catálogo - 11º festival de dança de londrina

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O 11º Festival de Dança de Londrina aconteceu de 4 a 13 de outubro de 2013. www.festivaldedancadelondrina.art.br

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Imagine uma cidade em suspensão

Onde homens e mulheres levantam-se na ponta dos pés

E alçam voo na direção de um sonho improvável:

Estilhaçar o cotidiano para habitar o espaço poético

Fora do tempo

Longe da gravidade

Próximo da beleza.

Imagine que a Dança existe.

E que ela é capaz de transformar uma cidade.

da arte de ser forteAve Odin!, 4

A Eternidade de Augusto Omolú, 8

O sempre novo Festival deDança de Londrina, 9

OFICINASBalé Clássico, 11Dança Contemporânea, 11Dança Negra Contemporânea, 12Dança de Rua, 12Dança Flamenca, 13Dança Aérea Contemporânea, 13

Programação, 14

MESA REDONDA“Políticas Públicas para a Cultura”, 16

MASTER CLASS“Pensar por Ações”, 16

ESPETÁCULOSTempo Suspenso, 17

Dança Londrina, 18

Almanaque Conta Bom Crioulo, 18

Azul Infinito, 19

Link, 20

Não me toque, estou cheia de lágrimas - Sensações de Clarice Lispector, 21

Sobre um Paroquiano, 22

Ave Maria, 23

El General, 24

Túnel do Tempo, 24

Un ange passe-passe ou entre les lignes il y a un monde, 25

Las Cuatro Esquinas, 26

Pas de Deux “Diana e Acteon”, 27

A Sagração da Primavera, 28

Suite “Dom Quixote, 29

Arte Sem Tempo, 30

3

De 4 a 13 de outubro, uma edição emblemática do Festival de Dança movimenta Londrina

e a conecta ao mundo. A proposta de 2013 é consolidar duas características do evento: a

diversidade da programação, com espetáculos que valorizam o diálogo entre as artes a partir

da dança, e a intensa grade de atividades formativas.

Para 2013, estão previstas mais de 20 atrações entre montagens de palco e de rua, cursos,

oficinas e mesas de debate. A grande surpresa é a presença do consagrado Odin Teatret (Dinamarca), além da Cia Dancenema (Portugal) e a Cie À Fleur de Peau (França). O Festival

também oferece um panorama da produção brasileira, com a participação de coreógrafos e

grupos vindos de estados como São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco

“Nosso critério é, sobretudo, a qualidade das montagens e o potencial das obras de despertarem

reflexões no público. Apesar das limitações financeiras e de espaço, procuramos fazer do

Festival um período vigoroso de transformações, de efervescência estética, de trocas”. Palavras

de Danieli Pereira, coordenadora geral do evento.

Em mais um ano sem o Teatro Ouro Verde, a maior parte das apresentações acontece no Circo

Funcart. Além deste palco, o Festival também ocupa espaços abertos como prédios históricos e

o Zerão. A criatividade, a paixão pela arte e o desejo de evidenciar a sua potência revolucionária,

transformadora, são motores que mobilizam a superação de dificuldades.

A plena leveza, afinal, só é atingida com o maior esforço – disso sabem os que se arriscam na

dança. Assim foi, é e será a história e o devir do Festival.

Vamos a ele. E além dele.

da arte de ser fortepara poder ser leve

4 5

Ave,Odin!

Eugenio Barba e Julia Varley trazem ao Festival de Dança de Londrina o conhecimento e a tradição do Odin Teatret. Em entrevista exclusiva ao Festival, os dois artistas falam

sobre a relação com Londrina e sobre a interface entre teatro e dança

Por Renato Forin Jr.

Fiora

Bemp

orad

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Prestes a completar meio século de uma trajetória revolucionária, o Odin Teatret se mantém, a um só tempo, como um dos máximos representantes da vanguarda e da tradição nas artes cênicas do mundo. O Festival de Dança de Londrina tem a honra de receber, em sua 11ª edição, o diretor Eugenio Barba e a atriz Julia Varley, do lendário grupo dinamarquês.

Julia apresenta o solo “Ave Maria”, espetáculo de singular delicadeza sobre o sentimento de solidão na hora da morte. A montagem é uma espécie de cerimônia em homenagem à atriz chilena María Cánepa (1921-2006), amiga do grupo desde o final da década de 80. Para Varley, ela “soube deixar um rastro após sua partida”. Em “Ave Maria”, quem celebra a fantasia criativa de Cánepa é a própria Morte ou Mr. Peanut – uma grande e elegante caveira que há décadas acompanha Varley. Uma espécie de alter-ego da atriz.

“Ave Maria” chega a Londrina quatro meses após o falecimento do ator-bailarino Augusto Omolú, assassinado de maneira brutal na Bahia em junho - um crime que chocou o mundo. Omolú colaborava com o Odin Teatret como artista e mestre da ISTA (International School of Theatre Anthropology) desde 1994. A parceria do brasileiro com o grupo dinamarquês começou justamente em Londrina naquele ano, quando foi realizada a primeira edição da escola de antropologia fora da Europa, na cidade paranaense.

Segundo Julia Varley, “Ave Maria” tem relação com o momento. O espetáculo faz uma homenagem reverente aos que partiram e deixaram um rastro de luz no mundo, como é o caso de Augusto. “Continuar o nosso trabalho é também uma forma de honrar as pessoas que tem significado tanto na nossa historia e de fazer uma pequena ação para que possam, de alguma forma, continuar vivendo e encontrando espectadores”, explica a atriz.

Durante o Festival, o Odin também realiza uma atividade formativa dentro da programação didática. Trata-se da master class “Pensar por Ações”, em que os dois artistas expõem um pouco do treinamento e do ideário do grupo. Uma oportunidade para estudantes, profissionais ligados às artes

“Continuar o nosso trabalho é também

uma forma de honrar as pessoas que

tem significado tanto na nossa história

e de fazer uma pequena ação para que

possam, de alguma forma, continuar

vivendo e encontrando espectadores”

Julia Varley

Fiora

Bemp

orad

6 7

Rina S

keel

cênicas e para o público em geral “aprender a aprender” – premissa básica difundida por Barba.

“Vai ser um momento luminoso para o Festival. A prática e a teoria desenvolvidas pelo Odin são bases fundamentais para se pensar a presença de bailarinos e atores em cena e para o rompimento das barreiras entre as artes”, explica Danieli Pereira. A esse propósito, Eugenio Barba destaca que “a distinção rígida entre o teatro e a dança, característica da nossa cultura, revela uma profunda ferida, um vazio na tradição que continuamente ocasiona o risco de atrair o ator para o silêncio do corpo e o bailarino para o virtuosismo”.

São preceitos da chamada Antropologia Teatral, linha desenvolvida por Eugenio e pelo Odin desde a fundação do grupo, em 1964. O diretor, que possui 21 livros publicados e traduzidos, percorreu as mais variadas culturas do globo investigando diferentes comportamentos do homem em estado de representação.

A seguir, entrevista concedida por Eugenio Barba e Julia Varley à assessoria de imprensa do Festival de Dança de Londrina:

Festival: O senhor destaca que a separação entre dança e teatro em nossa cultura acaba por demarcar a diferença entre atores que silenciam o corpo e bailarinos preocupados com o virtuosismo. Como a Antropologia Teatral busca fundir essas duas artes?

