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CARTA Equipes de Nossa Senhora Mensal Ano LIV• nov 2014 • nº 485 IGREJA CATÓLICA Sínodo dos Bispos p.10 Reunião de Balanço p.29 VIDA NO MOVIMENTO Colegiado Nacional 2014 p.14 COLEGIADO NACIONAL ITAICI-SP

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485

IGrEJa catÓLIcaSínodo

dos Bispos p.10

reunião de Balanço

p.29

VIDa NO MOVIMENtOcolegiado

Nacional 2014 p.14

cOLEGIaDO NacIONaL ItaIcI-SP

CARTA MENSALnº 485 • nov 2014

Editorial Carta Mensal .......................................01

SupEr-rEgiãoFinados e todos os Santos ...................02“olhar com o coração” ........................03o ecumenismo e as equipes de Nossa Senhora .................................04out door: “Este é o rei dos judeus”. .......06

iii ENCoNtro NaCioNalEncontro com o Filho na casa da Mãe ....08Hino do 3º Encontro Nacional das ENS. ..09

igrEja CatóliCaSínodo dos bispos ..................................10Hermelinda e arturo participam do Sínodo dos Bispos ............................11a missão e a espiritualidade dos leigos ... 11Solenidade de todos os santos ...............13

vida No MoviMENtoColegiado nacional 2014 ......................14atividades nas províncias ....................25província Nordeste ................................25província Norte .....................................26província Sul ii ......................................27reunião mista: a festa do encontro ........28reunião de Balanço ..............................29

Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com registro “lei de imprensa” Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-região Brasil - Hermelinda e arturo - Equipe Editorial: responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: padre Flávio Cavalca - Membros: regina e Sérgio - Salma e paulo - patrícia e Célio - Jornalista Responsável: vanderlei testa (mtb 17622)

Edição e Produção: Nova Bandeira produções Editoriais - r. turiaçu, 390 Cj. 115 perdizes - 05005-000 - São paulo Sp - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1285 - email: [email protected] - responsável: ivahy Barcellos diagramação, tratamento e preparação digital: Samuel lincon Silvério - tiragem desta Edição: 23.500 exs.

Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/ imagens, devem ser enviadas para ENS - Carta Mensal, av. paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São paulo - Sp, ou através de email: [email protected] a/C de Fer-nanda e Martini. importante: consultar, antes de enviar, as instruções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.

raÍZES do MoviMENtoÊxito da caridade .....................................31

tEStEMuNHoE quando a verdade nos condena? Fugir? .32testemunho de um casal idoso.............33oração do casal ....................................34Nossa última experiência das equipes mistas ..................................................35

partilHa E poNtoS CoNCrEtoS dE ESForçoas bem-aventuranças dos pCE’S ..........36a mensagem de padre Caffarel sobre a oração ....................................37a escuta da palavra .............................38algumas conclusões sobre a regra de vida ..........................39

tEMa dE EStudoSer família na comunidade eclesial ......40

rEFlExãoajudem a formar padres para as Equipes de Nossa Senhora ......41

ForMação responsabilidades no Movimento ..........42a vida da Eri e na Eri .............................43

NotÍCiaS .............................................46

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Edit

ori

al

tema: “Ousar o Evangelho - Acolher e cuidar dos homens”

Queridos irmãos:

O tempo realmente voa e já estamos em Novembro. Tem-po de parar e compreender que cada dia deve ser vivido como um dom de Deus.

Mês para refletirmos sobre nosso ano equipista, de parti-ciparmos da nossa última reunião, o balanço, onde daremos nossa opinião abertamente e com o espírito cristão para preparar-mos o ano seguinte. Trouxemos um artigo para ajudá-los nes-sa reflexão.

No primeiro texto como CRSRB, Hermelinda e Arturo nos convidam a nos mexer, sair do lugar para tirarmos o pó espiri-tual. O Padre Paulo, nosso novo SCE da SRBrasil, ajuda-nos a refletir sobre Finados e Todos os Santos.

No mês de outubro, o Papa Francisco promoveu o III Síno-do dos Bispos sobre a família e, para nossa alegria, Hermelinda e Arturo – CRSRB – foram convidados para acompanhar as discussões: mais um reconhecimento da importância de nosso querido Movimento.

Em Belém, casais com mais de 60 anos e viúvas reuniram-se e foram desafiados a ousarem o Evangelho.

Na mensagem do Padre Caffarel sobre a oração, ele nos convida a irmos ao encontro d’Aquele que nos espera com paciência, com tranquilidade, com serenidade.

Com muito carinho, nesta nossa primeira carta mensal, fizemos um relato do tão fecundo Colegiado Nacional, onde houve a transição da liderança da Super-Região Brasil, bem como a posse de 3 novos CR de província e 10 novos CR de região. Um final de semana abençoado, de muito aprendizado, integração, respeito e já focando em nossos trabalhos de 2015.

Que Deus ilumine esses novos CR em sua missão! Fica aqui o agradecimento, em nome dos mais de 40.000 equipistas do Brasil, a Cida e Raimundo e sua equipe de trabalho por uma dedicação sem medida e muito carinhosa a nosso Movimen-to, nossas causas, nosso crescimento.

Boa leitura! Equipe Carta Mensal

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Sup

er-R

egiã

o FiNadoS E todoS oS SaNtoS:

Novembro é um mês muito es-pecial para refletirmos sobre a res-posta que nossa Fé oferece para a questão fundamental e existencial sobre o ponto final colocado pela morte em nossas vidas. Duas ce-lebrações dão a tônica dessa refle-xão: dia primeiro celebramos Todos os Santos e dia dois, Finados. En-quanto uma celebração nos confir-ma uma certeza – nossa mortalida-de e finitude – a outra nos desafia e nos coloca diante de uma grande esperança: vida eterna em Deus.

A celebração de Finados nos situa diante de uma verdade de fé. Nossos dias neste mundo ter-minam, mais cedo ou mais tarde. Não existe espaço dentro de nossa Fé cristã católica para qualquer ou-tra afirmação que não seja essa. O mundo de hoje tem uma tendência equivocada de encarar a ideia da reencarnação como um “prêmio” para continuar a viver. Romantica-mente fala-se de reencarnação nos filmes e novelas como possibilidade de reencontro com grandes amores de “outras vidas” e até de solucio-nar problemas que não foram resol-vidos no passado. Isso não existe!

À finitude respondemos com a eternidadeO grande e verdadeiro prêmio

de Deus, para nós, cristãos, vem da outra celebração deste mês: a Fes-ta de Todos os Santos. Nessa cele-bração, aqueles que entenderam e aceitaram sua finitude neste mundo e colocaram suas esperanças em Deus e numa vida eterna ao lado d’Ele foram desafiados a viverem suas vidas finitas nessa esperança divina de infinitude. Buscando vi-ver assim, esforçaram-se por viver a santidade e, quando chegou o pon-to final, para eles iniciou a vida eter-na ao lado de Deus. A vida dos san-tos! E quantos são eles... Homens e mulheres de todos os tempos e lugares que vivem contemplando eternamente a face de Deus.

Essa é a lição deste mês de novembro. Cientes da nossa fi-nitude, somos desafiados a en-contrar uma saída para ela. Essa saída só existe em Deus e, sendo assim, somos convocados a viver segundo a sua Palavra para eter-namente sermos contados entre os “cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel” (Ap. 7,4).

Que Deus nos dê coragem para responder “sim” e, quando nossos dias terminarem, que as pessoas lembrem-se de nós no dia de Fina-dos e celebrem nosso esforço em corresponder à graça de Deus e a seu chamado na Festa de Todos os Santos.

Pe. Paulo Renato F. G. CamposSCE Super-Região

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“olHar CoM o Coração”

Neste ano de 2014, foi-nos solicitado Ousar o Evangelho, acolher e cuidar dos homens. Com essa atitude, Jesus nos propõe um trabalho de trans-formação pessoal.

Ao longo da viagem de cada um, ao cumprir etapa por etapa, é que se vai fazendo o Caminho.

O primeiro obstáculo a ultra-passar, como nos diz o Papa Fran-cisco, é não ter medo de mostrar a ternura que cada um tem no seu coração para oferecer ao seu irmão. A caridade é criativa, e cada um de nós vai descobrindo a sua maneira de servir...

Nessa viagem, a primeira parada é em casa, onde há um mundo de relações de amor (as crianças, os doentes, os idosos, problemas com filhos...), onde somos desafiados para uma doação sem condi-ções, pois aprendemos com Jesus a ver todos através do exercício “olhar com o coração”.

O que dá sustento e subsídio para esse exercício é a Palavra de DEUS, porque toda a nossa vida pode ser refletida à luz do Evangelho!

E a família, desde o nascimento, é o local por excelência desse exercício que nos impele a acolher e a cuidar.

Então nos perguntamos: será que lemos, ouvimos e meditamos a Palavra de Deus com todo o nosso ser (corpo, mente e coração) todos os dias? Será que conseguimos nos organizar para, com ousadia, ter tempo para a família, o trabalho, o descanso, o silêncio, a oração, o servir aos outros?

Façamos um levantamento e avaliação da situação, um “balan-ço espiritual” que pode também ser feito junto aos nossos irmãos de Equipe. O que é o balanço? Quando balançamos algo, ele mexe, sai do lugar onde estava acomodado, torna-se mais visível, e é aí que tiramos o pó espiritual, pois nos confrontamos conosco mesmos, por meio das respostas que damos em nossa própria vida. É a hora da verdade!

Que tenhamos coragem para praticar esse exercício com paciência e suavidade, para irmos retomando o Caminho, e perguntando sem-pre: “Senhor, que queres que eu faça?”

Hermelinda e ArturoCR Super-Região

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“João tomou a palavra e disse: ‘Mestre, vimos um homem que ex-pelia demônios em teu nome, e nós lho proibimos, porque não é dos nossos’. Mas Jesus lhe disse: ‘Não lho proibais; porque, o que não é contra vós, é a vosso favor’.” (Lucas 9, 49-50).

Esse trecho do Evangelho nos con-vida a refletir sobre o Ecumenismo. O fato de sermos a Igreja de Jesus Cristo não nos dá o direito de nos apossarmos da Sua Pessoa e da sua ação, uma vez que Ele chama dife-rentes pessoas, através de modos diferentes para, de diferentes mo-dos, continuar agindo no meio dos homens.

Para a Igreja Católica, o princi-pal critério da reunificação é Jesus, pois a Sua vontade sobre a Igreja há de ser buscada por todas as Igrejas, para que elas sejam um só corpo, sendo o centro da Igreja, o Mistério do Pai, pelo Filho no Espírito, por

o ECuMENiSMo E aS EQuipES dE NoSSa SENHora

graça acessível a cada cristão, que é convidado a viver na fé, na esperan-ça e na caridade.

Na Lumen Gentium, 15, lemos: “Por muitas razões a Igreja sabe-se li-gada aos batizados que são ornados com o nome de cristãos, mas não professam na íntegra a fé ou não guardam a unidade da comunhão sob o Sucessor de Pedro. Muitos deles honram a Sagrada Escritura como norma de fé e de vida. Mos-tram sincero zelo religioso. Creem com amor em Deus Pai onipotente e em Cristo Filho de Deus, Salvador. São assinalados pelo batismo no qual se unem a Cristo. E até reco-nhecem e aceitam outros sacramen-tos nas próprias Igrejas ou comuni-dades eclesiais. Não poucos entre eles possuem mesmo o Episcopado, celebram a Sagrada Eucaristia e cul-tivam a piedade para com a Virgem Mãe de Deus. Acresce a comunhão de orações e outros benefícios es-pirituais. Temos até com eles certa união verdadeira no Espírito Santo, que também neles opera com seu poder santificante por meio de dons e graças, tendo fortalecido a alguns deles até à efusão do sangue”.

A Igreja Católica prega que os que creem em Cristo e receberam devidamente o batismo estão em certa comunhão, ainda que imper-feita. A comunhão é imperfeita, por-que existem discrepâncias de ordem doutrinal, disciplinar, sacramental e

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de estruturação da Igreja, mas há, contudo, comunhão, porque, “jus-tificados pela fé no batismo”, todos são incorporados a Cristo e com ra-zão se honram do nome “cristão”, e são reconhecidos pelos católicos como irmãos.

O Papa Francisco, em seu livro “A Igreja da Misericórdia”, convida: “Somos chamados a ser verdadei-ros dialogantes, a agir na construção da paz, e não como intermediários, mas como mediadores autênticos...Cada um de nós é chamado a ser um artífice da paz, unindo e não di-vidindo, extinguindo o ódio em vez de conservá-lo, abrindo caminhos de diálogo em vez de erguer novos muros! Dialogar, encontrar-se para instaurar no mundo a cultura do diá-logo, a cultura do encontro”.

Reunidos em nome de Cristo, a Equipe nos impulsiona a um esfor-ço constante para eliminar palavras e juízos que podemos fazer uns dos outros, que dificultem o relaciona-mento. Nas reuniões mensais rea-lizadas com a presença do Espírito Santo, estabelece-se um diálogo orante em que cada um, de maneira mais profunda, procura manifestar a sua fé e dar respostas ao que Je-sus nos pede, apresentando-a com a maior transparência possível (ora-ção e partilha).

O diálogo permite adquirir maior conhecimento do outro e formar opinião correta. Favorece a maior colaboração entre as diver-sas necessidades para o bem co-mum (auxílio mútuo).

Ao examinar com clareza a nos-sa fidelidade em relação à vontade

de Cristo sobre a equipe, todos se dispõem a prosseguir com maior es-forço de si mesmo e do casal (regra de vida).

