cap iv diretrizes saa versao 00

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CAPÍTULO IV - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESTUDO DE CONCEPÇÃO E PROJETO BÁSICO SANEAMENTO DE GOIÁS S.A. - SANEAGO DIRETORIA DE ENGENHARIA SUPERINTENDENCIA DE ESTUDOS E PROJETOS GERENCIA DE SANEAMENTO E HIDRÁULICA DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS E PROJETOS CAPITULO IV – SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - SAA ESTUDO DE CONCEPÇÃO E PROJETO BÁSICO (HIDRÁULICO CONSOLIDADO) fev/2013 VERSÃO 00 - 28_FEV_2013 G:\Edson\Diretrizes de projeto\CAP_IV_Diretrizes_SAA_versao_00.odt 1/39

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  • CAPTULO IV - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ESTUDO DE CONCEPO E PROJETO BSICO

    SANEAMENTO DE GOIS S.A. - SANEAGODIRETORIA DE ENGENHARIA

    SUPERINTENDENCIA DE ESTUDOS E PROJETOS

    GERENCIA DE SANEAMENTO E HIDRULICA

    DIRETRIZES PARA ELABORAO DE ESTUDOS E PROJETOS

    CAPITULO IV SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE GUA - SAA

    ESTUDO DE CONCEPO E PROJETO BSICO (HIDRULICO CONSOLIDADO)

    fev/2013

    VERSO 00 - 28_FEV_2013

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  • CAPTULO IV - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ESTUDO DE CONCEPO E PROJETO BSICO

    INDICE

    1 - APRESENTAO.................................................................................................................... 3

    2 - DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTUDO DE CONCEPO.................... 3

    2.1 Introduo....................................................................................................................... 3

    2.2 Componentes do Estudo de Concepo........................................................................ 4

    2.3 Abrangncia do Estudo de Concepo.......................................................................... 5

    2.3.1 Caracterizao da rea em estudo................................................................ 5

    2.3.2 Caracterizao dos sistemas de saneamento existentes.............................. 7

    2.3.3 Levantamento dos estudos e planos existentes............................................. 10

    2.3.4 Definio dos elementos para o Estudo de Concepo................................. 11

    2.3.5 Estudo de Mananciais para Abastecimento de gua..................................... 12

    2.3.6 Formulao e pr-dimensionamento das alternativas.................................... 13

    2.3.7 Estimativas de custos e estudo econmico das alternativas ..................... 15

    2.3.8 Anlise tcnica, econmica e ambiental e seleo da alternativa ............. 16

    2.3.9 Estimativa dos servios necessrios para a elaborao dos projetos ....... 18

    2.4 Insumos para elaborao do Estudo de Concepo...................................................... 18

    3 - DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO BSICO.................................. 19

    3.1 Introduo....................................................................................................................... 19

    3.2 Componentes do Projeto Bsico (Hidrulico Consolidado)............................................ 20

    3.3 Diretrizes para os projetos - por tipo de unidade............................................................ 22

    3.3.1 Unidades de captao em mananciais superficiais........................................ 22

    3.3.2 Unidades de captao em mananciais subterrneos..................................... 23

    3.3.3 Estaes elevatrias (de gua bruta ou tratada)............................................ 26

    3.3.4 Adutoras (de gua bruta ou tratada)............................................................... 27

    3.3.5 Estaes de tratamento de gua.................................................................... 29

    3.3.6 Reservatrios.................................................................................................. 32

    3.3.7 Redes de distribuio...................................................................................... 33

    3.4 Definies complementares da SANEGO para projetos de SAA's................................. 38

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  • CAPTULO IV - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ESTUDO DE CONCEPO E PROJETO BSICO

    1. APRESENTAO

    O presente documento constitui-se um conjunto de diretrizes bsicas pertinentes ao desenvolvimento de Estudo de Concepo e Projeto Bsico (Hidrulico Consolidado) de Sistemas de Abastecimento de gua, contemplando o conjunto de unidades constitutivas dos mesmos, a serem observadas nos contratos de prestao de servios firmados com a SANEAGO.

    O trabalho foi contextualizado para a situao de desenvolvimento de projeto de um sistema completo de abastecimento de gua, podendo, no entanto, ser aplicado, naquilo que couber, em casos de execuo de projetos de unidades parciais e/ou isoladas.

    Este conjunto de diretrizes visa disciplinar, orientar e padronizar os procedimentos de elaborao de projetos, buscando otimizao da qualidade exigida pela SANEAGO; no devendo, entretanto, ser entendido como limitador ao emprego de novas tecnologias de processos e materiais e da necessria criatividade inerente engenharia.

    Todas as diretrizes aqui apresentadas esto em conformidade com as Normas Tcnicas da ABNT e da SANEAGO, aplicveis ao assunto.

    2 . DIRETRIZES PARA O ESTUDO DE CONCEPO

    2.1 Introduo

    O objetivo do presente captulo estabelecer as diretrizes e condies mnimas a serem observadas para a elaborao de Estudos de Concepo de Sistemas Pblicos de Abastecimento de gua, com amplitude suficiente para o desenvolvimento posterior do projeto bsico (hidrulico consolidado) de todas ou qualquer das partes constituintes do sistema em estudo.

    Para o desenvolvimento dos trabalhos relativos a elaborao de estudos de concepo se aplicam, em suas verses mais recentes, as seguintes Normas Tcnicas da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas, em vigor:

    NBR 12211/92 Estudos de Concepo de Sistemas Pblicos de Abastecimento de gua,

    NBR 12212/92 Projeto de Poo para Captao de gua Subterrnea,

    NBR 12213/92 Projeto de Captao de Superfcie para Abastecimento Pblico,

    NBR 12214/92 Projeto de Sistema de Bombeamento de gua para Abastecimento Pblico,

    NBR 12215/92 Projeto de Adutora de gua para Abastecimento Pblico,

    NBR 12216/92 Projeto de Estao de Tratamento de gua para Abastecimento Pblico,

    NBR 12217/92 Projeto de Reservatrio de Distribuio de gua para Abastecimento Pblico, e

    NBR 12218/92 Projeto de Rede de Distribuio de gua para Abastecimento Pblico.

    Tambm deve ser considerada toda a legislao aplicvel em mbito federal, estadual e municipal, referentes aos principais aspectos legais intervenientes nos estudos em anlise,

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    inclusive os da rea ambiental.

    2.2 Componentes do Estudo de Concepo

    Entende-se Estudo de Concepo de Sistema de Abastecimento de gua como sendo o estudo de arranjos, sob o ponto de vista qualitativo e quantitativo, das diferentes partes de um sistema, organizados de modo a formar um todo integrado, para a escolha da melhor concepo do ponto de vista tcnico, econmico, e ambiental.

    O Estudo de Concepo, quando se tratar de ampliao e/ou melhorias de sistemas, envolvendo a introduo de novos equipamentos e/ou unidades, dever analisar a viabilidade das modificaes propostas, bem como as influncias dessas modificaes nas demais unidades integrantes do sistema.

    A empresa contratada para execuo dos trabalhos dever analisar os dados disponveis e providenciar os dados complementares necessrios ao estudo, tais como os levantamentos topogrficos, geotcnicos e cadastramentos, com base na avaliao da SANEAGO e de forma a obter os insumos indispensveis ao nvel de detalhamento pretendido.

    Para a elaborao do estudo de concepo do sistema de abastecimento de gua devem ser desenvolvidos, no mnimo, os seguintes itens:

    a) Coleta, anlise e apresentao dos dados a serem utilizados na elaborao do projeto;

    b) Delimitao das reas de projeto, urbana atual e futura, incluindo as reas previstas para expanso de novos loteamentos, conforme diretrizes da Prefeitura Municipal;

    c) Caracterizao da rea de estudo (meio fsico, uso e ocupao do solo, dispositivos de infraestrutura urbana, aspectos sociais e econmicos);

    d) Caracterizao dos sistemas de saneamento existentes (drenagem urbana, coleta e disposio de resduos slidos, sistemas de abastecimento de gua e de esgotamento sanitrio);

    e) Diagnstico completo de todas as unidades do sistema de abastecimento de gua existente, com apresentao do nvel de atendimento, componentes, caractersticas, condies de funcionamento e estado de conservao das unidades, clculos de verificao de suas capacidades e condies de otimizao, bem como avaliao detalhada das condies de reaproveitamento das estruturas, edificaes e instalaes/equipamentos existentes, definindo as diretrizes das melhorias tcnicas e ambientais requeridas para o aproveitamento da unidade, com apresentao de planta geral de todas as unidades do sistema;

    f) Levantamento dos planos de ocupao urbana e industrial, estudos e projetos existentes para a cidade, que possam influir na concepo do sistema em estudo;

    g) Determinao dos elementos para o estudo de concepo, compreendendo a definio dos parmetros e critrios de projeto, do estudo populacional para o horizonte de projeto, das densidades de ocupao atual e futura para rea definida e das estimativas de vazes, com sua distribuio espacial;

    h) Apresentao detalhada do estudo populacional e demogrfico, incluindo grficos, taxas, frmulas, consideraes e quadro resumo das populaes previstas, ano a ano, cobrindo todo o perodo de abrangncia do projeto (20 anos);

    i) Estudo das demandas de gua, a partir de dados da SANEAGO, para a definio do coeficiente de consumo per capita a ser utilizado no projeto;

    j) No que couber, apresentao detalhada do balano hdrico proposto para as unidades do Sistema de Abastecimento de gua;

    k) Definio dos critrios e parmetros de projetos junto Superintendncia de Estudos e Projetos (SUESP) da SANEAGO;

