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CONTABIL CARTILHA

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CONTABIL

CARTILHA

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Comentários à Norma Contábil NBC T 10.8

Aspectos Contábeis Entidades cooperativas.

Após o ciclo de visitas de Certificação de Regularidade Técnica promovido pela equipe técnica do Sistema OCB-SESCOOP/ES, foi possível constatar, na esfera contábil, que as cooperativas visitadas ainda carecem de atenção, por parte dos profissionais contábeis contratados por estas, no que tange ao cumprimento dos normativos contábeis vigentes.

Buscando promover a melhoria contínua nos processos de escrituração contábil, nossos Analistas Contábeis elaboraram esta Carta Circular, com foco na NBC T 10.8, visando o detalhamento e esclarecimentos dos pontos de melhoria identificados.

Antes de tecer nossos comentários a respeito da Norma, faz jus destacar que, os ramos Agropecuário e Transporte já possuem Manual Contábil, elaborados pelo Sistema OCB-SESCOOP e disponibilizados no portal manuais.brasilcooperativo.com.br para consulta.

Cumprindo o objetivo o qual esta Carta Circular foi designada, abordaremos também, além da Norma NBC T 10.8, a Interpretação Técnica NBC T 10.8 – IT – 01 e os aspectos legais previstos na Lei nº 5.764/1971.

Com base no instrumento legal mais antigo, a Lei do Cooperativismo nº 5.764/71, destacamos que as sociedades cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, não sujeitas a falência, sendo as mesmas constituídas para prestar serviços aos seus cooperados, distinguindo-se das demais sociedades pelas características próprias, conforme prevê o Art. 4º e seus incisos.

Desta forma, partindo da premissa de que as cooperativas distinguem-se das demais sociedades empresariais, chamamos a atenção quanto ao fiel cumprimento dos normativos específicos aqui elencados.

Os pontos abordados nesta carta circular respeitarão a ordem prevista na NBC T 10.8, aprovada pela Resolução CFC N.º 920/01, seguidos de comentários relacionados aos mesmos.

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10.8.1 – DISPOSIÇÕES GERAIS

10.8.1.1 – Esta norma estabelece critérios e procedimentos específicos de avaliação, de registro das variações patrimoniais e de estrutura das demonstrações contábeis, e as informações mínimas a serem incluídas em notas explicativas para as Entidades Cooperativas, exceto as que operam Plano Privado de Assistência à Saúde, conforme definido em Lei.

Destacamos que a NBC T 10.8 abrange todas as sociedades cooperativas constituídas, com exceção das cooperativas operadoras de planos de assistência à saúde, fiscalizadas pela ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, normatizadas pela NBC T 10.21 e das cooperativas de crédito, fiscalizadas e regulamentadas, com base no Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) do Banco Central do Brasil (BACEN) e pela Lei Complementar nº 130/2009, além dos demais normativos instituídos pelos demais órgãos reguladores.

10.8.1.2 – Entidades Cooperativas são aquelas que exercem as atividades na forma de lei específica, por meio de atos cooperativos, que se traduzem na prestação de serviços diretos aos seus associados, sem objetivo de lucro, para obterem em comum melhores resultados para cada um deles em particular. Identificam-se de acordo com o objeto ou pela natureza das atividades desenvolvidas por elas, ou por seus associados.

O item 10.8.1.2 expressa de forma clara e objetiva que as atividades desenvolvidas pelas sociedades cooperativas, para serem caracterizadas como ato cooperativo e fazer jus ao enquadramento disposto no Art. 79 da Lei nº 5.764/1971, devem ensejar na participação de seus associados, de forma a atender também o exposto no art. 3° do mesmo dispositivo, mediante a prestação/execução de serviços por estes ou também como consumidor de bens e serviços, buscando a obtenção de melhores resultados, de forma unida e comum a todos.

10.8.1.3– Aplicam-se às Entidades Cooperativas os Princípios Fundamentais de Contabilidade, as Normas Brasileiras de Contabilidade, especialmente a NBC T 2 e a NBC T 4, com as alterações tratadas nos itens 10.8.5.1, 10.8.6.1 e 10.8.7.1, bem como todas as suas Interpretações e os Comunicados Técnicos editados pelo Conselho Federal de Contabilidade.