Tudo isso praticado com pru-dência e paciência pelos casais sob a vigilância do Sacerdote, que con-tribui enormemente para o bem da equidade e da verdade, da concór-dia e da colaboração fraterna (co-participação).

Dessa forma, os obstáculos que impedem a perfeita comunhão vão sendo aos poucos superados.

As Equipes de Nossa Senhora esperam e acreditam conservar a unidade no que é necessário, mas é indispensável que se mantenha a liberdade de acordo com a necessi-dade de cada um na forma de viver a espiritualidade conjugal. Mas, so-bretudo, que se cultive a caridade, pois só assim se manifesta em nos-sos dias o ecumenismo nas Equipes.

“As novas formas de pregação da palavra de Deus, de catequese, de apostolado dos leigos e da vida religiosa, a espiritualidade conjugal e a renovação da doutrina e na ati-vidade social da Igreja, são o penhor e a esperança de grandes progressos no ecumenismo”.

Seguindo os passos de Nossa Senhora, as Equipes têm consciên-cia de ser acolhedoras e cuidadoras dos homens.

Que a Virgem Maria nos ajude a ter um coração sábio, dócil, humil-de, firme e disposto a seguir com amor e fidelidade os ensinamentos de seu Filho!

Conceição e MacedoCR Província Nordeste

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A Igreja católica, em sua litur-gia, apresenta o Mistério Jesus Cristo em três anos, anos A, B e C. Cada ano apresenta os momentos primordiais da Encarnação de Je-sus no mundo humano, passando por sua cruz e ressurreição e por todo o desenrolar desses fatos, conforme os Evangelhos, até a sua plenitude na Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do uni-verso. Estamos vivendo o ano A. Neste, em nossas celebrações, es-cutaremos o Evangelho que vem da comunidade judaico-cristã de Mateus, onde Jesus é apresenta-do como o novo Moisés, e cujo princípio básico é a Justiça, ques-tão fundamental para a vivência da fé dessa comunidade desafia-da em suas atitudes, nos primór-dios do Cristianismo.

A Igreja Católica tem consci-ência dos desafios que o termo apresenta na vivência da fé cristã, isso já patente nos Evangelhos. Basta ler os relatos do julgamen-to de Jesus. Parece que o próprio Jesus nunca aceitou essa alcu-nha, em especial quando ligada a aproveitadores (cf. Jo 6,15). Contudo afirma ser Rei diante de Pilatos, fazendo uma ligação com a verdade (cf. Jo 18,37). Apesar desses fatos, a Igreja Católica afir-ma, na ousadia do Espírito Santo, que Jesus é Rei, e tal conclusão nasce do encontro do Homem de fé com o Senhor Jesus em dois mil anos de eclesialidade. Desco-

berta não inventada, mas vivida no encontro com Jesus a partir da leitura orante da Palavra de Deus.

Jesus é Rei, não do tipo mo-nárquico, com cetro, trono e res-posta de uma revolução bem su-cedida como são os reinos huma-nos, de ontem e de hoje. A Igreja, na ousadia do Espírito Santo, afirma que Jesus é Rei, e somen-te Ele é rei, pois foi o único Ho-mem capaz de manter-se fiel ao Projeto do Pai, e fez isso à custa da própria vida e, aqui, levou a vida humana à plena comunhão com a Trindade; comunhão a que todo homem é chamado a bus-car e viver. Jesus viveu isso como realidade própria, assumiu como proposta pessoal, isto o qualifica como Rei. Foi muito maior que todas as tentações possíveis e, no Monte das Oliveiras, levantou-se e interpelou aqueles que o vinham prender: “A quem procurais?”. “Sou Eu”. E fez com tanto autori-dade que “eles recuaram e caíram por terra” (Jo 18,4ss). Aqui está em plenitude a realização de Je-sus Cristo.

Jesus não se fez Rei a par-

out door: “EStE É o rEi doS judEuS” (lC 23,38)

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tir de uma turba de alvoroçados que, facilmente, mudam de pers-pectiva no próximo jogo político. Ele se fez Rei a partir do enfren-tamento da realidade; bateu de frente com a maldade reinante. Por isso sofreu a condenação de Cruz, mas, mesmo aqui, perma-neceu fiel a seus compromissos, que se identificavam com os do Pai. Eis o Rei dos Judeus, eis o lí-der que assumiu os ditames da fé de Israel e conquistou multidões, pois “ensinava como quem tem autoridade” (Cf. Mt 7,29). Esse espírito, Jesus o “rasgou” de “alto a baixo” para todos os homens. Em Jesus podemos ser reis e tes-temunhas dos frutos do Espírito Santo (Gl 5,22).

No dia 23 de novembro de 2014 v ive remos , como c r i s -tãos católicos, a festa de Nos-so Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. A Igreja, tomando o profeta Ezequiel, quer con-fluir a realeza de Jesus com a ideia profética de Pastor. Pastor que cuida das ovelhas-homens, buscando-os, embora perdidos e desgarrados. E, neste proces-so, o que vale é a vivência do amor, que cria relacionamen-tos. Assim, diante da fome, do acúmulo de riqueza que dei-xam muitos na exclusão, urge saber partir o pão, ser solidário, “deste-me de comer”.

Na questão do desequilíbrio planetário e cósmico, é bom as-sumir um novo desenvolvimento sustentável, “deste-me de beber”. Nas angústias dos irmãos sem teto, sem terra e sem pátria, foras-teiros, migrantes, “recebeste-me

em tua casa”. Na nudez, no des-mascaramento, na desfiguração é urgente buscar compreendê-los e optar por sua dignidade, “vestiste-me”. Diante dos descasos com a saúde do “povão”, é preciso pre-sença cidadã, que chegue tam-bém às várias dimensões das polí-ticas públicas, “cuidaste de mim”. A questão da segurança é uma calamidade em nossa realidade e a resposta é o amontoamento de irmãos delinquentes em prisões, sem condições mínimas de digni-dade, enquanto muitos corruptos burlam a lei e se dão muito bem. Não queremos cadeia para nin-guém, mas conversão de ambos, e aí vem o “mas foste visitar-me”. Nosso Deus se faz presente quan-do acolhemos os irmãos.

Agir assim é reinar. É levan-tarnos da nossa brasilidade con-centradora de riqueza nas mãos de poucos e fazer nossa a consciência de que “uma autêntica democra-cia só é possível num Estado de Direito e sobre a base de uma reta concepção da pessoa humana” (CA 46). E neste processo não há ideologia que responda positiva-mente; só “O Senhor é meu pas-tor; nada me falta”! Viva, Cristo Rei! Aqui está o seu Programa de ação que a Igreja ousa sintetizar nas OBRAS DE MISERICÓRDIA (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2447). Entramos nesta dinâmica, conscientes de nosso “cuidar do homem”, proposta para nosso Movimento de Equipes de Nossa Senhora no ano de 2014.

Pe. Manoel Pedro NetoSCE Província Nordeste

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Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

No início de 2013 fomos convi-dados para fazer parte da equipe de coordenação do 3º Encontro Nacio-nal – Aparecida 2015. Prontamente aceitamos e começamos a trabalhar em nossa nova missão. Sabíamos que não seria fácil, mas tínhamos em mente e no coração que o que diferenciaria esse Encontro dos an-teriores seria o sentido de Peregrina-ção a um Santuário Mariano.

Lembramo-nos do Evangelho de Lucas 2, 6-7: “Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e colocou-o na manjedoura, pois não havia lugar para eles dentro da casa”. O Salvador do Mundo nas-ce no meio de pobreza e cheio de humildade, deitado em uma manje-doura. Jesus, desde seu nascimen-to, identificou-se com os pobres e dá-nos exemplos de simplicidade e humildade!

Todos nós, equipistas, teremos a oportunidade de nos encontrar em um lugar sagrado para meditar, dia-logar fraternalmente e trocar experi-

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o FilHo Na CaSa da MãE

ências de nossas vidas como cristãos e equipistas. Iremos dialogar com Deus com a intercessão de Sua Mãe. Para que esses momentos realmente aconteçam, é necessário que esteja-mos presentes com atitude de fé, re-ligiosidade piedosa e fraternal, sem nos preocupar com o materialismo que muitas vezes colocamos acima dessas atitudes.

Maria será a nossa guia até a casa do seu Filho e nosso Pai, pois“Ela é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora de missionários. Ela, da mesma for-ma como deu à luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho à nossa América” (Doc. Aparecida nº 269).

Façamos dessa manifestação de fé um grande testemunho público para mostrar que o Sacramento do Matrimônio, quando vivido em sua plenitude, é algo agradável a Deus. “Quando um homem e uma mulher celebram o sacramento do matrimô-nio, Deus, por assim dizer, se refle-te neles: imprime neles os próprios traços e o caráter indelével de seu amor. O matrimônio é o ícone do amor de Deus conosco” (Papa Fran-cisco).

Mostremos, também, que a vi-vência do Cristianismo no ambiente familiar é fundamental na criação de alicerces que fazem da família uma verdadeira comunidade de vida no amor que nos é dado por Deus de forma plena e gratuita. Hoje, tenta-se de todas as maneiras possíveis e imagináveis menosprezar a família

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de e de paz para as crianças e para os idosos, para quem está doente ou sozinho, para quem é pobre e neces-sitado” (Papa Francisco).

Peçamos a Nossa Senhora e a São José, exemplos de uma família cristã, piedosa e obediente a Deus, que protejam as nossas famílias.

Sonia e Antonio CarlosCoordenação de Hospedagem

e o Sacramento do Matrimônio, sa-cramento que faz com que marido e mulher se abram à vida no amor a Deus.

“A Sagrada Família de Nazaré restabelece na nossa sociedade a consciência do caráter sagrado e in-violável da família, bem inestimável e insubstituível. Que cada família seja morada acolhedora de bonda-

HiNo do 3º ENCoNtro NaCioNal daS ENS aparECida 2015

Lema: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,5)Tema: “Matrimônio Cristão – festa da alegria e do amor conjugal”

Sempre é festa da alegria se conosco Ele estiver.É Maria quem nos diz:

“Fazei tudo o que Ele vos disser”

Da mesma forma que Jesus foi convidado com Maria para as Bodas de Caná,vem Jesus em nossa vida conjugal,

com Sua graça e Seu amor participar!

Sempre é festa da alegria ...

Se falta o vinho da alegria em nossa vida a caminhada é vazia e sem sentido.Vem Jesus a nossa água transformar no melhor vinho para nos santificar!

Sempre é festa da alegria ...

Como filhos de Maria reunidos pro matrimônio cristão valorizar,

vem Jesus e traz a luz para este encontro. Nós queremos seu amor testemunhar!

Sempre é festa da alegria ...

10 CM 485

No dia 08 de outubro de 2013, o Papa Francisco anunciou a realiza-ção da III Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, no período de 5 a 19 de outubro de 2014. E em outubro de 2015 acontecerá a pró-xima Assembleia Ordinária. Ambos os Sínodos tratam de temas ligados à família, cumprindo destacar que os Sínodos Ordinários ocorrem a cada quatro anos e os Extraordinários são convocados a qualquer tempo pelo Papa. As principais conclusões apro-vadas pelos bispos durante o Sínodo são compiladas em documento emiti-do pelo Sumo Pontífice, que se deno-mina Exortação Apostólica.

O tema da Assembleia Extraordi-nária, em outubro deste ano, foi: “os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”, enquan-to que, em outubro de 2015 (Sínodo Ordinário), estarão em pauta as com-plexas questões antropológicas rela-cionadas com a pessoa e a família, cujo tema já foi definido pelo papa Francisco: “Jesus Cristo revela o mis-tério e a vocação da pessoa humana e da família”.

O que motivou a escolha do tema para a Assembleia Extraordinária deste ano foram os grandes desa-fios pastorais que interpelam hoje a missão evangelizadora da Igreja no campo da família, sendo o objetivo principal do encontro a promoção de uma ampla tomada de consciência

sobre as várias questões e situações da família em face da missão e da ação da Igreja.

O documento preparatório para o Sínodo de 2014 divide-se em três partes: a primeira reitera o fundamen-to bíblico para a família, com base no matrimônio entre o homem e mulher, criados à imagem e semelhança de Deus. A segunda parte reflete sobre os desafios pastorais de hoje, colocando em evidência a crise da fé, as situações críticas que a família deve enfrentar, como a violência e abusos contra mu-lheres e crianças e a fragmentação fa-miliar devido aos divórcios. A terceira parte contrapõe os desafios pastorais da abertura à Vida, à responsabilida-de educativa dos pais, entre outros. É concluído com a Oração à Sagrada Família, de autoria do Papa Francisco e por ele recitada no Angelus de 29 de dezembro passado, festa da Santa Fa-mília de Nazaré.

Nós, enquanto casais das Equipes de Nossa Senhora, não devemos dei-xar de acompanhar tais acontecimen-tos em nossa Igreja, que abordam te-mas tão relevantes para a família.

Para um maior aprofundamento, poderão consultar o documento no site do Vaticano.

Abraço carinhoso do casal,Joana e Rildo

Eq.11A N. S. do Porto da Eterna Salvação Três Corações-MG

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SÍNodo doS BiSpoSaborda os desafios pastorais sobre a Família

no contexto da Evangelização

CM 485 11

a MiSSão E a ESpiritualidadE doS lEigoS

Domingo, dia 23 de novembro, é a festa de Cristo Rei, último domin-go do ano litúrgico. É também o Dia do Leigo. João Paulo II escreveu um documento importante para os lei-gos: Christifideles Laici. No seu pri-meiro capítulo, vejamos o que diz a respeito da dignidade e do valor dos fiéis na Igreja-Mistério.

