capa ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 pet food brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a...

33
Ano 3 / Edição 15 / Jul - Ago 2011 / www.editorastilo.com.br Pet Food Brasil Pet Food Brasil Revista Leveduras e os seus derivados Leveduras e os seus derivados Os saudáveis micro-organismos que estão presentes na indústria Pet Food Não é à toa que se investe cada vez mais em tecnologias e novas soluções

Upload: vuongtuong

Post on 10-Dec-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

Ano 3 / Edição 15 / Jul - Ago 2011 / www.editorastilo.com.br

Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista

Leveduras e os seus derivadosLeveduras e os seus derivadosOs saudáveis micro-organismos que estão presentes na indústria Pet FoodNão é à toa que se investe cada vez mais em tecnologias e novas soluções

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18

Page 2: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

2 3Editorial

Edição 15Julho/Agosto 2011

Prezado Leitor A busca por ingredientes alternativos para compor a alimentação animal,

a f im de deixá-la com alto valor nutricional, colocou as leveduras em um

patamar de destaque, recebendo atenção especial da indústria pet food.

Estes micro-organismos oferecem alta palatabilidade, fontes de nutrientes,

melhora a textura e digestibilidade da dieta e ainda contribuem para a saúde

e bem-estar dos animais, só para citar alguns benefícios.

Segundo dados do mercado brasileiro e considerando todos os tipos

de leveduras utilizadas, calcula-se que o consumo anual mínimo seja

de 26.000 a 30.000 toneladas para uso em pet food. O Brasil demonstra

enorme potencial de crescimento e desenvolvimento destas soluções. Somos

um grande produtor de levedura de cana e cerveja, muitas empresas estão

aprendendo a lidar com este ingrediente, antes julgado subproduto e estão

desenvolvendo novas tecnologias e soluções, algumas delas apresentadas

nesta edição da Revista Pet Food.

O empresário Stefan Widmann comanda, em São Paulo, a WIDI

Tecnologia, empresa que representa com exclusividade, no Brasil, o grupo

chinês Muyang – hoje considerado o segundo maior fabricante mundial de

equipamentos e projetos para fábricas no segmento de ração animal. Widmann

conta à nossa reportagem sobre os novos projetos, como a instalação de

um Centro de Distribuição para peças de reposição que atuará em toda a

América do Sul e as pretensões do grupo, que inclui a construção de uma

fábrica no país. “Há mais de 50 anos ouvimos falar que o Brasil é o país do

futuro e sinceramente acreditamos nisso. Desde 1998, com a estabilidade

econômica muita coisa mudou e para melhor...o futuro realmente chegou!”.

Conf ira esta matéria e outras importantes notícias relacionadas ao mercado

pet food nas próximas páginas.

Boa Leitura!

Daniel Geraldes

Ano 3 / Edição 15 / Jul - Ago 2011 / www.editorastilo.com.br

Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista

Leveduras e os seus derivadosLeveduras e os seus derivadosOs saudáveis micro-organismos que estão presentes na indústria Pet FoodNão é à toa que se investe cada vez mais em tecnologias e novas soluções

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18

Page 3: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

54

DiretorDaniel Geraldes

Editor Chefe

Daniel Geraldes – MTB [email protected]

Jornalista Colaboradora

Lia Freire - MTB 30222

PublicidadeLuiz Carlos Nogueira Lubos

[email protected]

Direção de Arte e ProduçãoLeonardo Piva

[email protected]

Conselho EditorialAulus Carciofi

Claudio MathiasDaniel GeraldesEverton Krabbe

Flavia SaadJosé Roberto Sartori

Vildes M. Scussel

Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão,

Cepea/Esalq, Engormix, CBNA

Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda

DistribuiçãoACF Alfonso Bovero

Editora StiloRua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000

Fone: (11) 2384-0047

A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas

dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias

Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais,

Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação

Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de

Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares.Distribuída entre as empresas nos setores de

engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores

destes segmentos.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus

autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial

das matérias sem expressa autorização da Editora.

Sumário

Notícias

Caderno Científico

Capa

Entrevista

Informe Técnico

Em Foco 1

Em Foco 2

Em Foco 3

Segurança Alimentar

Pet Food Online

Pet Market

Caderno Técnico1

Caderno Técnico2

Caderno Técnico3

24

28

18

16

6

30

36

34

32

44

58

54

48

46

Page 4: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

6 7Notícias

A Nutriave, empresa que produz

rações balanceadas, suplementos

minerais e vitamínicos para

grandes e pequenos animais, já

está operando a sua nova linha de

produção de alimentos extrusados,

com capacidade de 10t.h.

Com o seu parque industrial localizado em Viana- ES, o

fabricante possui 04 linhas de extrusão da Ferraz, possibilitando

atender todo o país, sendo os seus produtos encontrados em

supermercados, pet shops etc.

A Nutriave possui também uma linha completa de rações

e vitaminas para pássaros, oferecendo alimentos extrusados,

sementes e misturas completas para o setor. A empresa é uma

das mais fortes parceiras da Ferraz, consolidando cada dia mais

um relacionamento comercial e de profundo respeito entre os

seus diretores.

Vipet Food’s do Brasil vai gerar 110 empregos no novo distrito industrial de Abelardo Luz Começaram as obras de instalação do primeiro empreendimento no novo distrito industrial de Abelardo Luz (SC). Trata-se da

Vipet Food’s do Brasil que irá produzir rações para gatos, cães, gado e peixe. A previsão é gerar cerca de 110 empregos diretos e

220 indiretos.

A futura fábrica de ração ocupa uma área de 28 mil metros quadrados e terá capacidade de produzir mais de 100 toneladas de

ração por dia. A produção vai atender o mercado interno, abastecendo principalmente os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio

Grande do Sul.

De acordo com o empresário Osvaldo Vieira, a expectativa é inaugurar a empresa ainda no segundo semestre deste ano.

“Escolhemos Abelardo Luz primeiro pela sua situação geográfica com uma rede viária que liga todo o Brasil e segundo porque é

uma região com uma agricultura pujante onde num raio de 100 km teremos toda a matéria-prima”, explicou ele.

O prefeito Dilmar Fantinelli relatou que há meses vinha negociando a vinda do empreendimento para Abelardo Luz. Ele

desejou sucesso ao empresário e disse que mais duas empresas também devem se instalar em breve no local. “Também estamos em

negociação com mais cinco outras empresas. De agora em diante vamos gerar muitos empregos em nosso município”, afirmou.

O novo distrito industrial está localizado às margens da rodovia SC-467, km 20, saída para Xanxerê. Possui uma área total de

quatro alqueires e tem capacidade para comportar empresas de médio e pequeno porte. O local disponibilizará toda a infraestrutura

para o funcionamento das empresas.

Nutriave inaugura linha de extrusãoproduzida pela Ferraz

Jonair Pessini e Genilso Malini (Gerentes da Nutriave).

Page 5: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

98 Notícias

Nutreco Fri-Ribe acelera crescimento no BR O presidente da Nutreco Fri-Ribe, Eduardo Amorim, diz que Prestes a completar dois anos, em

setembro, a joint venture criada pela brasileira Fri-Ribe e a holandesa Nutreco no setor de nutrição animal

prevê crescer 22% em 2011, quadruplicar os investimentos e, possivelmente, adquirir novas companhias.

De acordo com o presidente da Nutreco Fri-Ribe, Eduardo Amorim, a empresa deve fechar o ano com uma

receita próxima de R$ 186 milhões, ante R$ 152 milhões em 2010. “Nossa meta é dobrar esse valor nos próximos cinco anos e colocar a empresa entre

as três maiores fabricantes de rações do país”, afirma. Atualmente, a companhia se encontra entre as cinco maiores do ramo.

A Nutreco, uma das maiores empresas do mundo nesse ramo, com faturamento de € 5 bilhões por ano, tem 51% de participação na joint venture

e os acionistas da Fri-Ribe, 49%.

A Nutreco Fri-Ribe programa investir R$ 15 milhões nos próximos dois anos, apenas na modernização das linhas de produção e no lançamento de

novos produtos. Segundo Amorim, o volume é quatro vezes maior do que o investido nos últimos dois anos. A empresa tem cinco fábricas nos Estados

de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Ceará e Piauí.

Amorim não descarta ir às compras para acelerar a expansão dos negócios. “Nosso foco é o crescimento orgânico, mas estamos preparados para

novas aquisições. Estamos presentes em cinco Estados e isso facilita. Há no mercado empresas locais, bem estruturadas e de baixo risco”, explica.

O executivo lembra que o setor de nutrição animal ainda é extremamente pulverizado e apresenta, na média, margens de lucro bastante apertadas.

“Estamos em um processo de consolidação muito intenso, mas que ainda está no começo. Há cerca de 2 mil empresas neste mercado.”

Desde o início da joint venture, a Nutreco Fri-Ribe lançou 35 novos produtos nas linhas de gado de leite, equinos, peixes e camarões. A aquicultura é

uma das grandes apostas da companhia. O segmento aumentou sua participação e já responde por metade da receita, de 40% há dois anos - a Nutreco

é lider mundial na produção de rações para peixes. Segundo dados do Sindirações, entidade que representa as empresas do setor, a aquicultura responde

por apenas 3% da produção brasileira de rações. Estimativas sugerem que este número pode crescer de quatro a cinco vezes nos próximos anos.

No ano passado, a Nutreco Fri-Ribe produziu pouco mais de 150 mil toneladas de rações, volume que deve crescer 7% neste ano. Ao todo, o

mercado brasileiro de nutrição animal movimenta 60 milhões de toneladas em produtos e R$ 16 bilhões.

Fonte: Valor Econômico

Sorgo ganha força como matéria-prima para ração A demanda crescente de sorgo para a produção de ração animal, principalmente de suínos e aves, está estimulando a expansão do cultivo

em Minas Gerais. De acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra estadual de sorgo, em 2011, pode

alcançar 356 mil toneladas, volume 16,8% maior do que o registrado no ano passado.

Segundo Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da

Agricultura, a previsão de aumento da safra de sorgo no Estado é sustentada pela expansão da área cultivada em 21,3%. “Dados da Conab

mostram que Minas Gerais conta atualmente com 122,9 mil hectares plantados de sorgo”, diz a assessora.

Na condição de segundo colocado na produção brasileira de sorgo, atrás de Goiás, Minas tem como destaques as regiões do Noroeste,

Triângulo e Alto Paranaíba, com 44,3%, 39,2% e 12,1% de participação, respectivamente. O município que apresenta maior safra é Unaí

(Noroeste), onde a área plantada é da ordem de 20 mil hectares e a produção estimada alcança 84 mil toneladas, volume equivalente a um

aumento de 45,8% em relação ao da safra anterior.

Em Minas, a colheita do sorgo – que foi plantado em fevereiro e março – começa por volta de agosto e segue até outubro/novembro.

A oferta do produto é grande em Unaí, mas ainda assim a cotação está entre R$ 16,00 e R$ 17,00 a saca de 60 quilos, 50% maior que a

registrada na safra anterior, segundo a avaliação do produtor Dirceu Júlio Gato. “Os produtores obtêm um lucro de 20% a 25% do preço

pago pela saca.”

O presidente da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), João Bosco Martins de Abreu, diz que um grande número de

empresários do setor, no Estado, prefere dar aos animais a ração à base de sorgo em substituição ao milho. “O sorgo é uma boa alternativa

porque tem boa qualidade nutritiva e possibilita a formulação da ração a um custo acessível.”

Utilizado no Brasil principalmente como alimento para os animais, o sorgo tem grande potencial também como fonte de matéria-prima

para biocombustíveis, segundo estudo da Embrapa Milho e Sorgo. Em diversos países, como os Estados Unidos, a cultura é utilizada em

volume cada vez maior para a produção de combustíveis.

Fonte: Redação da Secretaria da Agricultura / MG

Page 6: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

10 11Notícias

Novidade nutritiva, renova opções de alimentos para o mercado petSoups agora também no cardápio de cães e gatos

A Brazilian Pet Foods apresenta uma das principais novidades do ano no mercado

de alimentos para pets, as “Soups” agora para cães e gatos, nos sabores carne, frango

e peixe. Este alimento vem em pó, em embalagem de 30 gramas e depois da adição

de água morna se transforma em 150 gramas para o consumo do animal. Altamente

saborosa ao paladar dos pets, a “soup” em alguns minutos obtém uma textura

cremosa, com pedaços de carne e um sabor irresistível. Esta tecnologia do alimento

liofilizado, um tipo de hidratação moderna e que preserva as qualidades do alimento, é

comum para os astronautas, e vem ganhando o mercado brasileiro em pequena escala

há apenas 10 anos.

As “Soups” Brazilian Pet Foods são uma nova forma de alimentar que se

apresenta e com um processo que é considerado um dos mais seguros em termos

microbiológicos, de nutrição, sensoriais, além da vantagem de excelente conservação

mesmo em condições especiais. Como têm menos volume, são mais leves, eles conservam todas as propriedades do alimento, o que inclui as

proteínas e vitaminas que são muito importantes.

O alimento é desidratado num processo diferenciado que é chamado de sublimação. Congelada a água da célula passa direto do estado

sólido para o gasoso. E desta maneira as proteínas e vitaminas que são sensíveis ao calor, nesse processo de sublimação conservam suas

propriedades nutritivas.

A empresa Brazilian Pet Foods é a primeira no país a apresentar este tipo de alimento em saches, nas versões carne, galinha e peixe.

Sandra e Marcos Calsavara. Antonio Jose Bedani, Laerte Henrique Chiqueto, Marcelo Ferrari, Jose Marcos Calsavara, Tarcisio Correia de Melo, Marcio Ardigueri e Osmar Peterlini.

Os anfitriões com Alikan Silveira.Sandra e Marcos Calsavara, com Adilson e Bráulio Mattos.

A Brazilian Pet Foods agregou mais valor aos

seus produtos. A partir de agora, como estratégia

a franqueadora Brazilian Pet Foods Licensee,

permite aos parceiros, hoje franqueados, maior

flexibilidade nas negociações e padronização de

todos os produtos. A estratégia lançada desde

o início de 2011 foi comemorada em alto estilo

no dia 04 de junho no Hotel Palm Plaza em

Campinas, SP.

O evento contou com a presença de todos

os franqueados, onde foram entregues os

certificados. Muita festa e muita alegria para

comemorar essa nova etapa. A Brazilian Pet

Foods Licensee nasceu para potencializar o

compromisso com a qualidade, zelar e garantir

ao consumidor final maior segurança alimentar

dos produtos. Todas as linhas de produtos

já contam com a certificação do Programa

Integrado de Qualidade Pet (PIQPET). Esta

certificação só é fornecida para empresas

que seguem as normas, de códigos da BPF

(Boas Práticas de Fabricação) e Programas de

Certificações Internacionais (APPCC com base no

Codex Alimentarius), que cumprem o programa

de APPCC (segurança do alimento) e a legislação

nacional. Tudo isso garante a segurança e

confiabilidade dos produtos comercializados

e o integral cumprimento de todas as normas

e regulamentos legais. A Brazilian Pet Foods

tem o selo PIQ PET para todas as suas linhas

Sandra Viudes Calsavara, José Marcos Calsavara, Henrique Sérgio Garcia, Márcio Petruci Bezado e Carlos Teixeira.

Laurita e Edson Fila Bortoletto. Karla Farah e Alikan Silveira Jr. Marcos e Sandra Calsavara com os filhos Emanuelle e Marquinhos.

Brazilian Pet Foods agrega mais valor aos seus produtos

de alimentos, do super Premium ao standard.

A empresa tem certificação de Sistema de

Segurança do Alimento, BPF (Boas Práticas de

Fabricação) e APPCC (Análise de Perigos e Pontos

Críticos de Controle). Todos os franqueados

tem a garantia Brazilian Pet Foods Licensee e o

compromisso com o consumidor está protegido,

ele pode confiar.

Certificação dos Franqueados

Um elegante evento marcou a entrega dos

certificados aos primeiros franqueados Brazilian

Pet Foods Licensee.

Apresentado por Carlos Nascimento,

jornalista do SBT, o encontro corporativo foi

realizado em Campinas, no Royal Palm Resort

e reuniu mais de 250 convidados de todo o

Brasil, que foram recebidos pelos anfitriões

Marcos e Sandra Calsavara. O evento

marcou a nova fase da empresa sediada em

Arapongas (PR), e que é a 8ª maior do mundo

no mercado pet food.

Page 7: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

12 13Notícias

Ourofino lança linha exclusiva para aves ornamentais Rumo aos 25 anos de produção na área de saúde animal, a Ourofino Agronegócio,

mais uma vez atenta às oportunidades de mercado, lança sua nova linha de produtos

de suplementação para pet, desenvolvida especialmente para aves ornamentais: a

Bella Ave.

Além dos 45 produtos já fabricados pela empresa para animais de pequeno porte,

a Bella Ave acrescenta seis novos itens ao portfólio da Ourofino. “Nossa proposta

é atuar em uma nova área com uma linha de suplementos completa, com fórmula

exclusiva para todas as necessidades de cada fase da vida das aves ornamentais e

ainda oferecer o diferencial da dosagem única”, explica a gerente de Marketing da

Linha Pet da Ourofino, Karina Kowalesky.

A nova linha, que já está disponível em petshops de todo o Brasil, é composta

pelos produtos Todo Dia, Recuperação, Ferro, Reprodução, Muda e Canto. Um diferencial é a posologia ser sempre a mesma: 10

gotas diárias para aves menores e 20 gotas para as maiores, ambas para serem diluídas em 50ml de água, independente da raça.

“Estas soluções orais foram desenvolvidas com base em pesquisas de mercado para facilitar ao criador a suplementação do animal”,

acrescenta Kowalesky.

Para que as aves completem seus ciclos de forma saudável é preciso que recebam doses corretas de vitaminas e minerais. “A linha

Bella Ave reúne os suplementos necessários para que a ave complete todos os ciclos”, afirma a gerente.

Os produtos Bella Ave são produzidos na sede da Ourofino Agronegócio, em Cravinhos (SP). Outras informações em

www.ourofino.com

Está disponível a 5ª Edição do Manual de Sustentabilidade PIQ PET Esta edição traz novidades em seu conteúdo como o Guia de Sustentabilidade PIQ PET, Guia de Boas

Práticas na Distribuição e nos Pontos de Venda e Guia Nutricional para Peixes e Aves de Estimação além

da atualização dos Guias Nutricional Pet, Guia de Matérias Primas, Guia de Identidade e Qualidade, Guia

de Laboratórios e Guia de Legislações.

O conteúdo do Manual engloba informações técnicas para fabricação de alimentos que atendam os

mais exigentes padrões de qualidade e segurança de alimentos.

• Guia Nutricional Pet: Recomendação dos perfis nutricionais, de alimentos industrializados para cães e

gatos com base em pesquisas nacionais e internacionais, classificação de produtos e protocolos de testes.

• Guia Nutricional para peixes e aves de estimação: Recomendação dos perfis nutricionais para diversas

espécies de peixes ornamentais e aves de estimação.

• Guia de Matérias-Primas: Guia de ingredientes utilizados na alimentação animal com informações sobre o processo de produção e definição de seus

parâmetros de qualidade. Importante Guia para implantar o APPCC Pet.

• Guia de Identidade e Qualidade: Características de composição e qualidade de alimentos completos, alimentos coadjuvantes, alimentos específicos e

produtos mastigáveis para cães e gatos.

