capítulo ii –relaxações em polímerosgppol.iqm.unicamp.br/fisica de polimeros2009/cap ii -...

58
1 Capítulo II – Relaxações em Polímeros Relaxações Mudanças conformacionais 1 1. características da estrutura química 2. ângulo e comprimento de ligação 3. Interações intra e intermoleculares Fatôres que determinam a flexibilidade das macromoléculas Termodinâmicos: “flexibilidade termodinâmica” = f(U,T) Cinéticos: “flexibilidade cinética” = f(E, T, massa molar) ϕ U ΔU ΔE Fatôres que determinam as diferenças de energia (U) entre os confôrmeros 2

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1

Capítulo II – Relaxações em Polímeros

Relaxações Mudanças conformacionais

1

1. características da estrutura química

2. ângulo e comprimento de ligação

3. Interações intra e intermoleculares

Fatôres que determinam a flexibilidade das macromoléculas

• Termodinâmicos:

“flexibilidade termodinâmica” = f(����U,T)

• Cinéticos:

“flexibilidade cinética” = f(����E, T, massa molar)

ϕ

U

∆U

∆E

Fatôres que determinam as diferenças de energia (����U) entre os confôrmeros

2

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2

Relaxações.....Relaxações.....

• O termo relaxação descreve processos através dos quais o equilíbrio é

estabelecido.

• A velocidade com que as relaxações ocorrem depende da probabilidade

W de que a transição ocorrá:

Lei de Boltzmann: W = Wo e -����E/RT

����E= barreira de rotacional (energia de ativação)

O inverso da probabilidade de relaxação W é o tempo de relaxação ττττ:

ττττ = ττττ o e ����E/RT

T

τ W

Tempos de relaxação:

• Líquido: 10-10 s

• Borrachas: 10-6 a 10-1 s

3

I. Relaxação de Tensão e Fluência

I.1. Comportamento mecânico de polímeros

Elástico

t

ε

0

t

ε

0

t

σ

t

σ

t

ε

0

t

σ

Viscoso Viscoelástico

Lei de Hooke:σ = E . ε

Lei de Newton:σ = η dV/dy

σ = E . ε + η dV/dy

4

V = velocidade

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3

F

AS

F

F

F

F F F

tração

flexão

cisalhamentocompressão

Arranjos experimentais para a realização de ensaios mecânicos

I.2 Ensaios mecânicos

Princípio: aplicação de uma tensão ou deformação com monitoramento da

deformação ou tensão resultantes, respectivamente.

5

t

σ

t

ε

0

εεεε = constante σ = σ = σ = σ = f (T,t)

Módulo E = σσσσ(t) / εεεε

σ

Log t

a) Relaxação de tensão

6

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4

b) Fluência

σ

t

ε

0

t

ε = f (T,t)σ = σ = σ = σ = constante

Compliança J = εεεε (t) / σσσσ

ε

Log t

7

Tempo/Temperatura

módulovítreo

viscoelástico

elástico

Tempo/Temperatura

compliança

vítreo

viscoelástico

elástico

fluído

fluído

Comportamento do módulo “E” e da compliança “J” com o tempo

e com a temperatura

8

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5

FLUÊNCIA RELAXAÇÃO DE TENSÃOMODULO

(Pa)

TENSÃO

TEMPERATURA

TEMPO

109

108

107

106

105

109

108

107

106

105

EL

ON

GA

ÇÃ

O

TEMPERATURA

TEMPO

MO

DU

LO

(Pa)

9

c) Ensaio tensão-deformação

tensão

ou

deform

ação

tempo

tensão

deformação

tensão

deformação

• duro e quebradiço

• duro e tenaz

• mole e tenaz

• mole e fraco

10

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6

η

EFEITO DA TEMPERATURA

ACETATO DE CELULOSE

5 OC

20 OC

30 OC

40 OC

50 OC

60 OC

POLI(METACRILATO DE METILA)

11

TEMPO+

-

o

ε

o

ε

o

ε

o

d) Ensaios dinâmico-mecânico

12

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7

δ = 0

0

0

tempo

tempo

Ten

são

De

form

ação

COMPORTAMENTO ELÁSTICO

13

0

0

tempo

tempo

δ = 90o

Ten

o

D

efo

rma

çã

o

COMPORTAMENTO VISCOSO

14

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8

COMPORTAMENTO VISCOELÁSTICO

0o < δδδδ < 90o

15

ε = εε = εε = εε = εοοοο sen (ωωωωt)

MATERIAL ELÁSTICO: δ = 0o

MATERIAL VISCOSO: δ = 90o

MATERIAL VISCOELÁSTICO: 0o < δ < 90o

δ

σσσσ

εεεε

tempo

tempo

ω = FREQUÊNCIA

δ = ÂNGULO DE DEFASAGEM

σ = σσ = σσ = σσ = σοοοο sen (ωωωωt + δδδδ)

16

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9

ωωωω = FREQUÊNCIA

δ = ÂNGULO DE DEFASAGEM

εO = AMPLITUDE DA DEFORMAÇÃO

ε = DEFORMAÇÃO EM FUNÇÃO DO TEMPO

σσσσO = AMPLITUDE DA TENSÃO

σσσσ = TENSÃO EM FUNÇÃO DO TEMPO

PARÂMETROS DINÂMICO-MECÂNICOS

SOLICITAÇÃO MECÂNICA

RESPOSTA

( )wtseno εε =

( )

( ) ( ) ( ) ( )wtsenwtsen

wtsen

oo

o

coscos

δσδσσ

δσσ

+=

+=

17

DEFINIÇÕES :

MÓDULO DE ARMAZENAMENTO: E’ OU G’

( )wtseno εε =

( ) ( ) ( ) ( )wtsenwtsen oo coscos δσδσσ +=

( )o

oEε

δσ cos´= ( )

o

oGε

δσ cos´=

18

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10

MÓDULO DE PERDA: E” OU G”

( )wtseno εε =

( ) ( ) ( ) ( )wtsenwtsen oo coscos δσδσσ +=

( )o

osenE

εδσ

=´( )

o

osenG

εδσ

19

FATOR DE PERDA'

"tanE

E=δ

E’

E”

δ

20

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11

Armazenamento e dissipação de energia mecânica

21

Temperatura →→→→

E’/G’

E”/G”

Tan δδδδ

←←←← Frequência

22

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12

COWIE, J.M.G., POLYMERS: CHEMISTRY & PHYSICS OF MODERN MATERIALS, 2A EDITION,

BLACKIE ACADEMIC & PROFESSIONAL, GLASGOW, 1991P. 275

MATERIAL E (GPA) G GPA)

