capitulo dois direitos-1

8/18/2019 Capitulo Dois Direitos-1

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2. A LEGISLAÇÃO PROTETIVA DOS INDIVÍDUOS COM

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA.

MANDAR EMAIL BENEVOLO CONTRATOS

Ao falamos em Lei o que nos atine a mente incialmente é o principio

constitucional que to!os s"o i#uais perante a Lei$% E&i!entemente que na!a

neste mun!o po!er' ser a(soluto) &e* que a +usti,a reali*a!a pela fria letra !a

lei$ trona-se em in+usti,a% Desta feita cou(e ao le#isla!or estatuir O princ.pio !a

isonomia) o qual é ma/imi*a!o na Constitui,"o !a Rep0(lica 1e!erati&a !o

Brasil como uma !as colunas (asilar !o or!enamento nacional) &e* que o

le#isla!or infraconstitucional) (em como o aplica!or !a lei !e&e !espe!ir aos

in!i&.!uos tratamento i#uali*a!or) com as !istin,2es necess'rias conforme anature*a !e ca!a um% Neste senti!o é a li,"o !e Lui* Al(erto Da&i! Ara0+o3

A Constitui,"o !a Rep0(lica instituiu o princ.pio !a i#ual!a!e como um!e seus pilares estruturais% 4or outras pala&ras) aponta que o le#isla!or e o aplica!or !a lei !e&em !ispensar tratamento i#ualit'rio a to!os osin!i&.!uos) sem !istin,"o !e qualquer nature*a% Assim) o princ.pio !aisonomia !e&e constituir preocupa,"o tanto !o le#isla!or como !oaplica!or !a lei% No mais !as &e*es a quest"o !a i#ual!a!e é trata!aso( o &értice !a m'/ima aristotélica que preconi*a o tratamento i#ual

aos i#uais e !esi#ual aos !esi#uais) na me!i!a !essa !esi#ual!a!e56778) p% 9:9;%

A multifacet'ria fun,"o !o Direito) muitas &e*es nos le&a a uma m'

compreens"o !este ramo !as Ci<ncias sociais% Ten!o em &ista a rique*a !a

l.n#ua portu#uesa que em !eterminan!o momentos a mesma pala&ra tem

si#nifica!os !iferencia!o) por se pl0rima a sua fun,"o% Entre estas temos

capaci!a!e% =m !icion'rio !e !e filosofia !ir' que3

Capaci!a!e ca%pa%ci%!a%!e sf 5lat capacitate; 1 4o!er !erece(er) conter ou acomo!ar% 2 Conte0!o c0(ico> &olume% 3Me!i!a !e conte0!o !e l.qui!o) #'s ou s?li!o% 4 4o!er) apti!"o oupossi(ili!a!e !e fa*er ou pro!u*ir qualquer coisa% 5 Eletr Apti!"o!e um con!utor) con!ensa!or ou qualquer !ispositi&o emarma*enar temporariamente ener#ia elétrica% 6 Eletr A ra*"o !acar#a !e um con!utor etc%, para o seu potencial% 7 4o!er !erece(er impress2es) assimilar i!eias) analisar) raciocinar) +ul#ar)arrostar pro(lemas> apti!"o) @a(ili!a!e mental% 8 4essoa !e#ran!es apti!2es e sa(er% 5ABBANANO) 679:% p :%;



Desta feita pelas possi(ili!a!es !o termo) e ten!o em &ista que as

quest2es le#ais em nosso pa.s n"o a!miti !escrimina,"o % ur#e a necessi!a!e

!e apresentamos !e maneira suscita a capaci!a!e) em suas &arias nuances

par ao Direito% Inclusi&o !as pessoas com TEA%

O atual C?!i#o Ci&il (rasileiro em seu primeiro arti#o assim preconi*a3

“ To!a pessoa é capa* !e !ireitos e !e&eres na or!em ci&il ." Ao esta(elecer

estes parmetros) o le#isla!or) p'trio informa que to!a pessoa é capa* !e

!ireitos !e&eres na or!em ci&il) assim este n"o s? quis !i*er que to!os n?s)

como pessoas) po!emos ser su+eitos !e !ireito 5ati&o ou passi&o !e uma

rela,"o +ur.!ica;) (em como n"o @' !istin,"o entre seres @umanos por sua cor)

ra,a) se/o) i!a!e ou capaci!a!e f.sica ou mental%

Desta feita fica esclareci!o que a capaci!a!e !e !ireito to!os temos

!es!e que nascen!o com &i!a3 entretanto) a capaci!a!e !e fato ou !e

e/erc.cio ser' a!quiri!a pelo ser @umano) quan!o atin#ir !etermina!as

situa,2es prescritas em lei) ou con!i,2es naturais% Como por e/emplo) a

maiori!a!e ci&il) ou se+a) ao atin#ir 9 anos !e i!a!e) ou ao ser emancipa!o

le#almente) ou +u!icialmente% Destarte) capaci!a!e !e !ireito constitui a

capaci!a!e !e ser titular !e !ireitos ou su+eito !e !ireitos% Enquanto a

capaci!a!e !e fato é aquela que tem o ser @umano !e autonomia) ou se+a

atuar por si mesmo em to!os os atos !a &i!a ci&il%

A pr?pria lei nomeia os incapa*es) sen!o to!os aqueles que !isp2em

!a capaci!a!e !e fato% O que n"o os impe!em !e serem titulares !e !ireito%

4arei aqui% 1alar so(re i#ual!a!e e capaci!a!e%

FTODA PESSOAF G to!os os seres !a espécie @umana 5masculinos oufemininos;

FORDEM CIVILF G to!o !ireito pri&a!o) ci&il) comercial) etc%

A e/press"o inicial) toda pessoa, compreen!e in!istintamente a unanimi!a!e

!os seres componentes !a espécie @umana) sem !istin,"o !e i!a!e) se/o) cor)

ra,a) esta!o !e sa0!e e nacionali!a!e% Os animais est"o e/clu.!os !o seu

raio) sem !ei/arem !e ser prote#i!os por ele) mas) no entanto não são sujeitos

de direitos%



Na @ist?ria !o !ireito) no entanto) +' @ou&e seres @umanos que n"o eram) H

época) su+eitos !e !ireitos3 os escra&os e os estran#eiros%

CAPACIDADE G apti!"o para se a!quirir !ireitos e o(ri#a,2es% Denomina-se

capaci!a!e !e #o*o e !e aquisi,"o) (asta) para e/istir a e/ist<ncia !a pessoa%

Li#a!a a ela) temos a capacidade de fato ou !e a,"o) que possi(ilita o

e/erc.cio) por n?s mesmos) !os atos !a &i!a ci&il% No entanto) essa

capacidade de fato n"o tem plena li(er!a!e) est' li#a!a a capacidade de

direito. Al#uém po!e ter a capaci!a!e !e direito e n"o t<-la !e fato) estan!o

impe!i!o ou ini(i!o !e e/erc<-la% 6



INCAPACIDADE G To!os n?s somos su+eitos !e !ireitos e o(ri#a,2es na ?r(ita

ci&il% Essa restri,"o H capaci!a!e !e fato resulta a fi#ura que) !entro !o Direito)

trata-se como incapacidade” - como a inibição para a prática pessoal de

certos atos de forma absoluta ou relatia. Tal fenmeno ocorre porque

enten!e o le#isla!or que l@es falta apti!"o plena para o e/erc.cio !e certos

atos sen!o in!ispens'&el que al#uém os acompan@e para que o e/erc.cio !o

!ireito se torne pleno% J o instinto protetor !o Esta!o na preser&a,"o !e

interesses% E) tais pessoas s? ser"o pri&a!as !essa capaci!a!e !e fato nos

casos especifica!os em lei%

a; A!"#$%&A'EN&E INCAPA(E") esses est"o plenamente afasta!os !a

possi(ili!a!e !e pr'tica !a ati&i!a!e +ur.!ica% 4ara que estes pratiquem certos

atos mister se fa* a fi#ura !e um representante - a#in!o por meio !este% O

Direito !espre*a a sua &onta!e pr?pria$ - a representa,"o) assim) é o instituto

com o fim !e contornar esse trnsito !o menor a(solutamente incapa* nos atos

!a &i!a ci&il% Essa representa,"o po!e ser natural quan!o resulta !o

parentesco) o p'trio-po!er) por e/emplo) ou !ecorrer' !e um ato +u!icial que a

le#itime%

Eles est"o) @o+e) elenca!os no art% :K !o nCC%

I% #s menores de de*esseis anos3 sen!o comum a am(os os se/os% E/iste

principalmente em fun,"o !a maturi!a!e para o e/erc.cio !e certos atos)

con+u#a!o H forma,"o intelectual e) muitas &e*es) até mesmo H moral) mas n"o

necessariamente% O nosso Direito) na reali!a!e) consi!era o !esen&ol&imento

mental !o in!i&.!uo% Os menores !e 98 anos n"o po!em) por e/emplo) casar-

se% Estar"o su+eitos ao p'trio-po!er 5 pater a!iae# ou tutor) se for o caso%

II% #s +ue, por enfermidade ou deficincia mental, não tierem o

necessário discernimento para a prática desses atos3 o aliena!o mental)porta!or !e !oen,a mental) psicopata% Tal insani!a!e ser' apura!a em

processo !e inter!i,"o) é necess'rio um esta!o !ura!ouro que a +ustifique)

ain!a que interrompi!o com inter&alos !e luci!e*$% Su+eito a curatela%

uem for porta!or !e !oen,a f.sico-ps.quica ou anomalia mental) con#<nita ou

a!quiri!a) que retire o !iscernimento para a pr'tica !os atos !a &i!a ci&il)

!e&er' so( pena !e nuli!a!e 5ato nulo;) ser representa!o por um cura!or%9

9 DINI) Maria elena% No&o C?!i#o Ci&il comenta!o% Coor!% pelo Dep%Ricar!o 1i0*a% 9 e!% tir% S"o 4aulo3 Sarai&a) 677:) p% P%



III% #s +ue, mesmo por causa transitria, não puderem eprimir sua

ontade3 aqueles cu+a !oen,a !etermine sua incapaci!a!e ou a possi(ili!a!e

!e e/ercer por si mesmo ou a impossi(ili!a!e !e e/pressar sua &onta!e% Se

pu!er manifestar sua &onta!e fo#e !essa re#ra #enérica% S"o por e/% os

sur!os-mu!os% Os que per!eram a mem?ria) ain!a que temporariamente)

precisam !e quem os represente% Su+eito a curatela%

' que se o(ser&ar) portanto que a incapaci!a!e n"o se li#a a i!a!e) mas

tam(ém) ao esta!o !a pessoa) e se caso tem i!a!e superior a 9 anos !e&er'

passar por processo !e inter!i,"o para ser !eclara!a sua incapaci!a!e por

senten,a +u!icial e l@e ser nomea!o um cura!or% :



(; /E$A&I0A'EN&E INCAPA(E") S"o os fronteiri,os entre a incapaci!a!e

a(soluta e a plena% Apenas se afastam !e forma inte#ral !a pr'tica !e certos

atos) t<m capaci!a!e relati&a no uni&erso +ur.!ico ou na forma !e e/erc<-la%

N"o po!em atuar li&remente mas po!er"o fa*<-lo assistidos.

Essa assist<ncia) como na representa,"o) po!e !ecorrer !a or!em natural !e

parentesco ou por !etermina,"o +u!icial%

I% #s maiores de de*esseis anos 1completos2 e menores de de*oito anos3

sem qualquer !istin,"o !e se/o% 4o!er"o estes inter&ir em certos atos pois +'

a!quiriram certa maturi!a!e para tanto) mas n"o fa*<-lo pessoalmente) pois

n"o possuem autonomia plena) !epen!em !a assist<ncia$ na forma acima

e/plicita!a%

II% #s 3brios 4abituais, os iciados em ticos, e os +ue, por deficincia

mental, ten4am discernimento redu*ido) s"o os alco?latras) to/icmanos)

porta!ores !e !efici<ncia mental com re!u,"o !a capaci!a!e) !e&em ser

assisti!os por cura!ores) portanto inter!itos% A(ran#em tam(ém os fracos !a

mente) com !esen&ol&imento incompleto) compro&a!os% 6

6 DINI) Maria elena% C?!i#o Ci&il anota!o% e!% S"o 4aulo3 Sarai&a) 6776)

p% 9:-9Q%

III% Ecepcionais sem o desenolimento mental completo

IV% #s prdi5os3 aqueles que !ilapi!am a sua fortuna) #astam

imo!era!amente - tal fun!amento estaria no a(alo a tutela !o patrimnio%

Sen!o inaptos para o e/erc.cio !e seus pr?prios interesses) ser-l@es-'

nomea!o um curador ) su(meti!os que est"o H $uratea E6C$%"I0A'EN&E

quanto aos seus !ireitos patrimoniais%

#!"7 #s sil8colas, s"o tutela!os pelo Esta!o atra&és !a 1=NAI% 4assaram a

ser estu!a!os por sua pr?pria le#isla,"o) o Estatuto !o n!io) Lei nK 8%779:)!entre outras que os prote#em) inclusi&e) em especial a C1 %

CE""A9:# DA 'EN#/IDADE) Cessar' aos 9 anos completos alcan,an!o

a pessoa natural @a(ilita,"o para a pr'tica pessoal !e to!os os atos !a &i!a

ci&il) sal&o as e/ce,2es le#ais% Cessaria) &ia !e re#ra) sua su(or!ina,"o%

No entanto o art% K !o CC% tra* al#umas e/ce,2es a antecipa,"o !os efeitos

!a maiori!a!e) a sa(er3

- pela emancipação) capaci!a!e !e e/erc.cio antes !a i!a!e-tipo !e 9 anos%4o!e ser &olunt'ria ou le#al% A primeira !epen!e !a formali!a!e !a escritura



p0(lica e !ar-se-' ap?s 98 anos completos e a le#al em !ecorr<ncia !as

!emais situa,2es !e antecipa,"o !o e/erc.cio !a capaci!a!e> Q



%peo casamento7

%peo eerc8cio do com3rcio com economia prpria7

%pea colação em 5rau superior7

%peo eerc8cio de empre5o p;blico efetio.

Essa emancipa,"o po!er' ser3

A2 E6P/E""A #% 0#$%N&</IA3 quan!o antes !a maiori!a!e le#al) ap?s

atin#ir 98 anos) po!er' atin#i-la por outor#a !os pais ou mesmo !o tutor

me!iante Escritura 40(lica la&ra!a no Cart?rio !e Notas e le&a!a a inscri,"o

no Re#istro pr?prio) ou se+a) REISTRO CIVIL DAS 4ESSOAS NAT=RAIS)

art% PK II% uanto ao tutor) !epen!er' !e senten,a +u!icial para outor#a e

se#uir' os mesmos passos% Essa é re&o#'&el%

!2 &<CI&A #% $E=A$3 s"o os !emais casos !e emancipa,"o pre&istos no art%

K e nesses casos in!epen!em !e escritura p0(lica e ser"o AVERBADAS no

REISTRO CIVIL competente% Ap?s o casamento) por e/emplo) n"o @a&er'

mais a re&o#a(ili!a!e !esse ato% Torna-se perene%

A importncia !a maiori!a!e e !a capaci!a!e !e fato e) ain!a) a antecipa,"o

!a capaci!a!e !e fato pela emancipa,"o) est' intimamente li#a!a ao e/erc.cio

!o !ireito !e a,"o) capaci!a!e processual) portanto !e (uscar o Esta!o-ui*)

na prote,"o aos seus !ireitos su(+eti&os%

As fi#uras !a RE4RESENTAUO) para os a(solutamente incapa*es e !a

ASSISTWNCIA) para os relati&amente incapa*es) e/pressam-se atra&és3

naturalmente pelos pais e) e/cepcionalmente) pelos tutores ou cura!ores%

S"o T=TORES3 aqueles que) nomea!os pelo ui*) representam ou assistem os

incapa*es ?rf"os !e pais mortos ou cu+os pais) &i&os) foram afasta!os !o po!er

familiar%

S"o C=RADORES3 aqueles que) nomea!os pelo ui*) representam ou

assistem os incapa*es !oentes) é(rios) pr?!i#os) ou se+a) aqueles impe!i!os

!e e/ercer seus !ireitos pessoalmente) !e forma permanente ou transit?ria) em

ra*"o !e seu ESTADO 4ESSOAL% No que tan#e aos pr?!i#os) a curatela é

e/clusi&amente para a!ministra,"o !e seu patrimnio%



Entretanto temos a !iscrimina,"o positi&a on!e o Esta!o coloca em

patamar !e i#ual!a!e os !esi#uais) como (em a!u*iu Arist?teles a mais !e

!ois mil anos atr's) FA &er!a!eira i#ual!a!e consiste em tratar-se i#ualmente

os i#uais e !esi#ualmente os !esi#uais na me!i!a em que se !esi#ualemF

!esta feita) a i#ual!a!e !efini!a pela Carta Ma#na n"o po!e ser interpreta!a

no seu senti!o literal) perante a lei) em que to!os s"o i#uais sem analisar as

!istin,2es !os casos concretos) mas !e&e !ispensar um tratamento uniforme

para to!as as pessoas) c@e#an!o uma i#ual!a!e palp'&el e concreti*a%

To!a&ia) quan!o o assunto é i#ual!a!e a primeira interpreta,"o é a !e

que to!os s"o i#uais) n"o @a&en!o qualquer !istin,"o% 4or isso) @'necessi!a!e !e se esclarecer o que é a !iscrimina,"o positi&a H lu* !o

princ.pio !a i#ual!a!e%

A pr?pria lei !etermina al#umas situa,2es em que é necess'rio

!iscriminar !etermina!as pessoas ou #rupos a fim !e prote#er e)

consequentemente) n"o incorrer em inconstitucionali!a!e%

O princ.pio !a i#ual!a!e est' pre&isto no rol !os !ireitos e #arantiasfun!amentais !a Constitui,"o !a Rep0(lica) precisamente no $aput art% K) o

qual preceitua que to!os s"o i#uais perante a lei) n"o @a&en!o qualquer

!istin,"o) #arantin!o a to!os a in&iola(ili!a!e !o !ireito a i#ual!a!e 5%%%;%

O princ.pio !a isonomia foi institu.!o pela Constitui,"o !a Rep0(lica

como um !os pilares estruturais !o or!enamento (rasileiro) o que si#nifica que

o le#isla!or infraconstitucional e o aplica!or !a lei !e&em !ispensar aos

in!i&.!uos tratamento i#uali*a!or) com as !istin,2es necess'rias conforme a

nature*a !e ca!a um% Neste senti!o é a li,"o !e Lui* Al(erto Da&i! Ara0+o3

A Constitui,"o !a Rep0(lica instituiu o princ.pio !ai#ual!a!e como um !e seus pilares estruturais% 4or outraspala&ras) aponta que o le#isla!or e o aplica!or !a lei!e&em !ispensar tratamento i#ualit'rio a to!os osin!i&.!uos) sem !istin,"o !e qualquer nature*a% Assim) oprinc.pio !a isonomia !e&e constituir preocupa,"o tanto

!o le#isla!or como !o aplica!or !a lei% No mais !as &e*esa quest"o !a i#ual!a!e é trata!a so( o &értice !a m'/ima



aristotélica que preconi*a o tratamento i#ual aos i#uais e!esi#ual aos !esi#uais) na me!i!a !essa !esi#ual!a!e56778) p% 9:9;%

A pari!a!e ou uniformi!a!e perante o Direito !e que to!os s"o i#uais

perante a lei) n"o se limita ao senti!o meramente formal [1]) porque essa

!eclara,"o enco(re as !ispari!a!es entre as pessoas% J necess'rio que o

pr?prio !ireito forne,a meios efica*es para impe!ir as !esi#ual!a!es e para

promo&er a i#ual!a!e real e concreta%

Manoel Messias 4ei/in@o !i* que o preceito isonmico é princ.pio

fun!amental que tra!u* &alores superiores que &inculam o interprete na

aplica,"o !o !ireito) no qual resi!e a fonte prim'ria !e concreti*a,"o !o !ireito$56797) p%9Q7-9Q9;%

4or estar e/presso no te/to constitucional) possui rele&ncia) sen!o)

portanto) norma constitucional para a qual to!as as !emais !e&em o(e!i<ncia%

Esse é o enten!imento !e 1ernan!a Duarte Lopes Lucas !a Sil&a3

O princ.pio !a i#ual!a!e ou !a isonomia é normaconstitucional) e portanto) co#ente) &inculan!o n"o s? apro!u,"o le#islati&a) mas tam(ém a ati&i!a!e !eaplica,"o !a norma) orientan!o-a e inspiran!o-a% A for,anormati&a !a Constitui,"o l@e atri(ui mais !o que status!e norma superior) l@e re&este !e potenciali!a!e e&oca,"o para a efeti&i!a!e) sen!o sua real aplica,"o maisuma quest"o !e &onta!e) !o que !e pro!u,"o meramenteaca!<mica ou normati&a 5677:) p% 999;%

Acerca !a importncia !o princ.pio !a i#ual!a!e e/plica 4aulo

Bona&i!es3

O centro me!ular !o Esta!o social e !e to!os os !ireitos!e sua or!em +ur.!ica é in!u(ita&elmente o princ.pio !ai#ual!a!e% Com efeito) materiali*a ele a li(er!a!e !a@eran,a cl'ssica% Com esta comp2e um ei/o ao re!or !oqual #ira to!a a concep,"o estrutural !o Esta!o!emocr'tico contemporneo% De to!os os !ireitosfun!amentais a i#ual!a!e é aquele que mais tem su(i!o!e importncia no Direito Constitucional !e nossos !ias)sen!o) como n"o po!eria !ei/ar !e ser) o !ireito-c@a&e) o

