cartilha eucalito

Upload: lidia-antunes

Post on 24-Feb-2018

222 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    1/44

    1

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Prof. Jos de Castro SilvaEngenheiro Florestal - Professor Adjunto

    Editorao Eletrnica e CapaEdnilton Lopes Fialho - 31 8778-9704

    2 Edio - Revisada e Ampliada

    Vincius Resende de CastroAcadmico de Engenharia Florestal

    Bruno Almeida XavierEngenheiro Florestal

    Viosa, Minas Gerais2008

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    2/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    2

    Projeto Estruturador de Inovao TecnolgicaFomento Florestal para Produtores Rurais

    da Zona da Mata - Minas Gerais

    Prof. Jos de Castro Silva

    Departamento de Engenharia FlorestalUniversidade Federal de ViosaCep: 36570-000 - Viosa - Minas Gerais

    E-mail:[email protected]: (31) 3899-2193/3220

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    3/44

    3

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    ndice

    Apresentao ........................................................................... 5Introduo .................................................................................. 8

    Por que Eucalipto ? ....................................................................8Escolha da Espcie .................................................................10Escolha do Local de Plantio ..................................................... 11Amostragem do Solo ............................................................... 11Preparao do Terreno ............................................................ 12Controle de Formigas ..............................................................12Controle de Cupins .................................................................. 15Preparao do Solo .................................................................16Espaamento .......................................................................... 17Preparao das mudas ...........................................................18

    Adubao ................................................................................ 20Uso do Gel ...............................................................................23Plantio ..................................................................................... 23Replantio .................................................................................27Tratos Culturais de Manuteno ...............................................27Tratos Silviculturais Especiais ..................................................28Colheita da Madeira ................................................................ 30Desbrota.................................................................................. 30Custos para Implantao de um Hectare.................................. 32Para Voc Pensar .... ...............................................................32Calculando o Volume de rvores e Madeiras ...........................34Concluses ..............................................................................36Legislao Ambiental............................................................... 36Referncias Bibliogrficas .......................................................45

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    4/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    4

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    5/44

    5

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Apresentao

    O Governo do Estado de Minas Gerais definiu FlorestasRenovveis como uma das reas nas quais se deveria efetuaresforos concentrados em termos de recursos humanos, financeirose materiais, para responder s demandas geradas por problemase oportunidades, mercados e situaes regionais. As florestasrenovveis, desenvolvidas com tecnologias apropriadas, seroaltamente vantajosas para se aumentar a produtividade ecompetitividade, criando oportunidades para a gerao deempregos e de receita, alm de criao de oportunidades paraum desenvolvimento sustentvel.

    A Universidade Federal de Viosa, na sua busca de inseroregional, tem desenvolvido inmeras aes, atuando decisivamentepara promover o desenvolvimento da Zona da Mata, principalmentedo Plo Moveleiro de Ub, levando informaes tcnicas aosempresrios e produtores rurais. Atualmente, a questo doreflorestamento ressurge, no Pas e no mundo, como umapreocupao tanto do ponto de vista ambiental, como do ponto de

    vista industrial para o abastecimento das fbricas.Falar da importncia do eucalipto para a economia florestal

    do Brasil falar do bvio, porque a sua madeira responsvelpelo abastecimento da maior parte do setor industrial de baseflorestal. Qualquer empreendimento sustentvel que envolva plantiosde eucalipto, no entanto, deve orientar-se em prticas corretas demanejo, sempre preservando os ambientes naturais.

    A Universidade Federal de Viosa, Governo de Minas Gerais,SEBRAE-MG, INTERSIND e vrios outros parceiros, atravs deaes integradas na regio de influncia do Plo Moveleiro de Ub,

    apresentam mais este documento que, com certeza, servir deorientao para os fazendeiros florestais produzirem madeira,resguardando os critrios de alta produtividade e qualidade.

    Espera-se que o texto possa ser til para as finalidadespropostas e os autores se sentiro imensamente gratificados sereconhecida sua utilidade.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    6/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    6

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    7/44

    7

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    1. IntroduoQuando comparado com outras modalidades de uso da terra,

    o reflorestamento ou plantio de rvores a atividade maisrecomendada para a recuperao de reas degradadas,conservao do solo e recomposio da paisagem. As reas deacentuada declividade devem ser protegidas com uma coberturavegetal e merecem uma ateno especial quantos aos riscos deeroso e arraste de solo, acarretando problemas de reduo dafertilidade, alm do assoreamento dos rios e lagos. As rvores so

    muito importantes para a manuteno da qualidade e quantidadede gua, porque protegem as nascentes, garantem oabastecimento hdrico nas reas rurais e urbanas, mantm oambiente adequado para o homem, pssaros e outros animais,propiciando-lhes abrigo e alimento, melhoram as condies doclima, alm de funcionar como quebra-ventos para outras culturas.

    At h pouco tempo atrs, muita gente pensava que o plantiocomercial de rvores, como fonte de renda, era uma atividadesomente para grandes empresrios, empresas madeireiras,indstrias siderrgicas ou fbricas de celulose e papel. Isso estmudando e, atualmente, a maioria das pessoas j descobriu que

    plantar rvores, alm do aspecto ambiental, tornou-se, tambm,uma alternativa muito interessante como excelente fonte de rendapara manter a propriedade. O reflorestamento considerado umaatividade lucrativa, porque funciona como uma caderneta depoupana verde, apresenta uma receita lquida maior que outrasatividades rurais e pode virar dinheiro quando o proprietrio deleprecisar. Alm disso, o plantio de rvores exige pouca mo-de-obra e a colheita da madeira pode ser feita a qualquer tempo, semter uma poca determinada do ano. O mercado consumidor demadeira apresenta inmeras oportunidades, com opes de usosdos mais variados.

    2. Por que Eucalipto ?Quando pensamos em rvores de rpido crescimento, o

    eucalipto se apresenta como um gnero potencial dos maisinteressantes, no somente por sua capacidade produtiva eadaptao aos mais diversos ambientes de clima e solo, masprincipalmente pela grande diversidade de espcies, tornando

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    8/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    8

    possvel atender aos requisitos tecnolgicos dos mais diferentessegmentos da atividade industrial (lenha, carvo, celulose, painis,postes, construes, mveis, embalagens e muitos outros usos).Alm disso, o eucalipto substitui as madeiras de florestas nativas,cada vez mais escassas e raras. Apresenta, ainda, duas a trsrotaes, em ciclos muito curtos (seis a sete anos). Apresentapossibilidades de uso mltiplo, atravs da flexibilizao deprogramas de manejo e diferenciao de idades de corte, ou seja,uma mesma espcie permite a utilizao de sua madeira para

    celulose e fabricao de mveis, quando cortada aos sete e vinteanos, respectivamente.Nenhuma outra espcie florestal conseguiu reunir tantas

    vantagens como o eucalipto. , sem dvida, a rvore das mil euma utilidades e tudo dela pode ser aproveitado:Das folhas ......leos essenciais (alimentos, remdios, produtos de

    higiene e limpeza).Das flores ...... Produtos apcolas (mel, prpolis e gelia real).Da casca ........Taninos (colas, floculantes), substratos para plantas.Da madeira ....Celulose - papis diversos - impresso, cadernos,

    livros, revistas, absorvente ntimo, papel higinico,fralda descartvel, guardanapo, cdulas, fotografia,embalagens.....

    Da madeira ....Celulose lquida (viscose, tencel (roupas), papelcelofane, acetato (filmes), steres (tintas), filamento(pneu), cpsulas para remdios, espessante paramedicamentos.

    Da madeira ....Madeira (mveis, brinquedos, construo civil,assoalhos), postes e moires, painis(compensados, aglomerados, MDP, MDF, HDF),energia (carvo vegetal e lenha).

    Outras utilidades : Remoo do gs carbnico CO

    2da atmosfera, melhorando

    com isso o microclima local. Proteo do solo contra eroso Regularizao do regime hidrolgico e aumento da taxa de

    infiltrao das guas pluviais.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    9/44

    9

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Agente de ornamentao e paisagstico. Quebra-vento

    Alm das condies naturais (clima e solo) muito favorveis,o Brasil possui excedente de mo-de-obra no meio rural, bem comoconsidervel domnio tecnolgico das atividades ligadas formao de florestas, processamento e utilizao da madeira.

    3. Escolha da EspcieDurante a fase de planejamento, vrios fatores influem na

    tomada de deciso sobre a escolha da espcie: conhecimentos

    silviculturais sobre as espcies em questo, exigncias de clima esolo, finalidade do plantio, tempo de rotao da cultura,produtividade e rentabilidade do plantio, custos de implantao,disponibilidade de mudas, qualidade do produto de que o mercadoest necessitando, possibilidade de obteno de multiprodutos etc.A finalidade do plantio , sem dvida, das mais importantes. Attulo de exemplo, se a madeira se destinar produo de carvo,moires, dormentes e peas para construo civil deve-se darpreferncia s espcies que produzam madeiras duras e pesadas;se a madeira, ao contrrio, se destinar produo de celulose oufabricao de mveis, deve-se dar preferncia s espcies queproduzam madeiras mais macias e pouco pesadas.Para cada espcie florestal, existe um ambiente ecolgico timo,no qual todas as funes so harmonicamente ajustadas,propiciando-lhe um bom desenvolvimento.

