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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE-PPGCMA CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS PLUVIAIS COM O MÍNIMO DE INTERFERÊNCIA MANUAL: ESTUDO DE CASO EM UM INSTITUTO FEDERAL. Pedro Ivan das Graças Palheta Belém/PA Abril 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE-PPGCMA

CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS

PLUVIAIS COM O MÍNIMO DE INTERFERÊNCIA MANUAL:

ESTUDO DE CASO EM UM INSTITUTO FEDERAL.

Pedro Ivan das Graças Palheta

Belém/PA

Abril 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE TECNOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE-PPGCMA

CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS

PLUVIAIS COM O MÍNIMO DE INTERFERÊNCIA MANUAL:

ESTUDO DE CASO EM UM INSTITUTO FEDERAL.

Pedro Ivan das Graças Palheta

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós- Graduação em

Ciências do Meio Ambiente – Mestrado Profissional (PPGCMA), da Universidade

Federal do Pará, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre

em Ciência do Meio Ambiente.

Orientador: Dr. Jandecy Cabral Leite.

Belém/PA

Abril 2018

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CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS

PLUVIAIS COM O MÍNIMO DE INTERFERÊNCIA MANUAL:

ESTUDO DE CASO EM UM INSTITUTO FEDERAL.

Pedro Ivan das Graças Palheta

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO PROGRAMA DE

PÓS- GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA PROCESSOS – MESTRADO

PROFISSIONAL (PPGEP/ITEC) DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ COMO

PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE

MESTRE EM CIÊNCIAS DO MEIO AMBIENTE.

Examinada por:

Prof. Dr. Jandecy Cabral Leite

(PPGEP-ITEC/UFPA-Orientador)

Prof. Dr. Davi do Socorro Barros Brasil

(Examinador interno ao programa - UFPA)

Prof. Dr. Tirso Lorenzo Carvajal, Dr.

(Examinador externo ao programa - ITEGAM)

Belém/PA

Abril/2018

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Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)

Biblioteca de Pós-Graduação do ICEN/UFPA

_____________________________________________________________________________

Palheta, Pedro Ivan das Graças

Captação, armazenamento e utilização de águas pluviais com o mínimo de interferência

manual: Estudo de caso em um instituto federal/ Pedro Ivan das Graças Palheta;

Orientador: Jandecy Cabral Leite. -2018.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Exatas e

Naturais, Programa de Pós-Graduação em Ciências e Meio ambiente, Belém, 2018.

1. Desenvolvimento sustentável. 2. Águas pluviais-Aproveitamento Energético. 3.

Geração de energia fotovoltaica. 4. Água potável. 5. Abastecimento de água. I. Leite,

Jandecy Cabral, orient. II. Título.

CDD 22 ed. 338.927

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Dedicatória

À Deus, porque d’Ele e por Ele e para Ele são todas as coisas.

A Astrogilda Luzia e Antônio Serrão, meus Pais, exemplo sem

igual de determinação e amor.

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AGRADECIMENTOS

A Universidade Federal do Pará - UFPA.

O Instituto de Tecnologia e Educação Galileo da Amazônia – ITEGAM.

Ao Instituto federal do Amazonas Campus Manaus Distrito Industrial e aos colaboradores

pelo apoio a realização desta pesquisa. Ao Professor, amigo e orientador Dr. Jandecy Cabral

Leite, pela condução e orientação na realização deste trabalho.

Aos professores do Programa de Pós- Graduação em Ciência do Meio ambiente – mestrado

profissional (PPGCMA) da Universidade Federal do Pará, pelas aulas de excelência durante o

curso.

A minha família, pela força, compreensão dos obstáculos e desafios que compartilhamos

nesse período.

Aos meus amigos, pelo companheirismo e pelas alegrias compartilhadas.

A todos que, direta e indiretamente, contribuíram para realização deste trabalho.

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Resumo da Dissertação apresentada ao PPGCMA/UFPA como parte dos requisitos

necessários para a obtenção do grau de Mestre em Ciências do Meio Ambiente

CAPTAÇÃO, ARMAZENAMENTO E UTILIZAÇÃO DE ÁGUAS

PLUVIAIS COM O MÍNIMO DE INTERFERÊNCIA MANUAL:

ESTUDO DE CASO EM UM INSTITUTO FEDERAL.

Pedro Ivan das Graças Palheta

Abril/2018

Orientador: Dr. Jandecy Cabral Leite

Área de Concentração: Ciências do Meio Ambiente

A motivação para esta pesquisa foi aprender a coletar, armazenar e utilizar as águas

pluviométricas com o mínimo de interferência manual. Foi realizada uma criteriosa

revisão de referenciais atuais, montado um protótipo, testado a solução, ajustado as

desconformidades e apresentado a solução final com aplicação em campo. O objetivo da

dissertação é adotar o processo de aproveitamento de águas pluviais para que haja reserva

de água potável e também criar uma alternativa descentralizada de abastecimento. Os

resultados práticos foram a reservação de grandes volumes oriundos das águas

precipitadas com melhor qualidade e mobilizada para o ponto de consumo com o uso de

energia solar. A conclusão é que devido aos excelentes índices pluviométricos da Cidade

de Manaus (AM) os volumes alcançados suplantam a demanda calculada e a energia

gerada ainda supre a iluminação emergencial no período noturno.

Palavras-Chave: Água não potável. Abastecimento de água em Escolas.

Automação. Água e energia. Energia sustentável.

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Abstract of the Dissertation presented to the PPGCMA / UFPA as part of the

requisites required obtaining a Master's Degree in Environmental Sciences (M. Eng.)

COLLECTION, STORAGE AND USING OF PLUVIAL WATERS WITH THE

MINIMUM OF MANUAL INTERFERENCE: CASE STUDY IN A FEDERAL

INSTITUTE.

Pedro Ivan das Graças Palheta

April 2018

Advisor: Dr. Jandecy Cabral Leite

Research Area: Environmental Sciences

The motivation for this research was to learn how to collect, store and use rainwater

with minimal manual interference. A careful revision of current references was carried

out, a prototype was assembled, the solution tested, the nonconformities adjusted and the

final solution presented with field application. The objective of the dissertation is to adopt

the process of utilization of rainwater so that there is a reserve of drinking water and also

to create a decentralized alternative of supply. The practical results were the reservation

of large volumes from precipitated water with better quality and mobilized to the point of

consumption with the use of solar energy. The conclusion is that due to the excellent

pluviometric indexes of the City of Manaus (AM), the volumes reached surpass the

calculated demand and the energy generated still supplies the emergency lighting at night.

Keywords: Non-potable water. Water supply in schools. Automation. Water and

energy. Sustainable energy.

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SUMÁRIO

Lista de Figuras xi

Lista de Tabelas xii

Lista de Quadros xiii

Anexos xiv

Apêndices xv

Lista de Siglas xvi

CAPÍTULO I 01

1.1- INTRODUÇÃO 01

1.2- JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA 01

1.3- OBJETIVOS 02

1.4- CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DO TEMA 02

1.5- DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 03

1.6- ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO 04

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 05

2.1 FORMAÇÃO DAS CHUVAS 05

2.1.1 Distribuição da Água 05

2.1.2 Ciclo da Água 06

2.1.3 Precipitação 07

2.1.4 Região Norte 08

2.2 CLIMATOLOGIA 09

2.3 SUPERFICIE DE CAPTAÇÃO DE ÁGUA 09

2.4 CAPTAÇÕES DA ÁGUA POR MEIO DE CALHAS E CAIXAS

DE DISTRIBUIÇÃO 11

2.5 DESCARTE DO PRIMEIRO MILÍMETRO 12

2.6 BOMBAS E SISTEMAS PRESSURIZADOS 15

2.6.1 Bombeamento fotovoltaico 15

2.6.2 Bombeamento fotovoltaico sem bateria 16

2.7 RESERVATÓRIO 17

2.8 RECALQUE AO RESERVATÓRIO SUPERIOR 20

2.9 IMPACTOS AMBIENTAIS 22

2.10 ÁGUA LIMPA DE ENERGIA LIMPA 22

2.11 GERAÇÃO FOTOVOLTAICA 24

2.11.1 Introdução a Geração Fotovoltaica 24

2.11.2 Panorama da Sustentabilidade 24

2.11.3 Indicadores de Práticas de Negócios 24

2.11.4 Estrutura do Uso dos Sistemas de Inovação Tecnológica 26

2.11.4.1 Crescimento das fontes fotovoltaicas 26

2.11.4.2 A cadeia de valor e estrutura de mercado da energia

fotovoltaica 27

2.11.4.3 A energia em instalação nos telhados 29

2.11.4.4 A energia fotovoltaica no Brasil 29

2.11.5 Calculo da Energia para Sistemas Autônomos 31

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2.11.4.5 Levantamento do consumo de energia 31

2.11.6 Dimensionamento do Banco de Baterias 31

2.11.8.1 Número de baterias em série 31

2.11.7 Número de Baterias em Paralelo 32

2.11.8 Levantamento das Características dos Módulos 32

2.11.8.1 Cálculo da energia produzida com base na insolação 32

2.11.8.2 Método da corrente máxima do módulo 33

2.12 UM POUCO DE ARDUINO 34

CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 36

3.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 36

3.2 CARACTERIZAÇÃO E DESIGN DA PESQUISA 38

3.2.1 Caracterização da Pesquisa 38

3.2.2 Design da Pesquisa 38

3.3 COLETA DE DADOS 39

3.4 ANÁLISE DOS DADOS 39

CAPÍTULO IV – APLICAÇÃO DO ESTUDO DE CASO 40

4.1 PERFIL DA INSTITUIÇÃO 40

4.2 UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NA INSTITUIÇÃO 42

4.3 UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NÃO POTÁVEL 42

4.4 PROCESSO DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA 42

4.5 APRESENTAÇÃO DA APLICAÇÃO NA PESQUISA 43

4.5.1 Dimensionamento dos Reservatórios 44

4.5.1.1 Método de Rippi 44

4.5.1.2 Método de Andrade Neto 47

4.5.2 Levantamento do Consumo 49

4.5.3 Dimensionamento do Banco de Baterias 49

4.5.4 Quantidade de Módulos Fotovoltaicos 49

4.6 SISTEMA DE AUTOMAÇÃO 51

4.6.1 Análise de Resultados 54

CAPÍTULO V – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 56

5.1 CONCLUSÕES 56

5.2 RECOMENDAÇÕES 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58

APÊNDICE – A 66

ANEXO – A 68

ANEXO – B 72

ANEXO – C 73

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xi

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Distribuição das águas na Terra 5 Figura 2: O ciclo hidrológico 6

Figura

3: Climatologia de precipitação acumulada no ano (mm) no período de 1961 a 1990

. 7

Figura 4: Climatologia de precipitação acumulada no Brasil para as quatro estações do ano:

verão; primavera; inverno; outono, realizada durante o período de 1961 a 1990. 8 Figura 5: Tipos de superfícies usuais. 10 Figura 6: Vários de tipos de calha. 11 Figura 7: Dispositivo de descarte das primeiras águas de chuva. 12

Figura 8: Dispositivo de descarte das primeiras águas de chuva. 13

Figura 9: Cisterna com filtro, sifão ladrão e freio hidráulico. 14

Figura 10: Filtro de volume. 14 Figura 11: Mecanismo de descarte da primeira água. 15 Figura 12: Configuração básica de um sistema fotovoltaico de bombeamento. 17 Figura 13: Construção de reservatório de ferro-cimento. 18

Figura 14: Cisterna de placa – capacidade de 16.000 L. 18 Figura 15: Sugestões de posicionamento de reservatórios modulares. 18

Figura 16. Reservatórios industrializados. 19 Figura 17: Wall tank. 20 Figura 18: A- Sifão ladrão, B- Dispositivo não turbilhonamento. 20

Figura 19: Reservatório superior. 21 Figura 20: Kit bombeamento solar. 21

Figura 21: Kit bombeamento solar. 22 Figura 22:Ataque de incidente mundial de segurança da água. 24

Figura 23 : Representação gráfica do TBL. 26 Figura 24: Produção e instalações anuais de PV. 28 Figura 25: Custo total da PV versus volumes de fabricação. 29

Figura 26: Repartição dos custos dos sistemas fotovoltaicos. 29

Figura 27: A-Montagem em telhado. B- Telhados solares. 30 Figura 28: Estrutura do telhado (interna). 41 Figura 29: Telhado metálico (fundos). 41 Figura 30: Vista frontal da edificação. 42 Figura 31: Vista do reservatório elevado e cisterna. 42

Figura 32:-Esquema de um sistema de aproveitamento de água pluvial. 43 Figura 33:Processos de utilização de água das chuvas. 44 Figura 34: Gráfico comparativo de precipitação acumulada em dois períodos de 30 anos

diferentes 48 Figura 35: Design dos componentes. Figura 36: Resultado do projeto Figura 37: Esquema de Ligação Do Projeto 54

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Dados elétricos nas condições STC e mecânicos. 34 Tabela 2: Dimensionamento do reservatório pelo método de Rippl. 45 Tabela 3: Precipitação acumulada mensal e anual (1931 a 1990). Usada para

dimensionamento do reservatório pelo método de Rippl. 46

Tabela 4: Demanda Mensal. 46 Tabela 5: Área de captação (Telhado) 47 Tabela 6: Volume de captação anual. 48 Tabela 7: Precipitação crítica. 49 Tabela 8: Volume da cisterna (m³). 49

Tabela 9: de Consumo diário de energia. 50

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xiii

LISTA DE QUADROS

Quadros 1: Características do módulo: Painel solar Kyocera, modelo KD140SX-UPU 140 W. 50 Quadros 3: Eficiência do módulo. 51 Quadros 4: Energia produzida pelo módulo (Ep). 51 Quadros 5: função dos componentes 54 Quadros 6: Pinos Utilizados No Projeto. 54 Quadros 2: Condições de insolação local: Manaus –Am. 51

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ANEXOS

ANEXO A: Os 17 Objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU 68 ANEXO B: Planta de drenagem do Campus Manaus Distrito Industrial. 72 ANEXO C: Código usado pelo software do projeto 73

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xv

APÊNDICE

APÊNDICE A: Design da pesquisa 66

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LISTA DE SIGLAS

ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

ADASA - AGÊNCIA REGULADORA DE ÁGUAS, ENERGIA E SANEAMENTO DO

DISTRITO FEDERAL.

AM - AMAZONAS

ANA - AGENCIA NACIONAL DE ÁGUA

CA - CORRENTE ALTERNADA

CC - CORRENTE CONTINUA

cm² - CENTIMETRO QUADRADO.

CMAP - CAPTAÇÃO E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS.