• Guia de Sustentabilidade PIQ PET (Boas Práticas de Fabricação Pet, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, Requisitos Ambientais, Requisitos

Sociais e Requisitos Econômicos): Define, através do conjunto de ações, uma linha de conduta sustentável para a empresa se alinhar a questões

ambientais e a qualidade de produtos e serviços oferecidos.

• Guia de Boas Praticas na Distribuição e nos Pontos de Venda: Implantação e manutenção de programas de qualidade durante os processos de

armazenamento e distribuição dos alimentos garantindo a qualidade dos produtos da indústria ao ponto de venda.

• Guia de Laboratórios: Definição de métodos validados de análises físico-químicas, microbiológicas e de toxinas em matérias-primas e produtos

acabados. Orientação aos Laboratórios que desejam implantar um Guia de Gestão da Qualidade baseado na ISO 17025:2005.

• Guia de Legislações: Compilado das principais legislações destinadas à alimentação de animais de estimação.

• Guia de procedimentos do Programa de Sustentabilidade PIQ Pet: Programa de incentivo as empresas do setor visando à busca de uma avaliação

voluntária frente aos requisitos e práticas empresarialmente sustentáveis do ponto de vista econômico, ambiental e social.

Para mais informações entre em contato: [email protected] (11) 3373 8203

Arroz na ração animal Pela primeira vez, o arroz vai ser utilizado na ração animal. É mais uma

medida para recuperar os preços do grão. As operações serão feitas pelo

Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).

A decisão foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, em Brasília. Sem

restrições nutricionais ou financeiras, cerca de 500 mil toneladas de arroz

podem substituir, imediatamente, o milho nas rações.

“O produtor vai ter a garantia do preço mínimo e a indústria vai ter um

preço menor do que ela está pagando hoje pelo milho”, ressalta o secretário

de Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi.

Como existe excesso do produto no mercado, o governo garante que os consumidores não vão ser afetados.

O Ministério da Agricultura deve acertar com a equipe econômica os detalhes de como vai funcionar a comercialização do arroz. A

expectativa é que o a venda do grão para as indústrias de aves e suínos comece em no máximo 30 dias.

Fonte: Canal Rural

Page 8: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

14 15

M.Cassab em nova área O Grupo M.Cassab, empresa nacional com 15 unidades de negócios, especializado na importação, distribuição, trading e produção de insumos

para diversos segmentos, anuncia a abertura da M.Cassab Foods, unidade voltada para o setor de alimentos, com foco na produção, importação e

comercialização de pescados, derivados, entre outros.

A M.Cassab Foods inicia operação com a representação exclusiva da marca espanhola La Pescantina, da Connorsa, que atua com pescados e

moluscos em conserva. A unidade passou a responder pela distribuição no Brasil das linhas de produtos Standard e Gran Selección, no início deste ano.

“Investimos mais de 300 mil dólares no primeiro contêiner e o retorno já é positivo. Observamos excelente aceitação no mercado brasileiro”, afirma o

diretor comercial da M.Cassab Foods, Silvio Coelho.

Entre os produtos da linha Standard, encontrados em empórios, mercearias e lojas especializadas estão os filés de Cavalinha em óleo comestível,

Atum claro sólido em azeite de oliva, Atum claro sólido ao natural, Mexilhões em escabeche, Lulas em molho de tomate apimentado, Tentáculos de

lula em óleo comestível e Sardinhas em óleo comestível.

Já na linha Gran Selección destacam-se Atum branco sólido em azeite de oliva, Ventresca de Atum claro em azeite de oliva e o Bacalhau frito

com molho Vizcaína.

Para o segundo semestre deste ano, o Grupo M.Cassab planeja intensificar sua atuação no setor alimentício com a oferta de produtos diferenciados

de tilápia, originados da criação própria verticalizada com uso do sistema de tanques-redes.

Com investimentos de R$ 15 milhões, as instalações da M.Cassab Foods com tanques de criação de tilápia serão em Rifaina, interior de São Paulo. Com

capacidade produtiva mensal de 400 toneladas, a unidade focará a distribuição e comercialização do pescado no estado de São Paulo, mas pretende

expandir a atuação para o mercado nacional.

“Em breve, nossas tilápias já estarão sendo processadas no frigorífico próprio, que ocupará uma área de 15 mil m2 e capacidade inicial de

processamento de 20 toneladas de peixes por dia”, explica o executivo.

Alta Tecnologia

Todo o processo de cultivo de tilápias será certificado por agências nacionais e internacionais e será baseado nos pilares de sustentabilidade

(econômica, social e ambiental), rastreabilidade e qualidade. Outro diferencial do ingresso da M.CASSAB Foods no segmento alimentício se dá com a

utilização de tecnologia aliada à inovação em todas as etapas do processo.

Nos tanques-rede, por exemplo, a alimentação será monitorada por sistemas computadorizados, evitando assim desperdícios e maximizando o uso

racional de alimento. A água dos viveiros de reprodução e alevinagem também será reaproveitada graças a um moderno sistema de recirculação fechada.

Além disso, as rações usadas na criação dos peixes terão elevados índices de aproveitamento, e baixos índices de conversão alimentar.

“A piscicultura é uma atividade relativamente nova, com grande potencial de crescimento no Brasil e no mundo. Em nosso primeiro ano de atuação

esperamos um crescimento acima de 15%”, completa Coelho. A unidade conta hoje com 16 colaboradores, mas a expectativa do Grupo M.Cassab é

contar com 190 profissionais até o final de 2012, sendo 150 recrutados para a produção de tilápias, em Rifaina.

Fonte: Assessoria de Imprensa M.Cassab

Controle de Pescados O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

aprovou os novos métodos analíticos oficiais físico-químicos

para o controle de pescado e seus derivados. As regras foram

publicadas no Diário Oficial da União.

Além de descrever os processos de colheita de amostras,

a Instrução Normativa nº 25 define dois novos métodos de

análise para desglaciamento e histamina.

Os exames de desglaciamento visam inibir fraudes

econômicas na venda dos produtos, pois o gelo utilizado na

conservação do peixe deve ser descontado do peso final cobrado do consumidor. O teste de histamina - toxina que causa uma doença conhecida

como Escombrotoxicose capaz de provocar alergias - indica se houve falhas higiênico-sanitárias no processamento ou na armazenagem do

pescado.

Segundo a responsável técnica pela área físico-química de produtos de origem animal , microbiologia de alimentos e ração animal do Ministério

da Agricultura, Josinete Barros de Freitas, além de trazer mais segurança alimentar para a sociedade, a norma abrirá novos mercados para os

produtos brasileiros. Os países da União Européia, por exemplo, exigem o resultado prévio da análise para histamina antes do embarque.

A metodologia foi desenvolvida ao longo de três anos por especialistas da área de físico-química de alimentos de origem animal do

Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Pernambuco, e deverá ser incluída em um manual após a sua publicação. Com as novas

técnicas, os resultados da análise deverão ser obtidos dentro de dois dias. O trabalho é liderado pela Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial

da Secretaria de Defesa Agropecuária (CGAL/SDA).

As avaliações serão realizadas nos seis Lanagros - localizados em Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Pará, Minas Gerais e São Paulo - e

nos 22 laboratórios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.

Entre janeiro e março deste ano foram analisadas 706 amostras coletadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas unidades do Lanagro.

Saiba mais - Glaciamento: processo legalmente utilizado pelas empresas no qual se adiciona uma camada de gelo ao pescado congelado,

que tem a função de proteção do produto contra a desidratação e oxidação pelo frio. O peso deste gelo deve ser descontado do peso final do

produto, de forma que o peso líquido declarado ao consumidor seja o peso efetivo do pescado, isto é, descontado do peso da água utilizada

no procedimento.

Histamina: substância produzida naturalmente por alguns tipos de pescado, que pode causar reações alérgicas se estiver presente em grande

quantidade. No caso do Brasil, o principal peixe comercial que contém a histamina é o atum. O controle de temperatura do pescado evita que

a substância seja produzida em quantidades prejudiciais ao consumidor.

Fonte: Mapa

Brasil: 80 milhões de toneladas de ração até 2020 Maringá (PR) foi o local indicado para realização do 1º Congresso sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais, evento que é uma

iniciativa do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), e foi realizado nos dias 23 e 24 de agosto de 2011, no Hotel Deville, em Maringá (PR).

A cidade é um pólo que congrega cerca de 110 municípios, onde estão localizadas duas das maiores cooperativas agroindustriais do país,

com destaque na área de grãos. Dezenas de empresas também mantêm unidades de produção de alimentos para animais na região, que é

grande produtora de proteína animal.

Assim, com destaque na área de nutrição animal, o agronegócio é a atividade mais forte na região de Maringá, com atuação voltada para

atender o mercado internacional. Não por acaso, o evento do CBNA também atraiu a participação de cooperativas e agroindústrias nacionais,

incluindo a indústria de sal mineralizado e pet food,

A indústria de alimentos para animais produz mais de 60 milhões de toneladas no Brasil,

com crescimento anual em torno de 4%. A avicultura é a maior consumidora de rações (47%), ante 25% dos suínos e 11% da pecuária, incluindo

corte e leite. O setor de animais de companhia também tem grande destaque, crescendo num ritmo de aproximadamente 8% ao ano.

Nesse ritmo, e em especial diante da expectativa de crescimento no consumo global de proteínas animais, as projeções apontam que a

produção brasileira atingirá o patamar de 80 milhões de toneladas em 2020.

Fonte: CBNA - Assessoria de Imprensa

Mig PLUS Agroindustrial - Incremento de 42% no 1º Semestre A Mig PLUS Agroindustrial Ltda, com sede em Casca/RS, voltada ao segmento

de nutrição animal, informa o expressivo crescimento de 42%, em seu faturamento

no 1º semestre de 2011, comparado a 2010, superando as expectativas projetadas

inicialmente e muito superior ao crescimento nacional.

O aumento participativo no mercado, corrobora os permanentes investimentos

na modernização e aperfeiçoamento de seus processos fabris, na manutenção e

ampliação da qualidade, segurança e rastreabilidade de seus produtos, disponibilizando ao mercado, alimentos seguros e de qualidade

incontestável, proporcionando aos clientes, melhorias nos índices zootécnicos das propriedades assistidas, auxiliando na viabilização do

agronegócio, voltado à produção de proteínas de alto valor biológico (carnes, leite e ovos), cada vez mais presentes na alimentação humana,

graças a elevação da renda familiar e consequente melhoria na qualidade de vida.

Notícias

Page 9: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

16 17Caderno Científico

o Brasil há uma grande oferta de ingredientes

derivados do trigo, milho, arroz e soja, dentre outros.

Apesar de muitas matérias-primas derivadas destes grãos

e cereais apresentarem custo acessível para utilização

em petfood, a presença de fatores nutricionais pode

comprometer o processamento industrial e aproveitamento

pelos animais. Seguindo o exemplo da nutrição de animais

de produção, nos últimos anos tem crescido o interesse

pela indústria de animais de companhia pela utilização

de aditivos enzimáticos visando aproveitar a elevada

disponibilidade de ingredientes vegetais do mercado e ao

mesmo tempo não comprometer a qualidade dos alimentos

produzidos. Dentre os principais fatores antinutricionais

presentes nas matérias-primas vegetais encontram-se

os Polissacarídeos Não Amiláceos (PNA s), inibidores de

enzimas endógenas, lectinas, enzimas presentes no próprio

grão cru e o quelantes de minerais como o ácido fítico,

dentre outros. Desta forma, estes componentes podem

comprometer o aproveitamento do alimento pelos animais.

Acredita-se que muitos fatores antinutricionais sejam

eliminados durante o processo de extrusão do alimento, sob

elevadas condições de temperatura e pressão. No entanto,

especialmente os PNA’s e ácido fítico parecem não sofrer

Uso de enzimas em alimentos extrusados para cães

N Por: Fabiano Cesar Sá

qualquer interferência no processo de extrusão.

Enzimas são proteínas globulares, de estrutura

terciária e quaternária, que agem como catalisadores,

aumentando a velocidade das reações químicas, sem serem,

elas próprias alteradas neste processo. São altamente

específicas para os substratos. Os aditivos enzimáticos não

possuem função nutricional direta, mas podem auxiliar

no processo digestivo, o que ainda permanece um assunto

controverso. Podem ser usados em rações para cães de

duas formas básicas: como aditivo de processo, melhorando

a eficiência do processo de extrusão (amilases); e como

auxiliar no processo digestivo, para complementar as

enzimas do sistema endógeno (proteases, amilase e lipases)

ou suplementar enzimas que não são produzidas pelos

monogástricos (fitase, xilanase, glucanase, celulase, fitase,

dentre outras).

Considerando que a adição de elevada quantidade

de coprodutos ricos, especialmente em fibra, em rações

para cães acarreta prejuízo no processamento (desgaste

de equipamentos e qualidade final do produto) e na

digestibilidade dos nutrientes, é possível que a adição

de uma mistura de enzimas possa atenuar estes efeitos

negativos, promovendo melhor produtividade, maior

digestibilidade dos nutrientes para cães. Este tema ainda

foi pouco explorado na nutrição de animais de companhia.

Para verificarmos estas particularidades, relacionadas com

o processo de extrusão e a digestibilidade dos nutrientes,

nesta edição foram separados dois artigos científicos, o

primeiro extraído da Feed Tech magazine, e o segundo

da Animal Feed Science and Technology, os quais seus

resumos encontram-se traduzidos a seguir.

Enzima rEduz consumo dE EnErgia Em alimEntos Extrusados para cãEs

Autores: FROETSCHNER, J.; PANZER, D. D.; WILSON, J. W.; WILLIANS, S. N.

Dois experimentos foram conduzidos para avaliar a capacidade da α-amilase em melhorar características

produtivas de uma dieta a base de milho usando uma extrusora. Nesses experimentos concluiu-se que houve

consumo menor de energia na extrusora, para ambos os experimentos, mantendo a densidade desejada nos

produtos, além de aumentar níveis de produtividade do equipamento.

Feed Tech magazine, v.10, n.10, 2006. (<http://www.allaboutfeed.net/article-database/enzyme-lowers-energy-input-

in-extruded-dog-food-id1092.html>)

os EfEitos dE nívEis crEscEntEs dE polissacarídEos não-amilácEos solúvEis E inclusão dE Enzimas Em diEtas para cãEs sobrE a

qualidadE fEcal E digEstibilidadE

Autores: Twomey, L. N.; Pluske, J. R.; Rowe, J. B.; Choct, M.; Brown, W.; McConnell M. F.; Pethick, D.W.

Os efeitos de níveis crescentes de polissacarídeos não amiláceos (PNAs) solúveis em dietas extrusadas para cães foram

estudados em um esquema fatorial 3 x 2 com seis cães por tratamento. Os fatores examinados foram, dietas de composição

diferente, com níveis dietéticos de PNAs solúveis (11,16 e 20 g/kg), e a presença ou ausência de enzimas contendo xilanase,

β-Glucanase e amilase. As dietas variaram no conteúdo de PNAs solúveis atribuindo dieta A, dieta C, respectivamente,

com enzima ou a água que era adicionada na alimentação de cada um para compor a seis rações utilizadas no experimento.

A mistura de enzimas alimentares foi pulverizada sobre a dieta no momento da alimentação, a um nível de 400ml/ton da

dieta. O experimento durou 13 dias, com coletas de fezes que ocorreu no final de 5 dias. Foram feitas as seguintes análises:

escore fecal (fezes, indicando 1 dura, e 5 com diarréia), o coeficiente digestibilidade aparente (CDA), pH fecal, ácidos graxos

voláteis (AGV) e lactato. Interações significativas (P <0,05) estiveram presentes para o conteúdo de PNAs solúveis e enzimas

nos CDA do amido, matéria seca, gordura e energia bruta. Dietas contendo 16g PNAs solúveis g/kg (dieta B) e 20 PNAs

solúveis g/kg (dieta C) PNA solúvel causaram queda no CDA (P <0,05), mas a presença da enzima reverteu esses efeitos (P

<0,05) de tal forma que os resultados foram equivalentes aos da dieta A. O CDA da proteína foi reduzida (P <0,001) com

aumento do nível PNAs solúveis, mas aumentou (P <0,01) com a adição de enzimas. O aumento dos níveis PNAs solúveis

causaram mudanças na materia seca fecal (2,2 versus 2,5 contra 3,0 para dietas A, B e C, respectivamente), porém a enzima

diminuiu o escore fecal (2,7 versus 2,5, P <0,05). O aumento dos níveis dietéticos de PNAs solúveis diminuíram o pH fecal

(P <0,001) e causaram aumento do lactato das fezes e das concentrações de AGV, indicando que a fermentação no intestino

teve grande aumento. O aumento dos níveis de PNAs solúves em rações para cães causou alguns efeitos antinutritivos e

piora na qualidade das fezes, no entanto, a adição da enzima aliviaram alguns destes efeitos, na medida em que um moderado

aumento nos níveis de PNAs solúveis foi empregado, esse níveis podem ser tolerados em rações para cães à base de cevada,

trigo, sem grandes efeitos negativos na qualidade fecal e digestão.

Animal Feed Science and Technology, v. 108, p. 71–82, 2003.

Conforme os resumos apresentados, apesar de

aparentemente o uso de algumas enzimas melhorar

o processamento de extrusão e a digestibilidade de

alguns nutrientes de dietas para cães, outros trabalhos

conduzidos no Brasil e em outros países têm falhado

em comprovar tais efeitos. Esta controversa literária se

deve aos inúmeros fatores que inf luenciam diretamente

os resultados experimentais e que ainda são pouco

compreendidos, havendo a necessidade de intensificação

de pesquisas nesta área.

Page 10: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

18 19

LevedurasPequenas notáveisA busca por ingredientes alternativos na composição da alimentação animal, a fim de deixá-la com alto valor nutricional, colocou as leveduras em um patamar de destaque,

recebendo atenção especial da indústria pet food

iferentes tipos de leveduras têm sido usadas

na alimentação animal e uma das mais conhecidas é a

Saccharomyces Cerevisiae, obtida por meio do processo de

fermentação da cana-de-açúcar, uma solução totalmente

natural. Excelente fonte de proteína, tem ainda um bom

balanceamento de aminoácidos e se destaca pela grandeza

de vitaminas de complexo B, fonte de vitamina D, só para

citar algumas características que contribuem para melhorar

a saúde e bem-estar dos animais.

Nas décadas de 70 e 80 diversos trabalhos zootécnicos

foram realizados tendo como único objetivo viabilizar a

levedura como uma alternativa de fonte protéica. Com

isso, até o início dos anos 90, as leveduras permaneceram

“esquecidas”, sendo usadas na alimentação animal apenas

quando o custo se tornava interessante em função de sua

composição nutricional de base protéica.

A partir de 1990, o crescente interesse por parte dos

produtores de ração para criação de camarões e para o

desmame de leitões, tanto na Europa quanto na Ásia, fez

com que as indústrias adequassem seus procedimentos

industriais, procurando o processamento de leveduras

com alta qualidade. Durante esta década, o enfoque dos

trabalhos zootécnicos realizados mudaram, visando a

obtenção de resultados em melhorias de performance,

prevenção de doenças e reforço do sistema imunitário, como

resultado a indústria mundial passou a ver as leveduras

como um aditivo profilático, com capacidade de melhorar

a performance dos animais sujeitos a condições de stress.