    Quadro 1- Principais espcies plantadas no Brasil, considerando-se os seus principais usos.

    Usos Espcies mais recomendasPapel e celulose E. grandis, E. saligna, E. urophylla e hbridos urograndis

    (E. urophylla x E. grandis)

    Mveis E. grandis, E. saligna, E. urophylla, E. dunnii e hbridosurograndis (E. urophylla x E. grandis)

    Postes, dormentes, moires E. Corymbia, E. cloeziana, . E. urophylla, E. paniculataEnergia Corymbia citriodora, E. cloeziana, E. camaldulensis, E.

    urophylla, hbridos urograndis (E. urophylla x E. grandis)

    Estruturas e construo civil Corymbia citriodora, E. paniculata. E. urophylla, E.

    cloeziana

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    10/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    10

    Atualmente, a espcie mais plantada o Eucalyptusurophylla, alm do hbrido urograndis (E. urophylla x E. grandis). interessante que a espcie escolhida produza madeira adequadapara mais de uma aplicao ou dela se possa obter mais de umproduto, o que chamamos de uso mltiplo. Com a flexibilizao deprogramas de manejo e diferenciao de idades de corte, umamesma espcie permite a utilizao de sua madeira para celulosee fabricao de mveis, quando cortada aos sete e vinte anos,respectivamente.

    4. Escolha do Local de Plantio

    Embora seja possvel plantar eucalipto nas terras de melhorqualidade, aquelas reas mais amorradas ou inclinadas podemser utilizadas, principalmente aquelas no aproveitadas com outrasculturas ou, at mesmo, onde outro tipo de cultura no apresentabons resultados. Sob qualquer justificativa, nunca se deve desmatarou cortar rvores nativas para fazer um reflorestamento. As reasescolhidas para o plantio de florestas devem ser bem trabalhadas,procedendo-se ao correto preparo do solo e adubao, a fim de

    se obter uma boa produtividade. Estas reas de plantio devemestar bem afastadas das benfeitorias (casas, currais e galpes),redes eltricas, reas de preservao permanente e reservaslegais e, principalmente, bem distantes de nascentes, lagos,represas e cursos dgua. As reas devem estar protegidas daentrada de animais, que estragam as plantas novas, principalmentenos dois primeiros anos da cultura. Estas reas devem estarprximas ou entremeadas de estradas para facilitar a circulaode veculos e retirada futura da madeira.

    5. Amostragem do Solo

    Para se conhecer a fertilidade natural do solo e asnecessidades futuras, para se garantir uma boa produtividade, importante recolher amostras ou pores representativas do mesmoe fazer sua anlise em laboratrio. Os resultados desta anliseindicaro as condies naturais do solo e as recomendaes deadubao.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    11/44

    11

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    6. Preparao do TerrenoEsta operao envolve a preparao do solo propriamente

    dito e as operaes que incluem a limpeza da rea e um possvelrevolvimento. Quando se tratar de reas acidentadas, a preparaodo solo dever ser efetuada com cuidado para evitar eroso, perdade nutrientes e matria orgnica. Nesse caso, jamais se deve arare gradear no sentido morro abaixo.

    A limpeza da rea pode ser feita atravs da roada, capinamanual ou capina qumica (uso de herbicidas). A queimada no

    recomendvel porque resseca o solo e estimula a eroso, mas ela possvel, em alguns casos muito especiais, tomando-se todosos cuidados para que a queima seja controlada e jamais setransforme num incndio, gerando srios prejuzos.

    Quando a vegetao estiver mais alta, como gramneas,samambaias, sap, grama, capim gordura, colonio, braquiriaetc., recomenda-se o uso da capina qumica. Nesse caso, usam-se os herbicidas porque tornam a atividade mais barata e eficiente.A dosagem recomendada varivel, em funo do produto utilizadoe do tipo de vegetao existente.

    7. Controle de FormigasAs formigas cortadeiras, tanto as savas (Attaspp.) quanto

    s quenquns (Acromyrmexspp.), constituem-se nas maioresinimigas da cultura do eucalipto. As formigas tm preferncia peloataque de folhas novas e, por isso, o cuidado dever ser redobradona fase inicial de plantio, quando o combate deve ser feitodiariamente. O combate formiga deve ser feito em toda apropriedade e at cinqenta metros alm das divisas da reaplantada.

    O controle qumico a principal tcnica utilizada no combate

    s formigas cortadeiras, destacando-se as iscas granuladas, pssecos e termonebulizao.

    7.1. Uso de iscas granuladas - mostram-se muito eficientes nocombate de diversas espcies, alm de mostrarem custo muitobaixo. O uso correto de iscas granuladas prev alguns conceitosbsicos: Deve-se medir o tamanho do formigueiro com trena, corda

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    12/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    12

    ou passadas, percorrendo toda a extenso de terra solta ecalculando a extenso da rea, atravs de metros quadrados,medindo-se o maior comprimento pela maior largura.

    Figura 1- Medio do formigueiro e distribuio de isca.

    Deve-se aplicar de seis a dez gramas de isca por metroquadrado de terra solta, dividindo-se a dose total entre os carreiroscom movimentao de formigas. As iscas devem ser utilizadas em

    pocas secas e colocadas a uma distncia de 10 a 15 centmetrosde cada olheiro vivo de alimentao e ao longo dos carreiros (nuncase deve colocar a isca dentro do olheiro do formigueiro). Nos diasde chuva ou de neblina, nas primeiras horas da manh e nos locaisde intenso orvalho, a isca deve estar protegida num saco plsticoou debaixo de telhas, cascas, bambu ou madeira; nos locais quechove muito, utilizam-se saquinhos de plstico.

    Quanto ao uso de iscas formicidas, algumas recomendaesso importantes:

    No colocar o pacote de formicida prximo de ambientesmidos e de produtos que exalam cheiro forte, como leos,creolina, formicida em p, gasolina etc.

    No colocar a mo no formicida; No fumar ou ingerir bebidas e alimentos, enquanto estiver

    aplicando formicida; Guardar o formicida em embalagem prpria, com rtulo, em lugar

    seco, ventilado e bem visvel, fora do alcance de crianas e animais;

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    13/44

    13

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Aps o uso da isca, lavar as mos com gua fria e corrente; No reutilizar as embalagens vazias.

    7.2 Ps secos (formicida em p) - so formicidas na forma dep, que so aplicados com o uso de bombas manuais oumecnicas, forando o produto para o interior dos formigueiros, base de 10 gramas de p para cada metro quadrado de formigueiro.A utilizao da formicida em p no controle de formigas cortadeirassomente recomendvel nos seguintes casos:

    Formigueiros novos e de pequenas dimenses; nosformigueiros mais velhos, o p no atinge as cmaras(panelas) mais profundas e no elimina a rainha.

    O solo deve estar seco; com a umidade do solo, o p ficaretido nas paredes das galerias.

    7.3 Uso de lquidos termonebulizveis - a termonebulizaoconsiste em se introduzir uma fumaa txica, oriunda de uminseticida, dentro do formigueiro, atravs dos olheiros ativos. Omtodo considerado o mais eficiente no combate s formigas eimplica na atomizao de um formicida, veiculado em querosene,leo diesel ou mineral, por intermdio do calor, utilizando-seequipamentos denominados termonebulizadores. indicado paraformigueiros grandes. Um dos produtos mais utilizados oLAKREE, que deve ser misturado base de 1 litro do produto em5 litros de querosene ou leo diesel. A aplicao deve ser de 4 mlpor metro quadrado de formigueiro, numa operao que envolveum minuto por metro quadrado.

    7.4 Barreiras mecnicas - no mercado, existem pastasaderentes (FORMIFU) que so aplicadas no tronco das mudas ervores, atuando como barreira mecnica. As pastas so pegajosase impedem a passagem das formigas e outros insetos sobre apasta. Em geral, as pastas so elsticas e no se misturam gua,no escorrem ao longo do tronco e no ressecam, mantendo-seativas por um perodo superior a oito meses. A pasta aplicada notronco ou caule das mudas, na altura mxima antes da ramificao,numa faixa de 3,0 cm de largura e uma camada de,aproximadamente, 2,0 mm de espessura, circundando todo o caule

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    14/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    14

    (360oC), formando um anel. O rendimento da pasta de 1900mudas por quilograma de pasta, que pode ser aplicada com luvasdescartveis ou com o auxlio de esptulas ou palitos. No caso dervores maiores, at 10 cm de dimetro, 1 kg da pasta suficientepara 300 plantas.

    O combate s formigas envolve trs etapas:a) Combate inicial feito durante a fase de preparao do terreno,antes do revolvimento do solo. Logo aps a limpeza do terreno,deve-se controlar todos os formigueiros, usando a isca granulada.

