capitulo iii - análise da viabilidade

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1 3.2.1 Métodos Empíricos 3.2.1.1 Taxa de Rendibilidade Média (TRM) 3.2.1.2 Período de Recuperação do Capital Investido (PRI ou Pay-Back) 3.2.2 Métodos Científicos 3.2.2.1 Actualização dos Cash-Flows 3.2.2.2 Período de Recuperação do Capital Investido (PRI ou Pay-Back) 3.2.2.3 Valor Actual Líquido (VAL) 3.2.2.4 Taxa Interna de Rendibilidade (TIR) 3.2.2.5 Índice de Rendibilidade do Projecto (IRP) 3.2 – Análise da Viabilidade 3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

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Análise de viabilidade

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Page 1: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

1

3.2.1 Métodos Empíricos3.2.1.1 Taxa de Rendibilidade Média (TRM)3.2.1.2 Período de Recuperação do Capital Investido (PRI ou Pay-Back)

3.2.2 Métodos Científicos3.2.2.1 Actualização dos Cash-Flows3.2.2.2 Período de Recuperação do Capital Investido (PRI ou Pay-Back)3.2.2.3 Valor Actual Líquido (VAL)3.2.2.4 Taxa Interna de Rendibilidade (TIR)3.2.2.5 Índice de Rendibilidade do Projecto (IRP)

3.2 – Análise da Viabilidade

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

Page 2: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

2

3.2.1 Métodos Empíricos

- Não recorrem à actualização;

- Têm por base a utilização de indicadores contabilísticos.

3.2.2 Métodos Científicos3.2.2 Métodos Científicos

- Têm em consideração o Têm em consideração o factor tempo, factor tempo, procedendo à procedendo à actualização dos fluxos actualização dos fluxos financeiros.financeiros.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2 – Análise da Viabilidade

Page 3: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

3

A TRM representa a taxa de remuneração que resulta da relação entre a média dos resultados originados pelo projecto e o valor do investimento.

Fórmula:

TRM = Média dos Resultados Líquidos * 100 Investimento

Média dos Resultados Líquidos = Resultados Líquidos n.º de anos

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.1 – Taxa de Rendibilidade Média

Page 4: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Critério de Rejeição: Qualquer projecto cuja TRM seja inferior à taxa objectivo fixada pela empresa é rejeitado.

Critério de Aceitação: Qualquer projecto cuja TRM seja superior à taxa objectivo fixada pela empresa é aceite. Entre dois projectos é preferível o projecto que apresenta uma TRM mais elevada.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.1 – Taxa de Rendibilidade Média

Page 5: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

5

Desvantagens:

- Não tem em consideração o valor temporal do dinheiro (não utiliza a actualização);

- É calculado com base em valores contabilísticos.

Este indicador apenas deve ser utilizado:1. Em conjunto com outros indicadores;2. No estudo de investimentos de valor reduzido;3. Na comparação entre investimentos com tempo de vida e

com distribuição de rendimentos comparáveis entre si.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.1 – Taxa de Rendibilidade Média

Page 6: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

6

O PRI ou Payback - corresponde ao período de tempo necessário para que as receitas líquidas (cash-flows) igualem o investimento efectuado.

Payback = T Cash-Flows = 0

T - Tempo

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Page 7: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

7

Critério de Rejeição: Qualquer projecto cujo Payback seja superior ao período fixado pela empresa é rejeitado.

