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PROGRAMA DE ACÇÃO PARA A DIRECÇÃO DA FMUL (2018-22) FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROGRAMA DE ACÇÃO PARA A DIRECÇÃO DA FMUL (2018-22) FAUSTO J. PINTO CANDIDATURA A DIRECTOR

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PROGRAMA DE ACÇÃO PARA ADIRECÇÃO DA FMUL (2018-22)

FACULDADE DEMEDICINA DAUNIVERSIDADE DE LISBOA

PROGRAMA DE ACÇÃO PARA ADIRECÇÃO DA FMUL (2018-22)

FAUSTO J. PINTO

CANDIDATURA ADIRECTOR

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FAUSTO J. PINTOProfessor Catedrático FMUL

Junho 2018

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CARTA DE MOTIVAÇÃO ............................................................................................................ 3

PROGRAMA DE ACÇÃO PARA A DIRECÇÃO DA FMUL (2018-2022) .......................... 6

- MISSÃO E VISÃO - O QUE JÁ FOI FEITO E UM OLHAR PARA O FUTURO.............. 7

- ENSINO ....................................................................................................................................... 13

- PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO MÉDICA.................................................................................. 15

- PROMOÇÃO E INOVAÇÃO DA CIÊNCIA............................................................................ 18

- INTERNACIONALIZAÇÃO DA FMUL................................................................................... 20

- ORGANIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA .............................................. 22

- COMPROMISSO COM A UNIVERSIDADE DE LISBOA................................................... 26

- CONSOLIDAÇÃO DO CAML ................................................................................................. 28

- MODELOS DE FINANCIAMENTO ....................................................................................... 29

CURRICULUM VITAE .................................................................................................................. 31

ÍNDICE

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CARTA DE MOTIVAÇÃOFAUSTO J. PINTO

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Fausto J. Pinto 4

CARTA DE MOTIVAÇÃO À CANDIDATURA A DIRECTOR DA FMUL 2018-2022

A minha candidatura a um segundo mandato como Director da FMUL, insere-se numa

lógica de continuidade do trabalho realizado ao longo dos últimos três anos, com o

objectivo de implementar e consolidar as várias iniciativas que foram sendo

desenvolvidas, bem como o iniciar de outras, que a dinâmica duma estrutura como a

FMUL exige, para a colocar numa plataforma ainda mais competitiva a nível nacional

e internacional.

Neste sentido, foram definidos vários objetivos que se consubstanciam em diversos

projetos, alguns dos quais já se encontram a decorrer, e que se pretendem alinhados

com os objetivos definidos para a Universidade de Lisboa, com as necessárias

adaptações à especificidade da Faculdade de Medicina.

As razões que me levam a candidatar a um segundo mandato mantém-se íntegras em

relação há 3 anos, quando fui eleito. Continuo a pensar que possuo o conjunto de

características que permitirão enfrentar os complexos desafios duma instituição como

a FMUL, bem como encontrar as soluções mais adequadas para os mesmos,

nomeadamente:

1. Liderança forte e determinada. O meu percurso profissional e científico, a nível

nacional e internacional, incluindo as dimensões pedagógica, clinica, de

investigação e de direcção assim o testemunham.

2. Independência para tomar decisões. Atingi o topo da carreira académica e

hospitalar. Possuo a independência fundamental para poder tomar as decisões

mais difíceis mas necessárias para o desenvolvimento da Faculdade, como o

demonstrei no primeiro mandato.

3. Abrangência académica na área da Medicina, juntando as duas carreiras, médica

e académica, que considero essencial no momento actual da nossa Faculdade.

4. Conhecimento profundo da Escola. Esta foi a Faculdade em que me formei em

1984 com 18 valores, tendo participado ao longo dos anos em múltiplas

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actividades relevantes para a FMUL, culminando com a honra de ter sido Director

da mesma nos últimos 3 anos.

5. Reconhecimento internacional, o que permitirá continuar a capitalizar a minha

capacidade de intervenção a favor da instituição.

6. Promoção de meritocracia de que todo o meu percurso académico e profissional

no País e no estrangeiro é penhor.

