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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo Presidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013 Resenha de Matérias Técnicas nº. 689, de 20|09|2012 Veículos pesquisados no período de: 12|09|2012 a 18|09|2012 DOU DOE-SP DOC-SP CENOFISCO FISCOSOFT IOB CRC SP LEFISC – CAMARB – WWW.SENADO.GOV.BR – ADMINISTRADORES.COM – EURICO MARCOS DINIZ DE SANTI Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

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Page 1: Casa do Contabilista Marilia – Contabilidade€¦ · Web viewICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.390, DE 14/09/2012 30 ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.391, DE

Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São PauloPresidente: Luiz Fernando Nóbrega | Gestão: 2012- 2013

Resenha de Matérias Técnicasnº. 689, de 20|09|2012

Veículos pesquisados no período de: 12|09|2012 a 18|09|2012

DOU – DOE-SP – DOC-SP – CENOFISCO – FISCOSOFT – IOB – CRC SP – LEFISC –

CAMARB – WWW.SENADO.GOV.BR – ADMINISTRADORES.COM – EURICO

MARCOS DINIZ DE SANTI

Elaborada pela Comissão Ciclo de Palestras: Julio Linuesa Perez, Neusa Prone Teixeira da Silva, Ana Maria Costa, Antonio Eugênio Cecchinato, Bruno Roberto Kalkevicius, Cibele Pereira Costa, Manoel do Nascimento Veríssimo, Nobuya Yomura, Oswaldo Pereira, Ronaldo Raymundo Saunier Martins, Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, Wanderley Antonio Laporta, Wanderley Aparecido Justi, Luiz Bertasi Filho.

A reprodução total ou parcial, bem como a reprodução a partir desta obra intelectual, de qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, de fotocópias e de gravação, somente poderá ocorrer com a permissão expressa do seu Autor (Lei n. 9610).

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS:É PROIBIDA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE MATERIAL, DE QUALQUER FORMA OU POR QUALQUER MEIO. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ARTIGO 184.

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Í N D I C E

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A F E D E R A L ................................................................4

CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE BALANÇO – JANEIRO DE 2012

– ADE COTIR Nº 26, DE 17/09/2012................................................................................................................. 4

CRIMES DE “LAVAGEM” DE BENS, DIREITOS E VALORES – REGRAS APLICÁVEIS A PARTIR DE

10.07.2012 – ROTEIRO..................................................................................................................................... 4

EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL: CONTADORES E TÉCNICOS EM CONTABILIDADE –

ROTEIRO........................................................................................................................................................... 4

I P I: ANULAÇÃO DE CRÉDITOS FISCAIS – DETERIORAÇÃO, FURTO, INCÊNDIO – COMENTÁRIO........5

LUCRO PRESUMIDO: PESSOA JURÍDICA OPTANTE QUE RETORNA À TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO

REAL – PROCEDIMENTO................................................................................................................................. 5

REGISTRO DO COMÉRCIO: ALTERAÇÕES – IN DNRC Nº 121, DE 11/09/2012...........................................6

REGISTRO DO COMÉRCIO: ALTERADO O QUADRO ENUMERATIVO DOS ATOS EMPRESARIAIS

SUJEITOS A APROVAÇÃO PRÉVIA – COMENTÁRIO..................................................................................12

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A E S T A D U A L ..........................................................1 2

ICMS / NACIONAL: ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – EFD – ROTEIRO.................................................12

ICMS: “DELEGAÇÃO DO ÔNUS DA FISCALIZAÇÃO NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS E

IMPOSSIBILIDADE DA DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE RETROAGIR EM FACE DE CONTRIBUINTE

DE BOA-FÉ: “PRINCÍPIO DA COMODIDADE FISCAL” EM QUE PROBLEMAS DE LOGÍSTICA DA

LEGISLAÇÃO E INEFICIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL SÃO TRANSFERIDOS AO

CONTRIBUINTE.” – ARTIGO.......................................................................................................................... 13

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.389, DE 14/09/2012................................................................29

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.390, DE 14/09/2012................................................................30

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.391, DE 14/09/2012................................................................31

ICMS: DISCIPLINA O PROGRAMA DE INCENTIVO À INDÚSTRIA DE PRODUÇÃO – PETRÓLEO E GÁS

NATURAL – DEC. EST. SP Nº 58.388, DE 14/09/2012...................................................................................32

ICMS: GORJETA – EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO – COMENTÁRIO.................................................34

L E G I S L A Ç Ã O T R I B U T Á R I A M U N I C I P A L .........................................................3 6

ALVARÁS: ESTABELECE PROCEDIMENTOS PARA A EXPEDIÇÃO POR VIA ELETRÔNICA – DEC. MUN.

SÃO PAULO/SP Nº 53.415, DE 17/09/2012....................................................................................................36

VALET-SERVICE: ALTERAÇÕES – IN SF E SUREM/PMSP Nº 14, DE 06/09/2012......................................40

L E G I S L A Ç Ã O T R A B A L H I S T A E P R E V I D E N C I Á R I A .................................4 2

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA.........................................................................................................................42

BOLSA-ATLETA: ALTERAÇÕES – DEC. Nº 7.802, DE 13/09/2012...............................................................42

P A T: DIVULGADAS NOVAS INSTRUÇÕES SOBRE A EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO

DO TRABALHADOR – COMENTÁRIO............................................................................................................44

P A T: PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR – ALTERAÇÕES – PORT. SIT/DSST Nº 335,

DE 12/09/2012................................................................................................................................................. 45

P L R: PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS – PROCEDIMENTO.............................................46

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA...................................................................................................................48

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E OUTRAS ALTERAÇÕES: LEI Nº 12.715, DE 17/09/2012............49

T V C R C - S P ....................................................................................................................4 9

ASSISTA AO PROGRAMA: “ESPAÇO TÉCNICO”..........................................................................................49

M E D I A Ç Ã O E A R B I T R A G E M ...................................................................................4 9

“A LEI DE ARBITRAGEM E SUA RELAÇÃO COM O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR” - ARTIGO

......................................................................................................................................................................... 49

C U L T U R A .............................................................................................................................5 1

“COMO A CONTABILIDADE PODE AJUDÁ-LO NA ADMINISTRAÇÃO DO SEU NEGÓCIO” – ARTIGO......51

E S P A Ç O C I D A D A N I A ...................................................................................................5 3

“COMISSÃO DO SENADO APROVA INCLUSÃO DA DISCIPLINA CIDADANIA MORAL E ÉTICA NO

CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL” – ARTIGO................................................................................53

E S P A Ç O : P E R G U N T A S & R E S P O S T A S ...........................................................5 3

P: O CONTRIBUINTE DEVE GERAR INFORMAÇÕES ACESSÓRIAS COMO SINTEGRA, GIA, LIVROS

FISCAIS, ETC.. ?............................................................................................................................................. 53

P: POSSO OPTAR TRIBUTAR UMA EMPRESA INATIVA ALGUNS ANOS E RETORNANDO A ATIVIDADE

AGORA EM OUTUBRO COMO LUCRO PRESUMIDO POR FLUXO DE CAIXA CONFORME SRF IN

104/1998?........................................................................................................................................................ 54

P: POSSO REVER A TRIBUTAÇÃO DE OUTRA EMPRESA TRIBUTADA PELO LUCRO PRESUMIDO

PELO SISTEMA DE COMPETÊNCIA QUE TEVE ENVIADO SUAS DCTF E DACON NO PRAZO, POREM

NÃO EFETUOU PAGAMENTO PARA LUCRO PRESUMIDO POR FLUXO DE CAIXA E APÓS SOLICITAR

PARCELAMENTO?.......................................................................................................................................... 54

P: QUAL A FINALIDADE DO REGISTRO C130, PARA INFORMAÇÕES DE ISSQN, IRRF E PREVIDÊNCIA

SOCIAL?.......................................................................................................................................................... 54

3

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P: QUEM DEVE PROVIDENCIAR O CEI? O DONO DO PRÉDIO OU A EMPREITEIRA CONTRATADA

PARA FAZER UMA PARTE DA RESTAURAÇÃO COMO A PINTURA DA FACHADA DA FRENTE?...........54

P: NO TÉRMINO ANTECIPADO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA, INDEPENDENTE DE QUEM DÁ O

AVISO (EMPREGADO OU EMPREGADOR) É O MESMO PRAZO? QUAIS AS SANÇÕES PELO NÃO

CUMPRIMENTO DESTE PRAZO?.................................................................................................................. 54

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL

CONTABILIDADE: TAXAS DE CÂMBIO PARA FINS DE ELABORAÇÃO DE BALANÇO – JANEIRO DE 2012 – ADE COTIR Nº 26, DE 17/09/2012

Divulga taxas de câmbio para fins de elaboração de balanço relativo ao mês de janeiro de 2012.

A COORDENADORA DE TRIBUTOS SOBRE A RENDA, PATRIMÔNIO E OPERAÇÕES FINANCEIRAS, no uso de sua competência delegada pelo art. 3º da Portaria Cosit nº 3, de 8 de maio de 2008, e tendo em vista o disposto nos arts. 35 36 e 37 da Lei nº 8.981, de 20 de janeiro de 1995, no art. 8º da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e nos arts. 375 a 378 do Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto de Renda (RIR/1999), Declara: Art. 1º Para fins de determinação do lucro real, no reconhecimento das variações monetárias decorrentes de atualizações de créditos ou obrigações em moeda estrangeira, quando da elaboração do balanço relativo ao mês de janeiro de 2012, na apuração do imposto de renda das pessoas jurídicas em geral, serão utilizadas as taxas de compra e de venda disponíveis no Sistema de Informações Banco Central (Sisbacen), em 31 de janeiro de 2012. Art. 2º As cotações das principais moedas a serem utilizadas nas condições do art. 1º deste Ato Declaratório Executivo são:

Código Moeda Cotação Compra R$ Cotação Venda R$

220 Dólar dos Estados Unidos 1,7385 1,7391

978 Euro 2,2844 2,2854

425 Franco Suíço 1,8956 1,8965

470 Iene Japonês 0,02281 0,02283

540 Libra Esterlina 2,7434 2,7445

CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA

FONTE: Diário Oficial da União – 18/09/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

CRIMES DE “LAVAGEM” DE BENS, DIREITOS E VALORES – REGRAS APLICÁVEIS A PARTIR DE 10.07.2012 – ROTEIRO

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: FISCOSoft .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

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EXERCÍCIO DA ATIVIDADE PROFISSIONAL: CONTADORES E TÉCNICOS EM CONTABILIDADE – ROTEIRO

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: FISCOSoft .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

I P I: ANULAÇÃO DE CRÉDITOS FISCAIS – DETERIORAÇÃO, FURTO, INCÊNDIO – COMENTÁRIO

SUMÁRIO:1. 1. Introdução 2. 2. Manifestações da SRF 1. IntroduçãoSerá anulado, mediante estorno na escrita fiscal, o crédito do imposto relativo a matérias-primas, produtos intermediários, material de embalagem e quaisquer outros produtos que hajam sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma sorte.2. Manifestações da SRF Reaproveitamento do produto: Não será exigida a anulação de crédito na hipótese de inutilização de produtos em que o material resultante se destine ao reaproveitamento na composição de novos produtos, uma vez que não caracteriza perda da matéria-prima (Parecer Normativo CST nº 342/71, item 7).Produtos tornados irrecuperáveis: Não poderá ser mantido o crédito do IPI feito por ocasião da entrada de matérias-primas, produtos intermediários e/ou material de embalagem, utilizados no processo de industrialização de produtos depois tornados irrecuperáveis, por motivo de quebra, deterioração, etc. (Parecer Normativo CST nº 65/75, item 4).Produtos objeto de furto e roubo: O contribuinte poderá efetuar a baixa do estoque de produtos comprovadamente desaparecidos em virtude de furto ou roubo, desde que estes estejam relacionados em documento fornecido por autoridade policial competente, nas ocorrências verificadas após a saída - produtos em trânsito (Parecer Normativo CST nº 112/71).Quebra de estoques de insumos: Poderão ser constatadas quebras de estoque de insumos em decorrência, por exemplo, de perecimento, deterioração, evaporação, etc., de matérias-primas, no almoxarifado. Tais quebras serão admitidas em casos excepcionais, previamente justificadas e aprovadas em processo, junto à repartição fiscal da Secretaria da Receita Federal (Parecer Normativo CST nº 45/77, item 5).Anulação do crédito: Não cumprido o ciclo previsto para o exercício do direito do crédito, ou seja, o emprego das matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem na industrialização de produtos tributados e a saída destes do estabelecimento industrial, devida será a anulação do crédito pelo sistema de estorno - furto, incêndio ou deterioração das referidas matérias-primas (Parecer Normativo CST nº 91/71).

FONTE: LEFISC .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

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LUCRO PRESUMIDO: PESSOA JURÍDICA OPTANTE QUE RETORNA À TRIBUTAÇÃO PELO LUCRO REAL – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Introdução 2. Procedimentos a Serem Observados para Obtenção dos Valores Iniciais 3. Tratamento Aplicável às Quotas de Depreciação, Amortização e Exaustão 1. Introdução A pessoa jurídica optante pelo regime de tributação do Imposto de Renda com base no lucro presumido não está obrigada a manter escrituração contábil, desde que escriture Livro Caixa, conforme disposto no art. 527 do RIR/99, nessa hipótese, se pretender retornar à tributação pelo lucro real, deverá observar alguns procedimentos que analisaremos neste texto.2. Procedimentos a Serem Observados para Obtenção dos Valores Iniciais No balanço de abertura a ser procedido na data do início do período de apuração (trimestral ou anual com recolhimentos mensais com base na estimativa), cujos resultados serão submetidos à tributação com base no lucro real, a pessoa jurídica deverá adotar o seguinte tratamento relativamente às situações a seguir descritas: I - A pessoa jurídica que nunca manteve escrituração contábil para fins de Imposto de Renda deverá tomar como base, para determinar o valor a ser registrado, o custo de aquisição dos bens do ativo imobilizado e dos investimentos, bem como o valor do capital social, corrigidos monetariamente até 31/12/1995, quando se tratar de valores já existentes até essa data, e para os bens e direitos adquiridos posteriormente, ou no caso da pessoa jurídica que iniciou suas atividades após essa data, deverá ser considerado o custo de aquisição sem qualquer correção monetária, observada a legislação aplicável. II - Na hipótese de a pessoa jurídica ter abandonado a escrituração ao optar pelo lucro presumido, mas possuir a escrituração anterior, deverá considerar no balanço de abertura:a) para os bens já existentes em 31/12/1995, que foram objeto de correção monetária anteriormente, o valor corrigido monetariamente desde o último período em que foi objeto de correção monetária até a data de 31/12/1995;b) para os bens da pessoa jurídica que nunca foram objeto de correção:b.1) se tiverem sido adquiridos até 31/12/1995, deverão ser corrigidos até essa data; e b.2) para os adquiridos posteriormente, ou para as pessoas jurídicas que iniciaram suas atividades após tal data, considerar o custo de aquisição sem qualquer correção monetária;c) em quaisquer das situações dos itens “a” ou “b” anteriores, a diferença entre o Ativo e o Passivo será classificada como lucros ou prejuízos acumulados, observado que por se tratar de prejuízo meramente contábil não poderá ser objeto de compensação na apuração do lucro real. III - A pessoa jurídica que manteve escrituração regular, embora desobrigada, deverá montar o balanço de abertura com a simples transposição dos valores expressos no último balanço patrimonial levantado, se correspondente a 31 de dezembro do ano-calendário anterior, ou no balancete de verificação que se transformará em balanço patrimonial para consolidar os resultados ali registrados (31 de dezembro).3. Tratamento Aplicável às Quotas de Depreciação, Amortização e Exaustão No balanço de abertura deverão ser consideradas como utilizadas as quotas de depreciação, amortização e exaustão, que seriam cabíveis nos períodos de apuração anteriores ao do referido balanço de abertura, em que se submeteram ao lucro presumido. Esse procedimento deverá ser observado por todas as pessoas jurídicas que se retirarem (ou forem excluídas) do regime de tributação com base no lucro presumido, tenham ou não mantido escrituração contábil nesse período. No caso de ter mantido escrituração e não ter efetuado o lançamento dos encargos, o ajuste contábil será feito contra a conta de lucros ou prejuízos acumulados, não afetando o resultado do período de apuração (Parecer Normativo CST nº 33/78).

FONTE: CENOFISCO. 6

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______________________________Fim de Matéria__________________________________

REGISTRO DO COMÉRCIO: ALTERAÇÕES – IN DNRC Nº 121, DE 11/09/2012

Altera o Anexo da Instrução Normativa nº 114, de 30 de setembro de 2011, que "Aprova o quadro enumerativo dos atos empresariais sujeitos à aprovação prévia de órgãos e entidades governamentais para registro nas Juntas Comerciais e dá outras providências".

O DIRETOR DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DO COMÉRCIO - DNRC, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, tendo em vista o disposto no inc. VIII do art. 35 e art. 40 da mencionada Lei e, considerando as sugestões oferecidas pela Consultoria Jurídica junto ao Ministério das Comunicações - PARECER Nº 584/2012/LBC/CGNS/CONJUR-MC/AGU, Resolve: Art. 1º O Anexo da Instrução Normativa nº 114, de 30 de setembro de 2011, publicada no Diário Oficial da União de 3 de outubro de 2011, que "Aprova o quadro enumerativo dos atos empresariais sujeitos à aprovação prévia de órgãos e entidades governamentais para registro nas Juntas Comerciais e dá outras providências.", passa a vigorar consoante o Anexo desta Instrução Normativa. Art. 2º Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação.

JOÃO ELIAS CARDOSO ANEXO

(Alterada pela Instrução Normativa Nº 121, de 11/9/2012) Atos sujeitos à aprovação prévia de Órgãos e Entidades Governamentais

Item Objeto Natureza do ato

Fundamentação legal/regulamentar Órgão de Aprovação

1

Instituições Financeiras e Assemelhadas - Públicas e Privadas:

- Caixas Econômicas

- Bancos Comerciais

- Bancos Múltiplos

a) ato constitutivo;

b) Assembleia Geral / Reunião de Diretoria ou de Conselho de Administração, ou ato societário assemelhado que trate de:

1. constituição;

- Lei nº 4.595/1964 (art. 10, X)

- Lei nº 11.795/2008

- Lei Nº 5.764/1971 (arts. 17,18 e 20)

- Constituição Federal de 1988 (art.192)

- Lei Complementar nº 130/2009 (art. 12, I)

BACEN

(Banco Central do Brasil)

1 - Bancos de Desenvolvimento

- Bancos de Investimento

- Bancos de Câmbio

- Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento

2. alteração estatutária;

3. modificação no capital;

4. transformação, fusão, cisão e incorporação;

5. eleição/nomeação de administradores

- Resolução CMN nº 2.735/2000.

- Resolução CMN nº 1.770/1990

- Resolução CMN nº 2.122/1994

- Res. CMN nº 2.735/2000

- Res. CMN nº 2.828/2001

BACEN

(Banco Central do Brasil)

7

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e membros de órgãos estatutários;

1 - Sociedades Corretoras de Câmbio e de Títulos e Valores Mobiliários

- Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários - Sociedades de Crédito Imobiliário

6. instalação de agências e transferência de sede;

c) Contrato social e suas alterações;

d) Escritura pública de constituição;

e) Dissolução e liquidação ordinária.

- Res. CMN nº 3.040/2002

- Res. CMN nº 3.426/2006

- Res. CMN nº 3.567/2006

- Res. CMN nº 3.859/2010

- Circular BCB nº 3.433/2009

BACEN

(Banco Central do Brasil)

1 - Sociedades de Arrendamento Mercantil

- Cooperativas de Crédito

- Agências de Fomento

- Associações de Poupança e Empréstimo - Companhias Hipotecárias

OBS.: Não dependem de aprovação prévia do BACEN os seguintes atos:

a) Asset - securitização de ativos empresariais e negócios pertinentes;

b) Agente autônomo de Investimentos;

BACEN

(Banco Central do Brasil)

1 - Sociedades de Crédito ao microempreendedor e a EPP

- Sociedades Administradoras de Consórcios

c) Correspondente no País;

d) Administração de cartões de crédito;

e) Fomento Mercantil (factoring);

f) Abertura de Pontos de Atendimento de Cooperativas - PAC's;

BACEN

(Banco Central do Brasil)

1 g) Mudança de endereço dentro do mesmo município, sem reforma do estatuto social;

h) Aquisição de imóvel;

i) Alteração Contratual de agência de turismo;

BACEN

(Banco Central do Brasil)

8

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j) Remanejamento de cargo, dentro do mesmo órgão

1 estatutário, de membros já previamente aprovados pelo Banco central; e

k) Atos societários que não contemplem deliberações que dependam de aprovação do Banco Central (principalmente AGO's sem eleição de membros de órgãos estatutários e sem reforma estatutária).

BACEN

(Banco Central do Brasil)

2 Sociedades estrangeiras

Pedido de autorização para funcionamento e alterações de qualquer natureza de sociedades mercantis estrangeiras, filial, sucursal, agência ou escritório.

