Cânone LiterárioCânone Literário

Disciplina: Seminários Disciplina: Seminários (Educação Ambiental)(Educação Ambiental)

Marcus SampaioMarcus Sampaio

Plano da ApresentaçãoPlano da Apresentação

Questões PreliminaresQuestões PreliminaresEtimologiaEtimologia

ClássicoClássicoCânoneCânone

O Papel da LiteraturaO Papel da LiteraturaDefinições de Livro CanônicoDefinições de Livro CanônicoO Cânone dos Escritores-CríticosO Cânone dos Escritores-CríticosSobre as Próximas ApresentaçõesSobre as Próximas Apresentações

Questões PreliminaresQuestões Preliminares

EtimologiaEtimologiaClássicoClássico

O epíteto aparece pela primeira vez em O epíteto aparece pela primeira vez em Roma, no século II, na obra de Aulo Gélio, Roma, no século II, na obra de Aulo Gélio, Noctes AtticaeNoctes Atticae. Trata-se aí de uma . Trata-se aí de uma classificação dos cidadãos conforme sua classificação dos cidadãos conforme sua fortuna. Os da primeira classe são os fortuna. Os da primeira classe são os “clássicos”“clássicos”

Na literatura, os escritores de primeira Na literatura, os escritores de primeira classeclasse

Por quais critérios? Veremos algunsPor quais critérios? Veremos alguns

CânoneCânone

A palavra vem do gregoA palavra vem do grego kanón kanón, através do , através do latim latim canoncanon, e significa “regra”, e significa “regra”

Com o passar do tempo a palavra adquiriu o Com o passar do tempo a palavra adquiriu o sentido específico de conjunto de textos sentido específico de conjunto de textos autorizados, exatos, modelaresautorizados, exatos, modelares

No contexto da literatura, os autores No contexto da literatura, os autores reconhecidos como os maioresreconhecidos como os maiores

Clássico e CanônicoClássico e Canônico

Para nós, são epítetos sinônimosPara nós, são epítetos sinônimos

O Papel da LiteraturaO Papel da LiteraturaA literatura tem a alta utilidade de A literatura tem a alta utilidade de

esclarecer, alargar e valorizar nossa esclarecer, alargar e valorizar nossa experiência do mundoexperiência do mundo

Quem lê tem de escolher, pois não há, Quem lê tem de escolher, pois não há, literalmente, tempo suficiente para ler literalmente, tempo suficiente para ler tudo, mesmo que não se faça mais nada tudo, mesmo que não se faça mais nada além dissoalém dissoÉ preciso ler relativamente pouco, e bemÉ preciso ler relativamente pouco, e bem

Definições de Livro ClássicoDefinições de Livro Clássico

Italo CalvinoItalo CalvinoOs clássicos são aqueles livros dos quais, Os clássicos são aqueles livros dos quais,

em geral, se ouve dizer: “Estou relendo em geral, se ouve dizer: “Estou relendo …” e nunca “Estou lendo …”…” e nunca “Estou lendo …”Leitura da maturidade, e não da juventudeLeitura da maturidade, e não da juventude

Toda releitura de um clássico é uma Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta, como a primeiraleitura de descoberta, como a primeira

Um clássico é um livro que nunca Um clássico é um livro que nunca terminou o que tinha para dizerterminou o que tinha para dizer

O “seu” clássico é aquele que não pode O “seu” clássico é aquele que não pode

ser-lhe indiferente e que serve para ser-lhe indiferente e que serve para definir a você próprio em relação e definir a você próprio em relação e talvez em contraste com eletalvez em contraste com ele

É clássico aquilo que persiste como rumor É clássico aquilo que persiste como rumor mesmo onde predomina a atualidade mesmo onde predomina a atualidade mais incompatívelmais incompatível

Os clássicos servem para entender quem Os clássicos servem para entender quem somos e aonde chegamossomos e aonde chegamos

E se alguém objetar que não vale a pena E se alguém objetar que não vale a pena

tanto esforço, citarei Cioran: tanto esforço, citarei Cioran: “Enquanto era preparada a cicuta, “Enquanto era preparada a cicuta, Sócrates estava aprendendo uma ária Sócrates estava aprendendo uma ária com a flauta. ‘ Para que lhe servirá?´, com a flauta. ‘ Para que lhe servirá?´, perguntaram-lhe: ‘ Para aprender esta perguntaram-lhe: ‘ Para aprender esta ária antes de morrer´” ária antes de morrer´”

Harold BloomHarold BloomOs livros clássicos são aqueles canônicos: Os livros clássicos são aqueles canônicos:

poucos e exemplarespoucos e exemplaresQuando se lê pela primeira vez uma obra Quando se lê pela primeira vez uma obra

canônica, encontra-se mais uma canônica, encontra-se mais uma surpresa misteriosa do que uma surpresa misteriosa do que uma realização de expectativasrealização de expectativas