O Papa começa usando a ima-gem de uma vinha. Jesus é a vinha e os fiéis são os ramos. Assim se en-tende a presença e sentido do Povo de Deus na Igreja.

– Quem são os leigos? São ho-mens e mulheres do Povo de Deus que, sem ser parte do clero ou de uma congregação religiosa, buscam

Com o objetivo de conhecer os desígnios divinos sobre a família, e para ajudá-la a conhecê-los melhor e, assim, corresponder à sua vocação, duzentos e cinquenta e três participan-tes provenientes de todo o mundo, encontraram-se com a finalidade de propor ao mundo de hoje a beleza e os valores da família, que sobressaem do anúncio de Jesus Cristo, que afasta o medo e sustém a esperança. Entre es-ses participantes estavam trinta e oito auditores, dos quais catorze casais.

E vejam que grande honra: um desses casais participantes é o CRSR Brasil, Hermelinda e Arturo. Magnifi-

cat! Antes de embarcar não escondiam a satisfação por participar do Sínodo, e a alegria de, na medida do possível, serem porta-voz do Movimento das ENS.

A nova metodologia interna dos trabalhos tornou a realização mais dinâmica e participativa, atendendo à Igreja que se interroga sobre como realizar a (nova) evangelização da fa-mília nos atuais contextos desafiadores que ela vive, com intervenções e tes-temunhos em vista da segunda etapa, depois da qual será publicado o docu-mento sinodal.

O testemunho do casal Hermelin-da e Arturo foi sobre a Terceira parte do Instrumento de Trabalho (Instru-mentum laboris) do Sínodo, mais es-pecificamente o Capítulo I: “Os desa-fios pastorais a respeito da abertura à vida”.

Em nossa próxima CM, de dezem-bro, eles nos contarão com detalhes essa incrível experiência.

Equipe Carta Mensal

HErMEliNda E arturo partiCipaM do SÍNodo doS BiSpoS

Hermelinda e Arturo em entrevista a TV Vaticano (entrevista pode ser vista no site www.ens.org.br)

12 CM 485

o Reino de Deus. Pelo Batismo, têm uma função ou status sacerdotal, profético e real, com uma missão própria e específica na Igreja. Fazem de toda a sua vida um ato de culto a Deus, anunciam e tornam presente a salvação que vem de Deus. Eles são Igreja e agem como Igreja.

Através de sua vocação, os lei-gos são criaturas novas em Cristo (Gl 6,15; 2Cor 5,17), purificados do pecado e cheios de vida pela Graça. Pelo Batismo, foram gera-dos de novo como filhos e filhas de Deus; estão unidos a Cristo, e são seu Corpo, sua Igreja; ungidos e consagrados pelo Espírito Santo, são templos espirituais.

Os leigos são filhos e filhas no Filho, chamados a viver a mesma vida que Jesus vivia. Como Ele, no rio Jordão (Lc 3,22), os leigos tornam-se também filhos prediletos do Pai. Batizados em Cristo, vestem-se das mesmas atitudes e pensamentos de Cristo, com o seu jeito de ser (Gl 3,27). Tornam-se outro Cristo. Jesus é a pedra angular, e os leigos, batizados e ungidos pelo Espírito, fazem parte do Templo Espiritual.

Transformados e diferentes, pos-suem novos dons e capacidades. Mudaram. Exercem a tríplice missão de Cristo: – Sacerdotal: podem ofe-recer sacrifício e atos de louvor, prin-cipalmente na Eucaristia; – Profético: falam em nome de Deus e dão tes-temunho por seus exemplos; – Real: servem seus irmãos, doando-se to-talmente, como Jesus fez.

– Onde e como os leigos exercem sua missão? Os leigos são a presença da Igreja no coração do mundo e a presença do mundo no coração da Igreja. É lá que vivem, amam, pra-

ticam suas virtudes, atualizam o Evangelho, fazem Cristo presen-te. Compete a eles evangelizar a família, a política, o mundo dos ne-gócios, o campo de educação e da cultura, a sociedade em geral.

O mundo – seus trabalhos, exi-gências, desafios e problemas – não é obstáculo, mas o ambiente e o meio pelo qual os leigos vivem sua vocação. Fiéis à sua missão, eles são chamados por Deus a contribuir como fermento para a santificação do mundo. Isso é possível porque o Espírito Santo os santifica, dando--lhes o poder e a energia suficiente para alcançar este fim.

– Os leigos são chamados à san-tidade. Todos são chamados à santi-dade (1Pd 1,15). Santidade que está radicada no Sacramento do Batismo e é alimentada pela Eucaristia. Sua vida segundo o Espírito leva-os à imitação e ao seguimento de Jesus; eles acolhem e põem em prática as bem-aventuranças, escutam e medi-tam a Palavra de Deus, têm partici-pação ativa e consciente na Liturgia e nos Sacramentos, têm vida de ora-ção pessoal, conjugal e familiar. Têm fome de justiça, praticam um amor universal em todas as circunstâncias e prestam seu serviço aos irmãos, es-pecialmente aos pequeninos, pobres e sofridos.

Se cada batizado, cada leigo, fos-se consciente de sua dignidade, im-portância e status na Igreja – saben-do que não são apenas cristãos, mas se tornam Cristo – como o mundo seria diferente! Melhor!

Pe. Luís Kirchner, redentorista. Colaboração de Pe. Flávio Cavalca,

SCE Eq. Carta Mensal

CM 485 13

Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se en-contra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.

“Todos os fiéis cristãos, de qual-quer estado ou ordem, são cha-mados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (CIC 2013).

Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”.

Sabemos que desde os primei-ros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, bri-lham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e

SolENidadE dE todoS oS SaNtoScom Cristo, formando uma “cons-telação”, já que São João viu: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tri-bos, povos e línguas” (Ap 7,9).

Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casa-dos, mães de família, operários, em-pregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a vi-ver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situa-ções de pecado, profundos arrepen-dimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e in-justiças; tudo isto, e mais o que cons-tituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus” (Ef 2,19).

Neste dia a Mãe Igreja faz este ape-lo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).

Todos os Santos de Deus, rogai por nós

(extraído de http://santo.cancaonova.com/santo/solenidade-de-todos-os-santos)

14 CM 485

ColEgiado NaCioNal 2014

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Conselheiros Espirituais, que abençoaram os trabalhos

“ENS: um dom de Deus para a família”

Nos dias 29, 30 e 31 de agosto, realizou-se o Colegiado Nacional de 2014 da Super-Região Brasil. Esse encontro foi muito especial, pois f izemos a transição da responsabilidade da Super-Re-gião, que ocorre a cada 5 anos.

Mais uma vez, foi realizado na Vila Kostka em Itaici/SP, local per-feito para reflexões. Contou com a participação de equipistas e Sacer-dotes Conselheiros Espirituais, vin-dos de todos os lugares do nosso imenso Brasil, das Províncias e Re-giões do Movimento das ENS. Em-balados nos 3 dias pela música “É bom ter família”, tudo transcorreu num clima de muita serenidade, descontração e integração.

Fomos recebidos com muita alegria pelos nossos irmãos da Super-Região. A cada um que chegava, a alegria do reencontro; aos que se viam pela primeira vez, grandes amigos em instantes.

Muito intenso, o Colegiado foi recheado de momentos de orienta-ção, reflexão, prestação de contas, momentos litúrgicos e discussões em grupo.

A atmosfera permitiu que nos transformássemos em uma grande família.

Após a Celebração Eucarística, presidida pelo Padre Miguel, ini-ciamos os trabalhos recebendo a família mais importante de todas: JESUS, MARIA e JOSÉ. Para re-cebê-los, cada um agitou ruidosa-

mente uma folha branca de sulfite. O barulho representava as dificul-dades para estar lá, nossas preo-cupações, nossos problemas. Em seguida, amassamos as folhas com toda força, entregando tudo nas mãos da Sagrada Família. Desa-massamos as folhas e novamente as agitamos... Agora sem barulho, pois nossas preocupações e pro-blemas estavam sob os cuidados da Sagrada Família.

Como de costume em nos-so Movimento, fomos fortemente apoiados por 35 Sacerdotes Con-selheiros Espirituais, que abençoa-ram os trabalhos.

Naquele final de semana, além da posse de 3 casais provinciais, de 10 casais regionais e da nova equi-pe da Super-Região Brasil, ainda tivemos a despedida, a retrospec-tiva e a passagem dos trabalhos da equipe Super-Região Brasil, as atualizações sobre as Equi-pes de Jovens de Nossa Senhora (EJNS), sobre a Comunidade Nos-sa Senhora da Esperança e sobre o 3º. Encontro Nacional das ENS.

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Cida e Raimundo, CSRB

Hermelinda e Arturo, novo Casal Responsável da Super-Região Brasil

A nova equipe da Super-Região, por intermédio de Hermelinda e Arturo e do Padre Paulo Renato, passou orientações importantes para 2015, bem como o tema que estudaremos no ano vindouro.

• Propiciarmeiosparaaevangeli-zação e a troca de experiências;

• Realizar e celebrar a unidadedo Movimento.O objetivo das ENS é a santi-

ficação dos casais, e o nosso tes-temunho contribui para a difusão dessa espiritualidade.

Fizeram uma retrospectiva de seus cinco anos à frente do Mo-vimento e louvaram e agradece-ram a todos os “sim” que rece-beram em sua jornada.

“E nós, apenas simples servos, fize-mos o que devíamos fazer”. Lc 17, 10.

Orientações para 2015

Para andarmos juntos, na mesma direção, Hermelinda e Arturo apre-sentaram as orientações para 2015.

Advinda do XI Encontro Inter-nacional realizado em Brasília em 2012, a orientação geral “Ousar o Evangelho, ter um coração pleno de amor de Cristo, acolher os ho-mens e cuidar deles, e partir para o mundo a serviço da Igreja” é o ponto de partida para iniciarmos os trabalhos em 2015. Somos con-vidados a sair para evangelizar, a sair ao encontro do Cristo.

Objetivos do Colegiado Nacional/Retrospectiva

“Se fôssemos começar hoje, fa-ríamos tudo de novo”.

Cida e Raimundo iniciaram lem-brando quais os objetivos do Cole-giado:• Animarparaoexercíciodares-

ponsabilidade;• Oferecermeiosparaquecon-

sigam caminhar com discerni-mento;

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Como?1. Amadurecendo nossa fé através

da Escuta da Palavra e Meditação;2. Abrindo a Espiritualidade Con-

jugal à sua própria missão: Es-tudo do Tema do Ano e Leitura das Obras do Pe. Caffarel;

3. Incentivando a unidade na di-versidade: Encontro de Equipes Novas (EEN), Formação Per-manente e Crescer no Amor.Concluindo, Arturo e Herme-

linda fizeram um convite a to-dos: “AMAR MAIS”!

Parece fácil, mas não é. Requer, primeiramente, a graça de DEUS, que nos escolheu! Somos privile-giados.

Tema 2015: DISCERNIR OS SINAIS DOS TEMPOS

As Equipes de Nossa Senhora devem ter consciência de que fa-zem parte deste mundo e procurar meios de responder às mudanças de paradigma da evangelização. Devem, ainda, aumentar o conhe-cimento e a prática de um Deus-Pai que caminha ao nosso lado.

O tema escolhido para 2015 propõe, à luz do Evangelho, a nossa pergunta quanto à evolução atual do mundo, o lugar e papel atribuídos ao homem hoje, e o sentido e dignidade da vida.

Nossos 8 encontros trarão as seguintes motivações:1. Olhar para o mundo de forma

positiva2. Olhar para o mundo em trans-

formação3. Construir a civilização do amor4. O respeito da pessoa humana 5. O pobre amado por Deus6. Estar presente para o outro7. Ser discípulo de Cristo hoje8. A universalidade da mensagem

de CristoConcluindo, em 2015 deve-

mos olhar o mundo de forma po-sitiva, reconhecendo que ele se encontra em construção. Sendo assim, assumamos o protagonis-mo dessa empreitada para cons-truir a civilização do amor que respeita as pessoas, particular-mente os pobres.

Precisamos ser presença na vida dos irmãos, presença de dis-cípulos de Cristo, que nos exige compromisso com toda a huma-nidade, pois a mensagem d’Ele é universal.

Padre Paulo Renato, novo SCE SRB, introduziu o tema que estudaremos em 2015 “Discernir os sinais dos tempos” incialmen-te falando que vivemos uma mu-dança de época, na qual se deixa de lado a preocupação pelo bem comum para dar lugar à realiza-ção imediata dos desejos dos in-divíduos. Abre-se passagem para um novo período da História.

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Secretaria-Tesouraria

Lucita e Marivaldo, que es-tavam se despedindo da mis-são Secretaria/Tesouraria, fize-ram-nos um pequeno relato do grande trabalho que realizaram para nosso Movimento:– Prestação de contas da Super-

Região e da Associação Ami-gos Pe. Caffarel – publicada anualmente na Carta Mensal;

– Atualização do cadastro dos equipistas: casais e SCEs. Da-dos disponibilizados online por meio do Programa Mag-nificat para correspondência, envio da Carta Mensal e con-tribuições.

– Compra de sede própria para o MENS em São Paulo/SP, após consulta à Super-Região e à ERI e aprovação de todas as instâncias;

– Fluxo fácil e rápido dos gastos para locomoção dos Respon-sáveis e para Formação;

– Publicação da Carta Mensal;– Publicação de vários livros e

manuais que foram atualiza-dos.Ao final, Lucita e Marivaldo

apresentaram o novo casal Secre-taria/Tesouraria:

Carta Mensal

Zezinha e Jailson relembraram momentos emocionantes de sua ca-minhada. Suas dificuldades, suces-sos e principalmente todos que co-nheceram em razão da preparação da Carta Mensal: “Compartilhar esse volume de mensagens, reflexões, in-formações de todos os equipistas do Brasil foi muito edificante!”.

