capitulo 2a - estudo de tempos cronoanalisehoje

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GESTÃO DE OPERAÇÕES Estudo de movimentos, tempos e métodos

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ESTUDO DOS TEMPOS

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GESTO DE OPERAESEstudo de movimentos, tempos e mtodos

Objetivos da aprendizagem

Fornecer uma viso cientfica da administrao da produo por meio das tcnicas do estudo de tempos, movimentos e mtodos que so a base fundamental para compreender o gerenciamento das atividades de produo em qualquer tipo de organizao.

Elaborar um detalhado estudo de movimentos de atividades produtivas atravs do diagrama de movimentos simultneos (SIMO) permitindo analisar e propor melhorias nestas atividades.

Dominar a tcnica para realizar um estudo de tempos (cronoanlise) compreender e calcular tempos padres de operaes e sua utilidade prtica nas organizaes.

Compreender o significado e calcular fatores de tolerncia de trabalho.

Tempos, movimentos e mtodos de trabalho

O estudo de Movimentos, Tempos e Mtodos teve seu inicio em 1881. Taylor foi seu introdutor. Atualmente o mtodo mais utilizado para o planejamento e padronizao do trabalho.

O estudo de movimentos, tempos e mtodos aborda tcnicas que submetem a uma detalhada anlise cada operao de uma dada tarefa, com o objetivo de eliminar qualquer elemento desnecessrio a operao e tambm conseguir o melhor e mais eficiente mtodo para executar cada operao da tarefa.

Diagrama de processo de duas mosQuantos movimentos so necessrios para a montagem da abraadeira abaixo?

O diagrama de processo de duas mos, (SIMO) uma tcnica utilizada para estudos de produo que envolve montagem ou desmontagem de componentes.

Fonte: Atlas geopoltico

Porca P1

Porca P2

Base

Corpo U

Produto: ABRAADEIRAComponentes: CORPO (U), BASE (B) e PORCAS (P1 e P2)MO ESQUERDAMO DIREITANoDescrio da atividadeDescrio da atividadeNo1Para corpo (U)Aguarda12Colhe corpoAguarda23Para rea de trabalhoAguarda34AguardaPara base (B)45AguardaColhe base56AguardaPara rea de trabalho67Preposiciona corpo na basePreposiciona base no corpo78Monta corpo na baseMonta base no corpo89Para porca (P1)Aguarda910Colhe porca 1Aguarda1011Para rea de trabalhoAguarda1112Preposiciona porca 1 no corpoPreposiciona corpo na porca 11213Monta porca 1 no corpoMonta corpo na porca 11314Para porca (P2)Aguarda1415Colhe porca 2Aguarda1516Para rea de trabalhoAguarda1617Preposiciona porca 2 no corpoPreposiciona corpo na porca 21718Monta porca 2 no corpoMonta corpo na porca 21819Para rea de sadaAguarda1920Solta abraadeira montadaAguarda20

Princpios da economia de movimentos1 As duas mos devem iniciar e terminar os movimentos ao mesmo tempo.2 As mos no devem permanecer paradas ao mesmo tempo.3 Os braos devem ser movimentados simetricamente e em direes opostas4 O movimento das mos devem ser os mais simples possveis.De classe mais baixa possvel.Classes de movimentos: 1a classe movimenta apenas os dedos 2a classe: movimenta os dedos e uma parte do punho 3a classe: movimenta os dedos, uma parte do punho e da mo. 4a classe: movimenta os dedos, o punho, a mo e o brao. 5a classe: movimenta os dedos, o punho, a mo, o brao e o corpo.

5 Deve-se utilizar a funo deslizar6 As mos devem executar movimentos suaves e contnuos7 Usar a posio fixa sempre que necessrio8 Manter o ritmo do trabalho9 Usar pedais quando possvel.10 As peas devem ser colhidas, no agarradas.11 Usar entrada e sada por gravidade.12 Pr-posicionar ferramentas e componentes.

Fonte: (Barnes 1999. p.178)

Diagrama de processo de duas mos

Monte um diagrama de duas mos para o conjunto de fixao abaixo utilizando as tcnicas da economia de movimentos.

Fonte: Atlas geopoltico

Arruela de presso

Arruela lisa

Porca

Parafuso

Estudo de alimentadoresUm bom projeto de caixas alimentadoras permite que se apanhem as peas com mais rapidez, produzindo mais, sem forar, em demasia, o punho do operador

O desenho adequado de uma caixa alimentadora pode eliminar problemas relacionados com a leso por movimentos repetitivos, eliminando tenses musculares resultantes da necessidade de uma classe de movimento mais alta

Fonte: Itiro Lida 2000 p. 161

Estudo de alimentadores

O ensaio consistiu em medir o tempo para selecionar, agarrar, transportar uma porca ou um parafuso sextavados a uma distncia de 125 milmetros, soltando a pea em um orifcio sobre a bancada de trabalho.