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    l) Fixao do alcance de projeto (anos de incio e final de plano) e das etapas de implantao propostas para o sistema;

    m) Estudo da disponibilidade de recursos hdricos e seleo dos mananciais passveis de utilizao (superficiais e subterrneos);

    n) Formulao das alternativas de pr-dimensionamento de suas unidades constitutivas, com apresentao de peas grficas (planta geral, desenhos, esquemas, croquis, etc) que caracterizem o detalhamento proposto para as diversas unidades (captaes, elevatrias, adutoras, estaes de tratamento, reservatrios e rede de distribuio), com o nvel de detalhamento necessrio adequada avaliao econmico-financeira das alternativas de projeto;

    o) Elaborao das estimativas de custos das obras, desapropriao e extenso de energia eltrica, incluindo metodologia e memria de clculo de quantitativos; e cotejo econmico das alternativas propostas com base na estimativa dos custos de implantao e operao convertidos a valor presente;

    p) Avaliao tcnica, econmica e ambiental das alternativas propostas, com seleo e justificativa da alternativa escolhida;

    q) Apresentao do relatrio final, compreendendo o memorial descritivo e de clculo, com todos os clculos de pr-dimensionamento e elementos grficos que tenham sido elaborados para obteno das definies do estudo de concepo, em todas as suas fases;

    r) Apresentao no relatrio final das estimativas de custos e dos estudos econmicos, com anexao dos diversos documentos utilizados com subsdios para os estudos;

    s) Apresentao de um resumo do estudo de concepo, em texto conciso, juntamente com as peas grficas principais relativas visualizao do sistema proposto, e constando ainda de um cronograma fsico-financeiro de execuo das obras;

    t) A estimativa complementar dos servios necessrios para a elaborao do projeto de engenharia, compreendendo o planejamento dos servios com a estimativa dos quantitativos e custos dos mesmos, e apresentao de cronograma fsico de desenvolvimento das atividades.

    u) O servio compreende, ainda, a participao da equipe tcnica em reunies de concepo, anlise e aprovao do estudo, em suas diversas etapas; alm de eventual preenchimento de formulrios para apresentao aos agentes financeiros e de fornecimento de todas as demais informaes complementares e correes solicitadas pela SANEAGO.

    2.3 Abrangncia do Estudo de Concepo

    2.3.1 Caracterizao da rea em Estudo

    a) Quanto ao meio fsico

    Localizao:

    - indicar a micro regio a que pertence e dados de latitude e longitude, com apresentao de planta da localidade dentro do Estado.

    Acessos:

    - apresentar as principais estradas de rodagem e ferrovias e informaes sobre outras formas de acesso disponveis (navegao area ou fluvial, etc).

    Clima:

    - caracterizar o tipo de clima da regio e fatores especiais que possam influenci-lo, com apresentao de temperaturas mnimas, mdias e mximas, precipitaes mdias anuais,

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    precipitaes intensas e de estiagens com respectivos perodos de ocorrncia, direo predominante dos ventos, etc;

    Relevo e topografia:

    - descrever as caractersticas do relevo local, com nfase para os acidentes principais, faixa de altitudes verificadas, cursos dgua e suas cotas de inundao, entre outros,

    - citar os levantamentos topogrficos existentes e disponibilizados para os estudos e sua possibilidade de utilizao, bem como os levantamentos complementares executados na fase de Estudo de Concepo.

    Vegetao:

    - descrever as caractersticas principais da vegetao com destaque particularizado para a cobertura vegetal das reas de interesse do sistema em estudo.

    Geologia/Pedologia:

    - descrever as caractersticas geolgicas locais, em particular aquelas que possam influir na concepo do sistema em estudo,

    - citar os levantamentos geotcnicos existentes e disponibilizados para os estudos e sua possibilidade de utilizao, bem como os levantamentos complementares executados na fase de Estudo de Concepo;

    - apresentar as caractersticas do solo local, quando disponveis, a exemplo de classificao textural e granulomtrica, nveis do lenol fretico, caractersticas de infiltrao e resistncia, entre outras;

    - fazer avaliao das caractersticas geolgicas das reas de interesse para o sistema, com abordagem particular das condies de implantao das unidades propostas.

    Hidrografia:

    - descrever as principais bacias hidrogrficas nas quais se insere a rea em estudo e os cursos dgua locais com potencial para aproveitamento como manancial supridor do sistema de gua e como receptor dos efluentes de unidades de tratamento;

    - apresentar as reas de drenagem das bacias nos pontos de interesse, com respectivas vazes mnimas (Q 7.10 = vazo mnima de sete dias de durao e dez anos de recorrncia),

    - apresentar enquadramento dos cursos dgua cogitados como mananciais ou corpos receptores de efluentes, com caracterizao dos nveis de tratamento indicados para a ETA e unidade gerenciadora de lodo.

    b) Quanto ao uso e ocupao do solo

    Caractersticas urbanas:

    - descrever as caractersticas urbanas, com destaque para as tendncias de ocupao urbana e industrial, com caracterizao das densidades demogrficas atuais das partes da cidade com caractersticas diferentes,

    - apresentar dados relativos a loteamentos aprovados pela Prefeitura, incremento de novas construes nos ltimos anos, logradouros pavimentados ou com plano de pavimentao e respectivas indicaes do tipo de pavimento, etc.

    Planos diretores ou urbansticos:

    - levantar os planos diretores ou urbansticos, as leis de uso de ocupao do solo e os planos de implantao de obras pblicas, se existentes, com avaliao de seus pontos principais de interesse e do grau de obedincia que vem recebendo, alm de suas implicaes no Estudo de Concepo;

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    Identificao de reas protegidas ambientalmente ou com restries a ocupao:

    - caracterizar as reas protegidas ambientalmente (reas de preservao permanente APPs) ou com restries ocupao, abrangendo em particular as reas de interesse para a implantao de unidades do sistema em estudo.

    c) Quanto infra-estrutura urbana

    Energia eltrica:

    - indicar a empresa concessionria dos servios e caractersticas do sistema existente (tenso, frequncia, nmero de ligaes por tipo de consumidor, sistema tarifrio, etc), bem como informaes sobre as disponibilidades de atendimento para as demandas requeridas no sistema de gua;

    Sistemas de comunicao:

    - citar meios de comunicao disponveis e respectivas empresas concessionrias, com verificao particular da possibilidade de linhas privadas para telemetria/telecomando.

    d) Quanto aos aspectos sociais e econmicos

    Populao:

    - pesquisar dados populacionais disponveis da cidade e do municpio, e sua distribuio espacial na rea urbana e potenciais reas de expanso, com abordagem da ocorrncia, quando significativa, de populao flutuante.

    Atividades econmicas:

    - levantar ocorrncia de unidades comerciais e industriais significativas na rea de abrangncia do estudo,

    - apresentar levantamento e localizao das unidades industriais potencialmente consumidoras de gua e avaliao das demandas requeridas, a partir de pesquisa local.

    Mercado de trabalho e mo de obra disponvel:

    - caracterizar a disponibilidade local do mercado de trabalho e da mo de obra disponvel, em termos de empresas prestadoras de servios na rea de engenharia, geotecnia, topografia, etc.

    Materiais de construo:

    - caracterizar a disponibilidade local de materiais de construo, com enfoque para aqueles requeridos pelo tipo e porte das obras futuras,

    Indicadores scio-econmicos:

    - apresentar alguns indicadores scio-econmicos da cidade, abrangendo, entre outros, ndice de desenvolvimento humano (IDH), distribuio de renda, ndice de mortalidade infantil, bitos por doenas infecciosas e parasitrias (IBGE), etc.

    Observao: Eventualmente, a critrio da SANEAGO, podero ser dispensados de apresentao no relatrio do Estudo de Concepo os dados relativos a acessos, comunicao, mercado de trabalho e materiais.

    2.3.2 Caracterizao dos sistemas de saneamento existentes

    a) Sistema de Drenagem Urbana:

    apresentar descrio sucinta do sistema de drenagem urbana existente, ou em projeto, com caracterizao dos dispositivos que possam influir na concepo do sistema em estudo, com anexao de planta com indicao das redes e estruturas principais.

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    b)Sistema de Coleta e Disposio de Resduos Slidos:

    descrever o sistema existente de coleta e disposio de resduos slidos, com indicao do responsvel pela gesto do sistema, da frequncia e tipo de coleta, tipo de transporte e disposio final, com anexao de mapa de localizao das reas de disposio em utilizao e suas situaes face ao licenciamento ambiental (se licenciado ou no).

    c) Sistema de Esgotamento Sanitrio:

    descrever sumariamente o sistema existente, citando as principais caractersticas de suas unidades constitutivas (rede coletora, interceptores, elevatrias e linhas de recalque, unidades de tratamento, emissrios, etc),

    apresentar planta geral do sistema, com localizao das unidades e pontos de lanamento de esgotos, e indicao das reas atendidas e expanses previstas,

    apresentar dados gerenciais do sistema, englobando populao atendida, nmero de ligaes, ndice de atendimento, vazes coletada e tratada, entre outros.

    d) Sistema de Abastecimento de gua

    Levantamento e descrio do sistema existente:

    Neste item deve ser apresentada, com base na avaliao dos estudos e projetos existentes e em levantamento de campo, uma visualizao completa do sistema existente, com apresentao de planta geral e descrio de todas as suas unidades constitutivas, envolvendo:

    Manancial utilizado, Captaes, incluindo seus dispositivos acessrios (caixas de areia, etc), Elevatrias e adutoras de gua bruta, Estaes de tratamento de gua, Elevatrias e adutoras de gua tratada, Reservatrios, Rede de distribuio, e Ligaes prediais.

    Para cada uma destas unidades devero ser levantadas e descritas as suas caractersticas principais, tais como: tipo, processo, equipamentos, capacidades, taxas de projeto, materiais, dimetros, potncias, etc.

    As descries das diversas unidades devem ser acompanhadas de desenhos de cadastro e/ou croquis que ilustrem de forma clara a sua configurao, e sejam insumos indispensveis para os estudos de avaliao e aproveitamento das mesmas.

    Nesta fase devero ser executados os cadastramentos necessrios das unidades, com abrangncia tal que permita a avaliao das unidades existentes, a identificao das melhorias requeridas e o arranjo das intervenes propostas, alm de constituir-se insumo suficiente para o detalhamento do futuro projeto.

