor, com o objetivo de identificar o que poderá ser melhorado.

A avaliação é um processo contínuo, sendo um meio para manter,

alterar ou definir o procedimento pedagógico e se necessário retomar o

conteúdo para que realmente a aprendizagem seja efetiva, favorecendo o

processo da construção do conhecimento, de modo que professores e alunos

se tornam observadores dos avanços e dificuldades, a fim de superarem os

obstáculos existentes.

E) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia. 2. Ed. São Paulo: Moderna, 2004.

FAVARETTO, J. A.; MERCADANTE, C. Biologia: volume único. 1. Ed. São

Paulo: Moderna, 2005.

LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. 1. Ed. São Paulo:

Nova Geração, 2005.

LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia: volume único. 1. Ed. São Paulo: Saraiva,

2005.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes

curriculares de biologia para o ensino médio.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – EDUCAÇÃO FÍSICA

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS

Baseando-se nas Diretrizes Curriculares da rede de educação Básica do Esta-

do do Paraná, fundamenta o projeto de Educação Física para ensino médio do

Colégio Estadual Júlia Wanderley.

Pensando num projeto mais amplo de educação no Estado do Para-

ná, entende-se a escola como um espaço que, dentre outras funções, deve ga-

rantir o acesso aos alunos ao conhecimento produzido historicamente pela hu-

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manidade. Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, Cultu-

ra Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao

conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas cor-

porais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com

um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reco-

nhecendo-se como sujeito, que é produto, mas também agente histórico, políti-

co, social e cultural (DCE, 2008). A ação pedagógica da Educação Física obje-

tiva, estimular a reflexão sobre o acervo de formas e representações do mundo

que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela expressão corporal em

jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões

podem ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades

vividas pelo homem (DCE, 2008).

A lei 9394/96 regulariza a Educação Física como componente curri-

cular das escolas, norteado pela LDB (Lei de diretrizes e bases da educação),

a qual deve estar integrada a proposta educacional. A educação física dentro

da área escolar visa educar o sujeito com a cultura corporal, este é o conheci -

mento sistematizado, adquirido por dessa área de conhecimento.

Compreendendo a escola como local de transmissão, assimilação e transfor-

mação de conhecimentos sistematizados e acumulados historicamente na for-

mação de sujeitos. A Educação Física dentro da escola é uma disciplina que

assume o papel de componente curricular, sendo assim é uma prática pedagó-

gica que, no âmbito escolar, expressa formas de atividades expressivas corpo-

rais como: jogo, esporte, dança, ginástica ,lutas, formas estas que configuram

uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. A Educa-

ção Física Escolar tem a função possibilitar discussões sobre a cultura corporal

humana, sua importância, função e relações com o cotidiano. É imprescindível

que a área de Educação Física assuma seu papel de formadora, contribuindo

também com seus conhecimentos sistematizados no sentido de alertar os alu-

nos, sobre os grandes problemas advindos da falta de hábitos saudáveis. A

Educação Física escolar deve possibilitar discussões que fomente a articulação

com aspectos políticos, históricos, sociais, econômicos e culturais. Além de

abranger as discussões sobre saúde, que a Educação Física discuta de forma

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crítica superando os padrões de corpo que a sociedade impõe como forma

ideal, sem levar em consideração o biótipo da pessoa e outros aspectos que

cada individuo possue. Dentro do projeto pedagógico a Educação Física deve

visar à formação do sujeito critico que apreende para si um corpo de conheci-

mento, compreendido nesta como cultura corporal: o jogo, o esporte, lutas,

dança, ginástica.

A educação física escolar visa contribuir com o processo de aquisição da cultu-

ra corporal por meio da participação em atividades corporais estabelecendo re-

lações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando

características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros sem discri-

minação por características físicas, sexuais ou sociais.

Os procedimentos metodológicos devem caracterizar os aprofundamentos dos

aspectos motores visando discussões sobre os conteúdos propostos. O profes-

sor não deve centrar seu trabalho apenas na motricidade. Deve orientar as dis-

cussões, pesquisas tendo como critério a absorção do conteúdo não apenas

motor mas relacionar com o cotidiano das práticas corporais. Considerando o

objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nestas Diretrizes, isto

é, a Cultura Corporal, por meio dos Conteúdos Estruturantes propostos – es-

porte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras –, a Educação Física tem a

função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos capazes de

reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal consciente e

refletir criticamente sobre as práticas corporais.

A prática pedagógica da disciplina curricular de educação física deve estar pau-

tada nos conteúdos de ginástica, dança, esportes, jogos e brincadeiras, e lutas.

Para o ensino fundamental os conteúdos devem estar articulados com elemen-

tos articuladores: manifestações esportivas, manifestações ginásticas, a rela-

ção do corpo com o mundo do trabalho.

E para o ensino médio conteúdos são ginástica, esporte, dança, lutas e jogos e

os elementos articuladores: o corpo, a saúde, a tática e a técnica, lazer, a di-

versidade étnico-racial, de gênero e de pessoas com necessidades educacio-

nais especiais e a mídia.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos estruturantes se relacionam entre si e evocam outros

conteúdos tanto básicos quanto específicos, além de elementos articuladores

dos conteúdos estruturantes que enriquecem o processo pedagógico e am-

pliam os campos de discussão da disciplina. Neste sentido, as aulas partirão

sempre do conhecimento já adquirido pelo aluno sobre o conteúdo a ser traba-

lhado, levando-o como referencia para a construção do novo conhecimento.

Essa construção será feita através de uma problematização inicial, levando o

aluno a fazer uma relação do mesmo com sua prática social e refletindo sobre

possíveis intervenções que estes poderão fazer para a solução desses questio-

namentos. Essa problematização será realizada através de recortes de vídeos,

aulas na tv multimídia, imagens ou textos onde a interferência da turma será

primordial para a mobilização acerca do tema.

Depois, através de aulas teóricas, práticas, expositivas, pesquisas e

outros estudos será oferecido o conteúdo sistematizado com intervenções du-

rante o processo de ensino aprendizagem, sempre procurando recuperar o

conteúdo trabalhado quando isso se mostrar necessário

AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-apren-

dizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram espaço

para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno com o

conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão alcançada

por ele.

A avaliação optada pelo professor será diagnóstica levando para um

processo de reflexão das aulas dadas, junto com os alunos, rompendo com as

lacunas que foram obtidas nas aulas anteriores e assim encaminhar as próxi-

mas aulas dentro das limitações constadas e superá-las. E tendo avanços qua-

litativos na educação integral do aluno.

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A finalidade da avaliação é proporcionar aos alunos novas oportuni-

dades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre o seu próprio tra-

balho, bem como fornecer dados sobre as dificuldades de cada aluno (ABRAN-

TES, 1994, p.15).

A avaliação vem desde as primeiras aulas, que servirá pra diagnosticar a con-

dição em que o aluno se encontra e a adequação dos conteúdos a serem tra-

balhados. Neste sentido, a avaliação da aprendizagem deve ser entendida

como processo contínuo, claro, consciente, e sistemático de obter informações,

que proporcionam um diagnóstico dos processos de desenvolvimento. Deve-se

produzir um referencial centrado nos conteúdos, com resultados igualmente

claros, objetivos e que se manifestarão através de uma ação desencadeada

sobre os conteúdos.

A avaliação terá um cunho diagnóstico e sistemático será registrada

em um caderno, para acompanhamento do processo do educando no processo

ensino aprendizagem, torna-se um processo de investigação de pesquisa que

vise a transformação perdendo a conotação de mensuração, de julgamento

que leva a classificações. Mas será abordados testes motores e avaliação físi -

ca que visa acompanhar com dados mais objetivos o desenvolvimento real dos

alunos.

OBJETIVOS GERAIS:

- favorecer o acesso e a participação de todos nas atividades inerentes a Edu-

cação Física, ao Desporto e ao lazer.

- estimular a interação de todos, favorecendo a construção de valores e atitu-

des por meio da cooperação e solidariedade.

- possibilitar o desenvolvimento da consciência e expressão corporal, de forma

lúdica e criativa, mediante a participação no processo de planejamento, realiza-

ção e avaliação das atividades.

ENSINO MÉDIO

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-participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando

suas características físicas e de desempenho motor, bem como a dê seus cole-

gas, sem discriminar por características físicas, sexuais ou sociais.

. Apropriar-se de processos de aperfeiçoamento das capacidades físicas, das

habilidades motoras próprias das situações-problema que surjam no cotidiano.

- permitir a compreensão sobre a natureza e a importância da corporeidade,

como meio de acesso e interferência no mundo vivido.

- permitir o acesso e a aquisição de técnicas desportivas, como futebol, tênis

de mesa, basquete, vôlei, capoeira, atletismo.

-favorecer a aquisição de conhecimentos críticos sobre a cultura corporal vivida

hoje na sociedade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de gran-

de amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreen-

der seu objeto de estudos/ensino. Constituem-se historicamente e são legitima-

dos nas relações sociais.

Os Conteúdos Estruturantes e básicos da Educação Física para a

Ensino Médio por Blocos serão trabalhados em complexidade crescente, con-

forme preconiza as Diretrizes Curriculares de Educação Física, contemplando

as tendências metodológicas apontadas nos encaminhamentos metodológicos

e o aporte teórico para os conteúdos propostos neste nível de ensino. Desse

modo, os conteúdos serão divididos por série conforme a seguir:

EDUCAÇÃO FISICA – ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

Básicos

ABORDAGEM AVALIAÇÃO

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GINASTICA

Ginástica artísti-

ca

Olímpica

Teórico-metodolo-

gica

Analisar a funda-

ção social de gi-

nástica.

Apresentar e vi-

venciar os funda-

mentos da ginásti-

cas.

Pesquisar interfe-

rência da ginástica

no mundo do tra-

balho (ex. laboral).

Estudar a relação

entre a ginástica x

sedentarismo e

qualidade de vida.

Por meio de pes-

quisas, debates

e vivencias prati-

cas, estudar a re-

lação da ginástica

com: tecido mus-

cular, resistência

Organizar eventos

de ginásticas, na

qual sejam apre-

sentadas as dife-

rentes criações

coreográficas ou

seqüência de mo-

vimentos ginásti-

cos elaborados

pelos alunos.

Aprofundar e

compreender as

questões biológi-

cas, econômicas

e fisiológicas que

envolvem a ginás-

tica.

Compreender a

função social da

ginástica.

Discutir sobre a

influencia da mí-

dia, da ciência e

da industria cultu-

ral na ginástica.

Compreender e

aprofundar a rela-

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LUTAS

Ginástica de

academia

Ginástica Geral

Lutas com

aproximação

muscular, dife-

rença entre resis-

tência e força; ti-

pos de forças;

Fontes energéti-

cas freqüência

cardíaca, fonte

metodológica gos-

to energético,

composição corpo-

ral, desvios postu-

rais, LER, DORT,

compreensão cul-

tural acerca do

corpo, apropriação

da ginástica pela

Industria Cultural

entre outros.

Analisar os dife-

rentes métodos de

avaliação e estilos

de testes físicos,

assim como a sis-

tematização e pla-

nejamento de trei-

no.

Organização de

festival de ginásti-

ca. Pesquisar, es-

tudar e vivenciar o

ção entre a ginás-

tica e trabalho.

Conhecer os as-

pectos históricos,

filosóficos e as

características

das diferentes

manifestações

das lutas.

Compreender a

diferença entre lu-

tas e artes mar-

ciais, assim como

a apropriação das

lutas pela indus-

tria cultural.

Apropriar-se dos

conhecimentos

acerca da capoei-

ra como: dife-

renciação da

mesma enquanto

jogo/dança/luta,

seus instrumentos

musicais e movi-

mentos básicos.

Conhecer os dife-

rentes ritmos, gol-

pes posturas,

conduções, for-

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Lutas que

mantenham dis-

tancia

Lutas com

instrumento me-

diador capoeira

histórico, filosofia

características das

diferentes artes

marciais, técnicas,

táticas/estratégias,

apropriação da

luta pela Industria

Cultural, entre ou-

tros.

Analisar e discutir

a diferença entre

lutas x Artes mar-

ciais.

Estudar o histórico

da capoeira, a di-

ferença de classifi-

cação e estilo da

capoeira enquanto

jogo/dança/luta,

musicalização e ri-

tmo, ginga, con-

fecção de instru-

mentos, movimen-

tação, roda etc.

mas de desloca-

mento, entre ou-

tros.

Organizar um fes-

tival de demons-

tração, no qual os

alunos apresen-

tem os diferentes

tipos de golpes.

CONTEÚDOS CONTEÚDOS CONTEUDO ESPECIFICO

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ESTRUTURANTESBASICO

ESPORTE

JOGOS E

BRINCADEIRAS

Coletivos

Individuais

Radicais

Jogos e brinca-

deiras populares

Brincadeiras e

cantigas de roda

Jogos de tabulei-

ro

Jogos dramáti-

cos

Jogos cooperati-

Futebol; voleibol; basquetebol; punho-

bol; handebol; futebol de salão; futevô-

lei; rugby; beisebol.

Atletismo; natação; tênis de mesa; tê-

nis de campo; badminton; hipidmo.

Skate; rappel; rafting; treking; bungee

jumping; surf.

Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no

poço; mãe pega; stop; bulica; bets; pe-

teca; fito; raiola; relha; corrida de sa-

cos; pau ensebado; paulada ao cânta-

ro; jogo do pião; jogo dos paus; quei-

mada; policia e ladrão.

Gato e rato; adoletá; capelinha de me-

lão; caranguejo; atirei o pau no gato;

ciranda cirandinha; escravos de jô; len-

ço atrás; dança da cadeira.

Dama; trilha; resta um; xadrez.

Improvisação; imitação; mímica.

Futpar; voleibol; eco-nome; tato conta-

to; olhos de águia; cadeira livre; dança

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DANÇA

GINASTICA

vos

Danças folclóri-

cas

Danças de salão

Danças de rua

Danças criativas

Danças circula-

res

Ginástica artísti-

ca/olímpica

Ginástica rítmica

Ginástica de

academia

das cadeiras cooperativas; salve-se

com um abraço.

Fandango; quadrilha; dança de fitas;

dança de São Gonçalo; frevo; samba

de roda; batuque; bailão; cateretê; dan-

ça do café; cuê; fubá; ciranda; carim-

bar;

Valsa; merengue; forró; vanerão; sam-

ba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing;

tango.

Break; funk; house; locking; popping;

ragga.

Elementos de movimentos (tempo, es-

paço, peso e fluência); qualidades de

movimento; improvisação; atividades

de expressão corporal.

Contemporâneas; folclóricas; sagra-

das.

Solo salto sobre cavalo; barra fixa; ar-

golas paralelas assimétricas;

Corda; arco; bola; massas; fita.

Alongamentos; ginástica aeróbica; gi-

nástica localizada; step; core board;

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LUTAS

Ginástica circen-

se

Ginástica geral

Lutas de aproxi-

mação

Lutas que

mantenham a

distância

Lutas com

instrumentos

mediador ca-

poeira

pular corda; pitales.

Malabares; tecido; trapézio; acroba-

cias; trampolim.

Jogos gênicos; movimentos gênicos;

(balancinha, vela, rolamentos, paradas,

estrela, rodante, ponte).

Judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumo.

Karate; boxe; muay thai; taekowondo.

Esgrima; kendo;

Angola; regional.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO

FÍSICA ,PARANÁ 2008 .www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

PARANÁ, SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para Educação

Básica. Curitiba, 2008.

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FILOSOFIA

EMENTA:

A filosofia é um produto do homem e este é sujeito concreto, mergulhado

na história e no tempo. Toda criação humana é produto de uma subjetividade

encarnada, uma realidade que se forma através do contato com os outros,

permeado pelas crenças e outras formas de contribuições pessoais as quais a

razão procura desvendar.

Ortega Y Gasset, nos ensinou um novo modo de olhar a

filosofia. Aprendemos que filosofar é buscar razões, descobrir motivos para

justificar o existir,tendo como fonte primária os problemas experimentados. A

relevância da filosofia se mostra na formulação de teses sobre a realidade na

que estamos inseridos. Ou seja:

“ A filosofia já não é mero jogo escolástico de conceitos mortos,

sem relação com os interesses reais doa sociedade e do homem, nela

havemos de incluir todas as questões que de fato dizem respeito ao valor é a

significação da vida humana” (Durant,W, 1965 )

Aliás, essa perspectiva filosófica apresentada por Will Durant

também demonstra que a compreensão do fazer filosófico como produto de

uma ação específica, adquire um sentido especial entender a filosofia

condicionada pelo espaço lingüístico e cultural. É que a vida do homem torna-

se autêntica quando sua ação está alicerçada na sua liberdade criadora. Ao

criar a cultura, o homem descobre-se a si mesmo, edificando um mundo

próprio, vivendo em seu interior, realizando a sua existência.

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Esta perspectiva vai de encontro com a proposta da Diretriz

Curricular de Filosofia no Ensino Médio. Segundo a Diretriz “ao pensar o ensino

de Filosofia, é preciso definir o local onde é pensado e que sujeito são esses,

aos quais esse ensino se dirige. Isso nos permitirá pensar qual Filosofia será

ensinada” ( SEED, 2006,p.13)

OBJETIVOS GERAIS

A Filosofia é uma forma de pensar, que nos possibilita compreender

melhor quem somos, em que mundo vivemos: em suma, nos ajuda a

entender melhor o próprio sentido de nossa existência. É claro que também

as ciências e as outras formas de conhecimento e de expressão cultural nos

ajudam a compreender o nosso modo de existir. Mas a filosofia tem um jeito

particular e insubstituível de nos trazer essa compreensão. E por isso, sem

ela, nossa visão, nossa percepção da existência dos homens ficaria

truncada.

É portando nessa característica própria da Filosofia que nosso

objetivo é o de proporcionar aos estudantes uma prática de reflexão que,

acredito, já seja filosófico. Trata-se de levá-los a pensar sobre o significado

da existência humana a partir de suas manifestações histórico-culturais e

isto também implica o universo cultural dos estudantes.Pois, “[...] não há

propriamente ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar

no campo político e cultural, avançar e consolidar a democracia quando se

perde o direito de pensar” (.op.cit,p.13 ).

CONTEÚDOS 1º ANO:

Mito e Filosofia;

• A religião grega, origem da mitologia.• A tragédia grega e a desmistificação da mitologia.• Os filósofos da physis:• Pitágoras• Parmênides• Heráclito

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• Sócrates, Platão e Aristóteles• Idade Média; Fé e Razão.

Ética;

• Ética ou Filosofia moral.• Senso moral e consciência moral.• Ética e Violência.• Natureza humana e dever.• Razão, desejo e vontade.

Política;

• A invenção da política.• Sociedade contra o Estado.• O poder depótico.• A teoria liberal.• A idéia da revolução e as revoluções sociais.• Ideologia e Liberdade.

CONTEÚDOS DO 2º ANO:

Estética:

• Arte e Filosofia;• Arte e Sociedade;• Indústria Cultural e cultura de massa;• Os meios de comunicação;

Filosofia da Ciência:

• As revoluções científicas;• Falsificação X Revolução;• Classificação das ciências; • O campo das ciências da Natureza;• Necessidade e acaso.•

Teoria do Conhecimento:

• Sensação e percepção;• Empirismo e intelectualismo;• Fenomenologia e a imaginação;• A lingüística e a linguagem;• Consciência e conhecimento.•

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METODOLOGIA

O estudo e a aprendizado da filosofia envolvem basicamente

atividade de leitura, de reflexão, de discussão e de reelaboração. Há uma

gama de práticas metodológicas que possibilita atingir essa aprendizagem.

Deste modo, iremos dividir aqui o aspecto metodológico em duas partes,

uma para o primeiro ano e outro para o segundo ano.

1 – Metodologia no 1º Ano.

Por não possuir nenhum contato com a filosofia, os alunos do

primeiro ano do ensino médio terá uma forma metodológico diferenciada.