- Decreto-Lei nº 2.627/1940 (arts. 59 a 73)

- Art. 1.134 do Código Civil de 2002

- IN DNRC nº 81/1999

- Lei nº 4.595/1964 (art.18)

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ou Banco Central do Brasil para as atividades relacionadas no item 1 deste Anexo

3 Estatais (sociedade de economia mista e empresa pública)

a) constituição de empresa estatal

b) assunção do controle de empresa por empresa estatal;

c) incorporação de empresa estatal por empresa estatal, e

d) liquidação de empresa estatal.

- Constituição Federal de 1988 (art. 37, XIX)

- Ver Constituição Estadual ou

- Lei Orgânica do Município

Gov.Federal/Estadual/Municipal

4 1 - Serviços aéreos públicos (transporte aéreo regular ou não)

1 - a) ato constitutivo;

b) alterações do ato constitutivo;

c) cessão ou transferência de ações de sociedades

- Decreto-Lei nº 2.627/1940 (arts. 59 a 73)

- Lei nº 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica - arts. 184; 185, § 2º; 206 a 209)

- Lei nº 11.182/2005 (arts. 8º, XIV e 43)

ANAC

(Agência Nacional de Aviação Civil)

9

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nacionais:

1. que alterem o controle societário;.

4 2. que levem o adquirente a possuir mais de 10%do capital social;

3. que representem 2% do capital social;

4. em caso de transferência de ações a estrangeiros.

ANAC

(Agência Nacional de Aviação Civil)

4 2 - Serviços aéreos (Sociedades estrangeiras)

2 - a) atos constitutivos;

b) alterações dos atos constitutivos;

c) investidura de administradores das sociedades.

ANAC

(Agência Nacional de Aviação Civil)

5 1 - Serviços de Telecomunicações.

1 - a) cisão, fusão, transformação, incorporação, redução do capital ou transferência do controle societário;

b) transferência de outorga.

- Lei nº 9.472/1997 (arts. 71, 97, 98 e 136, § 2º), Resolução Anatel nº 101/1999 (art. 6º).

ANATEL

(Agência Nacional de Telecomunicações)

5 2 - Serviços de Radiodifusão.

2 - a) alteração do objeto social;

b)modificação do quadro diretivo;

c) alteração do controle societário;

d) transferência da outorga.

- Lei nº 4.117/1961 (art. 38, c); Decreto-Lei nº 236/1967 (art. 12, § 6º); Decreto nº 52.795/1963 (art.28, item 10, a e b; art. 94, §§ 3º e 4º; art. 96, §§ 2º e 3º).

Ministério das Comunicações e Presidente da República (este nos casos de transferência direta ou indireta de concessão de radiodifusão de sons e imagens)

6 Serviços em faixa de fronteira de:

- Radiodifusão;

- mineração;

- colonização;

a) atos constitutivos e alterações posteriores

b) abertura de filiais, agências, sucursais, posto ou quaisquer outros estabelecimentos

- Lei nº 6.634/1979 (art. 2º)

- Decreto nº 85.064/1980 (arts. 34, 42 e 43)

Conselho de Defesa Nacional

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com poder de representação da sede relacionados com a prática de atos

6 - loteamentos rurais;

- Pessoa jurídica de qualquer natureza que tenha imóvel rural localizado na faixa de fronteira.

que exijam assentimento prévio;

c) participação de estrangeiro na empresa.

Conselho de Defesa Nacional

7 Transporte regular de passageiros

(rodoviário e ferroviário interestadual ou internacional)

a) transferência de concessão/outorga;

b) transferência do controle societário.

- Lei nº 8.987/1995 (art. 27)

- Lei nº 10.233/2001 (art. 30)

- Ofício Circular Nº 128/2007/SCS/DNRC/GAB

ANTT

(Agência Nacional de Transportes Terrestres)

8 Vigilância patrimonial

Transporte de valores

Segurança de pessoas físicas

Escolta armada

Curso de formação de vigilantes

Alteração de atos constitutivos, salvo quando a alteração tratar exclusivamente de aumento de capital.

- Lei nº 7.102/1983 (arts. 10 e 20, I)

- Decreto nº 89.056/1983 (art. 32, § 1º, "b" e § 2º)

- Portaria nº 387/2006/DG/DPF, de 2006 (arts. 5º, 5º-A, e 102)

Departamento de Polícia Federal

9 1 - Sociedades Seguradoras

Sociedades de Capitalização

Sociedades Abertas de Previdência Complementar

Sociedades Resseguradoras locais

1 - a) constituição;

b) alteração contratual ou estatutária;

c) eleição e destituição de administradores;

d) cisão, fusão, incorporação, transformação;

e) transferência de controle acionário;

- Decreto-Lei nº 2.627/1940 (arts. 59 a 73)

- Decreto-Lei nº 73/1966 (art. 74 e seguintes)

- Decreto-Lei nº 261/1967 (art. 3º)

- Lei Complementar nº 109/2001 (art. 38)

SUSEP

(Superintendência de Seguros Privados)

9 2 - Escritório de Representação de Resseguradoras admitidas

f) extinção da sociedade.

2-a) ato de abertura de escritório de representação no Brasil;

- Lei Complementar nº 126/2007 (arts. 2º, 3º, 5º, 8º, § 2º)

- Circular SUSEP nº 260/2004

SUSEP

(Superintendência de Seguros Privados)

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b) ato de eleição ou nomeação de representante no Brasil, represen-tante adjunto no Brasil ou procurador com amplos

- Circular SUSEP nº 298/2005

- Resolução CNSP nº 136/2005

9 3 - Sociedades Corretoras de Resseguros

poderes administrativos e judiciais e encerramento de atividades.

3 - a) alteração do objeto;

b) extinção da sociedade.

- Resolução CNSP nº 166/2007

- Resolução CNSP nº 168/2007

- Resolução CNSP nº 173/2007

SUSEP

(Superintendência de Seguros Privados)

9 4 - Sociedades Corretoras de Resseguros estrangeiras

4 - a) ato de abertura de filiais, agências, sucursais, posto ou quaisquer outros estabelecimentos;

b) alteração contratual ou estatutária;

c) extinção da sociedade.

SUSEP

(Superintendência de Seguros Privados)

10 Agentes Prestadores de serviços de energia elétrica

a) alteração do controle societário;

b) eleição de administradores.

- Lei nº 9.427/1996 (art. 2º)

- Resolução Normativa ANEEL nº 149/2005

ANEEL

(Agência Nacional de Energia Elétrica)

FONTE: Diário Oficial da União – 17/09/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

REGISTRO DO COMÉRCIO: ALTERADO O QUADRO ENUMERATIVO DOS ATOS EMPRESARIAIS SUJEITOS A APROVAÇÃO PRÉVIA – COMENTÁRIO

Por meio da norma em referência, o Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC) alterou o quadro enumerativo dos atos empresariais sujeitos à aprovação prévia de órgãos e entidades governamentais para registro nas Juntas Comerciais, constante do Anexo à Instrução Normativa DNRC nº 114/2011.

FONTE: IOB.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA ESTADUAL

ICMS / NACIONAL: ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – EFD – ROTEIRO

Clique aqui para acessar esta matéria ou acesse: www.crcsp.org.br em Desenvolvimento Profissional / Resenha Técnica / Resenha da Semana.

FONTE: FISCOSoft .

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: “DELEGAÇÃO DO ÔNUS DA FISCALIZAÇÃO NAS OPERAÇÕES INTERESTADUAIS E IMPOSSIBILIDADE DA DECLARAÇÃO DE INIDONEIDADE RETROAGIR EM FACE DE CONTRIBUINTE DE BOA-FÉ: “PRINCÍPIO DA COMODIDADE FISCAL” EM QUE PROBLEMAS DE LOGÍSTICA DA LEGISLAÇÃO E INEFICIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO FISCAL SÃO TRANSFERIDOS AO CONTRIBUINTE.” – ARTIGO

1 - O ato jurídico de inscrição no cadastro de contribuintes de SP, o SINTEGRA e seus efeitos e o Ato Declaratório de Inidoneidade como fato jurídico que atua na conformação do fato gerador do ICMS Abrir uma empresa em Delaware nos Estados Unidos é uma operação que pode demorar 30 minutos, é realizada via internet no site do próprio Governo do Estado e as custas podem ser pagas via cartão de crédito. No Chile, no máximo em 24 horas tem-se aberta a pessoa jurídica. Não é esse o caso do Brasil, nem do Estado de São Paulo, em que a criação de uma empresa cumulada com a sua efetiva autorização para operar em conformidade com o Cadastro de Contribuintes do ICMS pode demorar meses, tudo em função do alto grau de controle e exigência do Fisco paulista nesse ato administrativo de inscrição, ex vi do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000 ("RICMS/SP"): CAPÍTULO IV - DO CADASTRO DE CONTRIBUINTESSEÇÃO I - DA INSCRIÇÃOSUBSEÇÃO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAISArt. 19. Desde que pretendam praticar com habitualidade operações relativas à circulação de mercadoria ou prestações de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação, deverão inscrever-se no Cadastro de Contribuintes do ICMS, antes do início de suas atividades (Lei 6.374/89, art. 16, com alteração da Lei 10.619/00, art. 1º, VIII):I - o industrial, o comerciante, o produtor e o gerador;II - o prestador de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação; (...)§1º Inscrever-se-ão, também, no Cadastro de Contribuintes do ICMS, antes do início de suas atividades:1 - a empresa de armazém geral, de armazém frigorífico, de silo ou de outro armazém de depósito de mercadorias;2 - o prestador de serviço de transporte de carga intramunicipal ou internacional.§2º Qualquer pessoa mencionada neste artigo que mantiver mais de um estabelecimento, seja filial, sucursal, agência, depósito, fábrica ou outro, inclusive escritório meramente administrativo, fará a inscrição em relação a cada um deles.§3º A inscrição será feita na forma estabelecida pela Secretaria da Fazenda.§4º Se o estabelecimento for imóvel rural situado no território de mais de um município, a inscrição será concedida em função da localidade da sede ou, na falta desta, do município onde se localize a maior parte de sua área neste Estado.

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§5º Em relação aos ambulantes, feirantes e prestadores autônomos de serviços, conceder-se-á a inscrição em função da localidade de sua residência. Muitos documentos e certidões são exigidos: (i) inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas ("CNPJ"); (ii) registro do Comércio; (iii) preenchimento de requisitos específicos, segundo a categoria, grupo ou setor de atividade em que se enquadrar o contribuinte; (iv) apresentação de qualquer outro documento, na forma estabelecida em ato expedido por autoridade competente; (v) prestação, por qualquer meio, de informações julgadas necessárias à apreciação do pedido; (vi) prestação de garantia ao cumprimento das obrigações tributárias em face de antecedentes fiscais que desabonem o interessado na inscrição ou os seus sócios (e.g., figurar em lista relativa à emissão de documentos inidôneos ou em lista de pessoas inidôneas elaborada por órgão da administração federal, estadual ou municipal) etc. Além disso, o contribuinte está sujeito à suspensão ou cassação da eficácia de sua inscrição a qualquer tempo, tudo conforme dispõe o RICMS/SP: Art. 20. No ato da inscrição deverá o contribuinte apresentar (Lei 6.374/89, arts. 16, §5º, 17 e 18):I - provas de identidade e residência;II - prova de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda - CNPJ, quando obrigatória;III - documentos submetidos ao Registro do Comércio, quando exigido pela legislação federal.§1º Poderá, ainda, a Secretaria da Fazenda, antes de conceder a inscrição, exigir: 1 - o preenchimento de requisitos específicos, segundo a categoria, grupo ou setor de atividade em que se enquadrar o contribuinte; 2 - a apresentação de qualquer outro documento, na forma estabelecida em ato expedido por autoridade competente; 3 - a prestação, por qualquer meio, de informações julgadas necessárias à apreciação do pedido; 4 - a prestação de garantia ao cumprimento das obrigações tributárias, em face de antecedentes fiscais que desabonem o interessado na inscrição ou os seus sócios.§2º São exemplos de antecedentes fiscais desabonadores, para o fim do item 4 do parágrafo anterior:(...)§5º Concedida a inscrição, a superveniência de qualquer dos fatos arrolados no § 2º ensejará a exigência da garantia prevista neste artigo, sujeitando-se o contribuinte à suspensão ou cassação da eficácia de sua inscrição caso não a ofereça no prazo fixado.§6º Poderá a Secretaria da Fazenda estabelecer forma diversa de verificação dos documentos previstos no "caput". Tais pressupostos são os fatos jurídicos necessários que influem positivamente na formação do ato administrativo de inscrição válido. São os eventos prescritos pela norma jurídica administrativa (RICMS/SP) que, realizados um a um, formam o que chamamos de fato jurídico suficiente e engendram o ato administrativo de inscrição válido(1). Se validade é a qualidade de norma válida em decorrência de fato jurídico suficiente, então, para se produzir ato-norma administrativo válido, é necessário que se deem todos os pressupostos do ato administrativo, quais sejam: a) pressupostos fácticos e documentos exigidos como motivo do ato, b) respeito ao procedimento previsto normativamente, c) agente público competente e d) publicidade do ato administrativo de inscrição (2). 1.1 - Validade do ato jurídico da inscrição no Cadastro de Contribuintes, imposição à Diretoria de Informações da verificação e atualização mensal desses dados e competência para sua cassação, segundo as regras do RICMS/SP O ato administrativo de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS é norma jurídica individual e concreta que altera e inova o sistema do direito. Contudo como toda norma jurídica, pode ser revogada ou invalidada em função de outro ato administrativo produzido por autoridade competente. Neste sentido, dispõe a Portaria CAT-95/2006 (que revogou a Portaria CAT-19/2001): PORTARIA CAT - 95, de 24 de novembro de 2006

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Dispõe sobre a suspensão, cassação e nulidade da eficácia da inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS e dá outras providênciasO Coordenador da Administração Tributária, tendo em vista o disposto nos artigos 30 e 31 do RICMS/SP, aprovado pelo Decreto nº 45.490, de 30 de novembro de 2000, expede a seguinte portaria:CAPÍTULO I - DA SITUAÇÃO CADASTRALSEÇÃO I - DO ENQUADRAMENTOArt. 1º. A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS poderá estar enquadrada como: I - ativa;II - suspensa;III - inapta;IV - baixada;V - nula.SEÇÃO II - DA INSCRIÇÃO ATIVAArt. 2º. A inscrição será considerada ativa quando estiver regular perante o Cadastro de Contribuintes do ICMS da Secretaria da Fazenda.SEÇÃO III - DA SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DA INSCRIÇÃOArt. 3º A eficácia da inscrição será suspensa:I - quando o contribuinte comunicar a interrupção temporária das atividades;II - na data do pedido de baixa da inscrição até a do respectivo despacho conclusivo do Fisco;III - quando sua inatividade for presumida pelo Fisco nos termos do artigo 4º(3);IV - na data em que o Fisco promover a inscrição de ofício do estabelecimento até a da regularização efetuada pelo interessado;V - preventivamente, antes de a inscrição ser considerada inapta:a) nas hipóteses previstas nos incisos II a VII do artigo 31 do RICMS/SP;b) no enquadramento do estabelecimento como omisso ou não localizado;c) na constatação da inexistência de fato do estabelecimento;d) enquanto não forem comprovadas a origem, a disponibilidade e a efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em operações de comércio exterior, da empresa ou estabelecimento.Parágrafo único - Poderá ainda ser suspensa, preventivamente, a eficácia da inscrição: 1 - quando não for localizado o estabelecimento nas hipóteses previstas nos incisos I, III e IV do artigo 30 do Regulamento do ICMS(4), sem prejuízo do disposto no artigo 39(5);2 - enquanto não forem comprovadas a origem, a disponibilidade e a efetiva transferência, se for o caso, dos recursos empregados em operações de comércio exterior, da empresa ou estabelecimento;3 - nas demais hipóteses previstas nos artigos 30 e 31(6) do Regulamento do ICMS, enquanto se adotam providências para instauração, instrução, processamento e conclusão do procedimento administrativo de cassação ou de constatação de nulidade, conforme o caso. (destaques nossos) Além de todos esses instrumentos, periodicamente o Fisco pode presumir a inatividade do estabelecimento, exercendo controle sobre a emissão das guias de atividade do contribuinte, mediante ato de competência da diretoria de informações que, segundo o art. 5º da Portaria CAT 95/2006, tem o dever de verificar mensalmente o cadastro de contribuintes do ICMS com a finalidade de identificar aqueles que se enquadrem na situação de inatividade presumida nos termos do art. 4º (7). Reitere-se e merece destaque o dever-poder atribuído pela Portaria CAT 95/2006 e pelo RICMS/SP à diretoria de informações para fiscalizar e controlar periodicamente o fluxo de informações do contribuinte, promover o ato administrativo de alteração da situação de regularidade do contribuinte com a devida publicação no Diário Oficial do Estado do ato de cassação da eficácia das inscrições dos estabelecimentos e divulgar, nos termos do § 7º do art. 535 do RICMS/SP, no módulo de "Informações" do posto fiscal eletrônico da Secretaria da

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Fazenda, a listagem completa dos estabelecimentos que tiveram a eficácia de sua inscrição cassada e alterada sua situação cadastral: Art. 5º. A Diretoria de Informações verificará mensalmente o Cadastro de Contribuintes do ICMS com a finalidade de identificar aqueles que se enquadrem na situação de inatividade presumida nos termos do artigo 4º.§1º Os estabelecimentos identificados como presumidamente inativos terão sua situação cadastral alterada para "suspensa".§2º A Diretoria de Informações: 1 - encaminhará para publicação no Diário Oficial do Estado ato de suspensão da eficácia das inscrições dos estabelecimentos, expedido em nome do Chefe do Posto Fiscal de vinculação do estabelecimento, contendo todos os números das inscrições suspensas;2 - divulgará, nos termos do § 7º do artigo 535 do Regulamento do ICMS, no módulo de "Informações" do Posto Fiscal Eletrônico da Secretaria da Fazenda, endereço http://pfe.fazenda.sp.gov.br, a listagem completa dos estabelecimentos que tiveram a eficácia de sua inscrição suspensa, a qual poderá ser consultada por inscrição estadual - IE ou por CNPJ do contribuinte.3 - transmitirá comunicação eletrônica para o contribuinte cujo estabelecimento teve a inscrição suspensa, desde que o contribuinte esteja previamente credenciado nos termos do artigo 3º da Lei 13.918, de 22 de dezembro de 2009. §2º A Diretoria de Informações encaminhará para publicação no Diário Oficial do Estado, por meio de edital, ato relativo à suspensão da eficácia da inscrição dos estabelecimentos, efetuada nos termos deste artigo, que será expedido em nome do Chefe do Posto Fiscal de vinculação do contribuinte. Ou seja, o contribuinte torna-se idôneo mediante ato administrativo do Fisco. Para tornar-se inidôneo também exige ato administrativo - válido - emitido pelo Fisco por meio da Diretoria de Informações, em conformidade, com os motivos do ato exigidos pelo RICMS/SP, que tem o dever de mensalmente exercer o controle sobre as atividades do contribuinte. 1.2 - Dever de integração dos Fiscos Estaduais, perfil nacional do ICMS e instauração do SINTEGRA pelo CONFAZ, como instrumento de coordenação das informações sobre operações interestaduais Com o objetivo de propor a coordenação nacional e o compartilhamento das Informações sobre as operações sujeitas ao ICMS, o Secretário Executivo do CONFAZ aprovou o Regimento do Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços - SINTEGRA. ATO COTEPE/ICMS nº 35, de 13 de dezembro de 2002Aprova o Regimento do Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços - SINTEGRA.Art. 1º O Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços - SINTEGRA/ICMS é um sistema de intercâmbio de informações sobre operações interestaduais com mercadorias e serviços realizadas por contribuintes do ICMS no âmbito dos Estados e do Distrito Federal e intercâmbio de informações de interesse mútuo entre suas Administrações Tributárias e a Secretaria da Receita Federal - SRF.CAPÍTULO IIDA ADMINISTRAÇÃO DO SINTEGRAArt. 3º O Grupo de Trabalho do SINTEGRA - GT15 será composto por um representante de cada unidade da Federação e um da Secretaria da Receita Federal - SRF.Parágrafo único As reuniões do GT-15 SINTEGRA serão comunicadas aos representantes das respectivas unidades federadas e da SRF junto à COTEPE/ICMS.Art. 4º São atribuições do GT-15 SINTEGRA, especialmente:(...) VIII - propor mecanismos necessários à implantação do Sistema de Informações sobre Operações Interestaduais com Trânsito de Mercadorias - PASSE SINTEGRA;CAPÍTULO III