Eugenio Barba: A Antropologia Teatral indica alguns princípios técnicos que bailarinos e atores utilizam conscientemente para construir sua presença cênica, que é o nível mais básico para estabelecer a relação com os espectadores. No entanto, essa presença não é expressão. Para chegar ao nível de expressão artística, o ator e o bailarino devem utilizar suas capacidades criativas individuais. Assim, a Antropologia Teatral não resolve a separação entre dança e teatro.

Festival: Mr. Peanut já esteve em Londrina algumas vezes. Depois de tantos anos, como é - para Mr. Peanut e para Julia - retornar à cidade com “Ave Maria”?

Julia Varley: Sempre é importante voltar às cidades que visitamos antes para podermos reencontrar os nossos espectadores, para

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que eles possam seguir a nossa história, que completa 50 anos, e também para conhecermos as novas gerações. Londrina é uma cidade que marca a história do Odin Teatret porque Nitis Jacon e o festival que ela dirigia convidaram a ISTA pela primeira vez na América Latina.

Festival: Gostaria que a senhora falasse um pouco sobre Mr. Peanut, esse personagem que a acompanha ao longo do tempo. Quais formas ele assume em “Ave Maria”?

Julia Varley: Mr. Peanut é um personagem arquetípico do Odin Teatret, que me acompanha em muitos espetáculos. Ele conhece a maioria dos nossos espectadores e, sem duvida, está feliz em voltar para Londrina. Ele é um alter-ego meu, que me permite encontrar espectadores nas mais diversas circunstâncias. Lembro que a última vez em Londrina foi para fazer uma troca nos jardins, com crianças que moram na rua e que cheiram cola. A alegria do encontro era velada pela tristeza da condição de vida deles. Agora, em Ave Maria, Mr. Peanut, a Morte, faz uma cerimônia para Maria Canépa - uma valente atriz chilena que morreu em 2006, muito amiga do Odin. Mr. Peanut se apresenta em suas diversas identidades: como homem de negro, como mulher de vermelho e como esposa de branco. Também a Morte se apresenta como uma mulher velada com um grande chapéu.

Festival: Este ano, o assassinato brutal de Augusto Omolú deixou o mundo perplexo. O Odin já consegue falar a respeito da ausência de Omolú? Quais as lembranças do artista brasileiro ficam para o grupo?

Eugenio Barba: Quando a tragédia da morte golpeia um grupo de teatro, o que fica ainda mais doloroso é a consciência que ninguém é indispensável. O Odin continua todas as suas atividades apesar da ausência de Augusto. A força da vida transforma em novas opções e soluções criativas a ausência de uma pessoa amada que significava muito pessoalmente para mim. Augusto, para mim, não era um brasileiro e eu não era um italiano para ele. As nacionalidades não significam nada em um encontro de afinidades.

Julia Varley: Eu escrevi um longo artigo em forma de carta para Augusto. O texto está, neste momento, sendo traduzido para o português. Precisava continuar a me comunicar com ele, porque a sua morte foi muito abrupta. Eu trabalhei muito com Augusto na preparação do seu espetáculo “Orô de Otelo” e depois, quando ele começou a fazer parte do Odin Teatret, para participar do espetáculo “O Sonho de Andersen”. A morte tem golpeado o nosso grupo várias vezes: primeiro com Sanjukta Panigrahi, a bailarina indiana que fundou a ISTA com Eugenio, depois com Torgeir Wethal, o ator norueguês que estava no grupo desde o começo, em 1964, e, recentemente, com Augusto. Cada vez, como diz Eugenio, vemos com pesar e enorme tristeza que a vida é mais forte e continua. Continuar o nosso trabalho é também uma forma de honrar as pessoas que têm significado tanto na nossa historia e de fazer uma pequena ação para que possam, de alguma forma, continuar vivendo e encontrando espectadores. Esse é também o sentido do espetáculo “Ave Maria”, que se apresenta em Londrina.

Tomm

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O Festival de Dança de Londrina, em sua 11ª edição, presta homenagem a um

dos brasileiros mais respeitados na área das artes cênicas de todos os tempos.

Há quatro meses, o mundo recebia a triste notícia de que partira na Bahia,

por circunstâncias violentas, Augusto Omolú. O ator-bailarino era conhecido

internacionalmente por sua potência cênica e pelo treinamento desenvolvido

com base na dança dos orixás.

Omolú colaborava com o Odin Teatret (Dinamarca) desde 1994 como artista,

pedagogo e mestre da ISTA (International School of Theatre Anthropology).

Foi na edição brasileira deste evento, aliás, realizada em Londrina no ano de

1994, que Augusto estreou seu espetáculo/demonstração de trabalho “Orô de

Otelo”, com direção de Eugenio Barba.

As fotos que ilustram o cartaz e o site do 11º Festival de Dança de Londrina

trazem a memória deste artista genial. As imagens foram gentilmente cedidas

pelo fotógrafo Adenor Gondim. Nelas, Omolú aparece em cena com a bailarina

Alice Becker no espetáculo “Pássaro de Fogo” (1991), coreografado por Antonio

Carlos Cardoso.

Em todo o mundo, Augusto disseminou suas pesquisas sobre a energia dos

orixás e sobre as danças fundadas no candomblé como contribuição para a

realização cênica. Formado bailarino clássico e contemporâneo, foi nas forças

naturais evocadas pelos deuses africanos e aprendidas desde a infância que

Augusto encontrou uma fonte inesgotável de inspiração. Projetou o que é

nosso para o mundo e ensinou – a nós e ao mundo – que não há barreiras

nacionais quando se trata da expressão humana.

“Porque os orixás representam elementos da natureza, e ela é universal. Não

está só na Bahia, na África: está no mundo. Quando falamos dos orixás, falamos

do tempo, das folhas, da água, do ar, do fogo… Isso está em todo lugar”, explicou

em recente entrevista ao jornalista Valmir Santos.

Fica nosso lamento silente e nosso agradecimento a um mestre que dança,

agora, a coreografia da natureza, o movimento dos elementos essenciais no

imenso coração de Olorum.

“A dança alimenta o espírito

O corpo é só físico: necessita de alma,

porque uma alma só é um fantasma

E um corpo só é um cadáver.

Dançar com o todo: corpo e alma.”

Augusto Omolú

a eternidade de Augusto Omolú

Aden

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ndim

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Londrina, a cidade dos pés vermelhos ávidos para a dança.

Nenhuma outra referência poderia ser também síntese poética

da vocação londrinense para a arte do movimento. Em sua 11ª

edição, o Festival de Dança de Londrina apresenta no palco do

Circo Funcart e em espaços alternativos espetáculos nacionais e

internacionais que expressam a proposta de união de linguagens

artísticas a partir da dança.

“O Festival passou ao longo dos anos por mudanças e, mais

uma vez, se renova para que conseguíssemos dar uma cara de

mostra artística e didática. O evento tem a característica de ter

nascido como uma Tarde de Dança em que as companhias da

cidade mostravam o seu trabalho. O Festival foi evoluindo e

chegou a ter o formato de mostra competitiva. No contexto atual,

a preocupação é sugerir um diálogo com todas as linguagens”,

explica Danieli Pereira, coordenadora geral há quatro edições.

o sempre novo Festival de Dança de Londrina

O Festival de Dança de Londrina começou como uma mostra de grupos locais e em 2013 aponta

tendências nas artes cênicas

Por Francismar Lemes

O presidente de honra Leonardo Ramos: “uma luta grande para manter toda essa estrutura funcionando. Um processo em que uma coisa depende da outra para continuar existindo”

Fábio

Alco

ver

10 11

Em 2013, a proposta consolida-se definitivamente e vem acompanhada de

outras mudanças significativas, como as Extensões realizadas ao longo do

ano, para além do calendário oficial do evento, em outubro. Abre-se, assim,

a possibilidade de uma agenda cultural mais ampla em Londrina. A primeira

Extensão aconteceu em maio, quando o Festival trouxe à cidade, num

mesmo final de semana, o coreógrafo mineiro Vanilton Lakka e o mestre

francês Jean-Jacques Lemêtre, do Théâtre du Soleil.

