capa ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18 pet food brasil · grandes e pequenos animais, já está operando a...
TRANSCRIPT
Ano 3 / Edição 15 / Jul - Ago 2011 / www.editorastilo.com.br
Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista
Leveduras e os seus derivadosLeveduras e os seus derivadosOs saudáveis micro-organismos que estão presentes na indústria Pet FoodNão é à toa que se investe cada vez mais em tecnologias e novas soluções
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18
2 3Editorial
Edição 15Julho/Agosto 2011
Prezado Leitor A busca por ingredientes alternativos para compor a alimentação animal,
a f im de deixá-la com alto valor nutricional, colocou as leveduras em um
patamar de destaque, recebendo atenção especial da indústria pet food.
Estes micro-organismos oferecem alta palatabilidade, fontes de nutrientes,
melhora a textura e digestibilidade da dieta e ainda contribuem para a saúde
e bem-estar dos animais, só para citar alguns benefícios.
Segundo dados do mercado brasileiro e considerando todos os tipos
de leveduras utilizadas, calcula-se que o consumo anual mínimo seja
de 26.000 a 30.000 toneladas para uso em pet food. O Brasil demonstra
enorme potencial de crescimento e desenvolvimento destas soluções. Somos
um grande produtor de levedura de cana e cerveja, muitas empresas estão
aprendendo a lidar com este ingrediente, antes julgado subproduto e estão
desenvolvendo novas tecnologias e soluções, algumas delas apresentadas
nesta edição da Revista Pet Food.
O empresário Stefan Widmann comanda, em São Paulo, a WIDI
Tecnologia, empresa que representa com exclusividade, no Brasil, o grupo
chinês Muyang – hoje considerado o segundo maior fabricante mundial de
equipamentos e projetos para fábricas no segmento de ração animal. Widmann
conta à nossa reportagem sobre os novos projetos, como a instalação de
um Centro de Distribuição para peças de reposição que atuará em toda a
América do Sul e as pretensões do grupo, que inclui a construção de uma
fábrica no país. “Há mais de 50 anos ouvimos falar que o Brasil é o país do
futuro e sinceramente acreditamos nisso. Desde 1998, com a estabilidade
econômica muita coisa mudou e para melhor...o futuro realmente chegou!”.
Conf ira esta matéria e outras importantes notícias relacionadas ao mercado
pet food nas próximas páginas.
Boa Leitura!
Daniel Geraldes
Ano 3 / Edição 15 / Jul - Ago 2011 / www.editorastilo.com.br
Pet Food BrasilPet Food BrasilRevista
Leveduras e os seus derivadosLeveduras e os seus derivadosOs saudáveis micro-organismos que estão presentes na indústria Pet FoodNão é à toa que se investe cada vez mais em tecnologias e novas soluções
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
CAPA ed 15.pdf 1 09/08/11 16:18
54
DiretorDaniel Geraldes
Editor Chefe
Daniel Geraldes – MTB [email protected]
Jornalista Colaboradora
Lia Freire - MTB 30222
PublicidadeLuiz Carlos Nogueira Lubos
Direção de Arte e ProduçãoLeonardo Piva
Conselho EditorialAulus Carciofi
Claudio MathiasDaniel GeraldesEverton Krabbe
Flavia SaadJosé Roberto Sartori
Vildes M. Scussel
Fontes Seção “Notícias” Anfal Pet, Pet Food Industry, Sindirações, Valor Econômico, Gazeta Mercantil, Agência Estadão,
Cepea/Esalq, Engormix, CBNA
Impressão Intergraf Ind.Gráfica Ltda
DistribuiçãoACF Alfonso Bovero
Editora StiloRua Sampaio Viana, 167 - Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000
Fone: (11) 2384-0047
A Revista Pet Food Brasil é uma publicação bimestral da Editora Stilo que tem como público-alvo empresas
dos seguintes mercados: Indústrias de Pet Food, Fábricas de Ração Animal, Fornecedores de Máquinas e Equipamentos, Fornecedores de Insumos e Matérias
Primas, Frigoríficos, Graxarias, Palatabilizantes, Aditivos, Anti-Oxidante, Embalagens, Vitaminas, Minerais,
Corantes, Veterinários e Zootecnistas, Farmacologia, Pet Shops, Distribuidores, Informática/Automação
Industrial, Prestadores de Serviços, Equipamentos de Segurança, Entidades da cadeia produtiva, Câmaras de
Comércio, Centros de Pesquisas e Universidades, Escolas Técnicas, com tiragem de 10.400 exemplares.Distribuída entre as empresas nos setores de
engenharia, projetos, manutenção, compras, diretoria, gerentes. É enviada aos executivos e especificadores
destes segmentos.Os artigos assinados são de responsabilidade de seus
autores e não necessariamente refletem as opiniões da revista. Não é permitida a reprodução total ou parcial
das matérias sem expressa autorização da Editora.
Sumário
Notícias
Caderno Científico
Capa
Entrevista
Informe Técnico
Em Foco 1
Em Foco 2
Em Foco 3
Segurança Alimentar
Pet Food Online
Pet Market
Caderno Técnico1
Caderno Técnico2
Caderno Técnico3
24
28
18
16
6
30
36
34
32
44
58
54
48
46
6 7Notícias
A Nutriave, empresa que produz
rações balanceadas, suplementos
minerais e vitamínicos para
grandes e pequenos animais, já
está operando a sua nova linha de
produção de alimentos extrusados,
com capacidade de 10t.h.
Com o seu parque industrial localizado em Viana- ES, o
fabricante possui 04 linhas de extrusão da Ferraz, possibilitando
atender todo o país, sendo os seus produtos encontrados em
supermercados, pet shops etc.
A Nutriave possui também uma linha completa de rações
e vitaminas para pássaros, oferecendo alimentos extrusados,
sementes e misturas completas para o setor. A empresa é uma
das mais fortes parceiras da Ferraz, consolidando cada dia mais
um relacionamento comercial e de profundo respeito entre os
seus diretores.
Vipet Food’s do Brasil vai gerar 110 empregos no novo distrito industrial de Abelardo Luz Começaram as obras de instalação do primeiro empreendimento no novo distrito industrial de Abelardo Luz (SC). Trata-se da
Vipet Food’s do Brasil que irá produzir rações para gatos, cães, gado e peixe. A previsão é gerar cerca de 110 empregos diretos e
220 indiretos.
A futura fábrica de ração ocupa uma área de 28 mil metros quadrados e terá capacidade de produzir mais de 100 toneladas de
ração por dia. A produção vai atender o mercado interno, abastecendo principalmente os estados de Santa Catarina, Paraná e Rio
Grande do Sul.
De acordo com o empresário Osvaldo Vieira, a expectativa é inaugurar a empresa ainda no segundo semestre deste ano.
“Escolhemos Abelardo Luz primeiro pela sua situação geográfica com uma rede viária que liga todo o Brasil e segundo porque é
uma região com uma agricultura pujante onde num raio de 100 km teremos toda a matéria-prima”, explicou ele.
O prefeito Dilmar Fantinelli relatou que há meses vinha negociando a vinda do empreendimento para Abelardo Luz. Ele
desejou sucesso ao empresário e disse que mais duas empresas também devem se instalar em breve no local. “Também estamos em
negociação com mais cinco outras empresas. De agora em diante vamos gerar muitos empregos em nosso município”, afirmou.
O novo distrito industrial está localizado às margens da rodovia SC-467, km 20, saída para Xanxerê. Possui uma área total de
quatro alqueires e tem capacidade para comportar empresas de médio e pequeno porte. O local disponibilizará toda a infraestrutura
para o funcionamento das empresas.
Nutriave inaugura linha de extrusãoproduzida pela Ferraz
Jonair Pessini e Genilso Malini (Gerentes da Nutriave).
98 Notícias
Nutreco Fri-Ribe acelera crescimento no BR O presidente da Nutreco Fri-Ribe, Eduardo Amorim, diz que Prestes a completar dois anos, em
setembro, a joint venture criada pela brasileira Fri-Ribe e a holandesa Nutreco no setor de nutrição animal
prevê crescer 22% em 2011, quadruplicar os investimentos e, possivelmente, adquirir novas companhias.
De acordo com o presidente da Nutreco Fri-Ribe, Eduardo Amorim, a empresa deve fechar o ano com uma
receita próxima de R$ 186 milhões, ante R$ 152 milhões em 2010. “Nossa meta é dobrar esse valor nos próximos cinco anos e colocar a empresa entre
as três maiores fabricantes de rações do país”, afirma. Atualmente, a companhia se encontra entre as cinco maiores do ramo.
A Nutreco, uma das maiores empresas do mundo nesse ramo, com faturamento de € 5 bilhões por ano, tem 51% de participação na joint venture
e os acionistas da Fri-Ribe, 49%.
A Nutreco Fri-Ribe programa investir R$ 15 milhões nos próximos dois anos, apenas na modernização das linhas de produção e no lançamento de
novos produtos. Segundo Amorim, o volume é quatro vezes maior do que o investido nos últimos dois anos. A empresa tem cinco fábricas nos Estados
de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Ceará e Piauí.
Amorim não descarta ir às compras para acelerar a expansão dos negócios. “Nosso foco é o crescimento orgânico, mas estamos preparados para
novas aquisições. Estamos presentes em cinco Estados e isso facilita. Há no mercado empresas locais, bem estruturadas e de baixo risco”, explica.
O executivo lembra que o setor de nutrição animal ainda é extremamente pulverizado e apresenta, na média, margens de lucro bastante apertadas.
“Estamos em um processo de consolidação muito intenso, mas que ainda está no começo. Há cerca de 2 mil empresas neste mercado.”
Desde o início da joint venture, a Nutreco Fri-Ribe lançou 35 novos produtos nas linhas de gado de leite, equinos, peixes e camarões. A aquicultura é
uma das grandes apostas da companhia. O segmento aumentou sua participação e já responde por metade da receita, de 40% há dois anos - a Nutreco
é lider mundial na produção de rações para peixes. Segundo dados do Sindirações, entidade que representa as empresas do setor, a aquicultura responde
por apenas 3% da produção brasileira de rações. Estimativas sugerem que este número pode crescer de quatro a cinco vezes nos próximos anos.
No ano passado, a Nutreco Fri-Ribe produziu pouco mais de 150 mil toneladas de rações, volume que deve crescer 7% neste ano. Ao todo, o
mercado brasileiro de nutrição animal movimenta 60 milhões de toneladas em produtos e R$ 16 bilhões.
Fonte: Valor Econômico
Sorgo ganha força como matéria-prima para ração A demanda crescente de sorgo para a produção de ração animal, principalmente de suínos e aves, está estimulando a expansão do cultivo
em Minas Gerais. De acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra estadual de sorgo, em 2011, pode
alcançar 356 mil toneladas, volume 16,8% maior do que o registrado no ano passado.
Segundo Márcia Aparecida de Paiva Silva, assessora técnica da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da
Agricultura, a previsão de aumento da safra de sorgo no Estado é sustentada pela expansão da área cultivada em 21,3%. “Dados da Conab
mostram que Minas Gerais conta atualmente com 122,9 mil hectares plantados de sorgo”, diz a assessora.
Na condição de segundo colocado na produção brasileira de sorgo, atrás de Goiás, Minas tem como destaques as regiões do Noroeste,
Triângulo e Alto Paranaíba, com 44,3%, 39,2% e 12,1% de participação, respectivamente. O município que apresenta maior safra é Unaí
(Noroeste), onde a área plantada é da ordem de 20 mil hectares e a produção estimada alcança 84 mil toneladas, volume equivalente a um
aumento de 45,8% em relação ao da safra anterior.
Em Minas, a colheita do sorgo – que foi plantado em fevereiro e março – começa por volta de agosto e segue até outubro/novembro.
A oferta do produto é grande em Unaí, mas ainda assim a cotação está entre R$ 16,00 e R$ 17,00 a saca de 60 quilos, 50% maior que a
registrada na safra anterior, segundo a avaliação do produtor Dirceu Júlio Gato. “Os produtores obtêm um lucro de 20% a 25% do preço
pago pela saca.”
O presidente da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg), João Bosco Martins de Abreu, diz que um grande número de
empresários do setor, no Estado, prefere dar aos animais a ração à base de sorgo em substituição ao milho. “O sorgo é uma boa alternativa
porque tem boa qualidade nutritiva e possibilita a formulação da ração a um custo acessível.”
Utilizado no Brasil principalmente como alimento para os animais, o sorgo tem grande potencial também como fonte de matéria-prima
para biocombustíveis, segundo estudo da Embrapa Milho e Sorgo. Em diversos países, como os Estados Unidos, a cultura é utilizada em
volume cada vez maior para a produção de combustíveis.
Fonte: Redação da Secretaria da Agricultura / MG
10 11Notícias
Novidade nutritiva, renova opções de alimentos para o mercado petSoups agora também no cardápio de cães e gatos
A Brazilian Pet Foods apresenta uma das principais novidades do ano no mercado
de alimentos para pets, as “Soups” agora para cães e gatos, nos sabores carne, frango
e peixe. Este alimento vem em pó, em embalagem de 30 gramas e depois da adição
de água morna se transforma em 150 gramas para o consumo do animal. Altamente
saborosa ao paladar dos pets, a “soup” em alguns minutos obtém uma textura
cremosa, com pedaços de carne e um sabor irresistível. Esta tecnologia do alimento
liofilizado, um tipo de hidratação moderna e que preserva as qualidades do alimento, é
comum para os astronautas, e vem ganhando o mercado brasileiro em pequena escala
há apenas 10 anos.
As “Soups” Brazilian Pet Foods são uma nova forma de alimentar que se
apresenta e com um processo que é considerado um dos mais seguros em termos
microbiológicos, de nutrição, sensoriais, além da vantagem de excelente conservação
mesmo em condições especiais. Como têm menos volume, são mais leves, eles conservam todas as propriedades do alimento, o que inclui as
proteínas e vitaminas que são muito importantes.
O alimento é desidratado num processo diferenciado que é chamado de sublimação. Congelada a água da célula passa direto do estado
sólido para o gasoso. E desta maneira as proteínas e vitaminas que são sensíveis ao calor, nesse processo de sublimação conservam suas
propriedades nutritivas.
A empresa Brazilian Pet Foods é a primeira no país a apresentar este tipo de alimento em saches, nas versões carne, galinha e peixe.
Sandra e Marcos Calsavara. Antonio Jose Bedani, Laerte Henrique Chiqueto, Marcelo Ferrari, Jose Marcos Calsavara, Tarcisio Correia de Melo, Marcio Ardigueri e Osmar Peterlini.
Os anfitriões com Alikan Silveira.Sandra e Marcos Calsavara, com Adilson e Bráulio Mattos.
A Brazilian Pet Foods agregou mais valor aos
seus produtos. A partir de agora, como estratégia
a franqueadora Brazilian Pet Foods Licensee,
permite aos parceiros, hoje franqueados, maior
flexibilidade nas negociações e padronização de
todos os produtos. A estratégia lançada desde
o início de 2011 foi comemorada em alto estilo
no dia 04 de junho no Hotel Palm Plaza em
Campinas, SP.
O evento contou com a presença de todos
os franqueados, onde foram entregues os
certificados. Muita festa e muita alegria para
comemorar essa nova etapa. A Brazilian Pet
Foods Licensee nasceu para potencializar o
compromisso com a qualidade, zelar e garantir
ao consumidor final maior segurança alimentar
dos produtos. Todas as linhas de produtos
já contam com a certificação do Programa
Integrado de Qualidade Pet (PIQPET). Esta
certificação só é fornecida para empresas
que seguem as normas, de códigos da BPF
(Boas Práticas de Fabricação) e Programas de
Certificações Internacionais (APPCC com base no
Codex Alimentarius), que cumprem o programa
de APPCC (segurança do alimento) e a legislação
nacional. Tudo isso garante a segurança e
confiabilidade dos produtos comercializados
e o integral cumprimento de todas as normas
e regulamentos legais. A Brazilian Pet Foods
tem o selo PIQ PET para todas as suas linhas
Sandra Viudes Calsavara, José Marcos Calsavara, Henrique Sérgio Garcia, Márcio Petruci Bezado e Carlos Teixeira.
Laurita e Edson Fila Bortoletto. Karla Farah e Alikan Silveira Jr. Marcos e Sandra Calsavara com os filhos Emanuelle e Marquinhos.
Brazilian Pet Foods agrega mais valor aos seus produtos
de alimentos, do super Premium ao standard.
A empresa tem certificação de Sistema de
Segurança do Alimento, BPF (Boas Práticas de
Fabricação) e APPCC (Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle). Todos os franqueados
tem a garantia Brazilian Pet Foods Licensee e o
compromisso com o consumidor está protegido,
ele pode confiar.
Certificação dos Franqueados
Um elegante evento marcou a entrega dos
certificados aos primeiros franqueados Brazilian
Pet Foods Licensee.
Apresentado por Carlos Nascimento,
jornalista do SBT, o encontro corporativo foi
realizado em Campinas, no Royal Palm Resort
e reuniu mais de 250 convidados de todo o
Brasil, que foram recebidos pelos anfitriões
Marcos e Sandra Calsavara. O evento
marcou a nova fase da empresa sediada em
Arapongas (PR), e que é a 8ª maior do mundo
no mercado pet food.
12 13Notícias
Ourofino lança linha exclusiva para aves ornamentais Rumo aos 25 anos de produção na área de saúde animal, a Ourofino Agronegócio,
mais uma vez atenta às oportunidades de mercado, lança sua nova linha de produtos
de suplementação para pet, desenvolvida especialmente para aves ornamentais: a
Bella Ave.
Além dos 45 produtos já fabricados pela empresa para animais de pequeno porte,
a Bella Ave acrescenta seis novos itens ao portfólio da Ourofino. “Nossa proposta
é atuar em uma nova área com uma linha de suplementos completa, com fórmula
exclusiva para todas as necessidades de cada fase da vida das aves ornamentais e
ainda oferecer o diferencial da dosagem única”, explica a gerente de Marketing da
Linha Pet da Ourofino, Karina Kowalesky.
A nova linha, que já está disponível em petshops de todo o Brasil, é composta
pelos produtos Todo Dia, Recuperação, Ferro, Reprodução, Muda e Canto. Um diferencial é a posologia ser sempre a mesma: 10
gotas diárias para aves menores e 20 gotas para as maiores, ambas para serem diluídas em 50ml de água, independente da raça.
“Estas soluções orais foram desenvolvidas com base em pesquisas de mercado para facilitar ao criador a suplementação do animal”,
acrescenta Kowalesky.
Para que as aves completem seus ciclos de forma saudável é preciso que recebam doses corretas de vitaminas e minerais. “A linha
Bella Ave reúne os suplementos necessários para que a ave complete todos os ciclos”, afirma a gerente.
Os produtos Bella Ave são produzidos na sede da Ourofino Agronegócio, em Cravinhos (SP). Outras informações em
www.ourofino.com
Está disponível a 5ª Edição do Manual de Sustentabilidade PIQ PET Esta edição traz novidades em seu conteúdo como o Guia de Sustentabilidade PIQ PET, Guia de Boas
Práticas na Distribuição e nos Pontos de Venda e Guia Nutricional para Peixes e Aves de Estimação além
da atualização dos Guias Nutricional Pet, Guia de Matérias Primas, Guia de Identidade e Qualidade, Guia
de Laboratórios e Guia de Legislações.
O conteúdo do Manual engloba informações técnicas para fabricação de alimentos que atendam os
mais exigentes padrões de qualidade e segurança de alimentos.
