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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES Este caderno tem um total de 50 (cinquenta) questões, distribuídas da seguinte forma: Questões de 01 a 20: Língua Portuguesa; Questões de 21 a 50: Conhecimentos Específicos. Verifique se este caderno está completo. Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta, preencher o círculo (bolha) correspondente no cartão-resposta. As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão- resposta, que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica. Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum erro, comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal. O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as questões deste caderno e preencher o cartão-resposta. NÃO HAVERÁ SUBSTITUIÇÃO, sob qualquer hipótese, deste caderno, nem do cartão- resposta. Não serão dadas explicações durante a aplicação da prova. BOA PROVA! COORDENAÇÃO PERMANENTE DE CONCURSOS PÚBLICOS PROVA ESCRITA DO CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR EFETIVO DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA Edital Nº 334/2013, de 05 de novembro de 2013 C C A A D D E E R R N N O O D D E E Q Q U U E E S S T T Õ Õ E E S S » CÓDIGO 75 « MEDICINA VETERINÁRIA - PERFIL 02

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

Este caderno tem um total de 50 (cinquenta) questões, distribuídas da seguinte forma:

Questões de 01 a 20: Língua Portuguesa; Questões de 21 a 50: Conhecimentos Específicos.

Verifique se este caderno está completo.

Para cada questão são apresentadas cinco alternativas de resposta (a, b, c, d, e), sendo que o candidato deverá escolher apenas uma e, utilizando caneta esferográfica azul ou preta, preencher o círculo (bolha) correspondente no cartão-resposta.

As respostas das questões deverão, obrigatoriamente, ser transcritas para o cartão-resposta, que será o único documento válido utilizado na correção eletrônica.

Verifique se os dados constantes no cartão-resposta estão corretos e, se contiver algum erro, comunique o fato imediatamente ao aplicador/fiscal.

O candidato terá o tempo máximo de 04 (quatro) horas para responder a todas as questões deste caderno e preencher o cartão-resposta.

NÃO HAVERÁ SUBSTITUIÇÃO, sob qualquer hipótese, deste caderno, nem do cartão-resposta.

Não serão dadas explicações durante a aplicação da prova.

BOA PROVA!

COORDENAÇÃO PERMANENTE DE CONCURSOS PÚBLICOS

PROVA ESCRITA DO CONCURSO PÚBLICO PARA O PROVIMENTO DO CARGO DE PROFESSOR

EFETIVO DE ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNOLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

Edital Nº 334/2013, de 05 de novembro de 2013

CCAADDEERRNNOO DDEE QQUUEESSTTÕÕEESS

» CÓDIGO 75 « MEDICINA VETERINÁRIA - PERFIL 02

IFPB » Concurso Público | Professor Efetivo de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico » Edital Nº 334/2013

Língua Portuguesa | 1

LÍNGUA PORTUGUESA

Leia o Texto I e responda às questões de 01 a 15.

TEXTO I

Sobre técnicas de torrar café e outras técnicas Ronaldo Correia de Brito

Já não existe a profissão de torradeira de café. Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que trabalhavam nas casas de família, em dias agendados com bastante antecedência. As profissionais famosas pela qualidade do serviço nunca tinham hora livre. Cobravam caro e só atendiam freguesas antigas. Não era qualquer uma que sabia dar o ponto certo da torrefação, reconhecer o instante exato em que os grãos precisavam ser retirados do fogo. Um minuto a mais e o café ficava queimado e amargo. Um minuto a menos e ficava cru, com sabor travoso. “Pra tudo na vida existe um ponto certo”, diziam orgulhosas do ofício, mexendo as sementes no caco de barro escuro, a colher de pau dançando na mão bem treinada, o fogo aceso na temperatura exata.

Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: os que mexiam a cocada no tacho de cobre, os que fabricavam o sabão caseiro de gorduras e vísceras animais, os que escaldavam a coalhada para o queijo prensado, os que assavam as castanhas. Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os orixás e caboclos, os iniciados sentem o instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto de atuação, o transe que faz o santo descer e encarnar no seu cavalo.

Nenhum movimento é mais complexo que o de finalizar. Nele, estão contidos o desapego e a separação, o sentimento de perda e morte. Sherazade contou suas histórias durante mil e uma noites, barganhando com o esposo e algoz Sheriar o direito de continuar vivendo e narrando. Mil noites é um número finito. O acréscimo de uma unidade ao numeral “mil” tornou-o infinito. Mil e uma noites se estendem pela eternidade. Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém sem o ponto final, Sherazade adiou o término e a morte. De maneira análoga, Penélope tecia um manto sem nunca acabá-lo, acrescentando pontos durante o dia e desfazendo-os à noite. Também postergava o momento. [...]

Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça. Conta a história que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura. O xilogravador Gilvan Samico me apresenta os mais de cem estudos e as provas de autor até chegar à gravura definitiva. Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões. Confessa os dias de horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova definitiva, quando o trabalho é considerado concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.

Que valor possui o esposo de Sherazade, comparado à narrativa que a liberta da morte? Talvez apenas o de ser o pretexto para o mar de histórias que a jovem narra ao longo de mil e uma noites. E o que se segue a esse imaginário fim? O que ocupa a milésima segunda noite, supostamente sem narrativas? Eis a pergunta que todos os criadores se fazem. O que se seguirá ao grande vazio? Deus descansou no sétimo dia após sua criação. O artista descansa, ou apenas se angustia pensando se a criatura que pôs no mundo está verdadeiramente pronta, no ponto exato de um grão de café torrado por uma mestra exímia?