!ireito-#uar!i"o !o Esta!o social 56779) p% :Q7-:Q9;%



X lu* !o !ispositi&o constitucional) que prescre&e a i#ual!a!e !e to!os

perante a lei) por se tratar !e norma fun!amental) po!e-se !i*er que tanto o

le#isla!or como o aplica!or !a lei !e&em tratar to!os os in!i&.!uos !e forma

i#ualit'ria !e mo!o a n"o fa*er qualquer !istin,"o% No entanto) @' o

enten!imento !e que !e&e se aplicar a i#ual!a!e formal e material Y 2]) para

que assim possa atin#ir uma i#ual!a!e mais +usta%

4ara 4e!ro Len*a3

O art% K) $aput ) consa#ra que to!os s"o i#uais perante alei) sem !istin,"o !e qualquer nature*a% De&e-se)contu!o) (uscar n"o somente essa aparente i#ual!a!e

formal 5consa#ra!a no li(eralismo cl'ssico;) mas)principalmente) a i#ual!a!e material) na me!i!a em que alei !e&er' tratar i#ualmente os i#uais e !esi#ualmente os!esi#uais) na me!i!a !e suas !esi#ual!a!es% Issoporque) no Esta!o social ati&o) efeti&a!or !os !ireitos@umanos) ima#ina-se uma i#ual!a!e mais real perante os(ens !a &i!a) !i&ersa !aquela apenas formali*a!a perantea lei 5677P) p% 8P;%

O opera!or !o !ireito) ao aplicar o princ.pio !a i#ual!a!e) n"o !e&e se

pautar somente na i#ual!a!e formal) que é aquela positi&a!a pela Lei) mas

tam(ém na i#ual!a!e material que se (aseia no tratamento uniforme)

resultan!o em i#ual!a!e con!i*ente com a reali!a!e%

4e!ro Len*a ain!a acrescenta o se#uinte3

Essa (usca por uma i#ual!a!e su(stancial) muitas &e*esi!ealista) recon@e,a-se) eterni*a-se) na sempre lem(ra!a)com emo,"o) Ora&ão aos Mo&os, !e Rui Bar(osa

inspira!o na li,"o secular !e Arist?teles) !e&en!o-se tratar i#ualmente os i#uais e !esi#ualmente os !esi#uais name!i!a !e suas !esi#ual!a!es 5677P) p% 8P;%

Em outras pala&ras) partin!o !a li,"o !e Arist?teles) em tratar

i#ualmente os i#uais e !esi#ualmente os !esi#uais) aplica-se a i#ual!a!e

material ou su(stancial) que é aquela i#ual!a!e (asea!a no caso concreto e

n"o especificamente como est' na lei) formali*a!a% De&e @a&er uma

interpreta,"o !a norma a(strata com o caso concreto%

Se#un!o Ale/an!re !e Moraes3



A Constitui,"o 1e!eral !e 9P a!otou o princ.pio !ai#ual!a!e !e !ireitos) pre&en!o a i#ual!a!e !e apti!"o)uma i#ual!a!e !e possi(ili!a!es &irtuais) ou se+a) to!os osci!a!"os t<m o !ireito !e tratamento i!<ntico pela lei) emconsonncia com os critérios al(er#a!os pelo or!enamento

+ur.!ico% Dessa forma) o que se &e!a s"o as !iferencia,2esar(itr'rias) as !iscrimina,2es a(sur!as) pois) o tratamento!esi#ual !os casos !esi#uais) na me!i!a em que se!esi#ualam) é e/i#<ncia !o pr?prio conceito !e usti,a)pois o que realmente prote#e s"o certas finali!a!es)somente se ten!o por lesa!o o princ.pio constitucionalquan!o o elemento !iscrimina!or n"o se encontra a ser&i,o!e uma finali!a!e acol@i!a pelo !ireito 5%%%; 5677) p% :9;%

A !esi#ual!a!e e/iste e para que n"o @a+a !iferencia,2es ar(itr'rias ou

!iscrimina,2es a(sur!as) com (ase no princ.pio !a i#ual!a!e) !e&e ser aplica!a a !enomina!a !iscrimina,"o positi&a) sem) contu!o) incorrer em

inconstitucionali!a!e% J a !esi#ual!a!e necess'ria) ampara!a na

!iscrimina,"o positi&a) com intuito !e o(ter um resulta!o mais +usto) +' que as

!iferen,as e/istentes entre seres @umanos n"o po!em ser i#nora!as%

A !iscrimina,"o positi&a ou a,2es afirmati&as s"o pol.ticas p0(licas ou

pro#ramas pri&a!os cria!os com o intuito !e !iminuir as !esi#ual!a!es @a&i!as

em rela,"o Hs pessoas ou #rupos em posi,"o !e inferiori!a!e% S"o me!i!as

compensat?rias que tem) por escopo) com(ater as !esi#ual!a!es f'ticas

a!&in!as !e !es&anta#ens @ist?rias e culturais) consequ<ncias !e um passa!o

!iscriminat?rio% 4ara Lui* Al(erto Da&i! Ara0+o3

Na !isciplina !o princ.pio !a i#ual!a!e) o constituintetratou !e prote#er certos #rupos que) a seu enten!er)mereciam tratamento !i&erso% Enfocan!o-os a partir !e

uma reali!a!e @ist?rica !e mar#inali*a,"o social ou !e@ipossufici<ncia !ecorrente !e outros fatores) cui!ou !eesta(elecer me!i!as !e compensa,"o) (uscan!oconcreti*ar) ao menos em parte) uma i#ual!a!e !eoportuni!a!es com os !emais in!i&.!uos) que n"osofreram as mesmas espécies !e restri,2es% S"o asc@ama!as a,2es afirmati&as 56778) p% 9:Q;%

Ante a necessi!a!e !e acomo!ar to!as as pessoas em patamar !e

i#ual!a!e !e con!i,2es perante os (ens consi!era!os essenciais a &i!a) por

&e*es se fa* necess'rio o fa&orecimento !e !etermina!as pessoas em!etrimento !e outras% Desse mo!o) as pessoas ou #rupos que se encontrarem



em posi,"o !e inferiori!a!e) po!er"o se &aler !a !iscrimina,"o positi&a ou

a,2es afirmati&as para po!erem se i#ualar a !etermina!os fatos ou situa,2es%

J a aplica,"o !o princ.pio !a i#ual!a!e material que &isa !ar efeti&i!a!e aos

casos concretos%

Como se o(ser&a) s"o me!i!as le#ais) que tem por o(+eti&o ali&iar to!o

tipo !e !iscrimina,"o% Cin#e-se a um esfor,o &olunt'rio ou o(ri#at?rio) com

imposi,"o #o&ernamental para impulsionar a i#ual!a!e !e oportuni!a!es em

to!os os m(itos !a socie!a!e% Se#un!o An!ré Ramos Ta&ares3

A,2es afirmati&as s"o me!i!as pri&a!as ou pol.ticasp0(licas o(+eti&an!o (eneficiar !etermina!os se#mentos

!a socie!a!e) so( o fun!amento !e l@es falecerem asmesmas con!i,2es !e competi,"o em &irtu!e !e teremsofri!o !iscrimina,2es ou in+usti,as @ist?ricas 5677:) p%Q66;%

Como se perce(e) as pol.ticas p0(licas e pri&a!as) !efini!as pelas a,2es

afirmati&as) s"o !ireciona!as para alcan,ar o princ.pio constitucional !a

i#ual!a!e material e para por fim a to!o tipo !e !iscrimina,"o%

J imposs.&el a uniformi!a!e !e tratamento para to!os (asean!o-se noconceito !e i#ual!a!e sem fa*er qualquer !istin,"o% As pessoas s"o !iferentes

em &'rios aspectos) tais como) #<nero) i!a!e) complei,"o f.sica) se/o) entre

outros% Desse mo!o) !e&em ser trata!as em conformi!a!e com suas

especifica,2es no que tan#e a i#ual!a!e%

Ressalta-se que a i#ual!a!e formal é insuficiente para #arantir a

acessi(ili!a!e !e oportuni!a!es a to!os os in!i&.!uos) pois al#uns #o*am !e

pri&ilé#ios e outros n"o% 4or esse moti&o) @ou&e a necessi!a!e !e se (uscar

solu,2es ou me!i!as para re!u*ir as !esi#ual!a!es e/istentes na socie!a!e)

por meio !a !enomina!a !iscrimina,"o positi&a%

Na compreens"o !e 1ernan!a Duarte Lopes Lucas !a Sil&a3

5%%%; o princ.pio !a i#ual!a!e +ur.!ica !etermina que a lein"o po!e ser fonte !e pri&ilé#io ou !e perse#ui,2es) mas

sim instrumento re#ulat?rio !a &i!a social) que necessitatratar equitati&amente to!os os ci!a!"os% Ao se cumprir a



lei) to!os os seus !estinat'rios @"o !e rece(er tratamentoparifica!o) !e mo!o que ao pr?prio !itame le#al é !efesoinstituir !isciplinas !i&ersas para situa,2es equi&alentes%Essa e/i#<ncia) por sua &e*) n"o inter!ita a possi(ili!a!e!e tratamento !iferencia!o) que se ra*o'&el) tem a(ri#o

na or!em constitucional 5677:) p% P9;%

As pessoas que n"o s"o trata!as !e forma i#ual) n"o !ispon!o !as

mesmas oportuni!a!es que outras) po!em se &aler !e tratamento !iferencia!o)

!es!e que ra*o'&el e tutela!o pela norma constitucional%

Assim) a fim !e asse#urar um tratamento uniforme !e to!o ser @umano)

é imprescin!.&el a aplica,"o !a i#ual!a!e material) resultan!o na i#ual!a!e

real e efeti&a perante to!os os (ens !a &i!a) tais como o acesso H sa0!e) He!uca,"o) ao tra(al@o) ao la*er) !entre outros (ens in!ispens'&el para a &i!a%

Os seres @umanos) perante a lei) !entro !e suas especifici!a!es) !e&em

ser trata!os !e forma i#ualit'ria) isso porque) !iante !e !esi#ual!a!e

necess'ria @a&er' a !iscrimina,"o positi&a a fim !e o(ter um resulta!o mais

+usto e equnime%

Celso Antnio Ban!eira !e Mello preleciona3

5%%%;) por &ia !o princ.pio !a i#ual!a!e) o que a or!em +ur.!ica preten!e firmar é a impossi(ili!a!e !e!esequipara,2es fortuitas ou in+ustifica!as% 4ara atin#ir este (em) este &alor a(sor&i!o pelo Direito) o sistemanormati&o conce(eu f?rmulas @'(il que inter!ita) o quantoposs.&el) tais resulta!os) posto que) e/i#in!o i#ual!a!e)asse#ura que os preceitos #enéricos) os a(stratos e atosconcretos col@am a to!os sem especifica,2es ar(itr'rias)

assim pro&eitosas que !etrimentosas para os atin#i!os56799) p% 9;%

O sistema normati&o esta(elece as con!i,2es em que po!er'

!esequiparar pessoas ou #rupos) para que assim n"o @a+a &iola,"o ao

princ.pio !a i#ual!a!e% N"o é qualquer situa,"o !esi#ual que est' prote#i!a

pelo instituto !a !iscrimina,"o positi&a%

O fato a!ota!o como !esi#uali*a!or tem que ser rele&ante) moti&a!o)

fun!amenta!o e +ustific'&el e estar em plena sintonia com os preceitos



constitucionais% A lei pro.(e Hs !esi#ual!a!es a(sur!as) ar(itr'rias)

in+ustific'&eis e !esnecess'rias%

Dessa forma) em(ora o !ispositi&o constitucional !ispon@a que to!os

s"o i#uais perante a lei) n"o se a!mitin!o qualquer !istin,"o) @' situa,2es

imposs.&eis !e serem aplica!as a i#ual!a!e formal positi&a!a na lei - isso

porque o ser @umano é !iferente por nature*a% N"o e/iste i#ual!a!e plena)

a(soluta !e pessoas) situa,2es ou fatos%

Consi!eran!o as situa,2es que !esfa&orecem pessoas ou #rupos) por

meio !a !iscrimina,"o positi&a) foi poss.&el esta(elecer con!i,2es mais

prop.cias para e&itar !esi#ual!a!e% Destarte) com (ase na lei) procura-seoferecer i#ual!a!e !e con!i,2es para Hqueles em patamar !e inferiori!a!e%

A pr?pria Constitui,"o !a Rep0(lica) e&i!encia casos !e !iscrimina,"o

positi&a) quan!o) no art% K) inciso ZZZ trata !a proi(i,"o !e !iferen,a !e

sal'rios) !e e/erc.cio !e fun,2es e !e critério !e a!miss"o por moti&o !e se/o)

i!a!e) cor ou esta!o ci&il) e inciso ZZZI ao se referir H proi(i,"o !e qualquer

!iscrimina,"o no tocante a sal'rio e critérios !e a!miss"o !o tra(al@a!or com

!efici<ncia%

A!emais) no que se refere H proi(i,"o !e !istin,"o por meio !o fator

#<nero) mel@or !i*en!o) @omem e mul@er) tam(ém equipara os !ireitos e

o(ri#a,2es 5art% K) I;) n"o o(stante o se/o feminino @' tempos ten@a si!o

muito !iscrimina!o) nos !ias atuais &em #an@an!o for,a social e +ur.!ica em

!esfa&or !o #<nero masculino%

4rosse#uin!o) no art% 668) [ K) esta(elece que os !ireitos e !e&eres

referentes H socie!a!e con+u#al s"o e/erci!os i#ualmente pelo @omem e pela

mul@er% Si#nifica que tanto o @omem quanto a mul@er s"o respons'&el pela

fam.lia) @a&en!o pari!a!e entre os cn+u#es na rela,"o familiar% N"o @' mais

@ierarquia na rela,"o con+u#al) &isto que o po!er patriarcal foi a(oli!o com a

e!i,"o !o referi!o !ispositi&o% As mul@eres foram conquistan!o seu espa,o e

ten!o suas pr?prias opini2es) e/pon!o-as) e n"o mais calan!o-se em

su(miss"o ao @omem%



Sen!o assim) ante a proi(i,"o !e !iscriminar em fun,"o !e se/o) a

pr?pria lei) em al#uns casos) esta(elece !esi#ual!a!es entre @omens e

mul@eres%

Em ra*"o !as !istin,2es entre os in!i&.!uos se fa* necess'ria a

aplica,"o !a !iscrimina,"o positi&a so( o manto !o princ.pio !a i#ual!a!e%

Assim) é e/tremamente necess'rio recon@ecer a importncia !as

!esi#ual!a!es para que @a+a controle) mo!era,"o e @armonia em socie!a!e%

4elo que foi analisa!o) o princ.pio !a i#ual!a!e é preceito orienta!or e

trata-se !e um !ireito fun!amental) o qual &isa #arantir a to!o ci!a!"o uma

pari!a!e !e tratamento) por meio !a isonomia material e formal) as quais!e&em ser aplica!as con+untamente%

A Constitui,"o contempornea pre&< a i#ual!a!e material em &'rios

!ispositi&os) como por e/emplo) no art% K) inciso ZZZ e ZZZI) que asse#ura

um tratamento i#ual para o i#ual e !esi#ual para o !esi#ual) &isto que) n"o @'

i#ual!a!e sem !esi#ual!a!e% Assim) é poss.&el !i*er que a pr?pria lei) ao

esta(elecer al#uns pontos !e !iferen,as) real,an!o-os) para fim !e !iscrimin'-

los) !isp2e quem s"o os i#uais e os !esi#uais%

Em !ecorr<ncia !e fatores @ist?ricos e culturais) por preconceito ou por

@ipossufici<ncia econmica ou f.sica) uma minoria !e pessoas) n"o po!ia ter as

mesmas oportuni!a!es que outros em mel@ores con!i,2es% Assim) com o

prop?sito !e re!u*ir as !esi#ual!a!es !as classes !esfa&oreci!as e

mar#inali*a!as) o le#isla!or) esta(eleceu me!i!as compensat?rias para

com(ater e #arantir a efeti&a,"o !a i#ual!a!e em concreto% Tais me!i!as s"oposs.&eis por intermé!io !a !iscrimina,"o positi&a) que esta(elece um

tratamento !iferencia!o as classes !esfa&oreci!as) com a finali!a!e prec.pua

!e coloc'-las em um mesmo patamar !e i#ual!a!e) equiparan!o-as com as

!emais% O tratamento !esi#ual n"o tem por escopo !iscriminar ne#ati&amente)

ao contr'rio) quer re!u*ir as !esi#ual!a!es na socie!a!e%

Como foi poss.&el o(ser&ar) o instituto !a !iscrimina,"o positi&a) institui

um fa&orecimento a uma minoria !e in!i&.!uos mar#inali*a!os e inferiori*a!os)



por consequ<ncia !e um passa!o @ist?rico e cultural !iscriminat?rio% Com

efeito) as pessoas s"o pri&ile#ia!as com um tratamento !i&erso !aqueles que

n"o #o*am !as mesmas restri,2es) porém é uma !iscrimina,"o positi&a) a qual

!e&e estar ampara!a pelo te/to constitucional% Entretanto) n"o po!e @a&er

e/a#ero na aplica,"o !a referi!a me!i!a) isto é) o fator !iscriminat?rio tem que

estar em plena sintonia com os critérios al(er#a!os pela Constitui,"o !a

Rep0(lica%

A !iscrimina,"o positi&a est' em plena sintonia com o princ.pio !a

i#ual!a!e) porque o seu o(+eti&o é pura e simplesmente re!u*ir as

!esi#ual!a!es in+ustific'&eis e !esmoti&a!as e/istentes na socie!a!e) a fim !e

atin#ir uma i#ual!a!e +usta e real para to!os% 4ortanto) !e&e @a&er ra*oa(ili!a!e ao esta(elecer os parmetros utili*a!os para o tratamento

!iferencia!o para aqueles em situa,"o !e !esi#ual!a!e%

Vale lem(rar) que n"o é to!a ou qualquer situa,"o !iscriminat?ria que

po!er' ser pri&ile#ia!a com o instituto !a !iscrimina,"o positi&a% De mo!o que)

o fato a!ota!o como !iscriminat?rio !e&e se &aler !e +ustificati&a racional so(

um fun!amento l?#ico em rela,"o ao critério a!ota!o como !esi#ual)

esta(elecen!o um tratamento +ur.!ico constru.!o em fun,"o !a !ispari!a!e

!ecreta!a) e analisan!o se a correla,"o racional a(strata e/istente é em

concreto coerente com os preceitos presti#ia!os na norma constitucional%

Contu!o) !e&e ser feita uma an'lise !o caso a caso para &erificar se os

critérios esta(eleci!os est"o em consonncia com a Constitui,"o !a Rep0(lica)

para n"o incorrer em inconstitucionali!a!e%

NOTAS

Y9\ A i#ual!a!e formal po!e ser sinteti*a!a na f?rmula3 to!os s"o i#uais

perante a lei$% Refere-se) portanto) a uma enuncia,"o a(strata) #eral) !iri#i!a a

to!os in!istintamente 5%%%;% Apesar !e crucial para a a(oli,"o #ra!ati&a !e

pri&ilé#ios) esta i!eia !e i#ual!a!e n"o é suficiente para efeti&a,"o !os &alores

a que se pre*a 54R=Z) 4aula) 6797) p% :;%



Y6\ A i#ual!a!e material 5para al#uns autores c@ama!a !e i#ual!a!e

su(stanti&a ou su(stancial; é aquela que asse#ura o tratamento uniforme !e

to!os os @omens) resultan!o em i#ual!a!e real e efeti&a !e to!os) perante

to!os os (ens !a &i!a 51ernan!a Duarte Lopes Lucas !a Sil&a) 677:) p% :8;

!ONTE

4R=Z) 4aula% A"#$% A&'()*+',*% %- - $/&-0$ -% '($'+-%&/*)$/+*'%% 1EM4AR% Dispon.&el em3 ]@ttp3^^^%femparpr%or#%(r _% Acesso em 9976799%

RE!ERNCIAS ILIOGR!ICAS

ARA`O) Lui* Al(erto Da&i!% D'($'+- C-/%+'+'-/* 4rinc.pio !a Isonomia e

a Constata,"o !a Discrimina,"o 4ositi&a% S"o 4aulo3 Sarai&a) 6778%

BONAVIDES) 4aulo% C(%- $ D'($+- C-/%+'+'-/* A importncia !o4rinc.pio !a I#ual!a!e% S"o 4aulo3 Mal@eiros e!itores) 6779%

LENA) 4e!ro% D'($'+- C-/%+'+'-/* E%0$)*+'*- I#ual!a!e 1ormal eMaterial% S"o 4aulo3 Sarai&a) 6797%

MELLO) Celso Antnio Ban!eira% C-/+$9- :(;'- - P('/;<'- *I=**$ 1ator !e !iferencia,"o elenca!os pela lei% S"o 4aulo3 Mal@eiros)6776%

MORAES) Ale/an!re !e% D'($'+- C-/%+'+'-/* 4rinc.pio !a I#ual!a!e e aE/tin,"o !e Discrimina,2es A(sur!as% S"o 4aulo3 Atlas) 6799%

4EIZINO) Manoel Messias% A '/+$(<($+*">- * C-/%+'+'">- $ -%P('/;<'-% !/*)$/+*'%% Rio !e aneiro3 Lu!en 'uris, 677:%

SILVA) 1ernan!a Duarte Lopes Lucas !a% P('/;<'- C-/%+'+'-/* *I=**$% Rio !e aneiro3 Lu!en 'uris, 677:%

TAVARES) An!ré Ramos% C(%- $ D'($'+- C-/%+'+'-/

RESUMO O presente tra(al@o !e!ica-se ao estu!o !a e!uca,"o !a crian,aautista -&ista como !ireito fun!amental -e !a recente le#isla,"o a respeito !otema) a Lei n0mero 96%8Q !e 6796% A an'lise !essa Lei e a consecu,"o !esse

!ireito !e&em partir !e uma constru,"o s?li!a para que se+a efeti&a!a% Essaconstru,"o inicia pelo e/ame !a prote,"o !a!a pelo or!enamento +ur.!ico

http://www.femparpr.org.br/

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internacional e (rasileiro H crian,a) recon@ecen!o-acomo su+eito !e !ireito% Oestu!o a(or!a a nature*a e #arantia !o !ireito H e!uca,"o) especificamente namo!ali!a!e inclusi&a% 4or fim) correlacionan!o com a constru,"o reali*a!a)passa-se H aprecia,"o !as peculiari!a!es !a crian,a autista) a(or!an!o) nesse.nterim) a le#isla,"o em comento%