    Em caso de formigueiros maiores, deve-se usar otermonebulizador.b) Repasse a operao que visa combater os formigueirosque no foram completamente extintos e feita aproximadamentesessenta dias aps o combate inicial e, em geral, aps apreparao do solo e antes do plantio. Para ajudar a localizaodos formigueiros, costuma-se utilizar alguns atrativos, como bagaode laranja, folha de eucalipto, folha de mandioca, folha de laranja,espalhando-os ao longo do terreno, aos finais de tarde.c) Ronda a operao feita em toda a rea de plantio e durante

    toda a fase da cultura, envolvendo as fases de implantao,manuteno at o corte da floresta. At os dois primeiros anos, avigilncia deve ser rigorosa e toda a rea dever ser percorrida.

    8. Controle de CupinsNos plantios de eucalipto, observam-se srios prejuzos com

    os cupins subterrneos, cujas operrias comem as razes mais finase descortiam a raiz pivotante e as radicelas das mudas. As plantasatacadas inicialmente se tornam arroxeadas, depois morrem,secam, mas ficam com folhas presas planta, adquirindo umacolorao amarelo-palha, muito parecidas com plantas que morrem

    por falta de gua. A muda pode ser facilmente arrancada do solo.Os cupins atacam a muda a partir da primeira semana at a idadede dois anos, aps o plantio. A mortalidade maior no perodo deestiagem prolongada.

    A preveno contra o cupim de razes em mudas pode serfeita com o mergulho da bandeja com os tubetes numa caldacupinicida, durante trinta segundos, encharcando todo o sistema

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    15/44

    15

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    radicular e o caule das mudas at o nvel das primeiras folhas. Oproduto vem na forma de p e adicionado gua, na dosagemde 500 gramas (TUIT ou CONFIDOR) em 100 litros dgua. Nocaso de as mudas serem produzidas em sacolas plsticas, asoluo cupinicida aplicada sob a forma de irrigao sobre oscanteiros de mudas at encharcar o substrato. Recomenda-se autilizao de 100 mg de cupinicida (TUIT ou CONFIDOR) por muda.Se forem detectadas mudas mortas, nas reas de plantio, devidoao ataque de cupim, recomenda-se a aplicao do mesmo produto,

    na mesma dosagem apresentada acima.No caso do cupim de montculo, pode-se arrancar manual oumecanicamente os montculos, esfacelando-os em pedaos bempequenos, para que os cupins se desidratem. Tal operao deverser feita no perodo da seca, em dias de sol bem quente; casocontrrio, cada pedao de cupinzeiro poder originar um novocupinzeiro. Caso no se faa o desmanche do montculo, pode-sefazer uma aplicao de meio a 1 litro de soluo cupinicida nointerior de cada montculo, fazendo-se um furo na sua parte superior,descendo at atingir a cmara central. A calda cupinicida pode sersubstituda por pastilhas fumigantes (que desprendem gases, comoa fosfina), que devem ser introduzidas e confinadas no interior docupinzeiro. Deve-se tomar o cuidado de tapar bem os furos, paraevitar o escape dos gases.

    9. Preparao do SoloExperincias tm mostrado que o revolvimento do solo para

    o desenvolvimento inicial das mudas , na maioria das vezes, toimportante quanto a adubao. O revolvimento do solo facilita oplantio e os tratos culturais, torna o solo mais poroso e permevel,retm mais a umidade, ajuda na fixao das razes, melhora o

    crescimento e a sobrevivncia das mudas, alm de facilitar ocontrole das plantas daninhas.Atualmente, no so mais recomendados arados ou grades

    pesadas, que causam uma revirada e perturbao nas camadasdo solo, com prejuzos no aproveitamento da sua fertilidade natural;ao invs disso, tm sido utilizados preferencialmente o subsolador,o sulcador e, em alguns casos, a grade, para o cultivo mnimo.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    16/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    16

    10. EspaamentoPor espaamento entende-se a rea ou o espao necessrio

    para o crescimento e o desenvolvimento das plantas. Oespaamento entre plantas definido em funo da espcie, graude melhoramento, fertilidade do solo e dos objetivos do plantio. Osespaamentos mais utilizados pelas empresas de reflorestamentoesto apresentados no Quadro 2.

    Quadro 2- Espaamento, densidade de plantas e finalidade deplantio mais utilizado nas empresas de reflorestamento no Brasil.

    Espaamento (met ros) Nmero de plantas Final idade do plant io

    por hectare

    3,0 x 1,5 2.222 Lenha, carvo, moures, celulose.

    3,0 x 2,0 1.667 Lenha, carvo, moures, celulose.

    2,5 x 2,5 1.600 Lenha, carvo, moures, celulose.

    3,0 x 3,0 1.111 Celulose, carvo, serraria.

    Nos espaamentos mais largos, a densidade de plantas sermenor; conseqentemente haver menor produo de madeira por

    unidade de rea; as rvores tero maior crescimento em dimetrodo que aquelas plantadas em espaamentos estreitos. A umadeterminada idade, as rvores tero galhos mais grossos, maiornmero de ns, maior conicidade do tronco e copas mais abertas;poder, ainda, haver a necessidade de mais capinas. Se, aocontrrio, a densidade de plantio for muito elevada, ou seja,espaamentos muito reduzidos, as toras sero mais finas, depequeno dimetro, bem cilndricas e haver a necessidade dedesbastes ou cortes em idades muito jovens, pois haver aestagnao do crescimento mais precocemente; haver, ainda,muitas rvores dominadas e mortas, comprometendo o volume finalde madeira.

    O melhor espaamento aquele que apresenta a mximaprodutividade de madeira, com qualidade e com o menor custo. Omais recomendado que os plantios sejam executados comespaamentos variando entre 3x2 e 3x3 metros, possibilitando amecanizao das atividades de implantao, manuteno e

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    17/44

    17

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    explorao dos macios florestais; com isso, cada planta deve ter,no mnimo, 6 a 9 metros quadrados, com trs metros entre as linhas.

    11. Preparao das mudasAs mudas podero ser produzidas de duas maneiras: atravs

    de sementes ou atravs de material vegetativo, principalmente,estacas. Deve-se tomar muito cuidado quanto procedncia domaterial gentico, procurando, sempre que possvel, empresas einstituies idneas e j conhecidas no mercado, pois o sucesso

    do empreendimento depende da qualidade das mudas.As mudas podero ser obtidas de vrias formas:

    Doao ou programa de fomento (atravs de programas dergos governamentais, como IEF ou empresas dereflorestamento).

    Compra de mudas nas empresas ou fornecedorescredenciados e idneos.

    Produo de mudas pelo prprio produtor rural.Em quaisquer dessas situaes, a muda considerada ideal

    deve apresentar uma altura entre 20 a 30 cm, haste bem rgida,

    aparncia madura e rustificada, sistema radicular bem formadoe estar disponvel para o plantio no incio das chuvas. A muda idealdeve ter uma idade de viveiro no superior a quatro meses,contando-se a data da semeadura ou de estaqueamento at a suaexpedio para o plantio; mudas com idade superior a 180 dias(seis meses) devem ser descartadas, devido ao enovelamento dasrazes e formao de calos. Preferencialmente, as mudas devemser produzidas em viveiros prximos aos locais de plantio, evitando-se os custos e possveis danos no transporte.

    Os recipientes mais usados so as sacolas e os tubetes

    plsticos e ambos devem ser retirados com cuidado, por ocasiodo plantio.Nos ltimos anos, tem havido uma preferncia pelos plantios

    de mudas com clones, devido ao crescimento uniforme das plantas,alm de maior produtividade, rendimento e uniformidade da madeira.O Quadro 3 apresenta algumas indicaes de viveiros quecomercializam mudas de clones no Estado de Minas Gerais.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    18/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    18

    Quadro 3. Viveiros que comercializam mudas de clones no Estadode Minas Gerais

    Viveiro Cidade Endereo Telefone contato

    PLANTAR Curvelo Fazenda Buenos Aires, 38.3729-1016

    BR 135 km 636

    DuCampo Bocaiva Estr. Bocaiva-Carlos Prates, km 2,2 38.9192-6266/

    27. 8111.6091

    Esteio So Joo Del Rei BR 262 Distrito Industrial 32.3374-1239

    Terra Forte Curvelo BR 135 km 620 38.9907-9770

    Viverplan Jequitib MG 238 km 12 31.3717-6264

    Clonalyptus Leopoldina BR 116 km 779 32.3441.2346/

    32.8852.9677

    Planta Brasil Curvelo BR 262 km 492 38.8405-3948

    Agrocity Inimutaba BR 259 km 550 38.3721-6688

    Monte Verde Santa Brbara Estrada da Pacheca 31.3832.2625/

    1.9176.9562

    Embora as empresas florestais no mais utilizem,intensivamente, as sementes para produo de mudas, as

    sementes, ainda so utilizadas pelas pequenas empresas eviveiristas independentes. Os principais fornecedores de sementesesto apresentados no Quadro 4.

    Quadro 4. Empresas que comercializam sementes de Eucalyptus sp.

