cap+1+ +didatica

27
 didática    e      d    u    c    a    ç     ã    o      é     t      i    c    a conhecimento sociedade professor aprendizado      l    e      i     t    u    r    a cultura estudo escrita linguagem  e    s    c    o      l    a aluno  escrita estudo educação conhecimento    s    o    c      i    e      d    a      d    e professor aprendizado leitura cultura linguagem    a      l    u    n    o arte arte olhar olhar atividades      i    n      f    o    r    m    a    ç     ã    o informação    a     t      i    v      i      d    a      d    e    s pedagogia    p    e      d    a    g    o    g      i    a pesquisa pesquisa conteúdo história projeto  e    n    s      i    n    o ensino  reflexão reflexão      d    e    s    e    n    v    o      l    v      i    m    e    n     t    o instituição teoria instituição entendimento professor estratégia trabalho metodologia metodologia    e    x    p    r    e    s    s     ã    o planejameto história relações    e    x    p    e    r      i      ê    n    c      i    a experiência      l      i    n    g    u    a    g    e    m arte leitura disciplina olhar conteúdo diálogo diálogo organização compreensão cidadania cidadania expressão conhecimento atividades aprendizado educação escrita desenvolvimento pedagogia pensamento pensamento disciplina pesquisa    c    o    n     t    e      ú      d    o organização projeto cultura disciplina sociedade reflexão aluno diálogo conteúdo escola relações ética planejameto    a    r     t    e aluno estudo formação formação formação ser humano ser humano palavras palavras grupo grupo grupo vivência vivência vivência direção direção ação ação ação aprendiz aprendiz aprendiz trabalho projeto metodologia experiência profissional profissional teoria pesquisa ética criança criança democracia coletivo coletivo democracia ensino atividades cultura aluno escola instituição ética ensino César Cola pensamento  Universidade Aberta do Brasil Universidade Federal do Espírito Santo  Artes Visuais do ensino da arte

Upload: mixpos

Post on 18-Jul-2015

145 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 1/27

didátic

   e     d   u   c

   a   ç    ã   o

     é    t     i   c   a

conhecimensociedade

professor

aprendiza     l   e     i    t   u   r   a

cultura

estudoescrita

linguagem

alunoe

esteducaç

conhecimento

   s   o   c     i   e     d   a     d

   eprofessor

aprendizado

l

culturalinguagem

   a     l   u   n   o

arte

arte

olhar

olha

atividades

     i   n     f   o   r   m   a   ç    ã

   o

informação

pedagogia

   p   e     d   a   g   o   g     i   a

pesqui

pesquisa

conteúdo

história

projeto

ensino reflex

reflexãoinstituição

teoriainstituição

entendimento

professor

estra

trabalho

metodologia

metodo

   e   x   p   r   e   s   s    ã   o

planejameto

história

relações

experiência

     l     i   n   g

   u   a   g   e   m

arte

leitura

disciplinaolhar

conteúdo

diálogo

diálogo

organização

compreensão

cidadania

cidadania

expressão

conhecimento

atividades

aprendizado

educação

e

desenvolvimento

pedagogia

pensamento

pensamento

disciplina

pesquisa

   c   o   n    t   e     ú     d   o

organiz

projeto

cultu

disciplina

sociedade

reflexão

aluno

diálogo

conteú

escola

relações

planejameto

  t

formação

formação

formação

ser humano

ser humano

palavras

palavrasgrupo

grupo

vivência

vivência

vivência

direção

ação

ação

aprendiz

aprendiz

aprendiz

t

projeto

metodologia

experiência

profissional

profiss

teoria

pesquisa

ética

criança

criançademocracia

coletivo

colet

democracia

ensino

atividadescultura

aluno

escola

instituição

ética

ensino

César Colapensamento

Universidade Aberta do Brasil

Universidade Federal do Espírito Santo

 Artes Visu

do ensino da ar

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 2/27

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 3/27

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTONúcleo de Educação Aberta e a Dis tância

César Perei ra Cola

  V i t ó r i a2010

 Didáticado ensino da Arte

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 4/274 César Cola

Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva

Ministro da EducaçãoFernando Haddad

Secretário de Educação a DistânciaCarlos Eduardo Bielschowsky

DED - Diretoria de Educação aDistância Sistema Universidade Abertado BrasilCelso José da Costa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

ReitorPro. Rubens Sergio Rasseli

 Vice-ReitorPro. Reinaldo Centoducatte

Pró-Reitor de Ensino de GraduaçãoProª Izabel Cristina Novaes

Diretor-Presidente do Núcleo deEducação Aberta e a Distância - ne@adPro. Reinaldo Centoducatte

Direção Administrativa do Núcleo de

Educação Aberta e a Distância - ne@adMaria José Campos Rodrigues

Coordenadora do Sistema UniversidadeAberta do Brasil na UesMaria José Campos Rodrigues

Diretor Pedagógico do ne@adJulio Francelino Ferreira Filho

Diretora do Centro de ArtesCristina Engel de Alvarez

Coordenação do Curso de Artes Visuais -Licenciatura na Modalidade a DistânciaMaria Gorete Dadalto Gonçalves

Revisão de ConteúdoMaria Regina Rodrigues

Revisão OrtográfcaJulio Francelino Ferreira Filho

Design Gráfco

LDI- Laboratório de Design Instrucional

ne@adAv. Fernando Ferrari, n.514 -CEP 29075-910, Goiabeiras - Vitória - ES(27)4009-2208

Laboratório de Design Intrucional

A reprodução de imagens de obras em (nesta) obra tem o caráter pedagógico e cientico, amparado pelos limitesdo direito de autor no art. 46 da Lei no. 9610/1998, entre elas as previstas no inciso III (a citação em livros, jornais,revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para ns de estudo, crítica oupolêmica, na medida justicada para o m a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra), sendo todareprodução realizada com amparo legal do regime geral de direito de autor no Brasil.

Copyright © 2010. Todos os direitos desta edição estão reservados ao ne@ad. Nenhuma parte deste material poderáser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por otocópia e outros, sem a prévia autorização,por escrito, da Coordenação Acadêmica do Curso de Licenciatura em Artes Visuais, na modalidade a distância.

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)

LDI coordenaçãoHeliana PachecoJosé Octavio Lobo NameHugo Cristo

GerênciaIsabela Avancini

EditoraçãoMarcela Bertolo

CapaMarcela Bertolo

ImpressãoGráca e Editora GSA

 Cola, César, 1956-Didática do ensino da arte / César Pereira Cola. - Vitória, ES : UniversidadeFederal do Espírito Santo, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2010.

100 p. : il. 

Inclui bibliograa.