9

A GARANTIA DO DIREITO ? EDUCAÇÃO DA CRIANÇA AUTISTA19 Arti#o e/tra.!o !o Tra(al@o !e Conclus"o !e Curso apresenta!o comorequisito parcial para o(ten,"o !o #rau !e Bac@arel em Ci<ncias ur.!icas eSociais pela 4ontif.cia =ni&ersi!a!e Cat?lica !o Rio ran!e !o Sul% Apro&a,"ocom #rau m'/imo pela (ancae/amina!ora composta pela orienta!ora) 4rof%Maria Re#ina 1a !e A*am(u+a) pela 4rof% M'rcia An!réa Bbrin#) e pela 4rof%Maria Alice Costa ofmeister) em 97 !e +un@o !e 679Q%

6 Aca!<mica !e Ci<ncias ur.!icas e Sociais !a 1acul!a!e !e Direito !a4ontif.cia =ni&ersi!a!e Cat?lica !o Rio ran!e !o Sul% E-mail3(ianca%santos%779aca!%pucrs%(r%BIANCA O=LART DOS SANTOS6RESUMO O presente tra(al@o !e!ica-se ao estu!o !a e!uca,"o !a crian,aautista -&ista como !ireito fun!amental -e !a recente le#isla,"o a respeito !otema) a Lei n0mero 96%8Q !e 6796% A an'lise !essa Lei e a consecu,"o !esse!ireito !e&em partir !e uma constru,"o s?li!a para que se+a efeti&a!a% Essaconstru,"o inicia pelo e/ame !a prote,"o !a!a pelo or!enamento +ur.!icointernacional e (rasileiro H crian,a) recon@ecen!o-acomo su+eito !e !ireito% Oestu!o a(or!a a nature*a e #arantia !o !ireito H e!uca,"o) especificamente na

mo!ali!a!e inclusi&a% 4or fim) correlacionan!o com a constru,"o reali*a!a)passa-se H aprecia,"o !as peculiari!a!es !a crian,a autista) a(or!an!o) nesse.nterim) a le#isla,"o em comento%P**,(*%@*,$Direitos 1un!amentais% 4rote,"o inte#ral H crian,a% Direito He!uca,"o% E!uca,"o Inclusi&a% Autismo%

INTRODUÇÃONa atuali!a!e) tem si!o poss.&el !ia#nosticar o autismo !e forma mais efica* eprecoce em face !os a&an,os cient.ficos% Com a possi(ili!a!e maior !e!ia#n?stico) torna-se e&i!ente H socie!a!e e ao po!er p0(lico as !ificul!a!esno aten!imento a esta parcela !a popula,"o) em especial) no que !i* respeitoH inclus"o no sistema !e e!uca,"o%Opresente tra(al@o &ersa so(re a #arantia ao !ireito H e!uca,"o !a crian,aautista> #arantia no senti!o !e !ireito> !e meios para consecu,"o> !e !efesa e!e prerro#ati&a% Nesse conte/to) in0meros racioc.nios s"o !elinea!os partin!o!o mesmo pressuposto 5prote,"o inte#ral !a crian,a;%Sen!o (em +ur.!ico essencial tutela!o pelo Esta!o) ca(e a este a prote,"o pormeio !e pol.ticas sociais e econmicas i!neas) oferecen!o con!i,2esnecess'rias ao aten!imento !as crian,as porta!oras !e !ireitos enecessi!a!es especiais) 6



especificamente as autistas) incluin!o aten!imento pe!a#?#ico multi!isciplinar)com sistema !e inclus"o) primor!ial ao !esen&ol&imento !essas crian,as%Nesse escopo) o tra(al@o &isa o estu!o !a #arantia !o !ireito H e!uca,"o !acrian,a autista)construin!o uma lin@a !e pensamento ao encontro !oor!enamento +ur.!ico (rasileiro e !ireito internacional% Ain!a) reali*a a an'lise

!iante !o caso concreto) o(ser&an!o os critérios utili*a!os pelos Tri(unais(rasileirose (uscan!o a nature*a !esses fun!amentos%Ca(e ressaltar que a comuni!a!e +ur.!ica tem se apro/ima!o ca!a &e* mais !otema% Decis2es +u!iciais que enfrentam a e!uca,"o !a crian,a autista t<m si!orecorrentes% Ocorre que) por se tratar !e um !ireito social) prestacional positi&o)é !if.cilsua e/ecu,"o espontnea por parte !o 4o!er 40(lico%J nesse .nterim que se constitui a pro(lem'tica !o tra(al@o) qual se+a) amiti#a,"o !esse !ireito por parte !o 4o!er 40(lico% A an'lise !as ra*2es paramiti#a,"o) (em assim a le#itimi!a!e !os fun!amentos utili*a!os merece serconfronta!a !urante o estu!o !e ca!a cap.tulo) a fim !e que se conclua acerca!a possi(ili!a!e !a #arantia !o !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista%

O presente estu!o) portanto) (usca) por meio !e uma an'lise !ialética)fun!amentar a #arantia !esse !ireito fun!amental H crian,a autista% N"o(astante) !iante !a pesquisa reali*a!a) sen!o &erifica!a a !ificul!a!e !ee/ecu,"o !essa #arantia por !etermina!os fun!amentos) o(+eti&a afastarqualquer espécie !e impe!imento que n"o se+a le#.timo%1 A CRIANÇA COMO SU:EITO DE DIREITOS9%9 A CONVENUO DAS NAUdES =NIDAS SOBRE DIREITOS DA CRIANUAE A DECLARAUO DE SALAMANCA A Con&en,"o !as Na,2es =ni!as so(re os Direitos !a Crian,a) !e 9PP) foi oresulta!o !e uma mu!an,a -que se !eu paulatinamente -a respeito !a fun,"o!o !ireito na socie!a!e e !o o(+eto !e estu!o e aplica,"o !esta ci<ncia% ADeclara,"o !e ene(ra) !e 9P6P) a Declara,"o =ni&ersal !os Direitos !oomem) !e 9PQ) e a Declara,"o =ni&ersal !os Direitos !a Crian,a) !e 9PP)s"o e/emplos !e uni&ersali*a,"o !a prote,"o aos !ireitos @umanos e Hscrian,as antecessoras !a Con&en,"o !e 9PP) que) em s.ntese) trou/e Hcate#oria infncia um te$ido so$ia 3%: MACADO) Mart@a !e Tole!o% A <(-+$">- C-/%+'+'-/* $ C('*/"*% $A-$%$/+$% $ -% D'($'+-% B)*/-%.S"o 4aulo3 Manole) 677:% p% 6P%:



A Or#ani*a,"o !as Na,2es =ni!as) fun!a!a em 9PQ) para su(stituir a Li#a!as Na,2es) e!itou) em 9PQ) a Declara,"o =ni&ersal !os Direitos umanos)que) !entre seus arti#os) ressaltou a o(ser&ncia aos !ireitos fun!amentais eaos !ireitos e assist<ncia H infncia) matéria que seria o(+eto !e Con&en,"oespec.fica posteriormenteQ%

Q SO=A) Au#usto % 4ereira !e% A D$*(*">- -% D'($'+-% * C('*/"* $ *C-/,$/">- %-($ -% D'($'+-% * C('*/"*3 Direitos umanos a prote#er emum mun!o !e #uerra% 6779% Dispon.&el em3]@ttp3+us%com%(rre&istate/to68a-!eclaracao-!os-!ireitos-!a-crianca-e-a-con&encao-so(re-os-!ireitos-!a-crianca_% Acesso em3 7P fe&% 679Q% C=R) Munir% E%+*++- * C('*/"* $ - A-$%$/+$ -)$/+*-.C-)$/+('-% :(;'-% $ S-'*'%.P% e!% S"o 4aulo3 Mal@eiros) 677% p% 67Q%8 4EREIRA) Tnia !a Sil&a% D'($'+- * ('*/"* $ - A-$%$/+$umaproposta inter!isciplinas% 6% e!% S"o 4aulo3 Reno&ar) 677% p% 66% ONUALVES) Maria Dinair Acosta% P(-+$">- '/+$=(* para!i#mamulti!isciplinar !o Direito 4?s-Mo!erno% 4orto Ale#re3 Alcance) 6776% p%9Q:%



AAMB=A) Maria Re#ina 1a !e% I/0'('">- * ('*/"* ,;+')* $,'-/'* %$*3 4rote,"o ou &iola,"o !e !ireitos 4orto Ale#re3 Li&raria !o A!&o#a!o) 6799% p% :8%Com o intuito !e !ar maior aplica(ili!a!e e &isi(ili!a!e H prote,"o !a crian,a)em 9PP) a ON= apro&ou a Con&en,"o !as Na,2es =ni!as so(re os Direitos

!a Crian,a) que estipulou o m.nimo necess'rio que ca!a Na,"o !e&eriafornecer H popula,"o infantil) !e mo!o mais a(ran#ente% Dentre os princ.piosatinentes) !estaca-se o princ.pio !a prote,"o inte#ral) relaciona!o ao princ.pio!o interesse superior !a crian,a) que é onte inspiradora do Estatuto daCrian&a e do Adoes$ente%i*e-se) por oportuno) que a Con&en,"o resultou !o esfor,o !e in0merospa.ses para &incular a prote,"o !os !ireitos Hs crian,as) #arantin!o !ireitos('sicos) como a priori!a!e para forma,"o !o in!i&.!uo% Valori*an!o a infncia)a Con&en,"o trata !o prin$(pio do !e)or interesse da $rian&a, como &ersa ali,"o !e Tnia !a Sil&a 4ereira83 A Con&en,"o reafirma) tam(ém) conforme o princ.pio !o mel@or interesse !a

crian,a) que é !e&er !os pais e respons'&eis #arantir Hs crian,as prote,"o ecui!a!os especiais e na falta !esses é o(ri#a,"o !o Esta!o asse#urar queinstitui,2es e ser&i,os !e aten!imento o fa,am% Recon@ece a fam.lia como#rupo social prim'rio e am(iente natural para o crescimento e (em-estar !eseus mem(ros) especificamente !as crian,as) ressaltan!o o !ireito !e rece(era prote,"o e assist<ncia necess'rias a fim !e po!er assumir plenamente suasresponsa(ili!a!es !entro !a comuni!a!e%4elo seu conte0!o e a(ran#<ncia) a Con&en,"o !as Na,2es =ni!as so(re osDireitos !a Crian,a) !e 9PP) é o !ocumento internacional mais importante !amatéria% 4ara Maria Dinair Acosta on,al&es) a Con&en,"o * i!positi+a nosentido de $u!pri!ento de u! $onjunto de de+eres e ori-a&es, in$usi+e ato!ada de !edidas de po(ti$as p/i$as para pro!o+0%os%No Brasil) a Con&en,"o foi apro&a!a pelo Decreto Le#islati&ong% 9) em 9Q !esetem(ro !e 9PP7) e ratifica!a pelo Decreto Le#islati&o ng PP%97) !e69%99%9PP7) contemporneo H promul#a,"o !o Estatuto !a Crian,a e !o A!olescente) que se su(stanciou na !outrina !a prote,"o inte#ral) matériao(+eto !a Con&en,"o e no princ.pio !o mel@or interesse !a crian,a) +' o(+eto !aConstitui,"o 1e!eral !e 9P%Outrossim) especificamente H e!uca,"o) em 9PPQ) na Confer<ncia Mun!ial !eE!uca,"o Especial) foi proclama!a a Declara,"o !e Salamanca) pela Assem(leia eral Q



!as Na,2es =ni!as% J neste !ocumento que se a!ota uma perspecti&a !ee!uca,"o infantil na mo!ali!a!e inclusi&a) como o processo pelo qual asocie!a!e se a!apta para po!er incluir pessoas porta!oras !e !efici<ncia eestas) por seu turno) se preparam para assumir seus papéis na socie!a!e%E/plica Romeu ha*umi SassaiP)

P SASSAhI) Romeu ha*umi. I/%>- Construin!o uma socie!a!e parato!os% % e!% Rio !e aneiro3 jVA) 677:% p% Q9%97 Dispon.&el em3 ]@ttp3portal%mec%#o&%(rseesparqui&osp!f#uatemala%p!f_% Acesso em3 7P fe&% 679Q%



99 BAE) Nariso Lean!ro Za&ier . A <(-$)+'* -% D'($'+-% B)*/-%!/*)$/+*'% /* A)F('* L*+'/* $ /* E(-<*. oa,a(a3 =noesc) 6796% p%:7P% A inclus"o se constitui em um processo (ilateral no qual as pessoas) ain!ae/clu.!as) e a socie!a!e (uscam) em parceria) equacionar pro(lemas) !eci!ir

so(re solu,2es e efeti&ar a equipara,"o !e oportuni!a!es para to!os% A mo!ali!a!e inclusi&a !e que trata a Declara,"o !e Salamanca (usca umae!uca,"o para to!os) por meio !a reforma !e pol.ticas e sistemase!ucacionais% Inclui) por conse#uinte) a crian,a porta!ora !e !efici<ncia noplane+amento !e ensino re#ular) sem e/clus2es em face !e qualquer!efici<ncia) !an!o acesso a to!os !e mo!o i#ualit'rio% Ain!a) a respeito !a pessoa porta!ora !e !efici<ncia) em 9PPP) é promul#a!a aDeclara,"o !e uatemala ou Con&en,"o Interamericana para a Elimina,"o !eTo!as as 1ormas !e 4reconceito contra as 4essoas 4orta!oras !e Defici<ncia%Essa !eclara,"o &isa Hi#ual!a!e !e tratamento !ispen!i!o pelo Esta!o Hspessoas com !efici<ncia e aqueles que n"o s"o !eficientes%

A Declara,"o !e uatemala) em seu arti#o I) conceitua !efici<ncia $o!o u!arestri&ão (si$a, !enta ou sensoria, de nature1a per!anente ou transit2ria,3ue i!ita a $apa$idade de e4er$er u!a ou !ais ati+idades essen$iais da +idadi5ria97% E/i#e uma posi,"o protecionista que se+a efeti&a por parte !o Esta!o)socie!a!e e fam.lia99 para #arantia H i#ual!a!e entre as pessoas)in!epen!entemente !e serem ou n"o !eficientes) por meio !a #arantia !os!ireitos prestacionais positi&os%O sistema +ur.!ico (rasileiro) por sua &e*) est' esculpi!o nessa &is"ointernacional) aopasso que a!ota em sua Constitui,"o 1e!eral e le#isla,2esinfraconstitucionais os princ.pios acima referi!os% N"o o(stante) o or!enamento +ur.!ico (rasileiro re#e tam(ém os meios !e consecu,"o !os !ireitos !a crian,ae !o a!olescente e outras especifici!a!es%Nestes termos) para an'lise !o posicionamento +ur.!ico (rasileiro a !espeito !otema) fa*-se imprescin!.&el o estu!o so(re as referi!as le#isla,2es) cumula!ocom as !outrinas que fun!amentam os enten!imentos presentes nos Tri(unais(rasileiros% J essa a(or!a#em que !imensiona e le#itima o respal!o para a#arantia !o !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista%



9%6 A CONSTIT=IUO 1EDERAL DE 9P E O ESTAT=TO DA CRIANUA EDO ADOLESCENTE A Carta Ma#na) em 9P) +' elenca&a a preocupa,"o !o Esta!o !e Direitocomas crian,as) acompan@an!o e antecipan!o os acontecimentos internacionais%Isso porque o !ireito (rasileiro (eneficiou-se com os refle/os @ist?ricos !as

!emais ci&ili*a,2es) na constru,"o !e seu or!enamento +ur.!ico em rela,"o Hcrian,a% A !i#ni!a!e !apessoa @umana é fun!amento !a Rep0(lica 1e!erati&a)e/presso no arti#o 9) III) !a Carta Ma#na) ense+an!o o rol !o arti#o K quaisse+am os !ireitos fun!amentais) como a li(er!a!e) i#ual!a!e e se#uran,a) que)por sua &e*) irra!iam em to!os os !emais cap.tulos !a Constitui,"o% J em!ecorr<ncia !isso)queo arti#o 66 recon@ece a prote,"o especial 5inte#ral ea(soluta; !as crian,as% A !espeito !os princ.pios constitucionais) esclareceClarisse Sei/as Duarte96396 D=ARTE) Clarisse Sei/as% In3 ADDAD) Sér#io> RACIANO) Marin#ela5Or#%;% A $*">- $/+($ -% '($'+-% )*/-%.S"o 4aulo3 Autores

associa!os) 6778% p% 9:9-9:6%9: AAMB=A) Maria Re#ina 1a> SILVEIRA) Maritana Viana> BR=NO) DeniseDuarte 5Or#%;% I/&/'* $) &*);'* ) -)<(-)'%%- $ +--%.4orto Ale#re3IBD1AM) 677Q% p% 99%9Q SILVA) osé Afonso !a% C-)$/+('- -/+$+* H C-/%+'+'">-. S"o4aulo3 Mal@eiros E!itores) 6778% p% :-Q%No caso !a Constitui,"o 1e!eral !e 9P) @' uma op,"o e/pl.cita pelo Esta!oSocial e !emocr'tico !e !ireito e seus postula!os n"o po!em ser !ei/a!os !ela!o para compreens"o e interpreta,"o !a or!em +ur.!ica &i#ente% A !i#ni!a!e!a pessoa @umana) ao ser incorpora!a H Constitui,"o como um !e seus maisaltos &alores) requer) para sua concreti*a,"o) n"o apenas o respeito aos!ireitos in!i&i!uais) como tam(ém a reali*a,"o !os !ireitos sociais)o que!esautori*a qualquer tentati&a !e es&a*iamento !essa 0ltima cate#oria% Tales&a*iamento o(staria) tam(ém) a concreti*a,"o !os o(+eti&os !e +usti,a sociale/plicitamente enuncia!os no arti#o : 5especialmente incisos I e III;%O !iploma constitucional (usca uma &is"o cooperati&ista) elencan!o osrespons'&eis H consecu,"o !as normas !e prote,"o !a crian,a e !oa!olescente9:) por consi!er'-los como seres em con!i,"o especial !e!esen&ol&imento) que !e&em ser prote#i!os !o risco pessoal e social% Dacon!i,"o especial !e ser em !esen&ol&imento que é atri(u.!a H crian,a)!ecorre sua &ulnera(ili!a!e) ra*"o pela qual necessita !e cui!a!os especiais)

nos termos !o arti#o 66 !a Constitui,"o 1e!eral) a fim !e que esse potencialse+a apro&eita!o ao m'/imo% A !outrina !eosé Afonso !a Sil&a9Q assim esclarece3 Assim) o arti#o 66) em consi!era,"o) é) por si s?) uma carta !e !ireitosfun!amentais !a crian,a e !o a!olescente correspon!entes aos pre&istosnaquela Con&en,"o% Esses !ireitos especifica!os no arti#o 66 !a C1 n"osi#nificam que as !emais pre&is2es constitucionais !e !ireitos fun!amentaisn"o se l@es apliquem% Ao contr'rio) os !ireitos !a pessoa @umana referi!os naConstitui,"o l@es s"o tam(ém inerentes kassim) os !ireitos H e!uca,"o) Hcultura) ao esporte e ao la*er) como +' foi &isto) a eles se aplicam) na forma!iscrimina!a no Estatuto%

Se assim é) o te/to constitucional esclarece os aspectos atinentes H prote,"o!a crian,a e !o a!olescente3 imp2e as #arantias) os su+eitos que as !etém e os



respons'&eis em asse#ur'-las% N"o (astante) a Lei Especial ao caso) oEstatuto !a Crian,a e !o A!olescente) Lei n0mero 78P) !e 9PP7) pre&<me!i!as #o&ernamentais !os entes 8



fe!erati&os) com a !escentrali*a,"o pol.tico-a!ministrati&a) com atua,"o)inclusi&e) !o Ministério 40(lico e !o Consel@o Municipal !e Direitos e Consel@oTutelar%So(re o Estatuto !a Crian,a !o A!olescente) ensina osé !e 1arias Ta&ares939 TAVARES) osé !e 1arias% C-)$/+('-% *- E%+*++- * C('*/"* $ -

