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7/25/2019 CAPACITAO MEDIAO TEXTO
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PARMETROS PARA A CAPACITAO DE CONCILIADORES EMEDIADORES JUDICIAIS
O curso de capacitao bsica dos terceiros facilitadores(conciliadores e mediadores) tem por objetivo transmitir informaes tericasgerais sobre a conciliao e a mediao, bem como vivncia prtica paraaquisio do mnimo de conhecimento que torne o corpo discente apto aoexerccio da conciliao e da mediao no mbito judicial. Esse curso, divididoem duas etapas (terica e prtica), tem como parte essencial os exercciossimulados e o estgio supervisionado de 60 (sessenta) -100 (cem) horas.
I - Desenvolvimento do curso:
O curso dividido em duas etapas: 1) Mdulo Terico e 2) Mdulo Prtico(Estgio Supervisionado).
1. Mdulo Terico
No mdulo terico, sero desenvolvidos determinados temas (a seguirelencados) pelos professores, e indicadas obras de leitura obrigatria (denatureza introdutria (livros-texto) e ligadas s principais linhas tcnico-metodolgicas para a conciliao e mediao), com a realizao de simulaespelos alunos.
1.1 Contedo Programtico:
No mdulo terico devero ser desenvolvidos os seguintes temas:
a) Panorama histrico dos mtodos consensuais de soluo de
conflitosLegislao brasileira. Projetos de lei. Lei dos Juizados Especiais.Resoluo CNJ n. 125/2010. Novo CPC, Lei de Mediao.
b) A Poltica Judiciria Nacional de tratamento adequado de conflitos
Objetivos: acesso justia, mudana de mentalidade, qualidade do serviode conciliadores e mediadores. Estruturao: CNJ, Ncleo Permanente deMtodos Consensuais de Soluo de Conflitos e CEJUSCs. A audincia deconciliao e mediao do novo CPC. Capacitao e remunerao de
conciliadores e mediadores.
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c) Cultura da Paz e Mtodos de Soluo de Conflitos
Panorama nacional e internacional. Autocomposio eHeterocomposio. Prisma (ou espectro) de processos de resoluo dedisputas: negociao, conciliao, mediao, arbitragem, processo
judicial, processos hbridos.
d) Teoria da Comunicao / Teoria dos Jogos
Axiomas da comunicao. Comunicao verbal e no-verbal. Escutaativa. Comunicao nas pautas de interao e no estudo do inter-relacionamento humano: aspectos sociolgicos e aspectos psicolgicos.Premissas conceituais da autocomposio.
e) Moderna Teoria do Conflito
Conceito e estrutura. Aspectos objetivos e subjetivos.
f) Negociao
Conceito. Integrao e distribuio do valor das negociaes. Tcnicasbsicas de negociao (a barganha de posies; a separao depessoas de problemas; concentrao em interesses; desenvolvimentode opes de ganho mtuo; critrios objetivos; melhor alternativa paraacordos negociados).
Tcnicas intermedirias de negociao (estratgias de estabelecimentode rapport; transformao de adversrios em parceiros; comunicaoefetiva).
g) Conciliao
Conceito e filosofia. Conciliao judicial e extrajudicial. Tcnicas(recontextualizao, identificao das propostas implcitas, afago, escutaativa, espelhamento, produo de opo, acondicionamento dasquestes e interesses das partes, teste de realidade). Finalizao da
conciliao - Formalizao do acordo. Dados essenciais do termo deconciliao (qualificao das partes, nmero de identificao, naturezado conflito...). Redao do acordo: requisitos mnimos e exequibilidade.Encaminhamentos e estatstica.
Etapas (planejamento da sesso, apresentao ou abertura,esclarecimentos ou investigao das propostas das partes, criao deopes, escolha da opo, lavratura do acordo).
h) Mediao
Definio e conceitualizao. Conceito e filosofia. Mediao judicial eextrajudicial, prvia e incidental; Etapas Pr-mediao e Mediao
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propriamente dita (acolhida, declarao inicial das partes, planejamento,esclarecimentos dos interesses ocultos e negociao do acordo).Tcnicas ou ferramentas (co-mediao, recontextualizao, identificaodas propostas implcitas, formas de perguntas, escuta ativa, produo deopo, acondicionamento das questes e interesses das partes, teste derealidade ou reflexo).
i) reas de utilizao da conciliao/mediao
Empresarial, familiar, civil, (consumeirista, trabalhista, previdenciria,etc.) penal e justia restaurativa; o envolvimento com outras reas doconhecimento.