Para chegar no formato atual - capaz de reunir mais de 300 pessoas em um

flash mob no Calçadão (em 2012), ou conseguir trazer este ano o lendário

Odin Teatret, de Eugenio Barba – o Festival precisou de músculos bem

exercitados pela história da dança londrinense.

Trajetória que começou a ganhar novos contornos com a criação da

Fundação Cultura Artística de Londrina (Funcart). A instituição revolucionou

a produção e a formação profissional na cidade por meio das escolas de

Dança e Teatro. Artistas formados pela Funcart integram importantes

companhias de dança brasileiras e de outros países e são a base do Ballet de

Londrina. A companhia, ao completar 20 anos, é uma das maiores do Sul do

País e uma das que mantém constante circulação nacional e internacional.

“O Festival de Dança de Londrina vem a ser o último elo do processo de dança

londrinense sempre em desenvolvimento. Conseguiu cumprir um papel não

só de oferecer formação, mas informação. Há 20 anos, o panorama da dança

era bem diferente na cidade. A classe média é que tinha acesso ao ensino de

dança, mas muitos não tinham condições para frequentar uma escola. Com

a Funcart abriu-se essa possibilidade, além de formarmos plateia, que hoje

é o público do Festival. Um trabalho que se desenvolveu a partir daí, com

outros projetos como o ‘Dança nas Escolas’ e o ‘Iniciação à Dança’. Uma luta

grande para manter toda essa estrutura funcionando. Um processo em que

uma coisa depende da outra para continuar existindo”, explica Leonardo

Ramos, presidente de honra do Festival de Dança e diretor da Companhia

Ballet de Londrina, que se apresentou em todas as temporadas do evento.

Em 2013, o Ballet de Londrina comemora 20 anos como peça fundamental de um mecanismo maior de fruição e prática da dança. Neste contexto, o Festival expande-se como evento de ampla projeção

Maria

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rtel

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Público-alvo: Estudantes de dança em nível avançado/

profissional, que tenham domínio da técnica clássica e

curiosidade quanto aos princípios do balé contemporâneo.

Vagas: 30

Dias: 7 a 11 de outubro (de segunda a sexta)

Horário: Das 13h30 às 15h30

Local: Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380)

Carga horária: 10 horas

Oficina deBalé Clássico

com Tindaro Silvano

A oficina traz o aprimoramento de princípios do balé clássico.

Na barra, serão propostos exercícios que vão do pliés aos

grands-battements, com algumas inserções de técnica

moderna, tendo em vista a maior flexibilidade e amplitude

de movimentos, além do estímulo ao alinhamento axial e ao

fortalecimento muscular. O programa inclui tendus, adágio,

piruetas, saltos e elementos contemporâneos, de modo a

propiciar a preparação dos bailarinos não só para os clássicos

de repertório, mas também para coreografias neoclássicas,

que utilizam o repertório de movimentos dos participantes.

Tindaro investe em elementos como a musicalidade e o

domínio espacial da sala com a intenção de melhorar a

presença cênica.

Oficina de DançaContemporânea

com Mário Nascimento

Público-alvo: Estudantes de dança em nível

intermediário a partir de 15 anos de idade.

Vagas: 20

Dias: 7 a 11 de outubro (de segunda a sexta)

Horário: Das 15h30 às 17 horas

Local: Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380)

Carga horária: 8 horas

A dança contemporânea está

relacionada com o trabalho do autor

coreográfico, por isso a noção de

“técnica” diz respeito ao modo de

fazer do autor. A partir deste conceito

fundamental, Mário Nascimento

disponibiliza ao intérprete ferramentas

que o capacitem para o entendimento

da dança contemporânea e sua

relação com o homem urbano na

atualidade. A oficina tem como bases

técnicas a dança moderna, a dança

clássica, as artes marciais, o atletismo e a música (percussão).

Durante as aulas, Mário Nascimento explora tópicos como: o

processo cognitivo do movimento; técnicas de solo; ondulação,

lateralidade, desequilíbrio e deslocamento espacial; construção

e desconstrução; relação entre movimento, espaço e música.

Belo Horizonte (MG)

Belo Horizonte (MG)

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Velos

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12 13

A oficina tem como base a técnica “Horton” de dança moderna,

que objetiva tonificar, alongar e fortalecer o corpo humano

para o seu uso como instrumento de expressão. A técnica é

considerada preparatória para os mais variados estilos, pois

utiliza conhecimentos da anatomia para conceber exercícios

corretivos e compensar possíveis deficiências estruturais dos

bailarinos. A “Horton” tornou-se conhecida especialmente

pela difusão do célebre coreógrafo afroamericano Alvin

Ailey, que a desenvolveu e adaptou

para o treinamento do elenco de sua

companhia (Alvin Ailey American

Dance Theater). Elísio Pitta traz ao

Festival seus princípios e práticas como

instrumento eficiente na preparação e

na configuração da beleza estética da

dança.

Dança Negra Contemporânea

com Elísio Pitta

Público-alvo: Público em geral, alunos de dança e

dançarinos profissionais

Vagas: 25

Dias: 7 a 11 de outubro (de segunda a sexta)

Horário: Das 14 às 15h30

Local: Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380)

Carga horária: 8 horas

Oficina deDança de Rua

com Alexandre Snoop

Público-alvo: Coreógrafos, estudantes e professores de dança.

Vagas: 25

Dias: 7 a 11 de outubro (de segunda a sexta)

Horário: Das 15 às 17 horas

Local: Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380)

Carga horária: 10 horas

- Salvador (BA)

Ribeirão Preto (SP)

Com ritmo marcado, movimen-

tos enérgicos e passos acrobáti-

cos, a street dance reflete uma

cultura com signos próprios.

Alexandre Snoop, reconhecido

profissional desta vertente,

ministra oficina sobre os con-

ceitos e técnicas da dança de

rua. A intenção é desenvolver

habilidades como a consciência corporal, a criatividade de im-

provisação e a percepção musical. Snoop propõe dinâmicas de

modo a mediar os conhecimentos dos participantes e experi-

mentar novas possibilidades dentro da street dance. A busca

de movimentos compostos, sem descaracterizar o estilo, bem

como a criação de sequências com base nas danças sociais (e

suas variações), estão no programa desta oficina.