“As leveduras apresentam as características mais favoráveis

para uso na alimentação animal quando comparadas a

outros micro-organismos. Não há contra-indicações e sua

utilização resulta em muitos benefícios à saúde, dentre eles,

imunidade, desempenho, consumo e aproveitamento da

dieta”, observa Simone Cavalli, diretora de operações para

a América Latina da Alltech.

Segundo dados do mercado brasileiro e considerando

todos os tipos de leveduras utilizadas, calcula-se que o

consumo anual mínimo seja de 26.000 a 30.000 toneladas

para uso em pet food. “O Brasil demonstra enorme potencial

de uso e crescimento. O grande desafio é a expansão deste

conhecimento para o público em geral e não só aos técnicos.

Capa

D

Por: Lia Freire

A Europa e Estados Unidos estão bem mais adiantados em

conhecimento e aplicações, mas no Brasil a velocidade de

crescimento tem sido importante nos últimos anos”, analisa

Roberto Vituzzo, gerente global de negócios nutrição

animal da Biorigin.

Quem também acredita no potencial do mercado

brasileiro de leveduras e aposta no seu crescimento é o

executivo da Nutriad Nutrição Animal, Diogo Villaça.

“O Brasil é um grande produtor de levedura de cana

e cerveja, muitas empresas estão aprendendo a lidar

com este ingrediente, antes julgado subproduto e estão

desenvolvendo novas tecnologias e soluções.”

Quanto ao percentual de levedura permitido na

nutrição animal não existe uma regra para uso mínimo,

mas sim algumas recomendações. A quantidade de produto

(e suas combinações) é diferente para agir como estimulante

do sistema imunológico ou como um sequestrante de

micotoxinas, por exemplo. E, para checar a presença das

leveduras na alimentação animal a legislação brasileira

segue as normas da Comunidade Europeia, em que as

leveduras precisam estar livres de antibióticos, aflatoxina

e metais pesados, com tamanho de partícula em 30 mesh.

um aliado chamado nutrigEnômica

Desde a década de 80, a Alltech oferece ao mercado

soluções naturais para a indústria de alimentação

animal e no segmento de leveduras trabalha com a cepa

Saccharomyces Cerevisiae 1026, que foi selecionada pelo

fundador e proprietário da companhia, Dr. Pearse Lyons.

“As cepas que utilizamos são de propriedade da Alltech e esse

processo garante a qualidade e segurança das tecnologias

que produzimos”, afirma Simone, diretora da empresa.

Além disso, destaca-se na companhia o controle rígido da

cepa de levedura através de análises como o fingerprint,

desde a sua multiplicação no laboratório até a produção

em escala industrial (primer growth yeast). A tecnologia

exclusiva utilizada pela Alltech para o fracionamento da

parede celular é também outro importante diferencial,

pois garante o padrão de composição dos produtos que são

originados a partir deste processo.”

“Muitas empresas estão aprendendo a lidar com a levedura, antes julgada subproduto e estão desenvolvendo novas tecnologias e soluções.”

Page 11: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

20 21Capa

Inovar é parte da filosofia da Alltech, que investe grande parte de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento de produtos. Unidade em São Pedro do Ivaí, no Paraná.

A constante inovação é parte da filosofia da Alltech,

por isso, investe grande parte de seu faturamento em

pesquisas e desenvolvimento de produtos. Há profissionais

trabalhando em período integral nos centros de pesquisa

unicamente para desenvolver novas tecnologias e melhorar

as já existentes. Recentemente, a empresa desenvolveu

três novos produtos (Actigen, EconomasE e DEMP),

obtidos a partir da Nutrigenômica, que é a ciência que

explica como os nutrientes presentes na dieta afetam a

saúde e o desempenho dos animais através de mudanças

na expressão dos genes. “O desenvolvimento de novas

tecnologias a partir de uma ciência como a Nutrigenômica

representa uma grande inovação científica, o que permite

a diferenciação da Alltech no mercado e nos torna líde

no fornecimento de soluções naturais para a indústria de

alimentação animal.”

Para Simone, os principais avanços na área de

leveduras foram obtidos através de tecnologias da

extração e fracionamento da parede celular das

leveduras. “Somos pioneiros nesta área e temos uma

patente que foi desenvolvida para a fabricação de um

dos nossos produtos líderes de mercado, o Mycosorb,

composto por glucanos originados da parede interna

da levedura.” Simone af irma ainda que a qualidade e

rastreabilidade são fatores primordiais e que devem ser

levados em consideração pela indústria de leveduras.

“Mais uma vez, a Alltech se diferencia pelo controle

rígido do crescimento da cepa de levedura, o que

garante um produto seguro e de altíssima qualidade.”

macrogard: avançado concEito dE nutrição animal

Especializada em leveduras secas de cana-de-

açúcar, tanto íntegras quanto autolisadas, levedura

de cervejaria, levedura selenizada e vários derivados

de leveduras, como MOS e Beta-glucanas, a Biorigin

controla todo o processo de origem da matéria-

prima, desde a cultura da cana-de-açúcar, mantendo

um processo de rastreabilidade dos produtos

acabados. “Contamos com um dos maiores e mais

modernos Centros de Pesquisa & Desenvolvimento

do segmento, além de uma equipe de pesquisadores

altamente qualif icada e dedicada ao desenvolvimento

de novas tecnologias e processos. Um dos exemplos

mais importantes que temos é o MacroGard, um

produto de alto nível tecnológico que agrega o mais

avançado conceito de nutrição, visando a saúde

animal para as mais diversas espécies”, destaca

Vituzzo, gerente da Biorigin.

De acordo com Vituzzo, dentre os principais

desaf ios daqueles que atuam no fornecimento de

leveduras estão: alavancar o nível de conhecimento dos

técnicos sobre as aplicações e benefícios dos produtos

e utilizar soluções naturais que garantam a saúde e

bem-estar dos animais de estimação e, no caso de

animais de produção, a segurança alimentar. “A cada

dia avançamos em termos de conhecimento e novas

aplicações das leveduras, por isso, nossa participação

de mercado vem ganhando força nos últimos anos.

Um dos princípios da Biorigin está em manter altos

investimentos em pesquisa e desenvolvimento de

produtos e tecnologias. Sabemos que este é um grande

pilar de sustentação dos nossos negócios presentes e

futuros.”

lEvEduras Em formulaçõEs multifuncionais

A Nutriad não trabalha com levedura e derivados

puros. A linha de atuação da empresa é baseada

nos efeitos positivos e sinérgicos das leveduras

em formulações multifuncionais. Compõem o seu

portfólio, o produto líquido Toxy-Nil™ Plus Liquid,

A Alltech utiliza a ciência nutrigenômica para desenvolver os seus produtos.

“A cada dia avançamos em termos de conhecimento e novas aplicações das leveduras, por isso, nossa participação de mercado vem ganhando força nos últimos anos”, Roberto Vituzzo, da Biorigin.

Page 12: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

22 23Capa

com funções antiestresse, imunoestimulante e

melhorador de performance; Toxy-Nil Unike™ Dry,

o aditivo adsorvente de micotoxinas multifuncional

(AAMM). Neste caso, a levedura possui um papel

muito importante, pois auxilia na biotransformação

das micotoxinas apolares, fornecendo substrato para as

bactérias do intestino metabolizarem as micotoxinas

formando outros compostos não tóxicos ou que não são

absorvidos pelos animais. E, a mais recente novidade

da companhia é o Sentiguard™ Dry, um prebiótico,

que age de maneira multifatorial, à base de leveduras,

além de ácidos orgânicos e extratos botânicos, que

protegem e reparam o epitélio intestinal, bloqueiam

a adesão de patógenos e preparam o sistema imune

do animal, promovendo desta forma melhor absorção

de nutrientes e consequente melhora do desempenho

zootécnico.

De acordo com Villaça, gerente da Nutriad, o

foco da empresa é oferecer ao mercado alternativas

para proporcionar aos animais melhor qualidade de

vida e bem-estar, sempre atentos à manutenção da

sustentabilidade. “Seguindo esta f ilosof ia de atuação,

investimos continuamente em nosso departamento de

Pesquisa e Desenvolvimento. Além disso, temos centros

de pesquisa aplicada nos EUA e em alguns países

europeus, contamos com uma equipe de zootecnistas,

veterinários, químicos, biólogos e engenheiros que

trabalham continuamente no desenvolvimento e

aprimoramento de produtos e, por último, mantemos

parcerias com centros de pesquisa e universidades ao

redor do mundo, buscando ideias inovadoras e novas

oportunidades de aplicação dos produtos.”

Em termos dos principais avanços obtidos no

segmento que emprega as leveduras na alimentação

animal, Villaça af irma que a utilização das glucanas

como imunoestimulante é uma alternativa promissora

como forma de melhorar o sistema de defesa do animal.

Vários estudos realizados com mamíferos atestam que

as β-1,3 glucanas presentes nas leveduras têm efeito

imunoestimulante, melhorando a hematopoiese. Na

aquacultura, tem-se verif icado que a levedura é capaz

de melhorar a resposta imunológica e o crescimento de

várias espécies de peixes, inclusive os ornamentais.

diamond v: atEndEndo às nEcEssidadEs dE difErEntEs EspéciEs animais

Distribuídos no Brasil pela Tectron Nutrição

Animal, os produtos fermentados da Diamond V

(XP, XPC e DiaMune Se) utilizam a Saccharomyces

“Segundo dados do mercado brasileiro, e considerando todos os tipos de leveduras utilizadas, calcula-se que o consumo anual mínimo seja

de 26.000 a 30.000 toneladas para uso em pet food.”

“O cultivo de leveduras da Diamond V melhora a digestibilidade, o aproveitamento do alimento e equilibra o sistema imunológico do animal”, Pablo Rosete, da Tectron.

Cerevisiae a f im de formar metabolitos nutricionais.

Durante os dois processos fermentativos (fermentação

líquida com açúcares seguida de uma fermentação

úmida), a levedura é destruída, portanto, o produto não

é levedura, mas um complexo patenteado, contendo

mais de 200 metabólicos de interesse nutricional,

fermentado com leveduras. “Todos os nossos produtos

são desenvolvidos nos Estados Unidos, 100% naturais,

ativos, atóxicos e os cereais utilizados na elaboração

do cultivo de leveduras são 100% GMO free”, explica

Pablo Rosete, diretor técnico e comercial da Tectron

para América Latina - Diamond V.

Segundo a companhia, o cultivo de leveduras da

Diamond V melhora a digestibilidade, o aproveitamento

do alimento e equilibra o sistema imunológico do

animal. “Há mais de 400 trabalhos científ icos que

demonstram a funcionalidade da Diamond V em

distintas espécies animais. Como resultado de uma

melhor digestão e um sistema imunológico equilibrado,

o animal otimiza sua função zootécnica para a função

que foi geneticamente desenhada”, observa Rosete.

Em busca de resultados cada vez melhores,

a Tectron oferece ao mercado prof issionais

especializados em cada área da alimentação animal:

avicultura, bovinocultura, suinocultura, aquacultura

e pet food e conta com o apoio da DV-TECH, equipe

técnica da própria Diamond V, que tem ainda um

centro de investigação científ ica e parcerias com

universidades nos USA, México, China e Tailândia.

“Os produtos Diamond V são testados in vitro por

laboratórios próprios nos USA, além dos laboratórios

universitários de renome mundial. Também são

submetidos a testes in vivo, em centros de pesquisas

próprios e convênios com instituições de pesquisa

no mundo todo Nossos avanços têm sido com todas

as espécies. O mais recente, em aquicultura, apontou

a conversão alimentícia em peixes e a redução na

mortalidade em camarões; em avicultura, os resultados

obtidos e publicados em aves de postura conf irmam

o efeito positivo de Diamond V XPC na produção e

qualidade do ovo. Também foi demonstrado o efeito

benéf ico do uso de cultivo de leveduras em gado de

engorda com respeito à conversão alimentar”, explica

Rosete. “Quanto ao futuro dos negócios estamos

bastante otimistas pelo fato de representarmos um

produto inovador que proporciona ótimos benefícios.

Temos o objetivo de repetir, aqui no Brasil, o sucesso

técnico e comercial, mundialmente já alcançados pela

Diamond”, enfatiza Daniel Pigatto Monteiro, diretor

presidente da Tectron.

“Quanto ao futuro dos negócios estamos bastante otimistas. Temos o objetivo de repetir, aqui no Brasil, o sucesso técnico e comercial, mundialmente já alcançados pela Diamond”, Daniel P. Monteiro, da Tectron.

“A Europa e EUA estão bem mais adiantados em conhecimento e aplicações das leveduras, mas no

Brasil a velocidade de crescimento tem sido importante nos últimos anos.”

Page 13: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

24 25

“... comecei a pesquisar os fornecedores nos USA, Europa e Ásia, onde encontrei a Muyang e

fiquei impressionado com a qualidade e tecnologia ...”Stefan Widmann

Diretor da WIDI Tecnologia, empresa que representa com exclusividade, no Brasil, o grupo chinês Muyang – hoje considerado o segundo maior fabricante mundial de equipamentos e projetos para fábricas no segmento de ração animal - Stefan Widmann fala sobre os novos projetos, como o Centro de Distribuição para peças de reposição com atuação em toda a América do Sul, o posicionamento no mercado e as pretensões de negócios, que inclui a construção de uma fábrica da Muyang no país.

Entrevista

Revista Pet Food – Como teve início a história da WIDI Tecnologia?Stefan Widmann – Eu era vice-presidente da Bühler no Brasil - empresa líder global na área de engenharia, equipamentos e fábricas completas para alimentação humana e rações animais – quando em 2005 deixei a companhia para iniciar um novo projeto profissional: abrir em São Paulo a minha própria empresa de engenharia voltada para as fábricas de ração animal.

Revista Pet Food – Quando surgiu a oportunidade de ser no Brasil representante exclusivo do Grupo Muyang?Widmann – A minha ideia inicial era comercializar projetos de engenharia para as fábricas de alimentação animal, mas mediante a resistência do mercado nacional, que por uma questão cultural, na época, não “comprava” a engenharia, adquirindo-a diretamente dos fornecedores fui obrigado a ampliar o foco de atuação e passei também a comercializar equipamentos e fábricas completas. Comecei a pesquisar os fornecedores nos Estados Unidos, Europa e Ásia, onde encontrei a Muyang e fiquei impressionado com a qualidade e tecnologia que oferecia em seus serviços e equipamentos. Revista Pet Food – Como foi a receptividade da Muyang ? Havia a pretensão de atuar no Brasil?Widmann – Naquela época, entre 2005 e 2006, a Muyang possuía cerca de 45 agentes espalhados por todo o mundo. Considerada a número 1 da Ásia, queria repetir o sucesso pelo mundo a fora, para tanto também buscava parceiros que tinham know-how neste setor. Então, no nosso caso foi uma união de interesses. A WIDI desejava vender equipamentos e máquinas completas e a Muyang atuar no Brasil, criando laços comerciais por aqui. Em março de 2006 iniciamos a parceria e em 2007 aconteceu a nossa primeira venda, desde então estamos aumentando a nossa participação no mercado brasileiro.

Revista Pet Food – No início houve alguma resistência por parte do mercado brasileiro em adquirir máquinas chinesas?Widmann – Todo início, seja qual for o negócio, há dificuldades. Em 2006, a resistência do empresário brasileiro ainda era muito grande em relação à tecnologia e produtos chineses e não poderia ser diferente, em busca apenas do melhor preço havia

Por: Lia Freire

entrado no país, principalmente em setores como o têxtil e de brinquedos, produtos de baixa qualidade. Precisávamos fazer um trabalho de convencimento e comprovar o que estávamos afirmando. Graças a um intenso trabalho conseguimos ultrapassar essa dificuldade e mostrar que a Muyang é uma empresa séria e que preza pela qualidade. Não é aventureira, que veio para ficar 3 ou 4 anos, mas deseja consolidar-se e fincar raízes por aqui. Hoje já temos mais de 100 clientes no Brasil, que são as nossas melhores referências, atestando a nossa qualidade e seriedade.

Revista Pet Food – Como define a atuação da WIDI e Muyang no país?Widmann – Não atuamos apenas como vendedores de máquinas e equipamentos, o nosso objetivo é trabalhar para que os clientes estejam plenamente satisfeitos, oferecendo-lhes todo o suporte necessário,

para tanto, as equipes da WIDI (no Brasil) e da Muyang (na China) trabalham em conjunto durante toda a realização dos negócios, que inclui desde as vendas, passando pelos projetos de engenharia, chegando à parte técnica de instalação, que reúne montagem e supervisão das plantas - fase em que já entramos na prestação de serviço e tem ainda os treinamentos aos clientes, a assistência técnica e a manutenção preventiva. A WIDI também está atuando no Brasil, com o seu escritório em São Paulo, como o fornecedor de peças de reposição da Muyang. Disponibilizamos as principais peças, tudo em pronta-entrega. Além

Ao centro, Stefan Widmann, da WIDI, com executivos da Muyang, durante a participação na Expo Pet Food, realizada em março de 2011.

Page 14: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

26 27

disso, algumas que são consideradas estratégicas, que podem inclusive fazer uma máquina parar de funcionar, são fabricadas aqui no Brasil, em parceria com fabricantes nacionais, a fim de agilizarmos e termos ainda mais eficácia em nosso atendimento.Num futuro próximo será implementado, no Brasil, o Centro de Distribuição de peças de reposição da Muyang, atendendo toda a América do Sul.

Revista Pet Food – Com relação às tecnologias oferecidas pela Muyang, quais são os diferenciais? Widmann – Cada vez mais as rações são produzidas a partir de matérias-primas alternativas, em menos tempo e com menor custo operacional, seguindo os conceitos da instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e das Boas Práticas de Fabricação (BPF’s). Ou seja, os desafios são grandes, no Brasil temos um mercado tecnológico maduro, mas temos o compromisso de ajudar os nossos clientes a chegarem nos melhores resultados, para tanto, a Muyang investe continuamente em novas e melhores tecnologias, muitas delas ainda desconhecidas no Brasil. Jamais iremos “empurrar” uma tecnologia para os nossos clientes, mas não podemos e nem faz parte da nossa postura empresarial deixar de apresentar-lhes as novidades e tendências. E tem o caminho inverso também: nós da WIDI “traduzimos” as necessidades dos clientes brasileiros para que sejam desenvolvidas tecnologias e máquinas adequadas para eles.

Revista Pet Food – Qual a representatividade do segmento pet food para os negócios da WIDI - Muyang, no Brasil?Widmann – Para nós ainda é pequeno este segmento e para o Grupo Muyang representa 15% dos negócios totais gerados no Brasil. Na realidade, só começamos a atuar mais fortemente neste setor há cerca de 2 anos e hoje contabilizamos cerca de 15 clientes, dentre eles, Kowalski, Anhambi, Alisul-Supra, Nutron, Poli-Nutri, BRF, Magrif-Seara etc. Portanto, ainda temos um longo e promissor caminho a ser explorado, principalmente quando olhamos para o mercado de aquacultura, que eu acredito ainda vai crescer muito no Brasil. Desejamos expandir a nossa atuação, mas sem perder o nosso foco que é a plena satisfação do cliente.