Fonte: Adaptado de Barnes 1999 p. 215Nmero de peas coletadas por minuto por tipo de alimentador

PorcasParafusosPorcasParafusosPorcasParafusos72,6263,8167,5661,9586,2170,01

Distrbios relacionados ao trabalhoA LER no uma doena nova: provocada pelos computadores.H registros mdicos do sculo XVI, que descrevem essa doena e que as pessoas mais afetadas eram os escribas e os artistas como pintores e escultores.

A LER no tem cura efetiva: A medicina ainda ineficaz para uma cura total, dependendo do estgio em que a mesma identificada.

Em vrias trabalhos, os operrios so submetidos a movimentos manuais repetitivos causadores de um distrbio conhecidos como LER.

www.mesp.com.brLER: Leso por Esforo RepetitivoDORT: Distrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho

Estudo de temposO estudo de tempos procura encontrar um padro de referncia que servir para: Determinao da capacidade produtiva da empresa

Elaborao dos programas de produo

Determinao do valor da mo de obra direta no clculo do custo do produto vendido (CPV)

Estimar o custo de um novo produto durante seu projeto e criao

Balancear as linhas de produo e montagem.

a determinao do tempo necessrio para se realizar uma tarefa. O termo cronoanlise bastante utilizado para designar a mensurao dos tempos padres das tarefas em uma organizao.

Cronmetro de hora centesimal

Para facilitar a tomada de tempos, existe um cronmetro que conta o tempo de forma centesimal, uma volta do ponteiro maior corresponde a 1/100 de hora, ou 36 segundos.

Tempo medidoCronmetro comumTempo transformado para o sistema centesimalClculo1 minuto e 10 segundos1,17 minutos1 + 10/60 = 1,171 minuto e 20 segundos1,33 minutos1 + 20/60 = 1,331 minuto e 30 segundos1,50 minutos1 + 30/60 = 1,501 hora, 47 min e 15 seg.1,83 horas1 + 47/60 + 15/360 = 1,83

Prancheta: A tomada de tempos feita no local onde ocorre a operao e comum o uso de uma prancheta para anotar as tomadas de tempo em p. Folha de observao: Documento onde so registrados os tempos e demais observaes relativas operao cronometrada.

Determinao do tempo cronometrado

Diviso da operao em elementos: Em primeiro lugar, a operao total que se deseja determinar o tempo padro, deve ser dividida em partes para que o mtodo de trabalho possa ter uma medida precisa.

Uma indstria de confeces deseja cronometrar o tempo de costura de uma camiseta. Em que elementos esta operao pode ser dividida?

Elemento 1 Costura dos ombros (costura da frente com as costas unindo os ombros)Elemento 2 Costura das mangas (costura fechando as duas mangas independentes)Elemento 3 Costura das mangas nos conjunto frente e costasElemento 4 Fechamento de frente e costas nas laterais (abaixo das mangas)Elemento 5 Costura da barra das mangasElemento 6 Costura da barra inferior do corpoElemento 7 Colocao da Ribana (Tira de tecido especial que serve do colarinho em uma camiseta)

Determinao do tempo cronometrado

Nmero de ciclos a serem cronometrados: necessrio que se faam vrias tomadas de tempo para obteno de uma mdia aritmtica destes tempos.

Nmero de ciclos a serem cronometrados

Onde:N = Nmero de ciclos a serem cronometradosZ = Coeficiente de distribuio normal para uma probabilidade determinadaR = Amplitude da amostraEr = Erro relativo da medidad2 = Coeficiente em funo do nmero de cronometragens realizadas preliminarmente = Mdia da amostra

Tabelas de coeficientes

Na prtica costuma-se utilizar probabilidades para o grau de confiabilidade da medida entre 90% e 95%, e erro relativo aceitvel variando entre 5% e 10%.

Supondo uma mdia de cronometragens no valor de 10 segundos para um grau de confiabilidade de 95% e um erro de 5%

Isto significa que, estatisticamente, existe 95% de certeza que o tempo da atividade est entre 9,5 segundos e 10,5 segundos.Coeficientes de distribuio normalProbabilidade %90919293949596979899Z1,651,701,751,811,881,962,052,172,332,58

Coeficiente d2 para o nmero de cronometragens inicialN2345678910D21,1281,6932,0592,3262,5342,7042,8472,9703,078

Determinao do tempo normal

Quando se determina o tempo de execuo uma operao preciso levar em conta a velocidade que o operador est realizando a operao.