AÇO 220 85,9

COBRE 120 44,4

VIDRO 60 24,4

GRANITO 30 15,5

POLIESTIRENO 34 12,8

POLIETILENO 24 8,7

BORRACHA NATURAL 0,02 0,0067

COMPARAÇÃO ENTRE AS PROPRIEDADES MECÂNICAS

A 25 OC PARA DIFERENTES MATERIAIS

23

I.3 Tensão e Deformação

Tensão

Tensões que atuam em um elemento de volume:

P1 : σxx, σxy, σxz

P2 : σyx, σyy, σyz

P3 : σzx, σzy, σzz

σAB

Se o torque = 0 ⇔ σxy, = σyx σxz = σzx σyz = σzy, então

A tensão é descrita por 6 parâmetros independentes:

• 3 componentes de tensão normal: σxx, σyy, σzz

• 3 componentes de cisalhamento: σxy σyz σzx

direção normal ao plano

sobre o qual atua a tensão

direção da tensão

=

zzzyzy

yzyyyx

xzxyxx

ij

σσσσσσ

σσσ

σTensor tensão:

z

y

x

P3

P1

P2 σzx

σyxσxx

σzy

σzz

σyyσxy

σxz

σyz

24

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13

Deformação

Deslocamento de um ponto em relação a outro:

P1 (x,y,z)

P1’ ( x+u, y+v, z+w)

P2 (x+dx, y+dy, z+dz)

P2’( x+dx+u+du, y+dy+v+dv,

z+dz+w+dw)

Deslocamento relativo du, dv e dw:

x,y e z = sistema cartesiano adotado para o estado não deformado

u,v e w = sistema cartesiano paralelo ao (x,y,z) adotado para o estado deformado

25

dz dy dx x

w

dz dy v

dx x

v

dz u

dy u

dx x

u

z

w

y

wdw

z

v

ydv

zydu

∂+

∂+

∂=

∂+

∂+

∂=

∂+

∂+

∂=

Agrupamento das nove componentes da deformação:

y - 2 - 2

z - 2

e w

e z

w

e

z

w e e

x

u e

zyx

xyzxyz

zzyyxx

∂=

∂=

∂=

∂+

∂=

∂+

∂=

∂+

∂=

∂∂

=∂∂

=∂∂

=

u

x

v

x

w

z

uv

y

w

y

v

x

u

xz

uv

y

y

v

ωωω

Componentes de deformação ao longo dos eixos x, y e z

Componentes de cisalhamento nos planos xy, yz, zx

Para deformações infinitesimais dx, dy e dz:

Componentes de rotação do corpo rígido

26

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14

∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

+∂∂

∂∂

=

z

w

y

w

z

v

z

u

x

w

y

w

z

v

y

y

y

u

x

v

z

u

x

w

y

u

x

v

x

u

2

1

2

1

21

2

1

2

1

2

1

ijε

=

zzzyzx

yzyyyx

xzxyxx

ij

εεε

εεε

εεε

ε

∂+

∂=

i

j

j

iij

x

u

x

u

2

1 ε com z x;y x; x x 3 2 1 ===

w u ; v u ;u u 321 ===

=

zzzy21

zx21

yz21

yyyx21

xz21

xy21

xx

ij

eee

eee

eee

ε

Tensor deformação:

Tensor deformação:

Definindo:3ou 2 1, j i, =

27

Generalização da lei de Hooke

Estabelecimento de relação linear entre tensão e deformação:

σσσσxx = a εεεεxx + b εεεεyy + c εεεεzz + d εεεεxz + ....etc.

εεεεxx = a´ σσσσxx + b´ σσσσyy + c ´σσσσzz + d ´σσσσxz + ....etc.

onde a, b, c, ... a´, b´, c´..... são constantes

σσσσij = cijkl εεεεkl

εεεε ij = sijkl σσσσkl

• cijkl está relacionado ao módulo

• sijkl está relacionado a compliança

Convenções:

� i, j, k, l = 1, 2, 3

� x = 1, y = 2, z = 3

� tensão e deformação ⇒ x, y, z

� módulo e compliança ⇒ 1, 2, 3

28

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15

Nomeclatura abreviada: σσσσp = cpq εεεεq

εεεε p = spq σσσσq,

onde p e q assumem valores 1, 2, .... 6.

11 ⇒⇒⇒⇒ 1; 22 ⇒⇒⇒⇒ 2; 33 ⇒⇒⇒⇒ 3; 23 ⇒⇒⇒⇒ 4; 13 ⇒⇒⇒⇒ 5; 12 ⇒⇒⇒⇒ 6

σσσσxx = c11 exx + c12 eyy + c13 ezz + c14 exz + c15 eyz + c16 exy

zzzy21

zx21

yz21

yyyx21

xz21

xy21

xx

eee

eee

eee

zzzyzy

yzyyyx

xzxyxx

σσσ

σσσ

σσσ= matrix (6 X 6) .

29

=

665646362616

565545352515

464544352414

363534332313

262524232212

151514131211

pq

cccccc

cccccc

cccccc

cccccc

cccccc

cccccc

c

=

665646362616

565545352515

464544352414

363534332313

262524232212

151514131211

pq

ssssss

ssssss

ssssss

ssssss

ssssss

ssssss

s

Matrizes que descrevem as relações entre a tensão e a deformação

de um sólido e parâmetros mecânicos

30

Parâmetros mecânicos

Módulo de Young: E = 1 / s11

Razão de Poisson: νννν = - s12 / s11

Módulo de cisalhamento: G = 1/2 (s11 -s12)

Módulo “Bulk”: B = 1/ 3(s11 + 2s12)

Relações entre E, G, B e νννν

E = 2 ( 1 + ν ) G

B = E / 3 (1 - 2ν)

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16

31

Lei de Newton

x

y

vx

y

V

∂=ησ

∂∂

+∂∂

=y

xV

x

Vy

xy ησt

V ∂∂= u x t

v Vy ∂∂=

t

xy

∂∂

=xye

ησ

x

v

y

u

t

t

v

x

t

u

y xy

∂∂

+

∂∂

∂∂

=

=

∂∂

∂∂

+

∂∂

∂∂

=

η

ησ

u e v são os deslocamentos nas direções x e y.

Gradiente de velocidade na direção y

Para o gradiente de velocidade no plano xy:

II. Comportamento Viscoelástico

Equação constitutiva: t

G xy

∂∂

+=xy

xye

e ησ

II.1. Princípio de Superposição de Boltzmann

o O comportamento de fluência é função da solicitação

mecânica total (carga a que o material é submetido).

o A adição de cargas resulta em contribuições independentes

para a fluência, de forma que a deformação total pode ser uma

simples adição de contribuições individuais

32

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17

tempoτ3τ2

∆σ1

τ1

∆σ2

∆σ3

0

ten

od

efo

rma

çã

o

εεεε (t) = ∆σ∆σ∆σ∆σ1 J ( t - ττττ1 ) + ∆σ∆σ∆σ∆σ2 J ( t - ττττ2 ) + ...

