capítulo 3 - projeto

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  • 8/16/2019 Capítulo 3 - Projeto

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 1 

    Abertura capítulo 3.

    Olá!

    Vamos começar agora o 3° capítulo da disciplina de Paisagismo. Porém, antes deiniciarmos, vamos relembrar o que vimos no capítulo 2?

    Relembrando:

    No Capítulo 2 conhecemos as plantas e os métodos de cultivo. Também tivemosorientações sobre solo, clima, adubos, regas e podas para que as plantas sedesenvolvam. Conhecemos também algumas pragas e doenças que afetam odesenvolvimento da vegetação e aprendemos como montar vasos, canteiros e hortas.

    Agora, iniciando o Capítulo 3, abordaremos os seguintes assuntos:

    3.1. Composição3.2. Iluminação3.3. Estudo preliminar

    3.4. Desenvolvimento de Projeto

    Objetivos do Capítulo 3:

    1. Conhecer todas as etapas de desenvolvimento de um projeto paisagístico.2. Realizar a composição de um projeto paisagístico.3. Conhecer e aplicar iluminação em paisagismo.4. Desenvolver um projeto paisagístico.

    Você está ciente dos objetivos propostos para este capítulo? Então vamos em frente.

    3.1. ComposiçãoA composição, em paisagismo, segue os mesmo princípios do design de interiores.As técnicas permitem ao paisagista passar a mensagem de paz, contemplação erelaxamento ou movimento e dinamismo, usando o equilíbrio entre porte, textura,colorações.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 2 

    As cores são importantes sim Miguel, mas o mais importante é a harmonia entre cores,formas e texturas. Em paisagismo, temos um círculo cromático, como na decoração.

    Vejam: 

    Cores primárias: vermelho, azul, amarelo

    Cores secundárias: verde, laranja e violeta

    Cores quentes: amarelo , vermelho e laranja

    Cores frias: azul, violeta e verde 

    As cores quentes lembram o sol; já as cores frias provocam a sensação de sossego. Nascomposições paisagísticas, pode-se e deve-se aproveitar destes recursos naturais eassim invocar sensações como aquecimento (cores quentes) ou frescor (cores frias).

    Quando reunimos maiores quantidades de plantas, como por exemplo, maciços defolhagens, devemos utilizar cores encontradas naturalmente na paisagem, tal como overde, o azul e os tons de terra

    Projeto de Kátia Rodrigues de Almeida

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    Uma massa de uma só cor, tem mais efeito do que uma mistura de cores.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ®

    Nesta imagem abaixo, as flo

    Alternar as cores do maciçobloco único. Deve-se combi

    Todos os direitos reservados.

    res por ser de cores próximas, formam

    causa mais efeito, do que misturar todaar as cores em pares: duas a duas ou n

     

    Página 4 

    m maciço.

    as cores em umo máximo, três.

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    E também ao escolher as cores para um jardim é importante conhecermos as sensaçõesque cada uma provoca, vejam:

    LaranjaAmarelo

    Azul

    VermelhoBrancoRosa

    Violeta (tumbérgia, violeta, petúnia, prímula)Relacionada com a intuição e a espiritualidade, própria para locais de meditação

    A&C fev 98

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    http://colunas.casaejardim.globo.com

    Verde (hera, avenca)Cor protetora, terapêutica, inspira sentimentos de paz e harmonia. É a cor do equilíbrio,não agita nem relaxa demais.

    Casa Claudia maio 2000

    Casa Claudia fev 2004

    Laranja (azaléia, tagete, lírio, gérbera)Cor quente, radiante, dá energia, estimula o otimismo, a generosidade. Influencia aatividade física e intelectual

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 8 

    http://miriandecor.blogspot.com/2009_11_01_archive.html 

    Amarelo (margarida, amor-perfeito, gérbera, lírio, junquilho)Ligado à criatividade, estimula o raciocínio e a comunicação. Relacionada sempre com osol, representa a força.

    A&C Fev 98

    Azul (agapanto, hortênsia, lobélia)Cor da paz, indicada para meditação, relacionada com confiança.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 9 

    http://colunas.casaejardim.globo.comhttp://www.portalmundodasflores.com.br/dic_capa_59.asp 

    Vermelho (rosa, hibisco, kalanchoe, antúrio)Cor do fogo, altamente energizante. Produz nos jardins um efeito fantástico, impossível denão ser admirado. Símbolo de força e vitalidade

    Casa Claudia maio 2000

    Branco (azaléia, rosa, hibisco, copo-de-leite, lírio-da-paz)Dá origem a todas as cores. Cor da pureza, relacionada também com a espiritualidade.