Revista Pet Food – Existe a possibilidade de erguer uma planta industrial da Muyang no Brasil?Widmann – Sim, certamente há a pretensão de fábrica no país, para atender não só o Brasil, como toda a América Latina, mas é algo para 2015. Primeiramente é necessário que haja uma demanda continua e consolidada, por enquanto, importar os equipamentos da China é muito mais vantajoso para os nossos negócios, como para os clientes. Já vivemos na atualidade parcerias com empresas nacionais do setor, que agregam fornecimentos nacionais, quando se faz necessário.

Revista Pet Food – Quais as expectativas da WIDI e Muyang no mercado brasileiro?Widmann – Há mais de 50 anos ouvimos falar que o Brasil é o país do futuro e sinceramente acreditamos nisso. Desde 1998, com a estabilidade econômica muita coisa mudou e para melhor...o futuro realmente chegou. Todas as grandes companhias, independente do ramo de atuação, desejam estar aqui, não foi diferente com a Muyang. Desde que a WIDI iniciou a sua atuação vem obtendo ótimo crescimento e acreditamos em nova ascensão. O Brasil já ocupa o primeiro lugar em exportação de carne de frango e bovina e o quinto em suína, o que apenas confirma o que acreditamos, ou seja, o potencial é promissor no segmento brasileiro de alimentação animal. Como atendemos todos os tipos de fábricas de ração animal, ainda há nichos que desejamos explorar ainda no Brasil, como por exemplo, a aquacultura.

Entrevista

Page 15: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

28 29Informe Técnico

á é bastante conhecida a importância da realização de testes

de palatabilidade em painéis experts, no qual se consegue obter

um ambiente bastante controlado, animais treinados e capazes de

identificar diferenças não óbvias.

Já os “painéis in home” são importantes uma vez que possibilitam

entender a relação do pet com seu dono, além da preferência do próprio

dono frente aos alimentos testados.

Tendo como ambiente a própria casa dos participantes, numa

situação próxima à situação real de apresentação dos alimentos pets, é

possível se aplicar uma metodologia de teste de palatabilidade adaptada,

a qual complementa as informações obtidas em painéis experts.

Metodologia esta que leva em consideração a influência exercida pelo

dono no exato momento em que se oferecem os produtos.

Podemos aplicar tanto a metodologia de apresentação de um único

alimento (testemonadic) como de dois alimentos ao mesmo tempo

(testeversus), ou ainda mesclar as duas em um teste mais complexo.

A grande vantagem de um teste versus é a obtenção de dados reais

de comparação entre dois produtos, possibilitando, por exemplo,

classificar produtos do mais palatável ao menos palatável.

Sabendo-se que existem muitas influências externas, a escolha

certa da metodologia e do questionário é de extrema importância para

que se obtenha uma interpretação correta do resultado. Perguntas

fechadas devem ser aplicadas de forma a se obter dados para uma

análise estatística e perguntas abertas permitem, numa análise mais

subjetiva, obter informações importantes de opinião e posicionamento

dos participantes.

A realização de um treinamento prévio e as instruções impressas tem

um papel importante na realização de um teste in home, e ainda assim,

JTeste de Palatabilidade In Home

é fundamental que o número de animais seja alto o suficiente, pois

se considera a possibilidade de um percentual de erro por parte dos

participantes. Neste caso, nos deparamos com outro ponto importante

a ser considerado: o tempo disponível e o custo. Ambos relacionados

com a logística do teste.

Além da definição do número de animais é essencial saber

exatamente o mercado que se quer compreender e a escolha dos

participantes deve refletir este mercado. Os animais devem ser

atestados saudáveis por médicos veterinários, devem ser alimentados

sem a presença de outros animais e devem estar habituados a comer o

tipo de produto oferecido. A partir do momento que se tem um grande

cadastro de possíveis participantes com um banco de dados completo, o

controle de qualidade e a confiança do resultado se tornam muito maior.

A aplicação de testes de qualidade também é relevante no processo

contínuo de recrutamento.

O cálculo da quantidade oferecida individualmente é bastante

importante, não apenas para a metodologia, mas também de modo a

evitar o excesso de alimentação. No caso de um teste versus, em que se

deve oferecer o dobro do volume do alimento, o dono deve ser treinado

e capaz de retirar as tigelas quando o consumo estiver na metade.

Como se pode perceber são muitos os aspectos a serem considerados,

se tratando de um teste bastante complexo e que exige foco e

experiência de quem o está aplicando. A realização errônea do teste ou

a interpretação mal feita pode levar a uma conclusão completamente

contrária a real, desperdiçando todo o investimento. Por outro

lado, a realização bem sucedida de um teste, com uma interpretação

realizada por profissionais experientes, seguramente trata informações

relevantes sobre a preferência dos pets e seus donos.

Page 16: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

30 31

Tempo de mudançasna indústria de

alimentos para pássarosDieta de pássaros tem evoluído ao longo dos anos e a indústria tem se esforçado para acompanhar o ritmo

a última década, a indústria de alimentos

para pássaros vem passando por grandes modificações

conceituais, e, à semelhança da indústria de alimentos

comerciais para cães e gatos, também enfrenta resistências

na quebra de paradigmas. O maior deles é a prática de

alimentação baseada em sementes, como tentativa de

reproduzir seus hábitos na natureza.

Entretanto, uma alimentação composta somente por

sementes pode provocar uma série de distúrbios carenciais.

Como exemplo, os níveis protéicos da maioria das sementes

podem ser suficientes para suportar as necessidades

de manutenção de um pássaro adulto, fora do período

reprodutivo ou muda, mas não são capazes de satisfazer

as exigências nas fases de crescimento, postura, etc.

Paralelamente, como os pássaros comem maior quantidade

de sementes na natureza, devido ao maior gasto energético

em vida livre, eles absorvem uma quantidade de nutrientes

dessas sementes maior do que em cativeiro onde o consumo

delas é menor.

Além disso, como as sementes fornecidas por nós foram

cultivadas, processadas, armazenadas e transportadas,

possuem grandes quantidades de fungos, bactérias e

produtos alergênicos e, portanto, geralmente estão

envolvidas, direta ou indiretamente, na maioria dos

problemas de saúde das aves de gaiola. Existe, ainda, o risco

de estarem contaminadas por agrotóxicos. Todos esses

fatores podem provocar o óbito, afetar órgãos como fígado

e rins ou debilitar a resistência das aves a outras doenças.

O uso contínuo e exagerado de sementes de má qualidade

acaba levando os criadores a usarem grandes quantidades

de antibióticos e outros produtos químicos com sérias

conseqüências de curto e longo prazo sobre as aves. Deve-

se enfatizar que na prática é inviável ao criador atestar a

qualidade das sementes pois a observação visual está longe

de ser suficiente.

A alimentação dos animais de companhia, mais

especificamente, cães e gatos, também passou por uma

evolução visível nas últimas décadas. Na década de oitenta,

a maioria destes carnívoros ainda era alimentada com os

restos de comida e poucas indústrias de rações existiam

no Brasil. A evolução dos hábitos em favor dos alimentos

industriais está associada a um conjunto de fatores cada

vez mais difundidos: alimentação sadia, equilibrada e com

grande variedade de produtos disponíveis no mercado e,

principalmente, a praticidade. Entretanto, o crescimento

deste segmento foi gradativo, devido principalmente

a relutância dos proprietários em oferecer somente

alimento comercial a seus animais. É evidente que animais

acostumados à alimentação caseira, composta basicamente

de produtos cárnicos, de elevada palatabilidade,

NEm Foco 1

apresentaram problemas com adaptações. Além disso, o

pequeno volume de ingestão dos alimentos comerciais,

quando comparados aos alimentos caseiros, com alto teor

de umidade, criaram o falso conceito de que os animais

diminuíam o consumo drasticamente, o que, na verdade,

não ocorria. Atualmente os paradigmas foram rompidos

e sabe-se que, embora carnívoros selvagens alimentem-se

com monodietas cárnicas, estas não são adequadas sanitária

e nutricionalmente para nossos carnívoros domésticos.

Fato semelhante está ocorrendo atualmente com

alimentos extrusados para pássaros. Existe uma grande

resistência dos proprietários que insistem no tradicional

modelo de criação baseado em sementes, complementos

diversos e uso considerável de medicamentos. Paralelamente,

existe uma inclinação a acreditar que o alimento ideal é

aquele em que o pássaro consome em grande quantidade.

Assim, despreza-se o fato de que (como ocorre com todos

os animais superiores) nem sempre o alimento de melhor

paladar é aquele que oferece melhor nutrição. Mais ainda,

alimentos pouco energéticos ou de baixa digestibilidade,

certamente levam a um maior consumo pela ave, fato bem

conhecido entre os proprietários de cães que, após alguns

anos, aprenderam a diferenciar e valorizar as rações

SUPER PREMIUM em detrimento das rações de linhas

econômicas.

A extrusão consiste em submeter o alimento a variações

de pressão abruptas, elevando a pressão interna do alimento

e diminuindo a externa, o que causaria uma expansão da

matéria. A tecnologia de expansão leva a considerável

melhoria do valor energético do alimento ao intensificar

a digestibilidade do alimento. Além disso, eliminam

microorganismos patogênicos como bactérias, fungos, etc.

(a diminuição de bactérias patogênicas, mofos e fungos pode

chegar a zero com a combinação de temperatura, pressão e

umidade nas extrusoras) e reduzem os níveis de substâncias

inibidoras de crescimento e outros fatores antinutricionais,

desde que termolábeis. Os extrusados possuem maior

densidade nutricional (mais altos teores energéticos,

protéicos, de minerais e vitaminas) e flexibilidade da

utilização como dieta única ou como base majoritária de

uma dieta múltipla, com ração, sementes e frutas.

Além da extrusão como um fator que agrega

qualidade ao produto, os alimentos completos balanceados

normalmente vêm acrescidos de vários nutrientes

funcionais tais como fibras solúveis, probióticos, prebióticos

(frutooligossacarídeos e mananoligossacarídeos), ácidos

graxos poliinsaturados, enzimas exógenas (lípases,

proteases, amilases), adsorventes de micotoxinas e minerais

quelatados. Outro fator importante é a homogeneidade

dos alimentos extrusados que impossibilita que as aves

possam escolher os ingredientes com conseqüente

desbalanceamento da alimentação.

Esses alimentos estão cada vez mais comuns na

Europa e EUA, com tendência de dominar o mercado. A

desvantagem dos mesmos está no tempo necessário para

que a ave se acostume a consumí-la. Isto porque, como

toda introdução de novos alimentos, torna-se necessária

uma adaptação, respeitando-se o período necessário para

adaptação enzimática do trato gastrintestinal, permitindo

também que a ave se acostume à apresentação do novo

alimento. A troca abrupta e total das sementes pelo

alimento completo balanceado pode levar a distúrbios

digestivos e a inanição, em aves mais resistentes ao novo

alimento. As sementes podem, inclusive, ser mantidas, em

pequenas quantidades, de modo a proporcionar uma terapia

ocupacional aos pássaros.

Fonte: www.pegmag,uol.com.br - acesso 21/07

Page 17: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

32 33Em Foco 2

Profissionalizar-se em Vendas

Avenida Marcelino Pires, 8555Jardim São Francisco

Cep: 79826-300 / Dourados - MS

Fone: (67) 2108-5900www.inflex.ind.br

Embalagens em Monocamada

Filmes Coextrusados

Laminados Solvent Less

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

INFLEX 1-2.pdf 1 22/11/10 16:31

m vendas, temos inúmeros entraves que acabam

dificultando o sucesso das pessoas e que parece ser comum

a essa categoria de profissionais. Claro que não estamos

falando que todos os que trabalham com vendas possuem

os mesmos problemas e as mesmas dificuldade. Nos

referimos a média ou a grande maioria dos vendedores.

Porém, não podemos esquecer que temos excelentes

profissionais no mercado e esses tem sucesso garantido.

Basicamente as principais dificuldades que os

vendedores enfrentam são:

• Falta de motivação;

• Falta de ousadia;

• Falta de criatividade;

• Falta de planejamento;

• Falta de conhecimento do produto.

Elencamos aqui essas cinco dificuldades, que após

estudos regionais, chegamos a conclusão de que é isso

o que mais falta as pessoas envolvidas em vendas; desde

balconistas, televendas, vendedores externos, vendedores

internos e até supervisores / gerentes de vendas.

Como superar essas dificuldades? Esse tem que ser

nosso foco. Não podemos focar somente “o problema”,

temos que colocar mais energia na “solução do problema”,

esse é o grande desafio de Diretores, Gerentes e

Supervisores de Vendas.

Motivação: Como tornar um vendedor desmotivado em

motivado? Essa é uma tarefa difícil e que não há uma

“receita”. Precisamos saber o que motiva essa pessoa e o que

desmotiva ela. Primeiro temos que “estancar” os motivos

da desmotivação e isso deve ser pesquisado junto a esse

profissional com diálogo. A empresa precisa tentar sanar

esses fatores de desmotivação, assim como o profissional

também precisa fazer sua parte, procurar evitar os

fatores de desmotivação. Posteriormente, vamos buscar

o que motiva esse profissional e geralmente chegamos

aos seguintes itens: Remuneração, reconhecimento

profissional, família e realização de sonhos pessoais.

Mas como chegar a essa remuneração motivadora se

sou desmotivado? Desmotivado não vende. Quem vocês

acham que vende mais, o motivado ou inteligente? Sempre

o motivado vende mais ! Inteligência não garante vendas...

Não vendemos porque somos desmotivados ou somos

desmotivados porque não vendemos?

Ousadia : Como fazer uma pessoa se tornar Ousada? Isso

é uma coisa que precisa vir de dentro, tem que estar no sangue da

pessoa, mas pode também ser treinada. Podemos tornar uma pessoa

ousada com auxilio da empresa , de seus superiores, com treinamentos.

Portanto injete em sua equipe a “ousadia”. Quem é ousado, vende muito...

Criatividade: Como ser criativo? Bom, essa nem deveríamos tentar

responder, porque há inúmeros meios de ser criativo. É o assunto

mais possível em vendas, basta usar a inteligência, ser uma pessoa

que estuda os clientes e seus produtos, depois de conhecer o mercado,

os clientes, a empresa para quem trabalha e os produtos. Aí é só soltar

a criatividade. Incentive sua equipe a ser criativa, faça com que todos

participem de uma tempestade de idéia e coloque no papel: as boas

vocês usam , as besteiras que sempre aparecem, jogue no lixo.

Planejamento: Parece incrível que ainda estamos falando desse

assunto, considerando que não há como ser um profissional de vendas

(ou qualquer profissional), sem planejamento. Mas ocorre muito

nos dias de hoje, vendedores sem planejamento algum, que sequer

sabem o que fará no dia de hoje, quem dirá no decorrer da semana.

Mas de que planejamento estamos falando? Hora é muito simples,

por exemplo: Preciso saber quantos contatos necessito fazer por

dia/semana/mês, para atingir meu objetivo final. Tenho que ter um

relatório detalhado de qual é meu território, quem são meus clientes, o

que compram, como compram, como gostam de pagar. Tenho que ter

claro quais são minhas metas mensais, semanais , diárias. Como vou

contatar meu cliente ou Prospect, com que freqüência, o que vou falar,

como vou abordá-lo, enfim, dá para enumerar muita coisa, mas o que

é fundamental é ter objetivos claros. Saber exatamente o que estou

fazendo e onde quero chegar.

Conhecimento do Produto: Bom, se você é da área de vendas e não

conhece o produto, a empresa e seus concorrentes, nem tente iniciar

uma venda, será um fracasso.

Como poderei vender, sem conhecer a fundo o que estou vendendo,

para quem estou vendendo, quais os atributos desse produto, quais

seus defeitos e o que pode proporcionar ao meu cliente? Temos que

ser profundos conhecedores de nossa empresa e de nossos produtos.

Claro que temos que ser completos como vendedores, para

alcançarmos o nosso sucesso. No entanto, se tivermos algumas

qualidades e sermos organizados o suficiente para a realização de um

bom trabalho, com certeza poderemos ser vencedores nessa profissão,

que aliás, a meu ver, é a profissão mais importante de qualquer empresa

independente de setor e de tamanho da mesma, pois já imaginou a sua

empresa ou a empresa para quem você trabalha, sem vendas?

Construa em sua vida de vendedor, uma escada imaginária, onde

cada degrau, significa um atributo da profissão, para que aos poucos

você alcance o topo dessa escada e seja um profissional excelente. Mas

suba um degrau de cada vez, senão, poderá tropeçar.

Boas vendas !

Saul Jorge ZeucknerDiretor Comercial Algomix/

Ki-Tal alimentos Ltda

E

Page 18: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

34 35Em Foco 3

2ª edição da Expo Pet Food

êxito obtido na primeira edição do evento,

realizado em março de 2011 em São Paulo, e que

contou com a participação dos principais players

do mercado foi um importante aval para que a feira

entrasse def initivamente para o calendário de eventos

do segmento pet food. Tanto que a edição 2012 já está

confirmada. A organizadora da feira, Editora Stilo,

anuncia a data e local da segunda edição, que acontecerá

entre os dias 08 e 09 de maio de 2012, no Espaço Frei

Caneca de Convenções, em São Paulo (SP).

A nove meses do evento, cerca de 90% dos stands já

estão reservados, tendo um aumento de 15% no número

de expositores.

A 2ª Expo Pet Food acontece juntamente com a 7ª

Fenagra – feira que reúne empresas do setor de graxaria

e os responsáveis por fornecer matérias-primas para

a indústria de ração animal, cosméticos, produtos de

higiene e limpeza, para o mercado de combustíveis

alternativos, entre outros.

Novamente, em paralelo às feiras serão promovidos

Congressos e Simpósios, ressaltando o caráter técnico

do evento. O 11º Congresso Internacional de Graxarias,

do SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores e

Beneficiadores de SubProdutos de Origem Animal –

terá o apoio e a colaboração na edição 2012, da ABRA

- Associação de Reciclagem Animal. Mais uma vez,

o evento se destaca pelo seu alcance internacional,

reunindo empresas de países como: Itália, Argentina,

Chile, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Peru,

Venezuela e USA. Também serão realizados o IV

Congresso e XI Simpósio sobre Nutrição de Animais

de Estimação, estes dois últimos de responsabilidade do

CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal - que

abordarão as últimas tendências do setor pet food.

O caráter técnico das feiras, a qualif icação dos

visitantes e a união de dois mercados tão complementares

quanto o de pet food e graxaria despontam como

determinantes para o êxito e a consagração dos eventos.

Mais informações poderão ser obtidas através do

site: www.editorastilo.com.br

O

Page 19: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

36 37

bactérias patogênicas E toxigênicas 1. introdução

A comercialização de alimentos para pets no

Brasil vem sendo impulsionada pelo apelo comercial

das empresas produtoras e sof isticação dos padrões de

consumo dos proprietários, onde há maior procura de

Segurança na qualidade de alimentos para petsContaminantes Biológicos

parte 13

Segurança Alimentar

alimentos saudáveis, equilibrados e práticos para seus

pets.

Composições diversif icadas são encontradas nas

formulações para alimentos comerciais tais como:

carnes (bovina, suína, pescado), vegetais (cereais,

leguminosas, nozes) e seus subprodutos, além de

gorduras e complementos (vitaminas, minerais).

Com essa diversidade de composição os produtos

alimentícios e as matérias primas podem carrear

diversos contaminantes. A contaminação bacteriana

pode ser causada pela manipulação inadequada do

alimento ou pela utilização de matéria prima de baixa

qualidade.

