cbeih: relatório de campo 2011 (são simão)

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Relatório de campo São Simão (MG/GO/MS) 2011 GT343 Controle do Mexilhão Dourado: Bioengenharia e novos materiais para aplicações em ecossistemas e usinas hidrelétricas, realizado em Julho de 2011

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Este documento constitui o relatório técnico da primeira e segunda campanhas de campo, referentes ao Projeto “GT343 – Controle do Mexilhão Dourado: Bioengenharia e novos materiais para aplicações em ecossistemas e usinas hidrelétricas”, realizadas no mês

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Page 1: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

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Relatório de campoSão Simão (MG/GO/MS)

2011GT343Controle do Mexilhão Dourado:Bioengenharia e novos materiais para aplicações em ecossistemas e usinas hidrelétricas, realizado em Julho de 2011

Page 2: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

(PÁGINA DEIXADA EM BRANCO INTENCIONALMENTE)

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SÃO SIMÃO (MG/GO/MS) 2011

BELO HORIZONTE, 25 DE OUTUBRO DE 2011

Este documento constitui o relatório técnico da primeira e segunda campanhas de campo, referentes ao Projeto “GT343 – Controle do Mexilhão Dourado: Bioengenharia e novos materiais para aplicações em ecossistemas e usinas hidrelétricas”, realizadas no mês de Julho de 2011. Nele, constam a descrição da metodologia adotada para o estudo, incluindo o detalhamento da rede de amostragem, métodos de coleta, foto documentação dos procedimentos de coleta e resultados físico-químicos.

RELATÓRIO DE CAMPO

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Page 5: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

ÍNDICE

5

2528

29

30

32

Rede de Amostragem

Critérios para o estabelecimento

da rede

Caracterização da Rede Amostral

Resultado físico-químico dos

Parâmetros medidos em laboratório

Resultado físico-químico das

medidas in loco

RESULTADOSPARCIAIS05.

1723

Coleta de adultos para cultivoAdequação do laboratório para

recebimento de amostras biológicas

REDE DEAMOSTRAGEM04.

10

1212

12

12

13

Método de Coleta

Parâmetros biológicosZooplancton

Fitoplancton

Zoobentos

Parâmetros físico-químicos

COLETA DEMEXILHÕES03.COLETA DE

PARÂMETROS02.06

09

Centro de Bioengenharia de

Espécies Invasoras de Hidrelétricas

Apresentação do Projeto

Objetivos

APRESENTAÇÃOE OBJETIVOS01.

Page 6: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Através de uma rede que conecta empresas

e o governo, sob a liderança da Cemig,

o Centro de Bioengenharia de Espécies

Invasoras de Hidrelétricas busca soluções para

amenizar os impactos ecológicos, industriais e

econômicos causados por espécies invasoras. A

proliferação descontrolada destes organismos

acaba eliminando outras espécies nativas

e comprometendo atividades humanas que

dependem de recursos naturais, como agricultura,

pecuária e geração de energia hidrelétrica.

Por que o CBEIH foi criado?

A proliferação descontrolada destes organismos

acaba eliminando outras espécies nativas e com-

prometendo atividades humanas que dependem

de recursos naturais, como agricultura, pecuária e

geração de energia hidrelétrica.

Como o CBEIH funciona?

Atuando nas frentes de Bioengenharia, Modela-

mento e Educação Ambiental, o CBEIH tem por

objetivo amenizar e combater os impactos eco-

lógicos, industriais e econômicos causados por

espécies invasoras.

Quem são os parceiros do CBEIH?

O CBEIH é o resultado de uma união entre o CETEC

e a Cemig, com a gestão financeira da Fundep.

Endereço:Av. José Cândido da Silveira, 2000 Horto - Belo Horizonte (MG)

Web:www.cbeih.org / [email protected]

CENTRO DE BIOENGENHARIA DE ESPÉCIES

INVASORAS DE HIDRELÉTRICAS (CBEIH)

APRESENTAÇÃOE OBJETIVOS01.

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Page 7: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Fig. 1

Diagrama das áreas de atuação do CBEIH. Para saber mais, acesse www.cbeih.org.

Fig.2

Mexilhão Dourado (Limnoperna fortunei) aderido ao substrato natural.