7. Compromisso com a Educação Médica pré e pós-graduada como expressão do

meu percurso académico, o qual foi sempre pautado por uma visão universal da

Medicina, traduzida nos múltiplos cargos que tenho tido ao longo da minha

carreira profissional.

Assumo, naturalmente, com a minha recandidatura, toda a minha dedicação e

determinação para o desempenho de tão importante e exigente cargo, com a certeza

que continuarei a ter ao meu lado a Escola e os seus representantes nos mais variados

órgãos, para em conjunto atingirmos o nosso objectivo máximo que é termos uma

FMUL moderna, líder a nível nacional e internacional de que todos que dela fazem

parte se possam orgulhar.

Acredito que com o entusiasmo e empenho de todos, estudantes, investigadores,

colaboradores docentes e não docentes, continuaremos a construir uma Escola que

honra o passado e constrói o futuro!

Fausto J. Pinto

Email: [email protected]

Website pessoal: www.faustopinto.com

Lisboa, 1 de Junho de 2018

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PROGRAMA DE ACÇÃO PARA ADIRECÇÃO DA FMUL (2018-22)

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MISSÃO E VISÃO - O QUE JÁ FOI FEITO E UM OLHAR PARA O FUTURO

A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) é uma Escola centenária,

integrada na Universidade de Lisboa (ULisboa), resultante da fusão das anteriores

Universidade de Lisboa e Universidade Técnica de Lisboa.

A sua origem remonta à Real Escola de Cirurgia, criada em 1825 no Hospital de S. José,

posteriormente designada por Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, em 1836 e,

finalmente, em 1911 como Faculdade de Medicina de Lisboa, por decreto do Governo

da República.

Localizada, inicialmente, no edifício do Campo de Sant’Ana, no qual existiam os

Institutos das Ciências Básicas, incluía as Clínicas Universitárias no Hospital Escolar de

Santa Marta e uma rede de instituições hospitalares e de investigação que

participavam no ensino médico. Em 1956, a Faculdade de Medicina foi transferida

para o edifício do Hospital de Santa Maria, onde se mantem desde então, tendo as

suas instalações sido ampliadas, em 2004, com o edifício Egas Moniz.

Inserida num Campus, a FMUL integra o Centro Académico de Medicina de Lisboa

(CAML), em cooperação com o Instituto de Medicina Molecular (iMM) e com o

Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar Lisboa Norte (HSM-CHLN), o que

representa um conceito inovador e pioneiro, a nível nacional, da organização dos

centros de ensino, investigação e prática médica diferenciada.

A excelência e prestígio da FMUL são reconhecidos a nível nacional e internacional,

tendo sido distinguida, em 2015, com a medalha de Serviços Distintos “Grau Ouro” do

Ministério da Saúde.

MISSÃO:

A missão da FMUL é a formação de médicos, o ensino e a investigação da Medicina e

das ciências essenciais à promoção da saúde, prevenção, diagnóstico, tratamento e

reabilitação da doença, através da criação, transmissão e difusão de ciência,

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tecnologia e cultura, no respeito pela liberdade intelectual e pela ética,

reconhecimento do mérito e sentido de serviço à comunidade.

Para o cumprimento integral da sua missão no domínio do ensino da Medicina e da

investigação biomédica, a FMUL deverá assegurar a prática da Medicina do mais alto

nível de desenvolvimento científico e tecnológico, necessariamente reflectida na

actividade dos seus docentes no âmbito da assistência médica, quer hospitalar, quer

ambulatória.

VISÃO:

Assegurar à FMUL lugar cimeiro, como a instituição de referência do ensino médico

nacional e da investigação biomédica e, pelo desenvolvimento do Centro Académico

de Medicina de Lisboa, constituir instituição académica relevante no contexto

nacional e internacional.

Uma Faculdade de Medicina moderna tem como uma das suas principais

incumbências formar Médicos que possam vir a cumprir a função para a qual mais de

90% dos estudantes de Medicina se candidatam: Ser Médico. Tal implica uma sólida

formação científica, com capacidade de autoaprendizagem e de lifelong learning, com

competências em comunicação com os doentes, interpares e com a sociedade,

habilitados a trabalhar em equipas profissionais multidisciplinares, atentos aos

desafios de Saúde contemporâneos e à Ética na Medicina e Ciências da Vida, aptos

para integração útil e criativa nos Sistemas de Saúde em vigor na sociedade e capazes

de uma escolha informada da sua carreira profissional.