ISBN: 

1. Arte - Estudo e ensino. 2. Didática. I. Título. CDU: 37.02:7

C683d

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 5/27

didática

e

     d   u   c   a   ç    ã

   oescola

     é    t     i   c   a

conhecimenprofessor

estudo

linguagem educação

conhecimento

so

   c     i   e     d   a     d   e

le

arte

olharresponsab

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 6/27

eo

S UMÁRIO

A PRESENTAÇÃO 6

I NTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO 1

1.1 FUNDAMENTOS 111.1.1 Educação 111.1.2 Pedagogia 141.1.3 Didática 19

CAPÍTULO 2 

2.1 DIDÁTICA E SUA POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO/ TRANSFORMAÇÃO

 E INFLUÊNCIA NO COTIDIANO SOCIAL 272.1.1 A sociedade e sua característica mutante 272.2 PERCURSO HISTÓRICO EM EDUCAÇÃO 322.2.1 Teorias e teóricos em educação 32

CAPÍTULO 3 

3.1 ATORES NO ÂMBITO EDUCACIONAL 493.1.1 Proessor 493.1.2 Aluno 533.1.3 Pedagogo 573.1.4 Pesquisador 603.1.5 Artista 61

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 7/27

CAPÍTULO 44.1 PLANEJAMENTO 654.1.1 TIPOS OU NÍVEIS DE PLANEJAMENTO 674.1.1.1 De um sistema educacional 67

4.1.1.2 De uma escola 674.1.1.3 De um currículo 684.1.2 Planejamento didático ou de ensino 694.1.2.1 Planejamento de curso 704.1.2.2 Planejamento de unidade 714.1.2.3 Planejamento de aula 74

CAPÍTULO 5 

5.1 OBJETIVOS E CONTEÚDOS 795.1.1 Importância dos conteúdos para a ação pedagógica 795.1.2 Objetivos gerais 81

5.1.3 Objetivos específcos 825.1.4 Importância dos conteúdos em educação 83

CAPÍTULO 6 

6.1 PROCEDIMENTOS, RECURSOS E AVALIAÇÃO 896.1.1 Conceito de procedimentos, recursos e avaliação para a ação pedagógica 89

 R EFERÊNCIAS 98

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 8/27

A PRESENTAÇÃO

Desejo, antes de tudo, bons estudos para todos

nós: proessor, tutores, alunos. Digo que este é um mo-

mento importante em minha carreira, estar envolvido

em curso de ormação de proessores de Arte, modali-

dade EAD, sendvo responsável em preparar material deDidática que, espero, seja muito útil para prossionais

que atuarão na Educação.

Sobre meu percurso prossional, estudei primeira-

mente Administração de Empresas na UFES, abandonan-

do o curso no segundo ano para Cursar Artes Plásticas

– Bacharelado. Após concluído, Cursei também Licen-

ciatura em Artes Visuais, por encontrar-me envolvido e

apaixonado pela Educação, lecionando na Escola Técni-

ca Federal do ES na década de 1980. Fui admitido comoproessor da UFES em 1991, onde ministro as disciplinas

Prática de Ensino de Arte, Arte e Educação, Didática para

a Graduação. Concluí Mestrado em Educação na Univer-

sidade Federal do ES, onde hoje sou proessor no Progra-

ma de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Edu-

cação, depois de ter nalizado Doutorado na PUC/SP. Na

Pós-graduação, ministro Arte e Educação, Seminários

sobre Estética, Desenho Inantil, Expressão Individual na

Inância, Autobiograa, entre outros Tópicos.Minha vida sempre oi de muito estudo. Além de

muita dedicação, acho bom termos também prazer no

que azemos, mas com grande dose de responsabilidade,

 já que envolve vida, ormação de pessoas, conceitos que

geralmente ultrapassam os conteúdos disciplinares com

os quais estamos lidando. Hoje, por exemplo, vejo de-

poimentos de muitos proessores ou outros prossionais

que escolheram sua carreira devido a aulas de proesso-

res com os quais se identicaram.

A arte está presente em nossa vivência, digo, na vi-

vência de todos os seres humanos: disso ninguém podeduvidar. Mas em determinados casos especícos, tenho

certeza de que ocupa um lugar especial, uma dimensão

mais larga, mais signicativa. E assim me observo pen-

sando sobre este ato: na vida de quais indivíduos a arte é

mais signicativa, e está substancialmente mais presen-

te? Como refexão, vejo que na vida de artistas isso acon-

tece, bem como na de publicitários, ilustradores, editores

de livros, de jornal, de revista, pessoas que lidam com

mídia de um modo geral, entre uma quantidade enor-me de prossionais. Mas dentre todos esses, gostaria de

acentuar vocês, estudantes de arte, uturos proessores

que estarão (e muitos já estão), alando de arte para um

número enorme de pessoas. E no trabalho que amanhã

será desenvolvido por vocês, existe a importância de ser

averiguado até que ponto a arte é importante para vocês

mesmos, proessores, para que ela na verdade venha a ser

signicativa também para grande parte de seus alunos.

E a abrangência de tal signicado está nas mãos de pes-soas que alam sobre a arte para crianças, adolescentes,

adultos. Enm, digo isso no sentido de que se a arte não

zer sentido para proessores de arte, ela também não

ará sentido para alunos de arte, salvo raras exceções.

Uso tais palavras para alar sobre mim mesmo e

sobre o sentido que a arte sempre teve em minha vida.

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 9/27

Quando decidi lidar com Educação, tinha a certeza de

que na inância e na adolescência a disciplina Arte de-

veria ser trabalhada, ensinada, compreendida, planejada

com muita dedicação, considerando que é importante

na vida de um modo geral (para todos) e também espe-cíco (para pessoas que são atraídas pela arte como ad-

miradores ou como prossionais). Mas, para que possa

haver um desempenho otimizado do proessor, torna-se

necessária a ajuda de cada um consigo mesmo, perscru-

tando dentro de si mesmo encontros singulares com a

arte; determinado sentido individual por meio do qual

a arte seja indispensável. Como diagnóstico, proponho

que vocês tenham um monólogo constante e silencioso,

trazendo questões como: 1) Eu gosto de pintura, escul-tura, desenho, otograa, das Artes Visuais? 2) Minha

vida é melhor, mais eliz porque existe o cinema, a dan-

ça, otograa, a arte de um modo geral? 3) Eu tenho

prazer em ver ao meu redor objetos interessantes não

só por serem utilitários, mas pela orma como me sedu-

zem pela cor, brilho, localização dentro do ambiente?; 4)

Outras. Talvez eu tenha conseguido ser claro no sentido

de que a semente, o tempero da prossão de proessor

de Arte é saber como a Arte acontece em sua vida, gos-tar das infuências que ela traz, sendo, assim, capaz de

conduzir seu desejo singular a querer saber mais sobre a

Arte, alar mais sobre a Arte.

Posto isso, a proposta curso é introduzir o estudan-

te de Licenciatura em Artes Visuais, modalidade EAD, a

refetir sobre o que poderá ser eito em termos de ensino

de Arte na Educação Básica. Sendo assim, priorizei uma

abordagem de certa orma geral sobre didática, ou seja,

entendendo que estaremos, ao longo do curso, pen-

sando sobre o ato de ensinar. Projetar a atuação como

proessor de Arte. Tendo bastante rme o objeto Arteem nosso horizonte, aparece o cerne de nossos estudos.

Que alternativas, que instrumentos, que teorias e proce-

dimentos existem para retrabalharmos (pois não existem

receitas prontas) a Arte na Educação? Estarei propondo

um diálogo com vocês, tendo como undamento teorias

que permeiam a Didática.