    Viveiro Cidade Endereo Telefone contato

    Acesita Energtica Itamarandiba Rua Oito, 66 Bairro Florestal 38.3521-1264/

    38.3521.1155

    IPEF Piracicaba - SP Av. Pdua Dias, 11 19.2105.8615

    SIF Viosa - MG Departamento Engenharia Florestal 31.3899.1218/

    31.3891.2476

    A formao e desempenho da floresta dependem,fundamentalmente, do material gentico utilizado. Os investimentosna qualidade da muda so a garantia de retorno econmico dafloresta.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    19/44

    19

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    12. AdubaoA adubao a tcnica mais eficiente para acelerar o

    crescimento das mudas e obter uma alta produtividade de madeira.O clculo da quantidade de adubo a ser utilizado, a definio dotipo de formulao do fertilizante mais adequado e a poca deaplicao esto relacionados com a produtividade esperada, como fator de sustentabilidade, que evita o empobrecimento da terra,e com a fertilidade natural do solo de cada local.

    Nos solos muito degradados pela eroso, lixiviao e uso

    inapropriado pela explorao agrcola recomenda-se a aplicaode calcrio. Em geral, os solos com nveis mais elevados dealumnio, bem como condies desfavorveis de matria orgnicae argila requerem maiores dosagens de calcrio. Ele deve seraplicado a lano, na rea total, pelo menos trinta dias antes doplantio, com incorporao uniforme na camada de 0-20 cm do solo.As espcies do gnero Eucalyptus plantadas no Brasil soadaptadas a baixos nveis de fertilidade do solo. Essas espciesso pouco sensveis acidez do solo e toleram altos nveis dealumnio e mangans. Pode-se utilizar o calcrio dolomtico,preferencialmente, para suplementar o solo com quantidades

    adicionais de clcio e magnsio. muito importante que o produtor florestal saiba as pocas

    de aplicao de fertilizantes para o aproveitamento mximo pelasplantas.

    Algumas recomendaes sobre adubao: A quantidade e tipo de formulao do adubo devem ser

    aquelas recomendadas pelos tcnicos. A adubao deve ser feita sempre com o solo mido ou em

    perodo chuvoso porque a gua promove a mobilidade e aodos nutrientes na planta.

    A rea a ser adubada deve estar limpa e livre de mato paraevitar competio. Alguns tipos de adubo, como os nitrogenados e potssicos,

    no podem ser aplicados diretamente na planta porquequeimam as razes, devido ao efeito salino. Por isso, taisadubos devem ser distribudos em covetas laterais, naprojeo da copa ou a lano em toda a rea.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    20/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    20

    No h necessidade de mistura e incorporao do adubo terra. Evitar a aplicao concentrada de adubo num nico local. O adubo deve ser armazenado em local coberto e livre de

    umidade para evitar o empedramento e a perda de nutrientes.No se deve deixar o saco de adubo exposto ao sol e chuva.O processo de adubao deve ser dividido em trs etapas:

    Adubao de plantio a prtica que visa ao suprimento denutrientes necessrios para o pegamento ou arranque dasmudas e crescimento das plantas nos trs primeiros mesesaps o plantio ou na fase de reforma do povoamento.

    Adubao de cobertura a prtica que visa ao suprimentode nutrientes essenciais para o crescimento das plantas nosdoze primeiros meses de vida.

    Adubao de manuteno a prtica que visa ao suprimentode nutrientes essenciais at a fase de corte da floresta,segundo recomendaes baseadas nas anlises de solo.Nas pequenas propriedades rurais, no prtica muito

    comum a realizao da anlise de solo. Motivos vrios soapresentados para justificar essa omisso. Se a anlise do solono foi realizada, tem-se como recomendao geral a seguinte

    adubao para eucalipto:Frmula mnima de adubaoNo plantio ou at 25 dias aps o plantio: utilizar o adubo NPK

    06-30-06 + 1% de boro, base de 100 a 120 gramas por cova, emduas covetas laterais, dentro da cova, a 10 a 15 cm de profundidadee a uma distncia de 10 a 15 cm da muda, utilizando-se umaplicador, tipo matraca, conforme a Figura 2.

    Figura 2- Aplicao de adubo atravs de coveta lateral.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    21/44

    21

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Adubao de cobertura: utilizar 200 gramas de cloreto depotssio ou adubo formulado NPK 20-00-20 por planta, aplicadosem duas etapas: a primeira metade aplicada aps 90 dias doplantio, acrescentada de 5 gramas de sulfato de zinco por cova; aoutra metade deve ser aplicada no incio do perodo chuvososeguinte, acrescida de 10 gramas de brax.

    Frmula recomendada para mxima produtividade

    Antes do plantio: as mudas devero ser mergulhadas numasoluo conjunta de cupinicida e fosfato monoamnio (MAP),

    durante trinta segundos ou quando o borbulhamento cessar,encharcando todo o sistema radicular e o caule das mudas at onvel do coleto A soluo de MAP feita na dosagem de 1,5 kg por100 litros dgua, sendo suficiente para tratar at 10 mil mudas. fundamental o uso do MAP para estimular o desenvolvimento dasrazes, tomando-se o cuidado de no deixar a soluo tocar asfolhas, a fim de se evitar a queima. Deve-se adicionar fosfato reativo(Arad, Djebel, Gafsa, ONK ou similar), razo de 400 quilos porhectare ou 360 gramas por cova, ou em filetes de um metro decomprimento nos sulcos, geralmente dez dias antes do plantio; o

    fosfato pode ser aplicado, tambm, at trs meses aps o plantio,sendo a metade (180 gramas) aplicada de cada lado da muda, naprojeo da copa das mudas, aproximadamente a 30-40 cm dop da muda.

    No plantio ou at 25 dias aps o plantio: utilizar o adubo NPK06-30-06 + 1% de boro, base de 100 a 120 gramas por cova, emduas covetas laterais, dentro da cova, a 10 a 15 cm de profundidadee a uma distncia de 10 a 15 cm da muda, utilizando-se umaplicador, tipo matraca(Figura 2).

    Adubao de cobertura: A adubao de cobertura feita emduas etapas e utiliza no total 220 gramas de cloreto de potssioou adubo formulado NPK 20-00-20 por planta, acrescidos de 20gramas de boro (Boro Gran 10, Brax, Ulexita, cido brico ousimilar), aplicados na rea de projeo da copa, sendo a metadede cada lado da planta, em filetes laterais de 1 metro decomprimento; a primeira etapa ou metade aplicada aps 90 diasdo plantio e a outra metade deve ser aplicada no incio do perodo

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    22/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    22

    chuvoso, acrescentada de 5 gramas de sulfato de zinco por cova.Em funo da anlise do solo, pode-se usar o calcrio dolomtico,como fonte de clcio e magnsio, na dosagem de 1.000 a 2000quilos por hectare ou 1,8 quilos por muda, sendo a metade de cadalado da muda, em coroa ou rea de projeo da copa ou, ainda,em filetes laterais de 1 metro de comprimento. Nos casos de reforma e conduo da brotao, a quantidadede nutrientes a ser aplicada vai variar com a produtividade anteriore futura, alm da fertilidade do solo.

    13. Uso do GelPara tornar possvel o plantio durante todo o ano, pode-se

    usar um produto base de gel que hidrata a planta e lhe garanteumidade por um certo tempo, economizando gua, mo-de-obra,combustvel etc. Esse produto se destaca como agente auxiliar dosolo, pela sua capacidade em reter gua (1 g do polmero armazenaat 300 ml de gua disponvel para a planta). O uso do gel possibilitaa reteno de gua e a sua liberao de maneira gradativa para aplanta, podendo aumentar a eficcia da irrigao e diminuir o riscoda ocorrncia de falhas durante a implantao do povoamento

    florestal. Alm disso, h uma diminuio do nvel de mortalidadedas plantas, com a reduo do replantio. A aplicao de soluocom gel garante a sobrevivncia da muda por, aproximadamente,15 dias, em condies de falta de umidade. Aps esse perodo,haver a necessidade de irrigao peridica at a chegada daschuvas. Em geral, utiliza-se 1 kg de gel para cada 400 litros dgua,sendo utilizado de meio a um litro de soluo para cada muda, porocasio do plantio.

    14. PlantioNos terrenos acidentados, as covas so feitas manualmente

    (30 x 30 x 30 cm), utilizando enxadas, enxades e mquinascoveadeiras. A terra retirada deve ser deixada ao lado ou abaixoda cova, separando-se as camadas de solo; a terra da camadasuperficial, de melhor qualidade, deve voltar para junto da muda; aterra das camadas mais profundas, de pior qualidade, ficar porcima ou ao lado da muda. importante destorroar a terra que foi

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    23/44

    23

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    retirada, a fim de permitir maior fixao das razes e maior absorode umidade.

    Em rea amorrada, o alinhamento deve ser no sentido dadeclividade do terreno (morro abaixo), para facilitar a futuraexplorao e retirada da madeira; devero ser tomados cuidadospara se evitar eroso, utilizando-se curvas em nvel e disposiode restos de capina, acompanhando o contorno do terreno,cortando a direo da gua da chuva.

    Figura 3- Organizao das linhas de plantio

    A marcao das covas pode ser feita com o uso do gabarito,uma simples estrutura de madeira, que funciona como uma espciede compasso. As hastes ou pernas do compasso so fixas edistanciadas entre si, numa medida correspondente aoespaamento entre as plantas.

    Figura 4- Gabarito para marcao das covas

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    24/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    24

    Para o uso do gabarito, necessrio que as linhas de plantiosejam marcadas previamente. Pode-se utilizar uma pea de bambuou madeira que atuar como guia lateral para o compasso ousulcos, feitos com tratores.

