capital social como elemento de inovação tecnológica educacional - estudo de caso da escola...

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CAPITAL SOCIAL COMO ELEMENTO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EDUCACIONAL - ESTUDO DE CASO DA ESCOLA PROFESSOR JOÃO BENTO DA COSTA 1 Ricardo Alves Oliveira 2 RESUMO: Resumo. PALAVRAS-CHAVE: Palavras. INTRODUÇÃO O conceito de capital social e sua aplicação constituem uma das mais difundidas linhas de análise no contexto atual das ciências sociais. A crença de que uma sociedade dotada de redes de confiança e solidariedade horizontais produz instituições sólidas é algo que está na agenda do dia para pesquisadores que se dedicam ao estudo das melhores condições na relação público- privado capazes de promover a boa governança. Segundo Putnam (1993:1), “capital social refere-se a aspectos da organização social, tais como redes, normas e laços de confiança que facilitam a coordenação e cooperação para 1 Artigo apresentado ao Programa de Pós Graduação Mestrado Em Administração Stricto Sensu, da Fundação Universidade Federal de Rondônia – UNIR, na disciplina de Desenvolvimento Socioeconômico Ambiental e Políticas Públicas, ministrado pelo Prof. Fábio Robson Casara Cavalcante, Dr. e Gleimíria Batista da Costa, Dra. 2 Mestrando do PPGA, formação base em Administração

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RESUMO:

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CAPITAL SOCIAL COMO ELEMENTO DE INOVAO TECNOLGICA EDUCACIONAL - ESTUDO DE CASO DA ESCOLA PROFESSOR JOO BENTO DA COSTA [footnoteRef:1] [1: Artigo apresentado ao Programa de Ps Graduao Mestrado Em Administrao Stricto Sensu, da Fundao Universidade Federal de Rondnia UNIR, na disciplina de Desenvolvimento Socioeconmico Ambiental e Polticas Pblicas, ministrado pelo Prof. Fbio Robson Casara Cavalcante, Dr. e Gleimria Batista da Costa, Dra.]

Ricardo Alves Oliveira[footnoteRef:2] [2: Mestrando do PPGA, formao base em Administrao]

RESUMO: Resumo.

PALAVRAS-CHAVE: Palavras.

INTRODUO

O conceito de capital social e sua aplicao constituem uma das mais difundidas linhas de anlise no contexto atual das cincias sociais. A crena de que uma sociedade dotada de redes de confiana e solidariedade horizontais produz instituies slidas algo que est na agenda do dia para pesquisadores que se dedicam ao estudo das melhores condies na relao pblico-privado capazes de promover a boa governana.Segundo Putnam (1993:1), capital social refere-se a aspectos da organizao social, tais como redes, normas e laos de confiana que facilitam a coordenao e cooperao para benefcios mtuos. Capital social aumenta os benefcios de investimento em capital fsico e capital humano.Putnam (1996) revela em seu estudo que h uma forte correlao entre modernidade econmica e desempenho institucional e que este desempenho correlaciona-se natureza da vida cvica.De modo resumido, pode-se definir capital social como um conjunto de laos e normas de confiana e reciprocidade contidos numa comunidade que facilitam a produo de capital fsico e capital humano. Nas palavras de um dos principais tericos do capital social na atualidade, Robert Putnam (2000:19), enquanto capital fsico refere-se a objetos fsicos e capital humano refere-se s propriedades dos indivduos, capital social refere-se conexes entre indivduos redes sociais e normas de reciprocidade e confiana que aumentam a produo de capital fsico e capital humano.Putnam (1996) estudou empiricamente durante mais de 20 anos o processo de descentralizao do governo italiano, que se inicia a partir de 1970, analisando comparativamente o carter da mudana e do desempenho institucional entre os governos das vrias regies do pas. Seu estudo revela que h uma forte correlao positiva entre modernidade econmica e desempenho institucional e que o desempenho institucional tem forte correlao positiva com a natureza da vida cvica.Utilizando para seu estudo das 20 regies italianas uma metodologia comparativa a partir de anlise fatorial e regresso mltipla, entre 1976 e 1989, Putnam realizou mais de 700 entrevistas.Criada pelo Decreto n 7812 de 25 de abril de 1997, promulgada pelo ento Governador Valdir Raupp de Matos no dia 26 de maio de 1997, a Escola Estadual Joo Bento da Costa reconhecida como referencia na excelncia em educao pblica no Estado de Rondnia, cuja referncia bsica alicera nas peculiaridades inerentes ao ensino.Prova disso a nota dessa escola no Enem, quando comparada com todas as escolas de RO, aparece destacada em meio a Escolas Particulares Renomadas no estado e aos Institutos Federais.