Esta espécie de molusco bivalve é invasora nos ecossistemas brasileiros e é causador de di-

versos problemas de ordem ecológica, econômica e social e tornou-se especialmente danoso

para o funcionamento das hidrelétricas.

2

1

espaços e estruturas

ações

atividades do cbeih

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APRESENTAÇÃOE OBJETIVOS01.

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2

Fig. 1

Píer da represa de São Simão.

Fig. 2

Paliteiro na área inundada do Rio Paranaíba.

São objetivos desta etapa:

Realizar um diagnóstico atual sobre a ocorrência da espécie invasora na região de interesse em termos de suas

densidades populacionais e sua distribuição espacial. Acompanhar o processo de invasão e sua proximidade em

relação à usina de São Simão;

Estabelecer as ações básicas necessárias para a prevenção e o controle da ocorrência da espécie nas instalações

da usina;

Disponibilizar ferramentas voltadas para a educação ambiental e mobilização social visando a prevenção e

minimização da expansão da espécie;

Fazer um levantamento das características físico-químicas e hidrobiológicas dos ambientes colonizados pela

espécie, que servirão de base para a criação de modelos preditivos de distribuição da espécie.

OBJETIVOS

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Page 10: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

As coletas levaram em consideração os procedimentos de desinfecção dos equipamentos de campo de modo a

evitar a disseminação da espécie invasora para sítios ainda não infestados. O roteiro de amostragem iniciou-se

partindo dos ambientes com menor risco de invasão para os de maior grau de suceptibilidade, ou já colonizados.

Nas situações de coleta de água bruta e de amostras a fresco os técnicos dos laboratórios responsáveis pela

execução das amostras foram orientados a tomarem as devidas medidas de desinfecção das águas antes do

descarte, segundo normas de biossegurança propostas na literatura (Campos et al. 2003).

COLETA DEPARÂMETROS02.

MÉTODO DE COLETA

1

Fig. 1 e 2

Mexilhão aderido ao substrato natural.

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PARÂMETROS BIOLÓGICOS

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Fig. 1

Fixação de amostras de fitoplâncton.

Fig. 2

Análise físico-química in sittu.

ZOOPLÂNCTON

A coleta da forma larval planctônica da espécie foi re-

alizada por meio de filtragem em rede de poro 20µ,

através de arrastos verticais e horizontais. Os arra-

stos foram realizados na sub-superfície da coluna

d’água, sendo que os arrastos verticais foram realiza-

dos na calha central do rio, e os arrastos horizontais

em uma das margens durante 2 minutos. As amostras

foram preservadas com uma solução de Formol a 4%

na proporção de 1:1. Todas as amostras foram devi-

damente etiquetadas e enviadas ao laboratório para

posterior análise.

FITOPLÂNCTON

Para a análise do fitoplancton e cianobactérias,

as amostras de um litro foram tomadas na sub-su-

perfície por meio de uma jarra com diâmetro supe-

rior a 10 cm. Todas as amostras foram armazenadas

em frascos de polietileno devidamente identificados e

fixadas com 5ml de soluçao de lugol acético.

ZOOBENTOS

Para as investigações da presença de pós – larvas e

adultos foram adotados os seguintes procedimentos :

Inspeção visual: vistoria ao longo da extensão do

sítio amostral nos substratos propícios à colonização

dos moluscos adultos.

Raspagem de substratots naturais e artificiais: foi

realizada remoção mecânica, com auxílio de espátulas

e escovas, do material aderido em bóias de navegação

e em substratos naturais nas estações onde não ha-

viam essas bóias. Após as coletas, as amostras foram

fixadas com formol 10%, acondicionadas em sacos

plásticos e encaminhadas ao laboratório para análise.

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Page 13: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS

Em paralelo às coletas biológicas, foram feitas determinações instantâneas e a posteriori, de algumas

variáveis consideradas de maior relevância para a ocorrência da espécie.

As medidas instantâneas das variáveis, tempera-

tura, oxigênio dissolvido, pH, condutividade elé-

trica e nitrato, foram realizadas através da sonda

multi-parâmetros modelo “Proffesional Plus” da

marca YSI. As amostras de clorofila a, cálcio dis-

solvido, sólidos suspensos totais e amônia, foram

coletadas, refrigeradas e enviadas ao laboratório

para análise em até 24 horas.