A-$%$/+$.Rio !e aneiro3 1orense) 677% p% 9:%98 SILVA) osé Afonso !a% C-)$/+('- -/+$+* H C-/%+'+'">-.S"o 4aulo3Mal@eiros E!itores) 6778% p% 87% A filosofia !este !iploma estatut'ria é a !a prote,"o inte#ral H crian,a e aoa!olescente) em consi!era,"o Hs suas peculiari!a!es !e pessoa @umana emfase !esen&ol&imento (iopsiquico-funcional% O te/to !a nossa lei est' emconsonncia com as estipula,2es !a Con&en,"o so(re os Direitos !a Crian,aa!ota!a pela Assem(leia eral !a Or#ani*a,"o !as Na,2es =ni!as) emResolu,"o nK QQ !a Assem(leia eral) !e 67 !e no&em(ro !e 9PP) assina!apelo o&erno (rasileiro em 68 !e +aneiro !e 9PP7) apro&a!a pelo Con#ressoNacional atra&és !o Decreto Le#islati&o nK6) !e 9Q !e setem(ro !e 9PP7 e

finalmente promul#a!a pelo Decreto !o E/ecuti&o n0mero PP%97) !e 69 !eno&em(ro !e 9PP7) tornan!o-se assim) norma co#ente !o !ireito positi&ointerno%Os!ireitos #aranti!os a to!as ascrian,as e a!olescentes s"o pre&istos semqualquer restri,"o ou !iferencia,"o% 4ara manter a i#ual!a!e !os mais fr'#eis)é que tanto o Esta!o) a fam.lia e a socie!a!e) !e&em !ar aten,"o especial aos portadores de dei$i0n$ia.Como corol'rio) (usca se afastar o preconceito ere!u*ir os ?(ices H i#ual!a!e98%Disso se compreen!e o farto aparato protecionista Hs crian,as e aosa!olescentes) que) se na con!i,"o !e portadores de dei$i0n$ia) merecem ain!atutela espec.fica !e priori!a!e% Aparato) nesse senti!o) n"o apenas no quetan#e H le#isla,"o) mas tam(ém Hs !outrinas e posicionamento espera!o !opo!er p0(lico frente a estes casos%Dentre as #arantias) a que estar' em comento é a !a e!uca,"o) que alme+a o!esen&ol&imento !a crian,a e !o a!olescente para sua inte#ra,"o nasocie!a!e e e/erc.cio pleno !e sua ci!a!ania% Em suma) o princ.pio maior !e!i#ni!a!e !a pessoa @umana e a !outrina !a prote,"o inte#ral compreen!em)!entre tantos !ireitos) o !ireito H e!uca,"o% Aos porta!ores !e !efici<ncia) nesse senti!o) Hs crian,as autistas) é #aranti!oo !ireito H e!uca,"o !e quali!a!e% A e!uca,"o que se a(or!a é a e!uca,"oinclusi&a) que merece aten,"o !o ente p0(lico% Essa #arantia H e!uca,"o !e&e

ser comenta!a H lu* !os princ.pios !a prote,"o inte#ral e !a i#ual!a!e) que!ecorrem !a normati&a internacional e nacional analisa!as%2A EDUCAÇÃO COMO DIREITO !UNDAMENTAL6%9 A 4ERS4ECTIVA DA E1ETIVIDADE DO DIREITO X ED=CAUOE!ucar constitui um processo !e troca entre os in!i&.!uos) o(+eti&an!oesta(elecer cone/"o !aqueles que est"o em !esen&ol&imento com asocie!a!e% N"o se limita a alfa(eti*a,"o) possuin!o inter!isciplinari!a!ecom!emais aspectos) incluin!o o social)



psicol?#ico e intelectual% A e!uca,"o pertence ao rol !os !ireitos fun!amentais) o que #arante aimportncia !e sua fun,"o e cumprimento !entro !o Esta!o% Trata-se !e um!ireito positi&o) em que ca(e ao Esta!o fornecer tal #arantia% Na aus<ncia !ae!uca,"o) outros fatores restam pre+u!ica!os) porque !epen!entes !a

e!uca,"o)causan!o afronta H norma constitucional% J o que infere osensinamentos !e h'tia Re#ina 1erreira Lo(o An!ra!e Maciel939 MACIEL) h'tia Re#ina 1erreira Lo(o An!ra!e% C(%- $ D'($'+- * C('*/"*$ - A-$%$/+$ Aspectos te?ricos e pr'ticos% Rio !e aneiro3 Lumen Iuris)6797% p% QP-7%9 CER=EIRA) T@ales T'cito 4ontes Lu* !e 4'!ua% M*/* - E%+*++- *C('*/"* $ - A-$%$/+$. S"o 4aulo3 4remier M'/ima) 677% p% 96%9P ORCEVShI) Clo&is% D'($'+-% B)*/-% A se#un!a #era,"o em !e(ate%4orto Ale#re3 =1RS) 677% &% 6% p% :%O processo e!ucacional &isa a inte#ral forma,"o !a crian,a e !o a!olescente)(uscan!o seu !esen&ol&imento) seu preparo para o pleno e/erc.cio !a

ci!a!ania e para in#resso no merca!o !e tra(al@o 5art% 67 !a C1;% J !ireitofun!amental que permite a instrumentali*a,"o !os !emais) pois semcon@ecimento n"o @' o implemento uni&ersal !os !ireitos fun!amentais% Ai#norncia le&a a uma passi&i!a!e #enerali*a!a que impe!e questionamentos)asse#ura a manuten,"o !e &el@os sistemas &iola!ores!as normas que&alori*am o ser @umano e impe!e o crescimento !o ser @umano e consequenteama!urecimento !a na,"o% Y\ E!uca,"o é !ireito !e to!os) sem!istin,"o%Asse#ur'-lo é !e&er !os pais) atra&és !a matr.cula !os fil@os na re!e!e ensino> !e&er !a socie!a!e) fiscali*an!o os casos !e e&as"o ou !e n"oin#resso na escola atra&és !o Consel@o Tutelar) !os profissionais !e e!uca,"oou qualquer outro meio e) principalmente) !e&er !o po!er p0(lico) manten!ouma oferta !e &a#as que permita o li&re e irrestrito acesso H e!uca,"o% Caso are!e p0(lica n"o se+a suficiente para a(sor&er to!a a !eman!a) ca(er' aopo!er p0(lico custear o ensino na re!e pri&a!a atra&és !e um sistema !e(olsas !e estu!os) como autori*a!o pelo arti#o 69:) [9 !a Constitui,"o1e!eral% O que n"o se po!e a!mitir é a &iola,"o !o !ireito H e!uca,"o so( a +ustificati&a !a insufici<ncia !e &a#as% J ne#ar a efic'cia H normaconstitucional%O !ireito H e!uca,"o é tam(ém um !ireito !ispon.&el) acess.&el) aceit'&el ea!apt'&el% Dispon.&el) pois o Esta!o !e&e fornecer #ratuitamente a consecu,"o!a e!uca,"o) com n0mero !e &a#as para que to!os possam utili*ar esse

ser&i,o> acess.&el) pois a e!uca,"o p0(lica !e&e ser #aranti!a sem qualquertipo !e !iscrimina,"o> aceit'&el) relati&amente H quali!a!e !a e!uca,"o) sen!oessa a+usta!a tanto para fam.lia quanto para estu!antes e a!apt'&el ao passoque !e&e se a!equar a reali!a!e !os estu!antes% Atinente H nature*a !o!ireito H e!uca,"o) su(stancia!a a !efesa !e quesi#nifica !ireito su(+eti&o) cu+a e/ecu,"o po!e ser co(ra!a in!i&i!ualmente)como afirma a !outrina !e T@ales T'cito Lu* !e 4'!ua9O !ireito H e!uca,"o é !ireito p0(lico su(+eti&o) ou se+a) esse !ireito !e&e serenten!i!o como !ireito !e acesso efeti&o H e!uca,"o% A crian,a tem !ireito Hescola pr?/ima H sua resi!<ncia kca(e ao M4) por e/emplo) a+ui*ar a,"o ci&ilp0(lica contra o Esta!o ou Munic.pio n"o para construir ou mu!ar a escola !e

lu#ar) mas para n"o limitar o acesso efeti&o !a crian,a H escola%



4or se tratar !e um !ireito social) sua presta,"o po!e ser e/i#i!a tanto como!ireito in!i&i!ual) como !ireito coleti&o% De qualquer forma) na aus<ncia !ecumprimento !o 4o!er 40(lico) é &i'&el con!u*ir a quest"o ao 4o!eru!ici'rio) es#otan!o as &ias !e an'lise !o caso9P% As !isposi,2es constitucionais a !espeito !o !ireito H e!uca,"o s"o normas !e

efic'cia plena e aplica(ili!a!e ime!iata) consoante !isposto no arti#o ) [9K !a



Constitui,"o 1e!eral% Da perspecti&a !a ime!iata aplica(ili!a!e !os !ireitosfun!amentais) frise-se que tal posicionamento ain!a é miti#a!o) posto que os!ireitos sociais en&ol&em uma presta,"o positi&a que onera o Esta!o) o que sea#ra&a ao passo que se trata !e um !ireito coleti&o% Nesse escopo) repise-seque a #arantia é !e efic'cia &ertical) n"o competin!o apenas ao Esta!o) mas

tam(ém H fam.lia e H socie!a!e% Eros Ro(erto rau assim e/plica67367 RA=) Eros Ro(erto% A -($) $-/)'* /* C-/%+'+'">- $ 1J88.S"o4aulo3 Mal@eiros E!itores) 6778% p% 678%69 REIS) Su*ete !a Sil&a% T.tulo !o cap.tulo% In3 ORCEVShI) Clo&is%D'($'+-% B)*/-% A se#un!a #era,"o em !e(ate% 4orto Ale#re3 =1RS)677% &% 6% p% 68%66 SARLET) In#o jolf#an#. A $&''* -% D'($'+-% !/*)$/+*'% =mateoria eral !os Direitos 1un!amentais na 4erspecti&a Constitucional%4orto Ale#re3 Li&raria !o A!&o#a!o) 6797% p% 67%



6: SILVA% Vir#.lio Afonso !a% D'($'+-% !/*)$/+*'%.6% e!% S"o 4aulo3Mal@eiros E!itores) 6799% p% 67Q%4ara fa*<-lo) sucintamente) relem(ro) ain!a) outra &e*) que o preceito inscritono [9 !o art% !a Constitui,"o !e 9P afirma a aplica,"o ime!iata !asnormas !efini!oras !e !ireitos e #arantias fun!amentais% Isso si#nifica que tais

normas !e&em ser ime!iatamente cumpri!as pelos particulares)in!epen!entemente !a pro!u,"o !e qualquer ato le#islati&o ou a!ministrati&o%Si#nifica) ain!a) que o Esta!o tam(ém !e&e prontamente aplic'-las) !eci!in!opela imposi,"o !o seu cumprimento) in!epen!entemente !a pro!u,"o !equalquer ato le#islati&o ou a!ministrati&o) e as tornan!o +ur.!ica ouformalmente efeti&as% Ain!a) por se tratar !e !ireito fun!amental) o posicionamento é !e priori!a!e aeste !ireito) nos termos !a li,"o !e Su*ete !a Sil&a Reis693O status !e !ireito fun!amental conferi!o H e!uca,"o possi(ilitou que a mesmaten@a maior efeti&i!a!e) pois) a partir !o momento que ela consta no te/to !asConstitui,2es comoum !ireito social fun!amental) como ocorre no Brasil) os

ci!a!"os passam a !ispor !e mecanismos para e/i#ir a sua presta,"o% Nesseconte/to) o 4o!er 40(lico tem uma no&a atua,"o3 competeaos #o&ernosela(orarem pol.ticas p0(licas que efeti&em o !ireito H e!uca,"o) atra&és !a#arantia !e acesso e perman<ncia na escola) (em como #arantir a quali!a!e!o ensino ofereci!o e) por outro la!o) ca(e ao 4o!er u!ici'rio) em caso !e!escumprimento ou omiss"o) e/i#ir !o Esta!o esta atua,"o positi&a% Ao passo que a e!uca,"o n"o toma efeti&i!a!e para os su+eitos !e !ireito)ca(e a !iscuss"o para imposi,"o !esses !ireitos% Enquanto a Constitui,"o1e!eral esta(elece os princ.pios que re#em este !ireito)a le#isla,"o espec.ficatrata !a consecu,"o !estes !ireitos% Ocorre que n"o (asta o aparato le#islati&opara que se !< a efeti&i!a!e !estes !ireitos% Nestes termos) oma#istério !eIn#o jolf#an# Sarlet663J precisamente em fun,"o !o o(+eto prec.puo !estes !ireitos e !a formame!iante a qual costumam ser positi&a!os 5normalmente como normas!efini!oras !e fins e tarefas !o Esta!o ou imposi,2es le#iferantes !e maior oumenor concretu!e; que se tra&am as mais acirra!as contro&érsias en&ol&en!oo pro(lema !e sua aplica(ili!a!e) efic'cia e efeti&i!a!e%Outrossim) para !efesa !o tema é importante a an'lise !a teoria !o m.nimoe/istencial -aquilo que) no plano !os fatos) é poss.&el !e ser reali*a!o) !a!a aprote,"o +ur.!ica) &isan!o #arantir a consecu,"o !a e!uca,"o) especificamente!a crian,a autista% A aplica,"o !e um !ireito social !e&e acontecer esculpi!a na

an'lise !o caso concreto) n"o @a&en!o uma estrutura imut'&el%i*e-se) por oportuno) que) na li,"o !e Vir#.lio Afonso !a Sil&a6:) asi!pesideia de u! $onte/do essen$ia dos direitos so$iais re!ete auto!5ti$ae intuiti+a!ente ao$on$eito de !(ni!o e4isten$ia )ra*"o pela qual o m.nimoe/istencial é classifica!o como conte0!o m.nimo e in!erro#'&el !os !ireitosfun!amentais e sociais%P



Desta feita) concernente ao cumprimento !o !ireito H e!uca,"o) n"o @'escusapara que n"o se+a !a!a efeti&i!a!e) com a !e&i!a presta,"o% Issoporque além !a aplica(ili!a!e ime!iata) soma-se) como fun!amento a teoria !om.nimo e/istencial que !e&e ser #aranti!o% Sér#io a!!a!6Q comenta36Q ADDAD) Sér#io> RACIANO) Marin#ela% A $*">- $/+($ -% '($'+-%

)*/-%.Campinas3 Autores Associa!os) 6778% p% 97:%6 MORAES) Ale/an!re !e% D'($'+-% B)*/-% !/*)$/+*'%Teoria eral%S"o 4aulo3 Atlas) 677% p% 8%68 MALIShA) Marcos Au#usto% O '($'+- H $*">- $ * C-/%+'+'">-.4orto Ale#re3 Ser#io Antonio 1a(ris E!itor) 6779% p% 667-669%



6 4ORTO ALERE% Cmara C.&el) % A<$*">- C;,$ /. 7KK5864JJ22.Relatora3 Liselena Sc@ifino Ro(les Ri(eiro% 4orto Ale#re) 68 !e fe&ereiro !e679Q% Dispon.&el em3 ]@ttp3^^^%t+rs%+us%(r(uscaqGautismot(G+urisno&apartialfiel!sGtri(unal:ATri(unal667!e667usti6C:6Aa667!o667RS%6TipoDecisao:Aac6C:6B:r!

6C:6A:oCTipoDecisao:Amonocr6C:6A9ticaCTipoDecisao:Anull6Prequire!fiel!sGasqGiniG67_ Acesso em3 97a(r% 679Q% A quest"o !a quali!a!e !estacou-se na a#en!a e!ucacional no conte/to !asreformas e!ucacionais !os anos !e 9PP7 no Brasil% A intensifica,"o !aparticipa,"o pol.tica e a mo(ili*a,"o !a socie!a!e ci&il @a&iam le&a!o) em9P) a uma amplia,"o si#nificati&a !os !ireitos sociais) entre eles a e!uca,"o)que supun@am uma maior atua,"o !o Esta!o) refor,an!o as e/pectati&as !eaten!imento por parte !a popula,"o% A refle/"o atual !i* respeito ao fato !e que a e!uca,"o inclusi&a n"o se trata!e um !ireito !o porta!or !e !efici<ncia) e sim !e um !ireito !e to!os) ao

reali*ar o princ.pio !a i#ual!a!e% Os ensinamentos !e Ale/an!re !e Moraes6e/plicitam o tema com o consa#ra!o princ.pio!a n"o !iscrimina,"o aplic'&el aefeti&i!a!e !os !ireitos fun!amentais%4ortanto) a plurali!a!e !os seres @umanos tam(ém !e&e ser asse#ura!a erespeita!a pela e!uca,"o% 4artin!o !o pressuposto !e que a e!uca,"ocorrespon!e ao processo !e sociali*a,"o !o in!i&.!uo) conclui-se que é umprocesso m0tuo) em que to!os est"o en&ol&i!os% Marcos Au#usto Malisa68!isp2e3 A inclus"o implica a aceita,"o !o efeti&o !ireito !e to!os H e!uca,"o%Democrati*ar a e!uca,"o si#nifica propiciar a to!os o acesso e perman<nciana escola% Dessa forma) nosso sistema e!ucacional precisa sa(er n"o s? li!arcom as !esi#ual!a!es sociais) como tam(ém com as !iferen,as% 4recisamos)sa(er) ent"o) associar o acesso H perman<ncia com quali!a!e e equi!a!e% A e!uca,"o inclusi&a se tornou tema presente nos !i&ersos Tri(unais(rasileiros% 4rimeiramente) merece !estaquea +urispru!<ncia !o e#ré#ioTri(unal !e usti,a !o Rio ran!e !o Sul) !e mo!o e/emplificati&o) um casoem que a matéria !e fato trata !a inclus"o escolar !e uma crian,a autista e a!ecis"o foi fa&or'&el H efeti&a,"o !os !ireitos fun!amentais) in +eris3 ARAVO INTERNO% ECA% ED=CAUO% ENSINO IN1ANTIL% VAAEMESCOLA 4ARTIC=LAR% CASO ES4EC1ICO% DIREITO X ED=CAUOCONSTIT=CIONALMENTE ASSE=RADO% LIMINAR CONCEDIDA% CABVEL

O =LAMENTO NA 1ORMA DO ART% DO C4C) EM 1ACE DOENTENDIMENTO DA CMARA SOBRE A MATJRIA Constitui !e&er !os entesp0(licos asse#urar Hs crian,as o acesso H e!uca,"o ca(en!o-l@e #arantir &a#ana re!e p0(lica ou) ent"o) na re!e pri&a!a) Hs suas e/pensas) conforme anecessi!a!e !a crian,a% REC=RSO DES4ROVIDO%6O Tri(unal !e usti,a !o Esta!o !e S"o 4aulo tam(ém apresentou !ecis2esfa&or'&eis) &alen!o citar um e/emplo em que é latente a aus<ncia !ainterfer<ncia !o 4o!er 40(lico) porquanto +' pro&oca!o por meio !e a,"o ci&ilp0(lica3 ARAVO DE INSTR=MENTO E/ecu,"o !e senten,a proferi!a nos autos !ea,"o ci&il p0(lica promo&i!a pelo Ministério 40(lico !o Esta!o !e S"o 4aulo)

on!e a 1a*en!a Esta!ual foi con!ena!a a 97



pro&i!enciar uni!a!es especiali*a!as pr?prias e #ratuitas) a!equa!as aotratamento e!ucacional !e porta!ores !e autismo% Decis"orecorri!a que!eterminou que o Esta!o custeie o tratamento !o a#ra&ante em institui,"oparticular) no &alor !e R6%777)77 por m<s) o(ser&an!o que a !ecis"o é &'li!aaté que a 1a*en!a !emonstre que +' possui enti!a!e con&enia!a) pr?/ima H

resi!<ncia !o autor) que preste o aten!imento prescrito pelo mé!ico -A#ra&anteque n"o in!icou outra uni!a!e p0(lica especiali*a!a e compat.&el com asnecessi!a!es !o a#ra&a!o) ou mesmo outra uni!a!e pri&a!a com &alor inferiorDireito H sa0!e consa#ra!o constitucionalmente como !ireito fun!amental !a!i#ni!a!e !a pessoa @umana 5inciso III !o art% 9K !a C1; -Decis"o manti!a-Recurso impro&i!o% Relator5a;3 Maria Laura Ta&ares Comarca3S"o 4aulor#"o +ul#a!or3 Cmara !e Direito 40(lico Data !o +ul#amento366976796Outros n0meros39P6:76Q6679668777766 Dispon.&el em3]@ttps3esa+%t+sp%+us%(rc+s#resulta!oCompleta%!o>+sessioni!G9P87E7E6A: A7PDCP8DPA1D719%c+s#9_% Acesso em3 97 a(r% 679Q%

6P 4IOVESAN) 1l'&ia% T$)*% $ D'($'+-% B)*/-%.S"o 4aulo3 Ma/ Limona!)677:% p% :9Q-:9%:7 AVAShI) Lante Ta(arelli> B=RIN) Marcia An!rea> OBIM) Marco 1eli/%D'-=-% C-/%+'+'-/*'% $ D'($'+-P9'- $ P(',*-.4orto Ale#re3 Li&raria!o A!&o#a!o) 679:% n% 6% p%98Q-98%:9 RANIERI) Nina Beatri* Stocco% Direito ao Desen&ol&imento e Direito aE!uca,"o3 Rela,2es !e Reali*a,"o e Tutela% R$,'%+* -% +('/*'%C*$(/-% $ D'($'+- C-/%+'+'-/* $ C'/'* P-;+'*.S"o 4aulo) &% 8)9PPQ%p%96%



:6 LEAL) Ro#ério esta% C-/'"#$% $ P-%%'''*$% E&'*'*'% -%D'($'+-% !/*)$/+*'% S-'*'% Os !esafios !o 4o!er u!ici'rio noBrasil%4orto Ale#re3 Li&raria !o A!&o#a!o) 677P% p% :86-:8:%Da an'lise !os ac?r!"os em comento) merece !estacar que se proporcionouaos porta!ores !e !efici<ncia o !ireito H e!uca,"o e respecti&o tratamento)

(em como meios para e/erc.cio !este !ireito) !a!a a prote,"o inte#ral!acrian,a e inclus"o !esta no meio escolar a fim !e proporcionar a i#ual!a!eno tratamento% 1l'&ia 4io&esan6P infere34or outro la!o é lou&'&el perce(er que os Tri(unais recorrem com maisfrequ<ncia aos arti#os !a Constitui,"o !o que Hs normas fe!erais e esta!uaispara fun!amentar suas !ecis2es% Este fato re&ela a for,a e o alcance !aConstitui,"o 1e!eral !e 9P e corro(ora as consi!era,2es anteriores) !e queesta representou um marco na !efesa !os !ireitos !as pessoas porta!oras !e!efici<ncia% In!ica) outrossim) que a ar#umenta,"o !e que tais normas seriamapenas pro#ram'ticas é totalmente !esca(i!a) !eten!o o intuito !e es&a*iar afor,a normati&a !a Constitui,"o e seu potencial transforma!or%

A respeito !o posicionamento !o 4o!er u!ici'rio) em contraparti!a) ain!apersiste !i&er#<ncias so(re a aplica,"o ime!iata ou n"o !os !ireitosfun!amentais) !a!o a &is"o patrimonialista) esculpi!as nos princ.pios !aa!ministra,"o p0(lica) restrin#in!o-se estes !ireitos H pre&is"o or,ament'ria eHestrita le#ali!a!e% Contu!o) o posicionamento ca!a &e* mais !ominante épela aplica,"o !o !ireito H e!uca,"o:7%O 4o!er u!ici'rio) ent"o) !emonstra por meio !e suas !ecis2es ocumprimento !a filosofia !o Esta!o Social) ao passo que se preocupa comdesi-uadades !ateriais e $o! o estaee$i!ento de $ondi&es para +en$0%as, dentro da $o!unidade po(ti$as, $o! i! espe$(i$o6 o desen+o+i!entona$iona sustent5+e :9.