1 OBJETIVOO objetivo deste artigo fazer a relao entre o estudo de Putnam na Itlia e o fen6omeno observado na Escola Estadual Professor Joo Bento da Costa, corroborando a teoria de Putnam que define capital social como a capacidade de grupos e organizaes que formam a sociedade civil desenvolverem trabalhos coletivos no alcance de objetivos comuns, possibilitadores de maior eficincia na produo coletiva de riqueza, ou no caso apresentado aqui, de conhecimento. Foram utilizados as notas do Enem disponibilizadas pelo INEP, os dados do CENSO escolar e os dados sobre verba escolar disponibilizados pela SEDUC RO.

2 METODOLOGIA

O artigo foi elaborado por meio de uma pesquisa bibliogrfica com fontes secundrias de dados(INEP, ENEM, SEDUC), com tratamento quantitativo e qualitativo.O principal indicador de desempenho adotado foi a mdia do Enem. Nesse estudo foram consideradas apenas as escolas estaduais do estado de Rondnia, e as notas dos 30 melhores alunos de cada uma delas, considerando a tabela divulgada pelo INEP dos resultados do Enem 2013, divulgados em 22 de dezembro de 2014, com as notas das 158 Escolas do Estado de Rondnia.

3 DISCUSSOO Exame Nacional do Ensino Mdio comeou a ser implantado em 2004. No incio o intuito do MEC era o de medir o desempenho dos alunos que estavam no ltimo ano do ensino mdio, (antigo segundo grau). Atualmente, as notas obtidas no Exame so utilizadas de diversas maneiras, inclusive como requisito de acesso ao ensino superior em instituies pblicas e privadas de todo pas.Os resultados tambm auxiliam tanto estudantes quanto pais, professores, diretores das escolas e gestores educacionais a refletirem sobre a eficcia do aprendizado no Ensino Mdio, podendo servir como subsdio para estabelecer estratgias de melhoria da qualidade da educao. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais INEP disponibiliza os resultados por escola, divididas em privadas, municipais, estaduais e federais, com notas separadas pelas reas de proficincia, possibilitando a anlise pela comunidade escolar e pelas famlias, para que se percebam os avanos e deficincias.As notas do Enem so compostas por:I. Proficincia em Cincias da Natureza e suas Tecnologias;II. Proficincia em Cincias Humanas e suas Tecnologias;III. Proficincia em Linguagens, Cdigos e suas Tecnologias;IV. Proficincia em Matemtica e suas Tecnologias;V. Proficincia em Redao.

Desde 2009, a proficincia dos participantes do Enem nas provas objetivas calculada por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Alm de estimar as dificuldades dos itens e as proficincias dos participantes, essa metodologia permite que os itens de diferentes edies do exame sejam posicionados em uma mesma escala.

J a correo da prova de redao avalia cinco competncias: domnio da norma padro da lngua escrita; compreenso da proposta de redao; capacidade de selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos, opinies e argumentos em defesa de um ponto de vista; conhecimento dos mecanismos lingusticos necessrios construo da argumentao e elaborao de proposta de interveno para o problema abordado.

Na planilha divulgada pelo INEP, para cada escola, possvel consultar o seu desempenho mdio, percentuais de alunos em cada um dos nveis de desempenho e a mdia dos 30 melhores alunos.

Alm disso, cada escola tem informaes sobre dois novos indicadores: o nvel socioeconmico (INSE) e a formao docente.

O INSE de cada escola a mdia do nvel socioeconmico dos seus alunos, distribudo em sete nveis (sendo 7 o mais alto). O clculo dessa medida foi feito a partir das informaes fornecidas pelos alunos no preenchimento do questionrio contextual.

O segundo indicador a proporo de professores de cada escola que leciona no ensino mdio e possui a formao adequada, nos termos da lei. Os dados utilizados so os fornecidos pela prpria unidade de ensino, por meio do Censo Escolar da Educao Bsica.A Tabela 1 mostra as 15 melhores escolas quando considerada a mdia aritmtica geral das 5 competncias avaliadas no Enem, onde nota-se que a Escola Professor Joo bento da Costa fica atrs apenas do Colgio Classe A.TABELA 1 - Mdia Aritmtica das Proficincias do Enem 158 Escolas