Os conhecimentos que vocês possuem em estu-

dos realizados anteriormente serão agora muito signi-

cativos, pois, sem os mesmos a Didática ca vazia. Taisestudos reerem-se a disciplinas ministradas ao longo

do curso e outros adquiridos em leituras, palestras e

eventos requentados. Estarei também tentando bus-

car conceitos próprios que vocês possuem sobre a Arte,

bem como que sejam trabalhadas temas e técnicas

com as quais gostam de lidar, que acreditem que sejam

signicativas, pois ensinar pressupõe um trabalho de

autoria, de colocar em ação o que o proessor entenda

como signicativo.A dimensão instrumental da disciplina, no en-

tanto, não deverá ser relegada a segundo plano, pois

muitos conceitos em Didática, ainda que tradicionais,

antigos, conservadores, ainda estão incorporados em

muitas práticas de proessores que se consideram li-

vres das mesmas.

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 10/2710 César Cola

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 11/27Didática do Ensino da Arte 11 

I NTRODUÇÃO

O material é composto por tópicos que são geral-

mente trabalhados na disciplina Didática. Convém ob-

servar a carga horária mais concentrada na questão do

planejamento. Assim oi decidido pelo ato de neste mo-

mento estarmos pensando teoricamente sobre algo quevirá ser uturamente colocado em prática. Ou seja: é o

momento de pensar sobre um objeto que será trabalha-

do no uturo, sendo que se espera que tal procedimento

seja constante na utura atuação de todos vocês como

proessores, pesquisadores ou quem sabe mesmo em ou-

tras atividades, pois, sem projeção prévia do que se pen-

sa em azer, a prática pode apresentar-se inconsequente,

inconsistente, improvisada em um sentido indesejável.

Os capítulos um, dois e três perazem um total devinte e oito horas. Discutem assunto que permeiam a

Didática, como atores neste cenário educativo, teóricos

que trazem propostas signicativas para a Educação,

tópicos alusivos à pedagogia, intervenientes sociais e

individuais que nunca deverão ser ignorados quando se

trata de educar. Já os capítulos quatro, cinco e seis in-

cidem sobre questões de planejamento, perazendo um

total de trinta e duas horas.

Que seja considerada a simbiose entre a refexão ea ação. Estudos contemporâneos apontam que a ação e

refexão devem ser entendidas no modelo refexão-ação-

refexão. Vejamos o que preconiza Haydt (2006, p.9):

Em educação, como em todas as

áreas, a refexão e a ação são compa-

nheiras inseparáveis. Não há dicoto-

mia entre refexão e ação. A refexão

desvinculada da prática conduz a umateorização vazia. Por sua vez, a ação

que não é guiada pela refexão leva a

uma rotina desgastante e rígida. Por

isso, o trabalho do proessor, em espe-

cial aquele que pretende ser um pro-

ssional consciente de sua tarea, deve

seguir o caminho da refexão-ação-re-

fexão. A unidade entre refexão e ação

permitirá que o verdadeiro educadornão conunda os meios com os ns,

nem se deixe escravizar pelas técnicas,

que são meros instrumentos.

 

É notório que muitos de vocês já possuem conhe-

cimentos prévios sobre o assunto, alguns já atuando há

décadas em escola, porém, para outros, o objeto de es-

tudo é novidade. De qualquer orma, que seja proposta

uma troca de ideias entre os dierentes grupos de alu-nos; que saibamos compartilhar os conhecimentos que

 já possuímos previamente e outros que vão sendo ad-

quiridos durante o curso.

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 12/27

1

1.1 FUNDAMENTOS

1.1.1 EDUCAÇÃO

1.1.2 PEDAGOGIA

1.1.3 DIDÁTICA

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 13/27Didática do Ensino da Arte 13 

1.1 F UNDAMENTOS

Conorme esquema proposto no curso, a discussão sobre educação, pedagogia e

didática marcam o início dos trabalhos. A didática está estreitamente relacionada com

educação e pedagogia, considerada por muitos um subitem das mesmas. Dessa orma,

a discussão na área se torna bastante necessária. A maioria dos autores, ao alar em

didática não dispensa essas duas áreas maiores.

1.1.1 EDUCAÇÃO

Todos têm muito a alar sobre educação. Mesmo em regiões longínquas, onde escolas

muitas vezes não existem, vemos adultos criticarem crianças como mal educadas. Mesmo

crianças entre si, ou adultos reerindo-se a adultos, o termo ‘sem educação’ é trivial, senso

comum. Dessa orma, educação é um termo básico, enraizado onde quer que seja no

mundo. Tal constatação indica a dimensão gigantesca, global do que se possa denominar

educação. De tão consolidada, enraizada como palavra e signicado, pode-se chegar acreditar que é um termo bastante diícil de ser encaixado em uma única denição.

O senso comum costuma passar pelo ator de conservação dos costumes e hábi-

tos necessários para a subsistência do ser humano. Reportando à Pré-história, vemos

a necessidade real de serem transmitidas determinadas tareas, conhecimentos que

garantam a subsistência do homem. Caçar, por exemplo, exige domínio de determi-

nadas táticas (encurralar ou surpreender o animal), bem como domínio de alguns

instrumentos, erramentas e armas com as quais o alvo será atingido, a ciência de

abricar tais instrumentos também não pode ser esquecida. É possível que tenha havido

um aprendizado com a prática, com os mais jovens e mais robustos acompanhandoos mais velhos e experientes, mas como não existem registros, a herança mais certa é

a dúvida, quando estudiosos sobre o assunto propõem determinadas interpretações,

muitas vezes guardando enorme dierenças interpretativas. Mas, de qualquer orma,

tais transmissões cognitivas guardam um teor materno ou paterno, ambiente local,

estando relacionado a necessidades sociais, aos hábitos culturais, às linguagens que

tal grupo de indivíduos costuma lidar. Sendo assim, transmissão, conservação parecem

ser as palavras-chave quando se diz educação.

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 14/2714 César Cola

Etimologicamente, segundo Morandi (2009), educação carrega uma orte tendência

relacionada a cuidar, criar, criar geralmente uma criança. Provê-la de alimento, de con-

dições para sobreviver por si, bem como de adquirir determinado domínio de conceitos

undamentais para vida em sociedade (educatio). Fazer sair, tirar de uma pessoa o queexiste de potencialidade inerente (educere). A mitologia ala em Eduque, deusa que regia

a educação. Durkheim (1978) ala sobre uma ação exercida, seja de uma pessoa ou de um

grupo sobre outro grupo. Considerando tais atores, podemos armar que a educação é

algo externo, ou seja, entendido como algo que se concede a alguém, que é aprendido.

Politicamente, nações só conseguiram importantíssimos êxitos tendo como princí-

pio, apoio, a educação. Mesmo a guerra, sem a educação, traz a derrota. No século XIX,

por exemplo, os ingleses levaram para a Inglaterra prossionais competentes na área do

design, que teve importância undamental no desenho de máquinas, peças industriais

para a então era industrial inglesa. Após a Segunda Guerra Mundial, Japão se reergueucomo potência também importando prossionais em dierentes áreas de ensino, espe-

cialmente no que diz respeito a novas tecnologia de então.

