carta a igreja batista de cristo

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  • 8/17/2019 Carta a Igreja Batista de Cristo

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    CARTA A IGREJA BATISTA DE CRISTO  –  MINISTÉRIO A PALAVRAREVELADA

    Prezada liderança da IBC,

    Vimos por meio desta, apresentar de maneira bíblica, imparcial e respeitosa, nossa posição acerca dos presentes fatos, objetivando o aprimoramento da igreja, como um todo, etambém uma adequação aos padrões bíblicos de igreja.

    Solicitamos que a liderança esteja “ pronta para ouvir, tardia para falar e tardia para seirar ”1, pois assim como diz a palavra, o presbítero deve ser moderado2 e todo cristão deve sermanso3. O conteúdo desta carta não deve ser visto como uma ofensa à autoridade posta porDeus, mas sim como uma admoestação, e tal admoestação deve ser permitida e observada

    diligentemente pela liderança, pois como está escrito: “ Melhor é a criança pobre e sábia doque o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar ”4.

    1.  ESTUDOS BÍBLICOS

    “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda

    necessitais de que se vos torne a ensinar quais sejam os primeiros

    rudimentos das palavras de Deus; e vos haveis feito tais que

    necessitais de leite, e não de sólido mantimento. Porque qualquer

    que ainda se alimenta de leite não está experimentado na palavra

    da justiça, porque é menino. Mas o mantimento sólido é para os

     perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos

    exercitados para discernir tanto o bem como o mal. ” 

    Hebreus 5:12-14

    Em todas as Sagradas Escrituras o conhecimento de Deus e da sua Palavra é reveladocomo de primária importância no caminho da Salvação5. Tal como o salmista retrata, os seusmandamentos devem ser observados diligentemente6,  pois as Escrituras são classificadas

    como puras

    7

    , verdadeiras

    8

    , perfeitas

    9

    , preciosas

    10

    , vivas e poderosas

    11

    , sendo também aptas para ensinar, redarguir, corrigir e instruir em justiça o homem de Deus em toda boa obra12.

    É de consenso por parte considerável do corpo da Igreja Batista de Cristo que há umalacuna a ser preenchida no que diz respeito à existência de trabalhos voltados ao ensinamentoe estudo das Escrituras, em sua totalidade, provocada por uma notória resistência da liderançada igreja, aos ensinamentos profundos das Escrituras, impedindo deste jeito, que o corpocresça em conhecimento e graça13, entrando assim em contradição com a exortação a sermos“cheios de conhecimento da Sua vontade em toda a sabedoria e inteligência espiritual”14.

    As Escrituras nos mostram que a oposição à sã doutrina (por completa), é fruto de pessoas orgulhosas e ignorantes, acabando por gerar invejas, porfias, blasfêmias, ruins

    suspeitas, contenda de homens corruptos de entendimento e privados da verdade15

    . Entenda-sedoutrina como uma palavra traduzida do grego  Didache () ou  Didaskalia( que denotam tanto o ensino como o ensinamento. É inclusive dito na mesma

    https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/5/12-14https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/5/12-14

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     passagem, referenciada anteriormente, que devemos se apartar dos tais que se opõem ounegam a sã Doutrina, pois se o próprio Paulo, versado nas escrituras, ensinados aos pés deGamaliel16, declarou: “Quem pensa conhecer alguma coisa, ainda não conhece comodeveria”17, quem somos nós para nos contentarmos com migalhas do que é o sublime

    conhecimento do Senhor.Além dos problemas descritos, tal resistência aos estudos, acerca das Escrituras, acaba por enterrar talentos18  de pessoas da igreja que possivelmente tenham chamados para oministério, em especial, para doutores ou mestres, contradizendo a ordenança bíblica de

     pormos em prática os dons que Deus nos proporcionou, pois como está escrito: “se é ensinar,haja dedicação ao ensino”19, além de impedir o aperfeiçoamento dos santos20.