Ain!a) relati&amente aos princ.pios aplica!os H espécie) cita-se a li,"o !eRo#ério esta Leal:63O princ.pio !a ra*oa(ili!a!e ou !a proporcionali!a!e) termos aqui empre#a!os!e mo!o fun#.&el) n"o est' e/presso na Constitui,"o) mas tem seu fun!amentonas i!eias !e !e&i!o processo le#al su(stanti&o e na !e +usti,a% Trata-se !e um&alioso instrumento !e prote,"o aos!ireitos fun!amentais e !o interessep0(lico) por permitir o controle !a !iscricionarie!a!e !os atos !o 4o!er 40(licoe por funcionar como a me!i!a com que a norma !e ser interpreta!a no casoconcreto para a mel@or reali*a,"o !o fim constitucional nela em(uti!o ou!ecorrente !o sistema%

To!o !ireito fun!amental quan!o aplica!o Hs crian,as e aos a!olescentespossui aspecto &inculante !iferencia!o) com uma priori!a!e ain!a maior) porestar se falan!o a respeito !e in!i&.!uos em con!i,"o !e su+eitos especiais !e!ireito% Assim) se a e!uca,"o 99



por si s? +' é !ireito fun!amental) lo#o !e aplica(ili!a!e ime!iata) fun!a!a nai#ual!a!e e !emais princ.pios constitucionais) soma-se a isso a !outrina !omel@or interesse !a crian,a e !a prote,"o inte#ral) correspon!en!o) inclusi&e aum en7!eno so$ia e po(ti$o::%:: ORCEVShI) Clo&is% D'($'+-% B)*/-% A terceira #era,"o em De(ate%

4orto Ale#re3 =1RS) 677% p% Q%



:Q BRENINShI) Iria% LD D$ A/-% D$<-'%Reinterpreta,"o so( !i&ersosol@ares% S"o 4aulo3 E!itora Cortes) 677% p% :-:P%De outra (an!a) !e&e se !estacar que a for,a !a norma constitucional éamplia!a pelas le#isla,2es espec.ficas% A prote,"o H e!uca,"o e He!uca,"oinclusi&a é !isposta no Estatuto !a Crian,a e !o A!olescente) na Lei

!e Diretri*es e Bases !a E!uca,"o e no 4lano Nacional !e E!uca,"o) !e 9 !e!e*em(ro !e 6797) relati&o ao !ec<nio 6799 a 6767) ain!a em tramita,"ono4o!er Le#islati&o% Nessa sen!a) necess'rio analisar tais le#isla,2esespec.ficas) que !irecionar"oo estu!o a respeito !a #arantia !o !ireito He!uca,"o !a crian,a autista%Essas le#isla,2es) em con+unto com as teorias supracita!as e a prote,"oconstitucional) H lu* !as normas !e !ireito internacional) fun!amentam a#arantia ao !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista% J preciso tratar n"o s? !o!ireito H e!uca,"o re#ular) mas principalmente !a e!uca,"o inclusi&a aosporta!ores !e !efici<ncia) a(ran#en!o as principais le#isla,2es) !outrinas quea elas se relacionam e !ecis2es +u!iciais a respeito !o tema%

6%6 A LEI DE DIRETRIES E BASES E DEMAIS LEISLAUdES ES4EC1ICAEM 1ACE DA RESERVA DO 4OSSVEL A Lei !e Diretri*es e Bases !a E!uca,"o) Lei 1e!eral n0mero P:PQ) !e 9PP8) énortea!ora !os passos necess'rios para que os princ.pios e #arantiasconstitucionais se+am efeti&a!os% Trata-se !e uma Lei Or#nica que !efineaspectos #erais so(re a e!uca,"o e repisa aquilo +' foi !isposto na CartaMa#na e Estatuto !a Crian,a e !o A!olescente%Constam nos arti#os aspectos pol.ticos) sociais e pe!a#?#icos que !e&eminterferir no trato !o 4o!er 40(lico com a efeti&i!a!e !a e!uca,"o% A referi!a leireformula o pr?prio conceito !e e!uca,"o) tu!o !e um mo!o #eral) #arantin!o apossi(ili!a!e !e re#ulamenta,"o% I&an 4ino:Q) ao analisar a Lei !e Diretri*ese Bases) manifesta-se3 A LDB !efine as incum(<ncias !a =ni"o) !os esta!os e munic.pios 5arts% PK) 97)99 e 96 e seus respecti&os incisos;) (em como suas respecti&as a(ran#<ncias5arts% 9 e 9;% Aos esta!os ca(e a priori!a!e !o ensino mé!io) e aosmunic.pios o ensino fun!amental% Os munic.pios po!em optar por se inte#rarao sistema esta!ual !e ensino ou compor com ele um sistema 0nico !ee!uca,"o ('sica$) tratan!o !a cola(ora,"o entre as esferas e ancoran!o amunicipali*a,"o% Estes arti#os !e&em ser enten!i!os H lu* !a Lei P%Q6Q !e9P88 que criou o 1un!o !e Manuten,"o e Desen&ol&imento !o Ensino1un!amental e Valori*a,"o !o Ma#istério$) pois parte !as altera,2es feitas

neles est"o em consonncia com a referi!a lei% A !efini,"o !a #est"o!emocr'tica !o ensino p0(lico na e!uca,"o 96



('sica foi remeti!a aos sistemas !e ensino) que) respeitan!o aspeculiari!a!es) !e&er"o se pautar pelo princ.pios !a participa,"o !osprofissionais !a e!uca,"o na ela(ora,"o !o pro+eto pe!a#?#ico !a escola$ eparticipa,"o !as comuni!a!es escolar e local em consel@os escolares ouequi&alentes$%

4ercorren!o esse !iploma le#al) perce(e-se que a pessoa com !efici<ncia tematen,"o e re#ulamenta,"o pr?pria) &e* que o cerne !o Cap.tulo V !a Lein0mero P:PQ) !e 9PP8) é a e!uca,"o especial% Ao e!ucan!o com !efici<ncias"o elenca!os os seus !ireitos) numa perspecti&a pe!a#?#ica e pr'tica) n"osomente principiol?#ica% Os ensinamentos !e Valt<nio 4aes !e Oli&eira: &"ono se#uinte senti!o3: OLIVEIRA) Valt<nio 4aes !e% LDEN C-)$/+** Interpreta,"o !a Lei !eDiretri*es e Bases !a E!uca,"o Nacional e !o 4lano Nacional !e E!uca,"o%4orto Ale#re3 Re!es) 677P% p% 97P%:8 1ERRA) Carlina Valen,a% M*/* -% '($'+-% * <$%%-* -)$&''/'*.S"o 4aulo3 Sarai&a) 6796% p% :Q%

: Dispon.&el em3 ]@ttp3^^ %̂mprs%mp%(rinfanciale#islacaoi!:6QP%@tm_% Acesso em3 97 a(r% 679Q%: BONAVIDES) 4aulo% Curso !e Direito Constitucional% E!itores Mal@eiros%S"o 4aulo3 677%p% -8O aten!imento e!ucacional especiali*a!o complementa os con@ecimentospropostos no Ensino B'sico e na E!uca,"o Superior) n"o su(stituin!o a escolare#ular o(ri#at?ria para as pessoas !os seis aos quator*e anos) !iferentemente!o que preceitua&a a Constitui,"o anterior) que coloca&a a E!uca,"o Especialno m(ito !a assist<ncia% A!emais) por se tratar !e !ireito in!ispon.&el !eacesso H e!uca,"o) em am(iente escolar) o !ireito ao aten!imento e!ucacionalespeciali*a!o) pre&isto no arti#o e se#uintes !a LDB) n"o su(stitui o !ireitoH e!uca,"o ofereci!o em turmas escolares comuns) sen!o a ten!<ncia atual) ae!uca,"o inclusi&a) respeitan!o-se as !iferen,as e facilitan!o o crescimentoplural% A e!uca,"o inclusi&a é uma ino&a,"o) muitas pessoas !istorcem o seu senti!oe a sua importncia por !escon@ecimento !o assunto% De&e-se enten!er queaceitar a inclus"o e respeit'-la é respeitar o outro e as leis !o nosso pa.s) +'que este postula!o é a no&a perspecti&a tra*i!a pela le#isla,"o !as 0ltimas!éca!as) !iferentemente !a perspecti&a inte#ra!ora que conceitua um padrãode nor!aidade:8%No esta!o !o Rio ran!e !e !o Sul) o Consel@o Esta!ual !e E!uca,"o

manifestou-se H insur#<ncia !a 4rocura!oria eral !o Esta!o) por meio !o4arecer Esta!ual 8677837% 4or meio !este parecer) é !isposto oencamin@amento !a e!uca,"o especial no esta!o #a0c@o)!an!o conta !a!isposi,"o !os e!uca!ores e !os méto!os !e a&alia,"o !e apren!i*a#em% Além !as !ificul!a!es que ain!a se encontram) merece estu!otam(ém a Lei1e!eral nK %:)!e 6Q !e outu(ro !e 9PP) em con+unto com a Lei 1e!eral nK97%7Q) !e !e no&em(ro !e 6777) e a Lei 1e!eral nK 97%7P) !e 9P !e!e*em(ro !e 6777% Em comum) !isp2em so(re a inclus"o !a pessoa porta!ora!e !efici<ncia) reafirman!o o aparato le#al em !issonncia com a reali!a!e% A!espeito !a e/ist<ncia !e le#isla,2es espec.ficas) n"osen!o efeti&a!as) &alecitar a refle/"o !e 4aulo Bona&i!es:

O pro(lema !os !ireitos @umanos fun!amentais no século ZZ) so(retu!o nasocie!a!e (rasileira) n"o !e&e ficar !esmem(ra!o !e uma teoria !a crise



pol.tica) cu+a an'lise se fa* imprescin!.&el parapo!ermos son!ar o alcancee/tens"o !as !ificul!a!es que a#ora o 4a.s atra&essa% Com efeito) a crisepol.tica !e uma Na,"o po!e percorrer tr<s !istintos #raus nesta escala3 emprimeiro lu#ar é crise !o E/ecuti&o) que normalmente c@e#a ao seu termoquan!o se mu!a !e #o&erno ou a!&ém) !e maneira (em-suce!i!a) uma no&a

pol.tica> a se#uir) crise constitucional k!e solu,"o ain!a poss.&el kme!ianteuma Emen!a a Constitui,"o ou) nos casos mais #ra&es e e/cepcionais) por &ia!a reforma total ou !a promul#a,"o !outra lei maior> enfim) se con&erte ela emcrise constituinte) a !e terceiro e !erra!eiro #rau) quan!o !ei/a !e ser t"osomente a crise !e um o&erno ou !e uma Constitui,"o para se transformarem crise !as institui,2es ou !a Socie!a!e mesma) em seus 0ltimosfun!amentos9:



Diante !o somat?rio !e normas +ur.!icas) conclui-se que a prote,"o e/iste)tanto no que !i* respeito a !outrina quanto H le#isla,"o) sen!o que a!i&er#<ncia est' no plano !a a,"oefeti&i!a!e% A e!uca,"o é o(+eti&o !acoleti&i!a!e) sen!o in!ispens'&el H crian,a) por consistir em sua prote,"ointe#ral% 4ara a crian,a porta!ora !e !efici<ncia) @' a possi(ili!a!e !a

e!uca,"o especial e !a e!uca,"o inclusi&a) que merece aten,"o especialrelati&amente ao !isp<n!io !e &er(as:P) !a!o o !estaque !iante !o no&opara!i#ma e!ucacional e social%:P CR=) l&aro Ricar!o !e Sou*a% O '($'+- H '&$($/"* As a,2esafirmati&as como mecanismo !e inclus"o social !e mul@eres) ne#ros)@omosse/uais e pessoas porta!oras !e !efici<ncia% Belo ori*onte3 Del Re)677:% p% 9:7-9:9%Q7 CANOTILO) osé oaquim omes% E%+-% %-($ '($'+-%&/*)$/+*'%.Coim(ra3 Coim(ra E!itora) 677Q% p% 97%



Q9 4ORTO ALERE% Cmara C.&el) % A<$*">- C;,$ /. 7KK544K6J47%Relator3 Sér#io 1ernan!o !e Vasconcellos C@a&es% 4orto Ale#re) 7Q !e +ul@o !e679:% Dispon.&el em3 ]@ttp3^^^%t+rs%+us%(r(uscaqGautismot(G+urisno&apartialfiel!sGtri(unal:ATri(unal667!e667usti6C:6Aa667!o667RS%6TipoDecisao:Aac6C:6B:r!

6C:6A:oCTipoDecisao:Amonocr6C:6A9ticaCTipoDecisao:Anull6Prequire!fiel!sGasqGiniG97_ Acesso em3 9Pset% 679:% X &ista !isso) o !ireito H e!uca,"o es(arra na li(era,"o !e recursos) momentoem que o Esta!o ale#a a escasse* e impossi(ili!a!e !e !ar aplica(ili!a!e aos!ireitos sociais% So(re este aspecto) a !outrina imp2e os princ.pios !a reser&a!e consist<ncia) !a reser&a !o poss.&el e !a proporcionali!a!e) a fim !e(ali*ar a #arantia !os !ireitos fun!amentais%Esses princ.pios acostam a i!eia !e ra*oa(ili!a!e Hs !ecis2es +u!iciais queenfrentam a aplica,"o ime!iata !os !ireitos fun!amentais% A ra*oa(ili!a!eproposta !e&e ser le&a!a em consi!era,"o !iante !o confronto !e !ireitos

fun!amentais e n"o por um aspecto meramente econmico% osé oaquimomes Canotil@oQ7 e/plica3o+e como ontem) os !ireitos sociais) econ?micos e culturais colocam umpro(lema incontrol'&el custam !in@eiro) custam muito !in@eiro% 4o!eremosrestar as respostas !o se#uinte mo!o3 9% ] Reser&a !o poss.&el si#nifica a total!es&incula,"o +ur.!ica !o le#isla!or quanto H !inami*a,"o !os !ireitos sociaisconstitucionalmente consa#ra!os> 6% Reser&a !o poss.&el si#nifica a]ten!<ncia para *ero_ !a efic'cia +ur.!ico !as normas constitucionaisconsa#ra!oras !e !ireitos sociais> :% Reser&a !o poss.&el si#nifica#ra!uali!a!e com !imens"o l?#ica e necess'ria !a concreti*a,"o !os !ireitossociais) ten!o so(retu!o em conta os limites financeiros> Q% Reser&a !oposs.&el si#nifica a insin!ica(ili!a!e +uris!icional !as op,2es le#islati&as quantoH !ensifica,"o le#islati&a !as normas constitucionais recon@ece!oras !e!ireitossociais%E/emplifican!o tal miti#a,"o) correlaciona-se um prece!ente !o e% TRS)posi,"o minorit'ria) mas ain!a sim utili*a!a como fun!amento para a!equa,"o!o !ireito H e!uca,"o% Trata-se !a Apela,"o n0mero 77QQ78PQQ9) !erelatoria !o Desem(ar#a!or Sér#io 1ernan!o !e Vasconcellos C@a&es) +ul#a!oem 7Q7679:) que analisa a e/i#i(ili!a!e !e um monitor em sala !e aula paraacompan@ar uma crian,a autista) em que em suas ra*2es !e !eci!ir assimfun!amenta3

Assim) essa priori!a!e esta(eleci!a pela lei ense+a a responsa(ili*a,"o !osentes p0(licos) mas é rele&ante a ale#a,"o !e que a necessi!a!e !e monitorn"o apenas é onerosa aos cofres p0(licos) mas) so(retu!o) pro&i!<ncia que!eman!auma criteriosa a&alia,"o pe!a#?#ica) (em como a cria,"o !e car#o)estu!os técnicos e pre&is"o or,ament'ria% Nesse conte/to) n"o me parece&i'&el e/i#ir o pronto fornecimento !e mais um professor com a finali!a!eespec.fica !e monitorar o apren!i*a!o e as tarefas escolares !e um 0nicoaluno !entro !e uma sala !e aula coleti&a) so( o ar#umento !e que esteapresenta !ificul!a!e !e apren!i*a!o e pro(lemas !e compreens"o% 4enso)pois) que nesse caso) o infante !e&e frequentarescola especial) caso n"o ten@acon!i,2es !e acompan@ar os !emais%%%ISTO 4OSTO) em !ecis"o monocr'tica)

con@e,o !o recurso e l@e !ou pro&imento%9Q



' quem !efen!a que os !ireitos fun!amentais po!em ser limita!os) em caso!e colis"o) com o fim !e #arantir a consecu,"o !e outro !ireito fun!amental) oque n"o ocorre no presente caso% Esses princ.pios !e&em ser restritamenteutili*a!os para fins !e pon!era,"o !e !ireitos fun!amentais) !emocrati*an!o e +uris!icionali*an!o a pol.tica que afasta as pretens2es constitucionaisQ6%

Q6 MENDES) Conra!o u(ner% D'($'+-% !/*)$/+*'% %$<*(*">- $<-$($% $ $'$(*">-.S"o 4aulo3 Sarai&a) 6799% p% 6%Q: MIOO) 4a(lo Castro% A <* &*$ - <('/;<'- * <(-''">- -($+(-$%%- %-'* $ -% '($'+-% &/*)$/+*% /- (*%'=ma an'lise@ermen<utica% 4orto Ale#re3 Ver(o ur.!ico) 6797% p% 8%QQ ESTEVES) o"o Lui* M% D'($'+-% !/*)$/+*'% S-'*'% /- S<($)-T('/* !$$(*.S"o 4aulo3 Méto!o) 677% p% PQ%



Q S=4REMO TRIB=NAL 1EDERAL% ARE 8:P%::-A#R.Relator3 Min% Celso !eMello% Bras.lia) 6: !e a#osto !e 6799%No mesmo senti!oRE Q8Q%9Q:-A#R)Relator3 Min%Ellen racie% Bras.lia3 9 !e fe&ereiro !e 677P% RE PQ%79- A#R%Relator3 Min% Eros rau. Bras.lia) 6: !e +un@o !e 677P% Dispon.&el em3]@ttp3^^ %̂stf%+us%(rportalconstituicaoconstituicao%asp_% Acesso em3 97 a(r%

679Q% Assim) os princ.pios que limitam os !ireitos fun!amentais !e&em ser utili*a!osna sua !e&i!a finali!a!e) que se relacionaria com a impossi(ili!a!e financeira!o Esta!o caso essa pretens"o #erasse !iretamente a afronta a outro !ireitofun!amental% Ocorre que esta rela,"o !ificilmente est' fun!a!a num confrontoentre !ireitos fun!amentais) sen!o) na &er!a!e) apenas uma escusa superficialH precarie!a!e !os cofres p0(licosQ:%Em s.ntese) !a presta,"o +uris!icional aplic'&el aos casos) !epreen!e-se quen"o @' ra*2es para miti#a,"o !o !ireito H e!uca,"o especial) porquantofun!amenta!o apenas na onerosi!a!e ao 4o!er 40(lico% Ain!a) a !efesa !aimpossi(ili!a!e !e consecu,"o !os !ireitos sociais em &ista !a !isponi(ili!a!e

!os atos a!ministrati&os) elencan!o a reser&a !o poss.&el)é insuficiente) !a!o oatual mo!elo constitucional% Isso tam(ém porque équan!o !a presta,"o +uris!icional que) e/ercen!o sua con!i,"o !e uti!a ratio, !e&e ser analisa!a aquest"o pol.ticaQQ% A onera,"o !os cofres p0(licos e a car<ncia !e recursos) por si s?) n"oafastam a efic'cia constitucional !os !ireitos fun!amentais% S"o) outrossim)afronta H le#isla,"o infraconstitucional que !etermina a efic'cia !o !ireito He!uca,"o% A!mitir a oposi,"o !estes princ.pios e !a i!eia !a reser&a !oposs.&el como fun!amento para car<ncia !e recursos p0(licos é !ei/ar os!ireitos fun!amentais e sociais con!iciona!os H #er<ncia !o 4o!er 40(lico eescusar-se !e sua efeti&i!a!e por meio !e uma fun!amenta,"o #enéricaQ% A pol.tica p0(lica para consecu,"o !a e!uca,"o inclusi&a !e&e estar !ispostano or,amento p0(lico e) quanto n"o esti&er) ca(e ao 4o!er u!ici'rio!eterminar sua inclus"o% A e!uca,"o inclusi&a) !e um mo!o #eral) constitui)tam(ém) quest"o !e sa0!e p0(lica) ao passo que a inclus"o na socie!a!e pormeio !a e!uca,"o au/ilia no tratamento !a !efici<ncia) principalmente noaspecto psicossocial%Num aspecto inter!isciplinar) a e!uca,"o fa* parte !o !esen&ol&imento !oin!i&.!uo) re!u*i-la Hs quest2es or,ament'rias) é re!u*ir as capaci!a!es !e 9



!esen&ol&imento in!i&i!ual H #er<ncia !o Esta!o> Desen&ol&imento n"o s?co#niti&o) mas tam(ém emocional) social) cultural e econmico) pois ae!uca,"o é alicerce para estes aspectos%uan!o se fala !a crian,a autista) é muito comum enfrentar-se uma !ificul!a!eno relacionamento com o outro) ra*"o pela qual o processo !e e!uca,"o

acrescenta e muito em seu!esen&ol&imento% Sen!o a e!uca,"o inclusi&a) emque a crian,a autista estar' em con&.&io com outras crian,as) n"onecessariamente porta!oras !e !efici<ncia) no ensino re#ular)oqueproporcionar' a to!as as crian,as apren!i*a#em ao con&.&io social) fatosque !e&em ser analisa!os especificamente !iante !o estu!o !ascaracter.sticas !a crian,a autista%3A CRIANÇA AUTISTA E A GARANTIA AO DIREITO ? INCLUSÃO NOSISTEMA EDUCACIONAL:%9 O A=TISMO E A INCL=SO ESCOLAR4ara a&aliar a quest"o !a inclus"o escolar) é essencial compreen!er o autismoe as necessi!a!es especiais que a crian,a autista reclama% N"o (asta a lei