• Guia Nutricional Pet: Recomendação dos perfis nutricionais, de alimentos industrializados para cães e
gatos com base em pesquisas nacionais e internacionais, classificação de produtos e protocolos de testes.
• Guia Nutricional para peixes e aves de estimação: Recomendação dos perfis nutricionais para diversas
espécies de peixes ornamentais e aves de estimação.
• Guia de Matérias-Primas: Guia de ingredientes utilizados na alimentação animal com informações sobre o processo de produção e definição de seus
parâmetros de qualidade. Importante Guia para implantar o APPCC Pet.
• Guia de Identidade e Qualidade: Características de composição e qualidade de alimentos completos, alimentos coadjuvantes, alimentos específicos e
produtos mastigáveis para cães e gatos.
• Guia de Sustentabilidade PIQ PET (Boas Práticas de Fabricação Pet, Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, Requisitos Ambientais, Requisitos
Sociais e Requisitos Econômicos): Define, através do conjunto de ações, uma linha de conduta sustentável para a empresa se alinhar a questões
ambientais e a qualidade de produtos e serviços oferecidos.
• Guia de Boas Praticas na Distribuição e nos Pontos de Venda: Implantação e manutenção de programas de qualidade durante os processos de
armazenamento e distribuição dos alimentos garantindo a qualidade dos produtos da indústria ao ponto de venda.
• Guia de Laboratórios: Definição de métodos validados de análises físico-químicas, microbiológicas e de toxinas em matérias-primas e produtos
acabados. Orientação aos Laboratórios que desejam implantar um Guia de Gestão da Qualidade baseado na ISO 17025:2005.
• Guia de Legislações: Compilado das principais legislações destinadas à alimentação de animais de estimação.
• Guia de procedimentos do Programa de Sustentabilidade PIQ Pet: Programa de incentivo as empresas do setor visando à busca de uma avaliação
voluntária frente aos requisitos e práticas empresarialmente sustentáveis do ponto de vista econômico, ambiental e social.
Para mais informações entre em contato: [email protected] (11) 3373 8203
Arroz na ração animal Pela primeira vez, o arroz vai ser utilizado na ração animal. É mais uma
medida para recuperar os preços do grão. As operações serão feitas pelo
Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro).
A decisão foi anunciada pelo Ministério da Agricultura, em Brasília. Sem
restrições nutricionais ou financeiras, cerca de 500 mil toneladas de arroz
podem substituir, imediatamente, o milho nas rações.
“O produtor vai ter a garantia do preço mínimo e a indústria vai ter um
preço menor do que ela está pagando hoje pelo milho”, ressalta o secretário
de Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi.
Como existe excesso do produto no mercado, o governo garante que os consumidores não vão ser afetados.
O Ministério da Agricultura deve acertar com a equipe econômica os detalhes de como vai funcionar a comercialização do arroz. A
expectativa é que o a venda do grão para as indústrias de aves e suínos comece em no máximo 30 dias.
Fonte: Canal Rural
14 15
M.Cassab em nova área O Grupo M.Cassab, empresa nacional com 15 unidades de negócios, especializado na importação, distribuição, trading e produção de insumos
para diversos segmentos, anuncia a abertura da M.Cassab Foods, unidade voltada para o setor de alimentos, com foco na produção, importação e
comercialização de pescados, derivados, entre outros.
A M.Cassab Foods inicia operação com a representação exclusiva da marca espanhola La Pescantina, da Connorsa, que atua com pescados e
moluscos em conserva. A unidade passou a responder pela distribuição no Brasil das linhas de produtos Standard e Gran Selección, no início deste ano.
“Investimos mais de 300 mil dólares no primeiro contêiner e o retorno já é positivo. Observamos excelente aceitação no mercado brasileiro”, afirma o
diretor comercial da M.Cassab Foods, Silvio Coelho.
Entre os produtos da linha Standard, encontrados em empórios, mercearias e lojas especializadas estão os filés de Cavalinha em óleo comestível,
Atum claro sólido em azeite de oliva, Atum claro sólido ao natural, Mexilhões em escabeche, Lulas em molho de tomate apimentado, Tentáculos de
lula em óleo comestível e Sardinhas em óleo comestível.
Já na linha Gran Selección destacam-se Atum branco sólido em azeite de oliva, Ventresca de Atum claro em azeite de oliva e o Bacalhau frito
com molho Vizcaína.
Para o segundo semestre deste ano, o Grupo M.Cassab planeja intensificar sua atuação no setor alimentício com a oferta de produtos diferenciados
de tilápia, originados da criação própria verticalizada com uso do sistema de tanques-redes.
Com investimentos de R$ 15 milhões, as instalações da M.Cassab Foods com tanques de criação de tilápia serão em Rifaina, interior de São Paulo. Com
capacidade produtiva mensal de 400 toneladas, a unidade focará a distribuição e comercialização do pescado no estado de São Paulo, mas pretende
expandir a atuação para o mercado nacional.
“Em breve, nossas tilápias já estarão sendo processadas no frigorífico próprio, que ocupará uma área de 15 mil m2 e capacidade inicial de
processamento de 20 toneladas de peixes por dia”, explica o executivo.
Alta Tecnologia
Todo o processo de cultivo de tilápias será certificado por agências nacionais e internacionais e será baseado nos pilares de sustentabilidade
(econômica, social e ambiental), rastreabilidade e qualidade. Outro diferencial do ingresso da M.CASSAB Foods no segmento alimentício se dá com a
utilização de tecnologia aliada à inovação em todas as etapas do processo.
Nos tanques-rede, por exemplo, a alimentação será monitorada por sistemas computadorizados, evitando assim desperdícios e maximizando o uso
racional de alimento. A água dos viveiros de reprodução e alevinagem também será reaproveitada graças a um moderno sistema de recirculação fechada.
Além disso, as rações usadas na criação dos peixes terão elevados índices de aproveitamento, e baixos índices de conversão alimentar.
“A piscicultura é uma atividade relativamente nova, com grande potencial de crescimento no Brasil e no mundo. Em nosso primeiro ano de atuação
esperamos um crescimento acima de 15%”, completa Coelho. A unidade conta hoje com 16 colaboradores, mas a expectativa do Grupo M.Cassab é
contar com 190 profissionais até o final de 2012, sendo 150 recrutados para a produção de tilápias, em Rifaina.
Fonte: Assessoria de Imprensa M.Cassab
Controle de Pescados O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
aprovou os novos métodos analíticos oficiais físico-químicos
para o controle de pescado e seus derivados. As regras foram
publicadas no Diário Oficial da União.
Além de descrever os processos de colheita de amostras,
a Instrução Normativa nº 25 define dois novos métodos de
análise para desglaciamento e histamina.
Os exames de desglaciamento visam inibir fraudes
econômicas na venda dos produtos, pois o gelo utilizado na
conservação do peixe deve ser descontado do peso final cobrado do consumidor. O teste de histamina - toxina que causa uma doença conhecida
como Escombrotoxicose capaz de provocar alergias - indica se houve falhas higiênico-sanitárias no processamento ou na armazenagem do
pescado.
Segundo a responsável técnica pela área físico-química de produtos de origem animal , microbiologia de alimentos e ração animal do Ministério
da Agricultura, Josinete Barros de Freitas, além de trazer mais segurança alimentar para a sociedade, a norma abrirá novos mercados para os
produtos brasileiros. Os países da União Européia, por exemplo, exigem o resultado prévio da análise para histamina antes do embarque.
A metodologia foi desenvolvida ao longo de três anos por especialistas da área de físico-química de alimentos de origem animal do
Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), de Pernambuco, e deverá ser incluída em um manual após a sua publicação. Com as novas
técnicas, os resultados da análise deverão ser obtidos dentro de dois dias. O trabalho é liderado pela Coordenação-Geral de Apoio Laboratorial
da Secretaria de Defesa Agropecuária (CGAL/SDA).
As avaliações serão realizadas nos seis Lanagros - localizados em Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Pará, Minas Gerais e São Paulo - e
nos 22 laboratórios pertencentes à Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária.
Entre janeiro e março deste ano foram analisadas 706 amostras coletadas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) nas unidades do Lanagro.
Saiba mais - Glaciamento: processo legalmente utilizado pelas empresas no qual se adiciona uma camada de gelo ao pescado congelado,
que tem a função de proteção do produto contra a desidratação e oxidação pelo frio. O peso deste gelo deve ser descontado do peso final do
produto, de forma que o peso líquido declarado ao consumidor seja o peso efetivo do pescado, isto é, descontado do peso da água utilizada
no procedimento.
Histamina: substância produzida naturalmente por alguns tipos de pescado, que pode causar reações alérgicas se estiver presente em grande
quantidade. No caso do Brasil, o principal peixe comercial que contém a histamina é o atum. O controle de temperatura do pescado evita que
a substância seja produzida em quantidades prejudiciais ao consumidor.
Fonte: Mapa
Brasil: 80 milhões de toneladas de ração até 2020 Maringá (PR) foi o local indicado para realização do 1º Congresso sobre Tecnologia da Produção de Alimentos para Animais, evento que é uma
iniciativa do Colégio Brasileiro de Nutrição Animal (CBNA), e foi realizado nos dias 23 e 24 de agosto de 2011, no Hotel Deville, em Maringá (PR).
A cidade é um pólo que congrega cerca de 110 municípios, onde estão localizadas duas das maiores cooperativas agroindustriais do país,
com destaque na área de grãos. Dezenas de empresas também mantêm unidades de produção de alimentos para animais na região, que é
grande produtora de proteína animal.
Assim, com destaque na área de nutrição animal, o agronegócio é a atividade mais forte na região de Maringá, com atuação voltada para
atender o mercado internacional. Não por acaso, o evento do CBNA também atraiu a participação de cooperativas e agroindústrias nacionais,
incluindo a indústria de sal mineralizado e pet food,
A indústria de alimentos para animais produz mais de 60 milhões de toneladas no Brasil,
com crescimento anual em torno de 4%. A avicultura é a maior consumidora de rações (47%), ante 25% dos suínos e 11% da pecuária, incluindo
corte e leite. O setor de animais de companhia também tem grande destaque, crescendo num ritmo de aproximadamente 8% ao ano.
Nesse ritmo, e em especial diante da expectativa de crescimento no consumo global de proteínas animais, as projeções apontam que a
produção brasileira atingirá o patamar de 80 milhões de toneladas em 2020.
Fonte: CBNA - Assessoria de Imprensa
Mig PLUS Agroindustrial - Incremento de 42% no 1º Semestre A Mig PLUS Agroindustrial Ltda, com sede em Casca/RS, voltada ao segmento
de nutrição animal, informa o expressivo crescimento de 42%, em seu faturamento
no 1º semestre de 2011, comparado a 2010, superando as expectativas projetadas
inicialmente e muito superior ao crescimento nacional.
O aumento participativo no mercado, corrobora os permanentes investimentos
na modernização e aperfeiçoamento de seus processos fabris, na manutenção e
ampliação da qualidade, segurança e rastreabilidade de seus produtos, disponibilizando ao mercado, alimentos seguros e de qualidade
incontestável, proporcionando aos clientes, melhorias nos índices zootécnicos das propriedades assistidas, auxiliando na viabilização do
agronegócio, voltado à produção de proteínas de alto valor biológico (carnes, leite e ovos), cada vez mais presentes na alimentação humana,
graças a elevação da renda familiar e consequente melhoria na qualidade de vida.
Notícias
16 17Caderno Científico
o Brasil há uma grande oferta de ingredientes
derivados do trigo, milho, arroz e soja, dentre outros.
Apesar de muitas matérias-primas derivadas destes grãos
e cereais apresentarem custo acessível para utilização
em petfood, a presença de fatores nutricionais pode
comprometer o processamento industrial e aproveitamento
pelos animais. Seguindo o exemplo da nutrição de animais
de produção, nos últimos anos tem crescido o interesse
pela indústria de animais de companhia pela utilização
de aditivos enzimáticos visando aproveitar a elevada
disponibilidade de ingredientes vegetais do mercado e ao
mesmo tempo não comprometer a qualidade dos alimentos
produzidos. Dentre os principais fatores antinutricionais
presentes nas matérias-primas vegetais encontram-se
os Polissacarídeos Não Amiláceos (PNA s), inibidores de
enzimas endógenas, lectinas, enzimas presentes no próprio
grão cru e o quelantes de minerais como o ácido fítico,
dentre outros. Desta forma, estes componentes podem
comprometer o aproveitamento do alimento pelos animais.
Acredita-se que muitos fatores antinutricionais sejam
eliminados durante o processo de extrusão do alimento, sob
elevadas condições de temperatura e pressão. No entanto,
especialmente os PNA’s e ácido fítico parecem não sofrer
Uso de enzimas em alimentos extrusados para cães
N Por: Fabiano Cesar Sá
qualquer interferência no processo de extrusão.
Enzimas são proteínas globulares, de estrutura
terciária e quaternária, que agem como catalisadores,
aumentando a velocidade das reações químicas, sem serem,
elas próprias alteradas neste processo. São altamente
específicas para os substratos. Os aditivos enzimáticos não
possuem função nutricional direta, mas podem auxiliar
no processo digestivo, o que ainda permanece um assunto
controverso. Podem ser usados em rações para cães de
duas formas básicas: como aditivo de processo, melhorando
a eficiência do processo de extrusão (amilases); e como
auxiliar no processo digestivo, para complementar as
enzimas do sistema endógeno (proteases, amilase e lipases)
ou suplementar enzimas que não são produzidas pelos
monogástricos (fitase, xilanase, glucanase, celulase, fitase,
dentre outras).
Considerando que a adição de elevada quantidade
de coprodutos ricos, especialmente em fibra, em rações
para cães acarreta prejuízo no processamento (desgaste
de equipamentos e qualidade final do produto) e na
digestibilidade dos nutrientes, é possível que a adição
de uma mistura de enzimas possa atenuar estes efeitos
negativos, promovendo melhor produtividade, maior
digestibilidade dos nutrientes para cães. Este tema ainda
foi pouco explorado na nutrição de animais de companhia.
Para verificarmos estas particularidades, relacionadas com
o processo de extrusão e a digestibilidade dos nutrientes,
nesta edição foram separados dois artigos científicos, o
primeiro extraído da Feed Tech magazine, e o segundo
da Animal Feed Science and Technology, os quais seus
resumos encontram-se traduzidos a seguir.
Enzima rEduz consumo dE EnErgia Em alimEntos Extrusados para cãEs
Autores: FROETSCHNER, J.; PANZER, D. D.; WILSON, J. W.; WILLIANS, S. N.
Dois experimentos foram conduzidos para avaliar a capacidade da α-amilase em melhorar características
produtivas de uma dieta a base de milho usando uma extrusora. Nesses experimentos concluiu-se que houve
consumo menor de energia na extrusora, para ambos os experimentos, mantendo a densidade desejada nos
produtos, além de aumentar níveis de produtividade do equipamento.
Feed Tech magazine, v.10, n.10, 2006. (<http://www.allaboutfeed.net/article-database/enzyme-lowers-energy-input-
in-extruded-dog-food-id1092.html>)
os EfEitos dE nívEis crEscEntEs dE polissacarídEos não-amilácEos solúvEis E inclusão dE Enzimas Em diEtas para cãEs sobrE a
qualidadE fEcal E digEstibilidadE
Autores: Twomey, L. N.; Pluske, J. R.; Rowe, J. B.; Choct, M.; Brown, W.; McConnell M. F.; Pethick, D.W.
Os efeitos de níveis crescentes de polissacarídeos não amiláceos (PNAs) solúveis em dietas extrusadas para cães foram
estudados em um esquema fatorial 3 x 2 com seis cães por tratamento. Os fatores examinados foram, dietas de composição
diferente, com níveis dietéticos de PNAs solúveis (11,16 e 20 g/kg), e a presença ou ausência de enzimas contendo xilanase,
β-Glucanase e amilase. As dietas variaram no conteúdo de PNAs solúveis atribuindo dieta A, dieta C, respectivamente,
com enzima ou a água que era adicionada na alimentação de cada um para compor a seis rações utilizadas no experimento.
A mistura de enzimas alimentares foi pulverizada sobre a dieta no momento da alimentação, a um nível de 400ml/ton da
dieta. O experimento durou 13 dias, com coletas de fezes que ocorreu no final de 5 dias. Foram feitas as seguintes análises:
escore fecal (fezes, indicando 1 dura, e 5 com diarréia), o coeficiente digestibilidade aparente (CDA), pH fecal, ácidos graxos
voláteis (AGV) e lactato. Interações significativas (P <0,05) estiveram presentes para o conteúdo de PNAs solúveis e enzimas
nos CDA do amido, matéria seca, gordura e energia bruta. Dietas contendo 16g PNAs solúveis g/kg (dieta B) e 20 PNAs
solúveis g/kg (dieta C) PNA solúvel causaram queda no CDA (P <0,05), mas a presença da enzima reverteu esses efeitos (P
<0,05) de tal forma que os resultados foram equivalentes aos da dieta A. O CDA da proteína foi reduzida (P <0,001) com
aumento do nível PNAs solúveis, mas aumentou (P <0,01) com a adição de enzimas. O aumento dos níveis PNAs solúveis
causaram mudanças na materia seca fecal (2,2 versus 2,5 contra 3,0 para dietas A, B e C, respectivamente), porém a enzima
diminuiu o escore fecal (2,7 versus 2,5, P <0,05). O aumento dos níveis dietéticos de PNAs solúveis diminuíram o pH fecal
(P <0,001) e causaram aumento do lactato das fezes e das concentrações de AGV, indicando que a fermentação no intestino
teve grande aumento. O aumento dos níveis de PNAs solúves em rações para cães causou alguns efeitos antinutritivos e
piora na qualidade das fezes, no entanto, a adição da enzima aliviaram alguns destes efeitos, na medida em que um moderado
aumento nos níveis de PNAs solúveis foi empregado, esse níveis podem ser tolerados em rações para cães à base de cevada,
trigo, sem grandes efeitos negativos na qualidade fecal e digestão.
Animal Feed Science and Technology, v. 108, p. 71–82, 2003.
Conforme os resumos apresentados, apesar de
aparentemente o uso de algumas enzimas melhorar
o processamento de extrusão e a digestibilidade de
alguns nutrientes de dietas para cães, outros trabalhos
conduzidos no Brasil e em outros países têm falhado
em comprovar tais efeitos. Esta controversa literária se
deve aos inúmeros fatores que inf luenciam diretamente
os resultados experimentais e que ainda são pouco
compreendidos, havendo a necessidade de intensificação
de pesquisas nesta área.
18 19
LevedurasPequenas notáveisA busca por ingredientes alternativos na composição da alimentação animal, a fim de deixá-la com alto valor nutricional, colocou as leveduras em um patamar de destaque,
recebendo atenção especial da indústria pet food
iferentes tipos de leveduras têm sido usadas
na alimentação animal e uma das mais conhecidas é a
Saccharomyces Cerevisiae, obtida por meio do processo de
fermentação da cana-de-açúcar, uma solução totalmente
natural. Excelente fonte de proteína, tem ainda um bom
balanceamento de aminoácidos e se destaca pela grandeza
de vitaminas de complexo B, fonte de vitamina D, só para
citar algumas características que contribuem para melhorar
a saúde e bem-estar dos animais.
Nas décadas de 70 e 80 diversos trabalhos zootécnicos
foram realizados tendo como único objetivo viabilizar a
levedura como uma alternativa de fonte protéica. Com
isso, até o início dos anos 90, as leveduras permaneceram
“esquecidas”, sendo usadas na alimentação animal apenas
quando o custo se tornava interessante em função de sua
composição nutricional de base protéica.
