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Caracterização dos
Espaços Verdes da FEUP
Estudo dos Problemas
Dos Espaços Verdes da FEUP
e Propostas de Melhoramento
Grupo de trabalho 420:
Daniel Filipe Silva Ermida Martins de Freitas Filipa Carrilho Martins Cardoso Ruben Tiago Ferreira Ribeiro Bruno Miguel Basso e Mota João Diogo Lemos Teixeira Luís Miguel Rodrigues Oliveira
Outubro de 2009
ii
Resumo
Este relatório visa abordar os aspectos relativos aos espaços verdes da Faculdade
de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Procedeu-se a uma análise e
caracterização de todo o terreno da Faculdade no qual há diversos espaços muito
agradáveis mas, se se proceder a uma atenta reflexão, verifica-se que existem algumas
falhas a colmatar.
Procurou-se detectar os principais problemas existentes nos referidos espaços.
Fizeram-se investigações no terreno e estabeleceram-se contactos com funcionários, o
que permitiu concluir como principais problemas dos espaços da FEUP o fraco
desenvolvimento de algumas árvores, a fraca drenagem existente no relvado central, a
falta de cor e de bancos, a irregularidade do solo e a pouca água existente para algumas
árvores. Apresentaram-se também as soluções possíveis para se proceder à resolução
dos problemas encontrados. A plantação de flores para colorir os espaços, a
implementação de caldeiras em torno das árvores, uma análise completa ao solo, a
actualização do sistema de drenagem e um maior cuidado na manutenção das árvores
são soluções possíveis para ultrapassar estas falhas existentes nos recintos verdes. Estas
alterações serão úteis e benéficas para todos os elementos da comunidade da FEUP.
iii
Agradecimentos
Ao Professor José António Barros Basto que se disponibilizou a atender as
nossas dúvidas e dificuldades.
Ao monitor do nosso grupo, João Câmara Manoel, que nos apoiou e orientou na
execução do projecto.
À jardineira da FEUP, Sr.ª D. Rosa que gentilmente nos cedeu informações
cruciais para o desenvolvimento do nosso trabalho.
Ao STM por nos ter fornecido dados importantes acerca dos espaços da FEUP.
iv
Lista de imagens
Fig. 1 Foto da FEUP vista de cima (retirada do Google Maps 2009) ............................. 3
Fig. 2 Oliveiras ................................................................................................................ 5
Fig. 3 Pinheiros ................................................................................................................ 5
Fig. 4 Palmeira ................................................................................................................. 6
Fig. 5 Castanheiro ............................................................................................................ 6
Fig. 6 Aspersor de um sistema de rega por aspersão ....................................................... 7
Fig. 7 Pormenor de casca da árvore destruída pelos corta-relva ..................................... 9
Fig. 8 Pormenor de casca da árvore destruída pelos corta-relva ..................................... 9
Fig. 9 Esquema dos vasos de uma árvore e o resultado da destruição da casca ............ 10
Fig. 10 Árvore seca (1º plano) ....................................................................................... 11
Fig. 11 Exemplo de uma caldeira .................................................................................. 12
Fig. 12 Jardim central, zona de má drenagem ............................................................... 13
Fig. 13 Parte da árvore removida................................................................................... 13
Fig. 14 Exemplo de um dos sistemas de escoamento de águas ..................................... 14
Fig. 15 Relvado central .................................................................................................. 15
Fig. 16 O cinzento e o verde de uma zona da FEUP ..................................................... 17
Fig. 17 A pouca variedade de árvores no jardim central ............................................... 17
Fig. 18 Árvores de baixo porte que proporcionam pouca sombra................................ 18
Índice
Resumo ............................................................................................................................. ii
Agradecimentos ............................................................................................................... iii
Lista de imagens .............................................................................................................. iv
Introdução ......................................................................................................................... 1
Objectivos ......................................................................................................................... 2
Caracterização do espaço.................................................................................................. 3
Áreas ............................................................................................................................. 3
Árvores .......................................................................................................................... 4
Sistema de rega ............................................................................................................. 7
Problemas do espaço e soluções apresentadas ................................................................. 8
Fraco desenvolvimento das árvores nos espaços da FEUP .......................................... 8
Falta de água em algumas árvores .............................................................................. 10
Drenagem na zona do relvado central ......................................................................... 12
Irregularidade do solo da FEUP .................................................................................. 14
Estética dos espaços verdes da FEUP ......................................................................... 16
Conclusão ....................................................................................................................... 19
Referências bibliográficas .............................................................................................. 20
1
Introdução
A FEUP está dotada de uma extensa área de espaço verde que torna mais
agradável todo o recinto onde se encontra instalada. Estes locais, contrastam com o
cinzento dos edifícios, contribuindo para tornar mais acolhedor e bonito o sítio onde
diariamente circulam milhares de pessoas, sejam elas afectas directa ou indirectamente à
FEUP.