Importante destacar que o atendimento à NBC T 10.8 não exime a sociedade cooperativa de atender aos Princípios Fundamentais de Contabilidade e às Normas,

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Interpretações e Comunicados Contábeis publicados pelo Conselho Federal de Contabilidade, com especial atenção à ITG 2000 (R1) que trata da Escrituração Contábil e demais normativos, atentando-se para as alterações dispostas na NBC T 10.8.

10.8.1.4 – A movimentação econômico-financeira decorrente do ato cooperativo, na forma disposta no estatuto social, é definida contabilmente como ingressos e dispêndios (conforme definido em lei). Aquela originada do ato não-cooperativo é definida como receitas, custos e despesas.

10.8.1.4.1 – As receitas e os ganhos, assim definidos no item 3.3.2.1, a, da NBC T 3.3, bem como as demais rendas e rendimentos, nesta norma ficam denominados de ingressos.

10.8.1.4.2 – Os custos dos produtos ou mercadorias fornecidos (vendidos) e dos serviços prestados, as despesas, os encargos e as perdas, pagos ou incorridos, assim definidos no item 3.3.2.1, b, da NBC T 3.3, ficam denominados dispêndios.

O item 10.8.1.4 e seus desdobramentos definem a nomenclatura a ser utilizada na Demonstração de Sobras ou Perdas - DSP. Importante destacar que, diferente das sociedades empresariais, as cooperativas não auferem lucro, logo, não se utiliza a terminologia Demonstração de Resultado do Exercício. Portanto, chamamos a atenção para este ponto no momento da elaboração das demonstrações contábeis, atentando-se ao cumprimento do item 10.8.1.4 da NBC T 10.8.

10.8.1.5 – O exercício social das Entidades Cooperativas é fixado em seus estatutos sociais.

O item 10.8.1.5 muitas vezes acaba sendo ignorado pelo fato de, costumeiramente, ser considerado o exercício social o período de 01 de janeiro a 31 de dezembro. Cabe ressaltar que, a verificação do disposto no estatuto social para definição do exercício social é fundamental, tendo em vista a possibilidade de sazonalidade em determinadas atividades, podendo o exercício social seguir esta tendência.

10.8.1.6 – O capital social das Entidades Cooperativas é formado por quotas-partes, que devem ser registradas de forma individualizada por se tratar de sociedade de pessoas, segregando o capital subscrito e o capital a integralizar, podendo, para tanto, ser utilizados registros auxiliares.

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O capital social, definido em estatuto social, muitas vezes é registrado de forma genérica, sem a devida segregação e identificação do valor subscrito por cooperado. Constatamos em alguns casos, o valor de capital subscrito, mas nem sempre integralizado, cujo valor a integralizar não é identificado no Patrimônio Líquido, nem tão pouco em registros auxiliares, sendo o mesmo classificado como um direito a receber no Ativo. Tal fato encontra-se em desacordo às normas contábeis, bem como resulta na ausência de clareza junto aos usuários da informação, internos e externos, uma vez que, apresentam informações irreais.

Ainda, com base no exposto, ressaltamos a possibilidade de anulação dos negócios e/ou contratos baseados na análise das Demonstrações Contábeis, face ao disposto no Art. 171 do Código Civil.

Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:

I - por incapacidade relativa do agente;

II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra

credores. (grifo nosso)

10.8.1.7 – Nas Entidades Cooperativas, a conta Capital Social é movimentada por:

a) livre adesão do associado, quando de sua admissão, pelo valor das quotas-

-partes fixado no estatuto social;

b) pela subscrição de novas quotas-partes, pela retenção estatutária sobre a produção ou serviço, pela capitalização de sobras e pela incorporação de reservas, exceto as indivisíveis previstas em lei e aquelas do item 10.8.2.12 desta norma;

c) retirada do associado, por demissão, eliminação ou exclusão.

No item 10.8.1.7, chamamos atenção quanto à movimentação do capital social por conta das situações previstas no item “c” (demissão, eliminação ou exclusão). Neste caso, baseamo-nos no Art. 36 da Lei nº 5.764/71, transcrito abaixo, o qual prevê que o cooperado, mesmo sendo demitido, eliminado ou excluído, continua responsável pelos compromissos da cooperativa perante terceiros até que sejam apuradas as contas da cooperativa naquele exercício.