Afirmam que a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo. Num estado de absoluta concentração, arqueiro, arco, flecha e alvo se desprendem da energia do movimento e partem em busca do ponto exato. Anos de exercício levam ao disparo perfeito. O escritor trabalha com personagens que o obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os santos do candomblé. Sonha os sonhos do outro, numa entrega do próprio inconsciente à criação. Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se; com a mão esquerda anota frases sobre ruínas. Nunca possui a técnica exata de um arqueiro zen, nem a perícia de uma torradeira de café. Dialoga com a morte como Sherazade, mantém a respiração suspensa, negocia adiamentos e escreve.

Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta, um editor arranca papéis inacabados de sua mão.

Disponível em: http://www.opovo.com.br/app/colunas/ronaldocorreiadebrito/2012/03/03/noticiasronaldocorreiadebrito,2794944/sobre-tecnicas-de-torrar-cafe-e-outras-tecnicas.shtml Acesso em 12 jun. 2013. (Texto adaptado).

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2 | Língua Portuguesa

1. No TEXTO I, o autor

a) apresenta a atual situação dos artesãos no Brasil.

b) contesta a desigual valoração para as obras de arte.

c) argumenta em prol da necessidade de se fomentar o fazer artístico.

d) faz analogia entre o trabalho do artesão e o processo criativo do escritor.

e) defende o processo de construção literária como o único capaz de ser concluído.

2. Ao afirmar que “Sobrepondo narrativas, entremeando-as com novos contos, abrindo veredas de histórias que se bifurcam noutras, mantendo os enredos num contínuo com pausas diurnas, porém sem o ponto final, Sherazade adiou o término e a morte.” (parágrafo 3), o autor do texto retrata

a) o poder de sedução dos contos de fada.

b) a capacidade de inventividade narrativa como possibilidade de salvação.

c) a impossibilidade de se concluir uma produção literária em tempos modernos.

d) a indispensável interrelação entre ficção e realidade na concepção da obra literária.

e) a necessidade de se conhecer os clássicos da literatura, a exemplo de Mil e uma noites e a Odisseia.

3. Todas as passagens a seguir se reportam à dificuldade do artista em separar-se de sua obra, EXCETO:

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica representando uma mulher com muletas, uma criança no peito, o feixe de lenha na cabeça.” (parágrafo 4)

b) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.” (parágrafo 4)

c) “Confessa os dias de horror vividos até chegar ao instante em que se decide pela prova definitiva, quando o trabalho é considerado concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.” (parágrafo 4)

d) “Conta a história que representou naquela peça simples, sente pena de separar-se de sua criatura." (parágrafo 4)

e) “O escritor trabalha com personagens que o obsedam, alguns chegando a cavalgá-lo como os santos do candomblé.” (parágrafo 6)

4. A referência à técnica desenvolvida pelas torradeiras de café, apresentada no início do texto,

a) denota a predileção do autor por técnicas artesanais, em detrimento das industriais.

b) é uma forma de registrar o reconhecimento, por parte das novas gerações, à cultura popular.

c) surge como uma homenagem do autor aos trabalhadores que conseguiram manter viva uma tradição popular.

d) representa um exemplo da capacidade de certas técnicas rudimentares se perpetuarem ao longo das gerações.

e) constitui-se ponto de partida para a discussão acerca da difícil arte de finalizar uma tarefa, tema retratado no decorrer do texto.

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5. A finalização do processo de produção artística é retratada no texto como algo

a) impessoal, em função das demandas comerciais.

b) definitivo, já que registra o momento tão desejado pelo artista.

c) angustiante e doloroso, por se tratar de uma separação entre criador e criatura.

d) complexo, pelo fato de ser toda obra de arte o resultado de um trabalho coletivo.

e) libertador, pois a conclusão de uma obra de arte instiga o artista a produzir sempre mais.

6. Considerando o texto, aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela em que as expressões apresentam relação sinonímica.

a) "fabricavam" – "escaldavam" (parágrafo 2)

b) "adiou" – "postergava" (parágrafo 3)

c) "estendem" – "bifurcam" (parágrafo 3)

d) "impressões" – "estranheza" (parágrafo 4)

e) "descansa" – "angustia" (parágrafo 5)

7. No final do texto, ao comparar o arqueiro zen ao escritor, o autor observa que

a) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, dificilmente atinge seu objetivo.

b) o arqueiro zen, diferentemente do escritor, consegue, com exatidão, finalizar seu trabalho.

c) as ações do escritor e do arqueiro zen atingem, simultaneamente, o ponto exato de finalização.

d) o escritor, ao contrário do arqueiro zen, dedica-se com esmero ao processo de produção, antes de finalizar seu trabalho.

e) o escritor e o arqueiro zen não conseguem finalizar seus trabalhos com êxito, por mais que se esforcem.

8. A coesão de um texto se dá através da conexão entre vários enunciados e da relação de sentido existente entre eles. Em relação à coesão presente no texto, o termo destacado encontra-se devidamente justificado em:

a) “Ninguém mais escuta falar nessas mulheres que trabalhavam nas casas de família, *...+” (parágrafo 1). O termo em destaque indica uma referência à expressão “freguesas antigas” (parágrafo 1).

b) “Nele, estão contidos o desapego e a separação *...+” (parágrafo 3). O termo em destaque faz referência a “nenhum movimento” (parágrafo 3).

c) “*...+ quando o trabalho é concluído e o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.” (parágrafo 4). O conectivo “e” indica uma progressão semântica que acrescenta um dado novo.

d) “*...+ a jovem narra ao longo de mil e uma noites.” (parágrafo 5). O vocábulo em destaque caracteriza uma referência mais específica em relação ao termo a que se refere: “Sherazade”.

e) “*...+ alguns chegando a cavalgá-lo *...+” (parágrafo 6). O termo destacado substitui a expressão “santos do candomblé”.