As bactérias, pela sua diversidade e patogenia,

constituem o grupo microbiano (seguidas pelos

fungos) mais associado à contaminação de alimentos e

transmissão de doenças a animais. Contudo, cada vez

mais se tem reduzido os casos de doenças de origem

bacteriana transmitida através da ingestão de alimentos

contaminados. Tal fato se deve à crescente melhoria

das condições higiênico-sanitárias, à utilização de

programas de controle de qualidade microbiológica

mais sistemáticos e ef icazes nas fábricas de alimentos

3. bactérias E toxinas patogênicas

Os riscos de contaminação biológica em alimentos

destinados a animais São sérios e a presença dessas

para pets, e à existência de processos mais seguros

utilizados durante o processamento, transporte,

armazenamento e distribuição de pet food.

2. principais bactérias prEsEntEs Em pEt food

Várias são as bactérias que podem proliferar

contaminando os alimentos para pets e desencadear

patologias. As principais são: Salmonella spp.,

Clostridium (C. perfringens e C. botulinum),

Cambylobacter spp., Escherichia (E. coli), Bacillus

(B. cereus e Staphylococcus (S. aureus) (Tabela 1).

Os alimentos que são substratos adequados para seu

crescimento em pet food são, principalmente, os de

origem animal, tanto os oferecidos in natura (crus)

quanto os adicionados, como ingredientes (secos ou

úmidos) nos processados.

Tabela 1. Principais microrganismos e toxinas que podem contaminar alimentos para pets

Temperatura (%)Crescimento

7

15 a 50

NA

NA

NA

NA

NA

Destruição> 7

>50

NA

= de cocção/ pasteurização

> de cocção

60

126

NA

Toxinas

Toxina α & enterotoxina

Toxina β

Botulinica

Enterotoxina diareica

Enterotoxina emética

Bactérias e toxinas patogênicas

Salmonella spp.

Clostridium perfringens

botulinum

Campylobacter spp.

Escherichia coli

Bacillus cereus

Staphylococcus

Tipo A

Tipo C

Patogenia Intestinal

Patogenia Intestinal

bactérias podem desencadear quadros graves de

infecção. Por outro lado, a presença de determinadas

bactérias tais como o Staphycoccus aureus, pode ser

Page 20: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

38 39

Inúmeros estudos relatam que os principais fatores

responsáveis por casos ou surtos de toxinfecção

alimentar estão no manuseio incorreto dos alimentos

desde a (a) seleção e manipulação dos ingredientes, (b)

no processamento (falta de higiene dos equipamentos,

tratamento térmico insuficiente ou incorreto) até a sua

estocagem. A Tabela 1 apresenta as principais bactérias

que podem apresentar problemas de contaminação

em alimentos para pets, bem como as que produzem

toxinas. Detalhes de cada bactéria contaminante estão

citados a seguir.

3.1 Salmonella spp

A Salmonella spp. é uma bactéria entérica,

freqüentemente associada a enfermidades transmitidas

por alimentos e pode infectar tanto animais quanto

humanos.

A infecção nos animais ocorre predominantemente

pelo consumo de alimentos e água contaminados, sendo

que as formas mais comuns de transmissão são produtos

de origem animal, (ovos, carnes e seus subprodutos)

contaminados. Um estudo realizado por Mark e Kather

(2003) relataram detecção dessa bactéria em rações

destinadas a cães. Essa contaminação pode ter sido

Sinais clínicos / sintomas: em cães, os casos de

salmonelose normalmente desenvolvem infecções

assintomáticas, onde o número de animais infectados é

muito mais elevado que a incidência da doença clínica.

Infecções por Salmonella com apresentação de sinais

clínicos são mais freqüentes em f ilhotes de cães e gatos.

Essa susceptibilidade dos animais jovens à salmonelose

provavelmente está relacionada com: (a) a imaturidade

do sistema imune nesta faixa etária; (b) ao declínio da

imunidade passiva adquirida pelo colostro; (c) bem como

a co-infecção com outros enteropatógenos, que podem

maximizar os efeitos entéricos do gênero Salmonella

em animais jovens.

Devido ao fato de grande parte dos animais

infectados com Salmonella não apresentarem sinais

clínicos da doença, é possível que vários surtos tenham

acontecido sem ter diagnóstico f inal de salmonelose.

Esse fato é de interesse da saúde pública, já que os cães

podem ser responsáveis pela contaminação de humanos.

3.2 Clostridium perfringens

O Clostridium perfringens (Figura 3) é um bacilo

anaeróbio que está disseminado no ambiente, habitando

o solo, a matéria orgânica em decomposição e o

intestino de animais e humanos. Este microrganimo

é considerado um agente patogênico e importante

causador de doenças entéricas em animais domésticos.

É responsável por vários quadros clínicos como

diarréias, enterotoxemia, gangrena gasosa e enterite

hemorrágica. A produção de toxinas por C. perfringens

é um dos aspectos mais importantes na patogenia das

Figura 2. Rações destinadas a cães que quando compostas por insumos de origem animal (farinha de leite / carne / ossos / sangue) podem ser mais propicias ao desenvolvimento de Salmonella.

Figura 3. Cultura da bactéria Clostridium perfringens encontrada em alimentos destinados a animais de estimação.

doenças causadas por essa bactéria.

Diversos trabalhos na literatura têm relatado a

presença dessas bactérias patogênicas no pet food,

matérias primas utilizadas na fabricação da mesma

e na água. As altas freqüências e contagens de C.

perfringens verif icadas nas rações e na água podem

estar associadas à falta de higiene geral na manipulação

e armazenamento dos mesmos.

O C. perfringens tipo A é o mais disseminado no

ambiente, sendo encontrado no intestino de animais de

sangue quente. A variedade enterotoxigênica produz

toxina α e enterotoxina, sendo responsável por enterite

e intoxicação alimentar em humanos e gastroenterite

hemorrágica em cães. O C. perfringens tipo C produz

toxinas α e β, sendo responsáveis por casos de enterite

necrótica em humanos, aves domésticas, bovinos,

cães, eqüinos, ovinos e suínos. A enterotoxemia não é

transmissível, no entanto surtos esporádicos podem

ocorrer quando o equilíbrio da microbiota intestinal

é afetado, seja pelo tratamento dos animais com

antibióticos, seja por mudanças bruscas na dieta.

Uma mudança súbita da dieta também favorece o

aparecimento desse agente.

3.3 Campylobacter spp.

A campilobacteriose é uma zoonose de distribuição

mundial, sendo o Campylobacter jejuni e C. coli

mais comumente associados com a doença intestinal.

O Campylobacter spp. é encontrado no ambiente

ou no trato gastrointestinal de animais selvagens,

domésticos e de companhia. Atribui-se como fonte

de infecção o contato direto com animais portadores,

o consumo de água e alimentos de origem animal

contaminados, normalmente a ingestão de carnes cruas

ou mal processadas. O cozimento correto das carnes,

pasteurização de leite, e cloração de água potável são

fundamentais para eliminar a bactéria.

Segurança Alimentar

Figura 1. Fontes de contaminação incluindo bactérias que podem ser encontradas em rações comerciais ou nas dietas alternativas. IQ= igual indicador de qualidade.

utilizada como parâmetro para análise da qualidade

higiênico-sanitária durante o processamento do

alimento industrializado.

O aumento pela procura por dietas alternativas para

os animais de companhia, tais como dietas naturais

(alimentos crus) e domésticas (utilizando ingredientes

e matérias-primas constituintes da alimentação

humana), pode promover doenças e aumentar os riscos

de zoonoses, comprometendo a confiança na Marca do

produto fornecido (Figura 1).

encontrada devido à presença de insumos de origem

animal na composição das rações, como as farinhas de

carne, ossos, peixe, penas, vísceras (Figura 2).

Page 21: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

40 41

Grande parte da contaminação que acomete animais de

companhia está relacionada com a ingestão de rações que em

sua formulação contêm farinha de carne. Estimativas revelam

que cerca de 50% das farinhas encontram-se contaminadas

com E. coli. Isto ocorre devido ao processo de cozimento

não ser suficiente para eliminar as toxinas produzidas pelas

bactérias e, em alimentos comerciais crus destinados a cães e

gatos.

Devido a suas características microbiológicas, esse

patógeno é utilizado como indicador de qualidade higiênico-

sanitária de produtos industrializados. A importância deste

achado está associada à transmissão do agente entre animais

de companhia e humanos suscetíveis (crianças, idosos e

portadores de doenças crônico-degenerativas), aumentando

sua importância para a saúde pública, em particular, pela

possibilidade de causar zoonoses.

3.5 Bacillus cereus enterotoxigênico

Bacillus cereus é uma bactéria amplamente distribuída,

normalmente associada à intoxicação alimentar. Os seus

habitats preferenciais são o ar, o solo, água e diferentes

alimentos. Pode apresentar a forma esporulada, na

qual contamina diversos alimentos e pode sobreviver a

processamentos que envolvam altas temperaturas e métodos

de desidratação, sem destruição da mesma. Por essa razão,

pode ser encontrado em alimento cru, processado ou

industrializado.

O B. cereus já foi isolado de vegetais (arroz, especiarias)

e de produtos de origem animal (carnes, ovos e produtos

lácteos). Alguns desses ingredientes, como arroz e carne, são

utilizados como matéria prima para produção de alimento

industrializado para animais de companhia, principalmente

no caso de alimentos úmidos e secos, como também em

alimento in natura (Figura 6).

O B. cereus destaca-se na indústria alimentícia como

agente causador de toxinfecção alimentar, além de provocar

grandes prejuízos econômicos por ser um potencial

deteriorante de alimentos. Devido à produção de toxinas

Figura 5. Escherichia coli que causa diarreia.

Figura 6. Animal se alimentando com carne crua, uma material prima com grande risco de contaminação por Bacillus cereus.

potencialmente perigosas durante o armazenamento dos

alimentos, tem grande importância em saúde pública.

Intoxicação: o agente é reconhecido como causador de

diarréia e vómito em humanos e animais. Produz dois tipos de

intoxicações, podendo ser uma enterotoxina, como também

uma exotoxina, dependendo da estirpe. A enterotoxina –

toxina diarréica - é termolábel, podendo ser destruída a uma

temperatura de 60º C durante 20 minutos. Normalmente

ocorre pela ingestão dos esporos e células, sendo responsável

pela síndrome diarréica, doença provocada pela ingestão de

cepas de B. cereus que, no intestino, produzem as toxinas.

A toxina emética é termo resistente, destruída a uma

temperatura de 126º C durante 90 minutos (Tabela 1).

Apresentam quadro clínico leve e de curta duração.

3.6 Staphylococcus aureus enterotoxigênico

Do gênero Staphylococcus, o S. aureus é o mais

relacionado a casos e a surtos de intoxicação alimentar. Este

microrganismo possui um risco associado a sua presença

em grande número, pois alguns deles têm a capacidade

de produzir, sob determinadas condições, enterotoxinas

termoestáveis.

Alimentos preparados com produtos de origem animal,

como carne de bovinos, caprinos, ovinos, aves, coelhos,

suínos e derivados lácteos, embutidos cárneos e derivados

de pescado, são os mais envolvidos em casos e/ou surtos

de intoxicação alimentar. Portanto, a pesquisa de S. aureus

nesses alimentos e a avaliação de seu potencial em produzir

Figura 4. Cultura bacteriana de Campylobacter isolado de alimento destinado a cães e gatos.

3.4 Escherichia coli patogênica intestinal

As cepas de Escherichia coli (Figura 5) são

agrupadas em três grandes categorias: comensais,

patogênicas intestinais e patogênicas extra intestinais,

podendo causar infecções do trato urinário, meningite

e gastroenterite. Em decorrência dos sof isticados

mecanismos de virulência, as cepas patogênicas são

responsáveis por signif icativas afecções clínicas em

animais e humanos e, em algumas condições, podem

assumir caráter zoonótico. E. coli tem sido isolada a

partir de amostras de solo, água e também do trato

gastrintestinal de animais domésticos.

Campylobacter spp. já foi isolado de ração animal,

como silagem, cereais, alimentos secos ou outros

compostos (Figura 4). O C. jejuni causa enterite em

animais jovens, incluindo cães e gatos, especialmente

animais jovens. A enterite nos animais está associada

com fezes amolecidas ou aquosas, acompanhadas de

muco e sangue. Sob condições naturais, a maioria dos

animais adquire o agente quando jovem, cursando com

quadro assintomático da doença.

Enterites por Campylobacter spp. têm sido

reportadas em humanos que tiveram contato com

animais de estimação, principalmente f ilhotes de

cães e gatos que apresentavam diarréia. Desta forma

animais de companhia têm demonstrado atuar

mais freqüentemente na cadeia de transmissão das

campilobacterioses intestinais do que alguns alimentos

de origem animal. Em estudo realizado no Chile

por Fernández e Martin (1991), Campylobacter spp.

foram isoladas em 91 (42,5%) dos cães estudados,

demonstrando a grande incidência do agente em

animais de estimação.

Segurança Alimentar

Page 22: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

42 43

VENDA:• Farinha de Carne e Ossos de Baixa e Alta Proteína

• Sebo Industrial Bruto • Sebo Industrial Branqueado

• Garantia de Peróxido Zero e Granulometria MÁX 2mm

Nosso constante desafio é produzir com garantia de qualidade

Nosso constante desafio é produzir com garantia de qualidade

[email protected]

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Fribom 1-2.pdf 1 05/08/11 17:41

enterotoxinas são fatores extremamente importantes na

investigação epidemiológica e em análises de risco para essa

doença.

A presença dessa bactéria e/ou enterotoxinas em

alimentos processados normalmente é um indicativo da

sanitização insuficiente dos equipamentos e/ou manipulação

incorreta da matéria prima, ingredientes e produto final.

4. prEvEnção

O conhecimento correto das características metabólicas

e fisiológicas das bactérias permite o uso de técnicas

adequadas de processamento e conservação dos alimentos

que, ao destruírem, inibirem ou evitarem seu crescimento,

garantem uma qualidade microbiológica aceitável e maior

segurança do alimento para animais de estimação.

Temperatura:

A temperatura de conservação (matérias primas de

origem animal e rações úmidas ) influencia de forma decisiva

o crescimento da atividade bacteriana nesses alimentos: o (a)

C. perfringens pode crescer num intervalo de temperatura

de 15 a 50ºC, sendo, portanto a conservação de alimentos

a temperaturas de refrigeração suficiente para inibir o

crescimento dessa espécie causadora de infecções alimentares;

já as espécies do gênero (b) Salmonella, possuem uma

temperatura mínima de crescimento de 7ºC, o que significa

valor superior às temperaturas na refrigeração comercial,

contudo, o mesmo poderá não acontecer na refrigeração

doméstica pela dificuldade de controlar sua temperatura

podendo não impedir o crescimento de Salmonella spp.;

quanto ao (c) S. aureus e algumas estirpes de C. botulinum

não crescem a temperaturas inferiores a 10º C (exceção: C.

botolinum tipo E pode crescer a 4º C).

Temperatura de processamento: o efeito da temperatura

durante o processamento reduz / destrói a carga bacteriana

contudo, vários fatores vão influenciar a eficiência desse

processo (umidade, temperatura, pressão, Tipo & composição

dos ingredientes). (a) Rações secas (dry foods): as rações

secas passam por um processo de extrusão o qual utiliza uma

combinação de vapor, pressão e temperatura para cozinhar os

alimentos rapidamente. Esse processo coloca os ingredientes

à uma temperatura que varia de 100 a 200°C e pressão de

34 a 37 atm, que são suficientes para alcançar efetivamente

um processo de esterilização de alimentos que atenda os

padrões da indústria de pet food. O correto armazenamento

do produto acabado, é a próxima etapa em que se deve tomar

cuidado - controlar as possíveis condições que favorecem

a proliferação e re-infecção - contaminação após extrusão.

Transporte / comercialização: a prática de perfurar os

pacotes tanto, durante o transporte (tirar o ar / facilitar o

formato para armazenamento), nas lojas comerciais (pet

shop, supermercados ou agropecuárias), é imperdoável pois

viabiliza a absorção de umidade, contato com o meio externo,

crescimento de bactérias, e entrada de esporos e fungos

(re- contaminação por manuseio) pelo manuseio. (b) Rações

úmidas (moist foods): as rações úmidas apresentam elevado

teor de água, geralmente em torno de 60 a 87%. Essas rações

passam por um processo que resulta em um produto final

similar aos produtos enlatados para consumo humano. Os

ingredientes cozidos são misturados e acondicionados nas

latas. Em seguida, as latas são fechadas hermeticamente

e expostas a altas temperaturas e pressões (autoclaves),

onde as temperaturas chegam à 121°C para esterilização

dos produtos. Normalmente são mantidos por um período

mínimo de 3 minutos para matar bactérias patogênicas como

o Clostridium botulinum.

Convém enfatizar que as toxinas produzidas e as

bactérias esporuladas são resistentes ao tratamento térmico

e não destruídas por baixas temperaturas, somente as formas

vegetativas são destruídas.

Matéria prima: Outro ponto que deve ser cuidado é

com relação à recontaminação por Salmonella spp e outras

bactérias em farinhas e subprodutos utilizados como matéria-

prima na alimentação animal. Embora, as temperaturas de

processamento de farinhas eliminam grande parte, senão

toda a contaminação bacteriana dos subprodutos, contudo a

recontaminação é algo que tem grande chance de acontecer

devido ao manuseio, transporte e outros fatores do ambiente.

Limpeza de máquinas e outros equipamentos

A importância na limpeza dos equipamentos após o

processamento de pet food, independente se seco ou úmido,

desde que contenha ingredientes de origem animal não

pode ser descartada. Qualquer resíduo (poeira da ração

sendo processada) que permaneça sobre as superfícies dos

equipamentos, bem como no ar/paredes/chão liberado durante

o processamento, poderá ser causa da re-contaminação

das próximas matérias primas a serem adicionadas à

máquina. É crucial também a limpeza interna das máquinas,

principalmente nas rações úmidas. O ambiente que envolve

todas as etapas do processamento deverá ser monitorado.

lEgislação

No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento (MAPA), tem alterado, assim como editado,

diversas portarias e Instruções Normativas no sentido de

disciplinar os diversos segmentos de produção animal, de

ingredientes e fábricas para suplementos e rações animais. A

que trata especificamente das fábricas de rações é a Instrução

Normativa n° 04 de 23 de fevereiro de 2007, que aprova o

regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias

e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos

fabricantes de produtos destinados à alimentação animal e o

roteiro de inspeção para as mesmas.

conclusão

A segurança dos pet food destinados a pets,

especialmente para cães e gatos são de interesse primordial

para os fabricantes. O objetivo das empresas produtoras

de ração animal é proporcionar vida longa e saudável para

animais de companhia, garantindo assim maiores vendas e

lucratividade do setor. Prejuízos na qualidade do produto

pode ter efeito catastrófico sobre os lucros e até mesmo, na

viabilidade da empresa.

Os problemas recentes com a contaminação em pet

food, enquanto que afetam uma pequena percentagem do

consumo comercial de alimentos para animais, tem impacto

relevante sobre a indústria de pet food. Tais experiências

têm reafirmado a necessidade dos fabricantes em dedicar

recursos consideráveis para garantir a qualidade do produto

final, aplicando maior rigor na triagem de ingredientes e

matéria prima utilizados na produção de alimento animal.