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Art. 36. A responsabilidade do associado perante terceiros, por compromissos da sociedade, perdura para os demitidos, eliminados ou excluídos até quando aprovadas as contas do exercício em que se deu o desligamento.

Parágrafo único. As obrigações dos associados falecidos, contraídas com a sociedade, e as oriundas de sua responsabilidade como associado em face de terceiros, passam aos herdeiros, prescrevendo, porém, após um ano contado do dia da abertura da sucessão, ressalvados os aspectos peculiares das cooperativas de eletrificação rural e habitacionais.

Daí a importância de se observar que a movimentação do capital se dará apenas após o encerramento e aprovação das contas em Assembleia Geral, respaldando a cooperativa de absorver possíveis perdas de cooperados desligados.

10.8.1.8 – As sobras do exercício, após as destinações legais e estatutárias, devem ser postas à disposição da Assembléia Geral para deliberação e, da mesma forma, as perdas líquidas, quando a reserva legal é insuficiente para sua cobertura, serão rateadas entre os associados da forma estabelecida no estatuto social, não devendo haver saldo pendente ou acumulado de exercício anterior.

10.8.1.9 – As Entidades Cooperativas devem distribuir as sobras líquidas aos seus associados de acordo com a produção de bens ou serviços por eles entregues, em função do volume de fornecimento de bens de consumo e insumos, dentro do exercício social, salvo deliberação em contrário da Assembléia Geral.

10.8.1.10 – A responsabilidade do associado, para fins de rateio dos dispêndios, perdura para os demitidos, eliminados ou excluídos, até quando aprovadas as contas do exercício social em que se deu o desligamento. Em caso de sobras ou perdas, aplicam-se as mesmas condições.

Importante salientar que tanto na distribuição das sobras, quanto no rateio das perdas, a contabilização deve ser atendida conforme deliberação em AGO, respeitando os normativos contábeis pertinentes. Destacamos ainda que não há previsão de sobras ou perdas acumuladas de exercícios anteriores, bem como de exercícios futuros, em decorrência do risco existente na previsão exata à realização dos resultados previstos, sendo tais resultados tratados na supremacia da sociedade, que é a Assembleia Geral Ordinária.

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10.8.1.11 – Os elementos do patrimônio das Entidades Cooperativas serão atualizados monetariamente na forma prevista na Resolução CFC n.º 900, de 22 de março de 2001, e legislações posteriores.

A Resolução CFC nº 900/2001 supra citada foi revogada pela Resolução CFC nº 1.282/2010, que por sua vez, foi revogada pela NBC TSP Estrutura Conceitual. Desta forma, o item 10.8.1.11 perde seu efeito a partir da revogação do dispositivo citado anteriormente. De forma complementar ao tema, destacamos a necessidade quanto a observância dos demais dispositivos legais e contábeis, no que se refere à atualização das contas dos grupos Ativo e Passivo.

10.8.1.12 – Os fundos previstos na legislação ou nos estatutos sociais, nesta norma, são denominados Reservas.

O item 10.8.1.12 destaca a previsão das Reservas, as quais estão devidamente amparadas pela legislação, Art. 28 da Lei 5.764/71, conforme descrito adiante:

Art. 28. As cooperativas são obrigadas a constituir:

I - Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10% (dez por cento), pelo menos, das sobras líquidas do exercício;

II - Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social, destinado a prestação de assistência aos associados, seus familiares e, quando previsto nos estatutos, aos empregados da cooperativa, constituído de 5% (cinco por cento), pelo menos, das sobras líquidas apuradas no exercício.

§ 1° Além dos previstos neste artigo, a Assembléia Geral poderá criar outros fundos, inclusive rotativos, com recursos destinados a fins específicos fixando o modo de formação, aplicação e liquidação.

§ 2º Os serviços a serem atendidos pelo Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social poderão ser executados mediante convênio com entidades públicas e privadas.

Vide que o RATES - Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social e a Reserva Legal tem seus percentuais mínimo previstos, obrigatoriamente constituídos com base nas sobras apuradas ao final do exercício, porém, nada impede que o órgão supremo da sociedade, a Assembleia Geral, possa criar outras reservas, ou até mesmo definir percentuais acima do previsto no Art. 28 da Lei nº 5.764/71, desde que seus critérios de constituição, utilização e finalização sejam definidos durante a referida Assembleia,

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sendo tais ações devidamente aprovadas pelo número mínimo de cooperados previstos na legislação e aptos a votar.