    Como princípio de solução é proposto que haja humildade, a começar pela liderança,em reconhecer a deficiência de nossa igreja no que diz respeito ao ensino aprofundado dasEscrituras. Propomos então a criação de estudos bíblicos regulares, que inclusive adotemmatérias teológicas sistemáticas, abordando também a história da igreja, criando assim um

    estímulo a busca de conhecimento e a capacitação da igreja no bom combate da defesa doevangelho21.

    2.  EVANGELISMO

    “Portanto ide, fazei discípulos de todas as

    nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do

     Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas

    que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco

    todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. ” 

    Mateus 28:19-20

    2.1  A necessidade do trabalho de evangelismo

    Ao analisarmos as Sagradas Escrituras, podemos observar na Igreja primitiva o quão

    fiel eles foram ao ide imperativo do Senhor (evangelismo). Estamos falando daquela que foi aúltima ordenança de Cristo antes de sua ascensão aos céus22. O chamado da Santa Igreja não éo de esperar que o pecador venha ao encontro dela e sim de que a Eclésia saia ao encontro do

     pecador 23. Pois a nós foi dado o ministério da reconciliação24  sendo dever da igreja fazerdiscípulos, os ensinando a guardar todas as coisas25. A responsabilidade a nós dada é tal queuma falta de zelo pelo evangelismo nos torna culpados do sangue dos ímpios que morrem naignorância por não termos cumprido nosso dever de proclamar o Evangelho FALADO a elesno tempo oportuno nos ofertado26,27.

    É notória a falta de zelo pelos trabalhos de evangelismo da IBC, sendo impossível nãoresponsabilizar a liderança que deveria estimular o evangelismo, através da criação de

    trabalhos oficiais de evangelismo, demonstrando assim o apoio da igreja a essa obra. Tal faltanos torna malditos aos olhos do SENHOR pois como o profeta Jeremias, divinamenteinspirado, disse: “ Maldito o que faz com negligência o trabalho do Senhor! ”28.

    https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/28/19,20https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/28/19,20

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    2.2  Estudos sobre evangelismo

    “Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o

    que recebi: que Cristo morreu pelos nossos

     pecados, segundo as Escrituras. ” 

    1 Coríntios 15.3

    É possível dizer que entre não pregar o Evangelho e pregar um Evangelho falso há umadiferença temerosa. No primeiro caso corremos o risco de sermos tidos como covardes edesobedientes29,30, mas no segundo caso, seremos vistos por Deus como malditos31. Em todoo Novo Testamento se observa o zelo dos apóstolos em pregar o Evangelho da maneira quereceberam, exortando seus discípulos a procederem da mesma maneira32,33. Devemos então,ter cuidado em preservar a sã doutrina do Evangelho34, sobre o risco de servimos de pedra detropeço para muitos35, e naufragarmos na fé36.

    É necessário estudar detalhadamente cada palavra do Verdadeiro Evangelho e prepararas pessoas para proferi-lo, assim como os apóstolos o receberam, manejando bem a Palavra daVerdade, não tendo do que se envergonhar 37. Temos que pregar o Evangelho de maneiratotalmente pura, sem misturas, sem remendos, já que analogias da Palavra mostram que talmistura é abominável, pois como está escrito: "Não cruzem diferentes espécies de animais. ” "Não plantem duas espécies de sementes na sua lavoura. ” "Não usem roupas feitas com doistipos de tecido”38.

    Tal gracioso Evangelho nos diz que todos pecaram e destituídos estão da glória deDeus39, mas Cristo, o filho do Pai, o próprio Deus40, se fez pecado por nós41; foi moído pelo

    Pai no madeiro42, se fazendo maldito43,44; bebeu o cálice da ira do Pai45,46,47; e sozinho edesamparado48,49, morreu obedientemente na cruz50 para que a dívida de pecado fosse paga51 efôssemos comprados52,53, estando assim guardados no dia do Julgamento54. Ele fez isso poramor 55, portanto Ele exige que todos reconheçam o quão vil são e se arrependam paraalcançarem esta Graça56. Reflitamos então, o quão adulterado este Evangelho tem sido nosdias de hoje, e o quanto é importante nos prepararmos para não nos tornarmos como os taisque o adulteram.