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    Casa Claudia maio 2000

    Rosa rosa, azaléia, hibisco, ciclame, prímula)Relacionada com as emoções, cor do amor espiritual. Estimula relações afetivas.

    Revita Casa Claudia

    http://revistacasaejardim.globo.com 

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    http://www.dindaplantas.com.br  

    Composições com o verde das folhas e mais uma cor também ficam lindas. Neste caso,pode-se valorizar as formas das plantas:

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 12 

    A forma da planta pode ser arredondada, colunar, pendente... A forma das folhas, flores,frutos também pode ser usada. E a forma dos canteiros pode ser geométrica,arredondada, espalhada...Vejam:

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 15 

    Outro elemento compositivo importante é a dominância. Ocorre quando um doselementos se sobrepõe aos demais. Pode ser em cor, textura, linhas, formas ou portes.

    Vejam as imagens: 

    ,

    )

    A dominância aqui, ocorre pelas formas das árvores, lembrando linhas verticais e tambémas texturas. Note como elas chamam a atenção, complementando a paisagem.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 16 

    O contraste ocorre quando o elemento contrastante chama a atenção para si, seja pela

    forma, cor, linha ou textura, acentuando a diferença em relação aos demais.

    Casa Claudia maio 2000

    (),

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ®

    Nota: A dominância diferencia doatenção, mas com a intensa intensão de “chocar” co

     paisagem aumenta a sudiscordância. Ele pode ser

    O equilíbrio significa estabilformando um conjunto agra

    Equilíbrio simé

    Todos os direitos reservados.

    ontraste porque sobrepõe os demais el   ão de complementar a paisagem, deixá-

    o o contraste. O contraste então, é q

     potência. Mas lembre-se que o cuito interessante e agradável, como vi

    idade na composição, resolvendo as forável aos olhos. Pode ser simétrico ou a

     trico ou formal: sensação de tranquilid

    Página 17 

    mentos, chamando ala mais atraente, semando o elemento na

    ntraste não é umaos nas imagens.

    as individuais,ssimétrico.

    de e paz.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 18 

    Equilíbrio assimétrico: 

    Equilíbrio assimétrico: distribuição equitativa de pesos e massas, porém com formasdiferentes, com a sensação de dinamismo e movimento.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 19 

    Outro elemento da composição é a proporção, sendo um recurso que permite unificar earticular cada uma das partes no todo. Determina as dimensões individuais e as relaçõesentre cada um dos elementos da composição. Dá a sensação de escala entre o tamanhodo todo e cada parte.Vejam: 

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 20 

    O ritmo dá a idéia de sucessão dos elementos através da repetição deles, ou de gruposde elementos. 

    A unidade acontece quando não se pode retirar nem um dos elementos, pelo equilíbrio eharmonia que formam entre si

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    .

    A harmonia é estabelecida pelo uso adequado dos elementos artísticos e funcionais,dando unidade e estilo ao jardim. Deve haver coerência entre estilo, arquitetura edecoração.

    - Cuidar com o excesso de um mesmo elemento;- Evitar misturas exageradas (confusão);- Evitar muita ordem: formalismo e rigidez;- Saída: simplicidade;Na harmonia são relevantes 3 aspectos: estilo, expressão e proporção.

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    Casa Claudia out 2005

    Atividade 1:Vá ao Ava para fazer o download da atividade.

    3.2. IluminaçãoA luminosidade oferecida para as plantas é responsável pelo seu desenvolvimento,portanto, se você quer ter exemplares viçosos, escolha cuidadosamente o local da casaonde elas serão colocadas. A incidência de luz é condição essencial para o pleno de-senvolvimento das plantas. Nenhuma delas sobrevive no escuro.

    Vocês devem pensar que cada planta tem um tipo de exigência em matéria de luz, quevai desde o mínimo necessário para a sua sobrevivência, até a quantidade de luz maisadequada para que ela atinja o máximo de sua floração e crescimento. As janelas são aprincipal fonte de luz interna, mas não basta colocar a planta junto à janela para garantirseu crescimento. É preciso levar em conta o ângulo que o sol nasce e se põe, a estação

    do ano e a quantidade de luz que cada situação oferece. Veja a imagem:

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    Inverno: 9 horas de luz. O sol nasce mais a Nordeste. Quando alto, projeta sombra naface sudoeste.

    Primavera e Outono: 12 horas de luz. O sol nasce exatamente no Leste. Quando alto,

    projeta sombra na face sudeste.