CSR – RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA

CMC- CAMPUS MANAUS CENTRO

CMDI - CAMPUS MANAUS DISTRITO INDUSTRIAL

CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

CPTEC - CENTRO DE PREVISÃO DE TEMPO E ESTUDOS CLIMÁTICOS

CWE - CONFERENCE ON WATER AND ENVIROMENT

g.cm² - GRAMA POR CENTIMETRO QUADRADO

GEE - EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA

GW – Giga watts

IFAM - INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

AMAZONAS

INPE- INSTITUNO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS

Kpa - QUILO PASCAL

L - LITRO

m² - METRO QUADRADO

MJ - MEGA JOULE

MJ.m²/dia – MEGA JOULE METRO QUADRADO POR DIA

mm - MILÍMETRO

N – NORTE

NBR - NORMA BRASILEIRA

NW - NOROESTE

ONU - ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS

PA – PARÁ

PV – PAINEL FOTOVOLTAICO

PNRH - POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS HÍDRICOS

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xvii

S - SUL

SE - SUDESTE

SINGREH - SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS

HÍDRICOS

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1

CAPÍTULO I

1.1 INTRODUÇÃO

Sabe-se que nas Instituições de Ensino o consumo de água, energia, segurança,

controle de efluentes, gestão de resíduos entre outros é uma preocupação constante para os

gestores que precisam inovar com melhorias e práticas sustentáveis. Acontece que, em termos

gerenciais, não parece claro se realmente os investimentos em novas práticas geram, por

conseguinte, as melhorias almejadas. Essa preocupação é maior na medida em que as

instituições se ampliam.

Neste sentido, esta dissertação tem como objetivo adotar o processo de aproveitamento

de águas pluviais para que haja excedente de água potável pelo uso racional deste líquido

proveniente das precipitações atmosféricas. Pretendeu-se, primeiro, saber se os índices

pluviométricos da cidade de Manaus (AM) eram suficientes para atender à demanda; segundo,

se houver esta suficiência, qual seria o impacto na sustentabilidade. Este estudo se justifica

sob diferentes prismas porquanto a fonte de fornecimento de água é centralizada e proveniente

de um único poço artesiano que deve suprir de água o sistema de combate a incêndio,

limpeza, irrigação, feitura de alimentos no restaurante e cantina, descarga de banheiros e de

micção, uso para banho e outras atividades cujo insumo é a água.

1.2 JUSTIFICATIVA DA PROPOSTA

Uma das razões teóricas para uso das águas pluviais em edificações é que será mais

uma fonte alternativa descentralizada de abastecimento e que se não aproveitada vai para a

rede de águas pluviais ou percolará pelo solo arrastando sujeiras, ocasionando alagações e

levando contaminação para as fontes d’água.

A água da chuva deve ser avaliada pelo seu potencial de aproveitamento levando em

conta o regime pluviométrico da região onde está inserido o estudo (COHIM, et al, 2007).

Nas Instituições de Ensino o uso da água é sempre um dos maiores insumos, que seja para

higiene, feitura de alimentos e limpeza (ARALDI et al, 2014; FASOLA, et al, 2011). Assim

sendo o foco está no aproveitamento da água não potável representado neste trabalho pela

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coleta de água precipitada nos telhados de coberturas das edificações e tendo seu uso

adequado em descarga de vasos sanitários, mictórios, irrigação dos jardins e limpeza das áreas

conforme recomendado pela ABNT NBR 15527, (2007).

Os motivos de ordem prática é que a Instituição adotando o processo de

aproveitamento das águas pluviais vai poupar equipamentos e gerar uma economia na fatura

de conta de energia, pois a nova tecnologia só utilizará energia no processo de recalque e

automação do sistema, que consiste na elevação da água do reservatório inferior para o superior e

automação para do sistema, e neste caso, também será usada a geração solar fotovoltaica, logo temos

aí um baixo consumo de energia elétrica trazendo benefícios econômicos, sociais e ambientais.

1.3 OBJETIVOS

Os objetivos desse projeto serão divididos em geral e específicos:

1.3.1 Geral.

Implantar um sistema de captação, reservação e aproveitamento de águas pluviais,

totalmente automatizado no Campus Manaus Distrito Industrial do Instituto Federal do

Amazonas.

1.3.2. Específicos.

Coletar e armazenar água pluvial (das chuvas) para uso não potável;

Dimensionar o sistema pluviométrico;

Calcular o sistema fotovoltaico;

Utilizar um sistema de automação e controle;

1.4 CONTRIBUIÇÃO E RELEVÂNCIA DO TEMA

Esta dissertação tem por finalidade enriquecer a discussão sobre a importância de

manter um compromisso sustentável, preocupando-se em preservar, gastando apenas o

necessário, consistindo no consumo consciente das águas nos controles mais rigorosos ao

meio utilizado no seu processo de tratamento e reuso da água que vem conquistando espaço

principalmente nos grandes centros urbanos, onde à escassez representa altos investimentos e

custos operacionais para captação e adução de águas a grandes distâncias (SOUZA,

ANDRADE NETO e MAIA, 2016).

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3

Esse recurso é esgotável. Deve-se levar em conta que a sociedade está enfrentando um

grande crescimento da população, da poluição e da economia, provocando uma crise no

abastecimento e na qualidade da água potável, onde grande parte da reserva de água doce do

planeta se encontra poluída ou continua ameaçada pela poluição, e nos centros urbanos a

maior parte da contaminação é originária do esgoto, monóxido de carbono, produtos

derivados de petróleo e bactérias (OLIVEIRA, CHRISTMANN e PIEREZAN, 2014).

De acordo com Salama (2012), “a água é um recurso natural com grande valor econômico,

social e ambiental. É essencial para a vida e para economia. No entanto, ainda é pouca a

percepção de seu valor”.

Conforme Vasconcelos (2007), a viabilidade do uso de água da chuva para usos

básicos em uma edificação certamente resultará na diminuição do uso de água fornecida pelas

companhias de saneamento ou adução de poços, na demanda dos custos com o uso de água

potável e na redução dos riscos de enchentes em caso de chuvas intensas.

Portanto, a contribuição deste trabalho está em utilizar a água das chuvas em uso não

potável em uma Instituição de Ensino de forma totalmente automatizada para uso em descarga

de vasos sanitários e mictórios, limpeza das áreas, rega de jardins, lavagem de veículos e

outros fins. Basicamente só deveríamos usar água potável para higiene pessoal, ingestão e uso

em alimentos. A relevância é ser mais uma fonte alternativa de recurso hídrico, sustentável e

também alinhada ao Desenvolvimento de Baixo Impacto (LID), pois em todo o processo o

manejo é totalmente automatizado, sem interferência humana e se bem gerenciado economiza

equipamentos e energia elétrica. O uso de água por este processo traz muitos benefícios

ambientais, e sociais.

1.5 DELIMITAÇÃO DA PESQUISA

Para Marconi e Lakatos (2010), “Dotado necessariamente de um sujeito e de um

objeto, a pesquisa passa por um processo de especificação. O processo de delimitação da

pesquisa só é dado por concluído quando se faz a sua limitação geográfica e espacial”.

A limitação geográfica é Manaus no Amazonas e o espaço é a ampliação do Bloco C em uma

Instituição de Ensino, onde se avaliou o uso da água pluvial ou da chuva, sendo está captada

do telhado da Instituição e reservada em tanques, para uso principalmente em aparelhos

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sanitários, sendo bombeado para um reservatório superior sobre a laje de cobertura da

edificação.

1.6 ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

A presente pesquisa abrange cinco capítulos definidos na seguinte ordem:

Capítulo I: Apresenta a introdução ao tema do estudo, justificativa da proposta, seus

objetivos gerais e específicos, contribuição e relevância da dissertação, delimitação da

pesquisa e estrutura da dissertação.

Capítulo II: Neste capítulo, foi feita a revisão bibliográfica fundamentando os assuntos

abordados como: formação das chuvas, climatologia, superfície de captação, captação da água

por meio de calhas e caixas de distribuição, descarte dos primeiros milímetros, bombas e

sistemas pressurizados, reservatórios, captação em reservatório e recalque ao reservatório

superior por sistemas de válvulas e bombas elétricas. Impactos ambientais, água e energia

limpa geração de energia fotovoltaica, panorama de sustentabilidade do conjunto água da

chuva e energia com geração fotovoltaica estabelecendo: indicadores de práticas de negócios

sustentáveis, a estrutura do uso dos sistemas de inovação tecnológica para identificar os

fatores críticos para uma transição de sustentabilidade bem-sucedida para painéis solares nos

telhados tais como, a cadeia de valor e estrutura de mercado da energia fotovoltaica e como é

o impacto econômico das instalações de energia solar em instalação nos telhados, bem como

está estabelecido a energia solar em instalação nos telhados. Calculo de um sistema

autônomo. Um pouco de Arduino.

Capítulo III: Aqui estão contidos os procedimentos metodológicos abordados neste

capítulo. É detalhado o passo a passo da pesquisa destacando: formulação do problema, a

caracterização e design da pesquisa, coletas de dados e a análise dos dados.

Capítulo IV: Neste capítulo serão apresentados resultados obtidos através de um estudo de

caso numa instituição de ensino onde foi abordado o processo de captação, armazenamento e

utilização de águas pluviais utilizando energia solar fotovoltaica como fonte de energia para

acionamento automatizado do sistema.

Capítulo V: Apresentam as conclusões, recomendações da pesquisa para trabalhos futuros.

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5

CAPÍTULO II

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 FORMAÇÃO DAS CHUVAS

A teoria mais aceita hoje em dia sobre a origem da Terra descreve seu surgimento como

uma bola incandescente que, que com o tempo, foi se resfriando lentamente. À medida que

resfriava, alguns gases eram liberados de seu interior como amônia, hidrogênio e metano e

junto com eles vapor d’água. A água evaporada, quando encontrava as camadas mais frias da

atmosfera, transformava-se em chuvas torrenciais (ANA, 2005).

Num dado momento, a água das chuvas não mais retornou à atmosfera em forma de

vapor: em estado líquido, parte escorria pelas elevações e parte acumulava-se nas depressões da

crosta terrestre. Foi essa água que formou lagos, rios, mares e oceanos, e assim, formou-se a

hidrosfera primitiva, de constituição diferente da atual.

2.1.1. Distribuição da água.

Os oceanos compõem cerca de 97,2% da superfície da Terra, portanto a maioria do planeta é

composta por água. A maior parte dessa água é impropria para consumo. Do total, cerca de

97,2 % é água do mar, muito salgada para beber ou para ser usada na indústria; 2,38 % está

congelada nos polos; 0,77% fica escondida no interior da terra. Sobram apenas menos de 0,01%

de água boa para ser usada (ANA, 2005).

Gráfico 1: Distribuição das águas na Terra

Fonte: (VICTORINO, 2007).

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2.1.2. Ciclo da água

O ciclo hidrológico (Figura 2), ou ciclo da água, é o movimento contínuo

da água presente nos oceanos, continentes (superfície, solo e rocha) e na atmosfera. Esse

movimento é alimentado pela força da gravidade e pela energia do Sol, que provocam a

evaporação das águas dos oceanos e dos continentes. Na atmosfera, formam as nuvens que,

quando carregadas, provocam precipitações, na forma de chuva, granizo, orvalho e neve

(MMA, 2002). A evaporação das águas oceânicas e das precipitações são responsáveis pela

reposição da água doce encontrada no planeta (MANAHAN, 1997).

Contudo, como todos nós sabemos, a ocorrência de chuva no planeta se dá de forma

bastante diferenciada. Regiões com regimes de precipitação bastante abundantes dão suporte a

densas florestas. Outras regiões têm ocorrência de chuvas praticamente nula e se constituem em

desertos.Segundo Gnadlinger (2012) três citerios básico são referencias, precipitação media

anual inferior a 800 mm, Índice de aridez menor que 0,5 e risco de seca tendo como como

referencia dias com déficit hídrico/ano maior que 60%.

Figura 1: O ciclo hidrológico

Fonte: Grassi, (2001).

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2.1.3. Precipitação

A precipitação é entendida em hidrologia como o conjunto de águas originadas do vapor

d’água atmosférico que atinge a superfície terrestre. O conceito engloba a chuva, a neblina, a

saraiva, o orvalho, a geada e a neve. A chuva ou precipitação pluvial é o tipo mais comum para

a hidrologia por sua capacidade para produzir escoamento superficial, por ser de fácil medida e

por ser a forma mais comum nas condições brasileiras (MÁRIO et al, 2012).

O Brasil possui grande extensão territorial com diferenciados regimes de precipitação e

temperatura. De norte a sul encontra-se uma grande diversificação de climas com distintas

características regionais. No norte do país verifica-se um clima equatorial chuvoso,

praticamente sem estação seca. No Nordeste a estação chuvosa, com baixos índices

pluviométricos, restringe-se a poucos meses, caracterizando um clima semi-árido. As Regiões

Sudeste e Centro-Oeste sofrem influência tanto de sistemas tropicais como de latitudes médias,

com estação seca bem definida no inverno e estação chuvosa de verão com chuvas convectivas.

O sul do Brasil, devido à sua localização latitudinal, sofre mais influência dos sistemas de

latitudes médias, onde os sistemas frontais são os principais causadores de chuvas durante o

ano. A Figura 3 apresenta a climatologia anual da precipitação sobre o Brasil, conhecida como

normais e definidas pela Organização Meteorológica Mundial como “valores médios calculados

para um período relativamente longo, compreendendo no mínimo três décadas consecutivas”,

ou seja, calculadas para períodos consecutivos de 30 anos. A variação sazonal é mostrada na

Figura 2.

Figura 2: Climatologia de precipitação acumulada no ano (mm) no período de 1961 a 1990

Fonte: INMET, (2012).

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Figura 3: Climatologia de precipitação acumulada no Brasil para as quatro estações do ano:

verão; primavera; inverno; outono, realizada durante o período de 1961 a 1990.

Fonte: INMET, (2012).

2.1.4. Região norte

Ainda de acordo com Mário (2012), “A Região Norte possui um homogeneidade

espacial e sazonal da temperatura, o que não acontece em relação à pluviosidade. Esta é a

região com maior total pluviométrico anual no litoral do Amapá, na foz do rio Amazonas e no

setor ocidental da Região, sendo mais notável, onde a precipitação excede 3000 mm”.

Guedes et al (2010), ao fazer análise em componentes principais de precipitação pluvial

no estado do Piauí, também afirma: “A precipitação pluvial sofre variação espacial e temporal,

sendo dependente de inúmeros fatores geográficos e atmosféricos locais e de grande escala”.

Ainda segundo a mesma referencia, é sempre bom ter uma serie histórica das variáveis

necessárias a previsão e estudos do tempo e do clima, logo sendo necessário estudar métodos

que possam extrair amostras que possuam a maior parte das informações estatísticas de base de

dados.