Está forma metodológica irá consistir em: exibição de filmes; leituras de

textos filosóficos e de textos jornalísticos e poéticos; fórum de debates sobre

os textos; problematização do cotidiano; produção de textos.

“ O ensino de Filosofia, uma vez que articula vários elementos,

pressupõe um bom planejamento que inclua leitura, debate, produção de

textos, entre outras estratégicas, a fim de que a investigação seja de fato a

diretriz do ensino”.

2 – Metodologia do 2º Ano.

Os alunos do segundo do Ensino Médio já tiveram contato com

a disciplina de Filosofia. Assim sendo, a metodologia pode ser da tripla

participação do aluno, a saber: leitura do texto pelos alunos, a exposição

temática pelo professor, e a discussão conjunto das questões citadas. Ou

seja: a leitura prévia do texto pelos alunos, envolvendo um esforço de

compreensão de seu conteúdo e de reflexão sobre o seu sentido; a

exposição didática e esclarecedora por parte do professor, fornecendo

elementos para o entendimento pelos alunos da problemática em questão; a

discussão conjunto de professores e alunos buscando uma experiência mais

consistente e abrangente de reflexão crítica sobre a temática do texto.

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CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO

“ A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica,

isto é, ela não tem finalidade em si mesma, mas sim tem a função de

subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo ensino-

aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade que professores,

estudantes e o própria instituição de ensino estão construindo

coletivamente”.(Diretriz, 2006,p.27,a 28)

Contudo, a avaliação não limita-se a modalidade diagnóstica.

Ela tem em seu bojo uma outra modalidade: a somativa. A modalidade

somativa objetiva avaliar de maneira geral o grau em que os resultados mais

amplos tem sidos alcançados ao longo e ao final de um curso. O professor

pode analisar este “grau evolutivo” de várias maneiras. Pode, por exemplo,

avaliar a apreensão de conteúdos e de conceitos filosóficos por parte dos

estudantes, além de “detectar os princípios subjacentes aos temas e

discursos”.( op.cit,28)

Ao avaliar, o professor deve levar em conta a capacidade do

aluno em elaborar conceitos (escritos e oral) , a sua “evolução discursiva, as

problemáticas que o estudante consegue enxergar e apontar em sua

vida”.Com isso é possível entender avaliação como um processo que se dá

no processo e não como um momento separado visto em si mesmo”.(op.

Cit,28)

BIBLIOGRAFIA:

BUZZI, Arcângelo R. Introdução ao Pensar.21 ed. Petrópolis: Vozes,1992.

BORNHEIN,Gerd. Introdução ao Filosofar: o pensamento filosófico em base existenciais. Porto Alegre: Globo,1969.

CHAUI, Marilena. Convite á Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.

DELEUZE,G; GUATTARI, F. O que é a Filosofia? Rio de Janeiro: ed. 34, 1992.

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DURANT, Will.Filosofia da Vida. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1965.

ORTEGA Y GASSET, José. Em torno a Galileu; esquema das crises. Petrópolis: Vozes, 1989.

PAIM , Antônio Modelos éticos. Curitiba: Champagnat, 1992.

A problemática do culturalismo. Porto Alegre: Tempos Brasileiros, 1994.

PARANÁ, Diretriz Curricular de Filosofia no Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2006.

SOCIOLOGIA - ENSINO MÉDIO.

EMENTA:

A Sociologia nos oferece elementos para nos voltarmos ,o tempo

todo, para o problema que o homem oferta no seu dia-a-dia em sociedade.

Todos, possuímos conhecimentos práticos de como agir, como

participar de instituições, de grupos. etc.

Esse conhecimento é parte de um certo senso comum acerca da

sociedade.Assim sendo,a Sociologia está próxima de nossos problemas

diários,mas não se limita a repetir o que já se sabe,ou seja,os ensinamentos do

senso comum.

O objeto de estudo da Sociologia, então, constitui-se historicamente

como o conjunto de relacionamentos que os homens estabelecem na vida em

sociedade.

Interessa á sociologia,portanto,não o indivíduo isolado,mas inter-

relacionando com os diferentes grupos sociais dos quais faz parte,como a

escola ,a família,o grupo de amigos,de trabalho,de classes sociais,dentre

outros.Não é o homem enquanto seres que vivem e fazem história.

Tudo isso nos coloca algumas questões centrais: como os homens

agem e sociedade?Como as ações de diferentes indivíduos se influenciam

reciprocamente?

Como as práticas sociais acabam definindo individualidade e, ao mesmo

tempo, grupos homogêneos?

É nessa perspectiva que a sociologia vem ao encontro de uma

identidade,

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um ensino médio que se quer capaz de instrumentalizar o aluno para

prosseguir seus estudos e/ou participar ativamente do mundo do trabalho.

As políticas publicas implantadas como o concurso para licenciados

em ciências sociais, as diretrizes curriculares de sociologia,a construção do

livro didático público de sociologia, a biblioteca do professor, vem reforçar a

importância dada ao conhecimento sociológica para a efetivação da qualidade

da educação publica do Estado do Paraná.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

-Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade:

explicações das ciências sociais,amparadas nos vários paradigmas teóricos,e

as do senso comum.

-Produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais, a partir

das observações e das reflexões realizadas.

-Construir instrumentos para uma melhor compreensão da vida cotidiana,

ampliando a “visão de mundo”e o horizonte de expectativas nas relações inter-

pessoais com os vários grupos sociais.

-Construir uma visão mais critica da indústria cultural e dos meios de

comunicação de massa, avaliando o papel ideológico do “marketing”, como

estratégias de persuasão do consumidor e do próprio eleitor.

-Compreender as transformações no mundo do trabalho e o novo perfil

de qualificação exigida, gerados por mudanças na ordem econômica.

CONTEÚDOS:

1ª ANO:

O surgimento da sociologia e teorias sociológicas:

-Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

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pensamento social.

-Teorias sociológicas clássicas: Comte,Durkheim,Engels e marx.

-O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

Processo de Socialização e as instituições sociais:

-O surgimento da sociologia

-Cidadania e interação social

-Família, escola,igreja e estado

Cultura e Indústria Cultural:

-Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição

na analise das diferentes sociedades

-Diversidade cultural

-Compreensão do homem como totalidade

-Unidade humana e diversidade

-Cultura afro-brasileira

-Cultura indígena

3º ANO:

Trabalho, Produção e Classes Sociais:

-O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades.

-Desigualdades sociais: esta mentos , castas,classes sociais

-Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

-Globalizaçao e neoliberalismo

Poder, Política, e Ideologia:

-Formação e desenvolvimento do Estado Moderno

-Democracia, autoritarismo, totalitarismo

-Estado no Brasil

-Conceito de poder

-Conceito de Ideologia

-As expressões da violência nas sociedades contemporânea.

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Direito a cidadania e movimentos sociais:

-Direitos civis, políticos e sociais

-Direitos humanos

-Conceitos de cidadania

-Movimentos sociais

-Direitos e democracia

-Movimentos sociais no Brasil

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A sociologia tanto pode ser crítica a ordem social quanto adaptável a esta. Os

primeiros a se verem diante deste dilema são seus fundadores. O problema

que se coloca para o educador e o educando diz respeito á sua postura diante

do mundo, isto é, diante da realidade na qual se encontram inseridos.

Há a subjetividade do educador/educando. Mas há também a necessidade

de manter a objetividade no estudo da ciência. Ensinar e aprender é

necessariamente um processo que rejeita métodos doutrinários. A

metodologia que propomos funda-sena rejeição da educação bancaria.

Propomos que o processo educativo se centre no sujeito que se educa,

estimulando-o a problematizar, a pesquisar, a refletir, a organizar o

pensamento.

O educando precisa ser estimulado a superar o senso comum.

Nesse sentido, será trabalhado através da problematização de diferentes

discursos: através de textos,,artigos de jornais,materiais audiovisuais e livros.

Debates em torno dos conceitos de cultura erudita e da indústria cultural

popular, crítica do poder dos meios de comunicação em massa. Produção de

textos, cartazes, vídeos, apresentações orais. Apresentação dos resultados

das pesquisas através de seminários, apresentação de musicas etc.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇAO

Será através da observação, apresentações, seminários,trabalhos

desenvolvidos durante o decorrer do ano.A avaliação será

diagnostica,continua, e somativa para fornecer retorno ao professor, pois

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informa o que foi aprendido para dar continuidade ou retomar o que não foi

assimilado.

BIBLIOGRAFIA

Paraná, secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de Sociologia. Curitiba 2006.ARON, Raymond. As Etapas do Pensamento Sociológico. Editora Martins.GIDDENS, Anthony. Sociologia. Editora Artmed.SZTOMPKA, Piotr. A Sociologia da mudança socil. Editora Civilização Brasileira.

GEOGRAFIA

Período: Matutino e Noturno

Curso: Ensino Médio

1- Justificativa

A geografia sempre esteve presente na vida do homem desde os tempos

mais remotos. A relação Homem/Natureza foi essencial para a sobrevivência e

para as primeiras formas de organização social.

Na antiguidade clássica, muito se avançou na elaboração dos saberes

geográficos. Estudos descritivos sobre os territórios e informações sobre a

localização das cidades e características das regiões dos Impérios foram

fundamentais para a organização política e econômica das áreas conquistadas.

Foram nesse contexto que se desenvolveram outros conhecimentos

como os relativos à elaboração de mapas; discussões a respeito da forma e o

tamanho da Terra; o cálculo do diâmetro do planeta, cálculos sobre latitude e

definições climáticas, entre outros.

Durante a Idade Média, muitos conhecimentos geográficos foram

abandonados, pois feriam a visão de mundo imposta pelo poder político

estabelecido na época.

As questões cartográficas, bem como a forma do planeta, voltaram a

discutidas, a partir do século XII, quando os mercadores precisavam

representar o espaço com detalhes para registrar as rotas marítimas, a

localização e as distâncias dos continentes.

A geografia avançou no século XVI, período das Grandes

Navegações, com a descoberta das novas terras, com o levantamento de

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dados sobre os territórios coloniais e com relações homem/natureza de

sociedades desconhecidas até aquele momento.

Diversas sociedades geográficas foram criadas no século XIX, com

o apoio dos Estados Imperialistas. As pesquisas dessas sociedades

subsidiaram o surgimento de escolas nacionais de pensamento geográfico-

principalmente a alemã e a francesa.

O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como precursores

Humboldt (1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-1904)

destaque como fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e

considerada cientifica. O pensamento geográfico da escola francesa, por sua

vez, teve como principal representante Vidal de La Blache (1845-1918).

A produção teórica destas duas escolas marcou a dicotomia

sociedade-natureza e o determinismo geográfico que justificou o avanço neo-

colonialista dos impérios europeu na conquista de territórios da África e da

Ásia. Para Ratzel e a escola alemã, a relação sociedade-natureza influenciava

o que ele dominva “conquistas cultas” de um povo,

ou seja, as condições naturais do meio, onde vivia determinado povo,

estabelecia uma relação direta com seu nível de vida, seu domínio técnico ,

sua forma de organização social etc. Quanto mais culto um povo, maior

domínio da natureza, o que proporcionaria melhores condições de vida,

consequentemente aumento da população e necessidade de mais espaço

(território) para continuar evoluindo. Esse argumento justificava a pretensa

necessidade do império alemão de conquistar novas possessões territoriais.

Para Vidal de La Blache e a escola francesa, a relação sociedade-

natureza criava um gênero de vida, próprio de uma determinada sociedade. Em

sua teoria, o homem, ao ocupar vários pontos da superfície terrestre, em cada

lugar se adaptou ao meio que o envolvia, criando no relacionamento constante

e cumulativo com a natureza, um acervo de técnicas, hábitos, usos e

costumes, que lhe permitiam utilizar os recursos disponíveis.

O contato entre diferentes gêneros de vida seria um elemento

fundamental para o progresso humano. Estes argumentos, embora diferentes

dos da Geografia Alemã, justificavam a colonização dos povos que construíram

gêneros de vida muito simples, fortalecendo a idéia de missão civilizadora

européia.

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As idéias geográficas foram inseridas no currículo brasileiro no

século XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras letras. No

Ensino Médio os princípios da geografia tinham como objetivo enfatizar a

descrição do território, sua dimensão e suas belezas naturais.

A partir de 1930 foi institucionalizada a Geografia do Brasil. Nesse

contexto, as pesquisas desenvolvidas buscavam compreender e descrever o

ambiente físico nacional com o objetivo de servir aos interesses políticos do

Estado na perspectiva do nacionalismo econômico.

Essa forma de abordagem do conhecimento geográfico perpetuou-se

por boa parte do século XX, caracterizando-se na escola, pelo caráter

decorativo-enciclopedista, focando na descrição do espaço, na formação e

fortalecimento do nacionalismo, tendo um papel significativo na consolidação

do Estado Nacional brasileiro, principalmente nos períodos de governos

autoritários.

As mudanças que marcaram o período histórico da pos Segunda

Guerra Mundial desencadearam reformulações teóricas no estudo da

Geografia. No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões

políticas dos anos 60, em razão do Golpe Militar.

Nesse período houve a necessidade de adequar a educação à

necessidade de formação de mão-de-obra para suprir a demanda que, o surto

industrial brasileiro, conhecido como milagre econômico, geraria tanto no

campo quanto na cidade.

A valorização da formação profissional contribuiu para

transformações significativas no ensino, regulamentadas pela Lei 5692/71.

Essa lei institui a área de estudo denominada Estudos Sociais que acabou

substituindo as disciplinas de História e Geografia no 1º Grau empobrecendo

assim as disciplinas de fundidas. No 2º Grau foi impostas às disciplinas de

Organização Social e Política do Brasil e Educação Moral e Cívica, em prejuízo

da Filosofia e da Sociologia.

Nos anos 80, ocorreram movimentos visando o desmembramento da

disciplina de Estudos Sociais e o retorno da Geografia e da História.

Com o fim da Ditadura Militar as discussões teóricas centraram-se

entorno do Movimento da Geografia Crítica. Esse movimento adotou o método

do materialismo histórico dialético para os estudos geográficos, trazendo as

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questões econômicas, sociais como fundamentais para a compreensão do

espaço geográfico.

Nos anos 90, aconteceram reformas políticas e econômicas

vinculadas ao pensamento neoliberal que atingiram a educação. A partir da

então os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) apresentaram-se como

documento balizador para as reformas curriculares. Este documento

desconsiderou o esforço de aprimoramento teórico-conceitual que o movimento

da Geografia Crítica vinha fazendo, ao tomá-lo pela perspectiva economicista.

Entre as mudanças provocadas pelos PCN destacam-se os conteúdos

de ensino vinculados às discussões ambientais e multiculturais. A presença

desses conteúdos nos PCN se deve ao resgate e aprofundamento das

discussões sobre a cultura (Geografia Cultural) e ambiente (Geografia

Socioambiental)

A política educacional desenvolvida a partir de 2003, nesse Estado,

assumiu como uma de suas prioridades, ações que visavam à retomada dos

estudos das disciplinas de formação do professor, estimulando o seu papel de

pensador e pesquisador.

Partindo do pressuposto que a Ciência Geográfica nos permite a

compreensão das relações socioespaciais de um tempo vivido, as aulas de

geografia devem contemplar saberes que contribuam para a formação de

sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca, tendo

em vista que acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o

espaço é a materialização dos tempo da vida social.

Objetiva-se assim, durante o ensino de Geografia desenvolver o

raciocínio geográfico no aluno, para que o mesmo possa pensar a realidade

geograficamente.

2 – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Conhecer a organização do Espaço Geográfico e o funcionamento da

natureza em suas múltiplas relações, de modo a compreender o papel das

sociedades em sua construção, identificando suas relações, problemas e

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contradições.

Formar um cidadão mais participativo e que saiba relacionar o

saber científico com o cotidiano das comunidades na quais os alunos estão

inseridos, tornando o ensino da geografia dinâmico.

3 – Conteúdos Estruturantes

- Dimensão Econômica do espaço geográfico;

- Dimensão política do espaço geográfico;

- Dimensão Sócio-ambiental do espaço geográfico;

- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;

4 – Conteúdos Básicos

1º série:

-A formação e transformação das paisagens;

-A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;

-A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos

espaciais no espaço da produção;

-O comércio e as implicações socioespaciais;

-As diversas regionalizações do espaço geográfico;

-As implicações socioespaciais do processo de mundialização;

-A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

estado.

2ºsérie:

-A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico;

-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção;

-Indústria e meio ambiente;

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-Conflitos internacionais;

-Agricultura;

-O espaço rural e a modernização da agricultura;

-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;

-Problemas ambientais no campo;

3ºsérie:

-A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos, movimentos migratórios e suas motivações;

-Urbanização e Metropolização do Brasil;

-O espaço em rede, produção, transporte e comunicação na

configuração territorial;

-Conceito de rede urbana;

-Circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações;

-O papel geopolítico do Brasil;

-Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

-As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

5 – Abordagem Teórico Metodológica

Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem

dos conteúdos básicos, assim como os conceitos fundamentais como

paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade serão apresentados

numa perspectiva crítica.

A compreensão do objeto da Geografia – espaço – é a finalidade do

ensino dessa disciplina, bem como as categorias de análise da Geografia – as

relações sociedade/natureza e as relações/temporal – são fundamentais para

compreensão dos conteúdos.

Os conteúdos devem ser especializados e tratados em diferentes

escalas geográficas com o uso da linguagem cartográfica – signos, escala,

orientação.

A realidade local e paranaense deverão ser consideradas sempre que

possível.

As cultural afro-brasileiras e indígenas, assim como as questões

ambientais deverão ser consideradas no desenvolvimento dos conteúdos.

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167

6-Metodologias

Serão promovidas as seguintes atividades:

*Debates e discussões

*Síntese sobre conteúdos estudados em sala, confecção e exposição

cartazes, elaboração de questões a partir dos textos do livro;

*Análise de conteúdos de filmes, letras de músicas, poemas ou

notícias jornalísticas, leitura e interpretação de mapas, imagens, gráficos,

tabelas, charges;

*Produção de textos individuais e/ou em duplas (sínteses, artigos de

opinião, de histórias em quadrinhos, poemas e textos dissertativos);

*Resolução das atividades propostas no livro didático e de outras

elaboradas pelo professor;

*Construção de maquetes;

*Aulas de campo e relatório sob orientação do professor;

*Aulas expositivas.

Ressalta-se que essas atividades serão desenvolvidas individualmente ou em

equipes, isso será determinado pelo educador a partir do objeto de cada uma.

O nível de exigência pelo professor em cada atividade será de acordo com o

desenvolvimento de cada turma.

7-Avaliação

A avaliação está inserida dentro do processo de ensino-aprendizado

e, antes de qualquer coisa, deve ser entendida como uma das formas utilizada

pelos professores para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão

dos conteúdos específicos tratados durante um determinado período.

A avaliação deve ser diagnóstica e continuada e contemplar as

diferentes práticas pedagógicas, tais como, leitura, interpretação de fotos,

imagens e principalmente diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas,

aulas de campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de

seminários; leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos; relatórios de

experiências práticas de aulas de campo ou laboratório; construção de

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maquetes; produção de mapas mentais, entre outros. Em linhas gerais, espera-

se que o educando:

-Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e

lugar;

-Fala leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia –

mapas, tabelas, gráficos e imagens;

-Compreenda a formação natural e transformação das diferentes

paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na

sociedade capitalista;

-Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas;

-Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da

natureza e nas atividades produtivas;

-Estabeleça relação entre exploração das naturais e o uso de fontes

de energia na sociedade industrializada;

-Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma

de exploração e uso dos recursos naturais;

-Evidencie a importância das atividades extrativas para a produção

de matérias-primas e a organização espacial;

Compreenda as ações internacionais da proteção aos recursos

naturais frente a sua importância estratégica;

-Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das

atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da

população;

-Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária

como fator de transformação do espaço;

-Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo

agropecuário moderno;

-Reconheça a importância da circulação de mercadorias, mão-de-

obra, capital e das informações na organização do espaço mundial;

-Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os

problemas sócio-ambientais;

-Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações sócio-

ambientais;

-Identifique os conflitos éticos e religiosos existentes a sua

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repercussão na configuração do espaço mundial;

-Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância

das relações de poder na configuração das fronteiras e territórios;

8-Recuperação de Estudos

No decorrer das aulas, conteúdos serão retomados com explicações e

atividades diversificadas, dando assim oportunidade para os alunos que ainda não

conseguiram assimilar os conteúdos já trabalhados em sala. Em decorrência disso

novas atividades serão aplicadas, conforme previsto no regulamento interno do

estabelecimento de ensino, no decorrer de cada bimestre.