#arantir a i#ual!a!e e a inclus"o escolar) impera a consecu,"o !este !ireito !amel@or forma poss.&el a to!os os en&ol&i!os%Desta feita) é fun!amental um estu!o que n"o se restrin+a aos aspectos le#aise Hs !outrinas +ur.!icas% Omel@or é que !emais 'reas correlaciona!as aoacompan@amento !a crian,a autista au/iliem os profissionais !o !ireito na#arantia !o !ireito H e!uca,"o% 4ara tanto) far-se-' uma (re&e an'lise !asquest2es que se relacionam a crian,a autista e est"o li#a!as a outras 'reas !osa(er%Oautismo é uma s.n!rome que se manifesta nas crian,as) nos primeiros !oisanos !e &i!a) que po!e afetar !es!e o !esen&ol&imento interpessoal até) emcasos mais #ra&es) o seu !esen&ol&imento #lo(al) incluin!o altera,2es na falae apren!i*a#em) por e/emplo% Oconceito atual n"o encara o autismo comouma !oen,a 0nica e sim como um !es&io no !esen&ol&imento !e mo!o!istinto% Antes !e se falar em autismo) se utili*a o termo Espectro Autismo) que trata!os mais &aria!os #raus !e interfer<ncia que essa s.n!rome po!e apresentar)com !i&ersos refle/os% Os estu!os em torno !o autismo se iniciaram entre osanos !e 9PQ:) nos Esta!os =ni!os) por iniciati&a!o psiquiatra pe!i'trico Leohanner) e) em 9PQQ) na A0stria) por iniciati&a !o tam(ém psiquiatra ans Aspen#er) e!elineiam até @o+e o comportamento 98



cient.fico na in&esti#a,"o e tratamento !essa !oen,a%Nos termos !o DSM-IV-TRQ83Q8 AMERICAN 4SCIATRIC ASSOCIATION% M*/* '*=/%+'- $$%+*+;%+'- $ +(*/%+-(/-% )$/+*'%.Q% e!% 4orto Ale#re3 Artme!) 677Q%Q ORANIAUO M=NDIAL DA SA`DE% C*%%'&'*">- E%+*+;%+'*

I/+$(/*'-/* $ D-$/"*% $P(-$)*% R$*'-/*-% H S*9$.97% e!% S"o 4aulo3 =ni&ersi!a!e !e S"o4aulo) 6777%Q SOLOMON) An!re^% L-/=$ * (,-($4ais) fil@os e a (usca !a i!enti!a!e%S"o 4aulo3 Compan@ia !as letras) 679:% p% 68Q%QP SIBEMBER) Nilson% Autismo e lin#ua#em% In3 CENTRO LDIA CORAT%E%('+-% * C('*/"*. % e!% 4orto Ale#re3 Centro L!ia Corat) 9PP8% p% 7%O Transtorno Autista consiste na presen,a !e um !esen&ol&imentocomprometi!o ou acentua!amente anormal !a intera,"o social e !acomunica,"o e um repert?rio muito restrito !e ati&i!a!es e interesses% Asmanifesta,2es !o transtorno &ariam imensamente) !epen!en!o !o n.&el !e

!esen&ol&imento e !a i!a!e cronol?#ica !o in!i&.!uo% Ain!a) relati&amente H !efini,"o !aCID-97Q3 Autismo infantil3 Transtorno #lo(al !o !esen&ol&imento caracteri*a!o por3 a; um!esen&ol&imento anormal ou altera!o) manifesta!o antes !a i!a!e !e tr<sanos) e (; apresentan!o uma pertur(a,"o caracter.stica !o funcionamento emca!a um !os tr<s !om.nios se#uintes3 intera,2es sociais) comunica,"o)comportamento focali*a!o e repetiti&o% Além !isso) o transtorno se acompan@acomumente !e numerosas outras manifesta,2es inespec.ficas) por e/emplo3fo(ias) pertur(a,2es !e sono ou !a alimenta,"o) crises !e (irra oua#ressi&i!a!e 5auto-a#ressi&i!a!e;%4ersistecerta resist<ncia acerca conceito !o autismo +' que é uma s.n!romeque &ia !e re#ra influencia no setor !a comunica,"osocial com a crian,a) oque) por si s?) #era outros efeitos% O conceito !e autismo) portanto) n"o éuniforme) !e&en!o ser analisa!o !e mo!o inter!isciplinar para seu !ia#n?sticoe tratamento% uanto mais precoce se !ero !ia#n?stico !o autismo) mel@orser' H crian,a autista) para que se proce!a a inter&en,"o necess'ria% So(re o!ia#n?stico e caracter.sticas !o autismo) An!re^ SolomonQ34or al#uma ra*"o misteriosa) contu!o) o autismo parece estar aumentan!o% Al#uns especialistas ale#am que apenas passamos a!ia#nostic'-lo com maisfrequ<ncia) mas o !ia#n?stico mel@ora!o !ificilmente @' !e ser a e/plica,"oca(al !a escala!a !e um .n!ice !e um em 677 nascimentos em 9P87 para um

em @o+e% N"o sa(emos o porque o autismo &em aumentan!o> ali's) n"osa(emos o que é o autismo% Trata-se !e uma s.n!rome) n"o !e uma !oen,a)pois é um con+unto !e comportamentos) n"o uma enti!a!e (iol?#ica con@eci!a% A s.n!rome a(ran#e um #rupo altamente &ari'&el !e sintomas ecomportamentos) e pouco sa(emos so(re on!e ela se locali*ano cére(ro) porque ocorre ou o que a !esenca!eia% N"o temos como mensur'-la) a n"o serpor suas manifesta,2es e/ternas% O #an@a!or !o pr<mio No(el Eric han!el!isse3 Se conse#uirmos enten!er o autismo) enten!eremos o cére(ro$% J ummo!o #eneroso !e !i*er que s? &amos enten!er o autismo quan!oenten!ermos o cére(ro%Infere-se que os estu!os so(re as causas !o autismo e seu tratamento &ariam

!e acor!o com a 'rea !a ci<ncia) se neurolo#ia) se psicolo#ia) se psiquiatria%



Torna-se) portanto) um estu!o inter!isciplinar) na (usca !e um mesmo fim) qualse+a !es&en!ar o autismo e mel@orar a quali!a!e !e &i!a !essas crian,as%4or conse#uinte) o tratamento !a crian,a autista e sua inclus"o escolara(ran#e !i&ersas 'reas !o con@ecimento) que se tornam !epen!entesentre sinesse tratamento% Nilson Sim(er#QP esclarece3

Os tr<s ei/os sintom'ticos !o autismo) ou se+a) a falta !e lin#ua#emcomunicati&a) a falta !e intera,"o social e a aus<ncia !e (rincar ima#inati&o esim(?lico) nos re&elam o quanto a lin#ua#em é constituti&a !o su+eito @umano%O quanto ela é teci!a e) ao mesmo tempo) constituinte !a re!e !e intera,2essociais) intersu(+eti&as) !a crian,a com o outro e possi(ilita!ora !o (rincarenquanto representa,"o ima#in'ria e sim(?lica !a posi,"o su(+eti&as !acrian,a frente a essas rela,2es% A cl.nica !o autismo que n"o consi!erar aim(rica,"o !os tr<s re#istros ser' sempre uma cl.nica fa!a!a ao fracasso%Tal&e* por isso as neuroci<ncias consi!erem o autismo como impossi(ilita!o !euma cura) ini(in!o !a sua perspecti&a a possi(ili!a!e !o aparecimento !e umsu+eito !e !ese+o% A cura !o autismo passa) ent"o) o(ri#atoriamente por uma

cl.nica inter!isciplinar) +' que nen@um campo !e con@ecimento) nem a 9



neurolo#ia) nem a psicolo#ia ou a psican'lise) comporta um sa(er 0nicosuficiente so(re as comple/as &ari'&eis que inci!em so(re essa s.n!rome%=ma cl.nica inter!isciplinar que) entrela,an!o os tr<s re#istros) coloque acrian,a na !ire,"o !e constitu.-la num campo su(+eti&a!o%Em ra*"o !as particulari!a!es !o autismo) suainclus"o escolar !e&e respeitar

al#uns critérios) principalmente o !a in!i&i!uali!a!e% Ca!a crian,a autista éuma no&a &i!a) com limita,2es e @a(ili!a!es 0nicas que !e&em ser e/plora!aspelo sistema e!ucacional) ou se+a) n"o e/iste uma re#ra para ser se#ui!a% A quest"o !a sociali*a,"o !as crian,as autistas por meio !a e!uca,"oé refle/o!e uma a(or!a#em inter!isciplinar% A inclus"o escolar constitui um processo !e!esen&ol&imento social que é necess'rio para o tratamento autista% Ae!uca,"o) portanto) se torna um poss.&el complemento) aos tratamentos!ispensa!os H crian,a autista para seu !esen&ol&imento% A psicolo#ia e a pe!a#o#ia em con+unto e/plicam o quanto a inclus"o !e umacrian,a em meio !istinto po!e ampar'-la positi&amente% O ser @umano) por sersocial) !esen&ol&e-se em contato com o outro) o que ense+a a i!eia !e que o

contato com o outro) !iferente !e si) cola(ora para o !esen&ol&imento !oautista) em supera,"o Hs suas !ificul!a!es% Nesse senti!o a !outrina !e CesarColl Sal&a!or737 SALVADOR) Cesar Coll% P%'--='* * E*">-. 4orto Ale#re3 Artme!)9PPP% p% 999%9 BRANDO) 4aulo Ce*ar Da&ila% A crian,a com pro(lemas e a escolamaternal% In3 CENTRO LDIA CORAT% :% e!% E%('+-% * ('*/"*.4orto Ale#re3Centro L!ia Coriat) 6799% p% :%Efeti&amente)parece !if.cil colocar em !0&i!a que o am(iente mais importanteno !esen&ol&imento pessoal é o am(iente @umano e n"o o am(iente f.sico oumaterial% Isso n"o si#nifica afirmar que os o(+etos ou os est.mulos f.sicos n"ose+am importantes no comportamento ouno !esen&ol&imento @umano) mas quea rela,"o que a crian,as esta(elecem com os o(+etos encontra-se me!iati*a!a)em #ran!e parte) pela inter&en,"o !os a!ultos 5Hs &e*es !e maneira !ireta)ime!iata) e outras &e*es !e maneira in!ireta) me!ia!a) como) por e/emplo)quan!o os a!ultos !eci!em quais o(+etos !ei/ar"o ao alcance !a crian,a equais n"o;> tal inter&en,"o tem) em (oa parte) um componente !e car'tersocial e cultural 5por e/emplo) os o(+etos que os a!ultos creem ser apropria!ospara a crian,a e que !ei/am ao seu alcance &ariam !e uma cultura a outra e !emomento @ist?rico a outro;% 4or tu!o isso) parece aceit'&el sustentar que o!esen&ol&imento @umano é e/erci!o em intera,"o com um am(iente social

or#ani*a!o culturalmente) e que !ificilmente qualificaremos como natural%uan!o se fala em e!uca,"o) utili*a-se o termo no senti!o amplo) n"o serestrin#in!o ao ensino re#ular% A inclus"o escolar !i* respeito ao am(ienteescolar) ao ser&i,o !e super&is"o) ao ser&i,o !e orienta,"o> ao setor !eati&i!a!es f.sicas% To!o o am(iente escolar !e&e estar prepara!o para rece(era !i&ersi!a!e !e alunos) tal como o e!ucan!o autista%Este proce!imento inclusi&o) para se !ar !a forma mais efeti&a poss.&el !e&ecome,ar t"o lo#o a crian,a este+a apta a enfrent'-lo) porque énas séries iniciaisque se esta(elecem &.nculos !e rela,"o com o outro que ir"o ser utili*a!os e!esen&ol&i!os ao lon#o !os anos) (em assim a no,"o !e in!epen!<ncia !orecinto familiar) como ensina 4aulo Ce*ar Da&ila Bran!"o93

A crian,a necessita ir mais além !os limites !a fam.lia) !eslocan!o-setemporariamente !os &.nculos parentais) construin!o no&as rela,2es sem a



interme!ia,"o !ireta !aqueles) o(+eti&an!o a (usca !e uma maior autonomia ea consequente conquista !a estimula,"o !e sua si#nifica,"o ps.quica% Dessaforma) a escol@in@a &em ao encontra !a necessi!a!e !e sociali*a,"o numsenti!o amplo) oferecen!o uma enorme !i&ersifica,"o !e est.mulos ao!esen&ol&imento no plano instrumental% Neste per.o!o) ela 9



se apresenta como um !es!o(ramento e um certo rompimento !a e/peri<ncia!a casa%Os especialistas em crian,as autistas apontam e frisam as mel@oras que umam(iente escolar a!equa!o po!e tra*er H &i!a !essa crian,a e H !e suafam.lia% A inclus"o escolar é) além !isso) uma forma !e elimina,"o !e

preconceitos) apro/iman!o reali!a!es !iferentes e fa*en!o com que to!os osen&ol&i!os apren!am a con&i&er com as !iferen,as% O psicanalista Alfre!oerusalins6 afirma36 ER=SALINSh) Alfre!o% P%'*/'%$ $ D$%$/,-,')$/+- I/&*/+'umenfoque trans!isciplinar% 4orto Ale#re3 Artes e Of.cios) 6797% p% 97%: BASTOS) Marise Bartolo**i> h=41ER) Maria Cristina Mac@a!o% A escuta !e4rofessores no tra(al@o !e inclus"o escolar !e crian,as psic?ticas e autistas%E%+'-% * ;/'*&% 9) n% 9) 6797% p% 99%Q 1RA=AS) Veri!iana% S*'/- - **+'%)- o &i&i!o !e uma e/peri<nciaa partir !e um tra(al@o !e acompan@amento terap<utico% S"o 4aulo34=CS4)677:% p%97%

J a. que a fi#ura !a escola &em a cal@ar porque a escola n"o é socialmente um!ep?sitocomo o @ospital psiqui'trico) a escola é um lu#ar para entrar e sair% Jum lu#ar !e trnsito% Além !o mais) !o ponto !e &ista !a representa,"o social)a escola é uma institui,"o normal !a socie!a!e) por on!e circula) em certapropor,"o) a normali!a!e social% 4ortanto al#uém que frequenta a escola sesente #eralmente mais recon@eci!o socialmente !o que aquele que n"ofrequenta% J assim que muitos !e nossos psic?ticos p0(eres ou a!olescentesreclamam que querem ir H escola como seus irm"os precisamente porque issofuncionaria para eles como um si#no !e recon@ecimento !e serem capa*es !ecircular numa certa propor,"o) pela norma social% E efeti&amente isso aca(aten!o um efeito terap<utico) porque) !o la!o !o !iscurso social) cura esse!iscurso !e seu @orror H psicose) ou cura) numa certa propor,"o) Hs &e*esm.nima) Hs &e*es maior) Hs &e*es num efeito apenas circunscrito H comuni!a!eescolar ou ao (airro on!e a escola est') cura) !i*.amos) um certo n0mero !epreconceitos% Ain!a) so(re a e!uca,"o inclusi&a &ista como uma !as etapas !o tratamento!o autismo) se fala em e!uca,"o terap<utica% Além !e compreen!er outrosaspectos que n"o apenas o ensino propriamente !ito) possuin!o uma fun,"osocial) esse mo!elo !e e!uca,"o a(or!a!o inclui &alores a serem lapi!a!ospara a crian,a autista% Marise Bartolo**i Bastos e Maria Cristina Mac@a!ohupfer: esclarecem3

4ara as crian,as psic?ticas) ir H escola po!e si#nificar a &olta H circula,"osocial e tam(ém a retoma!a !e seu !esen&ol&imento intelectual% Mais que ume/erc.cio !eci!a!ania) ir H escola tem &alor terap<utico3 a escola po!econtri(uir para a retoma!a ou para a reor#ani*a,"o !a estrutura,"o per!i!apara a crian,a% A e!uca,"o terap<utica é ent"o um con+unto !e pr'ticas !o qualo #rupo !e professores é parte inte#rante% 4ara que as crian,as comtranstornos #ra&es possam usufruir !a escola é fun!amental que a equipeterap<utica tra(al@e em parceria com os e!uca!ores4ara que se efeti&e com sucesso o !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista) ainclus"o escolar po!e e !e&e apresentar &aria,2es) em !ecorr<ncia !asparticulari!a!es !o autismo) como +' e/posto antes% ' casos em que é

necess'ria a presen,a !e um monitorpara au/iliar a crian,a em sala !e aula)



(em assim po!e ser e/i#i!o o acompan@amento terap<utico) que n"o serestrin#e ao am(iente escolar% Veri!iana 1ra#uas e/plicaQ3O tra(al@o !o A%t% !entro !a escola consiste em um acompan@amento !acrian,a !urante to!o o per.o!o escolar) !entro e fora !a sala !e aula)procuran!o inte#r'-la ao #rupo) assim como en&ol&<-la nasati&i!a!es

propostas pelo professor) sempre le&an!o em conta seuslimites e suaspotenciali!a!es%Essas quest2es a(or!a!as) como a necessi!a!e !e um acompan@amentoterap<utico) !e um corpo !ocente prepara!o e !e uma estrutura escolarinclusi&a possuem&asta!iscuss"o +ur.!ica% Conforme +' !emonstra!o)!iscuss"o porque é !ireito fun!amental> !iscuss"o porque en&ol&eo or,amentop0(lico> !iscuss"o porque a lei é pra#m'tica> !iscuss"o porque requerinterpreta,"o% 9P



Outrossim) a #arantia !o !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista ultrapassa oam(iente escolar) a(ran#en!o) aspectos que circun!am a #arantia !esse!ireito% N"o é quest"o apenas !e incluir em uma escola) mas tam(ém !e&e ser!a!o con!i,2es para que a crian,a autista e/er,a seu !ireito H e!uca,"o%E/emplo !isso) caso a fam.lia n"o ten@a con!i,2es !e suportar com o

transporte !a crian,a autista até a escola em que foi matricula!a) ain!a que aescola esti&esse #aranti!a) seria in?cua% 4ara efeti&i!a!e !o !ireito He!uca,"o) tam(ém !e&eria ser #aranti!o o transporte especiali*a!o H crian,a%4or isso outros aspectos que est"o relaciona!os H e!uca,"o !e&em sero(ser&a!os para consecu,"o !a #arantia !esse !ireito !a crian,a autista%Em que pese as le#isla,2es que tratam !a e!uca,"o inclusi&a conce!erem!ireitosespeciais) o le#isla!or é &a#o ao !ispor so(re a matéria) até porque n"o@' como fin!ar um conte0!o !iante !as &ari'&eis e/istentes na an'lise !o casoconcreto% Se nesses casos o 4o!er E/ecuti&o permanece omisso e o Esta!one#a o au/.lio H crian,a autista) o 4o!er u!ici'rio !e&e ser pro&oca!o e fa*era !e&i!a interpreta,"o !os fatos%

Impasses como este s"o) tam(ém) ca!a &e* mais presentes entre asreclama,2es !e !ireitos sociais% O Tri(unal !e usti,a !o Esta!o !o Rio ran!e!o Sul +' enfrentou uma situa,"o nestes termos) consoante prece!ente quese#ue3 A4ELAUO CVEL% ESTAT=TO DA CRIANUA E DO ADOLESCENTE%M=NIC4IO DE CAZIAS DO S=L% CARWNCIA DE AUO 4OR 1ALTA DEINTERESSE DE AIR% INOCORRWNCIA% CRIANUA 4ORTADORA DE5A=TISMO IN1ANTIL; =E A IM4EDEM DE SE LOCOMOVERDESACOM4ANADA) NECESSITANDO DO TRANS4ORTE 4ORTA A 4ORTA)DE S=A RESIDWNCIA ATJ A ESCOLA E AO CENTRO ES4ECIAL =E1RE=ENTA% DEVER DO ENTE 4`BLICO% ARANTIAS CONSTIT=CIONAISDE ACESSO X ED=CAUO IN1ANTIL% O4ERACIONALIDADE DASARANTIAS CONSTIT=CIONAIS 1=NDAMENTAIS% 1ATOR DERELATIVIAUO DO 4RINC4IO DA RESERVA DO 4OSSVEL%INTELIWNCIA DO ART% 67) INCISOS IV E VII) DA CONSTIT=IUO1EDERAL) ART% Q) INCISOS IV E VII) DO ECA% E ARTIOS QK) INCISOS IV EVIII E 99) V) AMBOS DA LEI DE DIRETRIES E BASES DA ED=CAUO -LEINK P%:PQP8% 4RECEDENTES =RIS4R=DENCIAIS% ONORRIA DES=C=MBWNCIA EM 1AVOR DO 1ADE4 -1=NDO DE A4ARELAMENTO DADE1ENSORIA 4`BLICA% DESCABIMENTO% 4RELIMINAR REEITADA% A4ELO 4ARCIALMENTE 4ROVIDO%

4ORTO ALERE% Cmara C.&el) % A<$*">- C;,$ /. 7KK5K221J1K%Relator3 San!ra Brisolara Me!eiros% 4orto Ale#re) 68 !e setem(ro !e 6796%Dispon.&el em3]@ttp3^^ %̂t+rs%+us%(r(uscaqGautismot(G+urisno&apartialfiel!sGtri(unal:ATri(unal667!e667usti6C:6Aa667!o667RS%6TipoDecisao:Aac6C:6B:r!6C:6A:oCTipoDecisao:Amonocr6C:6A9ticaCTipoDecisao:Anull6Prequire!fiel!sGasqGiniG97_ Acesso em3 9Pset% 679:%8 BRASIL% 4resi!<ncia !a Rep0(lica% Secretaria !e Direitos umanos>Secretaria Nacional !e 4romo,"o !os Direitos !a 4essoa com Defici<ncia%Retratos !o Autismo no Brasil% Bras.lia3 679:%

N"o o(stante) a pesquisa pu(lica!a na Re&ista Retratos !o Autismo noBrasil8) relati&a ao aten!imento forneci!o pelo 4o!er 40(lico Hs crian,as



autistas !emonstra que a !*dia de todas entidades e+antadas * de 8,9: proissionais por assistido% Em contrarie!a!e ao que antes foi e/posto) oaten!imento presta!o nessas con!i,2es n"o surte os efeitos !ese+a!os para o!esen&ol&imento !a crian,a autista%Esse aten!imento) por sua &e*) !e&e cola(orar e estar inseri!o no tratamento