As amostras de água para a análise dos parâme-

tros físico-químicos foram de superfície, cole-

tadas a 20 cm da lâmina d’água. Os métodos de

coleta, preservação, armazenamento e análise

seguiram as normas da Associação Brasileira de

Normas Técnicas – ABNT e do “Standard Metho-

ds for the Examination of Water and Wastewa-

ter”, última edição.

2

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Page 14: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Fig. 1

Pesquisadores fazendo coleta em biobox.

Fig.2

Interior da Hidrelétrica de São Simão.

Fig. 3

Biobox instalado dentro da Usina de São

Simão.

Fig.4

Pesquisadores chegando à Usina Hidrelétrica

de São Simão para efetuarem a coleta.

21

3

COLETA DEPARÂMETROS02.

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1

COLETA DEMEXILHÕES03.

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Foram coletados adultos de Mexilhão Dourado para

cultivo em laboratório controlado. Os adultos foram

retirados de substratos naturais e artificiais na última

estação de amostragem, a fim de evitar risco de con-

taminação em outras estações. Os indivíduos foram

coletados manualmente, retirando as estruturas de

bisso, sem comprometer as estruturas vitais dos orga-

nismos e buscando garantir o máximo de integridade

dos mesmos. Os indivíduos coletados foram colocados

em frascos plásticos e em transportadores de isca

viva aerados. Estes recipientes foram colocados em

caixa térmica devidamente lacrada e transportados

diretamente para o laboratório de cultivo do Mexilhão

Dourado do CETEC, seguindo as devidas recomen-

dações de biossegurança para transporte e cultivo do

Mexilhão Dourado (Campos et al. 2003).

O mexilhão-dourado é hoje um problema real,

tanto nas comunidades ribeirinhas afetadas

quanto nas grandes usinas hidrelétricas. A

eficiência reprodutiva somada à extraordinária

capacidade de fixação permite que essa espécia

forme grandes aglomerados incrustados,

afundando redes de pesca, obstruindo canais de

irrigação, sistemas de resfriamento de motores

industriais e navais, turbinas de hidrelétricas e

qualquer outro sistema q necessite da circulação

de pagua retirarda dos rios, lagos e represas

habitados por esse organismo.

As larvas do mexilhão dourado são

microscópicas e os indivíduos adultos podem

chegar a 3,5cm.

COLETA DE MEXILHÕES PARA CULTIVO

Fig. 1

Vistoria no casco de embarcações. Em algumas delas

foram encontrados exemplares de Limnoperna fortunei.

Fig. 2

Exemplares de Limnoperna fortunei.

2

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Page 18: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Fig. 1

Detalhe da ponte com mexilhões aderidos.

Fig.2

Mexilhões encontrados durante as campanhas

de campo 2011.

Fig. 3

Ponte em Porto Alencastro na divisa de Minas

Gerais e Mato Grosso do Sul

Fig.4

Final da hidrovia Paraná/Tietê.

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3

COLETA DEMEXILHÕES03.

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1

2

Fig. 1

Tanque rede sendo retirado para limpeza dos

mexilhões aderidos.

Fig.2

Raspagem de bóias de navegação para coleta

de mexilhões adultos.

Fig.3

Mexilhões aderidos ao substrato natural.

COLETA DEMEXILHÕES03.

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Page 21: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

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Page 22: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Fig. 1

Aparelhagem de microscopia para análise de

amostras.

Fig.2

Alimentação dos Mexilhões por técnico de

laboratório capacitada.

Fig. 3

Aquários de cultivo da espécie.

Fig.4

Projeto arquitetônico do laboratório.

2

1

3

COLETA DEMEXILHÕES03.

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Page 23: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

uma inspeção minuciosa a fim de garantir que suas

estruturas atendiam as condições de biossegurança

necessárias.

Todos os ralos foram devidamente vedados, para

evitar contato da água do laboratório com a rede

pluvial do CETEC. As caixas d’água, utilizadas para

armazenar as águas durante o processo de desin-

fecção, foram substituídas por caixas novas, devido a

rachaduras presentes nas caixas antigas. Os aquários

de cultivo foram revitalizados, novas bancadas foram

instaladas, e todo o laboratório foi pintado. Essas

medidas devem garantir ambiente de qualidade para

sobrevivência e desenvolvimento dos organimos em

cultivo, e ao mesmo tempo garantir que não haja

riscos de contaminação fora do laboratório.