Num campus das dimensões do da FEUP era imperativo que estas zonas verdes
existissem e que fossem o mais completas e engraçadas possível, para que exista um
ambiente descontraído e relaxante, contrário ao stress e à azáfama do dia a dia.
Este trabalho debruça-se sobre os espaços verdes que constituem os recintos da
FEUP. Centra-se na caracterização e no que poderá ser feito para os melhorar. Na linha
do que foi pedido, conheceu-se melhor os ditos espaços e tratou-se de estudá-los para se
poder desenvolver este projecto.
2
Objectivos Neste trabalho tem-se por objectivo apresentar e caracterizar os espaços verdes
da FEUP. Por outro lado, procura-se expor os maiores problemas destes recintos, no
sentido de encontrar soluções que sejam eficazes para se proceder a uma melhoria da
qualidade do campus da FEUP, tornando-o um local mais aprazível.
O objectivo passa por uma caracterização dos mesmos, bem como uma análise
aos problemas relacionados com eles. Fez-se então, uma descrição da área e, ao
abordar-se alguns dos utilizadores diários destes espaços, detectaram-se as maiores
preocupações e trabalhou-se para encontrar soluções simples e viáveis para implementar
nestes espaços.
Primeiramente, apresentam-se os recintos, tal como se encontram e de seguida
focam-se vários problemas, que se foram detectando, apresentando soluções para a sua
resolução.
3
Caracterização do espaço
Na FEUP existe uma quantidade considerável de espaços relvados e de plantas,
sejam elas árvores, arbustos ou sebes. Este conjunto de plantas encontra-se distribuído
por toda a Faculdade e embeleza-a, uma vez que contrasta com o abundante cinzento,
muito monótono, que é a cor da quase totalidade dos edifícios e construções que servem
a FEUP. Dadas as suas dimensões e a sua dispersão, é extremamente complicado fazer
uma descrição e caracterização específica de cada jardim, por isso, apresenta-se uma
caracterização global do espaço e alguns dos serviços de manutenção do mesmo.
Áreas
A FEUP (Fig. 1) tem uma área de 84400 m2, sendo 22990 m2 superfície de
espaço verde. Desta forma, cerca de 1/4 da área total da FEUP é constituída por área
relvada e arborizada. Este espaço verde corresponde a cerca de dois campos de futebol.
Destes quase 85000 m2, cerca de 150 m2 são ajardinados com vegetação rasteira e
arbustiva sendo a restante área constituída por relvado.
Fig. 1 Foto da FEUP vista de cima (retirada do Google Maps 2009)
Gráfico 1 Percentagem das áreas verdes e de edifícios e acessos na FEUP
Árvores
Na FEUP há cerca de 200
de Manutenção) da faculdade.
de árvores, entre as quais oliveiras
(Fig. 3), magnólias, camélias, tulipeiros da Virgínia, t
portugueses e carvalhos, azevinho
castanheiros (Fig. 5) e mélia
se encontram. Das árvores existentes,
o seu reaproveitamento
construção da barragem do Alqueva. Conseguiu assim, um maior embelezamento e
valorização das áreas verdes e do ambiente paisagístico do
"No início do ano de 2007 foram plantados cerca de 30 exemplares de árvores
de porte considerável, com alturas da ordem dos 6
dos respectivos locais de plantação foram objecto de um estudo encomendado a um
especialista externo à FEUP, de modo a conseguir
os edifícios e espaços do campus
características de cada árvore, nomeadamente em relação ao seu porte, com o espaço
circundante.
Espaço verde
Percentagem das áreas verdes e de edifícios e acessos na FEUP
cerca de 200 árvores, segundo os dados do STM (Serviço Técnico
de Manutenção) da faculdade. No total, há mais de duas dezenas de espécies diferentes
oliveiras (Fig. 2), áceres, bétulas, cedros, cho
magnólias, camélias, tulipeiros da Virgínia, tílias, jacarandas, carvalhos
zevinhos americanos, pimenteiras, prunus, palmeira
élias. A maioria das árvores está bem adaptada ao local em que
Das árvores existentes, 24 oliveiras são provenientes do Alqueva
dado que estavam condenadas a desaparecer devido à
do Alqueva. Conseguiu assim, um maior embelezamento e
valorização das áreas verdes e do ambiente paisagístico do campus da FEUP.
