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FEP/ENE VOLUME I POFFTE PARTE II – Equitação Geral CAPÍTULO III - Monitores de Equitação Geral ___________________________________________________________________________________________ CAPÍTULO III – MONITORES DE EQUITAÇÃO GERAL – Grau II 1,. CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO O Monitor de Equitação é, na carreira dos docentes o pilar fundamental da formação pluridisciplinar. A sua formação é bastante completa e polivalente, devendo ficar apto a ministrar, não apenas a formação a praticantes até à Sela 7, como a formação profissional de Ajudantes de Monitor e Monitor, ainda que neste último caso, o deva fazer em apoio e sob a orientação de docentes dos graus III ou IV. Deve poder preparar, organizar e julgar exames de praticantes até ao nível de Sela 4, bem como participar em júris de exames de Ajudantes de Monitor e Monitor, sob a orientação de docentes de grau III ou IV. A sua formação permite-lhe assumir o cargo de Responsável Técnico de Centros de Formação Equestre de uma e duas estrelas, podendo, a título excepcional exercer iguais funções em Centros de Formação e Exame de três estrelas. Mediante formação complementar noutras disciplinas poderá vir a desempenhar cargos de Responsável Técnico em Centros Hípicos dedicados a outras disciplinas equestres. 2. CONDIÇÕES MÍNIMAS DE ACESSO E QUALIFICAÇÃO Idade mínima de 20 anos. Escolaridade mínima de 9º ano. No caso dos alunos do curso de gestão equina (Escolas Profissionais de Desenvolvimento Rural – Pólos da ENE) serem finalistas do respectivo curso e serem propostos de acordo com o estabelecido no protocolo respectivo. No caso dos alunos dos cursos superiores de equinicultura (Escolas do Ensino Superior Politécnico – Pólos da ENE), serem finalistas do respectivo curso, admitindo-se como excepção e só para casos de alunos de reconhecido mérito equestre e perfil profissional, que as propostas sejam feitas durante o 4º semestre do curso. Ser Ajudante de Monitor, com aproveitamento prévio no exame de Sela 7. Ter aproveitamento no Exame Final Comum Nota: Constitui um factor favorável à admissão ao curso, possuir Formação Pedagógica Inicial de Formadores, reconhecida pelo Instituto De Emprego e Formação Profissional (IEFP), ou pela Divisão de Formação do Instituto do desporto de Portugal (IDP), nos termos do artigo 21º do DL nº 407/99.. 3. CONTEÚDO COMUM DO EXAME FINAL DOS CURSOS Dados gerais Local: Centro de formação e exame de 4 ou mais estrelas (pólo da ENE) Júri: 3 membros, sendo dois de grau III ou IV, no mínimo Candidato a Juiz Nacional de Ensino (um deles presidente) e, no conjunto, 2 exteriores ao Pólo. Os Juízes são designados pela Direcção da ENE, sob proposta do Equitador Chefe. Provas a prestar e níveis de aptidão exigidas Teoria; Prova escrita (classificação mínima 60 %) de acordo com o respectivo currículo. Ensino (prova prática): Reprise M1/FEP (classificação mínima 55%). Saltos: Prova técnica e de estilo. (tipo hunter – Reg. CSO/FEP), com 7 obstáculos, 8 esforços, classe 1,10 m, incluindo um duplo a 2 passadas (V/R) e uma interdependência de 22 m; (classificação mínima 110 pontos) (*).

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FEP/ENE VOLUME I POFFTE PARTE II – Equitação Geral CAPÍTULO III - Monitores de Equitação Geral ___________________________________________________________________________________________

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CAPÍTULO III – MONITORES DE EQUITAÇÃO GERAL – Grau II

1,. CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO O Monitor de Equitação é, na carreira dos docentes o pilar fundamental da formação pluridisciplinar. A sua formação é bastante completa e polivalente, devendo ficar apto a ministrar, não apenas a formação a praticantes até à Sela 7, como a formação profissional de Ajudantes de Monitor e Monitor, ainda que neste último caso, o deva fazer em apoio e sob a orientação de docentes dos graus III ou IV. Deve poder preparar, organizar e julgar exames de praticantes até ao nível de Sela 4, bem como participar em júris de exames de Ajudantes de Monitor e Monitor, sob a orientação de docentes de grau III ou IV. A sua formação permite-lhe assumir o cargo de Responsável Técnico de Centros de Formação Equestre de uma e duas estrelas, podendo, a título excepcional exercer iguais funções em Centros de Formação e Exame de três estrelas. Mediante formação complementar noutras disciplinas poderá vir a desempenhar cargos de Responsável Técnico em Centros Hípicos dedicados a outras disciplinas equestres. 2. CONDIÇÕES MÍNIMAS DE ACESSO E QUALIFICAÇÃO

• Idade mínima de 20 anos. • Escolaridade mínima de 9º ano. • No caso dos alunos do curso de gestão equina (Escolas Profissionais de

Desenvolvimento Rural – Pólos da ENE) serem finalistas do respectivo curso e serem propostos de acordo com o estabelecido no protocolo respectivo.

• No caso dos alunos dos cursos superiores de equinicultura (Escolas do Ensino Superior Politécnico – Pólos da ENE), serem finalistas do respectivo curso, admitindo-se como excepção e só para casos de alunos de reconhecido mérito equestre e perfil profissional, que as propostas sejam feitas durante o 4º semestre do curso.

• Ser Ajudante de Monitor, com aproveitamento prévio no exame de Sela 7. • Ter aproveitamento no Exame Final Comum

Nota: Constitui um factor favorável à admissão ao curso, possuir Formação Pedagógica Inicial de Formadores, reconhecida pelo Instituto De Emprego e Formação Profissional (IEFP), ou pela Divisão de Formação do Instituto do desporto de Portugal (IDP), nos termos do artigo 21º do DL nº 407/99.. 3. CONTEÚDO COMUM DO EXAME FINAL DOS CURSOS

• Dados gerais Local: Centro de formação e exame de 4 ou mais estrelas (pólo da ENE)

Júri: 3 membros, sendo dois de grau III ou IV, no mínimo Candidato a Juiz Nacional de Ensino (um deles presidente) e, no conjunto, 2 exteriores ao Pólo. Os Juízes são designados pela Direcção da ENE, sob proposta do Equitador Chefe.

• Provas a prestar e níveis de aptidão exigidas

Teoria; Prova escrita (classificação mínima 60 %) de acordo com o respectivo currículo. Ensino (prova prática): Reprise M1/FEP (classificação mínima 55%). Saltos: Prova técnica e de estilo. (tipo hunter – Reg. CSO/FEP), com 7 obstáculos, 8 esforços, classe 1,10 m, incluindo um duplo a 2 passadas (V/R) e uma interdependência de 22 m; (classificação mínima 110 pontos) (*).

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Cross: Percurso de iniciação com um máximo de 8 saltos, numa distância não superior a 800 m Prática pedagógica:

- Lição de ginástica de colocação em sela na posição normal; - Lição de ginástica de colocação em sela na posição à frente;

- Lição de ensino base; - Lição de obstáculos.