    2.3  Recepção e amor aos alcançados pelo evangelismo

    A Bíblia relata que a acepção de pessoas por classe social é algo reprovável diante deDeus57. É inevitável que pessoas nas mais diversas situações cheguem a igreja apósevangelismo, pois está escrito que “Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estãodoentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento”58. Alémdisto é dito que Deus deseja que todas as classes de homens alcancem a salvação59,60,61, poisele não tem prazer na morte do ímpio, antes deseja que ele se converta62. Fazendo assim,resplandecemos a glória de Deus63, andando como Cristo andou64, pois fazendo bem aos

     pobres e os considerando, fazemos pelo Senhor 65, e ele nos livrará do dia mal66.

    Parte do corpo da igreja já vivenciou situações que levam a crer que há uma deficiênciade amor pelas almas por parte da liderança, como, por exemplo, a resistência a pessoas que

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    dariam “trabalho demais”  como drogados, travestis e afins, e também a falta de umarecepção isonômica tanto para pessoas de condição financeira estável quanto a moradores derua, criando um clima que corrobora para que haja acepção de pessoas.

    As soluções para este e os outros tópicos relativos ao evangelismo são: Criação de umtrabalho de estudo bíblico voltado ao evangelismo; maior suporte da igreja aos trabalhosevangelísticos; maior interação do corpo e da liderança no evangelismo; e cuidado, a começar

     pela liderança, para que nossas atitudes e palavras não transpareçam ou indiquem quefazemos acepção de pessoas.

    3.  O PROBLEMA DO AUTORITARISMO

    “Portanto, apelo para os presbíteros que há entre

    vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles e testemunha dossofrimentos de Cristo, como alguém que participará da glória a ser

    revelada: Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem

     por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não

     façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como

    dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o

    rebanho. Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a

    imperecível coroa da glória. Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais

    velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque "Deus se

    opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”. ” 

    1 Pedro 5:1-5 

    Para que possamos discutir este controverso ponto, é necessário fazer uma exposição da passagem de 1Pe 5.1-5. Nos versículos 2 e 3 é dito: “Apascentai o rebanho DE DEUS”. Ficanotório que o dever do pastor é de apascentar um rebanho que não é dele, e sim de Deus, poiscomo está escrito, a igreja é o corpo de Cristo67 e Ele é o Cabeça da Igreja68.

    O texto também diz: “não por força, mas espontaneamente SEGUNDO A VONTADE DE DEUS”. É importante frisar que a vontade do pastor da igreja não poder ser imposta comolei, pois sua função não é esta e sim de transmitir a vontade de Deus. Muitas vezes a vontadede Deus confronta a vontade dos servos do Senhor como vemos no exemplo de Jonas em

    desejar a destruição de Nínive

    69

    ; de Pedro em hesitar em ir à casa de Cornélio por este sergentio70; das inúmeras negativas do Espírito Santo, impedindo Paulo de ir a determinadascidades71; de Davi que foi impedido, por Deus, de construir o templo do Senhor 72. Taisexemplos mostram que nem sempre os desejos mais profundos do homem são os desejos deDeus73. Sendo assim, é perigoso afirmar que o que presbítero fala é lei, já que Deus trata comcada uma de suas ovelhas, podendo revelar a estas, que tal desejo do presbítero não condizcom a sua soberana vontade, principalmente se este desejo entrar em confronto com asEscrituras, pois como está escrito, os filhos de Deus são guiados pelo Espírito74.