ESCOLAMDIACIDADEREDE

CENTRO DE ENSINO CLASSE A748,71PORTO VELHOPrivada

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA692,54PORTO VELHOEstadual

COLEGIO CLASSE A - SUB-SEDE666,43PORTO VELHOPrivada

IFRO CAMPUS JI-PARANA642,17JI-PARANAFederal

COLEGIO DOM BOSCO640,25PORTO VELHOPrivada

E E E M JOVEM GONCALVES VILELA639,55JI-PARANAEstadual

COLEGIO DINAMICO EDUCACAO BASICA634,43ARIQUEMESPrivada

IEE CARMELA DUTRA624,97PORTO VELHOEstadual

IFRO - CAMPUS PORTO VELHO624,44PORTO VELHOFederal

IFRO - CAMPUS COLORADO DOESTE620,76COLORADO DO OESTEFederal

IFRO - CAMPUS ARIQUEMES620,71ARIQUEMESFederal

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS614,37ARIQUEMESEstadual

COLEGIO OBJETIVO MAIS612,49PORTO VELHOPrivada

EEEM MAJOR GUAPINDAIA611,66PORTO VELHOEstadual

COOP. EDUCACIONAL DE VILHENA609,62VILHENAPrivada

Quando comparado apenas s escolas da rede estadual, o desempenho do colgio fica ainda mais evidente, conforme pode ser visto na tabela 2.Tabela 2 - Mdia Aritmtica das Proficincias do Enem Escolas Estaduais

ESCOLAMDIACIDADE

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA692,54PORTO VELHO

E E E M JOVEM GONCALVES VILELA639,55JI-PARANA

IEE CARMELA DUTRA624,97PORTO VELHO

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS614,37ARIQUEMES

EEEFM TIRADENTES DA POLICIA MILITAR 601,25PORTO VELHO

EEEFM MARCELO CANDIA SUBSEDE I606,86PORTO VELHO

EEEFM CORA CORALINA608,73CACOAL

EEEFM CORA CORALINA608,73CACOAL

EEEM MAJOR GUAPINDAIA611,66PORTO VELHO

EEEFM CANDIDO PORTINARI587,48ROLIM DE MOURA

EEEFM JOAQUIM DE LIMA AVELINO575,48OURO PRETO DO OESTE

EEEFM 28 DE NOVEMBRO578,33OURO PRETO DO OESTE

EEEFM CEL ALUIZIO PINHEIRO FERREIRA573,33ROLIM DE MOURA

EEEFM PLACIDO DE CASTRO577,37JARU

EEEFM CARLOS GOMES571,05CACOAL

Na Tabela 3 esto listadas as notas individuais de cada rea do Enem, sendo apenas em Cincias da Natureza que a escola fica em 3 lugar, em uma anlise de todas as escolas do estado.

TABELA 3 - Notas das Proficincias 158 Escolas

ESCOLALinguagens e CdigosRedaoMatemticaCincias HumanasCincias da Natureza

CENTRO DE ENSINO CLASSE A658,71880,65801,25711,54691,41

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA621,05849,76702,77677,65611,49

COLEGIO CLASSE A - SUB-SEDE605,07740,00690,12674,33622,62

IFRO CAMPUS JI-PARANA595,55744,67668,21626,00576,42

COLEGIO DOM BOSCO599,80716,88669,64633,30581,63

E E E M JOVEM GONCALVES VILELA592,28760,61640,99634,70569,19

COLEGIO DINAMICO EDUCACAO BASICA578,59696,97675,32627,94593,35

IEE CARMELA DUTRA583,84754,67616,00609,13561,23

IFRO - CAMPUS PORTO VELHO586,24684,71654,78632,35564,13

IFRO - CAMPUS COLORADO DOESTE585,26652,26658,98619,10588,19

IFRO - CAMPUS ARIQUEMES575,55679,38652,10629,36567,14

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS564,03721,29625,47611,46549,59

COLEGIO OBJETIVO MAIS569,08649,33650,07611,52582,42

EEEM MAJOR GUAPINDAIA574,13722,42604,75600,07556,94

COOP. EDUCACIONAL DE VILHENA570,91626,21667,56604,72578,70

Na tabela 4 temos as notas individuais de proficincia apenas das escolas estaduais, ressaltando novamente o timo desempenho do JBC:TABELA 4 - Notas das Proficincias - Escolas Estaduais

ESCOLALinguagens e CdigosRedaoMatemticaCincias HumanasCincias da Natureza

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA621,05849,76702,77677,65611,49

EEEM JOVEM GONCALVES VILELA592,28760,61640,99634,70569,19

IEE CARMELA DUTRA583,84754,67616,00609,13561,23

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS564,03721,29625,47611,46549,59

