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    1/16

    Caracterizacao

    de

    par t f cu las

    6 1 lntroducao

    o

    conhecimento das caracterfst icas de uma particula ou de uma populacao de

    particulas e 0 coracao da ciencia de sistemas particulados, uma vez que tais sis-

    temas sac regidos pela interacao partfcula/partfcula (particulas morfologicamen-

    te e fisicamente semelhantes ou distintas), particula/fluido (gas e/ou liquido) e

    a interacao entre tais fases, como aquelas apresentadas no Quadro 6.1. 0 estudo

    fenomeno16gico de tais interacoes caracteriza a ciencia de s istemas particulados;

    ja a aplicacao de corrente de tais estudos diz respeito a tecnologia de sistemas par-

    ticulados.

    6.2 Caracterlsticas fisicas de uma particula isolada

    As caractensticas fisicas e morfo16gicas das particulas afetam des de fen6me-

    nos moleculares (tais como a difusao massica) que ocorrem no interior e/ou entre

    particulas, ate 0 dimensionamento de uma coluna (seja no aspecto construtivo,

    como diametro e altura titil, seja no aspecto operacional, como a definicao de vazao

    de operacao e perda de carga). Os fen6menos de transterencia de massa, por exern-

    plo, em conjunto au nao com reacoes quimicas, que ocorrem em sistemas particu-

    l ados, e st ao presentes nos process os de industria quimica, de alimentos, agricola,

    rne tahirgica e petroquimica. Pode-se citar, ainda, engenharia bioquimica, quando

    se dese ja recuperar farmacos utilizando-se resinas apropriadas no fen6meno da acl-

    sorcao. No que se refere a tipos de particulados, pode-se citar 0 ernprego ciaareia e

    clo calcario em operacoes de cornbustao em lei to fluidizado, sendo a areia utilizada

    como material inerte e 0 calcaria como adsorvente de 80

    2

    . Existem as partfculas de

    catalisadores FCC utilizadas no craqueamento catalitico de petr6Ieo, objetivando

    o seu refine para obtencao cle gasolina. Cabe mencionar, tambem, as aplicacoes

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    Opera

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    130

    F Z

    Caracterizac;ao de partfculas

    131

    Operac;6es unitarias em sistemas particulados e fluidomecaniccl

    em muitos materiais, passagens sinuosas com bifurcacoes e interligacoes entre s'

    Poros podem ter suas dimensoes gradativamente diminuidas com a prafundidade

    j

    ou, em alguns casos, aumentam suas dimensoes com a profundidade, dando origem

    aos chamados poros gargalo de garrafa .

    fibroso

    s

    e isolantes terrnicos sac materia is bastante porosos. Desse modo, os poros

    podem ser classificados por tamanho, conforme apresentado na Tabela

    6.1. Ja

    as

    tecnicas de medidas

    estao

    associadas

    a obtencao

    da massa especffica do material

    (material poroso e nao poroso), as quais serao discutidas no proximo item.

    Tabela 6 1

    Classificacao de poras de acordo com 0 tamanho

    (ALLEN, 1997)

    Macroporas

    Maior que 50nm

    Entre 2 e 50 nm

    Paras

    fechadas

    Paras /.

    obscures

    Figura 6 2

    Classif icacao dos poras (WEBB e ORR, 1997) .

    Interstfcias

    Mesoporos

    Microporos

    Entre 0,6 e 2 nm

    Menor que 0,6 nm

    Figura 6 3 Representacao da poros idade de um po.

    Os poras considerados aqui sao aberturas e/ou passagens em objetos (par-

    ticulas) rigidos ou semirrigidos. Uma massa rigid a gerada da compressao de urn

    p6 e urn tipico material poroso. Os espacos entre as particulas do p6 (Figura 6.3)

    sac chamados de volume de vazios. A porosidade, portanto, corresponde

    a

    rela-

    c;ao entre 0 volume ocupado pelos poros e/ou vazios e 0 volume tota l da amostra.