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2.2 CLIMATOLOGIA

O clima atual da região Amazônica é uma combinação de vários fatores, sendo que o

mais importante é a disponibilidade de energia solar, através do balanço de energia. A

Amazônia, situada na região entre 5º N e 10º S recebe no topo da atmosfera um valor máximo

de 36,7 MJ.m²/dia em Dezembro/Janeiro e um valor mínimo de 30,7 MJ.m²/dia em

Junho/Julho (SALATI e MARQUES, 1984). Estes valores são reduzidos pela transmissão

atmosférica, mas são, em média, da ordem de 15 MJ.m²/dia. Medidas realizadas na Amazônia

Central (Manaus-AM) indicam que os maiores totais de radiação que chegam na superfície

ocorrem nos meses de Setembro/Outubro, sendo que os mínimos são nos meses de Dezembro

à Fevereiro. Esta distribuição é controlada pela nebulosidade advinda da migração SE/NW da

convecção amazônica (FISCH, MARENGO e NOBRE, 1990).

Um estudo climatológico da circulação troposférica sobre a região Amazônica foi

efetuado por Kousky e Kagano (1981). Usando radio sondagens realizadas na Amazônia

Central (Manaus, AM) e Oriental (Belém, PA) durante o período de 1968-1976, os autores

encontraram que o vento em altos níveis (200 kPa) é de oeste durante os meses de inverno

(junho à agosto) nas duas localidades, embora a intensidade e ocorrência sejam variáveis.

Estes autores também sugerem, que a distribuição de chuvas na Amazônia esteja relacionada

com a posição da Alta da Bolívia1. Em relação à água precipitável, esta é aproximadamente

constante ao longo do ano, com pequeno decréscimo nos meses de seca. Salati e Marques

(1984) apresentam que o valor médio de água precipitável para Belém (PA) e Manaus (AM)

são de 4,2 e 4,4 g.cm², com amplitude anual de 1,1 e 0,9 cm, respectivamente.

2.3 SUPERFÍCIES DE CAPTAÇÃO

A quantidade de água reservada depende da área de captação, ou seja, do tamanho do

telhado; da quantidade de precipitação, das condições ambientais locais, do clima, do tipo de

material usado para a cobertura e do tipo de inclinação destes telhados (REIS e SILVA, 2014)

na sua obra, avaliação da qualidade da água drenada.

1 A Alta da Bolívia é um anticiclone que ocorre na alta troposfera no verão sobre a América do Sul. O padrão de

circulação do verão na alta troposfera mostra a formação de um anticiclone sobre a parte central na América do Sul

e um cavado no nordeste brasileiro

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Segundo Cohim et. al., (2007), a superfície de captação mais utilizada é o telhado de

cobertura, no entanto, utilizam-se pátios e outras áreas impermeáveis. Conforme já afirmado, o

tamanho e o material da superfície exercem influência na eficiência do sistema. COHIM e seus

colaboradores evidenciam, “O tamanho da superfície está relacionado diretamente ao potencial

de água da chuva possível de ser aproveitada, por outro lado, o material de que é feito

influenciará na qualidade da água captada e nas perdas por evaporação e absorção”.

Para efeito de cálculo, o volume de água pluviométrica que pode ser aproveitado não é

o mesmo que o precipitado segundo Thomaz (2005) e o motivo disto é o coeficiente de

runoff2.

Para o cálculo da área de superfície de captação, a NBR 10844 (1989) enfatiza que os

acréscimos devido às paredes que podem interceptar a água da chuva e a inclinação da

cobertura devem ser levados em conta. A figura 4 apresenta os tipos de superfície.

Figura 4: Tipos de superfícies usuais.

Fonte: Waterfall, (2004).

2 É definido como a razão entre o volume de água escoado superficialmente e o volume de água precipitado. Este

coeficiente pode ser relativo a uma chuva isolada ou relativo a um intervalo de tempo onde várias chuvas

ocorreram.

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2.4 CAPTAÇÕES DA ÁGUA POR MEIO DE CALHAS E CAIXAS DE

DISTRIBUIÇÃO

Esses elementos, que podem ser encontrados em vários materiais, tem como função o

transporte das águas pluviais captadas. O PVC, alumínio e aço galvanizado são os materiais

mais utilizados para a fabricação dos mesmos. É recomendado que deva existir uma

identificação (cor diferente) nas tubulações pertencentes ao sistema de aproveitamento de águas

pluviais. Essa identificação é feita para evitar qualquer contato da água proveniente de

aproveitamento com a água potável (COHIM et al., 200).

Figura 5: Vários de tipos de calha.

Fonte: Império das calhas, (2017).

Há casos em que as descidas de tubulações são múltiplas e nestas circunstâncias a coleta

pode ser feito em caixas coletoras e enviadas a um único ponto e daí para a cisterna ou

reservatório.

2.5 DESCARTE DO PRIMEIRO MILÍMETRO

Para avaliação da eficácia do desvio das primeiras águas de chuva, como barreira

sanitária para melhoria da qualidade da água armazenada em cisternas, foi instalado em

residência da zona rural do município de Pesqueira, sistema de coleta e dispositivo automático

de desvio das primeiras águas de chuvas construído exclusivamente em tubos e conexões de

PVC (Figura 7) efetuado por Lima (2012). De acordo com Andrade Neto (2004), o desvio de

descarte é apenas um pequeno tanque para o qual são desviadas automaticamente as primeiras

águas de cada chuva, simplesmente através de um desvio intercalado na tubulação de entrada

da cisterna, que deriva para esse pequeno tanque as águas de lavagem da superfície de

captação.

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Já Duarte et al., (2016) em artigo intitulado “ Comparação dos dispositivos de

autolimpeza em uma unidade experimental de captação de água da chuva na Universidade

federal do Pará – Belém/PA, realizou pesquisa em três etapas, a primeira foi a montagem do

sistema experimental de captação e tratamento de água de chuva, posteriormente, foi realizada

a coleta das amostras e análises dos resultados e finalmente, a seleção da autolimpeza com o

melhor custo-benefício.

A captação da água bruta é realizada no telhado de cobertura cerâmica, recolhida pela

calha e logo em seguida sendo direcionada por tubos de PVC que distribuem a água coletada

para os dispositivos de autolimpeza. Após o preenchimento das autolimpezas o reservatório é

alimentado. Os pontos de coleta estão identificados na Figura 8.

Almeida et al., (2016), avaliam o desempenho de dispositivos distintos de descarte

baseado em princípios de fecho hídrico, vasos comunicantes e outro baseado em ambos os

princípios físicos.

Figura 6: Dispositivo de descarte das primeiras águas de chuva.

Fonte: Lima, (2012).

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Figura 7: Dispositivo de descarte das primeiras águas de chuva.

Fonte: Duarte et al., (2016).

Cohim et al. (2007) salientam que “O tipo e a necessidade de tratamento das águas

pluviais dependerão da qualidade da água coletada e do seu destino final. As concentrações de

poluentes, galhos e outras impurezas nas águas pluviais são maiores nos primeiros milímetros

da chuva, assim recomenda-se a não utilização destes. Diversos dispositivos já foram

desenvolvidos e testados com este objetivo”. Na figura 9 pode-se ver um tipo de filtro

residencial para instalação dentro ou enterrado antes da cisterna. Ele possui um sistema duplo

de limpeza. Na Figura 10 temos o filtro de volume. Ainda na figura 9 pode-se observar em

destaque o filtro de limpeza na entrada do reservatório.

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Figura 8: Cisterna com filtro, sifão ladrão e freio hidráulico.

Fonte: 3P TECHNIK, (2017).

Figura9: Filtro de volume.

Fonte: 3P TECHNIK, (2017).

Observa-se que a água da chuva escoa do telhado para o filtro. Aqui as partículas são

separadas da água.

A NBR 15527 (2007) no item 4.2.5 contém a seguinte recomendação: “Quando

utilizado, o dispositivo de descarte de água deve ser dimensionado pelo projetista. Na falta de

dados, recomenda-se o descarte de 2 mm da precipitação inicial”. A Figura 11 ilustra um

mecanismo de descarte, segundo o Programa De Pesquisas em Saneamento Básico (PROSAB).

É bom aclarar que qualquer dispositivo usado deve ser calculado considerando a área do

telhado multiplicada pela quantidade de mm que se deseja descartar. Como reforço, Gonçalves

(2006) em pesquisas realizadas no âmbito do (PROSAB), sugere o descarte do primeiro

milímetro de cada chuva. Tanto a recomendação da NBR 15527 como de Gonçalves (2006),

está implícito que o descarte de primeira chuva deve ser realizado de forma permanente, isto é,

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para todos os eventos de precipitação, independente do evento ocorrer após longo período de

estiagem ou no período de precipitações frequentes.

Figura 10: Mecanismo de descarte da primeira água.

Fonte: Adaptado de PROSAB, (2010).

2.6 BOMBAS E SISTEMAS PRESSURIZADOS

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Estes dispositivos são usados quando os pontos de utilização estão em cotas superiores a

do nível de água no reservatório principal. Porém vale ressaltar que durante a concepção do

sistema de aproveitamento de água pluvial deve-se buscar a utilização de reservatórios elevados

e o encaminhamento da água coletada diretamente para este, quando possível evitando o

bombeamento e aumentado assim a eficiência energética do sistema (COHIM et.al, 2006).

2.6.1. Bombeamento fotovoltaico

Um sistema de bombeamento fotovoltaico típico é constituído pelo gerador fotovoltaico,

por equipamentos de condicionamento de potência e pelo grupo moto bomba, Fig. 12. O

gerador fotovoltaico tem a função de gerar energia elétrica a partir da radiação solar enquanto

que o dispositivo de condicionamento de potência tem a função de adaptar as características de

funcionamento do gerador fotovoltaico para o acionamento do grupo moto bomba. Como regra

geral, não são utilizadas baterias, pois o depósito de água desempenha a função de

armazenamento, exceção feita nos casos em que a bomba é uma carga a mais de um sistema

fotovoltaico autônomo.

2.6.2. Bombeamento fotovoltaico sem baterias

A radiação incidente no plano do gerador varia ao longo do dia, ao longo do ano e em

função das condições meteorológicas, variando assim, a vazão produzida pelo sistema. Esta

opção de bombeamento está consolidada tecnicamente. A evolução dos equipamentos de

bombeamento fotovoltaico passou de um sistema no qual a bomba se encontrava submersa e o

motor e os demais componentes de condicionamento de potência em superfície acoplados por

um eixo, para um sistema mais compacto e eficiente. Este sistema, via de regras, é formado por

um monobloco moto bomba de localização submersa, ficando somente o condicionamento de

potência na superfície, sendo que alguns modelos incorporaram o condicionamento de potência

na carcaça do motor; mais especificamente os chamados sistemas flex que podem ser usados

também com fonte eólica e com grupo gerador de combustão interna.

Para sistemas em corrente contínua (CC) o condicionamento de potência é feito com

conversor CC-CC ou mediante acoplamento direto gerador-moto bomba. Para sistemas em

corrente alternada (CA) são utilizados inversores CC-CA, com ou sem seguidor de máxima

potência. Outro tipo de tecnologia requer manutenção e reposição de equipamentos em algum

momento do seu ciclo de vida (FEDRIZZI,et al 2011; VILELA, 2002).

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Figura 11: Configuração básica de um sistema fotovoltaico de bombeamento.

Fonte: Gopal et al , (2013)

Fedrizzi (2011), escolheu três moto bombas de marcas nacionais, escolhidas em função

de sua penetração no mercado e da existência de uma rede de assistência técnica no território

nacional e realizou a caracterização do desempenho operacional dos sistemas montados e

avaliação das eficiências dos grupos moto bomba em potencias 0,5 a 2,0 CV para alturas

manométricas de 20 a 80 m.

2.7 RESERVATÓRIOS

O reservatório é o componente do sistema responsável pelo armazenamento da água

da chuva captada. Além de ser responsável por aproximadamente 50 a 60% do custo total

do sistema, sem considerar o tratamento da água. O tipo de reservatório pode interferir na

qualidade da água armazenada (DE PAULA, 2005; GNADLINGER, 2012).

Estes podem ser enterrados, semienterrados, apoiados ou elevados. Diversos materiais

podem ser utilizados na fabricação dos reservatórios, tais como: concreto, alvenaria armada,

materiais plásticos; como polietileno, PVC, fibra de vidro e aço inoxidável. Necessário avaliar

em cada caso aspectos como: capacidade, estrutura necessária, viabilidade técnica, custo,

disponibilidade local (REIS e SILVA, 2004).

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Figura 12: Construção de reservatório de ferro-cimento.

Fonte: Gnadinger (2012 apud MAY, 2004).

O sistema por ser similar ao de água potável pode ser do tipo indireto com

reservatório inferior e superior, porém algumas edificações atualmente estão abolindo o

sistema indireto com reservatório inferior e superior devido à grande carga imposta na laje

de cobertura, o que alivia a estrutura (REIS E SILVA, 2004).

No texto “Cisternas de água de chuva para uso humano”, (GNADLINGER, 2012),

disserta sobre cisterna de placa (Figura 14), cisterna de concreto com tela de arame (Figura

13), cisterna com tela de alambrado, cisterna adaptada para a agricultura, cacimba, caxio,

tanque de pedra, barreiro ou trincheira captação de água em “situ” e outros mais.

Figura 23: Cisterna de placa – capacidade de 16.000 L.

Fonte: Adaptado de GNADLINGER, (2012).

Figura 34: Sugestões de posicionamento de reservatórios modulares.

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Fonte: Cilento (2009).

Os reservatórios industrializados também são encontrados no mercado em vários

materiais: polietileno, aço inox, fibra de vidro e fibrocimento (Figura 15, 16 e 17). Uma

desvantagem deste tipo de reservatório é a padronização de volumes, que dificulta a adaptação

ou upgrade do sistema em relação a possíveis mudanças no contexto de utilização.

Figura 45. Reservatórios industrializados.

Fonte: Casa & construção, (2017).

Existem alternativas de reservatórios com configurações diferenciadas, que simulam

paredes (wall tank) (Figura 17), por exemplo. Estes reservatórios se adaptam melhor à fachada

das residências.

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Figura 56: Wall tank.

Fonte: 3P Technik, (2017).

O reservatório podem ter acessórios com sifão-ladrão (Figura18 A) para saída do

excesso de água e evitar a entrada de insetos e pequenos animais; dispositivo para reduzir a

velocidade da água que chega ao reservatório, evitando o turbilhonamento (Figura18 B); e uma

saída para a limpeza.

Figura 67: A- Sifão ladrão, B- Dispositivo não turbilhonamento.

Fonte: 3P Technik, (2017).

2.8 RECALQUE AO RESERVATÓRIO SUPERIOR

Quando o reservatório está a uma cota acima do superior é necessário um meio para

levar o líquido até ele, a isto se denomina recalque.