Outra distinção signicativa sobre e educação, é classicá-la como sistemática

e assistemática (HAYDT, 2006). Assistematicamente, conhecimentos são adquiridos na

vivência cotidiana, sem determinadas regras para se ensinar. Estudos apontam que uma

maior complexidade de determinada sociedade exige a sistematização da educação, dada

à vastidão do acervo cultural destas sociedades. As sociedades pré-letradas lançariam mão

da educação assistemática, na qual a educação acontece pela vivência entre as pessoas,

de orma que os mais jovens partem para a experiência direta, aprendem e praticam asatividades dos adultos por meio do observar e do azer empírico (GARCIA, 1976). Ao

observarmos uma pessoa em determinado aazer (pintando, cozinhando, utilizando o

computador, lavando roupa, por exemplo), podemos aprender pela observação, podendo

esta ser também considerada um aprendizado assistemático.

Libâneo (1991) preere denominar a educação assistemática como não intencional

e a educação sistemática como intencional. Assim se reporta o autor sobre o assunto:

Os estudos que tratam das diversas modalidades de educação costumam

caracterizar as infuências educativas como não-intencionais e intencionais. Aeducação não intencional reere-se às infuências contexto social e do meio am-

biente sobre os indivíduos. Tais infuências, também denominadas de educação

inormal, correspondem aos processos e aquisição e conhecimentos, experiências,

ideias, valores, práticas, que não estão ligados especicamente a uma instituição

e nem são intencionais e conscientes. São situações e experiências, por assim

dizer, casuais, espontâneas, não organizadas, embora infuam na ormação hu-

mana. É o caso, por exemplo, das ormas econômicas e políticas de organização

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 15/27Didática do Ensino da Arte 15 

da sociedade, das relações humanas na amília, no trabalho, na comunidade, dos

grupos de convivência humana, do clima sócio-cultural da sociedade.

A educação intencional reere-se a infuências em que há intenções

e objetivos denidos conscientemente, como é o caso de educação escolare extra-escolar. Há uma intencionalidade, uma consciência por parte do

educador quanto aos objetivos e tareas que deve cumprir, seja ele o pai,

o proessor ou os adultos em geral – estes, muitas vezes, invisíveis atrás de

um canal de televisão, do rádio, do cartaz de propaganda, do computador

etc. Há métodos, técnicas, lugares e condições especícas prévias criadas

deliberadamente para suscitar ideias, conhecimentos, valores, atitudes,

comportamentos. São muitas as ormas de educação intencional e, conor-

me o objetivo pretendido, variam os meios. Podemos alar da educação não

ormal quando se trata de atividade educativa estruturada ora do sistemaescolar convencional (como é o caso de movimentos sociais organizados, dos

meios de comunicação de massa etc) e da educação ormal quando se realiza

nas escolas ou outras agências de instrução e educação (igrejas, sindicatos,

partidos, empresas) implicando ações de ensino com objetivos pedagógicos

explícitos, sistematização, procedimentos didáticos. Cumpre acentuar, no en-

tanto, que educação propriamente escolar se destaca entre as demais ormas

de educação intencional por ser suporte e requisito delas. Com eeito, é a

escolarização básica que possibilita aos indivíduos aproveitar e interpretar,

consciente e criticamente, outras infuências educativas. É impossível, nasociedade atual, com os progressos dos conhecimentos cientícos e técnicos,

e com o peso cada vez maior de outras infuências educativas (mormente

os meios de comunicação de massa), a participação eetiva dos indivíduos e

grupos nas decisões que permeiam a sociedade sem a educação intencional

e sistematizada provida pela educação escolar (libâneo , 1991, p. 17-18).

Intencional ou não intencional, convém ser considerado que as duas vertentes se

amalgamam, interpenetram, ormando um enômeno único, um verdadeiro organismo

ou sistema. Todos os lócus sociais, ambientais, econômicos, políticos se subordinam,promovendo um envolvimento enorme, que é responsável, antes de tudo, por conceber,

destruir, reconstruir, transormar toda a cultura de um povo de um determinado lugar.

Assim sendo, convém aos prossionais da escola estar conscientes que suas ações so-

rem e também promovem infuências em determinados conceitos, como, por exemplo,

etnias, classes sociais, inclusão e exclusão, gênero, dierenças pessoais, opção sexual,

preconceitos antigos e recentes, discriminação da aixa etária etc. Quem atua ou virá

a atuar na educação escolar deve ser bastante consciente desta vertente que pode ser

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 16/2716 César Cola

chamada de ideológica que a prossão carrega. Mesmo os prossionais que dizem: nada

sei de política, de preconceitos, trabalho apenas meus objetivos e conteúdos de maneira

neutra, devem estar conscientes de que estão equivocados, pois apenas desconhecem

que estão a avor ou contra determinadas posições, por exemplo, políticas e sociais. Talator não acontece apenas hoje, ou em qualquer outro período da existência especíco,

ao contrário, trata-se de relações que existem desde a Pré-história da humanidade até

nossa contemporaneidade. Historicamente, temos consciência de que períodos oram

construídos, solidicados, bem como destruídos tendo como ator de construção, trans-

ormação ou destruição a educação, seja ela sistemática ou assistemática.

Sendo assim, Libâneo é claro quando ala da unção do proessor em estar apto

em transmitir conteúdos especícos da disciplina ao aluno, mas também trabalhar no

sentido de levar o aluno a desenvolver suas capacidades intelectuais ao ponto de ser

também capaz de entender criticamente os problemas sociais pelos quais a sociedadeestá passando, para que possa contribuir na construção de uma sociedade mais justa.

Outra dimensão que não deve ser esquecida em educação é o ator singular, indivi-

dual do homem. Ou seja, devem ser consideradas as potencialidades dos indivíduos, posto

que o mundo é uma representação que cada pessoa traz, considerando hoje as grandes

dierenças apontadas entre os sujeitos (schopenhauer, s.d.; deleuze, 2007). Tais dierenças e

potencialidades individuais necessitam estar cada vez mais presentes na educação, existin-

do pesquisas que consideram tal ator. Em arte, sabemos o quanto é relevante a expressão

individual, considerando que existem muitos artistas denominados autodidatas, que não

requentaram escola. Alguns adquiriram materiais artísticos, partindo para uma práticapessoal que pode ser classicada como assistemática, pois que é ruto de um aprendizado,

uma disciplina criada pelo próprio indivíduo que elabora seu trabalho de maneira singular,

pessoal. Convém observar que tal autodidatismo pode ser trabalhado, proposto, quando

o objetivo é azer arte, elaborar determinado texto visual (pintura, desenho, escultura,

instalação etc), mas sabemos que hoje a disciplina Arte ultrapassa o somente azer arte,

propondo também conhecimento, análise crítica, contextualização da arte etc.