    Verão: 15 horas de luz. O sol nasce mais a Sudoeste. Quando alto, projeta algumasombra na face sul. 

    Janelas de face norte, por exemplo, oferecem maior variação de luminosidade à medidaque as estações mudam. No inverno, quando o sol é baixo, a luz penetra por esta janela amaior parte do dia. No verão, a luminosidade dura pelo menos durante metade do dia.

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    Já as de face leste têm melhor insolação no verão, época em que o sol nasce diretamenteno leste, alcança seu ponto máximo ao meio-dia e se põe no oeste. À medida que o sol

    anda, esta face se torna mais fria que uma janela de face norte ou oeste.Na face oeste, as janelas são mais quentes durante o verão e muitas plantas nãoresistem a ela.

    As da face Sul têm pior luminosidade, inclusive no verão, permitindo apenas plantas quepodem ser cultivadas em áreas de baixa luminosidade.

    Quanto à necessidade de luz, as plantas podem ser classificadas da seguinte maneira:

    Sol pleno: precisam, no verão, de pelo menos 7 horas diárias de sol pleno, 

    Meia sombra: precisam de pelo menos, umas 3 horas de sol por dia, sobretudo noverão. No restante do tempo podem ficar sob luz indireta. 

    Sombra: alguns raios de sol direto, durante 2 ou 3 horas por dia, não fazem malalgum.

    Para não errar na luminosidade das plantas, precisamos anotar no nosso projeto aposição da sombra provocada pela casa e outras construções. E isso de manhã, ao meiodia e à tarde. O mesmo procedimento é efetuado para os eventuais muros, árvoresnativas, etc. Só assim teremos condições de fazer uma escolha de plantas realmenteacertada.Caso errarmos na quantidade de iluminação, o resultado sobre as plantas causa diversosefeitos:

    Luz insuficiente: torna os ramos fracos, finos e pálidos, características resumidas pelotermo botânico estiolamento.

    Luz em excesso: provoca queimaduras nas folhas e muitas plantas não toleram a luzdireta do sol. São aquelas que em seu meio original vivem à sombra de árvores.

    Dica: As plantas cultivadas em interior se voltam sempre para a fonte de luz, ou seja, os galhosmais expostos se desenvolvem melhor, isso é facilmente resolvido, virando o vaso comfreqüência.

    Em ambientes externos, não há muito com o que se preocupar, pois, como o sol estápresente, basta conhecer as necessidades das plantas que deseja cultivar para dispô-lascorretamente. Em geral, três metros é a distância máxima permitida entre as plantas e a

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    entrada de luz natural (janelas, clarabóias ou portas).  Outra dica é colocar flores bempróximas da luz e folhagens mais distantes. Veja:

    1 metro da janela - plantas que florescem, geralmente, preferem esta posição

    2 metros - posição ideal para as folhagens tropicais (como algumas samambaias)

    3 metros - outras folhagens (exceto as com folhas manchadas, que são denominadasvariegadas e preferem receber mais luz) 

    Mais que 3 metros - A uma distância maior que três metros, algumas plantassobrevivem, mas nem todas se desenvolvem bem. Vale a pena experimentar, prestandoatenção se a planta está aparentemente saudável.

    Atividade 2:

    Vá ao Ava para fazer o download da atividade.

    Iluminação artificial.Vejamos as vantagens em usá-la:

    O jardim se transforma, proporcionando um espetáculo à parte. É muito bonito um jardimbem iluminado.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 26 

    http://www.circuitoarqdecor.com.br/archives/1190 

    Realça caminhos, plantas, esculturas e fontes. Mas também ilumina a área, permitindoque se caminhe com segurança, se pratiquem esportes ou simplesmente se admirem asestrelas.

    Idealizados de acordo com o efeito desejado, podem evocar gêneros, como o dramático,por exemplo, que fixa e ressalta somente alguns pontos, jogando com as formas etexturas dos objetos e plantas focalizados.

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    Se forem iluminar áreas para a prática de atividade física evitem os efeitos. As atividadesfísicas exigem uma iluminação mais forte, adequada ao tipo de esporte praticado: cooper,futebol, natação, basquete e muitos outros.

    Equipamentos :

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    1. Os postes altos (a partir de 2,5 m)são indicados quando se necessita de

    bastante claridade, distribuídauniformemente, como por exemplo, emgrandes áreas planas gramadas oudestinadas à circulação de veículos.São dotados de luminárias de vidro ouacrílicos, nas variações opacos etransparentes.

