cartilha consumo sustentÁvel

COMISSÃO PERMANENTE DE DIREITO AMBIENTAL OAB/RSGESTÃO 2016-2018

CARTILHACONSUMO SUSTENTÁVEL

POR UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL

COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO DE DIREITO AMBIENTALGESTÃO 2016-2018

SECRETÁRIA-GERALANA CRISTINA MIOLA

VICE-PRESIDENTEFERNANDA LUIZA FONTOURA DE MEDEIROS

PRESIDENTEMARILIA LONGO DO NASCIMENTO

ALEXANDRE BURMANN PEREIRABRUNA MANHAGO SERROCELMAR CORREA DE OLIVEIRACINTIA SCHMIDTCLARISSA MENNA BARRETO DOMINGUESCLAUDIA LIMA MARQUESCRISTIANO WEBERDELTON WINTER DE CARVALHOFERNANDA LUIZA FONTOURA DE MEDEIROSGENARO DEGIAMPIETROVAZ GILSON FRANCISCO LESSAGUSTAVO DE MORAES TRINDADEJOSE MARIA FURTADO LIMAJULIANA PRETTO STANGHERLIN JUPITER PALAGI DE SOUZA

LEONARDO COPPOLA NAPPLUCIANE MORAES DE OLIVEIRA MARCIA SILVA STANTON MARIA ALEJANDRA RIERA BING MATHEUS LINCK BASSANI MARÍLIA LEÃO FORTESMAURICIO FERNANDES DA SILVAPEDRO THADEU PEREIRA MILITÃORICARDO BARBOSA ALFONSINRICARDO RONCHETTIROGERIO SANTOS RAMMESABRINA MILANO VAZSERGIO PESSOA RIBEIRO SUZANE GIRONDI CULAU MERLOVIRGINIE DE CARVALHO FETT

INTEGRANTES


PRESIDENTE OAB/RSRICARDO BREIER

APRESENTAÇÃO


No compromisso assumido pela Seccional Rio Grande do Sul, dentro de sua polí�ca ambiental de promoção da conscien�zação ambiental, a Comissão de Direito Ambiental entrega esta car�lha para dar con�nuidade a tradição da OAB/RS em prol do meio ambiente. Este material também representa a con�nuação do trabalho desenvolvido pela Comissão na gestão 2013-2015 sob a liderança da então Presidente Dra. Claudia Lima Marques, que orientou os trabalhos sob um viés mul�disciplinar, integrando o Direito Ambiental e do Consumidor.

Esta é a tônica do texto que apresentamos agora: integrador, preocupado em analisar o meio ambiente em todos os seus enfoques, voltados para o cidadão, tanto quanto aos seus direitos, quanto aos seus deveres de proteção e preservação, e informa�vo.

Para conscien�zar precisamos informar, entregando aos cidadãos instrumentos para tomarem decisões e orientarem seu modo de vida. A presente car�lha traz elementos informa�vos e proposta de ações, para contribuir da formação da consciência ambiental à execução de um consumo consciente.

Com o sempre apoio da Vice-Presidente da Comissão, Dra. Fernanda Medeiros, damos nosso especial e carinhoso agradecimento às advogadas Dras. Clarissa Menna Barreto, Sabrina Vaz, Ana Cris�na Miola, Suzane Culau Merlo, Lúcia Aquino e Ta�ana Cardoso Squeff, por transformarem em palavras nossos pensamentos, e aos demais membros da CDA, engajados advogados na causa ambiental.

Nas palavras da Dra. Claudia Lima Marques, a quem dedicamos este trabalho, por iluminar nossas reflexões, “comunicar é tornar comum”, e assim desejamos que as informações comunicadas neste car�lha eletrônica alcancem nossos colegas advogados e cidadãos, e sirvam de instrumentos para ações pra�cadas co�dianamente, como resposta ao dever de preservar o meio ambiente, nosso bem comum.

Marília Longo do NascimentoPresidente da Comissão Permanente de Direito Ambiental


INTRODUÇÃO

Atualmente, a humanidade está consumido cerca de 30% a mais de recursos naturais do que o planeta tem capacidade de regenerar. Por isso, a revisão dos padrões de consumo deve ser considerada, eis que o es�lo de vida e os níveis de consumo atuais têm causado impactos significa�vos na saúde e no meio ambiente.