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DAS INFORMAÇÕES SOBRE OPERAÇÕES INTERNAS E INTERESTADUAIS COM MERCADORIAS E SERVIÇOSArt. 13 As unidades federadas deverão recepcionar mensalmente, conforme calendário por estas estabelecido, arquivo com informações digitalizadas relativas à totalidade das prestações e operações de entradas e saídas efetuadas pelos contribuintes estabelecidos em sua circunscrição, realizadas no mês anterior.Parágrafo único. O padrão das informações contidas no arquivo é o previsto no Manual de Orientação anexo ao Convênio ICMS 57/95, de 28 de junho de 1995.Art. 14 Caberá às unidades federadas agrupar as informações, devendo disponibilizá-las em rede para serem capturadas pelas demais, até o dia 15 (quinze) do mês subsequente ao da recepção.(destaques nossos) Portanto, é dever das Unidades Federadas recepcionar mensalmente, conforme calendário por elas estabelecido, arquivo com informações digitalizadas relativas à totalidade das prestações e operações de entradas e saídas efetuadas pelos contribuintes estabelecidos em sua circunscrição, realizadas a cada mês anterior, de modo a compartilhá-las com outros Fiscos, especialmente, para efeito de atualização do cadastro de constribuintes do ICMS. 1.3 - Entre normas e fatos. Efeitos dos atos administrativos de (i) inscrição no cadastro de contribuintes e (i) inidoneidade: Ambos são normas concretas e individuais entre o Fisco e o contribuinte cadastrado/inidôneo, mas funcionam como fatos jurídicos para outros contribuintes (terceiros) Como ensina Lourival Vilanova, o ser norma individual e concreta ou o ser fato jurídico são posições relativas de um mesmo enunciado normativo. Assim, o ato administrativo de inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS e o ato administrativo de inidoneidade são normas concretas e individuais entre o Fisco e o contribuinte cadastrado ou declarado inidôneo. Contudo, da perspectiva de outros contribuintes (terceiros), são fatos jurídicos, ou seja, enunciados normativos que estipulam sobre a existência ou não de dada pessoa jurídica como sujeito de direito perante a legislação do ICMS. Portanto, uma coisa é pensar o ato declaratório de inidoniedade fiscal como norma jurídica que altera outra norma jurídica válida do sistema e apresenta como sujeito passivo único o contribuinte, que depende dessa norma para ser reconhecido como tal perante o sistema jurídico do ICMS. Outra coisa, completamente distinta, é a existência dessa norma em relação a terceiros contribuintes: aqui, ela funciona como fato jurídico da existência ou inexistência legal de dado contribuinte do ICMS. Tal distinção é fundamental. Pode-se alterar uma norma jurídica retroagindo seus efeitos (ex tunc) em relação à cassação da eficácia jurídica que se estabelece entre o Fisco e o contribuinte cadastrado/inidôneo, mas não se pode retroagir a existência ou inexistência jurídica de um fato perante o ordenamento jurídico, modificando o suporte factual que orienta o comportamento do contribuinte-terceiro, que assimilou esse contexto factual operacionalizado pelo Fisco no momento da ocorrência do fato gerador do ICMS. 1.4 - Existência (ou inexistência) de ato declaratório de inidoneidade e sua influência na conformação do fato gerador do ICMS nas operações realizadas pelos contribuintes-terceiros: O ato declaratório de inidoneidade funciona como fato jurídico para o contribuinte-terceiro na relação negocial A presença ou ausência do ato declaratório de inidoneidade não configura mero instrumento procedimental do Fisco. O ato declaratório de inidoneidade funciona, também, como parte do suporte fáctico do fato gerador do ICMS, orientando a conduta do contribuinte como informação de fato: segundo o sistema jurídico positivo, esse contribuinte é reconhecido como idôneo ou não. O ser ou não pessoa jurídica inidônea é qualidade outorgada por norma jurídica produzida por autoridade pública competente para dispor sobre essa materialidade no sistema jurídico, é posição jurídica que depende de norma jurídica válida, no caso paulista produzida pela Diretoria de Informações.

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É o direito que também estipula quando ocorre o fato gerador do ICMS, segundo a Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996 ("LC 87/96"): Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:I - da saída de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; Portanto, é no momento do fato gerador que se pode apurar o cenário jurídico em que se contextualizou o espectro decisório do contribuinte-terceiro de boa-fé. E a condição necessária nessa decisão é saber qual a situação jurídica da outra parte com a qual realiza o negócio jurídico. O fato da passagem pela linha de fronteira não garante a legalidade da operação. Nem o fato da entrada no estabelecimento destinatário garante a lisura da operação, pois não obstante a "entrada física" da mercadoria no estado de destino, esse contribuinte pode não existir juridicamente. E convenhamos, pessoas jurídicas não existem senão juridicamente: não se "vê" pessoa jurídica, não aparecem em "fotografia" nem mesmo em cartão postal. Não se pode confundir a personalidade jurídica com a existência de estabelecimento operante: nada obsta que estabelecimento aparentemente inoperante exerça intensa atividade comercial, cumpra todas suas obrigações fiscais e pague seus tributos em dia... mas esse contribuinte não é um problema para o Fisco! Reitere-se, a inexistência de estabelecimento operante é apenas um indício, parte do suporte fáctico, que funciona como motivo do ato para a efetiva declaração de inexistência ou inidoneidade da pessoa jurídica. Assim, o ato declaratório de inidoneidade fiscal ajuda a compor a própria materialidade do fato gerador, estipulando se a alíquota aplicável sobre a operação tributada é interna ou externa. Pretender alterar o estado de coisas (jurídico) que orientou a conduta tributária do contribuinte-terceiro de boa-fé implica retroagir a incidência da norma tributária no plano prático da aplicação do direito, burlando o princípio constitucional da irretroatividade das normas tributárias ex vi do art. 150, III, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 ("CF/88"). 2 - Do absurdo jurídico de autuação pretender punir o contribuinte em razão da desídia da Fazenda de SP e do descaso do próprio Fisco em relação ao seu sistema de informação: Responsabilidade dispersiva, extrativismo fiscal, princípio da comodidade e um exemplo a ser seguido (thinking outside the Box) No caso concreto, em que o Fisco impõe ao contribuinte o dever de, por si própria, verificar a idoneidade dos destinatários, independentemente da declaração do sintegra, e não só no momento da venda, mas também após, quando da entrega das mercadorias. Sim, porque de nada adiantaria procurar tais informações de regularidade fiscal perante o Fisco: a Secretaria da Fazenda Estadual não oferece dados sobre os processos administrativos sofridos pelos Contribuintes e nem dá conta de atualizar o SINTEGRA de acordo com a sua obrigação de fiscalizar: afinal, ela pode declarar a inidoneidade retroativamente e afirmar que o contribuinte comete ato ilícito caracterizado por "sonegação institucional". Essa situação decorre de três problemas institucionais descritos adiante: (i) responsabilidade dispersiva, (ii) extrativismo fiscal e (iii) princípio da comodidade tributária. 2.1 - Da responsabilidade dispersiva à irresponsabilidade injustificável: Delegando ao contribuinte os deveres do Estado de fiscalizar e arrecadar tributos Isaias Coelho, ex-Secretário-Adjunto da Receita Federal, ex-diretor da Divisão de Política Tributária do Fundo Monetária Internacional (onde atuou por 20 anos) e atual Consultor dessa mesma Organização (FMI), traduz e relata de modo certeiro a iniquidade desse tipo de medida - em que o Fisco delega seus deveres de fiscalizar para o contribuinte - a qual podemos denominar, segundo recente texto Understanding Multidimensional Tax Systems de Leslie Robinson (Dartmouth College) e Joel Slemrod (University of Michigan), de responsabilidade dispersiva (Dispersed Responsibility): trata-se do: "fenômeno que temos discutido ultimamente no Núcleo Estudos Fiscais - NEF da DIREITO GV, e que se traduz pela delegação ao Contribuinte, por parte da Administração Tributária, da responsabilidade pela determinação e notificação (nos demais países lusófonos e na América espanhola chamada mais propriamente de liquidação) dos tributos, principalmente através do

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uso generalizado das retenções pelas fontes pagadoras. Esse texto nos traz conclusões interessantes". Segundo Slemrod e Robinson, a responsabilidade dispersiva ("RD") é maior nos países em desenvolvimento, que usam relativamente mais retenções e menos funcionários fiscais que as economias desenvolvidas. Os autores também analisam a relação (correlação positiva) entre, de um lado, corrupção e suborno, e, de outro, autonotificação e retenção na fonte. Eles também detectam que onde há mais confiança do contribuinte no governo, há menos autolançamento/retenção de tributos na fonte. Também extraem outras importantes relações, pelo que o artigo tem o nome de Entendendo Sistemas Tributários Multidimensionais (tradução livre)(8). É interessante notar o que se esconde por detrás das "motivações" de autos de infração desse estilo lavrados contra contribuintes nessa situação: é o abuso de uma "responsabilidade dispersiva" culmina em uma irresponsabilidade injustificável, qualificada como abuso de poder e desvio de finalidade da competência para criar obrigações acessórias. É injustificável a obrigação imposta aos contribuintes, de fiscalizarem-se uns aos outros, garantindo o cumprimento das obrigações tributárias uns dos outros, sob pena de ter contra si cobrado o imposto devido acrescido de multas em razão de ato ilícito praticado por outro contribuinte. 2.2 - Extrativismo fiscal: Razões históricas que explicam - mas não justificam - a pretensa transferência do ônus de fiscalização do Estado para o contribuinte Kamer Daron Acemoglu - professor de Economia Aplicada do Massachusetts Institute of Technology ("MIT") e vencedor do John Bates Clark Medal, prêmio dirigido a jovens economistas entre 30-40 anos e considerado o segundo mais importante prêmio mundial na área de Economia(9) - em denso estudo empírico sobre as origens coloniais e os efeitos no desenvolvimento econômico(10), conclui que diferentes tipos de colonização implicam distintos desenhos institucionais. De um lado, nas origens de países como os Estados Unidos, o Canadá e a Nova Zelândia, encontramos colônias de povoamento em que o Estado surgiu a partir da ordem social, e que se tornaram modelos do respeito às instituições, à propriedade e à ideia de Estado de Direito. De outro, tantos outros países da África e da América Latina que funcionaram como colônias de exploração, em que o Estado surgiu, artificialmente, de cima para baixo, com o único objetivo de extrair riquezas sob o domínio da força da metrópole, configurando o que ACEMOGLU denomina de extrativismo fiscal: sistema impositivo em que o Estado utiliza a lei como instrumento de força para extrair riquezas da sociedade, submetendo os cidadãos ao risco da expropriação, desrespeitando o direito de propriedade e a ideia de Estado de Direito. Extrativismo fiscal é o regime em que o Estado submete Sociedade e Economia num ciclo vicioso e autista em que a lei é utilizada como instrumento de poder de arrecadação de tributos. Não se paga tributo para exercer direito sobre a prestação de serviços públicos, se paga porque a Constituição autoriza, a lei prescreve e o Auto de Infração determina: é o império do direito com o obsessivo objetivo de arrecadar. Em seu extremo, o Extrativismo Fiscal culmina em desenhos legais abusivos por meio dos quais os serviços públicos que deveriam ser realizados pelo Estado e para o contribuinte que paga tributos, tornam-se ônus do contribuinte: este, diante da omissão do Estado, torna-se obrigado a prestar tais serviços e, agora, sob a pressão do poder de polícia do Fisco. É a perfeita conjunção da omissão de prestar serviço público cumulada com o abuso de poder de utilizar o poder de polícia para obrigar o contribuinte a realizar serviço público que é dever do Fisco. 2.3 - "Princípio da comodidade tributária": O contribuinte é acusado sem provas e em decorrência da omissão do Fisco de fiscalizar e produzir provas Sob a lógica do princípio da comodidade tributária, o Fisco não precisa provar para acusar o Contribuinte, é o Contribuinte que, acusado sem provas (pela inversão do ônus da prova), tem que provar uma situação jurídica que é da esfera da competência do Fisco dispor: trata-se, assim, de ato impossível para o contribuinte. Seguindo essa cômoda racionalidade, o contribuinte cumpre as suas obrigações tributárias, incorre em custos que deveriam ser suportados pelo Estado para pagar os seus impostos e fiscalizar o pagamento de impostos dos

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demais contribuintes e, ainda, fica sujeito à ulterior autuação em decorrência da ineficácia dos controles e da falta de confiabilidade dos atos de sua Diretoria de Informação ex vi do art. 5º da Portaria da CAT 95. Fernando Rezende e José Roberto Afonso, dois conceituados economistas que vêm debatendo há anos as questões fiscais que assolam o País, já alertavam para a existência de um novo princípio tributário imperando no sistema tributário e regendo a relação Fisco x Contribuinte: o princípio da comodidade tributária. Funcionário de carreira do BNDES, atualmente cedido ao Senado Federal e lotado na Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira e Empregabilidade (CACFE), José Roberto Afonso, recorrentemente engajado em questões relativas à responsabilidade fiscal e reforma tributária, bem observou(11): "Um problema aqui é a visão tosca de que o desempenho tributário deve ser medido pelo tamanho da arrecadação e, especialmente, pelo seu crescimento. Ora, ensinam manuais, experiências internacionais, arrecadar mais não é necessariamente arrecadar melhor. Porém isso tem sido ignorado no Brasil, dada a permanência imposta pelo ajuste fiscal promovido desde 1999, basicamente sustentado pelo aumento da carga tributária, nas três esferas de governo. Não adianta arrecadar muito, cada vez mais, sem se preocupar de quem e como se arrecada, com as repercussões econômicas e sociais dessa cobrança. É preciso vencer o princípio da comodidade tributária" (destaques nossos) Autor de três livros sobre reforma tributária(12), Fernando Rezende, ex-presidente do IPEA - Instituto de Pesquisas Econômicas Avançadas, também olhando para a forma de arrecadação dos tributos, afirmou(13): "A proliferação de regimes simplificados de arrecadação ocorreu à sombra de um novo "princípio" tributário, o da comodidade, pelo qual o melhor imposto é o mais fácil de arrecadar. Por ele, o sistema tributário pode ser revestido de uma capa aparentemente moderna, mas estabelecem-se regras de cobrança que o desvirtuam, em prejuízo da competitividade da economia e da proteção do contribuinte" (destaques nossos) Embalado pelo movimento iniciado com as colônias de exploração, o Estado brasileiro tem, historicamente, retratado seu modelo fiscal extrativista apoiado no princípio da comodidade tributária, que vem travestido nas diversas modalidades de obrigações acessórias e nas presunções que, considerado o onipotente agente arrecadador, servem a tais objetivos. 2.4 - Pensando fora da caixa ou thinking outside the box: Um exemplo da suprema corte americana que recoloca os problemas do Fisco sob a responsabilidade do próprio Fisco, não permitindo sua delegação aos contribuintes Os EUA não veem o tax competition sob uma perspectiva necessariamente negativa. Dado que: (i) os entes federados têm autonomia para determinação de seus próprios tributos, alíquotas e procedimentos; e (ii) não há um sistema institucionalizado de transferências, de modo que a receita de cada ente depende da própria arrecadação, o ambiente seria de um fair tax competition. O critério adotado para o Sales Tax nas transações interestaduais é o do destino, como de praxe (só o Brasil parece adotar tributação na origem, nos outros países ou é critério de destino ou a competência para transação interestadual é Federal). Recentemente, a Suprema Corte dos EUA proferiu decisão que nos traz uma reflexão: a devolução da complexidade tributária ao Fisco. No julgamento de um caso que envolvia a empresa Quill Corp (vendedora de mercadorias pela Internet) e o Estado de North Dakota, o Tribunal determinou que os "remote sellers" (vendedores que utilizam internet, serviços postais, entre outros) são isentos de recolher o "Sales and use tax" para vendas em Estados em que não possuam presença física, uma vez que não é razoável que conheçam todas as legislações de todos os Estados e municipalidades para os quais eles vendem, bem como por não haver nexo substancial entre eles e os Estados em questão (14). A decisão da Corte norte-americana, considerando que as vendas pela internet aumentaram substancialmente, faz com que bilhões de dólares não estejam sendo recolhidos aos Fiscos dos EUA. Por isso, os Estados têm despendido esforços imediatos para uniformizar as legislações a respeito do Sales Tax (Streamlined Sales Tax Agreement), com a finalidade de viabilizar sua

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cobrança. O acordo tende à simplificação tributária por meio de (i) definições tributárias uniformes; (ii) fiscalização e arrecadação uniformes; (iii) simplificação de alíquotas e (iv) financiamento estatal dos custos administrativos para implementação das medidas pelos contribuintes. Aqui não se admite que a complexidade seja suportada pelo contribuinte, sendo devolvida aos Estados: para que possam cobrar o Sales Tax, os Estados norte-americanos terão de assinar acordos de harmonização e submeter proposta legislativa ao Congresso. 3 - A recente decisão do STJ em recurso repetitivo, a inversão do ônus da prova, os limites para responsabilização do contribuinte e efeitos sobre o caso concreto Em 14 de abril deste ano de 2010, o Superior Tribunal de Justiça ("STJ") julgou, em sede de recurso repetitivo, nos termos do art. 543-C do Código de Processo Civil aprovado pela Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 ("CPC")(15), o Recurso Especial nº 1.148.444 ("REsp"), interposto pela Fazenda do Estado de Minas Gerais ("MG") em face da empresa Asa Distribuidora e Representações Comerciais Ltda. ("Asa Distribuidora") (16). No caso julgado, a distribuidora mineira foi autuada pelo Fisco Estadual por ter apropriado créditos de ICMS decorrentes de mercadorias adquiridas de empresas inidôneas entre os anos de 1999 e 2004. A autuação somou mais de R$ 1 milhão, conforme noticiado pelo STJ em 6 de maio deste ano, após o julgamento do processo originado pela contestação ao Auto de Infração. A Ementa do julgado recebeu a seguinte redação: PROCESSO CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ARTIGO 543-C, DO CPC. TRIBUTÁRIO. CRÉDITOS DE ICMS. APROVEITAMENTO (PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE). NOTAS FISCAIS POSTERIORMENTE DECLARADAS INIDÔNEAS. ADQUIRENTE DE BOA-FÉ.1. O comerciante de boa-fé que adquire mercadoria, cuja nota fiscal (emitida pela empresa vendedora) posteriormente seja declarada inidônea, pode engendrar o aproveitamento do crédito do ICMS pelo princípio da não-cumulatividade, uma vez demonstrada a veracidade da compra e venda efetuada, porquanto o ato declaratório da inidoneidade somente produz efeitos a partir de sua publicação.2. A responsabilidade do adquirente de boa-fé reside na exigência, no momento da celebração do negócio jurídico, da documentação pertinente à assunção da regularidade do alienante, cuja verificação de idoneidade incumbe ao Fisco, razão pela qual não incide, à espécie, o artigo 136, do CTN, segundo o qual "salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato" (norma aplicável, in casu, ao alienante).3. In casu, o Tribunal de origem consignou que: "(...) os demais atos de declaração de inidoneidade foram publicados após a realização das operações (f. 272/282), sendo que as notas fiscais declaradas inidôneas têm aparência de regularidade, havendo o destaque do ICMS devido, tendo sido escrituradas no livro de registro de entradas (f. 35/162). No que toca à prova do pagamento, há, nos autos, comprovantes de pagamento às empresas cujas notas fiscais foram declaradas inidôneas (f. 163, 182, 183, 191, 204), sendo a matéria incontroversa, como admite o fisco e entende o Conselho de Contribuintes."4. A boa-fé do adquirente em relação às notas fiscais declaradas inidôneas após a celebração do negócio jurídico (o qual fora efetivamente realizado), uma vez caracterizada, legitima o aproveitamento dos créditos de ICMS.5. O óbice da Súmula 7/STJ não incide à espécie, uma vez que a insurgência especial fazendária reside na tese de que o reconhecimento, na seara administrativa, da inidoneidade das notas fiscais opera efeitos ex tunc, o que afastaria a boa-fé do terceiro adquirente, máxime tendo em vista o teor do artigo 136, do CTN.6. Recurso especial desprovido. Acórdão submetido ao regime do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008.