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21

Na Figura 18 é visto um reservatório situado sobre a laje de cobertura. Para o seu

enchimento é usado uma bomba elétrica. Para dimensionamento do sistema de recalque é

necessário saber a vazão da água, a pressão necessária no reservatório superior, comprimento

de tubulação de recalque, acessórios hidráulicos no recalque, altura manométrica, escolha da

bomba (Figura 20), rendimento da bomba, potencia absorvida pela bomba e potencia nominal

do motor elétrico comercial (NBR 5626, 1998; CREDER, 1995; MACYTYRE, 1990).

Figura 78: Reservatório superior.

Fonte: Autor, (2017).

Figura 19: Kit bombeamento solar.

Fonte: Neosolar, (2017).

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No caso exemplo, todo o sistema supervisório é composto por válvulas elétricas e

sensores. Isto garante ao sistema um mínimo de intervenção ou manuseio manual para evitar a

contaminação por manipulação da água desde o processo de captação até o uso. Na Figura 21,

mostrado o sistema dos atuadores, sensores, circuito de comando das válvulas e da bomba.

Figura 80: Experimento em bancada

Fonte: Autor, (2017).

2.9 IMPACTOS AMBIENTAIS

A captação da água da chuva vem ao encontro da busca de soluções para duas questões

principais relacionados à água:

- Diminuição da demanda de água de abastecimento, pelo armazenamento da água da chuva

em cisternas ou reservatórios;

A diminuição dos picos de volume de água nos leitos dos rios, mediante a retenção

temporária dos volumes de água da chuva, captados nas superfícies impermeáveis e

armazenados em reservatórios apropriados, diminuindo com isto a magnitude das enchentes

urbanas.

Ayub (2005) e seus companheiros afirmam que: a captação de águas pluviais em

grandes centros urbanos está primeiramente ligada à redução dos picos de enchentes, pelo

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armazenamento de parte da água. A utilização dessa água depende primordialmente da

consciência ecológica dos usuários. Embora os sistemas existentes em muitos casos tenham

representado um investimento inicial relativamente alto, acessível somente às populações de

maior renda e aos grandes empreendedores industriais, comerciais e de serviços, é muito

provável que a consideração conjunta dos ganhos ao longo da operação dos sistemas de

aproveitamento, apresente relação custo-benefício positiva para esses usuários, bem como para

usuários de menor poder aquisitivo.

2.10 ÁGUA LIMPA DE ENERGIA LIMPA

A energia e a água doce são, sem dúvida, os dois recursos inseparáveis e fundamentais

para sustentar a vida humana na Terra. O fornecimento de água potável requer energia e,

infelizmente, a maioria dos países com acesso mínimo à água potável também são pobres em

termos de acesso a redes de energia confiáveis. Um mapa mundial criado por Vörösmarty et al,

(2010) (Figura 22) sugere altos níveis de exposição aos riscos de segurança da água para mais

de 80% da população mundial (VÖRÖSMARTY et al, 2010). O termo "incidente" usado neste

mapa refere-se à exposição a uma série complexa de fatores de estresse, provenientes de fontes

antropogênicas e naturais, em um determinado local. Vörösmarty e pesquisadores associados

argumentam que os países em desenvolvimento e, em particular, os habitantes de locais

remotos, sofrem mais severamente da exposição aos riscos de segurança da água porque eles

não possuem os recursos necessários para mitigar as pressões sobre o abastecimento de água.

No entanto, em contraste, os países desenvolvidos têm frequentemente o investimento

necessário para compensar os altos níveis de estressores experimentados pela população

humana, mesmo que a pressão real sobre os recursos hídricos possa ser pior nesses países em

comparação com os países em desenvolvimento (VÖRÖSMARTY et al, 2010).

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Figura 91:Ataque de incidente mundial de segurança da água.

Fonte: Vörösmarty, (2010).

Embora a falta de acesso ao abastecimento de água saudavel seja significativamente

aguda em locais remotos, muitas dessas regiões têm acesso a outras fontes de água (como águas

salgadas e subterrâneas) que podem ser tratadas para produzir água potável se os sistemas de

tratamento corretos forem postos em prática (RAUCHER e WARNER, 2010). Além disso,

muitas das áreas eletricamente remotas são ricas em termos de recursos de energia renovável

(como energia eólica e solar) que podem ser potencialmente utilizados como a principal fonte

de energia para a alimentação de sistemas de purificação de água (AL‐KARAGHOULI e

KAZMERSKI, 2013; SCHÄFER e BROEKMANN 2006). Portanto, o desenvolvimento e a

implementação de sistemas de remoção de contaminantes alimentados por energias renováveis,

fora da rede, pode produzir água doce a partir de recursos disponíveis (como águas salobras e

águas subterrâneas)

2.11 GERAÇÃO FOTOVOLTAICA

2.11.1. Introdução a geração fotovoltaica

A energia solar tem uma característica que não se encontra em nenhuma outra: ela pode

ser usada em qualquer local, gerando eletricidade no próprio ponto de consumo, sem a

necessidade de levar a energia para outro lugar através de linhas de transmissão ou redes de

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distribuição. Além disso, diferentemente de outras fontes de energia, ela pode ser empregada

em praticamente em todo território nacional (Brasil), em áreas urbanas e rurais.

2.11.2. Panorama da sustentabilidade

Ao abordar-se o estudo de aproveitamento de águas pluviais é importante caracterizar o

que é sustentabilidade e conhecer esta complementação de energia e água. Como a proposta é

de um sistema auto gerenciável e um dos objetivos é fazê-lo com energia solar fotovoltaica

então a discursão a seguir é significativa.

2.11.3. Indicadores de práticas de negócios sustentáveis.

Não há uma definição única de negócios sustentáveis, como existe para o

desenvolvimento sustentável Azapagic, (2003). A falta de uma definição comum aceita de

negócios sustentáveis é o problema mais crítico porque a definição é uma ferramenta

fundamental para implementar novas políticas e ações. Para superar isso, algumas instituições

introduziram a definição de negócios sustentáveis. O EVERGREEN GROUP (2008), uma

corretora de negócios dedicada a negócios sustentáveis, define que um negócio sustentável é

aquele que realiza processos de negócios ecológicos sem impactos ambientais negativos

relacionados às suas atividades e afirma ainda que: o negócio sustentável é "um negócio que

contribui para uma economia e ecologia sustentável".

Com base nestes exemplos das definições de negócios sustentáveis, é que se oferecem

produtos e serviços que atendem as necessidades da sociedade, contribuindo para o bem-estar

de todos os habitantes da Terra. O negócio sustentável é um paradigma novo e radical que

considera os impactos ecológicos, sociais e econômicos de uma maneira que não compromete

as necessidades das gerações futuras (AZAPAGIC & PERDAN, (2000); WELFORD, (2000) e

afirmam que as empresas precisam de uma mudança de paradigma se elas quiserem integrar o

desenvolvimento sustentável em seus negócios.

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Figura 102 : Representação gráfica do TBL.

Fonte: Meu Sucesso.com, (2017).

O negócio sustentável requer uma harmonização efetiva de uma Triple Bottom Line

(TBL) conforme ilustra a figura 23, que é a interseção das áreas ambiental, econômica e social.

Uma vez que o TBL é o elemento-chave do desenvolvimento sustentável, as empresas que

realizam negócios sustentáveis não devem apenas entender o TBL, mas também integrá-lo em

suas políticas ou estratégias e processos de tomada de decisão (DESIMONE & POPOFF, 1998;

WBCSD, 2000).

A área ambiental consiste em impactos ambientais relacionados às diversas atividades,

produtos e serviços de uma organização. Esses indicadores ambientais devem ser identificados

em todas as etapas do ciclo de vida completo da organização porque são usados para

acompanhar o progresso ambiental, apoiar a avaliação da política ambiental e informar o

público. Exemplos de indicadores ambientais são: o consumo de energia e água, poluição do ar

e resíduos sólidos perigosos produzidos.

A área econômica inclui os valores econômicos e o desempenho de uma organização

que são explicados por indicadores econômicos. A economia fornece soluções e métodos para

investir na proteção do meio ambiente e na conservação dos recursos naturais, bem como para

sustentar a sociedade. Exemplos são os lucros anuais e as vendas, o investimento em Pesquisa e

Desenvolvimento, multas, investimentos de capital e valores de ações ou retornos anuais.

A área social está relacionada a responsabilidades mais amplas que as empresas têm

com as comunidades dentro das quais ela opera e com a sociedade em geral, incluindo gerações

presentes e futuras. Uma vez que a importância das responsabilidades sociais e éticas de uma

empresa está aumentando gradualmente, sua responsabilidade social tornou-se um elemento

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constituído dentro do que a sociedade espera dos negócios. Algumas organizações e instituições

internacionais, como a Comissão Europeia (CE), desenvolveram e lançaram uma variedade de

padrões relevantes para a responsabilidade social e ética das empresas em todo o mundo. Por

exemplo, a Responsabilidade Social 8000 (SA 8000) focada em questões sociais e éticas e na

Responsabilidade Social Corporativa (CSR).

Não é fácil definir e quantificar indicadores sociais em termos de indicadores físicos,

como indicadores econômicos e ambientais. No entanto, muitas empresas estabeleceram um

objetivo realista de medir continuamente esses indicadores de forma comparável em todas as

organizações usando indicadores sociais qualitativos. Esses conjuntos de indicadores sociais

qualitativos são utilizados para avaliar negócios sustentáveis incorporados no conceito de

desenvolvimento sustentável. Exemplos de indicadores sociais são:

i. Desenvolvimento humano e bem-estar (por exemplo: educação, treinamento, saúde e

segurança);

ii. Equidade (por exemplo: salários, igualdade de oportunidades e não discriminação);

iii. Considerações éticas (por exemplo, direitos humanos e abolição do trabalho infantil)

(AZAPAGIC, 2003).

2.11.4. Estrutura do uso dos sistemas de inovação tecnológica.

2.11.4.1. Crescimento das fontes fotovoltaicas

A energia fotovoltaica (PV) evoluiu para ser uma fonte significativa de energia elétrica;

Ao final de 2014, a capacidade cumulativa de PV atingiu 237 Giga watts (GW), equivalente a

cerca de 1,3% da demanda global de eletricidade (ver Figura 24).A nova capacidade vem

crescendo em média 40% ao ano desde 2000 e prevê-se que, até 2050, a energia solar seja a

maior fonte de energia elétrica, representando 16% da demanda global (PHILIBERT, 2014).

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Figura 23: Produção e instalações anuais de PV.

Fonte: atualizado com permissão de REN21, (2016), Masson e Brunisholz (2016)

A transformação de todos os países em sistemas de energia mais sustentáveis, incluindo

geração e demanda, tornou-se uma área de pesquisa ativa e faz parte de um conjunto muito

mais amplo de estudos sobre transições de sustentabilidade, onde o último considera os meios

de promover e governar uma transição para Sustentabilidade. Embora os estudos considerem

parcialmente os desafios técnicos e as possíveis soluções tecnológicas, o núcleo da pesquisa é

focado predominantemente em como mudar relacionamentos, modelos de negócios e

comportamentos e, portanto, conseguir uma transformação fundamental para modos de

produção e consumo mais sustentáveis conforme pugnado por Markard, Raven e Truffer

(2012).

2.11.4.2 A cadeia de valor e estrutura de mercado da energia fotovoltaica

Embora outros materiais sejam usados, a tecnologia do silício representa 93% da

produção PV total (BURGER et al, 2016). A cadeia de valor começa principalmente com o

material polissilício (também conhecido como silício multicristalino) que é lançado em

lingotes, cortados em bolachas, embutidos com uma grade condutora para produzir células de

silício, depois montados em módulos e, finalmente, instalados em telhados (ou outras

aplicações) sob a forma de sistemas fotovoltaicos completos. Outras matérias-primas incluem

silício monocristalino e filmes finos com base em várias combinações: cádmio, telúrio, selênio,

gálio e arsênico.

As etapas iniciais da cadeia de valor de fabricação são intensivas em capital e as etapas

posteriores são intensivas em mão-de-obra, com componentes de custo (ou adição de valor)

espalhados de forma relativamente uniforme. O custo total do PV diminuiu à medida que os

volumes de fabricação cresceram, como mostrado na Figura 24.

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Figura 114: Custo total da PV versus volumes de fabricação.

Fonte: Burger, ( 2016).

O custo dos módulos fotovoltaicos está apenas parcialmente localizado nos próprios

módulos. Outros componentes inclusos são o inversor, a fiação (conectores elétricos) e os

quadros de montagem. Os custos relativos por componente são mostrados na figura 25.

Figura 125: Repartição dos custos dos sistemas fotovoltaicos.

Fonte: Chung et al, (2015) e Irena ,(2012).

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2.11.4.3. A energia em instalação nos telhados

A energia solar no telhado (Figura 27) já é um componente apreciável dos sistemas de

geração de energia em apenas um punhado de países, sendo o país líder a Austrália, onde a

penetração da energia solar no consumo residencial atingiu 15% da demanda total de

eletricidade (GIFFORD, 2015). O uso de PV como meio de produção e consumo de energia

levou à definição do termo prosumer, que se refere à prática crescente de sistemas de telhados

que suportam as necessidades de energia dos proprietários e também vendem energia para a

rede nacional.

No entanto, esta análise não é aplicável ao caso de comunidades de baixa renda com altas

taxas de desemprego e pobreza e dependente significativamente de subsídios sociais como meio

de sobrevivência. Em tais contextos, a energia derivada de PV oferece o potencial para o

desenvolvimento de novas atividades econômicas. Um sistema de inovação regional construído

no telhado solar poderia ser uma aplicação ideal de uma inovação inclusiva que levaria a uma

transição de sustentabilidade de alto impacto e a elevação econômica de longo prazo dessas

comunidades.

Figura 13: A-Montagem em telhado. B- Telhados solares.

Fonte: Martins, (2014).

2.11.4.4. A energia fotovoltaica no Brasil.

Das fontes de energia renováveis, a energia solar fotovoltaica é a que mais cresce

atualmente no mundo. A Europa é líder em termos de potência instalada, com 51.716

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MWp de sistemas fotovoltaicos em operação, principalmente na Alemanha (24.678

MWp), Itália (12.754 MWp) e Espanha (4.400 MWp). No restante do mundo, países

como Japão (4.914 MWp), Estados Unidos (4.383 MWp) e China (3.093 MWp) também

são líderes no uso de energia fotovoltaica (MARTINS, 2014).

O Brasil possui um alto potencial para aproveitamento desta fonte de energia, já que

possui índices de radiação solar superiores aos encontrados na maioria dos países

europeus – variam de 3500kwh/m²/ano a 5500kwh/m²/ano.

No entanto, a realidade atual do país ainda está distante de seu potencial. A potência

instalada não supera os 35 MWp. Estima-se que exista em operação entre 20 MWp e 30

MWp de sistemas fotovoltaicos autônomos (em locais sem acesso à rede elétrica) e pouco

mais de 3 MWp em sistemas conectados à rede.