    2. Já os postes mais baixos sãoperfeitos para iluminar bancos edemarcar trilhas. O mesmo efeito éconseguido com as luminárias debalizamento, de várias alturas e comvidro ótico funcionando como difusor daluz.

    3. Uma outra opção é o projetor,também chamado de spot. Este tipo é omais usado nas iluminações de gênerodramático.

    4. As luminárias de parede, de vigia e

    arandelas, embora não sejamexclusivamente destinadas ao jardim,funcionam como suporte nas áreasexternas, clareando a fachada e aentrada da casa, além de conferir umbelo efeito visual.

    Lâmpadas:

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    Incandescentes: com potência variando entre 60 e 150 watts, são mais baratas, mas têm

    uma vida útil menor se comparadas às outras. São usadas em qualquer tipo de luminária.Halógenas: usadas nos projetores, pois permitem o fluxo de luz dirigido. Varia de 300 a500 watts.

    Fluorescente compacta: com potência de 9 watts, é econômica, pois consome 1/4 amenos de energia que a incandescente, e dura mais. É ideal para balizas e luminárias devigia.

    Lâmpada mista: com potência variando de 160 a 400 watts, seu tom esverdeado é ótimopara realçar a cor das plantas. Usada em postes ou projetores.

    Vapor de mercúrio: outra opção para postes e projetores, com potência entre 80 e 400watts. É também mais econômica e tem vida útil longa.

    Vapor metálico: só 400 watts. Para projetores que dirigem o foco em grandes árvores efachada da casa.

    Vapor de sódio: potência de 70 a 400 watts, ótima para projetores, mas édesaconselhável para a iluminação de plantas por ter tom alaranjado.

    Lâmpadas anti-inseto: ideais para áreas de lazer e terraços. Recebem uma pinturaespecial amarela que impede a passagem de irradiações de ondas e, por conseqüência,não atraem insetos.

    Seja qual for a luminária escolhida, é imprescindível que ela esteja protegida contra o sole a chuva. Por isso, o melhor material, sem dúvida, é o alumínio, pois não enferruja. Oferro só é indicado quando recebe um tratamento eficiente contra corrosão. Parainstalação de luminárias em piscinas e fontes, verifique se a qualidade da borracha e dovidro é realmente à prova de água.

    Aço inox e cerâmica também resistem bem ao sol e à chuva. Tudo vai depender do estilodo seu jardim. Um outro fator importante é a facilidade de acionamento do sistema. Depreferência, os interruptores devem estar instalados junto a casa para garantir maissegurança e conforto.

    O timer é um equipamento que aciona as luminárias num horário preestabelecido. Alémdisso, permite o controle da quantidade de luminárias acesas, economizando energia.

    A célula fotoelétrica é o mesmo sistema utilizado nas vias públicas. Ele é um dispositivosensível à luminosidade: quando escurece, as lâmpadas acendem e quando clareia seapagam. Simples e prático.

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    Atividade 3:Vá ao Ava para realizar o download da atividade.

    3.3. Estudo preliminarAo se projetar o paisagismo para uma determinada área é imprescindível antes, umestudo detalhado dos diversos fatores que determinarão a linha que será adotada eseguida para sua concepção, a fim de que seja assegurada sua boa qualidade técnica eartística. Vejamos os fatores:

    1. Perfil do cliente/ usuário

    2. Programa de necessidades3. Divisão das áreas do jardim4. Posicionamento da área ao nascente e determinação das zonas de sombra5. Levantamento planialtimétrico e cadastral6. Elaboração do ante-projeto

    Vamos ver agora, a importância de cada um destes fatores para o paisagismo:

    O perfil do cliente, como já sabem, consiste em levantar as principais características decada individuo que irá interagir com o espaço. Particularidades como temperamento,anseios, cores prediletas, hobby , expectativas, prioridades, necessidades espaciais,

    capital disponível, prazo de execução, etc., deverão ser levados em consideração.O programa de necessidades é a identificação das necessidades práticas (dimensões) epsicológicas (estética: formas e cores) do cliente em relação ao espaço a ser projetado,definido por meio de entrevista com o cliente. No programa de necessidades será traçadoo perfil/personalidade do cliente e ele pode ser feito em forma de texto, tópicos ou tabela.Beleza.