A partir de 1990, o crescente interesse por parte dos
produtores de ração para criação de camarões e para o
desmame de leitões, tanto na Europa quanto na Ásia, fez
com que as indústrias adequassem seus procedimentos
industriais, procurando o processamento de leveduras
com alta qualidade. Durante esta década, o enfoque dos
trabalhos zootécnicos realizados mudaram, visando a
obtenção de resultados em melhorias de performance,
prevenção de doenças e reforço do sistema imunitário, como
resultado a indústria mundial passou a ver as leveduras
como um aditivo profilático, com capacidade de melhorar
a performance dos animais sujeitos a condições de stress.
“As leveduras apresentam as características mais favoráveis
para uso na alimentação animal quando comparadas a
outros micro-organismos. Não há contra-indicações e sua
utilização resulta em muitos benefícios à saúde, dentre eles,
imunidade, desempenho, consumo e aproveitamento da
dieta”, observa Simone Cavalli, diretora de operações para
a América Latina da Alltech.
Segundo dados do mercado brasileiro e considerando
todos os tipos de leveduras utilizadas, calcula-se que o
consumo anual mínimo seja de 26.000 a 30.000 toneladas
para uso em pet food. “O Brasil demonstra enorme potencial
de uso e crescimento. O grande desafio é a expansão deste
conhecimento para o público em geral e não só aos técnicos.
Capa
D
Por: Lia Freire
A Europa e Estados Unidos estão bem mais adiantados em
conhecimento e aplicações, mas no Brasil a velocidade de
crescimento tem sido importante nos últimos anos”, analisa
Roberto Vituzzo, gerente global de negócios nutrição
animal da Biorigin.
Quem também acredita no potencial do mercado
brasileiro de leveduras e aposta no seu crescimento é o
executivo da Nutriad Nutrição Animal, Diogo Villaça.
“O Brasil é um grande produtor de levedura de cana
e cerveja, muitas empresas estão aprendendo a lidar
com este ingrediente, antes julgado subproduto e estão
desenvolvendo novas tecnologias e soluções.”
Quanto ao percentual de levedura permitido na
nutrição animal não existe uma regra para uso mínimo,
mas sim algumas recomendações. A quantidade de produto
(e suas combinações) é diferente para agir como estimulante
do sistema imunológico ou como um sequestrante de
micotoxinas, por exemplo. E, para checar a presença das
leveduras na alimentação animal a legislação brasileira
segue as normas da Comunidade Europeia, em que as
leveduras precisam estar livres de antibióticos, aflatoxina
e metais pesados, com tamanho de partícula em 30 mesh.
um aliado chamado nutrigEnômica
Desde a década de 80, a Alltech oferece ao mercado
soluções naturais para a indústria de alimentação
animal e no segmento de leveduras trabalha com a cepa
Saccharomyces Cerevisiae 1026, que foi selecionada pelo
fundador e proprietário da companhia, Dr. Pearse Lyons.
“As cepas que utilizamos são de propriedade da Alltech e esse
processo garante a qualidade e segurança das tecnologias
que produzimos”, afirma Simone, diretora da empresa.
Além disso, destaca-se na companhia o controle rígido da
cepa de levedura através de análises como o fingerprint,
desde a sua multiplicação no laboratório até a produção
em escala industrial (primer growth yeast). A tecnologia
exclusiva utilizada pela Alltech para o fracionamento da
parede celular é também outro importante diferencial,
pois garante o padrão de composição dos produtos que são
originados a partir deste processo.”
“Muitas empresas estão aprendendo a lidar com a levedura, antes julgada subproduto e estão desenvolvendo novas tecnologias e soluções.”
20 21Capa
Inovar é parte da filosofia da Alltech, que investe grande parte de seu faturamento em pesquisa e desenvolvimento de produtos. Unidade em São Pedro do Ivaí, no Paraná.
A constante inovação é parte da filosofia da Alltech,
por isso, investe grande parte de seu faturamento em
pesquisas e desenvolvimento de produtos. Há profissionais
trabalhando em período integral nos centros de pesquisa
unicamente para desenvolver novas tecnologias e melhorar
as já existentes. Recentemente, a empresa desenvolveu
três novos produtos (Actigen, EconomasE e DEMP),
obtidos a partir da Nutrigenômica, que é a ciência que
explica como os nutrientes presentes na dieta afetam a
saúde e o desempenho dos animais através de mudanças
na expressão dos genes. “O desenvolvimento de novas
tecnologias a partir de uma ciência como a Nutrigenômica
representa uma grande inovação científica, o que permite
a diferenciação da Alltech no mercado e nos torna líde
no fornecimento de soluções naturais para a indústria de
alimentação animal.”
Para Simone, os principais avanços na área de
leveduras foram obtidos através de tecnologias da
extração e fracionamento da parede celular das
leveduras. “Somos pioneiros nesta área e temos uma
patente que foi desenvolvida para a fabricação de um
dos nossos produtos líderes de mercado, o Mycosorb,
composto por glucanos originados da parede interna
da levedura.” Simone af irma ainda que a qualidade e
rastreabilidade são fatores primordiais e que devem ser
levados em consideração pela indústria de leveduras.
“Mais uma vez, a Alltech se diferencia pelo controle
rígido do crescimento da cepa de levedura, o que
garante um produto seguro e de altíssima qualidade.”
macrogard: avançado concEito dE nutrição animal
Especializada em leveduras secas de cana-de-
açúcar, tanto íntegras quanto autolisadas, levedura
de cervejaria, levedura selenizada e vários derivados
de leveduras, como MOS e Beta-glucanas, a Biorigin
controla todo o processo de origem da matéria-
prima, desde a cultura da cana-de-açúcar, mantendo
um processo de rastreabilidade dos produtos
acabados. “Contamos com um dos maiores e mais
modernos Centros de Pesquisa & Desenvolvimento
do segmento, além de uma equipe de pesquisadores
altamente qualif icada e dedicada ao desenvolvimento
de novas tecnologias e processos. Um dos exemplos
mais importantes que temos é o MacroGard, um
produto de alto nível tecnológico que agrega o mais
avançado conceito de nutrição, visando a saúde
animal para as mais diversas espécies”, destaca
Vituzzo, gerente da Biorigin.
De acordo com Vituzzo, dentre os principais
desaf ios daqueles que atuam no fornecimento de
leveduras estão: alavancar o nível de conhecimento dos
técnicos sobre as aplicações e benefícios dos produtos
e utilizar soluções naturais que garantam a saúde e
bem-estar dos animais de estimação e, no caso de
animais de produção, a segurança alimentar. “A cada
dia avançamos em termos de conhecimento e novas
aplicações das leveduras, por isso, nossa participação
de mercado vem ganhando força nos últimos anos.
Um dos princípios da Biorigin está em manter altos
investimentos em pesquisa e desenvolvimento de
produtos e tecnologias. Sabemos que este é um grande
pilar de sustentação dos nossos negócios presentes e
futuros.”
lEvEduras Em formulaçõEs multifuncionais
A Nutriad não trabalha com levedura e derivados
puros. A linha de atuação da empresa é baseada
nos efeitos positivos e sinérgicos das leveduras
em formulações multifuncionais. Compõem o seu
portfólio, o produto líquido Toxy-Nil™ Plus Liquid,
A Alltech utiliza a ciência nutrigenômica para desenvolver os seus produtos.
“A cada dia avançamos em termos de conhecimento e novas aplicações das leveduras, por isso, nossa participação de mercado vem ganhando força nos últimos anos”, Roberto Vituzzo, da Biorigin.
22 23Capa
com funções antiestresse, imunoestimulante e
melhorador de performance; Toxy-Nil Unike™ Dry,
o aditivo adsorvente de micotoxinas multifuncional
(AAMM). Neste caso, a levedura possui um papel
muito importante, pois auxilia na biotransformação
das micotoxinas apolares, fornecendo substrato para as
bactérias do intestino metabolizarem as micotoxinas
formando outros compostos não tóxicos ou que não são
absorvidos pelos animais. E, a mais recente novidade
da companhia é o Sentiguard™ Dry, um prebiótico,
que age de maneira multifatorial, à base de leveduras,
além de ácidos orgânicos e extratos botânicos, que
protegem e reparam o epitélio intestinal, bloqueiam
a adesão de patógenos e preparam o sistema imune
do animal, promovendo desta forma melhor absorção
de nutrientes e consequente melhora do desempenho
zootécnico.
De acordo com Villaça, gerente da Nutriad, o
foco da empresa é oferecer ao mercado alternativas
para proporcionar aos animais melhor qualidade de
vida e bem-estar, sempre atentos à manutenção da
sustentabilidade. “Seguindo esta f ilosof ia de atuação,
investimos continuamente em nosso departamento de
Pesquisa e Desenvolvimento. Além disso, temos centros
de pesquisa aplicada nos EUA e em alguns países
europeus, contamos com uma equipe de zootecnistas,
veterinários, químicos, biólogos e engenheiros que
trabalham continuamente no desenvolvimento e
aprimoramento de produtos e, por último, mantemos
parcerias com centros de pesquisa e universidades ao
redor do mundo, buscando ideias inovadoras e novas
oportunidades de aplicação dos produtos.”
Em termos dos principais avanços obtidos no
segmento que emprega as leveduras na alimentação
animal, Villaça af irma que a utilização das glucanas
como imunoestimulante é uma alternativa promissora
como forma de melhorar o sistema de defesa do animal.
Vários estudos realizados com mamíferos atestam que
as β-1,3 glucanas presentes nas leveduras têm efeito
imunoestimulante, melhorando a hematopoiese. Na
aquacultura, tem-se verif icado que a levedura é capaz
de melhorar a resposta imunológica e o crescimento de
várias espécies de peixes, inclusive os ornamentais.
diamond v: atEndEndo às nEcEssidadEs dE difErEntEs EspéciEs animais
Distribuídos no Brasil pela Tectron Nutrição
Animal, os produtos fermentados da Diamond V
(XP, XPC e DiaMune Se) utilizam a Saccharomyces
“Segundo dados do mercado brasileiro, e considerando todos os tipos de leveduras utilizadas, calcula-se que o consumo anual mínimo seja
de 26.000 a 30.000 toneladas para uso em pet food.”
“O cultivo de leveduras da Diamond V melhora a digestibilidade, o aproveitamento do alimento e equilibra o sistema imunológico do animal”, Pablo Rosete, da Tectron.
Cerevisiae a f im de formar metabolitos nutricionais.
Durante os dois processos fermentativos (fermentação
líquida com açúcares seguida de uma fermentação
úmida), a levedura é destruída, portanto, o produto não
é levedura, mas um complexo patenteado, contendo
mais de 200 metabólicos de interesse nutricional,
fermentado com leveduras. “Todos os nossos produtos
são desenvolvidos nos Estados Unidos, 100% naturais,
ativos, atóxicos e os cereais utilizados na elaboração
do cultivo de leveduras são 100% GMO free”, explica
Pablo Rosete, diretor técnico e comercial da Tectron
para América Latina - Diamond V.
Segundo a companhia, o cultivo de leveduras da
Diamond V melhora a digestibilidade, o aproveitamento
do alimento e equilibra o sistema imunológico do
animal. “Há mais de 400 trabalhos científ icos que
demonstram a funcionalidade da Diamond V em
distintas espécies animais. Como resultado de uma
melhor digestão e um sistema imunológico equilibrado,
o animal otimiza sua função zootécnica para a função
que foi geneticamente desenhada”, observa Rosete.
Em busca de resultados cada vez melhores,
a Tectron oferece ao mercado prof issionais
especializados em cada área da alimentação animal:
avicultura, bovinocultura, suinocultura, aquacultura
e pet food e conta com o apoio da DV-TECH, equipe
técnica da própria Diamond V, que tem ainda um
centro de investigação científ ica e parcerias com
universidades nos USA, México, China e Tailândia.
“Os produtos Diamond V são testados in vitro por
laboratórios próprios nos USA, além dos laboratórios
universitários de renome mundial. Também são
submetidos a testes in vivo, em centros de pesquisas
próprios e convênios com instituições de pesquisa
no mundo todo Nossos avanços têm sido com todas
as espécies. O mais recente, em aquicultura, apontou
a conversão alimentícia em peixes e a redução na
mortalidade em camarões; em avicultura, os resultados
obtidos e publicados em aves de postura conf irmam
o efeito positivo de Diamond V XPC na produção e
qualidade do ovo. Também foi demonstrado o efeito
benéf ico do uso de cultivo de leveduras em gado de
engorda com respeito à conversão alimentar”, explica
Rosete. “Quanto ao futuro dos negócios estamos
bastante otimistas pelo fato de representarmos um
produto inovador que proporciona ótimos benefícios.
Temos o objetivo de repetir, aqui no Brasil, o sucesso
técnico e comercial, mundialmente já alcançados pela
Diamond”, enfatiza Daniel Pigatto Monteiro, diretor
presidente da Tectron.
“Quanto ao futuro dos negócios estamos bastante otimistas. Temos o objetivo de repetir, aqui no Brasil, o sucesso técnico e comercial, mundialmente já alcançados pela Diamond”, Daniel P. Monteiro, da Tectron.
“A Europa e EUA estão bem mais adiantados em conhecimento e aplicações das leveduras, mas no
Brasil a velocidade de crescimento tem sido importante nos últimos anos.”
24 25
“... comecei a pesquisar os fornecedores nos USA, Europa e Ásia, onde encontrei a Muyang e
fiquei impressionado com a qualidade e tecnologia ...”Stefan Widmann
Diretor da WIDI Tecnologia, empresa que representa com exclusividade, no Brasil, o grupo chinês Muyang – hoje considerado o segundo maior fabricante mundial de equipamentos e projetos para fábricas no segmento de ração animal - Stefan Widmann fala sobre os novos projetos, como o Centro de Distribuição para peças de reposição com atuação em toda a América do Sul, o posicionamento no mercado e as pretensões de negócios, que inclui a construção de uma fábrica da Muyang no país.
Entrevista
Revista Pet Food – Como teve início a história da WIDI Tecnologia?Stefan Widmann – Eu era vice-presidente da Bühler no Brasil - empresa líder global na área de engenharia, equipamentos e fábricas completas para alimentação humana e rações animais – quando em 2005 deixei a companhia para iniciar um novo projeto profissional: abrir em São Paulo a minha própria empresa de engenharia voltada para as fábricas de ração animal.
Revista Pet Food – Quando surgiu a oportunidade de ser no Brasil representante exclusivo do Grupo Muyang?Widmann – A minha ideia inicial era comercializar projetos de engenharia para as fábricas de alimentação animal, mas mediante a resistência do mercado nacional, que por uma questão cultural, na época, não “comprava” a engenharia, adquirindo-a diretamente dos fornecedores fui obrigado a ampliar o foco de atuação e passei também a comercializar equipamentos e fábricas completas. Comecei a pesquisar os fornecedores nos Estados Unidos, Europa e Ásia, onde encontrei a Muyang e fiquei impressionado com a qualidade e tecnologia que oferecia em seus serviços e equipamentos. Revista Pet Food – Como foi a receptividade da Muyang ? Havia a pretensão de atuar no Brasil?Widmann – Naquela época, entre 2005 e 2006, a Muyang possuía cerca de 45 agentes espalhados por todo o mundo. Considerada a número 1 da Ásia, queria repetir o sucesso pelo mundo a fora, para tanto também buscava parceiros que tinham know-how neste setor. Então, no nosso caso foi uma união de interesses. A WIDI desejava vender equipamentos e máquinas completas e a Muyang atuar no Brasil, criando laços comerciais por aqui. Em março de 2006 iniciamos a parceria e em 2007 aconteceu a nossa primeira venda, desde então estamos aumentando a nossa participação no mercado brasileiro.
Revista Pet Food – No início houve alguma resistência por parte do mercado brasileiro em adquirir máquinas chinesas?Widmann – Todo início, seja qual for o negócio, há dificuldades. Em 2006, a resistência do empresário brasileiro ainda era muito grande em relação à tecnologia e produtos chineses e não poderia ser diferente, em busca apenas do melhor preço havia
Por: Lia Freire
entrado no país, principalmente em setores como o têxtil e de brinquedos, produtos de baixa qualidade. Precisávamos fazer um trabalho de convencimento e comprovar o que estávamos afirmando. Graças a um intenso trabalho conseguimos ultrapassar essa dificuldade e mostrar que a Muyang é uma empresa séria e que preza pela qualidade. Não é aventureira, que veio para ficar 3 ou 4 anos, mas deseja consolidar-se e fincar raízes por aqui. Hoje já temos mais de 100 clientes no Brasil, que são as nossas melhores referências, atestando a nossa qualidade e seriedade.
Revista Pet Food – Como define a atuação da WIDI e Muyang no país?Widmann – Não atuamos apenas como vendedores de máquinas e equipamentos, o nosso objetivo é trabalhar para que os clientes estejam plenamente satisfeitos, oferecendo-lhes todo o suporte necessário,
para tanto, as equipes da WIDI (no Brasil) e da Muyang (na China) trabalham em conjunto durante toda a realização dos negócios, que inclui desde as vendas, passando pelos projetos de engenharia, chegando à parte técnica de instalação, que reúne montagem e supervisão das plantas - fase em que já entramos na prestação de serviço e tem ainda os treinamentos aos clientes, a assistência técnica e a manutenção preventiva. A WIDI também está atuando no Brasil, com o seu escritório em São Paulo, como o fornecedor de peças de reposição da Muyang. Disponibilizamos as principais peças, tudo em pronta-entrega. Além
Ao centro, Stefan Widmann, da WIDI, com executivos da Muyang, durante a participação na Expo Pet Food, realizada em março de 2011.
26 27
disso, algumas que são consideradas estratégicas, que podem inclusive fazer uma máquina parar de funcionar, são fabricadas aqui no Brasil, em parceria com fabricantes nacionais, a fim de agilizarmos e termos ainda mais eficácia em nosso atendimento.Num futuro próximo será implementado, no Brasil, o Centro de Distribuição de peças de reposição da Muyang, atendendo toda a América do Sul.
Revista Pet Food – Com relação às tecnologias oferecidas pela Muyang, quais são os diferenciais? Widmann – Cada vez mais as rações são produzidas a partir de matérias-primas alternativas, em menos tempo e com menor custo operacional, seguindo os conceitos da instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e das Boas Práticas de Fabricação (BPF’s). Ou seja, os desafios são grandes, no Brasil temos um mercado tecnológico maduro, mas temos o compromisso de ajudar os nossos clientes a chegarem nos melhores resultados, para tanto, a Muyang investe continuamente em novas e melhores tecnologias, muitas delas ainda desconhecidas no Brasil. Jamais iremos “empurrar” uma tecnologia para os nossos clientes, mas não podemos e nem faz parte da nossa postura empresarial deixar de apresentar-lhes as novidades e tendências. E tem o caminho inverso também: nós da WIDI “traduzimos” as necessidades dos clientes brasileiros para que sejam desenvolvidas tecnologias e máquinas adequadas para eles.
Revista Pet Food – Qual a representatividade do segmento pet food para os negócios da WIDI - Muyang, no Brasil?Widmann – Para nós ainda é pequeno este segmento e para o Grupo Muyang representa 15% dos negócios totais gerados no Brasil. Na realidade, só começamos a atuar mais fortemente neste setor há cerca de 2 anos e hoje contabilizamos cerca de 15 clientes, dentre eles, Kowalski, Anhambi, Alisul-Supra, Nutron, Poli-Nutri, BRF, Magrif-Seara etc. Portanto, ainda temos um longo e promissor caminho a ser explorado, principalmente quando olhamos para o mercado de aquacultura, que eu acredito ainda vai crescer muito no Brasil. Desejamos expandir a nossa atuação, mas sem perder o nosso foco que é a plena satisfação do cliente.