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9. Em “Nos terreiros de candomblé, onde se tocam para os orixás e caboclos, os iniciados sentem o instante em que a toada e o batuque alcançam o ponto *...+” (parágrafo 2), as vírgulas utilizadas

a) evidenciam a expressão vocativa.

b) indicam uma oração de valor comparativo.

c) demarcam uma explicação acerca do espaço.

d) determinam a introdução de expressão da fala do autor.

e) marcam a opinião do autor em relação à informação anterior.

10. Analise as proposições a seguir:

I. As palavras “desapego” e “separação” pertencem ao mesmo campo semântico.

II. O prefixo na palavra “infinito” exprime sentido de negação.

III. O termo sublinhado em “O escritor trabalha com personagens que o obsedam” tem como referente a expressão “escritor”.

É CORRETO o que se afirma apenas em

a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) I e III.

11. O termo destacado em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se *...+” (parágrafo 6), pode ser substituído, sem alteração de sentido, por:

a) Porque

b) Para que

c) Porquanto

d) Contanto que

e) Ao mesmo tempo que

12. Os conectivos ou partículas linguísticas de ligação, além de exercer funções coesivas, manifestam ainda diferentes relações de sentido entre os enunciados. Aponte, dentre as alternativas a seguir, aquela em que a relação estabelecida pelo conectivo em destaque está CORRETAMENTE indicada entre parênteses.

a) “Uma artesã do barro de Juazeiro do Norte chora quando proponho comprar a cerâmica”. – (Proporção).

b) “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-se;” – (Consequência).

c) “Dialoga com a morte como Sherazade, [...]” – (Comparação).

d) “Olha para os lados e me confessa que se pudesse não venderia nenhuma das impressões.” – (Finalidade).

e) “Num dia qualquer, sem que nada espere e sem compreender o que acontece à sua volta [...]” – (Adversidade).

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13. Por vezes, a omissão de palavras ou expressões não acarreta alteração no sentido de orações ou

períodos, já que tal omissão pode ser depreendida do contexto. Há, dentre as alternativas a seguir,

uma ocorrência assim caracterizada. Aponte-a.

a) "Mil e uma noites se estendem pela eternidade". (parágrafo 3)

b) "O que se seguirá ao grande vazio?" (parágrafo 5)

c) "Deus descansou no sétimo dia após sua criação". (parágrafo 5)

d) "Nunca possui a técnica exata de um arqueiro zen, *...+” (parágrafo 6)

e) "[...] a flecha disparada pelo arqueiro zen busca sozinha o alvo". (parágrafo 6)

14. Analise as proposições a seguir, acerca da pontuação, e assinale (V), para o que for verdadeiro, e (F),

para o que for falso.

( ) No trecho “De maneira análoga, Penélope tecia um manto *...+", a vírgula é utilizada para

separar uma expressão adverbial disposta no início do período.

( ) Em “Dialoga com a morte como Sherazade, mantém a respiração suspensa, negocia adiamentos

e escreve.”, as vírgulas são utilizadas para separar orações coordenadas.

( ) Em “Enquanto se afoga em paixões, com a mão direita tenta manter-se na superfície e salvar-

se; *...+”, não há razão linguístico-gramatical que justifique a presença da vírgula na sentença.

Assim, seu uso é facultativo.

A sequência que completa CORRETAMENTE os parênteses é

a) V V F

b) V F F

c) F V F

d) V V V

e) F F V

15. A regência verbal em destaque na frase “mulheres que trabalhavam nas casas de família” é a

mesma do verbo destacado em

a) “Anos de exercício levam ao disparo perfeito.”

b) “Deus descansou no sétimo dia após sua criação.”

c) “Muitos profissionais se especializavam na ciência de pôr um fim: *...+”

d) “O xilogravador Gilvan Samico me apresenta os mais de cem estudos: *...+.”

e) “*...+ o criador experimenta a estranheza diante do que não mais lhe pertence.”

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As questões de 16 a 18 referem-se ao TEXTO II, a seguir:

TEXTO II

Capítulo I

− Muito trabalho, mestre Zé?

− Está vasqueiro. Tenho umas encomendas de Gurinhém . Um tangerino passou por aqui e

me encomendou esta sela e uns arreios. Estou perdendo o gosto pelo ofício. Já se foi o tempo em

que dava gosto trabalhar numa sela. Hoje estão comprando tudo feito. E que porcarias se vendem

por aí! Não é para me gabar. Não troco uma peça minha por muita preciosidade que vejo. Basta

lhe dizer que seu Augusto do Oiteiro adquiriu na cidade uma sela inglesa, coisa cheia de

arrebiques. Pois bem, aqui esteve ela para conserto. Eu fiquei me rindo quando o portador do

Oiteiro me chegou com a sela. E disse, lá isto disse: “por que seu Augusto não manda consertar

esta bicha na cidade?” E deu pela sela um preção. Se eu fosse pedir o que pagam na cidade, me

chamavam de ladrão. É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, não faz coisa de

carregação. Eles não querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o

que quero.

REGO, José Lins do. Fogo Morto. Record: Rio de Janeiro, 2003.

16. Pelo disposto acima, é CORRETO afirmar sobre o Mestre José Amaro:

a) Mostra-se insatisfeito com os resultados de seus últimos trabalhos.

b) Prefere trabalhar para clientes de fora, pois estes valorizam seu trabalho.

c) Orgulha-se do esmero com que desenvolve seu trabalho e da qualidade que lhe imprime.

d) Embora se envaideça de seu ofício, preocupa-se com o fato de não poder mais executá-lo da

melhor forma.

e) Questiona a qualidade do trabalho de outros seleiros, mas reconhece o valor dos novos

materiais industrializados.