Portanto, na disciplina de Geografia, será realizada a recuperação de

conteúdos e de notas, sendo que esta última será realizada da seguinte forma para

todos os alunos:

*Produção de texto: o professor fará a correção escrita do texto com

apontamento dos erros e o aluno irá reescrever o texto;

*Nas atividades de pesquisas escritas e demais atividades escritas

inclusive provas e nas orais, o aluno que não atingir 60% no final do bimestre fará uma

prova escrita do assunto abordado no bimestre.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOREIRA, Igor Antonio Gomes. Construindo o Espaço: livro do professor. São Paulo:

Ática, 2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação do. -Currículo Básico para a escola

pública do Estado do Paraná – Curitiba, 1990.

PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação do. –Superintendência de Educação–

SEED/Coordenação de Estados Integrados em Avaliação. CEIA.

Diretrizes para avaliação institucional na rede estadual de educação básica do Estado

do Paraná. Curitiba, 2004.

ALMEIDA, Maria Amélia. A educação especial no Paraná: revendo alguns aspectos da

história. In: Almeida, M.A. (org.) Perspectivas multidisciplinares em educação especial.

Londrina; Ed. UEL, 1998, pp. 11-14.

BRASIL, Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Nacionais

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170

para a Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEB no 017/2001.

CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos is. Porto Alegre:

mediação, 2004.

TAMDJAM, James Onning-Geografia Geral e do Brasil:estudos para a compreensão do

espaço:ensino médio/volume único James & Mendes. -São Paulo: FTD, 2005.

RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo,

Companhia de Letras.

Santos, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo, Nobel, 1987.

AZEVEDO, Aroldo de. Geografia de Brasil. São Paulo, Nacional, 1971.

SANTOS, Milton e outros. Fim de Século e globalização. São Paulo, Hucitec;Anpur,

1993.

MOREIRA, Rui. O que é geografia. Editora Brasiliense.

FURTADO, Celso.Formação econômica do Brasil.São Paulo, Nacional,1971.

IBGE. Geografia do Brasil. Recursos naturais e meio-ambiente. 1993.

PRADO.JR, Caio. Formação do Brasil Contemporâneo:colônia. São Paulo,

Brasiliense, 1961.

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HISTÓRIA

Período: Matutino e Noturno Curso: Ensino Médio

JUSTIFICATIVA

O ensino de História na proposta pedagógica é baseado de métodos de pes-

quisa e de novas concepções teóricas, tornando o educando um sujeito no pro-

cesso de construção do conhecimento,ou seja, possibilitando o entendimento

de que este é historicamente construído, passível a discussão e mudanças.

A finalidade do estudo de História esta expressa no processo de produção do

conhecimento humano, no confronto ou até mesmo através de experiências vi-

vidas pelo aluno.O encaminhamento do processo ensino e aprendizagem nesta

perspectiva diferentes visões sobre um fato histórico é acreditar na capacidade

de raciocínio do educando ,proporcionando-lhe condições para desenvolver

ações,analise e posicionamento em relação aos problemas do mundo.Os con-

teúdos estruturantes que organizam o ensino da História são as relações de

trabalho,as relações de poder e as relações culturais,tendo como objeto as

ações e relações culturais humanas,além da problematização destes em rela-

ção aos conceitos sociais,econômicos e politicos. Enfim o ensino de História é

essencial no que refere a formação da identidade política cidadã, pois possibili-

ta a capacidade de críticas a própria cidadania,a partir do conhecimento de ou-

tras estruturas políticas e sociais do passado,contribuindo com mudanças do

presente.Esclarece que as mudanças históricas são imediatas,mas dependem

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de atos coletivos que interferem no desenvolvimento histórico,levando o aluno

a sentir-se como um agente transformador do processo histórico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

- Relações de trabalho,

- Relações de poder,

- Relações culturais.

CONTEÚDOS BÁSICOS: 1º ANO

-Trabalho escravo, servil e o trabalho livre;

-O Estado e as relações de poder;

-Cultura e religiosidade.

CONTEÚDOS BÁSICOS : 2º ANO

-Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;

-Urbanização e Industrialização;

-O Estado e as relações de poder;

-Os sujeitos, revoltas e as guerras;

-Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.

CONTEÚDOS BÁSICOS: 3º ANO

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-Urbanização e Industrialização;

-O Estado e as relações de poder;

-Os sujeitos, revoltas e as guerras;

-Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.

FUNDAMENTOS TEÓRICO- METODOLÓGICOS:

-Os conteúdos básicos da disciplina de História deverão ser problematizados

como temas históricos por meio da contextualização espaço-temporal;

-Deverão ser considerados os contextos ligados a história local,do Brasil da

América

Latina, África e Ásia;

-Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e

estruturantes;

-Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades

(mudanças permanências,simultaneidades e recorrências);

-O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permi-

tem aos alunos formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meios

de narrativas históricas;

-O trabalho com a construção de conceitos históricos deve fazer parte do pro-

cesso ensino aprendizagem, pois as construções de conceitos serão necessá-

rios para a compreensão e explicação da realidade social;

-O estudo das histórias locais é uma opção metodológica que enriquece e ino-

va a relação de conteúdos a serem abordados,além de promovera busca de

produções historiográficas.

AVALIAÇÃO

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As atividades de avaliação devem ser baseadas nos aspectos como apropria-

ção de conceitos, na compreensão das dimensões e relações da vida humana

e o aprendizado dos conteúdos específicos .O objetivo da avaliação é estimular

o espírito critico dos alunos e a construção de uma consciência histórica a par-

tir de um determinado conhecimento.Cabe ao professor,no decorrer do proces-

so ensino-aprendizagem,elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes

de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos alunos. No processo ava-

liativo deve-se fazer uso: de narrativas,documentos históricos,produzidos pelos

alunos,verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.Para

cumprir sua finalidade educativa a avaliação contemplara a valorização do ser

humano e sua formação para cidadania,respeitando os limites e potencialidade

específicas de cada indivíduo envolvidos no processo educacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

-ANDERSOM,Perry.Linhagens do Estado Absolutista.São Paulo:Brasiliense,1985.

-AQUINO,Rubim et alii.História das sociedades.Rio deJaneiro:Livro Técnico,1985.

-BATISTA NETO,Jônatas.História da Baixa Idade Média(1066-1453).São Pau-lo:Ática,1989.

-BIASÓLI,Vitor.O mundo grego.São Paulo:FTD,1995.

-AMARAL,A.B. DO Dicionário Da História de São Paulo.São Paulo:Governo do Estado,

1980.

-CHARTIER,R. A história cultural;entre práticas e representações .Trad.Lisboa/Rio de Ja-

neiro:Dife / Bertrand Brasil,1990.

-COSTA,E.V. Da. Da Monarquia à República.3.ed.São Paulo: Brasiliense,1985.

-DALLARI,D. De A Direitos humanos e cidadania.São Paulo:Moderna,1998.

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-FAUSTO,B.História do Brasil.São Paulo:Edusp/FDE,1995.

-FINLEY,M.I.Os gregos antigos.Lisboa:Setenta,1984.

-FONTANA,J. A história dos homens.Trad.Bauru:Edusc,2004.

-JOHNSON,Paul.História dos judeus.Trad.2 ed. Rio de Janeiro: Imago,1989.

-HUNT,L.A nova história cultural.Trad. São Paulo:Martins Fontes,1992.

-JONES,P.V.O mundo de Atenas.São Paulo:Martins Fontes,1997.

-LE GOFF,J. A civilização do ocidente medieval.Lisboa:Estampa,1983.

(org.).A história nova.Trad.São Paulo:Martins Fontes,1995.

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Língua Portuguesa - Ensino Médio

1- Apresentação da Disciplina

O trabalho com a Língua Portuguesa na escola deve contemplar o estudo da

linguagem em uso, isto é, a língua, em suas diferentes práticas de oralidade,

leitura, escrita e análise lingüística.

Nesse sentido, o ensino da língua materna se orienta na concepção sóciointe-

racionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais. Den-

tro de um processo dinâmico e histórico dos agentes de interação verbal tanto

na constituição social da linguagem quanto dos sujeitos que por meio dela inte-

ragem.

O ensino, por meio dos gêneros textuais, propicia o desenvolvimento da capa-

cidade individual lingüística e discursiva dos educandos e, ao mesmo tempo,

aponta formas de participação efetiva na sociedade através do uso da lingua-

gem, ampliando a sua compreensão da realidade, conduzindo-os ao pleno

exercício da cidadania e, por conseqüência, a superação das desigualdades

que lhe são impostas pela ordem

capitalista.

2- Conteúdo Estruturante e Específicos

O conteúdo estruturante do ensino de Língua Portuguesa é o discurso enquan-

to prática social, em suas manifestações de leitura, escrita e oralidade. Portan-

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to, não deve ser encarado como uma mensagem direcionada a um receptor,

pois o discurso gera sentido entre os interlocutores.

Os conteúdos específicos compreendem os gêneros discursivos que circulam

socialmente, considerando-se o tema (conteúdos ideológicos), a forma compo-

sicional e o estilo (marcas linguísticas e enunciativas).

Ensino Médio

1º ano

Textos descritivos, narrativos, dissertativos, literários, opinativos, cartazes, pro-paganda, manchete, classificados, resenha, artigo, editorial, cartum, anúncio, edital, depoimento, música, biografia, histórias em quadrinhos, crônica, lenda, charge,pintura,seminário

2º ano

Textos descritivos, narrativos, dissertativos, literários, opinativos, cartazes, pro-paganda, manchete, classificados, resenha, artigo, editorial, cartum, anúncio, edital, depoimento, música, bibliografia, histórias em quadrinhos, crônica, char-ge,pintura,seminário.

3º ano

Textos descritivos, narrativos, dissertativos, literários, científicos, argumentati-vos resenha, artigo, editorial, cartum, anúncio, edital, depoimento, música, his-tórias em quadrinhos, crônica, contrato, lenda, charge, romance, conto,pintura,seminário.

3- Metodologia

Em relação à metodologia utilizada no ensino de Língua Materna é de grande

importância a reorganização dos conceitos metodológicos que nortearam o tra-

balho com essa disciplina ao longo do tempo, pois o ensino era voltado às prá-

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ticas estruturalistas e que não refletiam sobre a linguagem em uso. Hoje sabe-

mos que não basta centralizar o ensino na gramática e na fixação de nomen-

claturas. O que se espera do professor é formar cidadãos com pleno domínio

da linguagem nas suas diversas práticas sociais: leitura, escrita, oralidade.

Leitura

Por meio da concepção sóciointeracionista assumida nessa proposta, a leitura

é compreendida como um processo de produção de sentidos, que se dá pelas

relações dialógicas entre os sujeitos, autor e leitor mediados pelo texto.

Nesse trabalho dialógico, discursivo e intertextual a leitura abre novas perspec-

tivas, refaz sentidos, multiplica-se em contato com novas possibilidades, dando

importância ao conhecimento de mundo do leitor, suas experiências anteriores

de leitura, suas inferências e previsões acerca da leitura realizada. O leitor vai

construindo o sentido do texto em conjunto com suas experiências vividas.

Nessa perspectiva, a sala de aula é o lugar de constituição de sentidos por

meio da diversidade de textos em linguagem verbal, visual e outras formas de

linguagem com suas especificidades.

Os textos literários contemplam a multiplicidade de sentidos, podendo ser tra-

balhados em correlação a outras linguagens, como artes plásticas, cinema, mú-

sica, abrindo horizontes e permitindo desfrutar de suas potencialidades: a bele-

za, a fruição... Essa relação faz com que o aluno compreenda o presente como

resultado e parte de uma história complexa, que é a própria história dos ho-

mens e das mulheres em sua relação com o outro e com o mundo.

Escrita

Trabalhar na perspectiva de gêneros textuais significa, antes de mais nada

conceber o texto como meio de interação em situações concretas de uso da

língua.

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Nesse sentido, o trabalho com os gêneros textuais em sala de aula é uma

oportunidade riquíssima de se lidar com a língua nos seus diferentes usos do

cotidiano, o que faz com que o aluno veja sentido naquilo que estuda, entenda

melhor aquilo que lê e se sinta motivado para a produção textual, seja ela oral

ou escrita.

Considerando que o ato de escrever precisa ser visto como atividade sociointe-

racional, isto é, que ao escrever tem-se um leitor em potencial, deve-se privile-

giar a escrita com objetivo e leitor definido.

Quanto mais claro ficar para os alunos o contexto de produção do gênero estu-

dado (quem escreve, o que escreve, para quem escreve, com que intenção e

onde será veiculado o gênero em questão), mais proveitoso será o trabalho.

Assim, o trabalho de escrita e reescrita de textos, deve valorizar a linguagem

do aluno em situações específicas de interação verbal, observando e analisan-

do os diversos gêneros existentes no meio social, de modo que ele domine não

só as práticas de seu universo imediato de convívio, mas seja também capaz

de interagir pela escrita em situações mais formais.

Oralidade

As práticas com a oralidade devem contemplar o aluno como sujeito do proces-

so interativo, considerando suas vivências e pautando-se em situações reais de

uso da fala, propiciando e promovendo atividades que possibilitem ao aluno tor-

nar-se um falante competente de sua língua, compreendendo-a e organizando

seu próprio discurso de forma clara e coesa.

As atividades propostas pelo professor devem permitir que, gradativamente, o

aluno compreenda e utilize a variedade padrão nos diversos contextos sociais,

bem como reconheça as demais variedades lingüísticas, afastando o precon-

ceito lingüístico arraigado nas instâncias escolares.

Almeja-se, portanto, a superação da artificialidade das práticas essencialmente

escolarizadas e a valorização do sujeito-aluno enquanto ser falante no mundo,

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que busque nas relações dialógicas a apropriação do espaço que lhe é de di-

reito na sociedade da qual faz parte.

Análise Lingüística

Em consonância com a concepção sociointeracionista adotada pelas Diretrizes

Curriculares Estaduais e reiteradas nessa proposta curricular, deve-se promo-

ver a desconstrução entre a visão historicamente estabilizada, segundo a qual

ensinar língua portuguesa seja sinônimo de ensinar a gramática.

Antes de postular a exclusão dos conteúdos gramaticais de língua portuguesa,

almeja-se a ressignificação do trabalho com as regras que regem o funciona-

mento do sistema lingüístico, fazendo-as menos contemplativas e mais funcio-

nais.

Nessa perspectiva, a gramática tem importância fundamental no trabalho que

se faz com a Língua Portuguesa na escola, enquanto elemento que assegura a

clareza dos textos, orais e escritos, que ali são produzidos.

O trabalho com a gramática deve, portanto, promover a reflexão

permanente sobre a linguagem permitindo que os alunos sejam operadores

textuais, ou seja, enquanto artífices do seu dizer, o aluno recorre ao conheci -

mento sistematizado sobre a língua como forma de alcançar os objetivos que o

levaram a produzir o texto que está escrevendo. Para tanto, faz-se necessário

o conhecimento dos aspectos textuais e das exigências específicas de adequa-

ção da linguagem, como operadores argumentativos, aspectos de coerência,

coesão, intertextualidade, informatividade, concordância, regência,

formalidade/informalidade, referenciação, entre outros.

4- Avaliação

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A avaliação constitui-se num processo diagnóstico, contínuo e cumulativo a fim

de possibilitar avanços no processo educativo, deve, portanto, permear todo o

trabalho com a língua e não apenas aparecer no final em forma de uma prova,

pois tem caráter formativo. É ela que vai guiar o trabalho do professor , mostrar

os erros e acertos, ou seja, ela revela dificuldades e direciona para a interven-

ção pedagógica, pois os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem

diferentes. Afinal, nesse processo, não é somente o aluno o avaliado, mas o

professor e sua metodologia também.

Nesse processo avaliativo devem ser contemplados os eixos: oralidade, leitura,

escrita e análise lingüística.

Em relação à oralidade, avalia-se o aluno quanto aos aspectos de participação

nos diálogos, fluência da fala, relatos e discussões, clareza de idéias, argumen-

tação, com capacidade para adequar o discurso /texto aos diferentes interlocu-

tores e situações.

Para a leitura, é desejável que seja verificada a habilidade de se extrair da lei -

tura os diversos sentidos permitidos pelo texto e de tecer relações pertinentes

entre esses sentidos e o cotidiano por ele experienciado. Entre os possíveis re-

cursos situam-se: a proposição de questões abertas, verificação da compreen-

são de textos lidos e empregados em debates, defesa de pontos de vista, posi-

cionamento diante do tema, reflexão crítica acerca dos textos, além do reco-

nhecimento da estrutura e dos recursos lingüísticos envolvidos na formulação

dos textos representativos dos diversos gêneros que circulam na sociedade.

Na escrita, a avaliação pode percorrer os seguintes caminhos, sem esquecer

que trata-se de um processo de produção e não de um produto final. A produ-

ção textual e a adequação do discurso ao interlocutor/intenções, em contextos

reais de comunicação, são exemplos dessa prática. No entanto, os aspectos

discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais utilizados nas produções preci-

sam ser avaliados concomitantemente por meio de uma prática reflexiva que

permita aos alunos o avanço no domínio da linguagem.

5- Referências

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182

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Edu-

cação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

MATEMÁTICA

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO MÉDIO

JUSTIFICATIVA

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº

9.394/96), o ensino médio tem como finalidades centrais não apenas a

consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante o

nível fundamental, no intuito de garantir a continuidade de estudos, mas

também a preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania, a

formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e a compreensão

dos processos produtivos.

Nessa definição de propósitos, percebe-se que a escola de hoje não pode

mais ficar ao ensino disciplinar de natureza enciclopédica. De acordo com as

Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, deve-se considerar um amplo

espectro de competências e habilidades a serem desenvolvidas no conjunto

das disciplinas. O trabalho disciplinar pode e dever contribuir para esse

desenvolvimento. Conforme destacam os PCNS , o ensino da matemática pode

contribuir para que os alunos desenvolvam capacidades relacionadas à

representação, compreensão, comunicação, investigação e, também, à

contextualização sócio-cultural.

Na escola uma das características mais importantes do processo de

aprendizagem é a atitude reflexiva e auto-crítica diante dos possíveis erros.

Essa forma de ensino auxilia na formação das estruturas de raciocínio,

necessárias para uma aprendizagem efetiva, que permita ao aluno gerenciar os

conhecimentos adquiridos.

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CONTEÚDOS

1° ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Funções

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Polinomial;

• Função Exponencial;

• Função Logarítmica;

• Função Trigonométrica;

• Função Modular;

• Progressão Aritmética;

• Progressão Geométrica.

2° ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Grandezas e Medidas

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Medidas de Área;

• Medidas de Volume;

• Medidas de Grandezas Vetoriais;

• Medidas de Informática;

• Medidas de Energia:

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• Trigonometria.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Tratamento da Informação

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Análise Combinatória;

• Binômio de Newton;

• Estudo das Probabilidades;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

3° ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Geometrias

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometria não- euclidianas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Números e Álgebra

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Números Reais;

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• Números Complexos;

• Sistemas Lineares;

• Matrizes e Determinantes;

• Polinômios;

• Equações e Inequações, Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.