Normas reguladoras são fornecidas em vários níveis para

garantir a segurança e adequação dos produtos comerciais.

Além disso, a fabricação e regulamentação de alimentos

para animais de estimação está em contínuo progresso, que

deve resultar em ainda mais veterinários e consumidores

confiantes nos alimentos produzidos comercialmente.

lEitura rEcomEndada Fernandez, H.; Martin, R. Campylobacter intestinal carriage among

stray and pet dogs. Rev. Saúde Pública [online]. 1991, vol.25, n.6, pp.

473-475.

Marks, S.L., Kather, E.J. Bacterial-associated diarrhea in the dog:

a critical appraisal. Vet. Clin. North Am. Small Anim. Pract. v.33,

p.1029-1060, 2003.

Scussel, VM; de Souza Koerich; Nones, J. Segurança dos alimentos:

principais contaminantes biológicos presentes em petfood. In: 3º

Congresso Internacional e X Simpósio de Nutrição de Animais de

Estimação-CBNA, 30-31/03, São Paulo, p.43-58, 2011.

No próximo exemplar serão abordadas as ficotoxinas

que contaminam peixes, mariscos, ostras e outros frutos do

mar utilizados como ingredientes na elaboração de diversos

produtos para pet food.

Profa. PhD Vildes M Scussel, MSc Karina Koerich de Souza, Janaina Nones, Karina M Tonon, Daniel Manfio.Laboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO, www.labmico.ufsc.br Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil.

Segurança Alimentar

Page 23: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

44 45

Processo de Extrusãolipídeos

CLAUDIO MATHIASANDRITZ FEED & BIOFUEL

EXTRUSION DIVISION [email protected]

[email protected]

Pet Food Online

Continuação na próxima edição

s gorduras e óleos fornecem ao processo de

extrusão lubrificação e plasticidade e quando presente em

níveis superiores a 7% começam a enfraquecer a massa e

reduz a expansão e o desenvolvimento da textura.

Não somente os níveis de gorduras e óleos, mas

também a fonte da gordura e o local de incorporação

no processo terão um efeito sobre a taxa de expansão

durante o processo de extrusão. As gorduras internas

fornecidas como componente de um determinado

ingrediente tendem a ter menos efeito sobre a expansão

do que as gorduras adicionadas em sua forma “pura”

ou quase pura. Por exemplo, uma formula com 15%

de gordura, onde a gordura é fornecida através de

gordura total, a canola como um exemplo, utilizada

com componente da formulação tem menos efeito

sobre a expansão do que a utilização de óleo de canola

puro adicionado para garantir o mesmo nível f inal de

gordura no produto.

O aquecimento das fontes de gordura numa faixa

de 40 – 60°C antes da adição na massa irá minimizar

alterações de viscosidade, auxiliando no cozimento do

produto e diminuindo o efeito negativo na expansão.

As fontes de gordura utilizadas em alimentos

para animais de estimação, grandes animais e em

aqüicultura incluem na sua maioria gorduras e óleos de

origem animal tais como o sebo bovino, banha suína,

óleo de frango e ainda óleos de origem marinha e óleos

vegetais.

A seleção de gorduras de alto ponto de fusão, tal como

o sebo bovino, para o processo de recobrimento do

pelete extrusado deve ser considerada para minimizar

a migração de gordura através da embalagem no ponto

de venda. Monoglicerídeos e emulsif icantes (tal como a

lecitina) adicionados a níveis de 0.5 – 1.0% também irão

ajudar a reduzir a migração de gordura, embora o seu

modo de ação seja similar ao dos lipídeos eles tendem a

se complexar com amiloses e proteínas para reduzir a

pegajosidade de muitos produtos extrusados.

Gordura total na formula extrusada

< 7%

7 – 12%

12 – 17%

>17%

Efeito na qualidade do produto

Pouco ou nenhum efeito

Aumento da densidade

Pellet terá pouca expansão mas ainda

terá durabilidade (resistência mecânica)

Perda de resistência mecânica

fibras A f ibra é composta de celulose, hemi celulose e

lignina. A celulose é uma estrutura de cadeias longas

de glicose, hemi celulose são cadeias de açucares

de cinco e seis e carbonos e a lignina é um polímero

complexo que mantém a estrutura unida (Huber,

1991). O uso de f ibras na extrusão é limitado porque

impede a expansão. As características de expansão

são diretamente inf luenciadas pela pureza da f ibra,

solubilidade e tamanho de partícula. As fontes de f ibra

que contém níveis signif icativos de proteína ou gordura

apresentam baixas propriedades de expansão. Maior

solubilidade e menor tamanho de partícula melhoram

as propriedades de expansão.

Até recentemente, as fibras não têm recebido muita

atenção nas dietas para animais de estimação e para

animais aquáticos. Em dietas para animais aquáticos as

fontes de proteína, que é o maior nutriente requerido,

são muito baixas em fibra e, portanto, a fibra não é um

constituinte importante. A exceção a isto é a inclusão de

certos subprodutos processados de grãos tal como o farelo

de trigo em dietas f lutuantes para bagre. O uso desse

ingrediente em altos níveis (acima de 20%) rompe a matriz

contínua de carboidrato do produto extrusado resultando

em uma textura áspera e na geração excessiva de finos.

continuaçãoA

Page 24: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

46 47Pet Market

Limma JúniorDiretor da Nutridani Alimentos

Meu gato de estimação tem Faceboock

ocês, meus caros leitores, já reparam como as

redes sociais se tornaram moda nos últimos tempos.

Quem nunca ouviu falar em Faceboock? Orkut? Blogs e

af ins? Aposto que a maioria. Todas elas têm um mesmo

objetivo. Aproximar pessoas. Trocar conhecimentos.

Ouvir idéias. E apesar de impessoal, pois não há contato

direto com a pessoa com a qual você se comunica, esse

meio tornou-se um f ilão para as empresas que souberem

aproveitar esse canal.

O faceboock é a rede social mais badalada do

momento. Para quem ainda não o conhece, o serviço

funciona como um mural de recados, onde as pessoas

criam páginas na internet e deixam posts (recados,

avisos) sobre o próprio dia a dia.

Basicamente é um diário virtual onde você conta

para todos sobre o que quiser desde que não ofenda

ou cause prejuízos para ninguém. O serviço é gratuito

para os usuários e gera receita para os fundadores do

negócio através de publicidade no próprio site.

Com a concorrência acirrada e margens apertadas

de lucro todos querem sair na frente. Para tanto, criam-se

formas de se propagar idéias e produtos. O Faceboock e seus

companheiros estão aí justamente para essa finalidade.

Para as empresas antenadas, esse é um dos canais

mais fáceis de ter feedback sobre os seus produtos ou

ações. Basta lançar um produto ou uma ideia e colocar na

rede social. O retorno é imediato. As pessoas sugerem,

criticam e opinam. Contudo, existem formas ef icazes de

fazer publicidade. No decorrer do texto, falarei sobre

essa maneira.

Assim como o SAC (Sistema de Atendimento ao

Cliente), considero esses serviços virtuais uma grande

ferramenta para a elaboração de produtos e serviços.

Dessa forma, a empresa faz um laboratório virtual sobre

V suas ações e tem o retorno para corrigir ou incrementar

o lançamento.

Entrei nessa onda recentemente. Além de uma

página pessoal, criei um perf il para a Nutridani. Ainda

estou me adequando a nova ferramenta. Confesso que

ainda tenho muito para explorar desse meio virtual,

mas tenho certeza que as empresas podem tirar muitas

informações nas redes sociais.

Vale lembrar que a comunicação com os clientes

não pode ser maçante. Não basta dizer que vai fazer um

lançamento e bombardear as pessoas com informações

sobre o produto. Essa não é a forma mais inteligente de

se comunicar na internet.

A comunicação com os internautas precisa ser

concisa e atraente. A empresa precisa sensibilizar, além

causar curiosidade com poucas palavras e imagens. A

internet requer comunicação simples porque as pessoas

que estão acessando a sua página querem ver com

rapidez o que você tem para dizer e, então, continuarem

a navegação na internet.

Uma boa maneira de seduzir o cliente seria criar

listas de discussões pertinentes dentro da página do

Faceboock. Essa ferramenta já é usada para debater os

fatos do cotidiano entre os usuários. Basta trazer para

o meio virtual assuntos que fazem parte do mundo

empresarial, mas de um modo diferente. Um modo que

seja interessante para as pessoas.

A principal meta de todos é trazer o cliente para

o mundo da empresa. Compradores sempre existirão

e tendem a aumentar com o crescimento da economia.

Contudo, trazer essas pessoas para dentro do mundo da

empresa e f idelizar os clientes são os principais desaf ios.

Por sorte, as redes sociais estão aí para resolver esse

problema. Basta saber usá-la.

Page 25: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

48 49

2 – vitaminas As vitaminas são compostos orgânicos essenciais para

as funções normais do organismo e consistem em um grupo

de substâncias heterogêneas, classificadas não por sua

estrutura química, mas sim por suas funções.

A contribuição dos ingredientes nos alimentos para cães

e gatos para o total de vitaminas disponível frequentemente

é desconhecido. Esta situação mais tarde é exacerbada pela

prática comercial de adicionar premix vitamínicos comuns

em várias dietas e negligenciar a contribuição da maioria

dos ingredientes dos alimentos. Efeitos adversos têm

sido observados quando os ingredientes da dieta contêm

naturalmente altos níveis de certas vitaminas. Embora,

diferente de muitos outros nutrientes essenciais, excessos

Caderno Técnico 1

moderados de vitaminas (acima de 10 vezes o requerimento

de muitas vitaminas) não compromete o animal.

As deficiências podem ocorrer devido ao desempenho

intensivo, levando ao aumento das necessidades fisiológicas,

ou a métodos de processamento de alimentos, reduzindo a

atividade das vitaminas.

O excesso (super-dosagens) pode levar a graves

problemas. Um excesso de vitamina D ocorre na prática,

principalmente em gatos alimentados com dietas somente a

base de pescados.

Na nutrição animal, 12 vitaminas (A, D, E, K, tiamina,

riboflavina, niacina, vitamina B6, ácido pantotênico,

biotina, ácido fólico e vitamina B12.) e alguns vitagênios,

como a colina e o inusitol, são muito importantes.

As vitaminas são arbitrariamente divididas

naquelas que são solúveis em lipídeos e naquelas que

são solúveis na água. Enquanto esta subdivisão teve

pequena importância funcional, ela teve relevância na

absorção. Vitaminas lipossolúveis são absorvidas em

uma alimentação rica em lipídeos e frequentemente

estão associadas com eles. Qualquer distúrbio na

absorção normal dos lipídeos tem um impacto negativo

na absorção e captação do trato gastrintestinal das

vitaminas lipossolúveis. Em altas concentrações,

muitas das vitaminas hidrossolúveis são absorvidas por

difusão passiva, mas em baixas concentrações a absorção

freqüentemente ocorre por sistemas de transporte ativo

saturáveis adenosina trifosfatase (ATPase) dependente

se sódio.

A nutrição vitamínica de cães é semelhante àquela da

maioria dos outros mamíferos, e os cães serviram como

modelos para humanos em muitos estudos anteriores

sobre vitaminas. Os cães tiveram um papel importante

na demonstração que a pelagra em humanos era devido à

deficiência de niacina ao invés da hipótese de uma doença

transmissível. Diferente dos cães os gatos possuem um

considerável número de idiossincrasias em suas nutrições

vitamínicas, particularmente no que diz respeito às

vitaminas A, D e niacina.

Estocagem

Excreção

Controle

Intoxicação

Anafilaxia

Funções

Estabilidade

Lipossolúveis

Sim

Lenta (bile)

Rígido (A e D)

Sim (A e D)

Não

Não enzimáticas

Hormonais

Muito baixa

Hidrossolúveis

Quase ausente

Rápida (urina)

Quase ausente

Rara (riboflavina)

Sim (tiamina)

Coenzimáticas

Não hormonais

Variável

TABELA 2 - Diferenças entre vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis.

Adaptada de Nunes (1998).

2.1- fatorEs quE influEnciam a magnitudE da margEm dE sEgurança na avaliação das Exigências vitamínicas para cãEs E gatos.

• Critérios fechados para a determinação de necessidades

mínimas ou ótimas;

• Diferenças individuais (raça, idade, sexo, atividade física,

habilidade para adaptação, habilidade para absorver e

metalizar as vitaminas);

• Condições fisiológicas (crescimento, reprodução, lactação,

etc.);

• Composição dos alimentos (níveis de energia, proteína,

gordura, carboidratos, minerais e vitaminas) e mudanças

nos componentes alimentares (ex.: milho por cevada);

• Qualidade do alimento (presença de ácidos graxos

Premix Mineral e Vitamínico em alimentos comerciais de cães e gatos

Parte 02

Page 26: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

50 51Caderno Técnico 1poliinsaturados, antioxidantes, agentes oxidativos, fatores

de processamento e estocagem);

• Disponibilidade (forma indigestível ou inabsorvível,

presença de antagonistas, drogas);

• Condições de saúde (desordens intestinais, qualquer

estado patológico);

• A magnitude da resposta pode depender também da

composição e qualidade do alimento.

• Se a temperatura e umidade do ar forem extremamente

diferentes das condições de adaptação ambiental para

determinadas espécies, as necessidades de vitaminas podem

ser aumentados.

• Isto ocorre também em condições de estresses, bem como

Vitaminas

A

D

E

Tiamina (B1)

Riboflavina (B2)

Piridoxina (B6)

Niacina

Ácido Fólico

Cobalamina (B12)

Colina

Fatores para consideração

Processamento, conteúdo de lipídeos, fonte

Oxidação, toxidade

Toxidade e nível de cálcio

PUFAs (AG insaturados), selênio

Perda no processamento e estocagem, pH, tempo

de estocagem e temperatura, tiaminases

Luz UV

Nível de proteína na dieta

Triptofano, baixa disponibilidade de fontes vegetais

Perdas processuais

Fontes (animais x vegetais)

Metionina, folato, vitamina B12, disponibilidade, gorduras.

TABELA 3 - Fatores a serem considerados na formulação de alimentos para cães com ingredientes naturais.

Adaptada do NRC (1985).

com a utilização de antibióticos e sulfas na dieta. O mesmo

é verdadeiro no caso de antagonistas e algumas doenças

(No caso de disfunção intestinal ocorre uma diminuição na

absorção de nutrientes e no caso de quadros febris aumenta

o metabolismo, aumentando as necessidades de vitamina B).

• A margem de segurança pode variar de 0 a 100%. A

margem de segurança de 100% é utilizado quando despreza-

se o conteúdo de vitaminas dos alimentos, em caso de

indisponibilidade de algumas vitaminas dietéticas (biotina

no trigo, por exemplo) ou inativação por processamento e

estocagem.

• A utilização de misturas contendo minerais é vitaminas

obriga à elevação de margem de segurança, devido à grande

oxidação e perdas de atividade vitamínica.

Segundo o NRC 2006, as concentrações e quantidades

mínimas propostas para vitaminas estão na forma total

de biodisponibilidade das vitaminas presentes à dieta

(contribuição feita pelos ingredientes naturais e por

premix minerais) no momento do consumo. Devido a

formas naturais de algumas vitaminas apresentar baixa

biodisponibilidade, a quantidade proposta será geralmente

adequada quando a maioria das vitaminas vier de um

premix vitamínico. Entretanto, quando uma vitamina

é fornecida principalmente por um nutriente presente

no alimento, a concentração mínima nas tabelas será

modificada para esclarecer a biodisponibilidade pelo uso de

um fator apropriado.

Diferenças específicas entre cães e gatos também

podem ocorrer e serem relevantes; por exemplo: Embora

a classificação zoológica do lugar de cães e gatos sejam

ambos na Carnívora, somente os cães têm a habilidade de

usar os precursores carotenóides da vitamina A. Turner

(1934) demonstrou que para cães dados 150g de cenouras

frescas em adição à dieta basal tinham concentrações mais

altas de vitamina A em seus fígados e rins que os cães com

a dieta basal dada sozinha e concentrações semelhantes às

dos cães dados a dieta basal com adição de óleo de fígado de

bacalhau. Os gatos são incapazes de converter β-caroteno

ou qualquer outro carotenóide em vitamina A, se eles estão

presentes na dieta ou administrados parenteralmente.

Ferrets, uma outra espécie carnívora relacionada mais

próxima a gatos que cães, utilizam ineficientemente

o β-caroteno como um precursor da vitamina A. O

equivalente retinol do β-caroteno para ferrets é menor que

um quinze avo do retinol do peso basal (NRC 2006)

Cães e gatos têm uma necessidade metabólica, mas

uma necessidade dietética não foi demonstrada quando

dietas naturais são fornecidas. Necessidades adequadas

de vitamina K são provavelmente sintetizadas pelos

microorganismos intestinais. A vitamina K é expressa em

termos do precursor menadiona comercialmente usada que

requer alcalinização para ativar a vitamina K. (NRC 2006).

Vitamina

A

D

E

K

Tiamina

Riboflavina

Niacina

B6

Ácido Pantotênico

Biotina

Folacina

B12

C

Fatores

Estabilidade, eficiência de provitaminas, níveis dietéticos de

nitritos, energia, gordura, proteína, tipo de lipídeos na dieta.

Duração da intensidade solar, forma de vitamina,

níveis e relação cálcio; fósforo

Estabilidade, forma da vitamina, presença de

antioxidantes, antagonistas, níveis dietéticos

de selênio e ácidos graxos poliinsaturados.

Síntese microbiana, disponibilidade, presença de antagonistas,

antibióticos, sulfas, estresses

Estabilidade, níveis dietéticos de carboidratos e enxofre, presença

de tiaminases, drogas (Amprolium), temperatura ambiente.

Estabilidade, níveis dietéticos de energia e proteína, presença

de antibióticos, sulfas e temperatura ambiente.

Disponibilidade no alimento, níveis de triptofano

dietético, temperatura ambiente

Níveis dietéticos de proteína e energia, presença

de antagonistas (farinha de linhaça) e sulfas

Estabilidade, temperatura ambiente, presença

de antibióticos e sulfas

Disponibilidade no alimento, níveis dietéticos

de enxofre, presença de antagonistas.

Presença de antagonistas, antibióticos e sulfas

Níveis dietéticos de cobalto, metionina, folacina e colina

Estabilidade, estresses

TABELA 4 - Alguns fatores que influenciam a margem de segurança na avaliação das necessidades para vitaminas.

Adaptada de Riis (1983).

Page 27: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

52 53

Flávia Maria de Oliveira Borges Saad

Médica Veterinária, MSc., DSc Nutrição Animal

Professora Associada da UFLA – Departamento de Zootecnia

[email protected]

Caderno Técnico 1Para dietas normais que não contenham ovos brancos crus,

a Biotina adequada é provavelmente provida por síntese

microbiológica no intestino. Dietas contendo antibióticos

podem precisar de suplementação (NRC 2006).

3 - pErdas vitaminas durantE o procEssamEnto E o EstoquE dE

alimEntos para cãEs E gatos Em contraste com o efeito relativamente pequeno do

processamento sobre a biodisponibilidade de proteínas,

gorduras, carboidratos e minerais, este tem um efeito

mais acentuado sobre a presença de vitaminas na dieta

final. Isto é particularmente evidente para as vitaminas

adicionadas às dietas puras ou na forma de concentrados.