Entretanto, esta realidade deverá mudar nos próximos anos. Em agosto de 2011, a

ANEEL tornou pública a chamada Nº. 013/2011, intitulada “Arranjos técnicos e

comerciais para inserção da geração solar fotovoltaica na matriz energética brasileira”,

que tem como objetivo principal a instalação de usinas solares fotovoltaicas com

capacidade instalada entre 0,5 M Wp e 3,0 MWp. Essa chamada contratou 24,4 MWp de

usinas fotovoltaicas, que deverão entrar em operação nos próximos anos.

Outro ponto importante no mercado PV brasileiro é a utilização do sistema em estádios

da Copa do Mundo. O Mineirão (Belo Horizonte, MG), Arena Pernambuco (Recife, PE)

Maracanã (Rio de Janeiro, RJ) e o Itaquerão (São Paulo, SP) são alguns estádios que já

confirmaram o uso de sistemas fotovoltaicos.

Outro fator determinante para o mercado fotovoltaico no Brasil foi à aprovação da

Resolução Normativa 482 da ANEEL, em abril de 2012. Com um vasto potencial solar a ser

explorado e as devidas ações do setor público e privado, espera-se que o mercado brasileiro

fotovoltaico decole nos próximos anos.

A utilização do sistema fotovoltaico em residência já é uma realidade no Brasil e vem

crescendo continuamente. Com a Resolução Normativa 482 da ANEEL, é possível instalar um

sistema fotovoltaico e conectá-lo à rede elétrica através do sistema de compensação de energia.

Desta maneira, pode-se praticamente zerar a conta de luz com o uso da energia solar, devendo

apenas pagar o custo de disponibilidade da rede. É uma forma inteligente e prática de gerar a

própria eletricidade em casa.

O sistema fotovoltaico é modular e pode ser projetado e instalado por partes, conforme

suas necessidades e desejos. Dessa maneira, o investimento necessário para instalação do

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sistema fotovoltaico em cada caso depende do tipo e tamanho de instalação desejada, bem

como localização do sistema.

2.11.5. Cálculo da energia para sistemas autônomos.

2.11.5.1. Levantamento do consumo de energia

Para iniciar o dimensionamento de um sistema fotovoltaico é necessário saber o consumo de

energia elétrica e para isto é preciso saber quais aparelhos serão usados e qual o tempo de uso que ele

fica ligado durante um dia a fim de que se possa dimensionar os painéis fotovoltaicos e as baterias para

possibilitar o uso diário dos aparelhos.

O consumo dos aparelhos é determinado a partir da potencia do aparelho mostrado na placa de

identificação, no seu manual ou no catálogo do fabricante.

Esta energia é calculada por aparelho pela equação:

𝐸𝑐 = 𝑃 𝑥 𝑇.....................................................................................................................................Eq. 2.1

Em que:

𝐸𝑐= Energia consumida em Watt-hora[Wh]

P = Potencia em watts [W]

T= Tempo de uso em horas [h]

2.11.6. Dimensionamento do banco de baterias

Consiste em determinar os tipos, a quantidade e a formar de organizar as baterias a serem

utilizadas.Para isto deve ser levado em conta: a) Quanta energia é necessária para o consumo diário, b)

Quantos dias o banco deve ser capaz de alimentar o consumo caso não jaja produção de nergia em dias

chuvosos ou nublados, c) Qual a profundidade de descarga permitida para as baterias.

Conhecendo a energia a ser consumida (pelos aparelhos elétricos) pode-se dimensionar o banco

de baterias do sistema.

Uma vez conhecida a energia e definido o valor da tensão de operação, é preciso determinar a

capacidade de carga, que é expressa em ampere-hora do banco de baterias.

Para conseguir a tensão e corrente do banco este pode ser ligado em serie, paralelo ou misto.

2.11.6.1. Número de baterias em série

Pode ser determinada pela equação:

𝑁𝐵𝑆=𝑉𝐵𝑎𝑛𝑐𝑜/𝑉𝑉𝐵𝐴𝑇......................................................................................................................Eq. 2.2

Onde :

NBS= Número de baterias ligadas em série;

Vbanco= Tensão do banco de baterias [V];

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VVBat= Tensão da bateria utilizada [V].

2.11.6.2 - Capacidade do banco de baterias

A capacidade do banco de baterias é determinada pela equação:

𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜=𝐸𝐴 ÷ 𝑉𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 .....................................................................................................Eq. 2.3

Em que:

Cbanco= Capacidade de carga do banco de baterias em ampere-hora [Ah];

Ea= Energia armazenada no banco de baterias [V];

Vbanco= tensão do banco de baterias [V].

2.11.6.3 – Calculo da energia armazenada no banco de baterias

Esta energia é calculada pela equação:

𝐸𝐴 = 𝐸𝐶 /𝑃𝐷 ..............................................................................................................................Eq. 2.4

Em que:

EA= Energia armazenada no banco de baterias [Wh];

EC= Energia consumida [ Wh];

PD= Profundidade de descarga permitida em porcentagem [%].

2.11.7. Número de baterias em paralelo

O número de conjunto em paralelos é determinado pela equação:

𝑁𝐵𝑃 = 𝐶𝑏𝑎𝑛𝑐𝑜 𝐶𝑏𝑎𝑡⁄ .........................................................................................................Eq. 2.5

NBP= número de conjuntos de baterias ligados em paralelo;

Cbanco= Capacidade de carga do banco de baterias em ampere-hora [Ah];

Cbat= Capacidade de carga de cada bateria em ampere-hora [Ah].

2.11.8. Levantamento das características dos módulos

2.11.8.1. Cálculo da energia produzida com base na insolação.

As características necessárias são: As dimensões físicas para o cálculo da área e a sua

eficiência.

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Tabela 1: Dados elétricos nas condições STC e mecânicos.

Fonte: Canadian Solar Inc.,(2017)

Se a eficiência do módulo não for fornecida pode ser calculada com base no valor da

potência de pico (máxima potência nas condições STC, 1000 W/m² e 25º C).

Calcula-se a energia do módulo pela Eq. 2.6;

Ep = Es x Am x µ m .........................................................................................Eq. 2.6

Sendo: Ep = Energia produzida pelo módulo diariamente [ Wh ];

Es = Insolação diária [ Wh/m²dia ];

Am = Área da superfície recoberto pelas células [m² ];

µ m = Eficiência do modulo.

Se eficiência não for dada pode ser calculada pela Eq. 2.7.

µ m =𝑃𝑚𝑎𝑥

𝐴𝑚 𝑥 1000.........................................................................................................Eq. 2.7

Onde:

Pmax = é a potência máxima ou de pico do módulo [ W ];

Am = área do módulo [ m² ];

1000 = Taxa de radiação solar padronizada de 1000 W/m² em STC.

2.11.8.2 Método da corrente máxima do módulo

Usado quando o controlador de carga não tem MPPT e fica condicionado ao ponto de

operação definido pela tensão do banco de baterias. Podem se usados as condições STC ou

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NOCT. As condições NOCT são mais apropriadas, pois refletem as características reais de

operação.

O cálculo da energia produzida pelo módulo é feito pela equação 2.8;

𝐸𝑝 = 𝑃𝑚 𝑥 𝐻𝑠............................................................................................................Eq. 2.8

Em que:

𝐸𝑝=Energia produzida pelo módulo diariamente [Wh]

𝑃𝑚= Potência do módulo [W]

𝐻𝑠=Horas diárias de insolação [horas].

A potência do módulo é calculada por:

𝑃𝑚 = 𝐼𝑠𝑐 𝑥 𝑉𝑏𝑎𝑡...........................................................................................................Eq. 2.9

𝑃𝑚= Potência do módulo [W]

𝐼𝑐𝑠= Corrente de curto-circuito do módulo [A]

𝑉𝑏𝑎𝑡= Tensão da bateria [V].

2.12 UM POUCO DE ARDUINO

Arduino, segundo Monk (2014)

é uma pequena placa de microcontrolador que contém um conctor

USB que permite liga-la além de diversos pinos que permitem a

conexão com circuitos eletrônicos externos, como motores, relés ,

sensores luminosos, alto falantes, microfones, etc. Os arduinos podem

ser energizados através de um conector USB a partir de um computador,

ou podem primeiramente ser programado pelo computador e, a seguir,

desconectado para trabalhar de forma autônoma.

A escolha por este tipo de plataforma para aplicação no projeto a ser desenvolvido é

quando se está construindo um projeto com Arduino, a facilidade que se tem e a utilização de um

cabo USB entre o computador e o Arduino para baixar o programa para a placa.

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Este dispositivo possui entradas analógicas e digitais. As digitais são usadas para medir a

tensão aplicada em cada um deles, permitindo que estes valores possam ser usados como sketh.

Já as entradas digitais podem ser usadas como entradas ou como saídas; como saída se

comportam como tensões de alimentação elétrica.

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37

CAPÍTULO III

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, sendo, portanto uma investigação

empírica, pois se destina a codificar o lado mensurável da realidade que investiga um fenômeno

contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os limites entre o

fenômeno e o contexto não estão claramente definido (YIN, 2015), de natureza qualitativa.

Como já afirmado a estratégia usada é do estudo de caso e a forma da questão da pesquisa

é responder ao como ou por que focando em acontecimentos contemporâneos (YIN, 2015).

Este trabalho foi desenvolvido na ampliação do Bloco C, do Campus Manaus Distrito

Industrial do Instituto Federal do Amazonas, localizado no Distrito Industrial na latitude N 3,2º

e longitude E 60º com elevação de 84 m, precipitação anual de 2.363,30 mm, radiação solar

diária horizontal de 5,2 KWh/m²/dia e temperatura anual de 27,2º C, onde foi possível por meio

de pesquisa realizada no sistema de adução por poço artesiano (com profundidade de 50m) que

abastece as edificações uma diminuição da recuperação do lençol freático e, constatar

deficiências nas condições ambientais da área. Deste modo resolveu-se implantar um sistema

de captação e aproveitamento de águas pluviométricas com o objetivo principal de usar estas

águas consideradas não potáveis para descarga de vasos sanitários e secundariamente para

limpeza, rega do gramado e lavagem de veículos (NBR-15527, 2007).

Foi verificada através da planta do telhado uma área de captação de 503,95 m² e para

obter-se a quantificação de captação de água da chuva usou-se a equação média dos índices

pluviométrico e dados fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Os instrumentos de pesquisa utilizados na pesquisa foram: documentação da obra, e

observação direta. Através dos projetos foi possível calcular a área dos telhados, pelo tipo de

cobertura definiu-se índice de rugosidade, posicionamento das plumadas dos tubos de água

usado para escoamento das águas das calhas, o posicionamento do reservatório elevado e bem

como as tubulações de distribuição aos pontos de consumo das aguas pluviais. Estipulou-se os

pontos de fixação para os painéis fotovoltaicos e para os conversores, sensores, atuadores e

proteção elétrica.

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3.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

Conforme Marconi e Lakatos (2010), “Problema é uma dificuldade, teórica ou prática,

no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve encontrar uma

solução. Na formulação de um problema deve haver clareza, concisão e objetividade”.

Foi possível por meio de pesquisa realizada, constatar deficiências na área do meio

ambiente com um grau maior na manipulação e uso da água que apresentou conflitos quanto a

adução pelos poços e a má utilização nos seus variados usos.

O uso de águas pluviométricas em Instituições públicas trazem muitos benefícios como:

Benefícios ambientais: Nas cidades as cisternas prestam-se ao controle de enchentes

(ANDRADE NETO, 2013), reduz o lançamento de água das áreas impermeáveis em

cursos d´água, evitando alagamentos e arrastamento de materiais sólidos, contribuindo

com a preservação do meio ambiente. Sua captação e uso podem aliviar os desafios de

água potável, água não potável, drenagem e desafios energéticos (UNHRC, 2011). No

mundo todo se discute a necessidade de uma transição energética para reduzir as

emissões de gases de efeito estufa (GEE) e frear o temido aumento das temperaturas.

Esta mudança requer uma substituição dos combustíveis fosseis (carvão, gás, lignita,

petróleo) por energias renováveis, tais como eólica, solar, hídrica ou biomassa

(BRÜGGEMEIER, 2017).

Benefícios econômicos: Diminui o consumo da água e da energia pela redução do

desperdício e reduz seus custos de adução. Isto é demonstrado por Cohim et. al., (2007).

“Que nas edificações públicas é menor o uso dos equipamentos, inclusive na economia

de energia”.

Benefícios sociais: Melhora a imagem do setor público junto à sociedade, com

reconhecimento de Instituições socialmente responsáveis, garantindo assim os recursos

naturais para as gerações futuras. Conforme preconiza a UNHRC Resolution (2010) “É

tempo de a captação de águas da chuva ser incluída nos planos de desenvolvimento de

todas as agencias governamentais (...) fazer parte dos currículos das escolas técnicas e

das universidades”.

De acordo com o que foi apresentado, elaborou-se o problema definido a seguir: “Como

coletar, armazenar e utilizar águas pluviais com o mínimo de interferência manual”?

3.2 CARACTERIZAÇÃO E DESIGN DA PESQUISA

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39

3.2.1.Caracterização da pesquisa

Este estudo disserta sobre o aproveitamento de águas pluviais para fins não potáveis no

Instituto Federal do Amazonas – Campus Manaus Distrito Industrial.

Tendo por referencia à pergunta da pesquisa e os objetivos da dissertação, a opção

metodológica é de pesquisa descritiva e quantitativa, sendo que a descritiva tem por objetivo

descrever um fenômeno que depende de condições ditadas pela natureza. Esse tipo de pesquisa

estabelece relação entre as variáveis no objeto de estudo analisado. Variáveis relacionadas à

classificação, medida e/ou quantidade que podem se alterar mediante o processo realizado

(YIN, 2015).

3.2.2. Design da pesquisa

Esta pesquisa teve como início a revisão prévia da literatura feita antecipadamente

para a definição do problema a ser estudado. Após a definição da problema foi feita a revisão

bibliográfica, onde foram definidos os itens a serem estudados e passaram por identificação

de seus conceitos e teorias que foram analisados e por fim concluídos.

A opção metodológica utilizada foi pela pesquisa de natureza quantitativa e

qualitativa, os instrumentos de pesquisa utilizados para coletar os dados foram: a análise

documental e observação direta. Logo após foram feitos a compilação dos dados obtidos, os

mesmos foram reunidos para passarem por uma validação onde foram analisados e tabulados

para assim verificar se seus resultados foram satisfatórios, se sim, eles passavam por uma última

análise para serem concluídos, se não, os instrumentos de pesquisa eram aplicados novamente

e de uma forma mais criteriosa eram compilados para assim serem validados gerando um

resultado para finalmente serem concluídos.

A estrutura geral da pesquisa define os passos a serem seguidos dentro da metodologia

adotada para a mesma, o escopo do trabalho e a estrutura da revisão bibliográfica, conforme

mostrado no apêndice A.