    Em muitos locais, costuma-se utilizar o mtodo da corda oucorrente. Consiste em se utilizar duas barras (bambu ou madeira),de comprimento correspondente largura da linha de plantio,esticando uma corda, fita ou corrente fina, de comprimento de trintametros. A corda previamente marcada com fitas ou pedaos de

    barbante suspensos, indicando a distncia entre as mudas naslinhas de plantio. A operao de marcao das covas consiste emse colocar dois funcionrios, um em cada extremidade da barra,esticando a corda na linha de plantio; um terceiro funcionrio,orientado pelas marcaes suspensas, vai marcando as covas comum enxado. H um revezamento dos funcionrios ao final de cadaoperao. Ao chegar ao final da linha, os funcionrios que carregama barra deitam-na sobre o solo, marcando-se a entrelinha ou largurada linha de plantio e reinicia-se a operao de marcao das covasna nova linha. Outros funcionrios viro posteriormente para fazer

    a abertura das covas.

    Figura 5- Mtodo de marcao das covas por corda

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    25/44

    25

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    As covas devem ser abertas com enxado ou enxada valeira,com dimenses de 30 x 30 x 30 cm, cavando de cima para baixo.

    Em reas planas ou pouco acidentadas, pode-se usarsulcadores e subsoladores, tracionados por trator de pneu, fazendosulcos a uma profundidade aproximada de 30 cm, que servirocomo linhas de plantio. Os sulcadores e subsoladores rompem ascamadas compactadas do solo, melhorando-se a estrutura dascamadas superficiais. Nesse caso, o uso do gabarito ou de barrassimples ajudar na marcao das covas.

    Para o sucesso do plantio, importante que o solo estejamido e que a operao seja realizada em dias chuvosos. Em geral,o plantio feito no incio do perodo das chuvas, normalmente apartir de novembro. Nas regies Sudeste e Sul, a poca chuvosacorresponde ao perodo que vai de outubro a maro. Somente asgrandes empresas realizam o plantio durante todo o ano, porqueutilizam a irrigao nos perodos mais secos.

    Algumas recomendaes muito importantes para o plantio:

    Fazer o plantio sempre em dias chuvosos ou nublados. Molhar bem as mudas antes do plantio.

    Procurar concentrar o maior nmero de pessoas nos dias deplantio. Levar para o local de plantio apenas a quantidade de mudas

    suficiente para a atividade do dia. Ter o mximo cuidado ao manusear as mudas, nunca

    segurando a muda pelas folhas ou pelas hastes. Retirar, com cuidado, os recipientes, sejam eles sacos

    plsticos ou tubetes. Os sacos plsticos devem ser recolhidose eliminados; os tubetes so reutilizados.

    Colocar a muda no centro da cova, em posio vertical. Encher totalmente a cova com terra e plantar a muda,

    tomando-se o cuidado de no enterrar a parte area ousuperior regio do coleto.

    Pressionar um pouco a terra ao lado da muda, para firm-la. Em locais de solos arenosos, no deixar bacias com grande

    profundidade em volta da muda. Nessa situao, as mudaspodem ficar enterradas, devido movimentao do solo.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    26/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    26

    Figura 6- Forma correta de colocar a muda na cova

    15. ReplantioGeralmente, a sobrevivncia das mudas no de 100%,

    podendo ocorrer falhas. Cerca de trinta a quarenta dias aps oplantio, recomenda-se percorrer a rea e avaliar a porcentagemde falhas. Se tal porcentagem exceder a 5%, deve-se utilizar oreplantio e fazer a reposio das mudas, mantendo a populaooriginal. Se a porcentagem de falhas for inferior mencionada,no h necessidade de replantio, a no ser que as falhas estejamconcentradas, ou em reboleira. O replantio, tambm, dever serfeito em dias chuvosos. Caso a operao de replantio demore umtempo maior, corre-se o risco de se ter plantas dominadas.

    16. Tratos Culturais de Manuteno

    A manuteno florestal corresponde aos seguintes cuidados: Combate de formigas periodicamente. Realizao de roadas ou limpezas, caso as mudas estejam

    sofrendo concorrncia com o mato. Construo de aceiros, correspondendo a uma faixa de 4 m

    de largura ao redor de todo o plantio, para proteo contraincndios.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    27/44

    27

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Liberao da rea para criao de gado, quando possvel ede interesse do proprietrio, quando as plantas alcanaremuma altura superior a 10 metros, a partir do segundo ano.

    17. Tratos Silviculturais EspeciaisA madeira de eucalipto freqentemente utilizada numa idade

    mais nova, em geral de seis a oito anos, para produo de celulose,chapa de fibras, painis, lenha e carvo. Para serraria, as rotaesso mais longas, geralmente a partir dos quinze a vinte anos. Nessecaso, utilizam-se mtodos complementares de manejo que

    possibilitam a produo de madeira mais grossa, mais madura,livre de ns e outros defeitos. Os mtodos de manejo diferenciadomais importantes so:

    17.1 DesbasteOs desbastes so cortes parciais feitos em povoamentos

    jovens, com o objetivo de estimular o crescimento das rvores eaumentar a produo de madeira de melhor qualidade. O mtodoconsiste em se fazer duas a trs intervenes na floresta,aproximadamente, aos 5, 9 e, quando possvel, aos 12 anos deidade, retirando-se 40, 30 e 30%, respectivamente, das rvores.

    Deve-se retirar as rvores dominadas, tortuosas, mais finas,bifurcadas, com defeitos, mantendo as melhores rvores paracolheita futura.

    Figura 7- Proposta de desbaste

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    28/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    28

    17.2 Desrama

    A desrama ou poda consiste na eliminao dos ramos lateraisdo tronco da rvore, com o objetivo de produo de madeira livrede ns. Dentre as principais vantagens, destaca-se a produo demadeira livre de ns na base da rvore, onde se concentram astoras de maior dimetro.

    A definio da freqncia e a intensidade da desrama deveseguir algumas regras bsicas:

    a) As desramas devem ser verdes e realizadas o mais cedopossvel, somente nas rvores com bom desenvolvimento.b) As desramas seguem o ritmo de crescimento do povoamento

    e, no necessariamente, a sua idade, que pode variar de 1,5a 3 anos;

    d) A primeira desrama feita at 2 ou 3 m de altura, nas rvorescom bom desenvolvimento.

    c) A intensidade da desrama pode envolver at 1/3 da copa viva,o que no compromete o crescimento das rvores e podeat estimular o crescimento;

    d) A segunda desrama no deve ultrapassar os 6,5 m de altura;e) As operaes de desrama devem ser feitas na primavera, a

    fim de promover a rpida cicatrizao das feridas.O modelo utilizado em vrias empresas florestais recomenda

    a utilizao da desrama apenas em terrenos de boa qualidade eapenas nos plantios conduzidos para serraria e laminao.

    Figura 8- Primeira desrama (15 a 18 meses) e segunda desrama (30 a 36 meses).

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    29/44

    29

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    18. Colheita da MadeiraO ciclo de corte est ligado ao objetivo final da madeira: lenha,

    carvo, celulose, moures, poste, madeira de construo ouserraria. A conduo dos talhes de eucalipto geralmente realizada para corte aos sete, quatorze e vinte e um anos. So trsciclos de corte para uma mesma muda original, semrecomendaes especiais s condies de corte da madeira. Deacordo com o material gentico, prticas culturais, regio e tipo desolo, o ciclo de corte poder ser menor (a cada cinco a seis anos).

    Tudo est ligado ao objetivo da plantao de eucalipto (lenha,carvo, celulose, moures, poste, madeira de construo ouserraria). Para serraria, laminao, postes e dormentes recomenda-se a colheita da madeira apenas a partir de quinze anos.

    19. DesbrotaAo final do ciclo da floresta, quando realizado o corte total

    ou parcial das plantas, surgem inmeros brotos que podem serconduzidos, possibilitando uma nova colheita de madeira. Oeucalipto apresenta boas condies de regenerao eeconomicamente podem ser aproveitadas at trs rotaes.Inmeros fatores podem decidir a realizao de seleo eaproveitamento dos brotos.

    a. Espcie a capacidade de rebrota das cepas ou tocos deeucalipto varivel, conforme a espcie. Algumas espcies,como E. saligna, E. urophylla, Corymbia citriodoraapresentam boa rebrota; j as espcies E. grandis e E.pilularis apresentam brotao deficiente.

    b. poca de corte- Geralmente a sobrevivncia dos brotos maior quando se cortam as rvores na poca chuvosa(primavera - vero). Os brotos tm dificuldade de sobreviver

    nos perodos mais frios e secos.c. Altura de Corte- Em geral, o corte feito bem prximo aosolo, deixando-se o mnimo de madeira na cepa ou toco darvore. As espcies com boa brotao devem ser cortadasa uma altura mdia de 5 a 10 cm acima do solo. As espciescom baixa capacidade de rebrota devero ser cortadas auma altura de 15 a 20 cm da superfcie do solo.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    30/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    30

    d. Dimetro dos tocos- O nmero de brotos mais reduzidoem cepas com dimetro muito fino; situao semelhante observada com cepas de grande dimetro. Assim, dentro decertos limites, o nmero de brotos aumenta medida queaumenta o dimetro da cepa. O ideal o dimetro mdio.

    e. Prticas silviculturais - alguns cuidados so muito importantespara manter a integridade e a sobrevivncia dos brotos. preciso garantir que as brotaes no sofram concorrnciade luz, umidade, nutrientes e plantas daninhas. Os principais

    cuidados so: Evitar o uso do fogo - o fogo uma prtica indesejvel nalimpeza do terreno. O uso do fogo elimina os resduos dacolheita, destri a matria orgnica e os microrganismos,aumenta a temperatura do solo e o expe eroso. O fogodeve ser evitado antes e aps o corte das rvores.

