caracterizaÇÃo do fluxo e apontamento de alternativas para melhoria do … · 2019. 9. 18. ·...

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RODOLFO RODRIGUES SOUSA Monografia elaborado como requisito para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II (TCC) do curso de Engenharia Civil do Centro Universitário Luterano de Palmas (CEULP/ULBRA). Orientador: Prof. Me. Thyago Phellip França Freitas CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO TRÁFEGO EM CRUZAMENTOS POR ROTATÓRIA: ESTUDO DA ROTATÓRIA DA AV. NS-02 COM A LO-05 NA CIDADE DE PALMAS-TO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO II - TCC II Acadêmico: Rodolfo Rodrigues Sousa Orientador: Prof. Me. Thyago Phellip França Freitas

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Page 1: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

RODOLFO RODRIGUES SOUSA

Monografia elaborado como requisito para aprovaccedilatildeo na disciplina de Trabalho de Conclusatildeo de Curso II (TCC) do curso de Engenharia Civil do Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas (CEULPULBRA) Orientador Prof Me Thyago Phellip Franccedila Freitas

CARACTERIZACcedilAtildeO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO TRAacuteFEGO EM

CRUZAMENTOS POR ROTATOacuteRIA ESTUDO DA ROTATOacuteRIA DA AV NS-02 COM A LO-05 NA CIDADE DE PALMAS-TO

TRABALHO DE CONCLUSAtildeO DE CURSO II - TCC II Acadecircmico Rodolfo Rodrigues Sousa

Orientador Prof Me Thyago Phellip Franccedila Freitas

RODOLFO RODRIGUES SOUSA

CARACTERIZACcedilAtildeO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO TRAacuteFEGO EM CRUZAMENTOS POR ROTATOacuteRIA ESTUDO DA

ROTATOacuteRIA DA AV NS-02 COM A LO-05 NA CIDADE DE PALMAS-TO

Monografia apresentado como requisito final para aprovaccedilatildeo na disciplina de Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) II do curso de Engenharia Civil do Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas (CEULPULBRA)

Orientador Prof Me Thyago Phellip Franccedila Freitas

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________ Prof Me Thyago Phellip Franccedila Freitas

Orientador Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas mdash CEULP

____________________________________________________________ Prof Me Euzir Pinto Chagas

Membro Interno Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas mdash CEULP

____________________________________________________________ Prof Me Andherson Prado Campos

Membro Interno Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas mdash CEULP

PALMAS ndash TO 2018

Dedico este trabalho e minha graduaccedilatildeo agrave

meus Pais meu Tio Genilson meus

Irmatildeos agrave Islane e todos os meus poucos

amigos Pessoas que estiveram comigo

durante esta caminhada e me deram

perseveranccedila para acreditar e chegar ateacute o

final

AGRADECIMENTOS

A minha primeira orientadora Elaine Chiesa que me trouxe as primeiras

orientaccedilotildees e que sempre muito disponiacutevel e soliacutecita para me atender e ajudar ainda

no TCC 1 compartilhando de seus conhecimentos e trazendo dicas importantes para

a construccedilatildeo deste trabalho

Ao meu segundo orientador o Professor Thyago Phellip Franccedila Freitas que

trouxe outros paracircmetros para o trabalho com sua organizaccedilatildeo conhecimento e

incriacutevel capacidade de tratar de diversos assuntos Bastante interessado na evoluccedilatildeo

de seus orientandos e com resultados positivos para o desenvolvimento do meu

trabalho com orientaccedilotildees e conhecimentos de muita importacircncia para meu

crescimento como entatildeo pesquisador

Agradeccedilo tambeacutem a todos os professores que tive a oportunidade assistir aula

para e absorver conhecimento durante esses dez periacuteodos de graduaccedilatildeo Muitos

deles com real paixatildeo pelo que fazem com prazer em ensinar outros com enorme

bagagem didaacutetica outros com irreverencia poreacutem todos essenciais para que eu

chegasse ao final desta graduaccedilatildeo Ainda agradeccedilo aos bons colegas de curso com

quem compartilhei dias e horas de estudo e que pudemos ser valiosos

reciprocamente

Em especial agradeccedilo a meu Tio e grande amigo e professor da vida Genilson

Teixeira com quem sempre compartilhei minhas demandas pessoa que me apoiava

e sempre esteve e sempre estaraacute comigo pois sua presenccedila sempre estaraacute comigo

E por uacuteltimo e mais importante a Deus e minha famiacutelia pais e irmatildeos e

namorada principalmente meu pai Gilvan P de Sousa que foi o provedor destes

meus longos anos de estudo sempre me dando forccedila nos momentos de privaccedilatildeo e

decepccedilatildeo em momentos em que as expectativas natildeo foram supridas Mas tambeacutem

em momentos de comemoraccedilatildeo em instantes onde tudo parecia natildeo poder ser

resolvido

Todos vocecircs tecircm o meu maior respeito e gratidatildeo por tudo que fizeram muito

obrigado

SOUSA Rodolfo Rodrigues Caracterizaccedilatildeo do fluxo e apontamento de alternativas para melhoria do traacutefego em cruzamentos por rotatoacuteria da AV NS-02 com a LO-05 na cidade de Palmas-TO Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo) ndash Curso de Engenharia Civil Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas PalmasTO XX f ANO 2018

RESUMO

A qualidade do transito estaacute diretamente ligada agrave qualidade de vida da populaccedilatildeo e atividade comercial sendo assim o presente trabalho faz estudo do tracircnsito na rotatoacuteria das avenidas LO-05 e NS-02 na cidade de Palmas-TO O traacutefego neste cruzamento eacute praticamente por todo o horaacuterio de pico aleacutem de possuir mau escoamento do traacutefego principalmente no horaacuterio do teacutermino de expediente entre 17 e 19 horas aleacutem de ser rota para o centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade e onde estaacute situada a feira coberta da 304 sul um dos principais equipamentos puacuteblicos da cidade e como agravante a feira tem funcionamento agraves sextas feiras dia de maior solicitaccedilatildeo na interseccedilatildeo Haacute em outras rotatoacuterias congestionamento em virtude da densidade populacional elevada no entorno sendo assim o traacutefego urbano eacute um grande pespego para a gestatildeo puacuteblica e de transito Resolver esta demanda eacute importante nesse momento pensando na sobrecarga veicular e no crescimento da densidade populacional desta capital Como metodologia foram utilizados a legislaccedilatildeo CONTRAN e DENATRAN com seus manuais Manual de Estudos de Traacutefego e Manual de Projeto de Interseccedilotildees aleacutem de ter sido contabilizado o fluxo de forma caracterizada (particular) com auxiacutelio de um aplicativo de smartphone pago em horaacuterios determinados pelos manuais vigentes e em dias tiacutepicos e intercalados da semana aleacutem do confrontamento com os nuacutemeros do elemento existente (rotatoacuteria) com os de outros tipos meios de controle de traacutefego como sinalizaccedilatildeo semafoacuterica interseccedilatildeo em dois niacuteveis e ateacute mesmo outros modelos de roacutetulas Os resultados obtidos foram passiacuteveis a aplicaccedilatildeo de uma interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes ou a permanecircncia da roacutetula poreacutem com adequaccedilotildees no traacutefego em outras vias arteriais da cidade que satildeo interrompidas ou estranguladas Palavras-chave Tracircnsito Rotatoacuteria Semaacuteforo Interseccedilatildeo Palmas

SOUSA Rodolfo Rodrigues Characterization of the flow and indication of

alternatives for the improvement of the traffic in crossings by AV roundabout NS-02

with LO-05 in the city of Palmas-TO Course Completion Work (Undergraduate) -

Civil Engineering Course Lutheran University Center of Palmas Palmas TO XX f

YEAR 2018

ABSTRACT

The quality of the traffic is directly linked to the quality of life of the population and

commercial activity so the present work is a study of the traffic in the roundabout of

the avenues LO-05 and NS-02 in the city of Palmas-TO The traffic in this intersection

is practically during all the peak hours besides having poor traffic flow especially at

the office hours between 17 and 19 hours besides being a route to the commercial

center and the public functionaries of the city and where is located the indoor fair of

304 south one of the main public facilities of the city and as an aggravating factor the

fair operates on Fridays the day of greatest demand at the intersection At other

roundabouts there is congestion due to the high population density in the surrounding

area thus urban traffic is a major drawback for public management and transit Solving

this demand is important at this time considering the vehicular overload and the growth

of the population density of this capital As a methodology the CONTRAN and

DENATRAN legislation were used with their manuals Manual of Traffic Studies and

Manual of Intersection Project besides having been accounted for the flow in a

characterized (private) way with the aid of a paid smartphone application at times

determined by the current manuals and on typical and intercalated days of the week

in addition to confrontation with the numbers of the existing element (rotational) with

those of other types of traffic control means such as traffic light two-level intersection

and even other models of kneecaps The results obtained were able to apply an

intersection at different levels or the permanence of the patella but with adjustments

in the traffic in other arteries of the city that are interrupted or strangled

Keywords Transit Rotatory Traffic light Intersection

LISTA DE TABELAS

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados 35

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr 36

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio 37

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira 39

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto 42

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto 43

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr 44

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula 45

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria 47

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 2: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

RODOLFO RODRIGUES SOUSA

CARACTERIZACcedilAtildeO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO TRAacuteFEGO EM CRUZAMENTOS POR ROTATOacuteRIA ESTUDO DA

ROTATOacuteRIA DA AV NS-02 COM A LO-05 NA CIDADE DE PALMAS-TO

Monografia apresentado como requisito final para aprovaccedilatildeo na disciplina de Trabalho de Conclusatildeo de Curso (TCC) II do curso de Engenharia Civil do Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas (CEULPULBRA)

Orientador Prof Me Thyago Phellip Franccedila Freitas

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________________________ Prof Me Thyago Phellip Franccedila Freitas

Orientador Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas mdash CEULP

____________________________________________________________ Prof Me Euzir Pinto Chagas

Membro Interno Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas mdash CEULP

____________________________________________________________ Prof Me Andherson Prado Campos

Membro Interno Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas mdash CEULP

PALMAS ndash TO 2018

Dedico este trabalho e minha graduaccedilatildeo agrave

meus Pais meu Tio Genilson meus

Irmatildeos agrave Islane e todos os meus poucos

amigos Pessoas que estiveram comigo

durante esta caminhada e me deram

perseveranccedila para acreditar e chegar ateacute o

final

AGRADECIMENTOS

A minha primeira orientadora Elaine Chiesa que me trouxe as primeiras

orientaccedilotildees e que sempre muito disponiacutevel e soliacutecita para me atender e ajudar ainda

no TCC 1 compartilhando de seus conhecimentos e trazendo dicas importantes para

a construccedilatildeo deste trabalho

Ao meu segundo orientador o Professor Thyago Phellip Franccedila Freitas que

trouxe outros paracircmetros para o trabalho com sua organizaccedilatildeo conhecimento e

incriacutevel capacidade de tratar de diversos assuntos Bastante interessado na evoluccedilatildeo

de seus orientandos e com resultados positivos para o desenvolvimento do meu

trabalho com orientaccedilotildees e conhecimentos de muita importacircncia para meu

crescimento como entatildeo pesquisador

Agradeccedilo tambeacutem a todos os professores que tive a oportunidade assistir aula

para e absorver conhecimento durante esses dez periacuteodos de graduaccedilatildeo Muitos

deles com real paixatildeo pelo que fazem com prazer em ensinar outros com enorme

bagagem didaacutetica outros com irreverencia poreacutem todos essenciais para que eu

chegasse ao final desta graduaccedilatildeo Ainda agradeccedilo aos bons colegas de curso com

quem compartilhei dias e horas de estudo e que pudemos ser valiosos

reciprocamente

Em especial agradeccedilo a meu Tio e grande amigo e professor da vida Genilson

Teixeira com quem sempre compartilhei minhas demandas pessoa que me apoiava

e sempre esteve e sempre estaraacute comigo pois sua presenccedila sempre estaraacute comigo

E por uacuteltimo e mais importante a Deus e minha famiacutelia pais e irmatildeos e

namorada principalmente meu pai Gilvan P de Sousa que foi o provedor destes

meus longos anos de estudo sempre me dando forccedila nos momentos de privaccedilatildeo e

decepccedilatildeo em momentos em que as expectativas natildeo foram supridas Mas tambeacutem

em momentos de comemoraccedilatildeo em instantes onde tudo parecia natildeo poder ser

resolvido

Todos vocecircs tecircm o meu maior respeito e gratidatildeo por tudo que fizeram muito

obrigado

SOUSA Rodolfo Rodrigues Caracterizaccedilatildeo do fluxo e apontamento de alternativas para melhoria do traacutefego em cruzamentos por rotatoacuteria da AV NS-02 com a LO-05 na cidade de Palmas-TO Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo) ndash Curso de Engenharia Civil Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas PalmasTO XX f ANO 2018

RESUMO

A qualidade do transito estaacute diretamente ligada agrave qualidade de vida da populaccedilatildeo e atividade comercial sendo assim o presente trabalho faz estudo do tracircnsito na rotatoacuteria das avenidas LO-05 e NS-02 na cidade de Palmas-TO O traacutefego neste cruzamento eacute praticamente por todo o horaacuterio de pico aleacutem de possuir mau escoamento do traacutefego principalmente no horaacuterio do teacutermino de expediente entre 17 e 19 horas aleacutem de ser rota para o centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade e onde estaacute situada a feira coberta da 304 sul um dos principais equipamentos puacuteblicos da cidade e como agravante a feira tem funcionamento agraves sextas feiras dia de maior solicitaccedilatildeo na interseccedilatildeo Haacute em outras rotatoacuterias congestionamento em virtude da densidade populacional elevada no entorno sendo assim o traacutefego urbano eacute um grande pespego para a gestatildeo puacuteblica e de transito Resolver esta demanda eacute importante nesse momento pensando na sobrecarga veicular e no crescimento da densidade populacional desta capital Como metodologia foram utilizados a legislaccedilatildeo CONTRAN e DENATRAN com seus manuais Manual de Estudos de Traacutefego e Manual de Projeto de Interseccedilotildees aleacutem de ter sido contabilizado o fluxo de forma caracterizada (particular) com auxiacutelio de um aplicativo de smartphone pago em horaacuterios determinados pelos manuais vigentes e em dias tiacutepicos e intercalados da semana aleacutem do confrontamento com os nuacutemeros do elemento existente (rotatoacuteria) com os de outros tipos meios de controle de traacutefego como sinalizaccedilatildeo semafoacuterica interseccedilatildeo em dois niacuteveis e ateacute mesmo outros modelos de roacutetulas Os resultados obtidos foram passiacuteveis a aplicaccedilatildeo de uma interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes ou a permanecircncia da roacutetula poreacutem com adequaccedilotildees no traacutefego em outras vias arteriais da cidade que satildeo interrompidas ou estranguladas Palavras-chave Tracircnsito Rotatoacuteria Semaacuteforo Interseccedilatildeo Palmas