FUNDAMENTOS TEÓRICO- METODOLÓGICOS

Historicamente o fazer matemático nas várias sociedades esteve permeado

pela inter-relação entre as medidas, os números e a geometria. É com base

nas noções sobre o desenvolvimento histórico do conteúdo a ser ensinado, na

lógica de sua sistematização e em suas utilizações fora do âmbito escolar que

os três eixos que norteiam a proposta foram estabelecidos.

A dinamicidade dessa Concepção de ensino de Matemática está nas

relações que se estabelecem entre os conteúdos de cada eixo e entre os três

eixos. São estas relações, estabelecidas através de um tratamento

metodológico que privilegia uma visão articulada do conhecimento matemático,

que vão garantir a organicidade da proposta.

O professor, ao ensinar Matemática, precisa levar em conta que a

escola onde leciona não é um mundo em si, isolado, mas faz parte de uma

organização mais ampla, a sociedade. Dessa forma, ensinar Matemática para

alunos determinados, numa sala de aula determinada, pertencente a um certo

contexto, vai muito além da realidade vivida por ele, professor e seus alunos,

já que esse ensinar é atingido pelas expectativas e ações da organização

social maior. É necessário que o professor de Matemática focalize sua atenção

nos inter-relacionamentos de sua prática diária e concreta com o contexto

histórico-social mais amplo. A importância que esse enfoque dá ao papel do

professor, no processo de mudança, é muito grande. É necessário que ele

assuma esse compromisso, começando por rever constantemente a sua

prática pedagógica.

Além disso, considerando a escola como instituição responsável pela

difusão do saber científico a todos, caberá aos profissionais envolvidos com a

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questão escolar possibilitar e incentivar o constante aperfeiçoamento do

professor em conteúdos e métodos, de modo que ele possa desenvolver

formas de trabalho com os alunos, coerentes com uma concepção de

Matemática e de ensinar, visando apropriação do conhecimento matemático.

Aprender Matemática é muito mais do que manejar fórmulas, saber fazer

contas ou marcar x na resposta correta: é interpretar, criar significados,

construir seus próprios instrumentos para resolver problemas, estar preparado

para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o raciocínio lógico, a

capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente sensível para

que, professores e alunos desenvolvam uma concepção de Matemática que

permita a todos o acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos,

como uma condição necessária para participarem e interferirem na sociedade

em que vivem.

A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e

atuar no mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto

da construção humana na sua interação constante com o contexto natural,

social e cultural.

A Matemática faz-se presente na quantificação do real-contagem,

medição de grandezas – e no desenvolvimento das técnicas de cálculo com os

números e com as grandezas. No entanto, esse conhecimento vai muito além,

criando sistemas abstratos, ideais, que organizam, inter-relacionam e revelam

fenômenos do espaço, de movimento das formas e dos números, associados

quase sempre a fenômenos do mundo físico.

Ao longo de sua história, a Matemática tem convivido com a reflexão

de natureza filosófica, em suas vertentes da epistemologia e da lógica. Quando

se reflete, hoje, sobre a natureza da validação do conhecimento matemático,

reconhece-se que, na comunidade científica, a demonstração formal tem sido

aceita como a única forma de validação dos seus resultados. Nesse sentido, a

Matemática não é uma ciência empírica. Deve-se enfatizar, contudo, o papel

heurístico que têm desempenhado os contextos materiais como fontes de

conjecturas matemáticas.

O saber matemático é algo flexível e maleável às inter-relações entre

os seus vários conceitos e entre os seus vários modos de representação, e,

também, permeável aos problemas nos vários outros campos científicos.

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Um saber matemático desse tipo pode ser o motor de inovações e de

superação dos obstáculos, desde os mais simples até aqueles que significam

verdadeiras barreiras epistemológicas no seu desenvolvimento.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos princípios

básicos da disciplina. Se encararmos a Matemática sob um ponto de vista

dinâmico, que leva em conta os percalços do seu desenvolvimento, então

teremos que adotar, diante da avaliação, uma postura que considere os

caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de solucionar os

problemas que lhe são propostos e, a partir do diagnóstico de suas

deficiências, procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em

estudo.

O professor deve explorar questões que envolvam conceitos e algo

ritmo, de forma a permitir o questionamento e alargamento das ideias, ainda

limitadas oportunizando a fixação e automação de elementos já dominados.

Facilitando assim, o educando a construção de seu conhecimento, e

posteriormente, a aplicação na sua vida em sociedades, se tornando um

'agente de mudanças”.

O resultado não é o único elemento a ser contemplado na

avaliação. È necessário observar o processo de construção do conhecimento

e para isso a avaliação deverá ser necessariamente diagnóstica.

A avaliação não pode ser fundamentada apenas em provas

bimestrais, mas deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem

propiciando ao aluno múltiplas possibilidades de expressar e aprofundar a sua

visão de conteúdo trabalhado, seja através de trabalhos, pesquisas, individuais

ou em grupo, na participação em sala, etc.

Apesar dessa diferenciação não pode se perder de vista que há

um conhecimento cuja apropriação pelo aluno é fundamental. É esse

conhecimento sintetizado em um currículo básico, que irá dar o crédito final

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para a avaliação.

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

• Resolução de problemas com notícias de jornais (índices econômicos)

• Leitura , interpretação e cálculo

• Diálogo e troca de idéias;

• Atividades individuais e, ou em grupos;

• Testes objetivos individuais e, ou em grupo;

• Jogos matemáticos;

• Atividades de pesquisas e experimentação .

• Verificar o raciocínio através de resolução de problemas com possíveis

contextos de situações que envolvam problemas históricos, bulas de

remédios, receitas, (massa e capacidade) interpretação, avaliando

possíveis cálculos com transformação de unidades, por exemplo.

REFERÊNCIA

• J.Timoni: Nos Domínios da Matemática – Editora FTD;

• Oscar Guelli: Uma Aventura do Pensamento – Editora Ática;

• Jakubo e Lellis: Matemática na Medida Certa – Editora Scipioni;

• Giovannni & Giovanni Jr.; Aprendizagem e Educação Matemática –

Editora FTD;

• Giovannni & Giovanni Jr.; Pensar e Descobrir – Editora FTD;

• Jakubo e Lellis: Matemática na Medida Certa – Editora Scipioni;

• Bigode. Antonio José Lopes: Matemática Atual – Editora Atual.

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DISCIPLINA - LÍNGUA ESTRANGEIRA E MODERNA – INGLÊS

ENSINO MÉDIO

1. APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino da Língua Inglesa no Brasil, inicia com a chegada da família Real e

posteriormente, de forma mais objetiva e abrangente, em 1.837, quando foi

fundada a escola de Ensino Médio. Ocorreu aí, a implantação da Língua

Inglesa, no currículo das Escolas brasileiras, nos moldes das escolas

Francesas da época.

Nessa época, a abordagem de trabalho com a Língua era tradicional; a língua

era concebida como um conjunto de regras, onde se privilegiava a escrita.

Esse método foi substituído no primeiro governo de Getúlio Vargas, pelo

método direto que se baseava na teoria associacionista da Psicologia de

Aprendizagem que permite pela razão, induzir o aprendiz ao acesso direto dos

sentidos, sem lhe facultar a tradução do signo escrito.

No período pós-segunda guerra mundial, o Inglês tinha o seu espaço garantido,

por ser o idioma mais usado nas transações comerciais. Com o

desenvolvimento da lingüística nos anos 50 e 60 e o crescente interesse pela

aprendizagem de línguas, surgiam mudanças significativas, quanto à

abordagem e quanto ao método de ensino. Os estruturalistas apoiavam-se na

psicologia da escola Behaviourista, partindo da forma para chegar ao

significado.

Com o Cognitivismo, a teoria Behaviourista passa a ser questionada no campo

da lingüística e a gramática Gerativa Transformacional reestruturou a visão de

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língua e a metodologia de aprendizagem. A partir de então, o princípio do foco

na oralidade cede espaço ao ensino da seguinte modalidade: ouvir, falar, ler e

escrever. Na década de 50, o sistema educacional era responsável pela

formação de seus alunos para o mundo do trabalho. Nesse contexto, o

currículo passou a ser cada vez mais técnico e diminuiu-se a carga horária da

língua Estrangeira. Em 1961 a LDB, criou o Conselho Federal de Educação e

as decisões sobre o ensino de língua Estrangeira Moderna, ficaram a cargo

dos Conselhos Estaduais. O Inglês passou, então, a ganhar espaço em

detrimento do ensino da língua Francesa, até finalmente figurar de forma

absoluta, no ensino de língua Estrangeira Moderna, no Brasil.

A partir da lei 5.692/71 que desobrigava a inclusão de língua estrangeira no

currículo, alicerçado sob um ideal nacionalista, o ensino de Língua Estrangeira,

tornou-se um instrumento de aprendizado das classes mais favorecidas. No

início dos anos 90, baseando-se em um ideal de redemocratização do País e

pela criação de um sistema cooperativo de mercado, entre as nações da

América do Sul (MERCOSUL), as escolas voltariam a ofertar um outro idioma,

inserido na grade escolar: O Espanhol – que funcionaria como uma alternativa

na escolha do aprendiz. A proposta, entretanto, não encontrou respaldo nem

por parte de professores, tão menos por parte da clientela; os estudantes. Em

1.999, são publicados os PCNs, tendo como objetivo, no Ensino de Língua

Estrangeira Moderna, priorizar a leitura, entendendo-se o ensino de uma língua

estrangeira, como uma prática social. Em 2005, foi criada a Lei 11.161, de 05

de agosto de 2005, que decreta obrigatória a oferta de língua espanhola nos

estabelecimentos de Ensino Médio, objetivando o interesse do Brasil em se

destacar no MERCOSUL e incrementar as relações comerciais do Brasil em

países de língua espanhola.

Atualmente, considerando que as Sociedades Contemporâneas não

sobreviveriam economicamente de forma isolada, é cada vez mais evidente a

necessidade de existir um idioma comum a todos, facilitando a comunicação,

nos diversos segmentos essenciais da humanidade. Por essa razão, e pelo fato

de a Língua Inglesa, ser usada no mundo inteiro, como instrumento de

comunicação nas relações comerciais e diplomáticas entre as nações, tanto

por parte de governantes quanto por parte de empresários, é que se busca

aprimorar o ensino desse idioma nas escolas, buscando a formação de um

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indivíduo próspero em todos os aspectos e sentidos; visando uma sociedade

mais justa e honrosa.

A LEM pode ser vista como uma estrutura que faz intermediação entre o

indivíduo e o mundo, ou seja, o agir e o interagir no mundo seriam

possibilitados pelas estruturas da língua, ela seria um elemento de ligação

entre os dois. Tal concepção percebe a língua como exterior ao mundo e ao

indivíduo, e os significados como sendo produzidos exteriormente, tanto ao

mundo quanto ao indivíduo, tal exterioridade promove uma dissociação entre

língua e significação, entre língua e subjetividade, entre língua e construção de

identidades.

Repleta de sentidos a ela conferidos por nossas culturas, nossas sociedades, a

língua organiza e determina as possibilidades de percepção do mundo e

estabelece entendimentos possíveis. Em outras palavras, a língua é aqui

concebida como discurso, não como estrutura. É na língua (e não através dela)

que se percebe e entende a realidade e, portanto, a percepção do mundo está

intimamente ligada às línguas que se conhece.

O princípio norteador da LEM é a formação para a cidadania, ensinar maneiras

de produzir entendimentos da realidade, de construir significados, de entender

o mundo.

No final do século XIX, os povos que imigram para o Paraná mantiveram seus

costumes vivos e também a língua, por isso no Paraná surgiram comunidades

bilíngües.

Em 1846, cria-se o primeiro estabelecimento de Ensino Médio no estado. No

colégio Estadual do Paraná, a carga horária destinada à língua estrangeira

começava a diminuir em função da inclusão de disciplinas técnicas no currículo

como conseqüência da Lei 5692 que institui o ensino profissionalizante.

Em 1976, resgata-se o prestígio de LEM onde esta passa a ser obrigatória

somente no 2º grau, não perdendo o caráter de recomendação para o 1º grau.

Nas décadas posteriores ocorreram intensos debates ideológicos e os

professores de línguas voltaram a ocupar espaço nas escolas.

Em 1982, foi implementado o Centro de Línguas Estrangeiras do Colégio

Estadual do Paraná.

Com a redemocratização do país, o cenário era propício para que os

professores organizados em Associações liderassem um amplo movimento

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pelo retorno da pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas

públicas.

Em 1986, criou-se o CELEM, Centros de Línguas que funcionavam no contra-

turno e ofereciam uma possibilidade de estudo sem custo financeiro a alunos

da rede pública estadual.

Em 1992, uma nova perspectiva para o ensino de línguas estrangeiras

chega ao Paraná com a publicação do Currículo Básico.

No atual contexto, a SEED tem promovido ações em favor da implementação

do ensino de espanhol nas escolas do estado: abriu concurso para contratação

de professores, ampliou o número de escolas com CELEM, estabeleceu

parcerias para a formação e aprimoramento pedagógico e adquiriu livros de

fundamentação teórica em língua estrangeira para escolas de Ensino Médio de

toda rede estadual.

2. JUSTIFICATIVA

Ao final do ensino fundamental, espera-se que o aluno:

• Tenha podido experimentar, na aula de LEM, formas de participação que

lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• Compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na pratica social;

• Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

• Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural,

constatando seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Tais objetivos, com foco no desenvolvimento da consciência lingüística e

cultural, exigirão o uso da língua materna para sua realização.

3. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira moderna prioriza o

discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros. De acordo

com a literatura de Bakhtin, no processo da decodificação, o essencial não é o

reconhecimento da forma utilizada, mas compreender sua significação numa

enunciação particular em um contexto concreto.

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4. CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Pressupõem toda a gama de material, capacidade e talento do professor,

usados no processo de interação do aluno, com o conteúdo a ser assimilado. E

nesse processo, serão necessários os seguintes requisitos:

• Leitura;

• Escrita;

• Oralidade e

• Compreensão auditiva.

Leitura: Ler em inglês prediz a familiarização do aluno com as diferentes

tipologias textuais: textos literários, propondo atividades que colaborem para

que o aluno reflita sobre os mesmos. Outros gêneros também devem ser

trabalhados tais como: publicidade, jornalismo, mídia, etc. Não se pode

esquecer que a leitura também se refere a textos não verbais, estejam eles

combinados ou não com o texto verbal.

Escrita: Escrever sem saber ler não seria exatamente tão dicotômico quanto

falar e ler. Por conseguinte, ninguém vai jamais escrever sem antes ler. Desta

forma, são duas atividades que convergem e portanto, precisam ser bem

trabalhadas pelo professor.

Oralidade e compreensão auditiva: Pelo fato de o professor encontrar uma

certa resistência de seus pupilos para a prática oral da Língua a ser ensinada e

isso por um conflito psicológico denominado bloqueio, ele terá que ter a

habilidade de interagir, utilizando o seu conhecimento a ponto de desenvolver,

no aluno, a idéia de que falar é simples e que ele (o educando) também

consegue.

• Sociolingüísticos: Prevê o conhecimento das particularidades do

comportamento social e verbal e permite escolher a forma lingüística adequada

de

acordo com a situação, objetivando intenções do falante.

• Estratégicos: Ajuda o falante a preencher lacunas nos outros conhecimentos

estabelecidos como sendo fundamentais no ensino-aprendizagem de LEM.

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Pode ser verbal ou não verbal.

É preciso levar em conta que esse conjunto de conhecimentos perpassará

as quatro práticas fundamentais da realização da língua: Falar, Escrever, Ler,

Compreender auditivamente.

5. CONTEÚDO ESTRUTURANTE

O conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira moderna prioriza o

discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros. De acordo

com a literatura de Bakhtin, no processo da decodificação, o essencial não é o

reconhecimento da forma utilizada, mas compreender sua significação numa

enunciação particular em um contexto concreto.

Os conteúdos são definidos localmente nas escolas, por ocasião do

planejamento anual, mantendo uma progressão entre as séries. As formas

lingüísticas são tratadas de modo contextualizado.

( 1ª série )

_ Quatro habilidades básicas para se aprender uma língua estrangeira.

_ Leitura de textos.

_ Tradução de textos.

_ Pronúncia das palavras.

_ Leitura de textos diversos.

_ Músicas.

_ Expressões idiomáticas.

_ Datas comemorativas : Valentine’s Day, Women’s Day, Easter and April

Fools’ Day, Mother’s Day, Children’s Day, Teacher’s Day,

_ Halloween, Thanksgiving Day and Christmas.

( 2ª série )

O conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira moderna prioriza o

discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros. De acordo

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com a literatura de Bakhtin, no processo da decodificação, o essencial não é o

reconhecimento da forma utilizada, mas compreender sua significação numa

enunciação particular em um contexto concreto.

Quatro habilidades básicas para se aprender uma língua estrangeira.

Leitura de textos.

Tradução de textos.

Pronúncia das palavras.

Leitura de textos diversos.

Músicas.

Expressões idiomáticas.

Datas comemorativas : Valentine’s Day, Women’s Day, Easter and April For

Day,

Mother’s Day, Children’s Day, Teacher’s Day, Halloween, Thanksgiving Day

and

Christmas.

( 3ª série )

O conteúdo estruturante para o ensino de língua estrangeira moderna prioriza o

discurso, entendido como prática social sob os seus vários gêneros. De acordo

com a literatura de Bakhtin, no processo da decodificação, o essencial não é o

reconhecimento da forma utilizada, mas compreender sua significação numa

enunciação particular em um contexto concreto.

Quatro habilidades básicas para se aprender uma língua estrangeira.

Leitura de textos.

Tradução de textos.

Pronúncia das palavras.

Leitura de textos diversos.

Músicas.

Expressões idiomáticas.

Datas comemorativas : Valentine’s Day, Women’s Day, Easter and April Fools’

Day,

Mother’s Day, Children’s Day, Teacher’s Day, Halloween, Thanksgiving Day

and

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Christmas.

6. METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico deve partir do conteúdo estruturante –

discurso – não deverão ser abordadas apenas questões lingüísticas, mas

também sócio-pragmáticas, culturais e discursivas, assim como as práticas do

uso da língua – leitura, escrita e oralidade.

Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois

eles darão suporte para que o aluno interaja com os textos. É fundamental

auxiliar os alunos a entenderem que ao interagir com/na língua estão

interagindo com pessoas específicas e que é preciso levar em conta que para

entender um enunciado em particular tem em mente quem disse o quê, para

quem, onde, quando e porquê é imprescindível.

É fundamental que se apresente ao aluno textos proporcionando ao mesmo a

possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva presente nas

diversaspráticas sociais.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor aos alunos

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-

los em suas especificidades e incentivar os mesmos a expressarem suas idéias

em língua estrangeira dentro das suas limitações.

Com relação à escrita, ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que o

professor proporcione aos alunos elementos necessários, para que se consiga

expressar-se e dos quais não dispõe, tais como: conhecimentos discursivos,

lingüísticos, sócio-pragmáticos e culturais.

Quanto à questão da literatura, é preciso apresentar textos literários aos

alunos, propor atividades que colaborem para que os mesmos reflitam sobre os

textos e os perceba como uma prática social.

7. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

No processo de avaliação, o aluno envolvido, também é construtor do

conhecimento.

Precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações como: fornecimento de

um retorno sobre seu desempenho e o entendimento do erro como parte

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integrante de aprendizagem.

É importante considerar avaliações de outras naturezas: diagnóstica, somativa

e formativa que se articulam com os objetivos específicos e conteúdos

definidos nas escolas, respeitando as diferenças individuais.

Aos alunos com necessidades educativas especiais, as avaliações serão

adaptadas, de acordo com o aluno a ser avaliado.

8. BIBLIOGRAFIA

KLASSEN, Susana. Discovery. São Paulo, FTD, 2000. ROLIM, Mirian.