EEEFM TIRADENTES DA POLICIA MILITAR 581,08660,00611,77611,74541,64

EEEFM MARCELO CANDIA SUBSEDE I566,13696,13625,43601,81544,78

EEEFM CORA CORALINA577,94661,94622,65610,94570,19

EEEFM CORA CORALINA577,94661,94622,65610,94570,19

EEEM MAJOR GUAPINDAIA574,13722,42604,75600,07556,94

EEEFM CANDIDO PORTINARI556,49623,13591,55598,07568,19

EEEFM JOAQUIM DE LIMA AVELINO535,37644,67587,13575,68534,53

EEEFM 28 DE NOVEMBRO544,41591,52626,39584,53544,77

EEEFM CEL ALUIZIO PINHEIRO FERREIRA549,54624,38571,95582,02538,76

EEEFM PLACIDO DE CASTRO551,32596,00590,05586,82562,66

EEEFM CARLOS GOMES548,57626,66577,45573,64528,95

O Programa de Apoio Financeiro - PROAFI da Secretaria de Estado da Educao SEDUC criado pela Lei N 3350 DE 24/04/2014 tem como objetivo prestar assistncia financeira, em carter suplementar, dar suporte e apoio manuteno e desenvolvimento do ensino e proporcionar maior rapidez e eficcia na operacionalizao das atividades educacionais, s unidades escolares urbanas e rurais da Rede Pblica Estadual. A Tabela 5 contem os valores repassados pelo PROAFI as Escolas.Tabela 5 - PROAFI

ESCOLAPROAFI

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA R$ 292.896,00

E E E M JOVEM GONCALVES VILELA R$ 77.376,00

IEE CARMELA DUTRA R$ 186.816,00

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS R$ 56.544,00

EEEM MAJOR GUAPINDAIA R$ 81.888,00

EEEFM CORA CORALINA R$ 87.840,00

EEEFM MARCELO CANDIA SUBSEDE I R$ 125.664,00

EEEFM TIRADENTES DA POLICIA MILITAR R$ 153.600,00

EEEFM CANDIDO PORTINARI R$ 126.240,00

EEEFM 28 DE NOVEMBRO R$ 90.624,00

EEEFM 7 DE SETEMBRO R$ 94.080,00

EEEFM PLACIDO DE CASTRO R$ 120.672,00

EEEFM JOAQUIM DE LIMA AVELINO R$ 75.360,00

EEEFM CEL ALUIZIO PINHEIRO FERREIRA R$ 111.840,00

EEEFM CARLOS GOMES R$ 78.144,00

O JBC possui a verba mais alta entre as 15 melhores escolas, o que a primeira vista poderia ser a razo do seu excelente desempenho no Enem se no fosse por um detalhe: o nmero de alunos, listados na Tabela 6.Tabela 6 - Nmero de Alunos

ESCOLAAlunos

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA3051

E E E M JOVEM GONCALVES VILELA806

IEE CARMELA DUTRA1946

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS589

EEEM MAJOR GUAPINDAIA853

EEEFM CORA CORALINA915

EEEFM MARCELO CANDIA SUBSEDE I1309

EEEFM TIRADENTES DA POLICIA MILITAR 1600

EEEFM CANDIDO PORTINARI1315

EEEFM 28 DE NOVEMBRO944

EEEFM 7 DE SETEMBRO980

EEEFM PLACIDO DE CASTRO1257

EEEFM JOAQUIM DE LIMA AVELINO785

EEEFM CEL ALUIZIO PINHEIRO FERREIRA1165

EEEFM CARLOS GOMES814

Fazendo um calculo per capita, chegamos ao valor por aluno de R$96,00 repasse anual, ou R$8,00 por ms.O que faz o JBC se destacar no sua estrutura nem a verba recebida, que igual para todas as escolas, e sim esse envolvimento de Professores, Alunos e Administrativo corroborando com a teoria do Capital Social de Putnam(2002), que o capital social um ativo importante individual e socialmente. As redes e os vnculos que nelas se do entre pessoas tm um valor e so importantes para os indivduos, os grupos e as comunidades. Assim, do mesmo modo que o capital fsico e o capital humano podem aumentar a produtividade individual ou coletiva, os contatos sociais tambm podem afetar a produtividade do indivduo e de grupos de indivduos.Professores que trabalham alm de sua carga horria, mesmo em feriados e finais de semana para trazer aos alunos um ensino diferenciado. Alunos que veem a participao no Projeto Terceiro como uma chance real de mudar de vida, atravs do ingresso no Ensino Superior. E Corpo tcnico da Escola, garantindo seu funcionamento com um repasse de verba to pequeno.Portanto, o capital social refere-se s caractersticas da organizao social, que podem melhorar a eficincia da sociedade e do Estado e facilitar as aes coordenadas dos indivduos(Putnam)