Ao final, Zezinha e Jailson apre-sentaram o novo CR Carta Mensal:

Comunicação Externa

Com alegria contagiante, Jus-sara e Daniel nos deixaram uma enorme contribuição: animaram

Cidinha e Vail,de Limeira-SP

Fernanda e Martini, de São José dos Campos-SP

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Inez e Natal, CRP Sul II

a comunicação do nosso Movi-mento com os outros Movimen-tos e serviços, cuidaram do site das ENS, deixando-o sempre atualizado, ficaram atentos aos informativos regionais e seto-riais, blogs, e mantiveram-se sempre preocupados em garantir a unidade do Movimento.

Ao final, Jussara e Daniel apre-sentaram o novo casal comunica-ção:

Cristo, é sustento para a caminha-da diária. “Deus seja o primeiro a ser buscado, o primeiro a ser ama-do, o primeiro a ser servido.” Pe. Caffarel.

Função do Casal Ligação da ERI

Escuta da Palavra

Escutar é mais que ouvir. Ou-vir não compromete. Escutar exige atenção, conhecimento, compro-misso. Escutar a Palavra de Deus exige mais ainda. Ele nos fala atra-vés de muitas coisas mas, princi-palmente, através da Sua Palavra. Escutar a Palavra é alimentar-se de

Graça e Roberto, CL da Zona América

“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali eu estou no meio deles”. Mt 18, 19-20.

Ligação e transitoriedade: dois problemas difíceis para a ERI. A Carta Mensal não é suficiente para estreitar laços. Já dizia o Pe. Caffarel: “Era preciso que, no Mov imento, ao lado dos apontamentos, papéis e avisos, tudo se fizesse no calor dos contatos humanos, na amizade fraterna”. Eis aí o papel fundamental do casal ligação: não deixar que se perca a unidade do Movimento.

O Casal ligação de zona traz a presença da ERI para as diversas regiões e, assim agindo, ajuda-nos a manter a unidade. Do mesmo modo, a transitoriedade contribui para a unidade, colocando novos dons a serviço. Precisamos aprender a servir sem querer nada em troca. Dar-se com amor incondicional.

Cristiane e Brito, de São José dos Campos-SP

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Silvia e Chico, CR da CNSE

CNSE – Comunidade N. S. da Esperança

Quando Deus quer, o homem não pode impedir. Participando do Movimento das ENS, vimos que estava na hora de acolher de forma diferente viúvos e viúvas. O grupo foi sendo organizado com pequenos passos, com auxílio de Dona Nancy Moncau, que costu-mava dizer: “Se Deus abre uma porta, eu entro por ela”.

Hoje, depois de 10 anos de existência, a CNSE está em quase todo o Brasil: 16 estados, 74 ci-dades, 230 grupos, 2.000 pes-soas sós: viúvos, viúvas, solteiros e separados. “É muito importante ajudar a divulgar o Movimento, pois é grande o número de pesso-as que podem se beneficiar dele.”.

mente o recolhimento e a oração. Tinha duas grandes preocupa-ções: o amor humano e o amor de Deus. Trabalhou sempre como um verdadeiro apóstolo, para que todos tivessem com Deus o mes-mo encontro que ele tivera: “Aos vinte anos, Jesus Cristo tornou-se alguém para mim. Oh, nada de espetacular, soube que era ama-do e que amava.”. Iniciou a busca da santidade conjugal juntamente com os casais e alertava para a necessidade de oração individual, em casal e em família: “É preci-so cuidar da alma com o mesmo vigor que cuidamos do nosso cor-po”. Sempre nos lembrava que a única coisa imutável, no Movimen-to, é a espiritualidade dos casais e sua santificação. Assim, afastou-se vislumbrando um novo tempo e dizendo: “Não quero ser a sogra do movimento, sempre metido no meio dos casais!”.

EJNS – Equipes Jovens de Nossa Senhora

Padre Caffarel

Tendo por base o livro “Um ho-mem arrebatado por Deus”, Bete e Carlos, CR da Província Leste, fizeram um retrato do Pe Caffarel. Dono de um olhar penetrante, exigente consigo mesmo e com os outros, perfeccionista e muito organizado, procurava constante-

Lêda e Menezes, casal acompa-nhador nacional das EJNS e Melka Pontes nos falaram desse Movi-mento e suas experiências.

As EJNS existem há mais de 30 anos e estão presentes em vários

Melka Pontes

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vos níveis de responsabilidade: Su-per-Região, Províncias e Regiões, acompanhados de seus Sacerdotes Conselheiros Espirituais.

países. No Brasil, está presente desde 1990 e, atualmente, con-tamos com 200 equipes e 1700 jovens. Melka Pontes, jovem res-ponsável nacional, deu seu tes-temunho e solicitou o apoio das ENS, que são fundamentais para o desenvolvimento das EJNS.

III Encontro Nacional das ENS

Vera e Renato, responsáveis pelo III Encontro Nacional que ocorrerá entre 30/06 e 03/07/2015 em Apa-recida/SP, contaram como andam os preparativos: transporte, acomo-dação, camisetas... tudo pronto. Já estamos sendo esperados.

O Encontro terá como tema “Matrimônio Cristão: festa da alegria e do amor conjugal”.

Vera e Renato, CR III Encontro Nacional

Missa de posse dos CR

Irmãos Equipistas e Sacerdo-tes Conselheiros Espirituais des-te imenso Brasil, vindos de suas respectivas Províncias e Regiões, foram acolhidos carinhosamente, com alegria e emoção para a Ce-lebração Eucarística, que teve um sabor especial, pois novos casais foram empossados na missão de Casais Responsáveis nos respecti-

Os novos casais responsáveis

CR pela Super-Região Brasil Hermelinda e Arturo - Pe. Paulo Renato

15 anos da liderança das ENS prestigiando Hermelinda e Arturo. Cida e Raimundo, Graça e Roberto, Sílvia e Chico

A celebração do mistério Pas-cal, convoca-nos à contínua con-versão, à maturidade na fé e no amor, propondo que ofereçamos nossos talentos e maiores compro-missos na construção do seu Reino.

CM 485 21

CR pela Secretaria e Tesouraria Cidinha e Vail

CR pela Carta MensalFernanda e Martini

CR pela Comunicação Externa Cristiane e Brito

CR pela Província NorteMarilena e Jesus – Pe. Odirley

CR pela Província Sul IIIAdriana e Hudson – Pe. Júnior

CR pela Província Sul ISandra e Valdir – Pe. Otávio

CR pela Região Bahia da Província NordesteVera e Dinézio – Pe. Valter

CR pela Região Ceará II da Província NordesteLiane e Pedro – Pe. Elipmar

22 CM 485

CR pela Região SC I da Província Sul IIIEdilene e Zezinho –Pe. Itamar Boff

CR pela Região Goiás – Sul da Província Cen-tro-Oeste – Rosimeire e Gilson – Pe. José Oslei

CR pela Região Rio III da Província Leste Rosimary e Wladimir – Pe. Adenilson

CR pela Região Rio IV da Província Leste Lúcia e Mário

CR pela Região Rio V da Província Leste Anerilda e Gilson

CR pela Região Minas V da Província Leste Geneci e Vilson – Pe. Ulysses

CR pela Região SP Centro II da Província Sul I – Nilva e Remo – Pe. Luís Carlos

CR pela Região SP Leste da Província Sul II – Luceny e Hilário – Pe. Edson Maurício

CM 485 23

Os casais assumiram a responsa-bilidade de animar e zelar pela uni-dade das Equipes de Nossa Senho-ra nas suas respectivas Províncias e Regiões e comprometeram-se, com a graça de Deus, a zelar pelo carisma fundador, a aprofundar-se no espírito e na mística do Movi-mento, promovendo a unidade de seus membros e sua participação efetiva na Igreja, colocando-se hu-mildemente em espírito de serviço e disponibilidade para responder às necessidades do Movimento, prometendo trabalhar em colegia-lidade, não tomando decisões iso-ladas, buscando formar verdadeiras comunidades responsáveis de fé e de oração, de ajuda mútua e de partilha, abertos ao discernimento comunitário do Espírito Santo.

Convivência

Além de estudar e rezar, tive-mos nosso momento de descon-tração com muita alegria.

As lideranças de todas as pro-víncias estavam lá representadas:

Província Norte

Província Leste

Província Centro-Oeste

Todos muito animados

Província Nordeste

24 CM 485

Encerramento

Hermelinda e Arturo agradece-ram aos casais responsáveis e de apoio e ao querido “filho” Padre Miguel, que deixam a Missão à qual se dedicaram intensamente e com muita competência e alegria, na condução da Super-Região Brasil nesses cinco anos que pas-

Província Sul I

Província Sul II

Província Sul III

saram. Que Deus vos abençoe sempre!

Agradeceram e homenagearam os casais e SCEs que não estarão aqui conosco no próximo ano. Em nome das ENS, agradeceram a to-dos pelo trabalho e empenho em servir ao Movimento, pela dedi-cação e pelo carinho dos irmãos, pois sabemos que foram movidos pelo amor a Deus!

Agradeceram a presença cari-nhosa, discreta e amiga dos nossos queridos irmãos Graça e Roberto, nosso CL da Zona América, dese-jando: “Que Deus continue aben-çoando o vosso trabalho de zelar pela unidade na diversidade”.

Demonstraram sua felicidade e renovação por esses dias em que tivemos momentos de reflexão, oração, comunhão e alegria, em que testemunhamos como as ENS são “um dom de Deus para as fa-mílias”, ao mesmo tempo em que refletimos que “é preciso discernir os sinais dos tempos”, num mundo que “clama pela vida”.

E, para reforçar, Padre Caffarel já dizia: “Sejam vocês os missioná-rios desta espiritualidade conjugal que lhes dá vida”. Tão atual, real-mente um homem arrebatado por Deus e à frente do seu tempo. Foi com muita alegria que Hermelin-da e Arturo comunicaram a todos que o seu processo de beatificação entra numa nova etapa, que terá início solenemente no dia 18/10, numa celebração eucarística em ação de graças, em Paris e também pediram que nesse dia todos este-jamos unidos em orações, vigílias e celebrações.

CM 485 25

Mãos à obra! O céu não é lugar nem de covarde e nem de preguiçoso!

Já dizia um brilhante pensador, presente no Colegiado: “Quem não serve, não serve!” (Padre Flávio Cavalca).

Encerrando, agradeceram a todos os Casais e SCEs presentes e oferece-

ram como lembrança do Colegiado o livro Crescer no Amor, que é uma das nossas ações para 2015.

“Estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança” (1Pd 3,15).

Equipe Carta Mensal

RETIRO DO SETOR NORTE III CRUZ/CE

Nos dias 29, 30 e 31 de agosto 2014, aconteceu o retiro em nosso Setor. Buscar um tempo para si mes-mo junto ao Bom Deus! Este foi o objetivo. Vivemos em um mundo de grande velocidade de informações e muitos compromissos, mas isto não nos impede de nos retirar, se tiver-mos vontade de participar.

Uns dizem não ter tempo, outros alegam qualquer motivo, não mos-tram interesse em participar. Na re-alidade, o tempo somos nós quem disponibilizamos e, se não tivermos esse tempo para Deus, a morte espi-ritual é absolutamente certa! De fato quem não participou, muito perdeu!

Já participamos de muitos reti-ros no decorrer desses 19 anos em que pertencemos ao Movimento. Cada um é diferente, cada prega-dor tem sua metodologia própria e sua sabedoria.

Conduzido pelo Espírito Santo, o padre Cláudio, de Ibiapina, chegou surpreendendo a todos com seu jei-to cativante e manso de falar e, com muita sabedoria, conquistou os ca-

sais. Na abertura, fez um Ato Peni-tencial onde pudemos refletir sobre nós mesmos, sobre nossa condição de vida, sobre como estamos viven-do. Questionamentos que puderam ser respondidos no silêncio da ora-ção e de um aproximar-se mais in-tenso do Senhor.

No sábado, abertura com a San-ta Missa e, no decorrer do dia, colo-cações bastante intensas e tocantes para a vida do casal, vida em fa-mília, vida do Movimento. Sempre intercaladas com momentos de ora-ção, momentos de deserto pessoal e em casal. No fim da tarde, outro momento emocionante: a Adora-ção ao Santíssimo. Os casais sen-tiram a presença real de Jesus na Hóstia Consagrada. Cada ser hu-mano traz, no seu coração, a marca de pertença ao Senhor Deus, a atra-ção do seu amor infinito. O dia foi encerrado com um momento ilumi-nado na capela: cada um acendeu uma vela e cada casal relembrou o seu primeiro encontro.

No domingo, mais bênçãos com a presença de padre Fábio Mota, conselheiro do Setor, e de Padre

PROVÍNCIA NORDESTE

atividadES NaS provÍNCiaS

26 CM 485

Valdery da Rocha, pároco de Cruz e também Conselheiro.

O Retiro é fonte de saúde espiritual, emocional e física. Bus-car participar desses momentos é crescer na Graça e na sabedoria do Espírito. Nada mais importante do que a nossa comunhão com Deus.

Só temos que agradecer a Deus por esse momento tão especial em nossas vidas; ao padre Cláudio, pregador que veio de tão longe;

ao casal Setor Helena e Edmilson, que muito trabalharam para que tudo pudesse acontecer, e ao casal anfitrião Rosângela e Fabrício, que nos acolheu tão bem no seu sítio. E também aos 30 casais que par-ticiparam.

