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FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO CDI - Centro de Documentação e Informação SRT - Serviço de Resposta Técnica PARA INÍCIO DE NEGÓCIO

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Centro de Documentação e Informação SEBRAE - MG

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  • FARMCIA DE MANIPULAO

    CDI - Centro de Documentao e Informao SRT - Servio de Resposta Tcnica

    PARA INCIO DE NEGCIO

  • Apresentao

    O Ponto de Partida um produto do Servio de Resposta Tcnica do SEBRAE-MG.Ele rene informaes essenciais sobre os vrios aspectos da abertura de um negcio,que devem ser observados pelo empreendedor.

    Perguntas do tipo como montar uma fbrica de aguardente?, como montar umaescola infantil?, como iniciar uma criao de escargot? so respondidas pelo Pontode Partida, que contempla questes relativas a registro, legislao, tributao, normastcnicas, matrias-primas, mquinas e equipamentos e outros esclarecimentos.

    A equipe de profissionais que elabora este trabalho tem a preocupao de manter asinformaes sempre atualizadas, atravs de consultas em diversas fontes: bibliotecas,institutos de pesquisa, consultores especializados, internet, associaes e sindicatos.

    Informaes que dependem de anlise de variveis e especificidades relativas aomercado, como valores de investimento inicial, valores de impostos a recolher, custosfixos e variveis, retorno do investimento, riscos, viabilidade do projeto, pesquisa demercado e lay out no constam no Ponto de Partida. Para obteno dessas respostas sugerida a elaborao de um plano de negcios.

    O SEBRAE-MG dispe de programas que orientam e capacitam osempreendedores/empresrios no desenvolvimento de seus negcios.

    Para obter mais informaes, acesse www.sebraemg.com.br ou ligue (31) 3269-0180.

  • Sumrio

    Perfil Empreendedor ................................................................................................4Mercado....................................................................................................................5Legislao Especfica...............................................................................................8Esclarecimentos Tributrios...................................................................................12Microempresa Legislao Federal .........................................................................15Microempresa Legislao Estadual........................................................................19Passo a Passo para Registro ...................................................................................27Marcas e Patentes ...................................................................................................33Implantao ............................................................................................................35Finanas..................................................................................................................37Endereos teis......................................................................................................45Cursos e Eventos ....................................................................................................46Fontes Consultadas.................................................................................................47Fornecedores ..........................................................................................................48

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Perfil Empreendedor

    Voc no v a hora de se tornar dono do seu nariz e fazer parte da lista dos empreendedoresque do certo? Saiba que, para comear um negcio prprio, fundamental ter o perfilempreendedor. Ento, confira se voc se encaixa nas caractersticas abaixo descritas.Capacidade de assumir riscos: no ter medo de desafios, arriscar conscientemente. Calculardetalhadamente as chances do empreendimento ser bem-sucedido.Senso de oportunidade: enxergar oportunidades onde os outros s vem ameaas. Prestarateno nos "furos" que outros empresrios no viram e nos quais voc pode atuar de formaeficaz, rpida e lucrativa.Conhecimento do ramo: conhecer bem o ramo empresarial escolhido ou, melhor ainda,trabalhar no setor.Organizao: ter senso de organizao e compreender que os resultados positivos s aparecemcom a aplicao dos recursos disponveis de forma lgica, racional e funcional. Definir metas,executar as aes de acordo com o planejamento e corrigir os erros rapidamente.Iniciativa e garra: gostar de inovaes. No esperar pelos outros (parentes, scios, governo,etc.). Apresentar propostas sem se intimidar.Liderana: ter capacidade de influenciar pessoas, conduzindo-as em direo s suas idias ousolues de problemas. Ter habilidade para definir tarefas, orientar, delegar responsabilidades,valorizar o empregado, formar uma cultura na empresa para alcanar seus objetivos. Ser algumem quem todos confiam.Manter-se atualizado: buscar sempre novas informaes e aprender tudo o que for relacionadocom o seu negcio (clientes, fornecedores, parceiros, concorrentes, colaboradores, etc.).Ser otimista e saber motivar-se.

    Nem sempre uma pessoa rene todas as caractersticas que marcam a personalidade de umempreendedor de sucesso. No entanto, se voc se identificou com a maioria delas, ter grandeschances de se dar bem. Mas, se descobriu pouca afinidade com sua vida profissional, reflitasobre o assunto e procure desenvolver-se. Busque informaes em centros tecnolgicos, cursos,livros e revistas especializadas ou junto a pessoas que atuam na rea.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    MercadoO desejo de abrir uma empresa e a escolha do tipo de atividade so apenas o comeo de umlongo processo, antes de se lanar no mercado como empresrio. Voc precisa saber quaisso as OPORTUNIDADES e quais so os RISCOS que a atividade escolhida oferece. Umestudo do mercado responder essas indagaes.

    Para verificar a viabilidade financeira do negcio necessrio outro estudo, que apontar osinvestimentos a serem efetuados e o RETORNO DO CAPITAL INVESTIDO, atravs deuma previso de produo e de vendas e, conseqentemente, de despesas e de receitas aolongo dos primeiros meses de vida.

    O sucesso de qualquer empresa - seja industrial, comercial ou de servios - depende de vriasdecises, que voc deve tomar antes de abrir as portas para os clientes. Para fundamentaressas decises, voc dever PESQUISAR E ELABORAR UM PLANO DE NEGCIO, com oqual aprender muito mais a respeito do ramo da atividade escolhida e seu mercado.

    Neste Plano de Negcio, que ser bastante til para o aprimoramento de suas idias, alm deajud-lo tambm na tomada de decises, devem constar os seguintes tpicos:Anlise de Mercado (consumidor, fornecedor, concorrente, avanos tecnolgicos - impactona abertura da empresa);Tecnologia a ser utilizada (Como fazer? Processos de produo/fabricao);Aspectos Financeiros (volume de capital necessrio, tempo de retorno do investimento,viabilidade financeira);Aspectos organizacionais (definio de funes, conceito de parceria, responsabilidadesdos scios e colaboradores, relaes humanas).

    possvel realizar sua prpria pesquisa de mercado, atravs da elaborao de um questionriocom os dados a serem levantados. Para se inteirar do assunto e obter um levantamento detalhadodo negcio escolhido, sugerimos ao empreendedor que leia publicaes especficas ou busqueinformaes com consultores das reas de estatstica e pesquisa mercadolgica ou comempresas especializadas.

    O MERCADO CONSUMIDOR

    O mercado consumidor representa o conjunto de consumidores (homens, mulheres, adultosou crianas, empresas pblicas ou privadas), que demandam (necessitam ou podem vir aprocurar/comprar) um determinado tipo de produto ou servio que sua empresa oferece. Ouseja, ele a fonte de receita da empresa. Portanto, sem mercado consumidor no havernegcio. Da a necessidade de identific-lo, o que pode ser feito atravs da pesquisa demercado, que o processo mais utilizado.

    Para garantir que o cliente escolha a sua empresa, preciso conhec-lo bem e saberexatamente o que ele quer. Oferecer ao cliente o produto que ele deseja ser o melhor meio degarantir que as vendas aumentem e sua empresa continue crescendo.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Se voc j tem idia da atividade e do ramo especfico aos quais pretende se dedicar,precisa agora descobrir seu mercado consumidor, pois nem todas as pessoas ou empresasso seus clientes potenciais (aqueles que podem comprar os produtos que voc vende).

    Mesmo que sua empresa tenha vrios tipos de consumidores, haver sempre um grupoem destaque. Para obter as informaes que iro ajud-lo a enxergar mais claramente o seumercado consumidor, procure responder as seguintes perguntas:

    Qual ser o principal produto que a sua empresa vender?Quem so os seus clientes?

    Para conhecer melhor as caractersticas do consumidor, procure identificar e listar asseguintes informaes sobre ele:

    . Qual o sexo dele? . Qual a idade dele?

    . Em que bairro ele mora?

    . Quantas pessoas compem a famlia dele?. Qual a posio dele na famlia? (pai, me, filho, etc.)

    . Ele trabalha?

    . Em que bairro ele trabalha?

    . Qual , aproximadamente, a renda mdia mensal dele?

    . Ele estuda?

    . Em que bairro ele estuda?

    . Qual o nvel de escolaridade dele?

    . O que ele mais gosta de fazer?

    . Ele possui televiso?

    . Ele l algum jornal? Qual?

    . Ele assina alguma revista? Qual?

    . O que ele faz nas horas vagas?

    Por que este cliente compra ou compraria os produtos/servios da sua empresa?Onde mais os clientes costumam comprar este tipo de produto ou servio?Como o cliente avalia o preo e as formas de pagamento da empresa?Como ele avalia a qualidade do produto da empresa? E o prazo de entrega?Como ele avalia a qualidade do atendimento?Quais so os pontos que, na opinio do cliente, poderiam ser melhorados na empresa?

    O MERCADO CONCORRENTE

    Procure descobrir empresas ou pessoas que ofeream produtos ou servios idnticos ousemelhantes aos seus e que concorram direta ou indiretamente com o seu negcio. Pode-seaprender muito com o levantamento destas informaes e com a anlise dos acertos e/ou errosdos concorrentes.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Estabelea prioridades, planeje como obter estas informaes e organiz-las, para que sejapossvel a anlise dos seguintes pontos:

    Quem so os concorrentes? . Quantos so?

    . Onde esto localizados?

    . Como trabalham? (preo e prazos)

    . Como realizado o atendimento?

    . Adotam polticas de ps-venda?

    . Como a qualidade dos produtos e servios oferecidos?

    . Quais so as garantias oferecidas?

    . Quanto tempo est no mercado?

    - Qual a posio competitiva dos concorrentes?. Quais so os PONTOS FORTES e os PONTOS FRACOS em relao sua empresa?. Qual a capacidade de conseguir melhores preos junto aos fornecedores em funo dovolume de compras?

    Aps o levantamento de seus principais concorrentes, compare as caractersticas acima comas da sua empresa, utilizando a seguinte escala de pontuao: Muito Bom (5), Bom (4),Regular (3), Ruim (2), Muito Ruim (1).

    A concorrncia pode ser estimulante, ao invs de ameaadora, se devidamente pesquisada eanalisada. Isto significa que, alm de estar sintonizado com a realidade da empresa, voc terconhecimento da viabilidade futura do negcio.

    FORNECEDORES

    Lembre-se, tambm, que os FORNECEDORES so importantssimos. Portanto, levante todas asinformaes a seguir:Quais so os produtos/servios que sua empresa consome no processo de produo e/oucomrcio?Quem so os seus principais fornecedores de produtos e/ou servios listados acima?Como trabalham seus fornecedores? (preos, prazos praticados, condies de pagamento,pontualidade na entrega do produto, qualidade, garantia oferecida, relacionamento,localizao, facilidade de acesso).Alm destes fornecedores, voc conhece outros, dos quais ainda no compra?

