cap qco nelson claudiano da silva junior
TRANSCRIPT
ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS
Cap QCO NELSON CLAUDIANO DA SILVA JUNIOR
INTRODUÇÃO DO SOFTWARE EDUCACIONAL GEOGEBRA PARA O ENSINO
DE GEOMETRIA NO SCMB
Fortaleza
2016
Cap QCO NELSON CLAUDIANO DA SILVA JUNIOR
INTRODUÇÃO DO SOFTWARE EDUCACIONAL GEOGEBRA PARA O ENSINO
DE GEOMETRIA NO SCMB
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Formação Complementar do Exército / Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau Especialização em Ciências Militares .
Orientador: Maj Luciana Moreira Pimentel
Fortaleza
2016
Cap QCO NELSON CLAUDIANO DA SILVA JUNIOR
INTRODUÇÃO DO SOFTWARE EDUCACIONAL GEOGEBRA PARA O ENSINO
DE GEOMETRIA NO SCMB
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Formação Complementar do Exército / Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau Especialização em Ciências Militares .
Aprovado em
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
_________________________________________ XXXXXXXXXXXXXXXXX– XXXX – Presidente
Escola de Formação Complementar do Exército
______________________________________________ XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX – XXX – Membro
Escola de Formação Complementar do Exército
___________________________________________ XXXXXXXXXXXXXXX – XXXX – Membro
Escola de Formação Complementar do Exército
R893
Claudiano, Nelson
Introdução do software educacional Geogebra para o ensino de geometria no scmb / Nelson Claudiano. – 2016.
XX f. ; 30 cm TCC (Especialização) – Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais,
Rio de Janeiro, 2016.
Dedico este trabalho primeiramente a
Deus, à minha amada esposa Jurema
de Jesus da Silva, pelo seu apoio
incondicional em toda hora e todo
lugar, à minha saudosa mãe Marineide
Fernandes da Silva, sempre olhando
por mim onde quer que esteja, e a meu
pai, Nelson Claudiano da Silva.
AGRADECIMENTOS
À minha Esposa, Jurema de Jesus da Silva, pelo seu apoio incondicional,
pela sua compreensão das minhas ausências nas horas de estudo, para a
realização deste importante curso.
A meu pai, Nelson Claudiano da Silva e minha irmãs, Marcelle Fernandes
Claudiano da Silva Vargas e Sophia Santana Claudiano, pelo apoio e torcida,
mesmo a milhares de quilômetros de distância.
Ao Comando do Colégio Militar de Fortaleza e à Sudbireção de Ensino do
CMF, pelo suporte oferecido, ao autorizar a aplicação da pesquisa nas
dependências deste Colégio, e nas horas de estudos dispensadas.
Ao Cel Mesquita, pelo apoio prestado nas orientações nos estudos e
experiências vividas na caserna.
Ao pessoal da Seção de Informática do CMF, pelo apoio essencial no
laboratório de informática do CMF.
Aos colegas da coordenação do primeiro ano do ensino médio do Colégio
Militar de Fortaleza, pelo apoio prestado.
A todos os colegas do CMF, que direta ou indiretamente colaboraram
com o desenvolvimento deste trabalho.
É somente nas misteriosas equações do
amor que qualquer lógica ou razão pode
ser encontrada (John Nash).
RESUMO
Um bom profissional da área de Educação precisa buscar a melhora da
qualidade de suas aulas, e para alcançar este intento uma condição fundamental é
evoluir suas técnicas de ensino, junto às atuais tecnologias.
PCs utilizados como meios auxiliares de instrução já são, há alguns anos,
realidade em salas de aula. No campo da Matemática, existem variados softwares
para diversos fins, sendo que alguns destes merecem um destaque especial, pois
exigem um conhecimento prévio do assunto matemático a ser aplicado no software,
por parte do aluno.
Desta forma, o autor evidenciará, neste trabalho, os benefícios de uma
nova abordagem no ensino da Geometria, que somente um ambiente informatizado
pode assegurar: a Geometria Dinâmica, cuja característica principal são os
“desenhos em movimento”. Dentro deste cenário, representando os programas que
exercem a Geometria Dinâmica, será exibido o Geogebra. Por meio de pesquisa
documental, o autor mostrará descrições de Geometria Dinâmica; citará
conhecimentos sobre informática na educação; apresentará o software Geogebra;
irá expor uma pesquisa de campo com classes de oitavo ano do Ensino
Fundamental do Colégio Militar de Fortaleza e irá expor uma sugestão dos assuntos
e anos escolares onde o Geogebra poderá ser aplicado, com o objetivo de analisar
se há significância deste programa educacional para os estudantes integrantes do
Sistema Colégio Militar do Brasil.
Palavras-chave: Software educacional. Ensino de matemática. Geogebra. Sistema
Colégio Militar do Brasil.
ABSTRACT
A good professional in the area of education must seek to improve the
quality of their classes, and to achieve this purpose is a fundamental condition
evolve their teaching techniques, along with current technologies.
PCs used as instructional aids are already a few years ago, reality in
classrooms. In the field of mathematics, there are varied software for various
purposes, and some of these deserve a special mention, as they require a prior
knowledge of mathematical subject to apply to the software, by the student.
Thus, the author will reveal in this work, the benefits of a new approach to
teaching geometry that only a computerized environment can ensure: Dynamic
Geometry, whose main characteristic is the "moving drawings." Within this scenario,
representing the programs engaged in the Dynamic Geometry, Geogebra appears.
Through documentary research, the author will show descriptions of Dynamic
Geometry; will quote knowledge of information technology in education; present the
Geogebra software; will expose a field research with class eighth year of Elementary
School Military School of Fortaleza and will expose a suggestion of the school
subjects and years the Geogebra can be applied in order to determine whether there
is significance of this educational program for students members of the College
System Military Brazil.
Keywords: Educational Software. Teaching math. Geogebra, Military College System
of Brazil.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Categorias dos indicadores de avaliação de integração das TIC . 23
Figura 2 – Construção de triângulos equiláteros ............................................ 28
Figura 3 – Deformação e movimentação de triângulos equiláteros ............... 29
Figura 4 – Tela de apresentação do Geogebra ............................................. 32
Figura 5 – Janela de visualização com eixos coordenados ........................... 33
Figura 6 – Janela de visualização com malha quadriculada ......................... 36
Figura 7 – Janela de visualização com eixo coordenado e malha quadriculada
...................................................................................................... 34
Figura 8 – Construção do triângulo por meio da ferramenta “segmento definido
por dois pontos” .................................................................................................... 39
Figura 9 – Construção do triângulo por meio da ferramenta “polígono”......... 39
Figura 10 – Triângulo com os valores dos comprimentos de seus lados......... 40
Figura 11 – Triângulo após sua deformação e novas medidas dos lados ....... 41
Figura 12 – Criação do triângulo isósceles na malha quadriculada ................. 42
Figura 13 – Criação do triângulo equilátero ..................................................... 43
Figura 14 – Criação do triângulo acutângulo ................................................... 44
Figura 15 – Criação do triângulo obtusângulo ................................................. 44
Figura 16 – Construção do triângulo retângulo ................................................ 45
Figura 17 – Tarefa 1 do descritor D100 ........................................................... 46
Figura 18 – Tarefa 2 do descritor D100 ........................................................... 46
Figura 19 – Tarefa 3 do descritor D100 ........................................................... 47
Figura 20 – Construção do baricentro .............................................................. 48
Figura 21 – Baricentro e segmentos que compõem as medianas com suas
respectivas medidas ............................................................................................ 49
Figura 22 – Triângulo modificado ..................................................................... 49
Figura 23 – Criação do incentro ....................................................................... 50
Figura 24 – Circunferência inscrita no triângulo e seus pontos de tangência .. 51
Figura 25 – Criação do ortocentro.................................................................... 52
Figura 26 – Pontos simétricos do ortocentro em relação aos lados ................ 53
Figura 27 – Criação do circuncentro ................................................................ 54
Figura 28 – Circunferência circunscrita ao triângulo ........................................ 55
Figura 29 – Circuncentro no triângulo acutângulo ........................................... 56
Figura 30 – Circuncentro no triângulo obtusângulo ......................................... 56
Figura 31 – Circuncentro no triângulo retângulo .............................................. 57
Figura 32 – Comentário do aluno A1 ............................................................... 72
Figura 33 – Comentário do aluno A2 ............................................................... 72
Figura 34 – Comentário do aluno A3 ............................................................... 73
Figura 35 – Comentário do aluno A4 ............................................................... 73
Figura 36 – Comentário do aluno A5 ............................................................... 74
Figura 37 – Comentário do aluno A6 ............................................................... 76
Figura 38 – Comentário do aluno A7 ............................................................... 76
Figura 39 – Comentário do aluno A8 ............................................................... 77
Figura 40 – Comentário do aluno A9 ............................................................... 77
Figura 41 – Comentário do aluno A10 ............................................................. 79
Figura 42 – Comentário do aluno A11 ............................................................. 79
Figura 43 – Comentário do aluno A12 ............................................................. 79
Figura 44 – Comentário do aluno A13 ............................................................. 80
Figura 45 – Barra de ferramentas .................................................................... 97
Figura 46 – Colunas 1 e 2 da Barra de ferramentas ........................................ 97
Figura 47 - Colunas 3 e 4 da Barra de ferramentas ........................................ 98
Figura 48 - Colunas 5 e 6 da barra de ferramentas ........................................ 99
Figura 49 - Colunas 7 e 8 da barra de ferramentas ........................................ 99
Figura 50 - Colunas 9 e 10 da barra de ferramentas ...................................... 100
Figura 51 - Colunas 11 e 12 da barra de ferramentas .................................... 100
Figura 52 - Descrição da ferramenta reta perpendicular ................................. 101
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Comparação dos graus dos grupos na AP aplicada ..................... 62
Gráfico 2 – Questão 1 ..................................................................................... 68