O ensino da Medicina tem, em geral, especificidades que o distinguem do ensino de

outras áreas do saber, tanto pela diversidade e complexidade das áreas que envolve,

como, sobretudo, pelo objecto de estudo e acção - o Ser Humano nas suas várias

vertentes (e não apenas a biológica). Por esta razão considero que a Faculdade de

Medicina tem que reflectir na sua organização e funcionamento destes aspectos

específicos, determinantes para o sucesso da sua missão. Como tal, a Direcção da

Faculdade tem de estar completamente sintonizada com o que é actualmente a

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realidade do universo médico, sobretudo o desenvolvimento científico e tecnológico,

a inovação e a prática médica científica mas humanista.

O Mestrado Integrado em Medicina (MIM) é o pilar central da FMUL em todas as

vertentes, da pedagógica à financeira, estando inscritos, no ano letivo 2017/2018,

2.167 alunos e tendo concluído o curso 365 diplomados. O MIM foi submetido à

avaliação e acreditação pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior

(A3ES) tendo sido o resultado extremamente positivo.

A Faculdade tem contribuído para o desenvolvimento de outras formações

académicas, nomeadamente, Engenharia Biomédica (parceria com o Instituto

Superior Técnico), Ciências da Saúde (responsabilidade da Reitoria da Universidade de

Lisboa, em parceria com a Faculdade de Ciências, a Faculdade de Farmácia, a

Faculdade de Psicologia e a Faculdade de Medicina Dentária) e Ciclo Básico de

Medicina (parceria com a Universidade da Madeira). Em 2017, foi aprovada a criação

de um novo ciclo de estudos, a Licenciatura em Ciências da Nutrição, da Faculdade de

Medicina, com a colaboração da Faculdade de Farmácia e da Faculdade de

Motricidade Humana, cuja primeira edição ocorrerá no próximo ano lectivo 2018/19.

O ensino pós-graduado é outro pilar forte da FMUL que tem vindo a desenvolver-se,

progressivamente, ao longo dos anos. A Faculdade tem tido uma oferta formativa

diversificada, potenciada pela inserção no CAML, o que possibilita aos estudantes uma

exposição continuada a um ambiente científico privilegiado. O Programa Doutoral do

Centro Académico de Medicina de Lisboa (PhDCAML) tem conduzido à promoção do

desenvolvimento da dimensão académica e da qualificação da prática clínica, bem

como à modernização e ao desenvolvimento da investigação, da educação médica e

inovação das ciências da saúde. Ao PhDCAML estão associados três programas

doutorais financiados pela FCT após concurso competitivo por mérito, sinal da força

científica da FMUL. No ano letivo 2017/2018, a pós-graduação caracterizou-se por 254

estudantes de doutoramento, 309 estudantes de mestrado e 47 estudantes a

participar em cursos de especialização.

A formação contínua, não conferente de grau, tem tido igualmente um papel

determinante na atualização e aperfeiçoamento da educação médica continuada. Em

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2017, foram organizados 17 cursos (Cursos de Atualização, Cursos de

Aperfeiçoamento, Workshops), nos quais participaram 224 inscritos.

A educação médica na nossa escola tem ainda sido dinamizada por várias iniciativas

promovidas pelo Departamento de Educação Médica, que em conjunto com o

Conselho Pedagógico se reveste de particular relevo na implementação de um sistema

de garantia de qualidade na pedagogia e sua ligação à investigação científica.

A investigação científica é um outro pilar robusto da Faculdade. Para além da sua forte

componente de ensino e formação, a FMUL tem vindo a promover a ciência como

parte integrante da Educação Médica, na convicção de que a cultura científica

influencia positivamente a qualidade da prática clínica, a promoção da investigação e

a descoberta científica em Medicina, com repercussões positivas na sociedade.

A FMUL, entendendo que vivências de ciência devem constituir parte integrante da

trajetória académica dos alunos durante a sua formação em medicina, possibilita,

através do Programa “Educação pela Ciência”, que jovens alunos da pré-graduação

desenvolvam projetos de investigação em unidades do CAML. Em 2017, foram

desenvolvidos no âmbito deste programa 28 projetos de investigação por 38 alunos.