1.1.2 PEDAGOGIA

Refexão, esquema, proposição, projeto, sistematização, podem ser termos que

denam um pouco do que seja pedagogia. A pedagogia está relacionada a propostas

educacionais, sendo uma ciência que sistematiza a educação de orma racional, inten-

cional, para propor algo concreto, eetivo em determinada sociedade, em determinada

época, possuindo como undamentação orientações culturais que estão implicadas

nesta sociedade. Sendo assim, aspectos econômicos, sociais, políticos, históricos, artís-

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 17/27Didática do Ensino da Arte 17 

ticos, estéticos, religiosos, entre outros, são a matéria prima de onde a pedagogia extrai

elementos, conteúdos, objetivos, para sua eetivação. Valor é a questão central, o dado

mais precioso para a pedagogia proposta em qualquer meio social. Determinadas ações

se azem necessárias em determinado contexto, ações essas que irão indicar o sentidoe a direção por onde a pedagogia irá caminhar, seguir seu curso. E a história está cheia

de exemplos signicativos no que diz respeito à unção da pedagogia em determinada

época: seja para preservar costumes, evitando mudanças sociais, seja para impor novos

modelos políticos, sociais, econômicos. De qualquer orma, a implicação maior é a or-

mação, instrução do sujeito, dos membros de uma sociedade.

O olhar da pedagogia é como um panorama muito amplo, pois abrange larga escala do

que se pretende ormatar, dos objetivos perseguidos. Vê um todo, contemplando, pensando

ações que uturamente irão envolver uma quantidade signicativa de indivíduos, implican-

do (provocando e sorendo) consequências na amília, no ambiente, nas crenças religiosas,nas artes, na economia, na política etc. Agora, tudo ocorre de maneira premeditada, sendo

analisadas situações que implicarão em consequências previamente desejadas. Dessa orma,

pode-se pensar em termos de controle de práticas em diversas áreas. O socialismo proposto

na União Soviética na primeira metade do século XX impôs um modelo ideal da arte, que

deveria ser a arte ocial do país. A arte moderna e a arte abstrata oram proibidas, sendo

imposto um modelo undamentado no Neoclassicismo que, como consequência, gerou

exílio ou auto-exílio de muitos artistas da época. A ditadura militar imposta no Brasil na

década de 1960, também necessitou de moldar a pedagogia escolar, para que pudesse ter

seus desígnios alcançados, evitando que os militares perdessem controle sobre a políticanacional. Podemos pensar assim em outras épocas, em outros países.

Etimologicamente, pedagogo, o paidagôgo, é aquele que conduz, cuida, se encar-

rega da criança. Pode-se dizer tratar de uma pessoa que inspeciona o percurso de outra

pessoa. Provavelmente daí provenha subáreas como supervisão, inspeção, coordenação,

direção, característicos de alguns pedagogos.

Como toda ciência, toda área de estudo, a pedagogia possui dierentes denições,

mas de um modo geral, são canalizadas para um mesmo sentido. Vejamos os escritos de

Morandi no que concerne ao signicado de pedagogia:

O estabelecimento do termo “pedagogia” e seu uso especíco é relativa-

mente recente. A enciclopédia lhe dá lugar na “lógica da ciência do homem”

como “arte de comunicar ou transmitir os pensamentos”, e descreve que ela

“trata da escolha de estudos e da maneira de ensinar”; indiretamente, no

verbete educação, também considera pedagogia o sistema representado pelos

conhecimentos humanos. Frequentemente, o pedagogo é designado como

educador, por vários motivos: valorização do aspecto humano, preocupação

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 18/2718 César Cola

com a ação global (incluindo os valores) com as crianças ou ainda restrição à

conotação técnica do termo. A história da pedagogia está até hoje associada

aos grandes educadores, como Montaigne e Rousseau. Durkheim volta a dar

à pedagogia uma unção nobre, ligando-a à sociologia e atribuindo-lhe umestatuto de teoria: “Ela consiste em certa maneira de refetir sobre as coisas

da educação [...] não em ações, mas em teorias. Essas teorias são ormas de

conceber a educação, não ormas de praticá-las [...] A educação nada mais

é do que a matéria da pedagogia[...]” A abordagem sociológica vê as práticas

educativas como atos não isolados, que, porém, contribuem para um sistema

educativo de uma época e de um país.

Durkheim já armava que “entre a arte denida e a ciência propria-

mente dita há espaço para uma atitude mental intermediária. Em vez de agir

sobre as coisas ou sobre as pessoas de acordo com maneiras determinadas,refete-se sobre os modos de ação que são empregados, não para conhecê-los

ou explicá-los, mas para estimular seu valor, vericar se eles são o que devem

ser, se não é melhor modicá-los e como, até mesmo substituí-los por novos

procedimentos. Essas refexões tomam a orma de teoria; são combinações

de ideias, não combinações de atos, e, por isso, se aproximam de ciência”. A

atividade de ensino é atualmente considerada um ‘agir prossional’ (Schön),

uma conguração especíca da ação e dos modos de pensamento que a

organizam. O trabalho refexivo, tema recorrente da prossionalização das

ocupações ligadas ao ensino, remete à ação de propor os saberes a aprender,mas também aos saberes especícos das atividades pedagógicas, que têm

sua própria lógica (morandi, 2008, p. 34-35).

Convém estarmos atentos aos dois aspectos da pedagogia: o pensar e o agir, ou

seja, a ação e a refexão. Tal nuance, porém, sempre relacionada ao processo educativo, à

lógica que sustenta determinada ação/refexão em educação, assim caracterizando uma

atitude de observação da eetivação do que se pensou, bem como dierentes opções de

modicar tal projeto quando em período de sua prática ou posterior a esta ase. Talvez

hoje haja um desvio de unção, ou mesmo equívoco quanto à atuação do pedagogo, poisem muitas instituições são proessores polivalentes na Educação Inantil ou nos anos

iniciais do Ensino Fundamental.

Por outro lado, em vez de estar preocupado com a ação de determinado proessor

em sua prática educativa, como é característica de muitos pedagogos inspetores ou

mesmo ‘espiões’ da ação em sala, preocupados em ouvir conversas de corredor para

depois repreender dierentes prossionais na instituição, ou mesmo tentando colocar em

prática aquilo que radicalmente acredita ser uma prática ideal de determinada disciplina,

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 19/27Didática do Ensino da Arte 19 

pedagogos poderiam estar envolvidos com determinado sistema de ensino, instituição

mais no sentido de promover o enriquecimento de todo um pensar e azer educação.

Pensar na preparação otimizada dos indivíduos para ações adequadas em determinado

ambiente social pode ser um excelente ponto de partida. Tal ator implica em estudossociológicos, psicológicos, losócos por parte do pedagogo.

Que tipo de indivíduo, de homem se pretende ormar? O que se espera deste in-

divíduo? O que se pode oerecer ao mesmo? Essas questões podem ser interrogações

constantes no processo pedagógico de construção de uma sociedade que possui deter-

minados propósitos a alcançar.

Muitos estudiosos estão preocupados com tais processos, podendo contribuir de

orma consistente para estudos teóricos e práticos na área. Libâneo nos traz ideias.