Além da obrigatoriedade de constituição, temos as seguintes características que distinguem o

RATES de qualquer outro fundo que a cooperativa tenha intenção de constituir:

Destinação de seus recursos vinculados à finalidade específica; Indivisibilidade.

Dessa forma, a destinação de recursos ao RATES serve de subsídio para o custeio de políticas

coletivas, ligadas à “Assistência Técnica, Educacional e Social”.

Importante destacar o previsto no artigo 28 da Lei 5.764/1971, no que tange à extensão aos

empregados da cooperativa, desde que constado em estatuto.

De forma bem prática, ao final de cada exercício efetua-se a apuração das sobras ou perdas, através das respectivas contas de apuração (patrimônio líquido).

Transfere-se o saldo de tais contas transitórias, após o encerramento (transferência) de todas as contas de resultado, para a conta “Sobras ou Perdas à Disposição da AGO.

Se o resultado for positivo, constitui-se as reservas obrigatórias e estatutárias.

Após a constituição das reservas legais e estatutárias, o saldo que eventualmente remanescer permanecerá no Patrimônio Líquido, na conta “Sobras ou Perdas à Disposição da Assembleia Geral”, para que, por meio de deliberação dos cooperados aptos a votar, seja definido o destino destas.

Exemplo:

Com base numa sobra líquida de R$ 100.000,00:

Transferência do saldo da conta transitória de apuração para a conta “Sobras ou Perdas à Disposição da Assembleia Geral”: D. Sobra Líquida do Exercício (conta de apuração do resultado, no Patrimônio Líquido) C. Sobras à Disposição da Assembleia Geral (Patrimônio Líquido) R$ 100.000,00

Constituição de Reserva Legal (10%): D. Sobras à Disposição da Assembleia Geral (Patrimônio Líquido)

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C. Reserva Legal (Patrimônio Líquido) R$ 10.000,00

Constituição da Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social (5%): D. Sobras à Disposição da Assembleia Geral (Patrimônio Líquido) C. Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social - RATES (Patrimônio Líquido) R$ 5.000,00

Importante destacar que os resultados de Atos não cooperativos, em sua totalidade devem ser destinados ao RATES, sendo a apuração das operações serem feitas de forma segregada. Detalharemos sobre a destinação dos resultados de atos não cooperativos no item 10.8.2.6 adiante.

10.8.2 – DO REGISTRO CONTÁBIL

10.8.2.1 – A escrituração contábil é obrigatória.

O item 10.8.2.1 define claramente a obrigatoriedade de escrituração contábil, independentemente do tamanho/porte da cooperativa, devendo todo movimento econômico e financeiro ser registrado e devidamente apurado por profissional competente. Daí a importância do profissional contábil estar apto e atualizado quanto aos normativos legais para as sociedades cooperativas, devendo atentar-se para todas as especificidades existentes.

10.8.2.2 – Os investimentos em Entidades Cooperativas de qualquer grau devem ser avaliados pelo custo de aquisição.

O item 10.8.2.2 estabelece que os investimentos em Entidades Cooperativas devem ser avaliados pelo custo de aquisição, não podendo os mesmos serem avaliados pelo método da Equivalência Patrimonial, ou seja, não importa a relevância e nem a influência de tais investimentos. O referido custo de aquisição equivale aos valores subscritos e integralizados, acompanhados do juros, além das sobras capitalizadas.

10.8.2.3 – Os investimentos em Entidades não-Cooperativas devem ser avaliados na forma estabelecida pela NBC T 4.

10.8.2.4 – O resultado decorrente de investimento relevante em Entidades não-Cooperativas deve ser demonstrado em conta específica.

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Os itens 10.8.2.3 e 10.8.2.4 estabelecem o tratamento contábil para investimentos em sociedades não cooperativas, destacando-se ainda a revogação da NBC T 4, que tratava da avaliação patrimonial, pela Resolução 1.283/2010, metodologia apontada como base para o tratamento dos casos elencados anteriormente. E, sendo assim, destacamos os disposto na NBC TG 1000(R1), aplicável às pequenas e médias empresas, oportunamente aplicáveis também nas sociedades cooperativas, salvo dispositivos específicos. No referido normativo, destaca-se o previsto na seção 14 - Investimento em Controlada e em Coligada.