SOUSA Rodolfo Rodrigues Characterization of the flow and indication of

alternatives for the improvement of the traffic in crossings by AV roundabout NS-02

with LO-05 in the city of Palmas-TO Course Completion Work (Undergraduate) -

Civil Engineering Course Lutheran University Center of Palmas Palmas TO XX f

YEAR 2018

ABSTRACT

The quality of the traffic is directly linked to the quality of life of the population and

commercial activity so the present work is a study of the traffic in the roundabout of

the avenues LO-05 and NS-02 in the city of Palmas-TO The traffic in this intersection

is practically during all the peak hours besides having poor traffic flow especially at

the office hours between 17 and 19 hours besides being a route to the commercial

center and the public functionaries of the city and where is located the indoor fair of

304 south one of the main public facilities of the city and as an aggravating factor the

fair operates on Fridays the day of greatest demand at the intersection At other

roundabouts there is congestion due to the high population density in the surrounding

area thus urban traffic is a major drawback for public management and transit Solving

this demand is important at this time considering the vehicular overload and the growth

of the population density of this capital As a methodology the CONTRAN and

DENATRAN legislation were used with their manuals Manual of Traffic Studies and

Manual of Intersection Project besides having been accounted for the flow in a

characterized (private) way with the aid of a paid smartphone application at times

determined by the current manuals and on typical and intercalated days of the week

in addition to confrontation with the numbers of the existing element (rotational) with

those of other types of traffic control means such as traffic light two-level intersection

and even other models of kneecaps The results obtained were able to apply an

intersection at different levels or the permanence of the patella but with adjustments

in the traffic in other arteries of the city that are interrupted or strangled

Keywords Transit Rotatory Traffic light Intersection

LISTA DE TABELAS

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados 35

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr 36

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio 37

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira 39

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto 42

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto 43

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr 44

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula 45

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria 47

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 3: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

Dedico este trabalho e minha graduaccedilatildeo agrave

meus Pais meu Tio Genilson meus

Irmatildeos agrave Islane e todos os meus poucos

amigos Pessoas que estiveram comigo

durante esta caminhada e me deram

perseveranccedila para acreditar e chegar ateacute o

final

AGRADECIMENTOS

A minha primeira orientadora Elaine Chiesa que me trouxe as primeiras

orientaccedilotildees e que sempre muito disponiacutevel e soliacutecita para me atender e ajudar ainda

no TCC 1 compartilhando de seus conhecimentos e trazendo dicas importantes para

a construccedilatildeo deste trabalho

Ao meu segundo orientador o Professor Thyago Phellip Franccedila Freitas que

trouxe outros paracircmetros para o trabalho com sua organizaccedilatildeo conhecimento e

incriacutevel capacidade de tratar de diversos assuntos Bastante interessado na evoluccedilatildeo

de seus orientandos e com resultados positivos para o desenvolvimento do meu

trabalho com orientaccedilotildees e conhecimentos de muita importacircncia para meu

crescimento como entatildeo pesquisador

Agradeccedilo tambeacutem a todos os professores que tive a oportunidade assistir aula

para e absorver conhecimento durante esses dez periacuteodos de graduaccedilatildeo Muitos

deles com real paixatildeo pelo que fazem com prazer em ensinar outros com enorme

bagagem didaacutetica outros com irreverencia poreacutem todos essenciais para que eu

chegasse ao final desta graduaccedilatildeo Ainda agradeccedilo aos bons colegas de curso com

quem compartilhei dias e horas de estudo e que pudemos ser valiosos

reciprocamente

Em especial agradeccedilo a meu Tio e grande amigo e professor da vida Genilson

Teixeira com quem sempre compartilhei minhas demandas pessoa que me apoiava

e sempre esteve e sempre estaraacute comigo pois sua presenccedila sempre estaraacute comigo

E por uacuteltimo e mais importante a Deus e minha famiacutelia pais e irmatildeos e

namorada principalmente meu pai Gilvan P de Sousa que foi o provedor destes

meus longos anos de estudo sempre me dando forccedila nos momentos de privaccedilatildeo e

decepccedilatildeo em momentos em que as expectativas natildeo foram supridas Mas tambeacutem

em momentos de comemoraccedilatildeo em instantes onde tudo parecia natildeo poder ser

resolvido

Todos vocecircs tecircm o meu maior respeito e gratidatildeo por tudo que fizeram muito

obrigado

SOUSA Rodolfo Rodrigues Caracterizaccedilatildeo do fluxo e apontamento de alternativas para melhoria do traacutefego em cruzamentos por rotatoacuteria da AV NS-02 com a LO-05 na cidade de Palmas-TO Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo) ndash Curso de Engenharia Civil Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas PalmasTO XX f ANO 2018

RESUMO

A qualidade do transito estaacute diretamente ligada agrave qualidade de vida da populaccedilatildeo e atividade comercial sendo assim o presente trabalho faz estudo do tracircnsito na rotatoacuteria das avenidas LO-05 e NS-02 na cidade de Palmas-TO O traacutefego neste cruzamento eacute praticamente por todo o horaacuterio de pico aleacutem de possuir mau escoamento do traacutefego principalmente no horaacuterio do teacutermino de expediente entre 17 e 19 horas aleacutem de ser rota para o centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade e onde estaacute situada a feira coberta da 304 sul um dos principais equipamentos puacuteblicos da cidade e como agravante a feira tem funcionamento agraves sextas feiras dia de maior solicitaccedilatildeo na interseccedilatildeo Haacute em outras rotatoacuterias congestionamento em virtude da densidade populacional elevada no entorno sendo assim o traacutefego urbano eacute um grande pespego para a gestatildeo puacuteblica e de transito Resolver esta demanda eacute importante nesse momento pensando na sobrecarga veicular e no crescimento da densidade populacional desta capital Como metodologia foram utilizados a legislaccedilatildeo CONTRAN e DENATRAN com seus manuais Manual de Estudos de Traacutefego e Manual de Projeto de Interseccedilotildees aleacutem de ter sido contabilizado o fluxo de forma caracterizada (particular) com auxiacutelio de um aplicativo de smartphone pago em horaacuterios determinados pelos manuais vigentes e em dias tiacutepicos e intercalados da semana aleacutem do confrontamento com os nuacutemeros do elemento existente (rotatoacuteria) com os de outros tipos meios de controle de traacutefego como sinalizaccedilatildeo semafoacuterica interseccedilatildeo em dois niacuteveis e ateacute mesmo outros modelos de roacutetulas Os resultados obtidos foram passiacuteveis a aplicaccedilatildeo de uma interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes ou a permanecircncia da roacutetula poreacutem com adequaccedilotildees no traacutefego em outras vias arteriais da cidade que satildeo interrompidas ou estranguladas Palavras-chave Tracircnsito Rotatoacuteria Semaacuteforo Interseccedilatildeo Palmas

SOUSA Rodolfo Rodrigues Characterization of the flow and indication of

alternatives for the improvement of the traffic in crossings by AV roundabout NS-02

with LO-05 in the city of Palmas-TO Course Completion Work (Undergraduate) -

Civil Engineering Course Lutheran University Center of Palmas Palmas TO XX f

YEAR 2018

ABSTRACT

The quality of the traffic is directly linked to the quality of life of the population and

commercial activity so the present work is a study of the traffic in the roundabout of

the avenues LO-05 and NS-02 in the city of Palmas-TO The traffic in this intersection

is practically during all the peak hours besides having poor traffic flow especially at

the office hours between 17 and 19 hours besides being a route to the commercial

center and the public functionaries of the city and where is located the indoor fair of

304 south one of the main public facilities of the city and as an aggravating factor the

fair operates on Fridays the day of greatest demand at the intersection At other

roundabouts there is congestion due to the high population density in the surrounding

area thus urban traffic is a major drawback for public management and transit Solving

this demand is important at this time considering the vehicular overload and the growth

of the population density of this capital As a methodology the CONTRAN and

DENATRAN legislation were used with their manuals Manual of Traffic Studies and

Manual of Intersection Project besides having been accounted for the flow in a

characterized (private) way with the aid of a paid smartphone application at times

determined by the current manuals and on typical and intercalated days of the week

in addition to confrontation with the numbers of the existing element (rotational) with

those of other types of traffic control means such as traffic light two-level intersection

and even other models of kneecaps The results obtained were able to apply an

intersection at different levels or the permanence of the patella but with adjustments

in the traffic in other arteries of the city that are interrupted or strangled

Keywords Transit Rotatory Traffic light Intersection

LISTA DE TABELAS

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados 35

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr 36

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio 37

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira 39

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto 42

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto 43

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr 44

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula 45

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria 47

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 4: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

AGRADECIMENTOS

A minha primeira orientadora Elaine Chiesa que me trouxe as primeiras

orientaccedilotildees e que sempre muito disponiacutevel e soliacutecita para me atender e ajudar ainda

no TCC 1 compartilhando de seus conhecimentos e trazendo dicas importantes para

a construccedilatildeo deste trabalho

Ao meu segundo orientador o Professor Thyago Phellip Franccedila Freitas que

trouxe outros paracircmetros para o trabalho com sua organizaccedilatildeo conhecimento e

incriacutevel capacidade de tratar de diversos assuntos Bastante interessado na evoluccedilatildeo

de seus orientandos e com resultados positivos para o desenvolvimento do meu

trabalho com orientaccedilotildees e conhecimentos de muita importacircncia para meu

crescimento como entatildeo pesquisador

Agradeccedilo tambeacutem a todos os professores que tive a oportunidade assistir aula

para e absorver conhecimento durante esses dez periacuteodos de graduaccedilatildeo Muitos

deles com real paixatildeo pelo que fazem com prazer em ensinar outros com enorme

bagagem didaacutetica outros com irreverencia poreacutem todos essenciais para que eu

chegasse ao final desta graduaccedilatildeo Ainda agradeccedilo aos bons colegas de curso com

quem compartilhei dias e horas de estudo e que pudemos ser valiosos

reciprocamente

Em especial agradeccedilo a meu Tio e grande amigo e professor da vida Genilson

Teixeira com quem sempre compartilhei minhas demandas pessoa que me apoiava

e sempre esteve e sempre estaraacute comigo pois sua presenccedila sempre estaraacute comigo

E por uacuteltimo e mais importante a Deus e minha famiacutelia pais e irmatildeos e

namorada principalmente meu pai Gilvan P de Sousa que foi o provedor destes

meus longos anos de estudo sempre me dando forccedila nos momentos de privaccedilatildeo e

decepccedilatildeo em momentos em que as expectativas natildeo foram supridas Mas tambeacutem

em momentos de comemoraccedilatildeo em instantes onde tudo parecia natildeo poder ser

resolvido

Todos vocecircs tecircm o meu maior respeito e gratidatildeo por tudo que fizeram muito

obrigado

SOUSA Rodolfo Rodrigues Caracterizaccedilatildeo do fluxo e apontamento de alternativas para melhoria do traacutefego em cruzamentos por rotatoacuteria da AV NS-02 com a LO-05 na cidade de Palmas-TO Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo) ndash Curso de Engenharia Civil Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas PalmasTO XX f ANO 2018

RESUMO

A qualidade do transito estaacute diretamente ligada agrave qualidade de vida da populaccedilatildeo e atividade comercial sendo assim o presente trabalho faz estudo do tracircnsito na rotatoacuteria das avenidas LO-05 e NS-02 na cidade de Palmas-TO O traacutefego neste cruzamento eacute praticamente por todo o horaacuterio de pico aleacutem de possuir mau escoamento do traacutefego principalmente no horaacuterio do teacutermino de expediente entre 17 e 19 horas aleacutem de ser rota para o centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade e onde estaacute situada a feira coberta da 304 sul um dos principais equipamentos puacuteblicos da cidade e como agravante a feira tem funcionamento agraves sextas feiras dia de maior solicitaccedilatildeo na interseccedilatildeo Haacute em outras rotatoacuterias congestionamento em virtude da densidade populacional elevada no entorno sendo assim o traacutefego urbano eacute um grande pespego para a gestatildeo puacuteblica e de transito Resolver esta demanda eacute importante nesse momento pensando na sobrecarga veicular e no crescimento da densidade populacional desta capital Como metodologia foram utilizados a legislaccedilatildeo CONTRAN e DENATRAN com seus manuais Manual de Estudos de Traacutefego e Manual de Projeto de Interseccedilotildees aleacutem de ter sido contabilizado o fluxo de forma caracterizada (particular) com auxiacutelio de um aplicativo de smartphone pago em horaacuterios determinados pelos manuais vigentes e em dias tiacutepicos e intercalados da semana aleacutem do confrontamento com os nuacutemeros do elemento existente (rotatoacuteria) com os de outros tipos meios de controle de traacutefego como sinalizaccedilatildeo semafoacuterica interseccedilatildeo em dois niacuteveis e ateacute mesmo outros modelos de roacutetulas Os resultados obtidos foram passiacuteveis a aplicaccedilatildeo de uma interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes ou a permanecircncia da roacutetula poreacutem com adequaccedilotildees no traacutefego em outras vias arteriais da cidade que satildeo interrompidas ou estranguladas Palavras-chave Tracircnsito Rotatoacuteria Semaacuteforo Interseccedilatildeo Palmas