Gráfico 3 – Questão 2 ..................................................................................... 69
Gráfico 4 – Questão 3 ..................................................................................... 70
Gráfico 5 – Questão 4 ..................................................................................... 71
Gráfico 6 – Questão 5 ..................................................................................... 74
Gráfico 7 – Questão 6 ..................................................................................... 75
Gráfico 8 – Questão 7 ..................................................................................... 78
Gráfico 9 – Questão 8 ..................................................................................... 80
Gráfico 10 – Questão 9 ..................................................................................... 81
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Estágios das categorias dos indicadores de avaliação de
integração das TIC
24
Tabela 2 - Estágios das categorias dos indicadores de avaliação de
integração das TIC (continuação)
24
Tabela 3 - Coleta de dados dos grupos, a partir da AP1 do 1º bimestre
36
Tabela 4 - Resultados da primeira questão da AP
59
Tabela 5 - Resultados da segunda questão da AP
60
Tabela 6 - Resultados da terceira questão da AP
61
Tabela 7 - Resultados da quarta questão da AP
61
Tabela 8 - Coleta de dados dos grupos, a partir da avaliação aplicada
63
Tabela 9 - Trecho do PSD de matemática do sexto ano do ensino
fundamental
82
Tabela 10 Descritores de matemática do sexto ano do ensino
fundamental do CMF
83
Tabela 11 Trecho do PSD de matemática do sétimo ano do ensino
fundamental
83
Tabela 12 Descritores de matemática do sétimo ano do ensino
fundamental do CMF
84
Tabela 13 Trecho do PSD de matemática do oitavo ano do ensino
fundamental
85
Tabela 14 Descritores de matemática do oitavo ano do ensino
fundamental do CMF
85
Tabela 15 Descritores de matemática do oitavo ano do ensino
fundamental do CMF(continuação)
86
Tabela 16 Descritores de matemática do oitavo ano do ensino
fundamental do CMF(continuação)
86
Tabela 17 Trecho do PSD de matemática do nono ano do ensino
fundamental
87
Tabela 18 Descritores de matemática do nono ano do ensino médio do
CMF
88
Tabela 19 Descritores de matemática do nono ano do ensino médio do
CMF (continuação)
88
Tabela 20 Trecho do PSD de matemática do primeiro ano do ensino
médio
89
Tabela 21 Trecho do PSD de matemática do primeiro ano do ensino
médio (continuação)
89
Tabela 22 Descritores de matemática do primeiro ano do ensino médio
do CMF
90
Tabela 23 Descritores de matemática do primeiro ano do ensino médio
do CMF (continuação)
90
Tabela 24 Descritores de matemática do primeiro ano do ensino médio
do CMF (continuação)
91
Tabela 25 Trecho do PSD de matemática do segundo ano do ensino
médio
92
Tabela 26 Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio
do CMF
93
Tabela 27 Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio
do CMF (continuação)
93
Tabela 28 Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio
do CMF (continuação)
94
Tabela 29 Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio
do CMF (continuação)
94
Tabela 30 Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio
do CMF (continuação)
95
Tabela 31 Trecho do PSD de matemática do terceiro ano do ensino
médio
95
Tabela 32 Descritores de matemática do terceiro ano do ensino médio 96
LISTA DE ABREVIATURAS
AP Avaliação Parcial
AP1 Primeira Avaliação Parcial
C Competência
CMB Colégio Militar de Brasília
CMBel Colégio Militar de Belém
CMBH Colégio Militar de Belo Horizonte
CMC Colégio Militar de Curitiba
CMCG Colégio Militar de Campo Grande
CMF Colégio Militar de Fortaleza
CMJF Colégio Militar de Juiz de Fora
CMM Colégio Militar de Manaus
CMPA Colégio Militar de Porto Alegre
CMR Colégio Militar de Recife
CMRJ Colégio Militar do Rio de Janeiro
CMS Colégio Militar de Salvador
CMSM Colégio Militar de Santa Maria
D Descritor
DECEx Departamento de Ensino e Cultura do Exército
DEPA Diretoria de Educação Preparatória e Assistencial
H Habilidade
PC Personal Computer
PED Plano de Execução Didática
PED/CMF Plano de Execução Didática do Colégio Militar de Fortaleza
PSD Plano de Sequência Didática
SCMB Sistema Colégio Militar do Brasil
TIC Tecnologias de Informação e Comunicação
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 19
1.1 Objetivo..................................................................................................... 20
1.1.1 Objetivo Geral.......................................................................................... 20
1.1.2 Objetivos Específicos............................................................................. 20
2 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO.............................................................. 22
2.1 Desenvolvimento de software educacional............................................... 25
3 GEOMETRIA DINÂMICA.......................................................................... 27
4 O GEOGEBRA........................................................................................ 31
4.1 Introdução ao programa Geogebra........................................................... 32
4.2 Barra de ferramentas do Geogebra.......................................................... 34
5 METODOLOGIA....................................................................................... 35
5.1 Público alvo............................................................................................... 35
5.2 Etapas da Pesquisa.................................................................................. 36
5.2.1 Atividades realizadas com as turmas.................................................... 37
5.2.1.1 Atividades com a turma A......................................................................... 37
5.2.1.2 Atividades com a turma B......................................................................... 58
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA AP APLICADA AOS ALUNOS DAS
TURMAS A E B................................................................................ 59
6.1 Comparação entre as notas da AP aplicada aos alunos das turmas A e
B................................................................................................................ 62
7 SUGESTÃO PARA A APLICAÇÃO DO PROGRAMA GEOGEBRA NO
SCMB........................................................................................................
64
8 CONCLUSÃO........................................................................................... 1 65
REFERÊNCIAS......................................................................................... 67
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DA
TURMA A.................................................................................................. 68
APÊNDICE B – PSDs E PEDs DE TODOS OS ANOS ESCOLARES
DO CMF.................................................................................................... 82
APÊNDICE C – BARRA DE FERRAMENTAS DO
GEOGEBRA.............................................................................................
97
APÊNDICE D – AVALIAÇÃO APLICADA AOS ALUNOS........................ 1102
19
1 INTRODUÇÃO
O Ensino da Geometria, assim como diversos assuntos no campo da
matemática, é calcado em diversos teoremas e demonstrações. Desde 2009 como
docente do Sistema Colégio Militar do Brasil, o autor pôde perceber que essas
demonstrações despertam grande interesse em alunos com um bom pré requisito,
uma base forte na disciplina de matemática, mas as maiores frações das turmas,
como ignoram conhecimentos de anos anteriores, acabam por não esboçar um
interesse nesse tipo de instrução, obtendo um desempenho cognitivo abaixo do
esperado, na disciplina de matemática. Assim, as demonstrações de determinadas
propriedades matemáticas tornam-se incompreensíveis e maçantes para alguns
alunos, pois a falta de um conhecimento prévio prejudica na compreensão do
desenvolvimento dessas demonstrações.
Tendo em vista sanar este tipo de problema, que é o de diminuir o
número de alunos que não conseguem visualizar/interpretar as demonstrações
matemáticas, e desta forma, melhorar o seu desempenho nos estudos,
principalmente da área de geometria, presente em praticamente todo o Ensino
Fundamental e Médio, a introdução de um software matemático voltado ao campo
da geometria, o Geogebra, se faz necessário.
De que forma o Geogebra, programa educativo com base na geometria
dinâmica, pode auxiliar numa melhor aprendizagem para os alunos dos colégios
militares?
Algumas questões de estudo podem ser formuladas no entorno deste
questionamento:
a. Como a informática na educação pode auxiliar no processo de Ensino-
Aprendizagem?
b. O que é geometria dinâmica?
c. De que forma essa abordagem da geometria pode auxiliar numa melhor
aprendizagem para os alunos dos colégios militares?
d. O que é Geogebra?
20
e. Este programa é de fácil acesso? Qual o custo para a aquisição deste
software?
f. Em que anos escolares e em quais assuntos pode-se ser utilizado o
Geogebra?
g. O Geogegra realmente é relevante para uma melhor compreensão dos
tópicos matemáticos por parte dos discentes?
As respostas aos questionamentos anteriormente apresentados balizarão
o presente trabalho, a fim de elucidar de uma maneira mais didática o presente
problema apresentado.
1.1 OBJETIVO
Serão apresentados os objetivos gerais e específicos deste estudo,
estabelecendo a forma como será trabalhada a questão da introdução do software
educacional Geogebra para o Ensino de Geometria no SCMB.
1.1.1 Objetivo Geral
O presente estudo pretende integrar os conceitos básicos e a informação
científica relevante, a fim de analisar os benefícios e limitações do software
Geogebra para o Ensino de Geometria, avaliando seu impacto no processo Ensino-
Aprendizagem nas salas de aula dos Colégios Militares.
1.1.2 Objetivos Específicos
Os objetivos específicos que irão conduzir na consecução do objetivo
deste estudo estão transcritos abaixo:
a. Mostrar a importância da Informática na educação.
b. Definir Geometria Dinâmica.
c. Apresentar o software Geogebra.
d. Mostrar uma aplicação do Geogebra em um assunto específico de
21
geometria do oitavo ano do Ensino Fundamental.
e. Elaborar uma pesquisa de campo com turmas de oitavo ano do Colégio
Militar de Fortaleza.
f. Mostrar as atividades realizadas com as turmas.
f. Coletar dados desta pesquisa de campo.
g. Analisar os resultados da avaliação aplicada aos alunos.
h. Realizar um questionário com os alunos envolvidos na pesquisa.
i. Sugerir os anos escolares e assuntos em que pode ser aplicado o
software Geogebra.
j. Concluir a pesquisa.
22
2 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO
Baldin e Villagra (2002) afirmam que os recursos de informática presentes
nos ambientes e meios de ensino têm chamado a atenção de professores e alunos
para o potencial didático de sua utilização em sala de aula.
É importante considerar os aspectos financeiros e técnicos,
principalmente manuseio e manutenção, para se escolher um programa a ser
aplicado em salas de aula. Entretanto, o fundamental é o domínio dos docentes na
utilização ideal dos equipamentos e programas.
Nos dias atuais, é correto afirmar que não se pode referir apenas a
computadores em salas de aula, quando o assunto é informática, e sim, a
tecnologias que possibilitem os alunos a adentrar ao mundo virtual, em meio a
diversas informações, conteúdos e materiais.