    Depois de identificados os itens acima, faa um quadro comparativo das caractersticas doseu atual fornecedor com outra empresa que ainda no fornece para a sua. Utilize a mesmaescala citada anteriormente. Analise e descubra quais so as melhores opes para suaempresa.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Legislao Especfica

    Lei Federal n 5.991, de 17 de dezembro de 1973 - Dispe sobre controle sanitrio do comrciode drogas, medicamentos, insumos farmacuticos e correlatos e d outras providncias.

    Lei n. 6.360, de 23 de setembro de 1976 - Dispe sobre a vigilncia sanitria a queficam sujeitos os medicamentos, drogas, insumos farmacuticos e correlatos, cosmticos,saneantes e outros produtos e d outras providncias.

    Decreto n. 79.094, de 05 de janeiro de 1977 - Regulamenta a Lei n. 6.360/76.

    Lei n 9.787de 10 de fevereiro de 1999 - Altera a Lei no 6.360, de 23 de setembro de 1976,que dispe sobre a vigilncia sanitria, estabelece o medicamento genrico, dispesobre a utilizao de nomes genricos em produtos farmacuticos e d outras providncias.

    Decreto n 3.181, de 23 de setembro de 1999 - Regulamenta a Lei no 9.787, de 10 de fevereirode 1999.

    Lei n 3.820, de 11 de novembro de 1960 - Dispe sobre o exerccio da profisso defarmacutico e d outras providncias.

    Decreto Federal n 85.878, de 7 de abril de 1981 - Estabelece normas para a execuo da Lei n3.820/60.

    Lei n. 6.437, de 20 de agosto de 1977 - Configura infraes legislao sanitria federal,estabelece as sanes respectivas e d outras providncias.

    Resoluo n 189 do Conselho Federal de Farmcia, de 2 de setembro de 1988 - Estabelece aobrigatoriedade do registro, nos Conselhos Regionais de Farmcia, das empresas que tenhamfarmacuticos como responsveis tcnicos.

    Resoluo n 144 da Secretaria de Estado da Sade, de 6 de janeiro de 1962.

    Instruo Normativa n 1 da Secretaria de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade, de 30 desetembro de 1994 - Dispe sobre a "autorizao de funcionamento".

    Lei n. 9.695, de 20 de agosto de 1998 - Acrescenta incisos ao artigo 1 da Lei n. 8.072/90, quedispe sobre crimes hediondos, e altera os artigos 2, 5 e 10 da Lei n. 6.437/77.

    Portaria n 802/98 do Ministrio da Sade - Regulamenta as boas prticas da distribuio demedicamentos.

    A pessoa jurdica que explora a atividade de fabricao de medicamentos deve obter o registrodos produtos fabricados no Ministrio da Sade (artigos 2 e 50 da Lei 6360/76) e o

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    licenciamento do estabelecimento (autorizao de funcionamento), para seu regularfuncionamento, na Secretaria de Estado da Sade (artigos 2 e 51 da Lei n. 6.360/76).

    A autorizao de registro, conferida pelo Ministrio da Sade, pode ser suspensa a qualquermomento, como medida de segurana, caso a fabricao ou os produtos se tornem suspeitosde serem nocivos sade.

    Entende-se por medicamento (Lei 5991/73) o produto farmacutico tecnicamente obtido ouelaborado com finalidade profiltica ou curativa ou paliativa ou para fins de diagnstico.A lei dispe, ainda, sobre o conceito e a fiscalizao de insumos farmacuticos (droga oumatria-prima aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada ao emprego emmedicamentos, quando for o caso, e seus recipientes) e de drogas (substncia ou matria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitria).

    Responsvel tcnicoNenhum estabelecimento que fabrique ou industrialize medicamentos, drogas ou insumofarmacutico poder funcionar sem a assistncia e a responsabilidade efetiva do responsveltcnico.

    Dessa forma, obrigatria, para a constituio e o funcionamento regular da pessoa jurdica, apresena de um farmacutico (responsvel tcnico) legalmente habilitado perante o ConselhoRegional de Farmcia. O farmacutico responsvel pode ser scio, empregado ou prestador deservios especificamente contratado para o fim.

    Somente aos profissionais inscritos no Conselho Regional de Farmcia ser permitido oexerccio de atividades de farmacutico no Pas. Podero obter registro no Conselho Regionalde Farmcia:o profissional diplomado ou graduado em farmcia por instituto de ensino oficial ou a esteequiparado;os prticos ou oficiais de farmcia licenciados, segundo critrios e exigncias do ConselhoRegional (o interessado receber informaes detalhadas).

    Fiscalizao sanitriaO licenciamento para a explorao de farmcia ser obtido na Secretaria de Estado da Sade eseus respectivos departamentos de Vigilncia Sanitria. O funcionamento do empreendimentoexige rigorosa observncia da legislao sanitria, uma vez que a infrao legislao sujeita oinfrator a penas extremamente rigorosas.

    So sanes previstas pela infrao legislao sanitria:Advertncia;Multa;Apreenso de produto;Inutilizao de produto;Interdio de produto;Suspenso de vendas e/ou fabricao de produto;Cancelamento de registro de produto;

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Interdio parcial ou total do estabelecimento;Proibio de propaganda;Cancelamento de autorizao para funcionamento da empresa;Cancelamento do alvar de licenciamento do estabelecimento;Interveno no estabelecimento que receba recursos pblicos de qualquer esfera.

    As infraes sanitrias so classificadas em leves, graves e gravssimas. O valor dasmultas aplicveis varia de acordo com a classificao da infrao e vai de R$ 2.000,00 a R$200.000,00.

    So consideradas infraes leves aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstnciaatenuante. Nas infraes graves verificada uma situao agravante. Gravssimas so asinfraes com duas ou mais situaes agravantes.

    Configura-se como infrao sanitria a construo, a instalao ou o funcionamento, emqualquer parte do territrio nacional, de laboratrios de produo de medicamentos, drogas,insumos, embalagens e demais produtos que interessem sade pblica, sem registro, semlicena e sem autorizaes do rgo sanitrio competente ou contrariando as normas legaispertinentes. As penas aplicadas so as de advertncia, interdio, cancelamento de autorizaoe de licena e/ou multa.

    Configura crime hediondo a falsificao, a corrupo, a adulterao ou a alterao de produtodestinado a fins teraputicos ou medicinais. Os crimes hediondos no recebem anistia, graa,indulto, fiana ou liberdade provisria. A pena aplicada integralmente cumprida em regimefechado.

    Registro no Ministrio da SadeAlm do licenciamento do estabelecimento (autorizao de funcionamento), que deve serconferido pela Secretaria de Estado da Sade, obrigatrio o registro do produto(medicamento), que esteja exposto venda ou entregue ao consumo, no Ministrio da Sade.

    Em funo de suas caractersticas sanitrias, medicamentosas ou profilticas, curativas,paliativas ou mesmo para fins de diagnstico, o registro de drogas, medicamentos e insumosfarmacuticos fica sujeito, alm do atendimento das exigncias regulamentares prprias, arequisitos especficos, que a empresa deve obter diretamente no Ministrio da Sade.

    obrigatrio o uso da denominao genrica nos formulrios ou pedidos de registro eautorizaes relativas produo, comercializao e importao de medicamentos.

    Rtulo e embalagemAs drogas, os medicamentos e quaisquer insumos farmacuticos correlatos, produtos de higienecosmticos e saneantes domissanitrios, importados ou no, somente sero entregues aoconsumo nas embalagens originais ou em outras previamente autorizadas pelo Ministrio daSade.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Devem constar, obrigatoriamente, nas embalagens, rtulos, bulas, prospectos, textos, ouqualquer outro tipo de material de divulgao e informao mdica, referentes a medicamentos,a terminologia da Denominao Comum Brasileira DCB (denominao genrica) ou, na suafalta, da Denominao Comum Internacional DCI.

    Dispe o Decreto n 3.181, de 23 de setembro de 1999, que o medicamento similar s poderser comercializado e identificado por nome comercial ou marca.

    Em virtude da transitoriedade da legislao brasileira que rege a matria, recomendamos aointeressado solicitar maiores informaes sobre requisitos e exigncias legais para aconstituio e o funcionamento regular do empreendimento diretamente junto aos rgos defiscalizao da vigilncia sanitria.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Esclarecimentos Tributrios

    Setor/Atividade: IndstriaTipo de negcio: Farmcia de manipulaoPrincipais tributos institudos em lei: IRPJ, PIS, COFINS, CONTRIBUIAO SOCIALSOBRE O LUCRO, ICMS.

    Esto relacionados acima tributos institudos em lei por setor de atividade. Outros tributossero devidos, conforme situaes peculiares ou atividades/operaes definidas, cujotratamento diferenciado dever ser verificado caso a caso.

    Tanto o contabilista quanto os rgos competentes podero orient-lo no cumprimento detais exigncias, se for seu caso.

    TRIBUTAO

    O empreendedor demonstra maior interesse em conhecer, aprender e dominar os assuntosrelacionados tributao das empresas. Verifica-se que este interesse vai muito alm dacuriosidade pelo assunto, mas surge da preocupao com a viabilidade do negcio. Muitosacreditam que a carga tributria a que esto sujeitas as empresas em geral representa umfator impeditivo ao sucesso do negcio; que os tributos que devero recolher aps aconstituio da empresa so excessivamente onerosos, comprometendo o lucro e fadando onegcio falncia. Isso no verdade e o mito deve ser eliminado.

    A atividade tributante essencial existncia da sociedade, pois permite o custeio de serviospblicos e investimentos em educao, sade, infra-estrutura, saneamento bsico,segurana, previdncia social, sade e outros bens indispensveis. plenamente possvelrecolher tributos regularmente e possuir um negcio lucrativo e prspero. Alis, necessrioque o empreendedor esteja em dia com suas obrigaes fiscais para manter seuempreendimento com tranqilidade e sem medo de receber no estabelecimento a fiscalizaofazendria.

    As autoridades fiscais devem ser enxergadas como parceiras do empreendedor, das quaisser possvel exigir a contrapartida pelo recolhimento regular e pontual dos tributos,principalmente quanto prestao dos servios pblicos que toda a sociedade tem direito.

    Antes de prosseguir na prestao de informaes sobre tributao, importante esclarecerque o empreendedor pode e deve conhecer a carga tributria a que est sujeito. Todavia, nopode preocupar-se em aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto e tornar-se umespecialista em tributao, sob pena de perder a condio de cuidar do prprio negcio, no sededicando s suas atividades empresariais para tornar-se um estudioso do Direito Tributrio-fiscal.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    recomendvel que o empresrio seja dedicado ao sucesso de seu negcio, deixando asquestes fiscais sob responsabilidade do contabilista ou contador que cuida de sua escrita,podendo ainda recorrer ao advogado tributarista para tratar de assuntos tributrios maiscomplicados.

    Dentro de noes bsicas que so do interesse do empreendedor, pode-se iniciar poresclarecer que os tributos so prestaes pecunirias (em dinheiro), que o contribuinte deveao fisco, por fora de legislao especfica que institui a obrigao.