Revista Pet Food – Existe a possibilidade de erguer uma planta industrial da Muyang no Brasil?Widmann – Sim, certamente há a pretensão de fábrica no país, para atender não só o Brasil, como toda a América Latina, mas é algo para 2015. Primeiramente é necessário que haja uma demanda continua e consolidada, por enquanto, importar os equipamentos da China é muito mais vantajoso para os nossos negócios, como para os clientes. Já vivemos na atualidade parcerias com empresas nacionais do setor, que agregam fornecimentos nacionais, quando se faz necessário.
Revista Pet Food – Quais as expectativas da WIDI e Muyang no mercado brasileiro?Widmann – Há mais de 50 anos ouvimos falar que o Brasil é o país do futuro e sinceramente acreditamos nisso. Desde 1998, com a estabilidade econômica muita coisa mudou e para melhor...o futuro realmente chegou. Todas as grandes companhias, independente do ramo de atuação, desejam estar aqui, não foi diferente com a Muyang. Desde que a WIDI iniciou a sua atuação vem obtendo ótimo crescimento e acreditamos em nova ascensão. O Brasil já ocupa o primeiro lugar em exportação de carne de frango e bovina e o quinto em suína, o que apenas confirma o que acreditamos, ou seja, o potencial é promissor no segmento brasileiro de alimentação animal. Como atendemos todos os tipos de fábricas de ração animal, ainda há nichos que desejamos explorar ainda no Brasil, como por exemplo, a aquacultura.
Entrevista
28 29Informe Técnico
á é bastante conhecida a importância da realização de testes
de palatabilidade em painéis experts, no qual se consegue obter
um ambiente bastante controlado, animais treinados e capazes de
identificar diferenças não óbvias.
Já os “painéis in home” são importantes uma vez que possibilitam
entender a relação do pet com seu dono, além da preferência do próprio
dono frente aos alimentos testados.
Tendo como ambiente a própria casa dos participantes, numa
situação próxima à situação real de apresentação dos alimentos pets, é
possível se aplicar uma metodologia de teste de palatabilidade adaptada,
a qual complementa as informações obtidas em painéis experts.
Metodologia esta que leva em consideração a influência exercida pelo
dono no exato momento em que se oferecem os produtos.
Podemos aplicar tanto a metodologia de apresentação de um único
alimento (testemonadic) como de dois alimentos ao mesmo tempo
(testeversus), ou ainda mesclar as duas em um teste mais complexo.
A grande vantagem de um teste versus é a obtenção de dados reais
de comparação entre dois produtos, possibilitando, por exemplo,
classificar produtos do mais palatável ao menos palatável.
Sabendo-se que existem muitas influências externas, a escolha
certa da metodologia e do questionário é de extrema importância para
que se obtenha uma interpretação correta do resultado. Perguntas
fechadas devem ser aplicadas de forma a se obter dados para uma
análise estatística e perguntas abertas permitem, numa análise mais
subjetiva, obter informações importantes de opinião e posicionamento
dos participantes.
A realização de um treinamento prévio e as instruções impressas tem
um papel importante na realização de um teste in home, e ainda assim,
JTeste de Palatabilidade In Home
é fundamental que o número de animais seja alto o suficiente, pois
se considera a possibilidade de um percentual de erro por parte dos
participantes. Neste caso, nos deparamos com outro ponto importante
a ser considerado: o tempo disponível e o custo. Ambos relacionados
com a logística do teste.
Além da definição do número de animais é essencial saber
exatamente o mercado que se quer compreender e a escolha dos
participantes deve refletir este mercado. Os animais devem ser
atestados saudáveis por médicos veterinários, devem ser alimentados
sem a presença de outros animais e devem estar habituados a comer o
tipo de produto oferecido. A partir do momento que se tem um grande
cadastro de possíveis participantes com um banco de dados completo, o
controle de qualidade e a confiança do resultado se tornam muito maior.
A aplicação de testes de qualidade também é relevante no processo
contínuo de recrutamento.
O cálculo da quantidade oferecida individualmente é bastante
importante, não apenas para a metodologia, mas também de modo a
evitar o excesso de alimentação. No caso de um teste versus, em que se
deve oferecer o dobro do volume do alimento, o dono deve ser treinado
e capaz de retirar as tigelas quando o consumo estiver na metade.
Como se pode perceber são muitos os aspectos a serem considerados,
se tratando de um teste bastante complexo e que exige foco e
experiência de quem o está aplicando. A realização errônea do teste ou
a interpretação mal feita pode levar a uma conclusão completamente
contrária a real, desperdiçando todo o investimento. Por outro
lado, a realização bem sucedida de um teste, com uma interpretação
realizada por profissionais experientes, seguramente trata informações
relevantes sobre a preferência dos pets e seus donos.
30 31
Tempo de mudançasna indústria de
alimentos para pássarosDieta de pássaros tem evoluído ao longo dos anos e a indústria tem se esforçado para acompanhar o ritmo
a última década, a indústria de alimentos
para pássaros vem passando por grandes modificações
conceituais, e, à semelhança da indústria de alimentos
comerciais para cães e gatos, também enfrenta resistências
na quebra de paradigmas. O maior deles é a prática de
alimentação baseada em sementes, como tentativa de
reproduzir seus hábitos na natureza.
Entretanto, uma alimentação composta somente por
sementes pode provocar uma série de distúrbios carenciais.
Como exemplo, os níveis protéicos da maioria das sementes
podem ser suficientes para suportar as necessidades
de manutenção de um pássaro adulto, fora do período
reprodutivo ou muda, mas não são capazes de satisfazer
as exigências nas fases de crescimento, postura, etc.
Paralelamente, como os pássaros comem maior quantidade
de sementes na natureza, devido ao maior gasto energético
em vida livre, eles absorvem uma quantidade de nutrientes
dessas sementes maior do que em cativeiro onde o consumo
delas é menor.
Além disso, como as sementes fornecidas por nós foram
cultivadas, processadas, armazenadas e transportadas,
possuem grandes quantidades de fungos, bactérias e
produtos alergênicos e, portanto, geralmente estão
envolvidas, direta ou indiretamente, na maioria dos
problemas de saúde das aves de gaiola. Existe, ainda, o risco
de estarem contaminadas por agrotóxicos. Todos esses
fatores podem provocar o óbito, afetar órgãos como fígado
e rins ou debilitar a resistência das aves a outras doenças.
O uso contínuo e exagerado de sementes de má qualidade
acaba levando os criadores a usarem grandes quantidades
de antibióticos e outros produtos químicos com sérias
conseqüências de curto e longo prazo sobre as aves. Deve-
se enfatizar que na prática é inviável ao criador atestar a
qualidade das sementes pois a observação visual está longe
de ser suficiente.
A alimentação dos animais de companhia, mais
especificamente, cães e gatos, também passou por uma
evolução visível nas últimas décadas. Na década de oitenta,
a maioria destes carnívoros ainda era alimentada com os
restos de comida e poucas indústrias de rações existiam
no Brasil. A evolução dos hábitos em favor dos alimentos
industriais está associada a um conjunto de fatores cada
vez mais difundidos: alimentação sadia, equilibrada e com
grande variedade de produtos disponíveis no mercado e,
principalmente, a praticidade. Entretanto, o crescimento
deste segmento foi gradativo, devido principalmente
a relutância dos proprietários em oferecer somente
alimento comercial a seus animais. É evidente que animais
acostumados à alimentação caseira, composta basicamente
de produtos cárnicos, de elevada palatabilidade,
NEm Foco 1
apresentaram problemas com adaptações. Além disso, o
pequeno volume de ingestão dos alimentos comerciais,
quando comparados aos alimentos caseiros, com alto teor
de umidade, criaram o falso conceito de que os animais
diminuíam o consumo drasticamente, o que, na verdade,
não ocorria. Atualmente os paradigmas foram rompidos
e sabe-se que, embora carnívoros selvagens alimentem-se
com monodietas cárnicas, estas não são adequadas sanitária
e nutricionalmente para nossos carnívoros domésticos.
Fato semelhante está ocorrendo atualmente com
alimentos extrusados para pássaros. Existe uma grande
resistência dos proprietários que insistem no tradicional
modelo de criação baseado em sementes, complementos
diversos e uso considerável de medicamentos. Paralelamente,
existe uma inclinação a acreditar que o alimento ideal é
aquele em que o pássaro consome em grande quantidade.
Assim, despreza-se o fato de que (como ocorre com todos
os animais superiores) nem sempre o alimento de melhor
paladar é aquele que oferece melhor nutrição. Mais ainda,
alimentos pouco energéticos ou de baixa digestibilidade,
certamente levam a um maior consumo pela ave, fato bem
conhecido entre os proprietários de cães que, após alguns
anos, aprenderam a diferenciar e valorizar as rações
SUPER PREMIUM em detrimento das rações de linhas
econômicas.
A extrusão consiste em submeter o alimento a variações
de pressão abruptas, elevando a pressão interna do alimento
e diminuindo a externa, o que causaria uma expansão da
matéria. A tecnologia de expansão leva a considerável
melhoria do valor energético do alimento ao intensificar
a digestibilidade do alimento. Além disso, eliminam
microorganismos patogênicos como bactérias, fungos, etc.
(a diminuição de bactérias patogênicas, mofos e fungos pode
chegar a zero com a combinação de temperatura, pressão e
umidade nas extrusoras) e reduzem os níveis de substâncias
inibidoras de crescimento e outros fatores antinutricionais,
desde que termolábeis. Os extrusados possuem maior
densidade nutricional (mais altos teores energéticos,
protéicos, de minerais e vitaminas) e flexibilidade da
utilização como dieta única ou como base majoritária de
uma dieta múltipla, com ração, sementes e frutas.
Além da extrusão como um fator que agrega
qualidade ao produto, os alimentos completos balanceados
normalmente vêm acrescidos de vários nutrientes
funcionais tais como fibras solúveis, probióticos, prebióticos
(frutooligossacarídeos e mananoligossacarídeos), ácidos
graxos poliinsaturados, enzimas exógenas (lípases,
proteases, amilases), adsorventes de micotoxinas e minerais
quelatados. Outro fator importante é a homogeneidade
dos alimentos extrusados que impossibilita que as aves
possam escolher os ingredientes com conseqüente
desbalanceamento da alimentação.
Esses alimentos estão cada vez mais comuns na
Europa e EUA, com tendência de dominar o mercado. A
desvantagem dos mesmos está no tempo necessário para
que a ave se acostume a consumí-la. Isto porque, como
toda introdução de novos alimentos, torna-se necessária
uma adaptação, respeitando-se o período necessário para
adaptação enzimática do trato gastrintestinal, permitindo
também que a ave se acostume à apresentação do novo
alimento. A troca abrupta e total das sementes pelo
alimento completo balanceado pode levar a distúrbios
digestivos e a inanição, em aves mais resistentes ao novo
alimento. As sementes podem, inclusive, ser mantidas, em
pequenas quantidades, de modo a proporcionar uma terapia
ocupacional aos pássaros.
Fonte: www.pegmag,uol.com.br - acesso 21/07
32 33Em Foco 2
Profissionalizar-se em Vendas
Avenida Marcelino Pires, 8555Jardim São Francisco
Cep: 79826-300 / Dourados - MS
Fone: (67) 2108-5900www.inflex.ind.br
Embalagens em Monocamada
Filmes Coextrusados
Laminados Solvent Less
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
INFLEX 1-2.pdf 1 22/11/10 16:31
m vendas, temos inúmeros entraves que acabam
dificultando o sucesso das pessoas e que parece ser comum
a essa categoria de profissionais. Claro que não estamos
falando que todos os que trabalham com vendas possuem
os mesmos problemas e as mesmas dificuldade. Nos
referimos a média ou a grande maioria dos vendedores.
Porém, não podemos esquecer que temos excelentes
profissionais no mercado e esses tem sucesso garantido.
Basicamente as principais dificuldades que os
vendedores enfrentam são:
• Falta de motivação;
• Falta de ousadia;
• Falta de criatividade;
• Falta de planejamento;
• Falta de conhecimento do produto.
Elencamos aqui essas cinco dificuldades, que após
estudos regionais, chegamos a conclusão de que é isso
o que mais falta as pessoas envolvidas em vendas; desde
balconistas, televendas, vendedores externos, vendedores
internos e até supervisores / gerentes de vendas.
Como superar essas dificuldades? Esse tem que ser
nosso foco. Não podemos focar somente “o problema”,
temos que colocar mais energia na “solução do problema”,
esse é o grande desafio de Diretores, Gerentes e
Supervisores de Vendas.
Motivação: Como tornar um vendedor desmotivado em
motivado? Essa é uma tarefa difícil e que não há uma
“receita”. Precisamos saber o que motiva essa pessoa e o que
desmotiva ela. Primeiro temos que “estancar” os motivos
da desmotivação e isso deve ser pesquisado junto a esse
profissional com diálogo. A empresa precisa tentar sanar
esses fatores de desmotivação, assim como o profissional
também precisa fazer sua parte, procurar evitar os
fatores de desmotivação. Posteriormente, vamos buscar
o que motiva esse profissional e geralmente chegamos
aos seguintes itens: Remuneração, reconhecimento
profissional, família e realização de sonhos pessoais.
Mas como chegar a essa remuneração motivadora se
sou desmotivado? Desmotivado não vende. Quem vocês
acham que vende mais, o motivado ou inteligente? Sempre
o motivado vende mais ! Inteligência não garante vendas...
Não vendemos porque somos desmotivados ou somos
desmotivados porque não vendemos?
Ousadia : Como fazer uma pessoa se tornar Ousada? Isso
é uma coisa que precisa vir de dentro, tem que estar no sangue da
pessoa, mas pode também ser treinada. Podemos tornar uma pessoa
ousada com auxilio da empresa , de seus superiores, com treinamentos.
Portanto injete em sua equipe a “ousadia”. Quem é ousado, vende muito...
Criatividade: Como ser criativo? Bom, essa nem deveríamos tentar
responder, porque há inúmeros meios de ser criativo. É o assunto
mais possível em vendas, basta usar a inteligência, ser uma pessoa
que estuda os clientes e seus produtos, depois de conhecer o mercado,
os clientes, a empresa para quem trabalha e os produtos. Aí é só soltar
a criatividade. Incentive sua equipe a ser criativa, faça com que todos
participem de uma tempestade de idéia e coloque no papel: as boas
vocês usam , as besteiras que sempre aparecem, jogue no lixo.
Planejamento: Parece incrível que ainda estamos falando desse
assunto, considerando que não há como ser um profissional de vendas
(ou qualquer profissional), sem planejamento. Mas ocorre muito
nos dias de hoje, vendedores sem planejamento algum, que sequer
sabem o que fará no dia de hoje, quem dirá no decorrer da semana.
Mas de que planejamento estamos falando? Hora é muito simples,
por exemplo: Preciso saber quantos contatos necessito fazer por
dia/semana/mês, para atingir meu objetivo final. Tenho que ter um
relatório detalhado de qual é meu território, quem são meus clientes, o
que compram, como compram, como gostam de pagar. Tenho que ter
claro quais são minhas metas mensais, semanais , diárias. Como vou
contatar meu cliente ou Prospect, com que freqüência, o que vou falar,
como vou abordá-lo, enfim, dá para enumerar muita coisa, mas o que
é fundamental é ter objetivos claros. Saber exatamente o que estou
fazendo e onde quero chegar.
Conhecimento do Produto: Bom, se você é da área de vendas e não
conhece o produto, a empresa e seus concorrentes, nem tente iniciar
uma venda, será um fracasso.
Como poderei vender, sem conhecer a fundo o que estou vendendo,
para quem estou vendendo, quais os atributos desse produto, quais
seus defeitos e o que pode proporcionar ao meu cliente? Temos que
ser profundos conhecedores de nossa empresa e de nossos produtos.
Claro que temos que ser completos como vendedores, para
alcançarmos o nosso sucesso. No entanto, se tivermos algumas
qualidades e sermos organizados o suficiente para a realização de um
bom trabalho, com certeza poderemos ser vencedores nessa profissão,
que aliás, a meu ver, é a profissão mais importante de qualquer empresa
independente de setor e de tamanho da mesma, pois já imaginou a sua
empresa ou a empresa para quem você trabalha, sem vendas?
Construa em sua vida de vendedor, uma escada imaginária, onde
cada degrau, significa um atributo da profissão, para que aos poucos
você alcance o topo dessa escada e seja um profissional excelente. Mas
suba um degrau de cada vez, senão, poderá tropeçar.
Boas vendas !
Saul Jorge ZeucknerDiretor Comercial Algomix/
Ki-Tal alimentos Ltda
E
34 35Em Foco 3
2ª edição da Expo Pet Food
êxito obtido na primeira edição do evento,
realizado em março de 2011 em São Paulo, e que
contou com a participação dos principais players
do mercado foi um importante aval para que a feira
entrasse def initivamente para o calendário de eventos
do segmento pet food. Tanto que a edição 2012 já está
confirmada. A organizadora da feira, Editora Stilo,
anuncia a data e local da segunda edição, que acontecerá
entre os dias 08 e 09 de maio de 2012, no Espaço Frei
Caneca de Convenções, em São Paulo (SP).
A nove meses do evento, cerca de 90% dos stands já
estão reservados, tendo um aumento de 15% no número
de expositores.
A 2ª Expo Pet Food acontece juntamente com a 7ª
Fenagra – feira que reúne empresas do setor de graxaria
e os responsáveis por fornecer matérias-primas para
a indústria de ração animal, cosméticos, produtos de
higiene e limpeza, para o mercado de combustíveis
alternativos, entre outros.
Novamente, em paralelo às feiras serão promovidos
Congressos e Simpósios, ressaltando o caráter técnico
do evento. O 11º Congresso Internacional de Graxarias,
do SINCOBESP – Sindicato Nacional dos Coletores e
Beneficiadores de SubProdutos de Origem Animal –
terá o apoio e a colaboração na edição 2012, da ABRA
- Associação de Reciclagem Animal. Mais uma vez,
o evento se destaca pelo seu alcance internacional,
reunindo empresas de países como: Itália, Argentina,
Chile, Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Peru,
Venezuela e USA. Também serão realizados o IV
Congresso e XI Simpósio sobre Nutrição de Animais
de Estimação, estes dois últimos de responsabilidade do
CBNA – Colégio Brasileiro de Nutrição Animal - que
abordarão as últimas tendências do setor pet food.
O caráter técnico das feiras, a qualif icação dos
visitantes e a união de dois mercados tão complementares
quanto o de pet food e graxaria despontam como
determinantes para o êxito e a consagração dos eventos.
Mais informações poderão ser obtidas através do
site: www.editorastilo.com.br
O
36 37
bactérias patogênicas E toxigênicas 1. introdução
A comercialização de alimentos para pets no
Brasil vem sendo impulsionada pelo apelo comercial
das empresas produtoras e sof isticação dos padrões de
consumo dos proprietários, onde há maior procura de
Segurança na qualidade de alimentos para petsContaminantes Biológicos
parte 13
Segurança Alimentar
alimentos saudáveis, equilibrados e práticos para seus
pets.