A prática de investigação por parte dos docentes é também determinante para a

fomentar o raciocínio científico nos alunos, mesmo nos que por razões de ordem

diversa optem por não se envolver directamente em projectos de investigação. O

desenvolvimento de mecanismos que incentivem a realização de teses de Mestrado

com graus de exigência progressivamente maiores e discriminatórios do mérito e

esforço dos seus autores, constitui também uma ferramenta para a formação de

médicos com capacidade de reflexão crítica e autoaprendizagem ao longo da vida.

Na FMUL a investigação científica é desenvolvida nas Unidades Estruturais e no iMM.

Dois Centros de Investigação reconhecidos formalmente pela Fundação para a Ciência

e Tecnologia (FCT), nomeadamente, o Instituto de Saúde Ambiental (ISAMB) e o

Centro Cardiovascular da Universidade de Lisboa (CCUL) são unidades estruturais da

FMUL. A atividade científica dos docentes, investigadores e médicos que trabalham

nas instituições que integram o CAML é retratada e pode ser apreciada pelo número

de publicações, entre outros fatores. Em 2017, estavam indexados 372 artigos na Web

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of Science com afiliação expressa à Universidade de Lisboa, 15 livros e 47 capítulos de

livros foram publicados.

Tanto ao nível da atividade científica, como da atividade pedagógica e atividade clínica

da FMUL, assume particular relevo a ação desenvolvida pelas Unidades Estruturais

para cumprimento e prossecução da missão da Faculdade. O trabalho desenvolvido

por alguns docentes e investigadores tem sido até reconhecido além FMUL, com

nomeações, distinções e prémios atribuídos em várias áreas e vertentes.

No estímulo ao ensino, à educação médica e à investigação, a FMUL em 2016/2017

atribuiu, pela primeira vez, o Diploma de Mérito, para distinguir os alunos com melhor

média em cada ano curricular, e três novos Prémios: o Prémio de Mérito Pedagógico

da FMUL – Prémio Professor Doutor J. Gomes-Pedro, para distinguir o docente ou

grupo de docentes pelo seu contributo para a melhoria da Educação Médica; o Prémio

GAPIC David-Ferreira, para distinguir o melhor trabalho final MIM; e o Prémio FMUL /

CGD de Excelência, para distinguir os alunos com melhor classificação, no primeiro e

segundo ciclos.

A qualidade do ensino, da atividade científica, pedagógica e clínica têm contribuído

para a promoção da FMUL, quer no seio da ULisboa, quer a nível nacional e

internacional. Com o intuito de projectar a FMUL, a Faculdade tem vindo a promover

a sua imagem, através de melhorias nos principais meios de informação e

comunicação, nomeadamente, no portal e na newsletter.

Para além das suas atividades letivas, são vários os eventos e iniciativas que a FMUL

organiza e em que participa anualmente, refletindo a sua dinâmica a nível interno e

também a sua projeção para o exterior.

Ao nível da cooperação institucional e relações externas, a FMUL tem estabelecido

vários protocolos e tem vindo a consolidar a sua rede de parceiros, como a ULisboa, o

CAML, a AEFML, a AAFML, a AIDFM, instituições afiliadas, entre outros. Como forma

de promover a internacionalização dos seus estudantes, a Faculdade tem ainda

consolidado convénios e protocolos com instituições internacionais e incentiva a

participação em programas de mobilidade.

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Perante o seu papel na sociedade, a FMUL constituiu um Conselho de Cidadãos,

composto por personalidades da sociedade civil, sendo futuramente os seus

contributos úteis para o plano estratégico da Escola. A Faculdade tem ainda dado

continuidade ao seu compromisso de responsabilidade social, desenvolvendo ações

de solidariedade em várias vertentes.

A modernização organizacional tem sido um projeto constante ao longo do tempo, de

forma a tornar a FMUL uma instituição moderna e inovadora, quer ao nível da própria

estrutura, quer ao nível de processos e procedimentos.