    Os tributos so, por isso, recolhidos necessariamente em dinheiro, no se admitindo pagamentoatravs da entrega de mercadorias ou servios. E todo tributo institudo por lei. Os tributosso classificados ou subdivididos em impostos, taxas e contribuies de melhorias. Fica assimfcil entender que imposto e tributo no so a mesma coisa, j que tributo o gnero, eimposto uma espcie de tributo.

    Alguns estudiosos classificam as contribuies previdencirias como impostos especiais, eoutros as classificam como categoria especfica de obrigao no classificvel comotributo. A questo no merece estudo detalhado por conta do empreendedor, cuja obrigao saber da existncia das contribuies previdencirias como fator de custo na formao do preode venda do produto que pretende produzir ou vender, bem como do servio que h de prestar.

    Os tributos so institudos em leis, que tm origem federal, estadual, distrital (DistritoFederal) ou municipal.

    Na organizao do Brasil, a Constituio da Repblica define competncia a cada rgotributante para instituir tributos, incumbindo Unio, aos Estados federados, DistritoFederal e municpios arrecadar e aplicar seus recursos, sem invadir a competncia uns dosoutros. possvel, ento, afirmar que o contribuinte est sujeito ao recolhimento de tributosfederais, estaduais e municipais. Os tributos podem ser cobrados em razo de atividadesexecutadas pelas autoridades pblicas ou pelas atividades desenvolvidas pelo contribuinte.

    So denominados tributos vinculados aqueles oriundos das atividades executadas pelo PoderPblico, configurando taxas e contribuies de melhoria. o caso, por exemplo, de taxasque o contribuinte recolhe quando solicita, junto repartio pblica, a emisso dedocumentos e certides. Os tributos vinculados atividade do contribuinte so denominadostributos no vinculados e caracterizam impostos e contribuies sociais, podendo ser citadoscomo exemplos o Imposto de Renda e as contribuies para a Previdncia Social.

    O empreendedor est sujeito, na explorao de suas atividades econmicas, aos seguintestributos:

    a) Tributos Federais: IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurdica), IPI (Imposto sobre ProdutosIndustrializados), PIS (Contribuio para o Programa de Integrao Social), COFINS(Contribuio Social sobre o faturamento das empresas) e a CSLL (Contribuio Social sobreo Lucro Lquido);

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    b) Tributo Estadual: ICMS (Imposto sobre a Circulao de Mercadorias e Prestao deServios);c) Tributo Municipal: ISSQN (Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza);d) Contribuies Previdencirias: INSS recolhido sobre a folha de pagamento de seguradosempregados e retirada pr-labore de scios e administradores, mais pagamentos efetuados aprestadores de servios autnomos.

    As obrigaes mencionadas acima no esto classificadas de acordo com a doutrina, haja vistoque os estudiosos do assunto divergem quanto definio da natureza jurdica dos encargostributrio-fiscais. Todavia, a indicao das obrigaes na forma acima tem cunho meramentedidtico e objetiva apresentar ao empreendedor, de forma simples e prtica, suas principaisobrigaes oriundas da execuo de suas atividades econmicas.

    importante esclarecer tambm que os tributos no foram exaustivamente identificados,incidindo sobre determinadas atividades ou operaes carga tributria que inclui outrasobrigaes no mencionadas acima. Em resumo, a carga tributria incidente sobre asempresas varia conforme a atividade explorada e as operaes realizadas, podendo variarinclusive quanto ao valor. Recomenda-se ao empreendedor solicitar ao contador ou contabilistaresponsvel por sua escrita o estudo especfico de seu negcio, a fim de definir comexatido os tributos que fica obrigado a recolher e o valor de cada um.

    MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE

    Empresas cuja receita bruta anual no ultrapassa R$1.200.000,00 (um milho e duzentosmil reais) recebem tratamento diferenciado, gozando de benefcios fiscais e, por isso, sendosujeitas a carga tributria reduzida. So classificadas em microempresas ou empresas depequeno porte, conforme o valor da receita bruta anual que realizam.

    Este tratamento diferenciado dispensado s micro e pequenas empresas foi institudo pararegulamentar o artigo 179 da Constituio da Repblica, decorrendo de legislaoespecfica de origem federal e estadual. A legislao federal institui benefcios fiscaisquanto aos tributos federais e s contribuies previdencirias, enquanto a legislaoestadual institui benefcios quanto aos tributos estaduais.

    Os municpios tambm podem instituir benefcios quanto aos tributos municipais. Recomenda-se ao empreendedor solicitar informaes sobre o assunto diretamente junto Prefeitura domunicpio onde pretende estabelecer a sede da empresa.

    Tendo em vista que os benefcios fiscais so institudos em leis de origem federal e estadual,os critrios para gozo dos benefcios variam de acordo com a origem da lei. Algumas regrasso idnticas para aproveitamento do empreendedor, variando outras conforme h de seesclarecer atravs do estudo das respectivas leis federal e estadual.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Em nvel federal os benefcios fiscais foram institudos pela Lei n 9.317, de 05 de dezembrode 1996, tendo a Lei n 9.841, de 05 de outubro de 1999, institudo o Estatuto damicroempresa e da empresa de pequeno porte. No Estado de Minas Gerais, os benefcios fiscaisquanto aos tributos estaduais foram institudos pela Lei n 13.437, de 30 de dezembro de 1999,regulamentada pelo Decreto n 40.987, de 31 de maro de 2000.

    Microempresa Legislao Federal

    A legislao federal instituiu o SIMPLES e assegura benefcios fiscais exclusivamentequanto aos tributos federais e contribuies previdencirias. O tratamentodiferenciado dispensado ao pequeno empreendedor pela Lei n 9.317/96 (alterada pelasLeis n 9.732/98 e 10.034/00) permite simplificao na apurao dos tributos e reduosignificativa da carga tributria.

    A legislao classifica como microempresa aquela cuja receita bruta anual no ultrapassaR$120.000,00 (cento e vinte mil reais), e empresa de pequeno porte aquela cuja receita brutaanual ultrapassa o limite de microempresa (R$120.000,00), mas no ultrapassaR$1.200.000,00 (um milho e duzentos mil reais).

    RECEITA BRUTA ANUAL CLASSIFICAOAt R$120.000,00 MicroempresaAcima de R$120.000,00 at R$1.200.000,00 Empresa de Pequeno Porte

    O empreendedor pode optar pelo SIMPLES mediante termo de opo assinado perante aSecretaria da Receita Federal. A opo pelo SIMPLES pode ser efetivada no ato do registroda empresa, gerando efeitos imediatos. Nesta hiptese o optante fica obrigado a noultrapassar o limite de enquadramento no mesmo ano-calendrio em que optar pelo SIMPLES.

    O empreendedor tambm pode optar pelo SIMPLES no curso de atividade da empresa,hiptese em que a opo gera efeitos a partir do primeiro dia do ano- calendriosubsequente (1 de janeiro).

    O optante pelo SIMPLES, esteja classificado na condio de microempresa ou empresa depequeno porte, passa a recolher mensal e unificadamente as seguintes obrigaes: IRPJ(Imposto de Renda Pessoa Jurdica), IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), PIS(Contribuio para o Programa de Integrao Social), COFINS (Contribuio sobre ofaturamento das empresas), CSLL (Contribuio Social sobre o Lucro Lquido) eContribuies Previdencirias (INSS sobre folha de pagamento dos segurados empregados,scios-administradores e prestador de servios autnomos).

    Outros tributos incidentes sobre a atividade da empresa ou operaes realizadas devem serrecolhidos normalmente, inclusive tributos estaduais e municipais. A apurao dos tributosmencionados para recolhimento mensal e unificado decorre da aplicao de percentuaisdefinidos na legislao, de acordo com o valor da receita bruta anual verificada na empresa.

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    A tabela abaixo indica o valor do percentual a ser aplicado sobre a receita mensal da empresa,conforme sua faixa de enquadramento.

    MICROEMPRESAReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)

    At 60.000,00 3Acima de 60.000,00 At 90.000,00 4Acima de 90.000,00 At 120.000,00 5EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)Acima de 120.000,00 At 240.000,00 5,4Acima de 240.000,00 At 360.000,00 5,8Acima de 360.000,00 At 480.000,00 6,2Acima de 480.000,00 At 600.000,00 6,6Acima de 600.000,00 At 720.000,00 7Acima de 720.000,00 At 840.000,00 7,4Acima de 840.000,00 At 960.000,00 7,8Acima de 960.000,00 At 1.080.000,00 8,2Acima de 1.080.000,00 At 1.200.000,00 8,6

    Os percentuais mencionados no quadro acima no incluem a alquota definida para empresasque exploram atividade industrial e so contribuintes do IPI (Imposto sobre ProdutosIndustrializados). Nesta hiptese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLES e forcontribuinte do IPI, sobre as alquotas indicadas no quadro acima, dever adicionar 0,5%(cinco dcimos porcento), ficando o quadro assim:

    RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)Sem IPI Com IPI

    At 60.000,00 3 3,5Acima de 60.000,00 At 90.000,00 4 4,5Acima de 90.000,00 At 120.000,00 5 5,5EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)

    Sem IPI Com IPIAcima de 120.000,00 At 240.000,00 5,4 5,9Acima de 240.000,00 At 360.000,00 5,8 6,3Acima de 360.000,00 At 480.000,00 6,2 6,7Acima de 480.000,00 At 600.000,00 6,6 7,1Acima de 600.000,00 At 720.000,00 7 7,5Acima de 720.000,00 At 840.000,00 7,4 7,9Acima de 840.000,00 At 960.000,00 7,8 8,3Acima de 960.000,00 At 1.080.000,00 8,2 8,7Acima de 1.080.000,00 At 1.200.000,00 8,6 9,1