Vosgerau (2012) afirma que esses dados são introduzidos ao espaço
escolar, modificando a cultura escolar por meio das novas relações estabelecidas
dentro e fora da escola, por redes sociais tão presentes no cotidiano de alunos,
professores, equipe pedagógica, gestores e pais. Assim, a questão da integração
das tecnologias no contexto escolar ultrapassa os limites da sala de aula, e o
espaço escolar que por princípio deveria ser um espaço de inclusão social, pode se
tornar um espaço de inclusão digital.
O modelo de avaliação da integração das TIC no contexto escolar,
apresentado por Vosgerau e Pasinato (2012), posterior à análise de oito modelos
internacionais está representado abaixo (figura 1). Estas autoras afirmam que o
modelo é apresentado de forma circular, já que não há um único ponto de partida
para esta integração.
23
Figura 1 – Categorias dos indicadores de avaliação de integração das TIC
Fonte: Vosgerau e Pasinato (2012, P.7)
Para cada uma destas categorias apresentadas na figura 1 são
desenvolvidos seis estágios, como mostrado a seguir (Tabela 1, tabela 2).
24
Tabela 1 – Estágios das categorias dos indicadores de avaliação de integração das TIC
Fonte: Vosgerau e Pasinato (2012)
Tabela 2 – Estágios das categorias dos indicadores de avaliação de integração das
TIC (continuação)
Fonte: Vosgerau e Pasinato (2012)
25
Um cenário ideal em qualquer estabelecimento de ensino está exposto na
Tabela 2, no estágio de transformação.
Porém para que toda escola alcance este estágio, deverá haver um
oneroso investimento em material, e principalmente, na capacitação profissional de
cada docente e equipe gestora.
Nas diversas disciplinas, principalmente na área da matemática, o
surgimento de diversos programas educacionais relevantes traz uma visão muito
positiva de metodologias que levam mais significados ao ensinar e aprender.
2.1 Desenvolvimento de programas educacionais
Segundo Terra Junior (1997), na implantação da informática na educação
são considerados os fatores: computador, programa educativo, professor capacitado
e aluno.
Terra Junior (1997) afirma que a aprendizagem pelo PC implica que o
discente adquira conceitos sobre qualquer domínio. Assim, a abordagem
pedagógica varia entre dois grandes polos:
Polo 1 - A direção do ensino é feita através de: computador, software,
aluno.
O PC assume a função de professor, ou seja, máquina de ensinar. Essa
abordagem é baseada nos sistemas de ensino tradicionais, mas no lugar do livro
utiliza-se o PC.
Polo 2 - A direção do ensino é feita através de: aluno, software,
computador.
Através deste polo, para que o aluno represente suas ideias perante a
máquina, o programa deverá ter uma linguagem computacional adequada,
possibilitando aos discentes resolver problemas ou executar trabalhos como
desenhar, escrever, entre outros.
Conforme Terra Junior (1997), para este tipo de abordagem, os
programas empregados de dividem em dois grupos: tutoriais e exercício-e-prática. É
interessante também incluir nesse contexto os jogos educacionais e a simulação.
26
- Programas tutoriais: Segundo Terra Junior (1997), programas tutoriais
integram uma versão computacional da instrução programada. Um relevante
benefício dos tutoriais, não possíveis no papel, é a possibilidade destes de exibir
animações, efeitos sonoros e o acompanhamento do desempenho do discente,
simplificando o trabalho do professor. Este tipo de programa não exige
conhecimento técnico elevado por parte do professor, pois são programas intuitivos.
Um programa tutorial de qualidade é aquele que utiliza técnicas de
inteligência artificial para analisar padrões de erro, avaliar o estilo e a capacidade do
aluno e oferecer instrução especial sobre o conceito que o aluno está apresentando
dificuldade.
- Programas de Exercício e Prática: este programa consiste em revisar
assuntos aprendidos em sala, envolve memorização e repetição. Propicia feedback
imediato, explorando as propriedades gráficas e sonoras do PC e são apresentados
geralmente sob a forma de jogos.
- Jogos educacionais: Jogos e simulação são programas utilizados que
partem do princípio de que a criança aprende com mais facilidade a partir do
momento em que ela é livre para descobrir relações por ela mesma. Do ponto de
vista infantil, os jogos são a maneira mais divertida de aprender.
27
3 GEOMETRIA DINÂMICA
Neri (2010) afirma que o termo “Geometria Dinâmica” foi usado
inicialmente por Nick Jakiw e Steve Rasmussen com o objetivo de diferenciar este
tipo de software dos demais softwares geométricos.
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm um papel
fundamental nos dias atuais, no que diz respeito ao aprendizado dos discentes. São
capazes de auxiliar os alunos na leitura e exploração dos desenhos em termos
geométricos.
Por meio das TIC, representada por computadores, laptops, smartphones
e/ou tablets, docentes e discentes têm acesso à Geometria Dinâmica, que não deve
ser entendida como uma nova geometria.
Entende-se por Geometria Dinâmica o conjunto de todos os programas
interativos que possibilitam a elaboração e manuseio de desenhos geométricos com
base em suas respectivas propriedades. Assim, não é considerada como geometria
euclidiana ou não-euclidiana. Os diversos exemplos de geometria são processados
pelos variados softwares de geometria dinâmica. Esses processamentos de
geometria dinâmica possuem, cada um deles, os atributos da geometria que se
tomou como base (euclidiana ou não-euclidiana), e também, propriedades
específicas características da geometria dinâmica. Assim, a geometria dinâmica
pode ser entendida como uma ampliação dessas geometrias.
Uma das principais particularidades da geometria dinâmica é a
oportunidade de manipular as figuras em tempo real, percebendo suas
características instantaneamente, na tela dos equipamentos de TIC utilizados para
este fim. A facilidade de se modificar um desenho pelo deslocamento quase
contínuo dos objetos com “graus de liberdade” faz parte desta abordagem.
Segundo Nóbriga (2004):
“Os objetos com “graus de liberdade” são os objetos não completamente
definidos pelas especificações, por exemplo: “seja um triângulo... Com o
dinamismo, as propriedades geométricas da figura aparecem como
propriedades mecânicas dos desenhos. A percepção age sobre as
características dinâmicas dos desenhos geométricos. As propriedades
28
geométricas aparecem dinamicamente como invariantes durante o
deslocamento dos elementos básicos. “
Conforme Gravina (1996), os programas construídos através dos
princípios da Geometria Dinâmica são aqueles em que as construções de desenhos
de objetos e configurações geométricas são feitos a partir das propriedades que os
definem. Portanto, para um qualquer objeto ou propriedade, associa-se um conjunto
de “desenhos em movimento” e os invariantes que surgirão corresponde à
propriedade geométrica do objeto, implícito ao problema.
A seguir será mostrado um dos princípios básicos de construções de
figuras através de programas de geometria dinâmica: a manipulação de objetos em
tempo real. Na figura 2, dois triângulos equiláteros foram construídos: triângulo (a) e
triângulo (b). O triângulo (a) foi criado dentro dos princípios intrínsecos dos
triângulos equiláteros, já o triângulo (b) foi construído “encaixando” os segmentos de
reta de medidas iguais, sem necessariamente obedecer às propriedades que
definem um triângulo equilátero.
Figura 2 – Construção de triângulos equiláteros
Fonte: elaborada pelo autor
Inicialmente conforme figura 2, não há diferenças entre os triângulos.
A figura 3 mostra o que acontece ao mover cada um dos triângulos pelos
seus respectivos vértices B:
29
Figura 3 – Deformação e movimentação de triângulos equiláteros
Fonte: elaborada pelo autor
Na figura 3, o triângulo (a) ao ser movido pelo vértice B, mantém suas
características de triângulo equilátero, com as medidas dos três lados idênticas, já o
triângulo (b) se deforma, descaracterizando o triângulo outrora equilátero. Nota-se
os valores de suas medidas totalmente diferentes da original.
Segundo Gravina (1996), pode-se citar dois aspectos didáticos para a
utilização de programas com base na Geometria Dinâmica:
- Construir desenhos de objetos, para que o aluno adquira o domínio de
determinada propriedade geométrica;
- Receber desenhos elaborados pelo professor, para que através deste
os alunos possam, pela observação das invariantes do movimento, determinar e
analisar as propriedades geométricas descobertas.
Existem vários programas que utilizam o princípio da geometria dinâmica,
como o Cabri-Géomètre II, Tabulae, entre outros.
O autor utilizou previamente outros dois programas educacionais voltados
para a geometria dinâmica: Cabri-Géomètre II e Tabulae.
A versão do programa Cabri-Géomètre II que foi utilizada pelo autor,
apesar de possuir uma boa interface, estava em língua inglesa, desta forma os
30
termos comuns utilizados na matemática, em inglês, se tornariam mais um
obstáculo para a aprendizagem dos alunos, além deste programa não ser gratuito.
O programa Tabulae, por outro lado, é um programa desenvolvido por
profissionais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, totalmente em língua
portuguesa. Entretanto possui uma interface difícil de manusear, e este programa
também não é gratuito.
O programa Geogebra, empregado neste trabalho, possui diversas
vantagens para o Colégio, os docentes e alunos: custo benefício (o programa é
totalmente gratuito), interface intuitiva (as descrições de cada função de sua barra
de ferramentas são expostas na tela), idioma (totalmente em português) e o seu
manuseio bem acessível a todos.
31
4 O GEOGEBRA
Em seu site oficial, o Geogebra é definido como “um software de
matemática dinâmica gratuito e multi-plataforma para todos os níveis de ensino, que
combina geometria, álgebra, tabelas, gráficos, estatística e cálculo em um único
sistema”.
Segundo o site oficial, para os alunos “o Geogebra cria uma conexão
entre geometria e álgebra de um modo inovador e visual; os estudantes podem
finalmente ver, tocar e experimentar a matemática”. Já para os docentes, é uma
poderosa ferramenta de ensino, que enriquece e torna mais dinâmico e agradável o
aprendizado de assuntos matemáticos, principalmente a geometria.
O Geogebra tem como objetivo ser mais uma ferramenta para os
professores transmitirem seu conhecimento de forma a motivar os alunos, levando-
os a obter os melhores resultados em seus diversos objetivos.