    Neste caso, tem-se:

    Porosidade da particula (Figura 6.2)

    Ultramicroporos

    6 2 2 M assa e sp ec ffica d a p artfc ula

    A massa especifica de urn material e defmida como a massa desse material

    dividida pelo volume ocupado por ele. As defmicoes distintas para a massa espe-

    cffica decorrem de como

    0

    volume da particula e considerado. 0 volume visfvel

    de uma amostra

    e

    composto pelo volume da matriz s6lida e pelo volume de vazios

    (poros). A massa do material e determinada facilmente por uma balanca anali tica,

    enquanto 0volume, em se tratando de s6lidos de geometria conhecida , e calculado

    diretamente da definicao de seu volume geometrico. Por exemplo: tendo-se uma

    particula de esfera de vidro (de 2 mm de diametro, cujo valor e obtido diretamente

    por urn paquimetro), obtem-se a sua massa por meio de uma balanca e a divide

    pelo volume dessa particula considerando-se

    0

    seu diarnetro.

    Quando 0 materia l em questao for pequeno 0 suficiente de modo a ser prati- .

    camente impossivel medir

    0

    seu diarnetro, e que, em vez de uma particula, tenha-

    -se uma amostra desse material (ou seja , urn mimero consideravel de particulas),

    pode-se recorrer a tecnica denominada picnometria ou metoda de Arquime-

    des.

    Essa tecnica consiste na imersao da amostra de particulas em urn recipiente

    preenchido por um liquido (usualmente agua); 0 volume de liquido deslocado

    corresponde ao volume ocupado pela amostra em tal recipiente. Urn roteiro para

    a determinacao da massa especifica da particula pode ser este que se segue:

    a) considere que se conheca a massa da amostra, a qual denominaremos mj;

    b) toma-se, a seguir, urn picnornetro de volume conhecido e insere-se agua, me-

    dindo-se a massa do conjunto (massa do picnometro

    +

    massa da agua) , a qual

    denominaremos

    m2;

    c) adic iona-se ao conjunto de massa m2 a massa conhecida da amostra emj) e pesa-

    -se 0 c6njunto (massa do picnometro cheio de agua + massa da amostra) , que

    denominaremos m-: A massa de agua deslocada sera: mHzO= mj + m2 - m3

    Volume dos poras abertos

    =

    P

    Volume total da partfcula

    (6.1)

    Porosidade do p6 (Figura 6.3)

    Volume dos poras abertos

    Ep

    =

    Volume total da partfcula

    (6.2)

    Depenclenclo do t ipo do meio poroso, 0 valor da porosidade pode variar de

    proximo de zero ate perto da unidacle. Como exemplo pode-se citar que alguns

    metals e tipos de peclras vulcanicas possuem porosiclacles muito baixas. J a os filtros

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    3

    Operacoes urutarias em s istemas particulados e fl uidomecanico

    o

    volume de agua deslocada, que e igual ao volume da arnostra, sera;;

    Vamostra =

    mH

    2

    0/ PHzO, em que PH

    2

    0 e a mass a especifica da agua na temperatur

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    134

    Operacoes unitarias em sistemas particulados e fluidomec.3nicos

    6.2.4 Morfologia das par tfcu las

    A forma das par tfculas desempenha papel essencial em

    varies

    aspectos

    envo];

    venda sis temas particulados, infiuenciando, por exemplo, 0 valor da velocidade

    terminal, bem como na superficie de contato das partfculas. .

    Existem diversas definicces para representar a forma de particulas, que sao

    baseadas nas razoes entre os eixos ortogonais, no volume do solido, na area do soli-

    do e na area superfic ial . Ent retanto, a maioria dessas

    representacoes

    e baseada

    nas

    dimensoes caracterfsticas de uma particula (a, b, c), conforme ilustra a Figura 6.5.

    Figura 6 5 Dimens6es ca racte ri st ic as de uma pa rt icula

    (a , b, C

    =

    dirnensao maior, menor e interrnediaria da particula; MELO,

    2010).