"No início do ano de 2007 foram plantados cerca de 30 exemplares de árvores
de porte considerável, com alturas da ordem dos 6/8 metros. A escolha das espécies e
dos respectivos locais de plantação foram objecto de um estudo encomendado a um
especialista externo à FEUP, de modo a conseguir-se uma integração paisagís
campus, ao mesmo tempo que se acautelava a adequação das
cas de cada árvore, nomeadamente em relação ao seu porte, com o espaço
Espaço de edifícios e acessos73%
Espaço verde27%
ÁreasÁreasÁreasÁreas
4
Percentagem das áreas verdes e de edifícios e acessos na FEUP
segundo os dados do STM (Serviço Técnico
espécies diferentes
edros, choupos, pinheiros
lias, jacarandas, carvalhos
almeiras (Fig. 4),
s. A maioria das árvores está bem adaptada ao local em que
provenientes do Alqueva. Fez-se
dado que estavam condenadas a desaparecer devido à
do Alqueva. Conseguiu assim, um maior embelezamento e
da FEUP.
"No início do ano de 2007 foram plantados cerca de 30 exemplares de árvores
escolha das espécies e
dos respectivos locais de plantação foram objecto de um estudo encomendado a um
se uma integração paisagística com
acautelava a adequação das
cas de cada árvore, nomeadamente em relação ao seu porte, com o espaço
5
Em alguns casos as novas árvores não conseguiram sobreviver ao transplante,
tendo sido posteriormente substituídas por outros exemplares da mesma espécie ou de
espécies semelhantes." in Relatório de Sustentabilidade da FEUP 2007, p. 17-18
Fig. 2 Oliveiras
Fig. 3 Pinheiros
7
Sistema de rega
Em grande parte, os espaços verdes da FEUP estão equipados com sistema de
rega por aspersão (Fig. 6), que funciona durante a madrugada. Os horários são os ideais
para o funcionamento do sistema, mas este mecanismo não abrange a totalidade do
recinto da FEUP. Para colmatar esta falha, de manhã e diariamente, os jardineiros da
FEUP providenciam água às zonas não abrangidas, através do sistema de regra
tradicional. Pode afirmar-se que a FEUP tem um eficaz sistema de rega nos seus
espaços e que todas as árvores recebem água, essencial para o seu desenvolvimento. No
entanto, não há possibilidade de afirmar se a quantidade de água que cada árvore recebe
é a adequada. Cabe aos responsáveis pelos espaços controlar esse facto para que não
haja falhas nesse sentido.
Fig. 6 Aspersor de um sistema de rega por aspersão
8
Problemas do espaço e soluções apresentadas
Ao longo do tempo em que se desenvolveu este projecto, conheceu-se melhor os
espaços verdes da FEUP. Houve preocupação em encontrar defeitos e problemas que os
mesmos apresentam e junto de alguns alunos mais velhos encontraram-se diversas
preocupações no que concerne à apresentação e utilidade destes recintos, espalhados por
todo o campus da Faculdade de Engenharia. Dessa análise profunda, recolheram-se os
problemas que se acharam serem mais relevantes e procurou-se arranjar soluções
relativamente simples para melhorar os estes espaços. Apresenta-se de seguida os
problemas encontrados e as formas que se achou mais convenientes para que esses
sejam resolvidos.
Fraco desenvolvimento das árvores nos espaços da FEUP
Este problema advém da falta de cuidado por parte dos funcionários da
manutenção ao utilizarem os corta-relvas para apararem a relva em torno das árvores.
Ao embaterem com as máquinas nas árvores, afectam a casca das mesmas (Fig. 7 e 8),
contribuindo negativamente para o seu desenvolvimento.
Uma das possíveis causas do mau desenvolvimento das árvores é a alteração do
seu sistema radicular, provocado pela destruição de algumas raízes mais superficiais e
pêlos radiculares que, eventualmente, foram atingidos pelos corta-relva.
É através do sistema radicular que a água com sais minerais dissolvidos (seiva
bruta) é absorvida do solo. Esta seiva, que circula nos vasos xilémicos, é necessária para
que o processo fotossintético se realize. Este consiste na transformação de seiva bruta
em seiva elaborada – “alimento” da árvore.