No que tange às demais sociedades, aquelas não enquadradas como sendo de pequeno e médio porte, destaca-se a necessidade quanto a observância do tratamento contábil, de forma mais aprofundada, dos investimentos em coligadas ou controladas, cuja avaliação será por meio do método de Equivalência Patrimonial, sendo este método regulamentado pela Resolução CFC Nº 1.241/09, a qual aprovou a norma NBC TG 18 (R2) – Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto, ressalvando-se ainda a necessidade de atenção quanto a NBC TG 38 (R3), NBC TG 39 (R3) e NBC TG 40 (R2) que tratam do reconhecimento, mensuração, apresentação e evidenciação dos instrumentos financeiros.

10.8.2.5 – O resultado decorrente de recursos aplicados para complementar as atividades da Entidade Cooperativa deve ser apropriado contabilmente por atividade ou negócio a que estiver relacionado.

10.8.2.6 – O resultado líquido decorrente do ato não-cooperativo, quando positivo, deve ser destinado para a Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social, não podendo ser objeto de rateio entre os associados. Quando negativo, deve ser levado à Reserva Legal e, se insuficiente sua cobertura, será rateado entre os associados.

Em relação aos resultados de atos não cooperativos, a norma estabelece claramente que tais resultados, após as devidas deduções, devem ser destinados ao RATES. Inclusive, a Lei nº 5.764/71 prevê em seu artigo 87 o seguinte:

Art. 87 - Os resultados das operações das cooperativas com não-associados,

mencionados nos arts. 85 e 86, serão levados à conta do "Fundo de Assistência

Técnica, Educacional e Social" e serão contabilizados em separado, de molde a

permitir cálculo para incidência de tributos.

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Desta forma, a título de exemplo, a destinação do ganho das aplicações financeiras, à luz do

entendimento conceitual, deve ser levado ao RATES, não podendo ser rateado entre os

cooperados, dentre outros resultados tidos como não provenientes da atividade principal da

cooperativa.

10.8.2.7 – As perdas apuradas no exercício, não-cobertas pela Reserva Legal, serão rateadas entre os associados, conforme disposições estatutárias e legais, e registradas individualmente em contas do Ativo, após deliberação da Assembléia Geral.

Importante destacar que, apurando perdas no exercício, as mesmas são direcionadas para a Reserva Legal, e em caso de insuficiência de saldo, após deliberação em AGO, obedecendo as regras estatutárias, poderá a referida perda ser rateada entre os cooperados, na proporção de operações que os mesmos tenham realizado no exercício o qual foi apurado a perda. A contra partida do lançamento contábil será uma conta do Ativo, preferencialmente Circulante, para cada cooperado, ou seja, individualizada.

10.8.2.7.1 – Não havendo deliberação da Assembléia Geral pela reposição das perdas apuradas, estas devem ser debitadas no Patrimônio Líquido, na conta de Perdas Não Cobertas pelos Cooperados.

(Retificação do item 10.8.2.7.1, publicada no DOU, em 18/02/2005 onde se lê: "Não havendo deliberação da Assembléia Geral..." leia-se: "Enquanto não houver deliberação da Assembléia Geral..."). (grifo nosso)

Se, por motivo de força maior, não ocorrer a deliberação para reposição das perdas na AGO de prestação de contas do exercício em questão, poderá o valor ser debitado em conta específica de Perdas Não Cobertas pelos Cooperados, mas não exime a responsabilidade legal da Assembleia Geral deliberar sobre tais perdas.

10.8.2.8 – As despesas de Assistência Técnica Educacional e Social serão registradas em contas de resultados e poderão ser absorvidas pela Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social, em cada período de apuração.

(Retificação do item 10.8.2.7.8, publicada no DOU, em 18/02/2005 onde se lê: "As despesas de Assistência Técnica Educacional e Social...", leia-se "Os dispêndios de Assistência Técnica Educacional e Social...").