A Avaliação do exame final obedece à Tabela de Classificações do Regulamento Geral de Avaliação e Exames – Volume VII do POFFTE. (*) A dimensão dos saltos deverá adequar-se, caso a caso, à capacidade real da montada, pois o que está em avaliação, prioritariamente, é o desempenho (em todos os sentidos) do cavaleiro/a. 4. TIPOS DE CURSO

• Curso fraccionado (por módulos) • Curso contínuo • Curso extensivo (integrado no ensino escolar técnico e superior politécnico)

5. ESTRUTURA CURRICULAR DOS CURSOS 5.1. CURSO FRACCIONADO (por módulos)

a) Caracteriísticas, duração e meios equestres de suporte Este curso destina-se aos Ajudantes de Monitor, que não têm condições para se ausentarem dos seus locais de trabalho por um período prolongado para frequentarem um curso contínuo. Assenta na formação por módulos realizada nos centros de formação e exame classificados como Pólos da ENE, alternando com formação prática no local de trabalho. Cada Módulo tem a duração de 2 semanas e o último é de apenas 1 semana destinado à preparação e execução do Exame Final. O curso compreende 5 módulos realizados no Centro de Formação e Exame (Pólo), se possível com internamento. Entre cada dois módulos consecutivos decorrerá um período de cerca de 2 a 2,5 meses destinado a formação prática no próprio local de trabalho (FLT) de cada aluno, de acordo com as indicações dos formadores, devendo estes apoiar esse trabalho conforme as necessidades e possibilidades existentes. Este curso tem uma duração global de cerca de 12 meses e pode ser iniciado em qualquer altura do ano. Assim, poderão decorrer, na mesma escola, vários cursos em simultâneo, basta que os períodos de internamento não coincidam. Esta estrutura permite aumentar consideravelmente a produtividade de cada Pólo (quintuplicar o número de alunos a formar anualmente) e, consequentemente, rentabilizar os recursos utilizados O curso fraccionado tem uma carga horária de 760 horas repartidas da seguinte forma: Formação no Pólo organizador: 4 Módulos x 80 h = 320 h 1 Módulo x 40 h = 40 h Soma = 360 h Formação no Local de Trabalho: (FLT) 2,5 meses x 4 períodos x 4 semanas x 5 dias x 2 cavalos x 1 hora = 400 h Total = 760 h

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Para o melhor rendimento deste curso, toda a sua estrutura assenta na utilização de 2 cavalos que deverão acompanhar os alunos. Um destina-se à disciplina de Ensino – cavalo E – com um mínimo de 5 anos e o outro, também com um mínimo de 5 anos e aptidão para obstáculos – cavalo O/C - destina-se às disciplinas de Saltos e Concurso Completo de Equitação. Estes cavalos devem ser previamente aprovados pelo Coordenador do Curso, depois de prestada uma simples prova inicial, com a antecedência de uma semana. Só em casos de força maior será permitida a substituição de qualquer destes cavalos, mas nessas situações os substitutos deverão submeter-se a uma prova idêntica, tendo em atenção que deverão apresentar um nível de preparação e ensino equivalente ao estado em que se encontrava a montada substituída. No decurso dos sucessivos FLT os alunos deverão participar em provas oficiais (federadas) de ensino e obstáculos, da forma como se indica: Seis Provas de Ensino do nível do cavalo (E), que levou ao curso, com esse mesmo cavalo; Seis Provas de Obstáculos (Saltos) do nível do cavalo (O/C), que levou ao curso, com esse mesmo cavalo No final do curso estes cavalos devem ficar aptos a prestar provas de Ensino nível M1 (cavalo E), uma prova de Saltos tipo Hunter e percurso de Cross, com as características indicadas no nº 3 deste capítulo (cavalo O/C). O Pólo de formação colocará ao serviço dos formandos os restantes cavalos de instrução, isto é cavalos de Ajudas (A) e cavalos de Volteio e Ginástica (V, G1 e G2). b) Matérias curriculares São as seguintes as matérias curriculares do Curso de Monitores de Equitação: • Educação do Cavaleiro: - Teoria de Equitação e Pedagogia - Equitação prática:

- Colocação em sela Posição normal Volteio c/cilhão e arreio (V) Ginástica (G1) Posição à frente Ginástica (G2) - Aperfeiçoamento do emprego das ajudas (A)

- Formação pedagógica inicial de formadores - Prática pedagógica

- Programa Oficial de Formação de Praticantes (Selas) - Hipologia - Gestão de espaços e eventos equestres - Organização de Provas Hípicas - Primeiros socorros - Introdução à equitação terapêutica - Marketing e administração de Centros Hípicos -Maneio dos cavalos utilizados e manutenção de equipamentos • Educação do Cavaleiro através do Ensino do Cavalo: - Equitação prática: - Ensino elementar do cavalo E (E) - Ensino do cavalo O/C até ao nível exigido no exame final (O) ou (C)

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c) Cadeiras e sua distribuição horária por Módulos

CADEIRAS 1º Mód 2º Mód 3º Mód 4º Mód 5º Mód SOMAS Teoria de Equitação 7 h 7 h 5 h 5 h - 24 h

Equitação prática 38 h 32 h 30 h 30 h - 130 h Form. pedag.inicial. 12 h - - - - 12 h Prática pedagógica - 14 h 16 h 20 h - 50 h

Hipologia 3 h 3 h 3 h - - 9 h Maneio teór. prático 16 h 16 h 16 h 16 h 8 h 72 h

Organ.Provas Hípicas 4 h 4 h 4 h 4 h - 16 h Programa das Selas - - - 2 h - 2 h Gest.Espaç.Event. - - - 3 h - 3 h

Markt.de C.H. - - 4 h - - 4 h Primeiros Socorros - 4 h - - - 4 h Equit.Terapêutica - - 2 h - - 2 h

Prep. e Exame Final - - - - 32 h 32 h Totais por Módulo 80 h 80 h 80 h 80 h 40 h 360 h Prática no local de trabalh 400 h

TOTAL = 760 h

d) Carga Horária por Tipos de Formação

CADEIRAS T PS P Somas Teoria de Equitação 24 h - - 24 h Equitação Prática - - 530 h 530 h

Form. Pedag. Inicial 10 h 2 h - 12 h Prática Pedagógica - - 50 h 50 h

Hipologia 7 h 2 h - 9 h Programa das Selas 2 h - - 2 h

Gest. Espaços e Eventos 3 h - - 3 h Org. de Provas Hípicas 8 h 4 h 4 h 16 h Marketing e Adm. C.H. 4 h - - 4 h

Primeiros Socorros 3 h 1 h - 4 h Intr. Equit. Terapêut. 2 h - - 2 h

Maneio e Man. Equip. 3 h 3 h 66 h 72 h Prep. e Exames Finais 8 h - 24 h 32 h

SOMAS 74 h 12 h 674 h 760 h e) Conteúdos programáticos das cadeiras

1) Teoria de Equitação Toda a matéria exigida no Curso de Ajudante de Monitor Colocação em Sela – As posições “normal” e “à frente”;