    De forma geral, as descries devem apresentar informaes sobre o suprimento de energia eltrica das unidades, caracterizando o sistema de alimentao (subestao ou padro de entrada), tenses de fornecimento, dados dos equipamentos da SE, quadros de comando e dispositivos de partida dos motores, sistema tarifrio vigente, etc.

    O levantamento e a descrio do sistema existente devem abranger as condies de planejamento, de operao e de manuteno das diversas unidades, bem como os seus estados de conservao e as suas condies de aproveitamento futuro na concepo do novo sistema, conforme roteiro bsico a seguir:

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    Mananciais:

    - descrever o tipo, a classe e as caractersticas principais de cada manancial, com caracterizao das condies sanitrias e ambientais de cada um deles e respectivas bacias,

    - apresentar informaes relativas s vazes e nveis mximos e mnimos, condies extremas de estiagem e de enchentes, qualidade da gua, etc.

    Captaes:

    - descrever, para cada captao, o tipo e suas caractersticas cadastrais, abrangendo inclusive todos os seus componentes acessrios,

    - apresentar informaes relativas ao controle operacional de cada unidade, a exemplo de nveis mnimo e mximo, situao da outorga, vazes captadas, problemas operacionais, etc.

    - apresentar informaes relativas as condies ambientais da unidade, a exemplo de estado de conservao e condies da mata ciliar, cobertura vegetal no entorno, estruturas e interferncias em reas de preservao permanente, existncia de unidades de conservao prximas, etc.

    Elevatrias, inclusive linhas de recalque (adutoras):

    - descrever, para cada elevatria e respectiva linha de recalque (aduo), o tipo e suas caractersticas cadastrais, incluindo a de seus acessrios,

    - apresentar informaes relativas ao controle operacional de cada unidade, englobando: vazes e presses verificadas na operao isolada e em conjunto das bombas, nveis nos poos de suco, tempos de funcionamento, condies de NPSH, dispositivos de proteo anti-golpe de arete, etc.,

    - anexar as curvas caractersticas das bombas existentes e catlogos de eventuais equipamentos especiais existentes, de interesse para os estudos, a exemplo de vlvulas de controle, dispositivos de proteo, etc.

    Adutoras:

    - descrever, para cada unidade, o tipo e suas caractersticas principais, incluindo-se todos os seus componentes acessrios,

    - apresentar resumo das caractersticas de cada unidade abrangendo: destinao, cotas do ponto inicial e final, tubulaes utilizadas com material, dimetro, tipo de junta, extenso, local de lanamento (passeio ou rua), estado de conservao, etc,

    - apresentar informaes sobre os rgos acessrios do sistema de aduo, em particular quanto existncia de dispositivos de proteo anti-golpe, vlvulas de controle, etc.

    Unidades de tratamento:

    - descrever, para cada unidade, o tipo e as caractersticas cadastrais, abrangendo todas as suas unidades constituintes, a exemplo da ETA, Casa de Qumica, tanque de contato, UTR, etc.,

    - apresentar parmetros operacionais de interesse, tais como: velocidades, tempos de deteno, taxas de operao, perfil hidrulico, etc

    - caracterizar os produtos utilizados no tratamento, com descrio de seus sistemas de armazenagem, preparo e dosagem,

    - apresentar informaes relativas ao controle operacional: vazes e tempo de operao diria, eficincia alcanada, dosagens de produtos qumicos, condies de lavagem das unidades, etc

    - apresentar informaes complementares sobre o sistema de esgotamento da unidade (local e situao do lanamento, caractersticas da rede, etc) e sobre o manejo dos resduos slidos, abrangendo sua caracterizao qualitativa e quantitativa, condicionamento e destinao final e

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    situao ambiental,

    Reservatrios:

    - descrever, para cada reservatrio, o tipo e suas caractersticas cadastrais, abrangendo inclusive todos os seus acessrios,

    - apresentar informaes relativas ao controle operacional de cada unidade, abrangendo nveis mximo e mnimo, rea de influncia, sistema de automatizao e intertravamento com outras unidades, dispositivos especiais existentes, etc

    Redes de distribuio e subadutoras:

    - descrever o zoneamento e a setorizao altimtrica da rede de distribuio, caracterizando para as diversas reas os reservatrios utilizados, as presses de atendimento, etc.,

    - descrever as caractersticas cadastrais da rede de distribuio, apresentando quadro resumo de tubulaes utilizadas com suas respectivas caractersticas: material, dimetro, tipo de junta, extenso, local de lanamento (passeio ou rua), estado de conservao, etc.

    - apresentar planta da rede de distribuio em escala adequada com indicao de todas as tubulaes e de seus aparelhos principais, incluindo-se todas as demais unidades do sistema (reservatrios, elevatrias, subadutoras, booster, etc)

    - apresentar demais informaes relativas ao controle operacional da unidade, abrangendo situaes de manobra verificadas, medies de vazo, disponibilidade dos servios de manuteno, etc.

    Ligaes Prediais:

    - indicar o nmero de ligaes prediais, por tipo e porte de consumidor, bem como a existncia de padronizao das mesmas.

    Diagnstico do sistema existente:

    Em sequncia, deve ser feito um diagnstico completo das unidades do sistema, atravs de clculos de verificao de suas capacidades e condies de otimizao, abordando inclusive os aspectos de conservao, desempenho, dificuldades operacionais e a situao ambiental de suas instalaes.

    Para cada unidade, em particular, o diagnstico deve visar uma avaliao detalhada das condies de reaproveitamento das estruturas, edificaes e instalaes/equipamentos existentes, definindo as diretrizes das melhorias tcnicas e ambientais requeridas para o aproveitamento da unidade.

    A recomendao para abandono de unidades do sistema existente deve ser devidamente justificada, em termos tcnicos e econmicos, bem como submetida aprovao prvia da SANEAGO.

    O diagnstico do sistema existente deve abranger ainda avaliaes, devidamente justificadas, sobre os seguintes itens:

    - Qualidade da gua bruta e tratada, - Nvel de atendimento: reas e populaes atendidas, - Regularidade do abastecimento, - Nmero de ligaes, vazes produzidas, consumo per capita, ndices de perdas no sistema, etc - Manejo dos lodos e demais resduos gerados nas unidades de tratamento.

    2.3.3 Levantamento dos Estudos e Planos Existentes

    Apresentar identificao e anlise crtica, quando cabvel, de todos os estudos, projetos e planos

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    existentes que interfiram com o estudo de concepo do sistema, tendo em vista embasar os parmetros, critrios e definies para montagem das alternativas a serem propostas.

    Prioritariamente devem ser enfocados todos os estudos e projetos relativos ao sistema de gua e, em particular, a existncia de Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano da Cidade, de Lei de Uso e Ocupao do Solo e de Planos Diretores Especficos de Comit da Bacia Hidrogrfica Local.

    2.3.4 Definio dos Elementos para o Estudo de Concepo

    a) Estudo Populacional

    elaborar o estudo populacional, ano a ano, para um horizonte mnimo de 20 (vinte) anos, mediante a aplicao de modelos matemticos consistidos para a extrapolao das tendncias de crescimento no horizonte desejado, baseando-se no maior nmero de elementos disponveis, tais como:

    - Censos demogrficos oficiais do IBGE, - Avaliao de estudos demogrficos existentes, - Contagem direta de edificaes, - Evoluo de ndices relativos a: nmero de habitaes cadastradas na Prefeitura, evoluo de consumidores de servios (energia eltrica, gua, etc) - Indicadores comerciais da SANEAGO (mapas de setores e rotas e boletins de leitura).

    considerar, quando necessrio, no estudo populacional a existncia de populao flutuante ou temporria, processando-se a sua avaliao e evoluo ano a ano,

    apresentar o estudo populacional proposto SANEAGO, antes do prosseguimento e concluso do Estudo de Concepo, com descrio e fundamentao dos dados e critrios utilizados em sua elaborao, com a devida justificativa da projeo estabelecida.

    b) Delimitao da rea de Projeto

    delimitar a rea de projeto considerando a rea urbana atual e futura, a partir das diretrizes da Prefeitura Municipal e com base nos planos diretores ou urbansticos disponveis,

    apresentar para a rea de projeto um descritivo das caractersticas atuais e tendncias futuras de ocupao, com definio das zonas segundo a natureza de sua ocupao (residencial, comercial, industrial), compatveis com a regulao urbana (Lei de uso e ocupao do solo, etc.).

    setorizar a rea de projeto, por zona homognea e/ou setores de abastecimento, e definir o padro de ocupao atual e futuro de cada uma das reas, bem como suas densidades demogrficas em datas notveis de projeto, atendendo s diretrizes dos planos diretores ou regulaes urbansticas disponveis,

    para as reas predominantemente comerciais ou industriais caracterizar a distribuio dos consumidores, com base nos levantamentos e pesquisas locais executadas para estes tipos de consumidores.

    c) Definio dos Parmetros e Critrios de Projeto

    definir os parmetros e critrios de projeto para o clculo das demandas, ano a ano, devidamente fundamentados e justificados, abrangendo:

    - ndice de atendimento, - Cota per capita de gua, - Coeficientes de variao de vazo (k1 e K2),- ndice de perdas fsicas atual e futuro,

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    - Demandas industriais.

    O bservao:

    A definio da cota per capita a ser utilizada dever basear-se nos relatrios da SANEAGO, quando disponveis; podendo ainda, nos casos devidos, serem avaliados de forma setorial a partir dos mapas de setores e rotas e boletins de leitura dados comerciais. Nos casos em que no se dispuser de tais informaes, a definio da cota per capita dever basear-se em indicaes bibliogrficas, em dados de outras cidades de caractersticas semelhantes, etc.

    definir o alcance do estudo das alternativas, buscando o melhor aproveitamento do sistema existente e proposto, adotando-se dois critrios bsicos:

    - em todos os casos estabelecer alternativas com alcance de 22 a 23 anos, sendo os 2 ou 3 primeiros anos destinados elaborao dos estudos, projetos e obras,

    - nos casos de aproveitamento de unidades existentes devero ser ainda estudados alcances intermedirios (a princpio, no inferiores a 12 ou 13 anos e a serem confirmados pela SANEAGO, caso a caso) determinados pelas condies de otimizao destas mesmas unidades.

    definir todos os demais critrios de projeto necessrios ao estudo, abrangendo entre outros: tempo de funcionamento do sistema, enquadramento na tarifao horo-sazonal, percentual de reservao, etc.

    d) Clculo das Demandas

    apresentar o clculo final das demandas mdias, mximas dirias e horrias, ano a ano, por setor de abastecimento e sazonalidade, separadas segundo o tipo de consumidor, quando for o caso.