Composições diversif icadas são encontradas nas
formulações para alimentos comerciais tais como:
carnes (bovina, suína, pescado), vegetais (cereais,
leguminosas, nozes) e seus subprodutos, além de
gorduras e complementos (vitaminas, minerais).
Com essa diversidade de composição os produtos
alimentícios e as matérias primas podem carrear
diversos contaminantes. A contaminação bacteriana
pode ser causada pela manipulação inadequada do
alimento ou pela utilização de matéria prima de baixa
qualidade.
As bactérias, pela sua diversidade e patogenia,
constituem o grupo microbiano (seguidas pelos
fungos) mais associado à contaminação de alimentos e
transmissão de doenças a animais. Contudo, cada vez
mais se tem reduzido os casos de doenças de origem
bacteriana transmitida através da ingestão de alimentos
contaminados. Tal fato se deve à crescente melhoria
das condições higiênico-sanitárias, à utilização de
programas de controle de qualidade microbiológica
mais sistemáticos e ef icazes nas fábricas de alimentos
3. bactérias E toxinas patogênicas
Os riscos de contaminação biológica em alimentos
destinados a animais São sérios e a presença dessas
para pets, e à existência de processos mais seguros
utilizados durante o processamento, transporte,
armazenamento e distribuição de pet food.
2. principais bactérias prEsEntEs Em pEt food
Várias são as bactérias que podem proliferar
contaminando os alimentos para pets e desencadear
patologias. As principais são: Salmonella spp.,
Clostridium (C. perfringens e C. botulinum),
Cambylobacter spp., Escherichia (E. coli), Bacillus
(B. cereus e Staphylococcus (S. aureus) (Tabela 1).
Os alimentos que são substratos adequados para seu
crescimento em pet food são, principalmente, os de
origem animal, tanto os oferecidos in natura (crus)
quanto os adicionados, como ingredientes (secos ou
úmidos) nos processados.
Tabela 1. Principais microrganismos e toxinas que podem contaminar alimentos para pets
Temperatura (%)Crescimento
7
15 a 50
NA
NA
NA
NA
NA
Destruição> 7
>50
NA
= de cocção/ pasteurização
> de cocção
60
126
NA
Toxinas
Toxina α & enterotoxina
Toxina β
Botulinica
Enterotoxina diareica
Enterotoxina emética
Bactérias e toxinas patogênicas
Salmonella spp.
Clostridium perfringens
botulinum
Campylobacter spp.
Escherichia coli
Bacillus cereus
Staphylococcus
Tipo A
Tipo C
Patogenia Intestinal
Patogenia Intestinal
bactérias podem desencadear quadros graves de
infecção. Por outro lado, a presença de determinadas
bactérias tais como o Staphycoccus aureus, pode ser
38 39
Inúmeros estudos relatam que os principais fatores
responsáveis por casos ou surtos de toxinfecção
alimentar estão no manuseio incorreto dos alimentos
desde a (a) seleção e manipulação dos ingredientes, (b)
no processamento (falta de higiene dos equipamentos,
tratamento térmico insuficiente ou incorreto) até a sua
estocagem. A Tabela 1 apresenta as principais bactérias
que podem apresentar problemas de contaminação
em alimentos para pets, bem como as que produzem
toxinas. Detalhes de cada bactéria contaminante estão
citados a seguir.
3.1 Salmonella spp
A Salmonella spp. é uma bactéria entérica,
freqüentemente associada a enfermidades transmitidas
por alimentos e pode infectar tanto animais quanto
humanos.
A infecção nos animais ocorre predominantemente
pelo consumo de alimentos e água contaminados, sendo
que as formas mais comuns de transmissão são produtos
de origem animal, (ovos, carnes e seus subprodutos)
contaminados. Um estudo realizado por Mark e Kather
(2003) relataram detecção dessa bactéria em rações
destinadas a cães. Essa contaminação pode ter sido
Sinais clínicos / sintomas: em cães, os casos de
salmonelose normalmente desenvolvem infecções
assintomáticas, onde o número de animais infectados é
muito mais elevado que a incidência da doença clínica.
Infecções por Salmonella com apresentação de sinais
clínicos são mais freqüentes em f ilhotes de cães e gatos.
Essa susceptibilidade dos animais jovens à salmonelose
provavelmente está relacionada com: (a) a imaturidade
do sistema imune nesta faixa etária; (b) ao declínio da
imunidade passiva adquirida pelo colostro; (c) bem como
a co-infecção com outros enteropatógenos, que podem
maximizar os efeitos entéricos do gênero Salmonella
em animais jovens.
Devido ao fato de grande parte dos animais
infectados com Salmonella não apresentarem sinais
clínicos da doença, é possível que vários surtos tenham
acontecido sem ter diagnóstico f inal de salmonelose.
Esse fato é de interesse da saúde pública, já que os cães
podem ser responsáveis pela contaminação de humanos.
3.2 Clostridium perfringens
O Clostridium perfringens (Figura 3) é um bacilo
anaeróbio que está disseminado no ambiente, habitando
o solo, a matéria orgânica em decomposição e o
intestino de animais e humanos. Este microrganimo
é considerado um agente patogênico e importante
causador de doenças entéricas em animais domésticos.
É responsável por vários quadros clínicos como
diarréias, enterotoxemia, gangrena gasosa e enterite
hemorrágica. A produção de toxinas por C. perfringens
é um dos aspectos mais importantes na patogenia das
Figura 2. Rações destinadas a cães que quando compostas por insumos de origem animal (farinha de leite / carne / ossos / sangue) podem ser mais propicias ao desenvolvimento de Salmonella.
Figura 3. Cultura da bactéria Clostridium perfringens encontrada em alimentos destinados a animais de estimação.
doenças causadas por essa bactéria.
Diversos trabalhos na literatura têm relatado a
presença dessas bactérias patogênicas no pet food,
matérias primas utilizadas na fabricação da mesma
e na água. As altas freqüências e contagens de C.
perfringens verif icadas nas rações e na água podem
estar associadas à falta de higiene geral na manipulação
e armazenamento dos mesmos.
O C. perfringens tipo A é o mais disseminado no
ambiente, sendo encontrado no intestino de animais de
sangue quente. A variedade enterotoxigênica produz
toxina α e enterotoxina, sendo responsável por enterite
e intoxicação alimentar em humanos e gastroenterite
hemorrágica em cães. O C. perfringens tipo C produz
toxinas α e β, sendo responsáveis por casos de enterite
necrótica em humanos, aves domésticas, bovinos,
cães, eqüinos, ovinos e suínos. A enterotoxemia não é
transmissível, no entanto surtos esporádicos podem
ocorrer quando o equilíbrio da microbiota intestinal
é afetado, seja pelo tratamento dos animais com
antibióticos, seja por mudanças bruscas na dieta.
Uma mudança súbita da dieta também favorece o
aparecimento desse agente.
3.3 Campylobacter spp.
A campilobacteriose é uma zoonose de distribuição
mundial, sendo o Campylobacter jejuni e C. coli
mais comumente associados com a doença intestinal.
O Campylobacter spp. é encontrado no ambiente
ou no trato gastrointestinal de animais selvagens,
domésticos e de companhia. Atribui-se como fonte
de infecção o contato direto com animais portadores,
o consumo de água e alimentos de origem animal
contaminados, normalmente a ingestão de carnes cruas
ou mal processadas. O cozimento correto das carnes,
pasteurização de leite, e cloração de água potável são
fundamentais para eliminar a bactéria.
Segurança Alimentar
Figura 1. Fontes de contaminação incluindo bactérias que podem ser encontradas em rações comerciais ou nas dietas alternativas. IQ= igual indicador de qualidade.
utilizada como parâmetro para análise da qualidade
higiênico-sanitária durante o processamento do
alimento industrializado.
O aumento pela procura por dietas alternativas para
os animais de companhia, tais como dietas naturais
(alimentos crus) e domésticas (utilizando ingredientes
e matérias-primas constituintes da alimentação
humana), pode promover doenças e aumentar os riscos
de zoonoses, comprometendo a confiança na Marca do
produto fornecido (Figura 1).
encontrada devido à presença de insumos de origem
animal na composição das rações, como as farinhas de
carne, ossos, peixe, penas, vísceras (Figura 2).
40 41
Grande parte da contaminação que acomete animais de
companhia está relacionada com a ingestão de rações que em
sua formulação contêm farinha de carne. Estimativas revelam
que cerca de 50% das farinhas encontram-se contaminadas
com E. coli. Isto ocorre devido ao processo de cozimento
não ser suficiente para eliminar as toxinas produzidas pelas
bactérias e, em alimentos comerciais crus destinados a cães e
gatos.
Devido a suas características microbiológicas, esse
patógeno é utilizado como indicador de qualidade higiênico-
sanitária de produtos industrializados. A importância deste
achado está associada à transmissão do agente entre animais
de companhia e humanos suscetíveis (crianças, idosos e
portadores de doenças crônico-degenerativas), aumentando
sua importância para a saúde pública, em particular, pela
possibilidade de causar zoonoses.
3.5 Bacillus cereus enterotoxigênico
Bacillus cereus é uma bactéria amplamente distribuída,
normalmente associada à intoxicação alimentar. Os seus
habitats preferenciais são o ar, o solo, água e diferentes
alimentos. Pode apresentar a forma esporulada, na
qual contamina diversos alimentos e pode sobreviver a
processamentos que envolvam altas temperaturas e métodos
de desidratação, sem destruição da mesma. Por essa razão,
pode ser encontrado em alimento cru, processado ou
industrializado.
O B. cereus já foi isolado de vegetais (arroz, especiarias)
e de produtos de origem animal (carnes, ovos e produtos
lácteos). Alguns desses ingredientes, como arroz e carne, são
utilizados como matéria prima para produção de alimento
industrializado para animais de companhia, principalmente
no caso de alimentos úmidos e secos, como também em
alimento in natura (Figura 6).
O B. cereus destaca-se na indústria alimentícia como
agente causador de toxinfecção alimentar, além de provocar
grandes prejuízos econômicos por ser um potencial
deteriorante de alimentos. Devido à produção de toxinas
Figura 5. Escherichia coli que causa diarreia.
Figura 6. Animal se alimentando com carne crua, uma material prima com grande risco de contaminação por Bacillus cereus.
potencialmente perigosas durante o armazenamento dos
alimentos, tem grande importância em saúde pública.
Intoxicação: o agente é reconhecido como causador de
diarréia e vómito em humanos e animais. Produz dois tipos de
intoxicações, podendo ser uma enterotoxina, como também
uma exotoxina, dependendo da estirpe. A enterotoxina –
toxina diarréica - é termolábel, podendo ser destruída a uma
temperatura de 60º C durante 20 minutos. Normalmente
ocorre pela ingestão dos esporos e células, sendo responsável
pela síndrome diarréica, doença provocada pela ingestão de
cepas de B. cereus que, no intestino, produzem as toxinas.
A toxina emética é termo resistente, destruída a uma
temperatura de 126º C durante 90 minutos (Tabela 1).
Apresentam quadro clínico leve e de curta duração.
3.6 Staphylococcus aureus enterotoxigênico
Do gênero Staphylococcus, o S. aureus é o mais
relacionado a casos e a surtos de intoxicação alimentar. Este
microrganismo possui um risco associado a sua presença
em grande número, pois alguns deles têm a capacidade
de produzir, sob determinadas condições, enterotoxinas
termoestáveis.
Alimentos preparados com produtos de origem animal,
como carne de bovinos, caprinos, ovinos, aves, coelhos,
suínos e derivados lácteos, embutidos cárneos e derivados
de pescado, são os mais envolvidos em casos e/ou surtos
de intoxicação alimentar. Portanto, a pesquisa de S. aureus
nesses alimentos e a avaliação de seu potencial em produzir
Figura 4. Cultura bacteriana de Campylobacter isolado de alimento destinado a cães e gatos.
3.4 Escherichia coli patogênica intestinal
As cepas de Escherichia coli (Figura 5) são
agrupadas em três grandes categorias: comensais,
patogênicas intestinais e patogênicas extra intestinais,
podendo causar infecções do trato urinário, meningite
e gastroenterite. Em decorrência dos sof isticados
mecanismos de virulência, as cepas patogênicas são
responsáveis por signif icativas afecções clínicas em
animais e humanos e, em algumas condições, podem
assumir caráter zoonótico. E. coli tem sido isolada a
partir de amostras de solo, água e também do trato
gastrintestinal de animais domésticos.
Campylobacter spp. já foi isolado de ração animal,
como silagem, cereais, alimentos secos ou outros
compostos (Figura 4). O C. jejuni causa enterite em
animais jovens, incluindo cães e gatos, especialmente
animais jovens. A enterite nos animais está associada
com fezes amolecidas ou aquosas, acompanhadas de
muco e sangue. Sob condições naturais, a maioria dos
animais adquire o agente quando jovem, cursando com
quadro assintomático da doença.
Enterites por Campylobacter spp. têm sido
reportadas em humanos que tiveram contato com
animais de estimação, principalmente f ilhotes de
cães e gatos que apresentavam diarréia. Desta forma
animais de companhia têm demonstrado atuar
mais freqüentemente na cadeia de transmissão das
campilobacterioses intestinais do que alguns alimentos
de origem animal. Em estudo realizado no Chile
por Fernández e Martin (1991), Campylobacter spp.
foram isoladas em 91 (42,5%) dos cães estudados,
demonstrando a grande incidência do agente em
animais de estimação.
Segurança Alimentar
42 43
VENDA:• Farinha de Carne e Ossos de Baixa e Alta Proteína
• Sebo Industrial Bruto • Sebo Industrial Branqueado
• Garantia de Peróxido Zero e Granulometria MÁX 2mm
Nosso constante desafio é produzir com garantia de qualidade
Nosso constante desafio é produzir com garantia de qualidade
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Fribom 1-2.pdf 1 05/08/11 17:41
enterotoxinas são fatores extremamente importantes na
investigação epidemiológica e em análises de risco para essa
doença.
A presença dessa bactéria e/ou enterotoxinas em
alimentos processados normalmente é um indicativo da
sanitização insuficiente dos equipamentos e/ou manipulação
incorreta da matéria prima, ingredientes e produto final.
4. prEvEnção
O conhecimento correto das características metabólicas
e fisiológicas das bactérias permite o uso de técnicas
adequadas de processamento e conservação dos alimentos
que, ao destruírem, inibirem ou evitarem seu crescimento,
garantem uma qualidade microbiológica aceitável e maior
segurança do alimento para animais de estimação.
Temperatura:
A temperatura de conservação (matérias primas de
origem animal e rações úmidas ) influencia de forma decisiva
o crescimento da atividade bacteriana nesses alimentos: o (a)
C. perfringens pode crescer num intervalo de temperatura
de 15 a 50ºC, sendo, portanto a conservação de alimentos
a temperaturas de refrigeração suficiente para inibir o
crescimento dessa espécie causadora de infecções alimentares;
já as espécies do gênero (b) Salmonella, possuem uma
temperatura mínima de crescimento de 7ºC, o que significa
valor superior às temperaturas na refrigeração comercial,
contudo, o mesmo poderá não acontecer na refrigeração
doméstica pela dificuldade de controlar sua temperatura
podendo não impedir o crescimento de Salmonella spp.;
quanto ao (c) S. aureus e algumas estirpes de C. botulinum
não crescem a temperaturas inferiores a 10º C (exceção: C.
botolinum tipo E pode crescer a 4º C).
Temperatura de processamento: o efeito da temperatura
durante o processamento reduz / destrói a carga bacteriana
contudo, vários fatores vão influenciar a eficiência desse
processo (umidade, temperatura, pressão, Tipo & composição
dos ingredientes). (a) Rações secas (dry foods): as rações
secas passam por um processo de extrusão o qual utiliza uma
combinação de vapor, pressão e temperatura para cozinhar os
alimentos rapidamente. Esse processo coloca os ingredientes
à uma temperatura que varia de 100 a 200°C e pressão de
34 a 37 atm, que são suficientes para alcançar efetivamente
um processo de esterilização de alimentos que atenda os
padrões da indústria de pet food. O correto armazenamento
do produto acabado, é a próxima etapa em que se deve tomar
cuidado - controlar as possíveis condições que favorecem
a proliferação e re-infecção - contaminação após extrusão.
Transporte / comercialização: a prática de perfurar os
pacotes tanto, durante o transporte (tirar o ar / facilitar o
formato para armazenamento), nas lojas comerciais (pet
shop, supermercados ou agropecuárias), é imperdoável pois
viabiliza a absorção de umidade, contato com o meio externo,
crescimento de bactérias, e entrada de esporos e fungos
(re- contaminação por manuseio) pelo manuseio. (b) Rações
úmidas (moist foods): as rações úmidas apresentam elevado
teor de água, geralmente em torno de 60 a 87%. Essas rações
passam por um processo que resulta em um produto final
similar aos produtos enlatados para consumo humano. Os
ingredientes cozidos são misturados e acondicionados nas
latas. Em seguida, as latas são fechadas hermeticamente
e expostas a altas temperaturas e pressões (autoclaves),
onde as temperaturas chegam à 121°C para esterilização
dos produtos. Normalmente são mantidos por um período
mínimo de 3 minutos para matar bactérias patogênicas como
o Clostridium botulinum.
Convém enfatizar que as toxinas produzidas e as
bactérias esporuladas são resistentes ao tratamento térmico
e não destruídas por baixas temperaturas, somente as formas
vegetativas são destruídas.
Matéria prima: Outro ponto que deve ser cuidado é
com relação à recontaminação por Salmonella spp e outras
bactérias em farinhas e subprodutos utilizados como matéria-
prima na alimentação animal. Embora, as temperaturas de
processamento de farinhas eliminam grande parte, senão
toda a contaminação bacteriana dos subprodutos, contudo a
recontaminação é algo que tem grande chance de acontecer
devido ao manuseio, transporte e outros fatores do ambiente.
Limpeza de máquinas e outros equipamentos
A importância na limpeza dos equipamentos após o
processamento de pet food, independente se seco ou úmido,
desde que contenha ingredientes de origem animal não
pode ser descartada. Qualquer resíduo (poeira da ração
sendo processada) que permaneça sobre as superfícies dos
equipamentos, bem como no ar/paredes/chão liberado durante
o processamento, poderá ser causa da re-contaminação
das próximas matérias primas a serem adicionadas à
máquina. É crucial também a limpeza interna das máquinas,
principalmente nas rações úmidas. O ambiente que envolve
todas as etapas do processamento deverá ser monitorado.
lEgislação
No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), tem alterado, assim como editado,
diversas portarias e Instruções Normativas no sentido de
disciplinar os diversos segmentos de produção animal, de
ingredientes e fábricas para suplementos e rações animais. A
que trata especificamente das fábricas de rações é a Instrução
Normativa n° 04 de 23 de fevereiro de 2007, que aprova o
regulamento técnico sobre as condições higiênico-sanitárias
e de boas práticas de fabricação para estabelecimentos
fabricantes de produtos destinados à alimentação animal e o
roteiro de inspeção para as mesmas.
conclusão
A segurança dos pet food destinados a pets,
especialmente para cães e gatos são de interesse primordial
para os fabricantes. O objetivo das empresas produtoras
de ração animal é proporcionar vida longa e saudável para
animais de companhia, garantindo assim maiores vendas e
lucratividade do setor. Prejuízos na qualidade do produto
pode ter efeito catastrófico sobre os lucros e até mesmo, na
viabilidade da empresa.