Princípios e Pontos importantes Bases psicológicas do ensino Domesticação e desbaste Teoria de Equitação: O Método - Características do cavalo bem trabalhado

Estudo das Ajudas Estudo dos andamentos naturais

O trabalho ginástico do cavalo; O trabalho em círculo; As Transições e o Equilíbrio Os Movimentos laterais – Definição, quadro de ajudas e vantagens ginásticas

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Teoria de obstáculos As provas de Ensino; graus e níveis de dificuldade; critérios de apreciação O CCE; constituição e fases da prova; noções sobre o Regulamento Concepção de percursos de obstáculos; regras base Regulamentos desportivos e sanitários (FEP e FEI Regras de segurança 2) Equitação Prática • Educação do Cavaleiro Com cavalos de Ginástica Colocação em sela Posição normal Volteio com cilhão e arreio (V) Ginástica (G1) Posição à frente - Ginástica (G2) Com cavalo de Ajudas (A) Ensino da utilização das ajudas naturais Figuras de picadeiro Transições Ensino, prática e aperfeiçoamento do “acordo de Ajudas” Os trabalhos laterais Rotações Cedência à perca Espádua a dentro Os trabalhos próprios do galope Saídas a galope Endireitar no galope – Espádua à frente O galope ao revés A passagem de mão simples e no ar • Educação do cavaleiro através do Ensino do Cavalo Com o cavalo de ensino (E) Ensino de base – Método de trabalho – Desenvolvimento do ritmo, da flexibilidade, do

contacto, da impulsão e da rectitude, através das figuras e exercícios indicados na Educação do Cavaleiro, com o objectivo de, no final do curso, apresentar o cavalo em provas de Ensino do grau M1.

Com o cavalo de obstáculos (O/C) Ensino do cavalo de obstáculos Trabalho no plano Trabalho ginástico s/varas e cavaletes O salto isolado Iniciação à regulação da batida Os compostos e as interdependências As várias trajectórias Condução em percurso de obstáculos Trabalho no exterior e prática de saltos de campo – introdução ao CCE Provas de Ensino e de Obstáculos – Prática através da participação em pules de treino e Provas

oficiais 3) Formação Pedagógica Inicial Noções gerais de pedagogia O formador face aos sistemas e conceitos de formação Factores e processos de aprendizagem Pedagogia equestre Comunicação e animação de grupos Objectivos pedagógicos Princípios da aprendizagem

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Psicologia e pedagogia do desporto Regras da instrução equestre Métodos e técnicas pedagógicas em equitação A trilogia – aluno – professor - cavalo Organização e planificação da formação

Faseamento no ensino da equitação Preparação da lição Recursos didácticos Auxiliares de instrução Fichas de instrução Segurança e controlo Condução da lição Desempenho do formador Doseamento do esforço Progressividade Controlo permanente da assimilação Motivações e desmotivações dos instruendos Colocação da voz e gestão dos silêncios A exemplificação como factor determinante da formação equestre A resolução de problemas psicológicos, técnicos e físicos Técnicas de avaliação da aprendizagem – Conceitos, critérios, tipos, escalas e instrumentos. 4) Prática Pedagógica Formação prática de pedagogia com a realização “no terreno” de

• Lições de colocação em sela • Lições de Ensino de Base • Lições de obstáculos

5) Hipologia) Introdução à Hipologia I

Definições: Zootecnia, beleza, defeitos, taras, vícios, etc. Regiões Higiene e maneio Pelagens Resenho

Introdução à Hipologia II Aprumos Atitudes / Proporções Conformação / Aptidão Dentição Esqueleto Musculatura Tendões e Ligamentos Anatomia do casco e ferração Fisiologia Aparelho cardiovascular Aparelho respiratório Aparelho urinário

Nutrição Anatomia e fisiologia do aparelho digestivo Nutrientes: Compostos orgânicos Compostos inorgânicos Alimentos : cereais, forragens, alimentos combinados, aditivos e suplementos Estimativa das necessidades nutricionais Formulação de rações – A arte da nutrição

Etologia e Maneio Maneio geral: cuidados, higiene, instalações e transporte

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Noções do funcionamento do sistema nervoso Os órgãos dos sentidos Comportamento do cavalo Processos de aprendizagem Tipos de aprendizagem Alterações comportamentais

6) Programa das Selas Conceito de progressão faseada da aprendizagem de praticantes – 9 Selas – Principais etapas na progressão do programa das Selas Idades regulamentares mínimas Sistemas de candidatura e tempos de permanência Estribo de Bronze – consequências Estribo de Prata – consequências Estribo de Ouro – consequências Exames de passagem e diplomas Constituição dos júris Aspectos fundamentais do Programa das Selas Equitação (prática equestre) Maneio Teoria de equitação Sistema das Licenças de cavaleiro/condutor Cavaleiro/condutor Federado – sistema de seguros Praticante Concorrente nacional Concorrente internacional Licenças gerais e parciais Renovação das licenças Oficiais de concurso – Sistema de qualificação e licenciamento A nível nacional A nível internacional Licenciamento de equídeos A nível nacional A nível internacional Estabelecimentos equestres – Sua caracterização e classificação Rede Nacional de Centros Federados Centros de Formação e Exame Responsáveis técnicos – enquadramento legal Vistorias e licenciamentos 7) Gestão de Espaços e Eventos Legislação de enquadramento Licenciamentos Das instalações De funcionamento De empresa de animação turística Seguros obrigatórios Definição dos objectivos da Instalação – Tipologia/s da/s actividade/s Dimensionamento da actividade, versus dimensão da instalação Estudo da área disponível ou disponobilizável Relevo, solos, arborização, clima, acessos e recursos naturais já existentes Estudo, custo/benefício, das alterações

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Racionalização do aproveitamento da área, do relevo, arborização, vias de acesso, ventos dominantes e outros recursos, por forma a produzir um impacte ambiental aceitável

Projecto de Instalação, Adaptação ou Ampliação Tipo e materiais de construção a utilizar Enquadramento paisagístico Saneamento básico ligado aos problemas de higiene e segurança Aproveitamento dos desníveis para movimentação de fluidos e efluentes Orientação das instalações face aos ventos dominantes ou à proximidade de zonas

frágeis – Arejamento e ventilação Sistemas económicos de manutenção das instalações permitindo a racionalização da

utilização da mão-de-obra Estudo prévio sobre o funcionamento com elaboração de regulamentos internos de utilização

de instalações e normas de relacionamento dentro de uma estrutura orgânica e funcional. Estudo detalhado de cada instalação, baseado num levantamento exaustivo das infra-

estruturas a edificar (Espaços de convívio e lazer, picadeiros cobertos e descobertos, campos de obstáculos, pista de galope, guia mecânica, guia coberta, pistas de cross, padoks, boxes (dimensão), armazéns de palhas, aparas, forragens e rações, área de armazenamento e movimentação de estrume, casa de arreios, instalações sanitárias, oficinas de ferração e selaria, posto de primeiros socorros, sala de tratamentos de equídeos, áreas de duche, gabinetes de direcção e apoio do público, parque de estacionamento de camions e automóveis, instalações de restauração e hotelaria, terreno de exterior para trabalho lento, arruamentos internos, sinalização, sistemas de prevenção de incêndios, etc., etc., etc..)