Tempo normal

onde:TN = Tempo normalTC = Tempo cronometradov = Velocidade do operador

Exemplo: Utilizando o tempo cronometrado de 9,8 segundos, qual seria o tempo normal se a velocidade do operador fosse avaliada em 116%? E se a velocidade fosse avaliada em 97%?

a) velocidade de 116 %

b) velocidade de 97%

Determinao do tempo Padro

O tempo padro calculado por meio do acrscimo de um fator de tolerncia ao tempo normal, para compensar o perodo que o trabalhador, efetivamente, no trabalha.

Tempo padro

Onde:TP = Tempo PadroTN = Tempo NormalFT = Fator de Tolerncia

Tipos de Tolerncias

Para atendimento s necessidades pessoaisPara alvio de fadigaTempo de espera

Descrio%Descrio%A. TOLERNCIAS INVARIVEIS: 3. Uso de fora ou energia muscular 1. Tolerncias para necessidades pessoais5 (erguer, puxar ou levantar) 2. Tolerncias bsicas para fadiga4 Peso levantado em quilosB. TOLERNCIAS VARIVEIS:2,50 1. Tolerncia para ficar em p25,02 2. Tolerncia quanto postura7,52 a. Ligeiramente desajeitada010,03 b. Desajeitada (recurvada)212,54 c. Muito desajeitada (deitada, esticada)715,0517,5720,0922,51125,01327,51730,022

Tolerncias de trabalho

Fonte: Stevenson (2001 p. 247)

Descrio%Descrio%4. Iluminao deficiente: 8. Estresse mental a. Pouco abaixo do recomendado0 a. Processo razoavelmente complexo1 b. Bem abaixo do recomendado2 b. Processo complexo ateno abrangente4 c. Muito inadequada5 c. Processo muito complexo85. Condies atmosfricas0 109. Monotonia: (calor e umidade) variveis a. Baixa06. Ateno cuidadosa b. Mdia1 a. Trabalho razoavelmente fino0 c. Elevada4 b. Trabalho fino ou de preciso210. Grau de tdio c. Trabalho muito fino ou de preciso5 a. Um tanto tedioso07. Nvel de rudo: b. Tedioso2 a. Contnuo0 c. Muito tedioso5 b. Intermitente volume alto2 c. Intermitente volume muito alto5 d. Timbre elevado volume alto5

Fonte: Stevenson (2001 p. 247)

Determinao do tempo Padro

Muitas vezes a tolerncia calculada em funo dos tempos de permisso que a empresa est disposta a conceder. Neste caso calcula-se o fator de tolerncias atravs da frmula:

Fator de tolerncia

onde:FT = Fator de tolernciap = Tempo de intervalo dado dividido pelo tempo de trabalho

Problema proposto

Uma empresa do ramo metalrgico deseja determinar o tempo padro necessrio, com 90% de confiabilidade e um erro relativo de 5%, para a fabricao de determinado componente que ser utilizado na linha de montagem. O analista de processos realizou uma cronometragem preliminar de nove tomadas de tempo, obtendo os dados a seguir. Pergunta-se:O nmero de amostragens suficiente?Qual o tempo cronometrado (TC) e o tempo normal (TN)?Qual o tempo padro (TP) se a fabrica definir um ndice de tolerncia de 15%?Caso a empresa conceda 12 minutos para necessidades pessoais, 15 minutos para lanches e 20 minutos para alvio de fadiga em um dia de 8 horas de trabalho, qual seria o novo tempo padro?

Folha de observaoTempos cronometrados (centsimos de hora)123456789Cortar chapa0,070,080,090,090,080,070,070,080,07Dobrar chapa0,070,060,070,060,050,070,060,060,06Furar chapa0,150,140,160,150,140,130,130,150,14Remover rebarbas0,050,050,040,050,040,040,040,050,05Velocidade avaliada: 94%

1 - O gerente de produo de um fabricante de perfumes deseja levantar o tempo padro de embalagem de um novo perfume. A operao foi cronometrada 10 vezes, obtendo-se o tempo mdio por ciclo de 4,5 segundos. O cronoanalista avaliou a velocidade mdia do operador em 95% e foi atribudo um fator de tolerncia de 16%. (R. 4,96 s)

2 - Em um estudo de tempos, foi realizada uma cronometragem preliminar com 6 tomadas de tempo, obtendo-se os resultados em minutos:

9,0 9,9 8,6 9,5 8,9 9,4.