    Limpeza dos tocos - a madeira deve ser retirada da reanum perodo mximo de 30 a 40 dias, tempo em que surgemos primeiros brotos, dependendo da espcie, regio e pocado ano. Deve-se evitar que o material lenhoso seja empilhadoou amontoado sobre as cepas. Deve ser feita uma limpeza

    ao redor das cepas, para que no sejam abafadas com osresduos da explorao, tais como folhas, galhos e cascas.

    Evitar compactao do solo e danos mecnicos - evitar umamovimentao excessiva de mquinas e caminhes por todaa rea, provocando impacto sobre o solo, bem comocausando injrias e danos s brotaes.

    Controle de formigas - as formigas cortadeiras (savas equenquns) so as principais inimigas da brotao. Ocontrole das formigas deve iniciar-se antes do corte dafloresta, prosseguindo ao longo da fase de corte e retirada

    da madeira. Adubao - a adubao uma prtica recomendvel naconduo da brotao, uma vez que a floresta est seregenerando. A recomendao em termos de dosagem epoca de aplicao a mesma utilizada na fase de formaoda floresta na primeira rotao.

    Controle de matocompetio - necessrio evitar a

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    31/44

    31

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    competio dos brotos com as ervas daninhas. Seleo dos brotos - a desbrota uma operao desejvel e

    necessria. Caso todos os brotos permaneam na cepa,haver uma competio muito grande entre eles, impedindoque eles cresam em dimetro, resultando num material muitofino e grande volume de casca. A poca mais adequada dedesbrota quando os brotos alcanam de 1,0 a 1,5 metrosde altura. A quantidade de brotos por cepa varivel, emfuno do uso futuro da madeira. Para produo de carvo,celulose, moiro ou lenha, comum se deixar de dois a trsbrotos, bem distribudos. Para serraria e pequenos postes,deixa-se apenas um broto por cepa.

    20. Custos para Implantao de um HectareOs custos para implantao de um hectare de eucalipto so

    muito variveis e dependem de muitas situaes. Os envolvimentostecnolgicos que visam maior produtividade florestal implicamem custos. possvel se produzir madeira a baixo custo, sem ostais envolvimentos tecnolgicos, mas com uma produtividade baixa.Por causa disso, a qualidade das mudas, o controle de ervas einimigos naturais, a fertilidade do solo e as prticas silviculturais

    de manuteno e conduo da floresta esto relacionados a custos.Quadro 5 -Custos de implantao de um hectare (mudas porclones, espaamento 3,00 x 2,00 m).Material Unidade Quantidade Custo Unitrio Custo total. Limpeza da rea d/H 8 20,00 160,00. Marcao de covas d/H 2,5 20,00 50,00. Coveamento d/H 9 20,00 180,00. Calagem e adubao d/H 2 20,00 40,00. Plantio e replantio d/H 7 20,00 140,00. Combate a formigas d/H 2 20,00 40,00. Capina manual d/H 8 20,00 160,00. Mudas (plantio e replantio) un 1.500 0,38 570,00. NPK (06.30.06) plantio kg 180 0,85 153,00

    . Cloreto de potssio (cobertura) kg 286 0,85 243,10

    . Micronutrientes (B, Zn, Mg) kg 42 2,10 88,20

    . Formicida kg 7 8,00 56,00TOTAL 1.920,00

    21. Para Voc Pensar ....A tomada de deciso muito importante. Imaginemos um

    plantio de eucalipto num espaamento de 3 x 2 metros, com

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    32/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    32

    incremento mdio de 30 st/ha/ano, com macios de 1.666 rvores/ha, com um ndice de perda de 10%, e uma remunerao final deR$ 30,00 por estere de madeira.Quadro 6 - Relao de custos e receitas num sistema de manejotradicionalAno Investimento Custeio Produo Receitas0 1.920,001 200,007 1.000,00 210 st 6.300,0014 1.000,00 170 st 5.100,00

    21 1.000,00 150 st 4.500,00Obs. Valor da lenha em p: R$ 30,00/ st. Taxa interna de retorno: TIR = 23,03%

    Imaginemos uma outra situao com um sistema de manejocom usos mltiplos. Plantando eucalipto num espaamento de 3 x2 metros, com incremento mdio de 30 st/ha/ano, com macios de1666 rvores/ha, com um ndice de perda de 10%, e um valor finalde R$ 30,00 por estere de madeira. O que difere do sistemaanterior so as intervenes peridicas que so feitas na floresta.

    Para tanto, vamos fazer um desbaste seletivo aos 5 anos,

    retirando 800 rvores, obtendo aproximadamente 130 metroscbicos de madeira para carvo, celulose, estacas e lenha. Aos 9anos, fazemos um novo desbaste, retirando mais 400 rvores,obtendo-se mais 130 metros cbicos de madeira para os mesmosusos citados, com a possibilidade de madeira para serraria. Aos15 anos, faremos um corte final das rvores, obtendo-seaproximadamente 400 metros cbicos de madeira.Quadro 7 - Relao de custos e receitas num sistema de manejode uso mltiplo.Ano Investimento Custeio Produo Receitas0 1.920,00

    1 200,005 1.000,00 130 st 3.900,009 1.000,00 130 st 3.900,0015 1.000,00 400 st 60.000,00

    OBS. Valores de produo: lenha: R$ 30,00/ st rvore de 15 anos: R$ 150,00/rvore Taxa interna de retorno: TIR = 34,98 %

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    33/44

    33

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Conclui-se que o retorno econmico maior obtido quandorealizamos desbastes peridicos e valorizamos a madeira adulta.Face grande demanda de madeira com maiores dimetros eidade superior a 15 anos, fala-se em R$ 80,00 a 120,00 o preodo metro cbico da madeira em toras.Comparando com pecuria de corte:

    Ganho mdio = 5 arrobas de carne peso vivo por hectare porhectare/ano.

    Cotao arroba de boi gordo por hectare: R$ 63,50

    Renda bruta por ha: 5 arrobas x R$ 63,50 = R$ 317,50 ha/ano

    Despesas: R$ 166,00 ha/ano Renda lquida por ha: R$ 151,50 ha/ano

    Compare as receitas lquidas e tire suas concluses: Agricultura / milho: R$ 496,00 / ha/ano Pecuria de corte : R$ 151,50 ha/ano Reflorestamento /Eucalipto: 1.085,00 /ha/ano

    22. Calculando o Volume de rvores e Madeiras

    22.1. Medindo o volume de uma rvore:

    a) Medir a circunferncia da rvore = 62 cm ou 0,62 mb) Multiplicar o valor da circunferncia por ele mesmo (elevar ao

    quadrado)

    = 0,62m x 0,62m = 0,3844 m2

    c) Dividir o resultado anterior por 12,56 (valor fixo)

    = 0,3488 = 0,0306 m2(superfcie da rvore) 12,56

    d) Multiplicar o resultado anterior pela altura

    = 0,0306 m2x 12 m = 0,3676 m3

    e) Dividir o resultado anterior por 2

    = 0,3673 = 0,18 m3

    2

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    34/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    34

    22.2 Medindo o volume de uma tora:

    O mtodo comercial, tambm conhecido como mtodoFrankon ou mximo quadrado, fornece dados sobre o mximoquadrado dentro da tora e, por isso, no considera as costaneirasou casqueiros. Os passos so:

    a) Medir o comprimento da tora. Exemplo: 5,0 m

    b) Medir a circunferncia na metade exata do comprimento da

    tora (sem casca) . Exemplo: 1,20 m

    c) Dividir por 4 a medida da circunferncia na metade exata datora. Exemplo: 1,20 m = 0,30 m

    4

    d) Multiplicar o resultado anterior por ele mesmo (ou elev-lo ao

    quadrado). Exemplo: 0,30 x 0,30 = 0,09 m2

    e) Multiplicar o resultado anterior pelo comprimento.

    Exemplo: 0,09 x 5,0 m = 0,45 m3

    Se o interessado quiser saber o volume real, basta seguir as

    seguintes orientaes:a) Para transformar o volume Frankon para volume real bastamultiplicar o resultado por um nmero fixo igual a 1,273.

