capítulo 6 - caracterização de partículas.pdf
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Caracterizacao
de
par t f cu las
6 1 lntroducao
o
conhecimento das caracterfst icas de uma particula ou de uma populacao de
particulas e 0 coracao da ciencia de sistemas particulados, uma vez que tais sis-
temas sac regidos pela interacao partfcula/partfcula (particulas morfologicamen-
te e fisicamente semelhantes ou distintas), particula/fluido (gas e/ou liquido) e
a interacao entre tais fases, como aquelas apresentadas no Quadro 6.1. 0 estudo
fenomeno16gico de tais interacoes caracteriza a ciencia de s istemas particulados;
ja a aplicacao de corrente de tais estudos diz respeito a tecnologia de sistemas par-
ticulados.
6.2 Caracterlsticas fisicas de uma particula isolada
As caractensticas fisicas e morfo16gicas das particulas afetam des de fen6me-
nos moleculares (tais como a difusao massica) que ocorrem no interior e/ou entre
particulas, ate 0 dimensionamento de uma coluna (seja no aspecto construtivo,
como diametro e altura titil, seja no aspecto operacional, como a definicao de vazao
de operacao e perda de carga). Os fen6menos de transterencia de massa, por exern-
plo, em conjunto au nao com reacoes quimicas, que ocorrem em sistemas particu-
l ados, e st ao presentes nos process os de industria quimica, de alimentos, agricola,
rne tahirgica e petroquimica. Pode-se citar, ainda, engenharia bioquimica, quando
se dese ja recuperar farmacos utilizando-se resinas apropriadas no fen6meno da acl-
sorcao. No que se refere a tipos de particulados, pode-se citar 0 ernprego ciaareia e
clo calcario em operacoes de cornbustao em lei to fluidizado, sendo a areia utilizada
como material inerte e 0 calcaria como adsorvente de 80
2
. Existem as partfculas de
catalisadores FCC utilizadas no craqueamento catalitico de petr6Ieo, objetivando
o seu refine para obtencao cle gasolina. Cabe mencionar, tambem, as aplicacoes
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Opera
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130
F Z
Caracterizac;ao de partfculas
131
Operac;6es unitarias em sistemas particulados e fluidomecaniccl
em muitos materiais, passagens sinuosas com bifurcacoes e interligacoes entre s'
Poros podem ter suas dimensoes gradativamente diminuidas com a prafundidade
j
ou, em alguns casos, aumentam suas dimensoes com a profundidade, dando origem
aos chamados poros gargalo de garrafa .
fibroso
s
e isolantes terrnicos sac materia is bastante porosos. Desse modo, os poros
podem ser classificados por tamanho, conforme apresentado na Tabela
6.1. Ja
as
tecnicas de medidas
estao
associadas
a obtencao
da massa especffica do material
(material poroso e nao poroso), as quais serao discutidas no proximo item.
Tabela 6 1
Classificacao de poras de acordo com 0 tamanho
(ALLEN, 1997)
Macroporas
Maior que 50nm
Entre 2 e 50 nm
Paras
fechadas
Paras /.
obscures
Figura 6 2
Classif icacao dos poras (WEBB e ORR, 1997) .
Interstfcias
Mesoporos
Microporos
Entre 0,6 e 2 nm
Menor que 0,6 nm
Figura 6 3 Representacao da poros idade de um po.
Os poras considerados aqui sao aberturas e/ou passagens em objetos (par-
ticulas) rigidos ou semirrigidos. Uma massa rigid a gerada da compressao de urn
p6 e urn tipico material poroso. Os espacos entre as particulas do p6 (Figura 6.3)
sac chamados de volume de vazios. A porosidade, portanto, corresponde
a
rela-
c;ao entre 0 volume ocupado pelos poros e/ou vazios e 0 volume tota l da amostra.