Ler os escritores canônicos não vai nos Ler os escritores canônicos não vai nos tornar melhores cidadãos, mas tornar melhores cidadãos, mas certamente vai propiciar nosso auto-certamente vai propiciar nosso auto-conhecimentoconhecimento

Leyla Perrone-MoisésLeyla Perrone-MoisésCitando Emmanuel Kant: Citando Emmanuel Kant: “Os autores “Os autores

chamados ‘clássicos´ constituem uma chamados ‘clássicos´ constituem uma nobreza cujos exemplos são leis para o nobreza cujos exemplos são leis para o povo, e uma fonte povo, e uma fonte a posterioria posteriori do gosto” do gosto”

O Cânone dos Escritores-O Cânone dos Escritores-CríticosCríticos

Crítica implica julgamento, positivo Crítica implica julgamento, positivo ou negativoou negativo

Um escritor-crítico critica as obras Um escritor-crítico critica as obras literárias de seus predecessores e literárias de seus predecessores e contemporâneos, buscando contemporâneos, buscando esclarecer usa própria atividade e esclarecer usa própria atividade e orientar os rumos da literatura orientar os rumos da literatura subseqüentesubseqüente

Leyla Perrone-Moisés relaciona, em Leyla Perrone-Moisés relaciona, em seu livro seu livro Altas LiteraturasAltas Literaturas (ver (ver bibliografia), os seguintes escritores-bibliografia), os seguintes escritores-críticos e suas escolhas literáriascríticos e suas escolhas literáriasErza PoundErza PoundT. S. EliotT. S. EliotJorge Luis BorgesJorge Luis BorgesOctávio PazOctávio PazItalo CalvinoItalo Calvino

Michel ButorMichel ButorHaroldo de CamposHaroldo de CamposPhilippe SollersPhilippe Sollers

Como foi estabelecido o quadro Como foi estabelecido o quadro Escritores X Obras PreferidasEscritores X Obras PreferidasExistência de ensaio (livro ou artigo) Existência de ensaio (livro ou artigo)

dedicado exclusivamente a um autordedicado exclusivamente a um autorReferências recorrentes e elogiosas a Referências recorrentes e elogiosas a

um autorum autorRepercussão da obra de um autor na Repercussão da obra de um autor na

obra poética ou ficcional do escritor-obra poética ou ficcional do escritor-crítico crítico

Traduções de um autor feitas pelo Traduções de um autor feitas pelo escritor-crítico escritor-crítico

Os mais votados pelos 8 escritores-Os mais votados pelos 8 escritores-críticoscríticosHomero: 7/8Homero: 7/8Dante Alighieri: 7/8Dante Alighieri: 7/8James Joyce: 6/8James Joyce: 6/8Virgílio: 5/8Virgílio: 5/8John Domme: 5/8John Domme: 5/8Voltaire: 5/8Voltaire: 5/8Mallarmé: 5/8Mallarmé: 5/8Erza Pound: 5/8Erza Pound: 5/8

Gustave Flaubert: 5/8Gustave Flaubert: 5/8Shakespeare: 4/8Shakespeare: 4/8Goethe: 4/8Goethe: 4/8Dostoiévski: 4/8Dostoiévski: 4/8Henry James: 4/8Henry James: 4/8Franz Kafka: 4/8Franz Kafka: 4/8

Sobre as Próximas Sobre as Próximas ApresentaçõesApresentações

Do livro de Italo Calvino, Do livro de Italo Calvino, Por Que Ler Por Que Ler os Clássicosos Clássicos, vocês discorrerão sobre, vocês discorrerão sobreHomeroHomeroVoltaireVoltaireGustave FlaubertGustave FlaubertHenry JamesHenry JamesJorge Luis Borges (escritor-crítico), Jorge Luis Borges (escritor-crítico),

Shakespeare, CervantesShakespeare, Cervantes

E sobre muitos outros clássicosE sobre muitos outros clássicosXenofonteXenofonteOvídioOvídioStendhalStendhalBalzacBalzacDickensDickensTolstoiTolstoi……

BibliografiaBibliografia

Por Que Ler os Clássicos?Por Que Ler os Clássicos?Autor: Italo CalvinoAutor: Italo Calvino

Editora: Companhia das LetrasEditora: Companhia das Letras

Ano: 1994Ano: 1994Altas LiteraturasAltas Literaturas

Autor: Leyla Perrone-MoisésAutor: Leyla Perrone-Moisés

Editora: Companhia das LetrasEditora: Companhia das Letras

Ano: 1998Ano: 1998

O Cânone OcidentalO Cânone Ocidental, 2ª. Edição, 2ª. EdiçãoAutor: Harold BloomAutor: Harold Bloom

Editora: ObjetivaEditora: Objetiva

Ano: 1995Ano: 1995