∫ ∞−= (t) d ) - t ( J (t) στε

t

ττ

στ

σε d

t

G ∫ ∂∂

∞−+=

(t) ) - t ( J (t)

Contribuição elástica Contribuição viscosa

Equação de Duhamel

33

Ensaios de fluência / recuperação

ε

0

t

σ

recuperação

τ1τ0

σo

Recuperação:

εεεε (ττττ1) - εεεε (t) = σσσσ0 J ( t - ττττ1 )

εεεε (ττττ1) = σσσσ0 J (ττττ1 - ττττ0 )

εεεε (t) = σσσσ0 J (ττττ1 - ττττ0 ) - σσσσ0 J ( t - ττττ1 )

ττττ0 →→→→ ττττ1

ττττ1 →→→→ t

Relaxação de tensão

ττ

ετεσ d

t∫ ∂

∂∞−

+=(t)

) - t (G G (t)

34

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18

t

ε

0

t

σ

COMPORTAMENTO ELÁSTICO

LEI DE HOOKE

ε=σ E

MODELO MECÂNICO

kxF =

II.2 Modelos Mecânicos

• Todos os modelos mecânicos para descrever o comportamento

mecânico de polímeros e, consequentemente, as relaxações são

baseados nos elementos: mola e amortecedor.

35

COMPORTAMENTO VISCOSO

ε

0

t

MODELO MECÂNICO

LEI DE NEWTON

t∂∂

ησ

36

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19

t

ε

0

t

σ

COMPORTAMENTO VISCOELÁSTICO

MODELO MECÂNICO

tE

∂∂

+=ε

ηεσ

EQUAÇÃO CONSTITUTIVA

37

II.2.1 Modelo de Maxwell

� Mola com módulo Em e amortecedor com viscosidade ηηηηm

montados em série

σσσσ1 , ε, ε, ε, ε1 , , , , Em

σσσσ2 , ε, ε, ε, ε2 , η, η, η, ηm

38

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20

E

1

dt

d

dt

d 2 1

m

1 2

mdt

d

ησσεε

+⋅=+

Somando (1) e (2)

Para um sistema em série:

ε = ε1 + ε2

σ = σ1 = σ2

E 1

m 1 εσ ⋅= dt

d 2

m 2

εησ ⋅=

Mola... Amortecedor....

dt

d E

1m

1 εσ⋅=

dt

d

dt

d

E

1 1 1

m

εσ=⋅

dt

d⇒⇒⇒⇒ (1)(2)

E

1

dt

d

m

mdt

d

ησσε

+⋅=

dt

d

2

m

2 εησ

=

39

Aplicação do modelo de Maxwell

Ensaio de relaxação de tensão

0 dt

d

=

ε

0

E

1

m

=+⋅mdt

d

ησσ

E

1

dt

d

m

mdt

d

ησσε

+⋅=

dt

E- m

m

d

ησσ

=

∫∫ =t

0

m dt

E-

o m

d

ησσσ

σ

= t

E- exp

m

mo

ησσ

Onde o tempo de relaxação:ττττ = ηηηηm / Em

= t-

exp o

τσσ

40

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21

τ

tempo

0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0

σ /

σo

0,4

0,2

0,6

0,8

1,0

Log t

τ

σ /

σo

0,4

0,2

0,6

0,8

1,0

0,01 100,1 1

Ensaios de relaxação de tensão

41

Ensaios de fluência

m

m

E

1

dt

d

ησσε

+⋅=dt

d

0

=dt

m

dt

d

ησε

=

Limitações do modelo de Maxwell

• Relaxação de tensão: a tensão não cai necessariamente a zero,

como previsto pelo modelo.

• Fluência: modelo só descreve fluxo newtoniano.

42

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22

II.2.2 Modelo de Kelvin ou Voigt

Mola com módulo Ev e amortecedor com viscosidade ηηηηv montados em paralelo

σσσσ1 , ε, ε, ε, ε1 , , , , Ev σσσσ2 , ε, ε, ε, ε2 , η, η, η, ηv

Mola... Amortecedor....

1v 1 E εσ ⋅=dt

d

2

2

εησ ⋅= v

Para um sistema em paralelo: εεεε = ε= ε= ε= ε1111 = ε= ε= ε= ε2222

σ = σσ = σσ = σσ = σ1111 + σ+ σ+ σ+ σ2222dt

d E

v

εηεσ ⋅+⋅= v

43

dt

d E

v v

εηεσ ⋅+⋅=Aplicação do modelo de Kelvin-Voigt

Ensaios de fluência

σσσσ é constante, portanto, integrando:

= to

v

v

v

E- exp- 1

E

ησ

ε

Onde o tempo de retardamento:

τ = ηv/ Ev

Em ensaios de recuperação: σσσσ = 0

0 dt

d E

v v =⋅+⋅

εηε

='

t- exp o

τεεIntegrando:

44

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23

Ensaio de relaxação de tensão

0 dt

d

=

ε

v E εσ ⋅=

Limitações do modelo de Kelvin-Voigt

• Relaxação de tensão: modelo só descreve o comportamento

hookiano.

• Fluência: a recuperação não é total como prevê o modelo.

dt

d E

v v

εηεσ ⋅+⋅=

45

A

II.2.3 Modelo do sólido linear padrão - Zener

AA E εσ ⋅=

B

B

BB

dt

d

E

1

dt

d

B

ησσε

+⋅=

Modelo de Maxwell

dt

d

E

-

dt

d B

B

B

B B

σηεησ ⋅⋅=

εεεεA = εεεεB

= εεεε

σσσσ = σσσσa + σσσσb

AA d E εσ ⋅=d

ηηηηB

EBEA

BA

2

1

( )dt

d

dt

d E E E AB A

στσ

ετε +=+⋅ +

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

Combinado (1), (2), (3), (4) e (5):

46

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24

II.2.4 Modelo dos quatro elementos

EB

EA

ηηηηB

ηηηηC C

B

A

AA E A

εσ ⋅= dt

E

1

dt

d

A

A Adσε=

Kelvin-Voigt:

dt

d E

B

BBBB

εηεσ ⋅+⋅=

B

B

E

- dt

dB

B

BB εηη

σε⋅=

dt

d

C

CC

ησε

=

dt

d C

CC

εησ =

ε = εΑ + εΒ + εC

σ = σΑ = σΒ = σC

(1)