    2.3.5 Estudo de Mananciais para Abastecimento de gua

    O estudo de mananciais para o suprimento de gua ser feito, em todos os casos, cabendo ao projetista as orientaes abaixo, alm do disposto nas diretrizes do captulo III:

    a) Mananciais Superficiais

    Os estudos de mananciais superficiais devem contemplar, entre outros, os seguintes aspectos:

    estudos hidrolgicos dos mananciais, nos pontos de interesse,

    caracterizao sanitria e ambiental da bacia considerando suas condies de utilizao (disponibilidades e usos dos recursos hdricos na rea de interesse), condies de proteo, tendncias de ocupao, impactos decorrentes e possveis conflitos decorrentes do uso da gua, etc.

    compatibilizao da utilizao do manancial com diretrizes estabelecidas por Planos Diretores da Bacia Hidrogrfica,

    avaliao das reas de interesse para as unidades de captao, do ponto de vista tcnico e ambiental, com sua caracterizao e estudo de alternativas locacionais devidamente justificadas,

    tratabilidade das guas do manancial e definio dos processos de tratamento que possam ser empregados, a partir de anlises fsico-qumicas e bacteriolgicas das guas, e de anlises toxicolgicas quando julgadas procedentes pela situao local.

    b) Mananciais Subterrneos

    Os estudos de mananciais subterrneos devem contemplar, entre outros, os seguintes aspectos:

    histrico do aproveitamento dos recursos hdricos na rea e levantamento cadastral dos Poos

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    Tubulares Profundos existentes, estudo e avaliao das condies hidrogeolgicas da regio, com caracterizao ambiental da bacia de contribuio e de recarga, uso e ocupao do solo e tendncias futuras ou outros tipos de interferncias que possam afetar a qualidade e quantidade das guas dos mananciais, avaliao das reas de localizao dos Poos Tubulares Profundos, do ponto de vista tcnico e ambiental, com sua caracterizao e estudo de alternativas locacionais devidamente justificadas, compatibilizao da utilizao do manancial com diretrizes estabelecidas por Planos Diretores da Bacia Hidrogrfica, tratabilidade das guas do manancial e definio dos processos de tratamento que possam ser empregados, a partir de anlises fsico-qumicas e bacteriolgicas das guas.

    No caso especfico de sistemas com utilizao de manancial subterrneo o Estudo de Concepo somente ser elaborado aps a prvia perfurao e testes de Poos Tubulares Profundos profundos pela SANEAGO.

    c) Seleo dos Mananciais Passveis de Utilizao

    A partir destes elementos, dever ser processada a seleo dos mananciais passveis de utilizao, acompanhada de uma anlise preliminar dos principais aspectos tcnicos, econmicos e ambientais envolvidos em cada caso.

    Esta seleo objetivar subsidiar a formulao e apresentao das alternativas de produo factveis para o sistema em estudo, com abordagem de suas vantagens e desvantagens, devidamente justificadas, e a hierarquizao das mesmas, segundo os principais condicionantes considerados.

    2.3.6 Formulao e Pr dimensionamento das Alternativas

    a) Formulao das Alternativas

    A partir dos diagnsticos e demais estudos anteriores dever ser feita a formulao final das alternativas a serem estudadas, com a descrio de todas as unidades componentes do sistema com enfoque dos aspectos locacionais, tecnolgicos e operacionais.

    Nas alternativas formuladas devem ser contempladas as situaes de aproveitamento total ou parcial de unidades/sistemas eventualmente existentes, baseando-se, quando aplicvel, em estudos de otimizao de suas capacidades e condies operacionais.

    Na formulao das alternativas dever ser considerada, quando adequado, a etapalizao de sua implantao, prevendo-se a modulao de unidades de maior porte (elevatrias, ETAs, etc) e o estagiamento de obras de ampliao sistemtica (redes de distribuio) para todo o perodo de projeto.

    b) Pr dimensionamento e Detalhamento das Alternativas

    Os pr-dimensionamentos e detalhamentos das alternativas propostas devem ser elaborados com base nas Normas Tcnicas da ABNT e da SANEAGO, aplicveis a cada caso, e serem apresentados com os respectivos memoriais descritivos e de clculo e os elementos grficos indispensveis ao seu perfeito entendimento.

    De forma geral, na apresentao dos pr-levantamento e detalhamentos das alternativas propostas e de suas unidades, a exemplo de captaes, elevatrias, ETAs, etc., devem ser abordados para cada caso, os seguintes aspectos:

    delimitao da rea requerida pela unidade, com identificao das reas para desapropriao e de eventuais restries institucionais, legais e ambientais para sua utilizao e avaliao das

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    solues necessrias, quando for o caso,

    identificao das condies de suprimento de energia eltrica e de telefonia, nas reas de interesse, caracterizando os casos que venham requerer investimentos para tais implantaes, e

    descrio sucinta da situao operacional proposta das diversas unidades, abrangendo os intertravamentos e automatismos considerados.

    Estes pr-dimensionamentos devem abordar, no mnimo, para cada tipo de unidade os seguintes itens:

    Captaes:

    - localizao e descrio, - caracterizao topogrfica, batimtrica e geotcnica das reas de captao, - pr-dimensionamento hidrulico da tomada dgua e unidades acessrias, com identificao do tipo, forma, dimenses, etc.

    Elevatrias :

    - localizao e descrio, - caracterizao topogrfica, batimtrica e geotcnica das reas de interesse, - escolha do tipo de conjunto elevatrio a ser utilizado e pr-dimensionamento dos mesmos, com desenvolvimento do arranjo hidrulico proposto, - arranjo locacional e arquitetnico da elevatria, com dimenses, etc.

    Adutoras e Linhas de Recalque:

    - avaliao de alternativas de traado e definio final do traado, - identificao de particularidades do traado escolhido, a exemplo de: travessias de rios, ferrovias e rodovias, faixas de servido/desapropriao, reas de proteo ambiental, interferncias com outras instalaes de servios, etc - caracterizao topogrfica e geotcnica na faixa do traado, - pr-dimensionamento hidrulico das tubulaes, peas e acessrios requeridos, com particular ateno para a avaliao dos transientes hidrulicos e definio dos sistemas de proteo requeridos.

    Estao de Tratamento de gua:

    - estudo de opes tcnicas (processos de tratamento, produtos qumicos a utilizar, sistemas de dosagem, etc) e de opes locacionais de todas as unidades integrantes, - caracterizao topogrfica e geotcnica das reas estudadas, - definio pela utilizao de unidades padres pr-fabricadas, com apresentao das informaes bsicas dos padres propostos de utilizao (catlogos, especificaes bsicas, parmetros de dimensionamento, etc), - pr-dimensionamento hidrulico das unidades da ETA (includa Casa Qumica, Unidade de Tratamento de Resduos UTR, tanque de contato e demais unidades constitutivas), e seu arranjo locacional.

    Reservatrios:

    - estudo de opes tcnicas e locacionais, identificando o tipo, capacidade e demais caractersticas de projeto, - caracterizao topogrfica e geotcnica das reas estudadas, - definio pela utilizao de unidades padres ou pr-fabricadas, com apresentao das informaes bsicas dos padres propostos de utilizao (catlogos, especificaes, etc).

    Redes de distribuio:

    - estudos de setorizao da rede de distribuio, com caracterizao das reas de

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    influncia dos reservatrios e das zonas de presso, - pr-dimensionamento hidrulico contemplando, no mnimo, as tubulaes principais, em modelo computacional (EPANET), envolvendo inclusive a avaliao do aproveitamento das redes existentes, com indicao de equipamentos especiais eventualmente propostos (vlvulas de controle, etc) - avaliao complementar da rede secundria, quando for o caso, por mtodos expeditos devidamente justificados que permitam a confirmao de atendimento dos pontos crticos (pontos altos, extremos da rede, etc) e a quantificao desta rede secundria em termos de dimetros e extenses, - identificao de particularidades do traado escolhido, a exemplo de: travessias de rios, ferrovias e rodovias, faixas de servido/desapropriao, reas de proteo ambiental, interferncias com outras instalaes de servios, etc.

    Ligaes Prediais:

    - definir sobre as possibilidades de aproveitamento das ligaes prediais existentes, se padronizadas ou no, - fazer estimativa do nmero de ligaes prediais requeridas de implantao imediata e no crescimento vegetativo.

    2.3.7 Estimativas de Custos e Estudo Econmico das Alternativas Propostas

    As estimativas de custos das alternativas propostas, desenvolvidas para fins de anlise econmica, devem contemplar os custos de implantao (obras, desapropriaes, extenses de redes eltricas, investimentos ambientais, etc) e os custos de operao, ano a ano (notadamente os gastos de energia eltrica e de produtos qumicos). As estimativas de custos das unidades devero, preferencialmente, ser elaboradas a partir do pr-dimensionamento / detalhamento das unidades do sistema, com separao dos itens relativos a servios e materiais/equipamentos, estes ltimos orados a partir de coleta de preos junto aos fornecedores. Em casos especiais, admitir-se- a utilizao de funes de custos de unidades, anlogas ao do sistema proposto e determinadas para as condies brasileiras, desde que indicada a fonte, a forma de obteno e comprovada a sua eficincia.A estimativa dos gastos de energia deve contemplar as perspectivas operacionais de cada sistema proposto, particularmente no que diz respeito ao enquadramento na tarifao horo-sazonal. A partir destas estimativas de custos de implantao e operao das diversas alternativas ser processado o estudo comparativo econmico entre as mesmas, admitindo-se as seguintes simplificaes:

    diferentes concepes de uma parte ou unidade do sistema podem ser comparadas economicamente em separado, e para a comparao econmica de alternativas ou de unidades no necessrio considerar as condies comuns a todas elas.