Divulg

ação

Gabi

Gurie

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Oficina de

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Oficina deDança Flamencacom Daniele Zill - Cia de Flamenco Del Puerto

Público-alvo: Aberta ao público em geral (iniciante)

e bailarinos com experiência (intermediário)

Vagas: 15Dias: 11 e 12 de outubro (sexta e sábado)

Horário: No dia 11, das 17 às 19 horas, e dia 12, das

10 às 12 horas

Local: Funcart (Rua Senador Souza Naves, 2380)

Carga horário: 4 horas

A dança flamenca, conhecida pela forte interpretação dos bailari-

nos, tem este ano representante de destaque no Festival de Dança

de Londrina: a companhia gaúcha Del Puerto. Ao longo de mais

de uma década, o grupo desenvolve uma metodologia própria ins-

pirada em elementos tradicionais da dança espanhola. Parte-se da

compreensão da arte flamenca de forma abrangente, a partir da

história, da música e dos movimentos. Estes conhecimentos serão

compartilhados na oficina com a professora Daniele Zill, bailaora da

Cia Del Puerto. Os exercícios práti-

cos visam a uma série de bene-

fícios, como melhora da autoestima,

correção da postura, desenvolvi-

mento da expressão corporal, for-

talecimento, aprimoramento da

coordenação motora e treinamento

da percepção rítmica.

Oficina deDança AéreaContemporânea

com Thora Jorge e Ana Alberto - Dancenema

Público-alvo: Aberta ao público em geral e também a artistas

ligados à dança e às artes circenses. Participantes a partir de

10 anos de idade.

Vagas: 15Dia: 5 de outubro (sábado)

Horário: No dia 11, das 17 às 19 horas, e dia 12, das 10 às 12 horas

Local: CLAC (Rua Prof. Samuel Moura, 451)

Carga horária: 4 horas

A companhia portuguesa Dancenema apresenta no Festival 2013

o espetáculo “Azul Infinito”, em que explora as relações com o

trapézio e com as artes plásticas. As técnicas e procedimentos

ligados à dança aérea serão compartilhados por duas bailarinas do

grupo em oficina destinada a artistas performáticos e ao público

em geral. Serão abordados exercícios de dança contemporânea,

tendo como base a técnica “Release” e dinâmicas de improvisação. A

atividade formativa traz exercícios preparatórios de fortalecimento

para a execução de figuras básicas do trapézio aéreo. O objetivo é

incentivar e desenvolver a coragem e a criatividade coreográfica.

Porto Alegre (RS)

(Portugal)

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CirCo FunCart: Rua Senador Souza Naves, 2380 - Fone: (43) 3342-2362 | antiga Casa da Criança - sede da seCretaria de Cultura: Rua Maestro Egídio do Amaral, 110 (Em frente à Concha Acústica) | Bar Valentino: Av. Faria Lima, 486 - (43) 3348-0791 | BiBlioteCa PúBliCa MuniCiPal de londrina: Av. Rio de Janeiro, 413 - (43) 3371-6500 | Zerão (anFiteatro e outros esPaços ao ar liVre): Área de lazer luigi Borguesi - Rua Gomes Carneiro (Próximo ao Ginásio Moringão) | esCola MuniCiPal de dança de londrina: Rua Senador Souza Naves, 2380 - Fone: (43) 3342-2362 | ClaC . Centro de artes: Rua Prof. Samuel Moura, 451 - Fone: (43) 3357-4498 | Casa de Cultura . divisão de artes Cênicas: Av. Celso Garcia Cid, 205 - Fone: (43) 3322-1030

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“POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CULTURA”

com Jussara Trindade (RJ) e Joceval Santana (BA)

Público-alvo: Artistas, produtores culturais e público em geral

Vagas: Livre

Dias: 7 de outubro (segunda-feira)

Horário: 15 horas

Local: Hotel Crystal (R. Quintino Bocaiúva, 15)

com Eugenio Barba e Julia Varley

(Odin Teatret – Dinamarca)

Público-alvo: Professores, artistas, estudantes de artes cênicas e público em geral interessado no trabalho do Odin TeatretVagas: 80*Dia: 9 de outubro (quarta-feira) Horário: Das 8h30 às 12 horasLocal: Casa de Cultura/Divisão de Artes Cênicas (Av. Celso Garcia Cid, 205)

Carga horária: 4 horas*Os ingressos serão adquiridos na bilheteria do Festival. R$ 5,00 (valor único para emissão de certificado)

O Festival de Dança oferece, dentro da programação didática, a

master class “Pensar por Ações”, ministrada pelo diretor Eugenio

Barba e pela atriz Julia Varley, integrantes do consagrado grupo

dinamarquês Odin Teatret. Durante a aula, Barba e Varley fazem

uma demonstração do treinamento do Odin e abordam aspectos

elementares da Antropologia Teatral, dentre os quais: a dramaturgia

orgânica e narrativa; a lógica das ações físicas e vocais; a relação

entre partitura orgânica e dinâmica; a relação entre a dramaturgia do

diretor, do escritor e do ator; as técnicas cotidianas e extracotidianas;

a imobilidade estática e dinâmica; a energia no espaço e a energia no

tempo; a percepção do diretor e a percepção do espectador. Além da

master class “Pensar por Ações”, o Odin Teatret apresenta no Festival

de Dança de Londrina o espetáculo “Ave Maria”, solo de Julia Varley

dirigido por Eugenio Barba.

MesaRedonda

A mesa redonda traz discussões sobre as políticas públicas de fomento

e incentivo à cultura em âmbito nacional, especialmente as questões

ligadas à arte de rua. Danieli Pereira, coordenadora do Festival de

Dança, faz a mediação deste assunto atualmente em pauta na cidade de

Londrina. Compondo a mesa, Jussara Trindade, nome de destaque no

debate sobre arte pública no Rio de Janeiro, expõe a mobilização dos

artistas de rua para a aprovação da Lei 5.429/12, conhecida como a “Lei

do Artista de Rua”. O novo regulamento foi criado há um ano e legitima

a atividade destes profissionais, além de significar o reconhecimento

de seu trabalho pelo setor governamental. Jussara apresenta alguns

dos temas levantados no Fórum Carioca de Artes Públicas e na Rede

Brasileira de Teatro de Rua, RBTR, da qual é articuladora. O jornalista

baiano Joceval Santana traz para o debate o ponto de vista do setor da

comunicação. Ligado à curadoria e à assessoria de imprensa de festivais

de artes cênicas, ele ressalta o diálogo entre a produção de espetáculos

e os elementos que a cidade oferece para a estruturação dos discursos

artísticos.

“PENSAR POR AÇÕES” Master Class

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O Festival de Dança, no lançamento de sua 11ª edição, presta homenagem à beleza urbana

de Londrina com um espetáculo aberto à cidade. O Grupo Ares, de São Paulo, colore os céus

e apresenta uma performance impactante de dança aérea. Os bailarinos ocupam o alto do

histórico prédio projetado por Cascaldi e Vilanova Artigas na década de 1950, símbolo da

arquitetura modernista, para anunciar o novo tempo de suspensão propiciado pela arte.

Ao som de uma canção nostálgica dedicada a Londrina, a figura de uma mulher antiga e

romântica, com um longo vestido vermelho, atira-se do parapeito para um mergulho no ar.