Insights into English, São Paulo, FTD, 1998.LIBERATO, Wilson Antônio.

English information. São Paulo, FTD, 2005.

Diretrizes curriculares - Ensino Fundamental – Língua Estrangeira

Moderna.

Collins Cobuild English Dictionary. 3rd edition. London: HarperCollins, 2001.

Longman Dictionary of Contemporary English. 3rd edition. Essex, England:

Longman, 2001.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores. –

Curitiba: SEED-PR, 2006. – p.256 273

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PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

Justificativa

A Química esta presente em todo o processo de desenvolvimento das

civilizações, a partir das primeiras necessidades humanas. Logo a

importância desta disciplina nos bancos escolares. Sendo o conhecimento

químico incorporado a pratica dos professores e abordados conforme a

necessidade dos alunos.

Objetivos gerais da disciplina de Química

• Compreender que o ensino da Química como de outra ciência

deve ser sob o prisma da atividade humana, portanto sem verdades absolutas;

• Refletir criticamente sobre o período histórico atual, as relações

políticas, econômicas, sociais e culturais das diferentes sociedades, relacionan-

do-os com o conhecimento científico;

• Despertar o interesse científico, enfatizando a sua relação com a

vida cotidiana;

• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual

e coletiva do ser humano com o ambiente;

• Perceber o papel da Química no sistema produtivo, industrial e ru-

ral.

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Conteúdos

Conteúdos estruturantes

Matéria e sua natureza

Biogeoquímica

Química sintética

Conteúdos Básicos

1a Série do Ensino Médio

• Estrutura da matéria;

• Substâncias e misturas;

• Métodos de separação;

• Fenômenos Físicos e Químicos;

• Estrutura atômica;

• Distribuição eletrônica;

• Tabela periódica;

• Ligações químicas;

• Química do Carbono;

• Hidrocarbonetos;

• Funções Orgânicas (oxigenadas e nitrogenadas);

• Isomeria.

2a Série do Ensino Médio

• Funções Inorgânicas;

• Reações Químicas;

• Lei das reações químicas;

• Representação das reações químicas;

• Soluções;

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• Gases.

3a Série do Ensino Médio

• Eletroquímica;

• Radioatividade.

• Termoquímica;

• Cinemática química;

• Equilíbrio químico.

Metodologia da disciplina

Partindo de fatos conhecidos pelos alunos e o conhecimento sobre

o assunto existente nos meios de comunicação, exposição do conteúdo.

Estabelecendo-se um diálogo aberto com os alunos e entre os mesmos,

levando em conta seus conhecimentos e principalmente suas dúvidas e

opiniões. Levando-os a relatarem suas experiências pessoais, familiares,

assim como acontecimentos, eventos, textos lidos e programas de TV, para

que, a partir destes reconheçam e entendam o conhecimento cientifico

químico.

Assim como, utilização de experimentos como ponto de partida para

desenvolver a compreensão de conceitos ou a concepção de sua relação

com as idéias discutidas em aula, propiciando aos estudantes uma reflexão

sobre a teoria e a prática e, ao mesmo tempo permitindo que o professor

perceba as dúvidas de seus alunos.

Critérios de avaliação específicos da disciplina

A avaliação deve subsidiar e mesmo direcionar o curso da ação do

professor no processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a

qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola. Logo

se percebe a necessidade de avaliações que contemplem várias formas de

expressão dos alunos, como: exposições orais de pesquisas bibliográficas,

leitura e interpretação da tabela periódica, relatórios de aulas de

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laboratórios, assim como avaliações escritas, entre outras.

Bibliografia

BAIRD, C. Química Ambiental. 2aed. Porto alegre: Bookman, 2002.

BRASIL. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDOA E TECNOLÓGICA.

Parâmetros curriculares nacionais: ensino médio. Brasília:

MEC/SEMTEC, 2002.

CHASSOT, A. Alfabetização cientifica: questões e desafios para a

educação. Ijuí. Unijuí, 2003.

FÍSICA

JUSTIFICATIVA

A Física tem como objeto de estudo o Universo, em toda sua complexi-

dade. Por isso, a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natu-

reza. Natureza, aqui, tem sentido de realidade material sensível. Entretanto, os

conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não

são coisa da natureza, ou a própria natureza, mas modelos de elaborações hu-

manas.

A Física é, em muitos aspectos, a mais básica de todas as ciências na-

turais (pelo menos é o que os físicos acham). Ela tem uma abrangência notá-

vel, envolvendo investigações que vão desde a estrutura elementar da matéria

até a origem e evolução do Universo. Usando uns poucos princípios físicos, po-

demos explicar uma grande quantidade de fenômenos naturais presentes no

cotidiano e compreender o funcionamento das máquinas e aparelhos que estão

à nossa volta. A inclusão da Física no currículo de Ensino Médio dá aos estu-

dantes a oportunidade de entender melhor a natureza que os rodeia e o mundo

tecnológico em que vivem.

Tão importante quanto conhecer os princípios fundamentais da Física é

saber como chegamos a eles, e porque acreditamos neles. Não basta ter co-

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nhecimento científico sobre a natureza; também é necessário entender como a

ciência funciona, pois só assim as características e limites deste saber podem

ser avaliados. O estudo da Física coloca os alunos frente a situações concretas

que podem ajudá-los a compreender a natureza da ciência e do conhecimento

científico. Em particular, eles têm a oportunidade de verificar como é funda-

mental para a aceitação de uma teoria científica que esta seja consistente com

evidências experimentais. Isso lhes permitirá distinguir melhor entre ciência e

pseudociência, e fazer sua própria avaliação sobre temas como astrologia e

criacionismo. Eles poderão também reconhecer as limitações inerentes à inves-

tigação científica, percebendo que existem questões fundamentais que não são

colocadas nem respondidas pela Ciência.

Ressaltamos também a importância de um enfoque conceitual para

além de uma equação matemática, sob o pressuposto teórico que afirma que o

conhecimento científico é uma construção humana com significado histórico e

social.

OBJETIVOS

Ao terminar o Ensino Médio, o aluno deverá:

• Conhecer conceitos e princípios da Física e ser capaz de usá-los para

explicar fenômenos naturais e entender o funcionamento de máquinas e

aparelhos;

• Conhecer a definição operacional e o significado das grandezas físicas

mais importantes e familiarizar-se com suas unidades. Identificar essas

grandezas em situações concretas;

• Reconhecer que a definição de uma grandeza física não é arbitrária,

mas tem raízes em experiências e idéias prévias, e é justificada por sua

utilidade;

• Estar familiarizado com procedimentos básicos de medida e registro de

dados, e com os instrumentos de medida mais comuns;

• Compreender que a medida de uma grandeza física tem sempre um

grau de incerteza, e ser capaz de estimar este erro em situações sim-

ples;

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• Ser capaz de estimar o valor das grandezas em situações práticas;

• Saber ler e interpretar expressões matemáticas, gráficos e tabelas. Ser

capaz de descrever uma relação quantitativa nessas formas e de passar

de uma representação para outra;

• Compreender como modelos simplificados podem ser úteis na análise

de situações complexas;

• Reconhecer que explicações sobre o mundo natural baseadas em cren-

ças pessoais, fé religiosa, revelação mística, superstições ou autoridade

podem ter utilidade pessoal e relevância social, mas não são explica-

ções científicas;

• Compreender que os métodos da ciência não são os únicos que devem

ser usados para explorar os múltiplos aspectos do mundo em que vive-

mos. Reconhecer o papel que a Filosofia e as Artes desempenham na

descoberta e interpretação de universos tão importantes ao ser humano

quanto o dos fenômenos físicos;

• Ser capaz de comunicar de forma precisa e eficiente o resultado de suas

atividades relacionadas à Física. Isto inclui organizar dados e escolher

uma forma adequada para apresentá-los, fazer diagramas e esquemas

gráficos e expressar-se de maneira lógica e bem estruturada.

METODOLOGIA

As considerações aqui apresentadas são princípios gerais que se apli-

cam a todos os conteúdos da disciplina. Não se constitui em um conjunto de re-

gras, mas nos dá subsídios para melhorar a prática docente.

• O ensino de Física deve enfatizar a compreensão de conceitos e a apli-

cação destes as situações concretas e desestimular práticas como a

memorização de fórmulas e sua utilização repetitiva em exercícios nu-

méricos artificiais;

• Os alunos aprendem de forma muito mais eficiente se o que lhes for en-

sinado estiver baseado no que eles já sabem. O ensino de Física deve

ser planejado de forma que o conhecimento dos estudantes possa cres-

cer de forma lógica e ordenada, tornando-se mais profundo e não ape-

nas extenso a cada passo;

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• Ao entrar em contato com a Física, os estudantes já trazem concepções

sobre o mundo natural que são razoáveis e úteis a eles. Em alguns ca-

sos essas concepções diferem significativamente dos conceitos e princí-

pios físicos que se deseja ensinar, e atuam como barreiras a um apren-

dizado efetivo. O reconhecimento e explicitação desses conflitos deve

ser parte fundamental da prática pedagógica do curso de Física;

• A introdução de conceitos abstratos deve partir da análise de situações

concretas, de preferência ligadas à experiência cotidiana dos alunos.

Isto não apenas facilita a aprendizagem desses conceitos, mas principal-

mente estabelece uma ponte entre o mundo da teoria e aquele vivencia-

do pelos estudantes;

• Demonstrações em sala de aula e atividades de laboratório permitem

que os estudantes compreendam melhor os conceitos físicos e os fenô-

menos aos quais eles se aplicam, e façam experimentos que coloquem

a teste as teorias que lhes foram apresentadas. Estas atividades dão

aos alunos familiaridade com aparelhos e procedimentos de medida, de-

senvolvendo habilidades que são de grande importância para estudos

posteriores ou para a inserção no mundo do trabalho;

• Simulações em computador podem ajudar os estudantes a formar mode-

los mentais de conceitos abstratos ou de fenômenos de difícil visualiza-

ção. Mais importante ainda, o computador permite que os estudante te-

nham acesso a instrumentos de modelagem matemática poderosos e fá-

ceis de usar. Com isso eles podem desenvolver e explorar seus próprios

modelos de fenômenos físicos, tornando-se participantes mais ativos na

construção de seu conhecimento. Existem programas de modelagem de

ótima qualidade, gratuitos, com documentação e material de apoio em

português, e que podem ser obtidos via Internet. Um exemplo bem co-

nhecido é o Modellus (http://phoenix.sce.fct.unl.pt/modellus);

• O material de estudo que os alunos utilizam fora de sala de aula não

pode restringir-se a anotações de caderno e apostilas. É essencial a

uma aprendizagem sólida de Física que os estudantes usem sistemati-

camente um livro-texto, e que este não seja apenas uma coleção de fór-

mulas e problemas retirados de exames vestibulares;

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• Uma grande quantidade de material didático de boa qualidade está dis-

ponível na Internet. Esses recursos são de fácil acesso e podem com-

plementar o material de estudo usado na escola;

• É importante que o ensino de Física esteja articulado ao de Matemática,

Química e Biologia, de modo a dar aos estudantes uma visão integrada

dessas disciplinas e de como elas podem contribuir, cada uma à sua

maneira, para o estudo comum de problemas concretos;

• Também é importante que os estudantes tenham uma perspectiva histó-

rica do desenvolvimento da Física, de modo a perceber como estruturas

sociais, econômicas e culturais podem influenciar, e ser influenciadas,

pela evolução da Ciência. Eles devem aprender a ver o conhecimento

passado dentro de seu contexto histórico, e não de forma depreciativa à

luz do conhecimento atual;

• Os estudantes devem ser estimulados a comunicar a colegas, professo-

res e outros, em diferentes formas e mídias, o resultado de suas ativida-

des relacionadas à Física;

• As revistas especializadas em ensino de Física podem dar uma contri-

buição importante ao aperfeiçoamento da prática docente. Elas trazem

desenvolvimentos recentes de materiais e metodologias educacionais,

discutem tópicos atuais de Física e descrevem novas formas de ensinar

temas tradicionais. Essas revistas são um meio de comunicação impor-

tante dentro comunidade de professores de Física, e sua utilização pode

ajudar a superar o isolamento profissional em que muitos se encontram.

Algumas têm versões eletrônicas disponíveis gratuitamente na Internet,

como a Física na Escola e a Revista Brasileira de Ensino de Física, am-

bas editadas pela Sociedade Brasileira de Física. O Caderno Brasileiro

de Ensino de Física também está na Internet, mas apenas com o resu-

mo dos artigos.

• CONTEÚDOS

Conteúdos

estruturantes

Séries Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos

- a Física no estudo A história da Física e a sua

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206

1a

Série

da Ciência; interação com a natureza.

- Momentum, inércia

e a conservação do

momentum;

Espaço, tempo e massa;

velocidade; inércia de rotação e

translação; 1ª Lei de Newton,

referenciais inerciais; vetores;

unidades.

- Variação da

quantidade de

movimento =

impulso;

Impulso; força; força resultante;

- 2ª Lei de Newton; 2ªLei de Newton e a fórmula de

Euler para a força (F=ma); massa

inercial; aceleração; movimentos

acelerados e retardador;

unidades; vetores.

- 3ª Lei de Newton e

condições de

equilíbrio;

Centro de gravidade; sistema

mola (Lei de Hooke); centro de

gravidade; força resultante; massa

inercial; unidades; vetores.

- Energia e o

Princípio da

Conservação de

Energia;

Energia cinética e potencial; a

conservação da energia

mecânica; transformação da

energia e trabalho; massa,

energia e quantização de energia,

diferentes formas de energia, por

exemplo: energia nuclear.

- Gravitação; Rotação e translação; Leis de

Kepler; Leis da Gravitação

Universal, campo de forças; força

da gravidade: peso; massa

gravitacional e inercial.

- Fluídos; Massa específica e densidade;

pressão e volume; Princípio de

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207

Movimento

Termodinâmica

Eletromagnetismo

Arquimedes e o Empuxo, pressão

hidrostática e a atmosférica;

Princípio de Pascal; tensão

superficial; viscosidade.

Oscilações. Ondas mecânicas (acústica);

sistema massa-mola; pêndulo;

ressonância; refração e reflexão;

interferência; ondas estacionárias;

efeito doopler.

- Lei zero da

Termodinâmica;

Calor e temperatura; Teoria

cinética dos gases; lei dos gases

ideais; propriedades térmicas;

instrumentos de medida de

temperatura – o termômetro e as

escalas termométricas; equilíbrio

térmico; efeito da variação da

temperatura de um objeto;

unidades.

- 1ª Lei da

Termodinâmica;

Energia interna de um gás ideal;

conservação de energia; variação

da energia e o trabalho sobre um

gás; capacidade calorífica e o

calor específico de substâncias

nos estados: sólido, líquido e

gasoso; mudanças de fase e calor

latente, calor sensível e o calor

como energia; unidades.

- 2ª Lei da

Termodinâmica;

Máquinas térmicas; variação da

energia, trabalho; potência e

rendimento; o ciclo de Carnot;

unidades.

- Entropia e a 3ª Lei

da termodinâmica;

Processos reversíveis e

irreversíveis; a energia como

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constante do universo e a

entropia; unidades.

- Óptica física e

geométrica

Fenômenos luminosos: reflexão e

refração; espelhos; lentes;

interferência e difração.

- Carga elétrica; Condutividade elétrica; carga

elétrica; quantização da carga

elétrica; processos de eletrização;

variação da carga elétrica no

tempo – corrente elétrica;

unidades.

- Campo; O conceito de campo e o campo

eletromagnético; indução

eletromagnética, transformadores;

vetores; unidades.

- Força

eletromagnética

Força elétrica e a força magnética

– Força de Lorentz; vetores;

unidades.

- Equações de

Maxwell;

Leis de Gauss (convergencia e

divergência das linhas de campo)

– Lei de Coulomb; Lei de Lezn e a

conservação da energia; Lei de

Ampére; a indução

eletromagnética e o gerador;

ondas eletromagnéticas; vetores;

unidades.

- Energia e o

princípio da

Lei de Lenz e a conservação da

energia; trabalho e o potencial

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Série

conservação da

energia;

elétrico; a energia potencial

elétrica; energia nuclear: fissão e

fusão nuclear; elementos de um

cincuito elétrico; fontes de

energia; geradores, motores,

resistores, capacitores; unidades.

- Luz Efeito fotoelétrico; efeito compton;

dualidade onda-partícula (De

Broglie), espalhamento; unidades.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve levar em conta os pressupostos teóricos adotados

nas diretrizes Curriculares.

Avaliar é considerar a apropriação dos objetos da Física pelos estudan-

tes. A avaliação deve ter um caráter diversificado e verificar aspectos tais

como:

• A compreensão dos conceitos físicos;

• A capacidade de análise de um texto, seja ele literário ou científico, para

uma opinião que leve em conta o conteúdo físico;

• A capacidade de elaborar um relatório sobre o experimento ou qualquer

outro evento que envolva a Física.

No entanto, a avaliação não pode ser usada para classificar os alunos com

uma nota, como tradicionalmente tem sido feito, com o objetivo de testar o alu-

no ou mesmo puni-lo, mas sim de auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja, trata-se

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de tomá-la como instrumento para intervir no processo de aprendizagem do es-

tudante, cuja finalidade é sempre o seu crescimento.

BIBLIOGRAFIA:

Física na Escola, revista dedicada aos professores do ensino médio, editada

pela Sociedade Brasileira de Física. Versões eletrônicas dos artigos estão dis-

poníveis na Internet, em www.sbfisica.org.br.

Revista Brasileira de Ensino de Física, revista dedicada aos professores do en-

sino médio e superior, editada pela Sociedade Brasileira de Física. Versões

eletrônicas dos artigos estão disponíveis na Internet, em www. scielo.br ou

www.sbfisica.org.br.

Caderno Brasileiro de Ensino de Física, revista dedicada aos professores do

ensino médio e superior, editada na Universidade Federal de Santa Catarina.

Os resumos dos artigos estão na Internet, em server.fsc.ufsc. br/ccef/.

Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, resolução

CEB/CNE/MEC de 26 de junho de 1998.

Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino Médio - Curitiba, 2006.

PCN + Ensino Médio: Orientações Educacionais Complementares aos Parâ-

metros Curriculares Nacionais (MEC/ SEMTEC, 2002)

A Contribuição da Física para um Novo Ensino Médio, M.R.G. Kawamura e Y.

Hosoume, Física na Escola, v. 4, n. 2, pp. 22-27 (2003).

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO:

CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO DA INSTITUIÇÃO.

A escola como instituição histórica, é socialmente determinada, seu

desafio é a busca de sua identidade própria, levando-se em consideração suas

características peculiares, sua clientela, seus agentes, sem perder de vista sua

fincão primordial, que é a formação integral dos cidadãos. Para tanto, faz-se

necessário, não somente a construção, como também a efetiva implantação do

Projeto Político Pedagógico da Instituição Escolar.

O projeto da escolar é fruto de reflexão e investigação, e precisa ser

concebido com base nas diferenças existentes entre os diversos segmentos

envolvidos na construção.

Nesse processo a avaliação é entendida como parte integrante na

construção do projeto e compreendida como responsabilidade de toda a

comunidade escolar. Constituição fundamental para a garantia do êxito do

projeto.

Para acompanhamento e aprimoramento do Projeto Político Pedagógico,

é necessária a existência de uma avaliação que venha somar esforços para a

plena efetivação do projeto, para tanto, nosso estabelecimento de ensino

atendendo às orientações da SEED implantará a Avaliação Institucional.

De acordo com a SEED a avaliação institucional deve ser construída de

forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das

instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas

com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da

educação pública ofertada na Rede Estadual (SEED, 2004, p. 11).

Tal avaliação terá por objetivo identificar os fatores que interferem positiva

e negativamente na oferta, no acesso e na permanência dos educandos no

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sistema educacional. Ela precisa buscar e possibilitar a tomada de consciência

sobre a instituição pelos diversos segmentos da comunidade escolar,

envolvendo todos os interessados neste processo. Deve ser fundamentada em

seus aspectos políticos, técnicos, sociais e simbólicos.