    Divisão de área de uma jardim:Um jardim, dependendo do tamanho/ espaço disponível, pode ser subdividido em váriasáreas. Em cada divisão de área, existirá sempre um ou mais focos de atração visual que

    deverá receber destaque de composição com as vegetações adequadas a cada uso.Vejam a seguir:

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ®

    1- A entrada da casa: o jarporque em geral não é aproguardar os carros consideraespaço para manobras. Nesdrenagem das águas da ch

    2- Áreas íntimas: nos terreabertos para jardins ou terra

    3 - Área de serviço: deve firemoção de lixo, entrada de

    reservada para os varais. Nárvores frutíferas, canteiroscrianças brincarem com car

    4 - Área social: deve ficar ntornar agradável o convíviochurrasqueira, áreas para dpiso de pedra, para facilitarmadeira para banhos de solnestes locais, porque a manespécies com folhagem per

    espécie que proporcione a dàs que não desejem exposi

    Dependendo da opção dos

    rea de Lazer Contemplati- Em áreas pequenas:

    Todos os direitos reservados.

    im deve separar a casa da rua, mas nãeitado para o lazer. Reserve o espaço n

    ndo o sentido do tráfego na rua, a inclinata área escolha um piso resistente que pva e segurança.

    os mais espaçosos, os dormitórios e baços fechados, ótimos para descanso.

    car num setor que tenha saída independcompras e circulação de empregados.

    sta área você poderá reservar espaço ppara flores de corte e um espaço pavimeinhos e bicicletas.

    uma área bem ensolarada e abrigada do ar livre. Neste setor você deve preverscanso, refeições, etc. Ao redor da churmanutenção. Junto à piscina, piso anti

    . Se você tem animais, procure colocar putenção seria trabalhosa. preferível ane e floração intensa, não esquecendo

    esejável sombra nos meses de maior inão demasiada ao sol.

    oradores, a área social poderá ser cara

    vo:

    Página 31 

    ser muito grande,ecessário paração do terreno, oroporcione rápida

    nheiros podem ser

    ente para facilitar aeixe aí uma área

    ara uma horta,ntado para as

    s ventos fortes paraa piscina, arasqueira, coloqueerrapante e deck deouca área gramada

    aior utilização dee incluir alguma

    olação para abrigar

    cterizada como:

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ® Todos os direitos reservados. Página 32 

    Poderá estar limitada a apenas um pequeno espaço, separado das demais áreas: oplanejamento da vegetação obedecerá à escala do micro-paisagismo, valorizando

    particularidades mínimas, tanto na ocupação espacial pela vegetação, quanto pelosatrativos de cada espécie escolhida para figuração no ambiente.- Em áreas grandes:Poderá ser representada por espaço amplo, porém igualmente compartimentada dasdemais áreas. Dependendo dos demais fatores determinantes, poderá ser implantado umpequeno bosque com espécies floríferas ou de sombreamento, em meio ao qual sejaminstalados bancos ou balanços, mesas ou espreguiçadeiras. Também podem serimplantadas estruturas auxiliares do paisagismo, como por exemplo o quiosque ougazebo, a pérgola ou o caramanchão.

    Área de EsportesRequer que seja aplicado um tipo de tratamento paisagístico adequado a cada tipo dedesempenho esportivo. Assim tomemos por exemplo a piscina que deverá recebervegetação de folhagem permanente e cuja floração não suje demasiadamente a água, epreferencialmente de folhas grandes pois em caso de queda são mais fáceis de seremremovidas. Alguma projeção de sombra poderá ser benéfica para abrigar os nadadoresdo sol nos seus momentos de descanso. Já no caso de uma quadra, pode-se usar umaespécie formadora do contorno, separando a quadra visualmente e contendo a saída dasbolas para a parte externa.

    Área de Lazer PrivativoGeralmente trata-se de jardim em ambiente interno que tanto pode ser a céu aberto comofechado, mas que serve exclusivamente para o desfrute dos moradores. O tratamento doplano paisagístico será sempre de acordo com os fatores determinantes que predominemno ambiente e voltado a atender às características de vida dos moradores da residência.

    Devemos conhecer e marcar na planta baixa, o ponto onde nasce o sol, sabendo quepara podermos chegar a isso, tomaremos como base o ponto cardeal NORTE em relaçãoà área. Assim, é possível sabermos quais serão as diferentes condições de iluminaçãosolar que ocorrem sobre a área durante o dia e poderemos saber quais a espéciesadequadas para cada posição do jardim.

    Levantamento planialtimétrico e cadastral:Mais conhecido pela abreviatura LPAC, é uma minuciosa avaliação da área a sertrabalhada. Em grandes projetos, costuma ser feito por um topógrafo ou um agrimensor, eo resultado é um desenho, em escala, reproduzindo o mais fielmente possível tudo o queexiste no terreno, em três níveis.