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    Algumas empresas so impedidas de optar pelo SIMPLES, mesmo que sua receita estejadentro dos limites de enquadramento no referido regime especial de tributao.O artigo 9 da Lei n 9.317/96 exclui do SIMPLES, independentemente da receita, a empresaque encontra-se numa das seguintes situaes:I - constituda sob a forma de sociedade por aes;II - cuja atividade seja banco comercial, banco de investimentos, banco dedesenvolvimento, caixa econmica, sociedade de crdito, financiamento e investimento,sociedade de crdito imobilirio, sociedade corretora de ttulos, valores mobilirios e cmbio,distribuidora de ttulos e valores imobilirios, empresa de arrendamento mercantil,cooperativa de crdito, empresas de seguros privados e de capitalizao e entidade deprevidncia privada aberta;III - que se dedique compra e venda, ao loteamento, incorporao ou construo deimveis;IV - que tenha scio estrangeiro, residente no exterior;V - constituda sob qualquer forma, de cujo capital participe entidade da administraopblica, direta ou indireta, federal, estadual ou municipal;VI - que seja filial, sucursal, agncia ou representao, no Pas, de pessoa jurdica com sedeno exterior;VII - cujo titular ou scio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outraempresa, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de opo pelo SIMPLES;VIII- de cujo capital participe, como scio, outra pessoa jurdica;IX - cuja receita decorrente da venda de bens importados seja superior a 50% (cinqenta porcento) de sua receita bruta total;X - que realize operaes relativas a:a) importao de produtos estrangeiros;b) locao ou administrao de imveis;c) armazenamento e depsito de produtos de terceiros;d) propaganda e publicidade, excludos os veculos de comunicao;e) factoring;f) prestao de servio de vigilncia, limpeza, conservao e locao de mo-de-obra;XI - que preste servios profissionais de corretor, representante comercial, despachante, ator,empresrio, diretor ou produtor de espetculos, cantor, msico, danarino, mdico,dentista, enfermeiro, veterinrio, engenheiro, arquiteto, fsico, qumico, economista, contador,auditor, consultor, estatstico, administrador, programador, analista de sistema,advogado, psiclogo, professor, jornalista, publicitrio, fisicultor, ou assemelhados, e dequalquer outra profisso cujo exerccio dependa de habilitao profissional legalmenteexigida;XII - que participe do capital de outra pessoa jurdica;XIII - que tenha dbito inscrito em Dvida Ativa da Unio ou do Instituto Nacional do SeguroSocial - INSS, cuja exigibilidade no esteja suspensa;XIV - cujo titular, ou scio que participe de seu capital com mais de 10% (dez por cento),esteja inscrito em Dvida Ativa da Unio ou do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS,cuja exigibilidade no esteja suspensa;

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    XV - que seja resultante de ciso ou qualquer outra forma de desmembramento da pessoajurdica;XVI - cujo titular, ou scio com participao em seu capital superior a 10% (dez por cento),adquira bens ou realize gastos em valor incompatvel com os rendimentos por ele declarados.

    As Leis n 10.034/00 e n 10.684/03 introduziram importantes alteraes na sistemtica doSIMPLES. Por fora dessas Leis, empresas que exploram atividade de creche e pr-escola,estabelecimentos de ensino fundamental, centro de formao de condutores (auto escola),agncias lotricas e agncias terceirizadas de correios podem optar pelo SIMPLES. Nessescasos, o contribuinte fica obrigado a recolher o imposto mediante acrscimo de 50%(cinqenta porcento) sobre o valor dos percentuais indicados na tabela acima.

    Alm dos servios acima relacionados (creche e pr-escola, estabelecimentos de ensinofundamental, auto escola, agncias lotricas e agncia terceirizadas de correios), todos osoutros prestadores de servio, CUJA OPO PELO SIMPLES SEJA PERMITIDA, tambmesto obrigados ao recolhimento do SIMPLES com acrscimo de 50% (cinqenta porcento)sobre o valor dos percentuais indicados na tabela acima.

    Na hiptese da empresa explorar atividade de prestao de servio, CUMULADAMENTEcom outra atividade estranha a servio (indstria, comrcio ou produtor rural), o acrscimode 50% (cinqenta porcento) sobre o valor dos percentuais da tabela acima, ocorre para finsde apurao e recolhimento do SIMPLES, quando a receita com os servios prestados igualou superior a 30% (trinta porcento) da receita total da empresa.

    Nos casos em que a legislao impe acrscimo de 50% (cinqenta porcento) da alquota,para fins de apurao do SIMPLES, conforme acima mencionado (Leis n 10.034/00 e n10.684/03), a tabela passa a ser da seguinte forma:

    MICROEMPRESA RECEITA BRUTA ANUAL (R$) Percentual (%)At 60.000,00 4,5Acima de 60.000,00 At 90.000,00 6,0Acima de 90.000,00 At 120.000,00 7,5EMPRESA DE PEQUENO PORTEReceita Bruta Anual (R$) Percentual (%)

    Acima de 120.000,00At 240.000,00 8,1

    Acima de 240.000,00 At 360.000,00 8,7Acima de 360.000,00 At 480.000,00 9,3Acima de 480.000,00 At 600.000,00 9,9Acima de 600.000,00 At 720.000,00 10,5Acima de 720.000,00 At 840.000,00 11,1Acima de 840.000,00 At 960.000,00 11,7Acima de 960.000,00 At 1.080.000,00 12,3Acima de 1.080.000,00 At 1.200.000,00 12,9

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    Os percentuais mencionados no quadro acima no incluem a alquota definida para empresasque exploram atividade industrial e so contribuintes do IPI (Imposto sobre ProdutosIndustrializados). Nesta hiptese, sempre que o contribuinte optar pelo SIMPLES e forcontribuinte do IPI, dever adicionar 0,5% (cinco dcimos porcento) sobre as alquotasindicadas no quadro acima.

    Microempresa Legislao Estadual

    Em Minas Gerais, foi estabelecido tratamento diferenciado e simplificado s microempresas eempresas de pequeno porte, atravs do SIMPLES MINAS, institudo pela Lei (estadual) n.15.219, de 7 de julho de 2004, regulamentada pelo Decreto (estadual) n. 43.924, de 3 dedezembro de 2004.

    O SIMPLES MINAS estende benefcios ao empreendedor autnomo e tambm a algumascooperativas especificadas na legislao aplicvel. So cooperativas especificadas na lei, quepodem ser beneficiadas pelo SIMPLES MINAS, somente aquelas formadas por:a) produtores artesanais;b) feirantes;c) comerciantes ambulantes;d) pequenos comerciantes;e) pequenos produtores da agricultura familiar;f) garimpeiros.

    O SIMPLES MINAS reduz o valor do ICMS (Imposto sobre Circulao de Mercadorias eServios), simplifica o sistema de apurao do imposto mencionado e permite deduzir doICMS apurado depsitos efetuados em benefcio do FUNDESE Fundo de Fomento eDesenvolvimento Socioeconmico do Estado de Minas Gerais.

    O SIMPLES MINAS permite tambm abater sobre o ICMS apurado as despesas comprovadaspelo contribuinte com investimentos na aquisio de Equipamento Emissor de Cupom Fiscal(ECF).

    CLASSIFICAO: MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTEA legislao classifica microempresa (ME) como sendo a sociedade empresria ou empresrioindividual, cuja receita bruta anual no ultrapassa R$274.630,00 (duzentos e setenta e quatromil, seiscentos e trinta reais); e empresa de pequeno porte (EPP) a sociedade empresria ouempresrio individual cuja receita bruta anual ultrapassa o limite de micro (R$274.630,00) eno ultrapassa R$2.197.831,00 (dois milhes, cento e noventa e sete mil, oitocentos e trinta eum reais).

    CLASSIFICAO RECEITA BRUTA ANUALMicroempresa At R$274.630,00Empresa de pequeno porte Acima de R$274.630,00 at R$2.197.831,00

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    Na apurao do ICMS, o SIMPLES MINAS obriga o contribuinte a recolher o impostoresultante da somatria de duas operaes:

    a) Operao de apurao do ICMS resultante da diferena de alquota entre Estados dafederao;

    b) Operao de apurao do ICMS pela aplicao da tabela simplificada de alquotas variveisconforme faixa de RECEITA TRIBUTVEL (real ou presumida).

    O contribuinte obrigado a recolher o ICMS que resulta da somatria das duas operaes acimamencionadas (letras a e b).

    O ICMS que resulta da diferena da alquota (letra a) e o ICMS que resulta da aplicao databela simplificada (letra b) so somados, e o resultado (soma) o valor total do imposto a serrecolhido.

    A orientao para a apurao do ICMS segue abaixo, dividida em duas etapas (itens a e b),sendo a primeira (item a) relativa diferena de alquota, e a segunda etapa (letra b) relativa aplicao da tabela simplificada.

    Na segunda etapa (letra b) da orientao abaixo, que refere-se aplicao da tabelasimplificada, o contribuinte deve estar atento opo de apurar a RECEITA TRIBUTVELREAL ou aplicar o ndice sobre a RECEITA TRIBUTVEL PRESUMIDA.

    A) DIFERENA DE ALQUOTA ENTRE ESTADOS DA FEDERAOa.1) O contribuinte soma o valor das notas fiscais de compra de mercadorias que destinam-se industrializao ou revenda, aplicando sobre o resultado a alquota de 18% (dezoitoporcento);

    a.2) Sobre as notas fiscais somadas para alcanar o resultado acima, o contribuintesoma apenas o valor do ICMS QUE VEM INDICADO EM CADA NOTA FISCAL, comoincluso/includo no valor total;

    a.3) O contribuinte ento calcula a diferena entre o resultado obtido na primeira operao(item a.1) e o resultado obtido na segunda operao (item a.2);

    a.4) Nos casos em que o valor do imposto indicado em cada nota fiscal como sendoincluso/includo no valor total (item a.2 acima) for exatamente igual ao valor obtido pelaaplicao da alquota de 18% (dezoito porcento) sobre as notas fiscais de compra demercadorias (item a.1 acima), NO HAVER DIFERENA DE ALQUOTA a ser somada novalor do ICMS para recolhimento.

    B) APLICAO DA TABELA SIMPLIFICADA - ALQUOTAS VARIVEIS CONFORMEFAIXA DE RECEITA TRIBUTVELO contribuinte apura o ICMS pela aplicao de alquotas, que variam conforme o valor daRECEITA TRIBUTVEL.

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    A tabela progressiva. A alquota do imposto aumenta conforme aumenta tambm a capacidadede contribuio da empresa. O contribuinte com menor RECEITA TRIBUTVEL possuimenor capacidade de contribuir com o ICMS; e o contribuinte com maior RECEITATRIBUTVEL possui maior capacidade de contribuir com o imposto. Diante disso, a alquotado imposto aumenta gradativamente, de acordo com o aumento da RECEITA TRIBUTVEL.

    A tabela tambm no cumulativa. As alquotas aumentam de acordo com o aumento daRECEITA TRIBUTVEL, mas so aplicadas progressivamente, SOMENTE SOBRE OVALOR QUE EXCEDE CADA FAIXA de incidncia. Desta forma, a alquota maior incideapenas sobre a maior parcela da RECEITA TRIBUTVEL. Para bem esclarecer, basta explicarque a RECEITA TRIBUTVEL dividida em faixas distintas, aplicando-se cada alquotaespecfica sobre cada faixa especfica de RECEITA TRIBUTVEL.

    O sistema de apurao do ICMS por faixa de RECEITA TRIBUTVEL, de acordo com asalquotas variveis, progressiva e no cumulativamente, pode ser resumido na seguinte tabela:

    FAIXA RECEITA TRIBUTVEL ALQUOTA1 at R$ 5.607,00 zero2 Somente o que exceder R$ 5.607,01 at R$ 16.821,00 0,5%3 Somente o que exceder R$16.821,01 at R$ 44.856,00 2,0%4 Somente o que exceder R$ 44.856,01 at R$112.140,00 3,0%5 Acima de R$ 112.140,01 4,0%

    A tabela acima pode ser RELIDA pelo contribuinte na forma abaixo, que permite a apurao doimposto numa nica operao direta, atravs da qual o ICMS calculado mediante aplicao daalquota correspondente faixa de RECEITA TRIBUTVEL, deduzindo-se a parcelarespectiva, em que o saldo final j incluiu os princpios de progressividade e nocumulatividade, que so caractersticos do SIMPLES MINAS.