O cultivo da espécie em laboratório é fundamental

para a realização de experimentos controlados, que

contribuem para o entendimento da auto-ecologia do

organismo. Conseqüentemente, estes conhecimentos

são utilizados como ferramenta para modelagem de

distribuição da espécie, bem como no desenvolvi-

mento de medidas de combate e controle da mesma.

Devido ao fato da espécie Limnoperna fortunei não

ocorrer na cidade de Belo Horizonte, medidas de

biossegurança laboratoriais são necessárias, a fim

de evitar a contaminação em bacias naturais, pelos

organismos mantidos em cultivo. O laboratório de

cultivo do mexilhão, que já havia sido utilizado para

cultivo da espécie em projetos anteriores foi devi-

damente reformado e revitalizado, passando por

ADEQUAÇÃO DO LABORATÓRIO PARA

RECEBIMENTO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS

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REDE DEAMOSTRAGEM04.

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Região próxima ao reservatório da Usina Hidrelétrica de São Simão

A rede de amostragem foi proposta a partir da análise cartográfica devidamente avaliada e

redimensionada durante o reconhecimento de campo, no qual foram visitadas e percorridas as

respectivas áreas de influência a montante e a jusante da usina de São Simão. As estações foram

demarcadas com auxílio de mapas e imagens de satélite.

REDE DE AMOSTRAGEM

barramento da usina, e seus tributários, Aporé, e

Barreiro, da margem direita e São Domingos da

margem esquerda. O estabelecimento desta rede

teve o intuito de obter informações relevantes

sobre a espécie em sua rota de invasão, tais como,

o detalhamento da distribuição espacial ao longo

do rio Paranaíba, as densidades médias populacio-

nais, o estabelecimento da espécie nos tributários

do Paranaíba e o avanço da espécie em áreas

ainda não infestadas.

Em todas as estações realizou-se a localização

precisa com obtenção das coordenadas geográfi-

cas dos pontos (latitude, longitude obtidas por

meio de GPS modelo MAP 62 SX marca GAR-

MIM), efetuou-se a documentação fotográfica e

a caracterização física dos habitats por meio do

preenchimento de fichas de campo.

A rede de amostragem é composta de 14 estações

amostrais, que inclui os rios Paranaíba, dentro

do reservatório de São Simão e à jusante do

Fig. 1

Vistoria no casco de embarcações. Em algumas delas

foram encontrados exemplares de Limnoperna fortunei.

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1

2

Fig. 1

Colonização de mexilhões em substratos

naturais.

Fig.2

Mexilhões aderidos a outros animais.

Fig.3

Coleta nas bóias de navegação.

REDE DEAMOSTRAGEM04.

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Page 28: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

1

REDE DEAMOSTRAGEM04.

Fig. 1

Rede Amostral

CRITÉRIOS PARA O ESTABELECIMENTO DA REDE

Características hidrológicas

Grau de antropização das áreas, representado por atividades de lazer, entre as quais pesca e

tráfego de embarcações;

Disponibilidade de substratos colonizáveis;

Características granulométricas dos sedimentos;

Características da vegetação ciliar;

Ocorrência de vegetação aquática;

Influência dos tributários;

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Page 29: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Estação BaciaData da

