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CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E SITUACIONAIS DOS ACIDENTES DOMESTICOS NA INFÂNCIA EM PROJETO DA SEMANA DA CRIANÇA EM SOROCABA FERREIRA, FT; STEFFEN, JÁ; FURLAN, AY; PEREIRA, DA; HIRAI, RT; CASTILLO, VDP; TAMEGA, IE. OBJETIVOS REFERÊNCIAS 1.BADRAN, IG. Accidents in the developing world. World Health 1:14-15, 1993. 2.CARVALHEIRO, JR. levantamento de condições de saúde por entrevistas domiciliares. 1995. Tese de Livre-Docência. Depto. de Medicina Social da Fac. Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. 3.MANCIAUX M., ROMER CJ. Accidents in Childhood and Adolescence: The Role of Research. World Health Organization 1991, pp. 217. 4.RIVARA FP., BERGMAN AB., LOGERFO JP., WRISS NS. Epidemiology of Childhood Injuries. Am. J. Dis. Child 136:502-506, 1982. 5.DIVISION OF INJURY CONTROL - Centers for Disease Control Childhood Injuries in the United States. Am J. Dis Child 144:627-646, 1990. 6.PLESS IB. Nationatal Childhood Injury Prevention Confere Can J. Pub Health 80:427-430, 1989. 7.SCHELP L, SVANTROM L. One-year incidence of Home Accidents in a Rural Swedish Municipality. Scand J. Soc. Med 14: 75-82, 1986. 8.ARRIOLA AF., ELIZALDE FJ, SAMPAYO RRL. Prevencion de accidentes. Archivos Argentinos de Pediatria 69:1-11, 1971. 9.BULL JP. Accidents and Their Prevention. In: Hobson W.: The Theory and Practice of Public Health, 2nd. ed. London, Oxford Un. Press, 1965. 10.JOLIET PV., LEHR EL. Home Safety. In: American Public Health Association. Accident Prevention, New York, McGraw-Hill 1961. 11.UNGLERT CVS, SIQUEIRA AAF, CARVALHO GA. Características Epidemiológicas dos Acidentes na Infância. Rev. Saúde Públ. 21(3):234-245, 1987. 12.WILSON D. Contribuição para o conhecimento da medicina Preventiva dos Acidentes Domésticos. Estudo Epidemiológico em um Subdistrito do Município de São Paulo. São Paulo 1966. Tese. Faculdade de Medicina da USP. pp. 101. 13.BAPTISTA FG. Acidentes nas Crianças. Considerações sobre os casos de acidentes atendidos no Pronto-Socorro Infantil de Belo Horizonte. J. Pediat. 25:562-584, 1960. 14.CARVALHO PINTO VA. Prevenção de Acidentes na Infância. Pediatria Prática 24;1-12, 1953. 15.Convenção sobre os direitos da criança e adolescente de 1990. Decreto número 99.710. conhecer as características epidemiológicas e situacionais dos acidentes domésticos na infância através de uma comunidade atendida numa Feira de Saúde. O estudo foi realizado durante uma feira de saúde construída a partir da visão epidemiológica e as conseqüências dos acidentes domésticos na infância, que permitem estabelecer medidas preventivas que curtem efeito rápido. Para isto foi organizado um mutirão de esclarecimento à população pela Liga de Pediatria da PUC-SP, o Hospital Santa Lucinda, e o Corpo de Bombeiros de Sorocaba. Durante a feira de saúde foram aplicados questionários para as mães participantes que os filhos foram atendidos pelo Conjunto Hospitalar de Sorocaba e outrem que aparecerão por ocasião da feira METODOLOGIA O estudo foi realizado durante uma feira de saúde construída a partir da visão epidemiológica e as conseqüências dos acidentes domésticos na infância, que permitem estabelecer medidas preventivas que curtem efeito rápido. Para isto foi organizado um mutirão de esclarecimento à população pela Liga de Pediatria da PUC-SP, o Hospital Santa Lucinda, e o Corpo de Bombeiros de Sorocaba. Durante a feira de saúde foram aplicados questionários para as mães participantes que os filhos foram atendidos pelo Conjunto Hospitalar de Sorocaba e outrem que aparecerão por ocasião da feira RESULTADOS A amostra escolhida para o estudo foi à população atendida pelo Conjunto Hospitalar de Sorocaba, que por consentimento livre e esclarecido quisessem participar da Feira de Saúde. Foram entrevistadas 72 mães entre 18 e 60 anos de idade. Destas42 (58,3%) tinham entre 21 e 30 anos, A maioria das mães entrevistadas tem o Ensino Médio completo 30 (41,6%). A maioria das mães entrevistadas 3 (54,16%) nunca tinham recebido informações sobre prevenção de acidentes. 42 mães apontaram que não tem grades de proteção nas janelas (58,3%), 24 – (33,3%) referiram que possuíam grades. 79, 1% das mães referiram que não tinham fios expostos com acesso para as crianças, apesar de que 48 – (66, 6%) afirmaram ter tomadas desprotegidas. Das entrevistadas, a maioria, 39 (54,1%) têm animal doméstico. Neste estudo, das 72 mães entrevistadas, 27 – (37,5%) relataram que suas crianças já haviam sofrido algum tipo de acidente que necessitou atendimento hospitalar. Observou-se que a maioria dos acidentes ocorreu durante o período diurno - 15 (55,6%), . Da amostra estudada, 19 (42,2%) dos casos a mãe estava presente no momento do acidente. Quanto ao tipo de acidente 21 (46,6%) foram por queda, seguido de 9 queimaduras (20%) e 9 intoxicações (20%), 3 atropelamentos (6,6%) e 3 ferimentos por arma de fogo (11,1%). CONCLUSÃO Nesse sentido, faz- se necessário que o pediatra – pela sua própria formação profissional – deve incorporar à sua prática diária, a discussão, orientação e divulgação dos preceitos básicos em prevenção de acidentes junto aos seus pacientes, assumindo claramente o papel de educador e difusor de conhecimentos, tendo em vista os riscos inerentes ao ambiente da criança e ao seu estágio de desenvolvimento.