Enquanto ela ‘dança no sétimo céu’, outros personagens caminham perpendicularmente à

parede do edifício, como se estivessem andando pelas ruas londrinenses. Do alto, olham

o cotidiano a partir de outra perspectiva e lançam uma possibilidade criativa, onírica: a

arte e a beleza como escapes das tensões do dia-a-dia. “Tempo Suspenso” abre de forma

simbólica e poética os dez dias dedicados à dança.

tempo suspenso

Grupo Ares(São Paulo - SP)

Ficha TécnicaDireção e coreografia: Monica alla

concepção: Grupo ares

intérpretes-criadores: Fabíola Salles, Boro

Borovik, Monica alla, Sandra Borovik

artista convidada: cássia Theobaldo

Desenho de luz: Miló Martins

Trilha Sonora: Servulo augusto

Figurino: Grupo aRES

coordenação Técnica: Boro Borovik

Produção: cau Fonseca, Sandra Borovik

ABErTurA Dia: 4 de outubro (sexta-feira) | Horário: 19 horas | Local: Alto do prédio da antiga Casa da Criança – sede da Secretaria de Cultura (em frente à Concha Acústica de Londrina)Classificação indicativa: Livre

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Mostra Local (Londrina - PR)

Cia Funcart de Teatro (Londrina - PR)

Como em outras edições, o Festival 2013 reserva uma noite em sua programação só para as

produções londrinenses. A mostra local “Dança Londrina” reúne trabalhos dos mais variados

estilos, que refletem a efervescência de uma cidade que já possui uma tradição na prática da

dança. Pelo palco do Circo Funcart, passam artistas independentes, grupos, escolas e academias.

Eles apresentam um pouco de suas pesquisas e criações recentes. O resultado é um mosaico de

referências - do clássico ao contemporâneo, da dança de salão ao hip hop. Com o “Dança Londrina”,

o Festival reafirma uma importante meta desde a sua criação: dar visibilidade à produção local e

aproveitar a ocasião do evento para propiciar o intercâmbio de artistas da cidade com profissionais

do Brasil e do exterior. A mostra remonta as origens do Festival, que começou como uma exibição

de escolas e produtores de Londrina e região nas chamadas “Tardes de Dança”.

A Cia Funcart de Teatro estreia no Festival de Dança o espetáculo cênico-musical “Almanaque conta Bom

Crioulo”, uma adaptação do livro de Adolfo Caminha - uma das primeiras obras da literatura brasileira a

abordar o tema do sentimento homoafetivo. A versão teatral da narrativa é concebida na forma de um show

de variedades, com música acústica ao vivo, dança e quadros que transitam do drama à comédia. No enredo,

Amaro é um escravo foragido que anseia pela liberdade. É aceito na Marinha e, em razão de sua força e

benevolência, torna-se conhecido como “Bom Crioulo”. Lá conhece Aleixo, um belo grumete louro, por quem

se apaixona. Instalado no Rio de Janeiro, Amaro tem uma vida conjunta com o rapaz, mas, repentinamente,

é transferido de função e passa a ter folga uma vez por mês. O impasse faz com que os amantes deixem de

se ver. Frustrado e solitário, o Bom Crioulo fica furioso ao saber que Aleixo o teria traído com uma mulher.

Na transposição para os palcos, um mestre de cerimônias narra a trama de fim trágico.

dança londrina

almanaque conta bom crioulo

Ficha TécnicaDireção: Silvio Ribeiro | Elenco: Donizetti Buganza, Priscila Souza, Regina Reis, Renan cavalari, Rafael Loureiro, Gabriel Gruczeveski,

Fernando Magre, Márcio Elesbão, Felipe Ferreira | coreografia: alexandro Micale | Figurino: Gustavo neves

Dia: 7 de outubro (segunda-feira) | Horário: 20 horas | Local: Circo Funcart | Duração: 120 minutos | Classificação indicativa: Livre

Dia: 6 de outubro | Horário: 21 horas | Local: Bar Valentino Duração: 50 minutos

Classificação indicativa: 18 anos

Ficha TécnicaOrganização: Sonia Secco

Valér

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19

Três bailarinas lançam-se nos ares, rumo à imensidão azul. O

significado e a simbologia desta cor inspiram a companhia

portuguesa Dancenema a conceber “Azul Infinito”. O espetáculo

de dança aérea cria imagens poéticas para traduzir as sensações

despertadas por suas várias matizes. Com a pele pintada minutos

antes da apresentação, as personagens alçam-se em trapézios,

vencem a gravidade e transitam entre coreografias que vão da

liberdade de um voo à angústia de um corpo que balança no vazio.

A verticalidade da subida contrasta com sequências de movimentos

horizontais, no solo - referência aos tons que tingem céu e mar.

Outros jogos antitéticos aparecem: o abandono e a resistência, o

equilíbrio e o desequilíbro, a harmonia e a desarmonia, a potência

e a inércia. Aos olhos do espectador, a relação cromática não é

imediata, mas nasce do lirismo de um espetáculo que conjuga à

dança contemporânea elementos das artes plásticas e das artes

circenses. É a segunda vez que o Dancenema apresenta-se no

Festival de Dança de Londrina.

azulinfinito

Ficha Técnicacoreografia: Thora Jorge

co-criação: Liliana Garcia

interpretação: ana alberto, Thora Jorge, Joana

Estudante Saraiva

Músicas: arvo Part, Sigur Rós, Surman e Boduf

Orientação: catarina câmara

Direção: nilsen Jorge

Edição de Vídeo: hugo albergaria

Produção: Dancenema

co-produção: TEMPO

Residências artísticas: companhia Olga Roriz,

clube atlético alvalade, Jazzy academia

Pintura corporal na apresentação em Londrina:

alex Lima / carlos nascimentoDia: 5 de outubro (sábado) | Horário: 20 horas | Local: Circo FuncartDuração: 50 minutos | Classificação indicativa: acima de 12 anos

Dancenema(Portugal)

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ês

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No início de 2013, a Ribeirão Preto Cia de Dança trabalhou com o reconhecido

coreógrafo Alex Soares. O fruto dessa parceria é o espetáculo que se apresenta no

11º Festival de Dança de Londrina. A montagem tem como tema central a “relação de

influência” ou a “relação de co-dependência”. Daí o título “Link”, palavra comumente

empregada na era digital para designar os conteúdos que se interligam na internet. No

espetáculo, a abordagem dessas ligações, ora entre pares, ora entre coletivos, se dá

de maneira subjetiva. Surgem reflexões sobre o papel das individualidades. O elenco

e o coreógrafo partiram de questões como: por que alguém muda de direção, opinião

ou comportamento quando é influenciado por outro? Até que ponto isso leva a um

total apagamento do verdadeiro ‘eu’. Ao longo dos laboratórios, os artistas forneceram

respostas de diferentes níveis, que passam pela racionalidade e pela intuição, e que

foram traduzidas em movimento coreográfico.

Dia: 8 de outubro (terça-feira) | Horário: 20 horas | Local: Circo Funcart | Duração: 30 minutos | Classificação indicativa: 12 anos

link

Ribeirão Preto Cia de Dança(Ribeirão Preto - SP)

Ficha Técnicacoreógrafo: alex SoaresMúsica: alex Soares, alva noto, Ryuichi Sakamoto e Max Ritheercriação de Figurino e Luz: alex Soares

RiBEiRãO PRETO cia DE DançaDireção Geral: Luciana JunqueiraDireção artística: Thiago JunqueiraElenco: ana Beatriz Lima, helk Pedrassi, Maicon coutinho, Maria Julia nunes, Mariana Leônidas, naisa Marques, nathan Barbosa, Thiago Junqueira, Wallace Viana e Willian GásparoProfessores e Ensaiadores: Luciana Junqueira, Thiago Junqueira, adriana camargo e Fernandes nascimento Técnico de iluminação: Luiz coelho e Rossana Bocciacoordenação de Produção e Palco: adriana camargo e João Victor V. Fernandes

Divu

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21

Espetáculo solo que conduz o público pelo misterioso e fascinante universo de Clarice