Neste caso, tem-se:
Porosidade da particula (Figura 6.2)
Ultramicroporos
6 2 2 M assa e sp ec ffica d a p artfc ula
A massa especifica de urn material e defmida como a massa desse material
dividida pelo volume ocupado por ele. As defmicoes distintas para a massa espe-
cffica decorrem de como
0
volume da particula e considerado. 0 volume visfvel
de uma amostra
e
composto pelo volume da matriz s6lida e pelo volume de vazios
(poros). A massa do material e determinada facilmente por uma balanca anali tica,
enquanto 0volume, em se tratando de s6lidos de geometria conhecida , e calculado
diretamente da definicao de seu volume geometrico. Por exemplo: tendo-se uma
particula de esfera de vidro (de 2 mm de diametro, cujo valor e obtido diretamente
por urn paquimetro), obtem-se a sua massa por meio de uma balanca e a divide
pelo volume dessa particula considerando-se
0
seu diarnetro.
Quando 0 materia l em questao for pequeno 0 suficiente de modo a ser prati- .
camente impossivel medir
0
seu diarnetro, e que, em vez de uma particula, tenha-
-se uma amostra desse material (ou seja , urn mimero consideravel de particulas),
pode-se recorrer a tecnica denominada picnometria ou metoda de Arquime-
des.
Essa tecnica consiste na imersao da amostra de particulas em urn recipiente
preenchido por um liquido (usualmente agua); 0 volume de liquido deslocado
corresponde ao volume ocupado pela amostra em tal recipiente. Urn roteiro para
a determinacao da massa especifica da particula pode ser este que se segue:
a) considere que se conheca a massa da amostra, a qual denominaremos mj;
b) toma-se, a seguir, urn picnornetro de volume conhecido e insere-se agua, me-
dindo-se a massa do conjunto (massa do picnometro
+
massa da agua) , a qual
denominaremos
m2;
c) adic iona-se ao conjunto de massa m2 a massa conhecida da amostra emj) e pesa-
-se 0 c6njunto (massa do picnometro cheio de agua + massa da amostra) , que
denominaremos m-: A massa de agua deslocada sera: mHzO= mj + m2 - m3
Volume dos poras abertos
=
P
Volume total da partfcula
(6.1)
Porosidade do p6 (Figura 6.3)
Volume dos poras abertos
Ep
=
Volume total da partfcula
(6.2)
Depenclenclo do t ipo do meio poroso, 0 valor da porosidade pode variar de
proximo de zero ate perto da unidacle. Como exemplo pode-se citar que alguns
metals e tipos de peclras vulcanicas possuem porosiclacles muito baixas. J a os filtros
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3
Operacoes urutarias em s istemas particulados e fl uidomecanico
o
volume de agua deslocada, que e igual ao volume da arnostra, sera;;
Vamostra =
mH
2
0/ PHzO, em que PH
2
0 e a mass a especifica da agua na temperatur
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Operacoes unitarias em sistemas particulados e fluidomec.3nicos
6.2.4 Morfologia das par tfcu las
A forma das par tfculas desempenha papel essencial em
varies
aspectos
envo];
venda sis temas particulados, infiuenciando, por exemplo, 0 valor da velocidade
terminal, bem como na superficie de contato das partfculas. .
Existem diversas definicces para representar a forma de particulas, que sao
baseadas nas razoes entre os eixos ortogonais, no volume do solido, na area do soli-
do e na area superfic ial . Ent retanto, a maioria dessas
representacoes
e baseada
nas
dimensoes caracterfsticas de uma particula (a, b, c), conforme ilustra a Figura 6.5.
Figura 6 5 Dimens6es ca racte ri st ic as de uma pa rt icula
(a , b, C
=
dirnensao maior, menor e interrnediaria da particula; MELO,
2010).
Dentre os cliversos fatores cle forma, clestacam-se:
a) Arreclonclamento, Ar; e c ircu lariclade , C. A circulariclade e 0 arreclonclamento
comparam a superficie cloobje to com a superffcie c lo disco clomesmo perirne-
tro,ou
em que
Pe
e 0 perimetro
eSp,
area superficial cla particula, respectivamente.
Encontra-se, tarnbem, a seguinte defmicao para 0 arreclonclamento
1
A
Ar=-=-
C
Ap
sendo Ac, area rela tiva ao menor diametro de uma esfera ci rcunscrita , d
pj
(Fi-
gura 6.6), e
Ap,
area projetacla cla partfcula em posicao cle repouso, ou seja,
e como se deixasse tal particula repousar sobre uma determinacla superficie
e nela cleixasse grafadas as suas dimensoes biclimensionais (estaveis), con-
forme ilustra a Figura 6.6, poclenclo ser as particulas classi ficaclas conforme a
Tabela 6.2.