SOUSA Rodolfo Rodrigues Characterization of the flow and indication of

alternatives for the improvement of the traffic in crossings by AV roundabout NS-02

with LO-05 in the city of Palmas-TO Course Completion Work (Undergraduate) -

Civil Engineering Course Lutheran University Center of Palmas Palmas TO XX f

YEAR 2018

ABSTRACT

The quality of the traffic is directly linked to the quality of life of the population and

commercial activity so the present work is a study of the traffic in the roundabout of

the avenues LO-05 and NS-02 in the city of Palmas-TO The traffic in this intersection

is practically during all the peak hours besides having poor traffic flow especially at

the office hours between 17 and 19 hours besides being a route to the commercial

center and the public functionaries of the city and where is located the indoor fair of

304 south one of the main public facilities of the city and as an aggravating factor the

fair operates on Fridays the day of greatest demand at the intersection At other

roundabouts there is congestion due to the high population density in the surrounding

area thus urban traffic is a major drawback for public management and transit Solving

this demand is important at this time considering the vehicular overload and the growth

of the population density of this capital As a methodology the CONTRAN and

DENATRAN legislation were used with their manuals Manual of Traffic Studies and

Manual of Intersection Project besides having been accounted for the flow in a

characterized (private) way with the aid of a paid smartphone application at times

determined by the current manuals and on typical and intercalated days of the week

in addition to confrontation with the numbers of the existing element (rotational) with

those of other types of traffic control means such as traffic light two-level intersection

and even other models of kneecaps The results obtained were able to apply an

intersection at different levels or the permanence of the patella but with adjustments

in the traffic in other arteries of the city that are interrupted or strangled

Keywords Transit Rotatory Traffic light Intersection

LISTA DE TABELAS

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados 35

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr 36

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio 37

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira 39

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto 42

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto 43

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr 44

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula 45

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria 47

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

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Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

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rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 5: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

SOUSA Rodolfo Rodrigues Caracterizaccedilatildeo do fluxo e apontamento de alternativas para melhoria do traacutefego em cruzamentos por rotatoacuteria da AV NS-02 com a LO-05 na cidade de Palmas-TO Trabalho de Conclusatildeo de Curso (Graduaccedilatildeo) ndash Curso de Engenharia Civil Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas PalmasTO XX f ANO 2018

RESUMO

A qualidade do transito estaacute diretamente ligada agrave qualidade de vida da populaccedilatildeo e atividade comercial sendo assim o presente trabalho faz estudo do tracircnsito na rotatoacuteria das avenidas LO-05 e NS-02 na cidade de Palmas-TO O traacutefego neste cruzamento eacute praticamente por todo o horaacuterio de pico aleacutem de possuir mau escoamento do traacutefego principalmente no horaacuterio do teacutermino de expediente entre 17 e 19 horas aleacutem de ser rota para o centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade e onde estaacute situada a feira coberta da 304 sul um dos principais equipamentos puacuteblicos da cidade e como agravante a feira tem funcionamento agraves sextas feiras dia de maior solicitaccedilatildeo na interseccedilatildeo Haacute em outras rotatoacuterias congestionamento em virtude da densidade populacional elevada no entorno sendo assim o traacutefego urbano eacute um grande pespego para a gestatildeo puacuteblica e de transito Resolver esta demanda eacute importante nesse momento pensando na sobrecarga veicular e no crescimento da densidade populacional desta capital Como metodologia foram utilizados a legislaccedilatildeo CONTRAN e DENATRAN com seus manuais Manual de Estudos de Traacutefego e Manual de Projeto de Interseccedilotildees aleacutem de ter sido contabilizado o fluxo de forma caracterizada (particular) com auxiacutelio de um aplicativo de smartphone pago em horaacuterios determinados pelos manuais vigentes e em dias tiacutepicos e intercalados da semana aleacutem do confrontamento com os nuacutemeros do elemento existente (rotatoacuteria) com os de outros tipos meios de controle de traacutefego como sinalizaccedilatildeo semafoacuterica interseccedilatildeo em dois niacuteveis e ateacute mesmo outros modelos de roacutetulas Os resultados obtidos foram passiacuteveis a aplicaccedilatildeo de uma interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes ou a permanecircncia da roacutetula poreacutem com adequaccedilotildees no traacutefego em outras vias arteriais da cidade que satildeo interrompidas ou estranguladas Palavras-chave Tracircnsito Rotatoacuteria Semaacuteforo Interseccedilatildeo Palmas

SOUSA Rodolfo Rodrigues Characterization of the flow and indication of

alternatives for the improvement of the traffic in crossings by AV roundabout NS-02

with LO-05 in the city of Palmas-TO Course Completion Work (Undergraduate) -

Civil Engineering Course Lutheran University Center of Palmas Palmas TO XX f

YEAR 2018

ABSTRACT

The quality of the traffic is directly linked to the quality of life of the population and

commercial activity so the present work is a study of the traffic in the roundabout of

the avenues LO-05 and NS-02 in the city of Palmas-TO The traffic in this intersection

is practically during all the peak hours besides having poor traffic flow especially at

the office hours between 17 and 19 hours besides being a route to the commercial

center and the public functionaries of the city and where is located the indoor fair of

304 south one of the main public facilities of the city and as an aggravating factor the

fair operates on Fridays the day of greatest demand at the intersection At other

roundabouts there is congestion due to the high population density in the surrounding

area thus urban traffic is a major drawback for public management and transit Solving

this demand is important at this time considering the vehicular overload and the growth

of the population density of this capital As a methodology the CONTRAN and

DENATRAN legislation were used with their manuals Manual of Traffic Studies and

Manual of Intersection Project besides having been accounted for the flow in a

characterized (private) way with the aid of a paid smartphone application at times

determined by the current manuals and on typical and intercalated days of the week

in addition to confrontation with the numbers of the existing element (rotational) with

those of other types of traffic control means such as traffic light two-level intersection

and even other models of kneecaps The results obtained were able to apply an

intersection at different levels or the permanence of the patella but with adjustments

in the traffic in other arteries of the city that are interrupted or strangled

Keywords Transit Rotatory Traffic light Intersection

LISTA DE TABELAS

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados 35

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr 36

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio 37

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira 39

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto 42

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto 43

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr 44

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula 45

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria 47

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 6: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

SOUSA Rodolfo Rodrigues Characterization of the flow and indication of

alternatives for the improvement of the traffic in crossings by AV roundabout NS-02

with LO-05 in the city of Palmas-TO Course Completion Work (Undergraduate) -

Civil Engineering Course Lutheran University Center of Palmas Palmas TO XX f

YEAR 2018

ABSTRACT

The quality of the traffic is directly linked to the quality of life of the population and

commercial activity so the present work is a study of the traffic in the roundabout of

the avenues LO-05 and NS-02 in the city of Palmas-TO The traffic in this intersection

is practically during all the peak hours besides having poor traffic flow especially at

the office hours between 17 and 19 hours besides being a route to the commercial

center and the public functionaries of the city and where is located the indoor fair of

304 south one of the main public facilities of the city and as an aggravating factor the

fair operates on Fridays the day of greatest demand at the intersection At other

roundabouts there is congestion due to the high population density in the surrounding

area thus urban traffic is a major drawback for public management and transit Solving

this demand is important at this time considering the vehicular overload and the growth

of the population density of this capital As a methodology the CONTRAN and

DENATRAN legislation were used with their manuals Manual of Traffic Studies and

Manual of Intersection Project besides having been accounted for the flow in a

characterized (private) way with the aid of a paid smartphone application at times

determined by the current manuals and on typical and intercalated days of the week

in addition to confrontation with the numbers of the existing element (rotational) with

those of other types of traffic control means such as traffic light two-level intersection

and even other models of kneecaps The results obtained were able to apply an

intersection at different levels or the permanence of the patella but with adjustments

in the traffic in other arteries of the city that are interrupted or strangled

Keywords Transit Rotatory Traffic light Intersection

LISTA DE TABELAS

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados 35

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr 36

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio 37

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira 39

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto 42

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto 43

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr 44

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula 45

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria 47

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 7: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

LISTA DE TABELAS

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados 35

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr 36

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio 37

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira 39

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto 42

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto 43

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr 44

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula 45

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria 47

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 8: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana) 16

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula) 16

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional 21

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP 27

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado 28

Figura 6- Contagem classificada (RTC) 30

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC) 30

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC) 30

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC) 31

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC) 31

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr 32

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais 33

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados 34

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr 36

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario 37

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira 38

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira 38

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira 39

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira 40

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira 40

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira 41

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em

Palmas-TO 42

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna 45

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada 45

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula 46

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas 48

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas) 49

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330 49

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 9: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas

CONTRAN Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN Departamento Nacional de Tracircnsito

DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

DNER

SNT

Departamento Nacional de Estradas de Rodagem

Sistema Nacional de Tracircnsito

CETRAN Conselho Estadual de Tracircnsito

CONTRANDIFE Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal

CONFEA Conselho Federal de Engenharia e Agronomia

CEULP Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

MET Manual de Estudos de Traacutefego

CTB Coacutedigo de Transito Brasileiro

FHP Fator Horaacuterio de Pico

VHP Volume Horaacuterio de Projeto

VMD Volume Meacutedio Diaacuterio

Vn Volume de traacutefego

VPH Veiacuteculos por hora

UCP Unidades de carro de passeio

ULBRA Universidade Luterana do Brasil

CEULP

RTC

Centro Universitaacuterio Luterano de Palmas

RoadBounce Traffic Counter

SNT Sistema Nacional de Tracircnsito

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 10: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

LISTA DE SIacuteMBOLOS

Km Quilocircmetro

m Metros

un Unidade

H Hora

Min Minutos

O(n) Ordem de um algoritmo

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

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Page 11: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

11 PROBLEMA DE PESQUISA 12

12 OBJETIVOS 13

121 Objetivo Geral 13

122 Objetivos Especiacuteficos 13

13 JUSTIFICATIVA 13

2 SISTEMA VIAacuteRIO 15

21 VIAS 15

22 INTERSECcedilAtildeO 15

23 ROacuteTULA 15

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO 17

4 METODOLOGIA 27

41 LOCAL DE COLETA 28

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA 29

43 MATERIAIS DE COLETA 29

44 EPISOacuteDIO TESTE 31

45 TRATAMENTO DOS DADOS 32

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS 34

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS 34

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA 44

6- CONCLUSAtildeO 50

REFEREcircNCIAS 52

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 12: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

A tempos o ecircxodo rural provocou a migraccedilatildeo do povo do campo para a cidade

em busca de estudos e em decorrecircncia da industrializaccedilatildeo das cidades em busca de

emprego e de oportunidade e melhoria de vida Trazendo um crescimento

populacional para as cidades jaacute que o campo era onde se concentrava a maior parte

da populaccedilatildeo

Com a qualificaccedilatildeo das pessoas a economia e comeacutercio apresentou melhora

As pessoas estavam abrindo matildeo do meio de transporte animal e migrando para os

automotores motivados pela agilidade facilidade e comodidade Surgia entatildeo o

desejo da propriedade do veiacuteculo proacuteprio

A qualidade de vida tendia a prosperar entretanto concomitante a isto veio o

crescimento exponencial das cidades que se estende devotamente e em maior escala

nos dias atuais Pois o poder de compra foi otimizado com facilidades como o

financiamento de casas e veiacuteculos os impactos deste uacuteltimo satildeo a causa do nosso

estudo Contudo as cidades natildeo se adequaram ao crescimento da demanda de suas

populaccedilotildees gerando entatildeo graves problemas de mobilidade dentro as cidades

O que eacute um grande desafio para os gestores de transito e infraestrutura junto

ao aumento do traacutefego vecircm congestionamentos acidentes poluiccedilatildeo prejuiacutezos para

a economia pois gasta-se muito tempo no transito tempo esse onde poderia estar

sendo de produtividade e tambeacutem o prejuiacutezo agrave sauacutede de seus usuaacuterios

Em muitas cidades o planejamento urbano natildeo conseguiu harmonizar com

crescimento da densidade populacional assim a cada dia fica mais difiacutecil a soluccedilatildeo

dos obstaacuteculos agrave mobilidade vividos por sua populaccedilatildeo Grandes cidades como Satildeo

Paulo fazem o rodiacutezio de veiacuteculos esta eacute uma intervenccedilatildeo que ameniza o tracircnsito

poreacutem traz muitos outros inconvenientes pois tambeacutem prejudica os usuaacuterios que

ficam sem ldquoalternativardquo de transporte Jaacute que muitos natildeo optam por meios de

transporte puacuteblico como coletivo trem metrocirc e bicicleta

Tendo como exceccedilatildeo alguns modelos como o BRT de Curitiba-PR como

exemplo brasileiro que possui boa satisfaccedilatildeo dos usuaacuterios contudo ainda natildeo eacute um

meio de transporte que os usuaacuterios do automoacutevel proacuteprio considerem como alternativa

como meio de transporte por motivos como agilidade versatilidade e autonomia para

o usuaacuterio

Segundo o Ministeacuterio das Cidades DENATRAN a frota brasileira ateacute novembro

de 2017 era de 96790495 veiacuteculos incluiacutedo automotores e natildeo automotores De

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 13: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

12

acordo com o Banco Mundial (The World Bank) a populaccedilatildeo brasileira no ano de 2017

eacute de 209 milhotildees de habitantes o que corresponde a aproximadamente 216 carros

por habitante

No estado do Tocantins haviam sido emplacados 659038 veiacuteculos ateacute

novembro de 2017 de acordo com o DENATRAN

Na cidade de Palmas - TO onde foi feito o estudo conforme o Ministeacuterio Das

Cidades DENATRAN ateacute a data de 112017 havia 177852 veiacuteculos emplacados

Poreacutem estes dados natildeo contabilizam frotas de outras cidades do estado e do pais