    Nível 1 - A planimetria registra o perímetro, as dimensões e a localização de construções,vegetação representativa, calçadas, a entrada de veículos, etc.

    Nível 2 - A altimetria registra o grau de declividade do terreno sob a forma de um desenhocom cotas ou curvas de nível.

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    Disciplina: Paisagismo_ capítulo 3 ®

    Nível 3 - Já o cadastro reforluminárias, refletores ou pon

    águas pluviais e encanameA recomendação é que vocum assistente e vá tomandoparede, um poste da rua, etlocalizá-la na planta indican

    Procure ser bem detalhista.de paisagismo. Por exemplocorre o risco de planejar o plnão é nada conveniente. Seomitir informações relevantepaisagismo poderá ficar co 

    Todos os direitos reservados.

    ça o mapeamento. Indica onde estão astos de luz, tomadas de força, fiações, fo

    tos subterrâneos, etc.utilize papel quadriculado, lápis, borracas medidas de tudo que for encontrado:. No caso de já existir alguma árvore, po o raio da copa e o ponto aproximado

    Principalmente onde pode haver compro, uma fossa no terreno. Se não marcar santio de uma árvore exatamente em cimo levantamento planialtimétrico e cadasts, o projeto também acabará errado e oprometido. Veja abaixo o exemplo de u

    Página 33 

    torneiras, assas, galerias de

    a e trena, convoqueUm muro, umar exemplo, procurende fica o tronco..

    metimento no projetoua posição exata,a da fossa, o queral estiver errado ourabalho de

    LPAC:

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    O próximo passo é elaborar o ante-projeto. É por meio do ante-projeto que é possíveldescobrir se tudo o que foi planejado é mesmo viável e pode fazer parte do projeto

    definitivo.Veja como fazer o ante-projeto:

    1. Distribuição espacial:Analisar listas de elementos arquitetônicos e vegetais, destinando uma área para cadaitem dentro do espaço total. Isto é muito importante até para você poder avaliar se cabemesmo tudo o que se deseja colocar no jardim. Ao lado de cada um dos itens da sua listaanote o espaço aproximado que ele ocupa, para depois somar tudo e comparar o totalcom a metragem do jardim. O mais provável é você descobrir que falta espaço. Nestascircunstâncias, portanto, seria necessário rever a sua lista, quem sabe negociando com afamília alguns cortes de itens ou reduções de tamanho.Vejamos um exemplo:

    Imagine que a lista original de desejos incluísse uma piscina grande, de uns 12x5 metros,uma horta e um pequeno pomar. Feitas as contas, descobriu-se que não cabe tudo. Quefazer? Sacrificar a horta e o pomar em função da piscina? Sacrificar a piscina em funçãoda horta e do pomar? Ou contentar-se com uma piscina, uma horta e um pomar detamanho menor? Estas são decisões importantes e que precisam ser tomadas antes dese fazer o projeto definitivo.

    Em princípio, para que seja funcional e bem integrado, o jardim deve ser a extensãonatural das áreas da casa. Portanto você deve localizar na planta onde se situa cada umadelas. Vale a pena, inclusive, conhecer as medidas das portas e janelas que dão para o

     jardim, assim como a altura aproximada da casa, angulação do telhado e a existência ounão de elementos verticais, como chaminés. Não são itens obrigatórios, mas estesdetalhes certamente irão contribuir para a beleza e funcionalidade do seu jardim.

    Veja a distribuição espacial da planta que mostramos anteriormente:

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    Distribuição espacial:

    definição dos ambientes e d

    2. O espaço horizontal:Já redefinidos os espaços,Não se deve, nunca, deixardepois, porque a terra devetranstornos do tipo lama nosdaninhas nos dois períodos.

    O ideal é que todo o terreno

    de flores, árvores e arbusto

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    a circulação

    Dimensionamento dos

    hora de analisar a superfície do solo, aerra nua em um projeto paisagístico. Prireceber algum tipo de revestimento, pardias de chuva, poeira nos dias secos, ePortanto, é altamente desejável que a t

    livre seja coberto por plantas, gramados

    , ou pelo pavimento da circulação.

    Página 35 

    spaços

    topografia do terreno.meiro, porque é feio,que sejam evitados

    a invasão de ervasrra não apareça.