Assim, como as raízes têm como função suster a planta ao solo e absorver a
seiva bruta, a árvore acaba por morrer, uma vez que as raízes não exercem a sua função.
Por outro lado, o não desenvolvimento das árvores pode dever-se à destruição do
floema – tecido condutor da seiva elaborada (“alimento” da planta).
O floema é dos tecidos mais periféricos do caule, sendo um dos mais sujeitos ao
embate das máquinas de jardinagem. A destruição do floema vai impedir que a seiva
elaborada desça até às raízes (Fig. 9).
Deste modo, as raízes das árvores deixam de receber os compostos orgânicos
necessários ao seu desenvolvimento e morrem, consequentemente morre a árvore.
9
Para corrigir este problema é essencial sensibilizar os responsáveis pela
manutenção dos espaços e alertá-los para a gravidade e consequências da utilização
descuidada do equipamento para aparar a relva.
Fig. 7 Pormenor de casca da árvore destruída pelos corta-relva
Fig. 8 Pormenor de casca da árvore destruída pelos corta-relva
10
Fig. 9 Esquema dos vasos de uma árvore e o resultado da destruição da casca
Falta de água em algumas árvores
Na observação dos espaços verdes da FEUP, reparou-se na existência de
diversas árvores secas, nomeadamente devido à escassez de água, que é considerada um
factor vital para o crescimento das árvores pois está directamente ligada à realização de
diversos processos fundamentais para o crescimento destas, nomeadamente a
fotossíntese.
Tanto o excesso de água como a sua escassez prejudicam o desenvolvimento das
árvores, sendo o último mais determinante. Sendo insuficiente, a água pode levar à
morte de algumas árvores, principalmente as mais jovens pois, estando ainda numa fase
precoce do seu desenvolvimento, necessitam de quantidades de água ideais para criarem
raízes sólidas e estáveis. O mesmo não se verifica em determinadas áreas da FEUP,
onde se denota árvores visivelmente “secas”, como por exemplo uma árvore junto à
cafetaria (Fig. 10) e outras árvores no relvado central, entretanto já cortadas. Esta
situação deve-se à demasiada exposição solar de algumas árvores colocadas em zonas
11
mais isoladas, o que provoca uma maior perda de água por transpiração nestas,
diminuindo o nível de normal água e por conseguinte, implicando um menor
desenvolvimento. Por outro lado, também há árvores que secam devido a uma má
absorção de água pois parte da água proveniente do sistema de rega é “consumida” pela
relva que está muito próxima das raízes, impedindo que estas consigam absorver a
quantidade de água indispensável para terem um bom desenvolvimento.
Fig. 10 Árvore seca (1º plano)
Isto ocorre, pois existe uma relação entre o crescimento e o balanço de água da
árvore que é controlado pela sua absorção e transpiração, que por sua vez, dependem
das condições de humidade do solo e das condições atmosféricas.
A influência do défice de água interno traduz-se numa redução do crescimento
das árvores devido à acção da água na realização da fotossíntese, multiplicação celular e
outros processos internos. Existe assim, uma correlação positiva entre o crescimento e a
água interna a um nível adequado.
12
Note-se ainda que as árvores em locais de drenagem deficiente podem absorver
menos água que em solo seco, diminuindo o crescimento e demonstrando que este nem
sempre é directamente correlacionado com precipitação ou água no solo.
Uma boa solução para contrariar este facto passaria pela criação de caldeiras
com detritos orgânicos em torno das árvores (Fig. 11), para que, para além de
armazenarem água por maior período de tempo e manterem maior humidade, afastarem
a relva das raízes das árvores mais jovens, não retirando a água indispensável ao
crescimento das árvores.
Fig. 11 Exemplo de uma caldeira
Drenagem na zona do relvado central
Constatou-se que o relvado central é a zona que maiores problemas cria quando
chove ou é regada. Esta zona, depois da chuva e da rega cria poças facilmente pois a sua
estrutura é propícia a isso mesmo. Trata-se de uma vasta extensão de terreno, com cerca
de 135 metros de comprimento, que dada a pouca inclinação de terreno que tem, retém à
superfície o excesso de água. Verifica-se que é vital um bom sistema de drenagem e que
o actual não é eficiente.