Lispector. Numa proposta inusitada, cinquenta espectadores percorrerão vários ambientes

da Biblioteca Pública Municipal de Londrina, acompanhando a performance da bailarina

Fabiane Severo. A obra coreográfica é baseada na personalidade, nos movimentos e na

profundidade da prosa poética da escritora. A montagem constitui-se de três partes: o

nascimento, a infância e a vida adulta de Clarice. Transita, assim, da dimensão lúdica às

austeras paragens da maturidade. Afinal, “o adulto é triste e solitário”, já “a criança tem a

fantasia solta”, como diferenciou a própria Clarice em sua última entrevista. A Cia gaúcha

GEDA transpõe a intimidade essencial de suas palavras à linguagem da dança por meio

de uma moldura gestual ora sofisticada, ora impregnada de mágoas e reflexões sobre a

vida. O espetáculo será apresentado em duas sessões: uma às 18 e outra às 20 horas.

sensações de clarice lispector

Dia: 6 de outubro (domingo) | Horário: às 18 e às 20 horas (duas sessões) | Local: Biblioteca Pública Municipal de Londrina | Duração: 50 minutos | Classificação indicativa: 12 anos

GEDA Ciade Dança(Porto Alegre - RS)não me

toque, estou

cheia de lágrimas

Ficha Técnicacoordenação da cia e coreografia: Maria

Waleska Van helden

Direção: João de Ricardo e Maria Waleska

Van helden

Bailarina: Fabiane Severo

iluminação e Técnico: Mauricio Rosa

Vídeo: avante Filmes

Produção: KaPSULa

Música: James correa e catarina Domecini

Fotografia: nilton Santolin

Nilto

n San

tolin

22 23

Baseado na obra “Um paroquiano inevitável” (1965), do dramaturgo

pernambucano Hermilo Borba Filho (1917-1976), o espetáculo explora

os conflitos de uma família pequeno-burguesa decadente. O enredo

desenvolve-se em um universo onde as relações são constantemente

marcadas por desentendimentos e no qual o diálogo com a morte

perpassa o princípio, o meio e o fim das histórias dos personagens.

Com forte dose de teatralidade, “Sobre um Paroquiano” é fruto

da pesquisa que a Compassos Cia. de Danças vem realizando

nos últimos seis anos em torno do que foi nomeado pelo

grupo de “dança do cotidiano”. A movimentação é

resultante das observações de ações aparentemente

corriqueiras, como arrumar a casa, lavar as mãos

e varrer o assoalho. A intenção é transformar

comportamentos habituais em poesia

dançada. Sob a direção de Raimundo

Branco, o elenco conjuga elementos

do teatro e da capoeira às técnicas

de dança contemporânea. A

montagem recebeu os prêmios

de melhor espetáculo,

figurino e iluminação no

Janeiro de Grandes

Espetáculos 2010.

paroquianoFicha TécnicaDireção, coreografia e cenografia:

Raimundo Branco

assistente de Direção: Patrícia costa

Elenco: anderson Monteiro, Marcela aragão,

carol Samara, Gervásio Braz, Marcela Felipe

e Patrícia costa

Desenho de Luz e Operação: Eron Villar

Operação de Som: Raimundo Branco

Figurino: Julia Fontes e Suzane Queiroz

Maquiagem: Gerailton Sales

Fotografia: Rogério alves e Kamila Sergio

assessoria de imprensa: Silvia Góes

Produção: compassos cia. de Danças

Dia: 9 de outubro (quarta-feira) | Horário: 20 horas | Local: Circo Funcart Duração: 45 minutos | Classificação indicativa: Livre

Compassos Cia. De Danças(Recife - PE)

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ves

23

“A morte se sente só”. A frase traduz a essência de “Ave Maria”, montagem solo da

atriz Julia Varley com direção de Eugenio Barba. Concebido como uma cerimônia em

homenagem à atriz chilena María Cánepa (1921-2006), o espetáculo traz para a cena

a Morte. Ela celebra a fantasia criativa e a dedicação de uma artista que soube deixar

rastros depois de partir. Julia Varley permite que a imaginação evoque o encontro com

Cánepa e rememore a grande amizade da chilena com o Odin – artistas unidos pela crença

no teatro como gesto de amor e como possibilidade de comunhão. Em “Ave Maria”, Mr.

Peanut, personagem que há décadas acompanha Varley, assume diversas identidades:

o homem de negro, a mulher de vermelho, a esposa de branco. Entre fragmentos de

dor, lembrança, revolta e afeto, a arte surge como possibilidade de transpor o estado

permanente das coisas que passam. “Talvez a morte não leve tudo embora” – ela cita

palavras do poeta Antonio Verri. A presença do Odin Teatret, com sua ideologia e tradição,

marca um momento histórico na trajetória do Festival de Dança de Londrina.

aveFicha Técnicaatriz: Julia Varley

Direção: Eugenio Barba

assistência de direção: Pierangelo

Pompa

Texto: Odin Teatret e citações de

Gonzalo Rojas e Pablo neruda

Dia: 10 de outubro (quinta-feira) | Horário: 20 horas | Local: Circo Funcart Duração: 60 minutos | Classificação indicativa: 14 anos

OdinTeatret(Dinamarca)

maria Rina

Skee

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Para alegrar o Dia da Criança, o Festival de Dança de Londrina oferece uma programação

especial aberta ao público. O Exército Contra Nada promete levar as crianças às gargalhadas

com as táticas de guerrilha de um atrapalhado palhaço-militar. Ele entra em apuros quando

se prepara para apresentar “o espetáculo mais incrível do mundo”. Interpretado por Rafael de

Barros, o personagem vivencia uma série de situações engraçadas, premeditando o grande

momento - vira maestro, músico, cantor; faz da vassoura uma guitarra; dança e ri das suas

próprias confusões. No espaço da imaginação, até as situações mais absurdas podem se tornar

realidade. A montagem utiliza sons, gestos, movimentos e poucas palavras. Explora a essência

universal do clown e a tradição das artes circenses, abrindo espaço para improvisos e para

a interação com o público. Ao reagir de forma criativa e bem-humorada às adversidades, o

palhaço e o público percebem que é preciso muito pouco para celebrar a vida por meio do riso.

Dia: 12 de outubro (sáb.) | Horário: 15 horas | Local: Zerão | Duração: 50 minutos | Classificação indicativa: Livre

Exército Contra Nada(Londrina - PR)

Em 2013, o Ballezinho de Londrina completa 15 anos e, dentre as comemorações,

apresenta no Festival “Túnel do Tempo”. A montagem traz trechos de espetáculos

concebidos pela companhia ao longo de sua trajetória. “Móbile – Work in Progress”

(2011) tem como base a técnica de dança de rua finger tutting, com a qual os bailarinos

elaboram imagens cinéticas utilizando braços, mãos e dedos. “Circular” (2008)

explora a desarticulação corporal e os movimentos horizontais. Também integram

a apresentação “Depois de Decidir Que Não Ia, Fiz Que Fui e Voltei!” (2006), com

jogos lúdicos associando a dimensão visual e auditiva, e “Labirinto” (2009), concebido

a partir da experiência pessoal e do repertório corporal dos dançarinos. Por último,

entram fragmentos do novo espetáculo “FlashBack”, que estreia em novembro. O

Ballezinho de Londrina busca extrapolar a técnica clássica e incorporar à dança

contemporânea outras formas de expressão, como a mímica, o canto e o teatro.