    , forrações, canteiros

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    Fonte:

    http://1.bp.blogspot.com/_dymgzlJjcwA/SiG_5uwXdpI/AAAAAAAAClo/QZXxZtB7iBQ/s400/IM

    G_3433.jpg 

    Outro cuidado a ser observado aqui, diz respeito ao nivelamento do terreno, no sentido deevitar depressões que possam juntar água na hora das regas e nos dias de chuva. Um

     jardim cheio de poças, acredite, é visto "no meio" como uma espécie de atestado deincompetência do paisagista.

    Uma declividade de mais ou menos 5% (cinco centímetros em cada 1 melro) poderáperfeitamente ser gramada. Declives maiores, por tomarem difícil o corte da grama,devem receber outro tipo de revestimento vegetal. E se forem bem acentuados é melhorcriar um projeto de jardim em vários níveis, com escadas ou rampas de interligação.

    Fonte: http://casa.abril.com.br/imagem/cc0539_mistura_00p.jpg 

    Por último, e ainda no que se refere aos cuidados com o espaço horizontal, não esqueçade fazer com que a água da chuva escorra para uma boca de captação de águas pluviais,

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    ou para um determinado ponto fora do terreno - neste caso, cuidado para não prejudicaros vizinhos.3. O fechamento lateralO objetivo da vegetação de fechamento lateral é atuar como quebra-vento, quebra-ruídos,quebra-luz e, principalmente, assegurar a necessária privacidade para você e os seusvizinhos. Além disso, do ponto de vista estético, funciona como cortina, ou pano de  fundo,destacando as demais plantas. E evidente que o fechamento lateral não precisanecessariamente ser constituído de plantas. Mas se for, tenha certeza, seu jardim ficarámais charmoso.

    Fonte: http://www.asaber.com.br/wp-content/uploads/2010/07/cerca_viva1.jpg 

    4. Check- list do anteprojeto:

    Antes de começar a distribuição das plantas, faça uma checagem geral, certificando-sepelo menos dos seguintes itens:

    1. Não reserve espaço para árvores de grande porte muito perto da casa. O sistema

    radicular da árvore pode acabar rachando pisos próximos e até comprometer o alicerce.Além disso, as folhas secas costumam entupir calhas e algum galho, se cair, poderá fazerestragos no telhado.

    2. Cuidado, sobretudo, com as palmeiras imperiais. Depois de adultas, cada uma dasfolhas mede cerca de 8 metros de comprimento. Portanto, nada de plantá-Ias a menos de10 metros de distância da casa.

    3. A menos que estejamos falando de lajes de pedra ou placas de concreto, colocadas aespaços regulares através de um gramado, caminhos e áreas de circulação devem ter, no

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    mínimo, 80 centímetros de largura. Se possível, faça canaletas na beirada destescaminhos, de modo a funcionarem como escoadouro para as águas das chuvas.

    4. O espaço destinado a canteiros floridos deve, preferencialmente, ser deixado em localque possa ter destaque, quando visto de dentro das áreas mais nobres da casa.

    5. Evite canteiros com formas geométricas rígidas. O traçado deles, muitas vezes édefinido pela área de circulação. Neste caso, se por um lado deve-se evitar a rigidezgeométrica, por outro não convém abusar das curvas aleatórias.

    6. Não se preocupe em perseguir a chamada simetria. Formas simétricas são maisapropriadas para grandes jardins.

    7. Jardineiras de alvenaria devem ter, no mínimo, 40 centímetros de largura por 40 cm deprofundidade (dimensões internas), dependendo da planta a ser utilizada.

    8. Evite utilizar plantas tóxicas ou espinhosas em locais de fácil alcance pelas crianças.

    9. Não exagere na utilização de elementos decorativos, como estátuas e fontes. A menosque o seu jardim seja mesmo muito grande, a profusão de elementos decorativos tenderáa fazer com que ele fique parecendo um show-room de fabricante.

    10. A propósito, cuidado também com o senso de proporção. Um elemento decorativomuito pequeno num espaço grande, desaparece. Muito grande num espaço pequeno,tende ao ridículo.

    3.4. Desenvolvimento de ProjetoO projeto no paisagismo deve utilizar os mesmos princípios e ferramentas do projeto deinteriores. Utilize uma escala para todo o projeto, seja ele feito à mão ou utilizando algumsoftware de computador.Veja a tabela:

    Tabela:Vá ao Ava para fazer o download da tabela.