13
Fig. 12 Jardim central, zona de má drenagem
Como se pode ver através da fotografia (Fig. 12), existe uma parte central
(destacada) em que a relva aparenta estar com maiores problemas. Estes problemas,
muito provavelmente, resultaram da pouca eficiência do sistema de drenagem que, ao
não drenar o excesso de água, poderá ter levado à morte de uma das árvores (Fig. 13),
entretanto removida, que compunham este espaço.
Fig. 13 Parte da árvore removida
14
A solução para este problema teria de passar, inevitavelmente, por uma mudança
no sistema de drenagem e, consequentemente, trabalhos no terreno.
Sugere-se a instalação de sistemas de escoamento das águas, que as conduziria
para um reservatório onde poderiam ser aproveitadas para outros fins, como por
exemplo, a rega dos jardins da própria faculdade.
Fig. 14 Exemplo de um dos sistemas de escoamento de águas
Com um sistema de drenagem eficiente, melhorar-se-ia não só o estado do
relvado, como também a Faculdade passaria a reduzir gastos (que anteriormente eram
dirigidos para pagar a água das regas).
Conseguir-se-ia melhorar não só o aspecto económico, como também o aspecto
visual da faculdade, com uma relva cuidada e saudável.
Irregularidade do solo da FEUP
No início do projecto, reparou-se numa árvore nos jardins que estava seca. Foi
um indício de que algum problema existia na zona, mas aparentemente estava tudo bem
pois a vegetação a sua volta estava saudável. Fez-se esta questão ao núcleo de
jardineiros onde foi explicado que podia ser da qualidade do solo, pois tinham
problemas de drenagem naquela zona,
mais a frente.
Para conhecer então a qualidade do solo,
onde se pudesse avaliar os seus atributos químicos, físicos e biológicos, pois só o estudo
do conjunto destes três aspectos da qualidade do solo é que pode defini
poder-se-ia concluir melhor o que levou à mo
ter morrido, não só por falta de água ou de água a mais, como também de falta de
minerais no solo, essenciais para a sua saúde. No entanto, é preciso deixar claro que
definir qualidade para um determinado solo é
qualidade da água ou do ar. Como
zonas que parecem não apanhar tanta água ou levam água a mais, talvez devido à má
drenagem do solo nesta zona.
Fez-se então alguma pesquisa sobre este assunto da qual
vários indicadores físicos da qualidade do solo
escoamento superficial, drenagem
problemas de drenagem naquela zona, indício de má qualidade do solo,
o a qualidade do solo, precisar-se-ia de uma análise ao solo
avaliar os seus atributos químicos, físicos e biológicos, pois só o estudo
do conjunto destes três aspectos da qualidade do solo é que pode defini
concluir melhor o que levou à morte da árvore em questão, pois esta poderá
não só por falta de água ou de água a mais, como também de falta de
essenciais para a sua saúde. No entanto, é preciso deixar claro que
definir qualidade para um determinado solo é uma tarefa mais complexa que definir a
qualidade da água ou do ar. Como se pode ver nesta fotografia (Fig 15)
zonas que parecem não apanhar tanta água ou levam água a mais, talvez devido à má
drenagem do solo nesta zona.
Fig. 15 Relvado central
então alguma pesquisa sobre este assunto da qual se concluiu
vários indicadores físicos da qualidade do solo, tais como a taxa de infiltração,
escoamento superficial, drenagem e erosão. Alguns destes foram mesmo destacados
15
como se explica
de uma análise ao solo
avaliar os seus atributos químicos, físicos e biológicos, pois só o estudo
do conjunto destes três aspectos da qualidade do solo é que pode defini-la. Assim,
rte da árvore em questão, pois esta poderá
não só por falta de água ou de água a mais, como também de falta de
essenciais para a sua saúde. No entanto, é preciso deixar claro que,
uma tarefa mais complexa que definir a
(Fig 15) existem certas
zonas que parecem não apanhar tanta água ou levam água a mais, talvez devido à má
se concluiu que existem
taxa de infiltração,
erosão. Alguns destes foram mesmo destacados
16
pelos jardineiros como uns dos principais problemas dos espaços verdes da FEUP. Estes
factores podem ser analisados por testes à textura da terra, estrutura, resistência à
penetração, profundidade de enraizamento, capacidade de água disponível, percolação
ou transmissão da água e sistema de cultivo.
Existem ainda os factores químicos do solo que apresentam relevância nos
estudos, tanto agronómicos quanto ambientais. Eles indicam os processos do solo ou de
comportamento do mesmo, capacidade do solo de resistir à troca de catiões, as
necessidades nutricionais das plantas ou mesmo a contaminação ou poluição.