j) Interdisciplinaridade da mediao
Conceitos das diferentes reas do conhecimento que sustentam aprtica: sociologia, psicologia, antropologia e direito.
k) O papel do conciliador/mediador e sua relao com os envolvidos(ou agentes) na conciliao e na mediao
Os operadores do direito (o magistrado, o promotor, o advogado, odefensor pblico, etc) e a conciliao/mediao. Tcnicas para estimularadvogados a atuarem de forma eficiente na conciliao/mediao.Contornando as dificuldades: situaes de desequilbrio, descontroleemocional, embriaguez, desrespeito.
l) tica de conciliadores e mediadores
O terceiro facilitador: funes, postura, atribuies, limites de atuao.Cdigo de tica Resoluo CNJ n 125/2010 (anexo).
1.2 Material didtico do Mdulo Terico
O material utilizado ser composto por apostilas, obras de natureza
introdutria (manuais, livros-textos, etc) e obras ligadas s abordagensde mediao adotadas.
1.3 Carga Horria do Mdulo Terico
A carga horria deve ser de, no mnimo, 40 (quarenta) horas/aula e,necessariamente, complementada pelo Mdulo Prtico (estgiosupervisionado) de 60 (sessenta) a 100 (cem) horas.
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1.4 Frequncia e Certificao
A frequncia mnima exigida para a aprovao no Mdulo Terico de100% (cem por cento); e, para a avaliao do aproveitamento, o alunoentregar relatrio ao final do mdulo.
Assim, cumpridos os dois requisitos - frequncia mnima e apresentaode relatrio - ser emitida declarao de concluso do Mdulo Terico,que habilitar o aluno a iniciar o Mdulo Prtico (estgiosupervisionado).
2. Mdulo Prtico Estgio Supervisionado
Nesse mdulo, o aluno aplicar o aprendizado terico em casos reais,
acompanhado por um membro da equipe docente (supervisor),desempenhando, necessariamente, trs funes: a) observador, b) co-conciliador ou co-mediador, e c) conciliador ou mediador.
Ao final de cada sesso, apresentar relatrio do trabalho realizado,nele lanando suas impresses e comentrios, relativos utilizao dastcnicas aprendidas e aplicadas, de modo que esse relatrio no devese limitar a descrever o caso atendido, como em um estgio deFaculdade de Direito, mas haver de observar as tcnicas utilizadas e a
facilidade ou dificuldade de lidar com o caso real. Permite-se, critriodo NUPEMEC, estgio autossupervisionado quando no houver equipedocente suficiente para acompanhar todas as etapas do Mdulo Prtico.
Essa etapa imprescindvel para a obteno do certificado de conclusodo curso, que habilita o mediador ou conciliador a atuar perante o PoderJudicirio.
2.1 Carga Horria
O mnimo exigido para esse mdulo de 60 (sessenta) horas deatendimento de casos reais, podendo a periodicidade ser definida peloscoordenadores dos cursos.
2.2 Certificao
Aps a entrega dos relatrios referentes a todas as sesses das quais oaluno participou e, cumprido o nmero mnimo de horas estabelecido noitem 2.1 acima, ser emitido certificado de concluso do curso bsico de
capacitao, que o necessrio para o cadastramento como mediadorjunto ao Tribunal no qual pretende atuar.
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2.3 Flexibilidade dos treinamentos
Os treinamentos de quaisquer prticas consensuais sero conduzidos
de modo a respeitar as linhas distintas de atuao em mediao econciliao (e.g. transformativa, narrativa, facilitadora, entre outras).Dessa forma, o contedo programtico apresentado acima poder serlivremente flexibilizado para atender s especificidades da mediaoadotada pelo instrutor, inclusive quanto ordem dos temas. Quaisquermateriais pedaggicos disponibilizados pelo CNJ (vdeos, exercciossimulados, manuais) so meramente exemplificativos.
De acordo com as especificidades locais ou regionais, poder ser dadanfase a uma ou mais reas de utilizao de conciliao/mediao.
II - FACULTATIVO:
1. Instrutores
Os conciliadores/mediadores capacitados nos termos dos parmetrosacima indicados podero se inscrever no curso de capacitao deinstrutores, desde que preencham, cumulativamente, os seguintesrequisitos:
experincia de atendimento em conciliao ou mediao por 2 anos; idade mnima de 21 anos e comprovao de concluso de curso
superior.