Tem sido, igualmente, uma preocupação da FMUL zelar pelas suas instalações no

Edifício Central e no Edifício Egas Moniz, espaços esses de ensino, investigação,

biblioteca/estudo e administrativos, bem como pelos seus equipamentos. Exemplo

disso, foram as obras de remodelação do Pólo das Ciências Morfológicas e o projecto

de ampliação da sala de leitura ao piso 7, recentemente inaugurada. A Faculdade tem

ainda vindo a garantir o suporte e administração de sistemas informáticos e de

comunicação à comunidade FMUL.

O sucesso de qualquer instituição assenta na capacidade de assegurar as melhores

condições de segurança e saúde no trabalho, estando a Faculdade a desenvolver neste

âmbito várias iniciativas, entre elas, o seu Plano de Segurança.

Garantir a qualidade é uma premissa central e transversal a toda a Faculdade, de

modo a cumprir de forma exemplar a sua missão e, simultaneamente, atender ao

estabelecido pela ULisboa, a implementação de um Sistema Integrado da Qualidade

da Universidade de Lisboa.

Para garantir a qualidade dos seus serviços, nomeadamente do ensino que ministra, a

FMUL tem desenvolvido atividades relacionadas com os processos de acreditação dos

seus ciclos de estudo pela A3ES, bem como outras iniciativas, com vista à melhoria

contínua, quer dos processos de ensino e avaliação dos alunos, quer das formas de

organização da Escola, das suas estruturas e dos serviços prestados.

Estes são apenas alguns exemplos do que foi feito durante o meu primeiro mandato

e que não é mais do que um ponto de partida para o segundo mandato, se me for

concedida essa honra.

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ENSINO

Implementação da Reforma do Ensino Clinico

Tendo em conta que a principal objectivo de uma Faculdade de Medicina é a formação

de Médicos, o Ensino Clínico constitui um dos seus esteios mais importantes e, como

tal, deve ser constantemente analisado e revisto de forma racional, procurando

manter um equilíbrio entre o que são as naturais mudanças temporais e conjecturais

que têm de ser levadas em linha de conta, e a necessidade de estabilidade pedagógica,

evitando sobressaltos desnecessários. Ao longo dos últimos anos, e na sequência da

revisão curricular dos anos pré-clínicos, tornou-se mais premente a necessidade de

reformulação do ensino da medicina clínica, em especial tendo em conta o excessivo

número de vagas de pré-graduação, a limitação de doentes internados e os direitos

de Cidadania da Pessoa Doente.

Nesse sentido, foi criada, no início do meu primeiro mandato, uma Comissão para a

avaliação e reforma do Ensino Clínico, coordenada pelo Professor José Mendes de

Almeida, que elaborou um documento de reflexão muito útil, que mereceu uma

análise detalhada por parte dos vários orgãos da Escola. Como consequência foi criada

uma Comissão de Implementação da Reforma do Ensino Clínico, coordenada pelo

Professor José Ferro., com o objectivo de implementar essa mesma reforma. Trata-se

duma área muito sensível, em que é fundamental a participação de todos, a fim de se

promover uma Reforma que seja realista, moderna, adaptada às características que

se pretendem para uma Escola com as características da FMUL.

Reafirmo, ainda, o meu empenhamento na consolidação da Rede de Instituições

afiliadas para o ensino, assunto ao qual continuarei a dedicar particular atenção, pois

considero um instrumento indispensável para alargar a diversidade clínica e optimizar

o ratio de docente/discentes

Uma breve referência ao Trabalho Final de Mestrado, recordando a aprovação do

novo modelo do mesmo, incluindo a introdução de classificação quantitativa e

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atribuição de 6 ECTS, bem como a sugestão para que incorpore cada vez mais

investigação científica original porque constitui uma oportunidade de formação

científica para os alunos e para a concretização de iniciativas de investigação das

unidades académicas envolvidas, básicas ou clínicas. A sua implementação será um

dos objectivos a atingir no segundo mandato.

Foi também já aprovada uma nova dinâmica para o Tronco Optativo para que se

configure cada vez mais como parte integrante do curriculum, permitindo aos

estudantes obter competências numa área do seu interesse pessoal, promovendo o

desenvolvimento intelectual e a sua curiosidade científica. A sua implementação irá

também ocorrer durante o segundo mandato e será devidamente acompanhada.