Apesar de ser uma capital jovem e planejada Palmas jaacute lida mesmo que em

proporccedilotildees bem menores com os problemas de tracircnsito de outras capitais A cidade

teve o planejamento inserido desde o seu projeto visando a fluidez do tracircnsito sendo

embasada no projeto de Brasiacutelia-DF

Contudo a populaccedilatildeo vem crescendo em ritmo acelerado motivado pela sua

qualidade de vida e oportunidades e como jaacute eacute conhecido o crescimento faceia os

atravancos que eacute visto nas rotatoacuterias do centro comercial da cidade mais

especificamente na altura da AV LO-05 com a AV NS-02 que eacute caminho do centro

lojista e do centro do funcionalismo puacuteblico da cidade e ponto de uma das maiores

feiras cobertas da cidade a feira da 304 sul

O propoacutesito deste trabalho eacute estudar e apresentar atraveacutes da coleta de dados

in loco e da legislaccedilatildeo vigente no coacutedigo do DENATRAN medidas para a melhoria do

fluxo do traacutefego neste ponto da cidade objetivando a subtraccedilatildeo de pequenos

acidentes e fluidez do tracircnsito

Tais atribuiccedilotildees estatildeo no acircmbito da engenharia civil de acordo com Resoluccedilatildeo

nordm 1010 de 22 de agosto de 2005 inseridas no Sistema ConfeaCrea que permite

ao engenheiro civil atuar no desempenho do planejamento urbano na infraestrutura

viaacuteria traacutefego sinalizaccedilatildeo e transporte

11 PROBLEMA DE PESQUISA

A demanda de traacutefego no cruzamento por roacutetula da AV LO-05 com a AV NS-

02 justifica a implantaccedilatildeo de permanecircncia da roacutetula ou a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo

em niacuteveis diferentes

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 14: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

13

12 OBJETIVOS

121 Objetivo Geral

Identificar as caracteriacutesticas do fluxo de tracircnsito a fim de verificar e propor

melhoria da fluidez do traacutefego da rotatoacuteria da AV JK com a AV NS-02 na cidade de

Palmas ndash TO

122 Objetivos Especiacuteficos

Coletar dados in loco na rotatoacuteria em estudo do volume de traacutefego fazendo a

contagem classificatoacuteria de veiacuteculos e seus tipos

Identificar e mensurar quais horaacuterios e periacuteodos do dia haacute maior dificuldade no

escoamento do tracircnsito

Identificar e avaliar junto ao Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN

alternativas que possam viabilizar e eleger embasado em anaacutelises e nuacutemeros

a melhor proposta para responder a demanda do local estudado

13 JUSTIFICATIVA

O Tracircnsito nas grandes cidades tem sido um problema jaacute comum ao cotidiano

de quem nelas vive Jaacute para as pequenas e meacutedias eacute uma realidade que se aproxima

mais a cada dia Trazendo alto iacutendices de acidentes e perda de tempo produtivo para

a populaccedilatildeo refeacutem da lentidatildeo do traacutefego O novo cenaacuterio socioeconocircmico do paiacutes

nos uacuteltimos anos trouxe o aumento exponencial da frota de veiacuteculos que contribui

diretamente para esse cenaacuterio

Em quase 20 anos de 1998 a 2017 a frota brasileira aumentou 2973 de

acordo com dados do DENATRAN A populaccedilatildeo adquiriu maior poder de compra e

consumo aliada ao desejo do veiacuteculo proacuteprio conquista alcanccedilada para a maioria das

famiacutelias que antes em posse de apenas um veiacuteculo hoje possuem uma frota de dois

ou trecircs exemplares dependendo da classe social

Segundo Furlan e Santos (2016) 5685 dos usuaacuterios de transporte puacuteblico

satildeo insatisfeitos com o atendimento prestado A deficiecircncia do serviccedilo de transporte

puacuteblico tambeacutem eacute um fator determinante para concentraccedilatildeo veicular pois os usuaacuterios

do sistema coletivo exaustos pelo desserviccedilo buscam a aquisiccedilatildeo de seu proacuteprio meio

de transporte

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 15: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

14

Em meio a essa massa de veiacuteculos as cidades natildeo se adequaram a demanda

muitas mantendo a mesma malha viaacuteria de tempos menos demandados o que traz

os problemas decorrente da maacute gerencia e fluidez do tracircnsito nas cidades Em Palmas

- TO onde seraacute feito este estudo Tem-se uma cidade pequenameacutedio porte com

populaccedilatildeo de 286787 habitantes no ano de 2017 segundo o IBGE E jaacute conta com

iniacutecio de problemas nas aacutereas centrais a frota dos veiacuteculos com placa de Palmas

subiu mais de 10365 nos uacuteltimos 10 anos Segundo o DENATRAN em novembro

de 2007 havia 87332 veiacuteculos em Palmas em novembro de 2017 o nuacutemero de

emplacados subiu para 177852 veiacuteculos

O problema de fluidez de transito mais recorrente na cidade estaacute localizado nas

rotatoacuterias estas seratildeo o material de estudo deste trabalho mais especificamente a

rotatoacuteria da AV LO-05 com AV N2-02 onde seraacute feito o estudo de traacutefego

contabilizando os veiacuteculos nos horaacuterios de maior demanda e em conformidade com

o Manual Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Transito ndashVolume V (CONTRANDENATRAN)

e CTB (Coacutedigo de Transito Brasileiro) analisar e definir se o uso de sinalizaccedilatildeo

semafoacuterica eacute mais eficiente para a situaccedilatildeo

Este estudo visa trazer propostas visando a fluidez ao tracircnsito aliado com a

seguranccedila dos condutores assim como uma maior comodidade e qualidade de vida

para os usuaacuterios do tracircnsito palmense em vista que esta rotatoacuteria em estudo eacute a

intersecccedilatildeo das principais vias da cidade que daacute acesso ao centro comercial e centro

do funcionalismo puacuteblico do estado e municiacutepio Mesmo existindo vias adjacentes a

este encontro grande parte da populaccedilatildeo casualmente ou diariamente passa por este

ponto da capital tocantinense em mais de um horaacuterio do dia

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 16: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

15

2 SISTEMA VIAacuteRIO

O Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro (CTB) no Artigo 1ordm sect 1ordm diz Considera-se

Tracircnsito a utilizaccedilatildeo das vias por pessoas veiacuteculos e animais isolados ou em grupos

conduzidos ou natildeo para fins de circulaccedilatildeo parada estacionamento e operaccedilatildeo de

carga e descarga Para haver tracircnsito eacute necessaacuterio o uso das vias por pessoas

veiacuteculos e animais que formam os usuaacuterios do tracircnsito mesmo que natildeo estejam em

movimento

21 VIAS

No anexo 1ordm do CTB (1997) via eacute caracterizada como a superfiacutecie por onde

transitam veiacuteculos pessoas e animais compreendendo a pista a calccedilada o

acostamento ilha e canteiro central e no artigo 2ordm do CTB trata via terrestre como

ruas avenidas logradouros puacuteblicos os caminhos as passagens as estradas e as

rodovias

22 INTERSECcedilAtildeO

O Manual de Projeto de Interseccedilatildeo (2005) como a aacuterea onde duas ou mais vias

se interceptam ou se unem com objetivo de facilitar os movimentos dos veiacuteculos que

por ela transitam satildeo classificadas em dois grupos em niacutevel e em niacuteveis diferentes

23 ROacuteTULA

Ainda no MPI refere-se a rotatoacuteria de dois tipos G e D a roacutetula tipo G tem

como interseccedilatildeo projetada a fim de diminuir a velocidade dos veiacuteculos Onde quem

possui a preferecircncia satildeo os veiacuteculos que circulam em torno da ilha central obrigando

os que chegam a ceder passagem em todos os acessos Para isso projetam-se aacutereas

de circulaccedilatildeo com raios pequenos introduzem-se elevaccedilotildees saliecircncias eou

estreitamentos nas saiacutedas e entradas conforme figura 1

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 17: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

16

Figura 1- Interseccedilatildeo tipo G (Roacutetula urbana)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

Jaacute a tipo D normalmente possui uma ou duas faixas de traacutefego nos acessos

Seu projeto caracteriza-se por maior raio de giro da ilha central e o emprego de ilhas

canalizadoras nos acessos e ainda satildeo divididas em dois tipos Roacutetula convencional

quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do eacute do ramo de acesso

E Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria conforme

figura 2

Figura 2- Interseccedilatildeo tipo D (Roacutetula)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 18: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

17

3 REFERENCIAL TEOacuteRICO

Segundo o Coacutedigo Brasileiro de Transito (CBT) em seu capitulo 1 tracircnsito eacute a

utilizaccedilatildeo de vias por pessoas veiacuteculos e animais de forma isolada ou em grupos

tracircnsito tambeacutem eacute caracterizado por veiacuteculos estacionados em circulaccedilatildeo parados

em operaccedilatildeo de carga e descarga e sendo conduzidos ou natildeo

Ainda de Acordo com o CBT

O tracircnsito em condiccedilotildees seguras eacute um direito de todos e dever dos oacutergatildeos e

entidades componentes do Sistema Nacional de Tracircnsito (SNT) a estes cabendo no

acircmbito das respectivas competecircncias adotar as medidas destinadas a assegurar

esse direito (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) - Lei nordm 9503 de 23 de setembro de

1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997)

Os oacutergatildeos e entidades componentes do SNT respondem no acircmbito das

respectivas competecircncias objetivamente por danos causados aos cidadatildeos em

virtude de accedilatildeo omissatildeo ou erro na execuccedilatildeo e manutenccedilatildeo de programas projetos

e serviccedilos que garantam o exerciacutecio do direito do tracircnsito seguro (BRASIL

Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito

Brasileiro Art 1 BRASILIA DF 23 set 1997

Compotildeem o SNT (1997 Art 7) os seguintes oacutergatildeos e entidades

I - O Conselho Nacional de Tracircnsito - CONTRAN coordenador do Sistema e oacutergatildeo maacuteximo normativo e consultivo II - Os Conselhos Estaduais de Tracircnsito - CETRAN e o Conselho de Tracircnsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE oacutergatildeos normativos consultivos e coordenadores III - Os oacutergatildeos e entidades executivos de tracircnsito da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios IV - Os oacutergatildeos e entidades executivos rodoviaacuterios da Uniatildeo dos Estados do Distrito Federal e dos Municiacutepios V - A Poliacutecia Rodoviaacuteria Federal VI - As Poliacutecias Militares dos Estados e do Distrito Federal e VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infraccedilotildees - JARI (BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro Art 7 BRASILIA DF 23 set 1997

Para Figliuolo et al (2013 pg 139) a acessibilidade e mobilidade citados por

Raia Jr (2000) ldquonatildeo eacute de faacutecil definiccedilatildeo devido agraves variantes natildeo ambiacuteguas e

quantificaacuteveis No entanto suas definiccedilotildees satildeo geralmente fundamentadas

juntamente com os indicadores de acessibilidade a partir de diversas teorias rdquo E

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

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Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 19: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

18

ldquo relaccedilatildeo entre os deslocamentos diaacuterios viagens realizadas pela populaccedilatildeo de

pessoas no espaccedilo urbano ou no espaccedilo pesquisado rdquo

Jones (1981 p 22) define mobilidade como

Capacidade de um indiviacuteduo ou tipo de pessoa de se deslocar Isto envolve dois componentes o primeiro depende da performance do sistema de transporte e que eacute afetado por onde a pessoa estaacute da hora do dia e a direccedilatildeo na qual se deseja deslocar o segundo componente depende das caracteriacutesticas do indiviacuteduo tais como se ele tem carro proacuteprio disponibilidade de pagar taacutexi ocircnibus trem ou aviatildeo se tem a possibilidade de caminhar ou usar o transporte puacuteblico e mesmo se tem conhecimento das opccedilotildees disponiacuteveis para ele Em outras palavras o primeiro elemento estaacute relacionado com a efetividade do sistema de transporte em conectar localidades espacialmente separadas e o segundo elemento estaacute associado com ldquoateacute que pontordquo um determinado indiviacuteduo ou tipo de pessoa eacute capaz de fazer uso do sistema de transporte

Raia Junior (2000 p 03) traz um exemplo literal da diferenccedila entre Mobilidade e Acessibilidade

Para uma maior compreensatildeo das diferenccedilas entre esses dois conceitos um exemplo praacutetico pode ser elucidativo Em um determinado bairro devidamente planejado existem diferentes atividades tais como padaria mercearia banco correio igrejas lojas de calccedilados e confecccedilotildees etc Algueacutem que pode andar com facilidade tem excelente acessibilidade aos bens e serviccedilos pois o acesso depende mais da mobilidade do pedestre No entanto para que os moradores deste bairro possam assistir a uma partida de futebol que se realiza em um bairro distante eles necessitam por exemplo ter acessibilidade ao sistema de transporte coletivo por ocircnibus e ter mobilidade para usaacute-lo Se uma pessoa possui deficiecircncia fiacutesica muitas vezes natildeo pode tomar o ocircnibus pois ela natildeo tem mobilidade embora tenha acessibilidade ao transporte coletivo

O Manual de Estudos de Traacutefego do DNIT publicado em 2006 remete ao

objetivo dos estudos de traacutefego como meacutetodos ordenados de coleta de informaccedilotildees

relativos aos elementos baacutesicos do traacutefego que satildeo motorista pedestre veiacuteculo via

e meio ambiente e a interaccedilatildeo entre eles

Atraveacutes dos estudos de traacutefego eacute possiacutevel conhecer a quantidade de veiacuteculos

que transitam em uma via por certo periacuteodo de tempo assim como suas accedilotildees

velocidade acidentes paradas dentre outros Permite-se tambeacutem a capacidade

quantitativa das vias e os meios de melhorias para o traacutefego atraveacutes de alteraccedilotildees de

geometria eou meacutetodos de controle

O DNIT resume estudos de traacutefego como mecanismo de que se serve a

Engde Traacutefego para atender agraves suas finalidades definidas como sendo o

planejamento de vias para transportar pessoas e mercadorias de forma econocircmica

eficiente e segura (DNIT 2006)

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 20: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

19

O DNIT no Manual de Estudos de Traacutefego capitulo 2 p23-25 traz definiccedilotildees

conceituais de expressotildees empregadas aos estudos de traacutefego com propoacutesito de

padronizar o vocabulaacuterio existente que estatildeo relacionados com este estudo

Capacidade ndash quantidade maacutexima de traacutefego que poderaacute fluir pela via por

tempo determinado E sob condiccedilotildees prevalecentes da via

Densidade ndash nuacutem De veiacuteculos por unidade de comprimento da via

Fator Horaacuterio de Pico (FHP) - eacute o volume da hora de pico fragmentado em

estaacutegios de 15 minutos

(I)