!a crian,a% N"o correspon!e e nem po!e se limitar a reali*ar as tarefas pelacrian,a) !e&e (uscar inclu.-la e torn'-la capa* !e !esen&ol&er suain!epen!<ncia% As a,2es !o67



e!uca!or) !omonitor e !a fam.lia !e&em estar em consonncia com oanalisa!o e !etermina!o pelos profissionais que atuam no tratamento !acrian,a autista%O méto!o !e ensino H crian,a autista tam(ém possui peculiari!a!es% ' ométo!o TEAC 5Treat!ent and Edu$ation o Autisti$ and Reated

Co!!uni$ation ;andi$apped C)idren;) que a&alia os pontos fa&or'&eis e !emaior interesse !a crian,a e &isa a a!apta,"o !o am(iente para facilitar acompreens"o !a crian,a autista% Esse méto!o é aconsel@a!o a ser utili*a!opelo monitor e professor quan!o !a inclus"o !a crian,a autista na re!e re#ular!e ensino) para constru,"o !e um sistema !e comunica,"o e lin#ua#em% BRASIL% Ministério !a E!uca,"o% Secretaria !e E!uca,"o Especial%E*">- I/&*/+' S*$($% $ <(+'* * '/%>-D'&'*$% *$/+**%$ *<($/'*=$) *+'%)-.Bras.lia3 677:% Dispon.&el em3 ]@ttp3^^ %̂re&istaautismo%com%(re!ic-o-7a(a-uma-inter&enc-o-comportamental-efica*-em-casos-!e-autismo_% Acesso em3 7 a(r%679Q%

P LO4ES) osé Reinal !e Lima% D'($'+-% S-'*'% Teoria e 4r'tica% S"o 4aulo3Méto!o) 6778% p% 6QQ%' tam(ém o méto!o ABA 5 Appied <e)a+ior Ana=sis;) o qual (usca analisar ocomportamento !a crian,a para esta(elecer as rela,2es que ela !ese+a e/por%4ossui uma perspecti&a comportamental) i!entifican!o os comportamentospre+u!iciais ao !esen&ol&imento !a crian,a autista) com o intuito !e promo&eroscomportamentos positi&os e restrin#ir os comportamentos in!ese+'&eis%Disso se !epreen!e que n"o (asta a #arantia !e uma e!uca,"o inclusi&a paraque a crian,a autista ten@a o seu !ireito H e!uca,"o #aranti!o% O quanto equais as presta,2es que o Esta!o !e&e fornecer H crian,a autista !epen!er'!a necessi!a!e relaciona!a ao #rau !e autismo) so(re critérios !e equi!a!e%Om.nimo necess'rio para a crian,a autista e/i#e uma con!uta positi&a !afam.lia) !a escola) !a socie!a!e e !o Esta!o% A prote,"o que essa crian,anecessita é e/tremamente espec.fica) n"o (astan!o as !isposi,2es le#ais para#arantir seu !ireito H e!uca,"o%4ara a crian,a autista a e!uca,"o é um aspecto e/ponencialmente!iferencia!or em seu !esen&ol&imento% Ao lon#o !e seu crescimento elaprecisa !e au/.lio !os familiares e !o am(iente em que esti&er inclu.!o% 4orto!o o e/posto) a #arantia ao !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista) por meio !ainclus"o escolar é !e taman@a priori!a!e%4elas particulari!a!es e/istentes em ca!a caso) em que pese a e!uca,"o ser

um !ireito social) relati&amente H crian,a autista a postula,"o e efic'cia !esse!ireito se !') &ia !e re#ra) pela perspecti&a in!i&i!ual% Complementan!o essa +ustificati&a) &ale o enten!imento!e osé Reinal Lopes !e LimaP3 A recol@a !as !ecis2es so(re !ireito H sa0!e e H e!uca,"o mostra al#umasten!<ncias rele&antes% Em primeiro lu#ar) o re!u*i!o n0mero !e a,2es e!ecis2es proferi!as em a,2es ci&is p0(licas in!ica que os !ireitos sociais)pelomenos esses !ois !ireitos mais anti#os) n"o &em sen!o trata!as comoo(+etos ou (em coleti&os% J (astante compreens.&el que isto se+a assim) +' quea forma +u!icial !e !iscuss"o ten!e a transformar pro(lemas !e !istri(ui,"o empro(lemas !e comuta,"o% Y%%%\Bens coleti&os) aqueles !e frui,"o uni&ersal) ousimultnea) ou n"o e/clusi&a) s"o pouco compreen!i!os pelo !ireito 69



contemporneo% Em #eral mesmo os (ens coleti&os 5tam(ém c@ama!os no!ireito !e (ens in!i&is.&eis;) por for,a !o pre!om.nio !a i!eia !e !ireitosu(+eti&o 5e !e !ireito p0(lico su(+eti&o;) !issol&em-se em (ens sin#ulares ou!i&is.&eis) tornan!o !if.cil a compreens"o e finalmente a aplica,"o !as normasrelati&as aos !ireitos sociais%

Em s.ntese) a inclus"o escolar é essencial para o autismo) superan!o aquali!a!e !e !ireito social fun!amental% J) tam(ém) uma quest"o !e sa0!e) !e!esen&ol&imento e !e !i#ni!a!e% N"o se trata apenas !e #arantia ao !ireitofun!amental H e!uca,"o) correspon!e H #arantia !e um m.nimo e/istencial) !euma mel@or quali!a!e !e &i!a H crian,a autista e H sua fam.lia%Em resposta Hs interfer<ncias !a socie!a!e) claman!o por uma maiorefeti&i!a!e !o !ireito a e!uca,"o !a crian,a autista) foi l@e !a!o uma maioraten,"o nos 0ltimos anos% A prote,"o espec.fica ao autismo é e/tremamenterecente no Brasil e o !escon@ecimento so(re as peculiari!a!es !essas.n!rome ain!a pro&ocam erros em #ran!es escalas no Brasil%Em !ecorr<ncia) a cria,"o !e associa,2es !e amparo H crian,a autista) o

!esen&ol&imento !e enti!a!es filantr?picas ea aten,"o !a!a pelo 4o!erLe#islati&o e u!ici'rio est"o em !estaque) m'/ime na promul#a,"o !a Lei nK968Q) !e 6 !e !e*em(ro !e 6796% Busca-se aprofun!ar a pro(lem'tica !oautismo) !an!o H crian,a autista a especifica,"o !os seus !ireitos e !os meiospara o(t<-los no caso !e !escumprimento%:%6 A LEI BERENICE 4IANA E S=A A4LICAUONo ano !e 6796 foi promul#a!a a Lei nK 96%8Q) que ficou con@eci!a como LeiBerenice 4iana) em @omena#em a luta !e uma m"e pelos !ireitos !e seu fil@oautista% A lei instituiu a 4ol.tica Nacional !e 4rote,"o !os Direitos !a 4essoacom Transtorno !o Espectro Autista e !iretri*es para sua consecu,"o%Essa lei) em sucintos arti#os) e/p2e os !ireitos !a crian,a autista e as a,2esque o 4o!er 40(lico tem a o(ri#a,"o !e reali*ar) para promo,"o !estes!ireitos%Concernente H e!uca,"o) @' !isposi,"o e/pressa #arantin!o ainclus"o escolar e o !ireito ao acompan@ante especiali*a!o) nos termos !oarti#o :) IV) al.nea a$)com(ina!o com o par'#rafo 0nico) in +eris87387 BRASIL% Lei nK 96%8Q) !e 6 !e !e*em(ro !e 6796% Institui a 4oliticaNacional !e 4rote,"o Dos Direitos !a 4essoa Com Transtorno !o Espectro Autista> e Altera o 4ara#rafo : !o Arti#o P !a Lei %996) !e 99 !e De*em(ro !e9PP7% Di'rio Oficial !a =ni"o3 se,"o 9) Bras.lia) D1) ano 9QP) p% 968Q) 6 !e*%6796% Art% :oS"o !ireitos !a pessoa com transtorno !o espectro autista3

IV -o acesso3a; H e!uca,"o e ao ensino profissionali*ante>4ar'#rafo 0nico% Em casos !e compro&a!a necessi!a!e) a pessoacomtranstorno !o espectro autista inclu.!a nas classes comuns !e ensinore#ular) nos termos !o inciso IV !o art% 6o) ter' !ireito a 66



acompan@ante especiali*a!o A !espeito !esse posicionamento !o le#isla!or) foi imprescin!.&el para que sepu!esse #arantir a !i#ni!a!e !a crian,a autista) o esta(elecimento formal !eseus !ireitos) por meio !e le#isla,"o espec.fica% Vale lem(rar a li,"o !eusta&o Tepe!ino893

89 TE4EDINO) usta&o% P(-$)* $ '($'+- ','@-/%+'+-/*.Rio !eaneiro3 Reno&ar) 6777% p 99%86 ARA=O) a(riela !e) et al% 4anorama !as quest2es en&ol&en!opsican'lise e autismo na 1ran,a3 Dar a 4ala&ra aos autistas% APPOAa(r%mai%679:% p% P-87%8: Dispon.&el em3 ]@ttp3^^ %̂mprs%mp%(rinfanciatermosi!89%@tm_% Acessoem3 97 a(r% 679Q%O le#isla!or contemporneo) insta!o a compor) !e maneira @armnica) ocomple/o !e fontes normati&as) formais e informais) nacionais esupranacionais) co!ifica!as e e/traco!ifica!as) !e&e &aler-se !e prescri,2esnarrati&as e anal.ticas) em que consa#ra e/pressamente critérios

interpretati&os) &alores a serem preser&a!os) princ.pios fun!amentais comoenqua!ramentos a/iol?#icos com teor normati&o e efic'cia ime!iata) !e talmo!o que to!as as !emais re#ras !o sistema) respeita!o os !i&ersospatamares @ier'rquicos) se+am interpreta!as e aplica!as !e maneira@omo#<nea e se#un!o conte0!o o(+eti&amente !efini!o% Supera-se) !essaforma) a !esconfian,a #era!a pelas cl'usulas #erais e pelos conceitosin!etermina!os no passa!o) cu+a !efini,"o era su(+eti&amente atri(u.!a aoma#istra!o ou H !outrina) sem um critério se#uro que respon!esse H l?#ica !osistema% A crian,a autista antes !a le#isla,"o n"o tin@a prote,"o espec.fica Hsparticulari!a!es !a s.n!rome% N"o @a&ia a especifica,"o !os !ireitos que s"o!e e/trema peculiari!a!e relati&osH crian,a autista) como e/emplo) o !ireito aoacompan@ante em sala !e aula% Ain!a) a e/pressa pre&is"o le#al !e incluir oautismo como !efici<ncia apresenta consequ<ncias positi&as no m(ito le#al% Apesar !e @a&er contrarie!a!e na utili*a,"o !o termo porta!or !e !efici<nciapara a crian,a autista) o certo é que para fins le#ais) como estipula!o na Lei nK96%8Q) !e 6 !e !e*em(ro !e 6796) a utili*a,"o !esse termo torna a crian,aautista !etentora !e priori!a!e% Essa priori!a!e n"o po!e ser relati&i*a!a nemcompara!a) porque é imposta por leis espec.ficas%Essa mu!an,a le#islati&a n"o foi restrita ao Brasil) posto que outros pa.sespassaram pelo mesmo processo) como a 1ran,a e os Esta!os =ni!os) como

se !epreen!e !a e/plica,"o !e a(riela Ara0+o863Diante !e !i&ersas contesta,2es e quei/as !e associa,2es !e pais) em 9PP8)um !eputa!o !a re#i"o !o Loire) ean 1ran,ois C@oss) conse#ue apro&ar) na Assem(leia Nacional) a lei que esta(elece o autismo como uma !efici<ncia5)andi$ap;) Lei C@oss 5Loi P8) 978;% Essa promul#a,"o &em na esteira !amesma !efini,"o proposta pelo Con#resso Norte-americano) ou se+a) a partir!e ent"o) n"o se trata mais uma quest"o !e sa0!e mental) mas sim)!efici<ncia% Desse mo!o) o autismo é consi!era!o como um)andi$apespec.ficoe necessita !a constru,"o !e estruturas espec.ficas para o tratamento)forneci!as pelo Esta!o% Y%%\ A mo!ifica,"o !e estatuto !o autismo) entretanto)para além !essa !iscuss"o so(re o sa(er psiqui'trico) !eli(era no&as !iretri*es

para o tratamento !o autismo) que n"o é mais !e responsa(ili!a!e !o campopsi) e sim) !o campo e!ucati&o% No momento !a promul#a,"o !a lei 5e tal&e*



ain!a @o+e;) a maioria !os estu!os !emonstran!oefic'cia no tratamento !oautismo tin@am suas ori#ens em tratamentos e!ucati&os 5como o méto!o ABA;%No esta!o !o Rio ran!e !o Sul +' se assinala&a a necessi!a!e !ere#ulamenta,"o acerca !a e!uca,"o especial !a crian,a autista% E/emplo!isso) o Ministério 40(lico e o esta!o !o Rio ran!e !o Sul firmaram) no ano

!e 9PPP) um termo !e compromisso e a+ustamento !e con!uta) &isan!o oaten!imento e!ucacional especiali*a!o !as crian,as autistas8: % A re#ulamenta,"o tar!ia) no entanto) ain!a é menospre*a!a) ou até mesmo 6:



!escon@eci!a) na sua aplica,"o% Como +' e/posto)parte !os a#entes p0(licosn"o e/ecutam as !etermina,2es le#ais) sen!o que em al#umas !ecis2es @'@esita,"o na #arantia !o !ireito H e!uca,"o inclusi&a !a crian,a autista% Assim) conclui-se que a #arantia !o !ireito H e!uca,"o inclusi&a !a crian,aautista !epen!e e muito !os esfor,os !o 4o!er u!ici'rio) ao aplicar e

interpretar a le#isla,"o no caso concreto% Al&aro Ricar!o !e Sou*a Cru*8Qeluci!a38Q CR=) Al&aro Ricar!o !e Sou*a% O '($'+- H '&$($/"* As a,2esafirmati&as como mecanismo !e inclus"o social !e mul@eres) ne#ros)@omosse/uais e pessoas porta!oras !e !efici<ncia% Belo ori*onte3 Del Re)677:% p%9:9%8 1ILO) osé !os Santros Car&al@o% M*/* $ D'($'+- A)'/'%+(*+',-.67%e!% Rio !e aneiro3 Lumen uris) 677% p% :7-:78%Do +u!ici'rio) espera-se uma mu!an,a si#nificati&a) especialmente) em ra*"o!as e/i#<ncias !o no&o para!i#ma constitucional) posto que um enormeca(e!al !e leis !ei/a !e ser e/ecuta!o por aus<ncia !e re#ulamenta,"o% So( o

fun!amento !e que tais normas n"o possu.am efic'cia plena e sim !iferi!a) umrol consi!er'&el !e !ireitos !as pessoas porta!oras !e !efici<ncia n"o éimplementa!o% Contu!o) sa(e-se na atuali!a!e que ca(e ao +ul#a!or a tarefa!e reconstruir o or!enamento +ur.!ico) ao passo que ao le#isla!or a tarefa !eer#u<-lo% Nessa ati&i!a!e !e aplica,"o !a norma ao caso concreto) o +ul#a!orreali*a uma interpreta,"o e n"o mera aplica,"o mecnica !a lei% O processointerpretati&o é um e/erc.cio !e auto-refle/"o na qual o +ul#a!or toma em &istato!o o or!enamento para aplicar a norma% A #arantia ao !ireito He!uca,"o !a crian,a autista é ina!i'&el n"o s? para acrian,a e sua fam.lia) mas tam(ém para socie!a!e% N"o @' meios !epromo,"o !e ci!a!ania) i#ual!a!e e li(er!a!e se n"o forem #aranti!os aosmais necessita!os o m.nimo necess'rio para seu !esen&ol&imento%Destaca-se que a e!uca,"o inclusi&a merece priori!a!e por se tratar !e umser&i,o essencial Hs crian,as autistas% A priori!a!e que aqui se e/i#e érequisito ('sico para cumprimento !os preceitos fun!amentais e/posto naConstitui,"o 1e!eral% 4or conse#uinte) é !e interesse !o pr?prio Esta!oreali*'-la) caso contr'rio os pre+u.*os causa!os pela aus<ncia !e e!uca,"o Hcrian,a autista po!em causar efeitos n"o s? a crian,a) mas H fam.lia ecoleti&i!a!e% osé !os Santos Car&al@o 1il@o8 enten!e queSen!o #estor !e interesses !a coleti&i!a!e) o Esta!o n"o po!e al&itrar outroo(+eti&o sen"o o !e propiciar a seus s0!itos to!o o tipo !e como!i!a!es a

serem por eles fru.!as% A #ran!e !i&ersi!a!e !os interesses coleti&os e/i#e suacaracteri*a,"o em prim'rios ou essenciais) !e um la!o) e secun!'rios ou n"oessenciais !e outro% uan!o o ser&i,o é essencial) !e&e o Esta!o prest'-lo namaior !imens"o poss.&el) porque estar' aten!en!o!iretamente Hs !eman!asprincipais !a coleti&i!a!e% Ino(stante) ain!a que se+a secun!'rio) a presta,"oter' resulta!o !e a&alia,"o feita pelo pr?prio Esta!o) que) por al#um moti&oespecial) ter' interesse em fa*<-lo%O autismo tem refle/os na &i!a !a crian,a e !a sua fam.lia) nos aspectoseconmico) social e emocional% Em &ista !isso) a crian,a e a fam.lia precisam!e a+u!a !o 4o!er 40(lico) que em muitos casos se fa* imprescin!.&el !a!o aimpossi(ili!a!e financeira !e se arcar com a e!uca,"o inclusi&a em con+unto

com as &aria!as inter&en,2es !e tratamento%



Nesse !iapas"o) a Lei nK 96%8Q) !e 6 !e !e*em(ro !e 6796) #arante om.nimo necess'rio H crian,a autista% Esse m.nimo ao tratar !a e!uca,"o&incula a A!ministra,"o 40(lica a a#ir alme+an!o a !i#ni!a!e !a crian,a autistae !e sua fam.lia% Eurico 6Q



Bittencourt Neto88 e/p2e as consequ<ncias !o !ireito ao m.nimo e/istencial)no caso) a e!uca,"o388 NETO) Eurico Bitencourt> NETTO) Luisa Cristina 4into% D'($'+-A)'/'%+(*+',- $ '($'+-% &/*)$/+*'%Di'lo#os necess'rios% Beloori*onte3 1?rum) 6796% p% 98P-97%

8 LELLIS) Lélio Ma/imino% P('/;<'-% C-/%+'+'-/*'% - E/%'/-.S"o 4aulo3Le/ia) 6799% p% 9P:%



8 4IOVESAN) 1l'&ia> SOARES) In<s Vir#inia 4ra!o% D'($'+-*-D$%$/,-,')$/+-.Belo ori*onte3 1?rum) 6797%p% 87-89%O !ireito ao m.nimo para uma e/ist<ncia !i#na) ou) como é mais comumentec@ama!o no Brasil) o !ireito ao m.nimo e/istencial) tem si!o o(+eto !e in0merase !ispares refer<ncias em tra(al@os +ur.!ico -cientificismo e em !ecis2es

+u!iciais% Tal qua!ro tem #era!o certo !es#aste !a e/press"o) se+a pelaimprecis"o com que é empre#a!a) se+a pela confus"o que muitas &e*es se fa*entre o m.nimo e/istencial e o re#ime or!in'rio !e efic'cia !os !ireitos sociais apresta,2es% Y%%%\1ica claro que os !ireitos sociais n"o constituem uma cate#oria!e !ireitos que s? possuem efic'cia nos termos !a lei% To!os os !ireitosfun!amentais possuem !imens2es !e efic'cia !iretamente fru.&eis e!imens2es !e efic'cia !epen!entes !a inter&en,"o !o le#isla!or% tais!imens2es permitem a escol@a entre mais !e um meio !e concreti*a,"o) além!o que a plurali!a!e !e tarefas estatais) no campo !os !ireitos fun!amentais eem outros campos !e sua atua,"o) !eman!a priori*a,"o na aloca,"o !erecursos materiais%

4elo e/posto) frise-se que a#arantia !o !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista!eman!a uma a(or!a#em inter!isciplinar H lu* !os princ.pios constitucionais% Jnecess'rio aplicar a le#isla,"o espec.fica 5Estatuto !a Crian,a e !o A!olescente)Lei !e Diretri*es e Bases) Lei Berenice 4iana e outras +' cita!as;em comunica,"o com os princ.pios constitucionais !e !ireitos fun!amentais%N"o (astante) to!a !ecis"o +ur.!ica a respeito !o tema !e&e le&ar emconsi!era,"o as orienta,2es !e outras 'reas!o con@ecimento) que serelacionam ao tratamento !a crian,a autista 5psiquiatria) neurolo#ia) psicolo#ia)fonoau!iolo#ia e etc;% Lélio Mai/imino Lellis8 assim !isp2e so(re as !ecis2esque en&ol&em o !ireito H e!uca,"o3 Além !e su(meter-se H @ermen<utica constitucional) a interpreta,"o !osprinc.pios !o ensino !e&e coa!unar-se Hs ci<ncias !a e!uca,"o) !entre asquais a principal é a 4e!a#o#ia) a fim !e que a aplica,"o !e tais normasprincipiol?#icas se+a o mais efica* poss.&el% A @armonia entre o conte0!o !asnormas constitucionais !o ensino e aquele !as ci<ncias !a e!uca,"o po!e !ar-se !e al#umas maneiras% A primeira !elas efeti&a-se pela in&esti#a,"o ketimol?#ica) antropol?#ica etc% -e) quan!o n"o implicar !es&irtuamento !oSistema Constitucional) pela utili*a,"o !os senti!os e si#nifica!os inerentes apala&ras e e/press2es a#ora constitucionali*a!as) mas primeiramente sur#i!asno m(ito cient.fico !os estu!os e!ucacionais e) ent"o) populari*a!as%4elo e/posto acerca !a uni&ersali*a,"o !os !ireitos @umanos e !a prote,"o

inte#ral !a crian,a) eluci!a-se que estes critérios) por si s?) #arantiriam a!efesa !a e!uca,"o !a crian,a autista% Xs crian,as ca(e o cui!a!o !os pais eo pro&imento estatal) sen!o que ao se tratar !e uma crian,a autista) essecui!a!o e pro&imento !e&em ser !iferencia!os) por critérios !e i#ual!a!e%a&en!o a interpreta,"o teleol?#ica e @ierarqui*a!a !a le#isla,"o) em@armonia com os princ.pios !e !ireito) que tam(ém possuem car'ter normati&o)e&ita-se a relati&i*a,"o !a #arantia !o !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista% A!outrina !e 1l'&ia 4io&esan8 !isp2e so(re os aspectos que en&ol&eminterpreta,"o !a le#isla,"o para se c@e#ar a uma !ecis"o com fun!amento no!ireito3uan!o o constituinte !e 9P ampliou o conceito !e ci!a!ania) inserin!o a