Em muitos casos, os recursos do RATES são utilizados erroneamente, no que diz respeito à forma

de contabilização, ou seja, debita-se a origem dos recursos e credita-se a reserva. Importante

salientar que a forma correta de contabilizar o dispêndio e utilizar o recurso da reserva é

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reconhecer o referido dispêndio em conta de resultado, se possível em contas distintas, e no

encerramento do exercício transferir os saldos das contas para a reserva no Patrimônio Líquido.

Ainda há muita dúvida quanto aos tipos de gastos que podem ser considerados aptos à utilização

do RATES. Em linhas gerais, o RATES pode ser aplicado nas seguintes finalidades:

Assistência Técnica: gastos realizados visando o aumento da produtividade e a melhoria da

qualidade dos produtos e serviços que os associados produzem. Numa Cooperativa do ramo

agropecuário, por exemplo, seria a assistência agronômica e veterinária ao agricultor, para a

adoção de técnicas e manejos adequados visando melhorar a qualidade, eficiência e

produtividades, com menores custos.

Assistência Educacional: gastos voltados à educação dos associados, seus familiares e também

aos empregados, quando previsto no estatuto da Cooperativa. A Cooperativa pode subsidiar os

gastos com educação em todos os níveis, mas principalmente àqueles que podem reverter em

benefício de toda a sociedade.

Assistência Social: corresponde aos gastos relacionados com promoção e integração social dos

cooperados, respectivos dependentes e empregados da cooperativa, além da promoção e

integração associativista, englobando neste, eventos sociais.

10.8.2.9 – Os ajustes de exercícios anteriores devem ser apresentados como conta destacada no Patrimônio Líquido, que será submetida à deliberação da Assembléia Geral.

O item 10.8.2.9, quando aplicado, deve-se levar em consideração os reflexos que possam afetar

deliberações de assembleias passadas, resguardando a magnitude das operações referentes

àqueles exercícios, devendo constar em nota explicativa esses reflexos.

10.8.2.10 – As provisões e as contingências serão registradas em conta de resultado e, em contrapartida, no Passivo.

10.8.2.11 – As provisões constituídas por Entidades Cooperativas específicas, destinadas a garantir ativos ou riscos de operações, deverão ser registradas em conta de Passivo.

As provisões citadas no item 10.8.2.10 são obrigações e riscos já incididos, sendo seus valores

calculáveis, inclusive por estimativa, e geram diminuição no Ativo ou aumento no Passivo. Tais

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provisões devem, juntamente com as contingências, serem registradas de acordo com a norma

NBC TG 25 (R1) – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes.

10.8.2.12 – As Reservas de Incentivos Fiscais e Reavaliação são consideradas indivisíveis.

Classificam-se como reservas de incentivos fiscais as doações e subvenções governamentais

para investimentos, as quais devem compor o resultado do exercício.

10.8.3 – DO BALANÇO PATRIMONIAL

10.8.3.1 – O Balanço Patrimonial das Entidades Cooperativas deve evidenciar os componentes patrimoniais, de modo a possibilitar aos seus usuários a adequada interpretação das suas posições patrimonial e financeira, comparativamente com o exercício anterior.

O Balanço Patrimonial deve evidenciar os componentes patrimoniais mínimos, conforme

padrões internacionais, dentre eles, Ativo Circulante, Ativo Não Circulante, Passivo Circulante,

Passivo Não Circulante e Patrimônio Líquido, além de apresentar os saldos de contas

patrimoniais e de resultados, dos exercícios anteriores, para que seja possível interpretar a

posição patrimonial e financeira da entidade, comparativamente ao atual exercício.

10.8.3.2 – A conta Capital, item 3.2.2.12, I, da NBC T 3.2, será denominada Capital Social.

O Capital Social é composto pelas cotas partes subscritas e integralizadas de cada cooperado,

cuja função essencial é dar acesso à sociedade a um ambiente econômico, promovendo a

viabilidade inicial das operações fim da cooperativa. Importante salientar que a Lei nº 5.764/71

prevê em seus artigos 24 a 27 as premissas básicas a serem observadas na definição do capital

social no ato de constituição da sociedade.

10.8.3.3 – A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, item 3.2.2.12, III, da NBC T 3.2, será denominada Sobras ou Perdas à Disposição da Assembléia Geral.