Os problemas recentes com a contaminação em pet
food, enquanto que afetam uma pequena percentagem do
consumo comercial de alimentos para animais, tem impacto
relevante sobre a indústria de pet food. Tais experiências
têm reafirmado a necessidade dos fabricantes em dedicar
recursos consideráveis para garantir a qualidade do produto
final, aplicando maior rigor na triagem de ingredientes e
matéria prima utilizados na produção de alimento animal.
Normas reguladoras são fornecidas em vários níveis para
garantir a segurança e adequação dos produtos comerciais.
Além disso, a fabricação e regulamentação de alimentos
para animais de estimação está em contínuo progresso, que
deve resultar em ainda mais veterinários e consumidores
confiantes nos alimentos produzidos comercialmente.
lEitura rEcomEndada Fernandez, H.; Martin, R. Campylobacter intestinal carriage among
stray and pet dogs. Rev. Saúde Pública [online]. 1991, vol.25, n.6, pp.
473-475.
Marks, S.L., Kather, E.J. Bacterial-associated diarrhea in the dog:
a critical appraisal. Vet. Clin. North Am. Small Anim. Pract. v.33,
p.1029-1060, 2003.
Scussel, VM; de Souza Koerich; Nones, J. Segurança dos alimentos:
principais contaminantes biológicos presentes em petfood. In: 3º
Congresso Internacional e X Simpósio de Nutrição de Animais de
Estimação-CBNA, 30-31/03, São Paulo, p.43-58, 2011.
No próximo exemplar serão abordadas as ficotoxinas
que contaminam peixes, mariscos, ostras e outros frutos do
mar utilizados como ingredientes na elaboração de diversos
produtos para pet food.
Profa. PhD Vildes M Scussel, MSc Karina Koerich de Souza, Janaina Nones, Karina M Tonon, Daniel Manfio.Laboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares - LABMICO, www.labmico.ufsc.br Depto de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC – Brasil.
Segurança Alimentar
44 45
Processo de Extrusãolipídeos
CLAUDIO MATHIASANDRITZ FEED & BIOFUEL
EXTRUSION DIVISION [email protected]
Pet Food Online
Continuação na próxima edição
s gorduras e óleos fornecem ao processo de
extrusão lubrificação e plasticidade e quando presente em
níveis superiores a 7% começam a enfraquecer a massa e
reduz a expansão e o desenvolvimento da textura.
Não somente os níveis de gorduras e óleos, mas
também a fonte da gordura e o local de incorporação
no processo terão um efeito sobre a taxa de expansão
durante o processo de extrusão. As gorduras internas
fornecidas como componente de um determinado
ingrediente tendem a ter menos efeito sobre a expansão
do que as gorduras adicionadas em sua forma “pura”
ou quase pura. Por exemplo, uma formula com 15%
de gordura, onde a gordura é fornecida através de
gordura total, a canola como um exemplo, utilizada
com componente da formulação tem menos efeito
sobre a expansão do que a utilização de óleo de canola
puro adicionado para garantir o mesmo nível f inal de
gordura no produto.
O aquecimento das fontes de gordura numa faixa
de 40 – 60°C antes da adição na massa irá minimizar
alterações de viscosidade, auxiliando no cozimento do
produto e diminuindo o efeito negativo na expansão.
As fontes de gordura utilizadas em alimentos
para animais de estimação, grandes animais e em
aqüicultura incluem na sua maioria gorduras e óleos de
origem animal tais como o sebo bovino, banha suína,
óleo de frango e ainda óleos de origem marinha e óleos
vegetais.
A seleção de gorduras de alto ponto de fusão, tal como
o sebo bovino, para o processo de recobrimento do
pelete extrusado deve ser considerada para minimizar
a migração de gordura através da embalagem no ponto
de venda. Monoglicerídeos e emulsif icantes (tal como a
lecitina) adicionados a níveis de 0.5 – 1.0% também irão
ajudar a reduzir a migração de gordura, embora o seu
modo de ação seja similar ao dos lipídeos eles tendem a
se complexar com amiloses e proteínas para reduzir a
pegajosidade de muitos produtos extrusados.
Gordura total na formula extrusada
< 7%
7 – 12%
12 – 17%
>17%
Efeito na qualidade do produto
Pouco ou nenhum efeito
Aumento da densidade
Pellet terá pouca expansão mas ainda
terá durabilidade (resistência mecânica)
Perda de resistência mecânica
fibras A f ibra é composta de celulose, hemi celulose e
lignina. A celulose é uma estrutura de cadeias longas
de glicose, hemi celulose são cadeias de açucares
de cinco e seis e carbonos e a lignina é um polímero
complexo que mantém a estrutura unida (Huber,
1991). O uso de f ibras na extrusão é limitado porque
impede a expansão. As características de expansão
são diretamente inf luenciadas pela pureza da f ibra,
solubilidade e tamanho de partícula. As fontes de f ibra
que contém níveis signif icativos de proteína ou gordura
apresentam baixas propriedades de expansão. Maior
solubilidade e menor tamanho de partícula melhoram
as propriedades de expansão.
Até recentemente, as fibras não têm recebido muita
atenção nas dietas para animais de estimação e para
animais aquáticos. Em dietas para animais aquáticos as
fontes de proteína, que é o maior nutriente requerido,
são muito baixas em fibra e, portanto, a fibra não é um
constituinte importante. A exceção a isto é a inclusão de
certos subprodutos processados de grãos tal como o farelo
de trigo em dietas f lutuantes para bagre. O uso desse
ingrediente em altos níveis (acima de 20%) rompe a matriz
contínua de carboidrato do produto extrusado resultando
em uma textura áspera e na geração excessiva de finos.
continuaçãoA
46 47Pet Market
Limma JúniorDiretor da Nutridani Alimentos
Meu gato de estimação tem Faceboock
ocês, meus caros leitores, já reparam como as
redes sociais se tornaram moda nos últimos tempos.
Quem nunca ouviu falar em Faceboock? Orkut? Blogs e
af ins? Aposto que a maioria. Todas elas têm um mesmo
objetivo. Aproximar pessoas. Trocar conhecimentos.
Ouvir idéias. E apesar de impessoal, pois não há contato
direto com a pessoa com a qual você se comunica, esse
meio tornou-se um f ilão para as empresas que souberem
aproveitar esse canal.
O faceboock é a rede social mais badalada do
momento. Para quem ainda não o conhece, o serviço
funciona como um mural de recados, onde as pessoas
criam páginas na internet e deixam posts (recados,
avisos) sobre o próprio dia a dia.
Basicamente é um diário virtual onde você conta
para todos sobre o que quiser desde que não ofenda
ou cause prejuízos para ninguém. O serviço é gratuito
para os usuários e gera receita para os fundadores do
negócio através de publicidade no próprio site.
Com a concorrência acirrada e margens apertadas
de lucro todos querem sair na frente. Para tanto, criam-se
formas de se propagar idéias e produtos. O Faceboock e seus
companheiros estão aí justamente para essa finalidade.
Para as empresas antenadas, esse é um dos canais
mais fáceis de ter feedback sobre os seus produtos ou
ações. Basta lançar um produto ou uma ideia e colocar na
rede social. O retorno é imediato. As pessoas sugerem,
criticam e opinam. Contudo, existem formas ef icazes de
fazer publicidade. No decorrer do texto, falarei sobre
essa maneira.
Assim como o SAC (Sistema de Atendimento ao
Cliente), considero esses serviços virtuais uma grande
ferramenta para a elaboração de produtos e serviços.
Dessa forma, a empresa faz um laboratório virtual sobre
V suas ações e tem o retorno para corrigir ou incrementar
o lançamento.
Entrei nessa onda recentemente. Além de uma
página pessoal, criei um perf il para a Nutridani. Ainda
estou me adequando a nova ferramenta. Confesso que
ainda tenho muito para explorar desse meio virtual,
mas tenho certeza que as empresas podem tirar muitas
informações nas redes sociais.
Vale lembrar que a comunicação com os clientes
não pode ser maçante. Não basta dizer que vai fazer um
lançamento e bombardear as pessoas com informações
sobre o produto. Essa não é a forma mais inteligente de
se comunicar na internet.
A comunicação com os internautas precisa ser
concisa e atraente. A empresa precisa sensibilizar, além
causar curiosidade com poucas palavras e imagens. A
internet requer comunicação simples porque as pessoas
que estão acessando a sua página querem ver com
rapidez o que você tem para dizer e, então, continuarem
a navegação na internet.
Uma boa maneira de seduzir o cliente seria criar
listas de discussões pertinentes dentro da página do
Faceboock. Essa ferramenta já é usada para debater os
fatos do cotidiano entre os usuários. Basta trazer para
o meio virtual assuntos que fazem parte do mundo
empresarial, mas de um modo diferente. Um modo que
seja interessante para as pessoas.
A principal meta de todos é trazer o cliente para
o mundo da empresa. Compradores sempre existirão
e tendem a aumentar com o crescimento da economia.
Contudo, trazer essas pessoas para dentro do mundo da
empresa e f idelizar os clientes são os principais desaf ios.
Por sorte, as redes sociais estão aí para resolver esse
problema. Basta saber usá-la.
48 49
2 – vitaminas As vitaminas são compostos orgânicos essenciais para
as funções normais do organismo e consistem em um grupo
de substâncias heterogêneas, classificadas não por sua
estrutura química, mas sim por suas funções.
A contribuição dos ingredientes nos alimentos para cães
e gatos para o total de vitaminas disponível frequentemente
é desconhecido. Esta situação mais tarde é exacerbada pela
prática comercial de adicionar premix vitamínicos comuns
em várias dietas e negligenciar a contribuição da maioria
dos ingredientes dos alimentos. Efeitos adversos têm
sido observados quando os ingredientes da dieta contêm
naturalmente altos níveis de certas vitaminas. Embora,
diferente de muitos outros nutrientes essenciais, excessos
Caderno Técnico 1
moderados de vitaminas (acima de 10 vezes o requerimento
de muitas vitaminas) não compromete o animal.
As deficiências podem ocorrer devido ao desempenho
intensivo, levando ao aumento das necessidades fisiológicas,
ou a métodos de processamento de alimentos, reduzindo a
atividade das vitaminas.
O excesso (super-dosagens) pode levar a graves
problemas. Um excesso de vitamina D ocorre na prática,
principalmente em gatos alimentados com dietas somente a
base de pescados.
Na nutrição animal, 12 vitaminas (A, D, E, K, tiamina,
riboflavina, niacina, vitamina B6, ácido pantotênico,
biotina, ácido fólico e vitamina B12.) e alguns vitagênios,
como a colina e o inusitol, são muito importantes.
As vitaminas são arbitrariamente divididas
naquelas que são solúveis em lipídeos e naquelas que
são solúveis na água. Enquanto esta subdivisão teve
pequena importância funcional, ela teve relevância na
absorção. Vitaminas lipossolúveis são absorvidas em
uma alimentação rica em lipídeos e frequentemente
estão associadas com eles. Qualquer distúrbio na
absorção normal dos lipídeos tem um impacto negativo
na absorção e captação do trato gastrintestinal das
vitaminas lipossolúveis. Em altas concentrações,
muitas das vitaminas hidrossolúveis são absorvidas por
difusão passiva, mas em baixas concentrações a absorção
freqüentemente ocorre por sistemas de transporte ativo
saturáveis adenosina trifosfatase (ATPase) dependente
se sódio.
A nutrição vitamínica de cães é semelhante àquela da
maioria dos outros mamíferos, e os cães serviram como
modelos para humanos em muitos estudos anteriores
sobre vitaminas. Os cães tiveram um papel importante
na demonstração que a pelagra em humanos era devido à
deficiência de niacina ao invés da hipótese de uma doença
transmissível. Diferente dos cães os gatos possuem um
considerável número de idiossincrasias em suas nutrições
vitamínicas, particularmente no que diz respeito às
vitaminas A, D e niacina.
Estocagem
Excreção
Controle
Intoxicação
Anafilaxia
Funções
Estabilidade
Lipossolúveis
Sim
Lenta (bile)
Rígido (A e D)
Sim (A e D)
Não
Não enzimáticas
Hormonais
Muito baixa
Hidrossolúveis
Quase ausente
Rápida (urina)
Quase ausente
Rara (riboflavina)
Sim (tiamina)
Coenzimáticas
Não hormonais
Variável
TABELA 2 - Diferenças entre vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis.
Adaptada de Nunes (1998).
2.1- fatorEs quE influEnciam a magnitudE da margEm dE sEgurança na avaliação das Exigências vitamínicas para cãEs E gatos.
• Critérios fechados para a determinação de necessidades
mínimas ou ótimas;
• Diferenças individuais (raça, idade, sexo, atividade física,
habilidade para adaptação, habilidade para absorver e
metalizar as vitaminas);
• Condições fisiológicas (crescimento, reprodução, lactação,
etc.);
• Composição dos alimentos (níveis de energia, proteína,
gordura, carboidratos, minerais e vitaminas) e mudanças
nos componentes alimentares (ex.: milho por cevada);
• Qualidade do alimento (presença de ácidos graxos
Premix Mineral e Vitamínico em alimentos comerciais de cães e gatos
Parte 02
50 51Caderno Técnico 1poliinsaturados, antioxidantes, agentes oxidativos, fatores
de processamento e estocagem);
• Disponibilidade (forma indigestível ou inabsorvível,
presença de antagonistas, drogas);
• Condições de saúde (desordens intestinais, qualquer
estado patológico);
• A magnitude da resposta pode depender também da
composição e qualidade do alimento.
• Se a temperatura e umidade do ar forem extremamente
diferentes das condições de adaptação ambiental para
determinadas espécies, as necessidades de vitaminas podem
ser aumentados.
• Isto ocorre também em condições de estresses, bem como
Vitaminas
A
D
E
Tiamina (B1)
Riboflavina (B2)
Piridoxina (B6)
Niacina
Ácido Fólico
Cobalamina (B12)
Colina
Fatores para consideração
Processamento, conteúdo de lipídeos, fonte
Oxidação, toxidade
Toxidade e nível de cálcio
PUFAs (AG insaturados), selênio
Perda no processamento e estocagem, pH, tempo
de estocagem e temperatura, tiaminases
Luz UV
Nível de proteína na dieta
Triptofano, baixa disponibilidade de fontes vegetais
Perdas processuais
Fontes (animais x vegetais)
Metionina, folato, vitamina B12, disponibilidade, gorduras.
TABELA 3 - Fatores a serem considerados na formulação de alimentos para cães com ingredientes naturais.
Adaptada do NRC (1985).
com a utilização de antibióticos e sulfas na dieta. O mesmo
é verdadeiro no caso de antagonistas e algumas doenças
(No caso de disfunção intestinal ocorre uma diminuição na
absorção de nutrientes e no caso de quadros febris aumenta
o metabolismo, aumentando as necessidades de vitamina B).
• A margem de segurança pode variar de 0 a 100%. A
margem de segurança de 100% é utilizado quando despreza-
se o conteúdo de vitaminas dos alimentos, em caso de
indisponibilidade de algumas vitaminas dietéticas (biotina
no trigo, por exemplo) ou inativação por processamento e
estocagem.
• A utilização de misturas contendo minerais é vitaminas
obriga à elevação de margem de segurança, devido à grande
oxidação e perdas de atividade vitamínica.
Segundo o NRC 2006, as concentrações e quantidades
mínimas propostas para vitaminas estão na forma total
de biodisponibilidade das vitaminas presentes à dieta
(contribuição feita pelos ingredientes naturais e por
premix minerais) no momento do consumo. Devido a
formas naturais de algumas vitaminas apresentar baixa
biodisponibilidade, a quantidade proposta será geralmente
adequada quando a maioria das vitaminas vier de um
premix vitamínico. Entretanto, quando uma vitamina
é fornecida principalmente por um nutriente presente
no alimento, a concentração mínima nas tabelas será
modificada para esclarecer a biodisponibilidade pelo uso de
um fator apropriado.
Diferenças específicas entre cães e gatos também
podem ocorrer e serem relevantes; por exemplo: Embora
a classificação zoológica do lugar de cães e gatos sejam
ambos na Carnívora, somente os cães têm a habilidade de
usar os precursores carotenóides da vitamina A. Turner
(1934) demonstrou que para cães dados 150g de cenouras
frescas em adição à dieta basal tinham concentrações mais
altas de vitamina A em seus fígados e rins que os cães com
a dieta basal dada sozinha e concentrações semelhantes às
dos cães dados a dieta basal com adição de óleo de fígado de
bacalhau. Os gatos são incapazes de converter β-caroteno
ou qualquer outro carotenóide em vitamina A, se eles estão
presentes na dieta ou administrados parenteralmente.
Ferrets, uma outra espécie carnívora relacionada mais
próxima a gatos que cães, utilizam ineficientemente
o β-caroteno como um precursor da vitamina A. O
equivalente retinol do β-caroteno para ferrets é menor que
um quinze avo do retinol do peso basal (NRC 2006)
Cães e gatos têm uma necessidade metabólica, mas
uma necessidade dietética não foi demonstrada quando
dietas naturais são fornecidas. Necessidades adequadas
de vitamina K são provavelmente sintetizadas pelos
microorganismos intestinais. A vitamina K é expressa em
termos do precursor menadiona comercialmente usada que
requer alcalinização para ativar a vitamina K. (NRC 2006).
Vitamina
A
D
E
K
Tiamina
Riboflavina
Niacina
B6
Ácido Pantotênico
Biotina
Folacina
B12
C
Fatores
Estabilidade, eficiência de provitaminas, níveis dietéticos de
nitritos, energia, gordura, proteína, tipo de lipídeos na dieta.
Duração da intensidade solar, forma de vitamina,
níveis e relação cálcio; fósforo
Estabilidade, forma da vitamina, presença de
antioxidantes, antagonistas, níveis dietéticos
de selênio e ácidos graxos poliinsaturados.
Síntese microbiana, disponibilidade, presença de antagonistas,
antibióticos, sulfas, estresses
Estabilidade, níveis dietéticos de carboidratos e enxofre, presença
de tiaminases, drogas (Amprolium), temperatura ambiente.
Estabilidade, níveis dietéticos de energia e proteína, presença
de antibióticos, sulfas e temperatura ambiente.
Disponibilidade no alimento, níveis de triptofano
dietético, temperatura ambiente
Níveis dietéticos de proteína e energia, presença
de antagonistas (farinha de linhaça) e sulfas
Estabilidade, temperatura ambiente, presença
de antibióticos e sulfas
Disponibilidade no alimento, níveis dietéticos
de enxofre, presença de antagonistas.
Presença de antagonistas, antibióticos e sulfas
Níveis dietéticos de cobalto, metionina, folacina e colina
Estabilidade, estresses
TABELA 4 - Alguns fatores que influenciam a margem de segurança na avaliação das necessidades para vitaminas.
Adaptada de Riis (1983).
52 53
Flávia Maria de Oliveira Borges Saad
Médica Veterinária, MSc., DSc Nutrição Animal
Professora Associada da UFLA – Departamento de Zootecnia
Caderno Técnico 1Para dietas normais que não contenham ovos brancos crus,
a Biotina adequada é provavelmente provida por síntese
microbiológica no intestino. Dietas contendo antibióticos
podem precisar de suplementação (NRC 2006).
3 - pErdas vitaminas durantE o procEssamEnto E o EstoquE dE
alimEntos para cãEs E gatos Em contraste com o efeito relativamente pequeno do
processamento sobre a biodisponibilidade de proteínas,
gorduras, carboidratos e minerais, este tem um efeito
mais acentuado sobre a presença de vitaminas na dieta
final. Isto é particularmente evidente para as vitaminas
adicionadas às dietas puras ou na forma de concentrados.