O retiro espiritual é Graça abun-dante para todo o nosso ser.

Meiry e Raimundinho.Eq.01 - N. S. das Graças.

Cruz-CE

PROVÍNCIA NORTE

ENVELHECER OUSANDO O EVANGELHO! Casais equipistas mais idosos

de Belém, Setores A, B e C, Re-gião Norte II, participaram, em 30 de agosto, de um encontro sobre o documento da ERI “As Equipes de Nossa Senhora e os seus membros mais idosos”, em clima de muita integração e parti-cipação ativa dos casais e viúvas maiores de 60 anos, que atende-ram ao convite recebido desses Setores. Foi o primeiro encontro com esta característica na Região, e contou com a participação de 34 casais e quatro viúvas.

O encontro iniciou com um momento de oração, no qual o SCE Pe. Lucivaldo Corrêa fez uma bela reflexão sobre a fecun-didade dos idosos na Sagrada Escritura. Seguiu-se um flash do documento da ERI.

Os Grupos, à luz do documen-to, responderam às questões: (1) Em função da idade, percebem alguma dificuldade para viver a espiritualidade das Equipes de

Nossa Senhora? Quais? e (2) Que sugestões esta Equipe Mista pode oferecer ao Movimento em Be-lém? Após o lanche, num Fórum, foram apresentadas as respostas.

À primeira questão, foram des-tacados: a dificuldade física da idade em se deslocar para even-tos, reuniões, inclusive retiros; a dificuldade em aceitar a própria idade; o horário das reuniões e eventos; a segurança. Mas, sobre a disposição em seguir na práti-ca da espiritualidade conjugal, todos manifestaram sua firme convicção de trilhar este caminho de santidade: o envelhecimento é graça de Deus!

As sugestões centraram-se principalmente nos seguintes pon-tos: escolha de locais de melhor acessibilidade; maior assistência a viúvos e viúvas para que não deixem o Movimento; completar Equipes de idosos com casais de faixa etária próxima; os idosos, na medida de suas possibilida-des, colocarem-se à disposição em suas paróquias para trabalhar

CM 485 27

à participação dos idosos na vida do Movimento e na caminha-da na Espiritualidade Conju-gal (“quem encontrou Cristo, quem ama Cristo, nunca enve-lhece!”), desafiando-nos a ou-sar o Evangelho.

Rita e FernandoCR Setor B

Belém-PA

na catequese de adultos; criação de Retiros só para idosos, com flexibilidade de horários; criar uma grande espiritualidade so-mente para os idosos; transpor-te coletivo (van) para Retiros; dinâmica motivacional para idosos.

O padre Lucivaldo, que acom-panhou todo o Encontro, encer-rou com palavras de entusiasmo

PROVÍNCIA SUL II

UM RETIRO PRÁ LÁ DE ESPECIAL!“Aprendei a estar vazios de todas as coisas,

tanto interiores como exteriores, e vereis como eu sou Deus” São João da Cruz

Movidos pelo ditado acima e à vista do tema de estudo deste ano, Ousar o Evangelho... Aco-lher e cuidar dos homens, nós, os casais que compõem o Setor Brotas/Torrinha, participamos do Retiro Anual nos dias 23 e 24 de agosto, no Salão de Eventos da Vila Vicentina, em Brotas.

Pregado pelo Padre Salesiano Luilton Pouso, não quis ser sim-plesmente um Ponto Concreto de

Esforço, mas sim um tempo pri-vilegiado de deserto, de silêncio, um tempo para uma forte experi-ência de Deus, e uma oportuni-dade de crescimento rumo à nos-sa santificação. Tempo de jejum de palavras para que fluísse a fartura da escuta da voz de Deus, que só nos fala no nosso silêncio.

Os casais retirantes, por volta de quarenta, foram convidados a fazer uma viagem de trem, cujo

28 CM 485

rEuNião MiSta: a FESta do ENCoNtro

maquinista é Jesus. A cada est a -ção, novos passageiros se junta-riam, outros desceriam, e essas atitudes os levariam a meditar mais profundamente o ser cris-tão como casais e integrantes das Equipes de Nossa Senhora.

Antes de iniciarem essa via-gem, foi proposto cultivar o si-lêncio, sem o qual jamais pode-riam entender o que esse retiro quis transmitir.

As conferências, brilhante-mente explanadas pelo expe-riente pregador, Pe. Luilton, to-das elas com aproximadamente sessenta minutos, colocaram os passageiros dessa rica viagem em sintonia com o maquinista desse trem, levando-os a uma

meditação profunda que forta-lece sua caminhada como casal cristão integrante das Equipes de Nossa Senhora.

Essas conferências basearam-se nos seguintes personagens bíblicos: Zaqueu, Marta e Maria, e o Bom Samaritano, assim como na passagem das Bodas de Caná.

Merecem destaque ainda nes-se retiro a Vigília de Adoração ao Santíssimo e a Missa de Encerra-mento.

Parabéns Setor Brotas/Torri-nha.

Obrigado Padre Luilton.Leda Aparecida e José Eugênio

Eq.01 – N. S. Aparecida Setor Brotas-Torrinha

Em meados de junho come--çamos a preparar a pauta da reunião de setor de julho. Verifi-cando o calendário, deparamo--nos com a reunião mista. Pega-mos os dados do ano passado (carta-convite, roteiro, quadro para distribuição das equipes), tudo pronto, vamos para a reu-nião de setor. Quando chegamos ao assunto da reunião mista, to-dos se animam.

O SCE do Setor, Pe. Alessan-dro Coelho, com sua sabedoria e espiritualidade, ajudou-nos na escolha do tema da reunião, que logo foi aprovado por todos e, assim, começamos a distr i-buição das equipes. Colocamos os nomes dos CRE num papel, pois são eles que irão receber os

casais e preparar a reunião jun-tamente com um SCE, também sorteado. Dividimos o número de casais do setor pelo número de equipes que se formaram. Em seguida começamos o sorteio dos casais, ansiosos, querendo saber quem vai aonde e com quem. É uma animação total, tudo feito com muita disponibilidade e cari-nho, pois sabemos quão frutuosa é uma experiência como esta.

Os casais de nosso setor aguar-dam esta reunião com muita ale-gria e expectativa, é momento especial de encontro e unidade com outros casais das ENS. E assim temos conseguido quase 100% de participação. Pedimos aos CL e aos CRE que não divul-guem quem vai com quem. Esse

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mistério os deixa curiosos e ani-mados à espera da carta-convite. E o recebimento do convite não significa que a curiosidade pas-sou, pois ainda não sabem quais casais estarão na reunião.

Esta é a chave de leitura que abre a convivência entre os casais do nosso Movimento. Naquele mês, acolhemos o dom e a tare-fa da dinâmica do ser equipista com outros casais, que vivem o mesmo carisma e são conduzidos pelo Espírito Santo, que nunca falta em nossa reuniões. Abrimo-nos ao novo.

Acolhemos casais que conhe-cemos “de vista”, ou pouco co-nhecemos e que, ao sentarem-se à mesa, partilham os mesmos dramas, alegrias e esperanças. Saímos do anonimato, das ima-gens pré-concebidas, superamos

preconceitos e passamos a nos olhar de maneira diferente. Ou-vimos a reflexão de outro SCE e nos encantamos mais uma vez com a riqueza da intuição de Pe. Caffarel: unir dois sacramentos, um a serviço do outro. Tudo vai-nos envolvendo e nem percebe-mos que estamos com irmãos de outras equipes. A graça do en-contro transborda e torna-se co-munhão.

A reunião mista tornou-se ne-cessária em nosso Setor. Ela nos ajuda no crescimento humano e espiritual, e é uma chance única de estarmos juntos em reunião celebrando a graça de fazer parte deste Movimento.

“Como é bom e agradável vive-rem unidos os irmãos”. (Sl 133, 1)

Marly e Lincoln e Pe Alessandro.Setor Caraguatatuba-SP

rEuNião dE BalaNço “Em obediência à verdade, vos purificastes para praticardes um

amor fraterno e sincero. Amai-vos, pois, uns aos outros ardentemen-te, do fundo do coração. Fostes regenerados, não de uma semente corruptível, mas pela palavra de Deus, semente incorruptível, viva e eterna”.

(1Pd 1, 22-23)

Quando chega novembro, é hora de nossa Reunião de Balan-ço anual. Momento especialíssimo para a caridade fraterna invadir-nos e... deixarmo-nos invadir!

Grandes expectativas e um cer-to “talvez seja hora de colocar tudo em pratos limpos”, “agora irão me ouvir...”, “ sou péssimo, fomos fa-lhos, melhor...”. Tantas exclama-ções vazias que o melhor mesmo é

jogá-las ao vento. O amor e sempre o amor deverá ser o condutor de nossa Reunião de Balanço. A Ca-ridade Fraterna será nosso apoio e conselheira.

E, se é preciso colocar ações concretas, lá vão:– que vantagem excelente a meto-

dologia do MENS apresenta-nos para fazer o Balanço do ano que passou;

– do mesmo modo que fazemos no Dever de Sentar-se, a equi-pe procurará olhar o passado em vista do futuro;

– o Balanço será preparado pela reflexão de cada um sobre o ano e os progressos realizados;

– a Reunião será acompanhada-com muita atenção por todos e de modo especial por dois CRE: um recém-eleito, por von-tade do Espírito e o outro que serviu o ano todo por amor e só por amor;

– é aconselhável considerar as Orientações para o ano em exercício, o PCE do ano – Re-tiro, os esforços realizados, as aquisições e não somente as fraquezas;

– as sugestões de cada um serão cuidadosamente anotadas, es-tudadas pelo CRE e SCE/AE e apresentadas na Reunião de Planejamento do próximo ano;

– simplicidade de objetivos, sin-ceridade e honestidade íntima são premissas. A meta é a pro-gressão espiritual de todos e a

santificação do casal.Os lembretes ficam nas refle-

xões de Caffarel: conhecer e dar-se a conhecer; carregar os fardos uns dos outros: “dedicar-se, dedicar-se aos irmãos como a gente se dedica a Deus”; dar e pedir: a equipe exi-ge muitas vezes que sacrifiquemos gostos, vontades, preferências pes-soais – “recuar ante as exigências é fraquejar no amor”.

E... nas condições necessárias para uma correção fraterna: pru-dência e preparação, humildade e desejo de aperfeiçoamento, ver-dadeira caridade, verdade: não se trata de dizer tudo que pensamos, mas, de sermos verdadeiros em tudo que dizemos.

“É Deus quem revela quem so-mos

Javé, tu me sondas e me co-nheces” Sl 139 (138), 1

Magnificat!Ótima Reunião de Balanço

para todos! Equipe Carta Mensal

Fontes: ‘Vem e segue-me’, Guia das ENS

Acesse nosso siteveja como está rico

e dinâmico em informações,agora também

a Carta Mensal Digital, disponível sempreno início do mês!

www.ens.org.br

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É preciso que a caridade frater-na progrida sempre em suas Equi-pes.

Quando os casais se empenham no auxílio mútuo e no amor frater-no, seus corações se alargam, pou-co a pouco. De próximo em pró-ximo, seu amor alcança a casa, o quarteirão, o país... até chegar às paragens mais longínquas.

Construir uma igreja é importan-te dia e noite, pois Cristo eucarísti-co permanecerá nela. Igualmente necessário à cristandade possuir equipes de caridade: é um outro modo de tornar Cristo presente entre os homens. “Deus está onde existe amor fraterno”, canta a litur-gia da quinta-feira santa. “Quando dois ou três estiverem reunidos em meu nome”, promete Jesus Cristo, “estarei presente entre eles”.

Presença de Cristo; portan-to, presença da Igreja. Onde os cristãos se amam, aí está a Igreja. Com a condição, entretanto, que essa pequena comunidade queira estar presente na Igreja, a serviço da Igreja.

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do

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entoÊxito da CaridadE1

Editorial Pe. Henri Caffarel carta Mensal nº 1, mar/abr 59, Ano VII

O poder de intercessão dos cris-tãos, quando estão reunidos, tem uma força extraordinária: “se dois dentre vós na terra combinam para pedir o que quer que seja, em ver-dade, vai obtê-lo de meu Pai que está no Céu”.

O amor fraterno tem uma fe-cundidade excepcional. Onde o mal regride, o deserto começa a florescer. Dizia-me um vigário de subúrbio: “quando uma rua de mi-nha paróquia está muito contami-nada, peço às famílias cristãs que aí se estabeleçam (era antes de guer-ra), e que ofereçam simplesmente o testemunho de seu amor fraternal. No fim de seis meses os moradores da rua respiram ares novos”.

Uma comunidade fraterna é uma mensagem de Deus aos ho-mens. Sua mensagem mais impor-tante é a que revela a vida íntima de Deus, sua vida trinitária. O tes-temunho de cristãos que “são um”, como o Pai e o Filho são um, é a mais eloquente e persuasiva alocu-ção sobre Deus.

Nada glorifica mais do que cris-tãos unidos. É a grande obra pri-ma da graça divina. Deus tem aí as suas delícias, encontrando aí refle-xos de sua vida trinitária. “Os céus cantam a glória de Deus”, o amor fraterno canta o amor eterno.

Seja portanto sua obsessão, fa-zer de sua Equipe um êxito da Ca-ridade.

Pe. Caffarel

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No mundo do “romantismo” religioso, tudo parece rosas, lin-das e de odor agradável. Todos buscando a Vontade de Deus, a verdade sobre si e a Comunhão: o céu na terra. E isto é possível? Certamente que sim, pois não são metas, mas atitudes a serem vivenciadas no esforço, na ten-dência à santidade, ao amor que renova todas as coisas. O que, na pedagogia do Movimento das ENS, é proposto nas famosas “Três Atitudes”.