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3.3 COLETA DE DADOS

A coleta de dados em um estudo de caso é baseada em diversas fontes de evidências.

Para efeito de elaboração dessa pesquisa, foram utilizados os seguintes procedimentos:

Empírico - Os dados reais de precipitação, insolação, volume dos reservatórios,

quantidades de painéis solares e acessórios. Quantidade de aparelhos sanitários, pontos de

iluminação e tomadas de emergência.

Teórico – Toda fundamentação teórica, principalmente em artigos de visão

internacional.

Segundo “chama-se de instrumento de pesquisa o que é utilizado para a coleta de

dados”, ou seja, é estabelecido efetivamente o que será utilizado no desenvolvimento do estudo

para à obtenção das informações pertinentes ao trabalho.

Por meio da coleta de dados é possível observar o resultado da pesquisa e identificar as

ganhos e deficiências na captação e aproveitamento da água pluviométrica utilizando energia

solar fotovoltaica.

De acordo com Gil (2011), “A coleta de dados ajuda a analisar ponto a ponto os fatos ou

fenômenos que estão ocorrendo no sistema, sendo o ponto de partida para a elaboração e

execução de um trabalho”.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS

A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é

que serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão essa que poderá ser

final ou apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores.

As técnicas de análise de dados utilizados nesta pesquisa de natureza descritiva e

quantitativa foram: análise de conteúdo e a e os volumes que satisfarão ao objeto pretendido.

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41

CAPÍTULO IV

APLICAÇÃO DO ESTUDO DE CASO

4.1 PERFIL DA INSTITUIÇÃO

A pesquisa e aplicação aconteceu no Campus Manaus Distrito Industrial do Instituto

Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM-CMDI) localizado na Av.

Danilo de Matos Areosa, 1672 – Distrito Industrial, Manaus – Amazonas. É uma instituição de

ensino público federal que atende várias modalidades de ensino como: Ensino Médio Integrado

ao Técnico, Ensino de Graduação, Pós-Graduação, Pesquisa, Ciência, Tecnologia e Extensão.

O estudo foi aplicado em um módulo de extensão do bloco C (Figura 30), onde se

situam laboratórios e salas de aulas. Escolheu-se este módulo por ser uma obra nova em fase de

construção. A área do telhado é de 503,95 m² (Figura 29) e a cobertura é de alumínio na forma

trapezoidal com baixa rugosidade e um excelente coeficiente runoff.

Figura 147: Estrutura do telhado (interna).

Fonte: Autor, (2017).

Figura 158: Telhado metálico (fundos).

Fonte: Autor, (2017).

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Figura29: Vista frontal da edificação.

Fonte: Autor, (2017).

4.2 UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NA INSTITUIÇÃO

A água tem um alto consumo numa instituição de ensino, principalmente para

manutenção de banheiros e sanitários, onde a quantidade de descargas em vasos sanitários pode

chegar a mais de 100 m³/mês. Atualmente a água utilizada é oriunda de um poço artesiano e

para reservação possui cisterna e reservatório elevado como mostrado na Figura 30. O

reservatório elevado é usado para reserva de incêndio e uso de água fria em geral.

Figura 160: Vista do reservatório elevado e cisterna.

Fonte: Autor, (2017)

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43

4.3 UTILIZAÇÃO DA ÁGUA NÃO POTÁVEL

O aproveitamento da água pluviométrica para fins não potáveis está inserido no conceito

do uso racional para conservação da água e deve estar associado à gestão, não somente da

demanda, assim como da oferta de água, de forma que a água de qualidade inferior possa suprir

as necessidades menos nobres e é neste contexto que na Instituição ela será usada

prioritariamente para descargas de dejetos e micção, a Figura 32 dá uma ideia do uso.

Figura 171:-Esquema de um sistema de aproveitamento de água pluvial.

Fonte: ecocasa.com. br, (2017)

O sistema de reaproveitamento de água, através do atual processo, quando em

funcionamento, proporcionará uma economia de 40% a 50% da quantidade de água utilizada

nas descargas dos vasos sanitários e outras finalidades consideradas menos nobres e deixará de

ser extraída do poço artesiano que é de uso geral. Os resultados encontrados consistirão no

consumo consciente das águas. A Instituição adotando esse processo de gestão fará economia na

fatura de conta de energia, pois a nova tecnologia que será aplicada no processo de

aproveitamento vai garantir um bom volume reservado sem consumo de energia elétrica da rede de

distribuição da concessionaria, mas por energia solar trazendo benefícios econômicos, sociais e

ambientais.

4.4 PROCESSO DE UTILIZAÇÃO DA ÁGUA

Como afirmado anteriormente, na Instituição de Ensino onde será aplicado o estudo de

caso, a água pluviométrica poderá ser usada em todos os casos recomendados pela ABNT NBR

15.527, (2007) tais como: descargas de bacia sanitárias, prioritariamente, mas também poderá

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ser usada em: irrigação de gramados e plantas ornamentais, lavagens de veículos, limpezas de

calçadas e ruas, limpeza de pátios, espelhos d´água e usos industriais na figura 32 representa-se

cada caso.

Figura 182:Processos de utilização de água das chuvas.

Fonte: Conforme a figura (2017).

4.5 APRESENTAÇÃO DA APLICAÇÃO DA PESQUISA

Esta pesquisa tem como aplicação contemplar em um acréscimo do Bloco C, de salas de

aulas e laboratórios localizados no Campus Manaus Distrito Industrial o qual faz parte do

Instituto Federal do Amazonas e sendo uma edificação que estava em fase de construção,

adicionou-se a esta um sistema de aproveitamento de águas pluviais inicialmente com objetivo

de usar estas águas para descarga de vasos sanitários e aparelhos de micção.

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45

4.5.1. Dimensionamento Dos Reservatórios

Num sistema de águas pluviais o reservatório principal a ser dimensionado recebe a

denominação de barril de água ou cisterna e para dimensioná-lo, alguns fatores são levados em

consideração tais como características pluviométricas, área de captação, perdas, consumo per

capita e demanda.

Um método bastante utilizado para dimensionar o reservatório é o de Rippl, amplamente

mencionado em livros e normas. É um método baseado no diagrama de massas que possibilita a

regularização da vazão independente da estação do ano.

Outro método é de Andrade Neto e tem como base um balanço hídrico, neste caso, o

dimensionamento é feito com base na comparação entre a distribuição da chuva ao longo do

ano, refletindo deste modo na capacidade de captação da água da chuva e a definição dos meses

consecutivos com déficit e a partir do cálculo da precipitação mensal crítica necessária para

atender a demanda.

Para realizar o dimensionamento do reservatório de acumulação da água pluvial

inicialmente foi utilizado o Método de Rippl, que consiste em uma planilha representada pela

Tabela 2, na qual os dados de entrada e de saída são detalhados da seguinte maneira:

4.5.1.1. Método de Rippl

Tabela 2:–Dimensionamento do reservatório pelo método de Rippl.

COLUNAS

1 2 3 4 5 6 7

Precipitação

(mm)

Demanda

(m³)

Área de

captação

(m²)

Produção

(m³)

Demanda

(m³)

Somatório

(m³)

Janeiro 269,95 39,6 503,95 129,2392 -89,6392

Fevereiro 283,25 39,6 503,95 124,1871 -84,5871

Março 328,15 39,6 503,95 143,8729 -104,273

Abril 299,35 39,6 503,95 131,246 -91,646

Maio 236,3 39,6 503,95 103,6025 -64,0025

Junho 106,95 39,6 503,95 46,89078 -7,29078

Julho 73,1 39,6 503,95 32,04971 7,550292 7,55

Agosto 44,05 39,6 503,95 19,31313 20,28687 20,30

Setembro 76,75 39,6 503,95 33,65 5,949999 5,95

Outubro 112,1 39,6 503,95 49,14873 -9,54873

Novembro 169,4 39,6 503,95 74,27114 -34,6711

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Fonte: autor, (2018)

Coluna 1 – É o período de tempo de precipitação acumulada mensal que vai de janeiro

a dezembro.

Tabela 3: Precipitação acumulada mensal e anual (1931 a 1990). Usada para dimensionamento do

reservatório pelo método de Rippl.

Período Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1931-

1960 275,70 277,00 300,90 287,50 193,30 98,50 60,80 40,80 61,80 111,60 165,00 227,90

1961-

1990 264,20 289,50 335,40 311,20 279,30 115,40 85,40 47,30 73,70 112,60 173,80 219,60

Valor

médio 269,95 283,25 318,15 299,35 236,30 106,95 73,10 44,05 67,75 112,10 169,40 223,75

Fonte: Adaptado de INMET, (2018).

Os valores utilizados são de 30 anos de registros diários de precipitação, conforme

recomenda por (PALLA, GNECCO e LANZA, 2011).

Coluna 2 – Nesta coluna estão as chuvas médias mensais em milímetros do município de

Manaus computados da Tabela 3.

Coluna 3 – Demanda mensal de água pluvial para o abastecimento de bacias sanitárias e

mictório. A demanda também pode ser denominada de consumo mensal e é fornecido em

metros cúbicos (Tabela 4) e calculado conforme equação (4.1).

Demanda mensal = volume de descarga (m³) X nº de descargas X turno de uso X nº de

aparelhos X 22 dias útil/mês. - Eq. 4.1

Tabela 4: Demanda Mensal.

Volume de descargas

(m³) nº de

descargas

nº de turnos nº de aparelhos Dias úteis

por mês

0,01 3 3 20 22

Demanda Mensal

(m3)

39,6

Fonte: Autor (2018)

Demanda mensal = 39,6 m³

Coluna 4- É a área de captação da água de chuva que é fornecida em metros quadrados e

representa a projeção do telhado sobre o terreno (Tabela 5) e dimensionado pela Eq. (4.2)

Dezembro 223,75 39,6 503,95 98,10017 -58,5002

Total 2223,1 475,2 985,5715 20,30

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Acap= Comprimento (m) x Largura (m) - Eq. 4.2

Tabela 5: Área de captação (Telhado)

Comprimento (m) Largura (m)

39,65 12,71

Área (m²) 503,95

Fonte: Autor (2018)

Coluna 5- Nesta coluna estão os volumes mensais disponíveis da água de chuva, obtidos

através da multiplicação da coluna 2 pela coluna 4 e pelo coeficiente de runoff=0,95. O produto

é dividido por 1000 para que o resultado do volume seja em metros cúbicos.

Coluna 6- Nesta coluna estão as diferenças entre os volumes da demanda constante e os

volumes de produção de chuvas mensais. É na prática a subtração da coluna 3 pela coluna 5. O

sinal negativo indica que há excesso de água e o sinal positivo indica que o volume de demanda,

nos meses correspondentes supera o volume de água devido a precipitação.

Coluna 7- Nesta coluna estão as diferenças acumuladas da coluna 6 considerando

somente o maior valor positivo. Os valores negativos não foram computados, pois,

correspondem a meses em que há excesso de água (volume disponível superando a demanda).

O volume máximo obtido na coluna 7 deverá ser o volume do reservatório para atender

a demanda constante.

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Figura 19: Gráfico comparativo de precipitação acumulada em dois períodos de 30 anos diferentes.

Fonte: INMET, 2017

A maior diferença aconteceu no mês de Agosto. Este é o valor que será adotado para o

calculo do reservatório inferior (cisterna).

4.4.1.2. Método Andrade Neto

Classificado como método aproximado, baseado em relações empíricas e tendo como

foco os meses que não são capazes de ter precipitação suficiente para encher o reservatório. É

calculado pela Eq. (4.3) e está apresentado na tabela 6.

Vcap= Área de captação X Precipitação anual X coeficiente de Aproveitamento .......Eq. (4.3).

Tabela 6: Volume de captação anual.

Área de captação (m²) Precipitação

anual(mm)

Coeficiente de

aproveitamento

503,95 2223,10 0,75

Volume de captação anual (m³) 840,24

Fonte: autor, (2018)

Vcap = 1064,31m³

A precipitação crítica será calculada pela Eq. ( 4.4).

Pcrit = Consumo mensal / (Área de captação X Coeficiente de aproveitamento) .........( 4.4)

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Tabela 7: Precipitação crítica.

Consumo anual Área de captação Coeficiente de

(m³) (m²) Aproveitamento

39,6*12 503,95 0,75

475,2

Precipitação crítica

(mm)

179,60

Fonte: autor, (2018)

Pcrit = 179,60 mm.

Os meses que apresentam precipitação inferior a 179,60 mm constituem déficit (Ver na

Tabela 1). Os demais constituem armazenamento.

O volume da cisterna será o resultante da Eq. (4.5).

Vcist = (Nº de meses de déficit X Consumo mensal) – ( Precipitação total dos meses de

déficit X Área de captação X Coeficiente de aproveitamento)........................................... (4.5)

Tabela 8: Volume da cisterna (m³).

Nº de meses de

déficit

Consumo

mensal(m³)

Precipitação total dos Área captação Coeficiente de

meses de déficit (m) (m²) aproveitamento

6 39,6 0,57335 503,95 0,75

Volume = 20,9 m³

Fonte: autor, (2018)

É um método de cálculo simples e fácil obtenção de dados. Sua confiabilidade está

unicamente dependente ligada à base de dados pluviométricos utilizados.

Observamos que ambos os métodos dão valores muito próximos, mas para o nosso

reservatório consideramos o valor de 20 m³.

Logo o volume do reservatório será de 20 m³

4.5 Gerador Fotovoltaico.

O dimensionamento será de um sistema autônomo, conforme definido em 2.11.5 para

atender ao funcionamento da bomba d’água e iluminação de emergência para o período noturno.

4.5.2. Levantamento do consumo

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Na tabela 9 apresentamos o levantamento do consumo diário:

Tabela 9: de Consumo diário de energia.

Quantidade Aparelhos Potência

(W)

Tempo

de uso

(h)

Consumo

(Wh)

10 Lâmpadas

Led

120 0,5 60

1 Moto

bomba

370 3 1110

Total _ 490 3,5 1170

Fonte: Autor, (2018)

4.5.3. Dimensionamento do banco de baterias

O banco de baterias deve ter a tensão de 12 V, As baterias utilizadas seão as de chumbo

acido de 12 V, teremos:

NBS = 12 V

A capacidade do banco de baterias será o necessário para manter a carga no período

desejado e a descarga máxima será de 50% da carga total do banco, logo:

Cbanco= 1170 Wh/12 V/ 50%= 195 Ah

Considerando baterias de chumbo ácido, usarmos uma bateria de 240 Ah.

4.5.4. Quantidade de módulos fotovoltaicos

Quadro 1:Características do módulo: Painel solar Kyocera, modelo KD140SX-UPU 140 W.