O caráter pedagógico da prática educativa se verica como ação cons-ciente, intencional e planejada no processo de ormação humana, através de

objetivos e meios estabelecidos por critérios socialmente determinados e que

indicam o tipo de homem a ormar, para qual sociedade, com que propósito.

 Vincula-se, pois, as opções sociais e políticas reerentes ao papel da educação

num determinado sistema de relações sociais. A partir daí, a pedagogia pode

dirigir e orientar a ormulação de objetivos e meios do processo educativo.

Podemos, agora, explicitar as relações entre educação escolar, pedagogia

e ensino: a educação escolar, maniestação peculiar do processo educativo

global; a pedagogia como determinação do rumo desse processo em suasnalidades e meios de ação, o ensino como campo especíco da instrução

e educação escolar. Podemos dizer que o processo de ensino-aprendizagem

é, undamentalmente, um trabalho pedagógico no qual se conjugam atores

externos e internos. De um lado, atuam na ormação humana como direção

consciente e planejada, através de objetivos/conteúdos/métodos e ormas

de organização propostos pela escola e pelos proessores; de outro, essa in-

fuência externa depende de atores internos, tais como as condições ísicas,

psíquicas e sócio-culturais dos alunos.

A pedagogia, sendo ciência da e para a educação, estuda a educação, ainstrução e o ensino. Para tanto, compõe-se de ramos de estudo próprios, a Teoria

da Educação, a Didática, a Organização Escolar, e a história da Educação e da

Pedagogia. Ao mesmo tempo, busca em outras ciências os conhecimentos teó-

ricos e práticos que concorrem para o esclarecimento do seu objeto, o enômeno

educativo. São elas a Filosoa da Educação, Sociologia da Educação, Biologia

da Educação, Economia da Educação e outras. O conjunto desses estudos per-

mite aos uturos proessores uma compreensão global do enômeno educativo,

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 20/2720 César Cola

especialmente de suas maniestações no âmbito escolar. Essa compreensão diz

respeito a aspectos sócio-políticos da escola na dinâmica das relações sociais,

dimensões losócas da educação (natureza, signicados e nalidades, em

conexão com a totalidade da vida humana); relações entre a prática escolar e asociedade no sentido de explicitar objetivos político-pedagogicos em condições

históricas e sociais determinadas e as condições concretas do ensino; o processo

do desenvolvimento humano e o processo da cognição; bases cientícas para a

seleção e organização dos conteúdos dos métodos e ormas de organização do

ensino; articulação entre e mediação escolar de objetivos/conteúdo/métodos e os

processos internos atinentes ao ensino e à aprendizagem (libâneo, 1991, p. 24-25).

A pedagogia possui determinadas tendências que são características relacionadas a

determinadas épocas históricas. No entanto, sabemos que muitas tendências pedagógicasantigas continuam em prática mesmo após o período na qual ela oi predominante. Pode-

se considerar que hoje somos uma somatória de todos os ormatos propostos durante

milênios. Num sentido benéco, muitas vezes são guardadas infuências desta ou daquela

tendência para construir uma nova perspectiva educacional, pedagógica.

A pedagogia tradicional, a pedagogia nova e a pedagogia histórico-social ou crítico-

social dos conteúdos são as três vertentes que se pretende trabalhar neste curso.

 Pedagogia Tradicional

Podemos alar em um ensinamento no qual o centro do conhecimento e o ponto de

partida, são o proessor, seus enormes discursos, suas propostas especícas de trabalho.

Nesta tendência, é valorizada a questão de memorização, também chamada de educação

bancária, pois em um banco, depositamos dinheiro, para depois sacar a mesma quantia

depositada (salvo quando há rendimentos). Pois é dessa orma o procedimento tradicional.

O vínculo com o passado é reorçado, sendo sempre muitos os modelos a serem seguidos.

Existe uma reerência e tal reerência é perseguida, para que os objetivos sejam alcançados.

A autoridade do proessor é reorçada, estando em suas mãos qualquer decisão em relação

a resultados a serem obtidos. Se pensarmos em Arte, veremos que o Neoclassicismo oi ummodelo altamente tradicional: o aluno deveria seguir regras rígidas de composição, perspec-

tiva, claro-escuro, muitas vezes utilizando a cópia como aprendizagem mais signicativa.

 Pedagogia Nova

O centro do conhecimento agora passa do proessor para o aluno. O aluno deve ser

o ponto de partida de todo conhecimento, propondo liberdade na busca de seus interesses

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 21/27Didática do Ensino da Arte 21 

que lhe sejam mais signicativos. A criança, o aprendiz passou a ser um ser com potencial,

como caracterizado por Morandi (2008, p. 78), “como um ser novo, com sua natureza de

ser em devir em seu desenvolvimento, destinado a um uturo”. (2008, p. 57). Dewey, como

expoente desta tendência, ala sobre a quantidade de riqueza que pode advir do interiordo indivíduo, sendo proposto ao aluno estar capacitado a buscar um conhecimento por

si mesmo, introduzido, guiado aos interesses singulares, subjetivos latente em sua mente,

em seu espírito. Muito é alado em termos de sentimento, de desejo do aprendiz, sendo o

proessor um orientador daqueles interesses de determinado aluno ou grupo de alunos.

Trazendo para o campo da Arte, vemos nítida infuência do movimento expressionista,

no qual se deve utilizar os materiais com bastante liberdade, no intuito de se produzir

trabalhos inéditos, oriundos de um azer e aprender por si. Tal vertente na Arte gerou a livre

expressão que, quando mal utilizada, sem um retorno ao trabalho do aluno, gera o laissez

aire, expressão rancesa que pode ser traduzida como deixar azer, entendendo que o alunoé deixado abandonado, azer o que bem entende, sem um retorno do proessor. Alguns

adeptos radicais preconizam que qualquer intererência crítica em cima do que o aluno

produziu poderá ser prejudicial à verdadeira expressão, que vem de dentro do indivíduo.

 Pedagogia Histórico-crítica ou Crítico-social dos conteúdos

Libâneo e Saviani podem ser citados como teóricos que possuem um discurso

interessante sobre tal vertente da pedagogia.

Alunos e proessores devem estar atentos aos processos sociais, pois esta peda-gogia acontece concomitante com os mesmos. A escola deverá estar sintonizada com

o que está se passando ao seu redor, pois os desdobramentos sociais irão determinar as

possíveis ações no ambiente da educação escolar. O método tradicional e a escola nova

são incorporados como atitude de estar além deles. Os melhores momentos e resultados

de tais vertentes poderão estar presentes na escola, sendo que a problematização da

prática social é undamental. Interessa uma nova compreensão da sociedade por parte

de todos e, com o objetivo de interagir reciprocamente com a sociedade, busca-se novas

maneiras de compreendê-la, bem como transormá-la.

1.1.3 DIDÁTICA

‘Eu ensino e vocês aprendem’, tal parece ser a compreensão da dinâmica de ensinar

e aprender. A maioria das pessoas assim entende a relação proessor e aluno. E é tal

assunto que agora será abordado. Sala de aula. Ensinar e aprender. Não saber e saber.