8) Organização de Provas Hípicas Os diversos eventos: Tipo e níveis de provas

Características / necessidades de cada tipo de prova Pistas, material, instalações para cavalos e tratadores, aparelhagem sonora, etc

Divulgação, relações com a imprensa local Apoio veterinário e siderotécnico Suporte financeiro Calendários (coordenação com a FEP) Comissão Organizadora – Equipa de trabalho Programa provisório Concurso de Saltos de Obstáculos - CSO

Júri de terreno – Composição e funções Direcção de Campo Director de Campo: funções antes e durante as provas Aspectos e elementos a ponderar Escolha e distribuição das provas Determinação dos horários

Pistas e terrenos das provas Pisos Localização das portas, campos de aquecimento, tribunas para o público e para os concorrentes Percursos nocturnos Obstáculos Material diverso Enquadramento Varas, barras, cancelas, sebes, suportes Obstáculos especiais Obstáculos fixos Sistemas de cronometragem Concepção de percursos

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Objectivos Factores de decisão Género de provas Provas tipo Provas especiais Qualidade dos conjuntos inscritos Condições do terreno Os meios de execução Os obstáculos Tipo e colocação Os compostos e as interdependências Os traçados – métodos Concurso de Ensino – CD

Pista/s de provas Pista/s de aquecimento Juizes e Comissários Equipa de controlo de resultados

Concurso Completo de Equitação - CCE

As diversas provas – suas características e peso relativo Pistas e pisos Os obstáculos de campo – sua construção Juizes, Comissários e Pessoal Auxiliar Sistemas de cronometragem

9) Marketing e Administração de Centros Hípicos Conceitos de Marketing e Comunicação Importância do Marketing na gestão de um Centro Hípico Especificidade do marketing de serviços

Definição do ou dos segmentos de mercado do Centro Hípico - Clientela Relacionamento com os clientes – acolhimento, atendimento e acompanhamento Determinação dos produtos e serviços comercializáveis ao mercado Comunicação e relações públicas – Mídias Orçamento e plano de Marketing, Sua composição e controlo A promoção e a concorrência Novas tecnologias da comunicação Política de preços As questões da imagem e a qualidade Dinamização de eventos aliciantes para o público assistente e participante Angariação de patrocínios Contas de exploração Custos fixos e variáveis Proveitos e sua natureza Balancetes mensais Previsão de despesas e de receitas – o Orçamento Controlo orçamental Apuramento e correcção de desvios. 10) Primeiros Socorros Situações traumáticas mais frequentes na prática equestre Abordagem da vítima em primeiros socorros Diagnóstico preliminar

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Primeiros socorros de urgência Ventilação boca-a-boca Ventilação boca-nariz Hemorragias Garrote, torniquete – amputação

Vítima inconsciente Fracturas luxações e entorses Feridas Vítima em choque Prevenção e segurança 11) Introdução à Equitação Terapêutica Objectivo da equitação terapêutica Hipoterapia activa Hipoterapia passiva O papel do terapeuta equestre A formação de especialistas de equitação terapêutica Os Docentes Os Auxiliares Os Terapeuta Os Médicos e Psicólogos Backriding A Equitação Adaptada Os agentes de apoio à actividade Treinadores Oficiais de concurso Entidades internacionais e nacionais que regulam esta competição Regulamentação das provas de ensino adaptado Regras de segurança f) Programa dos Módulos e distribuição horária recomendada

1) 1º Módulo

Teoria de Equitação –. 7 horas Colocação em Sela – As posições “normal” e “à frente”; Princípios e Pontos importantes 2 h. Bases psicológicas do ensino 1 h Domesticação e desbaste 1 h . Teoria de Equitação – doutrina, princípios, conceitos e processos Características do cavalo bem trabalhado. Estudo das Ajudas 3 h

Prática de Equitação –38 horas Colocação em Sela Volteio com cilhão e arreio (V) 4 h Ginástica posição normal (G1) 9 h Ginástica posição à frente (G2) 7 h Cavalo E – Método de trabalho– Desenvolvimento do Ritmo, da Flexibilidade e do Contacto 5 h Cavalo O/C - Trabalho no plano Ginástica s/ varas e cavaletes. Controlo do galope. Sujeição e equilíbrio nas voltas 5 h

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Cavalo de Ajudas (A) - Aperfeiçoamento da posição normal (clássica) Emprego das ajudas naturais e aperfeiçoamento do seu acordo Figuras de picadeiro Transições 8 h

Formação Pedagógica Inicial – 12 horas Hipologia - 3 horas Introdução à Hipologia I :Definições: Zootecnia, beleza, defeitos, taras, vícios, etc. Regiões Higiene e maneioRaças, pelagens e resenho Introdução à Hipologia II Aprumos. Atitudes / Proporções. Conformação / Aptidão. Dentição. Esqueleto Musculatura

Organização de Provas Hípicas –4horas Maneio de cavalos e manutenção de equipamentos - 16 horas Total = 80 Horas Nota: No final deste módulo os alunos deverão prestar as seguintes provas: Com o cavalo E – Reprise P2/P3 Com o cavalo O/C – Hunter de 0.80m Com o cavalo A – Reprise E1 2) 2º Módulo Teoria de Equitação –7 horas Estudo dos andamentos naturais: 1 h O trabalho ginástico do cavalo; O trabalho em círculo; As Transições e o Equilíbrio: 1 h Os Movimentos laterais – Definição, quadro de ajudas: Vantagens ginásticas 2 h Teoria de obstáculos 2 h As provas de Ensino; graus e níveis de dificuldades: Critérios de apreciação 1 h Prática de Equitação – 32 horas Colocação em Sela: G1 4 h G2 4 h Ensino (E): Método de trabalho Aperfeiçoamento do Ritmo, da Flexibilidade, do Contacto, da

Impulsão e da Rectitude Trabalhos laterais – A Cedência à perna e a espádua a dentro

e as rotações respectivas Trabalhos próprios do galope 9 h Cavalo O/C: Trabalho no plano Trabalho sobre compostos. Introdução à regulação da batida 9 h Ajudas: Aperfeiçoamento da posição normal Emprego das ajudas naturais e aperfeiçoamento do seu acordo Aperfeiçoamento das matérias dadas e execução de Reprises de Ensino 6 h

Prática Pedagógica - 14 horas Lições de Colocação em Sela: Volteio com arreiro (V) 2 h

Ginástica posição normal (G1) 3 h Ginástica posição à frente (G2) 3 h

Lições de Ajudas (ensino de base) (A) 6 h

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Hipologia - 3 horas Tendões e Ligamentos

Anatomia do casco e ferração Fisiologia Aparelho cardiovascular Aparelho respiratório Aparelho urinário Organização de Provas Hípicas – 4 horas

