capitalismo de laços

O AutorIntrodução

Relações de propiedade no período pós-privatizaçaoLaços entre o capital público e privado

Jogos de EliteImperialistas ou Inocentes?

Os Novos na BolsaConclusão

Capitalismo de Laços

Os donos do Brasil e suas conexões

Igor Koehne e Vittorio Leite

PET-Economia UnB: Reunião de literatura

21 de Novembro de 2014

Koehne, Igor; Leite, Vittorio Capitalismo de Laços

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Sérgio G. Lazzarini


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O capitalismo de laçosMundos pequenos

O que é?

Emaranhado de contatos, alianças e estratégias

Relações para explorar oportunidades de mercado

Contato social valioso


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Bom ou ruim?

Processo de construção de laços mútuos seria algo legítimo ouuma disfunção do capitalismo?

Crony capitalism

Transações econômicas embutidas em relações sociais


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Redes de propiedade

Aglomerações

Atores de ligação

Criação de maior conectividade na rede de empresas

Tudo isso resulta em mundos pequenos


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Matrizes e redes


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Exemplos


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De�nição de mundo pequeno

Conectividade similar ao que se esperaria em uma redealeatória

Padrão de aglomeração superior à rede formada ao acaso


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De�nições

Distância média: ln(nL/ln(k)

Coe�ciente de agrupamento

Valor de referência k/n

CAp: razão entre coe�ciente de agrupamento observado e oesperado em uma rede aleatória

Dp: razão entre distância média observada e distância médiaesperada em uma rede aleatória

Índice de mundo pequeno: CAp/Dp


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Mundos pequenos em redes de nós duplo

Laços projetados


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Laços cruzados

Laços cruzados


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Centralidade

Centralidade de grau: número de laços que um ator tem comoutros atores na rede

Centralidade do poder : pondera pela centralidade de grau dosoutros atores à ele ligados direta ou indiretamente


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Contexto(Poucas) Mudanças nas relações de propiedade

Privatização e abertura comercial

De 1990 a 2002, volume do comércio brasileiro em ralação aoPIB cresce de 15% para 27%

Participaçao de �rmas estrangeiras passa de 27% para 42% dofaturamento da indústria

Participaçao de estatais na geração de investimentos cai de13,1% para 8,9%

Críticas

Desnacionalização da economia

Acionistas não iriam se alinhar às políticas traçadas peloEstado


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Identi�cação dos atores

Um contato é revelado quando eles aparecem como sócios damesma empresa

Objetivo é desvendar as conexões dos diversos atores

Problema: identi�car o dono último das �rmas

Observar acionista direto pode não ajudar em muitos casos

Estruturas piramidais


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Iden�cação dos atores


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Para que servem essas redes?

O problema do mundo pequeno

"O autor pediu que pessoas nas cidades de Omaha (Nebraska) eWichita (Kansas) enviassem uma carta para destinatáriosdesconhecidos em Boston. Para tanto, elas poderiam enviar a cartapara alguma pessoa conhecida em alguma cidade, que poderiaentão remeter a carta para outra pessoa, até que o destinatário�nal fosse encontrado."


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As mudanças

Maior abertura econômica e lançamento de novas empresasem bolsas mudaram a estrutura societárias das �rmas

Esperava-se que essa reestrturação pertubasse o arranjo dosmundos pequenos corporativos

Os donos últimos deveriam �car mais diversi�cados e asconexões menos concentradas

Na verdade, após as reestruturações, os mundos pequenos sereforçaram


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Evolução dos mundos pequenos


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Centralidade do setor público


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As causas da concentração

BNDES atuando como investidor efetivo e �nanciador dosadquirentes nos processos de privatização

Fundos públicos já possuiam signi�cativa penetraçao nomercado acionário e recursos de sobra para investir

Estrutura dos leilões: vendas em bloco


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As consequências

Governo se manteve tão in�uente quanto antes

Fundos de pensão viraram atores pivôs

Concetra-se elevada centralidade em poucos donos últimos


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Como se dão as conexões políticasO valor das conexões políticasO Brasil como ele é