Este software é programado de acordo com todas as propriedades
intrínsecas às construções de quaisquer figuras geométricas.
O aprendizado da geometria através da geometria dinâmica é
desenvolvido de maneira bem satisfatória com o Geogebra.
A versão do Geogebra utilizada nesta pesquisa foi a 4.2.54.0.
32
4.1 Introdução ao programa Geogebra A tela inicial do Geogebra, apresentada logo que se inicia o programa é
exibida na figura 4, junto com suas regiões de utilização (barra de ferramentas,
barra de menu, janela de visualização, janela de álgebra).
Figura 4 – Tela de apresentação do Geogebra
Fonte: elaborada pelo autor
Existem quatro situações na apresentação da janela de visualização: em
branco (figura 4), com eixos coordenados (figura 5), com malhas (figura 6) e
simultaneamente com eixos e malhas (figura 7).
33
Figura 5 – Janela de visualização com eixos coordenados
Fonte: elaborada pelo autor Figura 6 - Janela de visualização com malha quadriculada
Fonte: elaborada pelo autor
34
Figura 7 - Janela de visualização com eixo coordenado e malha quadriculada
Fonte: elaborada pelo autor
4.2 Barra de ferramentas do Geogebra
Elemento fundamental para o uso do Geogebra, a barra de ferramentas apresenta a
composição exposta no apêndice C.
35
5 METODOLOGIA
Com a finalidade de mostrar a relevância do emprego do programa
educacional Geogebra como um meio auxiliar de instrução no aprendizado dos
alunos do Sistema Colégio Militar do Brasil, foi proposto aos alunos de duas turmas
de oitavo ano do Ensino Fundamental do Colégio Militar de Fortaleza realizarem
uma atividade utilizando este software.
Manteve-se um diário de bordo onde foram anotadas as impressões dos
docentes ao participar do projeto. A validação desta atividade foi realizada através
de uma avaliação formativa, com o objetivo de verificar se os alunos haviam
alcançado os objetivos almejados ao ser proposto tal projeto. Assim é possível
mensurar as dificuldades encontradas pelo aluno na apreensão dos conteúdos alvo
da atividade e compará-las com a experiência do professor ao trabalhar tais objetos
de conhecimento em aulas expositivas convencionais.
Foi ainda distribuído um questionário aos alunos da turma que teve
oportunidade de realizar tarefas com o Geogebra, com o propósito de coletar dados
acerca da experiência por parte dos discentes sobre manuseio de computadores e
sua expectativa quanto à expectativa do uso do Geogebra.
Assim foram realizadas observações qualitativas e quantitativas com o
propósito principal de averiguar se os alunos percebem os benefícios na aplicação
do programa Geogebra como um instrumento no ensino da matemática.
5.1 Público alvo
A pesquisa foi realizada com os alunos de duas turmas de oitavo ano do
ensino fundamental dentre as cinco turmas existentes em 2014.
A escolha das turmas seguiu dois critérios, a saber:
a) tendo em mãos os graus das turmas na primeira Avaliação Parcial
(AP1), o autor selecionou aquelas em que as médias se situavam nos dois
extremos; ou seja, a turma que apresentou o melhor e o pior desempenho (tabela
3);
36
b) cada turma seria submetida à pesquisa em um ambiente diferente. A
de menor média na AP1 (turma A) assistiria às aulas da pesquisa no laboratório de
informática; a de maior média na AP1 (turma B) assistiria às aulas da pesquisa na
sala de aula.
O objetivo desta divisão em turmas A e B foi de observar se a mudança
de ambiente de estudo (alunos manuseando ou não o computador com o programa
Geogebra) influenciaria no resultado de uma avaliação futura.
Tabela 3 - Coleta de dados dos grupos, a partir da AP1 do 1º bimestre
Turmas
Categoria
Média
da
turma
Desvio
Padrão
Nº de alunos
com grau acima
da media da
turma
Nº de alunos
com grau
abaixo da
média da turma
Total
de
alunos
801 6,7 2,3 14 13 27
803 6,1 2,4 13 13 26
Fonte: Elaborada pelo autor
A turma 803, para fins desta pesquisa foi considerada como turma A, já a
turma 801 foi considerada como turma B.
5.2 Etapas da Pesquisa
A carga horária de cada turma participante da pesquisa foi de cinco
tempos, distribuídos em três dias de aula, sendo dois dias de assuntos ministrados e
o terceiro dia destinado para a avaliação dos conhecimentos (AP1). Esta carga
horária estava prevista no Plano de Execução Didática (PED) de matemática do
oitavo ano de 2014 do CMF, documento fundamental dos colégios do SCMB onde
se encontram todos os assuntos das disciplinas de todos os anos escolares.
37
A atividade desenvolvida pelos alunos da turma A foi realizada no
laboratório de informática do CMF. Havia 15 computadores para este fim para 28
alunos. Assim, através de sorteio, dois alunos dividiram o uso do computador.
Os alunos da turma A, em sua maioria, tinham conhecimento básico de
informática, manuseando sem dificuldades o computador e o programa Geogebra.
O assunto da disciplina que foi ministrado para os alunos, não exigia por parte
destes a digitação de comandos no Geogebra, bastando para isso o uso da barra de
ferramentas deste software, o que facilitou o manuseio do computador por parte dos
alunos.
5.2.1 Atividades realizadas com as turmas
Em ambas as turmas o assunto a ser trabalhado foi triângulos. Dentro
deste tema pretendia-se que os alunos soubessem:
- Definir triângulo e identificar seus elementos;
- Classificar um triângulo quanto aos lados;
- Classificar um triângulo quanto aos ângulos;
- Verificar quando é possível construir um triângulo por meio da desigualdade
triangular;
- Identificar as cevianas notáveis de um triângulo.
5.2.1.1 Tarefas com a turma A
Com o objetivo de desenvolver a habilidade de verificar as propriedades
dos triângulos pelo reconhecimento dos casos de congruência e semelhança (H26)
e a competência de produzir e analisar transformações e ampliações/reduções de
figuras geométricas planas, desenvolvendo o conceito de congruência e
semelhança (C10), foram realizadas as seguintes tarefas pelos alunos da turma A
no laboratório de informática do CMF:
38
1°dia de aula da semana:
Duração: 1 hora e 30 minutos.
Um dos principais destaques deste primeiro dia de aula da semana foi a
apresentação do programa Geogebra para os alunos. Todos os 15 computadores
disponibilizados para os alunos da turma A foram habilitados para executar o
software Geogebra. O autor orientou o manuseio do Geogebra em tempo real,
através de um telão dentro do laboratório de informática. Mostrou como mexer na
barra de ferramentas, na janela de visualização e na opção arquivo, da barra de
menu.
A seguir, detalhes da apresentação de cada descritor apresentado aos
alunos da turma A:
- Definir triângulo e identificar seus elementos:
Para os alunos se familiarizarem com o Geogebra, foi proposto um
exercício de nível fácil, porem muito importante: construir um triângulo. Foram
apresentados dois modos de construí-lo pelo professor.
Modo 1: escolher na barra de ferramentas a seguinte ferramenta:
“segmento definido por dois pontos”. Assim, o aluno cria um triângulo com três
segmentos de reta (figura 8).
Modo 2: escolher na barra de ferramentas a seguinte ferramenta:
“polígono”. Este modo é o mais prático para se construir triângulos no Geogebra,
conforme mostrado pelo professor (figura 9).
39
Figura 8 – Construção do triângulo por meio da ferramenta “segmento definido por
dois pontos”
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 9 – Construção do triângulo por meio da ferramenta “polígono”
Fonte: Elaborada pelo autor
40
- Classificar um triângulo quanto aos lados e
- Classificar um triângulo quanto aos ângulos:
Para o desenvolvimento destes dois descritores, o professor orientou os
alunos a desfigurar os seus respectivos triângulos, deixando claro desta forma a
principal característica da geometria dinâmica: figuras em movimento. O objetivo
desta deformação de triângulos orientada pelo professor era de que os alunos
pudessem observar em tempo real a classificação do objeto quanto aos lados.
A ferramenta “polígono” foi sugerida pelo professor, ato contínuo, o
professor ordenou que os discentes expusessem as medidas dos lados dos
triângulos, através da ferramenta “distância, comprimento ou perímetro”. Desta
forma, os comprimentos dos lados dos triângulos ficaram expostos na janela de
visualização, e conforme os alunos modificavam os seus triângulos, notavam, em
tempo real, a variação das medidas dos comprimentos (figuras 10 e 11).
Figura 10 – Triângulo com os valores dos comprimentos de seus lados
Fonte: Elaborada pelo autor
41
Figura 11 – Triângulo após sua deformação e novas medidas dos lados
Fonte: Elaborada pelo autor
O professor direcionou os alunos para construir um triângulo isósceles
configurando a janela de visualização para fixar a malha quadriculada. Norteado
pelo professor, os alunos selecionaram a ferramenta “mover janela de visualização”
e em seguida na janela de visualização utilizaram o botão direito do mouse e
selecionaram a opção “malha”.
Com a malha instalada na janela de visualização, a criação do triângulo
isósceles tornou-se simples. Para isso os alunos foram orientados para que
alinhassem a base do triângulo com uma das linhas horizontais da malha
quadriculada, e o vértice oposto, os alunos deveriam mover para que as duas
medidas dos lados expostos na janela de visualização se tornassem idênticas,
característica fundamental de um triângulo isósceles (figura 12).
42
Figura 12 – Criação do triângulo isósceles na malha quadriculada
Fonte: Elaborada pelo autor
Concluindo, os alunos construíram um triângulo equilátero de uma forma
muito prática proporcionada pelo programa Geogebra: através da ferramenta
“polígono regular”.
Com esta ferramenta, bastou os alunos a selecionarem, clicar na janela
de visualização onde se localiza o primeiro vértice e depois, quando clicaram na
localização do segundo vértice, apareceu uma caixa de texto solicitando o número
de lados desejado. Ao selecionar o número 3 e clicar OK, automaticamente um
triângulo equilátero foi construído (figura 13).