    Volume Frankon = 0,45 m3

    Volume real = 0,45 x 1,273 = 0,573 m3

    b) Para transformar volume real para volume Frankon bastamultiplicar o resultado por um nmero fixo igual a 0,7854

    Volume real = 0,573 m3

    Volume Frankon = 0,573 x 0,7854 =0,45 m3

    22.3 Medindo o volume de uma pea serrada

    O volume da pea serrada obtido quando se multiplicam astrs dimenses: comprimento x largura x espessura.Um exemplo prtico:

    Qual o volume de oito peas esquadrejadas de 8 cm com 3metros de comprimento?0,08 x 0,08 x 3 = 0,0192 m3 (volume de uma pea)O volume de oito peas ser de 0,0192 x 8 = 0,1536 m3

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    35/44

    35

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    23. ConclusesConsiderando-se o potencial representado pelo eucalipto,

    existem condies ambientais e conhecimentos silviculturais paradar ao Pas vantagem comparativa na produo de matria-primaflorestal. As perspectivas so muito favorveis e tem por base oconhecimento j acumulado sobre a silvicultura e o manejo de vriasespcies do gnero. O eucalipto se apresenta como grandealternativa para a produo de madeira nos prximos anos e aindstria j aposta na sua disponibilidade para os futuros

    suprimentos de matria-prima. O descompasso crescente entreoferta e demanda de madeira nos mercados interno e externotendero a favorecer o quadro de substituio das madeiras nativaspela madeira de eucalipto.

    As potencialidades do eucalipto como fornecedor de matria-prima de qualidade para os diversos usos industriais j seencontram demonstradas, estando razoavelmente definidos osparmetros de qualidade da madeira a serem exigidos para asinmeras aplicaes. As florestas renovveis, desenvolvidas comtecnologias apropriadas, sero altamente vantajosas para seaumentar a produtividade e competitividade, criando oportunidadespara a gerao de empregos e de receita, alm de criao deoportunidades para um desenvolvimento sustentvel.

    24. Legislao AmbientalO produtor rural o maior interessado na proteo do

    ambiente. O seu patrimnio muito mais valorizado quando apropriedade bem manejada, com as nascentes e cursos dgua,reas de preservao permanente e de reserva legal bemprotegidas. O desenvolvimento sustentvel possvel quando serespeitam as regras mnimas de convivncia com a natureza. O

    homem tem necessidade de usar os recursos da natureza e devefaz-lo com racionalidade e inteligncia. possvel produziralimentos, fibras para atender s necessidades humanas, semprejuzo para a natureza. Quaisquer tentativas de reparao aospossveis danos so caras e de efeitos nem sempre convincentes.

    A preocupao com o meio ambiente est cada vez maispresente em todas as pessoas. Um dos principais pontos de

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    36/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    36

    convivncia entre o produtor rural e o meio ambiente a observaoe o respeito s leis. Desrespeitar a lei problema na certa, quepode dar cadeia e multas.

    24.1 Crimes Ambientais e Punies Previstas na Lei de CrimesAmbientais

    Danos vegetao Destruir ou danificar floresta considerada de Preservao

    Permanente. Causar dano direto ou indireto s Unidades de Conservao

    Ambiental. Colocar fogo em mata ou floresta e em rea agropastoril, sem

    licena do IEF ou IBAMA. Fabricar, vender, transportar ou soltar bales. Cortar ou transformar madeira de lei em carvo vegetal. Receber, adquirir, vender, depositar ou transportar madeira,

    lenha, carvo e outros produtos de origem vegetal, para finscomerciais ou industriais, sem licena legal.

    Destruir, danificar, lesar ou maltratar rvores e plantas de ruas,praas e avenidas ou em propriedades privadas.

    Impedir ou dificultar a regenerao natural de florestas. Comercializar ou utilizar motosserra sem registro ou licenalegal.

    Penetrar em Unidades de Conservao Ambiental conduzindoinstrumentos para caa ou explorao dos produtos florestaissem licena do rgo pblico competente.

    Explorar rea de Reserva Legal, sem autorizao do IEF ouIBAMA.Danos aos animais

    Matar, perseguir, caar ou apanhar espcies da faunasilvestre.

    Impedir a procriao da fauna, destruir ninhos, vender,comprar ou manter em cativeiro ou transportar espcimes dafauna silvestre, mesmo proveniente de criadouros, sem adevida licena ou autorizao.

    Provocar a morte de espcies aquticas pela emisso depoluentes e efluentes.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    37/44

    37

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Pescar em perodo ou locais onde a pesca esteja interditada. Praticar a pesca com a utilizao de explosivos e substncias

    txicas.

    24.2 Cdigo Florestal

    As florestas nativas existentes em todo o territrio nacionalso bens de interesse comum a todos os habitantes do Pas. Asflorestas so importantes para o controle do clima, da proteo dosolo, da conservao da gua e esconderijo e alimento para todosos animais.

    Quanto custa no respeitar a lei

    24.3 reas de Preservao PermanenteSo reas protegidas por lei que no podem ser desmatadas

    ou utilizadas para plantio de rvores comerciais. As principais reasde preservao permanente so:

    Ao longo dos rios, crregos ou qualquer curso dgua. Ao redor das lagoas, lagos ou reservatrios dgua naturais

    ou artificiais. Ao redor das nascentes e chamados olhos dgua.

    Nos topos dos morros, montanhas e serras. Nas encostas. Nos tabuleiros, chapadas e veredas.

    Estas reas tm a funo ambiental de preservar os recursosdgua, a paisagem, controlar a eroso, manter a estabilidade dossolos, a biodiversidade e os animais que vivem nestas reas, bemcomo formar faixas de proteo ao longo das rodovias e ferrovias.

    Infraes

    Provocar incndio na mata.

    Impedir ou dificultar a brotao das

    rvores e outras plantas nativas

    Explorar, desmatar florestas e

    estocar madeira e outros produtos

    da floresta sem autorizao do IEFou IBAMA.

    Penalidade

    Multa de R$ 1.500,00 por hectare e priso

    de dois a quatro anos.

    Multa de R$ 300,00 por hectare e priso

    de seis meses a um ano.

    Multa de R$ 50,00 a R$ 5.000,00 por

    hectare.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    38/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    38

    A utilizao das reas de preservao permanentedepender sempre da autorizao do IEF; a sua explorao semautorizao constitui crime ambiental. Entretanto, se nas reas depreservao permanente o homem j tiver praticado a suainterveno, fica garantida a continuidade do uso, desde que noaumente a rea a ser utilizada.

    De acordo com a Lei Federal N. 4.771 de 15/09/1965 e a LeiEstadual do Estado de Minas Gerais N. 10.561 de 27/12/1991, asnascentes e os chamados olhos dgua so considerados reas

    de preservao permanente, ainda que no constantes, qualquerque seja sua localizao e suas reas prximas, num raio mnimode 50 metros. Por nascente, entende-se toda a micro-bacia ondese forma a rea de captao da gua, como as grotas. Osdesmatamentos, as queimadas, a eroso do solo e o pisoteioexcessivo dos animais estragam as nascentes.

    As matas e toda a vegetao que existem nas margens dosrios e lagoas so chamadas de matas ciliares e so muitoimportantes para proteger as nascentes, os animais ribeirinhos eas margens, evitando o desbarrancamento e entupimento dos rios.No se deve nunca cortar estas rvores ou retirar essa vegetaopara fazer pasto ou plantar qualquer tipo de cultura. A quantidademnima de mata ciliar de que o rio precisa, segundo a legislao,est presente a seguir:Si tuao do rio ou lagoa Largura mn ima da faixa de mata c il iar

    Abaixo de 10 metros de largura 30 metros em cada margemDe 10 a 50 metros de largura 50 metros em cada margem

    De 50 a 200 metros de largura 100 metros em cada margemDe 200 a 600 metros de largura 200 metros em cada margemAcima de 600 metros dd largura 200 metros em cada margemNascentes e minas dgua Raio de 50 metros

    Lagos em reas urbanas 30 metros ao redor do espelho dguaLagos em reas rurais at 50 metros ao redor do espelho dgua

    20 hectaresLagos em reas rurais acima 100 metros ao redor do espelho dguade 20 hectares

    Represas de hidroeltricas 100 metros ao redor do espelho dgua

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    39/44

    39

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    A partir da Constituio Federal de 1988, ficou estabelecidoque todos os cursos dgua so de domnio pblico. Isto significaque nenhum proprietrio de terra, rural ou urbano, dono da guaem suas terras, pois ela um bem coletivo de todos os usurios.Quanto custa no respeitar a lei sobre a preservao permanentede uma rea:

    24.4 Reserva Legal

    Toda propriedade rural deve ter uma rea coberta de rvores,protegida por lei, que deve ser considerada uma rea de reserva.No Estado de Minas Gerais, a rea de reserva deve ser, no mnimo,de 20% da rea total da propriedade, no incluindo as reas de

    preservao permanente. Nessa rea, no so permitidos o cortetotal, alterao do uso do solo e explorao com fins comerciais.Com a autorizao do IEF, a reserva legal poder ser explorada naforma de corte seletivo ou catao, somente para uso domstico edentro da propriedade. A rea de reserva deve ser averbada noCartrio de Registro de Imveis e no pode ser alterada suadestinao nos casos de transmisso ou desmembramento darea. No caso de desmembramento da propriedade, a rea dereserva legal ser parcelada proporcionalmente rea total, nosendo alterada a sua destinao.