V = volume horaacuterio em vph V15 = volume durante o pico de 15 minutos em veiacutec15 minutos

Intervalo de Tempo ou Headway - periacuteodo entre a passagem de dois

veiacuteculos por um certo ponto determinado

Tempo de Viagem - espaccedilo de tempo onde o qual o veiacuteculo atravessa um

determinado trecho de via incluindo os tempos de parada

Velocidade - viacutenculo entre o trecho trilhado por um veiacuteculo (d) e o tempo

gasto (t) Chamando V a velocidade temos

V = d divide t (II)

Veloc Diretriz ou Velocidade de Projeto - velocidade selecionada vel

Escolhida com intuito de projeto de onde se extrai valores para determinar

as caracteriacutesticas para o projeto viaacuterio

Veloc de Fluxo Livre ndash vel meacutedia da frota de uma via estabelecida que

apresenta baixas restriccedilotildees ao fluxo do traacutefego

Veloc Instantacircnea ndash agilidade de um automoacutevel em um instante

estabelecido correspondente a um trecho cujo comprimento tende para zero

Veloc Meacutedia de Percurso ndash velocidade que o veiacuteculo em movimento

demora para em um espaccedilo estabelecido

VelocMeacutedia no Tempo - meacutedia de todas das velocidades que percorrem

um ponto estabelecido da via por periacuteodos determinados

Veloc Meacutedia de Viagem - velocidade em um trecho determinado da via em

funccedilatildeo do tempo necessaacuterio para atravessaacute-la

Veloc de Operaccedilatildeo ndash maior vel Que o traacutefego pode exercer na via natildeo

excedendo a de projeto

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 21: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

20

VelocPontual - velocidade instantacircnea do meio de transporte utilizador da

via quando atravessa um ponto escolhido da via

Volume Horaacuterio de Projeto (VHP) ndash Fluxo de veiacuteculos que devem ser

acolhidos de forma adequada pelo projeto da via

Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) - quantidade meacutedia de veiacuteculos que se

movimenta por determinado trecho da via por certo tempo do dia

Volume de Traacutefego ndash quantidade de veiacuteculos que por determinado periacuteodo

de tempo atravessa por uma parte da via

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees do DNIT define interseccedilatildeo como

Define-se interseccedilatildeo como a aacuterea em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam abrangendo todo o espaccedilo destinado a facilitar os movimentos dos veiacuteculos que por ela circulam As interseccedilotildees satildeo classificadas em duas categorias gerais conforme os planos em que se realizam os movimentos interseccedilotildees em niacutevel e interseccedilotildees em niacuteveis diferentes As interseccedilotildees constituem elementos de descontinuidade em qualquer rede viaacuteria e representam situaccedilotildees criacuteticas que devem ser tratadas de forma especial O projeto de interseccedilotildees deveraacute assegurar circulaccedilatildeo ordenada dos veiacuteculos e manter o niacutevel de serviccedilo da rodovia garantindo a seguranccedila nas aacutereas em que as suas correntes de traacutefego sofrem a interferecircncia de outras correntes internas ou externas No estudo e projeto de uma interseccedilatildeo deve-se levar em consideraccedilatildeo uma seacuterie de condicionantes dentre as quais os elementos de traacutefego fatores fiacutesicos econocircmicos e ambientais A adoccedilatildeo de um tipo de interseccedilatildeo dependeraacute principalmente da correlaccedilatildeo existente entre a topografia do terreno os volumes de traacutefego e sua composiccedilatildeo a capacidade das vias a seguranccedila e os custos de implantaccedilatildeo e de operaccedilatildeo Por estarem intimamente ligados aos elementos de projeto esses fatores e sua interdependecircncia deveratildeo ser conhecidos antes da elaboraccedilatildeo do mesmo (DNIT MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p)

Segundo Gobbo Alexandre Fadel (2005 p 17 citado por Gartnet et al 1999)

O problema do traacutefego urbano eacute uma constante na maioria das cidades do mundo moderno independentemente de padrotildees culturais e econocircmicos Sua gestatildeo demanda soluccedilotildees adaptadas agrave cada realidade realidades esses particulares e dinacircmicas Em especial nos grandes centros urbanos as condiccedilotildees do traacutefego tendem agrave raacutepida saturaccedilatildeo das vias e existecircncia de longos periacuteodos de congestionamento Tal efeito ocorre tanto em paiacuteses desenvolvidos com expressiva frota de veiacuteculos como naqueles com menor frota pois nesses a rede viaacuteria tambeacutem eacute menor

De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem de Santa Catarina

(DER-SC2000) com o aumento na frota veicular a Engenharia de Traacutefego criou vaacuterias

tipologias geomeacutetricas dentre os sistemas de melhor eficiecircncia e menor custo estatildeo

as rotatoacuterias que tecircm como objetivo a interseccedilatildeo para que o traacutefego que se ali

interage tenha um desenrolar seguro com pequenos tempos de espera Embora na

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 22: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

21

atualidade venha sendo muito utilizada no tracircnsito urbano mundial e brasileiro na

maioria dos casos as rotatoacuterias satildeo elementos geomeacutetricos que priorizam ou

monopolizam o tracircnsito veicular motorizado

Dentre as vaacuterias teacutecnicas para abrandar as causas perniciosas provenientes

dos cruzamentos no tracircnsito estatildeo as rotatoacuterias dispositivos viaacuterios de melhor

eficiecircncia e menor custo que tecircm como finalidade simplificar a interseccedilatildeo para que o

traacutefego que se ali interage tenha um desenrolar seguro Embora venha sendo muito

utilizada no tracircnsito urbano brasileiro as rotatoacuterias priorizam o veiacuteculo motorizado

devido agrave falta de infraestrutura seja por opccedilatildeo ou carecircncia de conhecimento teacutecnico

(SOUZA RAIA JUNIOR 2016) conforme figura 3

Figura 3- Rotatoacuteria Convencional

Fonte Roundabouts An Informational Guide (2000)

Schuster (2013 p3) daacute a seguinte citaccedilatildeo sobre rotatoacuterias

Conforme o Manual de Medidas Moderadoras do Traacutefego rotatoacuteria eacute considerada uma

interseccedilatildeo em ciacuterculo e seu projeto de construccedilatildeo pode variar desde uma forma simples

ateacute uma forma mais elaborada e ainda pode conter jardins flores fontes estaacutetuas e

esculturas no centro da mesma O objetivo de uma rotatoacuteria eacute limitar a velocidade e

organizar os fluxos de traacutefego reduzindo conflitos acidentes e melhorando a fluidez

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 23: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

22

entre veiacuteculos que por ela transitam A inserccedilatildeo de uma rotatoacuteria numa via traz fatores

positivos e negativos tanto para os veiacuteculos quanto para os pedestres Fatores

positivos permitem todos os movimentos de conversatildeo e quando bem projetadas

reduzem a velocidade e alertam os motoristas Jaacute os fatores negativos satildeo podem

causar desconforto para passageiros de transportes coletivos e podem ser inseguras

eou inconvenientes para pedestres pela dificuldade de travessia

O manual de projeto de interseccedilotildees subdivide roacutetulas dois tipos

Roacutetula convencional quando a prioridade do traacutefego em um ou mais acessos eacute do ramo de acesso

Roacutetula moderna quando a prioridade eacute do traacutefego que circula na rotatoacuteria

Em relaccedilatildeo a sinalizaccedilatildeo semafoacuterica o Manual de transito DENATRAN

VOLUME V ndash CAPITULO 4 diz que eacute um subsistema da sinalizaccedilatildeo viaacuteria que se

compotildee de indicaccedilotildees luminosas acionadas alternada ou intermitentemente atraveacutes

de sistemas automaacuteticos tem a funccedilatildeo de transmitir mensagens diversas aos

utilizador da via regulamentando o direito de passagem eou comunicando sobre

situaccedilotildees especiais na via

Expressa tambeacutem que o uso adequado da sinalizaccedilatildeo produz resultados

positivos a gestatildeo do tracircnsito apresentando diversas vantagens Contudo se aplicada

de maneira inadequada divergindo das normas da sinalizaccedilatildeo de tracircnsito manifesta

consequecircncias que resultam em detrimento ao desemprenho e seguranccedila do transito

Ainda no Volume V do Manual Semafoacuterico do CONTRAN confirma que a

sinalizaccedilatildeo semafoacuterica tem a funccedilatildeo de informar os usuaacuterios sobre a concessatildeo agrave

passagem em interseccedilotildees de um espaccedilo viaacuterio portador de dois ou mais movimentos

de conflito e tambeacutem advertir sobre situaccedilotildees que comprometam a seguranccedila aos

usuaacuterios A sinalizaccedilatildeo semafoacuterica pode ser de regulamentaccedilatildeo e de advertecircncia a

primeira trata do controle do transito atraveacutes de indicaccedilotildees luminosas e intercalando

do direito de passagem Jaacute a segunda tem a tarefa de advertir sobre situaccedilotildees de

perigo

O CONFEA com a Resoluccedilatildeo Nordm 1010 de 2005 atribui ao engenheiro civil o

desempenho de atividades relacionadas ao planejamento a infraestrutura viaacuteria

traacutefego tracircnsito e sinalizaccedilatildeo

De acordo com Lacortt Kripka e Kripka (2013) a engenharia de traacutefego eacute um

ramo da ciecircncia destinada ao estudo de conceitos relativos a fundamentos dos

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 24: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

23

sistemas de traacutefego Participando fundamentalmente para o planejamento e tomadas

de decisatildeo relativo ao transito Ele ainda disserta sobre alguns conceitos que satildeo de

estudo como Aproximaccedilotildees fase estagio ou intervalo e ciclo Que satildeo

respectivamente Os trechos que tendem para a interseccedilatildeo Realizaccedilatildeo completa da

sequecircncia das cores de um semaacuteforo Periacuteodo de tempo de cada uma das cores do

semaacuteforo e por uacuteltimo o tempo para a realizaccedilatildeo de todos os ciclos do semaacuteforo

Gobbo (2005 pg1) caracteriza a engenharia de traacutefego como

Uma disciplina que engloba as vaacuterias atividades relacionadas com a

administraccedilatildeo de traacutefego como projeto estrutural sinalizaccedilatildeo pavimentaccedilatildeo

e manutenccedilatildeo de vias levantamentos estatiacutesticos monitoraccedilatildeo e controle de

temporizaccedilatildeo de semaacuteforos Com o desenho implantaccedilatildeo e administraccedilatildeo

de sistemas viaacuterios eficientes busca-se atingir os seguintes objetivos

Harmonizaccedilatildeo dos diversos fluxos conflitantes assegurando a

seguranccedila de Condutores e pedestres

Minimizaccedilatildeo dos tempos de trajeto atrasos e paradas reduzindo

assim o desconforto e a frustraccedilatildeo dos usuaacuterios

Minimizaccedilatildeo de custos operacionais reduccedilatildeo do consumo de

combustiacutevel e emissotildees de gases poluentes e por consequecircncia do

impacto ambiental

Segundo Fadel (2005 p 41 apud GARBACZ 2002) as ldquoEstrateacutegias de Controle

de Traacutefego pode-se classificar os sistemas de controle de traacutefego existentes em trecircs

tipos horaacuterio reativo e adaptativordquo

Estes trecircs tipos satildeo caracterizados por Fadel (2005 p 41) da seguinte forma

No controle horaacuterio (ou controle a tempos fixos) os planos de traacutefego satildeo gerados manualmente ou por otimizador offline e preacute-programados nos controladores A geraccedilatildeo desses planos eacute feita levando-se em conta as medidas histoacutericas de fluxo de veiacuteculos para diferentes horaacuterios e por dia de semana A obtenccedilatildeo desses dados pode ser feita por detectores mas na ausecircncia deles eacute realizada por observaccedilatildeo Como vantagem do controle horaacuterio tem-se o baixo custo de implantaccedilatildeo (natildeo demanda detectores e nem um sistema de controle central) e a simplicidade e seguranccedila pelo seu comportamento determiniacutestico Evidentemente o controle horaacuterio natildeo permite a adaptaccedilatildeo automaacutetica a mudanccedilas nas condiccedilotildees de traacutefego Para condiccedilotildees normais e natildeo saturadas em que o traacutefego tem um padratildeo bastante repetitivo apresenta bons resultados mas demanda contiacutenua reavaliaccedilatildeo dos planos (a cada 1 a 3 anos) para adaptaccedilatildeo agraves novas condiccedilotildees O controle do tipo reativo (ou seleccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute similar ao controle horaacuterio mas os planos natildeo satildeo selecionados em funccedilatildeo do horaacuterio e sim em funccedilatildeo dos fluxos medidos Este meacutetodo demanda nuacutemero moderado de detectores e permite reaccedilatildeo agrave ocorrecircncia de certas situaccedilotildees anormais mas estaacute limitada pelo universo de planos gerados offline e da mesma forma que o controle horaacuterio demanda a reavaliaccedilatildeo perioacutedica dos planos ao longo dos anos os planos se tornam obsoletos Por fim o controle adaptativo (ou geraccedilatildeo dinacircmica de planos) eacute mais aprimorado poreacutem de maior custo demandando detectores em todas as aproximaccedilotildees Variaacuteveis

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

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GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 25: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

24

dos planos satildeo ajustadas automaticamente pelo sistema de controle em funccedilatildeo das condiccedilotildees reais do tracircnsito Um sistema adaptativo busca pela acomodaccedilatildeo automaacutetica agrave variaccedilatildeo de demanda a melhoria dos iacutendices de desempenho do sistema minimizando as filas o nuacutemero de paradas os tempos de viagem a emissatildeo de poluentes entre outros aleacutem de gerenciar os problemas decorrentes de padrotildees de traacutefego natildeo usuais como em jogos manifestaccedilotildees e obras nas vias puacuteblicas rdquo