Primeiros Socorros - 4 horas

Maneio de cavalos e manutenção de equipamentos - 16 horas

Total = 80 Horas Nota: – No final deste módulo os alunos deverão prestar as seguintes provas: Com o cavalo E – Reprise E1 Com o cavalo O/C – Hunter de 0.90m Com o cavalo A – Reprise E2 3) 3º Módulo Teoria de Equitação –5 Horas Pedagogia Equestre – Princípios, Regras e Métodos Preparação e condução da lição 2 h. Concepção de percursos de obstáculos; regras base 3 h Prática de Equitação – 30 horas Cavalo E: Método de trabalho – Continuação e aperfeiçoamento dos Conceitos e Características já trabalhados no Módulo anterior 15 h Cavalo O/C: Trabalho no plano As várias trajectórias. Condução em percurso de Obstáculos 15 h

Prática Pedagógica - 16 horas Lições de Colocação em Sela: Volteio com arreiro (V) 2 h

Ginástica posição normal (G1) 4 h Ginástica posição à frente (G2) 4 h

Lições de Ajudas (ensino de base) (A) 6 h

Hipologia -3 Horas Nutrição Anatomia e fisiologia do aparelho digestivo Nutrientes:

Compostos orgânicos Compostos inorgânicos

Alimentos : cereais, forragens, alimentos combinados, aditivos e suplementos Estimativa das necessidades nutricionais Formulação de rações A arte da nutrição Organização de Provas Hípicas – 4 horas

Markting e Administração de Centros Hípicos - 4 horas

Equitação Terapêutica - 2 horas

Maneio de cavalos e manutenção de equipamentos.- 16 horas

Total = 80 Horas

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Nota – No final deste módulo os alunos deverão prestar as seguintes provas: Com o cavalo E – Reprise E2 Com o cavalo O/C – Hunter de 0.95m Com o cavalo A – Reprise E3 4) 4º Módulo Teoria de Equitação – 5 horas; O CCE; constituição e fases da prova; noções sobre o Regulamento 2 h Regulamentos desportivos e sanitários (FEP e FEI) 2 h Regras de segurança 1 h Prática de Equitação –30 horas Cavalo E: Método de trabalho – Continuação e aperfeiçoamento dos Conceitos e Características já

trabalhados nos Módulo anteriores 15 h Cavalo O/C: Trabalho no plano e sobre obstáculos Trabalho no Exterior Galope e obstáculos de campo 15 h Organização de Provas Hípicas – 4horas

Prática Pedagógica - 20 horas Lição de Colocação em Sela: Ginástica posição normal (G1) 4 h

Ginástica posição à frente (G2) 4 h Lição de Ajudas (ensino de base) (A) 8 h

Maneio de cavalos e manutenção de equipamentos - 16 horas

Total = 80 Horas Nota: – No final deste módulo os alunos deverão prestar as seguintes provas: Com o cavalo E – Reprise E3 Com o cavalo O/C – Hunter de 1.00m Com o cavalo A – Reprise M1 5) 5º Módulo Preparação e execução dos Exames Finais = 32 Horas

Maneio de cavalos e manutenção de equipamentos - 8 horas

Total = 40 Horas 5.2. CURSO CONTÍNUO a) Características, duração e meios equestres de suporte Este curso destina-se aos ajudantes de monitor habilitados com a Sela 7, ou superior, que desejem frequentar uma acção de formação a tempo inteiro, durante 6 meses. A sua estrutura decorre de uma longa prática de mais de 50 anos na Escola de Mafra, e foi concebida para satisfazer, prioritariamente, as necessidades militares (Exército e GNR). Apesar do curso ter sido aberto à frequência de candidatos civis, a sua ocupação e custo individual afastou estes e continua a afastar da sua participação, sendo o número de docentes civis saídos deste tipo de curso, insuficiente face às necessidades do mercado.

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Admite-se, também, que este tipo de curso possa continuar a interessar a alguns civis. Tem uma duração global de 26 Semanas (cerca de 6 meses) incluindo dois dias para o Exame Final. Face a durações anteriores, verifica-se uma redução semelhante à verificada nos curso fraccionado, decorrente da obrigatoriedade dos candidatos disporem já de aprovação no Curso de Ajudantes de Monitor que, por sua vez, foi reforçado com mais tempo e matéria. Esta duração corresponde à seguinte carga horária, ou seja: 26 semanas x 5 dias x 7 horas = 910 Horas Nestas horas estão incluídas 130 para o Maneio e manutenção de equipamento (1h/dia). Tal como no Curso Fraccionado, para o melhor rendimento, toda a sua estrutura assenta na utilização de 2 cavalos que deverão acompanhar os alunos. Um destina-se à disciplina de Ensino – cavalo E – com um mínimo de 5 anos e o outro, também com um mínimo de 5 anos e aptidão para obstáculos – cavalo O/C - destina-se às disciplinas de Saltos e Concurso Completo de Equitação. Estes cavalos devem ser submetidos a um pequeno exame prévio dirigido pelo Coordenador do Curso, para apreciar da sua adequação ao fim a que se destinam. Os condicionamentos para uma eventual substituição de qualquer das montadas são os mesmos indicados para o curso fraccionado. No final do curso estes cavalos devem ficar aptos a prestar provas de Ensino nível M1 (cavalo E), uma prova de Saltos tipo Hunter e percurso de Cross, com as características indicadas no nº 3 deste capítulo (cavalo O/C). O Pólo de formação colocará ao serviço dos formandos os restantes cavalos de instrução, isto é cavalos de Ajudas A e cavalos de Volteio e Ginástica (V, G1 e G2). b) Matérias curriculares São igualmente as seguintes as matérias curriculares do Curso Contínuo de Monitores de Equitação: • Educação do Cavaleiro: - Teoria de Equitação e Pedagogia - Equitação prática:

- Colocação em sela (CS) Posição normal Volteio c/cilhão e arreio (V) Ginástica (G1) Posição à frente Ginástica (G2)

- Aperfeiçoamento do emprego das ajudas (A) - Formação pedagógica inicial

- Prática pedagógica - Programa Oficial de Formação de Praticantes (Selas) - Hipologia - Gestão de espaços e eventos equestres (GEsp) - Organização de Provas Hípicas (OPH) - Primeiros socorros (PSoc) - Introdução à equitação terapêutica (ET) - Marketing e administração de Centros Hípicos (MK) -Maneio dos cavalos utilizados e manutenção de equipamentos (MAN) • Educação do Cavaleiro através do Ensino do Cavalo: - Equitação prática: - Ensino elementar do cavalo E (E) - Ensino do cavalo O/C até ao nível exigido no exame final (O) ou (C)

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c) Programa e afectação de horas do Curso Contínuo