43
Figura 13 – Criação do triângulo equilátero
Fonte: Elaborada pelo autor
O passo seguinte foi trabalhar com os ângulos internos do triângulo. Para
isso, os alunos foram orientados a optar pela ferramenta “ângulo”, e ao clicar no
interior de seus respectivos triângulos, os seus ângulos internos automaticamente
foram exibidos na janela de visualização. Mais uma vez, os discentes deformaram
suas figuras para poderem observar, em tempo real, a classificação dos triângulos
quanto aos ângulos, verificando a variação dos valores dos ângulos internos dos
triângulos. Foi muito prático construir os triângulos acutângulo e ostusângulo (figuras
14 e 15). Entretanto, a construção do triângulo retângulo exigia um pouco mais de
esforço (figura 16). Então, para a criação do triângulo retângulo, o autor recomendou
que os alunos alinhassem um dos lados do triângulo com uma linha horizontal da
malha e outro lado com uma linha vertical da malha, transformando desta forma, o
triângulo qualquer em um triângulo retângulo.
44
Figura 14 – Criação do triângulo acutângulo
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 15 – Criação do triângulo obtusângulo
Fonte: Elaborada pelo autor
45
Figura 16 – Construção do triângulo retângulo
Fonte: Elaborada pelo autor
Os alunos foram direcionados para criar três segmentos de reta
quaisquer, com o objetivo de verificar se seria possível construir um triângulo unindo
estes três segmentos
Após criar os três segmentos, os alunos construíram, de cada
extremidade de cada um dos segmentos, duas circunferências, através da
ferramenta “compasso”. Cada segmento criado correspondia a um raio da
circunferência construída. Os raios destas circunferências deveriam ter as medidas
dos segmentos que não fossem aquele sobre a qual a circunferência estava sendo
desenhada. A seguir, as tarefas desempenhadas pelos alunos:
Tarefa 1: Criar três segmentos através da regra: todo segmento é menor
que a soma dos outros dois (figura 17).
46
Figura 17 – Tarefa 1
Fonte: Elaborada pelo autor
Tarefa 2: transformar um ou mais segmentos, seguindo a seguinte regra: um dos
segmentos é igual à soma os outros dois (figura 18).
Figura 18 – Tarefa 2
Fonte: Elaborada pelo autor
47
Tarefa 3: transformar um ou mais segmentos, seguindo a seguinte regra:
um dos segmentos é maior do que a soma os outros dois (figura 19).
Figura 19 – Tarefa 3
Fonte: Elaborada pelo autor
Após a realização dessas 3 tarefas os alunos chegaram à conclusão que
só foi possível criar um triângulo quando havia a interseção das circunferências em
dois pontos. Nos demais casos em que havia um ou nenhum ponto de interseção,
era impossível construir um triângulo. Ou seja, a condição para construirmos um
triângulo é que cada lado seja menor que a soma dos outros dois lados, e maior que
o módulo da diferença deles.
2°dia de aula da semana:
Duração: 1 hora e 30 minutos.
Neste segundo dia de aula, coube identificar as cevianas notáveis de um
triângulo (mediana, bissetriz interna, altura).
Com um triângulo construído, de acordo com as orientações do professor
exibidas no telão, os alunos localizaram e marcaram o ponto médio de dois lados do
triângulo. Esta marcação do ponto médio, com lápis e compasso, leva um
48
determinado tempo para ser construída. Com o Geogebra, demora menos de um
segundo, selecionando a ferramenta “ponto médio ou centro”. Ato contínuo, criaram
dois segmentos, cada um com uma extremidade em vértices distintos do triângulo e
a outra extremidade no ponto médio de cada vértice escolhido. Estes segmentos
são duas medianas, e os alunos observaram sua interseção, que é o baricentro.
Para fixar este ponto no Geogebra, os alunos utilizaram a ferramenta “interseção de
dois objetos”. Neste caso os objetos são as medianas citadas anteriormente (figura
20).
Figura 20 – Construção do baricentro
Fonte: Elaborada pelo autor
Possível apenas com um programa de geometria dinâmica, os alunos
puderam verificar em tempo real a fundamental propriedade do baricentro: dividir
cada mediana de um triângulo em dois segmentos de reta, onde um segmento é o
dobro do outro. Utilizando a ferramenta “distância, comprimento ou perímetro”, e
selecionando as extremidades de cada segmento que compunham a mediana
(figura 21). Conforme deformavam os seus respectivos triângulos, os alunos
verificavam que a razão dos segmentos de cada mediana não se alterava (figura
22), ou seja era de valor 2 (razão do maior segmento da mediana pelo menor
49
segmento da mesma) ou 0,5 (razão do menor segmento da mediana pelo maior
segmento da mesma).
Figura 21 – Baricentro e segmentos que compõem as medianas com suas
respectivas medidas
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 22 – Triângulo modificado
Fonte: Elaborada pelo autor
50
Com um novo triângulo construído, os alunos devidamente orientados
pelo professor, desenharam na tela do computador, as bissetrizes do triângulo. É
interessante ressaltar que esta construção da bissetriz, de forma convencional, com
lápis e compasso, custa um determinado tempo, que é reduzido mais que a metade
com a utilização do Geogebra. Com sua interface bastante prática e objetiva, os
alunos selecionaram a ferramenta “bissetriz”. Com esta ferramenta, os alunos
escolheram os segmentos cujo ângulo se desejava traçar a bissetriz, e
automaticamente, em menos de um segundo, a bissetriz foi traçada. O objetivo de
traçar as bissetrizes foi de encontrar o incentro, ponto de interseção das bissetrizes
internas. Como o Geogebra, nesta última versão, não possui opção de traçar
bissetrizes internas, as bissetrizes expostas ao se selecionar esta opção na barra de
ferramentas foram a do ângulo selecionado e a de seu ângulo suplementar. O
professor orientou então que fossem consideradas apenas a interseção das
bissetrizes na região interna do triângulo. Destacando assim o incentro (figura 23).
Figura 23 – Criação do incentro
Fonte: Elaborada pelo autor
51
O incentro, assim como todos os pontos notáveis principais, possui uma
característica marcante: é o centro da circunferência inscrita no triângulo. Esta
propriedade foi observada pelos alunos como se segue: os discentes escolheram a
ferramenta “reta perpendicular”, e do incentro, desenharam uma reta perpendicular
em relação a um dos lados do triângulo. O ponto de interseção desta reta
perpendicular com o lado escolhido foi realçado pela ferramenta “interseção de dois
objetos”. Ato contínuo, com a ferramenta “círculo dados centro e um de seus
pontos”, os alunos construíram a circunferência com centro no incentro e raio igual à
distância do incentro ao ponto de interseção da reta perpendicular com o lado
escolhido do triângulo. Automaticamente foi exposto na tela o desenho da
circunferência criada, que tangenciava internamente todos os lados do triângulo
(figura 24).
Figura 24 – Circunferência inscrita no triângulo e seus pontos de tangência
Fonte: Elaborada pelo autor
Com mais um novo triângulo construído, os alunos traçaram suas alturas.
Sempre orientados pelo professor, optaram pela ferramenta “reta perpendicular” e
traçaram a perpendicular de um dos vértices do triângulo em relação ao seu lado
oposto. Repetiram este procedimento com outro vértice do triângulo. Há então uma
52
interseção entre estas duas perpendiculares, conhecida como ortocentro. O
ortocentro foi então destacado com a ferramenta “interseção de dois objetos” (figura
25).
Figura 25 – Criação do ortocentro
Fonte: Elaborada pelo autor
Assim como nos outros dois pontos notáveis apresentados anteriormente,
o professor quis mostrar aos alunos a característica marcante do ortocentro, que é a
de que o ponto simétrico do ortocentro em relação a um lado do triângulo pertence à
circunferência circunscrita. Desta forma, para a visualização desta característica, os
alunos começaram pela opção da ferramenta “reflexão em relação a uma reta”, e
encontraram assim, os pontos simétricos do ortocentro em relação a cada lado do
triângulo. Ato contínuo, desenharam uma circunferência circunscrita ao triângulo,
fazendo uso da ferramenta “círculo definido por três pontos” (figura 26).
53
Figura 26 – Pontos simétricos do ortocentro em relação aos lados
Fonte: Elaborada pelo autor
Para o próximo ponto notável, os alunos construíram um novo triângulo e
construíram as suas mediatrizes. Esta é mais uma das diversas construções
geométricas cujo tempo é consideravelmente encurtado graças à utilização do
software didático. Ao selecionar a ferramenta “mediatriz” e clicar sobre um lado do
triângulo, automaticamente é desenhado na tela a mediatriz em relação ao lado
escolhido. Os alunos então escolheram outro lado do triângulo e traçaram sua
respectiva mediatriz, revelando uma interseção entre essas duas retas. Destacou-se
essa interseção, como nos exercícios anteriores, pela ferramenta “interseção de
dois objetos”, revelando assim o circuncentro (figura 27).
54
Figura 27 – Criação do circuncentro
Fonte: Elaborada pelo autor
Para verificar em tempo real a propriedade fundamental deste último
ponto notável apresentado aos alunos, o circuncentro, os alunos optaram pela
ferramenta “círculo dados centro e um de seus pontos”, em seguida selecionaram o
circuncentro e ato contínuo, um dos vértices do triângulo, constatando que a
circunferência que acabaram de construir passava pelos três vértices de seus
respectivos triângulos, particularidade das circunferências circunscritas a um
polígono qualquer (figura 28).
Prosseguindo com outras propriedades do circuncentro, o próximo
objetivo era mostrar aos alunos o comportamento do ortocentro conforme fossem
transformando os seus respectivos triângulos. Então os alunos foram orientados a
mudar a classificação de seus triângulos em relação aos ângulos. Para verificarem
essas mudanças em tempo real, eles selecionaram primeiramente a ferramenta
“ângulo”, para logo depois selecionarem o interior de seus triângulos para que os
valores dos ângulos internos fossem expostos. Então o professor solicitou que os
alunos modificassem os triângulos, observando os ângulos internos (figuras 29 a
31): para o triângulo acutângulo (os três ângulos internos menores que noventa
graus), o circuncentro se posicionava no interior do mesmo; para o triângulo
55
obtusângulo (um dos ângulos internos maior que noventa graus), os alunos
observaram que o circuncentro se posicionava na região externa do triângulo; e
finalmente para o triângulo retângulo (um dos ângulos internos igual a noventa
graus), os alunos puderam observar que o circuncentro se localizava sobre o maior
lado (hipotenusa).