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Para comentarmos o item 10.8.3.3 iremos nos balizar no Art. 3º da Lei 5.764/71, o qual prevê:

Art. 3° Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que

reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício

de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. (grifo

nosso)

Vejamos que o artigo 3º demonstra claramente a inexistência do objetivo de lucro, ou seja, o

resultado econômico favorável é caracterizado como “sobras”, assim como o resultado negativo

caracterizado como perdas, os quais serão deliberados em Assembleia Geral a destinação ou

rateio destes.

10.8.4 – DA DEMONSTRAÇÃO DE SOBRAS OU PERDAS

10.8.4.1 – A denominação da Demonstração do Resultado da NBC T 3.3 é alterada para Demonstração de Sobras ou Perdas, a qual deve evidenciar, separadamente, a composição do resultado de determinado período, considerando os ingressos diminuídos dos dispêndios do ato cooperativo, e das receitas, custos e despesas do ato não-cooperativo, demonstrados segregadamente por produtos, serviços e atividades desenvolvidas pela Entidade Cooperativa.

Complementando o previsto no item 10.8.3.3 aqui comentado, o demonstrativo que evidencia

o resultado da cooperativa no exercício social é denominado Demonstração de Sobras ou

Perdas - DSP e não Demonstração do Resultado do Exercício – DRE. Temos percebido que muitas

assessorias contábeis utilizam o termo “DRE” em seus demonstrativos, tendo em vista

trabalharem com diversas empresas comerciais, sem observar às premissas dispostas na norma

específica para as cooperativas.

Outro ponto importante que destacamos é que sempre há uma certa dúvida por parte das

cooperativas ao elaborar o texto para publicação do edital de assembleia geral em jornais de

grande circulação. Importante salientar que na elaboração da pauta da AGO, deve ser observado

que, geralmente o primeiro item de pauta relaciona a prestação de contas compreendendo a

apresentação dos relatórios contábeis, dentre os quais será sempre necessário citar a

Demonstração de Sobras ou Perdas – DSP. Na sequência, conforme for, é importante observar

a terminologia utilizada para deliberação do resultado do exercício, se sobras, destinação das

sobras, as perdas, rateio das perdas.

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10.8.5 – DA DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

10.8.5.1 – Na elaboração desta demonstração, serão observadas as disposições da NBC T 3.5 e a terminologia própria aplicável às Entidades Cooperativas, dispensada a elaboração da Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados – NBC T 3.4.

É na DMPL que evidenciamos toda movimentação das contas do Patrimônio Líquido no exercício social, dentre elas a formação e utilização das reservas, subscrição/integralização de capital social, Ajustes de Avaliação Patrimonial e apuração de sobras ou perdas a disposição da AGO. Daí a importância da elaboração deste demonstrativo, além da obrigatoriedade prevista na norma, de forma a demonstrar graficamente as mudanças ocorridas no PL.

10.8.6 – DA DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

10.8.6.1 – Na elaboração desta demonstração serão observadas as disposições da NBC T 3.6 e a terminologia própria aplicável às Entidades Cooperativas.

Com o advento da Lei nº 11.638/2007, a DOAR foi extinta, ficando sua obrigatoriedade de apresentação somente até 31/12/2007. Porém, algumas sociedades/instituições, para fins de análise gerencial, continuaram emitindo este demonstrativo.

Ainda com base na Lei nº 11.638/2007, houve a inclusão e obrigatoriedade de emissão dos seguintes demonstrativos:

Art. 1o Os arts. 176 a 179, 181 a 184, 187, 188, 197, 199, 226 e 248 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 176.....................................................................................................

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

.......................................................................

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§ 6º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.” (NR) (grifo nosso)

[...]

Destaca-se ainda que, a NBC TG 26 (R3), em seu item 10, definem os seguintes demonstrativos para apresentação aos usuários:

10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui:

(a) balanço patrimonial ao final do período;

(b) demonstração do resultado do período;

(ba) demonstração do resultado abrangente do período;

(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período;

(d) demonstração dos fluxos de caixa do período;

(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do Valor Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente;

(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; (Alterada pela NBC TG 26 (R3))

(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A; (Incluída pela NBC TG 26 (R1))

(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D. (Alterada pela NBC TG 26 (R1))

A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados nesta Norma, desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente. A demonstração do resultado abrangente pode ser apresentada em quadro demonstrativo próprio ou dentro das mutações do patrimônio líquido (ver exemplo anexo). (Alterado pela NBC TG 26 (R1))

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10.8.7 – DA DIVULGAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

10.8.7.1 – A divulgação das demonstrações contábeis deve obedecer à NBC T 6 – Da Divulgação das Demonstrações Contábeis.