Embora a intenção do NRC 2006não seja fornecer discutir

a formulação e a manufatura de alimentos comerciais, as

perdas potenciais de vitaminas que ocorrem durante o

processamento e a estocagem devem ser apreciadas.

Dependendo da vitamina, diferentes medidas têm sido

utilizadas para reduzir essas perdas. Mudanças químicas

das vitaminas para transformar-las em compostos mais

estáveis, por exemplo a tiamina mononitrato no lugar da

tiamina livre, esteres (palmitato ou acetato) de retinol e

tocoferol no lugar dos álcoois e ascorbil fosfato no lugar

de ácido ascórbico A incorporação de vitamina em micro

cápsulas é outra técnica para alcançar maior estabilidade

e melhorar a dispersão da vitamina em um alimento.

Normalmente, a vitamina é emulsificada com gelatina.

Amido e glicerol (normalmente com um antioxidante) são

pulverizadas para formar as micro cápsulas que são cobertas

com amido. Mais adiante, um tratamento para formar

micro cápsulas resistente ( normalmente micro cápsulas

com ligação cruzada) permite uma melhor proteção da

vitamina durante o processamento. A ligação cruzada

pode ser induzida provocando uma reação de Maillard ou

através de outros processo químicos. A maioria da vitamina

A utilizada nos EUA é por ligação cruzada e as vitaminas

do complexo B usam spray drying (NRC 2006).

Este processo é freqüentemente utilizado com a

vitamina A. Uma vez que o retinol é muito susceptível

à oxidação, ele não é usado diretamente em alimentos

comerciais para cães e gatos, mas é esterificado para proteger

o grupo hidroxila livre. Um éster (acetato ou palmitato) é

formado para proteção. No procedimento, o éster retinil

(como um óleo) é emulsificado em uma matriz de glicerina

gelatinosa (freqüentemente com adição de antioxidante)

e encapsulado pulverizando a matriz em um processo de

spray dry a frio. Com adição de açúcar à emulsão, ocorre

ligação cruzada com a gelatina, a qual reduz a solubilidade

da cápsula na água e sustenta-a a altas temperaturas e

fricção durante a expansão, secagem e processamento. As

perdas nesses processos estão relacionadas diretamente à

temperatura de expansão e secagem. Perdas potenciais de

vitamina A também ocorrem com a estocagem, sendo que

as formulações com vitamina A devem ter concentrações

adequadas que garantam estas perdas baseado no tempo de

estocagem até o produto ser consumido (NRC 2006).

A inativação de quase todas as vitaminas que ocorre

na preparação de alimentos extrusados e úmidos é

diretamente relacionada a temperatura e duração do

processo e a presença de metais livres.. Perdas na secagem

e processamento (adição de gordura ou digestão do exterior

do produto extrusado seco) são similarmente dependentes

de tempo e temperatura. Durante a estocagem o conteúdo

de umidade, temperatura, pH e íons meatis reativos afetam

a taxa de perda vitamínica.

Minerais em menos formas reativas, como quelatos ou

presentes como óxidos e carbonatos, podem diminuir a perda

de muitas vitaminas, quando comparado a sua presença

como sulfato ou íons metálicos. Ferro, cobre e zinco são

especialmente significativos ao catalisar reações tipo Fanton

e em gerar radicais livres. Componentes da dieta capazes de

neutralizar esses radicais livres reduzem a perda de vitaminas.

Proteção de gordura na dieta contra a peroxidação é

um importante fator na redução de radicais livres da dieta.

Agentes quelantes como o ácido etilenediaminetetracetico

(EDTA) e ácido fosfórico ou antioxidantes sintéticos tais

como os hidroxitolueno e BHTQ adicionado a gordura

reduz a propagação dos radicais livres. O α-tocoferol é

um importante neutralizador de radicais livres in vivo e

outros tocoferóis tem atividades biológicas mais baixas. Em

contraste, em dietas com tocoferóis mistos ( γ e δ) há uma

maior capacidade de neutralização dos radicais livres em

relação ao α-tocoferol (NRC 2006).

Tipicamente, bem como baixas e altas recuperações, as

vitaminas envolvidas na extrusão e processos de secagem

na manufatura de alimentos comerciais para animais

de companhia e perdas na estocagem são sumarizadas

na Tabela 8-3. Informações similares e mais detalhadas

do efeito da temperatura durante a extrusão, secagem

e estocagem também está disponível. A recuperação

das vitaminas nesses processos varia grandemente;

para algumas vitaminas, tais como o ácido nicotínico, a

recuperações são altas, enquanto que para a vitamina A

elas são mais baixas (NRC 2006).

Perdas de vitaminas durante a estocagem de alimentos

extrusados tendem a ser mais altas para as vitaminas

lipossolúveis (vitaminas A e D3 em micro cápsulas com

ligação cruzada cerca de 8 e 4% por mês, respectivamente)

que as vitaminas B cujas perdas são da ordem de 2-4%/

mês. O mononitrato de tiamina e o ácido fólico tem as mais

altas taxas de perda entre as vitaminas B. Dados de perdas

vitamínicas durante a estocagem de alimentos úmidos não

estão revisados na literatura (NRC 2006).

4- considEraçõEs finais Assim como na nutrição de animais de produção, é

muito importante adequar e incorporar as quantidades

exatas de vitaminas e minerais nos alimentos comerciais

para cães e gatos. Isto porque, enquanto humanos tem uma

dieta multivariada, animais de companhia são submetidos a

um regime alimentar com padrões fixos e pouco variados,

recebendo, ao longo de toda sua vida, dietas com muito pouca

variação de ingredientes. Neste caso, além do conhecimento

das necessidades, é importante também conhecer as

interações entre os demais nutrientes da dieta, bem como os

efeitos do processamento, armazenamento etc.

5 – rEfErências bibliográficasAMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS (AAFCO). Nutrient

Profiles for Dogs and Cats. Atlanta: AAFCO Official Publication, 1994.

BORGES, F. M. O., NUNES, I. J. Nutrição e Manejo Alimentar de Cães na

Saúde e na Doença. Cadernos Técnicos da Escola de Veterinária da UFMG,

EV-UFMG, Belo Horizonte N.1 1998, 103p.

CASE, L.P.;CAREY, D.P.; HIRAKAWA, D.A. Nutrição canina e felina:

manual para profissionais. Espanha: harcourt Brace, p.410, 1998.

LOWE, J. A., J. WISEMAN AND D. J. A. COLE. 1994. Absorption and

retention of zinc when administered as an amino-acid chelate in the dog. J.

Nutr. 124:2572s-2574s

LOWE, J. A., J. WISEMAN AND D. J. A. COLE. 1994. Zinc source

influences zinc retention in hair and hair growth in the dog. J. Nutr.

124:2575s-2576s

LOWE, J. Protected minerals, an expensive luxury or a cost-effective

necessity? In: Biotechnology in The Feed Industry. Annual Symposium, 9,

Forma Ativa

Retinol

Colecalciferol

Vitamina E

Vitamina K

Tiamina

Riboflavina

Piridoxina

D-ác. pantotênico

Niacina

Biotina

Ácido fólico

Vitamina C

Luteína

Licopeno

Beta caroteno

Típico

81

65

85

45

45

40

45

56

50

90

80

82

75

85

80

88

90

96

40

72

64

34

Baixo

63

40

75

30

30

10

20

40

30

30

50

70

70

75

64

60

65

85

0

50

40

20

% recuperaçãoapós processamento

Alto

90

80

90

85

85

60

65

75

70

95

85

90

90

95

90

95

95

100

60

80

75

50

Perda estocagem (% mês)

6

30

4

1

1

10

17

11

12

4

4

3

3

2

2

2

<1

<1

37

2

2

2

Forma química

Acetato de retinol

Colecalciferol

Acetato de alfa tocoferil

RRR- alfa tocoferol

Compl. menadiona bissulfito de sódio

Menadiona dicotinamida bissulfito

Menadiona dimetilpirimidinol bissulfito

mononitrato de tiamina

hidrocloreto de tiamina

Riboflavina

hidrocloreto de piridoxina

D-pantotenato de cálcio

ácido nicotínico

biotina

ácido fólico

ascorbil-2-polifosfato

ácido ascórbico

luteína

licopeno

beta-caroteno

Forma do Produto

cross linked beadlet

Beadlet .

spray-dried beadlet

adsorbato

spray-dried beadlet

óleo

extrato cristalino

extrato cristalino

extrato cristalino

extrato cristalino

extrato cristalino

spray-dried beadlet

extrato cristalino

extrato cristalino

extrato cristalino

spray-dried beadlet

spray-dried beadlet

spray-dried beadlet

extrato cristalino

spray-dried beadlet

spray-dried beadlet

Beadlet

TABELA 5 - Recuperação de vitaminas e carotenóides adicionados a alimentos extrusados e percentagem de perda na estocagem

Fonte: Informação fornecida pelo J.W. Wilson, Roche Vitamins Inc. (NRC 2006)

Hicholasville. Proceedings. Hicholasville: Alltech Technical Publications,

1993. P. 61-69.

NRC, Nutrient Requeriments of Dog and Cats, National Research Council of

the National Academies, Washington DC, 2006, 398 p

NUNES, I. J. Nutrição Animal Básica, FEP – MVZ Editora, Belo

Horizonte, 2 ed., 388p. 1998.

MALETTO, S. Absorção e interferência dos elementos minerais no

organismo animal - micro elementos - Importância na sanidade. In: Simpósio

sobre Nutrição Mineral. 1, 1984, São Paulo, Anais. São Paulo: SNIDA,

1984. p.9-18.

MALETTO, S.; Organic compound of minerals in cattle feeding. Anais do

Simpósio Internacional sobre Exigências Nutricionais de Ruminantes –

UFV- MG, pag. 177 – 191, 1995.

MANSPEAKER,J.E., ROBL, M.G., EDWARDS, G.H., et al. Chelated

minerals, Their role in bovine fertility. Vet. Med., v.82, n.9, p.951-956, 1987.

PREMIER PET .As Vantagens dos Minerais Quelatados para Cães e Gatos.

Boletim Informativo, Disponível em http://www.premierpet.com.br Acesso

em 02/06/2003c

RIIS, P. M., Dynamic Biochemistry Of Animal Production, 1983.

UNDERWOOD, E. J. The mineral nutrition of livestock, 2. ed. Farmhan

Royal: 1981. 180 p.

UNDERWOOD, E. J. Trace elements in human and animal nutrition. 3 ed.

New York: Academic press, 1971. 543 p.

VANDERGRIFT, B. The role of mineral proteinates in immunity and

reproduction. What do we really know about them? In: Simpósio sobre

Nutrição Mineral. 1, 1984, São Paulo, Anais. São Paulo: SNIDA, 1984.

p 27-33.

Page 28: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

54 55

1. protEínas

Para a obtenção de aminoácidos a ser utilizados na gliconeogênese e produção de energia, há uma elevação no catabolismo protéico. A síntese protéica pode ficar comprometida devido aos reduzidos níveis de insulina circulantes, diminuição da sensibilidade dos receptores de insulina nos miócitos e baixa obtenção de aminoácidos necessários para a síntese de proteínas (Tisdale, 2002), podendo comprometer a cicatrização de feridas e elevar a susceptibilidade ás infecções. O fator indutor de proteólise (PIF) influencia na degradação de proteína corporal e redução da síntese protéica muscular, podendo ser observada na urina do paciente caquético (Inadera, 2002). Animais com neoplasia apresentaram alterações na concentração plasmática de aminoácidos, com elevados níveis de isoleucina e fenilalanina e baixos níveis de treonina, glutamina, glicina, valina, cistina e arginina, que

Caderno Técnico 2

Suporte nutricional em cães com câncerParte 02

se mantiveram alterados após a remoção cirúrgica do tumor, indicando a persistência das alterações metabólicas (Olgivie, 1990).

2. gordura Na caquexia, ocorre um aumento na lipólise e redução da lipogênese, consequente a liberação de fatores tumorais lipolíticos, aumento de lipase hormônio sensível e queda da lípase lipoprotéica, sendo esta última responsável pela ocorrência de hiperlipidemias (Ogilvie, 2004). Pode-se observar também na caquexia o fator mobilizador de lipídeos (LMF), que a atua hidrolisando glicerol e ácidos graxos livre (Silva, 2006). A degradação de tecido lipídico é o principal responsável pela perda de peso (Inui, 2002). Os lipídeos devem ser a principal fonte energética do paciente com neoplasias; células tumorais têm dificuldade de utilizar lipídeos como fonte energética e, além disso, no quadro de caquexia, há uma grande perda da gordura

corporal que deve ser reposta. Este nutriente deve ser responsável por 50 a 65% das calorias diárias ingeridas pelo animal ou compor 25 a 40% da matéria seca da dieta (Shein, 1986 in Olgivie, 2000).

3. minErais Os minerais com relevância no quadro neoplásico são o selênio, o ferro e o zinco. Porém, são necessários mais estudos para a determinação de dosagens ideais para prevenção e tratamento do câncer. Em roedores, a suplementação com selênio demonstrou reduzir a formação de células cancerígenas (Olgivie, 2000). Em humanos é utilizado como suplementação preventiva (Donaldson, 2004). A suplementação de 2 a 4 µg/kg são recomendadas, evitando, assim, a deficiência de selênio, com uma dosagem segura para não ocasionar a intoxicação (Wakshlag, 2008). Altos níveis de ferro foram correlacionados com maior desenvolvimento tumoral (Olgivie, 2000). Em animais de laboratório, a deficiência de zinco parece promover a carcinogênese (Olgivie, 2000).

4. nutracêuticos Os ácidos graxos ômega 3 são compostos pelo ácido ecosapentaenóico (EPA) e pelo ácido docosahexaenóico (DHA), potenciais inibidores da proliferação de células tumorais, promotores da função imune, reduzindo a

formação de citocinas (Olgivie, 2000), atuando no ganho de peso, diminuindo a anorexia, aumentando a ação da insulina, a síntese de óxido nítrico e, além de sua ação protetora nas células nervosas contra o TNFa, aumentamdo os níveis de acetilcolina cerebral. O EPA exerce a função de inibição do PIF através da supressão de citocinas, e conjuntamente ao DHA, inibe a lipólise estimulada pela célula tumoral (Body, 1999). O efeito de ganho de peso parece ser específico para o óleo de peixe. Estudos em humanos demonstraram que a suplementação com outros óleos poliinsaturados e ácido gama linoléico não obtiveram o mesmo resultado no ganho de peso, quando comparados ás pessoas que utilizaram o óleo de peixe. Mais especificamente, a inclusão do EPA estimula maior ganho de massa magra e lipídica (Inui, 2002). È recomendada a inclusão de mais de 5% da matéria seca da dieta (Olgivie, 2000) ou na proporção 1:1 ou 0,5:1 de W-6:W-3 na matéria seca, na formulação da dieta desejada (Wakshlag, 2008), devendo ser acompanhado pela suplementação adequada de vitamina E, prevenindo de efeitos colaterais como a peroxidação de tecidos adiposos. A arginina é um aminoácido de síntese endógena condicionalmente essencial para cães. Associada á ácidos graxos ômega 3, apresentou o efeito de aumento de sobrevida, melhora na qualidade de vida e redução de sinais clínicos no paciente.

Para a sua ração ser a preferida do mercado ela precisa ser a melhor. E a melhor ração para cães e gatos é a ração que utiliza os produtos da linha Hidrofoc, que são desenvolvidos nos mais altos padrões de qualidade para agregar valor ao seu produto.

Focam Ind. e Com. de Aditivos Ltda.Estrada Municipal para Tainhas, Km o1

Carambeí - (PR)www.hidrofoc.com.brwww.focam.com.br

E-mail: [email protected]: (42) 3231-9400 / (42) 9973-3812

Com hidrolisados Hidrofoc seus produtos �cam superCom hidrolisados Hidrofoc seus produtos �cam super

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

Focam.pdf 1 06/02/11 16:13

Page 29: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

56 57

Fernanda S Ebina

Médica Veterinária, Mestranda UFLA Nutrição de Cães e Gatos

Flávia Maria de Oliveira Borges Saad

Médica Veterinária, MSc., DSc Nutrição Animal

Professora Associada da UFLA – Departamento de Zootecnia

[email protected]

Caderno Técnico 2

Não existem estudos comprovando o nível ideal de arginina para cães,mas estima-se que o recomendado seriam níveis acima de 2% da matéria seca corporal. Suplementação com glutamina é importante devido a sua função de combustível oxidativo para enterócitos. A glutamina é precursora de nucleotídeos, melhora a morfometria intestinal, a imunidade local, reduz a translocação bacteriana e aumenta a sobrevida do paciente (Olgivie, 2000), além de possuir atividade imunomoduatória, inibitória das células tumorais e a metástase (Kaufmann et al., 2003). Aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina, leucina e valina) podem ser suplementados pela sua possível ação anti carcinogênica (Saito, 2001), sendo recomendada a suplementação de 100 a 150 mg/kg de animal (Wakshlag, 2008). Em humanos, enzimas digestivas e probióticos podem ser utilizados como suplementos em dietas anticancer (Donaldson, 2004). Os ß-carotenos, vitamina C, viamina E e retinóides são considerados possíveis agentes anti-tumorais (Wakshlag, 2008), são anti-oxidantes que atuam em receptores específicos inibindo o crescimento e metástase tumoral. (Olgivie, 2000). Os retinóides são compostos derivados da vitamina A que demonstram funcionalidade no combate às células cancerígenas, como epiteliomas queratinizantes intradérmico, linfomas cutâneos, carcinoma de células escamosas por fotossensibilidade e lesões pré-neoplásicas, apenas associadas á outros agentes. Atuam aumentando a sensibilidade das células neoplásicas aos tratamentos convencionais por agentes químicos e radiação (Olgivie, 2000). A suplementação com antioxidantes é bastante controversa, pois embora esses compostos atuaem reduzindo a formação de radicais livres que podem prejudicar células normais, o efeito de proteção da membrana celular também atua em células neoplásicas, promovendo uma maior resistência das células tumorais ao tratamento anti carcinogênico (Wakshlag, 2008).

5. manEjo nutricional

O manejo nutricional tem como objetivo prevenir, corrigir deficiências nutricionais ou minimizar as perdas durante a evolução do quadro clínico. A intervenção precoce é importante por auxiliar beneficamente no tratamento das células tumorais (Barrére, 2007). A dieta selecionada para pacientes com neoplasia deve atender o requerimento calórico necessário para a manutenção do animal. Para avaliar se a quantidade ofertada está adequada, o animal não deve perder peso. O método mais indicado é por via oral(ou enteral, no caso de recusa em ingestão voluntária de alimentos), para manutenção da mucosa intestinal, hormônios tróficos e para

estimular a produção de IgA intestinal. Em casos de hiporexia, pode-se utilizar estimulantes de apetite como derivados de benzodiazepínicos, e uma possibilidade ainda não estudada, é o megestrol. Porém, em casos mais avançados da doença, alguns pacientes ficam impossibilidados de se alimentarem da maneira fisiologicamente indicada e necessitam do fornecimento das suas necessidades nutricionais de maneira diferenciada, como no caso da alimentação parenteral (Olgivie, 2000).

6. conclusão Apesar da crescente população de animais senis e, consequentemente, da população acometida por neoplasias, ainda faltam muitos estudos para determinação da eficácia de nutrientes como nutracêuticos, suas dosagens e forma de utilização. A grande diversidade de neoplasias e seus comportamentos não padronizados dificultam o estabelecimento de uma dieta exata para suporte e/ou prevenção. São necessários mais estudos específicos para a espécie canina já que a maioria das bases científicas são extrapoladas de outras espécies.