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O STJ deu ganho de causa por unanimidade ao contribuinte, após analisar basicamente três pontos: (i) existência de ato administrativo que declare a inidoneidade das notas fiscais, anteriormente à ocorrência do fato gerador; (ii) boa-fé do Contribuinte lesado e (iii) prova de que houve efetivamente a operação (entrega da mercadoria e pagamento ao fornecedor). A Fazenda alegava, basicamente, aplicação do art. 23 da LC 87/96(17) combinado com o art. 136, do Código Tributário Nacional ("CTN")(18) e retroatividade do ato declaratório da inidoneidade, pois este somente declararia uma situação de fraude que seria preexistente, tendo efeitos, portanto, também para os fatos geradores anteriores à sua publicação, verbis: "Impende salientar que a publicação do Ato Declaratório de Inidoneidade é precedida de procedimento próprio, consistente na realização de diligências especialmente efetuadas com o objetivo de investigar a real situação do contribuinte e das operações por ele praticadas. Assim sendo, o processo que chega a conclusão de que determinado documento é inidôneo demanda tempo considerável (...). Mesmo porque, o Fisco só pode tomar conhecimento da prática de ação inidônea do contribuinte no momento em que está sendo praticada ou depois. De qualquer maneira, o reconhecimento formal da inidoneidade da nota fiscal só pode ocorrer depois do fato, quer dizer, quando o Fisco constata a fraude. Por isto, os efeitos da declaração de inidoneidade são ex tunc, ou seja, retroagem no tempo, posto que não é o ato em si que gera a inidoneidade do documento fiscal. Como o próprio nome diz, a declaração de inidoneidade apenas declara que a nota fiscal é inidônea, uma vez que a inidoneidade em si é um fato preexistente. O contribuinte se defendeu expondo a sua dificuldade em fiscalizar seus fornecedores sem que haja um ato declaratório do Fisco publicado, e demonstrada a realidade das operações e sua boa-fé quando da aquisição das mercadorias e da consequente tomada de créditos. O STJ, ao analisar o art. 136 do CTN entendeu que (i) ela seria aplicável ao alienante (infrator da legislação tributária) e (ii) a responsabilidade do adquirente de boa-fé consiste em exigir, no momento da celebração do negócio jurídico, a documentação relativa à regularidade fiscal do alienante, cuja verificação de idoneidade incumbe ao Fisco. Com relação ao ato declaratório de inidoneidade, decidiu que ele só produz efeitos após a sua publicação, não possuindo caráter declaratório de situação anterior. Isto porque o comerciante que realizou a operação de boa-fé, acreditando na aparência da nota fiscal, e demonstrou a veracidade das transações (compra e venda) não pode ser responsabilizado por irregularidade constatada posteriormente, referente à empresa já que desconhecia a inidoneidade da mesma (p. 13). Ou seja: já basta o contribuinte ser obrigado a exigir documentos de regularidade fiscal das empresas com as quais se relaciona (compra ou vende), atuando como parafiscal da Fazenda do Estado! O caso julgado pelo STJ envolvia, imediatamente, glosa de créditos de ICMS decorrentes da aquisição de mercadorias com notas fiscais declaradas inidôneas: a fraude aqui foi detectada no alienante e a responsabilidade recaiu sobre o adquirente. Se abstrairmos a situação concreta e analisarmos a questão de direito (até porque o STJ não examina questões de prova), veremos que a posição de alienante e adquirente em nada influenciam a posição do STJ, especialmente quando da fixação de critérios para limitar a responsabilidade do Contribuinte em fiscalizar outros contribuintes. A questão de fundo era que (i) o Contribuinte autuado não podia ter feito nada além do que fez para cumprir a legislação tributária; (ii) o Contribuinte autuado agiu de boa-fé e efetivamente realizou as operações que ensejaram a incidência do ICMS e (iii) o Fisco teria tornado pública a inidoneidade de notas fiscais emitidas por determinados Contribuintes após a realização dos fatos geradores objeto da autuação. Não é correta a lógica de autuar o contribuinte, simplesmente , porque vendeu para diversos clientes localizados fora do Estado de São Paulo, mediante cláusula FOB, ainda que tais clientes teriam sido declarados posteriormente inidôneos pelo Fisco. A questão de fundo, portanto, é que (i) o Contribuinte autuado não podia ter feito nada além do que fez para cumprir a legislação tributária; (ii) o Contribuinte autuado agiu de boa-fé e efetivamente realizou as operações que ensejaram a incidência do ICMS e (iii) o Fisco teria tornado pública a inidoneidade de notas fiscais emitidas por determinados Contribuintes após a realização dos fatos geradores objeto da autuação.

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Só o Fisco tem a voz autorizada para juridicamente dizer sobre a inidoneidade fiscal: o contribuinte não tem competência normativa para alterar o status normativo de outro contribuinte. Portanto, o ônus da prova do vendedor adstringe-se à própria logística normativa do ICMS. Que mais o Fisco pode pretender para comprovar as operações e a boa-fé da empresa? Ad absurdum, ainda que em cada operação FOB o contribuinte contratasse "fiscais" ou fosse fisicamente acompanhar o destino físico da mercadoria (filmando a passagem do caminhão pela divisa geográfica entre os Estados), o desembarque da mercadoria no Estado destino, a ulterior escrituração dos bens no livro entrada... todo esse cuidado e zelo de nada adiantariam, pois não servem para elidir a competência da Diretoria de Informações para emitir ato declaratório de inidoneidade fiscal: a primeira e a última palavra só podem ser do Fisco porque só ele detém a competência administrativa para dispor sobre inidoneidade fiscal. 3.1 - Análise dos fundamentos subjacentes à decisão do STJ: uso equivocado do art. 136 do CTN e da interpretação do termo "responsável" desse dispositivo Na presente decisão do STJ, o recurso especial fazendário reside na tese de que o reconhecimento, na seara administrativa, da inidoneidade das notas fiscais opera efeitos ex tunc e que a alegação de boa-fé em nada socorre ao contribuinte, tendo em vista o que preceitua o art. 136 do CTN, segundo o qual "salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato". Tal interpretação é insustentável. O art. 136 que abre a "Seção IV - Responsabilidade por Infrações", quando trata da intenção do "agente ou responsável" refere-se ao agente ou ao responsável pela realização do próprio ato ilícito. Ou seja, o termo "responsável" no art. 136 designa a relação fáctica entre a pessoa do infrator e o ato ilícito. Refere-se à prática do ilícito e, por isso, se o ilícito for um fato objetivo, como não emitir nota fiscal, por exemplo, o fato da intenção ou não do sujeito titular do dever de emitir o documento fiscal, nesse caso, é irrelevante. Circunstância completamente diversa é pretender imputar a responsabilidade pela infração a terceiro estranho à órbita de ação do ato ilícito. Aqui, a prova da intenção é essencial e a boa-fé configura escudo jurídico inatacável. Conforme concluiu DANIEL MONTEIRO PEIXOTO em sua tese de doutorado defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), intitulada "Responsabilidade Tributária"(19), os enunciados dispersos entre o art. 136 a 138 do CTN, cuidam de responsabilidade sancionatória-punitiva, vale dizer, cuidam da responsabilidade em paradigma penal, nesse sentido, restringem-se à pessoa do agente infrator e não se aplicam para responsabilizar outrem. Foi nessa linha que o STJ entendeu: o art. 136 é inaplicável ao contribuinte de boa-fé. Nesse caso, que: "a responsabilidade do adquirente de boa-fé reside na exigência, no momento do fato gerador, da documentação pertinente à assunção jurídica da regularidade do alienante, cuja verificação de idoneidade incumbe ao Fisco, razão pela qual não incide, à espécie, o artigo 136 do CTN".(20) 3.2 - Análise dos fundamentos subjacentes à decisão do STJ: Impossibilidade da declaração de inidoneidade produzir efeitos ex tunc contra terceiro de boa-fé Todo ato declaratório é constitutivo de uma declaração que pretende propor a alteração de uma situação jurídica do passado. Por outro lado, os atos constitutivos também são declaratórios da alteração de uma situação jurídica, contudo, seus efeitos jurídicos valem a partir do presente de sua enunciação, não alcançando o passado. Portanto, a questão de fundo é saber se o ato declaratório de inidoneidade fiscal pode ou não retroagir ao passado. A presença ou ausência do ato declaratório de inidoneidade não configura mero expediente interno procedimental do Fisco: o ato declaratório de inidoneidade compõe o suporte fáctico do fato gerador do ICMS, orientando a conduta do contribuinte que dá a saída da mercadoria ser ou não-ser pessoa jurídica inidônea é qualidade outorgada por uma norma jurídica (o ato declaratório) produzida por autoridade pública competente para dispor sobre essa materialidade

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no sistema jurídico. O ser ou não pessoa de direito é posição jurídica que depende de norma jurídica válida, produzida por autoridade competente, conforme ensina Lourival Vilanova(21). Não se trata de ato que se encontra na esfera jurídica do contribuinte. Neste sentido, o ato declaratório de inidoneidade fiscal é norma individual e concreta entre o Fisco e o contribuinte declarado inidôneo, mas, ao mesmo tempo, é fato jurídico que orienta a própria materialidade do fato gerador do ICMS, pois estipula se a alíquota aplicável sobre a operação tributada é interna ou interestadual. Pretender alterar o arcabouço jurídico que orientou o pagamento do ICMS no momento da venda da mercadoria (fato gerador) implica retroagir a incidência da norma tributária no plano prático da aplicação do direito, burlando o princípio constitucional da irretroatividade das normas tributárias ex vi do art. 150, III, da CF/88. Impecável, portanto, a inteligência do STJ na decisão que entendeu que o ato declaratório de inidoneidade fiscal só produz efeitos após a sua publicação, não possuindo caráter declaratório de situação anterior, porque o comerciante que realizou a operação de boa-fé, acreditando na aparência da nota fiscal, e demonstrou a veracidade das transações (compra e venda) não pode ser responsabilizado por irregularidade constatada posteriormente. Enfim, todo o zelo e cuidado dos contribuintes de boa-fé de nada valeriam para elidir, como no caso concreto, a pretensa força da presunção de validade de ulterior ato declaratório de inidoneidade fiscal produzido pelo Fisco: a primeira e a última palavra só podem ser do Fisco porque só ele detém a competência administrativa para dispor sobre inidoneidade fiscal. Destarte, confirma-se aqui a tese da equivocidade do sujeito passivo. A norma confirmando a existência e regularidade de dado contribuinte compõe o suporte factual do fato gerador orientando a conduta do contribuinte-terceiro de boa-fé, portanto é inadmissível que esse ato possa retroagir. Contudo, nada impede que o ato declaratório de inidoneidade fiscal possa retroagir para alcançar o sujeito passivo que realizou o ato ilícito, pois esse é o autêntico responsável pela própria inidoneidade. 3.3 - A perfeita adequação da questão da irretroatividade do ato declaratório de inidoneidade fiscal tratada na decisão do STJ, sob regime de recurso repetitivo A tese central decidida pelo STJ é a mesma do presente caso: impossibilidade de o Fisco responsabilizar contribuinte de boa-fé por operações com outro contribuinte que tenha sido declarado, posteriormente, inidôneo. Sendo assim, desde que o contribuinte demonstre a juridicidade de sua conduta nas operações interestaduais em conformidade com o arranjo fáctico e legal do momento do fato gerador do ICMS, o ato declaratório não pode alcançar o contribuinte-terceiro de boa-fé, sendo certo que para terceiros o ato declaratório somente produz efeitos a partir da sua publicação (22). Além de tudo o quando comprovada a boa-fé do Contribuinte, merece ser ressaltado, ainda, que o próprio Tribunal de Impostos e Taxas de São Paulo ("TIT"), ao julgar diversos dos Autos de Infração da empresa, decidiu pela inaplicabilidade do art. 173, do CTN, quanto ao prazo decadencial do Fisco, haja vista que a aplicação deste artigo pressupõe a comprovação de fraude. 4 - Conclusões Finais A questão central, objeto desse estudo, já se encontra pacificada no STJ sob regime de recurso repetitivo: operações interestaduais de venda de produtos por contribuinte de boa-fé, efetivamente realizadas com empresas consideradas idôneas à época da operação, mas que posteriormente foram declaradas inidôneas não podem produzir efeitos retroativos. Ainda assim, os argumentos desenvolvidos neste estudo ajudam a colocar em perspectiva as patologias do sistema tributário e a inteligência da decisão do STJ sobre o efeito e a impossibilidade do ato de declaratório de inidoneidade retroagir ao passado. São eles: 1. A qualidade se ser ou não contribuinte idôneo do ICMS paulista não é questão de fato. É matéria de direito que diz respeito à situação jurídica estipulada por autoridade competente definida pelo Fisco: é o RICMS/SP e a Lei Paulista do ICMS que definem os pressupostos para a inscrição válida no "Cadastro de Contribuintes do ICMS".

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2. Tais pressupostos legais (motivo legal) consolidam a realização do motivo do ato que fundamenta e legitima a produção do ato administrativo, norma jurídica individual e concreta, que inova o sistema jurídico reconhecendo dada pessoa jurídica como contribuinte do ICMS. 3. A situação de contribuinte idôneo ou inidôneo, portanto, depende da emissão de ato administrativo que constitua ou desconstitua essa qualidade, nos termos das exigências do art. 4º da Portaria CAT 95/2006. 4. Compete à Diretoria de Informações, ex vi do art. 5º da Portaria CAT 95/2006, verificar mensalmente o cadastro de contribuinte do ICMS com a finalidade de identificar aqueles contribuintes que não enquadrem nos pressupostos exigidos pela legislação, e expedir ato administrativo desqualificando a inscrição. 5. É dever das Unidades Federadas, ex vi do art. 13 do Ato COTEPE/ICMS nº 35/2002, editado pelo CONFAZ, atualizar mensalmente o SINTEGRA com as informações relativas à totalidade das prestações e operações de entrada e saída efetuadas pelos contribuintes estabelecidos em sua circunscrição, de modo a compartilhá-las com outros Fiscos. 6. Se o ato administrativo de constituição ou desconstituição da idoneidade do contribuinte é norma jurídica individual e concreta que inova o ordenamento jurídico e opera efeito normativo entre as partes (Fisco e contribuinte inidôneo), então, o contribuinte-terceiro não pode ser penalizado e obrigado a pagar imposto pela omissão de ato privativo da Administração Tributária. 7. Além disso, como norma jurídica individual e concreta, o ato declaratório de inidoneidade só pode atingir, com força de norma jurídica, o contribuinte objeto dessa qualificação (de inidoneidade). Os demais contribuintes, que são terceiros face a essa relação, sofrem os efeitos dessa norma, pois ela se torna como fato jurídico que determina a incidência do ICMS: alíquota interna ou interestadual. 8. Portanto, para o terceiro, o fato da idoneidade/inidoneidade informa e contextualiza o fato gerador do ICMS que ocorre com a saída da mercadoria de seu estabelecimento. Portanto, é situação que influi nos critérios da norma de incidência do ICMS em assim, é inadmissível a pretensão de retroagi-la para atingir o contribuinte de boa-fé. 9. A ideia da responsabilidade dispersiva, informada pelo modelo histórico de extrativismo fiscal, ajuda a compreender a pretensa aplicabilidade do princípio da comodidade tributária, mas não pode justificar normativamente o abuso de poder do Fisco em punir e exigir ações do contribuinte que são de privativa competência dele. 10. Portanto, é abusiva a interpretação do art. 23, §3º, da Lei Paulista do ICMS que pretenda punir o contribuinte em razão de ato omissivo privativo do Fisco. As comprovações exigíveis sobre a saída efetiva do território paulista limitam-se aos documentos exigidos e disponíveis pelo ordenamento jurídico, no momento do fato gerador, como a consulta ao SINTEGRA. O dever de fiscalizar outros contribuintes é do Fisco, cada contribuinte paga o imposto e arca com suas obrigações. 11. A decisão do STJ, em recurso repetitivo, pacificou essa tese de direito após analisar três pontos: (i) existência de ato administrativo que declare a inidoneidade, anteriormente ao fato gerador; (ii) boa-fé do contribuinte lesado e (iii) prova de que houve a operação efetiva em conformidade com os dados disponíveis pelo próprio sistema jurídico. Todos estes pontos estão presentes no caso concreto. 12. Trata-se, ainda, de erro de sujeito passivo: se houve operação interna e não interestadual, a diferença entre a alíquota interna e a interestadual seria exigível do contribuinte adquirente. Se a mercadoria não saiu do Estado por ato ilícito do adquirente, este é que deve pagar a diferença do imposto, acrescido das multas, não o contribuinte alienante de boa-fé. 13. Não se pode imputar a responsabilidade pela infração a terceiro estranho à órbita de ação do ato ilícito. Aqui, a prova da intenção é essencial e a boa-fé configura escudo jurídico inatacável. 14. Enfim, o art. 136 do CTN é inaplicável ao contribuinte de boa-fé, na mesma linha adotada pelo STJ, posto que a responsabilidade do adquirente de boa-fé reside na exigência, no

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momento do fato gerador, da documentação pertinente à assunção jurídica da regularidade do alienante, cuja verificação de idoneidade, reitere-se, incumbe ao Fisco. Notas (1) Para aprofundamento das noções de validade e de fato juridico suficiente em relação aos atos administrativos, ver SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Lançamento Tributário. 3a ed.. São Paulo: Saraiva, 2011.. (2) Para detalhes dos pressupostos e elementos do ato administrativo, ver SANTI, Eurico Marcos Diniz de. Ob. cit. (3) Art. 4º. Será presumida a inatividade de estabelecimento (RICMS, Art. 31, I e § 1º, 2): I - na data em que ficar configurada a terceira omissão consecutiva da entrega da: a) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA, na hipótese de estabelecimento enquadrado no Regime Periódico de Apuração (RPA); b) Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS Substituição Tributária - GIA-ST, na hipótese de estabelecimento de contribuinte substituto tributário localizado em outra unidade federada; II - em 16 de julho de cada ano, na hipótese de estabelecimento enquadrado no regime tributário simplificado da microempresa e da empresa de pequeno porte que, cumulativamente:a) tenha perdido essa condição, em razão da não entrega até 31 de março de cada ano da declaração prevista no Art. 3º, III do Anexo XX do RICMS; b) tenha deixado de entregar as Guias de Informação e Apuração do ICMS relativas aos meses de janeiro a junho do ano em curso. § 1º O disposto neste Art. não se aplica ao estabelecimento que, em relação ao período de omissão, tenha efetuado recolhimento de imposto.§ 2º Para os efeitos deste Art., a suspensão da eficácia da inscrição do estabelecimento, em razão de inatividade presumida, pressupõe, em princípio, a inexistência de dolo ou fraude. § 3º Caso seja constatado, ainda que por meios indiciários, que a inatividade do contribuinte de algum modo se vincula a práticas fraudulentas tais como a simulação de estabelecimento ou de quadro societário ou com a indevida emissão de documentos fiscais, será aplicada ao caso, entre outras medidas determinadas pela administração tributária, a disciplina constante do Capítulo II. (4) Art. 30. A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS será enquadrada como nula, a partir da data de sua concessão ou de sua alteração, quando, mediante processo administrativo, for constatada a (Lei 6.374/89, art. 21, na redação da Lei 12.294/06, art. 1º, IV):I - simulação de existência do estabelecimento ou da empresa; (...)III - inexistência do estabelecimento para o qual foi concedida a inscrição; IV - indicação incorreta da localização do estabelecimento; (...) (5) Art. 39. Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo é (Lei 6.374/89, art. 26, na redação da Lei 10.619/00, art. 1º, XV, e Convênio ICMS-3/95): I - o valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; II - o custo da mercadoria produzida, assim entendido a soma do custo da matéria-prima, do material secundário, da mão-de-obra e do acondicionamento, atualizado monetariamente na data da ocorrência do fato gerador; III - tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista do estabelecimento remetente. Parágrafo único - A Secretaria da Fazenda, em regime especial, tendo em vista peculiaridade do contribuinte, devidamente comprovada, poderá fixar: (O §1º passa a denominar-se parágrafo único pelo Decreto 47.452 de 16-12-2002; DOE 17-12-2002; Efeitos a partir de 17-12-2002) 1 - em relação ao inciso I, que o valor da entrada mais recente da mercadoria seja obtido com base em período previamente determinado, preferencialmente dentro do mês da ocorrência do fato gerador; 2 - em relação ao inciso II, que o custo da mercadoria produzida seja o obtido com base em período determinado.

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(6) Art. 31. A eficácia da inscrição, nos termos de disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, poderá ser cassada ou suspensa, de ofício, nas seguintes situações (Lei 6.374/89, art. 20, na redação da Lei 12.294/06, art. 1º inciso IV, e Lei 12.279/06):I - inatividade do estabelecimento para o qual foi obtida a inscrição; II - prática de atos ilícitos que tenham repercussão no âmbito tributário; III - indicação incorreta ou não indicação dos dados de identificação dos controladores ou beneficiários de empresas de investimento sediadas no exterior, que figurem no quadro societário ou acionário de empresa envolvida em ilícitos fiscais; IV - inadimplência fraudulenta; V - práticas sonegatórias que levem ao desequilíbrio concorrencial; VI - falta de prestação de garantia ao cumprimento das obrigações tributárias, quando exigida nos termos do artigo 21;VII - falta de comunicação de reativação das atividades ou de apresentação de pedido de baixa de inscrição, após decorridos 12 (doze) meses contados da data da comunicação da interrupção temporária das atividades.VIII - falta de solicitação de renovação da inscrição no prazo estabelecido ou indeferimento do pedido de renovação da inscrição. (Redação dada ao inciso pelo Decreto 53.916, de 29-12-2008; DOE 30-12-2008) VIII - outras hipóteses não incluídas nos incisos anteriores. (Inciso acrescentado pelo Decreto 53.199, de 01-07-2008; DOE 02-07-2008) §1º A inatividade do estabelecimento, a que se refere o inciso I, será: 1 - constatada, se comprovada pelo fisco; 2 - presumida, se decorrente da falta de entrega de informações econômico-fiscais pelo contribuinte. §2º Incluem-se entre os atos ilícitos a que se refere o inciso II: (...)§3º A cassação da eficácia da inscrição de estabelecimento, em razão das hipóteses descritas nos itens 5 e 6 do §2º, sujeitará os sócios, pessoas físicas ou jurídicas, em conjunto ou separadamente, às seguintes restrições, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados da data da cassação: (...)§ 4º - Para efeito do disposto no inciso III, considera-se: (...)§5º Para o efeito do inciso IV, considera-se inadimplência fraudulenta a falta de recolhimento de (Lei 6.374/89, art. 20, § 4º, na redação da Lei 13.918/09, art.11, V): (Redação dada ao parágrafo pelo Decreto 55.437, de 17-02-2010; DOE 18-02-2010; Efeitos a partir de 23-12-2009) (...)§6º Para efeito do disposto no inciso V, fica caracterizada a prática sonegatória que leve ao desequilíbrio concorrencial quando comprovado que o contribuinte tenha: (...) (7) Art. 4º. Será presumida a inatividade de estabelecimento na data em que ficar configurada a terceira omissão consecutiva da entrega da Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA, na hipótese de estabelecimento enquadrado no Regime Periódico de Apuração (RPA) (RICMS, art. 31, I e § 1º, 2).I - na data em que ficar configurada a terceira omissão consecutiva da entrega da:a) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA, na hipótese de estabelecimento enquadrado no Regime Periódico de Apuração (RPA);b) Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS Substituição Tributária - GIA-ST, na hipótese de estabelecimento de contribuinte substituto tributário localizado em outra unidade federada;II - em 16 de julho de cada ano, na hipótese de estabelecimento enquadrado no regime tributário simplificado da microempresa e da empresa de pequeno porte que, cumulativamente:a) tenha perdido essa condição, em razão da não entrega até 31 de março de cada ano da declaração prevista no artigo 3º, III do Anexo XX do RICMS;b) tenha deixado de entregar as Guias de Informação e Apuração do ICMS relativas aos meses de janeiro a junho do ano em curso.