1) Teoria de Equitação 24 Horas Toda a matéria exigida no Curso de Ajudante de Monitor Colocação em Sela – As posições “normal” e “à frente”; Princípios e Pontos importantes Bases psicológicas do ensino Domesticação e desbaste Teoria de Equitação – Doutrina, Princípios, Conceitos e processos O Método - Características do cavalo bem trabalhado Estudo das Ajudas Estudo dos andamentos naturais O trabalho ginástico do cavalo; O trabalho em círculo; As transições e o equilíbrio Os Movimentos laterais – Definição, quadro de ajudas e vantagens ginásticas Teoria de obstáculos As provas de Ensino; graus e níveis de dificuldade; critérios de apreciação O CCE; constituição e fases da prova; noções sobre o Regulamento 2) Equitação Prática 638 Horas • Educação do Cavaleiro Com cavalo de Ginástica Colocação em sela Posição normal Volteio com cilhão e arreio (V) Ginástica (G1) Posição à frente - Ginástica (G2) Com cavalo de Ajudas (A) Ensino da utilização das ajudas naturais Figuras de picadeiro Transições Ensino, prática e aperfeiçoamento do “acordo de Ajudas” Os trabalhos laterais Rotações Cedência à perna Espádua a dentro Os trabalhos próprios do galope Saídas a galope Endireitar no galope – Espádua à frente O galope ao revés A passagem de mão simples e no ar • Educação do cavaleiro através do Ensino do Cavalo Com o cavalo de ensino (E) Ensino de base – Método de trabalho – Desenvolvimento do ritmo, da flexibilidade, do

contacto, da impulsão e da rectitude, através das figuras e exercícios indicados na Educação do Cavaleiro, com o objectivo de, no final do curso, apresentar o cavalo em provas de Ensino do grau correspondente à sua idade.

Com o cavalo de obstáculos (O/C) Ensino do cavalo de obstáculos Trabalho no plano Trabalho ginástico s/varas e cavaletes O salto isolado Introdução à regulação da batida Os compostos e as interdependências As várias trajectórias Condução em percurso de obstáculos Trabalho no exterior e prática de saltos de campo – introdução ao CCE Provas de Ensino e de Obstáculos – Prática através da participação em “Poules” de treino e Provas

oficiais Concepção de percursos de obstáculos; regras base

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Regulamentos desportivos e sanitários (FEP e FEI Pedagogia equestre – Princípios, regras e métodos; preparação e condução da lição Regras de segurança 3) Formação Pedagógica Inicial – 12 horas Noções gerais de pedagogia O formador face aos sistemas e conceitos de formação Factores e processos de aprendizagem Pedagogia equestre Comunicação e animação de grupos Objectivos pedagógicos Princípios da aprendizagem Psicologia e pedagogia do desporto Regras da instrução equestre Métodos e técnicas pedagógicas em equitação A trilogia – aluno – professor - cavalo Organização e planificação da formação

Faseamento no ensino da equitação Preparação da lição Recursos didácticos Auxiliares de instrução Fichas de instrução Segurança e controlo Condução da lição Desempenho do formador Doseamento do esforço Progressividade Controlo permanente da assimilação Motivações e desmotivações dos instruendos Colocação da voz e gestão dos silêncios

A exemplificação como factor determinante da formação equestre A resolução de problemas psicológicos, técnicos e físicos Técnicas de avaliação da aprendizagem – Conceitos, critérios, tipos, escalas e instrumentos.

4) Prática Pedagógica 50 Horas Formação prática de pedagogia com a realização “no terreno” de

• Lições de colocação em sela • Lições de Ensino de Base • Lições de obstáculos

5) Hipologia 9 Horas Introdução à Hipologia I Definições: Zootecnia, beleza, defeitos, taras, vícios, etc. Regiões Higiene e maneio Pelagens Resenho Introdução à Hipologia II

Aprumos Atitudes / Proporções Conformação / Aptidão Dentição Esqueleto Musculatura Tendões e Ligamentos Anatomia do casco e ferração

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Fisiologia Aparelho cardiovascular

Aparelho respiratório Aparelho urinário Nutrição Anatomia e fisiologia do aparelho digestivo Nutrientes: Compostos orgânicos Compostos inorgânicos Alimentos : cereais, forragens, alimentos combinados, aditivos e

suplementos Estimativa das necessidades nutricionais Formulação de rações A arte da nutrição Etologia e Maneio Maneio geral: cuidados, higiene, instalações e transporte Noções do funcionamento do sistema nervoso Os órgãos dos sentidos Comportamento do cavalo Processos de aprendizagem Tipos de aprendizagem Alterações comportamentais 6) Programa das Selas 2 Horas Conceito de progressão faseada da aprendizagem de praticantes – 9 Selas – Principais etapas na progressão do programa das Selas Idades regulamentares mínimas Sistemas de candidatura e tempos de permanência Estribo de Bronze – consequências Estribo de Prata – consequências Estribo de Ouro – consequências Exames de passagem e diplomas Constituição dos júris Aspectos fundamentais do Programa das Selas Equitação (prática equestre) Maneio Teoria de equitação Sistema das Licenças de cavaleiro/condutor Cavaleiro/condutor Federado – sistema de seguros Praticante Concorrente nacional Concorrente internacional Licenças gerais e parciais Renovação das licenças Oficiais de concurso – Sistema de qualificação e licenciamento A nível nacional A nível internacional Licenciamento de equídeos A nível nacional A nível internacional Estabelecimentos equestres – Sua caracterização e classificação Rede Nacional de Centros Federados Centros de Formação e Exame Responsáveis técnicos – enquadramento legal Vistorias e licenciamentos

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7) Gestão de Espaços e Eventos 3 Horas Legislação de enquadramento Licenciamentos Das instalações De funcionamento De empresa de animação turística Seguros obrigatórios Definição dos objectivos da Instalação – Tipologia/s da/s actividade/s Dimensionamento da actividade, versus dimensão da instalação Estudo da área disponível ou disponobilizável Relevo, solos, arborização, clima, acessos e recursos naturais já existentes Estudo, custo/benefício, das alterações Racionalização do aproveitamento da área, do relevo, arborização, vias de acesso,

ventos dominantes e outros recursos, por forma a produzir um impacte ambiental aceitável

Projecto de Instalação, Adaptação ou Ampliação Tipo e materiais de construção a utilizar Enquadramento paisagístico Saneamento básico ligado aos problemas de higiene e segurança Aproveitamento dos desníveis para movimentação de fluidos e efluentes Orientação das instalações face aos ventos dominantes ou à proximidade de zonas

frágeis – Arejamento e ventilação Sistemas económicos de manutenção das instalações permitindo a racionalização da

utilização da mão-de-obra Estudo prévio sobre o funcionamento com elaboração de regulamentos internos de utilização

de instalações e normas de relacionamento dentro de uma estrutura orgânica e funcional. Estudo detalhado de cada instalação, baseado num levantamento exaustivo das infra-

estruturas a edificar. Áreas a considerar: Espaços de convívio e lazer, picadeiros cobertos e descobertos, campos

de obstáculos, pista de galope, guia mecânica, guia coberta, pistas de cross, padoks, boxes (dimensão), armazéns de palhas, aparas, forragens e rações, área de armazenamento e movimentação de estrume, casa de arreios, instalações sanitárias, oficinas de ferração e selaria, posto de primeiros socorros, sala de tratamentos de equídeos, áreas de duche, gabinetes de direcção e apoio do público, parque de estacionamento de camiões e automóveis, instalações de restauração e hotelaria, terreno de exterior para trabalho lento, arruamentos internos, sinalização, sistemas de prevenção de incêndios, etc., etc., etc..)