(2)

(3)(4)

47

Combinado (1), (2), (3) e (4): tCη

στ

σσε

t- exp- 1

E

E

BA

+

+=

No instante t1 a tensão σσσσ é removida:

• Remoção imediata na deformação de σσσσ/εεεε1

• Recuperação ao longo do tempo:

( )t

Cησ

ττσ

ε t-t -

exp t-

exp- 1 E

1

B

+

=

tempo

ε σ/EA

σ t1/ηC

48

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25

tempo

ε

II

I

III

Curva EA ηC EB ηB σ

I 5 x 109 5 x 1011 109 5 x 109 109

II 1011 5 x 1011 109 5 x 109 109

III 5 x 109 5 x 1010 109 5 x 109 109

Outros modelos:

49

II.3. Espectro de Relaxação e Espectro de Retardamento

� Os modelos mecânicos de Maxwell e Kelvin-Voigt descrevemapenas um tempo de relaxação e retardamento,respectivamente.

� Macromoléculas apresentam um grande número derelaxações, para as quais estão associados diferentes temposde relaxação.

� Os tempos de relaxação distribuem-se em várias décadas detempo.

Espectro de relaxação e espectro de retardamento

• Representa a distribuição dostempos de relaxação.

• Fornece informações sobre asconcentrações relativas dasrelaxações

50

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26

II.3.1 Distribuição de tempos de relaxação

A. Aplicando Boltzmann, para a relaxação de tensão tem-se:

ττ

ετεσ d

t∫ ∂

∂∞−

+=(t)

) - t (G G (t)

( )

= t-

exp o

τσσ t

Modelo de Maxwell

( )

= t-

exp E m

τεσ t

t

σt

ε0

( ) ( )

== t-

exp E m

τεσ t

tG

51

Para vários elementos de Maxwell em paralelo.....

( )

Σ=

t- exp E

n

n

n

0 τtG

En = constante da mola

τ n = tempo de relaxação

ττ

ετεσ d

t∫ ∂

∂∞−

+=(t)

) - t (G G (t) Combinando com Boltzmann:

( ) ττ

τεεσ dt∫+=

t- exp f

0 G (t)

F(t) é o espectro de tempos de relaxação

52

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27

( ) )(ln t-

exp H G (t) ττ

τ dG ∫ ∞−

∞+=

Na prática é mais conveniente trabalhar com log t. Portanto, define-se

um novo espectro de relaxação H(t), que fornece as contribuições para a

relaxação de tensão associadas a tempos de relaxação compreendidos

entre ln t e ln t + d(ln t)

� G é a contribuição para a relaxação de tensão com τ →∞

� Η(τ) é o espectro de relaxação

53

Descrição dos polímeros analisados:

(I) Solução diluída de PS em solventeclorado (0,015 g/ml). Tr = 25oC. Cadeiastem mobilidade independente.

(II) PVAc, 10.500 g/Mol, Tr = 75oC.Propriedades viscoelásticas governadas porforças de fricção local.

(III) Poli(metacrilato de octila). M =3.620.000 g/Mol. A maior parte do volumeé ocupado pelo grupo substituinte.

(IV) PS atático, 600.000 g/mol, Tr = 100oC.Propriedades viscoelásticas governadas porforças de fricção local e porentrelaçamentos.

(V) PMMA, Tr = - 22oC. Polímero vítreo

(VI) Borracha natural vulcanizada, Tr =25oC.

(VII) Poliestireno-co-butadieno fracamentereticulado, Tr = 25oC. Mn original =100.000 g/mol. Mc = 23.000 g/Mol (Me =3.000 g/Mol).

(VIII) Polietileno de alta densidade. Tr =20oC. Altamente cristalino.

Módulo

Espectro de Relaxação

54

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28

Módulo G’

Módulo G”

Ensaio dinâmicoEnsaio dinâmico

55

B. Aplicando Boltzmann, para a fluência tem-se:

ττ

στ

σε d

t

G ∫ ∂∂

∞−+=

(t) ) - t ( J (t)

ε

0

t

σ

recuperação

τ1τ0

σo

( )

σε

t- exp- 1

E

v

t

Modelo de Kelvin-Voigt

( ) ( )σ

ε t tJ =

( )

=τt-

exp- 1 E

1 J

v

t

56

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29

Para vários elementos de Kelvin-Voigt em série.....

( )

= Σn

n

0

t- exp- 1

En

1

τσε t

En = constante da mola

τ n = tempo de retardamento

ττ

στεε d

t∫ ∂

∂∞−

+=(t)

) - t ( J (t)

ττ

τσεε dt

∫−∞

+= exp )( f 0

(t)

ττ

τ ndt

J l exp - 1 )L( 0

(t) J ∫

−∞+=

Combinando com Boltzmann:

L(t) é o espectro de tempos de retardamento

57

Compliança J

Espectro de Retardamento

58

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30

Ensaio dinâmicoEnsaio dinâmico--mecânicomecânico

Compliança J’

Compliança J”

59

σ = σσ = σσ = σσ = σοοοο sen (ωωωωt + δδδδ)ε = εε = εε = εε = εοοοο sen (ωωωωt)

σ = σσ = σσ = σσ = σοοοο.cosδ.δ.δ.δ.senωωωωt + σ+ σ+ σ+ σοοοο.senδ.δ.δ.δ.cosωωωωt

Módulo de armazenamento

G’ =(σσσσοοοο / / / / εεεεοοοο)))) . . . . cosδδδδ ....

Módulo de perda

G” = (σσσσοοοο / / / / εεεεο ο ο ο )))) . . . . senδδδδ

Fator de perda

tanδδδδ = G” / G’

Experimentos dinâmicos

� Experimentos alternativos a relaxação de tensão e fluência

σ = εσ = εσ = εσ = εοοοο.G’.senωωωωt + ε+ ε+ ε+ εοοοο.G”....cosωωωωt

δ

G”

G’

G

G = G’+ iG”

60

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31

m

m

E

1

dt

d

ησσε

+⋅=dt

dModelo de Maxwell:

m

m

E η

τ =

dt

d E

m

ετ

στσ =⋅+

dt

d

σ = Gε = (G’+ iG”)ε ⇒ ε = σ / (G’+ iG”)

( ) ( ) ( )G" i G'

ti exp i E ti exp i i exp

o moo

+=+

ωωστωωτσωσ t

i 1

i E G" i G'

m

ωτωτ

+=+

σ = σo exp (iωt) (1)

(2)

Substituindo (1) e (2):

22

22 m

1

E G'