17. “É, mestre José Amaro sabe trabalhar, não rouba a ninguém, não faz coisa de carregação. Eles não

querem mais os trabalhos dele. Que se danem. Aqui nesta tenda só faço o que quero”. A fala final

de Mestre José Amaro revela

a) certa resignação diante das novas demandas do mercado.

b) revolta por desenvolver seu ofício numa região de parcas condições.

c) a decisão de não mais confeccionar produtos para o senhor Augusto do Oiteiro.

d) a sua disposição em manter-se fiel ao trabalho de qualidade que sempre desenvolveu.

e) a determinação por continuar tentando convencer os vaqueiros da qualidade de suas selas.

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18. Atente para a seguinte passagem: “Eles não querem mais os trabalhos dele.”

Agora, considere as seguintes afirmações acerca da expressão em destaque:

I. Retoma um termo expresso anteriormente.

II. Refere-se diretamente aos moradores e comerciantes da cidade.

III. Embora não se refira a nenhum elemento textual anterior, o contexto possibilita a recuperação do termo referente.

Está(ão) CORRETA(S):

a) III apenas

b) I e II apenas.

c) I e III apenas.

d) II e III apenas.

e) I, II e III.

19. Leia a seguir:

I. “Declaração fundamentada em ponto de vista a respeito de um fato ou negócio.”

II. “É o instrumento pelo qual Ministros ou outras autoridades expedem instruções sobre a organização e funcionamento de serviço e praticam outros atos de sua competência.”

III. “Modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.”

As descrições dizem respeito, respectivamente, a

a) Parecer – Portaria – Memorando .

b) Ofício – Relatório – Parecer.

c) Parecer – Ofício – Portaria.

d) Memorando – Ofício – Declaração.

e) Portaria – Requerimento – Relatório.

20. Pela própria natureza, a redação oficial deve apresentar uma linguagem que obedeça a critérios específicos. Todas as características a seguir devem compor a redação oficial, EXCETO:

a) Impessoalidade e clareza.

b) Uso da linguagem padrão.

c) Tratamento linguístico formal.

d) Concisão e transparência de sentido.

e) Presença de conotação e da criatividade do emissor.

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8 | Conhecimentos Específicos » Medicina Veterinária - Perfil 02 » Código 75

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS » MEDICINA VETERINÁRIA - PERFIL 2 | CÓDIGO 75«

21. As infecções, tanto generalizadas como localizadas, são importantes causas de morbidade e mortalidade em potros neonatos, sendo as bactérias as causadoras de muitas infecções. O prognóstico dessas infecções neonatais varia consideravelmente em função do tipo e severidade da infecção. Considerando a septicemia neonatal em potro, é CORRETO afirmar:

a) Todas as infecções neonatais são causadas por bactérias oportunistas que normalmente vivem no trato gastrointestinal, na pele ou no ambiente.

b) As infecções bacterianas neonatais ocorrem apenas em potros nascidos de éguas portadoras de placentite bacteriana.

c) A propensão para contágio e infecções neonatais oportunistas não reflete a imaturidade do seu sistema imune, uma vez que potros nascem normogamaglobulinêmicos.

d) O evento inicial na síndrome sepse bacteriana generalizada é a presença de bactéria e/ou produto bacteriano dentro da corrente sanguínea.

e) O uso combinado de penicilina e gentamicina associado à dexametasona, em doses terapêuticas durante oito dias, deve ser utilizado penicilina mais gentamicina e dexametasona, em doses terapêuticas durante oito dias, para combater a infecção bacteriana e a endotoxemia.

22. Um equino pesando 400 kg, submetido a uma prova de enduro, foi impedido de continuar durante inspeção veterinária após percorrer 40 km. Constatou-se desidratação, taquicardia e apatia. Com base nessas informações, assinale a alternativa CORRETA.

a) Para corrigir esse tipo de desidratação o ringer com lactato é o mais indicado, por se tratar de uma desidratação hipertônica com acidose metabólica.

b) O fluido mais indicado nesse tipo de desidratação é a glicose a 5%, por se tratar de uma desidratação isotônica.

c) O cloreto de sódio a 0,9% é a solução mais indicada nesse caso, por se tratar de uma desidratação hipotônica com alcalose metabólica hipoclorêmica.

d) As desidratações graves podem ser corrigidas com hidratação enteral com soro caseiro (água e sal) através de sondagem nasogástrica.

e) O volume de fluido necessário para hidratar esse equino, caso constatada uma desidratação de 6%, é de 10 litros de soro.

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Conhecimentos Específicos » Medicina Veterinária - Perfil 02 » Código 75 | 9

23. Diarréia ocorre comumente em potros com idades variando de 5 a 35 dias e representa uma das mais comuns condições médicas que requerem investigação veterinária. Com relação a essa afecção, analise as afirmativas a seguir.

I. É uma doença multifatorial relacionada à asfixia perinatal, imaturidade gestacional e injúria hipóxica-isquêmica perinatal.

II. As bactérias Clostridium perfringes, Clostridium difficile e Salmonella spp e os virus Rotavirus e Coronavirus são as causas infecciosas relacionadas.

III. Doença gástrica ulcerativa está associada à diarreia em alguns potros neonatos.

IV. O isolamento do Clostridium perfringes tipo A nas fezes de potros neonatos é indicativo da necessidade de tratamento antimicrobiano específico imediato, por não se tratar de uma bactéria da flora intestinal normal.

Estão CORRETAS as afirmativas:

a) I, II e III apenas.

b) I, III e IV apenas.

c) II, III e IV apenas.

d) I e III apenas.

e) I, II, III e IV.