túnel do Ficha TécnicaDireção: Wagner Rosa

Elenco: alessandra Salles, ariela Pauli, Eduarda

nishikawa, higor Vargas, hugo Vargas, ione

Queiróz, Kharime Dakkache, Liana narumi, Lohaine

Moreira, Luiza cazarim, Lygia Barros, Márian

Baptista, Matheus nemoto, nayra nishikawa,

Paola Mantoani Rigo, Paulo Roberto, Patrícia

Ramos, Rhafael Magalhães, Thaísa alexandre

Dia: 12 de outubro (sáb.) | Horário: 16h30 | Local: Zerão | Duração: 40 minutosClassificação indicativa: Livre

Ballezinhode Londrina(Londrina-PR)

Ficha Técnica

criação e atuação: Rafael de Barros

Figurino: nathalia Oncken

arte do cartaz: alexandre Godoi

Foto do cartaz: carolina Stella

Fotos: Bruno Ferraro

el generalo espetáculo mais incrível do mundo

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25

Como se fazer entender nesse mundo em que a comunicação é onipresente, mas se

resume quase sempre a um diálogo de surdos? Esta pergunta norteia o espetáculo

francês “Um ange passe-passe ou entre les lignes il y a um monde”. Em um cenário

inteiro branco, com o palco recoberto de pelúcia, a dupla de intérpretes mergulha

num ambiente onírico que espelha a realidade e traz para a cena a importância de

uma comunicação para além das palavras. No espetáculo, as relações cotidianas de

um casal são estilizadas para expor o absurdo da condição humana. Um verdadeiro

hino ao silêncio que une, por meio de uma coreografia repleta de gestos precisos e

sutis, o humor à emoção e a interpretação teatral ao domínio técnico. A montagem

é o primeiro duo dos coreógrafos Michael Bugdahn e Denise Namura depois de

quase doze anos em grupo. Nome de destaque na dança mundial, a Cie À Fleur de

Peau realiza um trabalho pluridisciplinar que busca as interfaces entre a dança, a

mímica, o teatro gestual e o texto.

Cie À Fleur de Peau(França)

Dia: 11 de outubro (sexta-feira) | Horário: 20 horas | Local: Circo FuncartDuração: 80 minutos | Classificação indicativa: 10 anos

Ficha Técnicaconcepção, coreografia, interpretação & cenografia:

Michael Bugdahn e Denise namura

Música: Paolo conte, Gregor Strnisa (all capone),

Les Yeux noirs, Wolfgang amadeus Mozart, René

aubry, Philip Glass, Goran Bregovic, Georges Delerue,

Ludwig van Beethoven, Tom Tykwer/Reinhold heil/

Johnny Klimek

Textos, realização trilha sonora e vídeo: Michael

Bugdahn

Desenho de luz: Michael Bugdahn com assistência

de: Florent avrillon

Figurino: Jean-Jacques Delmotte

adereços: Maria adélia

Realização da cenografia: Florent avrillon, Vincent

Masquelier, Françoise Brouté

Fotos: Rajah Desnots, Jean-Damien Fleury, Michael

Bugdahn

co-produção: compagnie « à fleur de peau » &

Théâtre de l’Enfumeraie

apoio: Ville d’allonnes, D.S.U. d’allonnes/Préfecture

de la Sarthe, conseil Général de la Sarthe, conseil

Régional des Pays de la Loire, association Journées

Danse-Dense, arcadia, avidia, Emmaüs, Val’Rhonne

(Moncé en Belin), L’arc-en-ciel.

un ange passe-passe ou entre les lignes il y a un mondeRg

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vedo

26 27

Inspirado na trajetória de dez anos da Companhia de Flamenco Del

Puerto, o espetáculo “Las Cuatro Esquinas” traz sonhos e realidades

ecoados nas esquinas de uma cidade imaginária. Ao longo de suas

ruas e vielas, espaço, poesia, movimento e música fundem-se, levando

o público a passear pelo mistério das madrugadas, a sentir a tensão

dos cruzamentos e a viver o movimento cotidiano. Em cena, três

bailarinas e um bailarino destacam-se pelas performances de dança

flamenca e pelo uso de acessórios como mantóns, batas de cola,

abanicos e castanholas. Músicos e cantores completam a montagem,

com execução ao vivo da trilha composta especialmente para o

espetáculo. Forte e contagiante, “Las Cuatro Esquinas” percorreu

festivais de todo o Brasil desde sua estreia, no ano passado. A

montagem recebeu oito prêmios Açorianos de Dança 2012: melhor

espetáculo, bailarina, bailarino, coreografia, trilha sonora, figurino e

produção, além do Troféu ‘Destaque em Flamenco’.

esquinasFicha TécnicaDireção Geral e concepção: ana Medeiros,

Daniele Zill e Juliana Prestes

Direção Musical, arranjos e Trilha Sonora

Original: Giovani capeletti

Direção artística: Juliana Prestes

coreografias: ana Medeiros e Juliana Prestes

Execução:

cia de Flamenco Del Puerto: Giovani capeletti

(guitarra), ana Medeiros, Daniele Zill, Juliana

Prestes (baile, castanholas e palmas) e Tatiana

Flores (palmas)

artistas convidados: Gabriel Matias (baile),

Leonardo Dias (flauta), Jeferson Lima (cantor) e

João Viegas (percussão)

Design e Operação de Luz: Leonardo Gass

Técnico de Som: José Derly

Figurinos:

Design: ana Medeiros e Juliana Prestes

Execução: Riatitá

cenário, arte Gráfica e hot Site: ana Medeiros/

conceito 30

Produção executiva, artística e assessoria de

imprensa: Daniele Zill

Dia: 12 de outubro (sábado) | Horário: 20 horas | Local: Circo FuncartDuração: 75 minutos | Classificação indicativa: Livre

Cia de FlamencoDel Puerto(Porto Alegre - RS)

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pas de deux“diana e acteon”

A noite de encerramento do Festival de Dança conta, este ano, com convidados especiais. A

Cia. Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil traz o grand pas de deux “Diana e Acteon” em

uma apresentação aberta ao público, no Anfiteatro do Zerão. Com apurada técnica e beleza, os

bailarinos Amanda Gomes e Marcos Vinícius realizam uma performance que exige força, rapidez,

precisão e entrosamento. O número, com coreografia original de Agrippina Vaganova, integra o

II ato do famoso balé Esmeralda e é baseado em uma lenda grega. Trata-se da história de Diana,

a deusa da caça, e de Acteon, o grande caçador. No espetáculo, ambos travam uma disputa

para decidir quem é o melhor e Diana sai vencedora. A Cia Jovem nasceu em 2008, dentro da

Escola do Teatro Bolshoi no Brasil - única extensão estrangeira do Teatro Bolshoi de Moscou.

Cia. Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil(Joinville - SC)

Dia: 13 de outubro (domingo) | Horário: 19 horas | Local: Anfiteatro do Zerão Duração: 80 minutos (tempo total) | Classificação indicativa: Livre

Ficha Técnica(ii ato do Ballet “Esmeralda”)

cia. Jovem da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil

Música: c.Pugni

coreografia: a.Vaganova

Solistas: amanda Gomes e Marcos Vinícius

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erleia

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cossi

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Na 11ª edição do Festival, O Ballet de Londrina convida o público para uma dupla comemoração:

o aniversário de 20 anos da companhia e o centenário de “A Sagração da Primavera”, obra

que marcou o início da era moderna. A criação coreográfica de Leonardo Ramos para a

composição de Igor Stravinsky será apresentada na noite de encerramento do Festival,

junto de números de balé clássico da Cia Jovem do Bolshoi Brasil e da Escola Municipal de

Dança de Londrina. A grande festa acontece no Anfiteatro do Zerão. Nestas duas décadas de

trabalho ininterrupto, o Ballet de Londrina consolidou-se como referência na dança brasileira.