Figura 28 – Circunferência circunscrita ao triângulo
Fonte: Elaborada pelo autor
56
Figura 29 – Circuncentro no triângulo acutângulo
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 30 – Circuncentro no triângulo obtusângulo
Fonte: Elaborada pelo autor
57
Figura 31 – Circuncentro no triângulo retângulo
Fonte: Elaborada pelo autor
3°dia de aula da semana:
Duração: 45 minutos.
No terceiro e último dia de aula da semana no laboratório de informática,
os alunos da turma A realizaram uma avaliação de todo o conteúdo apresentado
nos dois dias de aula anteriores.
O teste foi composto de quatro questões, com um total de nove exercícios
(Apêndice E). O professor organizou esta avaliação, pelo Geogebra, da seguinte
maneira: janela de visualização 1 - 1ª questão, letra a; janela de visualização 2 - 1ª
questão, letra b; ... janela de visualização 9 - 4ª questão.
Assim que os alunos terminavam o teste, o professor era acionado, e
então verificava as suas respectivas janelas de visualização de Geogebra e em
seguida corrigia e lançava os graus na folha de avaliação.
58
5.2.1.2 Atividades com a turma B
Todos os descritores apresentados aos alunos da turma A também foram
apresentados para a turma B.
Na mesma semana em que foi ministrada as aulas no laboratório de
informática para a turma A, os alunos da turma B assistiram às aulas em sua sala
de aula tradicional. Os alunos desta turma não manusearam computadores com o
Geogebra. Apenas o professor manuseou o programa, projetando no telão as
figuras construídas. Para não haver disparidade de tempo entre as turmas A e B, a
mesma carga horária foi destinada à turma B.
Assim como na turma A, foi realizada na turma B uma AP com os
conhecimentos adquiridos no 1° e 2° dias de aula, idêntica à aplicada na turma A
(verificar Apêndice E).
59
6 ANÁLISE DOS RESULTADOS DA AP APLICADA ÀS TURMAS A E B
A performance das duas turmas que participaram da pesquisa foi
tabelada, detalhadamente por cada questão, como será mostrada a seguir:
1ª Questão: Em cada caso, analise através de construção com régua e compasso,
se é possível construir um triângulo com as medidas dos lados indicadas. Justifique
cada construção.
Esta questão teve como objetivo apurar o aprendizado do aluno sobre a
condição de existência de um triângulo. Vide os resultados:
Tabela 4 – Resultados da primeira questão da AP
Grupo 100% de acertos Entre 0 e 100% de
acertos
0% de
acertos
A 65,3% 34,7% 0%
B 62,9% 22,2% 14,9%
Fonte: Elaborada pelo autor
Percebe-se, de acordo com a tabela 4, que a turma A, em sua maioria,
absorveu o conhecimento completo do assunto, mas nove alunos desta turma
(34,7%), absorveram de forma incompleta o conhecimento do assunto da questão.
A justificativa destes nove alunos, nessa primeira questão foi incompleta.
Uma parcela de alunos da turma B apresentou aprendizagem muito
insatisfatória nessa questão, um total de quatro alunos (14,9%) não acertou nada.
Seis alunos desta turma (22,2%) acertaram parcialmente a questão. Verifica-se aqui
uma ligeira superioridade da quantidade de alunos da turma A em relação à turma B
que acertaram completamente esta questão.
2ª Questão: Um triângulo possui dois lados que medem 11 cm e 6 cm. Quais são as
medidas possíveis para o terceiro lado desse triângulo? Justifique.
60
Desigualdade triangular era o assunto em pauta nesta questão. O aluno
deveria expressar o seu conhecimento neste tópico de triângulos.
Tabela 5 - Resultados da segunda questão da AP
Grupo 100% de acertos Entre 0 e 100% de
acertos
0% de acertos
A 30,8% 42,3% 26,9%
B 22,2% 44,4% 33,4%
Fonte: Elaborada pelo autor
Como mostrado na tabela 5, a quantidade de alunos que não
assimilaram o assunto da questão 2 foi bem maior dos que não aprenderam a
primeira questão. Sete alunos da turma A (26,9%) e nove alunos (33,4%) da turma
B não mostraram seu conhecimento exigido na questão e onze alunos (42,3%) da
turma A e 12 alunos (44,4%) da turma B exibiram parcialmento o que aprenderam,
respondendo a questão de forma incompleta. Assim como na questão 1, verifica-se
uma porcentagem maior de alunos da turma A que acertaram a questão 2 por
completo. Observa-se, entretanto, que a porcentagem de alunos que acertaram
parcialmente esta questão do grupo B foi maior que a do grupo A.
3ª Questão: Construa um triângulo qualquer e localize o seu:
a) baricentro
b) circuncentro
c) incentro
Conhecimento requerido pelo aluno nesta questão: pontos notáveis no
triângulo.
61
Tabela 6 - Resultados da terceira questão da AP
Grupo 100% de acertos Entre 0 e 100% de
acertos
0% de acertos
A 73,1% 26,9% 0%
B 33,3% 37,0% 29,7%
Fonte: Elaborada pelo autor
Nesta questão, conforme tabela 6, não houve um aluno da turma A que
não a acertasse por completo. Sete alunos (26,9%) desta turma acertaram a
questão em parte, pois confundiram alguns pontos notáveis. Comparando as duas
turmas nesta questão 3, nota-se uma performance bem inferior da turma B, pois
houve oito alunos (29,7%) que erraram por completo esta questão, 33,3% acertaram
por completo, enquanto que os alunos da turma A que acertaram toda a questão
foram 73,1%. Os alunos da turma B que acertaram parcialmente esta questão (37%)
cometeram o erro idêntico aos alunos da turma A.
4ª Questão: De um triângulo ABC, conhecemos as posições dos vértices B e C e do
baricentro G. Encontre o vértice A e construa o triângulo ABC.
Nesta questão, os alunos deveriam expressar o aprendizado sobre
construção de pontos notáveis.
Tabela 7 - Resultados da quarta questão da AP
Grupo 100% de acertos Entre 0 e 100% de
acertos
0% de acertos
A 30,1% 15,4% 54,5%
B 14,8% 7,4% 77,8%
Fonte: Elaborada pelo autor
Pelas informações da tabela 7, nota-se que a quantidade de acertos foi
bem menor em relação às questões anteriores, tornando esta questão a mais difícil
62
da AP. Quatorze alunos (54,5%) da turma A demonstraram desempenho muito ruim,
não acertando algum escore. Desempenho pior mostrado pela turma B, pois vinte e
um alunos (77,8%), índice alto, não aprenderam de maneira satisfatória o assunto
desta questão. Nas duas turmas, a quantidade de alunos que acertaram todos os
escores desta questão superou a quantidade que acertou parcialmente.
Sabendo do nível elevado de dificuldade da questão 4, o professor a
considerou como questão bônus: os alunos que acertassem receberiam os escores,
caso errassem, não seria contabilizado os escores perdidos.
6.1 Comparação entre as notas da AP aplicada aos alunos das turmas A e B
Gráfico 1 – Comparação dos graus dos grupos na AP aplicada
Fonte: Elaborada pelo autor
Nota-se pelo gráfico 1 uma grande diferença de desempenhos entre as
turmas A e B. No aspecto positivo deve ser observado que todos os alunos da turma
A obtiveram grau superior a 5,0, nota considerada azul no SCMB. Dezenove alunos
da turma A obtiveram, inclusive, grau entre nove e dez, enquanto que na turma B a
quantidade foi de apenas seis. A turma B foi superior à turma A na quantidade de
63
alunos que obtiveram grau no intervalo [7,8[, totalizando onze alunos, já que a turma
A obteve dois alunos que obtiveram notas dentro deste intervalo. No aspecto
negativo, deve ser destacado as notas abaixo de 5, grau mínimo de aprovação no
SCMB, pela turma B: dez alunos.
Informações complementares serão mostradas na tabela 8, como nota
média das turmas e desvio padrão.
Tabela 8 – Coleta de dados dos grupos, a partir da avaliação aplicada
Grupos
Categoria
Média
da
turma
Desvio
Padrão
Nº de alunos
com grau acima
da media da
turma
Nº de alunos
com grau
abaixo da
média da turma
Total
de
alunos
A 8,9 1,2 19 7 26
B 6,3 2,9 17 10 27
Fonte: Elaborada pelo autor
O gráfico 1 e a tabela 8 corroboram os resultados positivos apresentados
pela turma A em relação à turma B. É importante salientar que um fator decisivo
para o excelente desempenho da turma A foi o manuseio do software Geogebra.
64
7 SUGESTÃO PARA A APLICAÇÃO DO PROGRAMA GEOGEBRA NO SCMB
De acordo com o Plano de Sequência Didática (PSD), documento que
rege todas as disciplinas dos Colégios que integram o SCMB, e que determina as
competências (C) e habilidades (H) a serem trabalhadas em cada objeto do
conhecimento, e o Plano de Execução Didática do Colégio Militar de Fortaleza
(PED/CMF), documento que estabelece os descritores (D) que serão aplicados em
salas de aula, o autor apresenta, no apêndice B, sugestões para a utilização do
software Geogebra, no campo da matemática, em todos os anos escolares em que
é possível esta abordagem.
65
8 CONCLUSÃO
A presença das TIC nas escolas é uma realidade e sua implantação nas
salas de aula torna-se relevante em qualquer disciplina, e como mostrado neste
trabalho, na geometria, campo importante da matemática.
É fundamental o professor realizar a escolha adequada do programa a
ser utilizado nos PCs em sala de aula. Para a aplicação da geometria dinâmica
existem diversos programas, como o Cabri, Tabulae, entre outros.