24. O tratamento de potros com diarreia é amplamente variado, dependendo da severidade dos sinais clínicos e dos transtornos fisiológicos apresentados. Em relação ao tratamento da diarréia do potro neonato, é CORRETO afirmar que

a) os objetivos do tratamento são especificamente relacionados ao suporte hemodinâmico, metabólico e nutricional.

b) o uso de bicarbonato de sódio é indicado para a correção da acidemia, que normalmente ocorre no potro diarréico, provocada pela hiperperfusão tecidual promovida pela ação das citocinas IL-1, IL-2 e TNF-α.

c) o uso de solução de glicose a 5% é a primeira linha de escolha para corrigir o desequilíbrio hídrico e eletrolítico e conferir suporte nutricional.

d) pela tendência à acidemia, soluções cristaloides como Ringer simples e Ringer lactato são mais apropriadas para tratamento do potro diarreico que solução de NaCl a 0,9%.

e) como a diarréia do potro neonato é de causa multifatorial, o uso de antibióticos, como o metronidazol, é opcional.

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10 | Conhecimentos Específicos » Medicina Veterinária - Perfil 02 » Código 75

25. A ulceração da mucosa gástrica representa a doença gastrointestinal mais importante do cavalo atleta, tanto pela prevalência quanto pelo impacto econômico, influenciado pelo baixo desempenho e pelos altos custos associados à medicação terapêutica e profilática. Em relação à úlcera gástrica equina, é CORRETO afirmar que

a) a história e os sinais clínicos de ulceração gástrica em cavalos adultos são frequentemente específicos, facilitando o seu diagnóstico clínico.

b) as protaglandinas, especialmente a PGE2, desempenham um papel fundamental na defesa da mucosa glandular, incluindo a promoção do fluxo sanguíneo eficaz da mucosa, o aumento de muco e da secreção de bicarbonato, apoiando a restituição de células epiteliais, e reduzindo a produção de ácidos.

c) dietas altamente proteicas, comumente utilizadas para potros recém-desmamados, predispõem à úlcera gástrica.

d) o sangramento gástrico decorrente de úlcera gástrica acarreta anemia moderada, por vezes, grave.

e) o uso de anti-inflamatório não esteroidal seletivo reduz os efeitos protetores da prostaglandina PGE2, predispondo os quadros de úlcera gástrica.

26. A duodenojejunite proximal é caracterizada por inflamação e edema do duodeno e do jejuno proximal, excessiva secreção de fluido e eletrólitos dentro do intestino delgado. Em relação a essa doença, é CORRETO afirmar que

a) o refluxo de grande volume de conteúdo enterogástrico de pH entre 1,5 e 3,0 é tipicamente observado na duodenojejunite proximal.

b) os principais diagnósticos diferenciais incluem obstrução simples ou estrangulamento do intestino delgado e úlcera gástrica.

c) os critérios utilizados para distinguir duodenojejunite proximal e lesões obstrutivas incluem grau de dor, presença de febre e alterações nos parâmetros hematológicos e do fluido abdominal.

d) cavalos com duodenojejunite proximal têm uma história de início de dor abdominal leve e intermitente, seguido por grau variado de depressão.

e) o desequilíbrio eletrolítico e a acidose metabólica que se instalam no animal acarretam bradicardia e bradipneia.

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Conhecimentos Específicos » Medicina Veterinária - Perfil 02 » Código 75 | 11

27. As compactações alimentares são as causas mais frequentes de síndrome cólica em equinos, especialmente a compactação alimentar dos grandes cólons. Em relação a esta doença, analise as afirmações a seguir.

I. A compactação alimentar dos grandes cólons ocorre em locais de redução no diâmetro luminal, como a flexura pélvica e o cólon dorsal direito.

II. Os sinais clínicos de compactação alimentar do cólon incluem lento aparecimento de cólicas leves que normalmente é bem controlada com analgésicos, mas se torna cada vez mais refratária se a compactação não for resolvida.

III. O diagnóstico de compactação alimentar é baseado na palpação de uma massa firme nos grandes cólons pelo reto.

IV. A cirurgia está indicada se a compactação continua sem resolução, a dor torna-se incontrolável, ou ocorre extensa distensão gasosa do cólon.

Estão CORRETAS as afirmativas:

a) I, II e III apenas.

b) I, III e IV apenas.

c) II, III e IV apenas.

d) I e III apenas.

e) I, II, III e IV.

28. A abordagem fundamental para diagnosticar doenças musculares em cavalos é baseada em uma história completa, um exame físico cuidadoso, um exame hematológico completo e um perfil bioquímico sérico. Em relação à bioquímica sérica do cavalo portador de miosite, é CORRETO afirmar que

a) a necrose muscular esquelética pode ser identificada determinando a atividade sérica de CK, ALT e LDH.

b) a CK é liberada no fluido extracelular horas após a injúria muscular ou após o aumento da permeabilidade da membrana celular, porém, sua utilidade diagnóstica é baixa por ter pouca especificidade muscular.

c) as elevações combinadas de CK e AST refletem relativamente mionecrose crônica ou inativa.

d) AST persistentemente elevada no soro sanguíneo indica que provavelmente a mionecrose está continuando.

e) a atividade sérica de AST elevada, acompanhada por atividade sérica decrescente ou normal de CK, indica que a mionecrose cessou.

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29. A laminite é uma doença complexa cujo sinal clínico mais visível é a inflamação das lâminas sensitivas do casco, resultando em grau variável de ruptura da interdigitação das lâminas primárias e secundárias epidérmicas e dérmicas. Em relação a essa afecção, analise as afirmativas a seguir.

I. As fases distintas da laminite são: a de desenvolvimento, que ocorre antes do aparecimento dos sinais clínicos de dor; a fase aguda, que se caracteriza pelo surgimento dos primeiros sinais de dor e claudicação; e a fase crônica, com evidências de separação laminar, que surge 72 horas após a fase aguda.