    Para o estudo econmico devem ser consideradas, a princpio, a ocorrncia de duas situaes relativas ao desenvolvimento das alternativas, quais sejam:

    estudo econmico entre alternativas de mesmo alcance neste caso dever ser adotado o critrio comparativo dos custos totais, em valor presente, dos investimentos e das despesas de explorao quantificadas, durante o perodo de alcance do projeto, adotando-se uma taxa de desconto (ou de rentabilidade do capital) determinada pela SANEAGO e/ou agente financeiro, e estudo econmico entre alternativas de alcance diferente neste caso dever ser adotado o critrio comparativo do custo marginal apurado para cada alternativa, que corresponde relao em valor presente do total dos investimentos e das despesas de explorao quantificadas e do total do volume faturado, durante o perodo de alcance de cada alternativa em particular, adotando-se uma taxa de desconto determinada pela SANEAGO e/ou agente financeiro.

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    2.3.8 Anlise Tcnica, Econmica e Ambiental e Seleo da Alternativa

    As alternativas propostas devero ser objetos de anlise tcnica, econmica e ambiental, objetivando a seleo da alternativa mais favorvel, cuja abrangncia deve contemplar os aspectos a seguir indicados.

    a) Anlise Tcnica

    A anlise tcnica deve considerar a compatibilidade entre: as tecnologias empregadas, a flexibilidade operacional, a disponibilidade de equipe operacional compatvel, a vulnerabilidade do sistema ao longo do plano, o prazo previsto para implantao, entre outros aspectos relevantes a serem identificados caso a caso.

    b) Anlise econmica

    A anlise econmica deve abranger a hierarquizao dos resultados do estudo econmico das alternativas, com base nas estimativas dos custos de implantao e de operao anteriormente apurados.

    Eventualmente, e desde que previamente discutido com a SANEAGO, os estudos econmicos podero ter seus resultados avaliados sob o ponto de vista da vantagem econmica diferencial entre as alternativas, e seus requisitos de investimentos imediatos.

    c) Anlise Ambiental

    A anlise ambiental tem como objetivo identificar e avaliar os principais impactos inerentes a cada alternativa estudada e que podem ocorrer em funo das diversas aes previstas para a implantao e operao do empreendimento em estudo.

    A avaliao ambiental pretendida deve contemplar consideraes sobre os seguintes aspectos principais:

    as justificativas das tecnologias sugeridas para cada unidade do sistema, e sua compatibilidade com as exigncias ambientais, inclusive das unidades relativas ao adequado condicionamento dos resduos gerados,

    as alternativas locacionais das unidades consideradas na formulao do sistema proposto, destacando-se a identificao dos locais e a legislao ambiental aplicvel a cada situao,

    a avaliao geolgica dos locais de interesse, em especial no caso de obras de terra, de forma a demonstrar a viabilidade das concepes propostas e permitir uma estimativa de custos mais confivel das obras,

    a caracterizao das reas a serem desapropriadas, enfatizando os casos de interferncias em reas sob proteo ambiental e com infra-estrutura existente, necessidade de supresso vegetal, alterao do regime hdrico de mananciais, necessidade de relocao de populao, entre outros,

    a compatibilizao do empreendimento com a legislao incidente: Municipal, Estadual e Federal,

    a situao atual do licenciamento ambiental do sistema existente e a disponibilidade de reas licenciadas passveis de serem utilizadas com reas de emprstimo ou bota-fora,

    Complementarmente a esta anlise deve ser apresentado um documentrio fotogrfico de caracterizao das reas contempladas nos estudos, de forma a registar as particularidades identificadas em cada caso.

    d) Seleo e justificativa da alternativa escolhida.

    A partir das anlises anteriores ser definida a concepo mais adequada atravs de um estudo

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    comparativo conjunto da viabilidade tcnica, econmica, ambiental e institucional entre as diversas alternativas estudadas, devidamente justificado mediante a apresentao do conjunto de vantagens e desvantagens inerentes a cada aspecto em considerao.

    A alternativa escolhida dever ser apresentada de forma descritiva e resumida, de modo a permitir seu perfeito entendimento e visualizao, e fornecendo todos os elementos indispensveis elaborao do projeto bsico; alm de constar de uma sntese final das justificativas que recomendam a sua seleo.

    Independente de eventuais simplificaes admitidas no estudo econmico, a alternativa selecionada dever dispor das estimativas de custos de todas as suas unidades integrantes, de forma permitir o conhecimento do custo total do empreendimento.

    e) Apresentao do Estudo de Concepo

    A apresentao final do Estudo de Concepo deve constituir-se, basicamente, dos seguintes documentos:

    memorial descritivo e memria de clculo,

    desenhos e demais peas grficas (croquis, etc),

    estimativas de custos e estudos econmicos,

    anexos de documentos diversos utilizados como subsdios para os estudos.

    O memorial descritivo e de clculo deve apresentar todos os levantamentos, critrios e pr-dimensionamentos desenvolvidos no Estudo de Concepo, com destaque para os elementos de:

    caracterizao da rea em estudo,

    levantamentos e diagnstico do sistema existente,

    definio dos elementos para o projeto (populaes, parmetros e demandas consideradas),

    descrio das alternativas propostas, com nfase para a situao de etapalizao do empreendimento e abordagem dos aspectos ambientais envolvidos,

    estimativa dos custos e estudo econmico comparativo, e

    seleo final da alternativa escolhida e sua justificativa.

    Os desenhos integrantes do Estudo de Concepo objetivam uma clara visualizao das alternativas estudadas e das solues indicadas para cada unidade em particular, devendo contemplar, no mnimo, os seguintes elementos:

    as plantas de indicao de mananciais e da seleo dos pontos de captao,

    os esquemas gerais de identificao das alternativas gerados com base nas plantas topogrficas,

    os desenhos especficos de caracterizao das unidades propostas, em nvel de detalhamento suficiente adequada avaliao dos custos de implantao,

    os desenhos relativos ao aproveitamento de unidades existentes, que baseados nos cadastramentos efetuados devem caracterizar as melhorias propostas e sua viabilidade de execuo.

    As escalas grficas dos desenhos integrantes do Estudo de Concepo devem ser adequadas perfeita caracterizao das alternativas propostas, de acordo com o grau de detalhamento exigido em cada caso; tendo-se como referncia as escalas indicadas na NBR 12.211 Estudos de Concepo de Sistemas Pblicos de gua em seu Anexo A.

    Todos os elementos grficos devero ser gerados de acordo com as Normas de Desenho em Auto Cad da SANEAGO.

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    A elaborao e apresentao das estimativas de custos das unidades/alternativas devero obedecer sistemtica da SANEAGO para elaborao de oramentos, incluindo a necessidade de apresentao das metodologias aplicadas, memrias de clculo e documentao de cotaes efetuadas junto a fornecedores.

    Dever ser tambm apresentado no relatrio final, um Resumo do Estudo de Concepo em texto conciso, e plantas esquemticas principais (em papel A4 ou A3), que permita atravs de rpida leitura o conhecimento das concluses e a essncia do contedo do referido estudo, abordando:

    condies atuais do sistema existente, populao a ser beneficiada e vazes de projeto, em inicio, meio e fim de plano, alternativas estudadas e seus custos estimados, anlise das alternativas e soluo escolhida, com respectivas justificativas de ordem tcnica econmica e ambiental.

    2.3.9 Estimativa dos servios necessrios para a elaborao dos projetos

    Para a alternativa escolhida dever ser apresentada, ao final do Estudo de Concepo, uma estimativa dos servios necessrios elaborao do projeto de bsico de engenharia, subsequente.

    Esta estimativa dever ser editada em forma de planilha, com identificao de todos os servios com respectivos quantitativos, abrangendo os seguintes itens:

    levantamentos topogrficos, inclusive cadastramentos complementares indispensveis,

    levantamentos geotcnicos,

    projeto bsico hidrulico de todas as unidades componentes do sistema: captaes, elevatrias, adutoras, tratamento, reservatrios, redes de distribuio, etc,

    projeto bsico eltrico, constando das instalaes de fora, iluminao e automao, e

    estudos ambientais requeridos para o projeto com base na legislao em vigor.

    2.4 Insumos para a elaborao do estudo de concepo

    Conforme identificado neste captulo so insumos indispensveis para elaborao de um Estudo de Concepo:

    levantamentos topogrficos, levantamentos geotcnicos, e cadastros do sistema existente.

    Tais insumos indispensveis sero objetos de levantamento por parte da SANEAGO, caso a caso, anteriormente contratao de um determinado Estudo de Concepo, tal que permita a definio pela suficincia dos elementos disponveis ou pela necessidade de sua complementao.

    A complementao requerida objetiva basicamente disponibilizar para o Estudo de Concepo os seguintes elementos mnimos:

    levantamentos topogrficos das reas de interesse, em escalas compatveis com o grau de detalhamento exigido,

    levantamentos geotcnicos suficientes uma avaliao geolgica das reas de interesse, permitindo a caracterizao dos tipos de fundaes requeridos, a definio da viabilidade e requisitos para as obras de terra, etc

    cadastros das unidades em condies tais que permitam a avaliao de suas caractersticas atuais e suas condies de aproveitamento, bem como a indicao clara das intervenes e melhorias requeridas para seu aproveitamento futuro.

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    Na eventualidade da necessidade de execuo de tais servios complementares, no todo ou em parte, os mesmos sero identificados e quantificados pela SANEAGO para integrarem a planilha de servios objeto de contratao, sendo, contudo, remunerados pelas quantidades efetivamente realizadas.

    Estes servios complementares sero executados durante o desenvolvimento do Estudo de Concepo, sendo que especificamente para os levantamentos topogrficos e geotcnicos complementares a empresa contratada dever apresentar, para prvia aprovao da SANEAGO, um plano detalhado de identificao dos mesmos, constando: locais dos levantamentos, discriminao dos itens e quantidades, etc.