Critério de Aceitação: Qualquer projecto cujo Payback seja inferior ao período objectivo da empresa é aceite. Entre dois projectos, com o mesmo tempo de vida, é preferível o projecto com um Payback mais curto.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Page 8: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

8

Exemplo:

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Ano CF Líquido

Cf Líquido

Acumulado

0 -100.000 -100.000

1 20.000 -80.000

2 40.000 -40.000

3 80.000 40.000

4 100.000 140.000

Page 9: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

9

Payback: 2 anos, x meses e x dias

Cálculo dos meses:

No ano 2: Falta recuperar 40.000Cash-Flow mensal 80.000/12 = 6.667

40.000/6.667 = 6

Pay-Back: 2 anos e 6 meses

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Page 10: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

10

Vantagens:

- Critério de fácil compreensão e de simples aplicação;- Critério adequado à avaliação de projectos com um ciclo

de vida curto;- Critério complementar, por si só não se deve utilizar.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Page 11: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.1.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Desvantagens:

- Não atende aos fluxos de caixa posteriores ao período de recuperação;

- Critério não adequado à avaliação de projectos de longa duração;

- Não existe no mercado nenhum período de referência;- Um Payback que não utiliza os Cash-Flows

actualizados serve apenas para fazer uma triagem entre vários projectos que a empresa tem.

Page 12: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

12

3.2.1 Métodos Empíricos3.2.1 Métodos Empíricos

- Não recorrem à Não recorrem à actualização;actualização;

- Têm por base a Têm por base a utilização de indicadores utilização de indicadores contabilísticos.contabilísticos.

3.2.2 Métodos Científicos

- Têm em consideração o factor tempo, procedendo à actualização dos fluxos financeiros.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2 – Análise da Viabilidade

Page 13: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

13

O PRI ou Payback - corresponde ao período de tempo necessário para que as receitas líquidas (cash-flows) igualem o investimento efectuado.

Payback = T Cash-Flows Actualizados = 0

T - Tempo

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Page 14: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Ano CF Líquido

CF Líquido

Tx Act. 10%

CF Líq. Act.

Acumulado

0 -100.000 -100.000 -100.000

1 20.000 18.182 -81.818

2 40.000 33.058 -48.760

3 80.000 60.105 11.345

4 100.000 68.301 79.646

Exemplo:

Page 15: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Pay-Back: 2 anos, x meses e x dias

Cálculo dos meses:

No ano 2: Falta recuperar 48.760Cash- Flow mensal 60.105/12 = 5.009

48.760/5.009 = 9,73

Cálculo dos dias:

(9,73 – 9) * 30 = 22

Pay-Back: 2 anos, 9 meses e 22 dias

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.2 – Período de Recuperação do Capital Investido

Page 16: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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O VAL corresponde à diferença entre o somatório dos Cash-Flows de Exploração e os Cash-Flows de Investimento, actualizados à taxa de actualização previamente fixada.

Fórmula:

VAL = CF Exploração - CF Investimento (1 + i)n (1 + i)n

VAL = Cash - Flow Líquido (1 + i)n

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.3 – Valor Actual Líquido

Page 17: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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HIPÓTESES:

- VAL > 0 – O projecto consegue reembolsar e remunerar o capital investido e ainda gerar um excedente monetário para a empresa.

- VAL = 0 – O projecto permite reembolsar e remunerar o capital investido, mas não gera qualquer excedente monetário para a empresa.

- VAL < 0 – O projecto não consegue reembolsar e/ou remunerar o capital investido.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.3 – Valor Actual Líquido

Page 18: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Critério de Rejeição: Qualquer projecto cujo VAL seja negativo é rejeitado.

Critério de Aceitação: Qualquer projecto cujo VAL seja positivo é aceite. Entre dois projectos é preferível o projecto com o VAL superior.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.3 – Valor Actual Líquido

Page 19: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

19

Exemplo: Taxa de actualização = 10%.

VAL = 79.646

3.2.2.3 – Valor Actual Líquido

Anos Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

CF Líquido

-100.000 20.000 40.000 80.000 100.000

CF Líquido Actual.