Conforme o DNIT contagens volumeacutetricas visam estabelecer a quantidade

sentido e composiccedilatildeo do fluxo de veiacuteculos que passam por determinado ponto do

sistema viaacuterio em uma estabelecida porccedilatildeo de tempo De poder destas informaccedilotildees

elas seratildeo utilizadas para a anaacutelise de capacidade parecer de causas de

congestionamentos lentidatildeo e iacutendices de acidentes Tambeacutem para o

dimensionamento do pavimento canalizaccedilatildeo do traacutefego e outras melhorias que

podem ser aplicadas ao tracircnsito

Estas contagens satildeo realizadas em dois tipos No trecho entre as intersecccedilotildees

e nas proacuteprias intersecccedilotildees A primeiras tecircm como objetivo identificar os fluxos de

uma determinada via e as contagens em interseccedilotildees levantar fluxos das vias que se

interceptam e dos seus ramos de ligaccedilatildeo

As contagens satildeo classificadas em trecircs tipos Contagens Globais Direcionais

e Classificatoacuterias

Contagens Globais

Registram o nuacutemero de veiacuteculos em um determinado trecho da via independente do

seu sentido normalmente sendo agrupadas por classe Este modelo de contagem eacute

aplicado agrave caacutelculo de volumes diaacuterios preparaccedilatildeo de mapas de fluxo e determinaccedilatildeo

de tendecircncias do traacutefego

Contagens Direcionais

Aponta o nuacutemero de veiacuteculos por sentido do traacutefego satildeo adotadas para caacutelculos de

capacidade definiccedilatildeo de intervalos de sinais justificaccedilatildeo de controles de tracircnsito e

estudos de acidentes

Contagens Classificatoacuterias

Registra os volumes para as diversas classes de veiacuteculos Aplicadas para o

dimensionamento estrutural e projeto geomeacutetrico de rodovias e interseccedilotildees caacutelculo

de capacidade caacutelculo de benefiacutecios aos usuaacuterios e determinaccedilatildeo dos fatores de

correccedilatildeo para as contagens mecacircnicas

As contagens volumeacutetricas podem ser feitas em quatro formas

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 26: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

25

Contagens Manuais

Satildeo feitas com fichas e contadores manuais Adequadas para a classificaccedilatildeo de

veiacuteculos movimentaccedilatildeo de interseccedilotildees e contagens em rodovias multifaixas Na

contagem de vias urbanas fazem-se o agrupamento dos veiacuteculos em automoacuteveis

caminhotildees e ocircnibus

O processo eacute feito com contadores manuais mecacircnicos e com a ficha de contagem

volumeacutetrica disponibilizada pelo DNER na publicaccedilatildeo ldquoMetodologia de Contagem

Volumeacutetrica de Traacutefegordquo A ficha I eacute recomendada para menores fluxos jaacute a ficha II eacute

para trechos de maior traacutefego e prevecirc a utilizaccedilatildeo de contadores mecacircnicos

Contagens Automaacuteticas

Feitas por contadores automaacuteticos onde os veiacuteculos satildeo detectados atraveacutes de meios

remotos que satildeo ligados a computadores trazendo dados instantacircneos Apresenta

desvantagem em relaccedilatildeo ao alto custo natildeo permite classificaccedilatildeo dos veiacuteculos

contabilizados Poreacutem satildeo precisos permitem contabilizaccedilatildeo por tipo de veiacuteculo

velocidade comprimento e nuacutemero de eixos por veiacuteculo

Viacutedeo

Consiste do processo de filmagem do traacutefego apresenta um alto custo poreacutem tem

diversas vantagens como a possibilidade de um soacute observador fazer o levantamento

do quantitativo independentemente da quantidade haacute melhor qualidade para o

trabalho e maior confianccedila no levantamento Para contagens pequenas o custo x

benefiacutecio natildeo eacute satisfatoacuterio tendo outros meacutetodos mais eficientes entretanto para

grandes fluxos com estudos mais detalhados o uso do videotape eacute bastante

vantajoso

Meacutetodo do Observador Moacutevel

Meacutetodo utilizado para levantamento do nuacutemero de veiacuteculos em um trecho da via cabe

agrave determinaccedilatildeo de tempos e velocidades meacutedias de percurso Esta metodologia eacute

mais comumente utilizada em aacutereas urbanas e consiste no uso de um veiacuteculo que

percorre o trecho de estudo por diversas vezes coletando os seguintes dados

minus nuacutemero de veiacuteculos Es que percorrem a via em sentido contraacuterio

minus nuacutemero de veiacuteculos Un que o ultrapassam

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 27: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

26

minus nuacutemero de veiacuteculos Pn ultrapassados pelo veiacuteculo-teste

minus tempo de percurso Tn no sentido norte (min)

minus tempo de percurso Ts no sentido sul (min)

O volume de traacutefego (Vn) eacute sustentado pela foacutermula abaixo que faz uso dos dados

citados acima

(III)

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

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53

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54

55

Page 28: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

27

4 METODOLOGIA

De acordo com o tratamento trata-se de uma pesquisa de campo classificada

como quantitativa jaacute que os dados coletados satildeo apresentados em nuacutemeros e

quantidades com objetivo explicativo (BRANDAtildeO 2017) Com o estudo seraacute

apresentado alternativas para a melhoria do traacutefego feito com base no MET capitulo

6- Pesquisas de Traacutefego e seratildeo obtidos os seguintes dados Quantitativo

classificatoacuterio do fluxo (carros motocicletas caminhotildees e ocircnibus) hora de pico

direccedilatildeo dos veiacuteculos tempo meacutedio de espera

O manual e estudo de traacutefego informa tambeacutem que os dados de traacutefego deveratildeo

conter veiacuteculos por hora (VPH) veiacuteculos hora pico (VHP) e Volumes Meacutedios Diaacuterios

(VMD) representados em fluxogramas recomenda ainda que o VHP seja expresso

em unidades de carro de passeio por hora (UCPhora)

O fluxograma do trabalho foi preparado para o ano de projeto vigente de 2018

ateacute 2028 (dez Anos) apoacutes a possiacutevel alteraccedilatildeo e conclusatildeo da obra As pesquisas

foram realizadas em periacuteodos de oito horas divididos para abranger os horaacuterios e pico

e fora de pico em trecircs dias uacuteteis da semana e de situaccedilatildeo tiacutepica da via conforme

figura 4

Figura 4- Modelo de fluxograma de traacutefego em UCP

Fonte MET ndash DNIT (2006)

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 29: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

28

41 LOCAL DE COLETA

O fluxo de tracircnsito a ser pesquisado seraacute na interseccedilatildeo de roacutetula simples da

Av NS-02 com a LO-05 em Palmas - TO local cercado por aacutereas puacuteblicas e privadas

como a feira coberta da 304 sul Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho Quartel do

Comando geral da Poliacutecia Militar concessionaacuterias de veiacuteculos outros comeacutercios

varejistas e tambeacutem eacute rota de acesso para aacutereas residenciais (204 e 206 sul) e para

a Av JK (centro comercial da cidade) conforme apresentado na figura 5

Figura 5-Locaccedilatildeo Rotatoacuteria NS-02 com LO-05 - Legendado

Fonte Google Earth (2018) adaptado pelo autor 2018

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

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Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

52

REFEREcircNCIAS

BRASIL Constituiccedilatildeo (1997) Lei nordm 9503 de 23 de setembro de 1997 Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro BRASILIA DF 23 set 1997 p 1-1 ______ Manual de semaacuteforos 2 Ed Brasiacutelia Departamento Nacional de Tracircnsito (DENATRAN) 1984 CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica Volume 5 ed Santa Catarina 2014 313 p DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES PUBLICACcedilAtildeO IPR - 723 MANUAL DE ESTUDOS DE TRAacuteFEGO IPR - 723 ed Rio de Janeiro 2006 384 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ MANUAL DE PROJETO DE INTERSECcedilOtildeES IPR - 718 Capitulo 3 ed Rio de Janeiro 2005 528 p ______ FROTA DE VEIacuteCULOS BRASILEIRA Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrestatistica237-frota-veiculosgt Acesso em 7 mai 2018 FURLAN Carlla Brito SANTOS Gleys Ially Ramos dos A qualidade do transporte puacuteblico urbano em cidades meacutedias estudo de caso em Palmas ndash Tocantins Revista em Gestatildeo Inovaccedilatildeo e Sustentabilidade [sl] v 2 n 2 p1-1 29 dez 2016

FIGLIUOLO NETO Vittorio OLIVEIRA Maria Ivanilde de MACIEL Jussara Socorro Cury Estudo de viabilidade de implantaccedilatildeo de um novo corredor urbano na regiatildeo do Igarapeacute da Lavanderia por meio de dinacircmica de sistemas Journal Of Transport Literature [sl] v 7 n 3 p137-176 jul 2013 FapUNIFESP (SciELO)

GOBBO Alexandre Fadel PROPOSTA DE APLICACcedilAtildeO DE SISTEMAS DE INFEREcircNCIA NEURO-FUZZY PARA OTIMIZACcedilAtildeO DE TRAacuteFEGO 2005 110 f Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - Curso de CiEcircncias Cefet-pr Centro Federal de EducaCcedilAtildeo TecnolOacutegica do ParanAacute Curitiba 2005 IBGE Populaccedilatildeo Brasileira Disponiacutevel em lthttpscidadesibgegovbrxtrasperfilphplang=ampcodmun=172100ampsearch=tocantins|palmasgt Acesso em 9 mai 2018 JONES SR (1981) Accessibility measures a literature review Transport and Road Research Laboratory Departament of the Environment Departament of Transport Laboratory Report 967

53

LACORTT Marcelo KRIPKA Moacir KRIPKA Rosana Maria Luvezute Modelos Matemaacuteticos para Otimizaccedilatildeo do Traacutefego Urbano Semaforizado Tema (satildeo Carlos) [sl] v 14 n 3 p359-359 24 nov 2013 MANUAL BRASILEIRO DE SINALIZACcedilAtildeO DE TRAcircNSITO Sinalizaccedilatildeo Semafoacuterica VOLUME V ed Brasil 2014 313 p MAacuteTTAR NETO Joatildeo Augusto Metodologia cientifica na era da informaacutetica Satildeo Paulo Saraiva 2007 Nuacutemero de Chamada 00142 M435m SCHUSTER Fernanda Pivato ROMAtildeO Magaly N P V O uso adequado de rotatoacuterias como agente redutor da acidentalidade no tracircnsito 19ordm Congresso Brasileiro de Transporte e Tracircnsito Brasiacutelia DF 2013 SOUZA Johnny Vieira de RAIA JR Archimedes Azevedo Seguranccedila de pedestres em rotatoacuterias urbanas J Transp Lit Manaus v 10 n 4 p 10-14 Dec 2016 TORRES Diego (2010) Rotatoacuterias urbanas Revista Infraestrutura urbana n1 p44-48 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA METODOLOGIA CIENTIacuteFI CA E DA PESQUISA Metodologia Cientiacutefica e da Pesquisa Volume 5 ed Santa Catarina 014 p

54

55

Page 30: CARACTERIZAÇÃO DO FLUXO E APONTAMENTO DE ALTERNATIVAS PARA MELHORIA DO … · 2019. 9. 18. · Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Curso de Engenharia Civil, Centro

29

42 PROCEDIMENTOS DE COLETA

Segundo o MET (2006) as contagens em interseccedilotildees satildeo realizadas visando a

obtenccedilatildeo de dados necessaacuterios agrave elaboraccedilatildeo de seus fluxogramas projetos de

canalizaccedilatildeo identificaccedilatildeo dos movimentos permitidos caacutelculos de capacidade e

anaacutelise de acidentes

O horaacuterio de pico conforme o manual de estudos de traacutefego eacute aquele onde a

via estaacute em sua solicitaccedilatildeo maacutexima Partindo deste pressuposto da observaccedilatildeo

cotidiana os horaacuterios de pico da via satildeo nos horaacuterios das 07h00m agraves 09h00m

11h00m agraves 15h00m e 17h00m agraves 19h00m

Os levantamentos de dados foram feitos por trecircs vezes na semana nos dias

segunda quarta e sexta-feira que natildeo foram em veacutespera ou retorno de

feriadoseventos e que natildeo houvesse alguma intervenccedilatildeo na via por motivos de obras

ou acidentes Os dias uacuteteis utilizados foram intercalados e que representaram o iniacutecio

meio e fim da semana durante nove horas divididos em trecircs periacuteodos acima

supracitados As contagens foram divididas em intervalos de 15 minutos de forma

manual com auxiacutelio do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter

Os postos de registro foram dispostos in loco com quatro observadores

entradassaiacutedas da rotatoacuteria de forma que o observador possuiacutesse visatildeo clara dos

veiacuteculos a serem quantificados e classificados para uma melhor fidelidade aos

resultados

43 MATERIAIS DE COLETA

A coleta dos dados teve o auxiacutelio de um aplicativo de smartphone adquirido

gratuitamente na loja de aplicativos playstore RoadBounce Traffic Counter (Contador

de Traacutefego Road Bounce) que auxilia na contabilizaccedilatildeo de forma classificada por

automoacuteveis motocicletas ocircnibus e caminhotildees

O aplicativo tambeacutem trabalha com base cronometrada para os intervalos

recomendados de 15 minutos a cada intervalo eacute dado um relatoacuterio com quantidade

de veiacuteculos contabilizados porcentagem de cada um deles em um graacutefico em pizza

e a frequecircncia dos veiacuteculos em um graacutefico de barras conforme figura 6 a 11

30

Figura 6- Contagem classificada (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 7-Resumo Contabilizaccedilatildeo- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 8-Quantidade total por faixa em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 9- Resumo contabilizaccedilatildeo por tipo em graacutefico tipo pizza- (RTC)

Fonte Autor (2018)

31

Figura 10ndash Quantidade total em graacutefico de barras- (RTC)

Fonte Autor (2018)

Figura 11ndash Local da pesquisa- (RTC)

Fonte Autor (2018)

44 EPISOacuteDIO TESTE

Com o propoacutesito da pesquisa ter a maior confiabilidade dos dados e da

metodologia seraacute feito um episoacutedio teste em um dos dias estipulados obedecendo

as diretrizes desta metodologia A fim de conhecer o ambiente do local da pesquisa

a visibilidade melhor posicionamento e afinidade com o aplicativo de contabilizaccedilatildeo