Estabelecimento de contatos

Um empresário pode ser apontado para algum cargo dogoverno temporariamente

Um político pode migrar do setor público para o privado

Consultores

Políticos podem favorecer certos grupos privados em busca de�nanciamento para campanhas


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David Samuels

"

(...) construir uma estrada bene�cia todos que poderão usá-la nolongo prazo, mas irá bene�ciar mais a �rma que irá executar aobra, as empresas de transporte que irão se bene�ciar de menorescustos de deslocamento, os estabelecimentos de agronegócio queirão se bene�ciar por ter seus produtos chegando aos centros demercado mais rapidamente e a menor custo e propietários locais deterras que irão se bene�ciar de um maior valor de suas priedades"


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Claessens, Feijen e Laeven

Utilizaram informações das campanhas de 1998 e 2002

Recolheram dados de doações declaradas no TSE a �m deestimar conexões políticas das empresas

Estima-se que as doações reais sejam de duas a dez vezesmaiores que as doações declaradas

Calcularam o retorno anormal da empresaNa média, para cada 100 mil reais de contribuição o�cialmentedeclarada a políticos vencedores, tem-se um retorno anormalde 2,8 pontos percentuais

Viu-se que doação para campanhas se tornou uma práticadisseminada entre as empresas, não se restringindo apenas àsempresas ligadas a projetos públicos


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Claessens, Feijen e Laeven

Examinaram quais benefícios gerais uma �rma poderia ter comsuas doações

Empresas que mais doaram obtiveram acesso preferencial arecursos �nanceirosOutra possibilidade para os recursos: com maiores doaçoes,maiores as oportunidades de investimento de uma determinadaempresa em atividades reguladas pelo setor público. Maisoportunidades de investimento trazem mais oportunidades deempréstimo

Os autores encontraram que as �rmas que mais doam são ascom menor desempenho econômico


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O pedágio para empresários

Doações e outros investimentos podem ser vistos como umaforma da empresa se proteger de um governo ine�ciente

Toda a sociedade acaba pagando por meio de piores serviços

Para Claessens et al.

Se as �rmas politicamente conectadas investirem em novosprojetos, haverá ine�ciência potencialEstimam uma perda na casa de 0,2% do PIB apenas por contadas doações de campanha


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Grupos ControladoresA visão positiva dos gruposA visão negativa dos grupos

Aumento da área de atuação

Aglomeração de atribuições produtivas


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Cancelar terceirização

Diminuir custos de transação

Ronald Coase


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Sócios controladores

Recursos públicos; Clientelismo

Falta de competição


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Falta de adptação?

Caso TIW

Interação natural entre empresas estrangeiras e brasileiros (Japão)

Debate


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Nova DinâmicaRenovação ou rati�cação?

Grande movimento de abertura de capital em bolsa

Conselhos Entrelaçados

Michael Jensen

Trabalho sobre alienação de decisão dentro de �rmas


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Nova DinâmicaRenovação ou rati�cação?

Redes


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Um balanço do capitalismo de laços

Aspectos positivos

Da aglomeração de proprietários em consórcio e grupos entrelaçados

Junção de recursos e redução de risco sob condições deinfraestrutura e crédito escassos

De atores direta ou indiretamente ligados ao governo como elementoscentrais

Capital de longo prazo, a menor custo, para suportar projetosde larga escala


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Aspectos negativos

Da aglomeração de proprietários em consórcio e grupos entrelaçados

Con�itos societário

De atores direta ou indiretamente ligados ao governo como elementoscentrais

Má alocação potencial: estratégias empresariais in�uenciadaspelo governo em exercício e emergência de canais clientelistas


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Como melhorar?

Mais transparência

Mais isolamento político

Redução generalizada dos custos de transação

Combate a condutas anticompetitivas


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Capitalismo de Laços

Os donos do Brasil e suas conexões

Igor Koehne e Vittorio Leite

PET-Economia UnB: Reunião de literatura

21 de Novembro de 2014


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