τωτω

+=

22

m

1

E G"

τωτω

+= τω

δ

1 tan =

61

Analogamente, utilizando o modelo de Kelvin-Voigt:

22 v 1

E

1 J"

τωτω

+⋅=

22 v 1

1

E

1 J'

τω+⋅= τωδ tan =

Outra forma de expressar comportamento viscoelástico

Viscosidade dinâmica

η’= G”/ ω η” = G’/ ω � η = η’ + iη”

Viscosidade dinâmica é usada para descrever o comportamento líquidos viscoelásticos

62

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32

Espectro de Relaxação: H(t)

Espectro de Retardamento: L(t)

( ) )(ln t-

exp H G (t) ττ

τ dG ∫ ∞−

∞+=

ττ

τ ndt

J l exp - 1 )L( 0

(t) J ∫

−∞+=

o22

1 l

1

t)L( )(J"

ηωτ

τωωτ

ω ++∞−

∞= ∫ nd τ

τωτ

ω ndJ l 1

)L( )( J'

22∫ +∞−

∞+=

ττω

ωττω nd l

1 )H( )( G"

22∫ +∞−

∞= τ

τωτω

τω ndG l 1

)H( )( G'22

22

∫ +∞−

∞+=

Relaxação de Tensão

Fluência

63

Funções viscoelásticas para o Módulo e para a Compliança

Modelo de Maxwell Modelo de Kelvin-Voigt

64

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33

II.4. Princípio de Superposição Tempo-Temperatura

Experimentalmente observa-se a dependência das propriedades

viscoelásticas com a temperatura e com o tempo ou frequência:

65

A equivalência tempo-temperaturaimplica que o comportamentoviscoelástico a uma dadatemperatura pode ser relacionadopara uma outra temperaturaapenas por um deslocamento naescala de tempo:

Compliança para o poli(metacrilato de n-octila) em função da temperatura e frequência

Log Frequência (Hz)

Log J

” (c

m2

/din

a)

Log J

’ (Pa

-1)

TTo

Log aT

Log frequência

com

plia

nça

66

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34

Curva mestra para o

poli(metacrilato de n-octila)

Log w.aT

Log J

p(c

m2

/din

a)

Temperatura (oC)

Log a

T

Tr = 100oC

Dependência do fator de deslocamento

aT com a temperatura

( )( )r2

r1T

T - T C

T - T C a log

+=

67

Log ω (rad/s)

Lo

g G

’[P

a]

Polibutadieno: isotermas a diferentes temperaturas

68

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35

Log aT log aT aT

(mm) (rad/s) (rad/s)

T1 → T0 0,9 0,24 1,73

T2 → To 0,9 +1,6 0,66 4,55

T3 → T0 2,5 + 1,4 1,03 10,62

T4 → T0 3,9 + 1,85 1,51 32,59

T5 → T0 4,75 + 1,85 2,0 100

Fatôres de deslocamento

69

Curvas Mestra para Polibutadieno

Log (w.aT ) [rad/s]

Lo

g G

’, G

” [P

a]

70

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36

II.5 Cálculo do Espectro de Relaxação e de Retardamento

� A partir do espectro de relaxação e de retardamento é

possível obter facilmente informações sobre várias funções

viscoelásticas

� A recíproca não é verdadeira.

• Condição necessária para o calcúlo algébrico das funções H(ττττ) e L(ττττ):

Descrição analítica de funções viscoelásticas: G’, G”, J’, J”, ...

• Dificuldades: expressar analiticamente as funções viscoelásticasque apresentam inflexões, máximos e mínimos.

• Conseqüência: o cálculo algébrico de H(ττττ) e L(ττττ) normalmenteenvolve o tratamento de dados tabulados.

71

II.5.1 Aproximações e métodos utilizados no cálculo de H(ττττ) eL(ττττ) a partir de funções experimentais

ττ

dln t-

exp H G G(t)-

e ∫+∞

+=

τdln H G G(t)ln t-

e ∫+∞

+=

)( H ln

)(1

t

ττ

≅−=td

tdG

Se 0 )H( lim =∞→

ττ

. Então,

• Espectro de relaxação para t = t

• Primeira aproximação

0

1

t-

exp =τ

Para t < τ

Para t > τ

(1)

72

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37

A. Espectro de relaxação a partir do módulo de relaxação

Método de Ferry e Williams

Considera de H1 (ττττ) é uma função exponencial:

Substituíndo em:

Tem-se:

-m1 kt )(H =τ

ττ

dln t-

exp H G G(t)-

e ∫+∞

+=

ττ

dln t-

exp kt G G(t)-

m-e ∫

+∞

+=

Função gama: dxx-

0

sex 1) s( ∫∞

=+Γ

(m) kt G G(t)-m

e Γ+=τ

ττ

=+Γ=

t

12

1)(m

)(H )(H

73

-m1 kt )(H =τ

tlogm -k log )( H log 1 ⋅=τ

Determinação de m:

Log H

Log t

Utilizando os parâmetros experimentais........

G experimental

)( H ln

)(1

t

ττ

≅−=td

tdG1a aproximação

Cálculo

Cálculo de m

1)(m +ΓEspectro de relaxação correspondente a

região de transição vítrea do PVC.

74

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38

Método de Schwarzl e Stavermann

ττ

dln t-

exp H G G(t)-

e ∫+∞

+= ττ

τ d t-

exp )h( G 0

e ∫+∞

+=

)h( )H( τττ = ττ

τ d 1

ln d =

Onde: Transformada de Laplace

• Se a função G (t) tiver uma descrição analítica exata, então H(t) édeterminado por inversão da transformada de Laplace.

• Devido a dificuldade em se descrever exatamente a função G(t) atransformação de Laplace tem que ser feita a partir de aproximações que

resultam em:

+=

2

2

1

d(lnt)

)(d

dlnt

dG(t)- )(H

tGτ

e

75

B. Espectro de retardamento a partir da Compliança

Método de Ferry e Williams

dlnt

J(t)d -

dlnt

dJ(t) )(

2 t 2

2

ττ

==L

dlogt

]t-dlog[J(t)

t - J(t)