Em atendimento aos normativos contábeis vigentes, a elaboração e divulgação dos relatórios contábeis e financeiros devem obedecer a “NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro”, publicada através da Resolução CFC Nº 1.374/11. Levando em consideração que a divulgação dos demonstrativos contábeis servem de balizadores para as diversas análises por parte dos clientes internos e externos (principalmente),

frisamos a necessidade de atendimento à norma, haja vista que as sociedades cooperativas devem manter a uniformização das informações, bem como atender aos princípios e fundamentos previstos na referida norma.

10.8.7.2 – As demonstrações contábeis devem ser complementadas por notas explicativas que contenham, pelo menos, as seguintes informações:

a) contexto operacional da Entidade Cooperativa;

b) as principais atividades desenvolvidas pela Entidades

Cooperativa;

c) forma de apresentação das demonstrações contábeis;

d) principais práticas contábeis adotadas;

e) apresentação analítica dos principais grupos de contas, quando

não apresentados no balanço patrimonial;

f) investimentos relevantes, contendo o nome da entidade

investida, número e tipo de ações/quotas, percentual de participação no

capital, valor do Patrimônio Líquido, data-base da avaliação, resultado

apurado por ela no exercício, provisão para perdas sobre os

investimentos e, quando da existência de ágio e/ou deságio, valor

envolvido, fundamento e critério de amortização;

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g) saldos (ativos e passivos) e transações (receitas e despesas) com

partes relacionadas que não sejam associados, com desdobramento

conforme a natureza das operações;

h) composição do imobilizado e diferido, valores respectivos das

depreciações, amortizações e exaustões acumuladas, taxas adotadas e

montantes do período;

i) composição dos tipos de empréstimos, financiamentos,

montantes a vencer a longo prazo, taxas, garantias e principais cláusulas

contratuais restritivas;

j) contingências existentes, com especificação de sua natureza,

estimativa de valores e situação quanto ao seu possível desfecho;

k) composição da conta Capital Social, com número de associados

existentes na data do encerramento do exercício e valor da quota-parte;

l) discriminação das reservas, detalhando sua natureza e finalidade;

m) mudanças de critérios e práticas contábeis que interfiram na

avaliação do patrimônio da Entidade Cooperativa, destacando seus

efeitos;

n) composição, forma e prazo de realização das perdas registradas

no Ativo (item 10.8.2.7); e

o) eventos subseqüentes.

No que tange às notas explicativas, destacamos a importância das mesmas fornecerem informações esclarecedoras quanto aos movimentos patrimoniais ocorridos no exercício social, de forma a evidenciar os fatos que alteraram ou podem vir a alterar a situação patrimonial da sociedade cooperativa. Desta forma, frisamos a necessidade de cumprimento na íntegra das alíneas “a” a “o” constantes no item 10.8.7.2 da norma, bem como análise do NBC TG 26 (R3) – Apresentação Das Demonstrações Contábeis, que trata, de forma detalhada, das formas de elaboração dos itens citados anteriormente.

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Certos de contarmos com o comprometimento de todos Cooperativistas do nosso Estado, agradecemos antecipadamente o apoio e cooperação, bem como permanecemos a disposição para dirimir quaisquer dúvidas acerca do acima exposto.

Saudações Cooperativistas,

ESTHÉRIO SEBASTIÃO COLNAGO CARLOS ANDRÉ SANTOS DE OLIVEIRA

PRESIDENTE SUPERINTENDENTE

RAYNER DA SILVA SANTOS

GERENTE

GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO COOPERATIVISTA

Gustavo Bernardes Raphael Martins Victor Lima

Analista Contábil Analista Contábil Analista Contábil

CRC-ES 018.280/O-2 CRC-ES 017.710/O-0 CRC-ES 017.308/O-0

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CARTILHA