    FAIXA RECEITA TRIBUTVEL ALQUOTAPARCELA

    ADEDUZIR

    1 at R$ 5.607,00 zero zero

    2 Acima de R$ 5.607,01 at R$ 16.821,00 0,5% R$28,043 Acima de R$16.821,01 at R$ 44.856,00 2,0% R$280,354 Acima de R$ 44.856,01 at R$112.140,00 3,0% R$728,915 Acima de R$ 112.140,01 4,0% R$1.850,31

    APURAO DA RECEITA TRIBUTVEL OPES: REAL OU PRESUMIDA

    A RECEITA TRIBUTVEL que serve como base de clculo do ICMS pode ser REAL ouPRESUMIDA.

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    A RECEITA TRIBUTVEL REAL o valor total das sadas promovidas pelo contribuinte registrado em notas fiscais, cupom fiscal ou outro documento fiscal autorizado pelo PoderPblico. O contribuinte realiza a somatria das sadas promovidas no ms e registrada emdocumentos fiscais, que corresponde RECEITA TRIBUTVEL REAL sujeita aplicao dasalquotas indicadas na tabela acima, variando de acordo com a faixa de incidncia.

    A RECEITA TRIBUTVEL PRESUMIDA apurada pela somatria de NOTAS DECOMPRAS (entradas), acrescida de um ndice especfico (varia de acordo com a atividade doempreendedor), que representa a Margem de Valor Agregado (MVA). A legislao permite aocontribuinte presumir o valor da RECEITA TRIBUTVEL, utilizando para tanto asCOMPRAS realizadas no ms, acrescidas do ndice de valor agregado (MVA) que segue natabela abaixo, variando de acordo com o segmento empresarial ou setor de atividade.

    MARGENS DE VALORES AGREGADOS PARA APURAO DA RECEITA PRESUMIDA

    ITEM DESCRIO MVA1 Extrao de minerais metlicos 48%2 Extrao de minerais no-metlicos 26%3 Fabricao de produtos alimentcios e de bebidas 58%4 Fabricao de produtos do fumo 70%5 Fabricao de produtos txteis 35%6 Confeco de artigos do vesturio e acessrios 30%7 Preparao de couros e fabricao de artefatos de couro e calados 30%8 Fabricao de produtos de madeira 30%9 Fabricao de celulose, papel e produtos de papel 26%10 Edio, impresso e reproduo de gravaes 26%

    11 Fabricao de coque, refino de petrleo, elaborao de combustveisnucleares e produo de lcool 70%

    12 Fabricao de produtos qumicos 26%13 Fabricao de artigos de borracha e plsticos 26%14 Fabricao de produtos de minerais no-metlicos 70%15 Metalurgia bsica 70%16 Fabricao de produtos de metal, exceto mquinas e equipamentos 40%17 Fabricao de mquinas e equipamentos 48%18 Fabricao de mquinas para escritrio e equipamentos de informtica 30%19 Fabricao de mquinas, aparelhos e materiais eltricos 30%

    20 Fabricao de material eletrnico e de aparelhos e equipamentos decomunicaes 26%

    21Fabricao de equipamentos de instrumentao mdico-hospitalares,instrumentos de preciso e pticos, equipamentos para automaoindustrial, cronmetros e relgios

    26%

    22 Fabricao e montagem de veculos automotores, reboques e carrocerias 26%23 Fabricao de outros equipamentos de transporte 26%24 Fabricao de mveis com predominncia de madeira 30%25 Fabricao de mveis com predominncia de metal 30%

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    26 Fabricao de mveis de outros materiais 30%27 Fabricao de colches 30%28 Lapidao de gemas 26%29 Fabricao de artefatos de joalheria e ourivesaria 61%30 Fabricao de instrumentos musicais, peas e acessrios 70%31 Fabricao de artefatos para caa, pesca e esporte 70%

    32 Fabricao de mesas de bilhar, de snooker e acessrios, no associada alocao 30%

    33 Fabricao de mesas de bilhar, de snooker e acessrios associada alocao 30%

    34 Fabricao de brinquedos e de outros jogos recreativos 70%

    35 Fabricao de canetas, lpis, fitas impressoras para mquinas e outrosartigos para escritrio 46%

    36 Fabricao de escovas, pincis e vassouras 26%

    37 Decorao, lapidao, gravao, espelhao, bisotagem, vitrificao eoutros trabalhos em cermica, loua, vidro ou cristal 70%

    38 Fabricao de produtos diversos 26%39 Reciclagem de outras sucatas metlicas 70%40 Reciclagem de sucatas no-metlicas 31%41 Eletricidade, gs e gua quente 70%

    42 Representantes comerciais e agentes do comrcio de veculosautomotores 26%

    43 Servios de manuteno e reparao de automveis 36%

    44 Servios de manuteno e reparao de caminhes, nibus e outrosveculos pesados 34%

    45 Servios de lavagem, lubrificao e polimento de veculos 26%46 Servios de borracheiros e gomaria 26%

    47 Comrcio por atacado de peas e acessrios novos para veculosautomotores 30%

    48 Comrcio por atacado de pneumticos e cmaras de ar 42%

    49 Comrcio a varejo de peas e acessrios novos para veculosautomotores 26%

    50 Comrcio a varejo de pneumticos e cmaras de ar 26%

    51 Representantes comerciais e agentes do comrcio de peas e acessriosnovos e usados para veculos automotores 26%

    52 Comrcio a varejo de peas e acessrios usados para veculosautomotores 26%

    53 Comrcio por atacado de peas e acessrios para motocicletas emotonetas 26%

    54 Comrcio a varejo de motocicletas e motonetas 32%55 Comrcio a varejo de peas e acessrios para motocicletas e motonetas 30%

    56 Comrcio a varejo de combustveis e lubrificantes para veculosautomotores 40%

    57 Comrcio por atacado e representantes comerciais e agentes do comrcio 30%58 Comrcio varejista de mercadorias em geral, com predominncia de 26%

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    produtos alimentcios, com rea de venda superior a 5000 metrosquadrados - hipermercados

    59Comrcio varejista de mercadorias em geral, com predominncia deprodutos alimentcios, com rea de venda entre 300 e 5000 metrosquadrados - supermercados

    26%

    60 Minimercados 26%61 Mercearias e armazns varejistas 26%62 Comrcio varejista de mercadorias em lojas de convenincia 30%63 Lojas de departamentos ou magazines 30%64 Lojas de variedades, exceto lojas de departamentos ou magazines 30%65 Comrcio varejista de produtos de padaria e de confeitaria 26%66 Comrcio varejista de laticnios, frios e conservas 26%67 Comrcio varejista de balas, bombons e semelhantes 26%68 Comrcio varejista de carnes - aougues 26%69 Comrcio varejista de bebidas 45%70 Tabacaria 26%71 Comrcio varejista de hortifrutigranjeiros 26%72 Peixaria 26%

    73 Comrcio varejista de outros produtos alimentcios no especificadosanteriormente 40%

    74 Comrcio varejista de tecidos 30%75 Comrcio varejista de artigos de armarinho 30%76 Comrcio varejista de artigos de cama, mesa e banho 30%77 Comrcio varejista de artigos do vesturio e complementos 30%78 Comrcio varejista de calados 30%79 Comrcio varejista de artigos de couro e de viagem 30%

    80 Comrcio varejista de produtos farmacuticos sem manipulao defrmula 30%

    81 Comrcio varejista de produtos farmacuticos homeopticos 30%

    82 Comrcio varejista de produtos farmacuticos com manipulao defrmula 40%

    83 Comrcio varejista de artigos de perfumaria, cosmticos e de higienepessoal 30%

    84 Comrcio varejista de artigos mdicos e ortopdicos 30%85 Comrcio varejista de medicamentos veterinrios 30%

    86Comrcio varejista de mquinas, aparelhos e equipamentos eltricos eeletrnicos de uso domstico e pessoal, exceto equipamentos deinformtica

    30%

    87 Comrcio varejista de artigos fotogrficos e cinematogrficos 30%88 Comrcio varejista de instrumentos musicais e acessrios 30%89 Comrcio varejista de discos e fitas 30%90 Comrcio varejista de mveis 30%91 Comrcio varejista de artigos de colchoaria 38%92 Comrcio varejista de artigos de tapearia 55%93 Comrcio varejista de artigos de iluminao 30%

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    94 Comrcio varejista de outros artigos de utilidade domstica 40%95 Comrcio varejista de ferragens, ferramentas e produtos metalrgicos 30%96 Comrcio varejista de vidros, espelhos, vitrais e molduras 30%97 Comrcio varejista de material para pintura 30%98 Comrcio varejista de madeira e seus artefatos 30%99 Comrcio varejista de materiais eltricos para construo 30%100 Comrcio varejista de materiais hidrulicos 30%101 Comrcio varejista de cal, areia, pedra britada, tijolos e telhas 30%102 Comrcio varejista de materiais de construo em geral 30%

    103 Comrcio varejista de materiais de construo no especificadosanteriormente 30%

    104 Comrcio varejista de mquinas e equipamentos para escritrio 26%

    105 Comrcio varejista de mquinas, equipamentos e materiais deinformtica 26%

    106 Comrcio varejista de mquinas, equipamentos e materiais decomunicao 26%

    107 Comrcio varejista de artigos de papelaria 26%108 Comrcio varejista de jornais e revistas 26%109 Comrcio varejista de gs liqefeito de petrleo (GLP) 26%110 Comrcio varejista de artigos de ptica 50%111 Comrcio varejista de artigos de relojoaria e joalheria 33%112 Comrcio varejista de artigos de souvenir, bijuterias e artesanatos 30%113 Comrcio varejista de bicicletas e triciclos, suas peas e acessrios 30%114 Comrcio varejista de artigos esportivos 30%115 Comrcio varejista de brinquedos e artigos recreativos 30%

    116 Comrcio varejista de plantas e flores naturais e artificiais e frutosornamentais 30%

    117 Comrcio varejista de artigos de caa, pesca e camping 30%118 Comrcio varejista de objetos de arte 30%

    119 Comrcio varejista de animais para criao domstica, de artigos paraanimais e rao 30%

    120 Comrcio varejista de peas e acessrios para eletrodomsticos eaparelhos eletrnicos, exceto peas e acessrios para informtica 30%

