casos praticos

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Caso 01 Maria, ao deixar o trabalho sob forte chuva, apoderou-se de um guarda-chuva alheio supondo ser próprio, visto que ele guardava todas as características e semelhanças com o objeto de sua propriedade. O legítimo proprietário do objeto, o senhor Mévio, dias após, a surpreendeu na posse do bem e acusou-a de furto, vindo então a procurar a autoridade policial competente para apurar os fatos. O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca do Município X recebeu a denúncia e mandou citar a ré para apresentar defesa. Maria não foi encontrada uma vez em sua residência, tendo seu marido informado que ela estava no trabalho. Por esta razão o oficial de justiça a citou por hora certa. Maria contratou você como Advogado. Caso 02 Maria e Mévio são casados há mais de 20 anos e possuem uma conta conjunta, podendo ambos assinarem cheques e realizarem saques da conta corrente. Certo dia, Maria emite um cheque no valor de R$ 1.000 (mil) reais, desconhecendo que, no mesmo dia, Mévio havia sacado quase a totalidade do saldo disponível na conta do casal. Em virtude de tal conduta, o cheque foi recusado por falta de provisão de fundos, tendo o portador do cheque emitido por Maria procurado a autoridade policial competente e a acusado da prática do crime de estelionato. Maria foi denunciada pelo crime de estelionato praticado mediante a emissão sem provisão de fundos, Art. 171, parágrafo 2º, do Código Penal. O juiz recebeu a denúncia e mandou citar a ré, tendo esta apresentado defesa por meio de defensor público nomeado pelo juiz. Na fase de instrução probatória, Maria alegou que desconhecia que seu marido tinha realizado um saque na conta conjunta do casal de quase a totalidade do saldo disponível, tendo em vista que, se tivesse conhecimento deste fato, jamais iria emitir um cheque. Na fase processual prevista no art. 402 do Código de Processo Penal, as partes nada requereram. Em manifestação escrita, o Ministério Público pugnou pela condenação da ré nos exatos termos da denúncia, tendo Maria, então, constituído advogado, o qual foi intimado, para apresentação da peça processual cabível.

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Page 1: casos praticos

Caso 01

Maria, ao deixar o trabalho sob forte chuva, apoderou-se de um guarda-chuva alheio supondo ser próprio, visto que ele guardava todas as características e semelhanças com o objeto de sua propriedade. O legítimo proprietário do objeto, o senhor Mévio, dias após, a surpreendeu na posse do bem e acusou-a de furto, vindo então a procurar a autoridade policial competente para apurar os fatos. O juiz da 1ª Vara Criminal da Comarca do Município X recebeu a denúncia e mandou citar a ré para apresentar defesa. Maria não foi encontrada uma vez em sua residência, tendo seu marido informado que ela estava no trabalho. Por esta razão o oficial de justiça a citou por hora certa. Maria contratou você como Advogado.

Caso 02

Maria e Mévio são casados há mais de 20 anos e possuem uma conta conjunta, podendo ambos assinarem cheques e realizarem saques da conta corrente. Certo dia, Maria emite um cheque no valor de R$ 1.000 (mil) reais, desconhecendo que, no mesmo dia, Mévio havia sacado quase a totalidade do saldo disponível na conta do casal. Em virtude de tal conduta, o cheque foi recusado por falta de provisão de fundos, tendo o portador do cheque emitido por Maria procurado a autoridade policial competente e a acusado da prática do crime de estelionato. Maria foi denunciada pelo crime de estelionato praticado mediante a emissão sem provisão de fundos, Art. 171, parágrafo 2º, do Código Penal. O juiz recebeu a denúncia e mandou citar a ré, tendo esta apresentado defesa por meio de defensor público nomeado pelo juiz. Na fase de instrução probatória, Maria alegou que desconhecia que seu marido tinha realizado um saque na conta conjunta do casal de quase a totalidade do saldo disponível, tendo em vista que, se tivesse conhecimento deste fato, jamais iria emitir um cheque. Na fase processual prevista no art. 402 do Código de Processo Penal, as partes nada requereram. Em manifestação escrita, o Ministério Público pugnou pela condenação da ré nos exatos termos da denúncia, tendo Maria, então, constituído advogado, o qual foi intimado, para apresentação da peça processual cabível.

Caso 03

Caio apresentou queixa-crime contra Tício pelo crime de dano qualificado pelo fato de ter causado prejuízo considerável para a vítima, nos termos do Art. 163, parágrafo único, IV, do Código Penal. Foi marcada audiência de instrução para o dia 01.02.2012, tendo o querelante, o querelado e seus respectivos patronos sido intimados regularmente, entretanto, não compareceram. O juiz, ao término da audiência de instrução, julgou a queixa procedente contra Tício e o condenou à pena de 8 meses de detenção, com direito à sursis. O advogado de Tício foi intimado da sentença para apresentar a peça processual cabível.

Page 2: casos praticos

Caso 04

Mévio foi ameaçado de morte por Tício, tendo em vista que os dois sempre discutiam publicamente e se odiavam há muitos anos. Mévio então passou a andar com uma faca, tendo em vista que morava no mesmo bairro de Tício e tinha um grande receio de ser atacado a qualquer momento. Certo dia, por volta das 22h, quando Mévio estava chegando à sua residência, foi surpreendido por Tício, tendo este colocado uma das mãos em um bolso de sua calça. Neste exato momento, Mévio, imaginando que Tício iria lhe agredir, desferiu 5 facadas na barriga de Tício com a intenção de matá-lo, vindo este a morrer. Após a morte de Tício, Mévio verificou que o que existia no bolso deste era uma carta de desculpas, querendo selar a paz entre eles. Mévio foi pronunciado perante a 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca do Município Delta. O advogado de Mévio foi intimado da decisão.

Caso 5

Tício foi condenado definitivamente perante a 4.ª, 5.ª, 6.ª e a 7.ª Varas Criminais da Comarca X, respectivamente, por ter subtraído, em cada um dos dias 01/07/2011, 02/07/2011, 03/07/2011 e 04/07/2011, aparelho de som automotivo do interior de veículo estacionado, mediante arrombamento do vidro traseiro, estando incurso nas penas do crime de furto qualificado pelo rompimento de obstáculo a subtração da coisa, nos termos do Art. 155, § 4º, I do Código Penal. O réu começou a cumprir todas as penas privativas de liberdade, tendo requerido ao juiz da execução penal da Comarca X a unificação das penas, pedido este que foi negado. Na qualidade de advogado constituído por Tício, apresente a medida judicial privativa de advogado cabível para beneficiar o condenado.

Caso 06

Maria, empolgada porque tinha terminado o curso de jornalismo, resolveu alterar o seu diploma, no intuito de brincar com seus amigos, inserindo declaração falsa sobre fato juridicamente relevante, tendo sido denunciada pelo representante do Ministério Público pelo crime de falsificação de documento público, previsto no art. 297 do CP. O juiz da 12ª Vara criminal da Comarca do Município H, capital do Estado X, recebeu a denúncia, sob a alegação de que vislumbrava os requisitos constantes no art. 41 do CPP. Maria foi citada pessoalmente, tendo contratado um advogado para patrocinar sua defesa.