    Dentre os cliversos fatores cle forma, clestacam-se:

    a) Arreclonclamento, Ar; e c ircu lariclade , C. A circulariclade e 0 arreclonclamento

    comparam a superficie cloobje to com a superffcie c lo disco clomesmo perirne-

    tro,ou

    em que

    Pe

    e 0 perimetro

    eSp,

    area superficial cla particula, respectivamente.

    Encontra-se, tarnbem, a seguinte defmicao para 0 arreclonclamento

    1

    A

    Ar=-=-

    C

    Ap

    sendo Ac, area rela tiva ao menor diametro de uma esfera ci rcunscrita , d

    pj

    (Fi-

    gura 6.6), e

    Ap,

    area projetacla cla partfcula em posicao cle repouso, ou seja,

    e como se deixasse tal particula repousar sobre uma determinacla superficie

    e nela cleixasse grafadas as suas dimensoes biclimensionais (estaveis), con-

    forme ilustra a Figura 6.6, poclenclo ser as particulas classi ficaclas conforme a

    Tabela 6.2.

    A forma cla particula, clograo ou cloaglomeraclo pode ser avaliada por anal ise

    de irnagens (fotografias, microfotografias ou, aincla, visualmente, na dependen-

    cia c la di ruensao da partfcu la) e comparacla com uma figura contenclo formas

    padroes, conforme i lustra a Figura 6.7. 0 resultac lo e obticlo cle acorclo com 0

    grau de esferic idacle e

    0

    grau clearredondamento.

    (6.7)

    Caraderizac;ao de particulas

    135

    Figura 6 6 Diarnetros circunscrito, d

    pl

    e inscrito, d

    pll

    da p ro jecao da sombra

    de uma part icula (MELO, 2010).

    Tabela 6 2

    Classif icacao das particulas pela circularidade

    (SOUZA, 2007)

    C < 1,25

    1,25

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    ~ _ i

    c/

    136

    operacoes unitarias

    em sistem as pa rt icui ad os e fiuido mec imi cos

    A partir da analise da Figura 6.6 e da defmicao de alongamento, esta grandeza

    tambern pode ser definida a partir do conhecimento dos

    diametros

    inscrito e

    circunscrito de uma partfcula, a sernelhanca de uma daquelas imagens ilus- .

    tradas na Figura 6.7, obtidas por meio da projecao da sombra dessa partfcula

    sabre um plano em repouso. A partir da Figura 6.6,

    0

    grau de alongamento

    e

    definido par

    (6.10)

    c) esfericidade,. No estudo da forma das particulas, observa-se uma tendencia

    em considera-las esfericas para simplificar calculos. Dificilmente tais partfeulas

    apresentar-se-ao

    nesse formato,

    fazendo-se necessario,

    portanto, conceituar

    um fndice que traduz 0 quao 0 formato da partfeula se aproxima ao formato

    de uma esfera. Tal Indice e

    0

    grau de esjericidade, . A definicao classica de

    esfeucidade e atribuida a Wadell (1932), que a estabelece como a razao entre 0

    diametro de uma esfera de igual volume ao vo lume da particula e a diametro da

    menor esfe ra ci rcunscrita de diametro

    d

    pj

    (Figura 6.6). Assim, considerando-

    -se Vp como a volume da particula, tem-se

    3

    =;

    V =-

    p

    (6.11)

    ou

    (

    6 ) 1 I 3

    d

    =

    -v

    p st p

    (6.12)

    que e

    0

    diametro da esfera de igual volume ao da particula. Da Figura 6.6

    verifica-se que a menor diametro de uma esfera circunscrita e d

    pj

    ,

    de onde e

    possivel escrever

    1 ( 6

    ) 1 / 3

    x

    -v.

    d

    p1

    st P

    Como decorrencia dessa definicao, ha outra que estabelece esfericidade como

    a relacao ent.re

    0

    diametro do circulo com area igual

    a

    projecao da particula e a dia-

    metro do menor ci rculo circunscrito a par tfeula, sendo que na pratica 0 intervalo

    para a esfericidade e de 0,45 (particula alongada) a 0,97 (muito e sferica). Assim,

    considerando-se

    Ap

    como a area projetada da particula, tem-se

    (6.13)