Com este episoacutedio teste foi identificado algumas necessidades para melhor

qualidade do levantamento primeiramente seratildeo necessaacuterios oito observadores ao

contraacuterio dos quatro mencionados nesta metodologia pois somente com quatro natildeo

seraacute possiacutevel distinguir o sentido os veiacuteculos e transitam em cada entrada e saiacuteda da

roacutetula desta forma foi constatado a necessidade de um observador para cada acesso

e saiacuteda do elemento de estudo

Outro empecilho descoberto estaacute relacionado ao aplicativo de smartphone

utilizado para a contabilizaccedilatildeo o software utilizado soacute permite de forma gratuita 8

minutos de levantamento sendo necessaacuterios de acordo com a norma intervalos de

32

15 minutos Desta forma foi preciso adquirir a licenccedila do aplicativo por 25 reais

durante seis meses

Feita a aquisiccedilatildeo da licenccedila do aplicativo a contabilizaccedilatildeo correu de forma

branda sem dificuldades no manuseio e contabilizaccedilatildeo Com boa visualizaccedilatildeo e

posicionamento em local sombreado

45 TRATAMENTO DOS DADOS

Com o levantamento dos dados concluiacutedo foram realizados o fluxograma de

traacutefego (Figura 12) onde foram expostos os dados de traacutefego em quantidade para

cada direccedilatildeo da interseccedilatildeo A partir deste fluxograma partiu-se a tomada de decisatildeo

de qual alternativa poderaacute ser eficiente para o local de estudo com base nos Manuais

do DNIT Manual de Estudos de Traacutefego Manual de Projeto de Interseccedilotildees e Manual

Brasileiro de Sinalizaccedilatildeo de Tracircnsito Volume V ndash CONTRAN Que poderaacute ser a

realocaccedilatildeo do fluxo restriccedilatildeo para veiacuteculos de grande porte em horaacuterios de pico

exceto transporte puacuteblico sinalizaccedilatildeo semafoacuterica ou alteraccedilatildeo da geometria da

interseccedilatildeo

Figura 12-Fluxograma de traacutefego em UCP | Sexta-Feira 17hr agraves 19hr

Fonte Google Maps ndash Adaptado pelo autor (2018)

Esta alternativa a ser adotada para melhoria na interseccedilatildeo deveraacute atender ao

niacutevel de serviccedilo estipulado na tabela Seleccedilatildeo do Niacutevel de Serviccedilo no projeto de

33

rodovias rurais (Figura 13) Pelo MET o niacutevel de serviccedilo recomendado para vias

urbanas deve ser os niacuteveis B e C

Figura 13- Seleccedilatildeo do niacutevel de serviccedilo no projeto de rodovias rurais

Fonte Manual de Estudos de Traacutefego ndash DNIT (2006)

34

5 ANAacuteLISE E RESULTADOS

51 ANAacuteLISE DOS FLUXOS

Analisando o graacutefico da figura 13 nota-se que os horaacuterios criacuteticos ou seja os

momentos onde haacute maior fluxo de veiacuteculos estaacute no horaacuterio entre 17 e 19 horas

seguido do horaacuterio das 07 agraves 09 horas e por uacuteltimo o horaacuterio das 11 agraves 15horas Os

horaacuterios de pico maacuteximo dentro destes intervalos acontecem as 1745 as 1815hr

0730 as 0815 e 1145 as 1230 1330 as 1415 respectivamente

Figura 14 ndash Quantidade Meacutedia de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

1004

1380

1552

2188

1480

1964

1340

1192

1372

1020

932

1492

0

500

1000

1500

2000

2500

07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

Maior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horarios de pesquisados

NORTE SUL LESTE OESTE

35

Percebe-se com isso que durante a manhatilde o fluxo se manteacutem estaacutevel mesmo

caracterizado com o iniacutecio de horaacuterio comercial no horaacuterio de meio-dia ao meio da

tarde o fluxo se manteacutem mais moderado em relaccedilatildeo aos outros horaacuterios de maior

demanda podendo ser justificada pelo fato de nem todos retornarem aos seus lares

no intervalo de almoccedilo ou mesmo utilizarem um caminho alternativo

Contudo o horaacuterio de fim de expediente eacute o de maior demanda para esta

interseccedilatildeo com fluxo intenso chegando a formar grandes filas de veiacuteculos fato que

natildeo acontece com mesma relevacircncia nos outros horaacuterios Tal demanda pode ser

fundamentada pelo final de horaacuterio comercial e retorno dos usuaacuterios a suas

residecircncias conforme Tabela 1 que mostra o dia de maior demanda eacute a sexta-feira

onde temos as quantidades meacutedias por hora

Nota-se que apesar do horaacuterio da manhatilde a entrada sul possui um pico de fluxo

a maior concentraccedilatildeo acontece no horaacuterio das 17 agraves 19 horas reflexo do final de

expediente as veacutesperas de final de semana e tambeacutem do dia que acontece a

comercializaccedilatildeo na feira coberta da 304 sul

Tabela 1ndashMaior Quantidade Meacutedia Horaacuteria de UCP nos horaacuterios pesquisados

Fonte Autor (2018)

Na tabela 02 e Figura 14 traz o levantamento do dia mais criacutetico a sexta-feira

ver-se o quantitativo meacutedio dos veiacuteculos ajustados para unidades de carro de passeio

(UCP) por periacuteodos de 15 minutos e horaacuterio dentro do intervalo de pesquisa Assim

como dados de Fator hora-pico (FHP) volume de elementos em UCP no horaacuterio de

pico pesquisado volume horaacuterio meacutedio diaacuterio (VHM) veiacuteculo meacutedio diaacuterio (VMD) e

veiacuteculo meacutedio diaacuterio anual (VMDa) para o ano pesquisado

UCPh UCPh UCPh

SENTIDO 07hr as 09hr 11hr as 15hr 17hr as 19hr

NORTE 1004 1380 1552

SUL 2188 1480 1964

LESTE 1340 1192 1372

OESTE 1020 932 1492

SENTIDO

NORTE 1616 1400 1340

SUL 1024 1384 2040

LESTE 1504 1240 1560

OESTE 1408 960 1440

ENTRADA

SAIacuteDA

36

Segundo Akishino (2005 p6)

ldquoOs fluxos de traacutefego apresentam mutaccedilotildees contiacutenuas em seus volumes ao longo de um dia de 24 horas Nas vias urbanas normalmente mais de 70 das viagens diaacuterias ocorrem no intervalo de 12 horas compreendido entre sete da manhatilde e sete da noite Os volumes horaacuterios variam de 1 a 12 do volume diaacuterio O volume horaacuterio meacutedio eacute de 42 do diaacuterio sendo os valores de pico da ordem de trecircs vezes o meacutedio Quando haacute restriccedilotildees de capacidade os periacuteodos de pico tecircm duraccedilatildeo maior e intensidade menor (achatamento dos picos) ldquo

O fluxo mais criacutetico estaacute no intervalo do fim de expediente das 17 agraves 19hr

Neste intervalo de tempo o volume por hora chegou a 6380 veiacuteculos

Tabela 2ndash Quantitativo Meacutedio Turno 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

Observa-se mais nitidamente no graacutefico da figura 14 que o acesso sul possui

uma demanda maior e mais concentrada neste horaacuterio

Figura 15ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr

Fonte Autor (2018)

NORTE 388 1552 095 SUL 491 1964 100 LESTE 343 1372 093 OESTE 373 1492 093 ACESSONORTE 335 1340 095 SUL 510 2040 098 LESTE 390 1560 095 OESTE 360 1440 096

ACESSO VHMDia VMD VMDa

ENTRADA UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

095 6380 2127 51040 18629600

17hr as 19hr

SAIDA

096 6380 2127 51040 18629600

37

A sexta-feira eacute o dia mais criacutetico para tracircnsito nesta interseccedilatildeo pois apresenta

em todos os horaacuterios as maiores demandas

Tabela 3-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio

Fonte Autor (2018)

Pode-se perceber na Tabela 3 e Figura 15 que o quantitativo meacutedio diaacuterio que

inclui todos os horaacuterios pesquisados vecirc-se que o volume horaacuterio meacutedio eacute de 1880

UCPs e o volume meacutedio diaacuterio (VMD) eacute de 45109 veiacuteculos chegando a volume hora

pico de 5639 unidades de carro de passeio

Figura 16ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario

Fonte Autor (2018)

Os outros dias pesquisados que foram segunda e quarta-feira apresentaram

menores demandas A segunda feira possui um comportamento similar agrave sexta poreacutem

com um fluxo meacutedio 97 menor atraveacutes do graacutefico da Figura 16 temos o pior fluxo

do dia novamente no horaacuterio de final de expediente

NORTE 328 1312 095 SUL 469 1877 100 LESTE 325 1301 093 OESTE 287 1148 093

Volume

Hora de Pico VHMDia VMD VMDa

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

095 5639 1880 45109 16464907

DIAacuteRIO

1312

1877

1301

1148

- 500 1000 1500 2000

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

VOLUME HORAacuteRIO DE ACESSO EM UCP -DIAacuteRIO

38

Figura 17-Volume horaacuterio de acesso em UCP - 17hr as 19hr | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Na figura anterior temos o graacutefico do volume horaacuterio do periacuteodo das 17 agraves 19

horas Percebemos que fluxo eacute maior poreacutem mais distribuiacutedo entre as entradas

ainda predominando a sul

Na Figura 17 temos o graacutefico do volume meacutedio de acessos diaacuterios para a

segunda-feira Nota-se um comportamento proacuteximo ao da sexta-feira homogecircneo

poreacutem quase 10 menor

Figura 18ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

O dia de quarta-feira que eacute o dia mediano da semana comercial apresentou os

menores fluxos O quantitativo meacutedio diaacuterio para este dia ficou 197 menor do que o

dia de maior traacutefego Vemos graficamente o volume meacutedio diaacuterio na Figura 18 e Tabela

4

39

Figura 19ndash Volume horaacuterio de acesso em UCP - Diario | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Tabela 4-Quantitativo Meacutedio Diaacuterio | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nota-se que o volume meacutedio hora pico eacute de 4528 veiacuteculos para este dia Com

um VMD de pouco mais de 36 mil veiacuteculos Quase 10 mil abaixo da sexta-feira

Atraveacutes dos graacuteficos das Figuras 15 a 18 e Tabelas 1 a 4 podemos ter em

matildeos os quantitativos meacutedios de acesso para cada sentido da interseccedilatildeo Um detalhe

pertinente sobre esta roacutetula a maior demanda de fluxo de acesso eacute nas entradas sul

norte leste e oeste respectivamente sendo o Sul sempre com a maior demanda norte

e leste possuem fluxos similares poreacutem com leve superioridade para o norte na

entrada oeste temos a de menor demanda em todos os dias e horaacuterios coletados

Tal fato pode ser explicado pelo motivo do sentido Norte-Sul ser o sentido do

centro domiciliar ao centro comercial e do funcionalismo puacuteblico da cidade de Palmas

predominando esta rota para esta finalidade No entanto o acesso Leste possui uma

demanda aproximada ao acesso Norte justifica-se pelo fato das quadras residenciais

204 e 206 Sul possuiacuterem uma grande densidade demograacutefica principalmente a

primeira por sua grande verticalizaccedilatildeo O acesso oeste possui a menor demanda por

ser um acesso proacuteximo a Av Teotocircnio Segurado via arterial que tambeacutem conduz o

NORTE 265 1060 095 SUL 375 1501 100 LESTE 303 1212 093 OESTE 189 755 093

VMD VMDa

095 4528 1509 36224 13221760

VHMDia

UCP Meacutedio

15min UCPh FHP FHP Meacutedio

Volume

Hora de Pico

DIAacuteRIO

40

fluxo ao centro da cidade natildeo sendo interessante desviar a rota pela roacutetula do caso

de estudo jaacute que leva aos mesmos destinos e com menores entraves

Nas Figuras 19 20 e 21 temos os dados por periacuteodo e em cada dia de estudo

segunda quarta e sexta-feira Nos graacuteficos expressam os volumes meacutedio por hora do

traacutefego em todos os acessos da roacutetula

Figura 20ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Segunda-Feira

Fonte Autor (2018)

Figura 21ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Quarta-Feira

Fonte Autor (2018)

41

Figura 22ndash Volume horaacuterio de acesso total em UCP | Sexta-Feira

Fonte Autor (2018)

Nas trecircs figuras imediatamente anteriores temos o quantitativo do horaacuterio de

maiores picos que em todos os dias contempla o fim de expediente das 17 agraves 19

horas neste momento do dia eacute onde existe a maior exigecircncia da interseccedilatildeo de estudo

onde chega-se a formar grandes filas de automoacuteveis para acesso agrave roacutetula

Principalmente no acesso sul e norte com volume horaacuterio total de 6380 unidades de

carro de passeio (UCP) demanda 13 maior que a das 07 agraves 09 horas e 21 maior

que o horaacuterio de almoccedilo se comparado com o mesmo dia sexta-feira

Atraveacutes do aplicativo de smartphone RoadBounce Traffic Counter foi possiacutevel

fazer a contagem classificatoacuteria dos veiacuteculos que transitam por esta interseccedilatildeo em

estudo

E como expresso no graacutefico da figura 22 o transito de automoacuteveis eacute em meacutedia

58 maior que o de motocicletas no mesmo horaacuterio dado pertinente pois na cidade

de Palmas - TO segundo dados do Denatran (2017) possui 31 mais automoacuteveis do

que motocicletas De posse desta informaccedilatildeo pode-se perceber que grande parte dos

usuaacuterios de motocicletas natildeo fazem uso desta rota pelo fato de utilizarem vias

alternativas ou natildeo ser rota cotidiana dessa classe de usuaacuterios

42

Figura 23-Classificaccedilatildeo meacutedia dos veiacuteculos na roacutetula da NS-02 com LO-05 em Palmas-TO

Fonte Autor (2018)

Veiacuteculos de maior porte como ocircnibus caminhotildees de 2 e 3 eixos e carretas

somam apenas 2 do fluxo meacutedio dos horaacuterios de pico desta interseccedilatildeo de posse

desta informaccedilatildeo pode-se entender que os veiacuteculos de pequeno porte automoacuteveis e

motocicletas satildeo o gargalo desta roacutetula e que somam o maior fluxo em horaacuterios de

pico

O Manual de Estudos de Traacutefego (2006) deve-se projetar a via para atender a

demanda do ano de projeto Na tabela 5 apresenta-se a projeccedilatildeo para o ano de projeto

que eacute deacutecimo ano apoacutes a inauguraccedilatildeo do elemento viaacuterio segundo dados coletados

junto ao Sistema de Registro Nacional de Veiacuteculos Automotores ndash (RENAVAN