Será igualmente implementada uma avaliação de necessidades de ajustes no ensino

pré-clínico em função de resultados de avaliação periódica do ensino que tem, e

continuará, a ser realizada. Já passaram cerca de 10 anos sobre a reforma do ciclo pré-

clínico. É, pois, altura de fazer também um ponto da situação e uma reflexão mais

aprofundada sobre o funcionamento da área pré-clínica numa atitude de melhoria

contínua.

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PEDAGOGIA E EDUCAÇÃO MÉDICA

1. Desenvolvimento Da Educação Médica

Desde a criação do Departamento em Educação Médica, em 2015, que a educação

médica na FMUL ganhou uma outra dinâmica com a promoção e formação de

docentes, a disponibilização detalhada de dados e avaliação dos processos de ensino-

aprendizagem, a investigação em educação médica e o acompanhamento do ensino

clínico. Em 2018, será assim prosseguido o trabalho desenvolvido por este

departamento, com a organização de ações formativas e iniciativas que procurem

melhorar as metodologias de ensino e aprendizagem.

A Unidade de Formação Contínua tem tido, igualmente, um papel determinante na

atualização e aperfeiçoamento da educação médica continuada, sendo um pilar

essencial que complementa a formação inicial, contribuindo para o processo de

lifelong learning. A Faculdade continuará assim a promover a organização destes

cursos com carácter profissionalizante destinados não apenas a médicos, mas a um

público diversificado da área das ciências da saúde. São cursos importantes para a

missão da FMUL, para a promoção da sua marca e para a sua sustentabilidade

financeira.

2. Reforço do GAPIC e do Programa “Educação pela Ciência”

O GAPIC tem sido um projecto de sucesso e uma bandeira da Escola e é com muito

orgulho que recordo o ter feito parte do primeiro GAPIC sob a direcção do saudoso

Prof David Ferreira. A promoção da cultura e do hábito mental de prática do método

científico junto dos alunos foram o desiderato da FMUL ao criar o Programa “Educação

pela Ciência” – Projectos de Investigação para Alunos, da responsabilidade do

Gabinete de Apoio à Investigação Científica, Tecnológica e Inovação – GAPIC.

O GAPIC promove também a investigação através do programa Projecto de

Investigação, do tronco opcional do Mestrado Integrado em Medicina, e da Bolsa de

Investigação Fundação AstraZeneca/FMUL, destinada a recém-licenciados.

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O GAPIC tem sido um projecto de sucesso e uma bandeira da Escola e é com muito

orgulho que recordo o ter feito parte do primeiro GAPIC sob a direcção do saudoso

Prof David Ferreira. Trata-se de um gabinete com a importante missão de incentivar e

dinamizar a prática de investigação científica durante a pré-graduação, para o que

desenvolve diversas actividades sendo o ‘Programa Educação pela Ciência’ um dos

mais emblemáticos. Com o objectivo de manter o incentivo nos recem-licenciados,

criou-se a Bolsa de Investigação Fundação AstraZeneca/FMUL.

Mantenho o compromisso com a sustentabilidade do GAPIC através de uma procura

activa dos recursos financeiros indispensáveis à sua prossecução.

3. Formalização do Gabinete de Apoio ao Aluno

Formalizar o Gabinete de Apoio ao Aluno, por forma a personalizar o

acompanhamento dos estudantes enquanto indivíduos no seio da Escola e não só o

seu acompanhamento na vertente de ensino /administrativo. Tal Gabinete englobará

estruturas já existentes, tais como o Espaço S, o Mentoring, o Solvint, Mentorado e

saídas profissionais.

4. Reforço das Parcerias para o Ensino

Considero indispensável assegurar a continuidade do Programa de Afiliação

Institucional para o ensino clínico, que inclui a vivência em Centros de Saúde nos 1º e

2º anos do Curso, a experiência hospitalar de 6 semanas no fim do 2º semestre do 3º

ano e o funcionamento, em unidades hospitalares afiliadas, do ensino das áreas de

Medicina e Cirurgia no currículo obrigatório.