    2

    (83~d~nl'~

    125

    105

    -140+170

    14,16

    68,92

    105

    88

    -170+200

    16,97

    51,95

    88

    74

    81,0

    -200+230

    15,21

    36,74

    74

    63

    68,5

    -230+270

    14,32

    22,42

    63

    53

    58,0

    -100+120

    -270+325

    11,21

    48,5

    270+325

    11,21

    11,21

    53

    44

    -120+140

    -325+400

    6,18

    -400 5,03

    -325+400

    6,18

    5,03

    44

    37 40,5

    140+170

    -170+200

    -400

    5,03

    0

    146

    Operac;;6es unltarias em sistemas particulados e fluidomecanicos

    1 4 6 8 1

    Diametro de

    partfcula.D,

    (urn)

    Figura 6:11a Di st rl bu icoes de fr equencia das par tf cu las ~ef er en tes

    a

    Figura

    6.1 a (base volumet r ica , uti li zando-se Masters izer ).

    101~------------1

    ~ ~ ~

    Dlametro de particula.D, (prn)

    Figura 6 11b Distr ibuicao cumulat iva das par tfculas re erente a Figura 6.1a

    (base volumet rica , uti li zando-se Masters izer ).

    6 - Caracterizacao de par ticulas

    147

    Soluceo

    As duas pr imeiras colunas da Tabela 1 i lust ram urn ensaio caracterf st ieo

    t fculas de catal isadores de FCC. Nesse ensaio , foram selecionadas as.peneiras

    # 80, # 100 ... , # 400 (em que

    0

    s fmbolo # ind ica mesh) . 0 s fmbolo (+)

    urua determinada fracao de massa

    i, Xi

    foi re tida na peneira #

    i ;

    enquanto

    0

    bolo (-) indica que a massa remanescente atravessou a peneira #

    i .

    Retomando a

    Tabela 1na Tabela 2, a segunda coluna dessa tabela mostra a fracao de massa retida

    na peneira + #

    i .

    P.ex: 1,29% da massa ficaram ret idos na peneira

    #

    100; 5,93% da

    massa ficararn retidos na peneira # 120; 9,70 % da massa ficaram retidos .na peneira

    #

    140 e assim por diante. A terceira coluna indica

    0

    percentual da massatotalgue

    atravessa a peneira # + i; como exemplo, tem-se que 100% da massa total da arnostr a

    atravessaram a peneira # 80 ; em seguida, 98,71% da massa total da amost ra atraves-

    saram a peneira

    #

    100 para, a seguir, 92,71% da massa total da amostra atravessar

    a peneira

    #

    120 e assim sucessivamente ate que 5,03% da massa total da amostra

    atravessam a peneira # 400 e se deposita no fundo do equipamento. Ou seja, trata-se

    de uma distribuicao cumulativa, em que cada valor

    Xi

    indica a fracao em massa das

    partf culas menores do que urn cer to diamet ro D; que, no caso da Tabela 2 , refere-se

    a primeira coluna como

    +

    #

    D/,.

    Desse modo a anali se granu lometr ica pode ser expressa ern urn grafico da dist ribu i-

  • 8/10/2019 Captulo 6 - Caracterizao de partculas.pdf

    12/16

    148

    Op era< ;6es unitarias em sistem as particul ados e flui dcmecanko,

    50 ,b o

    ISO

    200

    Diarne tro de partkula.D, ( 11m)

    250

    ~

    (S100

    '

    >

    ~ 80

    S

    ~60

    u

    o

    ~~ 40

    : ::l

    .n

    ~ 2

    o

    .