7. rEfErências bibliográficas

ARGUILÉS, J.M. BUSQUETS, S., LOPEZ-SORIANO, F.J. Cytokines in the pathogenesis of cancer cachexia. Curr. Opin. Clin. Nutr. Metab. Care. V.6, n.4, p. 401-406, 2003.ARGUILÉS, J.M. BUSQUETS, S., LOPEZ-SORIANO, F.J. Mediators involved in cancer anorexia-cachexia syndrome: past, present and future. Nutrition. V.21, p.977-985, 2005.BARRÉRE, A.P.N., KAMATA, L.H. Informações nutricionais para auxiliar os pacientesoncoematológicos a lidarem com efeitos colaterais do tratamento. Prática Hospitalar -Ano IX , n. 49 , p. 25-27, 2007.BODY, J.J. The syndrome of anorexia- cachexia. Curr. Opin. Oncol. V.11, n.4, p.255-260, 1999.CABRAL, E.L.B., CORREIA, M.I.T.D. Princípios nutricionais, na abordagem do câncer avançado. In: SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006. CAMPOS, A.C.L., MATIAS, J.E.F. Etiologia da desnutrição no câncer. In: SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006. CARVALHO, E.B., CORREIA, M.M., TORRES, H.O.G. Câncer. In: SILVA, M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portdores de cancer. Rev. Bras. Cancerol. V.52, n.1, p.59-77, 2006.DONALDSON, M.S., Nutrition and cancer: A review of the evidence for an anti-cancer diet. Nutrition Journal., v.3 p.19, 2004.GUPPY, M., LEEDMAN, P., ZU, X.,RUSSEL,.V. Contribution by different fuels and metabolic pathways to the totalATP turnoverof proliferating MCF-7breast cancer cell. In: : SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores

de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006.INADERA, H., NAGAY, S., DONG, Y.H., MATSUSHIMA, K.Molecular analysis of lipid-depletingfactos in colon-26-inoculatedcancer cachexia model. Int. J. Cancer. V.101,.n.1, p. 37-45, 2003. INUI, A. Cancer Anorexia-Cachexia Syndrome: Current Issues in Research and Management. CA Cancer J Clin. v.52, p.72-91, 2002.INUI, A. Cancer Anorexia-Cachexia Syndrome: are neuropeptides the key? Cancer Res. V.59, n. 4, p. 493-501, 1999.KAUFMANN Y, KORNBLUTH J, FENG Z ET AL. Effect of glutamine on the initiation and promotion phases of DMBA-induced mammary tumor development. J Parenter Enteral Nutr, v. 27 p. 411-418, 2003.MARTÍN, M.S.M.,MARTÍN, M.O. Síndrome da caquexia tumoral. In: SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006.NUTRITOTAL , São Paulo:Nutritotal, 2004.Como se define a síndrome da anorexia e caquexia em câncer e AIDS?Disponível em: http://www.nutritotal.com.br Acesso: 29 jul 2010.OGILVIE GK, FORD RB, VAIL DM ET AL. Alterations in lipoprotein profiles in dogs with lymphoma. J Vet Intern Med v. 8, p. 62-66, 1994.OGILVIE G.K.,MARKS, S.L.Cancer. In: HAND, M. S.; THATCHER, C. D.; REMILLARD, R. L.; ROUDEBUSH, P. Small Animal Clinical Nutrition. 4. Ed. Topeka: Mark Morris Institute. p.1035-1050, 2000.OGILVIE GK, FORD RB, VAIL DM. Advances in nutritional therapy for the cancer patient. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice. v.20, p. 969-985, 1990.OGILVIE GK, WALTER L.M., SALMAN M.D.,ET AL, Treatment of dogs with lymphoma with adriamycin and a diet high in carbohydrateor high in fat. Cancer, v.69, p.233-238, 1992.PARREIRA, I.M, KEGLEVICH. E. As neoplasias em cães. Enciclopédia Biosfera, N.01,p.1-32, 2005. PAOLONI, M.C., KHANNA, C. Comparative Oncology Today. Comparative Oncology Program. Vet Clin Small Anim. v.37, p.1023–1032, 2007.SAITO Y, SAITO H, NAKAMURA M ET AL. Effect of the molar ratio of branched chain to aromatic amino acids on growth and albumin mRNA expression of human liver cancer cell lines in a serum-free environment. Nut Canc. v. 39, p. 126-131, 2001.SHEIN P.S., KISNER D., HALLER D., ET AL. The oxidation of body fuel stores in cancer patients.In: Small Animal Clinical Nutrition. 4. Ed. Topeka: Mark Morris Institute . P. 1035-1050, 2000.SHILS, M.E.; COISO, D. Report to the medical board on nutritional assessment of hospitalized adult pacients in Memorial Hospital. In:WILLS, J.M., SIMPSON, K.W.. El libro de Waltham de nutrición clínica del perro y el gato. Zaragoza. Ed. Acribia, S.A., cap.6, p. 91-100, 1994.TIDALE, M.J. Cachexia in cancer patients. Nat. Rev. Cancer. V.2, n.11, p.862-871, 2002. WAKSHLAG J.J, KALLFELZ F.A.,Nutritional Status of Dogs with Cancer: Dietetic Evaluation and Recommendations In: PIBOT P., BIOURGE V, ELLIOTT D.A. Encyclopedia of Canine Clinical Nutrition,. Ithaca: International Veterinary Information Service (www.ivis.org), 2008; Documento No. A4213.0808. http://www.ivis.org/advances/rc/chap13part01/chapter.asp?LA=1 Acesso: 7 ago 2010.YOUNES, R.N., NOGUSHI, Y. Pathophysiology of cancer cachexia. Rev. Hosp. Clin. Fac. Med. São Paulo. V.55, n.5, p.181-183, 2000.

Page 30: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

58 59Caderno Técnico 3

convivência mais próxima dos proprietários

com seus animais de companhia, devido a mudanças

comportamentais e sociais das últimas décadas, levou

a modificações na alimentação destes animais, pois o

alimento industrializado facilita o fornecimento e diminui

o tempo anteriormente despendido no fornecimento da

alimentação caseira.

Tal convivência, também implicou em maior contato do

proprietário com as fezes de seu animal, as quais contêm

diversos elementos voláteis que caracterizam o mau odor

dos dejetos. Essa é a principal reclamação dos proprietários

de animais de companhia, que buscam resolver o problema

fornecendo aos seus animais rações que resultem em fezes

com menor odor e melhor consistência. Dessa forma, é

crescente o número de alimentos completos industrializados

que contêm em sua composição, aditivos com potencial

redução de odor fecal.

Zeólita natural x Yucca schidigera na alimentação de cães e gatos

A Buscando-se minimizar este problema, a pesquisa e

o desenvolvimento de novos aditivos que reduzam o odor

produzido pelas fezes e melhorem o escore fecal sem,

influenciar a palatabilidade e a digestibilidade do alimento

fornecido, é de extrema importância dentro do setor

Petfood.

Dentre os redutores de odor fecal, os de maior destaque

são o extrato de Yucca schidigera e a Zeólita, os quais

possuem mecanismos de ação muito diferentes. Os efeitos

da Yucca schidigera consistem na inibição da uréase, ação

sobre a microbiota e a ligação com a amônia. Já a Zeólita

apresenta um desbalanço de cargas em sua estrutura e,

dessa forma, adsorção da amônia.

zEólita x Yucca schidigEra

As Zeólitas naturais podem ser encontradas em diversos

países com características de cores, composição e relação

Al/Si distintos, as quais modificam a sua seletividade de

troca catiônica (CTC), característica responsável pela

adsorção da amônia.

A Zeólita do tipo Clinoptilolita, é um mineral de

formação vulcânica com alta capacidade higroscópica e

de troca catiônica seletiva que promove respectivamente,

aumento da matéria seca fecal com conseqüente melhora

das características das fezes e redução dos níveis de amônia

e gases característicos do odor das fezes. Além disso, a sua

capacidade de troca catiônica reduz o efeito tóxico causado

pelas altas concentrações de gases presentes em excesso

nos processos digestivos.

Recomenda-se o uso de Zeólita em dosagens que

podem variar entre 0,75% a 1% para cães e 0,5% para gatos,

de acordo com as características e objetivos que se pretende

alcançar com a ração formulada.

A Yucca schidigera é uma espécie de planta da família

Agavaceae que cresce em desertos e encontra-se quase

que exclusivamente no sudoeste dos EUA e no México.

Ela pode atingir de 3 a 4 metros de altura e produz vários

galhos que são colhidos quando maduros com 1 a 2 metros.

Estes galhos são então moídos e o sólido resultante é seco e

transformado em pó para utilização na alimentação animal,

em um nível recomendado como ideal de 250 ppm.

a pEsquisa

Os ensaios de digestibilidade e aceitabilidade são

ferramentas de grande importância na avaliação e na

decisão da inclusão de aditivos em dietas tanto de animais

de produção como os de companhia.

Com a proposta de avaliar a ação de diferentes níveis

de inclusão dos aditivos Zeólita do tipo Clinoptilolita e

o extrato de Yucca Schidigera (YSE) na ração de cães e

gatos, uma pesquisa foi realizada no Centro de Estudos

em Nutrição de Animais de Companhia, pertencente ao

Departamento de Zootecnia da Universidade Federal

de Lavras em parceria com a Indústria Celta Brasil. Os

parâmetros avaliados durante a pesquisa foram: redução de

odor e melhora das características das fezes, digestibilidade

aparente da matéria seca e aceitabilidade do alimento

através da avaliação do consumo voluntario da ração.

Para o ensaio de digestibilidade, redução do odor e

melhora da consistência das fezes, foram utilizados cães

adultos da raça Beagle e gatos adultos sem raça definida.

Os tratamentos experimentais em ambos os ensaios foram:

YSE 125 ppm, YSE 250 ppm, YSE 375 ppm, Zeólita

0,5%, Zeólita 0,75%, Zeólita 1,0% e tratamento controle.

Para realizar o estudo de aceitabilidade, os animais foram

submetidos a um teste de consumo voluntario do alimento

fornecido acrescido dos maiores níveis dos aditivos

em estudo. Assim esperava-se que, caso não ocorresse

interferência dos aditivos fornecidos em altas concentrações

no consumo voluntário dos animais, os níveis mais baixos

também não interfeririam.

Nos dias de avaliação da aceitabilidade da ração, os dois

alimentos foram fornecidos de forma pareada e simultânea.

A disposição do alimento no comedouro era modificada

a cada dia, evitando que o animal tivesse o primeiro

Page 31: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

60 61Caderno Técnico 3

Ana Paula Fulan

Zootecnista

Mestre em Nutrição de Monogástricos

Responsável Técnica e Comercial na Indústria Celta Brasil

Tratamento

Controle

2,83

5,0

74,75

Extrato de Yucca Zeolita (%)

TABELA 1 – Parâmetros avaliados em cães durante teste comparativo entre três dietas: tratamento controle (sem inclusão de aditivos), dietas com o aditivo Extrato de Yucca

e dietas com o aditivo Zeolita (Celpec ®).

Adaptado de Maia (2008).

(1) Valores médios de escore fecal variando de 1 (diarréia) a 5 (fezes ressecadas) com valor ideal igual a 4 (2) Valores médios de odor das fezes variando entre 0 (odor forte) a 10 (odor fraco)(3) Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca

Parâmetros

Escore Fecal1

Odor Fecal2

CDAMS3 (%)

125

3,16

5,04

77,18

250

3,16

5,60

73,84

375

3,43

5,64

74,47

0,5

3,63

5,77

74,57

0,75

3,86

6,55

75,31

1,0

3,93

5,97

74,36

Tratamento

Controle

3,51

2,0

77,67

Extrato de Yucca Zeolita (%)

TABELA 2 – Parâmetros avaliados em gatos durante teste comparativo entre três dietas: tratamento controle (sem inclusão de aditivos), dietas com o aditivo Extrato de Yucca e dietas

com o aditivo Zeolita (Celpec ®).

Adaptado de Roque (2009).

(1) Valores médios de escore fecal variando de 1 (diarréia) a 5 (fezes ressecadas) com valor ideal igual a 4 (2) Valores médios de odor das fezes variando entre 0 (odor forte) a 10 (odor fraco)(3) Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca

Parâmetros

Escore Fecal1

Odor Fecal2

CDAMS3 (%)

125

3,80

2,57

77,44

250

3,69

1,16

77,41

375

3,62

2,37

77,72

0,5

4,16

2,54

76,60

0,75

4,05

2,24

75,96

1,0

3,49

1,88

76,98

Gráfico 1: Quantidade media em gramas consumida pelos cães e gatos em um período de 4 dias.

Quantidade media em gramas consumida pelos cães em um período de 4 dias

180162,6 158,37

14,98 16,59

10% de Zeolita

375 ppm de extrato de Yucca

160

140

120

100

80

60

40

20

0

Quantidade media em gramasconsumida pelos gatos em umperíodo de 4 dias

acesso ao mesmo tipo de alimento durante o teste. Após

um período de uma hora, os comedouros eram retirados

e as sobras mensuradas para a avaliação do consumo. Os

valores médios de consumo dos animais, durante o teste

de palatabilidade, estão no gráfico 1. Tanto na pesquisa

com Cães como em Gatos, não houve diferença sobre a

aceitabilidade dos alimentos com a inclusão dos aditivos.

Para avaliar a capacidade de redução de odor das fezes

pelos aditivos, realizou-se uma análise sensorial do material

fecal coletado, seguindo protocolos de avaliação sensorial

adaptados da análise sensorial de alimentos. Desta forma

45 donos de cães e 60 donos de gatos e consumidores de

alimentos completos, foram selecionados para observar

em 7 amostras de fezes o odor produzido e numerá-las

conforme a intensidade deste odor. Os resultados dos

parâmetros avaliados para cães estão na Tabela 1 e para

gatos estão na Tabela 2.

Através da sua capacidade de troca catiônica seletiva,

absorvendo primeiramente íons amônio, a Zeólita absorveu

os gases produzidos durante a digestão do alimento, não os

liberando para o meio ambiente, e desta forma reduzindo o

odor das fezes produzidas pelo animal. Essa capacidade foi

observada durante a avaliação sensorial do material fecal

coletado para o teste de avaliação e pode ser observada nas

tabelas 1 e 2.

Os resultados mostram a superioridade da Zeólita na

redução de odor pelos níveis de inclusão de 0,75% a 1,0%

em cães, sobre os demais níveis estudados de Zeólita e

do Extrato de Yucca. Já no estudo com gatos, o nível de

0,5% de Zeólita nos mostrou-se melhor que todos os níveis

estudados, com exceção do nível de 125 ppm de Extrato de

Yucca , o qual foi semelhante ao nível de 0,5% de Zeólita.

Neste trabalho também foi possível observar, que

as fezes dos animais alimentados com o aditivo Zeólita

em níveis de 0,75% a 1,0% para cães e 0,5% para gatos

apresentaram consistência mais firme e formato mais

característicos, devido a propriedade higroscópica da

Zeólita, a qual propicia melhores características as fezes dos

animais alimentados com este aditivo. Esta característica é

de grande interesse para a indústria de alimentos Pet Food

e para os proprietários de animais de companhia, uma vez

que fezes mais secas e com boa forma são indicativos de

saúde do animal e facilitam a limpeza das áreas utilizadas

pelos animais para defecação.

O mercado Pet Food brasileiro está em crescimento,

e os alimentos são cuidadosamente elaborados com

ingredientes que potencializam a prevenção da saúde dos

animais. Seguindo esta vertente, as indústrias produtoras

de alimentos completos estão sempre buscando produtos

diferenciados como a Zeólita, um novo aditivo que reduz o

odor e melhora a consistência das fezes. Este é de extrema

importância para a indústria Pet Food, pois supre a maior

reclamação dos proprietários e consumidores de alimentos

industrializados junto às indústrias, sendo então, uma nova

fonte de aditivo para tal finalidade.

litEratura consultada:

MAIA, G. V. C. Zeólitas (Clinoptilolita) e Yucca schidigera em

rações para cães: palatabilidade, digestibilidade e redução de

odores fecais. 2008. 85 p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia)

- Universidade Federal de Lavras, Lavras.

ROQUE, N. C. Níveis de Zeólita (Clinoptilolita) e Yucca

schidigera em rações para gatos. 2009. 95 p. Dissertação

Page 32: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h

62

Aboissa

(11) 3353-3000

[email protected]

www.aboissa.com.br

Algomix

(45) 3251-1239

www.algomix.com.br

Andritz Sprout do Brasil

www.andritzsprout.com

[email protected]

Anima Consultores

(11) 3677-1177

www.animaconsult.com.br

[email protected]

Biorigin

(14) 3269-9200

www.biorigin.net

[email protected]

Brazilian Pet Foods

0800-7016100

www.brazilianpetfoods.com.br

Celta Brasil

(11) 4615-7788

www.celtabrasil.com.br

[email protected]

Consulpet

(19) 9135-1322

www.consulpet.com.br

[email protected]

Ferraz Máquinas

(16) 3615-0055

[email protected]

www.ferrazmaquinas.com.br

Focam

(42) 3231-9400

[email protected]

www.focam.com.br

Fribom

(62) 3516-4020

[email protected]

Geelen Counterflow

[email protected]

www.geelencounterflow.com

Inflex Embalagens(67) 2108-5900www.inflex.ind.br Informe Agro Business(11) [email protected] www.agroinforme.com.br Manzoni Industrial(19) 3225-5558www.manzoni.com.br Marfuros(44) 3029-7037www.marfuros.com.br Nord Kemin(49) 3312-8650www.kemin.com Nutriad(19) 3206-0199www.nutriad.com.br Nutridani(43) 3436-1566www.nutridani.com.br Nutrivil(85) [email protected] Permecar(19) 3456-1726www.permecar.com.br Rothoplás Embalagens(11) [email protected] SES Surface(16) 3368-3118www.ses-engenharia.com.br SPF do Brasil(19) 3583-6003www.spfbrasil.com.br Wenger do Brasil(19) [email protected] Widy / Muyang(11) 5042-4144www.wid-eng.com

Serviços

3ª capa

5

27

59

41

51

55

43

29

13

9

21

7

31

57

47

39

61

37

35

41

33

57

45

Nome:

Empresa:

Endereço:

Nº: Complemento:

Cidade:

Cep: UF:

Fone: ( )

Fax: ( )

Cargo:

Tipo de Empresa:( ) Fábrica de Ração ( ) Palatabilizantes( ) Vitaminas e Minerais( ) Aditivos e Anti-Oxidantes( ) Veterinários( ) Zootecnista( ) Pet Shop( ) Farmacologia( ) Corantes( ) Embalagens ( ) Graxaria Independente ( ) Graxaria / Frigorífico( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas( ) Prestadores de Serviços( ) Consultoria / Assessoria( ) Universidades / Escolas( ) Outros

Você pode solicitar o recebimento da Pet Food Brasil.

Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para:

Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000

Fone: (11) 2384-0047ou por [email protected]

ASSINATURA DA REVISTAPet Food Brasil

2ª capa

4ª capa

Page 33: CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 Pet Food Brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a sua nova linha de produção de alimentos extrusados, com capacidade de 10t.h