    Por fim, no verso 3 é dito: “Não como DOMINADORES sobre os que vos foramconfiados, mas SERVINDO DE EXEMPLO ao rebanho”. Sendo assim, fica claro que o pastornão deve conduzir o rebanho pela força, e sim pelo exemplo, não exigindo respeito a sua

    autoridade, e sim conquistando-a com seu exemplo. Em seu comentário, Russell NormanChamplin fez uma exposição sobre o termo “dominadores”:

    https://www.bibliaonline.com.br/acf/1pe/5/1-5https://www.bibliaonline.com.br/acf/1pe/5/1-5https://www.bibliaonline.com.br/acf/1pe/5/1-5

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    “‘ ...dominadores...’   No grego é usado o termo “katakurieuo” ,‘tornar - se senhor’, ‘obter o domínio’. As palavras raízes são “kata”, ‘sobre’, e

    “kurineuo”, ‘dominar’. Alguns pastores se transformam em ‘pequenos césares’

    na igreja, agindo como se a igreja fosse um pequeno reino sob sua soberania.

    Todos nós conhecemos supostos líderes cristãos que são dotados de atitudesditatoriais. E isso se torna ainda mais cítrico quando homens, que já demonstram

    essa tendência, tornam-se mais idosos. Então suas tendências ditatoriais chegam

    ao cúmulo, e logo começam as divisões, provocadas por tal atitude. Isso se deve

    ao fato de tais homens perderem a capacidade de arbítrio, e temerem perder os

    seus poderes. ‘Lutas de poder’ são o resultado, e Cristo é perdido de vista em

    meio à batalha A pior parte desse quadro já negro por si, é que tais homens

     pensam que os ataques contra suas “atitudes ditatoriais” são ataques contra a fé.

     Não podem distinguir entre questões reais e interesses pessoais. ” 

    R.N. Champlin

    É importante também frisar, que os versos 4 e 5 fazem um apelo a autoridade do presbítero e a submissão que os jovens devem a eles. É inegável que o presbítero é umaautoridade delegada por Deus75, mas não se pode confundir, através do exposto anteriormente,autoridade com autoritarismo.

    “ Jesus disse que o estilo de liderança do mundo é inspirado na

    autoridade imposta: Sabeis que os que são considerados governadores dos povos

    têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade (Mc

    10:42). Porém, a autoridade na igreja deve ser diretamente oposta: Mas entre vós

    não é assim; pelo contrário, quem quiser ser o primeiro entre vós, será esse o que

    vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos (Mc

    10:43,44). Jesus arremata o assunto, dando seu testemunho pessoal: “Pois  o

     próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua

    vida em resgate por muitos (Mc 10:45) ”. ” 

    Hernandes Dias Lopes

     No tocante à IBC, frases como: “Se eu mandar, tem que fazer! ”, “Quem manda aqui sou eu! ”, e diversas outras frases com o mesmo teor autoritário, mostram quão contraditória

     biblicamente é a condução unipessoal da igreja e a tomada de decisões importantes, queafetam o corpo, sem quaisquer que sejam a comunicação e consulta aos membros da igreja.Tal fato se agrava mais uma vez que suas decisões passam por cima da autoridade de outro

     pastor, igualmente designado por Deus.A não consulta à Igreja entra em confronto com a Palavra pois em nenhum momento no

     Novo Testamento, vemos decisões importantes sendo tomadas unilateralmente, como, porexemplo, no caso da imoralidade descrita em 1Co 5, onde está escrito: “estando eu com vocêsem espírito, estando presente também o poder de nosso Senhor Jesus Cristo,

     ENTREGUEM...”76. A frase “estando eu com vocês” e a palavra “entreguem” mostram que aação foi conjunta, no plural, jamais no singular. Tal passagem entra em concordância com o

     poder dado por Cristo à sua Igreja: “ Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você

    ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado noscéus”.77 

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     Não menos importante, a falta de consulta a um segundo pastor da igreja, também entraem desacordo com as Escrituras. O maior exemplo disto é o concílio de Jerusalém onde foideliberado sobre o cumprimento ou não de costumes judaicos pelos gentios78,79. Nesteconcílio ficou clara a proposta bíblica de diálogo entre os sacerdotes designados por Deus

    acerca de questões que envolvem o corpo de Cristo. Apesar de os apóstolos aparentementeterem mais primazia por terem andado com Cristo eles dialogaram com os anciãos, ou presbíteros, na presença da igreja, sobre este assunto, como está escrito: “Congregaram-se, pois, os apóstolos e os anciãos para considerar este assunto”80. É importantíssimo frisar queos apóstolos não só entraram em consenso com os presbíteros, mas também com TODA AIGREJA, como está escrito:

    “Então os apóstolos e os presbíteros, com TODA a igreja,

    decidiram escolher alguns dentre eles e enviá-los a Antioquia com

    Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Barsabás, e Silas, dois

    líderes entre os irmãos. ” 

    Atos 15:22

    Se até os apóstolos consultaram os presbíteros, quanto mais um presbítero deveconsultar um segundo presbítero da mesma igreja. Um exemplo prático no nosso meio foi arenomeação de determinados diáconos. É de conhecimento de parte considerável do corpo daIgreja que os tais foram reprovados por comentários pejorativos à um dos presbíteros, o quegerou certa facção dentro do corpo. Apesar de perdoados, não é justificável a recondução dosmesmos ao diaconato sem a mínima consulta ao presbítero ofendido e sobretudo à igreja, poistal ordenação, contradiz o texto base para a ordenação de diáconos, pois mesmo com o

     perdão, tais diáconos foram reprovados por não se encaixaram na frase “se não houver nadacontra eles”81 , durante o período de provação:

    “Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de

     palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos. Devem

    apegar-se ao mistério da fé com a consciência limpa. Devem ser

     primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra

    eles, que atuem como diáconos. As mulheres igualmente sejam dignas,

    não caluniadoras, mas sóbrias e confiáveis em tudo. ” 

    1 Timóteo 3:8-11

    Além de contradizer esta passagem, a reordenação entrou em contradição com o textoda primeira ordenação de diáconos, presente em Atos 6, onde é notório que houve consensoentre os 12 apóstolos sobre a necessidade desta ordenação, com posterior contentamento damultidão. Tal acontecido não se observou na igreja pois além de não haver consulta aosegundo presbítero, não houve contentamento da igreja com o reordenamento.

    Como solução, é proposto à liderança, o estabelecimento de um diálogo entre o pastor ea igreja no tocante a decisões que afetem as ovelhas, além da discussão acerca de eventos etrabalhos que possam ser estabelecidos para o crescimento da igreja, como estudos bíblicos,avanços evangelísticos, etc. É necessário que haja humildade, à liderança, semelhante à de

    Cristo82,83,84

    , em reconhecer a importância do diálogo com a igreja.

    https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/15/22https://www.bibliaonline.com.br/nvi/1tm/3/8-11https://www.bibliaonline.com.br/nvi/1tm/3/8-11https://www.bibliaonline.com.br/nvi/atos/15/22

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    4.  DIVISÕES NA IGREJA

    “ Há seis coisas que o Senhor odeia, sete coisas que ele

    detesta: olhos altivos, língua mentirosa, mãos quederramam sangue inocente, coração que traça planos

     perversos, pés que se apressam para fazer o mal, a

    testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que

     provoca discórdia entre irmãos. ” 

    Provérbios 6.16-19

    As escrituras relatam que Deus é um ser Santo85  e Justo86  e exige santidade de suaIgreja87,88. Devido ao seu caráter Santo e Justo, Deus abomina a injustiça89 e também aqueleque semeia contenda entre os irmãos90. É também dito que qualquer que aborrece a seu irmão

    é homicia91, pois tais atitudes descumprem um dos mandamentos do Senhor, citado por Jesuscomo o segundo maior mandamento, e constantemente citado por João92,93,94 em suas cartasuniversais, que é: “amarás o teu próximo como a ti mesmo”95.