A avaliação institucional constitui-se um processo sistemático de

discussão sobre as práticas vivenciadas na escola, fornecendo subsídios para

o melhoramento e o aperfeiçoamento das atividades desenvolvidas no âmbito

escolar. A partir desta avaliação a escola tomará conhecimento de suas reais

condições e poderá tomar as decisões e as atitudes necessárias para a

melhoria de sua qualidade, através da análise das dificuldades e fragilidades

detectadas durante o processo.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto

responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da

educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem

como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas

finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”, cada

escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas

dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação.

Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada

escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual

pertence. (SEED, 2005, p.17)

Repensar a práxis educativa da escola e da rede estadual como um todo,

pressupõe a realização de uma avaliação séria, com objetivos traçados, pois,

quando se detecta e se compreende o problema, as soluções se iluminam.

Por esse documento ser construído coletivamente e por sujeitos históricos

prioriza-se a visão de mundo, de sociedade e de homem, que norteia as

concepções como verdadeiros lemes, assim entendemos que o Projeto Político

Pedagógico da nossa escola possui um ritmo próprio para cada

época,estaremos enfocando os elementos de revisão, elaboração e

reformulação.

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Para revisão estaremos aproveitando momentos em que todos possam

estar envolvidos na leitura e reflexão deste documento como: curso de

capacitação; reuniões pedagógicas; conselho de classe; conselho escolar com

membros da APMF e na hora atividade do professor.

Na elaboração de novas metas pedagógicas ou administrativas estaremos

seguindo orientações da Secretaria de Estado do Paraná ou quando perceber

necessidades de transformações de nossa realidade relacionadas ao processo

de ensino aprendizagem.

Portanto, os passos de revisão, elaboração e reformulação será realizado

por meio do envolvimento efetivo de toda comunidade escolar.

A avaliação do processo ensino – aprendizagem se dará diariamente,

numa perspectiva transformadora, cujos resultados constituam parte de um

diagnóstico a fim de superar as dificuldades, procurando mudar a forma de

trabalho da comunidade escolar, proporcionando assim a maior participação de

professores, escola, pais e alunos.

O resultado não será o único elemento contemplado na avaliação, será

observado também o processo de construção do conhecimento, tornando a

avaliação, essencialmente diagnóstica.

A nota mínima exigida pelo estabelecimento para aprovação é a nota 6,0

(seis vírgula zero) por área de estudos ou disciplina, para o ensino fundamental

de 5ª a 8ª série e Ensino Médio. O resultado da avaliação será expresso

através de notas numa escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). A

divulgação do rendimento do processo de ensino aprendizagem individual do

aluno será entregue por meio de documento próprio da escola (boletim), que

constará a freqüência, aulas dadas por disciplina e também o aproveitamento

obtido no decorrer do bimestre e resultado final do ano letivo.

A entrega desse documento acontecerá por meio de reunião

com a participação da direção, equipe pedagógica para organização logística

da mesma e os professores conselheiros de cada turma presidirão a reunião,

buscando estabelecer vínculos com a família. Na fala geral o professor deverá

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apresentar os pontos positivos da turma e do trabalho que foi desenvolvido no

bimestre, utilizando-se dos registros do pré-conselho e conselho de classe.

Após este momento, pretende-se passar as principais dificuldades gerais e

particularmente a cada responsável, na entrega do Boletim, dificuldades do

aluno, quando haver situações mais sérias e/ou delicadas, seja de

aproveitamento ou comportamento, o responsável será avisado que necessita

vir em outro momento, para conversar em particular com a equipe pedagógica

e professores quando necessário, assegurando desta maneira a privacidade de

conversa entre escola e responsáveis, garantido assim que nenhum aluno seja

exposto a uma situação vexatória, perante seus colegas e responsáveis dos

mesmos.

Ao final dos quatro bimestres será aplicada a fórmula:

1º bimestre + 2º bimestre + 3º bimestre + 4º bimestre

4

A promoção resultará da combinação do resultado do

aproveitamento escolar do aluno, expresso na forma de escalas de notas de

0 ( zero ) a 10 ( dez ) e da apuração da assiduidade, obedecendo às regras

estabelecidas no Regimento Escolar.

Os processos de classificação e reclassificação, do

aproveitamento de estudos e das adaptações este Estabelecimento de Ensino

atenderá o disposto no Regimento Escolar, priorizando a análise de alunos

passíveis de participar do processo em discussão no último conselho de classe

do ano letivo.

O sistema de dependência atenderá o disposto no Regimento escolar,

sendo que o Estabelecimento de ensino optou por só atender essa questão de

alunos oriundos de estabelecimentos de ensino que adotam a mesma.

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De acordo com o Art. 58 do Regimento Escolar " a recuperação

de estudos é um dos aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento

contínuo, pela qual o aluno, com aproveitamento insuficiente, dispõe de

condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos."

Nosso estabelecimento de ensino proporcionará a recuperação

de estudos para os educando com baixo rendimento escolar paralelamente ao

período letivo e ao final do mesmo, assegurando as condições pedagógicas

necessárias definidas na Proposta Pedagógica e no Regimento Escolar da

instituição.

Os processos de classificação e reclassificação, do

aproveitamento de estudos e das adaptações neste estabelecimento de ensino

atenderá o disposto no Regimento Escolar e se realizará no último Conselho de

Classe anualmente, pois entende-se que é a melhor oportunidade para realizar

tais processos, focando alunos e alunas em defasagem idade/série,

comumente “excluídos” do processo de ensino e aprendizagem em seu

históricos de vida, porém com bagagem cultural e conhecimentos tácitos

capazes de estabelecer relações com os conteúdos científicos à série/ano que

o aluno acompanhará.

Para tal, os professores em Conselho de Classe, indicarão

alunos em condições de passar pelo processo de reclassificação, nomeando

uma comissão para a realização do mesmo e acompanhamento desses alunos

no ano seguinte.

A avaliação deverá ser diversificada, contínua, permanente e

cumulativa, considerando os resultados obtidos durante o período letivo,

ressaltando a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua

participação nas atividades realizadas. A escola contemplará os seguintes

instrumentos avaliativos:

- Avaliações escritas;

- Avaliações orais;

- atividades práticas;

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- Relatórios;

- Debates;

- Seminários;

- Produção de texto;

- Pesquisa de campo;

- Pesquisa bibliográfica;

- Observações diárias (participação e desempenho);

- Leitura e interpretação de mapas, imagens, gráficos, tabelas e

charges;

- Construção de maquetes;

- Atividades em grupos;

- produção de cartazes.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Promoção:

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do

aluno, aliada à apuração da sua freqüência, expresso na forma de escalas de

notas de 0 (zero) a 10 (dez) e apuração da assiduidade, obedecendo as regras

estabelecidas no Regimento Escolar.

Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do

Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0

(seis virgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.

Classificação:

Para posicionar o aluno em série, compatível com a idade, experiência e

desempenho adquiridos por meios formais ou informais, a escola realizará a

classificação.

- Por promoção: para o aluno que no ano anterior cursou a própria escola;

- Por transferência: considerando a classificação da escola de origem;

- Independente de escolarização anterior: mediante avaliação feita pela escola;

A classificação tem caráter pedagógico na aprendizagem e exigido

medidas administrativas, a escola observará e agirá de forma a resgatar os

direitos dos alunos, segunda as normas previstas na Deliberação 005/98 e

prevista no Regimento Escolar.

Reclassificação:

Para a reclassificação, a escola avaliará o grau de desenvolvimento e

experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas curriculares

gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com sua

experiência e desempenho, independente do que registre o seu histórico

escolar.

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Não será feita a classificação ou reclassificação para a etapa inferior e

anteriormente cursada. O processo de classificação e reclassificação atenderá

o disposto no Regimento Escolar e se realizará no último conselho de classe

anualmente, focando alunos em defasagem idade/série, porém com bagagem

cultural e conhecimento tácitos capazes de estabelecer relações com os

conteúdos científicos à série/ano que aluno acompanhará. Os professores em

conselho de classe indicarão alunos em condições de passar pelo processo de

reclassificação. Uma comissão será nomeada para realização do mesmo e

acompanhamento desses alunos no ano seguinte.

Recuperação de Estudos:

A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do

nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudo dar-se à de forma permanente e concomitante

ao processo ensino e aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio

de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos

e os conteúdos da disciplina.

Nosso estabelecimento de ensino proporcionará a recuperação de

estudos, assegurando as condições pedagógicas necessárias aos educandos,

sendo estas definidas na proposta pedagógica e no regimento escolar. A

recuperação de estudos é um dos aspectos da aprendizagem no seu

desenvolvimento contínuo, pelo qual o aluno, com aproveitamento insuficiente,

dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos.

Registros:

O estabelecimento de ensino deverá dispor de documentos escolares

para os registros individuais de alunos, professores e outras ocorrências. Os

documentos de registro escolar são: Requerimento e matrícula, ficha individual,

histórico escolar, Relatório final, livro registro de classe.

Os documentos devem ser escriturados e arquivados coma finalidade de

identificar cada aluno, dar regularidade aos seus estudos e assegurar a

autenticidade de sua vida escolar. Todos os registros devem ser datados e

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assinados.

O registro escolar deve cumprir a legislação em vigor, as instruções

normativas emanadas da Secretaria de Estado da Educação e Regimento

Escolar.

Formas de procedimento de comunicação:

A forma e procedimento da divulgação do rendimento do processo

ensino aprendizagem individual do aluno será entregue por meio de documento

próprio da escola (boletins) que constará frequência, aulas dadas por

disciplinas e também o aproveitamento obtido no decorrer do bimestre e

resultado do ano letivo. A entrega desse documento acontecerá por meio de

reunião com a participação da direção, equipe pedagógica, professores de

cada turma e família com o objetivo de conscientizar a real situação do

aproveitamento escolar do aluno, bem como mobilizar a todos na busca de

estratégias de caso que apresentam dificuldades de aprendizagem, visando a

superação dos mesmos.

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METODOLOGIA

Ao definir sua Proposta Pedagógica é importante que a escola

esteja atenta para o reconhecimento de identidades pessoais, diversidades e

peculiaridades básicas, variedades étnicas, regionais, variações

sócio/econômicas, culturais e de condições psicológicas e físicas, existentes

em nossa sociedade, com o intuito de reverter as marcas deixadas pela

discriminação e exclusões em múltiplos contextos e no interior da escola.

A metodologia consiste no trabalho desenvolvido pelo

professor, criando mecanismos para que os educandos tenham uma

participação ativa, porém conduzida na construção de seu próprio

conhecimento.

Ela deve privilegiar a criatividade, o espírito inventivo, a

curiosidade pelo inusitado, a afetividade, para facilitar a constituição de

identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto, o

imprescindível e o diferente. Pressupõe ações pedagógicas pautadas na

exploração do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade,

de modo a privilegiar a relação teoria prática, na busca da apreensão das

diferentes formas de apresentação do saber.

De acordo com a metodologia adotada, nosso Estabelecimento

de Ensino terá o compromisso permanente de usar o tempo e o espaço

pedagógico, as instalações e equipamentos, os materiais didáticos e os

recursos humanos de que dispõe para um melhor desenvolvimento do

processo de ensino e aprendizagem.

Tal metodologia visa:

• a realidade dos educandos;

• desenvolvimento das aptidões dos educandos;

• a reelaboração dos conteúdos e a forma de explicitação, à medida que se

verificar que o educando não alcançou os resultados esperados;

• a mediação da teoria com a prática;

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• a adequação do método ao conteúdo;

• a superação da reprodução das desigualdades sociais da sociedade

capitalista;

• a superação dos processos de exclusão presentes no currículo oculto do

estabelecimento de ensino;

• a análise do currículo oculto, buscando superar os aspectos negativos e

reforçar os positivos, no que diz respeito à socialização dos sujeitos

envolvidos da comunidade escolar e melhora da participação desse sujeitos

na sociedade em que vivem.

Nela, o educando será visto como um ser integrante do

processo educativo e considerado como agente ativo da aprendizagem,

possuidor de saberes anteriores à escola, os quais irão interagir com os

conhecimentos que serão adquiridos no ambiente escolar. O educador

assumirá a função de mediador da aprendizagem, dando significado ao objeto

do conhecimento, lançando desafios e incentivando o surgimento de

questionamentos, despertando assim, a curiosidade e valorizando a interação

entre o educando e o objeto do conhecimento.

Para a efetivação desta proposta de trabalho será

indispensável a capacitação dos profissionais da educação e a disponibilidade

dos recursos necessários.

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PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

A escola como instituição histórica, é socialmente determinada,

seu desafio é a busca de sua identidade própria, levando-se em consideração

suas características peculiares, sua clientela, seus agentes, sem perder de

vista sua função primordial, que é a formação integral dos cidadãos. Para tanto,

faz-se necessário, não somente a construção, como também a efetiva

implantação do Projeto Político Pedagógico da instituição escolar.

O projeto da escola é fruto de reflexão e investigação, e precisa

ser concebido com base nas diferenças existentes entre os diversos

segmentos envolvidos em sua construção.

Nesse processo a avaliação é entendida como parte integrante

na construção do projeto e compreendida como responsabilidade de toda a

comunidade escolar. Constitui ação fundamental para a garantia do êxito do

projeto.

Para acompanhamento e aprimoramento do Projeto

Político Pedagógico, é necessária a existência de uma avaliação que venha

somar esforços para a plena efetivação do projeto, para tanto, nosso

Estabelecimento de Ensino atendendo às orientações da SEED implantará a

Avaliação Institucional.

De acordo com a SEED “ A Avaliação Institucional deve ser

construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as

fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas

educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento

da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.”(SEED,

2004, P.11)

Tal avaliação terá por objetivo identificar os fatores que

interferem positiva e negativamente na oferta, no acesso e na permanência

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dos educandos no sistema educacional. Ela precisa buscar e possibilitar a

tomada de consciência sobre a instituição pelos diversos segmentos da

comunidade escolar, envolvendo todos os interessados neste processo.

Deve ser fundamentada em seus aspectos políticos, técnicos, sociais e

simbólicos.

A Avaliação Institucional constitui-se um processo

sistemático de discussão sobre as práticas vivenciadas na escola,

fornecendo subsídios para o melhoramento e o aperfeiçoamento das

atividades desenvolvidas no âmbito escolar. A partir desta avaliação a

escola tomará conhecimento de suas reais condições e poderá tomar as

decisões e as atitudes necessárias para a melhoria de sua qualidade,

através da análise das dificuldades e fragilidades detectadas durante o

processo.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais,

enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades

essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e

políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que

garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda

escolarização.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa,

mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de

educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação

empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço

empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)

Repensar a práxis educativa da escola e da rede estadual como um

todo, pressupõe a realização de uma avaliação séria, com objetivos traçados,

pois, quando se detecta e se compreende o problema, as soluções se

iluminam.

Por este documento ser construído coletivamente e por sujeitos

históricos prioriza-se a visão de mundo, de sociedade e de homem, que norteia

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as concepções como verdadeiros lemes, assim entendemos que o projeto

político pedagógico da nossa escola possui um ritmo próprio para cada época,

estaremos enfocando os elementos de revisão, elaboração, e reformulação.

Para um caminhar rico e coerente na oferta do ensino de qualidade

estaremos aproveitando para revisão momentos em que todos possam estar

envolvidos na leitura e reflexão desse documento como: curso de capacitação,

reuniões pedagógicas, de conselho de classe, escolar, com membros da APMF

e na hora atividade do professor.

Na elaboração de novas metas pedagógicas ou administrativas

estaremos seguindo orientações da Secretaria de Estado do Paraná ou quando

perceber necessidades de transformações de nossa realidade, relacionado ao

processo de ensino aprendizagem.

E em se tratando da reformulação do P.P.P. a escola organizará

cronograma de encontros, onde o coletivo estará registrando em forma de texto

as alterações embasadas em referenciais teóricos.

Por fim, é oportuno dizer que os passos de revisão, elaboração e

reformulação exigem o envolvimento efetivo de todos da comunidade escolar.

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PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

FORMAÇÃO CONTINUADA

A escola tem procurado propiciar aos seus professores momentos de

reflexão sobre sua prática, com o intuito de melhorar a qualidade do processo

ensino aprendizagem.

Nas datas pré-estabelecidas para as reuniões pedagógicas são

realizados estudos coletivos, voltados a assuntos e interesse de toda a

comunidade escolar e estudos em grupo que são formados de acordo com a

área e a disciplina que o professor leciona.

Os professores de nossa escola têm participado com freqüência dos

cursos oferecidos pela SEED, e os participantes repassam para os demais

professores da mesma disciplina os conteúdos aprendidos. Para a participação

nestes cursos a escola tem procurado realizar uma certa rotatividade, fazendo

assim, com que diferentes professores participem.

Alguns de nossos professore estão participando dos grupos de estudos

descentralizados por disciplina proporcionados pela SEED, os quais são

realizados fora do horário de aula.

Utilizamos também como formação continuada a hora-atividade, que é

um momento propício para o professor refletir e planejar sua prática, com apoio

da equipe pedagógica.

A hora atividade é distribuída entre as horas-aula de cada professor

conforme sua carga horária no estabelecimento, por ser um quadro de dias

estabelecidos para as disciplinas, docentes que atuam em outros municípios,

impossibilitou a organização da hora atividade de professores da mesma

disciplina, embora ocorre trocas de experiências, discussão positiva sobre

assuntos inerentes à prática dos professores tanto de maneira formal como

informal, nestes momentos há também contribuições do professor pedagogo

com sugestões de recursos pedagógicos a fim de enriquecer o trabalho ensino

aprendizagem.

O registro da hora-atividade do professor é realizado por meio de uma

ficha mensal em que o docente anota o que realizou (planejamento, pesquisa,

elaboração e análise de provas, organização de registros de freqüência dos

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alunos, elaboração de atividades entre outros).

GESTÃO ESCOLAR /GESTÃO DEMOCRÁTICA

Nunca podemos falar em Gestão Democrática sem transparência e

participação, centrada no trabalho coletivo da comunidade escolar.

Uma Gestão Democrática, a própria palavra já diz, promove a

redistribuição de responsabilidade, idéia de participação, trabalho em equipe,

decisão sobre as ações que serão desenvolvidas, analisa situações, promove

confronto de idéias, procurando assim o êxito de sua organização, através de

uma atuação consciente.

A gestão democrática visa mudança de postura de todos os membros da

comunidade escolar, garantindo a atuação e construção da cidadania.

A descentralização dos processos da gestão escolar e a

democratização, na escola, trazem como objetivo o desenvolver o espírito em

equipe, as decisões compartilhadas independentemente do nível hierárquico

que ocupa dentro da organização, mobilizar as pessoas, para demonstrar seus

talentos, até então ocultos, para realização dos trabalhos, incentivar para

colocar idéias em prática e assim auxiliar a escola na solução de problemas ou

mesmo de inovar com novos projetos que irão atrair uma atenção, tanto por

parte dos alunos, como da comunidade escolar, e em benefício da instituição

como um todo, pois na gestão democrática, a educação é tarefa de todos os

segmentos que compõem o processo educacional de um trabalho coletivo que

busque ações concretas. Para fortalecer o processo de democratização na

escola, faz-se necessário que a atuação do Grêmio Estudantil cumpra sua

principal função na formação dos alunos do Ensino Fundamental e Médio,

através da participação nas decisões que pode favorecer a sua integração e o

atendimento às suas necessidades, bem como atividades da escola aos

interesses, bem como aproximar as atividades da escola aos interesses dos

educandos na melhoria e qualidade de ensino. É necessário que o Conselho

Escolar para que cumpra a sua principal função: discutir, definir e acompanhar

o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico da escola. É atribuição do

Conselho Escolar deliberar sobre questões político-pedagógicas,

administrativas e financeiras, analisar, empreender e viabilizar o cumprimento

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das finalidades da escola, representar a comunidade escolar e local. É

necessário que a escola busque a democracia participativa, garantindo também

aos alunos espaços de atuação e construção da cidadania.

O Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento define-se por ser uma

construção coletiva da identidade da escola pública, popular, democrática e de

qualidade para todos. O projeto define uma concepção de homem, sociedade,

conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino, aprendizagem e avaliação

articulada à dimensão político-pedagógica de produzir uma concepção de

educação e sociedade democrática. Sua finalidade é enfrentar os desafios das

mudanças e transformações tanto na forma como a escola organiza o seu

processo de trabalho pedagógico como na gestão que é exercida, repensada a

sua estrutura e estratégias de ação, um plano elaborado de forma reflexiva,

consciente, sistematizada e principalmente coletiva.

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ÓRGÃOS COLEGIADOS

A escola como instituição pública necessita de organização que garanta

seus procedimentos legais de gestão pública e das relações sociais. Para isso

é necessário que tenha critérios de organização que lhe dêem suporte e

respaldo para agir, e tomar decisões, transformando-as em ações concretas,

mas que estas não sejam isoladas ou individuais. Visando isso a escola tem

como organização interna algumas associações, conselhos e grêmios que lhe

dão suporte e respaldo nas tomadas de decisões como: APMF, Regimento

Escolar, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe e Projeto

Político Pedagógico.

APMF

Associação de Pais, Mestres e Funcionários, esta associação visa

envolver os Pais, Mestres e Funcionários, num trabalho de colaboração no

aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na

integração da família- escola- comunidade sem caráter político, partidário,

religioso, radical e nem fins lucrativos e seus participantes sem remuneração.

São objetivos da APMF:

I - Discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao

educando, de aprimoramento do ensino e integração família - escola -

comunidade, enviando sugestões, em consonância com a proposta

político pedagógica para apreciação do Conselho Escolar e equipe

pedagógica administrativa.

II - Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários,

assegurando-lhes melhores condições de eficiência escolar em

consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.

III - Buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no

contexto escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a

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realidade dessa comunidade.

IV - Proporcionar condições ao educando, para participar de todo o

processo escolar, estimulando a sua organização em Grêmio Estudantil

com o apoio da APMF e o Conselho Escolar.

V - Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo

dessa forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma

escola pública, gratuita e universal.

VI - Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e

funcionários e toda a comunidade, através de atividades sócias -

educativas - cultural - desportivas ouvidas o Conselho Escolar.

VII - Gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes

forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades

estabelecidas em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com

registro em livro ata.

VIII - Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e

suas instalações, conscientizando sempre a comunidade para a

importância desta ação.

De acordo com o Artigo 7º do Estatuto da APMF, seus recursos

serão provenientes de:

I - Contribuição social voluntária dos integrantes;

II - Auxílios, subvenções e doações eventualmente concedidos

pelos poderes públicos e pessoas físicas e jurídicas;

III - Campanhas e promoções diversas em conformidade com a

legislação vigente;

IV - Juros bancários e correções monetárias provenientes de

aplicações em Caderneta de Poupança e/ou Conta Corrente;

V - Investimentos e operações monetárias previamente

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autorizadas pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e o Conselho Escolar;

VI - Recursos auferidos a partir da celebração de convênios e

contratos, administrativos e civis, com pessoas de direito público e

privado, observando-se a legislação em vigor;

VII - Exploração da Cantina comercial, respeitando-se a

legislação específica.

REGIMENTO ESCOLAR

Amparo legal interno, que norteia o comportamento e atitudes na rotina

diária da comunidade escolar. Será utilizado o Regimento em vigor.

CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza

consultiva, deliberativa, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e

realização do trabalho pedagógico e administrativo do Estabelecimento

Escolar, em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais da SEED,

observando a Constituição, a LDB, o ECA, o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento Escolar, para o cumprimento da função social e específica da

escola.

É constituído pelo Diretor, representantes da Equipe

Pedagógica e Administrativa, representantes dos professores atuantes e dos

alunos, por grau de modalidade e ensino, pais de alunos e representantes da

comunidade civil.

O Conselho Escolar tem por finalidade promover a articulação

entre os vários segmentos organizados da sociedade e os setores do

Estabelecimento de Ensino, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu

funcionamento.

De acordo com o artigo 13 do Estatuto do Conselho Escolar, os

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objetivos do Conselho são:

I - realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática ,

contemplando o coletivo, de acordo com as propostas educacionais

contidas no Projeto Político-Pedagógico da Escola;

II - constituir-se em instrumento de democratização das relações no

interior da escola, ampliando os espaços de efetiva participação

da comunidade escolar nos processos decisórios sobre a

natureza e a especificidade do trabalho pedagógico escolar;

III - promover o exercício da cidadania no interior da escola,

articulando a integração e a participação dos diversos segmentos

da comunidade escolar na construção de uma escola pública de

qualidade, laica, gratuita e universal;

IV - estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do

trabalho pedagógico na escola, a partir dos interesses e

expectativas histórico-sociais, em consonância com as orientações da

SEED e a legislação vigente;

V - acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico

desenvolvido pela comunidade escolar, realizando as

intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto

Político-Pedagógico da escola;

VI - garantir o cumprimento da função social e da especificidade do

trabalho pedagógico da escola, de modo que a organização das

atividades educativas escolares estejam pautadas nos princípios da

gestão democrática.

GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio é a organização dos Estudantes na escola. Ele é formado

apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais,

sociais e esportivas. É um órgão reconhecido e de apoio à escola. Quanto ao

Grêmio estudantil está em fase de reformulação.

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CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático - pedagógicos, com atuação

restrita a cada classe do Estabelecimento de Ensino, tendo por objetivo avaliar

o processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os

procedimentos adequados a cada caso. Haverá tantos Conselhos de Classes

quantas forem as turmas do Estabelecimento de Ensino.

São finalidades do Conselho de Classe:

a) estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com

o trabalho do professor, na direção do processo ensino-aprendiza-

gem, proposto pela Proposta Pedagógica;

b) acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

c) analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempe-

nho da turma, com a organização dos conteúdos e o encaminhamen-

to metodológico;

d) utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâme-

tros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a

comparação dos alunos entre si;

e) analisar o rendimento do aluno para verificar se a dificuldade de

aprendizagem está na metodologia utilizada pelo professor ou no alu-

no.

Através do efetivo funcionamento do Conselho de Classe,

pode-se buscar a superação da organização prescritiva e burocrática, se

preocupar com processos avaliativos capazes de reconfigurar o conhecimento,

de rever as relações pedagógicas alternativas e contribuir para alterar a própria

organização do trabalho pedagógico.

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O Conselho de Classe “guarda em si a possibilidade de

articular os diversos segmentos da escola e tem por objeto de estudo o

processo de ensino, que é o eixo central em torno do qual desenvolve-se o

processo de trabalho escolar” (DALBEN, 1995, p.16).

De acordo com essas afirmações o Conselho de Classe deve

se preocupar com a redução do individualismo, da fragmentação e com o

processo de ensino em sua relação com a aprendizagem.

Deve ser o momento propício para a quebra do processo

dicotômico do trabalho escolar. É importante enfrentar o desafio urgente e

necessário de democratizar realmente a instituição educativa, trazendo para o

interior da escola o aluno e sua família, possibilitando também a sua

permanência no ambiente escolar.

O Conselho de Classe procurará soluções para os problemas existentes,

visando a melhoria da qualidade de ensino revendo e refazendo planejamentos

que a possível correção das falhas detectadas.

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ATIVIDADES ESCOLARES E PROJETOS ESPECÍFICOS DESENVOLVIDOS

PELA ESCOLA.

Projetos desenvolvidos na escola

VIVA ESCOLA

O Programa Viva Escola, instituído pela Resolução nº 3683/08 é

regulamentado pela Instrução Normativa nº 10/2009 concebe como política

pública as atividades pedagógicas de complementação curricular.

Os projetos desenvolvidos na escola é uma nova proposta

implementada pelo Governo do Estado do Paraná, que visa proporcionar

enriquecimento de conteúdos escolares em carga horária adicional para o

aluno. Os projetos são propostos pelo coletivo escolar, elaborados

preferentemente pela Equipe Pedagógica em conjunto com os docentes das

disciplinas contempladas pelo Projeto.

O Colégio Júlia Wanderley – EFM, conta com a abertura de 01 projeto

VIVA ESCOLA – Investigação Científica e CELEM – Língua Espanhola.

Projeto Viva Escola: Investigação Científica

Núcleo de Conhecimento: Científico Cultural

Professora do Projeto: Jucélia Santos

Carga Horária: 04 horas

Horário de desenvolvimento do Projeto:

Turno: Vespertino

Horário: 15:00 à 16:40

Dias: 3ª Feira e 5ª Feira

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ENSINO FUNDAMENTAL – ENSINO MÉDIO - 20 ALUNOS.

Período de Desenvolvimento: ANO LETIVO-2010

PROPOSTA PEDAGÓGICA – VIVA ESCOLA

JUSTIFICATIVA: O trabalho pretende realizar um aprofundamento de conteú-

dos

da disciplina de ciências relacionados com as disciplinas de Biologia, química e

física através de experimentos e visitas a campo. Para tanto, sempre se

estabelecerá diferentes estratégias para que o aluno do ensino fundamental

compreenda conteúdos aprofundados sem se prender a conceituação, privile-

giando a clareza e entendimento a partir da experiência.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: Proporcionar sentido ao \"saber escolar\", ado-

tado

por nosso PPP como conhecimento historicamente acumulado pelo mundo

ocidental e fazer com que o sujeito possa entender melhor o mundo em que

vive é

a base essencial de nossa Proposta Pedagógica.

OBJETIVOS: Introduzir no ensino fundamental conceituação mais aprofundada

das ciências naturais através de experimentos e pesquisas de campo; Fazer

com

que o aluno no contato com experimentos e análise da teoria dos mesmo,

desenvolva conceitos básicos das disciplinas de Biologia, Física e Química.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS:

Pesquisa bibliográfica de acervos de experimentos, além de contatos e análise

de viabilidade para atividades de campo; Pequenos experimentos, apresentan-

do a

dinâmica das atividades do grupo estabelecendo maior nível de complexidade

conforme o desenvolvimento do projeto.

INFRAESTRUTURA: Laboratório de Química/Física/Biologia, sala de aula,

PRD e

Biblioteca. Atividades de Campo: Parceria com a prefeitura para visitas a

industrias como (destilarias de cana-de-açucar), Usina Hidro-Elétrica \"Capiva-

ra\" e industrias próximas ao município;

RECURSOS MATERIAIS: PRD Biblioteca Laboratório de Quim/Fís Reagentes

e

vidraria adicional de acordo com necessidade das atividades; Implementação

de

materiais adicionais para menor número de alunos possíveis para cada \"kit\"

do

experimento; Custos aproximados de R$ 400,00 mensais.

RESULTADOS ESPERADOS: Melhor desempenho nas disciplinas regulares,

uma vez

que os alunos envolvidos estarão desenvolvendo hábitos de leitura e estudo

realizando experimentações de diferentes áreas do conhecimento científico;

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CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO: Estar matriculado neste estabelecimento no

Ensino Fundamental; Serão Ofertadas vagas em quantidades equivalentes

para cada série do Ensino Fundamental; Serão convidados 02 alunos de cada

série do

Ensino Médio para participar do projeto e auxiliar nas pesquisas e montagens

dos experimentos

CRITÉRIOS, ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO: estabele-

cidos pela escola. A escola estabelecerá os seguintes critérios: Valorização do

saber escolar, em consonância com o PPP do estabelecimento; Devolutiva de

interesse e

assiduidade dos alunos participantes; Melhoria do desempenho dos alunos

averiguado no Conselho de Classe.

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CELEM

Em 2009,o Colégio Júlia Wanderley foi contemplado com a implementação do

CELEM, uma vez que o mesmo faz parte do Projeto de Superação. Pretende-

se através do CELEM, aumentar a participação efetiva dos alunos e da

comunidade escolar em atividades extracurriculares. O CELEM possui

proposta pedagógica própria e também cumpre o disposto no Regimento

Escolar.

1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No âmbito do processo de ensino e aprendizagem das Línguas

Estrageiras Modernas (doravante LEM), as Diretrizes Curriculares da

Educação Básica (doravante LEM), para Língua Estrangeira Moderna, afirmam

que “as propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a

atender às expectativas e demandas sociais e conemporâneas e a propiciar a

aprendizagem dos conhecimentos histo- ricamente produzidos às novas

gerações” (DCE, 2008, p. 38).

Face a isto, observa-se que “na atualidade, vem ocorrendo

modificações significativas no campo da ciência, principalmente no âmbito dos

estudos linguísticos no que diz respeito à aquisição de língua estrangeira (LE)”

(WOGINSKI, 2005, s/p).

A Resolução n° 3904/2008 de 27 de agosto de 2008, reitera,

a importância que a aprendizagem de Línguas Estrangeira

Modernas (LEM) tem no desenvolvimento do ser humano quanto a

compreensão de valores sociais e a aquisição de conhecimento sobre outras

culturas (SUED/SEED, 2008).

O ensino de LEM, se justifica com prioridade, pelo objetivo de

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desenvolver a competência comunicativa (linguística, textual, discursiva e

sociocultural) ou seja,

este desenvolvimento deve ser entendido como a progressiva capacidade de

realizar a adequação do ato verbal às situações de comunicação.

Se a comunicação sempre ocorre por meio de textos, pode-se dize r

que o objetivo do ensino de LEM corresponde ao desenvolvimento da

capacidade de produzir e compreender textos nas mais diversas situações de

comunicação

Contudo,

um dos objetivos da disciplina de Língua Estrangeira Moderna é que os

envolvidos no processo pedagógico façam o uso da língua que estão

aprendendo em situações significativas, relevantes, isto é, que não se limitem

ao exercício de uma mera prática de formas línguísticas descontextualizadas.

Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente

diversa e complexa através do comprometimento mútuo

(DCE, 2008, p. 57).

Reitera-se a importância que a habilidade de compreensão e expressão oral

tem no ensino e aprendizagem de LEM oportunizando ao aluno a possibilidade

de compreender e expressar-se observando os princípios da gramática e dos

elementos cuturais.

Também explorar-se-á a habilidade de compreensão leitora visando a

interpretação, a compreensão, leitura e a produção (oral, escrita e visual) de

diferentes gêneros textuais.

:‘.

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240

2 CONTEÚDOS

Para o ensino e aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna, as

discussões pertinentes aos conteúdos encontram-se imbricadas em seu

conteúdo estruturante, bem como nos conteúdos básicos, propostos pelas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica para LEM.

A disciplina de LEM concebe como conteúdo estruturante o Discurso como

prática social e ao mesmo tempo caracteriza os gêneros (textuais, do texto,

discursivos, do discurso) como conteúdos básicos abordados dentro das

práticas discursivas.

Os gêneros do discurso segundo Bakhtin (1952, p. 279), são definidos como

“tipos relativamente estáveis e heterogêneos de enunciados dentro de uma

esfera de utilização da língua” e ainda caracterizados por três elementos: o

conteúdo temático, o estilo e a construção composicional.

Para Marcuschi (2006, p. 35), os gêneros textuais “são um tipo de

gramática social [grifo do autor] isto é, uma gramática da enunciação”. Sendo

assim,

são definidos como textos orais ou escritos materializados en situações

comunicativas recorrentes [portanto] organizam nossa fala e escrita assim

como a gramática organiza as formas linguísticas (MARCUSCHI, 2006, p. 35).

Não cabe mais à escola apenas ensinar o aluno a ler e escrever em e/ou na

LEM: é preciso instruí-lo a relacionar a língua às suas práticas sociais.

Reitera-se a necessidade de explorar as práticas da oralidade, leítura e

escrita a partir da seleção dos gêneros textuais. Conforme Bakhtin ( 1952), o

indivíduo primeiro define o seu propósito, para então decidir o gênero textual

que utilizará.

Com relação as práticas da oralidade, percebe-se a necessidade de

trabalhar a língua falada oportunizando o aluno a perceber sua função social na

qual o próprio aluno utilizará os diferentes gêneros de acordo com seus

próprios interesse.

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241

Diante disto, Marcuschi (2001) argumenta que,

o trabalho com a oralidade pode, ainda, ressaltar a contribuiçõa da fala na

formação cultural e na preservação de tradições não escritas que persistem

mesmo em culturas em que a escrita já entrou de forma decisiva (...) Dedicar-

se ao estudo da fala é também uma oportunidade singular para esclarecer

aspectos relativos ao preconceito e á discriminação linguística, bem como suas

formas de disseminação (MARCUCHl, 2001, p. 83).

O trabalho com a oralidade nas aulas de LEM, “têm como objetivo expor os

alunos a texto orais, pertencentes aos diferentes discursos(...) é aprender a

expressar idéias em Língua estrangeira mesmo que com limitações. (...)

também é importa te que o

aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo”

(DCE, 2008, p. 66).

Pretende-se valorizar a importância que a oralidade tem na sala de aula de

LEM, bem como explorar aqueles gêneros textuais próprios da oralidade como

a publicidade da televisão e da rádio, por exemplo.

No que diz respeito à prática da leitura, observa-se que o papel prirmordial

da utilização dos gêneros textuais na aprendizagem de LEM, torna a aquisição

do conhecimento mais significativa e mais próxima das práticas sociais da

quais o aluno interage.

De acordo com as DCE (2008), a respeito da leitura discursiva,

na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da

realidade, são construções sociais, eles erão uma posição mais crítica em

relação a tais textos. Poderão re :itá-los ou reconstruí-los a partir de seu

universo de sentido, o qual es atribui coerência pela construção de significados

(DCE, 2008, p. 65).

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Koch e Elias (2007, p. 37), apontam para o fato da leitura ser “uma a

atividade de construção de sentido que pressupõe a interação autor-texto-

leitor, é preciso considerar que, nessa atividade, além das pistas e sinalizações

que o texto oferece, entram no jogo os conhecimento, do leitor”.

Ainda, o processo de leitura a partir dos gêneros textuais considerando que

estes são constituídos de um determinado modo e com uma certa função

dentro de um domínio discursivo, requer a construção de sentidos dos textos

considerando que,

a escrita/fala baseiam-se em formas padrão e relativamente estáveis de

estruturação e é por essa razão que, cotidianamente, em nossas atividades

comunicativas, são incontáveis as vezes em que não somente lemos textos

diversos, como também produzimos ou ouvimos enunciados .

(KOCH; ELIAS, 2007, p. 101).

Para Foucambert (2008, p. 25), “não se pode mais esquecer que, ao

aprender o mecanismo da leitura, conquista-se também um instrumento de

comunicação. No que tange as

práticas da escrita, “não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, significativa” (DCE, 2008, p. 6).

As condições dessa produção escrita e o uso de variados gênero textuais

desenvolverão no aluno,

a possibilidade ou necessidade de usar a língua escrita com forma de

comunicação, de interlocução em situações na qual a expressão escrita se

apresente como uma resposta a um desejo ou uma necessidade de

comunicação, de interação, e que o aluno tenha, pois, objt vos para escrever e

destinatários (leitores) para quem escrever (SOARES, 1999 apud WOGINSKI,

2008, p. 63).

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No ensino de LEM, salienta-se a importância de desvincular-se (pelo menos

parcialmente) das questões de adequação formal no processo da escrita para

focar- se também à adequação cornunicativo-discursiva do texto.