A forma cla particula, clograo ou cloaglomeraclo pode ser avaliada por anal ise
de irnagens (fotografias, microfotografias ou, aincla, visualmente, na dependen-
cia c la di ruensao da partfcu la) e comparacla com uma figura contenclo formas
padroes, conforme i lustra a Figura 6.7. 0 resultac lo e obticlo cle acorclo com 0
grau de esferic idacle e
0
grau clearredondamento.
(6.7)
Caraderizac;ao de particulas
135
Figura 6 6 Diarnetros circunscrito, d
pl
e inscrito, d
pll
da p ro jecao da sombra
de uma part icula (MELO, 2010).
Tabela 6 2
Classif icacao das particulas pela circularidade
(SOUZA, 2007)
C < 1,25
1,25
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~ _ i
c/
136
operacoes unitarias
em sistem as pa rt icui ad os e fiuido mec imi cos
A partir da analise da Figura 6.6 e da defmicao de alongamento, esta grandeza
tambern pode ser definida a partir do conhecimento dos
diametros
inscrito e
circunscrito de uma partfcula, a sernelhanca de uma daquelas imagens ilus- .
tradas na Figura 6.7, obtidas por meio da projecao da sombra dessa partfcula
sabre um plano em repouso. A partir da Figura 6.6,
0
grau de alongamento
e
definido par
(6.10)
c) esfericidade,. No estudo da forma das particulas, observa-se uma tendencia
em considera-las esfericas para simplificar calculos. Dificilmente tais partfeulas
apresentar-se-ao
nesse formato,
fazendo-se necessario,
portanto, conceituar
um fndice que traduz 0 quao 0 formato da partfeula se aproxima ao formato
de uma esfera. Tal Indice e
0
grau de esjericidade, . A definicao classica de
esfeucidade e atribuida a Wadell (1932), que a estabelece como a razao entre 0
diametro de uma esfera de igual volume ao vo lume da particula e a diametro da
menor esfe ra ci rcunscrita de diametro
d
pj
(Figura 6.6). Assim, considerando-
-se Vp como a volume da particula, tem-se
3
=;
V =-
p
(6.11)
ou
(
6 ) 1 I 3
d
=
-v
p st p
(6.12)
que e
0
diametro da esfera de igual volume ao da particula. Da Figura 6.6
verifica-se que a menor diametro de uma esfera circunscrita e d
pj
,
de onde e
possivel escrever
1 ( 6
) 1 / 3
x
-v.
d
p1
st P
Como decorrencia dessa definicao, ha outra que estabelece esfericidade como
a relacao ent.re
0
diametro do circulo com area igual
a
projecao da particula e a dia-
metro do menor ci rculo circunscrito a par tfeula, sendo que na pratica 0 intervalo
para a esfericidade e de 0,45 (particula alongada) a 0,97 (muito e sferica). Assim,
considerando-se
Ap
como a area projetada da particula, tem-se
(6.13)
2
(83~d~nl'~
125
105
-140+170
14,16
68,92
105
88
-170+200
16,97
51,95
88
74
81,0
-200+230
15,21
36,74
74
63
68,5
-230+270
14,32
22,42
63
53
58,0
-100+120
-270+325
11,21
48,5
270+325
11,21
11,21
53
44
-120+140
-325+400
6,18
-400 5,03
-325+400
6,18
5,03
44
37 40,5
140+170
-170+200
-400
5,03
0
146
Operac;;6es unltarias em sistemas particulados e fluidomecanicos
1 4 6 8 1
Diametro de
partfcula.D,
(urn)
Figura 6:11a Di st rl bu icoes de fr equencia das par tf cu las ~ef er en tes
a
Figura
6.1 a (base volumet r ica , uti li zando-se Masters izer ).
101~------------1
~ ~ ~
Dlametro de particula.D, (prn)
Figura 6 11b Distr ibuicao cumulat iva das par tfculas re erente a Figura 6.1a
(base volumet rica , uti li zando-se Masters izer ).