A predominância atual de um padrão de hiperconsumo torna tendência o agravamento do quadro de degradação ambiental, por conta do crescimento explosivo da população humana, das desigualdades sociais, e da produção desenfreada de produtos que não valoram os bens ambientais embu�dos, e que são programados para descarte rápido, a fim de que o ciclo de consumo se mantenha sempre a�vo.

A tomada de consciência de que as escolhas de consumo da sociedade, compreendidas entre a compra, o uso e o descarte, podem contribuir posi�vamente para a preservação do meio ambiente, passa necessariamente pela educação ambiental.

O cidadão consciente orienta o mercado, pressiona os governos e altera a realidade ao seu redor. A consciência ambiental induz a hábitos de vida mais saudáveis, comprome�dos com a cole�vidade, pensando na redução da geração de resíduos, nas corretas condições de trabalho e no comprome�mento com o desenvolvimento das a�vidades locais.

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Tripé Sustentabilidade


O QUE É SUSTENTABILIDADE E POR QUEDEVO ME PREOCUPAR COM O TEMA?

Desenvolvimento sustentável é “o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades”. Para sua concre�zação há necessidade de integração das esferas social, econômica e ambiental. Assim, deve-se manter a constância das reflexões sobre o tema, renovando, sempre que necessário, velhos paradigmas.

Sustentabilidade é toda a ação que visa o desenvolvimento, de forma inclusiva socialmente, prote�va do meio ambiente e da vida digna das gerações presentes e futuras, sem comprometer a capacidade regenera�va e evolu�va do Planeta. É um dever cons�tucional, imposto a todos, Poder Público e Cole�vidade, portanto, cabe a cada um de nós, cidadãos, pensar, decidir e agir de forma sustentável.

Na busca por novos paradigmas sociais e ambientais, insere-se a necessidade de revisão dos padrões de comportamento, eis que o es�lo de vida e os níveis de consumo atuais têm causado impactos significa�vos na saúde e no meio ambiente. É hora de agirmos individualmente para encontrar um modo de vida equilibrado entre nossas reais necessidades e os limites dos recursos naturais, de modo que os direitos humanos tornem-se instrumentos a�vos na busca pela proteção do meio ambiente.

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QUALIDADE DE VIDA & ALIMENTAÇÃO

A alimentação saudável e de procedência confiável impacta diretamente a saúde das pessoas e o meio ambiente.

A escolha por produtos orgânicos gera menos efeitos ambientais nega�vos, aproveitando-se os frutos de cada estação e região.

Esses alimentos caracterizam-se por serem livre de agrotóxicos e por possuírem um controle de qualidade interno, reduzindo o risco de doenças e promovendo o debate sobre a origem dos alimentos.

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CONSUMO INFANTIL

Os apelos constantes da mídia para o consumismo, aliados às novas configurações familiares, têm exposto cada vez mais as crianças à publicidade, e cada vez mais cedo.

É responsabilidade da família, em conjunto com Estado e sociedade, proteger a infância desses apelos, propiciando uma melhor qualidade de vida às próximas gerações.

Essa proteção passa também por educação ambiental, a fim de que nossas crianças entendam que o ambiente é um bem de todos e como tal deve ser preservado para as presentes e futuras gerações. Deve-se ter em mente a necessidade de dar o exemplo a elas, bem como ensinar conceitos de educação financeira e alimentar, preservação ambiental e consumismo.


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ÁGUA

A água é um bem essencial para a vida na terra; não só para o homem como para os animais e para as plantas. Ela é essencial para a produção de alimentos, para a higiene pessoal, para a produção de energia elétrica e para o setor industrial.

No entanto, o uso excessivo, descontrolado e poluente da água tem gerado efeitos na qualidade e na quan�dade dos recursos hídricos no mundo inteiro. Por isso, é necessário que sejam adotadas medidas para a conservação das águas, evitando desperdícios e es�mulando o consumo consciente desse bem!