    50 100 150 200 250

    Diar net ro de

    parttcula.D,

    (11 m )

    fi9lJril2

    '0 i s t r i ~ ~ i ~ . ~ ~ ~ u . 0 u r a } iy a~ ~ ~ : r ~ ; 2 f ~ . ~ a : .~ r ~ ~ I ~ , .. 2 . , ; / : , . , ' ,

    . .::..~-;. ,-:--;-.

    :; , ~ :: . ~ . ;. : - ;~ ~ > ~ ~ : ~ ~ < :. ~ ': ; ; :- :~.< .; ;' : : : : .~ - . . ) . : . - - . -

    '. ~ a~i1~ [~, r~fJ2~~~,~~t~w~filt~O~~ ,1 \~ ;~ l~~

    'bela 2.porexeIIlplo,na .sit1ia9a'o:':-,70:t.88 ,.~,eIl1-se,p'~raap,eD~I~a

    #

    70ocliametro .

    'da abertUra igtiaL'a2[50jj,ri1;japara

    if

    p e n e i r , (

    80 '.Odia~etro daabertura

    e

    igual a

    177 jLm,resllitando ern-urn diametro medic igllal~

    ~13,5.Lm :, .' ...... .

    ., , , , _ . . : . ~ : . : , :: .; : , .. . . \ . - - -- : : , : : , : , . : ~ : ; ,, . . ,,: , . > ~ . :, :: , : :; , : .,

    6.5 Diarnetro medio de particula

    A definicao de diametro medio de particula decorre do conhecimento da distri-

    buicao da frequencia de tamanhos de uma determinada amostra (ou seja, da Figura

    6.11a). Dessa maneira, tem-se as seguintes defmicoes:

    6 - Carac terizacao de particul as

    149

    a) Diametro da particula cujo volume e igual ao volume rnedio de todas as parti-

    culas presentes em uma amostra:

    (6.23)

    b) Diametro

    da particula em que a area superficial e

    igual

    a media das areas

    su-

    perficiais de todas as particulas presentes em uma amostra:

    i X i

    (12 = i=l D

    i

    P

    n

    x .

    ~ D f

    (6.24)

    c) Diametro da partfcula cuja relacao volume/superficie, a ~ / a ; , e a mesma para

    todas as par ticulas presentes em uma certa amostra. Desse modo, a partir das

    Eqs. (6.23) e (6.24), tern-se:

    d=__

    Ps i(~ )

    iI

    (6.25)

    que e 0 diametra media de Sauter, sendo este 0 diametro medio de particula

    mais lltjljzado em sistemas

    narticuladas,

    transferencia de calor e de massa

    cinetica e catalise. Este diametro normalmente e utilizado em estudos relacio~

    nados a fen6menos interfaciais

    (RA lVl A LHO

    e

    OLIV EIRA ,

    1999;

    CA M A RA et

    al., 2008).

    b)

    0

    valor do diarnetro merna de particula

    partfculaspresentes ita amostra;

    .c)

    0

    valor do diametro.msdio de partfcula .ern que a Area 'superficial e igual a media.

    .das presentes naamostra. ..

    :;: .

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    13/16

    Op er ac ;6 es u n it ar ia s e m s is te m as p ar ti cu l ad o s e f lu id om ec an ic o s

    Soluc ao

    Conhecidos os valores da fracao massica da distribuicao de frequencia contidos na

    seguncla coluna da

    Tabela

    2 do Exemplo 6.2, a qual

    esta

    na forma de par.~entual.

    (portanto, basta dividir tais valores par 100), bem como os valores do diametro

    rnedio

    de partfcula entre cada mesh,

    ultima

    coluna

    da

    Tabel~ 2 do Exemplo 6.2,

    e

    possivel calcular, para

    cada

    par

    ( Xi, D ;) ,

    os valores necessanos para atender 0

    presente exercicio.