Por outro lado, no mundo real da santificação diária, há mo-mentos – e não são poucos – em que nos esquecemos do exercício das atitudes cristãs ou, mesmo nos esforçando, caímos em der-rocada: os espinhos, as pedras no caminho, a dúvida. Foi daí que me veio escrever/partilhar essa reflexão sobre a verdade que nos “condena”, a dificuldade em con-viver de forma cristã com nossos erros – e os dos outros.

Como todos os seres huma-nos, podemos, infelizmente, ser protagonistas de atitudes não cristãs. Sabemos que a busca/esforço é o nosso caminhar para o encontro de Nosso Senhor. Contudo, não é pouco comum querermos abandonar o caminho quando nos deparamos com nos-sos erros, quando fazemos nossa vontade em detrimento da vonta-de de Deus, do amor e da comu-

nhão. E o pior: quando a “verda-de” nos “condena”.

Parece que, nesses momentos, a desesperança ou a preservação da nossa honra quer falar mais alto. Como é difícil admitir que erramos, que não somos tão bons quanto queremos parecer ou ser! Os que não conhecem Jesus não entendem a seguinte exclamação: “Isto é maravilhoso!!!!”, porque você reconhece que errou e que é humano, necessitado de ajuda, que está sofrendo por causa da consequência de suas atitudes. O Nosso Senhor estará ao seu lado a acolhê-lo e a renová-lo, pois foi para essas pessoas que Ele veio: os doentes e pecadores.

E do lado de lá? Dos que ob-servam o erro, a queda, a fraque-za do outro, são chamados a fazer o quê? A viver as três atitudes su-geridas pelo Movimento das ENS com mais intensidade, buscando “OUSAR O EVANGELHO”, aco-lhendo esses irmãos e cuidando deles, sejam eles nossos irmãos de Equipe ou os que estão em funções de coordenação dentro do Movimento. Isso deve ocorrer também dentro de casa, no tra-balho e no mundo em geral.

Se, para quem cai, a tentação é fugir, abandonar o esforço de crescimento por causa do medo de ser condenado pelos outros ou passar a imagem de fraco e imperfeito, para os que observam

Test

emu

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o E QuaNdo a vErdadE NoS CoNdENa? Fugir?

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o erro do outro, a tentação é mais sutil e perigosa. Por estar de fora do erro do outro, pegando o outro em queda, principalmente quan-do o outro não é “um dos nossos” (alguém de quem não gostamos) ou “superior” (por um serviço de coordenação), somos tentados a não aplicar a misericórdia. Sen-tindo-nos como representantes da imagem de “santidade”, fica-mos a apontar o dedo da recrimi-nação, difamação e condenação. Atitudes reprimidas de forma ve-emente por Jesus Cristo.

Não será por causa disto que nossas partilhas e coparticipa-ções são muitas vezes sem sal, sem profundidade, apenas uma

retórica sem vida? E mesmo após longos anos de caminhada não nos sentimos irmãos e acolhidos na Equipe? Ou até nos surpreen-de a saída de alguns equipistas do Movimento?

Que Deus nos ajude a superar o medo e o impulso de fugir dos momentos em que precisamos pedir perdão! E que possamos “Ousar o Evangelho” até mes-mo quando precisamos revelar nossos er ros, retomando hu-mildemente o caminho da san-tidade.

José Roberto da EmíliaEq.31B – N. S. da Paz

Região Ceará I

tEStEMuNHo dE uM CaSal idoSo

Desejamos enfatizar o papel de-sempenhado pelas ENS em nossas vidas pelos ensinamentos recebi-dos nesses mais de 50 anos (desde 1958) de pertença ao Movimento, seja pelo estudo aprofundado dos documentos do magistério eclesial, seja pelas orientações e experiên-cia na vivência cotidiana, fruto da contribuição de casais do mundo inteiro. Por estarmos casados há

mais de 60 anos (desde 1951), queremos que o presente testemu-nho seja uma oblação de agradeci-mento pelo muito que recebemos e pouco retribuímos.

Não menos valiosa é a ajuda mútua, que não deve ser subes-timada. É a opinião de nosso Bento XVI. Ainda cardeal, o jorna-lista que o entrevistava perguntou a Sua Eminência: “Aquele que vive firmemente de acordo com a moral sexual católica está imunizado con-tra essas tentações?”. Conhecedor experiente das dificuldades do ca-samento monogâmico indissolúvel no decorrer da vivência duradou-ra, após diversas considerações ele conclui respondendo que nas co-munidades de fé viva, na qual as pessoas se apoiam mutuamente,

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chegam a um encorajamento que os leva a viverem bem o próprio matrimônio. Por essa razão, por questão de justiça, agradecemos a ajuda mútua que os membros da equipe de base dispensaram em nossas vidas.

Não podemos omitir nossos agradecimentos aos nossos quatro sacerdotes conselheiros espirituais que, em certo sentido, não se des-vincularam do nosso Movimento, pois se perpetuam em nossas ora-ções como integrantes da equipe celeste. Finalmente, um agrade-cimento especial ao nosso atual

SCE, frei Lino de Oliveira, extre-mamente dedicado ao Movimen-to, profundo estudioso e conhe-cedor do carisma e da mística das ENS, sempre disponível a aten-der os membros da nossa equipe.

Encerramos nosso testemunho agradecendo e louvando de modo muito especial a Nossa Senhora, nossa padroeira, pela indispensá-vel perseverança nos caminhos de Deus...

Idalina e Fernando Eq.01 – N.S. do Monte Serrate

(desde 1958) Santos-SP

Completando 40 anos de casados, partilhamos com vocês um modelo de Oração Conjugal - que já usa-mos.(Marido e mulher ficam de frente um para o outro e se dão as mãos)Mulher: (Falar o nome do esposo), coloco-me à sua frente, com toda a minha realidade interior, mi-nhas características femininas, meu modo pessoal de viver no mundo e de adorar a Deus.Homem: (Falar o nome da espo-sa), coloco-me à sua frente, com meu impulso mascul ino, meus sentimentos mais profundos, meu comportamento tão pessoal no mundo e meu modo de adorar a Deus.Os dois: Juntos, unidos pela mes-ma fé, marcados pelo mesmo sinal do Batismo, nos aproximamos para louvar a Deus e dar testemu-nho de nosso amor.

oração do CaSal: “Digo Sim à sua realidade”

Fazemos isso na presença de nos-sos amigos e dizemos Sim: Sim às nossas realidades pessoais, Sim às nossas diferenças.Dizemos Sim ao nosso testemunho individual de fé, ao nosso testemu-nho comum de fé.Dizemos Sim aos filhos que acolhe-mos, dizemos Sim ao nosso traba-lho, dizemos Sim à nossa família e aos nossos amigos.E por tudo isso, louvamos a ti, Se-nhor, e agradecemos todos estes dons, que nos concedes:nossa fé, nossos irmãos e amigos, nos-sa família e nosso trabalho.Nós te bendizemos por tudo isso e te glorificamos.

Glória a ti, Pai.Aleluia. Amém

Salma e Paulo EQ.01B – N. S. da Esperança

São José dos Campos-SP

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Equipes Mistas: uma experi-ência gratificante através da qual pudemos conhecer um pouco mais os nossos irmãos equipistas, além de praticar e receber uma entre ajuda fora do âmbito de nossa Equipe de Base. No calendário de atividades do nosso Setor, o último final de semana de junho foi reservado para viven-ciarmos esta oportunidade ímpar. Mas como fazer para motivarmos a participação efetiva dos casais? Le-vamos este desafio para o nosso Co-legiado do Setor e, após uma rodada de sugestões identificamos alguns pontos que julgamos relevantes para uma adequada preparação e uma boa execução desta reunião:•O tema deve ser atual e cativante,

para isto nosso SCES nos auxi-liou com um texto da Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”;•Optamos por realizar as reuniões de

maneira similar às reuniões men-sais das Equipes de Base, ou seja, com número de até sete casais;•Buscamos assegurar a participa-

ção de um SCE ou de um AET em todas as reuniões;•Convidamos para serem anima-

dores da reunião os casais que não tinham tido a oportunidade de conduzir uma reunião mista;•Pedimos um gesto concreto para

cada casal, que consistia em tra-zer um pacote de fraldas descar-tável para recém-nascidos, que foram doadas a uma instituição de caridade que prepara enxovais de bebê para famílias carentes.

NoSSa últiMa ExpEriÊNCia daS EQuipES MiStaS

Olhando esses itens, vocês po-dem nos questionar: Não tem ne-nhuma novidade? É, não tem mes-mo novidade. Mas conseguimos a participação de 68 casais - 90% do nosso Setor. Realizamos treze reuniões de Equipes Mistas, sendo nove delas na sexta-feira e quatro no sábado. Nesta empreitada tive-mos SCE´s que participaram nos dois dias. No passado sempre mon-távamos as Reuniões Mistas com mais do que sete casais. Este ponto implicava em reuniões que sempre aconteciam nas mesmas casas, por termos a necessidade de um local viável para a acomodação. Com a premissa de até sete casais, elimi-namos toda e qualquer restrição de casais hospedeiros. Outro fator im-pulsionador foi a participação dos casais animadores, pois consegui-mos despertá-los para a grandeza do acolhimento. Conseguimos ar-recadar 2060 fraldas para doação. Através dos relatórios de avaliação comprovamos que o tema da reu-nião foi interessante, devidamente debatido e em tempo adequado. Sabemos que cada Setor tem sua identidade e peculiaridades ineren-tes à caminhada de MENS. Nosso relato apenas buscar mostrar uma simples experiência que rendeu muitos frutos, sem nenhuma pre-tensão.

Um abraço fraterno,

Lúcia e José Farat Eq.04 - N. S. do Carmo

Caçapava-SP

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• Bem-aventurados os casais que fielmente fazem a ESCUTA DA PALAVRA de Deus, porque serão ali-mentados, iluminados e fortalecidos no Espírito.

• Bem-aventurados os casais que fazem da MEDITA-ÇÃO da Palavra de Deus uma prática diária em suas vidas porque, meditando e esperando no Senhor, po-dem compreender e discernir o que Deus lhes fala ao coração.

• Bem-aventurados esposa e esposo que fazem a ORA-ÇÃO CONJUGAL todos os dias, porque serão con-duzidos a uma vida de maior comunhão e auxílio mútuo.

• Bem-aventurados os cônjuges que se esforçam a as-sumirem uma REGRA DE VIDA pessoal, conjugal e familiar, porque irão progredir no crescimento espi-ritual e humano para serem melhores e mais santos.

• Bem-aventurados marido e mulher que, ao fazerem o DEVER DE SENTAR-SE, aceitam com bondade e caridade as necessidades do outro porque, inspira-dos pelo Espírito Santo, saem fortalecidos na fé e no amor.

• Bem-aventurados os casais que a cada ano fazem um RETIRO espiritual, porque é um tempo para refletir sobre suas vidas na presença de Deus.

Angela e AglalbertoEq.75H - N. S. da Confiança

Fortaleza-CE

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REGRAS DO CASALDA FAMÍLIA,

DE CONVIVÊNCIA,DE TOLERÂNCIA,

DE ALEGRIAE DE VIDA

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Conhecemos a importância que Padre Caffarel atribuía à oração. Consagrou toda a sua vida a ela. Ensinou-nos a aproxi-mar-nos dela com amor. Sempre enfatizou a necessidade desse encontro com o Senhor.

Foi esta atenção para com a oração que o levou a entregar a direção do Movimento das Equipes de Nossa Senhora, para consagrar totalmente seus últimos anos a este tempo tão forte e fundamental da vida cristã, em Troussures.

Aprender a orar, saber orar, fazer de nossa vida uma oração, aí está com certeza um objetivo para o nosso crescimento. Pois sabemos que é ali, nesse momento de encontro misterioso e in-tenso com o Senhor, que nossa fé acontece.

Há um aspecto que Padre Caffarel pôs em evidência numa de suas cartas, que permite dar-se um sentido renovado à oração e de aproximar-se de Deus com uma confiança toda especial.

“Você é esperado por Deus!”, lembrava-nos Pe. Caffarel. Sa-bemos que Deus nos espera a cada momento. A cada momento de nossa vida, Deus nos espera, a cada momento de nosso dia.

Essa certeza deve acompanharnos permanentemente e deve nos levar a viver nossos momentos de oração com mais simpli-cidade e mais alegria.

Como não ir com serenidade ao encontro d’Aquele que nos espera com paciência, com tranqüilidade, com serenidade? Como não estarmos prontos para Lhe falar, para Lhe desvendar e para Lhe confiar todo o nosso ser? Ele está aí, esperando, sim-plesmente para nos acolher com amor.

Nossa “vida” se desenrola na “espera”, na esperança e na fé de que aquilo que esperamos em nossos projetos vai se realizar. A fé também é uma grande espera, espera do Senhor e de seu Reino que vem. Jesus, em sua vida humana, preencheu conti-nuamente a espera dos outros: Ele devolveu a esperança, fez renascer a confiança, curou as feridas, amou.

Padre Caffarel nos lembra: “Você é esperado por Deus. Ele está aí para lhe dar nova esperança, para lhe dar confiança, para curar suas feridas, para preencher seus vazios.”