Irradiância e temperatura

da célula

1000 W/m²

AM 1.5

25 º C

800 W/m²

AM 1.5

45º C

Voltagem

máxima do

sistema

600 V

Potência máxima (Pmax) 140 W 101 W

Tensão de potência máxima

(Vpmax)

17, V 16,0 V Peso do painel

12,5 Kg

Corrente de potência

máxima (Ipmax)

7,91 A 6,33 A -

Tensão em circuito aberto

(voc)

22,1 V - -

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Corrente de curto circiuito

(Isc)

8,68 A -

Dimensões (mm) Comp.

1500

Largura

668

Espessura 46

Fonte: Autor, (2018)

Quadro 2:Condições de insolação local: Manaus –AM.

Insolação 5100 a 5300 Wh/m²/dia

Insolação média diária 5 h Fonte: Villalva, (2016)

Dimensionamento – Método com MPPT

Cálculos referentes aos módulos:

Energia consumida (Ec): 1170 Wh (Carga instalada).

Energia consumida (Econs) para 1 dia: 1170 Wh x 1 d= 1170 Wh/dia.

Energia armazenada (Ea): 1170/0,5 = 2340 Wh ( Em baterias com profundidade de

carga de 50 %).

Quadro 3:Eficiência do módulo.

Pmax Área do

módulo

Insolação

segundo a

STC

Eficiência do módulo

(%)

140 W 1,002 m² 1000 =13,97

Fonte: Autor, (2018)

Eficiência do módulo (ƞ): 13,97 %.

Quadro 4: Energia produzida pelo módulo (Ep).

Es ( Insolação) Área do

módulo

Eficiência do

módulo (%)

Ep

5200 Wh/m²/dia 1,002 m² =13,97 727,89 Wh

Fonte: Autor, (2018)

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Ep = Es x Am x ƞm = 5200 x 1,002 x 13,97% = 727,89 Wh

Cálculo do banco de baterias: 2340 Wh/12 V= 195 Ah

O sistema será composto por uma bateria de 240 Ah.

4.6 Sistema De Automação

Inicialmente foi feito protótipo com componentes eletromecânicos ( contactores, relés

térmicos, sensores, válvulas etc). O sistema funcionou como esperado em condições de

protótipo (Vide Figura 21). Só usado em teste de laboratório. Não implementado.

Outro sistema usado foi com o uso da ferramenta Arduino, bem mais compacto e

confiável, mas usado como protótipo, como mostrado a seguir:

Para o projeto proposto foi considerando uma residência hipotética que possui um

sistema de captação e tem com função básica a coleta e armazenamento de águas pluviais dos

telhados para uso no local, esse sistema possui todas as etapas da captação de água sem o

manuseio humano. Todo o projeto foi desenvolvido com o intuito de facilitar a execução das

tarefas de captação. Na Figura 35 podemos ver o design das tubulações e a posição de todos os

componentes elétricos em conjunto com a casa. Já na Figura 36, é possível ver o resultado

obtido no protótipo do sistema de captação, seus componentes ligados ao arduino e as

tubulações.

Figura 20: Design dos componentes. Figura 21: Resultado do projeto

Fonte: Dos Santos e Palheta, (2017) Fonte: Dos Santos e Palheta, (2017)

O projeto visa à automação de um sistema de captação, para a coleta de águas pluviais

em residências com fins não potáveis. Consiste na programação de um arduino uno (Apêndice B

–Código Usado Pelo Software Do Projeto) que tem como função o comando do circuito elétrico.

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53

Esse sistema tem um sensor de chuva que aciona todo o circuito, ou seja, o sistema só será

ligado quando houver chuva. O sensor será capaz de detectar o nível de chuva e comunicar ao

módulo LM 393 (low Power, low offset voltage, single supply, dual, differential comparators),

que vai ler as informações do sensor e enviar dados para os pinos A0 (analógicos) e D0

(digitais), como mostrado no quadro 6. Já no quadro 5 é mostrado os componentes e a função

dos elementos mostrados na figura 37.

A água que escoar pelo telhado será despejada, no primeiro momento, para o ambiente.

Após alcançar os dois milímetros e o arduino receber os dados do módulo, o comando irá

fornecer uma corrente elétrica que circulara através da bobina exercendo uma força no êmbolo

que opera as válvulas solenoides V1 (fechando) e V2 (abrindo), permitindo a passagem da água

para o reservatório inferior e fechando a válvula que permite a passagem para o solo.

Após a água alcançar o nível médio no reservatório inferior o sensor boia S1 ligará a

bomba, fazendo com que a água seja deslocada para a caixa superior reservada especificamente

para a água não potável caso a mesma esteja vazia, impedindo o contato com a caixa de água

potável, como forma de não contaminar esta. Quando a caixa encher por completo o sensor boia

S3 informará ao arduino para que desligue a bomba, no mesmo momento, o arduino manda a

informação para o relé que desliga a bomba e comuta as válvulas V1 e V2 novamente fazendo

com que não passe água para a caixa inferior e deixando que o excesso seja despejado no

ambiente.

O disjuntor D1 (representado por uma válvula solenoide- V3), que está ligado entre a

caixa de água potável e a não potável, é responsável por transmitir uma quantidade mínima de

água potável para as atividades quando a caixa de águas pluviais estiver vazia. Esta água será

conduzida para o resto da residência que é abastecida apenas por águas pluviais. Na Figura 37

podem-se ver as ligações do arduino uno com os demais componentes elétricos do circuito.

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Figura 22: Esquema de Ligação Do Projeto.

Fonte: Dos Santos e Palheta, (2017)

Quadro 5:função dos componentes

Componente Função

Sensor de nível Informar o nível de liquido

Arduino Comandar o sistema através de programação

Modulo relé Ativar os componentes dependendo da situação

Sensor de chuva Detectar o nível de chuva e informar ao modulo

Bomba Deslocar a água para a caixa superior

Válvulas solenoides Permite ou não a passagem de água

Fonte: Dos Santos e Palheta (2017)

Quadro 6: Pinos utilizados no Projeto

Pinos do arduino

Função

2 Pino Da Válvula Solenoide S1

3 Pino Da Válvula Solenoide S2

4 Pino Da Válvula Solenoide S3

5 Pino Da Bomba de Água

8 Pino Do Sensor Boia B1

9 Pino Do Sensor Boia B2

10 Pino Do Sensor Boia B3

12 Pino Do Sensor De Chuva (DO)

A0 Pino Do Sensor De Chuva (AO)

Fonte: Dos Santos e Palheta (2017)

Após a comprovação da funcionalidade do protótipo este foi adaptado no campo e está

em funcionamento.

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55

4.6.1. Ánalise de resultados

Os resultados obtidos para implantar um sistema de captação, reservação e

aproveitamento de águas pluviais totalmente automatizados foram: o dimensionamento do

sistema pluviométrico. No qual se usou dois métodos, mas o escolhido foi o de Rippl porque

apresentou uma capacidade de reservação de aproximadamente 20 m³ e independe do mês. A

captação da água do telhado usa calhas e caixas de concreto dirigidos a tubos de descida de

PVC que direcionam o liquido para uma caixa de concreto e daí para reservatório de 1 m³ que é

o reservatório de descarte e quando este enche o líquido vai para o reservatório inferior

inicialmente com capacidade de 6 m³; Para fonte de energia elétrica foi dimensionado o sistema

solar isolado composto de um painel solar de 140 Wp fixado no telhado da edificação, um

controlador de carga com MPPT de 500 W, um inversor de 12 Vcc para 127 Vca de 500 W e

bateria de 240 Ah, que é o responsável de acionar uma bomba de ½ CV para bombear a água

captada e reservada na cisterna ao reservatório elevado de 1 m³ . O reservatório será cheio

sempre que for detectado um nível mínimo de água pelo sistema de controle automático e na

falta de energia no período noturno supre também as luminárias de emergência.

A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é

que serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão essa que poderá ser

final ou apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores.

As técnicas de análise de dados utilizados nesta pesquisa de natureza descritiva e

quantitativa foram: análise de conteúdo e a e os volumes que satisfarão ao objeto pretendido.

O aproveitamento da água pluviométrica para fins não potáveis está inserido no conceito

do uso racional para conservação da água e deve estar associado à gestão, não somente da

demanda, assim como da oferta de água, de forma que a água de qualidade inferior possa suprir

as necessidades menos nobres e é neste contexto que na Instituição ela será usada

prioritariamente para descargas de dejetos e micção, a Figura 32 dá uma ideia do uso.

O sistema de reaproveitamento de água, através do atual processo, quando em

funcionamento, proporcionará uma economia de 40% a 50% da quantidade de água utilizada

nas descargas dos vasos sanitários e outras finalidades consideradas menos nobres e deixará de

ser extraída do poço artesiano que é de uso geral. Os resultados encontrados consistirão no

consumo consciente das águas. A Instituição adotando esse processo de gestão fará economia na

fatura de conta de energia, pois a nova tecnologia que será aplicada no processo de

aproveitamento vai garantir um bom volume reservado sem consumo de energia elétrica da rede de

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distribuição da concessionaria, mas por energia solar trazendo benefícios econômicos, sociais e

ambientais.

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57

CAPÍTULO V

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

5.1 CONCLUSÕES

Este capítulo contém as análises dos objetivos específicos que foram caracterizados para

complementar o objetivo geral, que contém as respostas em relação à questão de pesquisa, assim

como a exposição das conclusões e a apresentação de recomendações para a realização de

futuros trabalhos.

Este estudo mostrou que é possível coletar, armazenar e utilizar águas pluviais com o

mínimo de interferência. Para coletar e armazenar as águas pluviométricas dimensionou-se um

reservatório inferior com volume que supre a demanda exigida para o uso na edificação por dois

métodos, sendo o primeiro método o de Rippl, baseado no mês de menor precipitação e

confirmado por um segundo método, O de Andrade Neto, que considera a somatória dos meses

de menor precipitação, sendo os valores muito próximos.

O dimensionamento do sistema pluviométrico foi feito a partir do dimensionamento da

demanda da edificação onde a proposta majoritária é para descargas de sanitários e mictórios.

Iniciou-se pelo cálculo da área do telhado. A precipitação usada foi a acumulada mensal e anual

extraídas dos relatórios do Instituto Nacional de Meteorologia de Manaus.

Para não haver interferência manual no liquido coletado e armazenado, utilizou-se um

sistema de automação e controle. O sistema funcionou conforme projetado, tendo sua ação a

partir da sensibilização do sensor de chuva sobre o telhado, controlando a água de descarte o

volume do reservatório inferior e o acionamento do motor responsável por elevar a água

armazenada para um reservatório elevado cuja distribuição para consumo passa a ser por

gravidade.

Nossa proposta para alimentar o sistema de automação e controle com energia foi usar

uma forma de energia sustentável. O gerador de energia solar calculado está produzindo energia

inclusive com excedente, agora também usado para acender uma luminária em cada sala no caso

de falta de energia da concessionaria local no período noturno.

No entanto nossa proposta se confirmará no decorrer do tempo ou mostrará limitações

levando-se em conta que os materiais utilizados não foram os mais recomendados por limitações

financeiras, mas considerando uma obra nova, as calhas, caixa elevada, tubos de descidas,

caixas de coletas foram bem dimensionados e funcionam satisfatoriamente.

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5.2 RECOMENDAÇÕES

A realização de estudos cientifícos sobre o aproveitamento de água pluviais já

desenvolve-se tanto em regiões onde há dificiencia de água, como em regiões densamente

habitadas e com alto grau de impermeabilização do solo cujos efeitos de inundações são

frequentes e catastróficos.

Assim, recomendam-se futuras pesquisas e ações sobre os seguintes assuntos:

1. De qual o impacto do investimento e estudos de custo para instalar o sistema em

todas as edificações do Campus em Estudo tendo como cisterna o trajeto final de

toda reservação de água da chuva (Ver anexo B).

2. Pequisas da qualidade da água antes do período chuvoso e com a cisterna com

baixo nível de água, objetivando garantir que toda a água armazenada sofreu ou

não a influência do primeiro milímetro no sistema instalado;

3. Estudar o impacto sobre a rede de drenagem com e sem a instalação do sistema de

captação e armazenamento;

4. Disseminar a utilização dessa água que depende primordialmente da consciência

ecológica dos usuários.

5. Reforçar a melhora da imagem da Instituição junto à sociedade, pelo

reconhecimento de Instituição socialmente responsável.

6. Pesquisas para aplicação de desenvolvimento de baixo impacto (Low Impact

Development, LID) para controle de picos de vazões, volume, frequência/duração,

qualidade dos escoamentos e gerar paisagens hidrológicas funcionais.

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APÊNDICE

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APÊNDICE A:Design da pesquisa

Fonte: Autor, (2017)

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ANEXOS

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ANEXO A: Os 17 Objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU

Compromisso é erradicar a pobreza extrema até 2030 e promover agricultura

sustentável.

Líderes mundiais aprovaram sexta-feira, 25 de setembro de 2015, em Assembleia da

ONU sobre promoção da saúde e da educação e do combate às alterações climáticas.

Objetivo 1: Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.

Países se comprometem até 2030 a erradicarem a pobreza extrema, medida como pessoas

vivendo com menos de US$ 1,25 por dia, e implementar medidas e sistemas de proteção

social adequados, para todos, incluindo pisos, e atingir a cobertura substancial dos pobres

e vulneráveis.

Objetivo 2 - Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da

nutrição e promover a agricultura sustentável. O compromisso visa também, entre outras

metas, até 2030 acabar com todas as formas de desnutrição e dobrar a produtividade

agrícola e a renda dos pequenos produtores de alimentos, particularmente das mulheres,

povos indígenas, agricultores familiares, pastores e pescadores.

Objetivo 3 - Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em

todas as idades. O objetivo inclui também as metas de, até 2030, reduzir a taxa de

mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nascidos vivos; reduzir

a mortalidade neonatal para pelo menos 12 por 1.000 nascidos vivos e a mortalidade de

crianças menores de 5 anos para pelo menos 25 por 1.000 nascidos vivos; acabar com as

epidemias de Aids, tuberculose, malária e doenças tropicais negligenciadas, e combater a

hepatite e outras doenças transmissíveis.

Objetivo 4 - Assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover

oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. O objetivo também inclui,

entre outras metas, até 2030 garantir que todas as crianças completem o ensino primário e

secundário livre, equitativo e de qualidade; e assegurar a igualdade de acesso para todos

os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade.

Objetivo 5 - Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e

meninas. As metas internas incluem acabar com todas as formas de discriminação contra

todas as mulheres e meninas em toda parte; eliminar todas as formas de violência contra

todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e

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exploração sexual e de outros tipos; e eliminar todas as práticas nocivas, como os

casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas.

Objetivo 6 - Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento

para todos. Entre as metas, estão: até 2030 alcançar o acesso universal e equitativo à água

potável, segura e acessível para todos; alcançar o acesso a saneamento e higiene

adequados e equitativos para todos; e aumentar substancialmente a eficiência do uso da

água em todos os setores e assegurar retiradas sustentáveis e o abastecimento de água doce

para enfrentar a escassez de água, e reduzir substancialmente o número de pessoas que

sofrem com a escassez de água.