1)(m

1 )L(

o

o

ηη

τ

+Γ=

Método de Schwarzl e Stavermann

m é obtido de log L x log t

76

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39

C. Espectro de relaxação a partir do módulo de armazenamento

Método de Ferry e Williams

Se m < 1 log

'G'A )( H

1/ τωωτ

==

d

dG

/2m

/2 msen A

ππ

=

Se m > 1 log

' - 2G' A' )( H

1/ τωωτ

==

d

dGm/2)- (1

/2 msen A π

π=

Procedimento: pode se utilizar o método iterativo

1. Assume-se A= 1 e determina-se H(ττττ) para ττττ = 1/ωωωω

2. A partir do gráfico H(ττττ) x ωωωω determina-se m

3. Calcula-se o novo espectro de relaxação

4. Calcula-se G’ e compara-se com o experimental.

5. Retorna a (2) até média quadrática do erro < 0,001).

77

Tschoegl

τωωωτ

2 /1

2

2

)d(ln

'd

2

1

dln

dG' )H(

=

+=G

2 /1

2

2

)d(ln

'd

2

1

dln

dG' )H(

τωωωτ

=

−=G

Método Iterativo:

1. Determina-se H(ττττ).

2. A partir de H(ττττ) calcula-se G’(ωωωω) .

3. Determina-se Q(ωωωω) = G”(ωωωω)exp/ G”(ωωωω)calc.

4. Corrige-se H(t) por um fator de Q(ωωωω)/20

5. Retorna a 2 até o erro médio quadrático < 0,001.

Se m < 0

Se m > 0

78

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40

D. Espectro de retardamento a partir de J’

Método de Ferry e Williams

τωωτ

/1 dlog

J' dlog J'A - )L(

=

=

τωωτ

/1 dlog

J' dlog 2 J' A' - )L(

=

+=

Se m < 1

Se m > 1

Tschoegl

2 /

dln

J'd

2

1 -

dln

dJ' )(

2

2

τωω

τ=

=t

L

τωωωτ

2 /1

2

2

)d(ln

'd

2

1

dln

dJ' )L(

=

+−=J

Se m < 0

Se m > 0

79

E. Espectro de relaxação a partir do módulo de perda

• O módulo de perda pode em uma primeira aproximaçãoser tomado como o espectro de relaxação para ττττ = 1/ωωωω

Método de Ferry e Williams

dlog

G" dlog - 1 G" B )H(

/1

⋅=

=τωωτ

m3 m 1

/2 m cos B

+=

πSe m < 1

Se m > 1m3 /m 1

/2 m cos B

+=

π

Tschoegl

Se m < 0

Se m > 0 ( ) dlog

G" dlog - G" /2)H(

3/ /1

⋅=

=τωωπτ

( ) dlog

G" dlog G" /2)H(

3/ /1

+⋅=

=τωωπτ

80

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41

F. Espectro de retardamento a partir de J”

dlog

J" dlog - 1 J" B )L(

/1

=

=τωωτ

Método de Ferry e Williams

Para polímeros lineares:o0

1 )(J" lim ωηωω

=→

Ou seja, J” aumenta indefinidamente. Portanto,

dlog

1 - J" dlog

- 1 1 - J" B )L( /1

o

o

=

=τωωωη

ωητ

81

II.5.2. Interrelações entre os espectros

22

2

-

e tln1-/t

H(t) - G

H L

Hd πτ

+

=

∫∞

22

2

-o

g - t ln /1

L(t) - J

L H

Ldt

πητ

τ+

=

∫∞

• dimensiona as contribuições do

comportamento viscoelástico para o

módulo

• revela detalhes do comportamento

de processos com tempos de relaxação

curto

• dimensiona as contribuições do

comportamento viscoelástico para a

compliança

• revela detalhes do comportamento

de processos com tempos de relaxação

alto

82

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42

II.5.3. Cálculo de funções viscoelásticas a partir de espectros

ττ

τ dln t-

exp )H( G G(t)-

e ∫+∞

+=0 t-exp lim

0=

→ ττ

1 t-exp lim =∞→ ττ

ττω

ωττ ln

1 )( G"

22dH∫

∞− +=

0 1

lim22

=+∞→ τωωτ

τ

0 1

lim220

=+→ τωωτ

τ

ττω

τωτ ln

1 )( G G'

22

22

e dH∫∞

∞− ++=

0 1

lim22

22

0=

+→ τωτω

τ

1 1

lim22

22

=+∞→ τω

τωτ

ττττ →→→→ ∞∞∞∞ ⇒⇒⇒⇒ H(ττττ) →→→→ 0

83

0-

g dln t-

exp - 1)L( J J(t)ητ

ττ

τ +

+= ∫+∞

1 t-exp - 1 lim0

=→ ττ

0 t-exp- 1 lim =∞→ ττ

o22

1 ln

1 )( J"

ωητ

τωωτ

τ ++

= ∫∞

∞−

dL

0 1

lim22

=+∞→ τωωτ

τ

0 1

lim220

=+→ τωωτ

τ

ττω

τ ln 1

1 )( J J'

22g dL∫

∞− ++=

1 1

1 lim

220=

+→ τωτ

0 1

1 lim

22=

+∞→ τωτ

ττττ →→→→ 0 ⇒⇒⇒⇒ L(ττττ) →→→→ 0

84

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43

Parâmetros viscoelásticos determinados a partir do espectro de relaxação:

ττω

τη ln 1

1 )(

22' dHo ∫

∞− += ττη ln ' dHo ∫

∞−

=

ττω

τωτ ln

1 )( G G'

22

22

e dH∫∞

∞− ++= τln G G' e dH∫

∞−

+=

ττω

τ ln 1

1 )( J J'

22g dL∫

∞− ++= τln J J' g dL∫

∞−

+=

Determinação gráfica de

G, G’ e G” para PVAc na

região terminal

ω = 0Viscosidade no estado estacionário

Módulo instantâneo

Compliança no equilíbrio

ττω

ωττ ln

1 )( G"

22dH∫

∞− += o ln G" ηωττω == ∫

∞−

dH

ω = 0

ω = 0

ω = ∞

85

Método de Tschoegl

Polibutadieno: (o) G’(w); ( ����) G”(w), -- curva otimizada

86

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44

II.6 Modelos macromoleculares

Para determinar as propriedades viscoelasticas é necessário:

• Modelo mecânico

• Teoria cinética que relacione o tensor tensão ou deformação

com os modelos mecânicos

Modelo mais simples: alteres

� Duas contas ligadas através de

uma mola: polímeros flexíveis

� Duas contas ligadas através de

uma barra: polímeros “rodlike”

Teorias moleculares foram desenvolvidas inicialmente para soluções diluídas, mas podem ser aplicadas a polímeros puros

fragmentos

87

Macromolécula em solução

novelo

Mudanças conformacionais

Energia térmica

Interação polímero-solvente

Energia mínima relativa entre os confôrmeros

Conformação média

88

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45

• A descrição das conformações pode ser feita estatisticamente:

• Considera-se que a distância entre dois pontos na

macromolécula separados por 50 ou mais unidades repetitivas, ou

seja, o comprimento dos fragmentos, pode ser descrita por uma

distribuição de Gauss, quando em solução em um solvente θθθθ, não

considerando ângulo e comprimento de ligação.