Amostragem Latitude Longitude Descrição

AP01 Rio Aporé 28/07/11 19,438889 50,971111

BA01 Rio Barreiro 28/07/11 19,606389 51,087778

C001 Rio Corrente 27/02/11 19,306944 50,851667

PB01 Rio Paranaíba 26/07/11 19,119722 50,571111

PB02 Rio Paranaíba 26/07/11 19,132222 50,655833

PB03 Rio Paranaíba 27/07/11 19,189444 50,736944

PB04 Rio Paranaíba 27/07/11 19,277500 50,805000

PB05 Rio Paranaíba 28/07/11 19,472222 50,910556

PB06 Rio Paranaíba 28/07/11 19,588611 50,980000

PB07 Rio Paranaíba 28/07/11 19,655833 51,083889

R1 Rio Paranaíba 26/07/11 18,913611 50,473611

R2 Rio Paranaíba 26/07/11 18,980833 50,524444

R3 Rio Paranaíba 26/07/11 19,01802 50,4977

SD01 Rio São Domingos 27/07/11 19,215000 50,726667

5 Km a montante da confluência com o rio Paranaíba

10 Km a montante da confluência com o rio Paranaíba

Imediatamente à montante da confluência com o rio Paranaíba

À montante da confluência com o rio Claro

Imediatamente à jusante da confluência com o rio Claro

Jusante da confluência com rio Verde – Bóia de navegação 84

Jusante da confluência com o rio São Domingos – Bóia de navegação 80

Jusante da confluência com o rio Corrente – Bóia de navegação 48

Jusante da confluência com o rio Aporé – Bóia de navegação 43

Jusante da confluência com rio Barreiro – Bóia de navegação 30

Corpo do reservatório de São Simão, a jusante do rio Alegre

Corpo do reservatório de São Simão, na praia do reservatório

Dentro da usina de São Simão - BIOBOX

Imediatamente a montante da confluência com rio Paranaíba

CARACTERIZAÇÃO DAS ESTAÇÕES AMOSTRAIS

Para caracterizar as condições ambientais dos trechos estudados, foram preenchidas fichas de campo que buscaram

avaliar um conjunto de parâmetros (evidências de alterações antrópicas, presença de erosão e atividades próximas

às margens, extensão de mata ciliar, tipo de fundo, vazão da água, presença de vegetação ripária, sombreamento,

etc.). A descrição detalhada do ambiente permite estabelecer correlação com a comunidade de organismos

identificada naquele local, e determinar sua influência na qualidade da água. Essas informações conjuntamente

com os dados físico-químicos e hidrobiológicos, são importantes para entender o habitat preferencial do Mexilhão

Dourado, e assim auxiliar na construção de mapas preditivos de ocorrência da espécie.

LOCALIZAÇÃO E DESCRIÇÃO DAS ESTAÇÕES DE AMOSTRAGEM

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Page 30: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

RESULTADOSPARCIAIS05.

RESULTADOS FÍSICO-QUÍMICOS

MEDIDAS EM LABORATÓRIO

Os valores observados de clorofila a, sólidos totais dissolvidos, cálcio dissolvido e magnésio,

foram baixos para todas as estações. Todos estão em conformidade legal estabelecida pela

Resolução CONAMA 357/05.

1

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Page 31: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

RESULTADO FÍSICO-QUÍMICO DOS PARÂMETROS MEDIDOS EM LABORATÓRIO

Estação Clorofila a Sólidos Totais Dissolvidos Cálcio Dissolvido Magnésio

mg/Lmg/m3 mg/L mg/L

AP01 3,2 104 2,916 1,057

BA01 11,48 65 5,65 3,32

C001 6,94 27 2,142 0,665

PB01 2,14 34 3,921 1,735

PB02 3,38 40 3,974 1,771

PB03 1,78 39 3,728 1,64

PB04 4,45 33 3,579 1,598

PB05 4,98 53 6,26 2,192

PB06 1,42 46 3,713 1,624

PB07 1,6 37 3,707 1,652

R1 4,63 49 3,498 1,553

R2 5,34 69 3,408 1,583

SD01 7,74 91 14,23 5,95

Paranaíba e seus tributários no trecho em estudo,

apresentam características físico-químicas pareci-

das, estando todos os parâmetros avaliados dentro

dos limites de tolerância para sobrevivência do

mexilhão dourado.

Chama-se atenção apenas para os maiores valores

de cálcio dissolvido e Magnésio, observados na

estação SD01, provavelmente influenciados pelas

plantações de margem discutidas anteriormente.

Destaca-se que em geral, todas as estações, no rio

Fig. 1

Coleta de água de superfície para análises in

loco e em laboratôrio.

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Page 32: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

RESULTADOSPARCIAIS05.