O nvel de Formao Docente calculado pelo INEP, refora ainda mais o Capital Social do JBC, conforme pode ser visto na tabela 7, das 15 melhores notas do Enem a escola ocupa apenas a 8 posio de nvel de capacitao.Tabela 7 - Indicador de Capacitao Docente

ESCOLAENEMCAPACITAO DOCENTERANKING

EEEFM 28 DE NOVEMBRO578,3368,901

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS614,3768,302

EEEM MAJOR GUAPINDAIA611,6665,303

EEEFM MARCELO CANDIA SUBSEDE I606,8663,804

E E E M JOVEM GONCALVES VILELA639,5563,305

EEEFM TIRADENTES DA POLICIA MILITAR 601,2563,206

EEEFM CORA CORALINA608,7360,307

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA692,5458,508

EEEFM CARLOS GOMES571,0657,809

EEEFM PLACIDO DE CASTRO577,3757,7010

EEEFM CANDIDO PORTINARI587,4856,2011

EEEFM CEL ALUIZIO PINHEIRO FERREIRA573,3355,0012

EEEFM JOAQUIM DE LIMA AVELINO575,4850,0013

IEE CARMELA DUTRA624,9747,6014

EEEFM 7 DE SETEMBRO578,2946,1015

A escola com maior nvel de formao docente (84,6) a Escola JOHN KENNEDY, que na anlise das 118 escolas estaduais ocupa a 63 posio no Enem, com nota mdia de 515,87. Na mesma anlise com as 118 escolas estaduais, o JBC est em 36 no indicador de Formao Docente, mas ocupa o primeiro lugar nas notas do Enem.

ndices tabulados com SPSS Statistics

Excelente0,801a1,000

Bom0,601a0,800

Regular0,301a0,600

Ruim0,000a0,300

EscolaAvaliaesParticipaoJuntos

EEEB PROF JOAO BENTO DA COSTA1,0001,0001,000

E E E M JOVEM GONCALVES VILELA0,8010,4310,667

IEE CARMELA DUTRA0,7390,5520,671

EEEFM HEITOR VILLA LOBOS0,7010,4440,608

EEEFM TIRADENTES DA POLICIA MILITAR 0,6710,1320,477

EEEFM MARCELO CANDIA SUBSEDE I0,6770,2010,505

EEEFM CORA CORALINA0,7050,2630,545

EEEM MAJOR GUAPINDAIA0,6920,3220,559

EEEFM CANDIDO PORTINARI0,6270,1820,466

EEEFM JOAQUIM DE LIMA AVELINO0,5590,1200,400

EEEFM 28 DE NOVEMBRO0,5910,1760,441

EEEFM CEL ALUIZIO PINHEIRO FERREIRA0,5620,1640,418

EEEFM PLACIDO DE CASTRO0,5920,2400,465

EEEFM CARLOS GOMES0,5490,2010,423

Elementos como desempenho institucional, confiana, civilidade, ao coletiva e capital social marcam a trajetria de sua linha de pensamento e evidenciam fatores que se desenvolvem tendo por base duas questes centrais: Por que alguns governos democrticos tm bom desempenho e outros no? e O que entendemos por desempenho institucional?. Portanto desempenho institucional pode ser entendido da seguinte maneira:O conceito de desempenho institucional baseia-se num modelo bem simples de governana: demandas sociais => interao poltica => governo => opo de poltica => implementao. (PUTNAM, 2002, p. 24-25).

Mediante os elementos acima expostos, nota-se que a ideia de capital social presente em vrias abordagens organizacionais surge como organizadora da ao coletiva no Institucionalismo, em que a noo de homo economicus se desenvolve atrelada figura do indivduo racional que age exclusivamente visando aos seus interesses. Putnam (2002) considera que o capital social constitudo por elementos (redes, normas e confiana) das organizaes sociais que facilitam a ao e cooperao para a aquisio de benefcio mtuo, uma vez que a formao de um acervo abundante de capital social proporciona um trabalho em conjunto mais fcil de ser desenvolvido.Confiana, normas, cadeias de relaes sociais so tipos de capital social. O capital social facilita a cooperao espontnea e tal como sucede com o capital convencional, os que dispem dele, tendem a acumular mais. O capital social multiplica-se com o uso e mingua com o desuso. (PUTNAM, 2002, p.180).CONSIDERAES FINAISDiante do exposto nesse artigo,

REFERNCIAS