    a) Utiliza-se a Eq. (6.23), cujos valores de

    (x;fD

    i

    ) para

    cada

    par

    (x;, D

    i) ?stao

    conti-

    dos na terceira coluna

    da Tabela 1

    do presente exemplo. Dessa

    maneira,

    0 soma-

    t6rio dessa coluna sera

    Substituindo-se esse valor na Eq. (6.25),

    obtern-se

    1 1

    dps = ~( .) = 1 34

    10-2

    = 74,63 ,um

    '\' x, ,x

    .L;D

    -i~l t

    b) Utiliza-se a Eq. (6.25), cujos valores de (XiID7) para cada par (Xi,

    DJ

    :stao conti-

    dos na terceira coluna da Tabela 2 do presente exemplo. Dessa manerra, 0 soma-

    t6rio dessa coluna sera

    Substituindo-se esse valor na Eq. (6.23), obtem-se:

    (1)

    (2)

    (3)

    (4)

    6 - C a ra ct er iz ac ;a o d e p a rt ic u la s

    5

    213,5

    213,5

    163,0

    0,0129 7,91 x 10-

    5

    163,0

    0,0129

    137,0 0,0593 4,33 x 10-4 137,0 0,0593

    115,0

    0,0970

    8,43 x 10-4

    115,0

    0,0970

    96,0

    0,1416

    1,47 x 10-

    3

    96,5

    0,1416

    81,0

    0,1697

    2,10 x 10.-;]

    81,0

    0,1697

    68,5

    0,1521 2,22 x 10-

    3

    68,5

    0;1521

    58,0

    0,1432 2,47 x 10-

    3

    58,0

    0,1432

    48,5

    0,1121

    2,31 x 10.-;]

    48,5

    0,1121

    40,5

    0,0618 1,53 x 10-

    3

    40,5

    0,0618

    c) Emprega-se, neste caso, a Eq. (6.24), ou

    n )

    :

    x i

    (j2

    = i=l

    D

    i

    P ~(~})

    2,98x 10-

    9

    2,31x 10-

    8

    6,38 x 10-8

    1,58

    X

    10-

    7

    7,34 X 10-

    7

    9,83 X 10-

    7

    9,30

    X

    10-

    7

    (5)

    Verifica-se, na

    Eq,

    (5), que sao conhecidos os valares do numerador e do de-

    nominador por meio dos resultados (1) e (2), os quais, substituidos naEq.(5),

    resultam em

    (

    - 2 ) 1 / 2

    (j =

    1,34x10 =6026 zm

    p 3,69 x

    10-

    6

    ,

    (6)

    6.6 Model os para a

    distribuicao qranulometrica

    Qualquer que seja a distr ibuicao granulometrica , torna-se possivel descreve-

    -la por modelos matematicos na forma de

    X

    =

    X CD).

    Existem, classicamente, tres

    modelos: 0 de Gates, Gaudin e Schumann CGGS), 0 de Rosin, Rammler e Bennet

    CRRB), e 0 modelo que estabelece a funcao X

    =

    X CD) no formato log-normal.

    o Quadro 6.4 sinte tiza a apresentacao de tais mocIelos (MASSARANI, 1984)..A

    partir deses mocIelos e de seus parametres associados e possivel estabelecer equa-

    coes para 0 calculo cIodiametro medic de Sauter , conforme apresentado na ul tima

    coluna do Quadro 6.4.

  • 8/10/2019 Captulo 6 - Caracterizao de partculas.pdf

    14/16

    152

    opsracoes unitarias

    em sistemas particulad os

    e

    fluidomecani co s

    Quadro 6 4 Modelo s para a distribuicao granulometrica (MASSARANI, 1984)

    GGS

    sendo:

    D, ,;;k; m >

    0;

    k

    =

    DiOO

    DlOOrefere-se ao diarnetro

    DparaX = 1

    m =

    1

    (distribuicao

    uniforme)

    m

    1(casos usuais)

    (6.26)

    Tem-se uma reta ao se re-

    presentar em forma grafica

    (enD vs. enX); nas situa-

    coes usuais em que

    m>l,

    0

    modele recai no

    RR B .

    valido para

    m>

    1

    RR B

    Xi = 1 - exp[-(DilD,)n]

    (6.27)

    D

    d -----

    pS -

    r 1-1/n

    n

    >

    0;