MEDIDAS IN LOCO

Os resultados foram bastante homogêneos entre as estações, destacando-se apenas algumas

variações observadas para a estação SD01, localizada no rio São Domingos. O rio São Domingos no

trecho estudado, corre próximo à canaviais, e outras plantações agrícolas. Estas plantações podem

estar contribuindo com aporte de alguns suplementos agrícolas, e que conferiram maiores valores de

pH, condutividade elétrica, cálcio dissolvido e Magnésio às águas deste tributário.

1

32

Page 33: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

RESULTADO FÍSICO-QUÍMICO DOS PARÂMETROS MEDIDOS IN LOCO

Estação pH OD Condutividade Temp. Água Nitrato

mg/L µS/cm °C mg/L

AP01 7,71 6,44 28,8 23,2 0,77

BA01 7,83 7,2 61,6 22,6 0,32

C001 7,45 7,94 17,9 22,6 0,64

PB01 7,66 7,01 45,4 23 0,97

PB02 7,64 7,28 44,9 22,9 1,09

PB03 7,06 7,43 44,6 22,8 1,90

PB04 7,53 6,97 41,6 22,8 1,07

PB05 7,84 7,34 41,8 22,7 0,74

PB06 7,66 7,16 42,1 23 0,69

PB07 7,71 7,88 42,4 23,3 0,42

R1 7,45 7,52 43,3 22,5 0,83

R2 7,87 6,85 42,6 23 1,43

SD01 8,21 7,48 127,7 22,2 1,88

estudado, assim como de seus tributários não apre-

sentam altos teores de nutrientes.

A condutividade elétrica em todas as estações foi

baixa, o que reflete baixa quantidade de minerais

nas águas. O valor de 127,7μS/cm foi uma exceção,

observada na estação SD01, localizada no rio São

Domingos. Nesta estação, a condutividade elétrica

foi maior que as demais e oscilavam entre 17,9 e

61,6 μS/cm. Esta diferença está relacionada prova-

velmente ao aporte de nutrientes das plantações de

margem, como discutido anteriormente, no entanto,

este valor não é considerado alto.

O pH entre as estações oscilou de 7,06 e 8,21, es-

tando próximos aos valores de neutralidade e mais

Básico na estação SD01. Observou-se pH dentro

dos limites de tolerância da espécie em todas as

estações. A temperatura da água superficial, oscilou

de 22,2°C a 23,3°C. As águas são bem oxigenadas,

estando acima de 6,85mg/L em todas as estações,

dentro portanto dos limites de tolerância da espécie

e também acima do limite minimo estabelecido pela

Resolução CONAMA 357/05 para esta classe de rio.

O Nitrato foi baixo em todas as estações, demons-

trando que as águas do rio Paranaíba no trecho

Fig. 1

Análise físico-química in sittu com sonda.

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Page 34: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Centro de Bioengenharia de Espécies

Invasoras de Hidrelétricas | CBEIH.org

Equipe CBEIH

Produção

Endereço

Av. José Cândido da Silveira, 2000

Horto - Belo Horizonte (MG)

Telefone: +55 31 3489 2320

Web: www.cbeih.org / [email protected]

Coordenador

Antônio Valadão Cardoso

Pesquisadores

Antônio Valadão Cardoso

Arthur Corrêa de Almeida

Fabiano Alcísio e Silva

Gabriela Rabelo Andrade

Hélen Regina Mota

Hernan Roberto Espinoza Riera

Mônica de Cássia Souza Campos

Bolsistas de Iniciação Científica

André Felipe Alves de Andrade

Graziele Nogueira de Jesus

João Locke Ferreira de araújo

Leonardo Ruas Penaforte

Newton Gontijo Sampaio

Renata Barbosa Figueira

Roberto Vidal Coutinho Lopes

Thabata Virgínia Loiola Azevedo

Vinícius Rezende Carvalho

Vinicius Sergio Rodrigues Diniz

Técnico de Laboratório

Kelly Carneiro de Souza Lima

Design Gráfico: Gabriela Rabelo Andrade

Redação: Fabiano Alcísio e Silva

Data: Outubro de 2011

CRÉDITOS

Page 35: CBEIH: Relatório de Campo 2011 (São Simão)

Usina Hidrelétrica de São Simão

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Relatório de campo 2011

GT343: Controle do Mexilhão Dourado:

Bioengenharia e novos materiais para aplicações em

ecossistemas e usinas hidrelétricas, realizado em

Julho de 2011.

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