“A Sagração da Primavera” marca o amadurecimento de uma linguagem caracterizada pela

horizontalidade e pelo impacto dos movimentos. Ramos relê a peça original, que narra a

imolação de uma virgem, oferendada aos deuses da primavera em troca da fertilidade da terra.

A versão londrinense joga luz sobre a violência e a submissão dos mais fracos. A montagem

estreou em 2011 e percorreu dezenas de cidades do país com sucesso de público e crítica.

a sagração Ficha TécnicaDireção Geral/coreógrafo: Leonardo Ramos

Direção de produção: Danieli Pereira

Direção Técnica: Roberto Rosa

Ensaiador: Marciano Boletti

assessoria de imprensa: Renato Forin Jr.

Designer gráfico: João Damiano

Web: claudio de Souza

Elenco: alessandra Menegazzo, Bruno

calisto, claudio de Souza, Giovana Machado,

José Maria, José ivo, Kamila Oliveira,

Marciano Boletti, nayara Stanganelli, Regina

Zama altran, Thiago Spengler, Vitor Rodrigues

“a Sagração da Primavera”

criação e direção: Leonardo Ramos

Música: igor Stravinsky

Execução: amsterdam Piano Quartet

Figurino: ana carolina Ribeiro

iluminação/cenografia: Felipe chepkassoff

Elenco principal: a Virgem: nayara

Stanganelli

Dia: 13 de outubro (domingo) | Horário: 19 horas | Local: Anfiteatro do Zerão | Duração: 40 minutos | Classificação indicativa: 12 anos

Ballet de Londrina(Londrina - PR)

da primavera

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Integrando o bloco de balé de repertório, a Escola Municipal de Dança de Londrina apresenta

trechos de “Dom Quixote”. Vinte e cinco bailarinos das séries finais da Escola revezam-se

na execução de conjuntos e do grand pas de deux. Baseada no romance homônimo de

Miguel de Cervantes, a obra narra as aventuras e fantasias de Dom Quixote e de Sancho

Panza em meio ao amor proibido da jovem Kitri e do barbeiro Basílio. A Escola Municipal de

Dança destaca-se pelo rigor na formação de seus bailarinos, o que a tem tornado um celeiro

de talentos. Nos últimos dois anos, três alunos da Escola londrinense foram aprovados na

acirrada seletiva da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

suíte

Ficha TécnicaEscola Municipal de Dança de Londrina

Música: Ludwing Minkus

coreografia: Marius Petipa

adaptação coreográfica: alexandro Micale,

Marciano Boletti e Sonia Secco

Elenco:

Kitri: Kamila Oliveira

Basílio: José ivo Junior

Mercedes: Thayná Rodrigues

Espada: Rodolfo Goulart

amigas de Kitri:

amanda carina, ana carolina Monarin, Eduarda

nishikawa, Francielly Siqueira, isabely

Melendes, Keyse Rhuana, Kharime Dakkache,

Louyse Raynne, Luisa casarim, Marina Simone,

Priscila Santana, Regina autran, Roberta Oliveira,

Sabrina Santos, Stéfany Matiolli, Thaisa Morais

Toureiros:

hugo Vargas, Matheus nemoto, Rafael

Magalhães, Vitor Rodrigues

Escola Municipalde Dança (Londrina - PR)

Dia: 13 de outubro (domingo) | Horário: 19 horas | Local: Anfiteatro do Zerão | Duração: 80 minutos (tempo total) | Classificação indicativa: Livre

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Fábio

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30 31

A partir de 2013, o Festival de Dança de Londrina amplia sua programação para além da mostra oficial, que acontece

tradicionalmente no mês de outubro. Ao longo do ano, o Festival realiza extensões especiais que movimentam a agenda da

cidade de Londrina. São espetáculos nacionais e internacionais, além de oficinas e mesas de debate, que levam a marca de

qualidade de um dos maiores eventos de artes cênicas do sul do país. Em maio, o Festival realizou sua primeira extensão, com

ilustres convidados: Jean-Jacques Lemêtre, mestre da música do Théâtre du Soleil (França), e o coreógrafo mineiro Vanilton

Lakka, referência na fusão entre dança contemporânea e dança de rua. Até o final de 2013 tem muito mais.

tempoartesem

O dançarino apresentou no Circo

Funcart “Interferência Inacabada... Preste

atenção no ruído ao fundo”, montagem

com influência do hip hop e da chamada

‘cultura urbana’, com música concebida

ao vivo pelo DJ Fernando Prado a

partir de sons gravados no momento

da performance. O espetáculo gratuito

foi visto até mesmo por alunos de

uma escola pública da Zona Sul de

Londrina, que utilizou a peça como

base para discussões na disciplina de

Artes. Lakka também ministrou oficina

sobre as conexões entre dança de rua

e dança contemporânea. Mestre em

Artes e pesquisador da cultura urbana,

o coreógrafo já se apresentou em países

da América Latina, Europa e África.

Jean-Jacques Lemêtre O Festival de Dança teve a honra de

receber em Londrina, pela segunda

vez, Jean-Jacques Lemêtre, maestro

do Théâtre du Soleil (França) – um dos

grupos mais tradicionais da Europa.

Lemêtre conduziu o curso ‘A música do

corpo’ para bailarinos, atores, músicos

e cantores. O mestre francês trabalha

conceitos como o “corpo rítmico”, o

“corpo harmônico” e o “corpo melódico”,

com base na pesquisa do Soleil, além

de conteúdos como a música interior

do artista e a interdependência entre

voz e corpo. Desde 1979, quando

começou a trabalhar ao lado da lendária

diretora Ariane Mnouchkine, Lemêtre é

responsável pela criação das trilhas do

Théâtre du Soleil e as executa ao vivo.

Vanilton Lakka

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31

11º Festival de Dança de LondrinaDe 4 a 13 de outubro de 2013

Presidente de Honra:Leonardo Ramos

Coordenação Geral:Danieli Pereira

Coordenação de Comunicação Assessoria de Imprensa:Renato Forin Jr.

Coordenação Técnica: Roberto Rosa

Videomaker / Cinegrafismo:Cláudio de Souza

Fotografia:Fábio AlcoverMariana Hertel

Equipe de Produção:Aneliza PaivaGabriela Viecilli

Equipe de Imprensa:Mariana Zirondi

Equipe Técnica:Romildo RamosGuilherme Mantovani

Design Gráfico:Visualitá

Design / Desenvolvimento do Site:Droop Agência Digitalwww.festivaldedancadelondrina.art.br

Expediente

CATáLOGO FESTIVAL DE DANçA

DE LONDrINA 2013

Coordenação e Edição:

renato Forin Jr.

Textos:

renato Forin Jr.,

Francismar Lemes e Vanessa Freixo

Fotos do Festival:

Fábio Alcover e Mariana Hertel

Fotos dos espetáculos e das oficinas:

Todas as fotos foram enviadas pelos grupos

ou professores e cedidas para divulgação

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