    3 DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO BSICO

    3.1 Introduo

    Conforme estabelecido na Lei Federal 8.666/93 define-se Projeto Bsico PB como o conjunto de elementos necessrios e suficientes, com nvel de preciso adequado, para caracterizar a obra ou servio, ou complexo de obras ou servios objeto da licitao, elaborado com base nas indicaes de estudos tcnicos preliminares, que assegurem a viabilidade tcnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliao do custo da obra e a definio dos mtodos e do prazo de execuo, devendo conter os seguintes elementos:

    a) desenvolvimento da soluo escolhida de forma a fornecer viso global da obra e identificar todos os seus elementos constitutivos, com clareza;

    b) solues tcnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de reformulao ou de variantes durante as fases de elaborao do projeto executivo e/ou de realizao das obras e montagens;

    c) identificao dos tipos de servios a executar e de materiais e equipamentos a incorporar obra, bem como suas especificaes que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o carter competitivo para sua execuo;

    d) informaes que possibilitem o estudo e a deduo de mtodos construtivos, instalaes provisrias e condies organizacionais para a obra, sem frustrar o carter competitivo para a sua execuo;

    e) subsdios para montagem do plano de licitao e gesto da obra, compreendendo a sua programao, a estratgia de suprimentos, as normas de fiscalizao e outros dados necessrios em cada caso; e

    f) oramento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de servios e de fornecimentos propriamente avaliados.

    Os sistemas de abastecimento de gua, em linhas gerais e considerando a condio de um sistema completo, englobam basicamente as seguintes unidades fsicas:

    - Captaes de guas subterrneas ou superficiais;

    - Estaes Elevatrias de gua Bruta EABs;

    - Adutoras de gua Bruta AABs;

    - Estaes de Tratamento de gua ETAs;

    - Unidades de Tratamento de Resduos UTRs;

    - Estaes Elevatrias de gua Tratada EATs;

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    - Adutoras de gua Tratada AATs;

    - Reservatrios de Distribuio (RAPs ou RELs);

    - Redes de Distribuio RDA (redes principais e secundrias); e

    - Ligaes prediais.

    A composio de cada projeto depende de suas particularidades especficas, podendo vir a ser integrado por uma ou mais unidades de cada tipo; alm de apresentar para cada unidade tipo constituinte uma gama de alternativas de concepo e detalhamento.

    Para o desenvolvimento dos projetos destas diversas unidades constitutivas de um sistema de abastecimento de gua so vlidas as Normas da ABNT aplicveis a cada caso, em suas verses mais recentes, a saber:

    - NBR 12212/06 Projeto de poo para captao de gua subterrnea;

    - NBR 12213/92 Projeto de captao de gua de superfcie para abastecimento pblico;

    - NBR 12214/92 Projeto de sistema de bombeamento de gua para abastecimento pblico;

    - NBR 12215/91 Projeto de adutora de gua para abastecimento pblico;

    - NBR 12216/92 Projeto de estao de tratamento de gua para abastecimento pblico;

    - NBR 12217/94 Projeto de reservatrio de distribuio de gua para abastecimento pblico;

    - NBR 12218/94 Projeto de rede de distribuio de gua para abastecimento pblico;

    - NBR 10004/04 Resduos slidos;

    - NBR 5626/98 Instalaes prediais de gua fria;

    - NBR 8160/99 Sistemas prediais de esgotos sanitrios;

    - NBR 10844/89 Instalaes prediais de gua pluvial.

    Tais normas tcnicas, de maneira geral, estabelecem os critrios e parmetros de dimensionamento dos diversos tipos de unidades e seus sistemas complementares, os quais devero ser normalmente utilizados em seus dimensionamentos, salvo em situaes particulares definidas pela SANEAGO.

    Para o dimensionamento de unidades no cobertas pelas normas tcnicas nacionais (a exemplo de sistemas de flotao no tratamento de gua, entre outros) devero ser considerados os critrios e parmetros indicados em bibliografia especializada, devidamente justificados e previamente aprovados pelo Engenheiro Coordenador de Projetos da SANEAGO.

    3.2 Componentes do Projeto Bsico (Hidrulico Consolidado)

    O Projeto Bsico dever ser constitudo, no mnimo, pelos seguintes elementos:

    - Memorial Descritivo e Justificativo, acompanhado das respectivas memrias de clculo;

    - Desenhos e demais peas grficas;

    - Especificaes Tcnicas das Obras, Materiais e Equipamentos;

    - Oramento Detalhado, acompanhado de seus anexos de quantificao dos servios, composies de custos, coleta de preos etc.; e

    - Resumo Tcnico do Projeto.

    Tais documentos principais de um determinado projeto bsico anteriormente identificados, particularmente o memorial descritivo e justificativos e o resumo do projeto, devem apresentar os

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    seguintes complementos:

    - os estudos econmicos efetuados para o desenvolvimento do projeto, com avaliao dos custos de implantao e das despesas operacionais, e o estudo de viabilidade econmica do empreendimento, quando cabvel;

    - o cronograma fsico-financeiro de execuo do empreendimento;

    - os elementos necessrios formulao, pela SANEAGO, dos pedidos de licenciamento ambiental junto aos rgos competentes ou contratao/elaborao dos estudos ambientais especficos requeridos; e

    - os documentos e informaes necessrias ao encaminhamento de pedidos de financiamento das obras junto aos agentes financeiros.

    Em linhas gerais, cada um dos elementos do projeto, deve abranger:

    - Memorial Descritivo e Justificativo : dever apresentar, inicialmente, uma smula das concluses do Estudo de Concepo que antecedeu ao projeto e esteja servindo de base ao seu desenvolvimento e, em sequncia, os descritivos relativos ao sistema existente (levantamento e diagnstico), aos elementos para o projeto e descrio/justificativa das partes constitutivas do sistema proposto, com incluso das respectivas memrias de clculo devidam ente constitudas dos roteiros de clculos, formulas utilizadas, parmetros e dados de entrada e respectivos resultados finais.

    - Desenhos e demais peas grficas : devero ser apresentadas todas as peas grficas necessrias elucidao do projeto do sistema com o um todo e de cada unidade, em particular, abrangendo, de forma geral, os seguintes itens: - Topografia: cadastros, plantas, perfis e sees topogrficas elaboradas especificamente para o projeto;

    - Planos gerais: constando de esquemas planialtimtricos gerais do sistema e das plantas gerais da rea de projeto com informaes sobre zoneamento, ocupa o demogrfica, disposio das unidades constitutivas do sistema; fluxograma do sistema e/ou de processos etc.;

    - Estudos hidrolgicos e geotcnicos: plantas de situao dos mananciais superficiais e bacias contribuintes, reas inundadas, mapas de sondagens e perfis geolgicos, etc.;

    - Obras hidrulicas: plantas, cortes e elevaes das unidades em geral, abrangendo estruturas de captao, tratamento, reservatrios etc.; inclusive detalhamento de sequncias construtivas especiais;

    - Edifcios e obras de arte: plantas, cortes e elevaes das edificaes, inclusive projeto arquitetnico, a exemplo de fachadas e detalhamentos complementares (esquadrias, acabamentos especificados, etc.) das elevatrias, estaes de tratamento, casas de qumica, etc.;

    - Equipamentos: plantas, cortes e elevaes de detalhamento das instalaes dos equipamentos previstos, de forma a mostrar a disposio e permitir a instalao dos mesmos;

    - Canalizaes: desenhos detalhados das canalizaes adjacentes s unidades, a exemplo de estruturas de captaes, elevatrias, unidades de tratamento e reservatrios;

    - Adutoras e subadutoras: plantas, perfis e demais desenhos de detalhamentos das obras de arte (travessias, etc.) e das instalaes de dispositivos especiais;

    - Redes de distribuio: plantas de conjunto das redes existentes e a implantar, com detalhamento complementar das conexes, registros e demais aparelhos previstos, travessias, etc.

    - Especificaes Tcnicas das Obras, Materiais e Equipamentos : as especificaes devero caracterizar para os diversos servios previstos, a sua forma de execuo, e para os materiais e

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  • CAPTULO IV - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ESTUDO DE CONCEPO E PROJETO BSICO

    equipamentos, as particularidades relacionadas ao seu uso no projeto e as condies de fornecimento e qualidade exigidas. A terminologia de apresentao das especificaes deve ser de conhecimento geral, sendo as terminologias no convencionais devidas de explicao para seu pleno entendimento.

    - Oramento detalhado do projeto : dever ser preparado pelo projetista, constando dos quantitativos e custos dos servios, includas as desapropriaes, despesas para fornecimento de energia eltrica, etc., e os custos relativos ao fornecimento/assentamento de todos os materiais e equipamentos necessrios; exigindo-se, ainda, a apresentao das composies de custos especficas e suas respectivas regulamentaes e dos memoriais de quantitativos dos servios.

    - Resumo Tcnico do Projeto : ser apresentado conforme modelo a ser apresentado pela SANEAGO, devendo constar, quando requerido, do cronograma fsico-financeiro de execuo das obras.

    No Captulo I das Diretrizes para Elaborao de Estudos e Projetos, denominado Diretrizes Gerais, apresentada a estrutura de montagem e os documentos integrantes de um projeto, com a particularizao da abrangncia requerida para cada um dos citados documentos, em termos de contedo; bem como a forma de apresentao de cada um deles (memrias, desenhos, especificaes e oramentos).

    3.3 Diretrizes para os projetos por tipo de unidade

    Em sequncia, so apresentadas as diretrizes relativas ao desenvolvimento de projetos, de forma particularizada, cada uma das unidades constitutivas de um sistema de abastecimento de gua (SAA), seguindo a estruturao de unidades previstas nas normas da ABNT anteriormente citadas.

    3.3.1 Unidades de Captao em Mananciais Superficiais

    O projeto de captao de gua superficial dever ser fundamentado nas caractersticas do manancial definido como fonte de produo para o sistema, notadamente as relativas ao tipo de curso dgua, porte, condies topogrficas e geotcnicas locais, entre outras.