II. Dietas ricas em carboidratos, doenças toxêmicas, apoio excessivo do membro e problemas hormonais são fatores predisponentes à laminite.

III. A teoria isquêmica da laminite estabelece que a venoconstrição origina o aumento da resistência vascular e da pressão hidrostática capilar, o que força a saída de líquido dos capilares para o interstício, aumentando assim a pressão intersticial e a consequente necrose isquêmica.

IV. O exame radiográfico está indicado para diagnóstico da laminite aguda, uma vez que já se instalou rotação de falange.

Estão CORRETAS as afirmativas:

a) I, II e III apenas.

b) I, III e IV apenas.

c) II, III e IV apenas.

d) I e III apenas.

e) I, II, III e IV.

30. Treze por cento dos cavalos atletas sustentam lesões de tecidos moles suficientemente graves para exigir um período de descanso a cada ano, e os cavalos com maior risco são aqueles cuja carga de trabalho é cada vez maior. Em relação à tendinite equina, analise as afirmações a seguir.

I. Os tendões têm uma taxa de atividade metabólica lenta e requerem um período de 8 a 14 meses para retornar ao intervalo normal de resistência à tração após o dano.

II. O uso de bandagens compressivas no tratamento de tendinite é contraindicado, por diminuir o aporte de O2 para o tecido lesado.

III. Para promover ótima cura do tendão é recomendado repouso adequado seguido de aumentos graduais de exercícios físicos.

IV. O uso combinado de dexametasona e glicosaminoglicano em doses terapêuticas, de duas a três semanas, proporciona excelente recuperação da doença.

Destas afirmações, estão CORRETAS:

a) II e IV apenas.

b) I e III apenas.

c) I, II e III apenas.

d) I e IV apenas.

e) I, II, III e IV.

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31. Os sinais clínicos de ataxia e paresia, especialmente dos membros posteriores, atrofia muscular multifocal, atrofia do masseter e diminuição ou perda da sensibilidade no septo nasal, observados na mieloencefalite protozoárica, causada pelo Sarcocystis neurona, devem-se à lesão:

a) medular envolvendo principalmente neurônio motor inferior e lesão do nervo glossofaríngeo

b) medular envolvendo principalmente neurônio motor superior e lesão cerebelar.

c) encefálica e cerebelar.

d) medular envolvendo principalmente neurônio motor inferior e lesão dos ramos motor e sensitivos do nervo trigêmio.

e) medular envolvendo principalmente neurônio motor inferior e lesão do nervo facial.

32. O cavalo é um respirador nasal obrigatório e as afecções das vias aéreas superiores são importantes afecções respiratórias. Os sintomas apresentados por um cavalo com hemiplegia laríngea são

a) ruído expiratório e frêmito diafragmático.

b) ruído inspiratório e frêmito diafragmático.

c) ruído inspiratório e provável perda de performance.

d) ruído expiratório e provável perda de performance.

e) movimento de deglutição durante a corrida.

33. Os achados clínicos e laboratoriais que subsidiam o diagnóstico preliminar de pleuropneumonia em equinos são

a) respiração e tosse superficiais, pleurodinia, crepitação na ausculta pulmonar, febre, descarga nasal serosa, leucocitose com desvio à esquerda e valores normais para fibrinogênio.

b) taquipneia, tosse profunda e produtiva, sibilos evidentes por toda a área de ausculta pulmonar, febre, descarga nasal que pode ser mucossanguinolenta, leucocitose com desvio à esquerda e hiperfibrinogenemia.

c) respiração e tosse superficiais, pleurodinia, roçar de pleuras ou surdez em área ventral de ausculta pulmonar, febre, descarga nasal que pode ser mucossanguinolenta, leucopenia com desvio à esquerda degenerativo e hierfibrinogenemia.

d) hiperpneia, tosse profunda e produtiva, roçar de pleuras ou surdez em área ventral de ausculta pulmonar, febre, descarga nasal que pode ser mucossanguinolenta, leucopenia, anemia profunda e hiperproteinemia.

e) respiração e tosse superficiais, pleurodinia, roçar de pleuras ou surdez em área ventral de ausculta pulmonar, febre, descarga nasal que pode ser mucossanguinolenta, leucocitose com desvio à esquerda e hiperfibrinogenemia.

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34. As afecções cardiovasculares em equinos atletas são causadoras de baixo desempenho e morte súbita. Em relação às cardiopatias em cavalos, é CORRETO afirmar que

a) sopros patológicos são aqueles relacionados a alguma anormalidade cardíaca, sendo uma comunicação entre grandes vasos ou câmaras cardíacas, ou um problema valvular.

b) sopros fisiológicos são aqueles que normalmente ocorrem em cavalos pela ação do nervo vago.

c) bloqueio AV de segundo grau é bastante patológico para cavalos atletas.

d) sopros patológicos são aqueles observados quando um cavalo apresenta outra doença não cardíaca, como, por exemplo, cólica importante.

e) fibrilação atrial é caracterizada pelo aparecimento de inúmeras ondas T.

35. Um criador de bovinos de leite de alta produção procurou o hospital veterinário informando que, logo após o parto, várias vacas apresentaram tremores musculares, queda em decúbito esternal em posição de autoauscultação, vindo depois a apresentar decúbito lateral e óbito. Nos últimos dias, dois animais foram tratados com gluconato de cálcio IV apresentando melhora imediata, suspeitando-se de hipocalcemia pós-parto. Para prevenir a hipocalcemia pós-parto DEVE-SE aumentar

a) a quantidade de cálcio na dieta.

b) a quantidade de fósforo na dieta.

c) a quantidade de minerais aniônicos (enxofre) na dieta.

d) a quantidade de minerais catiônicos (potássio) na dieta.

e) a quantidade de vitamina D na dieta.