8) Organização de Provas Hípicas 16 Horas Os diversos eventos: Tipo e níveis de provas Características / necessidades de cada tipo de prova Pistas, material, instalações para cavalos e tratadores, aparelhagem sonora, etc Divulgação, relações com a imprensa local Apoio veterinário e siderotécnico Suporte financeiro Calendários (coordenação com a FEP) Comissão Organizadora – Equipa de trabalho Programa provisório Concurso de Saltos de Obstáculos - CSO Júri de terreno – Composição e funções Direcção de Campo Director de Campo: funções antes e durante as provas Aspectos e elementos a ponderar

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Escolha e distribuição das provas Determinação dos horários Pistas e terrenos das provas Pisos Localização das portas, campos de aquecimento, tribunas para o público e para os concorrentes Percursos nocturnos Obstáculos Material diverso Enquadramento Varas, barras, cancelas, sebes, suportes Obstáculos especiais Obstáculos fixos Sistemas de cronometragem

Concepção de percursos Objectivos Factores de decisão Género de provas Provas tipo Provas especiais Qualidade dos conjuntos inscritos Condições do terreno Os meios de execução Os obstáculos Tipo e colocação Os compostos e as interdependências Os traçados – métodos Concurso de Ensino – CD Pista/s de provas Pista/s de aquecimento Juizes e Comissários Equipa de controlo de resultados Concurso Completo de Equitação - CCE As diversas provas – suas características e peso relativo Pistas e pisos Os obstáculos de campo – sua construção Juizes, Comissários e Pessoal Auxiliar Sistemas de cronometragem 9) Marketing e Adm. de Centros Hípicos 4 Horas Conceitos de Marketing e Comunicação Importância do Marketing na gestão de um Centro Hípico Especificidade do marketing de serviços

Definição dos segmentos de mercado do Centro Hípico - Clientela Relacionamento com os clientes – acolhimento, e acompanhamento Determinação dos produtos e serviços comercializáveis no mercado Comunicação e relações públicas – Mídias Orçamento e plano de Marketing, Sua composição e controlo A promoção e a concorrência Novas tecnologias da comunicação Política de preços As questões da imagem e a qualidade Dinamização de eventos aliciantes para o público assistente e participante Angariação de patrocínios Contas de exploração

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Custos fixos e variáveis Proveitos e sua natureza Balancetes mensais Previsão de despesas e de receitas – o Orçamento Controlo orçamental Apuramento e correcção de desvios. 10) Primeiros Socorros 4 Horas Situações traumáticas mais frequentes na prática equestre Abordagem da vítima em primeiros socorros Diagnóstico preliminar Primeiros socorros de urgência Ventilação boca-a-boca Ventilação boca-nariz Hemorragias Garrote, torniquete – amputação

Vítima inconsciente Fracturas luxações e entorses Feridas Vítima em choque Prevenção e segurança 11) Introdução à Equitação Terapêutica 2 Horas Objectivo da equitação terapêutica Hipoterapia activa Hipoterapia passiva O papel do terapeuta equestre A formação de especialistas de equitação terapêutica Backriding A Equitação Adaptada Os agentes de apoio à actividade Treinadores Terapeutas Oficiais de concurso Entidades internacionais e nacionais que regulam esta competição Regulamentação das provas de ensino adaptado Regras de segurança 12) Maneio e Man.de Equipamento) 130 Horas 13) Exame Final 16 Horas TOTAL = 930 Horas

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f) Carga Horária por Tipos de Formação

CADEIRAS T PS P Somas Teoria de Equitação 24 h - - 24 h Equitação Prática - - 638 h 638 h

Form. Pedag. Inicial 10 h 2 h - 12 h Prática Pedagógica - - 50 h 50 h

Hipologia 7 h 2 h - 9 h Programa das Selas 2 h - - 2 h

Gest. Espaços e Eventos 3 h - - 3 h Organ. de Provas Hípicas 10 h - 6 h 16 h Market.Admin.C.Hípicos 4 h - - 4

Primeiros Socorros 3 h 1 h - 4 Intr.Equit.Terapêutica 2 h - - 2

Maneio - - 130 h 130 h Exame Final 4 h - 12 h 16 h

SOMAS 69 h 5 h 836 h 910 h

5.3. CURSO EXTENSIVO

a) Características, duração e meios equestres de suporte Tal como no caso dos Ajudantes de Monitor, este tipo de curso foi especialmente concebido para integrarem o currículo normal das Escolas Profissionais e Institutos Superiores directamente ligados à agricultura e pecuária, como as Escolas Profissionais de Abrantes e Alter e os Institutos Superiores Agrários de Santarém e Elvas com quem a ENE têm protocolos estabelecidos funcionando como Pólos da mesma. A “população-alvo” do Curso Extensivo de Monitores de Equitação é precisamente a mesma do Curso de Ajudantes de Monitor. Conforme a evolução e desenvolvimento das capacidades equestres de cada aluno e após concluírem, com aproveitamento, o exame de Sela 4, prosseguem esta formação, uns directamente para o Grau I (Ajudantes), outros (os que para tal mostrarem capacidade), rumo à Sela 7. São os apurados neste nível que prosseguirão rumo ao Grau II (Monitores). Os alunos que por qualquer motivo não puderem fazer os exames para que foram propostos, poderão mais tarde, se o desejarem e após avaliação da sua capacidade equestre, ser novamente propostos para exame. Os alunos que não perfizerem os 20 anosno ano civil em que fazem o exme, ficarão com “aptidão de Monitor de Equitação”, aguardando a idade mínima obrigatória, para então lhes ser atribuído o Diploma definitivo. Em qualquer caso, os alunos deverão também fazer um Estágio Pedagógico de pelo menos um mês. Este estágio, a realizar em Centro Hípico (Pólo da ENE), deverá ter informação positiva por parte da respectiva Direcção e é obrigatório para a atribuição do Diploma definitivo. As matérias e estrutura dos dois cursos (Ajudantes de Monitores e Monitores) são precisamente iguais, variando apenas na profundidade e desenvolvimento dos respectivos conteúdos, com especial relevo para os exames finais e respectivas preparações. Esta formação destina-se a jovens na idade escolar, que a acumulam com as cadeiras nucleares do Curso Escolar ou Superior (formação principal). Isto significa que normalmente iniciem o curso com muito menos conhecimentos, experiência e prática equestre.