Conforme Koch e Elias (2009), a produção escrita recorre a conhecimentos

armazenados na memória. Esses conhecimentos resultam das inúmeras

atividades em que o produtor se envolveu ao longo da vida, bem como são

concebidos pela ativação de modelos cognitivos sobre as práticas

interacionais, histórica e culturalmente constituídas, portanto,

para a atividade de escrita, o produtor precisa ativar “modelos” :ue possui sobre

práticas comunicativas configuradas em textos, levand em conta elementos

que entram em sua composição (modo de organiz ‘:ão), além de aspectos do

conteúdo, estilo, função e suporte de veiculaç o (KOCH;

ELIAS, 2009, p. 43).

A elaboração de atividades que envolvam a diversidade dos gêneros

textuais, como a (re)produção de uma carta (formal ou informal) ou um bilhete

certamente atenderão a demanda das práticas linguísticas da escrita, bem

como oportunizarão a reflexão sobre os mecanismos linguísticos que envolvem

o processo da escrita.

Portanto, é necessário considerar “o que os alunos precisam aprender

sobre a ação da linguagem configurada no gênero?” (WOGINSKI, 2008, p. 65).

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3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia referente à disciplina de Língua Estrangeira Moderna, está

pautada na seguinte afirmação de que,

o trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do

papel das línguas nas sociedades como m 3 do que meros instrumentos de

acesso à informação: as línguas estran eiras são possibilidades de conhecer,

expressar e transformar modos de itender o mundo e de construir significados

(DCE, 2008, p. 63).

Dessa forma, os procedimentos teórico-metodológicos possibilitarão

atender as necessidades do aluno enfatizando em demasia os aspectos e as

experiências cotidianas.

Logo, “o ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o

texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso” (DCE, 2008, p.

63), bem como afirma Marcuschi (2003, p. 22), de que “é impossível se

comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível

se comunicar verbalmente a não ser por algum texto”. Portanto, a principal

ferramenta de ensino é justamente a funcionalidade da língua de estudo na

qual o aluno é conduzido a vivenciar situações concretas (reais) de fala e

escrita e a desempenhar funções Iinguísticas a partir do uso de textos.

Assim, as práticas do ensino de LEM estarão subsidiadas pela apropriação

dos,

vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando afunção

do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o

grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos,

a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em si (DCE,

2008, p. 61).

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245

Observa-se que os estabelecimentos de ensino sempre utilizaram textos

para o desenvolvimento de atividades de compreensão leitora e produção

escrita. No entanto, o que se abordava a partir do uso desses textos eram os

spectos gramaticais visando os elementos puramente estruturais da língua, isto

é, concebendo-a como código e desconsiderando-a enquanto discurso.

Ao utilizar-se dos diferentes gêneros textuais com fins educacionais, obtem-

se textos didatizados, ou seja, textos muitas vezes elaborados para atender

determinadas necessidades da sala de aula como a exploração de algun

aspecto gramatical, por exemplo.

Com relação a “escolarização dos gêneros”, Kleiman (1998) refere- ao fato

de que ao “escolarizar” esses gêneros, certamente servirão de pretexto para o

ensino do código da língua sem atrelar-se aos aspectos discursivos como a

definição do gênero, bem como as práticas discursivas pertinentes a este:

(oralidade, leitura e escrita).

No que se refere a didatização de gêneros textuais, Woginski (2008 , p. 63),

reitera que,

devemos lembrar, de que o uso e o manejo de um gênero textual qualquer que

seja ele, deve provocar no aluno a curiosidade e a L isca pela expressão,

atribuição e (re)construção de sentidos com s textos. [grifo do autor]

O ensino de LEM deverá abordar também as questões relacionadas às

Literaturas de Línguas Estrangeiras, pois os textos literários são materiais

muito ricos não se limitando a aspectos estruturais da língua, bem como estes

textos literários divulqam, aproximam e valorizam a cultura de um povo

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246

Sobre a questão do potencial didático dos gêneros textuais do domínio

literário, observa-se que

a literatura é um meio ideal para desenvolver a consciência e a )reciação

do uso da linguagem em suas diferentes manifestações, já c e aquela

apresenta a linguagem em um contexto autêntico, em registros : dialetos

variados, dentro de um marco social (MCKAY, 1982 apud :)cINsKI,

As DCE (2008, p. 67) demonstram que “ao apresentar textos literários aos

alunos, devem-se propor atividades que colaborem para que ele analise os

textos e os perceba como prática social de uma sociedade em um determinado

contexto Sociocultura”

.

De acordo com Woginski (2008, p. 64), fundamentado nos estudos c

LopesRossi (2006), “o trabalho com os gêneros desenvolvido através de

projetos pede :ógicos é ideal para melhorar a apropriação das características

típicas dos gêneros”.

Assim sendo, é necessário que estes projetos pedagógicc 1 sejam

organizados em “módulos didáticos” objetivando a aquisição da língua-alv

partindo do gênero textual como conteúdo básico da disciplina de LEM,

conformeat ixo:

a) módulo didático de leitura, no qual o aluno será levado a cara terizar o

gênero de estudo e a reconhecê-lo na sociedade tendo como 1 se uma

necessidade (ou motivo) de produção (de interação) escrita ou ral, bem como

discutir e conhecer as propriedades discursivas, temática (o que geralmente é

dito nesses mesmos gêneros), estilísticas (o que ger mente é registrado como

marca enunciativa do produtor desses gêneros, o que é utilizado como recurso

linguístico e a análise linguística: recursos gr ‘naticais, lexicai e recursos não-

verbais) e composicionais (como gera nente é organizado esse gênero, qual é

a sua característica e a sua :quência tipológica) do gênero selecionado;

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247

b) módulo didático de produção escrita, no qual aluno e professo poderão

planejar a produção e coletar informações para a primeira versão ( escrita do

texto. Na sequência revisar e re-escrever o texto prodL :ido em colaboração

(aluno e professor) e por fim a produção final pr curando aproximá-lo daqueles

gêneros que circulam na sociedade;

c) mcidulo didático de divulgação ao público, no qual aluno e rofessor

poderão indicar o suporte (meio) para a circulação do gênero produ; do, bem

como realizar ações para efetivar esta circulação fora da sala de iIa e se

possível da escola.

As atividades desenvolvidas através de “módulos didáticos” de erão se

caracterizar como uma sequência didática a qual é definida como “um c ?

junto de atividades escolares organizadas, de maneira sistemática, em torno

de um gên o textual oral ou escrito’ (DOLZ; NOVERRAZ; SCHNEUWLY, 2004,

p. 97).

Salienta-se que as atividades elaboradas para o ensino de LEM, de erão ser

desenvolvidas em três etapas:

a) etapa de pré-leitura, na qual pretende-se ativar os conhe imentos prévios

do aluno, bem como discutir questões referentes à temática, :onstruir hipóteses

e antecipar elementos do texto que poderão ser tratados a partir do texto, antes

mesmo da leitura;

b) etapa de leitura, na qual pretende-se comprovar ou desc :nsiderar as

hipóteses anteriormente apresentadas;

c) etapa de pós-leitura, na qual pretende-se explorar a com reensão de

leitura e expressão escrita, bem como atividades que ex lorem a compreensão

e expressão oral e a elaboração de atividades varie ias, não neces ariamente

ligadas aos elementos gramaticais.

Por último, salienta-se que na aula de Língua Estrangeira Moderna aspecto

cultural deverá caracterizar-se como prática e hábito no processo de aqi.. sição

de uma LEM, p:)is segundo Giovannini (1996) citado por Woginski (2004, p),

“uma língua desvinculada de sua cultura converte-se em um instrumento estéril

e c rrente de significados.” l:ortanto, ensinar os elementos culturais que regem

uma língu e esses articulados aos próprios elementos linguísticos dessa língua

favorecem além da aquisição da língua, também a aquisição do modo de viver

daqueles que alem.

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AVALIAÇÃO

A avaliação do rendimento escolar será ampla e continua no sentido de revelar

o aproveitamento e o grau de desenvolvimento atingido pelo aluno, bem como,

de proceder à apuração para fins de aprovação:

a) proporcionar ao aluno a possibilidade de fazer uma síntese das

experiências educacionais vivenciadas;

b) posibilitar através de registro de dados, controle e a identificacão das

dificuldades e deficiências do aluno no processo de aprendizagem.

Na apuração do rendimento escolar levar-se-á em conta as diversa formas de

avaliação. A avaliação será constante, tendo um caráter de diagnóstico das

dificuldades e de assessoramento na superação das mesmas e deverá

abranger:

a) Avaliação de Aprendizagem Escrita — com referência aos conteúdos

básicos da disciplina de LEM;

b) Avaliação de Aprendizagem Oral — conhecimento da forma estândarte da

língua de estudo, bem como o conhecimento e a valorização das variantes

linguísticas (escolhas, estilos, criatividade e variação da língua) a partir dos

conteúdos básicos da disciplina de LEM;

c) Atividades Avaliativas — trabalhos escritos e/o orais desenvolvidos

individualmente e/ou em grupos como recurso para fixação dos conteúdos

básicos da disciplina de LEM;

d) Atividades Extraclasse — trabalhos de pesquisa, exercícios de caráter

prático, materiais de apoio e projetos interculturais resultantes dos conteúdos

básicos da disciplina de LEM, objetivando a complementação dos estudos da

língua-alvo e de acordo como o Plano de Trabalho Docente.

Ao final das avaliações de aprendizagem (escrita e oral), bem como das

atividades avaliativas e das atividades extraclasse de cada (bimestre, de

acordo com o Projeto Político Pedagógico) será atribuída uma média

(bimestral) e posteriormente, uma média anual a cada aluno.

Conforme a Instrução Normativa n° 019/2008 de 31 de outubro de 211) 8,

6.11 A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em

uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Os alunos do

CELEM que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas

e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis virgula zero) serão considerados

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249

aprovados ao final do ano letivo (SUED/SEED, 2008, p. 5).

Salienta-se que ao estabelecer critérios para a avaliação, a seleção de

conteúdos, os encaminhamentos metodológicos a clareza dos critérios de

avaliação elucidam a intencionalidade do ensino enquanto a diversidade de

instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos

estudantes variadas oportunidades e maneiras de expressar seu

conhecimento (DCE, 2008, p. 33).

Por fim, de acordo com as DCE (2008, p. 32), “os instrumentos de avaliação

devem ser pensados e definidos de acordo com as possibilidades teórico-met

fológicas que oferecem para avaliar os critérios estabelecidos”.

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interlíngua — iriterface espanhol e inglês: um estudo de caso com falantes c

língua portuguesa. Ir: Anais. V Encontro de Iniciação Científica e V Mostra e

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espanhola. In: Anais. IV Encontro de Iniciação Científica e IV Mostra e

PósGraduação. Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras (FAFIUV). 1

iião da Vitória (PR): Meio magnético (CD-ROOM), 2004 05 p.1

FERA - PROJETO DA SEED

FERA - Festival de Arte da Rede Estudantil faz parte da REC-REDE

ESTUDANTIL CULTURAL, que insere Arte no processo educacional da Rede

de Ensino do Estado do Paraná e visa estimular o desenvolvimento de

atividades artísticas, culturais e de entretenimento para formar e transformar

pessoas e ainda enriquecer o espaço e o tempo escolar.

JOCOP’S - Jogos Colegiais do Paraná, promovido através de parceria do

Paraná Esportes e Secretaria do Estado de Educação, considerado o maior

evento de inclusão social através do esporte de todo país. Engloba escolas

públicas e particulares de todo Paraná e é uma oportunidade para o aluno que

sonha em ser atleta.53

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253

PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA

PROJETO TEMA TUR-

NO

HORÁRIO DIAS DE

FUNCIONAMENTO

PÚBLICO

ALVO

PROFESSO-RES

VIVA

ESCOLA

INVESTIGAÇÃO

CIENTÍFICA

VES-

PER-

TINO

15:00h

ÀS

16:40h

TERÇA E QUINTA ENSINO

FUNDA-MENTAL

E MÉDIO

JUCÉLIA

SANTOS

SALA

DE

APOIO

PORTUGUÊS VES-

PER-

TINO

14:50h

ÀS

16:30h

QUARTA

E

QUINTA

5ªA

5ªB

5ªC

JOSÉ CARLOS

AFINI

SALA

DE

APOIO

MATEMÁTICA VES-

PER-

TINO

13:00h

ÀS

14:40h

QUARTA

E

QUINTA

5ªA

5ªB

5ªC

ELAINE ADRIANA

DOS SANTOS

CELEM CENTRO DE

LÍNGUA

ESTRANGEIRA

MODERNA

P 1

P 2

P 3

18:45/20:

30h

13:00/14:

45h

20:30/22:

15h

TERÇA/QUINTA

TERÇA/QUINTA

TERÇA/QUINTA

MÉDIO

FUND. /MÉDIO

FUND. /MÉDIO

MÁRIA

RUTZATZ

FERA

E

JOCOOP’S

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254

CALENDÁRIO ESCOLAR -2010

COLÉGIO ESTADUAL JÚLIA WANDERLEY - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIOMODALIDADE – Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e Ensino Médio (1ª a 3ª Séries)Município: Prado FerreiraHorário de Funcionamento: Matutino (7:40-12:05) e Noturno (18

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6

3 4 5 6 7 8 9 7 8 910

11

12

13 15 7 8 9

10

11

12

13 23

10 11 12 13 14

15

16

14

15

16

17

18

19

20 dias

14

15

16

17

18

19

20 dias

17 18 19 20 21

22

23

21

22

23

24

25

26

27

21

22

23

24

25

26

27

24 25 26 27 28

29

30

28

28

29

30

31

31

1 Dia Mundial da PazAbril Maio Junho

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 1 1 2 3 4 5

4 5 6 7 8 910 20 2 3 4 5 6 7 8 21 6 7 8 9

10

11

12 20

11 12 13 14 15

16

17 dias 9

10

11

12

13

14

15 dias

13

14

15

16

17

18

19 dias

18 19 20 21 22

23

24

16

17

18

19

20

21

22

20

21

22

23

24

25

26

25 26 27 28 29

30

23

24

25

26

27

28

29

27

28

29

30

30

31

2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi21 Tiradentes 8 OBMEP – 1ª fase

24 Feriado Munici-pal

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 3 12 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4

4 5 6 7 8 910 dias 8 9

10

11

12

13

14 15 5 6 7 8 9

10

11 21

11 12 13 14 15

16

17

15

16

17

18

19

20

21 dias

12

13

14

15

16

17

18 dias

18 19 20 21 22

23

24

22

23

24

25

26

27

28

19

20

21

22

23

24

25

25 26 27 28 29

30

31

29

30

31

26

27

28

29

30

7 Independência

11 OBMEP – 2ª faseOutubro Novembro Dezembro

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4

3 4 5 6 7 8 9 19 7 8 910

11

12

13 20 5 6 7 8 9

10

11 16

10 11 12 13 14

15

16 dias

14

15

16

17

18

19

20 dias

12

13

14

15

16

17

18 dias

1 18 19 20 21 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2

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7 2 3 1 2 3 4 5 6 7 9 0 1 2 3 4 524 25 26 27 28

29

30

28

29

30

26

27

28

29

30

31

31

12 N. S. Aparecida 2 Finados19 Emancipação Política do PR

11 Antecipação Dia do Professor15 Proclamação da Repú-blica

25 Na-tal

20 Dia Nacional da Consciência Negra

1º semestre111 dias

2º semestre91

dias

total 202

Início/Término

Planejamento

Férias

Recesso

Formação Continuada

Replanejamento

Conselho de Classe Prado Ferreira, 09 de dezembro de 2009.

Reunião Pedagógica

Semana Cultu-ral

O calendário escolar cumprirá 800 horas e os 200 dias letivos de acordo com a

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - L.D.B. nº 9394/96 e será

encaminhado após as orientações da SEED

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256

MATRIZ CURRICULAR

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18 - LONDRINA MUNICÍPIO: 2052 - PRADO FERREIRA

ESTABELECIMENTO: 00010 - JÚLIA WANDERLEY, C. E. – E FUND MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURS0: 4000 - ENSINO FUNDAMENTALANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 - SIMULTÂNEA

TURNO: MANHÃMÓDULO:40 SEMANAS

DISCIPLINA / SÉRIE 5 6 7 8ARTE 2 2 2 2CIÊNCIAS 3 3 4 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - -GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 3 4LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4

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Base

Naci

onal C

om

um

SUB-TOTAL 22 22 23 23

Part

e D

ivers

ific

ada

L. E. M. - INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96* NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER

FACULTATIVA PARA O ALUNO.

DATA DE EMISSÃO: 17 de NOVEMBRO de 2009

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18 - LONDRINA MUNICÍPIO: 2052 - PRADO FERREIRA

ESTABELECIMENTO: 00010 - JÚLIA WANDERLEY, C. E. – E FUND MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURS0: 4000 - ENSINO FUNDAMENTALANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 - SIMULTÂNEA

TURNO: NOITEMÓDULO:40 SEMANAS

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DISCIPLINA / SÉRIE 5 6 7 8

Base

Naci

onal C

om

um ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 4 4 4 3EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3ENSINO RELIGIOSO * 1 1 - -GEOGRAFIA 3 3 3 3HISTÓRIA 3 3 3 4LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4MATEMÁTICA 4 4 4 4SUB-TOTAL 23 23 23 23

Part

e D

ivers

ific

ada

L. E. M. - INGLÊS 2 2 2 2

SUB-TOTAL2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96* NÃO COMPUTADA NA CARGA HORÁRIA DA MATRIZ POR SER

FACULTATIVA PARA O ALUNO.OBS.: SERÃO MINISTRADAS 03 AULAS DE 50 MINUTOS E 02 AULAS DE

45 MINUTOS.

DATA DE EMISSÃO: 17 de NOVEMBRO de 2009

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18 - LONDRINAMUNICÍPIO: 2052 - PRADO FERREIRA

ESTABELECIMENTO: 00010 - JÚLIA WANDERLEY, C. E. – E FUND MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

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CURS0: 0009 - ENSINO MÉDIOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - SIMULTÂNEA

TURNO: NOTURNOMÓDULO:40 SEMANAS

DISCIPLINA / SÉRIE 1 2 3

Base

Naci

onal C

om

um

ARTE 2 2 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2HISTÓRIA 2 2 2LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 2MATEMÁTICA 3 2 3QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2SUB-TOTAL 23 23 23

Part

e D

ivers

ific

ada

L. E. M. - INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394//96.

DATA DE EMISSÃO: 15 de outubro de 2010

_______________________________ASSINATURA DO CHEFE DO NRE

ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 18 - LONDRINAMUNICÍPIO: 2052 - PRADO FERREIRA

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ESTABELECIMENTO: 00010 - JÚLIA WANDERLEY, C. E. – E FUND MÉDIOENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURS0: 0009 - ENSINO MÉDIOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - SIMULTÂNEA

TURNO: MANHÃMÓDULO:40 SEMANAS

DISCIPLINA / SÉRIE 1 2 3

Base

Naci

onal C

om

um

ARTE 2 2 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2HISTÓRIA 2 2 2LÍNGUA PORTUGUESA 3 2 3MATEMÁTICA 2 3 2QUÍMICA 2 2 2SOCIOLOGIA 2 2 2SUB-TOTAL 23 23 23

Part

e D

ivers

ific

ada

L. E. M. - INGLÊS 2 2 2

SUB-TOTAL

TOTAL GERAL 25 25 25

NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96.

DATA DE EMISSÃO: 15 de outubro de 2010

_______________________________ASSINATURA DO CHEFE DO NRE

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RESPALDO LEGAL PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA PEDAGÓGICA:

• Lei 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

• Diretrizes Curriculares Nacionais: Parecer 04/98 Ens. Fundamental;

Parecer 15/8 – Ensino Médio.

• Deliberações CEE: 014/99: Proposta Pedagógica; 007/99: Avaliação ,

Recuperação; 03/08: Filosofia e Sociologia; 002/03: Educação Especial.

• Sugestão de documentos e sites que podem ser consultados:

- Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná

- Diretrizes Curriculares e Estaduais

- WWW.diaadiaeducação.pr.gov.br

- WWW.mec.gov.br

- WWW.cee.pr.gov.br