36. O controle da dor é um dos principais objetivos do tratamento da cólica equina. Entretanto o uso inadequado de fármacos com ação analgésica pode dificultar o diagnóstico de algumas condições (mascarando os sinais clínicos), além de predispor ao agravamento do quadro. Nesse contexto, a ordem de maior para a menor eficácia dos fármacos abaixo no controle da dor na cólica equina é

a) flunixim meglumine, butorfanol, xilazina e dipirona.

b) xilazina, flunixim meglumine, butorfanol e fenilbutazona.

c) butorfanol, flunixim meglumine, xilazina e fenilbutazona.

d) flunixim meglumine, butorfanol, dipirona e xilazina.

e) xilazina, butorfanol, flunixim meglumine e dipirona.

37. A distensão abdominal é uma condição frequente nos casos de cólica em potros, sendo a descompressão percutânea, uma importante abordagem terapêutica. Considerando sua relevância terapêutica, a forma mais adequada para a realização da tiflocentese em potros é

a) sob sedação, em posição quadrupedal com bloqueio anestésico local.

b) em posição quadrupedal com bloqueio anestésico local.

c) sob sedação, em decúbito lateral com bloqueio anestésico local.

d) sob anestesia geral, em decúbito dorsal.

e) sob sedação, em decúbito dorsal com bloqueio anestésico local.

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38. A celiotomia exploratória pela linha mediana ventral é a abordagem principal para o tratamento cirúrgico das cólicas em equinos. Durante este procedimento, diferentes segmentos do trato digestório podem ser exteriozados, permitindo a realização das manobras cirúrgicas requeridas. Levando em consideração as informações acima, é CORRETO afirmar que

a) ceco, colon descendente e duodeno são segmentos exteriorizáveis durante a exploração cirúrgica.

b) ceco, cólon ascendente e estômago são segmentos exteriorizáveis durante a exploração cirúrgica.

c) estômago, duodeno e jejuno são segmentos não exteriorizáveis durante a exploração cirúrgica.

d) estômago, duodeno e cólon transverso são segmentos não exteriorizáveis durante a exploração cirúrgica.

e) ceco, cólon ascendente e duodeno são segmentos exteriorizáveis durante a exploração cirúrgica.

39. Na urolitíase em pequenos ruminantes, os sinais clínicos de cólica moderada, depressão, desidratação, ausência de produção de urina e distensão abdominal ventral em formato de pêra, estão geralmente associados à obstrução

a) total de uretra na flexura sigmóide.

b) total de uretra seguida de ruptura uretral.

c) parcial de uretra.

d) total de uretra seguida de ruptura vesical.

e) total de uretra no apêndice vermiforme.

40. O deslocamento de abomasal à esquerda em bovinos é uma condição que afeta principalmente vacas leiteira de alta produção. Essa condição clínica pode se manifestar com sinais de dor abdominal intermitente, tendo como principal tratamento a abomasopexia e a omentopexia. Nesse contexto, NÃO é uma condição geralmente associada ao deslocamento de abomaso à esquerda:

a) a pneumonia.

b) a retenção de placenta.

c) a hipocalcemia.

d) o período pós-parto.

e) a dieta rica em grãos.

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41. A intussuscepção é uma das causas de cólica em bovinos podendo afetar diversas raças. Dor abdominal aguda e diminuição ou ausência de produção de fezes são sinais clínicos que podem ser encontrados nestas condições. Em relação à prevalência das intussuscepções em bovinos, analise as afirmações a seguir.

I. É mais comum em adultos do que em bezerros.

II. É mais comum em bezerros do que em adultos.

III. As formas mais comuns são jejuno-jejunais e jejuno-ileais, seguidas de colono-cólicas e íleo-cólicas.

IV. As formas mais comuns são jejuno-jejunais e jejuno-ileais, seguidas de íleo-cólicas e colono-cólicas.

V. As formas mais comuns são jejuno-jejunais e colono-cólicas, seguidas de jejuno-ileais e ileo-cólicas.

VI. As formas mais comuns são jejuno-jejunais e íleo-cólicas, seguidas de jejuno-ileais e colono-cólicas.

É CORRETO o que se afirma apenas em:

a) I e III.

b) I e IV.

c) II e V.

d) II e III.

e) II e IV.

42. O criptorquidismo se caracteriza pela falha na migração do testículo para a bolsa testicular. Animais criptorquidas devem ser descartados da reprodução e muitas vezes o acesso cirúrgico para retirada dos testículos é requerido antes do abate, principalmente em suínos. Considerando o criptorquidismo em suínos, analise as afirmações abaixo.

I. Em condições normais os dois testículos devem ser palpáveis ao nascimento.

II. Em condições normais os dois testículos devem ser palpáveis até os 30 dias após o nascimento.

III. O criptorquidismo é um defeito congênito raro e em geral o testículo acometido se localiza no anel inguinal.

IV. O criptorquidismo é um defeito congênito comum e em geral o testículo acometido se localiza no anel inguinal.

V. O criptorquidismo é um defeito congênito comum e em geral o testículo acometido se localiza na cavidade abdominal.

É CORRETO o que se afirma apenas em:

a) I e V.

b) II e III.

c) II e IV.

d) I e IV.

e) II e V.