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CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E SITUACIONAIS DOS ACIDENTES DOMESTICOS NA INFÂNCIA EM PROJETO DA SEMANA DA CRIANÇA EM

SOROCABAFERREIRA, FT; STEFFEN, JÁ; FURLAN, AY; PEREIRA, DA;

HIRAI, RT; CASTILLO, VDP; TAMEGA, IE.

OBJETIVOS

REFERÊNCIAS

1.BADRAN, IG. Accidents in the developing world. World Health 1:14-15, 1993. 2.CARVALHEIRO, JR. levantamento de condições de saúde por entrevistas domiciliares. 1995. Tese de Livre-Docência. Depto. de Medicina Social da Fac. Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.3.MANCIAUX M., ROMER CJ. Accidents in Childhood and Adolescence: The Role of Research. World Health Organization 1991, pp. 217.4.RIVARA FP., BERGMAN AB., LOGERFO JP., WRISS NS. Epidemiology of Childhood Injuries. Am. J. Dis. Child 136:502-506, 1982.5.DIVISION OF INJURY CONTROL - Centers for Disease Control Childhood Injuries in the United States. Am J. Dis Child 144:627-646, 1990.6.PLESS IB. Nationatal Childhood Injury Prevention Confere Can J. Pub Health 80:427-430, 1989.7.SCHELP L, SVANTROM L. One-year incidence of Home Accidents in a Rural Swedish Municipality. Scand J. Soc. Med 14: 75-82, 1986.8.ARRIOLA AF., ELIZALDE FJ, SAMPAYO RRL. Prevencion de accidentes. Archivos Argentinos de Pediatria 69:1-11, 1971.9.BULL JP. Accidents and Their Prevention. In: Hobson W.: The Theory and Practice of Public Health, 2nd. ed. London, Oxford Un. Press, 1965.10.JOLIET PV., LEHR EL. Home Safety. In: American Public Health Association. Accident Prevention, New York, McGraw-Hill 1961.11.UNGLERT CVS, SIQUEIRA AAF, CARVALHO GA. Características Epidemiológicas dos Acidentes na Infância. Rev. Saúde Públ. 21(3):234-245, 1987.12.WILSON D. Contribuição para o conhecimento da medicina Preventiva dos Acidentes Domésticos. Estudo Epidemiológico em um Subdistrito do Município de São Paulo. São Paulo 1966. Tese. Faculdade de Medicina da USP. pp. 101.13.BAPTISTA FG. Acidentes nas Crianças. Considerações sobre os casos de acidentes atendidos no Pronto-Socorro Infantil de Belo Horizonte. J. Pediat. 25:562-584, 1960.14.CARVALHO PINTO VA. Prevenção de Acidentes na Infância. Pediatria Prática 24;1-12, 1953.15.Convenção sobre os direitos da criança e adolescente de 1990. Decreto número 99.710. Diário Oficial da União, 1990.16.FILÓCOMO, F.R.F.; HARADA, M.J.C.S.; SILVA, C.V.; PEDREIRA, M.L.G. Estudo dos acidentes na infância em um pronto socorro pediátrico. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, 10 (1), 2002.