Embora a intenção do NRC 2006não seja fornecer discutir
a formulação e a manufatura de alimentos comerciais, as
perdas potenciais de vitaminas que ocorrem durante o
processamento e a estocagem devem ser apreciadas.
Dependendo da vitamina, diferentes medidas têm sido
utilizadas para reduzir essas perdas. Mudanças químicas
das vitaminas para transformar-las em compostos mais
estáveis, por exemplo a tiamina mononitrato no lugar da
tiamina livre, esteres (palmitato ou acetato) de retinol e
tocoferol no lugar dos álcoois e ascorbil fosfato no lugar
de ácido ascórbico A incorporação de vitamina em micro
cápsulas é outra técnica para alcançar maior estabilidade
e melhorar a dispersão da vitamina em um alimento.
Normalmente, a vitamina é emulsificada com gelatina.
Amido e glicerol (normalmente com um antioxidante) são
pulverizadas para formar as micro cápsulas que são cobertas
com amido. Mais adiante, um tratamento para formar
micro cápsulas resistente ( normalmente micro cápsulas
com ligação cruzada) permite uma melhor proteção da
vitamina durante o processamento. A ligação cruzada
pode ser induzida provocando uma reação de Maillard ou
através de outros processo químicos. A maioria da vitamina
A utilizada nos EUA é por ligação cruzada e as vitaminas
do complexo B usam spray drying (NRC 2006).
Este processo é freqüentemente utilizado com a
vitamina A. Uma vez que o retinol é muito susceptível
à oxidação, ele não é usado diretamente em alimentos
comerciais para cães e gatos, mas é esterificado para proteger
o grupo hidroxila livre. Um éster (acetato ou palmitato) é
formado para proteção. No procedimento, o éster retinil
(como um óleo) é emulsificado em uma matriz de glicerina
gelatinosa (freqüentemente com adição de antioxidante)
e encapsulado pulverizando a matriz em um processo de
spray dry a frio. Com adição de açúcar à emulsão, ocorre
ligação cruzada com a gelatina, a qual reduz a solubilidade
da cápsula na água e sustenta-a a altas temperaturas e
fricção durante a expansão, secagem e processamento. As
perdas nesses processos estão relacionadas diretamente à
temperatura de expansão e secagem. Perdas potenciais de
vitamina A também ocorrem com a estocagem, sendo que
as formulações com vitamina A devem ter concentrações
adequadas que garantam estas perdas baseado no tempo de
estocagem até o produto ser consumido (NRC 2006).
A inativação de quase todas as vitaminas que ocorre
na preparação de alimentos extrusados e úmidos é
diretamente relacionada a temperatura e duração do
processo e a presença de metais livres.. Perdas na secagem
e processamento (adição de gordura ou digestão do exterior
do produto extrusado seco) são similarmente dependentes
de tempo e temperatura. Durante a estocagem o conteúdo
de umidade, temperatura, pH e íons meatis reativos afetam
a taxa de perda vitamínica.
Minerais em menos formas reativas, como quelatos ou
presentes como óxidos e carbonatos, podem diminuir a perda
de muitas vitaminas, quando comparado a sua presença
como sulfato ou íons metálicos. Ferro, cobre e zinco são
especialmente significativos ao catalisar reações tipo Fanton
e em gerar radicais livres. Componentes da dieta capazes de
neutralizar esses radicais livres reduzem a perda de vitaminas.
Proteção de gordura na dieta contra a peroxidação é
um importante fator na redução de radicais livres da dieta.
Agentes quelantes como o ácido etilenediaminetetracetico
(EDTA) e ácido fosfórico ou antioxidantes sintéticos tais
como os hidroxitolueno e BHTQ adicionado a gordura
reduz a propagação dos radicais livres. O α-tocoferol é
um importante neutralizador de radicais livres in vivo e
outros tocoferóis tem atividades biológicas mais baixas. Em
contraste, em dietas com tocoferóis mistos ( γ e δ) há uma
maior capacidade de neutralização dos radicais livres em
relação ao α-tocoferol (NRC 2006).
Tipicamente, bem como baixas e altas recuperações, as
vitaminas envolvidas na extrusão e processos de secagem
na manufatura de alimentos comerciais para animais
de companhia e perdas na estocagem são sumarizadas
na Tabela 8-3. Informações similares e mais detalhadas
do efeito da temperatura durante a extrusão, secagem
e estocagem também está disponível. A recuperação
das vitaminas nesses processos varia grandemente;
para algumas vitaminas, tais como o ácido nicotínico, a
recuperações são altas, enquanto que para a vitamina A
elas são mais baixas (NRC 2006).
Perdas de vitaminas durante a estocagem de alimentos
extrusados tendem a ser mais altas para as vitaminas
lipossolúveis (vitaminas A e D3 em micro cápsulas com
ligação cruzada cerca de 8 e 4% por mês, respectivamente)
que as vitaminas B cujas perdas são da ordem de 2-4%/
mês. O mononitrato de tiamina e o ácido fólico tem as mais
altas taxas de perda entre as vitaminas B. Dados de perdas
vitamínicas durante a estocagem de alimentos úmidos não
estão revisados na literatura (NRC 2006).
4- considEraçõEs finais Assim como na nutrição de animais de produção, é
muito importante adequar e incorporar as quantidades
exatas de vitaminas e minerais nos alimentos comerciais
para cães e gatos. Isto porque, enquanto humanos tem uma
dieta multivariada, animais de companhia são submetidos a
um regime alimentar com padrões fixos e pouco variados,
recebendo, ao longo de toda sua vida, dietas com muito pouca
variação de ingredientes. Neste caso, além do conhecimento
das necessidades, é importante também conhecer as
interações entre os demais nutrientes da dieta, bem como os
efeitos do processamento, armazenamento etc.
5 – rEfErências bibliográficasAMERICAN FEED CONTROL OFFICIALS (AAFCO). Nutrient
Profiles for Dogs and Cats. Atlanta: AAFCO Official Publication, 1994.
BORGES, F. M. O., NUNES, I. J. Nutrição e Manejo Alimentar de Cães na
Saúde e na Doença. Cadernos Técnicos da Escola de Veterinária da UFMG,
EV-UFMG, Belo Horizonte N.1 1998, 103p.
CASE, L.P.;CAREY, D.P.; HIRAKAWA, D.A. Nutrição canina e felina:
manual para profissionais. Espanha: harcourt Brace, p.410, 1998.
LOWE, J. A., J. WISEMAN AND D. J. A. COLE. 1994. Absorption and
retention of zinc when administered as an amino-acid chelate in the dog. J.
Nutr. 124:2572s-2574s
LOWE, J. A., J. WISEMAN AND D. J. A. COLE. 1994. Zinc source
influences zinc retention in hair and hair growth in the dog. J. Nutr.
124:2575s-2576s
LOWE, J. Protected minerals, an expensive luxury or a cost-effective
necessity? In: Biotechnology in The Feed Industry. Annual Symposium, 9,
Forma Ativa
Retinol
Colecalciferol
Vitamina E
Vitamina K
Tiamina
Riboflavina
Piridoxina
D-ác. pantotênico
Niacina
Biotina
Ácido fólico
Vitamina C
Luteína
Licopeno
Beta caroteno
Típico
81
65
85
45
45
40
45
56
50
90
80
82
75
85
80
88
90
96
40
72
64
34
Baixo
63
40
75
30
30
10
20
40
30
30
50
70
70
75
64
60
65
85
0
50
40
20
% recuperaçãoapós processamento
Alto
90
80
90
85
85
60
65
75
70
95
85
90
90
95
90
95
95
100
60
80
75
50
Perda estocagem (% mês)
6
30
4
1
1
10
17
11
12
4
4
3
3
2
2
2
<1
<1
37
2
2
2
Forma química
Acetato de retinol
Colecalciferol
Acetato de alfa tocoferil
RRR- alfa tocoferol
Compl. menadiona bissulfito de sódio
Menadiona dicotinamida bissulfito
Menadiona dimetilpirimidinol bissulfito
mononitrato de tiamina
hidrocloreto de tiamina
Riboflavina
hidrocloreto de piridoxina
D-pantotenato de cálcio
ácido nicotínico
biotina
ácido fólico
ascorbil-2-polifosfato
ácido ascórbico
luteína
licopeno
beta-caroteno
Forma do Produto
cross linked beadlet
Beadlet .
spray-dried beadlet
adsorbato
spray-dried beadlet
óleo
extrato cristalino
extrato cristalino
extrato cristalino
extrato cristalino
extrato cristalino
spray-dried beadlet
extrato cristalino
extrato cristalino
extrato cristalino
spray-dried beadlet
spray-dried beadlet
spray-dried beadlet
extrato cristalino
spray-dried beadlet
spray-dried beadlet
Beadlet
TABELA 5 - Recuperação de vitaminas e carotenóides adicionados a alimentos extrusados e percentagem de perda na estocagem
Fonte: Informação fornecida pelo J.W. Wilson, Roche Vitamins Inc. (NRC 2006)
Hicholasville. Proceedings. Hicholasville: Alltech Technical Publications,
1993. P. 61-69.
NRC, Nutrient Requeriments of Dog and Cats, National Research Council of
the National Academies, Washington DC, 2006, 398 p
NUNES, I. J. Nutrição Animal Básica, FEP – MVZ Editora, Belo
Horizonte, 2 ed., 388p. 1998.
MALETTO, S. Absorção e interferência dos elementos minerais no
organismo animal - micro elementos - Importância na sanidade. In: Simpósio
sobre Nutrição Mineral. 1, 1984, São Paulo, Anais. São Paulo: SNIDA,
1984. p.9-18.
MALETTO, S.; Organic compound of minerals in cattle feeding. Anais do
Simpósio Internacional sobre Exigências Nutricionais de Ruminantes –
UFV- MG, pag. 177 – 191, 1995.
MANSPEAKER,J.E., ROBL, M.G., EDWARDS, G.H., et al. Chelated
minerals, Their role in bovine fertility. Vet. Med., v.82, n.9, p.951-956, 1987.
PREMIER PET .As Vantagens dos Minerais Quelatados para Cães e Gatos.
Boletim Informativo, Disponível em http://www.premierpet.com.br Acesso
em 02/06/2003c
RIIS, P. M., Dynamic Biochemistry Of Animal Production, 1983.
UNDERWOOD, E. J. The mineral nutrition of livestock, 2. ed. Farmhan
Royal: 1981. 180 p.
UNDERWOOD, E. J. Trace elements in human and animal nutrition. 3 ed.
New York: Academic press, 1971. 543 p.
VANDERGRIFT, B. The role of mineral proteinates in immunity and
reproduction. What do we really know about them? In: Simpósio sobre
Nutrição Mineral. 1, 1984, São Paulo, Anais. São Paulo: SNIDA, 1984.
p 27-33.
54 55
1. protEínas
Para a obtenção de aminoácidos a ser utilizados na gliconeogênese e produção de energia, há uma elevação no catabolismo protéico. A síntese protéica pode ficar comprometida devido aos reduzidos níveis de insulina circulantes, diminuição da sensibilidade dos receptores de insulina nos miócitos e baixa obtenção de aminoácidos necessários para a síntese de proteínas (Tisdale, 2002), podendo comprometer a cicatrização de feridas e elevar a susceptibilidade ás infecções. O fator indutor de proteólise (PIF) influencia na degradação de proteína corporal e redução da síntese protéica muscular, podendo ser observada na urina do paciente caquético (Inadera, 2002). Animais com neoplasia apresentaram alterações na concentração plasmática de aminoácidos, com elevados níveis de isoleucina e fenilalanina e baixos níveis de treonina, glutamina, glicina, valina, cistina e arginina, que
Caderno Técnico 2
Suporte nutricional em cães com câncerParte 02
se mantiveram alterados após a remoção cirúrgica do tumor, indicando a persistência das alterações metabólicas (Olgivie, 1990).
2. gordura Na caquexia, ocorre um aumento na lipólise e redução da lipogênese, consequente a liberação de fatores tumorais lipolíticos, aumento de lipase hormônio sensível e queda da lípase lipoprotéica, sendo esta última responsável pela ocorrência de hiperlipidemias (Ogilvie, 2004). Pode-se observar também na caquexia o fator mobilizador de lipídeos (LMF), que a atua hidrolisando glicerol e ácidos graxos livre (Silva, 2006). A degradação de tecido lipídico é o principal responsável pela perda de peso (Inui, 2002). Os lipídeos devem ser a principal fonte energética do paciente com neoplasias; células tumorais têm dificuldade de utilizar lipídeos como fonte energética e, além disso, no quadro de caquexia, há uma grande perda da gordura
corporal que deve ser reposta. Este nutriente deve ser responsável por 50 a 65% das calorias diárias ingeridas pelo animal ou compor 25 a 40% da matéria seca da dieta (Shein, 1986 in Olgivie, 2000).
3. minErais Os minerais com relevância no quadro neoplásico são o selênio, o ferro e o zinco. Porém, são necessários mais estudos para a determinação de dosagens ideais para prevenção e tratamento do câncer. Em roedores, a suplementação com selênio demonstrou reduzir a formação de células cancerígenas (Olgivie, 2000). Em humanos é utilizado como suplementação preventiva (Donaldson, 2004). A suplementação de 2 a 4 µg/kg são recomendadas, evitando, assim, a deficiência de selênio, com uma dosagem segura para não ocasionar a intoxicação (Wakshlag, 2008). Altos níveis de ferro foram correlacionados com maior desenvolvimento tumoral (Olgivie, 2000). Em animais de laboratório, a deficiência de zinco parece promover a carcinogênese (Olgivie, 2000).
4. nutracêuticos Os ácidos graxos ômega 3 são compostos pelo ácido ecosapentaenóico (EPA) e pelo ácido docosahexaenóico (DHA), potenciais inibidores da proliferação de células tumorais, promotores da função imune, reduzindo a
formação de citocinas (Olgivie, 2000), atuando no ganho de peso, diminuindo a anorexia, aumentando a ação da insulina, a síntese de óxido nítrico e, além de sua ação protetora nas células nervosas contra o TNFa, aumentamdo os níveis de acetilcolina cerebral. O EPA exerce a função de inibição do PIF através da supressão de citocinas, e conjuntamente ao DHA, inibe a lipólise estimulada pela célula tumoral (Body, 1999). O efeito de ganho de peso parece ser específico para o óleo de peixe. Estudos em humanos demonstraram que a suplementação com outros óleos poliinsaturados e ácido gama linoléico não obtiveram o mesmo resultado no ganho de peso, quando comparados ás pessoas que utilizaram o óleo de peixe. Mais especificamente, a inclusão do EPA estimula maior ganho de massa magra e lipídica (Inui, 2002). È recomendada a inclusão de mais de 5% da matéria seca da dieta (Olgivie, 2000) ou na proporção 1:1 ou 0,5:1 de W-6:W-3 na matéria seca, na formulação da dieta desejada (Wakshlag, 2008), devendo ser acompanhado pela suplementação adequada de vitamina E, prevenindo de efeitos colaterais como a peroxidação de tecidos adiposos. A arginina é um aminoácido de síntese endógena condicionalmente essencial para cães. Associada á ácidos graxos ômega 3, apresentou o efeito de aumento de sobrevida, melhora na qualidade de vida e redução de sinais clínicos no paciente.
Para a sua ração ser a preferida do mercado ela precisa ser a melhor. E a melhor ração para cães e gatos é a ração que utiliza os produtos da linha Hidrofoc, que são desenvolvidos nos mais altos padrões de qualidade para agregar valor ao seu produto.
Focam Ind. e Com. de Aditivos Ltda.Estrada Municipal para Tainhas, Km o1
Carambeí - (PR)www.hidrofoc.com.brwww.focam.com.br
E-mail: [email protected]: (42) 3231-9400 / (42) 9973-3812
Com hidrolisados Hidrofoc seus produtos �cam superCom hidrolisados Hidrofoc seus produtos �cam super
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
Focam.pdf 1 06/02/11 16:13
56 57
Fernanda S Ebina
Médica Veterinária, Mestranda UFLA Nutrição de Cães e Gatos
Flávia Maria de Oliveira Borges Saad
Médica Veterinária, MSc., DSc Nutrição Animal
Professora Associada da UFLA – Departamento de Zootecnia
Caderno Técnico 2
Não existem estudos comprovando o nível ideal de arginina para cães,mas estima-se que o recomendado seriam níveis acima de 2% da matéria seca corporal. Suplementação com glutamina é importante devido a sua função de combustível oxidativo para enterócitos. A glutamina é precursora de nucleotídeos, melhora a morfometria intestinal, a imunidade local, reduz a translocação bacteriana e aumenta a sobrevida do paciente (Olgivie, 2000), além de possuir atividade imunomoduatória, inibitória das células tumorais e a metástase (Kaufmann et al., 2003). Aminoácidos de cadeia ramificada (isoleucina, leucina e valina) podem ser suplementados pela sua possível ação anti carcinogênica (Saito, 2001), sendo recomendada a suplementação de 100 a 150 mg/kg de animal (Wakshlag, 2008). Em humanos, enzimas digestivas e probióticos podem ser utilizados como suplementos em dietas anticancer (Donaldson, 2004). Os ß-carotenos, vitamina C, viamina E e retinóides são considerados possíveis agentes anti-tumorais (Wakshlag, 2008), são anti-oxidantes que atuam em receptores específicos inibindo o crescimento e metástase tumoral. (Olgivie, 2000). Os retinóides são compostos derivados da vitamina A que demonstram funcionalidade no combate às células cancerígenas, como epiteliomas queratinizantes intradérmico, linfomas cutâneos, carcinoma de células escamosas por fotossensibilidade e lesões pré-neoplásicas, apenas associadas á outros agentes. Atuam aumentando a sensibilidade das células neoplásicas aos tratamentos convencionais por agentes químicos e radiação (Olgivie, 2000). A suplementação com antioxidantes é bastante controversa, pois embora esses compostos atuaem reduzindo a formação de radicais livres que podem prejudicar células normais, o efeito de proteção da membrana celular também atua em células neoplásicas, promovendo uma maior resistência das células tumorais ao tratamento anti carcinogênico (Wakshlag, 2008).
5. manEjo nutricional
O manejo nutricional tem como objetivo prevenir, corrigir deficiências nutricionais ou minimizar as perdas durante a evolução do quadro clínico. A intervenção precoce é importante por auxiliar beneficamente no tratamento das células tumorais (Barrére, 2007). A dieta selecionada para pacientes com neoplasia deve atender o requerimento calórico necessário para a manutenção do animal. Para avaliar se a quantidade ofertada está adequada, o animal não deve perder peso. O método mais indicado é por via oral(ou enteral, no caso de recusa em ingestão voluntária de alimentos), para manutenção da mucosa intestinal, hormônios tróficos e para
estimular a produção de IgA intestinal. Em casos de hiporexia, pode-se utilizar estimulantes de apetite como derivados de benzodiazepínicos, e uma possibilidade ainda não estudada, é o megestrol. Porém, em casos mais avançados da doença, alguns pacientes ficam impossibilidados de se alimentarem da maneira fisiologicamente indicada e necessitam do fornecimento das suas necessidades nutricionais de maneira diferenciada, como no caso da alimentação parenteral (Olgivie, 2000).
6. conclusão Apesar da crescente população de animais senis e, consequentemente, da população acometida por neoplasias, ainda faltam muitos estudos para determinação da eficácia de nutrientes como nutracêuticos, suas dosagens e forma de utilização. A grande diversidade de neoplasias e seus comportamentos não padronizados dificultam o estabelecimento de uma dieta exata para suporte e/ou prevenção. São necessários mais estudos específicos para a espécie canina já que a maioria das bases científicas são extrapoladas de outras espécies.