DENATRAN) a quantidade de veiacuteculos emplacados em Palmas-TO subiu 103 nos

uacuteltimos 10 anos de 2007 a 2017 Partindo do pressuposto de que a taxa de

crescimento se manteraacute constante para o ano de 2017 Palmas teraacute uma frota de

mais 362 mil veiacuteculos um fator de crescimento (Fc) de 203

Tabela 5ndash Projeccedilatildeo Ano de Projeto

Fonte Autor (2018)

87332 177852 2037 362196

TAXA DE CRESCIMENTO

Frota 2007 Frota 2017 Fator de

Crescimento (Fc) Frota Futura (2027)

43

Com base no fator de crescimento e com dados do volume meacutedio diaacuterio (VMD)

do dia de maior solicitaccedilatildeo a sexta-feira podemos entatildeo fazer uma projeccedilatildeo de fluxo

para a interseccedilatildeo da AV NS-05 com LO-05 descritos na Tabela 6

Tabela 6ndash Projeccedilatildeo de fluxo na interseccedilatildeo no ano de projeto

Fonte Autor (2018)

O fator de crescimento na capital do Tocantins eacute relativamente alto para 10

anos a frota tende a duplicar chegando a quase 92 mil veiacuteculos meacutedios por dia que

iratildeo trafegar pela interseccedilatildeo de estudo

45109 2037 91865

TAXA DE CRESCIMENTO

VMD (2017) Fator de Crescimento

(Fc) VMD Futuro (2027)

44

52 ANAacuteLISE DA INFRAESTRUTURA DA ROacuteTULA

O Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005 p192) diz sobre a capacidade de

roacutetulas urbanas

Devido agrave sua simplicidade e facilidade de uso o meacutetodo ora apresentado eacute o das Normas Alematildes Em geral as roacutetulas compactas de uma faixa de traacutefego operam muito bem ateacute volumes de 15000veiacuteculos por dia Na Alemanha com duas faixas na rotatoacuteria chega-se a 25000 veiacuteculos por dia podendo atingir 35000 veiacuteculos quando haacute predominacircncia de giros para saiacutedas agrave direita

Segundo o mesmo manual para a determinaccedilatildeo da capacidade e niacuteveis de

serviccedilo de uma rotula moderna deve-se ser feita a matriz de origem e destino A

tabela 7 traz a origem e destino dos veiacuteculos UCP para o horaacuterio e dia de maior

solicitaccedilatildeo da roacutetula sexta-feira das 17 agraves 19 horas

Tabela 7-Matriz Origem-Destino | sexta-feira 17 agraves 19hr

Fonte Autor (2018)

A partir dos dados desta matriz conseguiu-se perceber que os volumes de

traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada que satildeo K1 K2 K3 e K4 conforme figura

23 respectivamente Norte Sul Leste e Oeste por meio do somatoacuterio exemplificado

na Figura 24

1 2 3 4TOTALOESTELESTE SUL NORTE

DESTINO

ORIGEM0 820 540 472 1832

720 0 460 540 1720

480 700 0 480 1660

352 444 372 0 1168

1552 1964 1372 1492 6380

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

TOTAL

45

Figura 24ndash Fluxos de traacutefego em uma roacutetula moderna

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 25-Volume de traacutefego na rotatoacuteria antes de cada entrada

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Com os dados das figuras acima colhe-se os dados de fluxo de traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh (Ki) e jaacute de posse do fluxo de entrada (Zi) que eacute o somatoacuterio de

cada entrada na matriz origem-destino Com estas informaccedilotildees coleta-se atraveacutes da

figura 25 a capacidade de entrada da roacutetula (Gi) e tambeacutem a capacidade residual (Ri)

que utilizaremos para determinar o niacutevel de serviccedilo desta interseccedilatildeo como descrito

na Tabela 8

Tabela 8-Dados de Ki Gi Ri e Zi da Roacutetula

Fonte Autor (2018)

Zi - Fluxo de

entrada em UCPh

Ki - Fluxo de

traacutefego na pista

rotatoacuteria em UCPh

Gi - Capacidade

baacutesica da entrada i

em UCPh

Ri - Capacidade

residual em UCPh

1832 1820 400 -1432

1720 1312 750 -970

1660 1616 490 -1170

1168 1480 550 -618

NORTE

SUL

LESTE

OESTE

46

Figura 26-Capacidade das entradas na roacutetula

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Os niacuteveis de serviccedilo satildeo classificados de A a F para cada ramo da interseccedilatildeo

e da roacutetula como um todo devem ser no maacuteximo D Para determinar-se o niacutevel de

serviccedilos precisamos do tempo meacutedio de espera (TME) e a capacidade residual ( Ri)

contudo nesta uacuteltima obtivemos valores negativos devido a capacidade de entrada

ser menor que o fluxo de entrada ou seja quando a capacidade de entrada da roacutetula

eacute menor do que o fluxo que estaacute no acesso

O MPI (2005) diz que quando o Ri for menor que zero o niacutevel de serviccedilo

automaticamente eacute F Assim como a sua capacidade como dito no iniacutecio deste item

o Manual de Projeto de Interseccedilotildees embasado nas normas alematildes que dizem que

com duas faixas e predominacircncia de giros agrave direita roacutetulas podem alcanccedilar ateacute 35 mil

veiacuteculos por dia Para a sexta-feira o Volume Meacutedio Diaacuterio (VMD) foi de 45109

veiacuteculos entretanto baseado na pior situaccedilatildeo dos horaacuterios de pico e em horaacuterios

entre-pic esta quantidade tende a ser menor

Desta forma pode-se concluir que esta roacutetula para o horaacuterio de maior

solicitaccedilatildeo natildeo atende o niacutevel de serviccedilo desejado e capacidade da interseccedilatildeo eacute

menor que a solicitaccedilatildeo sendo necessaacuterio entatildeo outra alternativa para a fluidez do

traacutefego

O MPI (2005) define que os princiacutepios baacutesicos de um bom projeto de interseccedilatildeo

satildeo Permitir a passagem de uma rodovia para outra e o fluxo direto da rodovia

principal com o miacutenimo de demora e o maacuteximo de seguranccedila Para alcanccedilar esses

47

objetivos a configuraccedilatildeo da interseccedilatildeo e sua operaccedilatildeo devem ser evidentes e de faacutecil

entendimento e deve haver boa visibilidade entre os movimentos em conflito Os

custos devem ser mantidos em limites razoaacuteveis evitando-se padrotildees altos

desnecessaacuterios ou inadequados

Na Tabela 9 demos os dados de fluxo para as vias principais (NorteSul) e

secundaacuterias (LesteOeste) para a pior situaccedilatildeo sexta-feira ao final do expediente

Nesta tabela vemos que em meacutedia diariamente na via primaacuteria e secundaacuteria passam

28128 mil e 22912 mil veiacuteculos UCP respectivamente

Tabela 9-Fluxo nas vias primaacuteria e secundaacuteria

Fonte Autor (2018)

Ainda no mesmo manual temos que estudos relativos agraves soluccedilotildees a adotar em

interseccedilotildees urbanas (Roads and Traffic in Urban Areas Institution of Highways and

Transportation Her Majestyrsquos Stationery Office England 1987) resultaram no graacutefico

da Figura 26 que relaciona os tipos baacutesicos de interseccedilotildees com os volumes de traacutefego

das vias que se interceptam

NORTE 388 1552 SUL 491 1964 ACESSOLESTE 343 1372 OESTE 373 1492

SECUNDAacuteRIA

955 22912 8362880

VMDa

1172 28128 10266720

17hr as 19hrPRINCIPAL

ACESSO

UCP

Meacutedio UCPh VHMDia VMD

48

Figura 27ndash Graacutefico indicativo do tipo de interseccedilatildeo em aacutereas urbanas

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005) Adaptado pelo autor 2018

A figura 26 traz o indicativo do tipo de interseccedilatildeo em funccedilatildeo do fluxo nas vias

principais e secundaacuterias que satildeo aproximadamente 28 e 23 mil veiacuteculos

respectivamente conforme mostrado pela interseccedilatildeo das linhas cor rosa vemos que

para esta interseccedilatildeo em estudo o graacutefico conduz claramente para uma interseccedilatildeo

com separaccedilatildeo de niacuteveis

As interseccedilotildees em niacuteveis diferentes podem ser de dois tipos gerais cruzamento

em niacuteveis diferentes sem ramos quando natildeo haacute troca de fluxos entre as vias E

interconexatildeo pois aleacutem do cruzamento em desniacutevel a interseccedilatildeo possui ramos que

conduzem os veiacuteculos e desta forma esta uacuteltima eacute a mais adequada para a interseccedilatildeo

em estudo

49

A interconexatildeo pode ser de sete tipos poreacutem a que melhor conduz o traacutefego e

permite a troca de direccedilotildees satildeo as do tipo Trevo Completo em que nos quatro

quadrantes os movimentos de conversatildeo agrave esquerda satildeo feitos por laccedilos (loops) e agrave

direita por conexotildees externas aos laccedilos conforme Figura 27 e 28

Figura 28ndash Trevo completo (Quatro folhas)

Fonte Manual de Projeto de Interseccedilotildees (2005)

Figura 29ndash Trevo completo | SP-330

Fonte Canhedo Beppu (2018)

O MPI (2005) descreve as vantagens e desvantagens para uma interseccedilatildeo em

niacuteveis diferentes Dentre algumas vantagens pode-se descrever a capacidade do

tracircnsito eacute igualaacutevel agrave capacidade de fora da interseccedilatildeo oferecendo maior seguranccedila

ausecircncia de conflitos no traacutefego adapta-se agrave construccedilatildeo por etapas Quanto agraves

desvantagens satildeo bastante onerosas satildeo antiesteacuteticas para vias urbanas

necessitam de grandes aacutereas para sua construccedilatildeo Sendo que as desvantagens deste

tipo de interseccedilatildeo podem torna-la inviaacutevel principalmente relacionado ao custo de

implantaccedilatildeo e agrave arquitetura aleacutem da consolidaccedilatildeo urbana jaacute existente

50

Sendo assim haacute que se repensar o modelo de fluxo e traacutefego urbano da cidade

de Palmas - TO pois pelas projeccedilotildees haveraacute necessidade de alteraccedilatildeo na

infraestrutura urbana para que se atenda com qualidade as demandas do traacutefego

que tendem a duplicar dentro dos proacuteximos dez anos

6- CONCLUSAtildeO

Chegando ao final da anaacutelise na interseccedilatildeo por roacutetula da AV NS-02 com AV

LO-05 na cidade de Palmas - TO percebe-se que haacute necessidade de alteraccedilatildeo neste

elemento da via visando principalmente uma melhor fluidez do tracircnsito e uma maior

seguranccedila para os usuaacuterios Atraveacutes do estudo proposto chegou-se agrave conclusatildeo que

a implantaccedilatildeo de interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes do tipo trevo completo atenderaacute a

demanda do fluxo para o ano de projeto 2027 e para o presente ano onde tem-se

uma grande solicitaccedilatildeo principalmente no dia de sexta-feira ao final do expediente

que se acumula grandes filas e espera predominantemente nos acessos Norte Sul e

Leste

Contudo a interseccedilatildeo em niacuteveis diferentes mesmo sendo a recomendada pelo

Manual e Projeto de Interseccedilotildees do DENATRAN apresenta diversas desvantagens

a principal delas para o local de estudo eacute a questatildeo arquitetocircnica e espaccedilo de

implantaccedilatildeo tendo em vista que haacute edificaccedilotildees jaacute consolidadas puacuteblicas e privadas

como a feira da 304 sul a aacuterea do Espaccedilo Cultural Joseacute Gomes Sobrinho

concessionaacuteria de veiacuteculos e residecircncias Ainda o custo de implantaccedilatildeo que eacute

bastante elevado se comparado com outros dispositivos de controle de interseccedilotildees

assim como os contratempos de implantaccedilatildeo da obra que demandaraacute vaacuterios meses

podendo se prolongar por anos vide casos existentes no Brasil

Desta forma apesar de ser a soluccedilatildeo para o fluxo do traacutefego desta regiatildeo a

interseccedilatildeo em dois niacuteveis ainda natildeo se faz justificaacutevel pelas duas desvantagens

Cabe ao poder puacuteblico entatildeo tomar outras alternativas para amenizar os entraves do

transito atual em horaacuterio de pico e jaacute com perspectiva futuras jaacute que a cidade

apresenta uma alta taxa de crescimento populacional e veicular

A adequaccedilatildeo do traacutefego poderia ser melhor dimensionada e escoada atraveacutes

por exemplo da continuidade de outras avenidas arteriais da cidade como a NS-04

que eacute interrompida na reserva do Parque Cesamar a AV NS-05 que tambeacutem eacute

descontinuada em vaacuterios trechos e interrompida ao lado do 1ordm Batalhatildeo da Policia

Militar do Tocantins satildeo avenidas que poderiam levar o fluxo em paralelo com a NS-

02 poreacutem satildeo interrompidas e duplicadas em apenas alguns trechos Outra via

51

importante eacute a NS-10 que possui uma grande movimentaccedilatildeo de veiacuteculos poreacutem

tambeacutem natildeo possui duplicaccedilatildeo por toda a sua extensatildeo o que estrangula o traacutefego

Em Palmas - TO o problema da fluidez do traacutefego na roacutetula em estudo se repete

em outros pontos da cidade como por exemplo as roacutetulas das AV NS-02 e NS-01

com a AV Juscelino Kubistchek que satildeo estrangulados pela Praccedila dos Girassoacuteis

entre outras interseccedilotildees por roacutetula que devido ao aumento da frota de veiacuteculos da

cidade jaacute contam com problemas de fluidez Problema este que pode ser resolvido

com a continuaccedilatildeo e conclusatildeo das outras avenidas arteriais mencionadas acima que

estatildeo incompletas e colaborariam com o escoamento do traacutefego da cidade

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REFEREcircNCIAS

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