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§1º O disposto neste artigo não se aplica ao estabelecimento que, em relação ao período de omissão, tenha efetuado recolhimento de imposto.§2º Para os efeitos deste artigo, a suspensão da eficácia da inscrição do estabelecimento, em razão de inatividade presumida, pressupõe, em princípio, a inexistência de dolo ou fraude.§3º Caso seja constatado, ainda que por meios indiciários, que a inatividade do contribuinte de algum modo se vincula a práticas fraudulentas tais como a simulação de estabelecimento ou de quadro societário ou com a indevida emissão de documentos fiscais, será aplicada ao caso, entre outras medidas determinadas pela administração tributária, a disciplina constante do Capítulo II. (8) REFERÊNCIA, p. 19-20."6. Conclusions: Income tax systems are multi-dimensional and not adequately summarized by the tax level and rate structure applied to the income tax base. Ignoring the non-rate, non-base aspects of income tax systems can introduce bias into empirical estimation of the impact of taxation. Although this concern has been widely noted, lack of comprehensive, comparable cross-country data on tax systems has until recently precluded a systematic analysis of the importance of this issue. Our analyses of 10 tax system aspects, codified based on OECD (2006, 2008), suggests that no pair of tax system aspects moves in lockstep across countries, but a factor analysis of the tax system measures indicates that a single factor can summarize the covariation, which we conceptualize with respect to whether collection responsibility is dispersed or centralized in the tax authority. We call this factor Dispersed Responsibility and offer it as a parsimonious measure that may be used in future empirical research incorporating non-rate tax system dimensions into the analysis. Proxies for non-rate, non-level aspects of tax systems are, with one exception, significantly correlated with one or more of the tax system aspects, with the extent of withholding and tax collection powers by far the most likely correlate. The pattern of sign correlations is almost identical across the proxies, both with respect to the tax system aspects and with respect to per capita income. This is true even though the proxies used in the past literature vary widely in what they intend to measure For example, some are intended to measure features of a country's institutions, such as Weak Law, while others purport to measure an outcome affected by many institutions, such as Noncompliance. Our investigation of what determines variation in tax systems reveals that a standard measure of trust in government is positively associated, holding other determinants constant, with administrative assessment, as well as more serious sanctions for non-compliance. Ethnic heterogeneity, individualism, and a history of external conflict also can explain certain aspects of tax systems in reasonable directions. Using the factor that emerges from our factor analysis as a summary tax system measure, we find that countries with greater trust in government are more likely to have a tax compliance atmosphere that views the government as primarily responsible for accurate income tax reporting. Finally, we investigate whether the new measures of tax system dimensions can shed light on the well-known cross-country empirical regularity that rich countries on average collect higher taxes or, depending on one's causal interpretation of the correlation, that high-tax countries are more prosperous. No smoking gun emerges from this exercise, although a measure of resources devoted to tax collection-the ratio of tax authority employees to the working-age population--does reduce the significant positive estimated coefficient of GDP per capita on the tax ratio, and attracts a significant positive correlation itself. This is only suggestive evidence that the extent of tax administration and enforcement is part of the story that explains the enduring statistical regularity. (9) Nos últimos 20 anos, 40% dos premiados pela John Bates Clark Medal também ganharam o Nobel de Economia, entre eles Milton Friedman, Joseph Stiligtz e Paul Krugman. (10) The Colonial Origins of Comparative development, p. 1369. (11) Comentários ao paper de Sulamis Dain sobre Reforma Tributária. In: Econômica - Revista da Pós Graduação em Economia da UFF, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 321. (12) "A Reforma Tributária e a Federação", "O Dilema Fiscal" e "Desafios do Federalismo Fiscal", todos publicados pela Editora FGV. (13) Integração Regional e Harmonização Tributária: a perspectiva brasileira. Disponível em: http://idbdocs.iadb.org/wsdocs/getdocument.aspx?docnum=831634. Acesso em 20 de julho.

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(14) Cf. Relatório "Pesquisa sobre o tema da Guerra Fiscal", do Pesquisador do NEF, Leonardo Alcântara Ribeiro. (15) Art. 543-C. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, o recurso especial será processado nos termos deste artigo.§1º Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça. §2º Não adotada a providência descrita no § 1o deste artigo, o relator no Superior Tribunal de Justiça, ao identificar que sobre a controvérsia já existe jurisprudência dominante ou que a matéria já está afeta ao colegiado, poderá determinar a suspensão, nos tribunais de segunda instância, dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida§3º O relator poderá solicitar informações, a serem prestadas no prazo de quinze dias, aos tribunais federais ou estaduais a respeito da controvérsia. §4º O relator, conforme dispuser o regimento interno do Superior Tribunal de Justiça e considerando a relevância da matéria, poderá admitir manifestação de pessoas, órgãos ou entidades com interesse na controvérsia. §5º Recebidas as informações e, se for o caso, após cumprido o disposto no §4o deste artigo, terá vista o Ministério Público pelo prazo de quinze dias.§6º Transcorrido o prazo para o Ministério Público e remetida cópia do relatório aos demais Ministros, o processo será incluído em pauta na seção ou na Corte Especial, devendo ser julgado com preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. §7º Publicado o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem: I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação do Superior Tribunal de Justiça; ouII - serão novamente examinados pelo tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Superior Tribunal de Justiça.§8º Na hipótese prevista no inciso II do §7o deste artigo, mantida a decisão divergente pelo tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso especial. §9º O Superior Tribunal de Justiça e os tribunais de segunda instância regulamentarão, no âmbito de suas competências, os procedimentos relativos ao processamento e julgamento do recurso especial nos casos previstos neste artigo. (16) A Lei no 11.672, de 8 de maio de 2008, que introduziu o art. 543-C no Código de Processo Civil, pretendeu inovar o ordenamento jurídico-processual impondo procedimento para impedir que as causas repetitivas, consolidadas por posicionamento do STJ, cheguem até este órgão, seja por meio de Recurso Especial, seja por meio de Agravo de Instrumento de Despacho Denegatório de Recurso Especial. A qualificação de uma causa como repetitiva levará em conta a multiplicidade de recursos discutindo a mesma questão de direito. Verificando o tribunal de origem que o processo a ser julgado trata de mesma matéria de direito que um processo ao qual foi dado o status de recurso repetitivo no STJ, poderá suspender a tramitação do Recurso Especial ou do Agravo até que o aquele órgão julgue a ação. Após ser julgado o processo e publicada a decisão do STJ, os recursos suspensos (i) terão seu seguimento negado caso o Acórdão recorrido corresponda à decisão do STJ ou (ii) serão levados a julgamento para apreciação do tema, caso o Acórdão recorrido divirja da orientação do STJ, tudo nos termos do §7o do art. 543-C, supra citado. (17) Art. 23. O direito de crédito, para efeitos de compensação com débito do imposto, reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sido prestados os serviços, está condicionado à idoneidade da documentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos e condições estabelecidos na legislação. (18) Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

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(19) Cf. p. 270 da versão original, ainda no prelo para publicação na Editora Saraiva. (20) Voto na íntegra, p. 14. (21) Causalidade e Relação no Direito. São Paulo: Saraiva, 1989, p. (22) Cf. íntegra da decisão do Recurso Especial n. 1.148.444, p. 11.FONTE: FISCOSoft .

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ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.389, DE 14/09/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto nos artigos 84-B e 112 da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Passa a vigorar com a redação que se segue o item 1 do § 1º do artigo 149 do Anexo I do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000: "1 - nas hipóteses dos incisos I, II e III, somente quando a saída da mercadoria do estabelecimento de origem de que trata o "caput" estiver fora do campo de incidência do imposto, nos termos do inciso V e da alínea "b" do item 1 do § 1º, ambos do artigo 7º deste regulamento;" (NR). Art. 2º Ficam acrescentados os dispositivos adiante indicados ao artigo 149 do Anexo I do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação: I - o inciso IV: "IV - armazém geral situado neste Estado, para depósito em nome do remetente, observado o disposto no § 3º." (NR); II - o § 3º: "§ 3º Relativamente ao inciso IV, a isenção: 1 - aplica-se apenas na hipótese em que o estabelecimento remetente da mercadoria esteja credenciado perante a Secretaria da Fazenda, nos termos de disciplina por ela estabelecida; 2 - fica condicionada à efetiva exportação da mercadoria no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da data da saída da mercadoria do estabelecimento remetente; 3 - não prevalecerá se houver descumprimento do disposto no item 2, hipótese em que se aplicará, ao estabelecimento remetente, a responsabilidade solidária pelo pagamento do imposto nos termos previstos na legislação." (NR). Art. 3º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 14 de setembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 15/09/2012.

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ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.390, DE 14/09/2012

Introduz alteração no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no Convênio ICMS-58/12, de 22 de junho de 2012, Decreta: Art. 1º Fica acrescentado, com a redação que se segue, o § 1º ao artigo 151 do Anexo I do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, passando o atual parágrafo único a denominar-se § 2º: "§ 1º Não se exigirá o estorno do crédito do imposto relativo à mercadoria beneficiada com a isenção prevista neste artigo." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 14 de setembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 15/09/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

ICMS: ALTERAÇÕES – DEC. EST. SP Nº 58.391, DE 14/09/2012

Introduz alterações no Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no artigo 8º, XXIV e § 10, da Lei 6.374, de 1º de março de 1989, Decreta: Art. 1º Fica acrescentada a Seção XXVII ao Capítulo IV do Título II do Livro II do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000, com a seguinte redação: "Seção XXVII Das Operações com Embalagens Industriais Usadas Artigo 400-J. O lançamento do imposto incidente nas sucessivas saídas das embalagens industriais usadas indicadas no § 3º fica diferido para o momento em que ocorrer a saída: I - da embalagem: a) a outro Estado; b) ao exterior; II - de mercadoria acondicionada na embalagem, após esta ser submetida a processo de limpeza, descontaminação e recuperação. § 1º Caso as embalagens indicadas no § 3º, após serem submetidas ao processo de limpeza e descontaminação, sejam:

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1 - recicladas pelo próprio estabelecimento que promoveu a limpeza e descontaminação, ou remetidas a outro estabelecimento para fins de reciclagem, o imposto a que se refere o "caput" deste artigo fica diferido para o momento em que ocorrer a saída da mercadoria resultante da reciclagem; 2 - transformadas em retalho, fragmento ou resíduo de plástico ou em sucata de metal, as sucessivas saídas destes produtos sujeitar-se-ão à disciplina prevista no artigo 392, ficando o imposto a que se refere o "caput" deste artigo diferido para os momentos estabelecidos no referido dispositivo. § 2º Para fins do disposto neste artigo, considera-se reciclagem o processo de transformação das embalagens industriais usadas em um novo produto. § 3º O disposto neste artigo aplica-se exclusivamente às seguintes embalagens industriais usadas, classificadas nos correspondentes códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM: 1 - tambores metálicos, 73.10.10.90; 2 - bombonas plásticas, 39.23.90.00; 3 - contêineres plásticos do tipo "Intermediate Bulk Container" (IBC), 39.23.90.00. § 4º A aplicação do diferimento previsto neste artigo fica condicionada: 1 - a que os contribuintes que efetuarem as operações com as embalagens relacionadas no § 3º, ainda que limpas, descontaminadas ou recuperadas, estejam credenciados pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB; 2 - à indicação, no documento fiscal, no campo "informações complementares": a) dos números de registro e datas de validade das Licenças de Operação concedidas pela CETESB ao estabelecimento emitente do documento fiscal e à indústria de limpeza, descontaminação e recuperação das embalagens; b) da expressão "Embalagens Industriais Usadas Recuperadas" ou "Embalagens Industriais Usadas Não Recuperadas", conforme o caso." (NR). Art. 2º Este decreto entra em vigor no primeiro dia do mês subsequente ao de sua publicação.

Palácio dos Bandeirantes, 14 de setembro de 2012GERALDO ALCKMIN

ANDREA SANDRO CALABISecretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 15/09/2012.

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ICMS: DISCIPLINA O PROGRAMA DE INCENTIVO À INDÚSTRIA DE PRODUÇÃO – PETRÓLEO E GÁS NATURAL – DEC. EST. SP Nº 58.388, DE 14/09/2012

Disciplina o Programa de Incentivo à Indústria de Produção e de Exploração de Petróleo e de Gás Natural no Estado de São Paulo.

GERALDO ALCKMIN, GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no Convênio ICMS-130/07, de 27 de novembro de 2007, e no Parecer PA nº 35/2007, exarado pela Procuradoria Geral do Estado, Decreta: Art. 1º (REPETRO - Produção ou lavra) - No desembaraço aduaneiro de bens ou mercadorias constantes no Anexo Único do Convênio ICMS-130/07, de 27 de novembro de 2007, importados sob o amparo do Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, para aplicação nas instalações de produção ou lavra de petróleo e gás natural, nos termos das normas federais específicas, que regulamentam o Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação de Bens Destinados às Atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de

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Petróleo e de Gás Natural - REPETRO, disciplinado pelo Decreto federal 4.543, de 26 de dezembro de 2002, fica reduzida a base de cálculo do ICMS incidente na operação de forma que a carga tributária seja equivalente a 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento), com a apropriação do crédito correspondente, ou, alternativamente, a critério do contribuinte, a 3% (três inteiros por cento), sem apropriação do crédito correspondente. § 1º O benefício previsto neste artigo aplica-se: 1 - também, a máquinas e equipamentos sobressalentes, a ferramentas e aparelhos e outras partes e peças destinados a garantir a operacionalidade dos referidos bens; 2 - exclusivamente à entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa jurídica: a) detentora de concessão ou autorização para exercer no país as atividades de pesquisa ou de lavra de jazidas de petróleo e de gás natural, nos termos da Lei federal 9.478, de 6 de agosto de 1997; b) contratada pela concessionária ou autorizada para a prestação de serviços destinados à execução das atividades, objeto da concessão ou autorização, bem assim às subcontratadas; c) importadora autorizada pela contratada, na forma da alínea "b", quando esta não for sediada no país. § 2º Relativamente ao benefício previsto neste artigo: 1 - a empresa importadora, quando optar pela carga tributária equivalente a 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento), poderá: a) creditar-se do montante do imposto incidente na forma do "caput" a partir do 24º (vigésimo quarto) mês do seu efetivo recolhimento, à razão de 1/48 (um quarenta e oito avos) por mês, não se aplicando o estorno relativamente à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo período; b) transferir o saldo credor para outro contribuinte localizado em território paulista, observado o disposto na alínea "a" e os critérios previstos em disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda; 2 - os bens deverão ser de propriedade de pessoa sediada no exterior e importados, sem cobertura cambial, pelas pessoas jurídicas referidas no item 2 do § 1º; 3 - considera-se iniciada a fase de produção ou lavra quando da aprovação do Plano de Desenvolvimento do Campo pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP. Art. 2º (REPETRO - Exploração ou pesquisa) - Fica isento do ICMS o desembaraço aduaneiro de bens ou mercadorias constantes do Anexo Único do Convênio ICMS-130/07, de 27 de novembro de 2007, importados sob o amparo do Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, para aplicação nas instalações de exploração ou pesquisa de petróleo e gás natural, nos termos das normas federais específicas que regulamentam o REPETRO. Art. 3º (REPETRO - Operações antecedentes) - Nas operações antecedentes à saída destinada a pessoa sediada no exterior dos bens e mercadorias fabricados no país que venham a ser subseqüentemente importados nos termos dos artigos 1º e 2º deste decreto, sob o amparo do Regime Aduaneiro Especial de Admissão Temporária, para utilização nas atividades de exploração e produção de petróleo e de gás natural, independentemente da Unidade federada onde se localize o fabricante, fica reduzida a base de cálculo do ICMS incidente na operação de forma que a carga tributária seja equivalente a 7,5% (sete inteiros e cinco décimos por cento), com a apropriação do crédito correspondente, ou, alternativamente, a critério do contribuinte, a 3% (três inteiros por cento), sem apropriação do crédito correspondente. § 1º Poderá ser diferido para o momento em que ocorrer a saída destinada a pessoa sediada no exterior dos bens e mercadorias fabricados no país, nos termos de disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, o lançamento do imposto incidente: 1 - nas saídas imediatamente antecedentes à saída destinada a pessoa sediada no exterior; 2 - nas saídas internas de matéria-prima e produto intermediário destinadas a estabelecimento fabricante que promover as saídas diferidas previstas no item 1.

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§ 2º Aplica-se ao diferimento previsto no § 1º, quando for o caso, o disposto no item 1 do parágrafo único do artigo 429 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000. § 3º O previsto neste artigo: 1 - aplica-se, também: a) aos equipamentos, máquinas, acessórios, aparelhos, peças e mercadorias, utilizados como insumos na construção e montagem de sistemas flutuantes e de plataformas de produção ou perfuração, bem como de suas unidades modulares a serem processadas, industrializadas ou montadas em unidades industriais; b) aos cascos e módulos, quando utilizados como insumos na construção, reparo e montagem de sistemas flutuantes e de plataformas de produção ou perfuração; c) às operações realizadas sob o amparo do Regime Aduaneiro Especial de Drawback, na modalidade suspensão, no que se refere à comprovação do adimplemento nos termos da legislação federal específica; 2 - aplica-se, apenas, às operações imediatamente antecedentes à saída destinada a pessoa sediada no exterior, com exceção do disposto no § 1º, 2. § 3º Para fins do disposto neste decreto, a operação de saída destinada a pessoa sediada no exterior, mesmo que não ocorra a saída do bem ou mercadoria do território aduaneiro, será equiparada à exportação, até mesmo para efeito de comprovação do adimplemento das obrigações decorrentes da aplicação do regime de Drawback, na modalidade suspensão. Art. 4º (Importação) - No desembaraço aduaneiro decorrente de importação do exterior de bens ou mercadorias constantes no Anexo Único do Convênio ICMS-130/07, de 27 de novembro de 2007, a operação de importação fica isenta do ICMS, desde que os bens ou mercadorias sejam: I - utilizados exclusivamente na fase de exploração ou pesquisa de petróleo e gás natural; II - de uso interligado às fases de exploração e de produção que ingressem no território nacional para realizar serviços temporários no país por um prazo de permanência inferior a 24 (vinte e quatro) meses; III - utilizados em plataformas de produção ou lavra que estejam em trânsito para sofrerem reparos ou manutenção em unidades industriais. Parágrafo único. O benefício previsto neste artigo aplica-se também a máquinas e equipamentos sobressalentes, a ferramentas e aparelhos e outras partes e peças destinados a garantir a operacionalidade dos bens de que trata o "caput". Art. 5º A fruição dos benefícios previstos neste decreto: I - fica condicionada a que: a) as mercadorias, objeto das operações, sejam desoneradas dos impostos federais em razão de isenção, suspensão ou alíquota zero; b) sem prejuízo das demais exigências, seja colocado à disposição do fisco sistema informatizado de controle contábil e de estoques, que possibilite realizar o acompanhamento da aplicação do REPETRO, bem como da utilização dos bens na atividade para a qual foram adquiridos ou importados, a qualquer tempo, mediante acesso direto; II - é opcional, devendo o contribuinte declarar a sua opção em termo lavrado no livro Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências - RUDFTO, sendo que a renúncia a ela deverá ser objeto de novo termo. Art. 6º (Drawback) - Aplica-se a isenção no desembaraço aduaneiro de bem ou mercadoria importados do exterior sob amparo do regime de "drawback" na modalidade de suspensão e que fiquem submetidos ao REPETRO, conforme previsto no artigo 22 do Anexo I do RICMS. Art. 7º A inobservância ou o descumprimento de qualquer das condições estabelecidas neste decreto implicará a exigência integral do ICMS devido, com os acréscimos legais cabíveis. Art. 8º Este decreto entra em vigor em 1º de julho de 2012, quando ficará revogado o Decreto 53.574, de 17 de outubro de 2008.