7. rEfErências bibliográficas
ARGUILÉS, J.M. BUSQUETS, S., LOPEZ-SORIANO, F.J. Cytokines in the pathogenesis of cancer cachexia. Curr. Opin. Clin. Nutr. Metab. Care. V.6, n.4, p. 401-406, 2003.ARGUILÉS, J.M. BUSQUETS, S., LOPEZ-SORIANO, F.J. Mediators involved in cancer anorexia-cachexia syndrome: past, present and future. Nutrition. V.21, p.977-985, 2005.BARRÉRE, A.P.N., KAMATA, L.H. Informações nutricionais para auxiliar os pacientesoncoematológicos a lidarem com efeitos colaterais do tratamento. Prática Hospitalar -Ano IX , n. 49 , p. 25-27, 2007.BODY, J.J. The syndrome of anorexia- cachexia. Curr. Opin. Oncol. V.11, n.4, p.255-260, 1999.CABRAL, E.L.B., CORREIA, M.I.T.D. Princípios nutricionais, na abordagem do câncer avançado. In: SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006. CAMPOS, A.C.L., MATIAS, J.E.F. Etiologia da desnutrição no câncer. In: SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006. CARVALHO, E.B., CORREIA, M.M., TORRES, H.O.G. Câncer. In: SILVA, M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portdores de cancer. Rev. Bras. Cancerol. V.52, n.1, p.59-77, 2006.DONALDSON, M.S., Nutrition and cancer: A review of the evidence for an anti-cancer diet. Nutrition Journal., v.3 p.19, 2004.GUPPY, M., LEEDMAN, P., ZU, X.,RUSSEL,.V. Contribution by different fuels and metabolic pathways to the totalATP turnoverof proliferating MCF-7breast cancer cell. In: : SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores
de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006.INADERA, H., NAGAY, S., DONG, Y.H., MATSUSHIMA, K.Molecular analysis of lipid-depletingfactos in colon-26-inoculatedcancer cachexia model. Int. J. Cancer. V.101,.n.1, p. 37-45, 2003. INUI, A. Cancer Anorexia-Cachexia Syndrome: Current Issues in Research and Management. CA Cancer J Clin. v.52, p.72-91, 2002.INUI, A. Cancer Anorexia-Cachexia Syndrome: are neuropeptides the key? Cancer Res. V.59, n. 4, p. 493-501, 1999.KAUFMANN Y, KORNBLUTH J, FENG Z ET AL. Effect of glutamine on the initiation and promotion phases of DMBA-induced mammary tumor development. J Parenter Enteral Nutr, v. 27 p. 411-418, 2003.MARTÍN, M.S.M.,MARTÍN, M.O. Síndrome da caquexia tumoral. In: SILVA M.P.N. Síndrome da anorexia-caquexia em portadores de câncer. Rev. Bras. de Cancerol. v. 52, n.1, p.59-77, 2006.NUTRITOTAL , São Paulo:Nutritotal, 2004.Como se define a síndrome da anorexia e caquexia em câncer e AIDS?Disponível em: http://www.nutritotal.com.br Acesso: 29 jul 2010.OGILVIE GK, FORD RB, VAIL DM ET AL. Alterations in lipoprotein profiles in dogs with lymphoma. J Vet Intern Med v. 8, p. 62-66, 1994.OGILVIE G.K.,MARKS, S.L.Cancer. In: HAND, M. S.; THATCHER, C. D.; REMILLARD, R. L.; ROUDEBUSH, P. Small Animal Clinical Nutrition. 4. Ed. Topeka: Mark Morris Institute. p.1035-1050, 2000.OGILVIE GK, FORD RB, VAIL DM. Advances in nutritional therapy for the cancer patient. Veterinary Clinics of North America: Small Animal Practice. v.20, p. 969-985, 1990.OGILVIE GK, WALTER L.M., SALMAN M.D.,ET AL, Treatment of dogs with lymphoma with adriamycin and a diet high in carbohydrateor high in fat. Cancer, v.69, p.233-238, 1992.PARREIRA, I.M, KEGLEVICH. E. As neoplasias em cães. Enciclopédia Biosfera, N.01,p.1-32, 2005. PAOLONI, M.C., KHANNA, C. Comparative Oncology Today. Comparative Oncology Program. Vet Clin Small Anim. v.37, p.1023–1032, 2007.SAITO Y, SAITO H, NAKAMURA M ET AL. Effect of the molar ratio of branched chain to aromatic amino acids on growth and albumin mRNA expression of human liver cancer cell lines in a serum-free environment. Nut Canc. v. 39, p. 126-131, 2001.SHEIN P.S., KISNER D., HALLER D., ET AL. The oxidation of body fuel stores in cancer patients.In: Small Animal Clinical Nutrition. 4. Ed. Topeka: Mark Morris Institute . P. 1035-1050, 2000.SHILS, M.E.; COISO, D. Report to the medical board on nutritional assessment of hospitalized adult pacients in Memorial Hospital. In:WILLS, J.M., SIMPSON, K.W.. El libro de Waltham de nutrición clínica del perro y el gato. Zaragoza. Ed. Acribia, S.A., cap.6, p. 91-100, 1994.TIDALE, M.J. Cachexia in cancer patients. Nat. Rev. Cancer. V.2, n.11, p.862-871, 2002. WAKSHLAG J.J, KALLFELZ F.A.,Nutritional Status of Dogs with Cancer: Dietetic Evaluation and Recommendations In: PIBOT P., BIOURGE V, ELLIOTT D.A. Encyclopedia of Canine Clinical Nutrition,. Ithaca: International Veterinary Information Service (www.ivis.org), 2008; Documento No. A4213.0808. http://www.ivis.org/advances/rc/chap13part01/chapter.asp?LA=1 Acesso: 7 ago 2010.YOUNES, R.N., NOGUSHI, Y. Pathophysiology of cancer cachexia. Rev. Hosp. Clin. Fac. Med. São Paulo. V.55, n.5, p.181-183, 2000.
58 59Caderno Técnico 3
convivência mais próxima dos proprietários
com seus animais de companhia, devido a mudanças
comportamentais e sociais das últimas décadas, levou
a modificações na alimentação destes animais, pois o
alimento industrializado facilita o fornecimento e diminui
o tempo anteriormente despendido no fornecimento da
alimentação caseira.
Tal convivência, também implicou em maior contato do
proprietário com as fezes de seu animal, as quais contêm
diversos elementos voláteis que caracterizam o mau odor
dos dejetos. Essa é a principal reclamação dos proprietários
de animais de companhia, que buscam resolver o problema
fornecendo aos seus animais rações que resultem em fezes
com menor odor e melhor consistência. Dessa forma, é
crescente o número de alimentos completos industrializados
que contêm em sua composição, aditivos com potencial
redução de odor fecal.
Zeólita natural x Yucca schidigera na alimentação de cães e gatos
A Buscando-se minimizar este problema, a pesquisa e
o desenvolvimento de novos aditivos que reduzam o odor
produzido pelas fezes e melhorem o escore fecal sem,
influenciar a palatabilidade e a digestibilidade do alimento
fornecido, é de extrema importância dentro do setor
Petfood.
Dentre os redutores de odor fecal, os de maior destaque
são o extrato de Yucca schidigera e a Zeólita, os quais
possuem mecanismos de ação muito diferentes. Os efeitos
da Yucca schidigera consistem na inibição da uréase, ação
sobre a microbiota e a ligação com a amônia. Já a Zeólita
apresenta um desbalanço de cargas em sua estrutura e,
dessa forma, adsorção da amônia.
zEólita x Yucca schidigEra
As Zeólitas naturais podem ser encontradas em diversos
países com características de cores, composição e relação
Al/Si distintos, as quais modificam a sua seletividade de
troca catiônica (CTC), característica responsável pela
adsorção da amônia.
A Zeólita do tipo Clinoptilolita, é um mineral de
formação vulcânica com alta capacidade higroscópica e
de troca catiônica seletiva que promove respectivamente,
aumento da matéria seca fecal com conseqüente melhora
das características das fezes e redução dos níveis de amônia
e gases característicos do odor das fezes. Além disso, a sua
capacidade de troca catiônica reduz o efeito tóxico causado
pelas altas concentrações de gases presentes em excesso
nos processos digestivos.
Recomenda-se o uso de Zeólita em dosagens que
podem variar entre 0,75% a 1% para cães e 0,5% para gatos,
de acordo com as características e objetivos que se pretende
alcançar com a ração formulada.
A Yucca schidigera é uma espécie de planta da família
Agavaceae que cresce em desertos e encontra-se quase
que exclusivamente no sudoeste dos EUA e no México.
Ela pode atingir de 3 a 4 metros de altura e produz vários
galhos que são colhidos quando maduros com 1 a 2 metros.
Estes galhos são então moídos e o sólido resultante é seco e
transformado em pó para utilização na alimentação animal,
em um nível recomendado como ideal de 250 ppm.
a pEsquisa
Os ensaios de digestibilidade e aceitabilidade são
ferramentas de grande importância na avaliação e na
decisão da inclusão de aditivos em dietas tanto de animais
de produção como os de companhia.
Com a proposta de avaliar a ação de diferentes níveis
de inclusão dos aditivos Zeólita do tipo Clinoptilolita e
o extrato de Yucca Schidigera (YSE) na ração de cães e
gatos, uma pesquisa foi realizada no Centro de Estudos
em Nutrição de Animais de Companhia, pertencente ao
Departamento de Zootecnia da Universidade Federal
de Lavras em parceria com a Indústria Celta Brasil. Os
parâmetros avaliados durante a pesquisa foram: redução de
odor e melhora das características das fezes, digestibilidade
aparente da matéria seca e aceitabilidade do alimento
através da avaliação do consumo voluntario da ração.
Para o ensaio de digestibilidade, redução do odor e
melhora da consistência das fezes, foram utilizados cães
adultos da raça Beagle e gatos adultos sem raça definida.
Os tratamentos experimentais em ambos os ensaios foram:
YSE 125 ppm, YSE 250 ppm, YSE 375 ppm, Zeólita
0,5%, Zeólita 0,75%, Zeólita 1,0% e tratamento controle.
Para realizar o estudo de aceitabilidade, os animais foram
submetidos a um teste de consumo voluntario do alimento
fornecido acrescido dos maiores níveis dos aditivos
em estudo. Assim esperava-se que, caso não ocorresse
interferência dos aditivos fornecidos em altas concentrações
no consumo voluntário dos animais, os níveis mais baixos
também não interfeririam.
Nos dias de avaliação da aceitabilidade da ração, os dois
alimentos foram fornecidos de forma pareada e simultânea.
A disposição do alimento no comedouro era modificada
a cada dia, evitando que o animal tivesse o primeiro
60 61Caderno Técnico 3
Ana Paula Fulan
Zootecnista
Mestre em Nutrição de Monogástricos
Responsável Técnica e Comercial na Indústria Celta Brasil
Tratamento
Controle
2,83
5,0
74,75
Extrato de Yucca Zeolita (%)
TABELA 1 – Parâmetros avaliados em cães durante teste comparativo entre três dietas: tratamento controle (sem inclusão de aditivos), dietas com o aditivo Extrato de Yucca
e dietas com o aditivo Zeolita (Celpec ®).
Adaptado de Maia (2008).
(1) Valores médios de escore fecal variando de 1 (diarréia) a 5 (fezes ressecadas) com valor ideal igual a 4 (2) Valores médios de odor das fezes variando entre 0 (odor forte) a 10 (odor fraco)(3) Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca
Parâmetros
Escore Fecal1
Odor Fecal2
CDAMS3 (%)
125
3,16
5,04
77,18
250
3,16
5,60
73,84
375
3,43
5,64
74,47
0,5
3,63
5,77
74,57
0,75
3,86
6,55
75,31
1,0
3,93
5,97
74,36
Tratamento
Controle
3,51
2,0
77,67
Extrato de Yucca Zeolita (%)
TABELA 2 – Parâmetros avaliados em gatos durante teste comparativo entre três dietas: tratamento controle (sem inclusão de aditivos), dietas com o aditivo Extrato de Yucca e dietas
com o aditivo Zeolita (Celpec ®).
Adaptado de Roque (2009).
(1) Valores médios de escore fecal variando de 1 (diarréia) a 5 (fezes ressecadas) com valor ideal igual a 4 (2) Valores médios de odor das fezes variando entre 0 (odor forte) a 10 (odor fraco)(3) Coeficiente de digestibilidade aparente da matéria seca
Parâmetros
Escore Fecal1
Odor Fecal2
CDAMS3 (%)
125
3,80
2,57
77,44
250
3,69
1,16
77,41
375
3,62
2,37
77,72
0,5
4,16
2,54
76,60
0,75
4,05
2,24
75,96
1,0
3,49
1,88
76,98
Gráfico 1: Quantidade media em gramas consumida pelos cães e gatos em um período de 4 dias.
Quantidade media em gramas consumida pelos cães em um período de 4 dias
180162,6 158,37
14,98 16,59
10% de Zeolita
375 ppm de extrato de Yucca
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Quantidade media em gramasconsumida pelos gatos em umperíodo de 4 dias
acesso ao mesmo tipo de alimento durante o teste. Após
um período de uma hora, os comedouros eram retirados
e as sobras mensuradas para a avaliação do consumo. Os
valores médios de consumo dos animais, durante o teste
de palatabilidade, estão no gráfico 1. Tanto na pesquisa
com Cães como em Gatos, não houve diferença sobre a
aceitabilidade dos alimentos com a inclusão dos aditivos.
Para avaliar a capacidade de redução de odor das fezes
pelos aditivos, realizou-se uma análise sensorial do material
fecal coletado, seguindo protocolos de avaliação sensorial
adaptados da análise sensorial de alimentos. Desta forma
45 donos de cães e 60 donos de gatos e consumidores de
alimentos completos, foram selecionados para observar
em 7 amostras de fezes o odor produzido e numerá-las
conforme a intensidade deste odor. Os resultados dos
parâmetros avaliados para cães estão na Tabela 1 e para
gatos estão na Tabela 2.
Através da sua capacidade de troca catiônica seletiva,
absorvendo primeiramente íons amônio, a Zeólita absorveu
os gases produzidos durante a digestão do alimento, não os
liberando para o meio ambiente, e desta forma reduzindo o
odor das fezes produzidas pelo animal. Essa capacidade foi
observada durante a avaliação sensorial do material fecal
coletado para o teste de avaliação e pode ser observada nas
tabelas 1 e 2.
Os resultados mostram a superioridade da Zeólita na
redução de odor pelos níveis de inclusão de 0,75% a 1,0%
em cães, sobre os demais níveis estudados de Zeólita e
do Extrato de Yucca. Já no estudo com gatos, o nível de
0,5% de Zeólita nos mostrou-se melhor que todos os níveis
estudados, com exceção do nível de 125 ppm de Extrato de
Yucca , o qual foi semelhante ao nível de 0,5% de Zeólita.
Neste trabalho também foi possível observar, que
as fezes dos animais alimentados com o aditivo Zeólita
em níveis de 0,75% a 1,0% para cães e 0,5% para gatos
apresentaram consistência mais firme e formato mais
característicos, devido a propriedade higroscópica da
Zeólita, a qual propicia melhores características as fezes dos
animais alimentados com este aditivo. Esta característica é
de grande interesse para a indústria de alimentos Pet Food
e para os proprietários de animais de companhia, uma vez
que fezes mais secas e com boa forma são indicativos de
saúde do animal e facilitam a limpeza das áreas utilizadas
pelos animais para defecação.
O mercado Pet Food brasileiro está em crescimento,
e os alimentos são cuidadosamente elaborados com
ingredientes que potencializam a prevenção da saúde dos
animais. Seguindo esta vertente, as indústrias produtoras
de alimentos completos estão sempre buscando produtos
diferenciados como a Zeólita, um novo aditivo que reduz o
odor e melhora a consistência das fezes. Este é de extrema
importância para a indústria Pet Food, pois supre a maior
reclamação dos proprietários e consumidores de alimentos
industrializados junto às indústrias, sendo então, uma nova
fonte de aditivo para tal finalidade.
litEratura consultada:
MAIA, G. V. C. Zeólitas (Clinoptilolita) e Yucca schidigera em
rações para cães: palatabilidade, digestibilidade e redução de
odores fecais. 2008. 85 p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia)
- Universidade Federal de Lavras, Lavras.
ROQUE, N. C. Níveis de Zeólita (Clinoptilolita) e Yucca
schidigera em rações para gatos. 2009. 95 p. Dissertação
62
Aboissa
(11) 3353-3000
www.aboissa.com.br
Algomix
(45) 3251-1239
www.algomix.com.br
Andritz Sprout do Brasil
www.andritzsprout.com
Anima Consultores
(11) 3677-1177
www.animaconsult.com.br
Biorigin
(14) 3269-9200
www.biorigin.net
Brazilian Pet Foods
0800-7016100
www.brazilianpetfoods.com.br
Celta Brasil
(11) 4615-7788
www.celtabrasil.com.br
Consulpet
(19) 9135-1322
www.consulpet.com.br
Ferraz Máquinas
(16) 3615-0055
www.ferrazmaquinas.com.br
Focam
(42) 3231-9400
www.focam.com.br
Fribom
(62) 3516-4020
Geelen Counterflow
www.geelencounterflow.com
Inflex Embalagens(67) 2108-5900www.inflex.ind.br Informe Agro Business(11) [email protected] www.agroinforme.com.br Manzoni Industrial(19) 3225-5558www.manzoni.com.br Marfuros(44) 3029-7037www.marfuros.com.br Nord Kemin(49) 3312-8650www.kemin.com Nutriad(19) 3206-0199www.nutriad.com.br Nutridani(43) 3436-1566www.nutridani.com.br Nutrivil(85) [email protected] Permecar(19) 3456-1726www.permecar.com.br Rothoplás Embalagens(11) [email protected] SES Surface(16) 3368-3118www.ses-engenharia.com.br SPF do Brasil(19) 3583-6003www.spfbrasil.com.br Wenger do Brasil(19) [email protected] Widy / Muyang(11) 5042-4144www.wid-eng.com
Serviços
3ª capa
5
27
59
41
51
55
43
29
13
9
21
7
31
57
47
39
61
37
35
41
33
57
45
Nome:
Empresa:
Endereço:
Nº: Complemento:
Cidade:
Cep: UF:
Fone: ( )
Fax: ( )
Cargo:
Tipo de Empresa:( ) Fábrica de Ração ( ) Palatabilizantes( ) Vitaminas e Minerais( ) Aditivos e Anti-Oxidantes( ) Veterinários( ) Zootecnista( ) Pet Shop( ) Farmacologia( ) Corantes( ) Embalagens ( ) Graxaria Independente ( ) Graxaria / Frigorífico( ) Fornecedor de Máquinas / Equipamentos( ) Fornecedor de Insumos e Matérias-Primas( ) Prestadores de Serviços( ) Consultoria / Assessoria( ) Universidades / Escolas( ) Outros
Você pode solicitar o recebimento da Pet Food Brasil.
Após preenchimento do formulário a seguir, envie-o para:
Rua Sampaio Viana, 167, Conj. 61 São Paulo (SP) - Cep: 04004-000
Fone: (11) 2384-0047ou por [email protected]
ASSINATURA DA REVISTAPet Food Brasil
2ª capa
4ª capa