Estética dos espaços verdes da FEUP
Apesar da vasta área de espaços verdes que esta Instituição possui, cerca de 27%
da sua área total, estes são por vezes bastante simples adoptando-se assim uma
decoração modernista, que pode estar relacionada com o facto de estarmos perante uma
Faculdade de Engenharia.
No entanto, esta decoração é considerada por vezes um pouco sombria, visto ser
o cinzento (cor dos edifícios) a cor predominante, sendo evidente a falta de cores um
pouco mais alegres, como se verifica na fotografia (Fig. 16). A plantação de diversas
espécies de flores pode ser vista como uma das soluções a este problema, pois a
presença destas fazia com que as cores alegres estivessem presentes na FEUP, podendo
por vezes transmitir outros estados de espírito mais positivos a toda a comunidade da
faculdade.
17
Fig. 16 O cinzento e o verde de uma zona da FEUP
Perante a observação dos espaços verdes conclui-se também que no principal
jardim da instituição, ou seja no jardim que se situa sensivelmente no meio das
instalações da faculdade, onde os alunos passam grande parte do seu tempo livre, se
verifica um grande défice na variedade e na quantidade de árvores (Fig. 17): são
bastante simples e em pouco número, estando a maioria das árvores de outros géneros
plantadas na periferia do recinto.
Fig. 17 A pouca variedade de árvores no jardim central
18
A maioria das árvores plantadas encontra-se em mau estado, bastante
degradadas, com adereços que não se enquadram muitas vezes na paisagem. Além
disso, são poucas as árvores que existem neste jardim e, as que existem são de pequeno
porte, o que em caso de dias de Verão bastante quentes, se traduz num número muito
reduzido de espaços ao ar livre onde os membros da Faculdade podem estar, pois os
lugares que se situam á sombra são raros (Fig. 18). Ora, a plantação de mais árvores de
variadas espécies, seria encarada então como uma vantagem para esta Faculdade.
Fig. 18 Árvores de baixo porte que proporcionam pouca sombra
A falta de bancos onde os alunos se podem sentar nos jardins é bastante notável,
usando-se as escadas e a esplanada para o efeito.
Outro ponto negativo no aspecto da paisagem dos espaços verdes da FEUP é o
estado em que a relva por vezes se encontra: bastante seca e de grande comprimento,
sendo necessário um melhor tratamento desta.
Por último, conclui-se que as sebes que delimitam todo o recinto da Faculdade
possuem altura bastante pequena, podendo ser substituídas por umas um pouco maiores.
Isto revelava-se não só uma medida de segurança, mas também de melhoramento
paisagístico, pois eliminaria em parte a vista para a estrada, como já acontece nas
traseiras, em que a vista para a auto-estrada se encontra totalmente obstruída, eliminado
também os grandes ruídos provenientes dos carros.
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Conclusão
Como se viu, a FEUP está bem apetrechada de espaços verdes que são uma
mais-valia que torna o seu campus num lugar heterogéneo e mais saudável. Apesar
disso, estes recintos apresentam diversos problemas que podem ser corrigidos, no
sentido de os tornar cada vez mais agradáveis e mais úteis. A maioria das pessoas gosta
do contacto com a Natureza e com a vegetação, o que mostra que é importante a
Faculdade possuir estes espaços de lazer e descanso.
De uma forma geral, os espaços verdes da FEUP são bons. Analisando mais
profundamente, verifica-se que há pouca sombra junto das árvores, dadas as suas
reduzidas dimensões, que por sua vez se devem, não às espécies escolhidas, mas a
algum descuido das equipas de manutenção como evidenciámos no caso dos corta-relva.
A criação das caldeiras junto das árvores, melhoraria também a eficácia do sistema de
rega e contribuiria para um melhor desenvolvimento das plantas. Há também o
problema da drenagem que por vezes se torna incomodativo devido às poças de água
que se formam, no relvado central. Esteticamente, a paisagem torna-se algo monótona
devido à falta de cor, o que facilmente seria ultrapassado plantando flores que
coloririam de forma eficaz o verde dos relvados. Para terminar, o ideal seria fazer uma
análise ao solo, para assim se poder ter uma eficácia assegurada na escolha das árvores a
plantar, o que seria muito positivo para toda a comunidade da FEUP que diariamente
usufrui destes espaços.
20
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