6 - Caracterizacao de par ticulas
147
Soluceo
As duas pr imeiras colunas da Tabela 1 i lust ram urn ensaio caracterf st ieo
t fculas de catal isadores de FCC. Nesse ensaio , foram selecionadas as.peneiras
# 80, # 100 ... , # 400 (em que
0
s fmbolo # ind ica mesh) . 0 s fmbolo (+)
urua determinada fracao de massa
i, Xi
foi re tida na peneira #
i ;
enquanto
0
bolo (-) indica que a massa remanescente atravessou a peneira #
i .
Retomando a
Tabela 1na Tabela 2, a segunda coluna dessa tabela mostra a fracao de massa retida
na peneira + #
i .
P.ex: 1,29% da massa ficaram ret idos na peneira
#
100; 5,93% da
massa ficararn retidos na peneira # 120; 9,70 % da massa ficaram retidos .na peneira
#
140 e assim por diante. A terceira coluna indica
0
percentual da massatotalgue
atravessa a peneira # + i; como exemplo, tem-se que 100% da massa total da arnostr a
atravessaram a peneira # 80 ; em seguida, 98,71% da massa total da amost ra atraves-
saram a peneira
#
100 para, a seguir, 92,71% da massa total da amostra atravessar
a peneira
#
120 e assim sucessivamente ate que 5,03% da massa total da amostra
atravessam a peneira # 400 e se deposita no fundo do equipamento. Ou seja, trata-se
de uma distribuicao cumulativa, em que cada valor
Xi
indica a fracao em massa das
partf culas menores do que urn cer to diamet ro D; que, no caso da Tabela 2 , refere-se
a primeira coluna como
+
#
D/,.
Desse modo a anali se granu lometr ica pode ser expressa ern urn grafico da dist ribu i-
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Op era< ;6es unitarias em sistem as particul ados e flui dcmecanko,
50 ,b o
ISO
200
Diarne tro de partkula.D, ( 11m)
250
~
(S100
'
>
~ 80
S
~60
u
o
~~ 40
: ::l
.n
~ 2
o
.
50 100 150 200 250
Diar net ro de
parttcula.D,
(11 m )
fi9lJril2
'0 i s t r i ~ ~ i ~ . ~ ~ ~ u . 0 u r a } iy a~ ~ ~ : r ~ ; 2 f ~ . ~ a : .~ r ~ ~ I ~ , .. 2 . , ; / : , . , ' ,
. .::..~-;. ,-:--;-.
:; , ~ :: . ~ . ;. : - ;~ ~ > ~ ~ : ~ ~ < :. ~ ': ; ; :- :~.< .; ;' : : : : .~ - . . ) . : . - - . -
'. ~ a~i1~ [~, r~fJ2~~~,~~t~w~filt~O~~ ,1 \~ ;~ l~~
'bela 2.porexeIIlplo,na .sit1ia9a'o:':-,70:t.88 ,.~,eIl1-se,p'~raap,eD~I~a
#
70ocliametro .
'da abertUra igtiaL'a2[50jj,ri1;japara
if
p e n e i r , (
80 '.Odia~etro daabertura
e
igual a
177 jLm,resllitando ern-urn diametro medic igllal~
~13,5.Lm :, .' ...... .
., , , , _ . . : . ~ : . : , :: .; : , .. . . \ . - - -- : : , : : , : , . : ~ : ; ,, . . ,,: , . > ~ . :, :: , : :; , : .,
6.5 Diarnetro medio de particula
A definicao de diametro medio de particula decorre do conhecimento da distri-
buicao da frequencia de tamanhos de uma determinada amostra (ou seja, da Figura
6.11a). Dessa maneira, tem-se as seguintes defmicoes:
6 - Carac terizacao de particul as
149
a) Diametro da particula cujo volume e igual ao volume rnedio de todas as parti-
culas presentes em uma amostra:
(6.23)
b) Diametro
da particula em que a area superficial e
igual
a media das areas
su-
perficiais de todas as particulas presentes em uma amostra:
i X i
(12 = i=l D
i
P
n
x .