- Mantenha a torneira fechada ao fazer sua higiene pessoal e ao lavar a louça;

- Não use mangueira para lavar automóveis e outros veículos; u�lize balde e esponja;

- Evite banhos demorados e desligue o chuveiro quando es�ver se ensaboando;

- Reu�lize a água sempre que possível: aproveite a água da chuva usando baldes ou cisternas;

- Reu�lize a água u�lizada na lavagem de roupas para lavar o pá�o e para outras finalidades como descarga;

- Jamais jogue óleo de fritura no ralo da pia, pois ele pode entupir o encanamento, poluir os rios e dificultar o tratamento da água;

- Não ignore vazamentos em encanamentos no interior da residência e faça contato com a companhia fornecedora de água quando verificar vazamentos externos;

- Ao lavar roupas, procure só ligar o aparelho quando a máquina es�ver cheia;

- Na criação de animais, não permita que os mesmos defequem nas nascentes ou áreas ripárias para evitar a contaminação;

- Mantenha a válvula do vaso sanitário regulada;

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CONSUMO CONSCIENTEDA ÁGUA

RESÍDUOS SÓLIDOS

A Polí�ca Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010) orienta a gestão dos resíduos sólidos em todo o país, definindo estratégias para não-geração, redução, reu�lização e o descarte correto de resíduos sólidos.

Os consumidores devem ser informados e educados para incorporar essas diretrizes às suas ações pré e pós-consumo, como: (i) evitar consumir produtos que gerem resíduos, (ii) adquirir produtos reciclados e recicláveis, (iii) separar corretamente os resíduos recicláveis dos não recicláveis, (iv) des�nar corretamente os resíduos conforme a coleta de seu Município.

Ao adotar tais prá�cas, os consumidores também incen�vam os fornecedores a produzirem de forma mais sustentável, na medida em que produtos mais poluentes forem preteridos por aqueles mais ecológicos.

Especial cuidado deve ser dado ao lixo eletrônico, muitas vezes contaminador, assim como lâmpadas, remédios, baterias e pneus, cujo descarte deve ser em local e de forma adequada, evitando maior impacto ao meio ambiente.


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Cores de coletores, conforme Resolução CONAMA n.º 275/2001

MEDIDAS EFICAZES PARA UM CONSUMO CONSCIENTE


- Procure u�lizar lâmpadas eficientes e econômicas, como LED, e apague a luz ao deixar o ambiente;

- Não durma com aparelhos ligados;

- Procure adquirir produtos que u�lizem menos energia, verifique o selo PROCEL de economia de energia;

- Aproveite a energia solar;

- Procure empresas que se preocupam com o consumo de energia no seu processo produ�vo;

- Ao usar ar condicionado mantenha as portas e janelas fechadas;

- Ao u�lizar boiler elétrico, procure instalar temporizadores;

- Não use chuveiro elétrico na forma “inverno” em dias quentes ou durante o verão e feche o chuveiro enquanto es�ver se ensaboando;

- U�lize o modo hibernar do computador durante o intervalo do almoço, e deligue ao término do expediente;

- Acumule roupas e use o ferro uma vez por semana para passá-las;

- U�lize ven�lador somente durante sua permanência no ambiente;

- Re�re todos os alimentos de uma só vez do refrigerador, evitando abrir e fechar a porta diversas vezes.

REDUÇÃO NO USO DE ENERGIA

LINKS


Gestão Ambiental da OAB/RSh�p://www.oabrs.org.br/gestaoambiental

DMLUh�p://www2.portoalegre.rs.gov.br/dmlu/

Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM)h�p://www.fepam.rs.gov.br/

Ins�tuto Alana h�p://criancaeconsumo.org.br

PROCON/RSh�p://www.procon.rs.gov.br/portal/index.php

PROCON PORTO ALEGREh�p://www2.portoalegre.rs.gov.br/procon/

Promotoria de Jus�ça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegreh�ps://www.mprs.mp.br/

Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Coopera�vismo (SDR)h�p://www.sdr.rs.gov.br/

Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do RS (SEMA)h�p://www.sema.rs.gov.br

Secretaria Municipal Do Meio Ambiente (SMAM) h�p://www2.portoalegre.rs.gov.br/smam/

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