Assim, tem-se: 22o /r C nl=∞

Onde:

� C∞∞∞∞ é a razão característica

� ro2 é a distância média quadrática de ponta a ponta da cadeia

� n é o número de unidades repetitivas

� l é o comprimento da ligação

89

II.6.1 Teoria de Rouse e Zimm

Modelo: conta e mola

Modelo:

• a massa está concentrada nas

contas.

• O coeficiente de fricção está

concentrado sobre as contas e

é definido como:

o

R

1 N

N ςς ⋅

+=

Onde:

N é o grau de polimerização

NR é o número de fragmentos

ζζζζ é o coeficiente de atrito parauma conta e

ζζζζo é o coeficiente de atrito parauma unidade monomérica

90

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46

Variação de energia associada

a diminuição de entropia em

conformações “orientadas”

Distribuição gaussiana para ro2 Distribuição gaussiana para ro2

Interações hidrodinâmica

negligenciáveis

Interações hidrodinâmica

dominante

Teoria de Rouse Teoria de Zimm

Força sobre cada conta = força

hidrodinâmica do solvente, força

associada com movimento Browniano

e a força exercida sobre a mola por

dois fragmentos vizinhos

91

A mobilidade da cadeia é independente de cada segmento

Modelo de Rouse e Zimm....

Representação da mobilidade da macromolécula: (1) p = 1 (translação); p = 2 e p = 3.

92

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47

Tensão externa

Sistema em repouso

Mudanças conformacionais

Movimento coordenado é descrito matematicamente

Energia é armazenada pelo sistema

Energia térmica resulta na recuperação das conformações

de menor energia

Variação favorável de entropia

93

i-1i

I +1

x

y

z

(x1, y1, z1,)

== ∏=

.dzdy dx )z ,y ,(xp ....dzdx Pm

1i

iiiiiiim1m

m1

m

1i

iii2

23

3

....dzdx z y x b-exp b

222

++

= ∑

=

m

π

Probabilidade conformacional para toda a cadeia:

Com:

Onde:

l = comprimento do segmento

m = números de contas

z = n/m = números de ligações entre as contas

22

2zl3 b =

94

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48

Mudança conformacional ∆S

Assumindo energia interna

igual para todas as

conformações: ∆A = -T∆S

Considere:

1. Deslocamento de xi do segmento i da situação de equilíbrio

2. Reestabelecimento de conformações

Força restauradora:

1-i

m

i

m

x

S -

x

ST

+ i

m

1i

m

x

S -

x

ST

Deslocamento de i-1 e i

Deslocamento de i e i+1

∂=

+

1i

m

1-i

m

i

mi

x

S -

x

S -

x

S2T x ς

Equação para o movimento global:

Onde:mPln k =mS

( ) 0 x- x- 2x zl

3kT x 1i1-ii2i =+ +

ς

95

∑= +

⋅⋅⋅=m

p

p

1p22

22

1TkN )(G'

τωτω

ω

Onde:

( )1

22

12sen kT 24

+⋅⋅⋅=m

plzR

πςτ

N = número de moleculas / cm3

T = Temperaturat = tempoττττR = tempo de relaxaçãob = comprimento da ligaçãop = modo de relaxação

Combinado com a equação para o elemento de Voigt:

∑=

⋅⋅⋅=

m

p1p

t-expTkN G(t)

τ

η(dε/dt) + Eε = o

∑= +

⋅⋅⋅=m

p

p

1p22

1TkN )(G"

τω

ωτω

96

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49

Conseqüência do modelo de Rouse:

Espectro de relaxação: linhas

discretas

log τ/τ1

log L

.nkT

log H

/nkT

↑↑↑↑ m ⇒⇒⇒⇒ espectro contínuo

Equação que descreve o espectro contínuo determinada a partir dos dados do espectro descontínuo:

( )( ) 21

21

n 6/2/aP H

τ

ςπ kTo= 212

1

n

6aP

2 L τςπ ⋅

=

kTo

-1/2

1/2

97

Modificação da Teoria de Rouse para descrição de sistemas não diluídos

∑= +

=m

p

p

1p22

22

1M

RT )(G'

τωτωρ

ω

∑= +

=m

p

p

1p22

1M

RT )(G"

τω

ωτρω

∑=

⋅=

m

p1p

t-exp

M

RT G(t)

τρ

kT p 6 / 2222 πςτ oP Pa ⋅⋅=

Para um polímero puro: número de moléculas/cm3 = ρρρρNoM

o

oMNa

M2

2

0o36 ρ

ης =

RTp

MoP ρπ

ητ

22

6 =

Zona terminal:

RT

MoP ρπ

ητ

2

6 =

98

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50

Ferry: ( ) 21-

62

Nnl ln H τ

ηπ

τ ⋅

= okT

PDM = poli(metacrilato de n-dodecila); POM = poli(metacrilato de n-

octila); PHM = poli(metacrilato de hexila); PBM = poli(metacrilato

de butila); PEM = poli(metacrilato de etila).

99

Na zona terminal.......

RT

MoP ρπ

ητ

2

6 = 2

1

2 RT

1,08 ' τωρ

=

MG

o " ωη=G

Log ηηηηo/M vs. M para poliisobutileno a 30o C

G’e G” para Polisubutileno a 30o C

100

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51

II.6.2 Modelo do tubo

Modelo de Rouse é válido em casos onde o entrelaçamento de

cadeias é negligenciável. Descreve a dinâmica molecular para

curtas distâncias

Modelo do tubo:

• Descreve o comportamento viscoelástico para polímeros ondefeitos de entrelaçamento tornam-se importantes.

• Proposto inicialmente por De Gennes para estudar aelasticidade de borrachas.

O problema da teoria da elasticidade é o cálculo da entropia conformacional ⇒⇒⇒⇒ deve considerar as restrições topológicas.

• Solução para o problema: Molécula é aprisionada em um tubo.

• Conseqüência: as conformações permitidas devem estar

confinadas no tubo.

101

Representação de uma borracha reticulada

Um segmento de cadeia entre nós da rede

Representação esquemática do segmento de cadeia entre

nós da rede

Modelo do tubo

Congelando as cadeias vizinhas

102

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52

Ao

Ao

Bo

BoB

A

(a) Difusão de um defeito; (b) difusão de um defeito em um tubo.