Palácio dos Bandeirantes, 14 de setembro de 201234

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GERALDO ALCKMINANDREA SANDRO CALABI

Secretário da Fazenda

FONTE: Diário Oficial do Estado de São Paulo – 15/09/2012.

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ICMS: GORJETA – EXCLUSÃO DA BASE DE CÁLCULO – COMENTÁRIO

Sumário Introdução I - Previsão de exclusão na legislação estadual II - Limite do valor da gorjeta III - Discriminação do valor no documento fiscal IV - Gorjeta espontânea V - Empresas do Simples Nacional VI - Empresas com regime especial de tributação Introdução Desde a vigência da Lei Kandir (Lei Complementar nº 87/1996), entende-se como incluídos na base de cálculo do ICMS os mais diversos valores que são intrínsecos ou apenas relacionados às operações compreendidas no campo de incidência do ICMS (operações de circulação de mercadorias, prestações de serviços de transporte intermunicipal ou interestadual e prestações onerosas de serviços de comunicação). Nesse contexto, a legislação é clara ao determinar que o valor da base de cálculo do imposto é o valor da operação, ou seja, o montante cobrado do adquirente ou contratante do serviço, incluindo-se, dentre esses valores, aqueles correspondentes a frete, seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição. (LC 87/96, art. 13, §1º, II) Mesmo em relação às previsões expressas há inúmeros questionamentos e teses divergentes oriundas da doutrina ou do Poder Judiciário, sobre a real possibilidade dessa cobrança. Mais ainda há o que se questionar em relação àquelas previsões não expressas, que se enquadram no termo "demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas" e que abrange um sem número de possibilidades, dentre estes o valor pago a título de um serviço prestado denominado como gorjeta. Porém, recentemente, o Conselho Nacional de Política Fazendária - CONFAZ autorizou, por meio do Convênio ICMS nº 125/2011, o Distrito Federal e os Estados de São Paulo e do Espírito Santo a excluir os valores correspondentes às gorjetas da base de cálculo do ICMS. Neste Comentário, analisaremos como a legislação paulista tratou do assunto e determinou as condições para essa desoneração para empresas que promovem o fornecimento de alimentação e bebidas. I - Previsão de exclusão na legislação estadual A novidade na legislação do ICMS do Estado de São Paulo se deu a partir do citado Convênio ICMS nº 125, de 16 de dezembro de 2011, que autorizou a medida, porém apenas se efetivou com a publicação do Decreto nº 58.374, de 06 de setembro de 2012. Mencionado Decreto paulista acrescentou ao artigo 37 do RICMS/SP, que trata sobre a base de cálculo do imposto, expressa determinação de que o valor correspondente à gorjeta passa a ficar excluído da base de cálculo do ICMS incidente no fornecimento de alimentação e bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e estabelecimentos similares. II - Limite do valor da gorjeta Como condição para a não tributação do ICMS sobre o valor da gorjeta, ficou determinado que este valor não deve ser superior aos usuais 10% do valor da conta.

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Essa determinação não é específica da legislação paulista, mas imposta pelo próprio Convênio que autorizou a medida. Desta forma, gorjetas que corresponderem a percentuais acima dos 10% do valor da conta não estão inclusas no benefício e devem ser tributadas pelo imposto. III - Discriminação do valor no documento fiscal Em se tratando de gorjeta sugerida pelo estabelecimento, sua exclusão da base de cálculo apenas pode ser considerada caso o contribuinte discrimine o respectivo valor no documento fiscal, de forma que seu montante seja visualmente entendido como um valor adicional na conta. Os documentos fiscais emitidos pelas empresas fornecedoras de alimentação e bebidas que não constarem tal valor separadamente não poderão considerar a exclusão de qualquer percentual da base de cálculo do imposto, ainda que se alegue que foram cobrados à título de gorjeta. IV - Gorjeta espontânea Nas hipóteses em que o contribuinte não sugere e cobra o adicional de gorjeta do cliente, mas este decide, por sua espontânea vontade pagar o adicional, não haverá a discriminação do valor correspondente no documento fiscal, contudo, é exigida, para fins da exclusão do montante da base de cálculo do imposto, que o contribuinte mantenha à disposição da fiscalização pelo prazo prescricional de 5 anos: a) documentação comprobatória de que os empregados trabalham, nos termos de legislação, acordo ou convenção coletiva, sob a modalidade de gorjeta espontânea; b) expressa indicação nas contas, cardápios ou em avisos afixados no estabelecimento de que o serviço (gorjeta) não é obrigatório; c) demonstrativo mensal do valor da gorjeta espontânea que circulou pelos meios de recebimento da receita do estabelecimento. V - Empresas do Simples Nacional As mesmas regras e condições devem ser observadas pelos contribuintes sujeito às normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacional", que poderão, assim, excluir estes valores de sua receita tributável pelo ICMS. VI - Empresas com regime especial de tributação Além das alterações no RICMS/SP, o Estado de São Paulo também promoveu, por meio do Decreto nº 58.375 de 06 de setembro de 2012, alterações no Decreto 51.597/2007, que instituiu regime especial de tributação do ICMS para contribuintes que tenham como atividade o fornecimento de alimentação. Por meio desse regime, é possibilitada a apuração mensal do ICMS mediante a aplicação do percentual de 3,2%, sobre a receita bruta auferida no período, pelo contribuinte que exercer atividade econômica de fornecimento de alimentação, tal como a de bar, restaurante, lanchonete, pastelaria, casa de chá, de suco, de doces e salgados, cafeteria ou sorveteria, e que utilize Equipamento Emissor de Cupom Fiscal - ECF ou Nota Fiscal emitida por sistema eletrônico de processamento de dados, bem como para as empresas preparadoras de refeições coletivas. As alterações trazidas pelo nova norma serviram para determinar expressamente que os valores correspondentes à gorjeta devem ser excluídos da receita bruta tributável, observadas as mesmas condições definidas no RICMS e comentadas anteriormente. Fundamentação: Decreto nº 58.374/2012 e 58.375/2012.

FONTE: FISCOSoft .

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

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ALVARÁS: ESTABELECE PROCEDIMENTOS PARA A EXPEDIÇÃO POR VIA ELETRÔNICA – DEC. MUN. SÃO PAULO/SP Nº 53.415, DE 17/09/2012

Estabelece os procedimentos para a expedição por via eletrônica do Alvará de Aprovação de Edificação Nova ou Reforma, Alvará de Execução de Edificação Nova ou Reforma e Alvará de Licença para Residência Unifamiliar, previstos na Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992, e do Alvará de Desdobro de Lote e Alvará de Remembramento de Lote, de que trata a Lei nº 9.413, de 30 de dezembro de 1981.

GILBERTO KASSAB, Prefeito do Município de São Paulo, no uso das atribuições que lhe são conferidas por lei, CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiçoar os processos municipais destinados à expedição de documentos para o licenciamento de obras, edificações e desdobro e remembramento de lotes; CONSIDERANDO o disposto no artigo 49 da Lei nº 14.141, de 27 de março de 2006, que admite a utilização da via eletrônica para a formação, instrução e decisão de processos administrativos; CONSIDERANDO o trabalho elaborado pelos Grupos de Ação Executiva, constituídos pelas Portarias nº 641/07-PREF, nº 1.093/07-PREF e nº 1.136/09-PREF, com o objetivo de implantar o Sistema de Licenciamento de Construções - SLC, DECRETA : Art. 1º Os procedimentos para a expedição por via eletrônica do Alvará de Aprovação de Edificação Nova ou Reforma, Alvará de Execução de Edificação Nova ou Reforma e Alvará de Licença para Residência Unifamiliar, previstos na Lei nº 11.228, de 25 de junho de 1992 (Código de Obras e Edificações - COE), e do Alvará de Desdobro de Lote e Alvará de Remembramento de Lote, de que trata a Lei nº 9.413, de 30 de dezembro de 1981, ficam estabelecidos na conformidade deste decreto. Art. 2º O preenchimento do pedido e o acompanhamento do processo relativo à expedição dos alvarás especificados no artigo 1º deste decreto serão realizados exclusivamente por meio do Portal da Prefeitura do Município de São Paulo na Internet. Art. 3º O pedido será instruído pelo interessado e analisado frente à legislação municipal, conforme a natureza do pedido, observadas as normas edilícias municipais, em especial as estabelecidas no Código de Obras e Edificações - COE e nas Leis de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo - LPUOS, sem prejuízo do atendimento, por parte do autor do projeto e do dirigente técnico da obra, das disposições estaduais e federais aplicáveis à matéria. Art. 4º O pedido de expedição eletrônica dos documentos de que trata este decreto será iniciado por técnico habilitado, indicado pelo proprietário do imóvel, cabendo-lhe prestar as informações e declarações necessárias, bem como encaminhar, por via eletrônica, os documentos relativos ao pedido. § 1º. Ao término da solicitação, será gerado um número de protocolo para acompanhamento do pedido. § 2º. O proprietário deverá acessar o sistema para verificação e aceitação das informações e declarações prestadas pelo técnico. § 3º. O técnico e o proprietário deverão identificar-se por meio da "senha web", a ser obtida na Secretaria Municipal de Finanças, segundo a orientação constante do Portal da Prefeitura do Município de São Paulo na Internet. § 4º. A emissão do número de protocolo não gerará qualquer direito, incluindo o de início de obras, nem mesmo em caráter provisório. § 5º. O disposto neste artigo aplica-se também ao possuidor nas hipóteses em que, nos termos da legislação específica, lhe for conferido o direito de formular os pedidos de que trata este decreto. Art. 5º Em um único processo eletrônico para o mesmo imóvel somente será possível a análise de pedidos que englobem:

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I - Alvará de Aprovação de Edificação Nova ou Reforma e Movimento de Terra e/ou Muro de Arrimo; II - Alvará de Execução de Edificação Nova ou Reforma e Movimento de Terra e/ou Muro de Arrimo; III - Alvará de Execução de Edificação Nova ou Reforma e Demolição ou Reconstrução; IV - Alvará de Licença para Residência Unifamiliar e Movimento de Terra e/ou Muro de Arrimo, Demolição ou Reconstrução. § 1º. Os pedidos para análise de Alvará de Aprovação e de Alvará de Execução deverão ser apresentados separadamente, correspondendo, cada protocolo eletrônico, a um só documento. § 2º. Por opção do interessado, poderá ser requerida a expedição de Alvará de Licença para Residência Unifamiliar, como procedimento alternativo ao Alvará de Aprovação e ao Alvará de Execução. § 3º. Quando houver alteração de projeto envolvendo mudança de categoria de uso, subcategoria de uso ou tipologia, o pedido inicial será indeferido, devendo ser protocolado novo pedido, com o recolhimento dos valores devidos. Art. 6º O pedido que apresentar irregularidade grave, que implique reformulação de projeto, será indeferido, mediante despacho da autoridade competente para a expedição da licença correspondente, com indicação precisa da irregularidade. § 1º. O pedido de Alvará de Aprovação ou de Alvará de Execução de que trata este decreto será indeferido de plano nas seguintes hipóteses, dentre outras: I - categoria ou subcategoria de uso não conforme na zona de uso; II - taxa de ocupação superior à permitida na zona de uso; III - coeficiente de aproveitamento superior ao permitido na zona de uso; IV - não observância dos recuos mínimos obrigatórios; V - desrespeito à altura e ao gabarito máximos estabelecidos para a edificação; VI - largura e classificação da via, em função da zona de uso, inferior à exigida para a categoria de uso pretendida; VII - lote com frente para via de circulação não oficial; VIII - uso misto quando a LUOS e o COE exigirem edificações exclusivas; IX - frente e área mínima do lote inferiores às exigidas pela LUOS; X - não observância da cota mínima de terreno estabelecida por unidade habitacional; XI - infração ao disposto no artigo 186 da Lei nº 13.885, de 25 de agosto de 2004. § 2º. O pedido de Alvará de Desdobro de Lote ou Alvará de Remembramento de Lote será indeferido nas seguintes hipóteses, dentre outras: I - projeto de parcelamento em desacordo com a legislação vigente; II - lote com frente para via de circulação não oficial; III - lote resultante com testada e/ou área inferior à permitida pela legislação; IV - parcelamento com edificação irregular; V - projeto em desacordo com o objeto do pedido; VI - não apresentação do comprovante do pagamento, certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa relativamente aos tributos municipais dos últimos 5 (cinco) anos, incidentes sobre o lote objeto do pedido. § 3º. O pedido será indeferido, por inexistência de condições de análise, nas seguintes hipóteses: I - apresentação de projeto sem os elementos mínimos necessários, tais como levantamento planialtimétrico, implantação, plantas, cortes e fachadas; II - falta de título de propriedade ou posse, nos termos da legislação específica. Art. 7º O processo que apresentar elementos incompletos ou incorretos ou necessitar esclarecimento ou complementação da documentação exigida por lei será objeto de um único comunicado ("comunique-se") para que todas as falhas sejam sanadas. § 1º. O proprietário e o profissional atuante no processo eletrônico serão notificados, por meio de publicação no Diário Oficial da Cidade e por via eletrônica, para acessar o Portal da

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Prefeitura do Município de São Paulo na Internet a fim de tomar conhecimento do teor do "comunique-se". § 2º. Ao profissional habilitado, responsável pelo pedido, fica assegurado o atendimento pessoal, por parte do técnico municipal encarregado da respectiva análise, para esclarecimento de eventuais dúvidas técnicas decorrentes do "comunique-se". § 3º. Havendo ou não o acesso do interessado ao sistema, o comunicado considerar-se-á efetuado pela publicação constante do Diário Oficial da Cidade. § 4º. O prazo para atendimento do "comunique-se" será de 30 (trinta) dias contados da data da publicação da notificação no Diário Oficial da Cidade, prorrogável por igual período, a pedido do interessado por via eletrônica, nos termos do subitem 4.1.1.1 do Capítulo 4 do Anexo I do COE, do subitem 4.A.7.4 da Seção 4.A do Anexo 4 do Decreto nº 32.329, de 23 de setembro de 1992, e do artigo 12 do Decreto nº 52.114, de 4 de fevereiro de 2011. § 5º. A autoridade imediatamente superior poderá deferir sucessivas prorrogações de prazo desde que a justificativa apresentada seja relevante. § 6º. O não atendimento do "comunique-se" dentro do prazo estabelecido acarretará o indeferimento do pedido. Art. 8º O prazo para formalização de pedido de reconsideração de despacho ou de recurso será de 30 (trinta) dias contados da data da publicação da decisão recorrida, nos termos do item 4.1.2 do Capítulo 4 do Anexo I do COE, do subitem 4.A.8.1 da Seção 4.A do Anexo 4 do Decreto nº 32.329, de 1992, e do artigo 4º do Decreto nº 52.114, de 2011. Art. 9º Os prazos para apreciação dos pedidos de Alvará de Aprovação e de Alvará de Execução de que trata este decreto serão de, no máximo, 20 (vinte) dias e 10 (dez) dias, respectivamente, e de Alvará de Licença para Residência Unifamiliar de, no máximo, 30 (trinta) dias. § 1º. Os prazos para apreciação dos pedidos de que trata o "caput" deste artigo, quando relativos a edifício público da Administração Direta, a habitação de interesse social ou que necessite anuência de outros órgãos, serão de, no máximo, 90 (noventa) dias, 30 (trinta) dias e 120 (cento e vinte) dias, respectivamente, ressalvados os casos excepcionais, devidamente motivados. § 2º. Os prazos previstos neste artigo ficarão suspensos durante a pendência de atendimento, pelo interessado, das exigências feitas em "comunique-se", bem como durante o aguardo de informações ou pareceres de outros órgãos. Art. 10. O prazo para apreciação do pedido de Alvará de Desdobro de Lote ou de Alvará de Remembramento de Lote será de, no máximo, 45 (quarenta e cinco) dias. Parágrafo único. O prazo previsto no "caput" deste artigo ficará suspenso durante a pendência de atendimento, pelo interessado, das exigências feitas em "comunique-se", bem como durante o aguardo de informações ou pareceres de outros órgãos. Art. 11. Na hipótese de estar o expediente em condições de deferimento e sendo constatado, pelo sistema eletrônico, divergência dos valores inicialmente recolhidos, em razão de alteração de área para maior, será gerada e emitida guia de arrecadação para pagamento dos valores devidos. § 1º. O proprietário deverá recolher o valor devido no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de sua notificação. § 2º. Não recolhido o valor devido, o pedido será indeferido e o débito correspondente inscrito no Cadastro Informativo Municipal - CADIN, na forma da lei. Art. 12. O despacho decisório será publicado, em seu inteiro teor, no Diário Oficial da Cidade e encaminhado, por via eletrônica, ao proprietário ou possuidor e ao dirigente técnico. Parágrafo único. Após a emissão do despacho de deferimento, ao proprietário ou possuidor e ao dirigente técnico será disponibilizada, no sistema eletrônico, a impressão do documento e das referidas peças gráficas, dos quais constará o código que permitirá a verificação de sua autenticidade perante o órgão emissor.

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Art. 13. O sistema eletrônico de expedição dos documentos de que trata este decreto será gerido pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras e pela Secretaria Municipal de Habitação, no âmbito de suas competências. Art. 14. A disponibilização do sistema eletrônico para a análise dos pedidos e expedição das licenças emitidas pelas demais Secretarias envolvidas no processo de análise será feita de forma gradual, em função da implantação do cronograma do processo eletrônico. Art. 15. A partir da data da publicação deste decreto não será aceito protocolamento de pedido de Alvará de Aprovação de Edificação Nova ou Reforma, Alvará de Execução de Edificação Nova ou Reforma, Alvará de Licença para Residência Unifamiliar, Alvará de Desdobro de Lote, Alvará de Remembramento de Lote e Alvará de Remembramento e Desdobro de Lote nas praças de atendimento ou unidades de protocolo da Prefeitura. § 1º. Os pedidos em análise, protocolados até a data da publicação deste decreto e ainda sem despacho decisório em última instância, continuarão regidos pelas normas anteriormente vigentes. § 2º. Os pedidos de revalidação, apostilamento e projeto modificativo de documentos não emitidos por meio eletrônico deverão ser protocolados nas praças de atendimento ou unidades de protocolo da Prefeitura, os quais observarão os procedimentos aplicáveis antes da edição deste decreto. Art. 16. Aos processos de que trata este decreto serão aplicadas, subsidiariamente, as disposições do Decreto nº 52.114, de 2011, e do Decreto nº 32.329, de 1992, à exceção, quanto ao último, das normas previstas no "caput" e nos subitens 4.A.5.1 e 4.A.6.1 da Seção 4.A, bem como no "caput" da Seção 4.B, todos de seu Anexo 4. Art. 17. Fica expressamente revogada a Seção 4.D - Procedimentos Especiais - Polo Gerador de Tráfego - do Anexo 4 do Decreto nº 32.329, de 1992, observadas as disposições da Lei nº 15.150, de 6 de maio de 2010, e do Decreto nº 51.771, de 10 de setembro de 2010. Art. 18. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação .

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 17 de setembro de 2012, 459º da fundação de São Paulo.

GILBERTO KASSABPREFEITO

RONALDO SOUZA CAMARGOSecretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras

FONTE: Diário Oficial da Cidade de São Paulo – 18/09/2012.

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VALET-SERVICE: ALTERAÇÕES – IN SF E SUREM/PMSP Nº 14, DE 06/09/2012

(Altera a Instrução Normativa SF/SUREM nº 06, de 28 de maio de 2012 que disciplinou a utilização de Cupom de Estacionamento pelos prestadores de serviços de guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, do tipo "valet service".)

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE FINANÇAS, no uso de suas atribuições legais, RESOLV E: Art. 1º Os §§ 3º e 4º do artigo 7º da Instrução Normativa SF/SUREM nº 06, de 28 de maio de 2012, passam a vigorar com a seguinte redação: "Artigo 7º (...) (...) § 3º. Os dados descritos nas alíneas "c", "d" e "e" dos incisos I e III, nas alíneas "d" e "e" do inciso II e nos incisos IV e V deverão ser preenchidos no momento da prestação do serviço;

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§ 4º. Os dados descritos nas alíneas "d" e "e" dos incisos I, II e III são de preenchimento obrigatório." Art. 2º Ficam revogados a alínea "c" do inciso II do § 1º do artigo 7º e o ANEXO I da Instrução Normativa SF/SUREM nº 06, de 28 de maio de 2012. Art. 3º O layout do Cupom de Serviço de Valet passa a ser o constante do ANEXO I desta Instrução Normativa. Parágrafo único. Fica autorizada a utilização do modelo constante do ANEXO I da Instrução Normativa SF/SUREM nº 06, de 28 de maio de 2012, até o encerramento do estoque. Art. 4º Esta Instrução Normativa entrará em vigor na data da sua publicação .

ANEXO ICUPOM DE SERVIÇO DE VALET

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Figura 1

FONTE: Diário Oficial da Cidade de São Paulo – 12 e 14/09/2012.

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LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA

BOLSA-ATLETA: ALTERAÇÕES – DEC. Nº 7.802, DE 13/09/2012

Altera o Decreto nº 5.342, de 14 de janeiro de 2005, que regulamenta a Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004, que institui a Bolsa-Atleta.