    Quanto custa no respeitar a lei de reserva legal em Minas Gerais

    Infraes PenalidadeDestruir ou danificar florestas depreservao permanente ou utiliz-la com desrespeito s normas de

    utilizao.

    Multa de R$ 1.500,00 a R$ 50.000,00por hectare e priso de um a trs anos.

    Cortar rvores em florestas depreservao permanente semlicena da autoridade competente.

    Multa de R$ 1.500,00 a R$ 5.000,00por hectare ou R$ 500,00 por metrocbico de madeira e priso de um atrs anos.

    Infraes Penalidade

    Promover qualquer tipo de

    explorao em rea de reserva legal,

    sem autorizao do IEF

    Multa de R$ 250,00 a R$ 26.000,00

    por hectare.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    40/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    40

    24.5 Uso do Fogo

    O uso do fogo pode provocar uma srie de problemas graves: Aumento do aquecimento global, responsvel por

    desequilbrios ambientais. Destruio da fertilidade do solo e responsvel pela extino

    das nascentes. Fechamento de aeroportos e dificuldades no trfego areo. Danos sade das pessoas, devido ao comprometimento

    da qualidade do ar. Interrupo de energia eltrica. Morte de rvores, plantas e animais. Destruio de lavouras. Desavenas entre os vizinhos.

    Quando o fogo atinge uma floresta destri espcies raras davegetao nativa, queima madeiras valiosas, empobrece o solo epode matar animais silvestres. As reas queimadas perdem grandeparte da matria orgnica em decomposio, diminuindo a sua

    fertilidade.A natureza demora muitos anos para formar uma camada desolo frtil. Aps as queimadas, o solo levado pelas guas e depositado no leito dos rios, formando os bancos de areia eimpedindo a criao de peixes e dificultando a navegao. A terraqueimada, apesar das cinzas, perde tambm a vida microbiolgica.Quanto mais se queima uma rea, maior ser a necessidade deadubo para recuperar a produtividade da terra.

    24.6 Agrotxicos

    So produtos qumicos usados no controle das pragas e

    doenas que atacam as plantas e animais. veneno e deve sermanuseado com muito cuidado, porque txico ao homem, animaise meio ambiente e cuidados especiais so exigidos para o seuarmazenamento, transporte e uso. No caso de no cumprimentoda legislao, todos sero responsabilizados: o produtor rural, otcnico prestador de servios, o comerciante e o fabricante dosagrotxicos.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    41/44

    41

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Principais cuidados no uso de agrotxicos:

    1. O produto dever estar acompanhado da receita agronmicae da nota fiscal e nunca ser transportado junto com pessoas,animais e alimentos.

    2. O produto deve ser mantido longe de crianas e animais,sobre prateleiras suspensas, em ambiente seguro, fechado,seco, iluminado e ventilado, com rtulo e bula.

    3. A mistura dever ser preparada longe dos rios e lagos e

    aplicada por pessoa treinada, maior de idade, equipada comvestimenta adequada (camisa de manga comprida, cala,botas de borracha, luvas impermeveis, proteo para acabea, culos e mscara de proteo). O uso dosequipamentos de proteo individual EPI obrigatrio.

    4. No fumar, beber ou comer durante as aplicaes.5. Fazer a aplicao do produto nas horas mais frescas do dia,

    sempre a favor do vento, com equipamento regulado e, apsa aplicao, lavar o rosto e as mos com sabo.

    6. Lavar trs vezes as embalagens vazias e utilizar a gua usadana lavagem na pulverizao da lavoura.

    7. As embalagens plsticas devem ser inutilizadas com aperfurao no fundo.

    8. Devolver as embalagens vazias com tampas aosestabelecimentos comerciais onde os produtos foramadquiridos, no prazo de um ano.

    Em casos de intoxicao, tomar as seguintes providncias:

    Lavar a parte do corpo atingida com bastante gua e sabo. Os olhos devem ser lavados somente com gua. Afastar o acidentado da fonte de contaminao (roupas e

    local). Providenciar o imediato atendimento mdico, levando juntos

    o rtulo e a bula do agrotxico.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    42/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    42

    Quanto custa no respeitar a lei:

    24.7 Trabalho Infantil

    O Estatuto da Criana e do Adolescente probe o trabalhopara menores de 14 anos. Na condio de aprendiz so permitidas

    atividades profissionais para jovens entre 14 e 18 anos, A lei prevpunio para os pais e os empregadores pelo trabalho infantil. Paraos pais, as penalidades vo de advertncia at suspenso ou perdada guarda dos filhos. Os empregadores so denunciados aoConselho Tutelar e ao Ministrio Pblico. A multa e as penalidadesso definidas pelo juiz.

    24.8 Legislao Bsica sobre o Meio Ambiente

    Constituio Federal de 1988 o Artigo 225 assim seexpressa: Todos tm direito ao meio ambienteecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

    essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao PoderPblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lopara as presentes e futuras geraes.

    Lei Federal No. 4771/1965 Cdigo Florestal Medida Provisria No. 2.166-67/01 (modifica o Cdigo

    Florestal) Lei Federal No. 9.433/97 (Lei Nacional de Recursos Hdricos)

    Infraes Penalidade

    Falta de equipamento de proteo

    individual dos trabalhadores, falta de

    manuteno dos equipamentos de

    aplicao, destinao inadequada das

    embalagens vazias

    Proceder em desacordo com a receitaagronmica ou bula do produto, causar

    danos sade humana ou ao meio

    ambiente.

    Dificultar as aes fiscalizadoras

    Multa simples de R$ 500,00 a

    R$ 2 milhes, multa diria,

    apreenso dos bens materiais,

    destruio dos vegetais,

    recluso e abertura de

    processo criminal.

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    43/44

    43

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    Lei Federal No. 9.605/98 (Lei de Crismes Ambientais) Lei Federal No. 7.802/89 (Dispe sobre agrotxicos) Lei Federal No. 9.974/2000 (Dispe sobre agrotxicos) Decreto Federal No. 4.074/2002 (Regulamenta a lei sobre

    agrotxicos) Decreto Federal No. 3.179/1999 (Regulamenta a Lei de

    Crimes Ambientais) Lei Estadual No. 10.312/1990 (Dispe sobre preveno e

    combate a incndios florestais)

    Lei Estadual No. 10.545/1991 (Dispe sobre agrotxicos) Lei Estadual No. 13.190/1999 (Dispe sobre Recursos

    Hdricos) Lei Estadual No. 14.309/2002 (Dispe sobre poltica florestal) Decreto Estadual No. 41.203/2000 (Regulamenta a Lei sobre

    Agrotxicos) Decreto Estadual No. 41.578/2001 (Regulamenta a Lei sobre

    Recursos Hdricos)

  • 7/24/2019 cartilha eucalito

    44/44

    CARTILHADOFAZENDEIROFLORESTAL

    44

    25. Referncias BibliogrficasBARROS, N.F.; NOVAIS, R.F. Relao solo-eucalipto. Viosa. MG.

    Ed. Folha de Viosa, 1990.330p.BARROS, N.F.; NOVAIS, R.F. Nutrio e adubao de eucalipto.

    In: Informe Agropecurio, EPAMIG, Belo Horizonte, V. 18,1997, p. 7-75.

    FERREIRA, MRIO Escolha de Espcies de Eucalipto. 1979.Piracicaba. Circular Tcnica, 47, IPEF, 29p.

    FONSECA, S. M. Preparo do solo para implantao da floresta.

    Piracicaba, IPEF, 1978. 30p.GOMES, R. T. Efeito do Espaamento no Crescimento e Relaes

    Hdricas de Eucalyptus spp. na Regio do Cerrado de MinasGerais. Viosa, Universidade Federal de Viosa, 1993. 85 p.(Dissertao Mestrado).

    HAWLEY, R.C.; SMITH, D.M. Silvicultura prctica. Barcelona: Ed.Omega, 1972.544p.

    PAIVA, H. N.; JACOVINE, L.A. G. RIBEIRO, G. T.; TRINDADE, C.Cultivo de eucalipto em propriedades rurais. Viosa, Ed.Aprenda Fcil, 2001, 138p.

    POGGIANI, F. Ciclagem de Nutrientes em Ecossistemas dePlantaes Florestais de Eucalyptus e Pinus. ImplicaesSilviculturais. ESALQ-USP. Piracicaba, 1985. 211p. (Tese deLivre-Docncia).

    SELLA, R. L. Tcnicas silviculturais e de explorao para aobteno de madeira de qualidade para a laminao e serraria.In: SEMINRIO MADEIRA DE EUCALIPTO: TENDNCIAS EUSOS, 2001, CuritibaAnais..., Curitiba: FUPEF. 2001, p.19-24.

    SIMES, J. W.; BRANDI, R. M.; LEITE, N. B.; BALLONI, E. A .Formao, manejo e explorao de floresta e espcies derpido crescimento. Braslia, IBDF, 1981. 131p.

    SPELTZ, G. E. O Manejo em Povoamentos Florestais Puros e seusAspectos Ecolgicos. In: II Congresso Florestal Estadual.Nova Prata, RS, 1976.

    TSOUMIS, G. Science and technology of wood: Structure,properties and utilization . New York, : Van Nastrnd Reinold,1991, 494p.