    121 Comrcio varejista de fogos de artifcio e artigos pirotcnicos 30%

    122 Comrcio varejista de embarcaes e outros veculos recreativos, suaspeas e acessrios 30%

    123 Comrcio varejista de produtos saneantes domissanitrios 70%

    124 Comrcio varejista de outros produtos da Diviso 52 no especificadosanteriormente 70%

    125 Comrcio varejista de antigidades 70%126 Comrcio varejista de outros artigos usados 70%

    127 Reparao e manuteno de mquinas e de aparelhos eletrodomsticos,exceto aparelhos telefnicos 30%

    128 Reparao e manuteno de aparelhos telefnicos 30%129 Chaveiros 30%

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    130 Conserto e restaurao de artigos de madeira e do mobilirio 30%131 Reparao de outros objetos pessoais e domsticos 30%132 Hotel 70%133 Apart hotel 70%134 Motel 70%135 Camping 30%136 Penso 30%137 Outros tipos de alojamento 39%138 Restaurante 50%

    139 Choperias, whiskeria e outros estabelecimentos especializados em servirbebidas 50%

    140 Lanchonete, casas de ch, de sucos e similares 50%141 Cantina (servio de alimentao privativo) explorao prpria 50%

    142 Fornecimento de alimentos preparados preponderantemente paraempresas 50%

    143 Servios de buffet 70%

    144 Outros servios de alimentao (em trailers, quiosques, veculos e outrosequipamentos) 30%

    145 Outros no enquadrados nos itens anteriores 35%

    EXCLUSO DO SIMPLES MINASA legislao estabelece algumas restries ao enquadramento no regime especial do SIMPLESMINAS. Em determinadas situaes, excludo do SIMPLES MINAS o contribuinte:I - que participe ou cujo titular ou scio participe com mais de 10% (dez por cento) do capitalde outra sociedade empresria, salvo se a receita bruta anual global das empresas interligadasfor inferior ao maior limite de R$2.197.831,00;II - que tenha sido desmembrada ou resulte do desmembramento de outra sociedade empresriaou da transmutao de qualquer de seus estabelecimentos em sociedade autnoma, salvo se ofato tiver ocorrido at 31 de dezembro de 2003;III - que possua filial ou sociedade empresria interligada situada fora do Estado;IV - de transporte que, mediante contrato, preste servio para outra transportadora;V - que tenha dbito inscrito em dvida ativa, em seu nome ou em nome do seu titular ourepresentante legal, ressalvada a hiptese do crdito tributrio em fase de parcelamento, desdeque adimplente ou objeto de discusso judicial, garantido por depsito ou penhora;VI - que seja administrada por procurador;VII - cujo administrador no scio seja, tambm, administrador de outra sociedade empresria,salvo se a receita bruta anual global das sociedades administradas for inferior ao maior limite deR$2.197.831,00.

    No se aplica a excluso do contribuinte que participe com mais de 10% (dez porcento) docapital de outra sociedade empresria, quando a referida participao ocorrer em centrais decompras, em bolsas de subcontratao ou em consrcios de exportao ou de venda no mercadointerno, mesmo que a receita bruta anual global das empresas interligadas for superior aR$2.197.831,00.

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    ImportanteAs instrues recebidas sobre opo pelo regime de microempresa e empresa de pequenoporte devem ser confirmadas junto s autoridades fiscais e junto ao contador oucontabilista responsvel pela escrita fiscal.

    Passo a Passo para Registro

    CONSIDERAES INICIAIS SOBRE REGISTRO

    Para registro e legalizao recomendamos que sejam solicitados os servios de umcontador/contabilista que, alm de elaborar os documentos constitutivos da empresa epreencher todos os formulrios do processo, o profissional capacitado a prestar consultoriacom relao aos aspectos fiscais/tributrios e legais na constituio da empresa.

    Para contratar um contabilista habilitado, recomendamos que sejam solicitadas propostas deprestao de servios, englobando o valor dos honorrios e o "escopo" do servio a serprestado. Para tanto, consulte as "pginas amarelas da lista telefnica" ou pea sAssociaes ou Sindicatos de Contabilistas uma relao de profissionais que atuam em suacidade ou regio.

    O contador um profissional-chave na gesto empresarial. Por isso, antes de contratar,pesquise pelo menos trs contadores, certifique-se de que ele um profissional habilitadojunto ao CRC - Conselho Regional de Contabilidade e de que no existem queixas registradascontra ele. D preferncia aos profissionais atualizados, que ofeream, alm dos serviosfiscais, um servio de assessoria contbil. Lembre-se que o preo no o melhor critrio paraselecionar um servio.

    Um negcio prprio envolve, alm de capital para investir, muita disposio para otrabalho, garra e persistncia. Essas caractersticas devem estar presentes j na fase deabertura da empresa, para o cumprimento da verdadeira maratona imposta pela burocracia. Oempreendedor deve estar preparado para lidar com diversas siglas, taxas e impostos emreparties municipais, estaduais e federais, at que o primeiro cliente da nova empresa sejafinalmente atendido.

    DEFINIO DA FORMA JURDICA QUE REVESTE O EMPREENDIMENTOO passo inicial definir a forma jurdica a ser adotada para explorao da atividade. OCdigo Civil em vigor (Lei n 10.406, de 11 de janeiro de 2002) trouxe alteraes importantese criou as seguintes opes:1 - Sociedades que exploram atividade intelectual, de natureza cientfica, literria ouartstica e as cooperativas so definidas como SOCIEDADES SIMPLES;

    2 - Para o empreendedor que explora qualquer outra atividade NO enquadrada comointelectual ou cooperativa, a legislao permite o registro do EMPRESRIO ou aconstituio de sociedade empresria. O registro do EMPRESRIO ocorre quando NO

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    H constituio de sociedade. NO CASO DE CONSTITUIO DE SOCIEDADE, as opesprevistas em lei so:

    2.1 - Sociedade limitada;2.2 - Sociedade annima;2.3 - Sociedade em nome coletivo;2.4 - Sociedade em comandita por aes;2.5 - Sociedade em comandita simples.

    A legislao em vigor, conforme acima mencionada, define como SOCIEDADE SIMPLESaquela pessoa jurdica que explora atividade INTELECTUAL, de natureza cientfica, literriaou artstica; e as COOPERATIVAS.

    importante entender que apenas servios intelectuais so explorados por sociedadesSIMPLES. Servios NO INTELECTUAIS, podendo citar atividade explorada porprestador de servio de limpeza, portaria e conservadoras, oficina mecnica e outros tantos,NO so explorados por sociedade denominada SIMPLES. So tambm legalmente definidascomo SOCIEDADES SIMPLES as diversas espcies de COOPERATIVAS.

    Em resumo:1 - So sociedades simples:Aquelas que exploram servio intelectual (natureza cientfica, literria ou artstica);As cooperativas.

    2 - Na explorao de atividades comerciais, industriais, rurais e servios no intelectuais, oempreendimento pode revestir-se das seguintes formas jurdicas:a) Empresrio (no pessoa jurdica);b) Sociedade limitada;c) Sociedade annima;d) Sociedade em nome coletivo;e) Sociedade em comandita por aes;f) Sociedade em comandita simples.

    PEQUENOS EMPREENDIMENTOS - FORMAS JURDICAS MAIS ADEQUADASA sociedade LIMITADA a forma jurdica mais adequada de sociedade empresria, paraexplorao de empreendimentos de micro, pequeno e mdio portes. Na sociedadeLIMITADA, cada scio responde por obrigaes da sociedade no limite do valor das cotas quesubscreve.

    Outra opo a obteno do registro na categoria de EMPRESRIO. Trata-se da exploraode atividade profissionalmente organizada, sem constituio de pessoa jurdica. Oempreendedor que decide explorar atividade empresria sem constituir sociedade pode obterregistro de EMPRESRIO. A desvantagem desta modalidade que o titular do registroresponde ilimitadamente pelas obrigaes surgidas da explorao do negcio.

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    O registro de EMPRESRIO no conferido aos profissionais para explorao deservios intelectuais. Somente atividades organizadas profissionalmente para produo oucirculao de bens ou servios NO intelectuais podem ser exploradas atravs da figura doEMPRESRIO.

    SOCIEDADE SIMPLES REVESTIDA DE FORMA JURDICA DE SOCIEDADELIMITADASociedades que exploram servios INTELECTUAIS e cooperativas so necessariamentesociedades simples. O Cdigo Civil em vigor dispe que, nas sociedades simples, osscios respondem pelas obrigaes contradas pela sociedade. Nesse particular, a sociedadesimples revela desvantagem, se comparada sociedade limitada.

    O Cdigo Civil permite sociedade simples adotar a forma jurdica de sociedadelimitada. Nesta hiptese, a natureza jurdica da pessoa jurdica continua sendo de sociedadesimples; todavia, optando por revestir-se de sociedade limitada, confere aos sciosresponsabilidade limitada ao valor restrito das cotas subscritas.PROCEDIMENTOS DE REGISTRO - CUIDADOS INICIAIS

    Definida a forma jurdica do empreendimento, o interessado deve, ento, providenciarconsulta prvia junto Prefeitura do Municpio onde pretende estabelecer seu negcio, a fimde saber se a explorao do negcio autorizada para o local escolhido, posto que alegislao municipal probe a instalao de determinados estabelecimentos em reasdefinidas. Esse cuidado pode evitar uma srie de aborrecimentos futuros.

    Tambm necessria a realizao de consulta da situao fiscal dos scios junto Secretariada Receita Federal e Secretaria Estadual da Fazenda, para verificar a existncia dependncias ou irregularidades, que impeam a obteno da inscrio nos respectivos cadastrosfiscais (federal e estadual).

    Da mesma forma, aconselhvel uma consulta Junta Comercial e/ou ao Cartrio deRegistro Civil das Pessoas Jurdicas (conforme a competncia para o registro), com oobjetivo de verificar se no existe outra empresa com o nome (razo social) igual ousemelhante ao que voc escolheu. O mesmo nome empresarial no pode ser adotado por maisde um empreendimento no mesmo Estado da Federao.

    CONTRATO SOCIALSociedades simples e sociedades empresrias so criadas inicialmente pela elaborao docontrato de sociedade, denominado CONTRATO SOCIAL, que assinado pelos scios earquivado no rgo competente de registro.

    O rgo competente para arquivamento do contrato social das Sociedades Simples oCartrio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas. Sociedades empresrias, por sua vez, tm seucontrato social arquivado na Junta Comercial. A existncia legal da pessoa jurdica comeacom o registro do contrato social no rgo competente. Sociedades cujos atos constitutivos

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    no so arquivados no rgo competente so desprovidas de personalidade jurdica, pelo querespondem pessoalmente os scios quanto aos atos praticados.

    Para registro do empreendimento sem a constituio de sociedade, na modalidadeEMPRESRIO, o rgo competente a Junta Comercial. Neste caso, o empreendedor nodispe de contrato social para registro, mas assina requerimento especfico que contenha:Nome, nacionalidade, domiclio, estado civil e, se casado, regime de bens;Nome empresarial (firma social), com a respectiva assinatura autgrafa;Capital;Objeto e sede (endereo onde o empreendimento ser explorado).