~ D f
(6.24)
c) Diametro da partfcula cuja relacao volume/superficie, a ~ / a ; , e a mesma para
todas as par ticulas presentes em uma certa amostra. Desse modo, a partir das
Eqs. (6.23) e (6.24), tern-se:
d=__
Ps i(~ )
iI
(6.25)
que e 0 diametra media de Sauter, sendo este 0 diametro medio de particula
mais lltjljzado em sistemas
narticuladas,
transferencia de calor e de massa
cinetica e catalise. Este diametro normalmente e utilizado em estudos relacio~
nados a fen6menos interfaciais
(RA lVl A LHO
e
OLIV EIRA ,
1999;
CA M A RA et
al., 2008).
b)
0
valor do diarnetro merna de particula
partfculaspresentes ita amostra;
.c)
0
valor do diametro.msdio de partfcula .ern que a Area 'superficial e igual a media.
.das presentes naamostra. ..
:;: .
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Op er ac ;6 es u n it ar ia s e m s is te m as p ar ti cu l ad o s e f lu id om ec an ic o s
Soluc ao
Conhecidos os valores da fracao massica da distribuicao de frequencia contidos na
seguncla coluna da
Tabela
2 do Exemplo 6.2, a qual
esta
na forma de par.~entual.
(portanto, basta dividir tais valores par 100), bem como os valores do diametro
rnedio
de partfcula entre cada mesh,
ultima
coluna
da
Tabel~ 2 do Exemplo 6.2,
e
possivel calcular, para
cada
par
( Xi, D ;) ,
os valores necessanos para atender 0
presente exercicio.
a) Utiliza-se a Eq. (6.23), cujos valores de
(x;fD
i
) para
cada
par
(x;, D
i) ?stao
conti-
dos na terceira coluna
da Tabela 1
do presente exemplo. Dessa
maneira,
0 soma-
t6rio dessa coluna sera
Substituindo-se esse valor na Eq. (6.25),
obtern-se
1 1
dps = ~( .) = 1 34
10-2
= 74,63 ,um
'\' x, ,x
.L;D
-i~l t
b) Utiliza-se a Eq. (6.25), cujos valores de (XiID7) para cada par (Xi,
DJ
:stao conti-
dos na terceira coluna da Tabela 2 do presente exemplo. Dessa manerra, 0 soma-
t6rio dessa coluna sera
Substituindo-se esse valor na Eq. (6.23), obtem-se:
(1)
(2)
(3)
(4)
6 - C a ra ct er iz ac ;a o d e p a rt ic u la s
5
213,5
213,5
163,0
0,0129 7,91 x 10-
5
163,0
0,0129
137,0 0,0593 4,33 x 10-4 137,0 0,0593
115,0
0,0970
8,43 x 10-4
115,0
0,0970
96,0
0,1416
1,47 x 10-
3
96,5
0,1416
81,0
0,1697
2,10 x 10.-;]
81,0
0,1697
68,5
0,1521 2,22 x 10-
3
68,5
0;1521
58,0
0,1432 2,47 x 10-
3
58,0
0,1432
48,5
0,1121
2,31 x 10.-;]
48,5
0,1121
40,5
0,0618 1,53 x 10-
3
40,5
0,0618
c) Emprega-se, neste caso, a Eq. (6.24), ou
n )
:
x i
(j2
= i=l
D
i
P ~(~})
2,98x 10-
9
2,31x 10-
8
6,38 x 10-8
1,58
X
10-
7
7,34 X 10-
7
9,83 X 10-
7
9,30
X
10-
7
(5)
Verifica-se, na
Eq,
(5), que sao conhecidos os valares do numerador e do de-
nominador por meio dos resultados (1) e (2), os quais, substituidos naEq.(5),
resultam em
(
- 2 ) 1 / 2
(j =
1,34x10 =6026 zm
p 3,69 x
10-
6
,
(6)
6.6 Model os para a
distribuicao qranulometrica
Qualquer que seja a distr ibuicao granulometrica , torna-se possivel descreve-
-la por modelos matematicos na forma de
X
=
X CD).
Existem, classicamente, tres
modelos: 0 de Gates, Gaudin e Schumann CGGS), 0 de Rosin, Rammler e Bennet
CRRB), e 0 modelo que estabelece a funcao X
=
X CD) no formato log-normal.
o Quadro 6.4 sinte tiza a apresentacao de tais mocIelos (MASSARANI, 1984)..A
partir deses mocIelos e de seus parametres associados e possivel estabelecer equa-
coes para 0 calculo cIodiametro medic de Sauter , conforme apresentado na ul tima
coluna do Quadro 6.4.