A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004, Decreta: Art. 1º O Decreto nº 5.342, de 14 de janeiro de 2005, passa a vigorar com as seguintes alterações: "Artigo 2º Podem ser beneficiários da Bolsa-Atleta: I - na categoria Atleta de Base, o atleta de catorze a dezenove anos de idade que: a) tenha participado com destaque das categorias iniciantes, em competições organizadas no ano anterior ao do pleito direta ou indiretamente por entidade nacional de administração do desporto, reconhecidas pelo Ministério do Esporte; b) tenha obtido o primeiro, segundo ou terceiro lugar em modalidade individual ou tenha sido considerado um dos dez melhores atletas, por sexo, em modalidade coletiva; e c) continue treinando para competições nacionais oficiais; II - na categoria Atleta Estudantil, o atleta de catorze a vinte anos de idade que: a) tenha participado dos jogos estudantis ou universitários nacionais organizados no ano anterior ao do pleito direta ou indiretamente pelo Comitê Olímpico Brasileiro - COB ou pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro - CPB, reconhecidos pelo Ministério do Esporte; b) tenha obtido o primeiro, segundo ou terceiro lugar em modalidade individual ou tenha sido considerado um dos três melhores atletas, por sexo, em modalidade coletiva; e c) continue treinando para competições nacionais oficiais; III - na categoria Atleta Nacional, o atleta a partir de catorze anos de idade que: a) tenha obtido na competição máxima da temporada nacional da modalidade, indicada pela entidade nacional de administração do desporto, no ano anterior ao do pleito, o primeiro, segundo ou terceiro lugar, e continue treinando para competições nacionais ou internacionais oficiais; ou b) esteja em primeiro, segundo ou terceiro lugar no ranking nacional de sua modalidade, indicado pela entidade nacional de administração do desporto, e continuem treinando para competições nacionais ou internacionais oficiais; IV - na categoria Atleta Internacional, o atleta a partir de catorze anos que: a) tenha integrado a seleção nacional de sua modalidade, representando o Brasil em campeonatos ou jogos sul-americanos, pan-americanos ou mundiais; b) tenha obtido primeiro, segundo ou terceiro lugar em competição reconhecida pela confederação da modalidade como um dos principais eventos; e c) continue treinando para competições internacionais oficiais. V - na categoria Atleta Olímpico ou Paraolímpico, o atleta que: a) tenha representado o Brasil nos últimos Jogos Olímpicos ou Paraolímpicos adultos organizados pelo Comitê Olímpico Internacional - COI ou Comitê Paralímpico Internacional - IPC, como titular em modalidade individual ou com seu nome presente na súmula de modalidade coletiva; b) continue treinando para competições internacionais oficiais; e

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c) cumpra os outros critérios fixados pelo Ministério do Esporte; e VI - na categoria Atleta Pódio, o atleta de modalidade individual olímpica ou paraolímpica vinculado ao Programa Atleta Pódio." (NR) "Artigo 3º A concessão da Bolsa-Atleta, destinada prioritariamente aos atletas praticantes do esporte de alto rendimento em modalidades olímpicas e paraolímpicas, deverá ser requerida junto ao Ministério do Esporte, por meio de formulário próprio acompanhado dos seguintes documentos: I - cópia do documento de identidade e do registro no Cadastro de Pessoa Física do Ministério da Fazenda - CPF; II - declaração da entidade desportiva, dispensada na categoria Atleta Estudantil, atestando que o atleta: a) está vinculado à entidade; e b) encontra-se em plena atividade esportiva e participa regularmente de treinamento para competições nacionais ou internacionais oficiais; III - declaração da entidade nacional de administração do desporto, dispensada na categoria Atleta Estudantil, acompanhada de cópia da súmula da competição que configura hipótese prevista no art. 2º, atestando que o atleta: a) está regularmente inscrito junto à entidade nacional de administração do desporto; b) está vinculado à entidade estadual de administração do desporto; e c) tenha obtido primeiro, segundo ou terceiro lugar na competição nacional ou internacional, conforme o caso, no ano anterior ao do pleito do benefício; IV - declaração de instituição de ensino, exigida apenas na categoria Atleta Estudantil, atestando que o atleta: a) está regularmente matriculado, com indicação do curso e nível de estudo; b) encontra-se em plena atividade esportiva e participa regularmente de treinamento para competições oficiais; e c) tenha obtido primeiro, segundo ou terceiro lugar em competição representando a instituição nos jogos estudantis ou universitários nacionais reconhecidos pelo Ministério do Esporte, no ano anterior ao do pleito do benefício; V - declaração sobre valores recebidos como patrocínio de pessoas jurídicas públicas ou privadas, incluído qualquer montante percebido eventual ou regularmente, diverso do salário, e qualquer tipo de apoio em troca de vinculação de marca; e VI - plano esportivo anual, com plano de treinamento, objetivos e metas esportivas para o ano de recebimento do benefício. § 1º O Conselho Nacional do Esporte deliberará acerca dos pleitos submetidos pelo Ministro de Estado do Esporte para concessão de bolsas para atletas de modalidades não olímpicas ou paraolímpicas, podendo autorizar o pagamento do benefício no exercício subsequente, observado o Plano Nacional do Desporto, a disponibilidade financeira e o limite imposto pelo § 4º do art. 1º da Lei nº 10.891, de 2004. § 2º Caso não preenchidos os requisitos previstos no caput, o candidato será notificado pelo Ministério do Esporte para, no prazo de trinta dias, complementar a documentação ou as informações, sob pena de indeferimento do pedido. § 3º O plano esportivo anual será elaborado conforme modelo disponibilizado pelo Ministério do Esporte. § 4º Ato do Ministro de Estado do Esporte definirá critérios para análise dos planos esportivos anuais e instituirá comissão para sua avaliação." (NR) "Artigo 8º O atleta beneficiado deverá apresentar ao Ministério do Esporte prestação de contas no prazo de trinta dias após o recebimento da última parcela. § 1º A prestação de contas deverá conter: I - declaração da entidade desportiva, ou da instituição de ensino na categoria Atleta Estudantil, atestando que o atleta manteve-se em plena atividade esportiva durante o período de recebimento do benefício; e

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II - declaração da entidade nacional de administração do desporto, dispensada na categoria Atleta Estudantil, atestando que o atleta: a) manteve-se regularmente inscrito junto à entidade; e b) participou de competição promovida pela entidade no período de recebimento do benefício, especificando denominação, data, local e resultados obtidos. § 2º Caso a prestação de contas não seja apresentada no prazo ou não tenha sido aprovada, o benefício não será renovado até que seja regularizada a pendência." (NR) "Artigo 9º-A Ato do Ministro de Estado do Esporte disporá sobre: I - critérios e procedimentos complementares para o pleito, para a concessão e para a renovação do benefício; II - critérios para reconhecimento de competições; e III - prazos, forma de ingresso, prestação de contas, metas esportivas propostas e resultados alcançados pelos atletas do Programa Atleta Pódio." (NR) Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 13 de setembro de 2012; 191º da Independência e 124º da República.DILMA ROUSSEFF

ALDO REBELO

FONTE: Diário Oficial da União – 14/09/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

P A T: DIVULGADAS NOVAS INSTRUÇÕES SOBRE A EXECUÇÃO DO PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR – COMENTÁRIO

A inscrição ou o registro no PAT está condicionado à efetivação de inscrição ou registro junto ao MTE, observando-se que a inscrição (modo de adesão da pessoa jurídica beneficiária) e o registro (modo de adesão da fornecedora e da prestadora de alimentação coletiva) têm validade imediata e por prazo indeterminado, podendo ser inativados por iniciativa do inscrito ou registrado, independentemente de motivo.A inscrição da pessoa jurídica beneficiária e o registro da fornecedora de alimentação coletiva podem ser realizados exclusivamente com a utilização de formulários eletrônicos disponíveis para acesso público na rede mundial de computadores.O registro da prestadora de serviço de alimentação coletiva, por sua vez, deve ser requerido à Coordenação do Programa de Alimentação do Trabalhador (Copat), instruído com os seguintes documentos, por estabelecimentos:a) ficha de registro no PAT devidamente preenchida, conforme modelo disponível para acesso público na rede mundial de computadores;b) comprovante de inscrição no Ministério da Fazenda;c) comprovante da existência de vínculo empregatício ou contratual com o profissional nutricionista, indicado como responsável técnico pelo PAT, e indicação do número do seu registro no programa;d) indicação da abrangência territorial de utilização do documento de legitimação; ee) comprovação de que os documentos de legitimação cumprem os requisitos previstos no art. 17 da Portaria SIT/DSST nº 3/2002 .Os dados constantes da inscrição ou do registro devem ser atualizados sempre que houver alteração de informações cadastrais e no prazo de 30 dias contados da ocorrência do fato, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar informações relativas ao PAT prevista na legislação trabalhista, tributária ou previdenciária.Observa-se que o número de trabalhadores atendidos e de refeições servidas deve ser atualizado apenas nos meses de janeiro e julho de cada exercício, devendo ser informado o número verificado ao término dos meses imediatamente precedentes.

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FONTE: IOB .

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P A T: PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR – ALTERAÇÕES – PORT. SIT/DSST Nº 335, DE 12/09/2012

Altera a redação da Portaria SIT/DSST nº 3, de 1º de março de 2002, que baixa instruções sobre a execução do Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT.

A SECRETÁRIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO, no exercício da competência prevista no art. 14, inciso XIII, do Anexo I do Decreto nº 5.063, de 3 de maio de 2004 e no art. 27, inciso XXI, da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003 e Considerando o disposto no art. 9º, do Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991, Resolve: Art. 1º A Portaria SIT/DSST nº 3, de 1º de março de 2002, passa a vigorar acrescida da seguinte Seção I-A: "I-A - DA INSCRIÇÃO E DO REGISTRO Artigo 1º-A. A inscrição ou registro no PAT implica a sujeição voluntária à integralidade de suas regras, inclusive àquelas relativas às infrações e respectivas sanções, e está condicionada à efetivação de inscrição ou registro junto ao Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. § 1º A inscrição é o modo de adesão da pessoa jurídica beneficiária, e o registro o modo de adesão da fornecedora e da prestadora de alimentação coletiva. § 2º A inscrição e o registro têm validade imediata e por prazo indeterminado, podendo ser inativados por iniciativa do inscrito ou registrado, independentemente de motivo. Artigo 1º-B. A inscrição da pessoa jurídica beneficiária pode ser realizada exclusivamente com a utilização de formulários eletrônicos disponíveis para acesso público na rede mundial de computadores. § 1º O direito à inscrição alcança as pessoas jurídicas de direito público e privado, e os empregadores equiparados à empresa, na forma do que dispõe a legislação previdenciária. § 2º O cadastro da pessoa jurídica beneficiária corresponde a um único número de inscrição, devendo as informações sobre a execução do Programa ser discriminadas por estabelecimento. Artigo 1º-C. O registro da fornecedora de alimentação coletiva pode ser realizado exclusivamente com a utilização de formulários eletrônicos disponíveis para acesso público na rede mundial de computadores. Parágrafo único. O cadastro da fornecedora de alimentação coletiva deve ser realizado por estabelecimento, recebendo cada um deles um número de registro próprio. Artigo 1º-D. O registro da prestadora de serviço de alimentação coletiva deve ser requerido dirigido à Coordenação do Programa de Alimentação do Trabalhador - COPAT, instruído com os seguintes documentos, por estabelecimento: I - ficha de registro no PAT devidamente preenchida, conforme modelo disponível para acesso público na rede mundial de computadores; II - comprovante de inscrição no Ministério da Fazenda; III - comprovante da existência de vínculo empregatício ou contratual com o profissional nutricionista indicado como responsável técnico pelo PAT, e indicação do número do seu registro no Programa; IV - indicação da abrangência territorial de utilização do documento de legitimação; e V - comprovação de que os documentos de legitimação cumprem os requisitos previstos no artigo 17 desta Portaria. Artigo 1º-E. Os dados constantes da inscrição ou do registro devem ser atualizados sempre que houver alteração de informações cadastrais, e no prazo de trinta dias contados da ocorrência do

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fato, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar informações relativas ao PAT prevista na legislação trabalhista, tributária ou previdenciária. Parágrafo único. O número de trabalhadores atendidos e de refeições servidas deve ser atualizado apenas nos meses de janeiro e julho de cada exercício, devendo ser informado o número verificado ao término dos meses imediatamente precedentes. Artigo 1º-F. Os comprovantes de inscrição e registro devem ser mantidos à disposição dos órgãos de fiscalização, permitida a guarda centralizada, com a concessão do prazo legal para disponibilização da documentação para a inspeção. Artigo 1º-G. A fim de acompanhar a execução do PAT, o órgão gestor pode determinar, a qualquer tempo, o recadastramento dos inscritos e registrados. Parágrafo único. A falta de realização do recadastramento enseja a inativação automática da inscrição ou do registro do participante." Art. 2º O artigo 4º da Portaria SIT/DSST nº 3, de 2002 passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo: "Parágrafo único. A documentação relacionada aos dispêndios referentes à execução do PAT e à fruição dos incentivos fiscais deve ser mantida à disposição dos órgãos de fiscalização, de modo a possibilitar seu exame e confronto com os registros contábeis e fiscais exigidos pela legislação." Art. 3º Ficam revogados o caput e parágrafos do artigo 2º e o caput e parágrafo único do artigo 11, da Portaria nº 3, de 2002. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

VERA LÚCIA RIBEIRO DE ALBUQUERQUE

FONTE: Diário Oficial da União – 17/09/2012.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

P L R: PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS – PROCEDIMENTO

SUMÁRIO1. Lei de Participação nos Lucros e Resultados2. Negociação da Participação2.1. Instrumento de negociação3. Impasse na Negociação4. Periodicidade da Distribuição5. Complementação da Remuneração do Empregado6. Encargos Sociais sobre o Valor Pago7. Tributação na Fonte8. Compensação das Participações Espontâneas9. Participações Dedutíveis10. Participações Determinadas por Empresas Estatais1. Lei de Participação nos Lucros e Resultados

A Lei nº 10.101/00 é a conversão da Medida Provisória nº 1.982-77, que regula a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas como instrumento de integração entre o capital e o trabalho, e como incentivo à produtividade, nos termos do art. 7º, inciso XI, da Constituição Federal/88.

Para fins da citada lei não se equipara a empresa a:a) pessoa física;b) entidade sem fins lucrativos que cumulativamente:- não distribua resultados, a qualquer título, ainda que indiretamente, a dirigentes, administradores ou empresas vinculadas;

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- aplique integralmente os seus recursos em sua atividade institucional e no País;- destine o seu patrimônio a entidade congênere ou ao poder público, em caso de encerramento de suas atividades;- mantenha escrituração contábil capaz de comprovar a observância dos demais requisitos citados anteriormente e das normas fiscais, comerciais e de direito econômico que lhe sejam aplicáveis.2. Negociação da Participação

A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e seus empregados, de acordo com o art. 2º da Lei nº 10.101/00, sendo que, para tanto deve ser observado um dos procedimentos a seguir descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo:a) comissão escolhida pelas partes, integradas também por um representante indicado pelo sindicato da respectiva categoria;b) convenção ou acordo coletivo.

A legislação ao dispor da comissão, apesar de dar liberdade de escolha de seus membros, determina que a mesma deve ser integrada por um representante do sindicato da “respectiva categoria”.

Observa-se que é imprescindível a participação de um representante indicado pelo sindicato da categoria, pois caso não seja observada, pode acarretar a descaracterização da natureza jurídica da PLR, vinculando o seu pagamento ao salário do empregado, inclusive para efeitos da contribuição previdenciária e para o FGTS, pois conforme o art. 28, § 9º, alínea “j”, da Lei nº 8.212/91 (Plano de Custeio da Seguridade Social), não integra o salário-de-contribuição “a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou creditada de acordo com lei específica”. 2.1. Instrumento de negociação

No instrumento de negociação deverão constar regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo, podendo ser considerados, entre outros, os seguintes critérios e condições:a) índice de produtividade, qualidade ou lucratividade da empresa;b) programas de metas, resultados e prazos pactuados previamente.

O instrumento de acordo celebrado será arquivado na entidade sindical dos trabalhadores.Observa-se que, neste aspecto, a lei contempla hipótese exemplificativa não sendo,

portanto exaustiva, o que, aliás, de acordo com a doutrina trabalhista, proporciona maior flexibilidade para, dessa forma melhor viabilizar a integração entre o capital e o trabalho.

A lei, no entanto, exige que os objetivos de desempenho sejam mensuráveis, ou seja, que possam ser medidos como, por exemplo, a redução dos gastos fixos administrativos e de matéria-prima na produção, atuação como coordenação de equipes, implementação de novos programas de gerenciamento de compras.3. Impasse na Negociação

Nos termos do art. 4º da Lei nº 10.101/00, caso a negociação resulte em impasse, as partes poderão utilizar-se dos seguintes mecanismos de solução do litígio:a) mediação;b) arbitragem de ofertas finais, aquela em que o árbitro deve restringir-se a optar pela proposta apresentada por uma das partes, em caráter definitivo.

Uma vez firmado o compromisso arbitral, não será admitida a desistência unilateral de qualquer das partes.

O laudo arbitral terá força normativa, independentemente de homologação judicial.O mediador ou o árbitro será escolhido de comum acordo entre as partes.

4. Periodicidade da DistribuiçãoO art. 3º, § 2º, da Lei nº 10.101/00 dispõe que é vedado o pagamento de qualquer

antecipação ou distribuição nos lucros em período inferior a um semestre civil ou mais de duas vezes no mesmo ano civil.

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5. Complementação da Remuneração do EmpregadoSalientamos que de acordo com a legislação, objeto dessa matéria, a participação nos

lucros não complementa e nem substitui a remuneração devida a qualquer empregado e também não se aplica o princípio da habitualidade.6. Encargos Sociais sobre o Valor Pago

A participação nos lucros não constitui base de incidência de qualquer encargo trabalhista, portanto não há incidência da contribuição previdenciária e de FGTS, desde que paga ou creditada de acordo com lei específica.7. Tributação na Fonte

O art. 3º, § 5º, da Lei nº 10.101/00 estabelece que as participações nos lucros serão tributadas na fonte, em separado dos demais rendimentos recebidos no mês, como antecipação do imposto de renda devido na declaração de rendimentos da pessoa física, ficando a fonte pagadora (pessoa jurídica) responsável pela retenção e pelo recolhimento do imposto.

Nos termos da alínea “d” do inciso I do art. 70 da Lei nº 11.196/95, o IR/Fonte incidente deverá ser recolhido até o último dia útil do 2º decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência do fato gerador, por meio do DARF com o código 0561.

Exemplo: Pagamento da participação nos lucros em 31/08/2012, o IRRF terá o vencimento em

20/09/2012.8. Compensação das Participações Espontâneas

O art. 3º, § 3º, da Lei nº 10.101/00 estabelece que todos os pagamentos efetuados em decorrência de planos de participação nos lucros ou resultados, mantidos espontaneamente pela empresa, poderão ser compensados com as obrigações decorrentes de acordos ou convenções coletivas atinentes à participação nos lucros ou resultados.9. Participações Dedutíveis

O art. 462 do RIR/99 dispõe que a pessoa jurídica tributada pelo lucro real, para efeito de apuração, poderá deduzir como despesa operacional as participações atribuídas aos empregados nos lucros ou resultados, nos termos da citada lei, dentro do próprio exercício de sua constituição.Nota Cenofisco: As participações são dedutíveis desde que venha abranger indiscriminadamente todos os empregados e atendam aos demais requisitos legais definidos na Lei nº 10.101/00.10. Participações Determinadas por Empresas Estatais

A participação nos lucros, relativamente aos trabalhadores em empresas estatais, de acordo com o art. 5º da Lei nº 10.101/00, observará diretrizes específicas fixadas pelo Poder Executivo.

Consideram-se empresas estatais as empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas e demais empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.

FONTE: CENOFISCO.