    O contrato social das sociedades simples e das sociedades limitadas deve conter:Nome, nacionalidade, estado civil, profisso e residncia dos scios;Nome empresarial, objeto, sede e prazo da sociedade;Capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo compreender qualquer espciede bens suscetveis de avaliao pecuniria;Quota de cada scio no capital social e o modo de realiz-la;Indicao dos administradores, seus poderes e atribuies;Participao dos scios nos lucros e perdas.

    As sociedades simples devem , ainda, fazer constar do contrato social:as prestaes a que se obriga o scio, cuja contribuio consista em servios;se os scios respondem ou no, subsidiariamente, pelas obrigaes sociais.

    Alm dos requisitos acima relacionados, o contrato social da sociedade limitada tambm deveconter:Declarao de que a responsabilidade dos scios limitada ao valor exato das cotas subscritas;Indicao da regncia supletiva das normas aplicveis s sociedades annimas, se for dointeresse do empreendedor;Designao do objeto da sociedade na denominao social, integrada no final da palavralimitada ou sua abreviatura.

    Imprevistos podem acontecer e, alm disso, so comuns atritos entre scios. O importante que, em qualquer litgio ou situao excepcional, a ltima palavra caber ao texto doContrato Social. Uma forma de eliminar dvidas a consulta a um Contrato Sociallavrado por outra empresa em condies semelhantes. Porm, se as dvidas persistirem ouno se chegar a um acordo, o melhor mesmo ser recorrer a um advogado ou contador.

    EXIGNCIAS PARA REGISTROPara o registro na Junta Comercial so exigidos os seguintes documentos:

    A - EMPRESRIORequerimento especfico em quatro vias e em formulrio prprio;Declarao de microempresa, se for o caso;

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    Capa de processo;Cpia autenticada da carteira de identidade do titular da empresa;Taxa de registro.

    B - SOCIEDADE LIMITADAContrato ou estatuto social, assinado pelos scios e duas testemunhas (trs vias);Declarao de microempresa, se for o caso (duas vias);Ficha de Cadastro Nacional - FCN, folhas 1 e 2 (uma via cada);Capa de processo;Cpia autenticada da carteira de identidade do(s) scio(s) gerente(s);Taxa de registro.

    C - MINISTRIO DA FAZENDA - RECEITA FEDERAL - CNPJDocumentos necessrios para a obteno do registro no CNPJ (Cadastro Nacional da PessoaJurdica) do Ministrio da Fazenda:Disquete preenchido com o sistema do CNPJ - Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas;Documento Bsico de Entrada do CNPJ (formulrio prprio), original e uma cpia simples,com a firma do scio gerente reconhecida em cartrio;Uma via do original do Contrato Social ou Estatuto Social ou requerimento deEMPRESRIO, devidamente averbado pela Junta Comercial do Estado ou Cartrio doRegistro Civil das Pessoas Jurdicas.

    D- INSCRIO ESTADUAL-SECRETARIA DA FAZENDA ESTADUAL - ICMSDocumentos necessrios para a obteno da Inscrio Estadual (cadastro de contribuintesdo ICMS da Secretaria da Fazenda Estadual):Formulrio DECA: Declarao Cadastral, em duas vias;Formulrio DECA: Declarao Cadastral - Anexo I, em duas vias;Formulrio DCC: Declarao Cadastral do Contabilista e Empresa Contbil, em trs vias,referente ao incio de escriturao e ao pedido de permanncia de livros em escritrio decontabilidade, quando for o caso;Formulrio de solicitao para enquadramento/alterao de Microempresa e Empresa dePequeno Porte, em duas vias;Cpia dos atos constitutivos (contrato social ou estatuto ou declarao de firma individual)devidamente registrados na JUCEMG;Cpias do CPF dos scios, quando tratar-se de pessoa fsica, e do CNPJ do scio, quandotratar-se de pessoa jurdica;Cpia do carto CNPJ ou da ficha de inscrio no CNPJ;Cpia do alvar de localizao fornecido pela Prefeitura ou, na sua falta, prova de propriedade(escritura registrada), contrato de locao ou de comodato do imvel (com firmasreconhecidas);Formulrio requerimento/certido dbito, em uma via, para: a) o titular, quando se tratar defirma individual; b) os scios, quando se tratar de sociedade por quotas limitadas; c) osdiretores, quando se tratar de sociedade annima;Cpia reprogrfica legvel da identidade dos responsveis scios;Cpias reprogrficas da procurao e da identidade do procurador (quando for o caso);Taxa de expediente.

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    E - ALVAR DE LOCALIZAO - PREFEITURA MUNICIPALO ltimo passo a inscrio da empresa na Prefeitura do municpio, para fins de obtenodo Alvar de Localizao.

    Os procedimentos para a inscrio variam de acordo com a legislao vigente nomunicpio onde a empresa for estabelecida. Assim, recomendamos que se procure o rgocompetente para mais informaes.

    IMPORTANTEAlgumas atividades exigem licenas e registros especiais e especficos. Tanto ocontabilista quanto os rgos competentes podero orientar o empreendedor para ocumprimento de tais exigncias, se for seu caso.

    O Cdigo Civil em vigor veda a constituio de sociedade entre pessoas casadas pelosregimes de comunho universal de bens ou separao obrigatria de bens.

    RGOS DE REGISTROSJunta Comercial (contrato social ou estatuto social) - site: www.jucemg.mg.gov.brMinistrio da Fazenda (CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica) - site:www.receita.fazenda.gov.brSecretaria de Estado da Fazenda (inscrio estadual - cadastro de contribuintes do ICMS) - site:www.sef.mg.gov.brPrefeitura Municipal (Alvar de Localizao e Funcionamento).

    http://www.jucemg.mg.gov.br;/http://www.receita.fazenda.gov.br;/http://www.sef.mg.gov.br/
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    Marcas e Patentes

    Registrar a marca da empresa significa ter a garantia sobre o uso de um nome (nome defantasia), um sinal visual ou mesmo uma figura.

    a marca que identifica e distingue uma empresa, um produto, uma mercadoria ou um serviodos demais no mercado em que atua.

    O registro da marca de fundamental importncia para a empresa e para o empreendedor,porque:A marca tem grande valor, agindo como fator bsico na comercializao de produtos e servios;A marca se constitui em elemento essencial para a defesa do consumidor, garantindo aqualidade daquilo a que se aplica e atestando sua autenticidade;O no registro da marca pela empresa abre espao para que outros o faam, perdendo a mesmaos referidos direitos;A marca pode e deve ser contabilizada no ativo da empresa, pois a mesma um BEM daempresa.

    De acordo com o princpio da propriedade industrial, o registro da empresa na Junta Comercialou no cartrio competente garante a exclusividade no uso do nome comercial (razo social,denominao social), mas no garante a proteo no uso da marca ou nome de fantasia.

    Por isso, relevante que seja feito o registro da marca junto ao INPI (Instituto Nacional dePropriedade Industrial), para que seja garantido o uso exclusivo da marca em benefcio dotitular da mesma, coibindo seu uso indevido por terceiros.

    Para o registro da marca junto ao INPI, inicialmente providenciada a "busca de marca",objetivando saber se j existe registro anterior em vigncia de marca igual ou semelhante desejada. No havendo, iniciado o processo de registro.

    DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA O REGISTRO DE MARCA

    Pessoa JurdicaCpias do Contrato Social, das alteraes contratuais, do carto CNPJ e da declarao damicroempresa (se for o caso);

    Pessoa FsicaCarteira de identidade, CPF e cpia da carteira profissional (se for o caso).

    Marca mistaSe a marca for mista (nome com figura) ou apenas figurativa (apenas figura), necessrioapresentar 16 (dezesseis) etiquetas na metragem 6cm X 6cm. As etiquetas devem ser impressasem papel ofcio e em preto e branco.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    TaxasO INPI cobra taxas pelos servios que presta, desde o pedido de registro de marca at aexpedio do Certificado de Registro. Os valores variam de acordo com o tipo de serviopedido e, ainda, de acordo com a caracterstica do usurio do servio (pessoa fsica, pessoajurdica, microempresa).

    O interessado poder solicitar mais informaes sobre busca e registro de marcas diretamenteno Ponto de Atendimento SEBRAE-MG mais prximo.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    ImplantaoA farmcia de manipulao ou magistral aquela que manipula frmulas, atendendo diversasespecialidades e especificaes mdicas.

    A importncia fundamental da farmcia de manipulao est na possibilidade que ela traz defracionamento das substncias para cada caso clnico. Ela facilita a adequao da receita mdicaao paciente, possibilita a manipulao de diversas substncias em dosagens exatas em ummesmo recipiente e d ao mdico liberdade nas prescries, visando o melhor resultado para opaciente.

    Uma farmcia de manipulao dividida basicamente em duas reas: o balco, onde haver ocontato com os clientes e os fornecedores e onde estaro expostos os produtos pr-fabricados, eo laboratrio propriamente dito, onde as receitas sero manipuladas.

    Mquinas e equipamentos1) Para a rea de atendimento:estantes para os produtos;balco;caixa registradora;computadores.

    2) Para o laboratrio:balanas de preciso;misturadores;encapsuladoras;agitador;envasadeira;rotuladores;mesas, cadeiras e estantes.

    A compra de matria-prima deve ser cuidadosa, j que a qualidade final dos medicamentosmanipulados est diretamente ligada qualidade da matria-prima. O perodo de estocagemdeve ser controlado rigorosamente, a fim de evitar a superao do prazo de validade dasmatrias-primas. Uma forma de reduzir os riscos de perda por expirao do prazo de validade a adoo do gerenciamento de estoques do tipo "PEPS", isto , o primeiro a entrar em estoquedeve ser o primeiro a ser utilizado (sair do estoque).

    Alm das matrias-primas, a qualidade final dos produtos influenciada pela manipulao dosmedicamentos. A principal forma de garantir um processo de produo adequado contar comprofissionais qualificados e que estejam atualizados com as inovaes no segmento.

    O quadro bsico de funcionrios dever contar com balconistas, caixas e farmacuticos(quantidade varia de acordo com o tamanho da farmcia).

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    A agilidade e a segurana dos processos da empresa podem ser aumentadas com a utilizao desistemas informatizados de controle de pedidos de clientes, preos de formulaes e controle deestoques.

    Alm de preos competitivos e da agilidade na entrega das formulaes, a farmcia podeinvestir em outras estratgias para atrao dos clientes, como servio de entrega em domiclio,comercializao de produtos industrializados (xampus, bronzeadores e cosmticos) e facilidadesde pagamento.

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    Finanas

    A Administrao Financeira est estreitamente ligada a Economia e Contabilidade e pode servista como uma forma de Economia aplicada, que se baseia amplamente em conceitoseconmicos.

    Muitos consideram a funo financeira e contbil dentro da empresa como sendo a mesma.Embora haja uma relao estreita entre elas, a funo contbil pode ser melhor visualizadacomo um insumo indispensvel Administrao Financeira. H uma diferena bsica deperspectiva entre a Administrao e a Contabilidade: enquanto a primeira enfatiza a tomadade decises, a segunda tem como objeto de trabalho obter, tratar e disponibilizarinformaes acerca da vida financeira da empresa. Ou seja, o administrador financeiro, a partirdas informaes fornecidas pelo contador, analisa, desenvolve os dados adicionais e toma asdecises pertinentes.

