caos na saúde indígena em alagoas

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Caos na Saúde Indígena em Alagoas Daniela Oliveira – CIMI/NE O descaso com a Saúde Indígena tem mobilizado nos últimos dias os Povos Indígenas de Alagoas e outras regiões como é o caso dos Povos Tupinambá-BA e Xakriabá-MG. Em Alagoas desde o dia 18 de abril, os povos indígenas estão ocupando o prédio da Funasa em Maceió-AL, na luta por melhorias na saúde. Essa nova estruturação da Secretária Especial de Saúde Indígena - SESAI tem mostrado o mesmo descaso com a saúde, algumas comunidades possuem postos de saúde, mas não tem o recurso humano para atender- los, há falta de medicamentos, há deficiência na realização de exames, falta de transporte, equipes incompletas e insumos. No ultimo dia 23 de abril os povos indígenas tiveram um dialogo com a administradora da SESAI, Genilda Leão e com a presença do procurador do MPF em Alagoas, Dr. José Godói. Ficou acordado que os indígenas iriam desocupar as salas da SESAI e passariam para outra área, deixando o espaço necessário para que os funcionários pudessem desempenhar suas funções e tomassem as medidas necessárias. No entanto Antônio Alves, coordenador geral da SESAI proibiu que os funcionários fossem trabalhar, enquanto o prédio estivesse ocupado pelos indígenas. Na pauta de reivindicação uma das exigências, segundo Meire-Xucuru-Kariri “é a presença do Dr. Antônio Alves, por ele ter o poder de decisão diante da saúde desses povos, o mesmo firmou que visitaria um dia quando o prédio estivesse desocupado. Dando-se a entender a tamanha ignorância das necessidades vivida nesses últimos 12 anos de Funasa”. Já se passaram 12 dias e nada foi feito para atender

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Page 1: Caos na Saúde Indígena em Alagoas

Caos na Saúde Indígena em Alagoas Daniela Oliveira – CIMI/NEO descaso com a Saúde Indígena tem mobilizado nos últimos dias os Povos Indígenas de Alagoas e outras regiões como é o caso dos Povos Tupinambá-BA e Xakriabá-MG. Em Alagoas desde o dia 18 de abril, os povos indígenas estão ocupando o prédio da Funasa em Maceió-AL, na luta por melhorias na saúde.Essa nova estruturação da Secretária Especial de Saúde Indígena - SESAI tem mostrado o mesmo descaso com a saúde, algumas comunidades possuem postos de saúde, mas não tem o recurso humano para atender-los, há falta de medicamentos, há deficiência na realização de exames, falta de transporte, equipes incompletas e insumos.No ultimo dia 23 de abril os povos indígenas tiveram um dialogo com a administradora da SESAI, Genilda Leão e com a presença do procurador do MPF em Alagoas, Dr. José Godói. Ficou acordado que os indígenas iriam desocupar as salas da SESAI e passariam para outra área, deixando o espaço necessário para que os funcionários pudessem desempenhar suas funções e tomassem as medidas necessárias. No entanto Antônio Alves, coordenador geral da SESAI proibiu que os funcionários fossem trabalhar, enquanto o prédio estivesse ocupado pelos indígenas. Na pauta de reivindicação uma das exigências, segundo Meire-Xucuru-Kariri “é a presença do Dr. Antônio Alves, por ele ter o poder de decisão diante da saúde desses povos, o mesmo firmou que visitaria um dia quando o prédio estivesse desocupado. Dando-se a entender a tamanha ignorância das necessidades vivida nesses últimos 12 anos de Funasa”. Já se passaram 12 dias e nada foi feito para atender as reivindicações dos Povos e eles continuam ocupando o prédio. No dia 01 de maio haverá um encontro com as lideranças de AL e SE, com o objetivo de discutir formas de dá continuidade na luta, quando sair a liminar da desocupação do prédio. O encontro ocorrerá no Prédio da Funasa, em Maceió-AL, Av. Durval de Góes Monteiro no Tabuleiro dos Martins. Maceió, AL. 30 de abril de 2012