O programa mostrado neste trabalho, Geogebra, possui inúmeras
vantagens pois, além de possuir um manuseio de fácil aprendizado, estar totalmente
traduzido para a língua portuguesa, ele é gratuito, fator positivo no orçamento para o
investimento. Investimento, aliás, que se pode suceder de duas maneiras: a primeira
é o aluno participar passivamente das aulas com o Geogebra, ou seja, apenas o
professor manuseia o computador. Nesse caso, o investimento é mínimo, pois basta
um computador e um retroprojetor por sala de aula. A segunda maneira seria de o
aluno participar ativamente, manuseando o computador, o que é o mais ideal.
Nesse caso, para cada aluno manusear o PC, o autor sugere três opções: a
primeira, menos onerosa é a de criar um laboratório de informática com pelo menos
30 computadores e um retroprojetor, assim as aulas seriam agendadas para o
laboratório e atenderia a todos os anos escolares. A segunda opção é a de utilizar
uma sala temática de matemática para cada ano escolar, com pelo menos 30
computadores e um retroprojetor instalados em cada uma delas. A terceira opção, a
mais onerosa, seria a de instalar 30 computadores e um retroprojetor em cada sala
de aula.
Através do trabalho realizado com os alunos, puderam-se verificar os
rendimentos que as duas turmas apresentaram: a turma que participou de forma
ativa (turma A) e a que participou de forma passiva (turma B). Enquanto a turma A
teve a oportunidade de “sentir, tocar” a geometria dinâmica, através do PC com o
Geogebra, a turma B assistiu às aulas da forma tradicional, assistindo o professor
desenvolver o raciocínio no quadro, utilizando o programa Geogebra projetado no
quadro branco na sala de aula. Ao se manusear as figuras geométricas através dos
PCs, os alunos tiveram o privilégio de verificar em tempo real as propriedades
66
intrínsecas de cada figura, no caso deste trabalho, dos triângulos, e desta forma,
conseguiram desenvolver um entendimento mais completo do assunto.
Os graus apresentados pelas duas turmas participantes da pesquisa
corroboram a importância de se adotar um programa adequado de matemática para
complementar os estudos dentro e fora de sala de aula, pois conforme exposto nas
tabelas 4 a 7, o desempenho da turma A, que assistiu às aulas manuseando o
computador no laboratório de informática, foi superior em relação à turma B, que
teve aulas convencionais, em todas as questões da avaliação aplicada no fim das
atividades desta pesquisa. O questionário realizado com a turma A, no final das
atividades realizadas (apêndice A) corrobora a importância para os discentes de um
PC nas aulas de matemática.
A sugestão apresentada pelo autor, para a aplicação do Geogebra nos
Colégios integrantes do SCMB foi baseada nos assuntos previstos nos PSDs
desenvolvidos na DEPA e nos PEDs desenvolvidos no CMF. Os professores que
forem utilizar o programa podem utilizar outros assuntos que achar conveniente,
como por exemplo, o cálculo de determinantes (assunto do segundo ano do ensino
médio). O autor focou principalmente em assuntos onde a parte gráfica era mais
relevante.
O autor espera que este trabalho possa inspirar o interesse dos docentes
da área de matemática e desenho geométrico do SCMB em utilizar PCs em sala de
aula, estimulando os alunos a desenvolver raciocínios mais completos no diversos
assuntos das ciências exatas.
67
REFERÊNCIAS:
BALDIN, Yuriko Yamamoto; Villagra, Guillermo Antônio Lobos. Atividades com
Cabri-Géomètre II. São Paulo : Edufscar, 2002.
BRASIL. COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA. Planos de Execução Didática do
6° ao 9° ano do ensino fundamental. Fortaleza, 2015.
______. ______. Planos de Execução Didática do 1° ao 3° ano do ensino médio. Fortaleza, 2015.
______. DIRETORIA DE EDUCAÇÃO PREPARATÓRIA E ASSISTENCIAL. Planos
de Sequências Didáticas do 6° ao 9° ano do ensino fundamental. Rio de Janeiro, 2012.
______. ______. Planos de Sequências Didáticas do 1° ao 3° ano do ensino
médio. Rio de Janeiro, 2012.
Geogebra, matemática dinâmica para se aprender e se ensinar. Disponível em: < https://www.geogebra.org>. Acesso em: 30 jul. 2016.
GRAVINA, Maria Alice. Os princípios da Geometria Dinâmica. Disponível em: <http://www.unifal-mg.edu.br/matematica/files/file/JOSE-CARLOS/INFORMATICA-2013/Biblioteca/Gravina.pdf> Acesso em: 30 Jul 2016.
NÉRI, Isaías Cordeiro. Geometria dinâmica. Disponível em: <http://geodina.blogspot.com.br/> Acesso 14 Ago 2016.
TERRA JUNIOR, Osvaldo Gomes. A educação e a informática. Disponível em: < http://www.inf.ufes.br/~tavares/trab1.html > Acesso 14 Ago 2016.
VOSGERAU, D. S. A. R. ; Pasinato, N. Proposta de indicadores para avaliação
dos estágios de integração das TIC no contexto escolar. 2012. No prelo.
68
APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO APLICADO AOS ALUNOS DA TURMA A
No último dia de aula da semana no laboratório de informática, após a
realização das APs, os alunos da turma A receberam um questionário, com o
objetivo de obter informações sobre o seu cotidiano com equipamentos de
informática e como foi a sua experiência com o manuseio do programa Geogebra.
1ª Questão: Possui quantos computadores em casa?
Gráfico 2 – Questão 1
Fonte: Elaborada pelo autor
De acordo com o gráfico 2, em quase a sua totalidade (94,7%), os alunos
apresentam em seus lares no mínimo um computador, facilitando a sua prática em
manuseá-los.
69
2ª Questão: Há quanto tempo utiliza computador?
Gráfico 3 – Questão 2
Fonte: Elaborada pelo autor
Segundo o gráfico 3, apenas 5,9% usam PCs há menos de um ano,
desta forma, a maioria dos alunos estão familiarizados com o manuseio de
computadores, ratificando sua rápida aprendizagem ao manusear o software
Geogebra.
70
3ª Questão: Para qual finalidade utiliza computador?
Gráfico 4 – Questão 3
Fonte: Elaborada pelo autor
Para esta questão, o professor direcionou os discentes para que
marcassem apenas a opção em que eles passavam mais tempo no computador.
Mesmo com essa ressalva, vários alunos destacaram mais de uma opção.
De acordo com o gráfico 4, um aluno (5,6%) não usa computador em
casa e também um aluno (5,6%) usa apenas para lazer. Dezesseis alunos (88,8%)
marcaram no questionário duas opções simultaneamente: lazer e pesquisas
escolares. As opções “internet, leitura de e-mails” e “outras atividades” não foram
marcadas por nenhum aluno.
71
4ª Questão: Você achou o manuseio do programa Geogebra simples?
Gráfico 5 – Questão 4
Fonte: Elaborada pelo autor
O gráfico 5 é claro: a maioria (16 alunos-88,9%) dos discentes mostraram
uma excelente habilidade com o programa Geogebra, visto que o software é de uso
bastante intuitivo, e como visto no gráfico 4, grande parte dos alunos tem a prática
de uso do computador em casa, desta forma a utilização do computador, seus
acessórios (mouse e teclado) foi bem familiar para os alunos.
Dos alunos que responderam não, um deles (aluno A1), em seu
comentário (figura 36), explicou que encontrou dificuldade pois não pratica o uso de
computadores.
72
Figura 32 – Comentário do aluno A1
Fonte: Elaborada pelo autor
O aluno A2, que também respondeu não à questão 4, “criou” a opção
“mais ou menos”, mostrada na figura 37. Esta opção “extra oficial” não foi
computada na criação do gráfico 5. Quanto ao comentário “precisa memorizar
muitas coisas”, na verdade o aluno não percebeu que todos os comandos do
Geogebra, pela barra de ferramentas, aparecem escritos de forma objetiva e direta,
na língua portuguesa, o que torna desnecessário memorizá-los.
Figura 33 – Comentário do aluno A2
Fonte: Elaborada pelo autor
73
Algumas respostas positivas em relação à questão 4, estão expostas nas
figuras 38 a 40:
Figura 34 – Comentário do aluno A3
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 35 – Comentário do aluno A4
Fonte: Elaborada pelo autor
74
Figura 36 – Comentário do aluno A5
Fonte: Elaborada pelo autor
5ª Questão: Caso possua computador, utilizou o Geogebra em casa, para o estudo
do assunto triângulos?
Gráfico 6 – Questão 5
Fonte: Elaborada pelo autor
75
Nas aulas ministradas no laboratório de informática do CMF, o professor
orientou aos alunos para que instalassem o programa Geogebra em casa, caso o
acesso à internet e o uso de computadores em suas respectivas casas fosse
possível. O acesso ao arquivo de instalação do Geogebra era gratuito, pelo site
oficial. Entretanto, mesmo enfatizando a gratuidade e facilidade de instalação do
Geogebra, apenas seis alunos dos dezoito que responderam ao questionário
responderam sim à questão 5 (Gráfico 6). É interessante ressaltar que de acordo
com o gráfico 2, apenas um aluno (5,3%) do universo dos dezoito, não possuía
computador em casa, ou seja, dos dezessete que possuíam computador em casa,
apenas seis instalaram e manusearam em seus lares o Geogebra.
6ª Questão: O assunto ministrado (triângulos) foi melhor compreendido com o
Geogebra?
Gráfico 7 – Questão 6
Fonte: Elaborada pelo autor
76
Como mostra o gráfico 7, na questão 6 os alunos aprovaram o uso do
Geogebra para tornar mais simples a aprendizagem dos assuntos geométricos, pois
94,4% optaram pela resposta “sim”. 5,6% dos 18 alunos respondeu não, segundo
mostra a figura 41. Um consenso geral dos alunos que responderam positivamente
à questão 6 foi a de que a aula tornou-se mais dinâmica, há uma maior interação
dos alunos, segundo as figuras 42 a 44.
Figura 37 – Comentário do aluno A6
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 38 – Comentário do aluno A7
Fonte: Elaborada pelo autor
77
Figura 39 – Comentário do aluno A8
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 40 – Comentário do aluno A9
Fonte: Elaborada pelo autor
78
7ª Questão: Acha importante a utilização de programas educativos para as aulas de
matemática?