    D

    =

    D

    63,Z

    D63,2 refere-se ao diametro

    o para

    X

    = 0,632

    Tem-se uma reta ao se re-

    presentar em forma grafica

    f.nD

    vs.

    en[(enll(l-X))];

    a

    forma S

    e

    verificada para

    n>l

    para rz

    > 1

    com a funcao gama:

    00

    rr)

    =

    J

    e-xx -l dx

    c

    Log-

    -normal

    en (DdDr,o)

    Z

    = ----rd-'''--=' '

    t

    .J 2

    (jIna)

    erf(Z) = lJ : exp(_YZ)dy

    funO,~329

    68,5

    0,3674

    0,3674

    4,2268

    -1,0013

    58,0

    0,2242

    0,2242

    4,0604

    -1,495?

    48,5

    0,1121

    0,1121

    3,8816

    -2,1884

    40,5

    0,0503

    0,0503

    A equacao earaeteristica do modele RRB

    e

    Xi = 1- exp l- (D/D) J

    Ressalte-se que

    n

    e 0 coeficiente angular da reta

    .enD

    vs.

    en(en[l/(l -:-X)])

    que

    na presente situacao,

    e

    n = 3,065. Ja 0 valor de D

    e

    D = D

    63

    , z, sendo que D

    63

    ,Z

    refere-se ao diametro

    D

    para

    X

    =

    0,632. Nesse caso, pode-se interpolar 0 valor de>,

    D

    a partir da Tabela 6.7, ou utilizar-se da reta

    enD

    vs.

    en(en[l/(l - x)

    ]},naforrrii,}';'

    y

    = ax

    + b,

    em que a

    =

    n. .rs.: }F i;f~;;,

    , , d . i L i , , ,, , , ,, , ,, , , , ,

  • 8/10/2019 Captulo 6 - Caracterizao de partculas.pdf

    15/16

    154

    - Ita ias em

    sistemas

    particulados e fluidomecanic

    operacoes un , ,,

    20-,-- ---------------------------,

    -20

    e

    o

    15-

    o M od e o G GS

    e Modele

    10-

    ~

    .

    - L - - - - - - - - - - - - - - - - ~ - - - - - - I I - - ~; D~D~I r ~

    00 1~0 20 30 40

    0

    50 60

    ~_05~0

    ~

    h

    -10-

    ' '

    o

    o

    -15-

    -25

    -3,0-

    -J,5~----------------~Rn~(D::,-:-D------------------

    . 'I

    G T para ana li se de mode los para d ls tribuicao qranulo rnet rl ca ,

    Figura ra ICO . diGGS e

    f(X)

    =

    . e n , P i

    para

    0

    modelo RRB.

    em que f(X

    i

    ) =

    Xi

    para 0mo eo, I

    o

    valor

    deD

    sera.obtido de (para y

    =

    0)

    =

    exp( .....bin)

    obtida para 0 modelo RRB,eom r2 =0,983, e

    y =

    3,065x -13,969

    Identiflcando n

    = 3,065

    e

    b = ~ 13,969,

    _ '., (I, 3,969, )

    =',

    95

    35pm

    -eXP065 . '

    3,

    o

    modeloRRB, para este exemplo, eposto

    Eq.,(2):

    6.7 Bibliografia c onsultada . .

    f , nd pore size determ~natwn,

    ALLENT Particle size measurement: surjace area a

    5. ed. 'L~ndres: Chapman & Hall, v.2, 1997.

    A

    . G S Estudos de par/imetros texturais das areias para argamassdas

    RAUJO, . . . . . Dissertacao de Mestra

    0,

    de revestimento atraues da aruiiise de umaqens, e Pas Graduacao em

    Vitoria: Universidade Federal do Espirito Santo, Programa d -

    Engenharia Civil, 200l.

    -caracteriza

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    16/16

    6 ~ Caracterizacao de partkulas

    157

    TEIXEIRA,. G.; COUTINHO,. M. B.; GOMES,A. S. Principals metodos de caracteriza