     No que concerne ao título do tópico, é mais do que notória a falta de sabedoria daliderança eclesiástica em, de maneira proposital ou não, provocar profundas rupturas no corpoda Santa Igreja do Senhor. É de conhecimento de parte da Igreja a prática de inimizades,

     porfias, iras, pelejas, dissenções, entre outros; práticas essas oriundas das obras da carne96, seagravando pelo fato de que tais obras tenham vindo recentemente da liderança97. Paralevarmos para o lado prático, é de inegável conhecimento que a liderança semeou contenda aoexpor, para diversos irmãos da Igreja, difamações ao então pastor dos jovens, quando este senegou a ir de maneira quase coercitiva à outra igreja. Tal fato é totalmente abominável aosolhos do Senhor, haja vista que chegou ao conhecimento do público, trazendo escandalo 96.Fica insustentável a omissão da Igreja99 no que concerne a este assunto, ainda mais quando éde conhecimento, que além do fato citado acima, o até então pastor dos jovens foiinjustamente atacado pela liderança, acusado de não ter moral para exercer as atividadeseclesiásticas, pelo mesmo não possuir residência própria, além de ter sido levantada a falsasuspeita de que o mesmo pudesse estar querendo tomar posse da igreja, ou causar umacontaminação e posterior divisão dos jovens.

    Como solução, é proposto um pedido de desculpas em particular, com posterior

    retratação à igreja, culminando no perdão mútuo entre os pastores envolvidos, pois como estáescrito: “Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir,ganhaste a teu irmão”100.

    Atenciosamente.

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    REFERÊNCIAS BÍBLICAS

    1 - Tg 1.192 - Tt 1.83 - Gl 5.22-234 - Ec 4.15 - Rm 10.176 - Sl 119.47 - Sl 12.6;8 - Sl 119.1609 - Sl 19.710 - Sl 19.1011 - Hb 4.12

    12 - 2Tm 3.16-1713 - Pe 3.1814 - Cl 1.915 - 1Tm 6.3-516 - At 22.317 - 1Co 8.218 - Mt 25.14-1519 - Rm 12.6-820 - Ef 4.11-1221 - Fp 1.1622 - Mc 16.1523 - Lc 15.1-1024 - 2Co 5.18-2125 - Mt 28.18-2026 - Sl 7.1227 - Ez 3.18-2128 - Jr 48.1029 - 2Tm 1.730 - 1Co 9.1631 - Gl 1.8-932 - 1Co 15.3-4

    33 - 2Tm 1.13,1434 - 1Tm 4.15-16

    35 - Mt 13.41-4236 - 1Tm 1.1937 - 2Tm 2.1538 - Lv 19.1939 - Rm 3.2340 - Jo 1.141 - 2Co 5.2142 - Is 53.1043 - Dt 21.2344 - Gl 3.345 - Sl 75.8

    46 - Mc 14.3647 - Ap.14.1048 - Sl 22.149 - Mt 21.4650 - Fp 2.851 - Cl 2.1452 - 1Co 1.2053 - Ap 5.954 - 1Ts 1.1055 - Jo 3.1656 - At 3.1957 - Tg 2.1-958 - Mc 2.1759 - 1Tm 2.1-460 - At 17.3061 - Tt 2.1162 - Ez 18.2363 - 2Co 3.1864 - 1Jo 2.665 - Mt 25.4266 - Sl 41.1

    67 - 1Co 12.2768 - Ef 5.23

    69 - Jn 4.1270 - At 10.9-1671 - At 16.6-772 - 1Cr 28.373 - Pv 14.1274 - Rm 8.1475 - Hb 13.1776 - 1Co 5.4-577 - Mt 16.18-1978 - At 15.179 - At 15.28-29

    80 - At 15.681 - 1Tm 3.8-1182 - Fp 2.3-1083 - Mt 11.19-2084 - Mc 10.4585 - Is 6.386 - Ap 16.587 - 1Pe 1.1688 - Lv 20.789 - Pv 17.1590 - Pv 6.1991 - 1Jo 3.1592 - 1Jo 3.16-1893 - 1Jo 4.894 - 1Jo 4.1195 - Mc 12:30-3196 - Gl 5.1997 - Tg 3.198 - Mt 18.799 - Ef 5.11100 - Mt 18.15