Manterei os compromissos com a Escola de Ciências da Saúde da Universidade da

Madeira, e procurarei estimular o reforço de parcerias com IST no âmbito da

Engenharia Biomédica, bem como a cooperação com as Faculdades de Farmácia e

Motricidade HuUmana no âmbito da nova licenciatura em Ciências da Nutrição.

Manter e eventualmente reforçar as parcerias para o ensino pós-graduado, reflectido

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Fausto J. Pinto 17

em Mestrados não integrados, Programas de Doutoramento e cursos de pós-

graduação e especialização.

5. Espaços Pedagógicos

A existência de espaços pedagógicos adequados para serem utilizados regularmente

pelos alunos contribui significativamente não só para melhorar a sua capacidade de

estudo e consequentemente o seu aproveitamento escolar, mas também para a

afirmação de uma maior dignidade da própria instituição, que se importa com o bem-

estar dos seus estudantes. Neste sentido irei promover:

1. Construção da Sala de Estudo no Edifício Reynaldo dos Santos, sendo

discutidas com os alunos as condições de funcionamento (vigilância, acesso

restrito, sala de silêncio ou não, existência de computadores, etc)

2. Revisitar a utilização de alguns espaços no edifício principal e no Edifício Egas

Moniz que possam também vir a ser utilizados para salas de estudo ou outros

espaços a discutir com os estudantes, em função das suas necessidades.

3. Manutenção e melhoria dos espaços pedagógicos já existentes, bem como o

acesso a salas de aula para uso como salas de estudo durante a época de

exames.

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PROMOÇÃO E INOVAÇÃO DA CIÊNCIA

O desenvolvimento da Investigação Científica e de Inovação clínica e pedagógica na

FMUL constitui um outro pilar do meu programa de acção para a Direcção da FMUL,

pois estou empenhado na concretização de uma Universidade e de uma Escola Médica

que faça da investigação e da promoção do conhecimento um atributo e uma

qualidade.

A minha actuação decorrerá em dois planos de intervenção:

a) Na reafirmação e reforço da cooperação activa e participativa com o IMM, que

nasceu da convergência de Centros de Investigação classificados como Excelente

da Faculdade de Medicina, cujos líderes científicos atuais são, directamente ou por

afiliação, Professores da Faculdade e que funciona nas instalações da Faculdade

de Medicina, no edifício Egas Moniz.

O empenhamento da Faculdade no sucesso do IMM tem sido claro, objectivo,

regularmente quantificado e divulgado, pelo que não necessita ser relembrado.

Partilho da estratégia definida pelo Senhor Reitor num documento recente sobre

a nossa Faculdade, em que procedeu à apreciação integrada da actividade e

recursos financeiros da Faculdade, IMM e AIDFM como instituições afiliadas do

perímetro académico da FMUL. Só assim se aumenta a robustez da FMUL e o seu

valor estratégico.

b) Simultaneamente, procurarei estimular o desenvolvimento e consolidação de

Centros e Institutos de Investigação da Faculdade, como o ISAMB e o CCUL (Centro

Cardiovascular da Universidade de Lisboa), fomentando o desenvolvimento de

projectos e iniciativas de investigação em programas cooperativos nacionais, no

âmbito da ULisboa e internacionais.

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Fausto J. Pinto 19

Tenho a expectativa que o IMM, ISAMB e CCUL venham a ser reconhecidos como

unidades excelentes após avaliação científica da FCT. Estou otimista numa nova

fase e num reforço da investigação na FMUL. Em qualquer circunstância apoiarei

sempre iniciativas individuais ou coletivas dos investigadores da FMUL que se

revistam de qualidade, sustentem uma visão global para a nossa Faculdade, e

estejam alinhados com a sua missão, como tenho sempre feito até aqui.

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Fausto J. Pinto 20

INTERNACIONALIZAÇÃO DA FMUL

A FMUL dispõe de uma área vocacionada para a Cooperação Internacional

responsável pela organização de programas de mobilidade, nomeadamente o

Programa Erasmus no espaço europeu, Programa Almeida Garrett a nível nacional,

Programa Egas Moniz com o Brasil, Free-Mover. A própria Reitoria da ULisboa tem

firmado convénios e protocolos com instituições do Mundo inteiro e com instituições

nacionais das mais variadas áreas aos quais os alunos da FMUL podem aceder. O

reforço desta área será um dos propósitos desta minha candidatura a fim de

intensificar a integração dos nossos alunos num espaço médico que é cada vez mais

global, e potenciar a formação de redes a níveis nacionais e internacionais, quer seja

no domínio clínico, da investigação, da docência ou da cultura.