Falar e ouvir. Perguntar, responder. Transmitir, pensar, decorar, memorizar, trocar etc.

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 22/2722 César Cola

Inicialmente, cabe a denição da denominação do nome didática, que é o nome

dessa disciplina. Consultando dicionário, pode-se encontrar: “1. A técnica de dirigir e

orientar a aprendizagem; técnica de ensino. 2. Estudo dessa técnica” (ferreira, 1998,

p. 221). Da palavra deriva didata que é aquele que ensina ou escreve obras sobredidática. Assim, estudar didática como vocês estão azendo agora signica passar por

um processo de aprendizagem, com o objetivo de adquirir conhecimentos para que,

utilizando de um conhecimento destinado a ensinar, possam lançar mão desse ensino

(de didática), para instruir alguém sobre algo. Procura-se buscar uma maneira mais

apropriada de se transmitir determinado conteúdo, adaptando-a a escolhas dentro

da Didática. Alguns autores discordam do termo “Didática do ensino de ....(nome da

disciplina)”, assim como Didática do Ensino de Arte, pois preconizam que o termo

mais adequado seria Metodologia do Ensino de Arte, considerando que didática

diz respeito ao ensino de qualquer conteúdo ou área. No presente curso, o estudoconsiderará as duas possibilidades, levando-se em conta, inclusive a denominação

da disciplina no curso.

Existem em sala de aula duas posições: a do proessor e a do aluno. Comumente, hoje

muito se ala: quem aprende é o proessor, quanto mais se ensina, mais se aprende. No

entanto, é também senso comum concluir que os conteúdos, os objetivos, a metodologia

etc, são propostas trazidas pelo proessor. Na Escola nova, como vimos anteriormente,

o proessor busca muitas vezas conteúdos que os alunos sugerem, mas, mesmo assim,

o proessor propôs o procedimento de escutar o aluno e, depois, sugerir o conteúdo. De

qualquer orma, é lógica a conclusão de que estava na mão do proessor decidir consultaro aluno sobre o que deverá ser trabalhado em sala de aula. Se um proessor se diz ‘mo-

derníssimo’ e não elabora os planejamentos, em nome de um livre-arbítrio do aprendiz,

isso é também uma escolha didático-pedagógica. Convém lembrar que didática implica

antes de tudo em seleção de quê e como azer. Relembrando o item anterior, Pedagogia,

oram vistas nele algumas tendências pedagógicas. Para cada uma delas, existe uma

didática que é mais adequada para promover o ensino pelo qual se optou.

Sendo assim, didática é um subitem de pedagogia, bem como uma ciência estreita-

mente relacionada à educação. Convoca uma série de comportamentos que são selecio-

nados para interagirem nessa espécie de matriz chamada proessor - conteúdo - aluno. Oproessor Cordeiro (2009), citando o lósoo John Pasmore, assim nos ala sobre tal matriz:

Uma pessoa ensina quando transmite atos, cultiva hábitos, treina

habilidades, desenvolve capacidades, ensina alguém a nadar ou a apreciar

música clássica, mostra como unciona um oguete lunar, ou que, e por que,

os planetas se movem em volta do sol (apud cordeiro, 2009, p.23).

Para esse mesmo autor, o ensino pode ser entendido como uma rela-

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 23/27Didática do Ensino da Arte 23 

ção triádica, isto é, que envolve três vértices e que pode ser expressa numa

armação do tipo “x ensina algo a alguém” (o proessor – o conteúdo do

ensino – o aluno). No entanto, ao contrário do que acontece em outros tipos

de relação, esse aspecto triádico pode car escondido no ensino, já que nemtodos os elementos da relação precisam ser explicitados.

[...] quando pretendemos descrever e entender o ensino, temos a

tendência de ignorar o conteúdo ou o aluno e nos concentrar apenas no

proessor e nas atividades que ele realiza. Passmore insiste que “os meios

que permitem saber se alguém é bom proessor não consistem em vericar

se escreve com clareza no quadro, se mantém a disciplina ou se sabe usar

o mais recente apoio visual, mas se os alunos aprendem o que lhes tenta

ensinar” (cordeiro, 2009, p. 23-24).

Conorme denição do dicionário, existe a indicação de técnica subjacente à

didática, muitos aspectos do azer, de como azer, como saber-azer serão importantes

para a disciplina. No entanto, tais técnicas deverão possuir uma denição bastante

consciente, trazendo infuências preconizadas nos dois itens estudados anteriormente.

É de importância undamental para o proessor compreender a palavra aprendizagem,

pois é o cerne do que se busca alcançar no processo didático.

Podemos dizer que a didática buscava muitos elementos na Filosoa antes do

século XX. A educação no século XX esteve muito arraigada em teorias de Psicologia,

da Biologia e da Sociologia. Assim, em séculos anteriores, a infuência mais signicativana educação era a Filosoa. Estudos sobre Biologia, Psicologia e Sociologia trouxeram

contribuições alusivas ao desenvolvimento ísico, considerando-se também as grandes

dierenças e particularidades cognitivas e aetivas. O mundo da criança oi estudado com

mais proundidade, destacando as singularidades de cada pessoa, as dierenças sociais

e ambientais. Hoje, porém, muitos educadores buscam alternativas, opções educacio-

nais que escapem das teorias psicológicas de teóricos como Freud, Piaget, Vygotsky, já

que trouxeram infuências da psicologia para a educação. Tais teorias já são bastante

transormadas, modicadas ou mesmo contestadas, mas ainda presentes em sala de

aula. O livro de Houdé, por exemplo, citado nas reerências, traz severas razões paraduvidarmos de muitas armações de psicólogos cujos estudos são ainda dominantes

na educação. Didática seria então um campo repleto de infuências de tudo que diz

respeito a vivências do ser humano. Contemporaneamente, presenciamos a violência

como aspecto marcante na sociedade brasileira, ator que traz consequências para a

escola. Alguns procedimentos já devem estar sendo considerados sobre de que orma

tais acontecimentos implicam em uma nova postura do proessor, do pedagogo e de

todos os prossionais que atuam na escola.

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 24/2724 César Cola

Sem ser esquecida a dimensão de sala de aula, instituição escolar, que é o un-

damento deste curso (atuar em instituição escolar), as bases teóricas devem estar re-

lacionadas ao que se pretende ensinar (Arte). Duas vertentes estão correlacionadas no

processo de ensino: a Didática e a Arte. Duas áreas que deverão ser consideradas paraque se consiga uma aprendizagem ideal: didática do ensino de Arte. Objetivos, conte-

údos, métodos, recursos serão pensados e repensados sem perder a dimensão refexão

– ação – refexão. Teoria e prática devem caminhar como que ormando um corpo único

em direção ao aprimoramento constante da transmissão de conhecimento, introdução

do aprendiz em um processo de pensar sobre a disciplina proposta. O proessor pode

tornar seu desempenho mais signicativo para si e para os alunos, se estiver consciente

dos processos de ensino, da situação que está desempenhando, seja na hora de refetir,

estudar, planejar, seja no momento em que atua em sala de aula. É também responsável

pela qualidade e quantidade de inormação que possui sobre a Didática e a Arte, sejana vertente da teoria, como história da arte e da losoa da arte ou dos processos de

se azer arte na escola sem perder de vista a devida contextualização das questões que

são trazidas pelos alunos sobre o assunto que está trabalhando.