!i#ni!a!e !a pessoa @umana) (em como o &alor social !o tra(al@o e a li&reiniciati&a como fun!amentos !a Rep0(lica 1e!erati&a !o Brasil) o fe* &isan!o a



#arantia !o !esen&ol&imento !o Esta!o (rasileiro% Lo#o no arti#o : !a Carta4ol.tica !e 9P n?s po!emos o(ser&ar uma n.ti!a preocupa,"o !o constituinteori#in'rio quan!o !isps os o(+eti&os a serem alcan,a!os pelo Estra!o que apartir !ali esta&a sur#in!o3 Esta!o 6



Democr'tico !e Direito% To!as essas finali!a!es !o Esta!o (rasileiroencontram a (ase !e sustenta,"o nas !isposi,2es constitucionais se#uintes3!ireitos fun!amentais) tri(uta,"o e or,amento) or!em social% Se o esta!o!ese+a construir uma socie!a!e li&re) +usta e soli!'ria 5arti#o :) inciso I) !a Lei!as Leis;) ele precisa !e mecanismos suficientes para implementar esse

o(+eti&o% Esses mecanismos se consu(stanciam nas pol.ticas econmicas esociais !esen&ol&i!as pelo Esta!o que &isam prote#er a &i!a) proi(in!o) paratanto) os tratamentos !e tortura) !esumanos ou !e#ra!antes) priman!o pelali(er!a!e e i#ual!a!e !os seres @umanos% 1a*en!o isso) o Esta!o estar'promo&en!o a inclus"o social% Dessa forma) se a pessoa tema cesso He!uca,"o) H sa0!e) H mora!ia) H alimenta,"o) ao la*er) H assist<ncia social) Hpre&i!<ncia social) esse ser @umano n"o &er'restri,"o aos seus !ireitos e) porconse#uinte) ter' sua li(er!a!e !e atua,"o #aranti!a% a li(er!a!e) neste caso)est' !iretamente relaciona!a com o !esen&ol&imento) se+a ele qual for%O tema merece uma interpreta,"o sistem'tica !esses itens) o que afirmaain!amais a efeti&i!a!e !esse !ireito% ualquer restri,"o que possa &ir a ser imposta

em face !o !ireito H e!uca,"o !a crian,a autista merece ser !isseca!a paraque se &erifique a sua le#itimi!a!e%O interesse superior !a crian,a> a !outrina !a prote,"ointe#ral> a !i#ni!a!e !apessoa @umana> a aplica(ili!a!e ime!iata !os !ireitos fun!amentais> a #arantiaao m.nimo e/istencial> a m'/ima efeti&i!a!e !os !ireitos sociais> a prote,"oespec.fica H crian,a !eficiente> a promo,"o !a e!uca,"o inclusi&a e a prote,"oH crian,a autista) conforme estu!a!o s"o ar#umentos para que a #arantia ao!ireito a e!uca,"o !a crian,a autista se+a constitu.!o%To!os os em(asamentos utili*a!os no Brasil s"o consequ<ncia !o!esen&ol&imento @ist?rico !os !ireitos fun!amentais e !a prote,"o H crian,a% Ae&olu,"o le#islati&a) com a especifici!a!e !a le#isla,"o e o posicionamento !o4o!er u!ici'rio frente a a,2es que reclamam o !ireito H e!uca,"o !a crian,aautista s"o a resposta para a e/ecu,"o !e !ireitos ('sicos a essas%CONCLUSÃOO presente tra(al@o analisou as especifici!a!es que en&ol&em a #arantia !o!ireito H e!uca,"o !a crian,a autista) (uscan!o os ar#umentos necess'riospara a imposi,"o !e sua efeti&i!a!e% 4ara tanto) foi necess'rio uma constru,"o!ialética a respeito !afun!amenta,"o !essa #arantia constitucional% A pro(lem'tica !o tra(al@o se constitui n"o apenas no apelo social para que seforne,a a a!equa!a e!uca,"o H crian,a autista) mas tam(ém noposicionamento !o 4o!er u!ici'rio !iante !o enfrentamento !a efeti&i!a!e !os

!ireitos sociais e an'lise !as le#isla,2es aplic'&eis% A teoria !o m.nimo e/istencial e o princ.pio !a proporcionali!a!e) como!emonstra!o no presente tra(al@o) s"o) por muitas &e*es) !es&ia!as !e seusfins para ser&ir !e ar#umento a n"o reali*a,"o !a e!uca,"o !a crian,a autista%Esse fato foi aponta!o e esclareci!o no !iscorrer !a fun!amenta,"o) em &ista!o recente 68



posicionamento !os tri(unais (rasileiros% Ae!uca,"o !a crian,a autista implica numa an'lise multi!isciplinar para que aatua,"o !o4o!er u!ici'rio correspon!a ao (em estar e !esen&ol&imento!esse su+eito% N"o (asta apenas !ar H crian,a autista o !ireito H e!uca,"o)!e&e @a&er quali!a!e no ser&i,o presta!o) ra*"o pela qual o estu!o n"o se

limita Hs quest2es +ur.!icasrelati&as ao mo!elo !e inclus"o escolar%4ara um (om fun!amento +ur.!ico concernente H #arantia !o !ireito He!uca,"o) foi imprescin!.&el que se superasse quest2es a respeito !otratamento e !esen&ol&imento !a crian,a autista% A essenciali!a!e !ae!uca,"o para essa crian,a e as necessi!a!es que po!em a(ran#er o casoconcreto !e&em estar claras para que se possa postular e !ar efeti&i!a!e aesse !ireito%4elo e/posto) ficou caracteri*a!o que a #arantia !o !ireito H e!uca,"o !acrian,a autista é uma quest"o comple/a) que en&ol&e aspectos que &"o além!a aplica,"o !a le#isla,"o e pon!era,"o !e princ.pios% J um !ireito comple/o)que reclama !e to!os os setores p0(licos) !a fam.lia e !a socie!a!e um

esfor,o além !o méto!o inclusi&o) o que) no entanto) se fa* necess'rio porconstituir o m.nimo e/istencial que po!e ser !a!o a essa crian,a) +' que ae!uca,"o cola(ora para seu !esen&ol&imento%Desta feita) espera-se que o tra(al@o reali*a!o) ao !emonstrar a reali!a!e queessas crian,as est"o su(meti!as -!iante !a escasse* !a a,"o!os entesp0(licos -sir&a para !estacar a atuali!a!e !o tema e necessi!a!e !e !e(ate%Soma!o a isso) espera-se que se ten@a reali*a!o a an'lise !os principaisaspectos +ur.!icos que en&ol&em a #arantia !o !ireito H e!uca,"o !a crian,aautista) qual se+a aspectos !outrin'rios e le#islati&os) a fim !e que se eluci!e e)qui,') possa contri(uir para uma mel@or atua,"o !o 4o!er u!ici'rio%RE!ERNCIAS AMERICAN 4SCIATRIC ASSOCIATION% M*/* '*=/%+'- $ $%+*+;%+'-$ +(*/%+-(/-% )$/+*'%.Q% e!% 4orto Ale#re3 Artme!) 677Q% ARA=O% a(riela !e% 4anorama !as quest2es en&ol&en!o psican'lise eautismo na 1ran,a3 Dar a 4ala&ra aos autistas%APPOA4orto Ale#re) a(r%mai%679:% p% P-87

ARA=O) Lui* Al(erto Da&i!% P(-+$">- C-/%+'+'-/* *% P$%%-*%P-(+*-(*% $ D$&''/'*. Bras.lia3 Cor!e) 9PP%p% :-Q%

AAMB=A) Maria Re#ina 1a !e% I/0'('">- * ('*/"* ,;+')* $ ,'-/'*

%$*3 4rote,"o ou &iola,"o !e !ireitos 4orto Ale#re3 Li&raria !o A!&o#a!o)6799% p% :8%

AAMB=A) Maria Re#ina 1a> SILVEIRA)Maritana Viana> BR=NO) DeniseDuarte6



5Or#%;%I/&/'* $) &*);'* um compromisso !e to!os%4orto Ale#re3 IBD1AM)677Q% p% 99%

BAE) Nariso Lean!ro Za&ieret al. A <(-$)+'* -% D'($'+-% B)*/-%

!/*)$/+*'% /* A)F('* L*+'/* $ /* E(-<*. oa,a(a3 =noesc)6796% p%:7P%

BASTOS) Marise Bartolo**i> h=41ER) Maria Cristina Mac@a!o% A escuta !e4rofessores no tra(al@o !e inclus"o escolar !e crian,as psic?ticas e autistas%E%+'-% * C;/'* &% 9) n% 9) 6797% p% 99%

BOBBIO) Nor(erto% A $(* -% '($'+-%.Rio !e aneiro3 Campos) 9PP6% p% Q%

BORTOLOTI) osé Carlos hraemer> TRINDADE) An!ré haram% D'($'+-%&/*)$/+*'% $ $)-(*'* -/%+'+'-/*. 1lorian?polis3 Conceito E!itorial)

679:% p% 997-999%

BONAVIDES) 4aulo% C(%- $ D'($'+- C-/%+'+'-/*.S"o4aulo3 E!itoresMal@eiros) 677% p% -8%

BRANDO) 4aulo Ce*ar Da&ila% A crian,a com pro(lemas e a escola maternal%In3 CENTRO LDIA CORAT% E%('+-% * ('*/"*. :% e!%4orto Ale#re3 CentroL!ia Coriat) 6799% p% :%

BRASIL% Constitui,"o 59P;%C-/%+'+'">- * R$<9'* !$$(*+',* -(*%'% Bras.lia) D13 Sena!o 1e!eral) 9P% art% 66%

BRASIL% Lei nK 96%8Q) !e 6 !e !e*em(ro !e 6796% Institui a 4olitica Nacional!e 4rote,"o Dos Direitos !a 4essoa Com Transtorno !o Espectro Autista> e Altera o 4ara#rafo : !o Arti#o P !a Lei %996) !e 99 !e De*em(ro !e 9PP7%D'('- O&''* * U/'>-se,"o 9) Bras.lia) D1) ano 9QP) p% 968Q) 6 !e*% 6796%BRASIL% Ministério !a E!uca,"o% Secretaria !e E!uca,"o Especial% E*">-I/&*/+' S*$($% $ <(+'* * '/%>-D'&'*$% *$/+**% $*<($/'*=$) *+'%)-.Bras.lia3 677:%BRASIL% 4resi!<ncia !a Rep0(lica% Secretaria !e Direitos umanos> SecretariaNacional !e 4romo,"o !os Direitos !a 4essoa com Defici<ncia%R$+(*+-% -

A+'%)- /- (*%'.Bras.lia3 679:%BRE=S) T@ia#o Lima%P-;+'*% P9'*% /- E%+*-C-/%+'+'-/*4ro(lem'tica !a concreti*a,"o !os !ireitos fun!amentais pela A!ministra,"o 40(lica (rasileira contempornea% Belo ori*onte3 1?rum) 677%p% 6:P-6Q9%BRENINShI) Iria% LD D$ A/-% D$<-'%Reinterpreta,"o so( !i&ersosol@ares% S"o 4aulo3 Cortes) 677% p% :-:P%CANOTILO) osé oaquim omes% E%+-% %-($ '($'+-%&/*)$/+*'%.Coim(ra3 Coim(ra E!itora) 677Q% p% 97%CARNEIRO) Moaci Al&es% LD !'Leitura Cr.tico-compreensi&a arti#o porarti#o% 4etr?polis3 Vo*es) 677:% p% 6-:%

CER=EIRA) T@ales T'cito 4ontes Lu* !e 4'!ua% M*/* - E%+*++- *C('*/"* $ - A-$%$/+$.S"o 4aulo3 4remier M'/ima) 677% p% 96%



CR=) l&aro Ricar!o !e Sou*a% O '($'+- H '&$($/"* As a,2es afirmati&ascomo 6



mecanismo !e inclus"o social !e mul@eres) ne#ros) @omosse/uais e pessoasporta!oras !e !efici<ncia% Belo ori*onte3 Del Re) 677:% p% 9:7-9:9%C=R) Munir% E%+*++- * C('*/"* $ - A-$%$/+$ -)$/+*-Coment'rios ur.!icos e Sociais% P% e!% S"o 4aulo3 Mal@eiros) 677% p% 67Q%ESTEVES) o"o Lui* M% D'($'+-% !/*)$/+*'% S-'*'% /- S<($)-

T('/* !$$(*.S"o 4aulo3 Méto!o) 677% p% PQ%1RA=AS% Veri!iana% S*'/- - **+'%)- o &i&i!o !e uma e/peri<ncia apartir !e um tra(al@o !e acompan@amento terap<utico%S"o 4aulo34=CS4)677:% p%97%1ERRA) Carlina Valen,a et al% M*/* -% '($'+-% * <$%%-* -)$&''/'*.S"o 4aulo3 Sarai&a) 6796% p% :Q%1ILO) osé !os Santros Car&al@o% M*/$ $ D'($'+- A)'/'%+(*+',-.67% e!%Rio !e aneiro3 Lumen uris) 677% p% :7-:78%ONUALVES) Maria Dinair Acosta% P(-+$">- '/+$=(* para!i#mamulti!isciplinar !o Direito 4?s-Mo!erno% 4orto Ale#re3 Alcance) 6776% p% 9Q:%ORCEVShI) Clo&is% D'($'+-% B)*/-% A se#un!a #era,"o em !e(ate%

4orto Ale#re3 =1RS) 677% &% 6% p% :%ORCEVShI) Clo&is% D'($'+-% B)*/-% A terceira #era,"o em De(ate%4orto Ale#re3 =1RS) 677% &% :% p% Q%RA=) Eros Ro(erto% A -($) $-/)'* /* C-/%+'+'">- $ 1J88.S"o4aulo3 Mal@eiros E!itores) 6778% p% 678%ADDAD) Sér#io> RACIANO) Marin#ela 5Or#%;% A $*">- $/+($ -%'($'+-% )*/-%.S"o 4aulo3 Autores associa!os) 6778% p% 97:%ISIDA) Valter hen+i% E%+*++- * C('*/"* $ - A-$%$/+$Doutrina eurispru!<ncia% S"o 4aulo3 Atlas) 6779% p% 97P%ER=SALINSh) Alfre!o% P%'*/'%$ $ D$%$/,-,')$/+- I/&*/+'umenfoque trans!isciplinar% 4orto Ale#re3 Artes e Of.cios) 6797% p% 97%LEAL) Ro#ério esta% C-/'"#$% $ P-%%'''*$% E&'*'*'% -% D'($'+-%!/*)$/+*'% S-'*'% Os !esafios !o 4o!er u!ici'rio no Brasil%4orto Ale#re3 Li&raria !o A!&o#a!o) 677P% p% :86-:8:%LEAL) Ro#ério esta> MAR=ES) Na!ia Re+ane C@a#as 5Or#%;% D'($'+-&/*)$/+*'% $) !--Nunca é o (astante% 4orto Ale#re3 Nu(ria 1a(ris)6796% p% 98%LEAL) Ro#ério esta% D'($'+-% &/*)$/+*'% $) &--.Nuria 1a(ris3 4orto Ale#re) 6796%LELLIS) Lélio Ma/imino% P('/;<'-% C-/%+'+'-/*'% - E/%'/-.S"o 4aulo3Le/ia) 6799% p% 9P:%

LO4ES) osé Reinal !e Lima% D'($'+-% S-'*'%Teoria e 4r'tica% S"o 4aulo3Méto!o) 6778% p% 6QQ%MACIEL) hatia Re#ina 1ereira Lo(o An!ra!e% C(%- $ D'($'+- * C('*/"* $- A-$%$/+$ Aspectos Te?ricos e pr'ticos% Rio !e aneiro3 Lumen uris)6797% p% 8%6P



MACADO) Mart@a !e Tole!o% A <(-+$">- C-/%+'+'-/* $ C('*/"*% $A-$%$/+$% $ -% D'($'+-% B)*/-%.S"o 4aulo3 Manole)677:% p% 6P%MALIShA) Marcos Au#usto% O '($'+- H $*">- $ * C-/%+'+'">-.4orto Ale#re3 Ser#io Antonio 1a(ris E!itor) 6779% p% 667-669%MENDES) Conra!o u(ner% D'($'+-% !/*)$/+*'% %$<*(*">- $ <-$($%

$ $'$(*">-.S"o 4aulo3 Sarai&a) 6799% p% 6%MENDES) ilmar 1erreira> COELO) Inoc<ncio M'rtires> BRANCO) 4aulousta&o onet% C(%- $ D'($'+- C-/%+'+'-/*.S"o 4aulo3 Sarai&a) 677P% p%6%MIOO) 4a(lo Castro% A <* &*$ - <('/;<'- * <(-''">- -($+(-$%%- %-'* $ -% '($'+-% &/*)$/+*% /- (*%'=ma an'lise@ermeneutica% 4orto Ale#re3 Ver(o ur.!ico) 6797% p% 8%MORAES) Ale/an!re !e% D'($'+-% B)*/-% !/*)$/+*'% Teoria eral% S"o4aulo3 Atlas) 677% p% 8%NETO) Eurico Bitencourt> NETTO) Luisa Cristina 4into% D'($'+- A)'/'%+(*+',-$ '($'+-% &/*)$/+*'%Di'lo#os necess'rios% Belo ori*onte3 1?rum) 6796%

p% 8P-97%OLIVEIRA) Valt<nio 4aes !e% LDEN C-)$/+** Interpreta,"o !a Lei !eDiretri*es e Bases !a E!uca,"o Nacional e !o 4lano Nacional !e E!uca,"o%4orto Ale#re3 Re!es) 677P% p% 97P%ORANIAUO M=NDIAL DA SA`DE% C*%%'&'*">- E%+*+;%+'*I/+$(/*'-/* $ D-$/"*% $ P(-$)*% R$*'-/*-% H S*9$.97% e!% S"o4aulo3 =ni&ersi!a!e !e S"o 4aulo) 6777%4EREIRA) Tnia !a Sil&a% D'($'+- * ('*/"* $ - A-$%$/+$=ma propostainter!isciplinas% 6% e!% S"o 4aulo3 Reno&ar) 677% p% 66%4ERONI) Vera% P-;+'* $*'-/* $ <*<$ - E%+*- /- (*%' -% */-%JK% S"o 4aulo3 Zam") 6778% p% 9Q%4IOVESAN) 1l'&ia% T$)*% $ D'($'+-% B)*/-%.S"o 4aulo3 Ma/ Limona!)677:% p% :9Q-:9%4IOVESAN) 1l'&ia> SOARES) In<s Vir#inia 4ra!o% D'($'+-*-D$%$/,-,')$/+-.Belo ori*onte3 1?rum) 6797%p% 87-89%4ORTO ALERE% Cmara C.&el) % A<$*">- C;,$ /. 7KK5K221J1K% Relator3San!ra Brisolara Me!eiros% 4orto Ale#re) 68 !e setem(ro !e 6796% Dispon.&elem3]@ttp3^^ %̂t+rs%+us%(r(uscaqGautismot(G+urisno&apartialfiel!sGtri(unal:ATri(unal667!e667usti6C:6Aa667!o667RS%6TipoDecisao:Aac6C:6B:r!6C:6A:oCTipoDecisao:Amonocr6C:6A9ticaCTipoDecisao:Anull

6Prequire!fiel!sGasqGiniG97_ Acesso em3 9P set% 679:%4ORTO ALERE% Cmara C.&el) % A<$*">- C;,$ /. 7KK544K6J47% Relator3Sér#io 1ernan!o !e Vasconcellos C@a&es% 4orto Ale#re) 7Q !e +ul@o !e 679:%Dispon.&el em3]@ttp3^^ %̂t+rs%+us%(r(uscaqGautismot(G+urisno&apartialfiel!sGtri(unal:ATri(unal667!e667usti6C:6Aa667!o667RS%6TipoDecisao:Aac6C:6B:r!6C:6A:oCTipoDecisao:Amonocr6C:6A9ticaCTipoDecisao:Anull6Prequire!fiel!sGasqGiniG97_ Acesso em3 9Pset% 679:%:7



4ORTO ALERE% Cmara C.&el) % A<$*">- C;,$ /. 7KK5864JJ22. Relatora3Liselena Sc@ifino Ro(les Ri(eiro% 4orto Ale#re) 68 !e fe&ereiro !e 679Q%Dispon.&el em3]@ttp3^^ %̂t+rs%+us%(r(uscaqGautismot(G+urisno&apartialfiel!sGtri(unal:ATri(unal667!e667usti6C:6Aa667!o667RS%6TipoDecisao:Aac6C:6B:r!

6C:6A:oCTipoDecisao:Amonocr6C:6A9ticaCTipoDecisao:Anull6Prequire!fiel!sGasqGiniG67_ Acesso em3 97a(r% 679Q%RANIERI) Nina Beatri* Stocco% Direito ao Desen&ol&imento e Direito aE!uca,"o -Rela,2es !e Reali*a,"o e Tutela% C*$(/-% $ D'($'+-C-/%+'+'-/* $ C'/'* P-;+'*.S"o 4aulo) &% 8) 9PPQ% p% 96%SALVADOR) Cesar Coll% P%'--='* * E*">-.4orto Ale#re3 Artme!) 9PPP%p% 999%SARLET) In#o jolf#an#. A $&''* -% D'($'+-% !/*)$/+*'% =ma teoriaeral !os Direitos 1un!amentais na 4erspecti&a Constitucional%4orto Ale#re3Li&raria !o A!&o#a!o) 6797% p% 67%

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