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152
opsracoes unitarias
em sistemas particulad os
e
fluidomecani co s
Quadro 6 4 Modelo s para a distribuicao granulometrica (MASSARANI, 1984)
GGS
sendo:
D, ,;;k; m >
0;
k
=
DiOO
DlOOrefere-se ao diarnetro
DparaX = 1
m =
1
(distribuicao
uniforme)
m
1(casos usuais)
(6.26)
Tem-se uma reta ao se re-
presentar em forma grafica
(enD vs. enX); nas situa-
coes usuais em que
m>l,
0
modele recai no
RR B .
valido para
m>
1
RR B
Xi = 1 - exp[-(DilD,)n]
(6.27)
D
d -----
pS -
r 1-1/n
n
>
0;
D
=
D
63,Z
D63,2 refere-se ao diametro
o para
X
= 0,632
Tem-se uma reta ao se re-
presentar em forma grafica
f.nD
vs.
en[(enll(l-X))];
a
forma S
e
verificada para
n>l
para rz
> 1
com a funcao gama:
00
rr)
=
J
e-xx -l dx
c
Log-
-normal
en (DdDr,o)
Z
= ----rd-'''--=' '
t
.J 2
(jIna)
erf(Z) = lJ : exp(_YZ)dy
funO,~329
68,5
0,3674
0,3674
4,2268
-1,0013
58,0
0,2242
0,2242
4,0604
-1,495?
48,5
0,1121
0,1121
3,8816
-2,1884
40,5
0,0503
0,0503
A equacao earaeteristica do modele RRB
e
Xi = 1- exp l- (D/D) J
Ressalte-se que
n
e 0 coeficiente angular da reta
.enD
vs.
en(en[l/(l -:-X)])
que
na presente situacao,
e
n = 3,065. Ja 0 valor de D
e
D = D
63
, z, sendo que D
63
,Z
refere-se ao diametro
D
para
X
=
0,632. Nesse caso, pode-se interpolar 0 valor de>,
D
a partir da Tabela 6.7, ou utilizar-se da reta
enD
vs.
en(en[l/(l - x)
]},naforrrii,}';'
y
= ax
+ b,
em que a
=
n. .rs.: }F i;f~;;,
, , d . i L i , , ,, , , ,, , ,, , , , ,
-
8/10/2019 Captulo 6 - Caracterizao de partculas.pdf
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154
- Ita ias em
sistemas
particulados e fluidomecanic
operacoes un , ,,
20-,-- ---------------------------,
-20
e
o
15-
o M od e o G GS
e Modele
10-
~
.
- L - - - - - - - - - - - - - - - - ~ - - - - - - I I - - ~; D~D~I r ~
00 1~0 20 30 40
0
50 60
~_05~0
~
h
-10-
' '
o
o
-15-
-25
-3,0-
-J,5~----------------~Rn~(D::,-:-D------------------
. 'I
G T para ana li se de mode los para d ls tribuicao qranulo rnet rl ca ,
Figura ra ICO . diGGS e
f(X)
=
. e n , P i
para
0
modelo RRB.
em que f(X
i
) =
Xi
para 0mo eo, I
o
valor
deD
sera.obtido de (para y
=
0)
=
exp( .....bin)
obtida para 0 modelo RRB,eom r2 =0,983, e
y =
3,065x -13,969
Identiflcando n
= 3,065
e
b = ~ 13,969,
_ '., (I, 3,969, )
=',
95
35pm
-eXP065 . '
3,
o
modeloRRB, para este exemplo, eposto
Eq.,(2):
6.7 Bibliografia c onsultada . .
f , nd pore size determ~natwn,
ALLENT Particle size measurement: surjace area a
5. ed. 'L~ndres: Chapman & Hall, v.2, 1997.
A
. G S Estudos de par/imetros texturais das areias para argamassdas
RAUJO, . . . . . Dissertacao de Mestra
0,
de revestimento atraues da aruiiise de umaqens, e Pas Graduacao em
Vitoria: Universidade Federal do Espirito Santo, Programa d -
Engenharia Civil, 200l.
-caracteriza
-
8/10/2019 Captulo 6 - Caracterizao de partculas.pdf
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6 ~ Caracterizacao de partkulas
157
TEIXEIRA,. G.; COUTINHO,. M. B.; GOMES,A. S. Principals metodos de caracteriza