Gráfico 8 – Questão 7
Fonte: Elaborada pelo autor
A totalidade dos alunos que participaram da resolução do questionário
respondeu positivamente a esta questão, conforme indicado no gráfico 8. Os
discentes acreditam nos programas educativos como um meio de tornar as aulas
mais interessantes, dinâmicas, como visto nas figuras 45 a 48.
79
Figura 41 - Comentário do aluno A10
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 42 - Comentário do aluno A11
Fonte: Elaborada pelo autor
Figura 43 - Comentário do aluno A12
Fonte: Elaborada pelo autor
80
Figura 44 - Comentário do aluno A13
Fonte: Elaborada pelo autor
8ª Questão: Gostaria que fossem utilizados com mais frequência em sala de aula?
Gráfico 9 – Questão 8
Fonte: Elaborada pelo autor
81
A análise dos dados da questão 8, presente no gráfico 9, permite fazer
uma associação com o resultado obtido nos dados da questão 7, ou seja, os alunos
julgam ser importante a utilização de programas educativos por meio dos
computadores, desta forma, como eles mesmos responderam em sala, as aulas
tornam-se mais interessantes, prazerosas, e em consequência disso, desejam uma
maior frequência deste tipo de instrução em sala de aula.
9ª Questão: Já utilizou algum programa educativo?
Gráfico 10 – Questão 9
Fonte: Elaborada pelo autor
Como se vê no gráfico 10, a quantidade de alunos que responderam a questão 9 foi
mínima, apenas quatro alunos (22,2%).
82
APÊNDICE B – PSDs E PEDs DE TODOS OS ANOS ESCOLARES DO CMF
6° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL:
Competências (C) e Habilidades (H): Para a utilização do Geogebra no sexto ano
do ensino fundamental, o autor sugere retirar do PSD de matemática do sexto ano
do ensino fundamental as seguintes competências e habilidades (tabela 9):
Tabela 9 – Trecho do PSD de matemática do sexto ano do ensino fundamental
Fonte: PSD, DEPA, 2014
Descritores: Os descritores a serem alcançados, estabelecidos pelo PED de
matemática do sexto ano do ensino fundamental do CMF (tabela 10) serão os
seguintes:
83
Tabela 10 – Descritores de matemática do sexto ano do ensino fundamental do
CMF
Fonte: PED, CMF, 2016
7° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL:
Competências (C) e Habilidades (H): As competências e habilidades (tabela 11) a
serem aplicadas no sétimo ano do ensino fundamental, oriundas do PSD de
matemática do sétimo ano do ensino fundamental, sugeridas pelo autor são:
Tabela 11 – Trecho do PSD de matemática do sétimo ano do ensino fundamental
Fonte: PSD, DEPA, 2014
84
Descritores: Os descritores a serem alcançados, estabelecidos pelo PED de
matemática do sétimo ano do ensino fundamental do CMF (tabela 12) serão os
seguintes:
Tabela 12 – Descritores de matemática do sétimo ano do ensino fundamental do
CMF
Fonte: PED, CMF, 2016
8° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL:
Competências (C) e Habilidades (H): As competências e habilidades (tabela 13) a
serem aplicadas no oitavo ano do ensino fundamental, oriundas do PSD de
matemática do oitavo ano do ensino fundamental, sugeridas pelo autor são:
85
Tabela 13 – Trecho do PSD de matemática do oitavo ano do ensino fundamental
Fonte: PSD, DEPA, 2014
Descritores: Os descritores a serem alcançados, estabelecidos pelo PED de
matemática do oitavo ano do ensino fundamental do CMF (tabelas 14 a 16) serão os
seguintes:
Tabela 14 – Descritores de matemática do oitavo ano do ensino fundamental do
CMF
Fonte: PED, CMF, 2016
86
Tabela 15 – Descritores de matemática do oitavo ano do ensino fundamental do
CMF(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
Tabela 16 – Descritores de matemática do oitavo ano do ensino fundamental do
CMF(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
87
9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Competências (C) e Habilidades (H): As competências e habilidades (tabela 17) a
serem aplicadas no nono ano do ensino fundamental, oriundas do PSD de
matemática do nono ano do ensino fundamental, sugeridas pelo autor são:
Tabela 17 – Trecho do PSD de matemática do nono ano do ensino fundamental
Fonte: PSD, DEPA, 2014
Descritores: Os descritores a serem alcançados, estabelecidos pelo PED de
matemática do nono ano do ensino fundamental do CMF (tabelas 18 e 19) serão os
seguintes:
88
Tabela 18 – Descritores de matemática do nono ano do ensino médio do CMF
Fonte: PED, CMF, 2016
Tabela 19 – Descritores de matemática do nono ano do ensino médio do CMF
(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
89
1° ANO DO ENSINO MÉDIO
Competências (C) e Habilidades (H): As competências e habilidades (tabelas 20 e
21) a serem aplicadas no primeiro ano do ensino médio, oriundas do PSD de
matemática do primeiro ano do ensino médio, sugeridas pelo autor são:
Tabela 20 – Trecho do PSD de matemática do primeiro ano do ensino médio
Fonte: PSD, DEPA, 2014 Tabela 21 – Trecho do PSD de matemática do primeiro ano do ensino médio
(continuação)
Fonte: PSD, DEPA, 2014
90
Descritores: Os descritores a serem alcançados, estabelecidos pelo PED de
matemática do primeiro ano do ensino médio do CMF (tabelas 22 a 24) serão os
seguintes:
Tabela 22 – Descritores de matemática do primeiro ano do ensino médio do CMF
Fonte: PED, CMF, 2016
Tabela 23 – Descritores de matemática do primeiro ano do ensino médio do CMF
(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
91
Tabela 24 – Descritores de matemática do primeiro ano do ensino médio do CMF
(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
2° ANO DO ENSINO MÉDIO
Competências (C) e Habilidades (H): As competências e habilidades (tabela 25) a
serem aplicadas no segundo ano do ensino médio, oriundas do PSD de matemática
do segundo ano do ensino médio, sugeridas pelo autor são:
92
Tabela 25 – Trecho do PSD de matemática do segundo ano do ensino médio
Fonte: PSD, DEPA, 2014
Descritores: Os descritores a serem alcançados, estabelecidos pelo PED de
matemática do segundo ano do ensino médio do CMF (tabelas 26 a 30) serão os
seguintes:
93
Tabela 26 – Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio do CMF
Fonte: PED, CMF, 2016
Tabela 27 - Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio do CMF
(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
94
Tabela 28 - Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio do CMF
(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
Tabela 29 - Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio do CMF
(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
95
Tabela 30 - Descritores de matemática do segundo ano do ensino médio do CMF
(continuação)
Fonte: PED, CMF, 2016
3° ANO DO ENSINO MÉDIO
Competências (C) e Habilidades (H): As competências e habilidades (tabela 31) a
serem aplicadas no terceiro ano do ensino médio, oriundas do PSD de matemática
do terceiro ano do ensino médio, sugeridas pelo autor são:
Tabela 31 – Trecho do PSD de matemática do terceiro ano do ensino médio
Fonte: PSD, DEPA, 2014
96
Descritores: Os descritores a serem alcançados, estabelecidos pelo PED de
matemática do terceiro ano do ensino médio do CMF (tabela 32) serão os seguintes:
Tabela 32 - Descritores de matemática do terceiro ano do ensino médio
Fonte: PED, CMF, 2016
97
APÊNDICE C – BARRA DE FERRAMENTAS DO GEOGEBRA
Figura 45 – Barra de ferramentas
Fonte: elaborada pelo autor
A barra possui doze ferramentas (figura 49) e cada uma delas possui
suas respectivas opções de uso (figuras 50 a 55).
Figura 46 – Colunas 1 e 2 da Barra de ferramentas
Fonte: elaborada pelo autor
98
Figura 47 - Colunas 3 e 4 da Barra de ferramentas
Fonte: elaborada pelo autor
99
Figura 48 – Colunas 5 e 6 da barra de ferramentas
Fonte: elaborada pelo autor
Figura 49 – Colunas 7 e 8 da barra de ferramentas
Fonte: elaborada pelo autor
100
Figura 50 – Colunas 9 e 10 da barra de ferramentas
Fonte: elaborada pelo autor
Figura 51 – Colunas 11 e 12 da barra de ferramentas
Fonte: elaborada pelo autor
101
Cada ferramenta da barra e suas opções, possuem uma descrição de
como utilizá-las, quando o cursor do mouse/touchpad passa por sobre elas (figura
56).
Figura 52 – Descrição da ferramenta reta perpendicular
Fonte: elaborada pelo autor
O manuseio do programa Geogebra é intuitivo, simples de aprender e
todo em língua portuguesa, o que facilita o discente de praticar sem a presença do
professor, motivando-os a se aperfeiçoar nos diversos assuntos no campo da
matemática.
102
APÊNDICE D – AVALIAÇÃO APLICADA AOS ALUNOS
COLÉGIO MILITAR DE FORTALEZA
3ª VI DE MATEMÁTICA DO 1º BIMESTRE
NOME:
TURMA:
1ª QUESTÃO. Em cada caso, analise através de
construção com régua e compasso, se é possível
construir um triângulo com as medidas dos lados
indicadas. Justifique cada construção.
a) 6, 10 e 18
Justifique:
_______________________________________
_______________________________________
b) 3, 10 e 7
Justifique:
_______________________________________
_______________________________________
c) 8, 4 e 6
Justifique:
_______________________________________
_______________________________________
d) 3, 4 e 5
Justifique:
_______________________________________
_______________________________________
2ª QUESTÃO. Um triângulo possui dois lados
que medem 11 cm e 6 cm. Quais são as medidas
possíveis para o terceiro lado desse triângulo?
Justifique.
3ª QUESTÃO. Construa um triângulo qualquer e
localize o seu:
a) baricentro
c) circuncentro
d) incentro
4ª QUESTÃO. De um triângulo ABC, conhecemos
as posições dos vértices B e C e do baricentro G.
Encontre o vértice A e construa o triângulo ABC.