-100.000 18.182 33.058 60.105 68.301

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

Page 20: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Vantagens:

- Método universal;

- Trabalha com fluxos de caixa e não com dados contabilísticos;

- Trabalha com toda a série de Cash-Flows;

- Permite a aditividade:

VAL (A + B) = VAL (A) + VAL (B)

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.3 – Valor Actual Líquido

Page 21: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Desvantagens:

- É sensível à taxa de actualização;- Não tem em consideração a solvabilidade de um

projecto;- Deve-se recorrer também a outros métodos de avaliação

para comparar projectos com vida útil diferente.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.3 – Valor Actual Líquido

Page 22: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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A TIR é a taxa que torna o VAL nulo, ou seja, a taxa que simplesmente permite reembolsar e remunerar o Capital Investido.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

0)1(

...)1()1(

VAL2

21

10

nn

TIR

C

TIR

C

TIR

CC

Page 23: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

23

Graficamente:

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

TIR

VAL

Taxa de Actualização

0

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

Page 24: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

24

Fórmula:

TIR = i1 + (i2 – i1) * VAL1 |VAL1| + |VAL2|sendo:

i1 – taxa para a qual o VAL é positivoi2 – taxa para a qual o VAL é negativoVAL1 – VAL positivoVal 2 – VAL negativo

A TIR é calculada por interpolação linear.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

Page 25: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Critério de Rejeição: Qualquer projecto cuja TIR seja inferior ao custo de oportunidade do capital (taxa de referência) é rejeitado.

Critério de Aceitação: Qualquer projecto cuja TIR seja superior ao custo de oportunidade do capital é aceite. Entre dois projectos é preferível o projecto com a TIR superior.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

Page 26: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

26

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

Ano CF Líquido

CF Líquido

Tx Act. 10%

Cf Líquido

Tx Act. 35%

0 -100.000 -100.000 -100.000

1 20.000 18.182 14.815

2 40.000 33.058 21.948

3 80.000 60.105 32.515

4 100.000 68.301 30.107

VAL 79.646 -615

Exemplo:

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

Page 27: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

27

Taxa VAL10% 79.646TIR 035% -615

(-615 – 79.646) (0,35 – 0,1)(0 – 79.646) (TIR – 0,1)

(TIR - 0,1) * (-80.261) = (-79.646) * (0,25)

TIR = -79.646 * 0,25 + 0,1 = 0,348 34,8% -80.261

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

Page 28: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

28

Aplicando directamente a fórmula:

TIR = 0,1 + (0,35 – 0,1) * 79.646

|79.646| + |-615|

TIR = 0,348 34,8%

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

Page 29: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

29

Vantagens:

- Critério normalmente utilizado quando entre vários projectos de investimento estes apresentam diferentes níveis de vida;

- Na maioria dos casos leva às mesmas conclusões que o VAL.

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

Page 30: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

30

Desvantagens:

- Não mostra o valor criado;- Não se consegue calcular se pretendermos variar o

custo de oportunidade do capital ao longo da vida útil do projecto;

- Podemos obter múltiplas TIR se existir mais do que uma inversão do sinal dos Cash-Flows.

3.2.2.4 – Taxa Interna de Rendibilidade

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

Page 31: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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O IR corresponde ao retorno por cada unidade de capital investida.

Fórmula:

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.5 – Índice de Rendibilidade do Projecto

n

0tt

n

0tt

i)(1

Fixo Capital em toInvestimeni)(1

Fixo Capital em toInvestimenlíquido FlowCash

IRP

Page 32: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Critério de Rejeição: Qualquer projecto cujo IR seja inferior a um é rejeitado.

Critério de Aceitação: Qualquer projecto cujo IR seja superior a um é aceite. Entre dois projectos é preferível o projecto com um IR mais elevado.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.5 – Índice de Rendibilidade do Projecto

Page 33: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.5 – Índice de Rendibilidade do Projecto

Anos Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4

CF Inv.

Actual.

100.000

CF Expl. Actual.

18.182 33.058 60.105 68.301

IR = 179.646 = 1,796

100.000

Exemplo:

Page 34: Capitulo III - Análise Da Viabilidade

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Vantagens:

- Geralmente conduz às mesmas conclusões que o VAL;

- Método bastante utilizado para avaliar projectos com diferentes valores de investimento.

3º CAPÍTULO – Critérios de Escolha do Ponto de Vista da Empresa

3.2.2.5 – Índice de Rendibilidade do Projecto