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A repartição das disciplinas e respectivos conteúdos acompanha, tal como no Curso de Grau I, o desenvolvimento das demais cadeiras, que se estendem por 3 anos lectivos escolares, com as férias determinadas pelo Ministério da Educação, entidade que as tutela. Este Curso desenvolve-se, por isso, ao logo de 3 anos lectivos, que representam cerca de 27 meses e tem uma duração global de 1.105 horas, isto é, uma média de cerca de 40 horas por mês. As escolas incentivam os candidatos à frequência do Curso de Monitor a apresentarem um cavalo seu, com um mínimo de 5 anos, iniciado no ensino e nos saltos, contudo muitos não dispõem de condições financeiras para responder a essa solicitação pelo que acabam por utilizar um cavalo da própria instituição, para além dos cavalos de instrução corrente (ginástica) b) Cadeiras e sua distribuição horária por anos

CADEIRAS 1º ANO 2º ANO 3º ANO SOMAS Teoria equestre, pedagógica e de maneio 30 h 30 h 30 h 90 h Equitação Prática e Prática Pedagógica 270 h 270 h 270 h 810 h

Hipologia 60 h 60 h 60 h 180 h Organização de provas hípicas - 10 h 15 h 25 h

TOTAIS 360 h 370 h 375 h 1.105 h Nota: O Maneio prático não está quantificado, mas resulta sempre da utilização dos cavalos Também não estão quantificadas neste quadro as horas para a realização dos exames de Sela 4, bem como para o exame final, mas que totalizam normalmente cerca de 16 horas. c) Conteúdo programático das cadeiras (*) (*) Precisamente igual ao do Curso de Ajudantes de Monitor 1) Teoria de Equitação Colocação em Sela: Posição Normal e posição à frente; Princípios orientadores e pontos importantes Teoria de Equitação– Doutrina, princípios, conceitos e métodos Características do cavalo bem trabalhado; Bases psicológicas do ensino Domesticação e desbaste; Estudo das Ajudas; Estudo dos andamentos naturais; O trabalho ginástico do cavalo; o trabalho em círculo; as transições, o equilíbrio; Movimentos laterais – Definição, quadro de ajudas e vantagens ginásticas; Teoria de obstáculos; As provas de Ensino; graus e níveis de dificuldade; critérios de apreciação; O CCE; constituição e fases da prova; noções sobre o Regulamento; Regulamentos desportivos e sanitários (FEP e FEI); Gestão de espaços equestres - Noções elementares; Noções de primeiros socorros humanos; Introdução à equitação terapêutica; Pedagogia equestre – Princípios, regras e métodos; preparação e condução da lição; Programa Oficial de Praticantes - Selas Regras de segurança; Toda a matéria exigida para o Ajudante de Monitor.

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2) Equitação Prática • Educação do Cavaleiro Colocação em sela: Posição normal Volteio com cilhão e com arreio Ginástica (G1) Posição à frente - Ginástica (G2) Ensino da utilização das ajudas naturais Figuras de picadeiro Transições Ensino, prática e aperfeiçoamento do “acordo de Ajudas” Os trabalhos laterais Rotações Cedência à perna Espádua a dentro Os trabalhos próprios do galope Saídas a galope Endireitar no galope – Espádua à frente O galope ao revés A passagem de mão simples e no ar Salto de obstáculos Técnica sobre o salto isolado Introdução à regulação da batida Condução em percurso de obstáculos • Educação do Cavaleiro através do ensino do Cavalo Ensino de base – Método de trabalho – Desenvolvimento do Ritmo, da Flexibilidade, do Contacto, da

Impulsão e da Rectitude, através das figuras e exercícios indicados na Educação do Cavaleiro

Ensino do cavalo de obstáculos Trabalho no plano Trabalho ginástico s/varas e cavaletes O salto isolado Os compostos e as interdependências As várias trajectórias Trabalho no exterior e prática de saltos de campo – introdução ao CCE Prática Pedagógica Lições de colocação em sela Lições de Ensino de Base Lições de obstáculos

• Provas de Ensino e de Obstáculos – Prática através da participação em “Poules” de treino e Provas oficiais

3) Hipologia Introdução à Hipologia I

Definições: Zootecnia, beleza, defeitos, taras, vícios, etc. Regiões Higiene e maneio Raças Pelagens Resenho

Introdução à Hipologia II Aprumos Atitudes / Proporções Conformação / Aptidão Dentição Esqueleto

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Musculatura Tendões e Ligamentos Anatomia do casco e ferração Fisiologia Aparelho cardiovascular Aparelho respiratório Aparelho urinário Nutrição Anatomia e fisiologia do aparelho digestivo Nutrientes:

Compostos orgânicos Compostos inorgânicos

Alimentos : cereais, forragens, alimentos combinados, aditivos e suplementos Estimativa das necessidades nutricionais Formulação de rações A arte da nutrição Reprodução

Aparelho reprodutor masculino Aparelho reprodutor feminino Ciclo éstrico da égua – controlo hormonal Diagnóstico da gestação Maneio reprodutivo Gestação e parto Cuidados pré-natais – deveres de um vigilante O poldro neonato poldro do nascimento ao desmame Técnicas de colheita e avaliação de sémen.

Genética e melhoramento Noções básicas de genética Interacção genética e expressão fenotípica Cruzamento e selecção genotípica e fenotípica Genética das pelagens Noção de consanguinidade e hibridismo e seus efeitos Interpretação de árvores genealógicos Melhoramento genético.

Etologia e maneio Maneio geral: cuidados, higiene, instalações e transporte

Noções do funcionamento do sistema nervoso Os órgãos dos sentidos

Comportamento do cavalo Processos de aprendizagem Tipos de aprendizagem Alterações comportamentais

4) Organização de Provas Hípicas Os diversos eventos: Tipo e níveis de provas Características / necessidades de cada tipo de prova Pistas, material, instalações para cavalos e tratadores, aparelhagem sonora, etc Divulgação, relações com a imprensa local Apoio veterinário e siderotécnico Suporte financeiro Calendários (coordenação com a FEP) Comissão Organizadora – Equipa de trabalho Programa provisório Concurso de Saltos de Obstáculos - CSO Júri de terreno – Composição e funções Direcção de Campo

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Director de Campo: funções antes e durante as provas Aspectos e elementos a ponderar Escolha e distribuição das provas Determinação dos horários Pistas e terrenos das provas Pisos Localização das portas, campos de aquecimento, tribunas para o público e para os concorrentes Percursos nocturnos Obstáculos Material diverso Enquadramento Varas, barras, cancelas, sebes, suportes Obstáculos especiais Obstáculos fixos Sistemas de cronometragem

Concepção de percursos Objectivos Factores de decisão Género de provas Provas tipo Provas especiais Qualidade dos conjuntos inscritos Condições do terreno Os meios de execução Os obstáculos Tipo e colocação Os compostos e as interdependências Os traçados – métodos Concurso de Ensino – CD Pista/s de provas Pista/s de aquecimento Juizes e Comissários Equipa de controlo de resultados Concurso Completo de Equitação - CCE As diversas provas – suas características e peso relativo Pistas e pisos Os obstáculos de campo – sua construção Juizes, Comissários e Pessoal Auxiliar Sistemas de cronometragem d) Carga Horária por Tipos de Formação

CADEIRAS T PS P Somas Teoria de Equitação 115 h 5 h - 120 h Equitação Prática - - 450 h 450 h

Introdução à Pedagogia 4 h - - 4 h Prática Pedagógica - - 192 h 192 h

Hipologia 150 h 10 h 20 h 180 h Maneio 10 h 20 h 105 h 135 h Exames 4 h 2 h 18 h 24 h SOMAS 283 h 37 h 785 h 1.105 h