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Conhecimentos Específicos » Medicina Veterinária - Perfil 02 » Código 75 | 17

43. A dentição do equino é do tipo hipsidonte com exposição gradual da coroa durante a vida do animal. O contato entre as faces oclusais dos dentes maxilares e mandibulares permite o desgaste progressivo da coroa, enquanto a ausência de contato oclusal de parte do dente irá predispor à

a) formação de arestas dentárias na face lingual dos dentes mandibulares e na face vestibular dos dentes maxilares; formação dos chamados “ganchos” no segundo pré-molar maxilar e no terceiro molar mandibular.

b) formação de arestas dentárias na face lingual dos dentes maxilares e na face vestibular dos dentes mandibulares; formação dos chamados “ganchos” no segundo pré-molar maxilar e no terceiro molar mandibular.

c) formação de arestas dentárias na face lingual dos dentes maxilares e na face vestibular dos dentes mandibulares; formação dos chamados “ganchos” no segundo pré-molar mandibular e no terceiro molar maxilar.

d) formação de arestas dentárias na face lingual dos dentes mandibulares e na face vestibular dos dentes maxilares; formação dos chamados “ganchos” no segundo pré-molar mandibular e no terceiro molar maxilar.

e) formação de arestas dentárias nas faces lingual e vestibular dos dentes maxilares; formação dos chamados “ganchos” no segundo pré-molar mandibular ou maxilar.

44. Uma das mais importantes complicações do pós-operatório de celiotomia exploratória em equinos é o íleo adinâmico, também conhecido como íleo paralítico. A despeito do termo íleo, esta condição pode acometer outros segmentos intestinais e é caracterizada pela ausência de motilidade intestinal, cursando frequentemente com distensão da alça. Nesse contexto, o fármaco que NÃO é indicado para o tratamento de íleo adinâmico em equinos é

a) a eritromicina.

b) a metroclopramida.

c) a lidocaína.

d) o betanecol.

e) a amicacina.

45. Um equino puro sangue inglês apresenta queda pronunciada de desempenho durante uma competição de turfe, produzindo um ruído respiratório audível durante o galope. Ao terminar a prova, foi oferecido água ao cavalo que se engasgou ao tentar ingeri-la. Considerando as informações citadas, o diagnóstico clínico mais provável é

a) hemorragia pulmonar induzida por exercício.

b) hemiplegia laringeana.

c) deslocamento dorsal de palato mole.

d) hematoma etimoidal.

e) hiperplasia folicular linfóide.

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46. A formação de tecido de granulação exuberante é uma complicação comum nas feridas em equinos, dificultando o processo de epitelização e aumentando o tempo de cicatrização da ferida. Nesse contexto, avalie as afirmações abaixo.

I. O tecido de granulação exuberante deve ser tratado com excisão cirúrgica e bandagem compressiva

II. O tecido de granulação exuberante deve ser tratado com o uso de antissépticos irritantes

III. A habronemose cutânea é causada pela migração errática de larvas de Habronema muscae que estimulam a formação de tecido de granulação exuberante

IV. A pitiose cutânea é causada pelo Pythium vulgaris e está associada à formação de tecido de granulação exuberante com presença de áreas de necrose e secreção viscosa

É CORRETO o que se afirma em:

a) I e III apenas.

b) I e IV apenas.

c) II e III apenas.

d) I e II apenas.

e) I, II, III e IV.

47. O exame de palpação transretal faz parte da avaliação do cavalo com cólica e do processo de decisão quanto ao tratamento médico ou cirúrgico destas condições. O treinamento prévio do examinador e a contenção adequada do animal são aspectos importantes na realização deste exame. Neste contexto, a estrutura anatômica que NÃO é palpável ao exame transretal em um equino normal é

a) a flexura pélvica.

b) o intestino delgado.

c) o baço.

d) o rim esquerdo.

e) o ceco.

48. A enfermidade do navicular, também conhecida como Doença do Navicular, é uma importante causa de claudicação em equinos. Esta enfermidade pode se manifestar de forma intermitente e bilateralmente. O bloqueio anestésico é uma das principais ferramentas utilizadas no diagnóstico dessa enfermidade. Nesse contexto, para o diagnóstico da enfermidade do navicular em equinos NÃO se realiza o bloqueio

a) digital palmar.

b) sesamóide abaxial.

c) da articulação interfalangeana distal.

d) da bursa do sesamóide distal.

e) dos quatro pontos baixos.

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49. O tratamento inicial de fraturas em grandes animais deve ser realizado no campo, antes do transporte do animal para o centro de referência. Consiste, entre outras medidas, na estabilização do foco de fratura para evitar traumas ao tecido mole adjacente. A coaptação externa com bandagem compressiva e tala de cano de PVC é a técnica mais utilizada, sendo contraindicada nos casos de

a) fratura de terço médio de metatarso.

b) fratura de falange proximal.

c) fratura de terço distal de rádio.

d) fratura do terço proximal do metacarpo.

e) fratura do terço proximal de úmero.

50. As deformidades flexurais fazem parte de um grupo de afecções conhecidas como doenças ortopédicas do desenvolvimento. Podem ser congênitas ou adquiridas, afetando diferentes regiões dos membros do equino. Nesse contexto, o tratamento mais adequado para um potro quarto de milha, de um ano de idade, que apresenta contratura flexora da articulação interfalangeana distal grau I é

a) a extensão da pinça do casco para prevenir seu desgaste excessivo, associada à desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor superficial dos dedos.

b) a extensão do talão do casco para prevenir seu desgaste excessivo, associada à desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor profundo dos dedos.

c) a extensão da pinça do casco para prevenir seu desgaste excessivo, associada à desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor profundo dos dedos.

d) a extensão do talão do casco para prevenir seu desgaste excessivo, associada à desmotomia do ligamento acessório do tendão flexor superficial dos dedos.

e) a extensão de talão do casco para prevenir seu desgaste excessivo, associada à desmotomia do ligamento músculo interósseo.