Objetivo 7 - Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível

à energia, para todos. As metas, incluem, aumentar substancialmente a participação de

energias renováveis na matriz energética global, até 2030; dobrar a taxa global de

melhoria da eficiência energética; e reforçar a cooperação internacional para facilitar o

acesso a pesquisa e tecnologias de energia limpa, incluindo energias renováveis, eficiência

energética e tecnologias de combustíveis fósseis avançadas e mais limpas.

Objetivo 8 - Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável,

emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos. Entre as metas, estão: sustentar

o crescimento econômico per capita, de acordo com as circunstâncias nacionais e, em

particular, pelo menos um crescimento anual de 7% do PIB nos países menos

desenvolvidos; e atingir níveis mais elevados de produtividade das economias, por meio

da diversificação, modernização tecnológica e inovação, inclusive por meio de um foco

em setores de alto valor agregado e intensivos em mão-de-obra.

Objetivo 9 - Construir infraestruturas resistentes, promover a industrialização

inclusiva e sustentável e fomentar a inovação. Entre as metas, estão: desenvolver

infraestrutura de qualidade, confiável, sustentável e resiliente, incluindo infraestrutura

regional e transfronteiriça, para apoiar o desenvolvimento econômico e o bem-estar

humano, com foco no acesso equitativo e a preços acessíveis para todos; e promover a

industrialização inclusiva e sustentável e, até 2030, aumentar significativamente a

participação da indústria no setor de emprego e no PIB, de acordo com as circunstâncias

nacionais, e dobrar sua participação nos países menos desenvolvidos.

Objetivo 10 - Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles. Até 2030,

progressivamente alcançar e sustentar o crescimento da renda dos 40% da população mais

pobre a uma taxa maior que a média nacional; e empoderar e promover a inclusão social,

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econômica e política de todos, independentemente da idade, gênero, deficiência, raça,

etnia, origem, religião, condição econômica ou outra.

Objetivo 11 - Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros,

resilientes e sustentáveis. Entre as metas, estão: até 2030, garantir o acesso de todos a

habitação segura, adequada e a preço acessível, e aos serviços básicos e urbanizar as

favelas; proporcionar o acesso a sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e

a preço acessível para todos, melhorando a segurança rodoviária por meio da expansão

dos transportes públicos, com especial atenção para as necessidades das pessoas em

situação de vulnerabilidade.

Objetivo 12 - Assegurar padrões de produção e consumo sustentáveis,

implementando o Plano Decenal de Programas Sobre Produção e Consumo Sustentáveis;

até 2030 alcançar gestão sustentável e uso eficiente dos recursos naturais; reduzir pela

metade o desperdício de alimentos per capita mundial, em nível de varejo e do

consumidor, e reduzir as perdas de alimentos ao longo das cadeias de produção e

abastecimento, incluindo as perdas pós-colheita.

Objetivo 13 - Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus

impactos; reforçar a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima

e às catástrofes naturais em todos os países; integrar medidas da mudança do clima nas

políticas, estratégias e planejamentos nacionais; e implementar o compromisso assumido

pelos países desenvolvidos para a meta de mobilizar US$ 100 bilhões por ano a partir de

2020, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento.

Objetivo 14 - Conservação e uso sustentável dos oceanos, mares e dos recursos

marinhos, para o desenvolvimento sustentável. Entre as metas, estão: até 2025 prevenir e

reduzir significativamente a poluição marinha de todos os tipos, especialmente a advinda

de atividades terrestres, incluindo detritos marinhos e a poluição por nutrientes; até

2020 gerir de forma sustentável e proteger os ecossistemas marinhos e costeiros para

evitar impactos adversos significativos; minimizar e enfrentar os impactos da acidificação

dos oceanos, inclusive por meio do reforço da cooperação científica em todos os níveis.

Objetivo 15 - Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas

terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e

reverter a degradação da terra, e estancar a perda de biodiversidade. As metas

incluem promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de florestas,

deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar substancialmente o

florestamento e o reflorestamento.

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Objetivo 16 - Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento

sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes,

responsáveis e inclusivas em todos os níveis; reduzir significativamente todas as formas

de violência e as taxas de mortalidade relacionada, em todos os lugares; acabar com

abuso, exploração, tráfico e todas as formas de violência e tortura contra crianças.

Objetivo 17 - Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global

para o desenvolvimento sustentável, por meio de ações em várias frentes: finanças,

tecnologia, capacitação, comércio, resolvendo questões sistêmicas, promovendo parcerias

multissetoriais e adotando o uso de dados, monitoramento e prestação de contas.

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ANEXO B: Planta de drenagem do Campus Manaus Distrito Industrial.

Fonte: Adaptado do projeto de drenagem do CMD.

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ANEXO C: Código usado pelo software do projeto

ANEXO C –Código Usado Pelo Software Do Projeto

//TEMPESTADE NO COPO #1

//Autor: Thayline Soraia Rodrigues Dos Santos

// S1 = rele_porta1.

// S2 = rele_porta2.

// S3 = rele_porta3.

// B = rele_porta4.

int sensorchuva_do = 12; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 12 PARA A ENTRADA "DO" DO

SENSOR DE CHUVA.

int sensorchuva_ao = A0; //DEFINIR A ENTRADA ANALOGICA A0 PARA ENTRADA "AO"

SENSOR DE CHUVA.

int rele_porta1 = 2; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 2 PARA SAIDA DO RELÉ 1.

int rele_porta2 = 3; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 3 PARA SAIDA DO RELÉ 2.

int rele_porta3 = 4; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 4 PARA SAIDA DO RELÉ 3.

int rele_porta4 = 5; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 5 PARA SAIDA DO RELÉ 4.

int sensorboia1 = 8; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 8 PARA O SENSOR BOIA.

int sensorboia2 = 9; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 9 PARA O SENSOR BOIA.

int sensorboia3 = 10; //DEFINIR A ENTRADA DIGITAL 10 PARA O SENSOR BOIA.

int aux = 0; //VARIAVEL PARA AUXILIAR NAS CONDIÇÕES.

int caso = 0; //VARIAVEL PARA A FUNÇÃO SWITCH.

void setup (){ //DEFININDO COMEÇO DO PROGRAMA

pinMode (sensorchuva_do, INPUT); // DEFINIDO "sensorchuva_do" COMO ENTRADA.

pinMode (sensorchuva_ao, INPUT); // DEFINIDO "sensorchuva_ao" COMO ENTRADA.

pinMode(rele_porta1, OUTPUT); //DEFINDO "rele_porta1" COMO SAIDA.

pinMode(rele_porta2, OUTPUT); //DEFINDO "rele_porta2" COMO SAIDA.

pinMode(rele_porta3, OUTPUT); //DEFINDO "rele_porta3" COMO SAIDA.

pinMode(rele_porta4, OUTPUT); //DEFINDO "rele_porta4" COMO SAIDA.

pinMode(sensorboia1, INPUT); //DEFINDO "sensorboia1" COMO ENTRADA.

digitalWrite(sensorboia1, LOW);

pinMode(sensorboia2, INPUT); //DEFINDO "sensorboia2" COMO ENTRADA.

digitalWrite(sensorboia2, LOW);

pinMode(sensorboia3, INPUT); //DEFINDO "sensorboia3" COMO ENTRADA.

digitalWrite(sensorboia3, LOW);

Serial.begin(9600);

}

void loop(){

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int valor_do_sensor_do = digitalRead(sensorchuva_do); //GUARDANDO VALOR LIDO PELO

SENSOR DE CHUVA, PINO DIGITAL "DO".

int valor_do_sensor_ao = analogRead(sensorchuva_ao); //GUARDANDO VALOR LIDO PELO

SENSOR DE CHUVA, PINO ANALOGICO "A0".

int valor_sensorboia1 = digitalRead(sensorboia1); //GUARDANDO VALOR LIDO PELO SENSOR

BOIA.

int valor_sensorboia2 = digitalRead(sensorboia2); //GUARDANDO VALOR LIDO PELO SENSOR

BOIA.

int valor_sensorboia3 = digitalRead(sensorboia3); //GUARDANDO VALOR LIDO PELO SENSOR

BOIA.

Serial.print("Valor digital : "); //PARTE INÚTIL

Serial.print(valor_do_sensor_do); //PARTE INÚTIL

Serial.print(" - Valor analogico : "); //PARTE INÚTIL

Serial.println(valor_do_sensor_ao); //PARTE INÚTIL

Serial.print(" - Valor Sensor Boia 1 : ");

Serial.println(valor_sensorboia1);

Serial.print(" - Valor Sensor Boia 2 : ");

Serial.println(valor_sensorboia2);

Serial.print(" - Valor Sensor Boia 3 : ");

Serial.println(valor_sensorboia3);

if(valor_do_sensor_ao > 900 && valor_do_sensor_ao < 1023 && aux == 1){

aux = 0;

}

if(valor_do_sensor_ao < 900 && valor_do_sensor_ao > 0 && aux == 0){

aux = 1;

delay(5000);

}

//(Caso 1)Sem Chuva, Caixa Cheia, Reserva Cheia //(Caso 4)Sem Chuva, Caixa Cheia, Reserva Vazia

//(Caso 5)Sem Chuva, Caixa Meio Cheia, Reserva Vazia //(Caso 7)Chuva, Caixa Cheia, Reserva Cheia

//(Caso 10)Chuva, Caixa Cheia, Reserva Vazia.

if((valor_do_sensor_ao > 900 && valor_do_sensor_ao < 1023 && valor_sensorboia1 == HIGH &&

valor_sensorboia2 == HIGH && valor_sensorboia3 == HIGH) || (valor_do_sensor_ao > 1000 &&

valor_do_sensor_ao < 1023 && valor_sensorboia1 == LOW && valor_sensorboia2 == HIGH &&

valor_sensorboia3 == HIGH) || (valor_do_sensor_ao > 1000 && valor_do_sensor_ao < 1023 &&

valor_sensorboia1 == LOW && valor_sensorboia2 == HIGH && valor_sensorboia3 == LOW) ||

(valor_do_sensor_ao < 1000 && valor_do_sensor_ao < 1023 && valor_sensorboia1 == HIGH &&

valor_sensorboia2 == HIGH && valor_sensorboia3 == HIGH) || (valor_do_sensor_ao < 1000 &&

valor_do_sensor_ao < 1023 && valor_sensorboia1 == LOW && valor_sensorboia2 == HIGH &&

valor_sensorboia3 == HIGH) ){

caso = 1;

}

//(Caso 2)Sem Chuva, Caixa Meio Cheia, Reserva Cheio.

else if(valor_do_sensor_ao > 900 && valor_do_sensor_ao < 1023 && valor_sensorboia1 == HIGH

&& valor_sensorboia2 == HIGH && valor_sensorboia3 == LOW){

caso = 2;

}

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//(Caso 3)Sem Chuva, Caixa Vazia, Reserva Cheia.

else if(valor_do_sensor_ao > 900 && valor_do_sensor_ao < 1023 && valor_sensorboia1 == HIGH

&& valor_sensorboia2 == LOW && valor_sensorboia3 == LOW){

caso = 3;

}

//(Caso 6)Sem chuva, Caixa Vazia, Reserva Vazia.

else if(valor_do_sensor_ao > 900 && valor_do_sensor_ao < 1023 && valor_sensorboia1 == LOW &&

valor_sensorboia2 == LOW && valor_sensorboia3 == LOW){

caso = 4;

}

//(Caso 8)Chuva, Caixa Meio Cheia, Reserva Cheio

else if(valor_do_sensor_ao < 900 && valor_do_sensor_ao > 0 && valor_sensorboia1 == HIGH &&

valor_sensorboia2 == HIGH && valor_sensorboia3 == LOW){

caso = 5;

}

//(Caso 9)Chuva, Caixa Vazia, Reserva Cheia.

else if(valor_do_sensor_ao < 900 && valor_do_sensor_ao > 0 && valor_sensorboia1 == HIGH &&

valor_sensorboia2 == LOW && valor_sensorboia3 == LOW){

caso = 6;

}

//(Caso 11)Chuva, Caixa Meio Cheia, Reserva Vazio.

else if(valor_do_sensor_ao < 900 && valor_do_sensor_ao > 0 && valor_sensorboia1 == LOW &&

valor_sensorboia2 == HIGH && valor_sensorboia3 == LOW){

caso = 7;

}

//(Caso 12)Chuva, Caixa Vazia, Reserva Vazia.

else if(valor_do_sensor_ao < 900 && valor_do_sensor_ao > 0 && valor_sensorboia1 == LOW &&

valor_sensorboia2 == LOW && valor_sensorboia3 == LOW){

caso = 8;

}

switch(caso)

{

case 1:

digitalWrite(rele_porta1, LOW);

digitalWrite(rele_porta2, HIGH);

digitalWrite(rele_porta3, HIGH);

digitalWrite(rele_porta4, HIGH);

Serial.print(" - Caso 1 ");

break;

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case 2:

digitalWrite(rele_porta1, LOW);

digitalWrite(rele_porta2, HIGH);

digitalWrite(rele_porta3, LOW);

digitalWrite(rele_porta4, HIGH);

Serial.print(" - Caso 2 ");

break;

case 3:

digitalWrite(rele_porta1, LOW);

digitalWrite(rele_porta2, HIGH);

digitalWrite(rele_porta3, LOW);

digitalWrite(rele_porta4, LOW);

Serial.print(" - Caso 3 ");

break;

case 4:

digitalWrite(rele_porta1, LOW);

digitalWrite(rele_porta2, HIGH);

digitalWrite(rele_porta3, HIGH);

digitalWrite(rele_porta4, LOW);

Serial.print(" - Caso 4 ");

break;

case 5:

digitalWrite(rele_porta1, HIGH);

digitalWrite(rele_porta2, LOW);

digitalWrite(rele_porta3, LOW);

digitalWrite(rele_porta4, HIGH);

Serial.print(" - Caso 5 ");

break;

case 6:

digitalWrite(rele_porta1, HIGH);

digitalWrite(rele_porta2, LOW);

digitalWrite(rele_porta3, LOW);

digitalWrite(rele_porta4, LOW);

Serial.print(" - Caso 6 ");

break;

case 7:

digitalWrite(rele_porta1, HIGH);

digitalWrite(rele_porta2, LOW);

digitalWrite(rele_porta3, HIGH);

digitalWrite(rele_porta4, HIGH);

Serial.print(" - Caso 7 ");

break;

case 8:

digitalWrite(rele_porta1, HIGH);

digitalWrite(rele_porta2, LOW);

digitalWrite(rele_porta3, HIGH);

digitalWrite(rele_porta4, LOW);

Serial.print(" - Caso 8");

break;

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77

}

delay(777);

}