    Em pequenas empresas, a funo financeira , geralmente, vinculada aos prprios donos ou rea contbil. medida que a empresa cresce, a importncia da funo financeira aumenta eela separada em uma rea prpria. O diretor financeiro (ou qualquer que seja o ttulo docargo) , quase sempre, responsvel por conduzir atividades como administrao eplanejamento de caixa, das contas a receber e a pagar, das movimentaes bancrias, dosplanos de captao de recursos a curto e longo prazos (decises de financiamento), da anlisede viabilidade financeira dos projetos de investimento, dos investimentos a curto prazo, bemcomo participa diretamente das atividades oramentrias.

    A sobrevivncia de uma empresa, muitas vezes, depende do grau de eficincia da gestofinanceira. Desta maneira, o empreendedor deve estar consciente de alguns conceitosfinanceiros (resultado obtido pela empresa, contabilidade de custos, etc.), para que possaadministrar corretamente e evitar faltas de recursos.

    A incoerncia na poltica de preo, por exemplo, conduzir a empresa a uma das situaesabaixo:Baixa competitividade: quando o preo est acima do praticado no mercado;Prejuzo: quando adota um preo que no cobre os custos operacionais da empresa.A implantao de uma nova empresa demanda o levantamento e a anlise de algumasquestes, como por exemplo:

    Para iniciar o negcio, quanto de dinheiro ser necessrio?Quanto ser preciso para manter a empresa funcionando nos primeiros meses de vida?Em quais momentos da implantao e decolagem o empreendedor dever ter um capital(dinheiro) reservado para conduzir o empreendimento?Durante quanto tempo ser possvel prover investimentos e capital de giro com recursosprprios?Quando ser necessrio recorrer a emprstimo e quanto solicit-lo?A quem recorrer e em que condies?Em quanto tempo e como ser possvel pag-lo?

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    O conhecimento desses aspectos permite avaliar o empreendimento e seus possveis problemas,para saber se a idia , em princpio, vivel ou no.

    Deve-se ressaltar que riscos so inerentes a qualquer empreendimento, quer em menorou em maior grau. Para concluir se o risco de um determinado empreendimento baixo,mdio ou alto ser necessrio buscar mais informaes, que contemplem cada uma dasvariveis que impactam o negcio (por exemplo, o interesse do consumidor pelo seuproduto/servio, potencialidade da regio, perfil dos concorrentes, tecnologia disponvel,restries legais, etc.).

    No possvel eliminar os riscos. Contudo, um estudo criterioso das informaes obtidas podeser o grande diferencial no sentido de permitir ao empreendedor adquirir conhecimentosque o possibilitem tomar decises assertivas, com segurana (em que momento iniciar? emque local? qual negcio?) e com menos riscos.

    De modo a facilitar a anlise da situao financeira da futura empresa, seguem algunsconceitos financeiros, que devero ser considerados na gesto do empreendimento.

    INVESTIMENTO qualquer aplicao de recursos financeiros em bens utilizados nas atividades empresariaispor vrios perodos.

    Quanto ao investimento inicial, necessrio para montar um determinado empreendimento,torna-se necessrio definir, analisar e observar os vrios aspectos que incidem diretamentesobre a atividade. A estimativa do investimento inicial composta por:

    Investimento fixoConsidere todos os bens durveis (mquinas, equipamentos, linhas de telefone, mveis eutenslios, imveis, luvas para aquisio do ponto, licenas para franquias, ferramentas,instalaes, veculos, etc.) com seus respectivos custos de aquisio, necessrios montagemde um negcio. Esto condicionados ao padro do negcio que se quer abrir e tambm com adisponibilidade do capital para se investir.

    b) Investimentos pr-operacionaisGastos com projetos arquitetnicos de decorao, iluminao, viabilidade financeira,pesquisa de mercado etc.;Despesas com organizao da empresa (taxa de registros, livros fiscais, contratos,formulrios);Pagamento de aluguis (antes da empresa entrar em operao).

    c)Capital de giroSo os recursos necessrios para financiar as operaes da empresa (compras, vendas a prazo,giro de estoques, pagamentos de salrios, impostos e demais custos e despesas). O capital degiro um dos aspectos mais importantes da Administrao Financeira, tendo em vista que, se

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    no for bem gerido, poder tornar a empresa insolvente, devedora e lev-la a pedir concordataou ter sua falncia decretada.

    Apresentamos, a seguir, algumas recomendaes importantes para evitar esses problemas.

    1) O empreendedor no deve imobilizar (empregar todo o capital na montagem do negcio) ese esquecer:da manuteno do estoque;do financiamento de clientes;do pagamento de despesas pr-operacionais.

    Iniciar um negcio sem capital para fazer frente a essas necessidades pode levar oempreendedor a recorrer a emprstimos, geralmente com elevadas taxas de juros, fatorque pode comprometer o futuro do negcio.

    2) Para evitar que todo o capital fique imobilizado, o empreendedor poder adquirir umaparte dos ativos fixos e tomar atitudes como:alugar terrenos e construes;terceirizar transporte;terceirizar parte da produo, alugar os equipamentos ou fazer um leasing dosequipamentos.

    3) Analisar a viabilidade de aquisio de equipamentos e/ou maquinrio usados.

    4) Estudar a possibilidade de financiar maquinrio com recursos de longo prazo, por exemplo,operaes tipo FINAME.

    5) Reserva Tcnica: corresponde a um acrscimo de 10% ou mais, dos demais custos paracobrir despesas eventuais e imprevistas.

    DEMONSTRATIVO DE INVESTIMENTO INICIAL (exemplo)ITEM DISCRIMINAO VALOR %1 INVESTIMENTO INICIAL2 CAPITAL DE GIRO2.1 Estoque Inicial2.2 Despesas Fixas2.3 Mo-de-Obra3 SOMA (2.1+2.2+2.3)4 DIVERSOS4.1 Registro/Regularizao4.2 Divulgao e Marketing5 SOMA (4.1+4.2)6 SUBTOTAL (1+3+5)7 RESERVA TCNICA (10%)8 TOTAL (6+7)

  • ASSUNTO: FARMCIA DE MANIPULAODATA DA ATUALIZAO: 30/06/2005

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    DEPRECIAORefere-se ao desgaste natural sofrido pelo bem durante sua vida til. As taxas dedepreciao e o tempo de vida til dos bens so determinados pela legislao do Imposto deRenda, cujos critrios, obrigatoriamente, devem ser considerados pela contabilidade fiscal.

    Contudo, pode-se optar por outros critrios para elaborao do projeto da empresa. Procurelevantar o tempo de vida til dos equipamentos, mquinas, mveis, ferramentas e veculosutilizados e, com esta informao e o valor dos investimentos fixos j estimados, determine oscustos referentes depreciao.

    CONTRIBUIO SOCIAL o tributo que incide sobre o lucro resultado do exerccio antes da proviso para o impostode renda.

    MO-DE-OBRA DIRETA o quadro de pessoal que trabalha diretamente na produo e/ou na comercializao. Ocusto da mo-de-obra direta a folha de pagamento desse pessoal, incluindo salrios,encargos sociais (FGTS, INSS, 13 salrio, frias, etc.) e os benefcios (assistncia mdica,cesta bsica, vale-refeio, entre outros).

    PRODUTOS OU MERCADORIAS VENDIDASRepresentam a baixa efetuada nos estoques da empresa pelas vendas de produtos acabadosou mercadorias, que foram relativamente realizados no perodo.

    PONTO DE EQUILBRIOCorresponde ao nvel de faturamento necessrio, para que a empresa possa cobrir, exatamente,os seus custos, ou seja, atingir o lucro operacional igual a zero. Acima do ponto deequilbrio, a empresa obter lucro e abaixo dele ocorrer prejuzo.

    RECEITA OPERACIONAL o faturamento total da empresa com as vendas dos produtos/servios por ela fabricados ourealizados.

    LUCROndice que indica a capacidade que a empresa tem para obter lucro lquido, em funo dovolume de vendas.LUCRO OPERACIONALCorresponde ao lucro da empresa antes de pagar os impostos que incidem sobre essarubrica. Este valor corresponde ao percentual da margem de lucro aplicado sobre a receitaoperacional.

    LUCRO LQUIDOCorresponde ao lucro da empresa depois de deduzidos os impostos que incidem sobre olucro operacional.lucro lquido = lucro operacional contribuio social

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    MARGEM DE CONTRIBUIOIndica ao empreendedor o quanto sobra das vendas, para que a empresa possa pagar suasdespesas fixas e gerar lucro.margem contribuio = receita operacional - (custos variveis + despesas variveis)

    MARGEM DE LUCRO (ML) o percentual de lucro que a empresa pretende obter, antes de pagar os tributosgovernamentais, tais como o Imposto de Renda e a Contribuio Social. O empresrio fixasua margem de lucro de acordo com a poltica de vendas da empresa, levando emconsiderao os preos praticados no mercado.

    PRAZO DE RETORNO o tempo em ser recuperado o capital inicial investido no empreendimento. investimento inicial prazo de retorno = --------------------------- lucro lquido mensal

    DESEMBOLSO o pagamento resultante da obteno de insumos e que pode ocorrer em momento diferente dogasto. Por exemplo: se for efetuada uma compra de material com 60 dias de prazo para opagamento, o gasto ocorre imediatamente, mas o desembolso s ocorre no dia do pagamento.

    Para o estudo destas questes, principalmente em sua fase inicial, torna-se importante adistino entre custo, gasto e despesa. muito comum o uso indevido destes termos, o quepode causar dificuldade de comunicao e gerar problemas no fechamento dos balanos.

    A diferenciao entre custos e despesas importante para a contabilidade financeira, pois ocustos so incorporados aos produtos (estoques), ao passo que as despesas so consideradasdiretamente no clculo do lucro do perodo.

    CUSTO o gasto relativo a bens ou servios utilizados na produo de outros bens e servios, isto ,o valor dos insumos usados na fabricao dos produtos da empresa. Exemplo: materiais,trabalho humano, energia eltrica, mquinas e equipamentos, etc.

    Os custos esto relacionados com a fabricao dos produtos, sendo normalmente divididos em:a) matria-prima (MP);b) mo-de-obra direta (MOD);c) custos indiretos de fabricao (CIF).

    a) Custos com matria-prima (MP)Os custos com matria-prima (MP) relacionam-se com os principais materiais integrantes doproduto, que podem ser convenientemente separados em unidades fsicas especficas.

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    Embora, teoricamente, todos os materiais diretos possam ser tratados como matrias-primas, tal prtica no a mais ideal. Alguns materiais pouco relevantes, como parafusos,pregos e outros, podem ser classificados como materiais de consumo e analisados de