E a oração torna-se vida. Maria Carla e Carlo Volpini

CR ERI 2006-2012Editorial Boletim Amigos Caffarel – nº 4

a MENSagEMdE padrE CaFFarEl SoBrE a oração

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Sou Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão desde 2003 e comecei a fazer Celebra-ções da Palavra desde o início da minha missão. Comecei a obser-var que muitas pessoas não pres-tavam atenção às minhas homi-lias. Isso me deixava angustiado porque não estava alcançando os meus objetivos na evangeliza-ção. Fiz alguns cursos sobre co-municação, procurei ler e estu-dar mais, contar historinhas que se encaixassem na Liturgia do dia, mas o problema continuava.

Por sorte, descobri uma infor-mação sobre uma pesquisa feita pela CNBB, que revelava que cerca de 85% da assembleia não se lembrava das leituras procla-madas durante a missa. Fiquei mais aliviado, pois concluí que o problema não era só meu, era estrutural, mas continuei incon-formado com a enorme quanti-dade de sementes perdidas nas homilias do mundo inteiro.

Comecei a me fiscalizar du-rante as missas: ao término das homilias eu me perguntava quais tinham sido as leituras do dia, de que tema tratavam, se o prega-dor tinha abordado todas elas e fiquei estarrecido quando ob-servei que eu também estava no meio dos 85% que não presta-vam atenção às leituras e me vi entre os nove leprosos que deram as costas a Jesus e não voltaram para agradecer após serem cura-dos. Essa descoberta me levou a exercer um maior controle sobre

os meus pensamentos e passei a escutar o Evangelho de mãos postas, não para parecer piedo-so perante a assembleia, mas para acorrentar os meus pensa-mentos, para domá-los, já que são de difícil controle.

Foi aí que descobri a grande diferença entre OUVIR e ESCU-TAR A PALAVRA DE DEUS. O termo “ouvir” significa “enten-der, perceber pelo sentido do ouvi-do”, enquanto o termo “escutar” significa “prestar atenção para ouvir; dar atenção a”. Desta ma-neira, ouvir está relacionado ao sentido da audição, enquanto que escutar é prestar atenção ao que se está ouvindo (Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa).

Quando simplesmente ou-vimos algo sem a devida atenção, facilmente esquecemos e, indireta-mente, estamos dizendo que aqui-lo não é importante para nós. Em contrapartida, quando escutamos algo, prestando atenção e medi-tando no que foi ouvido, gravamos na memória a mensagem. Assim é também com a Palavra de Deus. Se tanta gente nas missas apenas OUVE, mas não ESCUTA, é in-concebível, é inadmissível que nós, equipistas, façamos o mesmo. A quem mais se dá, mais se cobra. Afinal de contas, a Escuta da Pa-lavra é o nosso PCE alicerce. É a nossa principal ferramenta espiri-tual. Se a Palavra não for bem es-cutada, toda a estrutura dos outros PCE será prejudicada.

a ESCuta da palavra

CM 485 39

Se o nosso tema deste ano é OUSAR O EVANGELHO, como atingiremos esse objetivo se ape-nas ouvimos e não escutamos? E não é exagero dizer que muitos ficam tão distraídos durante as leituras da Palavra que sequer ouvem, muito menos escutam. Vão fazer o quê nos eventos onde há celebrações da Palavra?

Mas, temos condições de rever-ter essa situação. Que cada equi-pista estabeleça uma REGRA DE VIDA para escutar a Palavra com a máxima atenção. Deve-se man-ter vigilância para não relaxar.

Se todos nós fizermos essa Re-gra de Vida, o Movimento das Equipes de Nossa Senhora terá um aprimoramento fantástico, dará um excepcional salto de qualidade. Vamos pensar e me-ditar sobre isso? Vale a pena.

Escutar não é ouvir, ouvir não é escutar. Quem ouve, mas não escuta, deixa muito a desejar.

Vive sempre distraído, o que entra por um ouvido, sai pelo outro, sem pensar.

Edmilson, da Ana MariaEq.01 – N. S. Perpétuo Socorro

Icaraí - Caucaia-CE

alguMaS CoNCluSÕES SoBrE a rEgra dE vida

•Na Regra de Vida, a palavra mais importante é “VIDA” .•Como os outros Pontos Concretos de Esforço, a Regra de

Vida inscreve-se numa direção de crescimento, tanto espi-ritual como humana.•A Regra de Vida abre horizontes pessoais de vida para aju-

dar cada um a dar um passo mais além para responder ao amor e ao apelo de Deus.•A Regra de Vida deve ser uma escolha pessoal, livre e as-

sumida como obrigação. Podemos pedir a ajuda do nos-so cônjuge ou dos outros membros da equipe. Essa ajuda mútua deve ser sempre muito discreta e impregnada de amor e paciência. Não nos esqueçamos de que é grande a alegria no Céu, quando alguém dá um pequeno passo na direção certa.•No quadro de nossa missão de dar testemunho cristão no

mundo de hoje, a Regra de Vida ajuda-nos a “ser” antes de “fazer”. E, com o tempo, vamos contagiando os outros, pois o amor vivido é uma história de sedução. •O amor que nos faz viver nos é dado para fazer viver!

Extraido do documento “A Regra de Vida” p. 22

40 CM 485

Ao estudarmos o tema da reu-nião VII, deparamo-nos com o Evangelho de João 15, 1-17, que nos fez refletir sobre a nossa atitu-de perante Cristo e o mundo.

Não podemos jamais esquecer de buscar o Senhor, de estar uni-dos a Ele; caso contrário, seremos cortados da videira. Isso não é uma ameaça. É uma orientação, um ensinamento que nos é dado por um Pai que nos ama incondi-cionalmente. Só unidos a Ele é que poderemos nos abrir à ação do Espírito Santo e compreender os caminhos do Senhor para nós: os dons que recebemos, a nossa vocação, a missão que nos é con-fiada a todo instante. Apenas uni-

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o SEr FaMÍlia Na CoMuNidadE EClESial

dos a Cristo é que teremos o dis-cernimento sobre onde usarmos esses dons e sobre como podere-mos, com o nosso trabalho, contri-buir para a construção do reino de Deus.

O Senhor nos chama a amar o nosso irmão como Ele nos ama, e a continuar sempre unidos no Seu amor. Somos convocados a Ousar o Evangelho e a assumir respon-sabilidades na nossa comunida-de, na nossa Igreja, pois “a mes-se é grande mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para a sua messe” (Mt 9, 37b-38). Eis aí o apelo do Senhor. Faz-se necessário ouvi-Lo e atendê-Lo, estar disponí-vel para servi-Lo.

Que possamos continuar nos engajando nas pastorais, cuidan-do também de outras pessoas, de outras famílias, da comunidade...

Cristo é a cabeça da Igreja e nós somos o corpo. “Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um, de sua parte, é um dos seus mem-bros” (I Cor 12, 27). Busquemos a união com Ele, e sejamos seus bra-ços e pernas na comunidade, sem excluir ninguém.

Unamo-nos, e usemos os nos-sos dons para fazer o trabalho ne-cessário e, como Igreja, evangeli-zarmos todos juntos.

Robertha e MarcondesCRS B – Santa Luzia-PB

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Quando alguém se avizinha de sua morte, e tem consciên-cia disso, é comum que escreva um testamento, legando seus bens às pessoas que lhe são mais caras. O testamento de um homem representa a sua última vontade na terra.

Na Bíblia Sagrada, Nosso Senhor, estando para ser entre-gue, reuniu-se com seus discípulos para transmitir mistérios estrondosos. Naquela noite, Jesus instituiu o seu testamen-to de amor (a Eucaristia) e o sacerdócio.

No entanto, o que significaria o sacerdócio? Para Jesus, é a guarda dos tesouros de Deus e a Sua presença no meio do povo. O sacerdócio exige que cada homem digno da voca-ção abandone projetos pessoais para dedicar-se por inteiro ao Reino de Deus. O padre, homem do absoluto, do eterno, estará ao nosso lado desde o nascimento até o dia da partida definitiva. Ele abençoa até mesmo o nosso lugar de descanso no cemitério.

Ele será o amigo fiel e cuidador da alma, conselheiro nas decisões difíceis; ele não é um super-homem, mas o portador do perdão divino, do qual ele mesmo necessita.

A vida sacerdotal não é, contudo, uma alienação. Estar com Deus não é evasão da realidade, mas invasão do divino na realidade. A presença de um sacerdote na sociedade é algo que a plenifica, fazendo-a recordar-se de seu destino eterno.

O padre não pode perder de vista a sacralidade de sua vo-cação e o ministério que carrega. Amemos os nossos padres. Procuremos perdoá-los por suas fraquezas e oremos por eles!

É diante de toda essa grandeza que sugerimos aos queri-dos casais responsáveis pelos setores (CRS) das Equipes de Nossa Senhora, que estreitem as relações com os diáconos, pois eles serão os futuros mensageiros da Graça e da vida de Deus, verdadeiro guia e verdadeiro pai espiritual.

Gorethe e Guedes Eq.05E – N. S. de Guadalupe

Região Norte 1

ajudEM a ForMar padrES para aS EQuipES dE NoSSa SENHora

42 CM 485

Form

ação

A Equipe da Carta Mensal foi buscar subsídios para assessorar os recém eleitos CREs, e a figura de ‘Alcides-Prior’, personagem fictício

criado por Madeleine Delbrel, oferece, com humor, conselhos recebidos no exercício de sua responsabilidade, sobre os quais podemos refletir,

colocando-nos como ‘priores’ de nossa equipe/ Setor/ função ...:

rESpoNSaBilidadES No MoviMENto

– Põe-te na pele dos outros; não os ponhas à força na tua (num dia em que Alcides ditava Regras de Ascese).

– Se és esquecido, não te esqueças de ter um caderno de ano-tações (num dia em que Alcides lembrava aos outros uma ordem que não tinha dado).

– Brilhar não é iluminar (Alcides, num dia de eloquência).

– Os teus filhos não vieram ao mosteiro para se ocuparem do teu drama pessoal (num dia em que já “não podia mais”).

– Tu não conseguiste: não forces os outros a conseguir (num dia em que sonhava uma disparada coletiva).

– Deixa Deus agir: age depois, se tiver ficado algum trabalho por fazer (num dia em que Alcides tinha grandes ideias so-bre os seus filhos).

– Não confundas a verdade de Deus com a tua (num dia em que tinha ideias de reforma).

– Se há limites à autoridade, não os há para a caridade (num dia em que Alcides meditava sobre os seus deveres).

– Dize as coisas que devem ser ditas e não as coisas que tu gostarias de dizer (num dia em que tinha grandes ideias).

– Prefere o silêncio para teus irmãos ao dom da tua palavra (num dia em que tinha muitas histórias bonitas para contar).

– Não transformes os teus nervos no barômetro da casa (num dia de sinfonia neurótica).

– Não passes a enumerar os teus defeitos o tempo que podes passar a cultivar as virtudes dos outros (num dia de “nervo-so miudinho”).

Madeleine Delbrel‘ALCIDE’, Ed. du Seuil /França

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a vida da Eri E Na Eri

Um pequeno grupo de sete ca-sais e um sacerdote, provindos de diferentes partes do mundo, que se reúnem três vezes por ano, cada vez durante cinco dias: é a Equipe Responsável Internacional - ERI.

Este editorial quer contar para vocês, com simplicidade, o que é a ERI e a sua atividade, para que to-dos possam conhecer melhor seus compromissos. Assim, vocês pode-rão acompanhar o trabalho dela com amizade e com preces.

Para compreender, o mais sim-ples é partir do sentido das pala-vras e aprofundar o seu significa-do, pois elas exprimem a intuição que levou à escolha delas.

“E” de Equipe: A ERI é, antes de tudo, uma

equipe como qualquer outra entre as milhares de outras equipes que existem em todas as partes do mun-do. Ela é uma equipe semelhante à nossa, que acompanha o desenvol-vimento de nossa vida conjugal. O fato de que essa equipe tenha um serviço específico a prestar não deve fazer esquecer que o serviço, dentro de nosso Movimento, só tem valor se vivido em espírito de fraternida-de, de partilha e de prece: base de nosso “estar juntos”.

O tempo que os casais da ERI passam juntos, mesmo se mais longo que aquele de uma equipe de base, é organizado segundo o ritmo próprio de cada reunião de equipe e de acordo com o método

de reunião específico das ENS. Cada novo dia começa e ter-

mina com uma oração, preparada e animada pelos diversos casais. Cada dia é também ocasião de celebrar a Eucaristia. É para nós uma exigência profunda que nos-so trabalho seja marcado por estes momentos de oração.

Conhecemos o valor da partilha de vida e sabemos que o fruto de um trabalho pode ser muito mais valioso se ele se fundamenta sobre um conhecimento recíproco e um autêntico espírito de amizade.

O primeiro dia de reunião é de-dicado à alegria do reencontro e a um longo pôr em comum a respei-to dos últimos acontecimentos que marcaram nossas vidas pessoais e familiares. Ele prossegue com a partilha sincera e humilde de nos-so caminho espiritual que, como para todos, é vivido às vezes na serenidade e na confiança e, em outras, na dúvida e na fadiga. É somente depois de termos vivido esse tempo de pôr em comum e de partilha que podemos nos dedicar ao verdadeiro trabalho da ERI.

Ele começa pela partilha de problemas existentes nas diferentes zonas de ligação e nos diferentes países. Em seguida se faz a análise dos documentos produzidos pelas Equipes Satélites e, por fim, a or-ganização de reuniões e eventos. Tratar dos problemas e das ques-tões concernentes à vida do Mo-vimento em todo o mundo é para nós “tema de estudo”.

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“R” de Responsável: Para melhor compreender o

valor desta palavra – “responsa-bilidade” –, que tantas vezes nos interpela, é oportuno conhecer a sua origem.