conhecer as características epidemiológicas  e  situacionais dos acidentes domésticos na infância através de uma  comunidade atendida numa Feira de Saúde.O estudo foi realizado durante uma feira de saúde construída a partir da visão epidemiológica e as conseqüências dos acidentes domésticos na infância, que permitem estabelecer medidas preventivas que curtem efeito rápido. Para isto foi organizado um mutirão de esclarecimento à população  pela Liga de Pediatria da PUC-SP,  o Hospital Santa Lucinda, e o Corpo de Bombeiros de Sorocaba. Durante a feira de saúde foram aplicados questionários para as mães participantes que os filhos foram atendidos pelo Conjunto Hospitalar de Sorocaba e outrem que aparecerão por ocasião da feira

METODOLOGIA

O estudo foi realizado durante uma feira de saúde construída a partir da visão epidemiológica e as conseqüências dos acidentes domésticos na infância, que permitem estabelecer medidas preventivas que curtem efeito rápido. Para isto foi organizado um mutirão de esclarecimento à população  pela Liga de Pediatria da PUC-SP,  o Hospital Santa Lucinda, e o Corpo de Bombeiros de Sorocaba. Durante a feira de saúde foram aplicados questionários para as mães participantes que os filhos foram atendidos pelo Conjunto Hospitalar de Sorocaba e outrem que aparecerão por ocasião da feira

RESULTADOS

A amostra escolhida para o estudo foi à população atendida pelo Conjunto Hospitalar de Sorocaba, que por consentimento livre e esclarecido quisessem participar da Feira de Saúde.  Foram entrevistadas 72 mães entre 18 e 60 anos de idade. Destas42 (58,3%) tinham entre 21 e 30 anos, A maioria das mães entrevistadas tem o Ensino Médio completo 30 (41,6%). A maioria das mães entrevistadas 3  (54,16%) nunca tinham recebido informações sobre prevenção de acidentes. 42 mães apontaram que não tem grades de proteção nas janelas (58,3%), 24 – (33,3%) referiram que possuíam grades. 79, 1% das mães referiram que não tinham fios expostos com acesso para as crianças, apesar de que 48 – (66, 6%) afirmaram ter tomadas desprotegidas. Das entrevistadas, a maioria, 39 (54,1%) têm animal doméstico. Neste estudo, das 72 mães entrevistadas, 27 – (37,5%) relataram que suas crianças já haviam sofrido algum tipo de acidente que necessitou atendimento hospitalar.  Observou-se que a maioria dos acidentes ocorreu durante o período diurno - 15 (55,6%), .  Da amostra estudada, 19 (42,2%) dos casos a mãe estava presente no momento do acidente. Quanto ao tipo de acidente 21 (46,6%) foram por queda, seguido de 9 queimaduras (20%) e 9 intoxicações (20%), 3 atropelamentos (6,6%) e 3 ferimentos por arma de fogo (11,1%).

CONCLUSÃO

Nesse sentido, faz- se necessário que o pediatra – pela sua própria formação profissional – deve incorporar à sua prática diária, a discussão, orientação e divulgação dos preceitos básicos em prevenção de acidentes junto aos seus pacientes, assumindo claramente o papel de educador e difusor de conhecimentos, tendo em vista os riscos inerentes ao ambiente da criança e ao seu estágio de desenvolvimento.