    Para o desenvolvimento de projetos bsicos de captao de gua de superfcie dever ser seguida a Norma Tcnica NBR 12213/92 da ABNT, alm de orientaes e instrues complementares fornecidas pela rea tcnica da SANEAGO, atravs dos Engenheiros Coordenadores de Projetos.

    Uma vez que, via de regra, os projetos de captao de gua de superfcie se associam interveno em reas de Proteo Permanente, devero ser tambm observados os dispostos nos instrumentos ambientais legais em vigncia.

    Dentre os diversos tipos de captao em mananciais superficiais, podem ser citados como de maior ocorrncia os seguintes:

    - Captao em cursos de gua com pequenas vazes e baixa flutuao de nvel captao em tomada direta;

    - Captao com barragem de nvel e tomada lateral, mais comumente adotado em mananciais de pequena lmina dgua e com substrato rochoso;

    - Captao flutuante (balsa), usualmente adotada para lagos ou mananciais com baixa velocidade de escoamento e/ou em locais com grande variao do NA;

    - Captao atravs de estrutura lateral com bombeamento direto, tambm usualmente utilizado para mananciais com baixa flutuao do nvel dgua;

    - Captao atravs de bombeamento direto, sem estrutura de suco, para mananciais de

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    maior porte e lmina dgua;

    - Captaes em reservatrios de acumulao, normalmente atravs de torres de tomada ou balsas.

    O projeto da captao, independente do tipo, deve se guiar por solues particulares adequadas a cada local/situao e que envolvam o menor custo, sem a perda da qualidade tcnica e operacional; priorizando-se, nos casos de sistemas de mdio e pequeno porte, as concepes de captao mais simples e menos onerosas, a exemplo de tomada direta, utilizao de balsas, bombeamento direto, barragem de regularizao de nvel para tomada lateral, entre outras.

    Se em alguma das localidades, o Estudo de Concepo indicar como a melhor alternativa tcnica e financeira e o Gestor do Contrato aprovar a utilizao de barragem de acumulao, o projeto do reservatrio de acumulao de gua dever ter o alcance de 30 anos para abastecimento da cidade, com base nos estudos populacionais e estudos hidrolgicos e de acordo com o balano hdrico, sendo esta alternativa considerada a ultima soluo a ser adotada.

    A elaborao do projeto de captao dever ser precedida do levantamento topogrfico planialtimtrico e dos levantamentos/estudos geotcnicos da rea de interesse, alm da batimetria do curso dgua na rea determinada para a captao e do levantamento das cotas de NA mximo e mnimo no local.

    De forma geral, o projeto de captao superficial deve apresentar:

    - Memorial descritivo e justificativo com o dimensionamento da captao, observando-se as condies do manancial no que tange ao regime hidrulico, com avaliao dos nveis mximo e mnimo, conformao de leito, necessidade de estruturas de reteno de areia (desarenador), velocidade do fluxo, e outras variveis que possam interferir no funcionamento do sistema;

    - Planta de situao e de locao da unidade, com definio da rea a ser desapropriada, devidamente amarrada aos marcos do levantamento topogrfico;

    - Projeto de movimentao de terra na rea de interesse, com definio das sees de terraplenagem e dos volumes de corte e aterro, com definio das jazidas de emprstimo e das reas de bota-fora, inclusive os levantamentos de campo necessrios ao desenvolvimento do detalhamento das medidas de proteo, tratamento e/ou recuperao ambiental eventualmente necessrias para tais reas;

    - Projeto detalhado da captao contendo: plantas cortes, detalhes e relao de materiais;

    - Detalhamento em planta dos aparelhos e acessrios necessrios (canais, comportas, vertedores, tubulao de descarga de fundo, gradeamento, desarenador, etc.);

    - Projeto de urbanizao, drenagem pluvial e acesso rea;

    - Descrio topogrfica da rea a ser desapropriada;

    - Especificaes tcnicas das obras, materiais e equipamentos;

    - Oramento detalhado dos servios/aquisies necessrias, o qual dever ser posteriormente revisto de acordo com o Projeto Executivo.

    3.3.2 Unidades de Captao em Mananciais Subterrneos

    O projeto de captao de gua subterrnea dever ser fundamentado nas caractersticas do aqufero definido como fonte de produo para o sistema, notadamente as relativas sua capacidade de explotao, condies de recarga, nveis operacionais (esttico e dinmico) e sua forma de insero no sistema.

    Para o desenvolvimento de projetos bsicos de Poos Tubulares Profundos para captao de

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    gua subterrnea dever ser seguida a Norma Tcnica NBR 12212/06 da ABNT, alm de orientaes e instrues complementares fornecidas pela rea tcnica da SANEAGO, atravs dos Engenheiros Coordenadores de Projetos.

    Neste caso, caber empresa projetista a elaborao do projeto de equipagem dos Poos Tubulares Profundos, cuja localizao e caractersticas hidrogeolgicas sero disponibilizadas pela SANEAGO, atravs de relatrio com as informaes bsicas geofsicas e geolgicas do aqufero, caractersticas hidrulicas, qualidade da gua, vazo mxima de teste, vazo de explotao e os nveis dinmico e esttico apurados.

    O projeto da captao por meio de Poos Tubulares Profundos dever ser precedido de levantamento planialtimtrico da rea de implantao da unidade, e contemplar o dimensionamento das instalaes (conjunto moto bomba submerso, arranjo de tubulaes, quadro de comando e proteo do motor, etc.), com base nos resultados dos testes de vazo dos Poos Tubulares Profundos, da vazo demandada e do tempo de funcionamento previsto para o sistema.

    De forma geral, o projeto de captao subterrnea por meio de Poos Tubulares Profundos deve apresentar:

    - Memorial descritivo e justificativo com o dimensionamento da unidade;

    - Cpia do laudo emitido pela Gerncia de Hidrogeologia da SANEAGO que subsidiar a apresentao dos dados dos Poos Tubulares Profundos;

    - Cpia da anlise fsico-qumica e exame bacteriolgico de gua para fins de potabilidade emitido pela SANEAGO, que basear a definio do processo de tratamento empregado no projeto;

    - Planta de situao e de locao dos Poos Tubulares Profundos, com definio da rea a ser desapropriada, devidamente amarrada aos marcos do levantamento topogrfico;

    - Projeto de movimentao de terra na rea de interesse, quando cabvel, com definio das sees de terraplenagem e dos volumes de bota-fora e emprstimo;

    - Definio, dimensionamento e detalhamento em planta das instalaes dos equipamentos, aparelhos e acessrios necessrios (bombas, tubulaes, medidores de vazo, estao pitomtrica, quando indicado, etc.), bem como da relao de materiais utilizados;

    - Definio, dimensionamento e detalhamento do processo de tratamento a ser utilizado;

    - Projeto das estruturas requeridas, a exemplo de plataformas para Poos Tubulares Profundos em reas inundveis, caixas de aparelhos, blocos de ancoragem, entre outros;

    - Projeto de urbanizao, drenagem pluvial e acesso rea dos Poos Tubulares Profundos;

    - Descrio topogrfica da rea a ser desapropriada;

    - Especificaes tcnicas das obras, materiais e equipamentos;

    - Oramento detalhado dos servios/aquisies necessrias, o qual dever ser posteriormente revisto de acordo com o Projeto Executivo.

    Aspectos Relevantes para a elaborao de projetos de Poos Tubulares Profundos:

    a) Tamanho da rea dos Poos Tubulares Profundos

    - Em rea rural dever ser de 10mx10m, com Poo Tubular Profundo em um dos cantos;

    - Em rea urbana: a dimenso ser a do lote, ou caso esteja em rea pblica, dever ser de 10 x 10 m;

    - Dever ser observada a sada da adutora para evitar curvas e no prejudicar o acesso do

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    caminho.

    b) Urbanizao

    - Na pista de acesso: bloquete (blocos hexagonais intertravados) at a base do Poo Tubular Profundo (sapata);

    - rea do Poo Tubular Profundo, barrilete e quadro de comando do motor (QCM): concreto simples com espessura de no mnimo 7 cm sob base compactada;

    - Porto de Acesso: dimenso total de 4m com 2 folhas para acesso de caminho;

    - Restante da rea: Grama tipo cubana.

    A adoo do bloquete em toda a extenso que haver trnsito visa a facilidade em manter a rea limpa em funo do mato crescer muito na regio de grama. Propicia tambm maior facilidade de manobra de caminho. A brita foi abolida devido dificuldade de manuteno.

    c) Barrilete do Poo Tubular Profundo

    Entende-se por barrilete as conexes tubulaes e peas apoiadas no tubo sanitrio a partir da tampa metlica iniciado na pea denominada luva at a pea de sada para a adutora.

    Dever ser localizado de forma a no atrapalhar o acesso do caminho boca do Poo Tubular Profundo. Portanto fica na parte oposta ao porto ou na lateral do Poo Tubular Profundo, dependendo da sada da adutora.

    Para dar sustentao, devido a altura do barrilete, o mesmo dever ser sustentado por suporte metlico, a ser definido no projeto estrutural.

    A sada da adutora dever ter caminhamento pela faixa de servido e acesso ao Poo Tubular Profundo pela via pblica, quando esta estiver prxima rea do Poo Tubular Profundo.

    d) Descarga da adutora

    Na rea rural a descarga ser atravs de poo de infiltrao denominada de dreno final com extravasamento pela boca. Na rea urbana haver um tubo com indicao de interligao drenagem existente.

    e) Medidor de vazo e ponto de coleta para amostragem

    Dever ser instalado, obrigatoriamente, um medidor de vazo e um ponto de coleta para amostragem da gua bruta, conforme indicado no projeto hidrulico.