______________________________Fim de Matéria__________________________________

LEGISLAÇÃO PREVIDENCIARIA

CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS E OUTRAS ALTERAÇÕES: LEI Nº 12.715, DE 17/09/2012

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FONTE: Diário Oficial da União – 18/09/2012. ______________________________Fim de Matéria__________________________________

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MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM

“A LEI DE ARBITRAGEM E SUA RELAÇÃO COM O CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR” - ARTIGO

A lei 9.307/96, através do art. 4º, § 2º, passou a admitir a inclusão eficaz de cláusula compromissória nos contratos de adesão desde que o aderente torne a iniciativa de instituir a arbitragem ou concorde, expressamente, com a sua instituição, mediante as cautelas de observar a forma escrita, em documento anexo ao contrato principal ou em negrito, no próprio contrato, com assinatura ou visto especial para a validade dessa cláusula.O ilustre juiz Joel Dias FIGUEIRA JR encontra colisão entre este dispositivo da Lei de Arbitragem e o inciso VII do art. 51 do Código de Defesa do Consumidor, que define como nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que determinem a instituição compulsória da arbitragem.Questiona o citado autor se, diante do antagonismo aparentemente flagrante entre a Lei de Arbitragem e o Código de Defesa do Consumidor, há de prevalecer a eficácia da lei mais nova em relação à antecedente, nos termos do § 1º, art. 2º, da Lei de Introdução do Código Civil? Ou, ainda, diante da manifesta incompatibilidade entre os dois dispositivos de microssistemas diversos, há de prevalecer, em princípio, a disposição do art. 4º, § 2º, da Lei 9.307/96, que admite a exclusão de apreciação de litígios pelo Estado-juiz, mas somente por intermédio da arbitragem, quando inserida cláusula compromissória em contratos de adesão, e desde que se atendam certos requisitos, em relação ao Código de Defesa do Consumidor?Apesar do legislador ter procurado conferir certas garantias ao consumidor (via de regra, parte mais fraca nas relações de consumo, assim entendido no CDC), quando da opção pela jurisdição privada e conseqüente exclusão da estatal, não basta a simplicidade das cautelas definidas no referido § 2º do art. 4º.Ocorre que os mecanismos de segurança, conferidos na Lei de Arbitragem ao consumidor, são ainda incipientes quando confrontados com as relações de massa e consumo verificadas no mundo contemporâneo, onde o poderio comercial ou econômico de empresas apresentam-se em total desequilíbrio quando cotejado com a parte contrária firmadora do contrato (aderente).Entende, ainda, o autor que “o novo dispositivo deve ser interpretado não isoladamente, mas de forma sistemática e teleológica com todo o microssistema do Código de Defesa do Consumidor e sob prisma das garantias e direitos insculpidas na Constituição Federal, sob pena de chegarmos à conclusão pouco sensata e antagônica ao espírito da lei e do próprio legislador.3” Analisando a tramitação do último Projeto de Lei que antecedeu a Lei de Arbitragem (Projeto do Senado 78/92), verifica-se a intenção preliminar do legislador em revogar o inc. VII do art. 51 do Código de Defesa do Consumidor, estampada então no art. 44, inc. III, do aludido projeto, que

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não foi aprovado, conforme disposto: “ficam revogadas todas as disposições em contrário ao estabelecido nesta lei e, em especial, os seguintes artigos: (...) III – 51, VII, da Lei 8.078, de 11/09/1990 (Código de Defesa do Consumidor).É princípio assente de hermenêutica jurídica que lex posterior generalis no derogat legi priori speciali, e no caso em exame, a Lei de Arbitragem reveste-se de natureza geral em relação ao Código de Defesa do Consumidor, que é especial. Nessas circunstâncias, não há que se admitir a revogação meramente tácita, mister se fazia, então, a expressa revogação – conforme, aliás, assinalava o Projeto citado – o que terminou por não se verificar por acertada e final opção legislativa.4FIGUEIRA Jr. disciplina que “seria ingênuo e até jocoso imaginar que a simples inscrição em negrito de cláusula compromissória em determinado contrato decorrente de relação de consumo, acompanhada de assinatura ou ‘visto especial’ do consumidor, poderia servir como instrumento único e absoluto de exclusão da jurisdição estatal e instituição da privada, na hipótese de se vislumbrar necessidade posterior de solução de algum conflito surgido entre as partes e decorrente do mesmo contrato”. O autor entende que a regra insculpida no § 2º do art. 4º da Lei 9.307/96 não é absoluta, mas sim, relativa, à medida que traz em seu bojo apenas o norte preliminar para o delineamento e verificação das circunstâncias particulares de cada caso concreto .Nada obstante os dois sistemas (Lei de Arbitragem e Código de Defesa do Consumidor) possuírem a mesma categoria e hierarquia legislativa, é princípio de hermenêutica jurídica que a lei geral posterior não tem condão de revogar a lei especial anterior. Significa dizer, então, que sendo a Lei 9.307/96 norma geral no tocante às regras voltadas para as relações de consumo, não estará apta para modificar as normas insculpidas na Lei 8.078/90, específica para os fins a que se destina.ETCHEVERRY entende que há uma desvantagem exagerada em que é colocado o aderente, que traz como conseqüência a nulidade de pleno direito da cláusula compromissória, a teor do que dispõe o art. 51, caput do Código de Defesa do Consumidor, analogicamente aplicável aos contratos não sujeitos à disciplina do referido estatuto legal.Joel Dias FIGUEIRA JR conclui que a cláusula compromissória ínsita em contrato de adesão e decorrente da observância dos requisitos mínimos indispensáveis assinalados no § 2º do art. 4º da Lei de Arbitragem, é válida e eficaz entre as partes contratantes. Entretanto, a sua efetiva consecução no mundo dos fatos e do direito, em havendo resistência do consumidor aderente às estipulações nele contidas, há de ser analisada de maneira particular na busca dos meandros das peculiaridades da hipótese vertente, e em sintonia com os fins sociais dos dois microssistemas (lei 9.307/96 e 8.078/90), que devem se completar e não excluir.Existem vários dispositivos no Código de Defesa do Consumidor que deixam claro o entendimento que as deliberações referentes à relação jurídica de consumo não podem ser tomadas unilateralmente por qualquer das partes. Portanto, no sistema do código, configura-se como abusiva, por também ofender o escopo deste inc. VII, a cláusula que deixar a critério exclusivo e unilateral do fornecedor a escolha entre jurisdição estatal e jurisdição arbitral, como também a escolha do árbitro. A opção pela solução do litígio no juízo arbitral, bem como a escolha da pessoa do árbitro é questão que deve ser deliberada eqüitativa e equilibradamente pelas partes, sem que haja preeminência de uma sobre a outra.Nelson NERY JR, entende que o parágrafo 2º do art. 4º da Lei de arbitragem não é incompatível como o Código de Defesa do Consumidor, art. 51, VII, razão pela qual ambos os dispositivos legais permanecem vigorando plenamente. Completa: “Com isso queremos dizer que é possível, nos contratos de consumo, a instituição de cláusula de arbitragem, desde que obedecida, efetivamente, a bilateralidade na contratação e a forma da manifestação da vontade, ou seja, de comum acordo (gré à gré)”.Para SHIGUEMATSU, um argumento forte e que tem prevalecido entre os juristas é o de que, por ser o Código de Defesa do Consumidor lei especial e de ordem pública, a Lei de Arbitragem não derrogou seu art. 6º, inciso VII, que estabelece o direito ao consumidor de acesso aos órgãos judiciários e administrativos, com vistas à prevenção ou reparação de danos

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patrimoniais ou morais, nem seu art. 51, inciso VII, que declara nulas de pleno direito as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que determinem a utilização compulsória da arbitragem.Há de se buscar, então, o consenso, a harmonia, entre os dois sistemas legislativos. Aliás, outra não é a lição de Carlos MAXIMILIANO10 ao assinalar com meridiana clareza e precisão que: “É dever do aplicador do direito comparar e procurar conciliar as disposições várias sobre o mesmo objeto, e do conjunto assim harmonizado, deduzir sentido e alcance de cada uma. Só em caso de resistirem as incompatibilidades, vitoriosamente, a todo esforço de aproximação, é que se opina em sentido eliminatório da regra mais antiga ou de parte da mesma...”.A preocupação com o tema é mais do que justificável, pois, sendo a vontade das partes um requisito fundamental para instituição da arbitragem, não se pode pensar no aderente sendo obrigado a resolver seu litígio pelo instituto, sem ao menos conhecê-lo, o que acabaria acontecendo se não fossem tomadas as cautelas previstas no parágrafo segundo do artigo 4º, em relação aos contratos de adesão. Percebe-se que as normas infraconstitucionais já começaram a aparecer para incrementar a utilização do juízo arbitral, como se verifica, por exemplo, na Lei 9.514/97, que dispõe sobre o sistema imobiliário e institui a alienação fiduciária de coisa móvel, assinalando no art. 34 que: “Os contratos relativos ao financiamento imobiliário em geral poderão estipular que os litígios ou controvérsias entre as partes sejam dirimidos mediante arbitragem, nos termos do disposto na Lei 9.307, de 24.09.1996.”

FONTE: CAMARB.

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CULTURA

“COMO A CONTABILIDADE PODE AJUDÁ-LO NA ADMINISTRAÇÃO DO SEU NEGÓCIO” – ARTIGO

O título acima foi tema de uma palestra que fiz recentemente em Belo Horizonte no âmbito do programa de e-talks da Endeavor Brasil. O objetivo foi mostrar aos presentes, em sua maioria jovens empreendedores, a importância da Contabilidade para a administração de empresas, sejam pequenas, médias ou grandes. A apresentação compreendeu duas partes. A primeira buscou destacar o papel da função financeira nas empresas. A segunda teve a intenção de evidenciar as principais contribuições da Contabilidade.A função financeira nas empresas abrange, essencialmente, três grandes áreas de decisões: investimentos, financiamentos e repartição do resultado. Mais precisamente, ela envolve o processo de obtenção e alocação eficiente de fundos, a fim de permitir à empresa desenvolver suas atividades e remunerar o capital investido. Os investimentos constituem a estrutura de ativos e podem ser financeiros, operacionais e fixos. São realizados de modo criterioso, obedecendo a técnicas de análise de viabilidade econômica. O perfil dos investimentos depende, sobretudo, da atividade que a empresa exerce, ou seja, indústria, comércio ou serviço. Quanto aos financiamentos, estes referem-se aos capitais próprios e de terceiros levantados pela empresa. Seu montante constitui a estrutura de passivos ou de financiamento. São muitos os determinantes da escolha da estrutura de financiamento. Dentre os principais, destacam-se a disponibilidade e o custo dos recursos, as características do negócio (estrutura de ativos, rentabilidade), as condições do ambiente econômico, a oportunidade. O custo médio ponderado da estrutura de financiamento figura entre os elementos-chave para a administração financeira da empresa, pois pode determinar a viabilidade econômica ou não de investimentos e, até mesmo, do negócio. No que tange à repartição do resultado, trata-se de uma esfera de decisão em que se define a política de distribuição do lucro obtido em determinado período. A parte do lucro que é retida torna-se uma importante fonte de recursos (autofinanciamento) que,

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aliás, é muito utilizada pelas empresas brasileiras. O ponto de encontro das decisões mencionadas acima é o fluxo de caixa, que é um instrumento de vital importância para a administração. Investir, financiar e repartir o lucro representam, portanto, a essência da função financeira nas empresas, cujas operações são registradas, organizadas e apresentadas pela Contabilidade.Tendo em vista o destinatário principal da informação contábil, a contabilidade pode ser classificada como financeira e gerencial. A Contabilidade financeira é a responsável por estabelecer um canal de comunicação entre a empresa e os agentes externos, tais como bancos, fornecedores, investidores, autoridades fiscais e reguladoras. Sua maior função consiste em registrar, organizar e sintetizar as decisões tomadas pela empresa em determinado período, bem como informar, por meio das demonstrações contábeis, os efeitos que elas provocam sobre sua situação econômico-financeira. Essas demonstrações compreendem o balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício, a demonstração do fluxo de caixa, a demonstração das mutações do patrimônio líquido e a demonstração do valor adicionado. A divulgação desses relatórios é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto e empresas de grande porte. É por meio deles que usuários externos podem analisar, diagnosticar e acompanhar o desempenho global da empresa, com destaque para aspectos de liquidez, grau de endividamento, lucratividade e rentabilidade. A contabilidade financeira é obrigatória, padronizada e executada mediante a observância de um conjunto de normas e procedimentos. O resultado do seu trabalho permite à empresa cumprir suas obrigações legais, fiscais, sociais e, ao mesmo tempo, reduzir a assimetria de informação no âmbito de suas relações com o mercado.Por sua vez, a contabilidade gerencial orienta-se aos agentes internos da organização. Seu objetivo é produzir dados, informações e relatórios gerenciais que auxiliem o administrador a avaliar, planejar, controlar, dirigir e tomar decisões. Diferentemente da contabilidade financeira, a Contabilidade gerencial não precisa obedecer a normas e procedimentos contábeis, fiscais e legais. Utiliza-se, entretanto, de contribuições oriundas de outras áreas e disciplinas (teoria das organizações, economia, psicologia, ciência política, métodos quantitativos) na sua busca por uma melhor análise e compreensão dos fenômenos organizacionais. Avaliação de desempenho, geração de valor, controladoria e sistemas de apoio à decisão, controles de gestão, sistema orçamentário, gestão estratégica de custos e relatórios detalhados por produtos, departamentos, clientes estão entre as principais contribuições da contabilidade gerencial à administração das empresas. Sua ênfase reside na informação relevante, oportuna e capaz de orientar decisões voltadas para o futuro da empresa. A análise de custo-volume-lucro é um bom exemplo do emprego dessa perspectiva. Esse tipo de análise, que se desenvolve a partir do conhecimento da natureza e do comportamento dos custos e despesas, proporciona ao administrador dados e informações tais como margem de contribuição, ponto de equilíbrio (operacional, econômico e financeiro), grau de alavancagem operacional (sensibilidade do lucro operacional a variações em vendas). São informações que, entre outras aplicações, permitem ao gestor avaliar desempenhos de produtos e serviços, redefinir a carteira de produção e vendas, determinar o nível mínimo de atividade para cobrir despesas e custos fixos e avaliar o risco do negócio.É, portanto, evidente que a contabilidade exerce um papel de grande relevância na administração das empresas, seja respondendo às demandas de agentes externos, seja produzindo dados e informações para usuários internos. Cabe destacar, contudo, que obter informações implica em custos que devem ser considerados pelo empreendedor ao definir a estrutura de informação contábil que melhor se ajusta às características e perspectivas do seu negócio. Se a intenção for crescer, prosperar e atrair novos investidores, uma estrutura contábil que incorpore os aportes da contabilidade gerencial pode revelar-se a mais adequada. Neste caso, o empreendedor não poderia restringir-se a uma contabilidade orientada apenas ao atendimento de questões fiscais e legais. Ao contrário, ele precisaria de uma Contabilidade mais completa e robusta.

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Para concluir, a mensagem que poderia ser deixada aos empreendedores é a seguinte: tenha a Contabilidade como uma parceira, pois ela pode ajudá-lo, sobremaneira, a administrar o seu negócio.

FONTE: ADMINISTRADORES.COM.

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ESPAÇO CIDADANIA

“COMISSÃO DO SENADO APROVA INCLUSÃO DA DISCIPLINA CIDADANIA MORAL E ÉTICA NO CURRÍCULO DO ENSINO FUNDAMENTAL” – ARTIGO

O Projeto de Lei do Senado 2/2012, de autoria do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), incluindo a disciplina como obrigatória para o ensino fundamental O currículo do ensino fundamental terá a disciplina cidadania moral e ética. A decisão, em caráter terminativo, foi aprovada na última terça-feira,11, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado. A medida também inclui no currículo do ensino médio a disciplina ética social e política.O Projeto de Lei do Senado 2/2012, de autoria do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), modifica a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), incluindo a disciplina como obrigatória para o ensino fundamental. Entre as justificativas de Sérgio Souza para o projeto, está “a necessidade de aprimoramento da LDB, com a criação de disciplinas que deem aos estudantes melhor formação ética, social e política, o que os capacitará para o correto entendimento dos principais problemas sociais do nosso país e do mundo”.A diretora executiva do Todos pela Educação, Priscila Cruz, criticou a medida e o excesso de disciplinas já constantes do currículo da educação básica. “Que horas que os alunos vão conseguir aprender aquilo que é essencial? Não que [o projeto de lei do Senado] não seja importante, realmente vivemos uma crise de valores na sociedade. O que acontece é que tudo recai na escola. Não tenho dúvidas que o aluno deve refletir sobre questões de ética, mas não se aprende na teoria. É no dia a dia”, defende.

FONTE: WWW.SENADO.GOV.BR .

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ESPAÇO: PERGUNTAS & RESPOSTAS

P: O CONTRIBUINTE DEVE GERAR INFORMAÇÕES ACESSÓRIAS COMO SINTEGRA, GIA, LIVROS FISCAIS, ETC.. ?

SIM. FICAM MANTIDAS TODAS AS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS A QUE OS CONTRIBUINTES ESTÃO SUJEITOS ATUALMENTE, COM EXCEÇÃO DA AIDF PARA A EMISSÃO DE CONHECIMENTO DE TRANSPORTE ELETRÔNICO. COM A IMPLANTAÇÃO PROGRESSIVA DO CT-E, BEM COMO OS DEMAIS SUBPROJETOS DO SISTEMA PÚBLICOS DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL (SPED), ESCRITURAÇÃO FISCAL E ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL, A TENDÊNCIA É QUE, FUTURAMENTE, DIVERSAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS, SEJAM PAULATINAMENTE SUBSTITUÍDAS OU DISPENSADAS. MATÉRIA PUBLICADA COM TÍTULO “OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS PARA OS CONTRIBUINTES EMITENTES DE CT-E - TRATAMENTO FISCAL - PARTE 3”

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FONTE: CENOFISCO .

P: POSSO OPTAR TRIBUTAR UMA EMPRESA INATIVA ALGUNS ANOS E RETORNANDO A ATIVIDADE AGORA EM OUTUBRO COMO LUCRO PRESUMIDO POR FLUXO DE CAIXA CONFORME SRF IN 104/1998? POSSO REVER A TRIBUTAÇÃO DE OUTRA EMPRESA TRIBUTADA PELO LUCRO PRESUMIDO PELO SISTEMA DE COMPETÊNCIA QUE TEVE ENVIADO SUAS DCTF E DACON NO PRAZO, POREM NÃO EFETUOU PAGAMENTO PARA LUCRO PRESUMIDO POR FLUXO DE CAIXA E APÓS SOLICITAR PARCELAMENTO?

A EMPRESA PODERÁ VOLTAR A ATIVA E OPTAR PELO LUCRO PRESUMIDO COM BASE NO REGIME DE CAIXA DE QUE TRATA A IN SRF 104/98, MESMO QUE O RETORNO SE DÊ DURANTE O ANO-CALENDÁRIO.PODERÁ FAZER A OPÇÃO PELO PAGAMENTO, POIS ESTA INFORMAÇÃO NÃO APARECE NA DCTF E DACON.

FONTE: CENOFISCO .

P: QUAL A FINALIDADE DO REGISTRO C130, PARA INFORMAÇÕES DE ISSQN, IRRF E PREVIDÊNCIA SOCIAL?

NA EFD NÃO SERIA PARA PRESTAR INFORMAÇÕES APENAS DE ICMS E IPI? EXISTEM ALGUMAS NOTAS FISCAIS QUE SE REFEREM À VENDA DE MERCADORIAS E DE SERVIÇOS SUJEITOS A ISSQN (NOTAS CONJUGADAS). QUANDO NO FORNECIMENTO DOS SERVIÇOS HOUVER DESTAQUE DE ISSQN, IRRF OU PREVIDÊNCIA SOCIAL ESTAS INFORMAÇÕES DEVEM SER PRESTADAS DE ACORDO COM O REGISTRO C130, SE O DOCUMENTO UTILIZADO FOR AUTORIZADO PELO ESTADO.

FONTE: CENOFISCO .

P: QUEM DEVE PROVIDENCIAR O CEI? O DONO DO PRÉDIO OU A EMPREITEIRA CONTRATADA PARA FAZER UMA PARTE DA RESTAURAÇÃO COMO A PINTURA DA FACHADA DA FRENTE?

O RESPONSÁVEL PELO CEI É O DONO DA OBRA OU A CONSTRUTORA (OBJETO SOCIAL DE INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL) COM CONTRATO DE EMPREITADA GLOBAL. NESTE SEU CASO, QUE É OBRA PARCIAL, QUE DEVE PROVIDENCIAR A MATRICULA É O DONO DA OBRA, NO CASO DA REFORMA DE IGUAL OU SUPERIOR A R$ 73.834,80.

FONTE: CENOFISCO .

P: NO TÉRMINO ANTECIPADO DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA, INDEPENDENTE DE QUEM DÁ O AVISO (EMPREGADO OU EMPREGADOR) É O MESMO PRAZO? QUAIS AS SANÇÕES PELO NÃO CUMPRIMENTO DESTE PRAZO?

DE ACORDO COM O QUE DISPÕE O ART. 477, § 6º, LETRA “B”, DA CLT, O PRAZO PARA O PAGAMENTO DAS PARCELAS RESCISÓRIAS, NO CASO DE RESCISÃO ANTECIPADA DO CONTRATO DE EXPERIÊNCIA POR INICIATIVA DO EMPREGADOR/EMPREGADO, É ATÉ O DÉCIMO DIA, CONTADO DA DATA DA NOTIFICAÇÃO DA DEMISSÃO, DESDE QUE NÃO EXCEDA O TERMINO DO PRAZO PARA O PAGAMENTO DA RESCISÃO SE A MESMA OCORRESSE NO TÉRMINO. O MESMO PRAZO DEVE SER OBSERVADO PARA O RECOLHIMENTO DA GRRF COM A RESPECTIVA MULTA DO FGTS. CASO NÃO HAJA O PAGAMENTO NO PRAZO PREVISTO É DEVIDA A MULTA PREVISTA NO ART. 477, § 8° CLT.

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FONTE: CENOFISCO .

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