Globalização, semelhança entre vários países do sistema escolar, é um discurso

presente nas teorias de muitos didatas. Cordeiro entende que semelhanças importantes

perlam a denição do termo gramática escolar, usado por muitos outros autores.

Arma que uma das primeiras áreas que se tornaram globais oram as escolas das

massas. Algumas características são bastante comuns em todo o mundo, quando se

ala em escola:

Esse conjunto de mecanismos, que passava (e ainda passa) pela pu-

blicação de livros e revistas, organização de conerências e encontros

internacionais de educadores e administradores públicos, intercâmbio e

especialistas do mundo, acabou constituindo a imagem do que deveria ser

pensado como os melhores meios de se entender a escolarização para o

maior número de pessoas em todos os países. Desse modo é que se podem

entender as proundas semelhanças entre os sistemas de ensino, indepen-

dente da melhor ou pior posição econômica ou política do país conside-rado. Por exemplo, em todos os lugares acaba se consolidando uma escola

primária de quatro anos e depois um ensino undamental que abrange oito

ou nove anos de escolaridade, destinados a crianças entre seis e catorze

anos de idade. O conjunto de disciplinas ou áreas de estudo que compõem

o currículo dessa escola é também bastante semelhante. A duração das

aulas é também similar, embora a jornada escolar diária ou semanal tenha

alguma variação considerável, tendo se consolidado nos países ditos mais

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 25/27Didática do Ensino da Arte 25 

desenvolvidos, uma jornada entre seis e oito horas diárias de estudo. Tam-

bém há similaridades dos métodos de ensino, dos materiais didáticos e das

propostas pedagógicas mais prestigiadas em cada momento, entre outros

aspectos que podem ser considerados.Ao mesmo tempo em que consolidava um modelo dominante de esco-

larização, certos países e certas propostas pedagógicas eram escolhidas, por

parte dos especialistas envolvidos nos mecanismos de diusão desse modelo,

como sociedades de reerência. Assim, as experiências pedagógicas da Ingla-

terra, da França, dos Estados Unidos, da Suíça, da Bélgica ou da Alemanha iriam

uncionar como situações exemplares a serem imitadas ou mesmo copiadas

por todos os outros países (cordeiro, 2009, p. 17).

Quando o autor cita “ensino primário” no texto acima, está se reerindo aos quatroprimeiros anos do Ensino Fundamental. Mais adiante, ressalta que o processo de recep-

ção de tal modelo unciona guardando determinadas dierenças regionais, levando-se

em conta várias particularidades geográcas, culturais etc. Se or pensado o espaço í-

sico de uma sala de aula, pode ser vericado a amiliaridade em todos os lugares: existe

um local do proessor, mesa, outras mesas para os alunos, um quadro para se escrever,

cartazes, sala de reuniões, aparelhos de reprodução de imagem (quando a situação -

nanceira permite), ajudantes de limpeza, secretários, coordenadores, direção, outros.

Sendo assim, torna-se impossível pensar a atuação em sala de aula de orma des-

contextualizada do local, da realidade dos alunos que raquentam a mesma, da situaçãoeconômica, do nível da violência local, das crenças religiosas.Também é importante o

acompanhamento que o aluno recebe em casa das atividades escolares.

Pedagogia implica em um estudo que busca o ideal na ormação humana, sendo

que demanda determinada refexão para alcançar tal objetivo, que vem ao encontro

às necessidades e aspirações de um contexto social. Didática estará apoiada na pe-

dagogia mais adequada para tal sociedade, considerando-se o desempenho em sala

de aula. É uma parte da pedagogia (Haydt, 2006). Cabe ao proessor estar inormado

e atento para compreender as aspirações da comunidade, bem como detectar com

sensibilidade e sabedoria a condição mutante social e individual (pois que o homemestá constantemente em transormação).

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 26/27

SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM

1. Reita sobre o texto abaixo, palavras de Libâneo citada nesse material impresso

de didática:

O caráter pedagógico da prática educativa se verica como ação cons-

ciente, intencional e planejada no processo de ormação humana, através de

objetivos e meios estabelecidos por critérios socialmente determinados e que

indicam o tipo de homem a ormar, para qual sociedade, com que propósito.

 Vincula-se, pois, as opções sociais e políticas reerentes ao papel da educação

num determinado sistema de relações sociais. A partir daí, a pedagogia pode

dirigir e orientar a ormulação de objetivos e meios do processo educativo.

(libâneo

, 1993, p. 24).

· Considere o que diz respeito à ormação de um homem, levando-se em conta as

dierenças regionais.

· Observe o modo de vida das pessoas do município no qual você habita: o cotidiano

com seus aazeres, desejos da população em dierentes aixas etárias, necessidades

existentes em dierentes aspectos e áreas, demandas etc. Depois de tal reexão,

elabore um artigo de uma lauda para ser publicado no jornal local, intitulado Edu-

cação para o povo deste meu lugar.

· Poderá determinar uma aixa etária precisa, elaborando suas sugestões para amesma, ou alar em uma educação de um modo geral, que sirva para qualquer nível

de ensino.

· Não está sendo considerado, por enquanto, ensino de Arte, mas Educação de um

modo global. Talvez você possa mesmo detectar que Arte é uma das maiores neces-

sidades, mas para tal deverá azer sua justifcativa. Aliás, suas propostas devem ser

necessariamente justifcadas.

· Quanto ao levantamento dos dados, o artigo poderá ser undamentado também

em sua própria vivência; entrevistar várias pessoas; considerar experiências bem su-

cedidas em outros municípios; ter como ponto de partida determinado autor comsuas teorias sobre educação etc.

CORREÇÃO: Será considerada a pertinência dos termos utilizados para um jornal, bem

como do texto em relação à disciplina ministrada; as justicativas apresentadas para

suas propostas; a qualidade da redação em termos fuência das idéias, de ortograa,

concordância verbal e nominal; relevância da proposta por você colocada, bem como

outros critérios que poderão ser apontados pelo tutor.

5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 27/27

2) Foram estudadas dierentes tendências pedagógicas, mencionando a pedagogia

tradicional, a pedagogia nova e a crítico-social dos conteúdos. Busque na internet,ou em livros (nas reerências constam vários títulos) maiores detalhes sobre tais ten-

dências. Para cada uma das dierentes vertentes, elabore uma lauda, buscando carac-

terísticas das mesmas que não tenham sido contempladas nesse material impresso.

Ao fnal, o trabalho deverá ter três laudas.

Poderá ser abordada a educação de um modo geral ou especíco sobre Arte.

CORREÇÃO: Serão avaliadas a pertinência das armações sobre cada tendência, bem

como a qualidade da redação em termos de fuência das ideias; ortograa; acentua-ção gráca; concordância verbal e nominal ou outros aspectos considerados relevantes

pelo tutor presencial.