O movimento das cadeias é principalmente de difusão de um defeito na

cadeia para frente e para trás ao longo da cadeia:

Mas o tubo é “lábil” para borrachas e polímeros no estado fundido...

defeito

Caminho original

reptação

(a) (b) O tubo muda

com o tempo

103

Doi e Edwards

Os movimentos moleculares em polímeros lineares também ocorre através de reptação:

Uma macromolécula se movendo em uma

direção....

Afasta as demais do caminho ⇒⇒⇒⇒ encontra alta resistência

∴∴∴∴ o principal processo de relaxação é a reptação

A cadeia comporta-se como um líquido, desde que esteja dentro do

tubo uma direção

Extensão do modelo do tubo para polímeros não-reticulados.....

104

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53

Modelo:Modelo:

1. Propriedades moleculares da cadeia são descritas pelo modelo deRouse (N, b, ζζζζ) ⇒⇒⇒⇒ O entrelaçamento não influencia a propriedadesestatísticas,mas sim as dinâmicas.

2. Considerações:

A. O caminho original é determinado pela conecção mais curta entre aspontas da cadeia de mesma topologia

B. Para tempos curtos, a mobilidade da cadeia é restrita a flutuações nocaminho original.

C. Para tempos longos as mudanças conformacionais devido a reptaçãoconduzem a uma variação do caminho original

105

Descrição matemática

Simplificação do modelo: considerar apenas as relaxações com longos tempos

A posição de um determinado ponto no caminho original em função do tempo é descrito por um vetor R(s,t), onde:

( ) ),(s

ts,u tsR∂∂

=

A dinâmica da cadeia primitiva é caracterizada pelas seguintesconsiderações:

1. Comprimento da cadeia primitiva é L (Flutuações de L sãonegligenciadas)

2. A cadeia primitiva se move para frente ou para trás com um certocoeficiente de difusão Dc

3. A correlação entre u(s,t) e u(s’,t) decresce rapidamente com |s-s’|.

é a tangente ao caminho primitivo.

106

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54

A distância média quadrática entre dois pontos para uma

cadeia, cujas conformações são descritas por uma Gaussiana:

( ) ( )( ) s'-s a t,s'R - ,2 =tsR a s'-s >>para

Onde a = comprimento de passos na cadeia primitiva.

Relação entre os parâmetros do modelo de Rouse e do tubo:

a

Nb L

2

=ςN

Tbc

k D = 2zl2

3b =

107

Descrição da dinâmica da cadeia:

�Função que descreve a fração da cadeia que ainda se encontra no tubo

após um tempo t > to.

t = 0, cadeia está totalmente contida no tubo

Com o passar do tempo.....

s(t)D

Segmentos AC e DB estão em outro tubo

Função correlação do vetor distância:

P(0) = AoC + CD + DBo e P(t) = AC + CD + DB

⟨⟨⟨⟨P(0).P(t)⟩⟩⟩⟩ = ⟨⟨⟨⟨CD2⟩⟩⟩⟩ = a σσσσ(t), onde é o comprimento de CD

108

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55

1. ΨΨΨΨ(s,t) = probabilidade de que um segmento “s” permaneça no tubooriginal.

Definindo:

Tem-se:

2. ΨΨΨΨ (ξξξξ, t, s) = probabilidade que a cadeia primitiva se desloque de ξξξξ semque o final do tubo seja atingido pelo segmento “s”. A probabilidadesatisfaz a condição:

2

2

cD ξ∂Ψ∂

=∂Ψ∂t

Condições de contorno:

Para ξξξξ =s o segmento “s” atingiu o final do tubo

Para ξξξξ = s - L o segmento “s” alcança a outra ponta do tubo

( ) ( )∫=t

0

ts, ds ψσ t Equação (1)

Equação (2)

109

Solução da equação (2) para estas condições de contorno:

( ) ( ) ( )dtpL

sp

L

spst τ

ξππξ /expsensen

L

2 ,, 2

1p

=Ψ ∑∞

=

2

c

2

DL

πτ =dCom:

Considerando a situação....

Para um segmento “s” permanecer no tubo: s-L < ξξξξ < s

Integrando nos novos limites:

( ) ( )∫ Ψ=Ψs

L-s

ts, , d , ξξts

( ) ( )d

ímpar

tpL

spst τ

ππ

/expsenp

4 , 2

p

=Ψ ∑∞

=

Equação (3)

110

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56

Combinando as equações:

( ) ( )∫=t

0

ts, ds ψσ t Equação (1)

( ) ( )d

ímpar

tpL

spst τ

ππ

/expsenp

4 , 2

p

=Ψ ∑∞

=

Equação (3)

Tem-se:

⟨P(0).P(t)⟩ = ⟨CD2⟩ = a σ(t)

⟨P(0).P(t)⟩ = LaΨ(t) = Nb2 Ψ(t)

Onde: ( ) ( )

−=Ψ=Ψ ∑∫

= d

tpsts

τπ

2

ímpar p22

L

0

expp

4 ts, d

L

1 ,

111

� O maior tempo de relaxação de

⟨⟨⟨⟨P(0).P(t)⟩⟩⟩⟩ é dado por ττττd

� ττττd é denominado tempo de

reptação

(tempo necessário para a cadeia se

“livre” do caminho original)

ςN

Tbc

k D =

a

Nb L

2

=

2

c

2

DL

πτ =d

Combinando:

22

43

N

Takb

Bd π

ξτ =

s L0

Ψ(s

,t)

10,1

0,01

0,5

t/τd = 1

112

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57

A) Para t < ττττd o modelo de Rouse descreve a dinâmica macromolecular

∑=

⋅=

m

p1p

t-exp

M

RT G(t)

τρ

B) Para t > ττττd o “comportamento de Rouse” é barrado pelo tubo, começando a

ocorrer reptação.

Considerando que somente a fração de cadeia que se encontra em umtubo deformado contribui para a tensão tem-se:

Cálculo do módulo pelo modelo de reptação

Polímero em repouso submetido a uma tensão

⇒⇒⇒⇒ Rexala para retornar ao equilíbrio

( ) ( ) ) (t G e

(0)

N τ≥Ψ= ttG

Onde é uma contante dada por: (0)

NG ( ) M

RT G G

d

Re

(0)N

ττρ

≅τ≅

113

2

2(0)

Na

Nb

M

RT G ρ

M

RT G

e

(0)

N

ρ≅

eMR Nb M

M a

21

2e ≡

Resultados teóricos

114

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58

Log ωaT

Lo

g G

’(d

ina

/cm

2)

Módulo de armazenamento em função da frequência para poliestirenos

no estado fundido com distribuição de massa molar estreira: L9 = 8,9

x 103 g/mol e L18 = 5,8 x 105.

115

Modelos e teorias moleculares

Soluções diluídas

Soluções concentradas e polímeros fundidos

116