A empresa deseja que o tempo padro tenha 95% de probabilidade de estar correto e uma variao mxima de 6% sobre o tempo determinado. Quantas cronometragens devem ser realizadas? (R. 3,3 cronometragens)Problema proposto

3.Para determinar o tempo padro, uma operao foi cronometrada trs vezes em trs dias, obtendo-se os dados que se seguem. Calcular:a)Os tempos cronometrados mdios. (R. TC1 = 22,6; TC2 = 21,3; TC3 = 20,8 minutos)b)O tempo normal. (R. 21,8 minutos)c)O tempo padro, considerando que a empresa concede 30 minutos para lanches e 40 minutos para atrasos inevitveis em um dia de 8 horas de trabalho. (R.25,5 min)Tempos em minutos sistema centesimalVelocidade %Cronometragens123Dia 122,024,421,495Dia 221,020,622,4100Dia 320,420,821,2109

Um trabalhador de uma empresa de brindes comerciais coloca em uma caixa plstica: uma caneta esferogrfica, um chaveiro, um porta-carto e um prendedor de papis lembrete. Assim que cada caixa plstica completada, o trabalhador fecha a caixa plstica e a deixa de lado at que 10 caixas sejam completadas. Aps completar as 10 caixas, o trabalhador as coloca em uma caixa de papelo para transporte e armazenamento. Considerando que esta empresa utiliza um fator de tolerncia de 12%, determine quantas caixas de papelo o trabalhador pode produzir em um dia de trabalho de 8 horas. A folha de observaes preenchida pelo crono analista apresentou os seguintes dados: (R. 45 caixas por dia)FOLHA DE OBSERVAES Tempos em minutos no sistema centesimalTarefas Montagem dos kits12345v (%)1. Apanha caixa plstica0,110,120,110,100,11982. Coloca a caneta esferogrfica0,220,230,190,190,21923. Coloca o chaveiro0,180,190,200,180,191004. Coloca o porta cartes0,140,130,120,110,131055. Coloca o prendedor de lembretes0,150,130,150,140,131026. fecha caixa plstica0,090,080,080,070,0995Tarefas Montagem das embalagens12345v (%)1. Apanha caixa de papelo0,130,130,120,110,121002. Coloca 10 caixas plsticas na de papelo0,590,630,610,640,621003. Fecha caixa papelo e pe de lado0,290,330,340,310,32110

6.Uma empresa de fundio deseja estimar um fator de tolerncia para determinao de seus tempos padro, sabe-se que os trabalhadores levantam pesos de 30 quilos em uma posio de p, ligeiramente desajeitada, sob iluminao bem abaixo do recomendado, sob a influncia dos rudos de empilhadeiras, considerados intermitentes, de volume alto. A monotonia do trabalho alta, a temperatura ambiente superior a 35C. Incluir uma tolerncia de 5% para necessidades pessoais e de 4% para fadiga bsica. (R. 49%)Problema proposto

Em um estudo de tempos, foi realizada uma cronometragem inicial com nove tomadas de tempo, obtendo-se os resultados em minutos:

12,0 11,9 12,6 11,5 10,1 11,4 11,0 12,3 17,0A empresa deseja que o tempo padro tenha 95% de probabilidade de estar correto e uma variao mxima de 6% sobre o tempo determinado. Quantas cronometragens devem ser realizadas? (R. 38,7 cronometragens)Problema proposto

No exerccio anterior, o nmero de cronometragens calculada pela frmula bastante elevado, por que isto aconteceu? Na prtica, o que voc recomendaria? Qual seria o nmero necessrio de cronometragens neste caso? (R. 6 cronometragens)

Problema proposto

Uma operao consiste em cortar chapas de ao para confeco de blanks, que so pedaos de chapa menores a serem estampados em prensas em um processo posterior. Para executar o corte, a guilhotina deve ser preparada colocando-se uma faca afiada a cada 500 operaes (A faca removida ser afiada novamente para posterior utilizao). Estas atividades de set up demoram cerca de 10 minutos.A operao de corte foi cronometrada 10 vezes e o cronoanalista obteve o tempo mdio de 15,7 segundos. A velocidade do operador foi avaliada em 95%. Se o fator de tolerncia utilizado pela empresa for de 1,27, calcular:

o tempo padro por pea, sem considerar o tempo de set up. (R. 18,9 s)

o tempo padro por pea considerando o tempo de set up. (R. 20,1 s)

o tempo necessrio para produzir um lote de 4.500 peas. (R. 25,18 horas)Problema proposto

QUESTES PARA DISCUSSO E REVISO1. Quais os cuidados que devem ser tomados, perante o operador, quando se realiza um estudo de tempos?2. Por que se deve verificar a velocidade do trabalhador quando feita a cronoanlise? Como isto deve ser feito para que a avaliao seja a melhor possvel?3. Qual a utilidade dos tempos padro?4. Por que e de que forma a operao deve ser dividida em elementos mais curtos para a realizao de um estudo de cronoanlise?5. Explique com um exemplo o que tempo cronometrado, tempo normal e tempo padro. possvel que estes trs tempos sejam iguais? O que isto significaria?6. Cite e explique os tipos de tolerncia que podem ser acrescentadas no clculo do tempo padro.7. Quais so os fatores que influenciam na determinao do nmero de amostras de tempo a serem cronometradas para clculo do tempo padro?