    Essa exigncia visa atender a Legislao Estadual (Lei 13.583 de 11 de janeiro de 2000 Para que o rgo gestor possa fiscalizar a produo, obriga-se o outorgado a instalar e manter um hidrmetro na tubulao de sada do Poo Tubular Profundo.) para obteno e manuteno da outorga de uso das guas subterrneas que so de domnio do Estado, conforme Constituio Federal.

    f) Dados do Poo Tubular Profundo

    Dever ser indicado em planta os dados operacionais do Poo Tubular Profundo e equipamentos, observando a seguinte sequncia: Nome do Poo Tubular Profundo, localizao, sistema a que pertence, coordenadas geogrficas da localizao do Poo Tubular Profundo, nvel do terreno, profundidade, vazo utilizada (vazo de projeto), NE (nvel esttico), ND (Nvel Dinmico), altura manomtrica total (inclui perda de carga no edutor, perda de carga no barrilete e perda de carga na adutora), considerando o Hg (desnvel geomtrico) partindo do ND at o destino (NA mximo do reservatrio ou caixa de reunio).

    g) Poste para transformador e/ou padro de energia

    Dever estar localizado nos cantos da rea do Poo Tubular Profundo, permitindo facilidade de acesso do caminho e evitando que a linha de alimentao cruze a rea acima do Poo Tubular

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    Profundo que dever ficar livre no caso de precisar montar uma torre auxiliar ou a sonda percussora para manuteno ou retirada de bomba presa no Poo Tubular Profundo.

    3.3.3 Estaes Elevatrias (de gua bruta ou tratada)

    Para o desenvolvimento de projetos bsicos de estaes elevatrias de sistemas de abastecimento de gua (SAAs) dever ser seguida a Norma Tcnica NBR 12.214/92 da ABNT, alm das orientaes e instrues complementares fornecidas pela rea tcnica da SANEAGO, atravs dos Engenheiros Coordenadores de Projetos.

    O projeto dever ser precedido da avaliao da concepo para a unidade, principalmente quando se tratar de unidades de maior porte e/ou de grandes alturas de recalque, comparando-se as alternativas mais viveis em termos da edificao/estrutura e dos equipamentos (conjuntos elevatrios, vlvulas, etc.) a serem utilizados; de forma a serem obtidas solues com menores investimentos de implantao e menores custos operacionais com energia eltrica.

    A elaborao do projeto de uma estao elevatria de gua dever ser precedida do levantamento planialtimtrico da rea de assentamento da unidade e da faixa para implantao da respectiva linha de recalque; alm dos levantamentos geotcnicos requeridos em cada caso, tal que permitam as definies necessrias ao detalhamento das estruturas, de suas fundaes e de seu mtodo construtivo, quando pertinente.

    De forma geral, o projeto de uma estao elevatria de gua deve apresentar:

    - Memorial descritivo e justificativo, contendo:

    * o dimensionamento da elevatria e da respectiva linha de recalque, com base nas vazes de projeto, atravs do clculo das perdas de carga contnuas e localizadas, nos barriletes de suco/recalque e na linha adutora, com respectiva definio das alturas manomtricas de incio e de final de plano, nas diversas condies operacionais possveis de ocorrncia;

    * a definio dos dimetros e dos materiais das tubulaes dos barriletes de suco/recalque e da linha adutora, conforme estabelecido nas normas tcnicas da ABNT e devidamente fundamentado em critrios econmicos;

    * a escolha do modelo e nmero de conjuntos elevatrios a serem utilizados, baseado em critrios econmicos, sendo preferencial equipamentos de eixo horizontal;

    * a representao das curvas caractersticas da bomba (desempenho, rendimento, NPSH) e da folha de dimenses do conjunto elevatrio, fornecidos pelo Fabricante, bem como das curvas das bombas x sistemas nas diversas condies operacionais previstas (variao dos nveis de montante e jusante, situaes de derivaes ao longo da linha adutora, etc.), com indicao dos pontos de trabalho resultantes;

    * o estudo dos efeitos dos transientes hidrulicos, com definio das presses transitrias mximas e mnimas, protees necessrias e seleo/dimensionamento do dispositivo de proteo mais adequado ao sistema;

    * o dimensionamento da sala de bombas, dispondo da melhor forma os espaos e o arranjo das tubulaes para uma adequada operacionalizao da unidade, incluindo, quando requerido, o dimensionamento de poo de suco anexo elevatria, com o estabelecimento de suas dimenses de acordo com as normas e bibliografias aplicveis;

    * a definio dos sistemas de acionamento, medio e controle dos conjuntos elevatrios, e de suas condies de intertravamento/automao com as demais unidades do sistema;

    * a definio de equipamentos para manuteno e servios auxiliares, tais como: monovias, talhas e trolleys; pontes rolantes; comportas para poo de suco etc.

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  • CAPTULO IV - SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE GUA ESTUDO DE CONCEPO E PROJETO BSICO

    - Projeto de movimentao de terra na rea de interesse, com sees de terraplanagem e definio dos volumes de corte e aterro, com definio das jazidas de emprstimo e das reas de bota-fora, inclusive os levantamentos de campo necessrios ao desenvolvimento do detalhamento das medidas de proteo, tratamento e/ou recuperao ambiental eventualmente necessrias para tais reas;

    - Projeto arquitetnico das edificaes da unidade;

    - Projeto detalhado da elevatria, contendo plantas, cortes, detalhes e relaes de materiais, abrangendo os arranjos hidrulicos das tubulaes e o assentamento dos equipamentos;

    - Projeto do sistema de gua potvel e das instalaes sanitrias, quando pertinente;

    - Projeto do sistema para esgotamento da linha de recalque, do poo de suco e da gua de gaxetas das bombas;

    - Projeto de urbanizao, drenagem pluvial e acesso rea da unidade;

    - Descrio topogrfica da rea a ser desapropriada;

    - Especificaes tcnicas dos servios, materiais e equipamentos;

    - Oramento detalhado dos servios/aquisies necessrias, o qual dever ser revisto aps a elaborao do projeto executivo.

    Observaes particulares quanto aos projetos de elevatrias :

    No caso de elevatrias anexas a unidades de captao de gua superficial dever ser feita uma verificao consistente do nvel dgua mnimo do curso dgua, de forma a estabelecer uma folga adequada para a submergncia dos dispositivos de tomada, crivos das bombas etc., visando evitar futuros problemas na operao do sistema, a exemplo de cavitao das bombas, entre outros.

    Aspectos Relevantes nos Projetos de Elevatrias :

    - Nmero de horas de funcionamento: no desenvolvimento dos projetos de elevatrias dever ser evitado, quando possvel, o funcionamento das mesmas nos horrios de pico de consumo de energia eltrica (de 18:00 s 21:00 horas), limitando-se a operao da unidade a um mximo de 21 horas/dia. Tal procedimento permitir o enquadramento nos modelos de tarifao horossazonal de energia eltrica de forma mais econmica; sendo um aspecto importante de avaliao, principalmente quando se tratar de unidades de maior porte, para as quais os custos com energia eltrica podem, inclusive, ser preponderantes na escolha da melhor alternativa para a unidade;

    - Medio de vazo: os critrios e equipamentos a serem empregados para medio de vazo, a jusante ou a montante da elevatria, devero ser previamente discutidos com a rea tcnica da SANEAGO, atravs dos Engenheiros Coordenadores de Projetos, podendo ser usados medidores eletromagnticos, medidores ultrassnicos, entre outros;

    - Inversores de frequncia: o emprego de inversores de frequncia, quer nas partidas dos conjuntos elevatrios, de forma a possibilitar a partida suave dos motores, quer nas situaes para ajustes da vazo de recalque em funo de particularidades do sistema, dever ser analisado, caso a caso, com a rea tcnica da SANEAGO, atravs dos Engenheiros Coordenadores de Projetos. Nestes casos deve ser observada a adequabilidade de sua aplicao para cada situao especfica, em funo do porte da unidade, das especificidades do sistema em questo e dos custos envolvidos.

    - Proteo acstica: devem ser previstos a utilizao de dispositivos de proteo contra rudos, sendo a soluo adotada previamente discutida com a a rea tcnica da SANEAGO.

    3.3.4 Adutoras de gua (bruta e tratada)

    Para o desenvolvimento de projetos bsicos de adutoras de gua para sistemas de abastecimento

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    de gua (SAAs) dever ser seguida a Norma Tcnica NBR 12.215/91 da ABNT, alm das orientaes e instrues complementares fornecidas pela rea tcnica da SANEAGO, atravs dos Engenheiros Coordenadores de Projetos.

    A elaborao do projeto de adutoras dever ser precedida de uma adequada verificao de campo para escolha de seu caminhamento, de forma a buscar, ao mximo, a reduo de sua extenso, dentro de condies otimizadas de altimetria, e evitar obras civis de custo elevado (a exemplo de: transposies ou travessias especiais, travessias de rodovias/ferrovias, cortes ou aterros de maior porte, obras de contenes, etc.). Na escolha deste caminhamento tambm devero ser verificadas as interferncias com reas de interesse ambiental (reas de preservao ambiental, de preservao de mananciais, de vegetao expressiva, etc.) o que poder exigir autorizaes para intervenes ou para supresses de vegetao e, at mesmo, o licenciamento junto ao rgo ambiental competente, situaes estas que devem ser evitadas, quando possvel.

    A definio do dimetro da tubulao dever ser objeto de estudo detalhado, principalmente quando se tratar de unidades de maior porte, com determinao do dimetro econmico em funo das condies de bombeamento estabelecidas em cada caso, para adutoras em regime de recalque, ou em funo da disponibilidade de carga, para as adutoras em regime de gravidade.

    O estudo do golpe de arete dever ser elaborado para permitir uma anlise das condies de transientes na linha, alm de definir a classe de presso das tubulaes e os equipamentos especiais a serem instalados para sua proteo. A empresa projetista dever apresentar o perfil reduzido da adutora, com indicao das linhas piezomtricas de regime permanente e de sub e sobrepresses s quais a mesma estar submetida, bem como a justificativa e o detalhamento das protees indicadas.

    A elaborao do projeto de uma adutora de gua dever ser precedida do levantamento topogrfico da faixa de interesse para sua implantao e, eventualmente, de levantamentos geotcnicos nesta faixa que determinem, com maior preciso, as suas condies particulares de implantao. Quando necessrio, o projeto da adutora dever contempla