“Responsável” é uma palavra que vem do verbo latino “respon-sare”, que deriva do substantivo “responsus”, uma forma do verbo “respondere” (res-ponder), cuja raiz é com-posta de dois elementos: “re” e “sponsus”. Há aí uma referência direta aos esposos unidos por um laço esponsal, de outro modo dito conjugal. É admirável, portanto, que a palavra “responsabilidade” lembre nosso compromisso de esposos ao assumir nossas responsabilidades.

Mas prossigamos com a comparação: sponsus é o substantivo de spondere que significa prometer, que por sua vez vem de um ver-bo utilizado na região hitita, “spendo”. “Spendo” significa fazer libações ou “verter gota a gota”. Do mesmo modo, a promessa dos esposos não é vivida somente no dia do ca-samento (não é uma libação só), mas ela se destila gota a gota, dia por dia. É assim tam-bém para o responsável, que não pode cumprir sua missão de uma só vez; ao contrário, deve vivê-la pouco a pouco, como se a cum-prisse gota a gota.

A responsabilidade da ERI é, então, de prever, projetar e orga-nizar a vida do Movimento. Ela é,

sobretudo, de manter constantes no tempo a promessa e o engajamento de todas as equipes e de todos os equipistas, para que todos sintam o mesmo sentimento de identidade de fé na mensagem evangélica de Cristo e na mensagem mais especí-fica do Pe. Caffarel.

“I” de Internacional Será que o Pe. Caffarel teria

imaginado que a semente lan-çada por ele e por alguns casais em uma simples paróquia de Paris iria se difundir até os pa-íses mais longínquos, em todas as partes do mundo? Quem sabe ele

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tenha sonhado um Movimento como o nosso hoje em dia, lendo a passagem de João: “Levantem os olhos e vejam: os campos já estão maduros para a colheita” (Jo 4, 35). No entanto, hoje, sob nossos olhos, a difusão do Movi-mento envolve as realidades mais diversas.

O Movimento, com efeito, vive não somente de seu carisma origi-nal, mas se alimenta e se nutre dos pensamentos, das obras, dos gestos e das palavras dos equipistas que, por uma troca contínua e recíproca de dons e de serviços, continuam o caminho iniciado por Pe. Caffarel.

O caminho, embora sempre com o mesmo objetivo, que é a realização do Reino, prossegue por vias que podem ser diferen-tes. As vias levam em conta a história particular de cada um de nós e de nossos países.

Apesar disso, temos todos a mesma fé no “Cristo Centro e

Senhor da História”, que nos acompanha e nos cumula dos dons da amizade e da fé partilhada.

Compreender a diversi-dade, respeitar a especifici-dade, desenvolver os pen-samentos e os talentos de todos, velando com cuidado e amor pelas riquezas dos casais do nosso Movimento, em espírito de unidade: eis o desafio da vida internacional da ERI.

Toda a vida da ERI é a de ser uma equipe a serviço dos irmãos equipistas do mundo inteiro, capaz de ser respon-sável com discernimento por decisões adotadas para o desenvolvimento presente e futuro das ENS. Toda a vida da ERI é a de estar a servi-ço da unidade internacional do Movimento. Para isso se apoia sobre membros que

desenvolvem um serviço fundado sobre o amor por Cristo e sobre o que o Evangelho nos anuncia dentro da História.

Maria Carla e Carlo VolpiniCR da ERI 2006-2012

Publicado na CM – DEZ 2004

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No

tíci

as

BodaS dE diaMaNtES

ordENação SaCErdotal

ordENação diaCoNal

Eulina e Ramos“Vocês construíram o mais belo patrimônio que o ser humano pode almejar: um longo matrimô-nio e uma família abençoada. Vo-cês são um exemplo para a Família Equipista!”, disse a mensagem do Setor B, Região Norte II, de Belém, Pará, ao casal Eulina e Ramos, da Equipe 02B – N. S. Auxiliadora. Em 01.09.2014 o casal celebrou 60 anos de feliz matrimônio.Participam da segunda Equipe mais antiga de Belém, desde 1977. No ano passado Eulina foi a Mãe Equipista do Ano entre os Setores de Belém. É um casal de grande vivência religiosa, desde a juven-tude – conheceram-se na Ação Católica e tiveram o matrimônio abençoado por D. Alberto Ramos, que foi Arcebispo de Belém, irmão do Ramos. Participaram de Cursi-lhos, ECC, Movimento Serra e co-ordenação de comunidade em sua Paróquia. Ele frequentou o curso de Diaconato, recebendo os Minis-térios de Leitor e Acólito. Criaram e educaram os quatro filhos que

Deus lhes deu. Dos três casados brotaram sete netos. Têm uma fi-lha que dedicou a vida ao Senhor Jesus como Monja Carmelita, em Fortaleza, onde é Priora.“Permanecemos casados por nos amarmos, amando a Deus e aos irmãos. Respeitando o nosso ca-samento, como um Sacramento e o Senhor nos mantendo vivos aos 87 anos de idade” escreveu o Ra-mos no jornal católico “A Voz de Nazaré”.

Com muita alegria comunicamos que o Diácono Marcio Luiz da Costa, AET da equipe 04D, Re-gião Rio V, recebeu o sacramen-to da ordem no dia 10 de maio de 2014, na Paróquia Nossa Se-nhora da Conceição em Santa Cruz, Rio de Janeiro, passando a SCE da mesma equipe. (Eliane e Joel CRS D – Região Rio V)

No dia 2 de agosto de 2014, na Pa-róquia São Pedro e São Paulo, em Paraíba do Sul - RJ, foram ordena-dos ao serviço diaconal seis fra-des, dentre eles Frei Paulo Fer-nando Vi cen te , OFMConv. , Acompanhante Espiritual Tem-porário da Equipe 169, Setor C da Região Rio III. A orde-nação diaconal foi celebrada

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volta ao pai

pelo Bispo de Valença, Dom Nelson France-lino Ferreira, e teve como lema: “Eu vos dei o exemplo, para que façais assim como eu fiz” (Jo 13,15). (Silvia e Roni Eq. 169 - Região Rio III)

O que o senhor tem a dizer para quem está saindo do seminário?Que não esqueçam a boa formação e se aprimorem mais no conhe-cimento da doutrina e na vivên-cia da fé.Pe. Guido, a humanidade está pas-sando por momentos difíceis. Qual a avaliação do senhor?Está se deteriorando no aspecto moral. Os pais ficam perplexos, por-que veem seus filhos aliciados pelos meios de comunicação nos aspectos negativos, que não são de Deus. E o egoísmo nos relacionamentos faz com que os mais abastados tentem dominar os mais fracos, tanto em relação a povos quanto a grupos econômicos.Pe. Guido nasceu em Castelo (ES), em 13/10/1928. Esteve 4 anos no Seminário em Ribeirão Preto (SP) e 8 anos no Seminário Maior em Franca (SP). Foi ordena-do em 05/10/1952, aos 24 anos.Eu era coroinha na Igreja desde os 8 anos, sempre tive contato com ‘as coisas’ religiosas e acabei tendo a vontade de ser seminarista.Em 1998, por orientação do Arcebispo D. Silvestre, acolheu o Movimento, foi conselheiro de seis equipes e um Setor. Participou de Formações e do X EI das ENS em Lourdes. Sempre presente nas reu-niões, orientava com muito carinho.Em agosto, durante visita, caiu, so-freu traumatismo, foi operado mas veio a falecer no dia 2 de setembro aos 86 anos. Teve atenção especial da imprensa e da comunidade.Pe. Guido obteve muito respeito na Igreja e em toda a sociedade pelo seu caráter e conhecimento:

“DEUS INVESTIU EM MIM”

Com essas palavras, o Padre Gui-do Ceotto iniciou uma entrevista por ocasião das comemorações do seu Jubileu de Ouro Sacerdotal.Pe. Guido, qual o sentimento ao completar 50 anos de sacerdócio?O sentimento, não obstante o nú-mero 50, é de alegria e sobretudo de ação de graças a Deus, que investiu em mim todo esse tempo para que eu pudesse fazer o bem e evitar o mal.Quais os planos para o futuro? Exis-te essa marca “antes e depois dos 50 anos”?Sem dúvida. A Igreja solicita que, aos 75 anos, que farei no próximo ano, se peça exoneração do cargo administrativo, a função de Pároco. Continuarei ajudando outros Páro-cos.Por onde passou nesses anos?Estive em São Paulo, Rio de Janei-ro, Brasília e nos EUA. Nos últimos 30 anos nesta Arquidiocese.

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era graduado em Direito, Línguas Neolatinas e Filosofia. Falava cin-co idiomas. Construiu mais de 10 igrejas, foi muito importante para as ENS no estado do Espírito Santo e seu legado estará sempre presente entre nós.Em sua despedida, foi homenagea-do por uma multidão que cantou e rezou em agradecimento a Deus por nos tê-lo dado de presente. (Célia e Ancelmo - Eq.01 – N. S. das Graças - Vitória - ES)

10/08/2014Padre Pedro Lopes

A presença das Equipes de Nossa Senhora no Vale do Paraíba se deve à sensibilidade do Padre Pedro que, ainda moço, na casa dos 30 anos, tomou conhecimento da existência, em São Paulo, de um Movimento recém chegado da França, que se destinava a ajudar os casais cris-tãos, unidos pelo matrimônio, a vi-ver plenamente segundo o Evange-lho. Ele percebeu o benefício de os casais se esforçarem em conjunto, preocupando-se uns com os outros em busca de um desejo comum: o desenvolvimento da espiritualidade conjugal. Pe. Pedro teve papel fundamental na evolução da nossa comunidade na região e, em particular, aqui em Taubaté, onde hoje contamos com a participação ativa de 250 casais.Constantemente atualizado e bem informado, nesses mais de 50 anos manteve-se perto de nós, sempre disponível e disposto, pronto para intervir com seu jeito tranquilo de ser, com o seu espírito jovem e sorriso fácil. A todos acolhia com

prazer, desempenhando às vezes a função de pai, às vezes a de irmão, e sempre a de amigo. Sacerdote sério, profundo conhe-cedor do seu trabalho, era apaixo-nado pelos livros de psicologia, nos quais buscava subsídios que pu-dessem contribuir para o bem-estar das pessoas com as quais convivia. Através da sua orientação segu-ra, passava confiança aos casais, ajudando-os, de maneira direta, no aprimoramento de suas famílias e de toda a sociedade.Sua dedicação às coisas das Equi-pes era comovente. Nas reuniões mensais, nos eventos e nos encon-tros informais, chamava a atenção aquela pessoa entusiasmada, cujo exemplo é e sempre será o estímulo que o Movimento precisa para ser cada vez mais forte e verdadeiro. Passou e deixou a sua marca. A sua alegria em servir tornou a nossa vida mais justa, mais santa e mais feliz. Reconhecidamente útil ao meio em que viveu, foi um cidadão do bem, homem correto, compro-metido desde a primeira hora com a Palavra do Senhor.Um texto antigo reflete bem o que ele representou para nós: “Há homens que lutam um dia e são bons. Há outros que lutam um ano e são melhores. Há aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda a vida: esses são os imprescindíveis”.Padre Pedro querido, o nosso beijo de reconhecimento. Que Deus Pai acolha a sua alma como a de um grande combatente que foi fiel, até o final, à missão à qual se consa-grou. (Conceição e Nelson CRR São Paulo/Leste II)

MEDITANDO EM EqUIPEINICIADOS NA VIDA PLENA

Evangelho de João 6,37-40

dizemos dia de Finados. Não seria melhor dizer dia de iniciados? Finado é quem chegou ao fim. Mas a morte não é fim, é passagem, é começo, é realização final, é plenitude. pelo menos pode ser para quem é de jesus. pois ele garante: “Esta é a vontade de meu pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.

Fomos criados para a vida, não para a morte, para a plenitude e não para a dissolução. Fomos chamados para vida que dura para sempre, não apenas enquanto criaturas espirituais, mas como filhos e filhas de deus que, pela união com jesus, participam da divindade. E por isso chegam à plenitude da felicidade não apenas como seres humanos.

podemos ser plenamente felizes para sempre porque veremos a deus, participando da visão que ele tem de si mesmo, no conhecimento que nasce do amor e leva ao amor. Nossa felicidade não estará apenas em deus, mas também na total comunhão de vida com todos os filhos de deus. Eles todos serão nossa alegria, e nós seremos alegria para todos eles.

É verdade que, por enquanto, mesmo para nós, que somos de jesus, a morte continua a desafiar nossa compreensão e nossa aceitação. temos, porém, a palavra de jesus: “Eu o ressuscitarei no último dia.”

– ao pensar na morte, é o medo ou a esperança que predomina em você?– Faça memória de quem era importante para você, e agora está na eternidade.

pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr

SCE Carta Mensal

Oração Litúrgica do Salmo 26

o Senhor é minha luz e salvação de quem eu terei medo?

o Senhor é a proteção da minha vida; perante quem eu tremerei?

ao Senhor eu peço apenas uma coisa, e é só isto que eu desejo:

habitar no santuário do Senhor por toda a minha vida;

saborear a suavidade do Senhor e contemplá-lo no seu templo.

ó Senhor, ouvi a voz do meu apelo, atendei por compaixão!

É vossa face que eu procuro. Não afasteis em vossa ira o vosso servo,

sois vós o meu auxílio!

Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver na terra dos viventes.

Espera no Senhor e tem coragem, espera no Senhor!

(da Missa do dia 1º de novembro)

Movimento de Espiritualidade Conjugal

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[email protected][email protected] • www.ens.org.br

Equipes de Nossa Senhora