    No projeto de interiores vocês começam desenhando os elementos fixos, não é mesmo?Em paisagismo é a mesma coisa.Devemos começar portanto, desenhando os limites do terreno, posição da casa, portão,cercas internas, pisos existentes e até a piscina, se já existir. Tudo aquilo que não podeser mudado. E não podemos esquecer os elementos “escondidos”, como uma fossa outubulação hidráulica.Estes elementos precisam ser conhecidos pois todos sãocondicionantes do projeto.

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    Após colocar os elementos fixos, procure marcar no papel os quatro pontos cardeais(Norte, Sul, Leste, Oeste). Isso é muito importante no que diz respeito às condições de

    luminosidade, sobretudo, para as plantas.Depois, monte o programa de necessidades conforme perfil do cliente e conclua com oMemorial Descritivo .O memorial descritivo no paisagimos refere-se a relação das plantas que serão usadas, eas quantidades de cada uma. Quando bem feita, esta lista acompanha outrasinformações, como porte e diâmetro da copa, época e cor do florescimento, espaçamentorecomendado, além das exigências de solo, regas e luminosidade de cada planta.

    É grande a importância do memorial descritivo, na medida em que é ele que orienta aaquisição das mudas. Por isso mesmo, idealmente, neste memorial deve constar tambéma altura aproximada ou a idade das plantas quando da aquisição. Para fazer o cálculo daquantidade de plantas a ser usado em um canteiro devemos seguir os seguintes passos:

    Passo 1. Delimitar o canteiro e as áreas (metragem quadrada) que cada espécie vaiocupar. Dica: quando o canteiro for irregular fazer o cálculo com base na formageométrica que ele mais se aproxima;

    Passo 2. Com a área de cada tipo de planta, deve-se verificar qual o espaçamento a serusado por esta espécie. Conforme a tabela a seguir faça o cálculo:

    TABELA DE ESPAÇAMENTO DE PLANTIO

    QUANT. DEMUDAS POR M²

    ESPAÇAMENTOENTRE MUDAS CM

    100 1070 1245 1530 1825 2020 2216 25

    11 308 356 405 454 503 552 70

    Observação: Árvores, arbustos e palmeiras, as quantidades são dadas em unidades.Forrações, as quantidades são dadas em m2.

    Vejamos um exemplo:

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    Meu canteiro tem 2,0 m X 1,0 m = 2,0 m2 . Vou plantar moréias (espaçamento de 25 cm).

    Consultando a tabela acima = 16 mudas por m

    2

    . Portanto no meu canteiro que tem 2m

    2

     plantarei 32 mudas.

    Agora que você possui o nome (popular e científico), a quantidade das plantas a seremutilizadas, é só fazer uma planilha com estes dados mais os valores unitários e totais parachegar ao orçamento final.

    Não se esqueça de acrescentar os materiais (pedras, tijolos, esculturas, móveis...), aquantidade de terra e adubos, além do valor da mão de obra (jardineiros) do seu projetopaisagístico (normalmente cobrado como porcentagem em cima do valor total, que podevariar de 5 a 20 %, dependendo do tamanho do projeto).

    EXEMPLO DE MEMORIAL DESCRITIVO

    LEGENDA NOME POPULAR NOMECIENTÍFICO

    QUANT.

    ESPAÇA-MENTO

    VALORUNITÁRIO

    VALORTOTAL

    01 MORÉIA Dietes Bicolor 32 25 cm 4,00 128,0002 CICA Cycas Revoluta 1 - 50,00 50,0003 TERRA PRETA

    AD.1,0 m3 100,00 100,00

    MÃO DE OBRA 50,00 50,00TOTAL 328,00

    PROJETO PAISAG STICO(15%) 49,20

    TOTAL 377,22

    Finalmente temos que entregar junto com o projeto o manual técnico de implantacão emanutencão.Este manual explica como a terra deverá ser corrigida e enriquecida, e também o tama-nho das covas que receberão as árvores e palmeiras. Expõe, passo a passo, todos ostópicos que deverão ser seguidos para a manutenção do jardim. Ou seja, época deadubação, de poda, de revolvimento da terra, etc. Inclui, também, orientações para aeventualidade das plantas serem atacadas por pragas e doenças.

    ExercícioVá ao Ava para fazer o download do exercício

    Resumo:

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    Neste terceiro e último capítulo de Paisagismo você aprendeu a realizar o projeto.Verificou as semelhanças e diferenças entre o paisagismo e o design de interiores. Viu

    como a composição é semelhante e como a iluminação pode utilizar elementos distintos.Também compreendeu todos os elementos que devem compor um projeto de paisagismo.

    A seguir, iremos ao fechamento da disciplina. Vamos lá?