As Universidades não podem alhear-se da sua missão cultural, ao mesmo tempo que

podem ser um excelente veículo da cultura e língua portuguesa. Neste sentido a

capacidade de atrair alunos estrangeiros através da implementação do estatuto do

estudante estrangeiro e a criação de programas pré e pós graduados, é uma forma de

afirmar e consolidar a influência cultural de Portugal no Mundo, sem que isso implique

qualquer prejuízo para o ensino dos alunos nacionais, bem pelo contrário,

constituindo um meio adicional de sustentabilidade financeira da Escola, como

acontece com instituições congéneres na Europa.

Procuraremos, assim, que seja alterado o despacho do Senhor Ministro da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior, que limita o acesso de alunos estrangeiros às Faculdades

de Medicina. A atração de alunos estrangeiros, se bem planeada e bem

implementada, pode ajudar a criar melhores condições para os estudantes nacionais,

ao mesmo tempo que cria oportunidades de ouro de internacionalização da FMUL,

com benefícios para todos. É importantíssimo para a FMUL a sua integração em redes

europeias de ensino e investigação, uma necessidade na Europa do presente e do

futuro.

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Fausto J. Pinto 21

Proponho a Criação de Programas especiais que tragam alunos PALOP para estudar

em Portugal, promovendo a formação de programa tipo ERASMUS do mundo de

língua portuguesa (ex: Egas Moniz ou outro).

Continuarei, pois, a pugnar pela extensão do Estatuto do Estudante Internacional às

Faculdades de Medicina, pois parece-me discriminatório o facto de apenas as

Medicinas serem excluídos deste estatuto.

Tendo como objectivo uma maior profissionalização da vertente internacional,

proponho a criação duma estrutura dedicada à área estratégica de

“Internacionalização”. Atualmente, existe o Núcleo de Cooperação Internacional que

se dedicada à mobilidade de estudantes da pré-graduação. No entanto, será de

repensar a estrutura de Unidades Orgânicas vocacionadas para a internacionalização,

quer de alunos pré-graduados quer pós-graduados, docentes ou investigadores.

A “Internacionalização” vai mais além do que Cooperação Internacional, aqui também

está incluído a gestão das visitas que a FMUL recebe no âmbito de parcerias,

protocolos, grupos de alunos de outras Faculdades, etc; bem como visitas que a FMUL

realiza quer pela própria Direção, quer por docentes/investigadores em nome da

Faculdade, entre outras iniciativas

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Fausto J. Pinto 22

ORGANIZAÇÃO E MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

O sucesso de qualquer instituição assenta em boa parte na capacidade da sua

liderança assegurar as melhores condições possíveis de trabalho para os seus

funcionários, fomentando a sua motivação e empenho. Valorizo de sobremaneira a

necessidade de entendermos a instituição como um todo, em que a participação,

integração, cooperação, articulação dos vários grupos profissionais é essencial para o

seu bom funcionamento. Procurei fazê-lo durante o mandato que ora termina através

de múltiplas iniciativas, que foram sempre discutidas com as representantes dos

funcionários não docentes.

Manterei, pois, o meu empenhamento na modernização administrativa da FMUL

incluindo os seguintes aspectos:

Modernização Organizacional

Dinamizar várias áreas, incluindo algumas recentes mas estratégicas, como:

Comunicação, Internacionalização, Departamento de Educação Médica, Gabinete de

Inovação e Empreendedorismo, Gabinete de Planeamento Estratégico e Qualidade,

Segurança e Saúde no Trabalho.

Tendo presente iniciativas como o Projeto Mentoring e Espaço S, considero

interessante a criação de uma Unidade de Apoio Psicossocial, mas extensível a toda a

comunidade FMUL, articulada com o Gabinete de Apoio ao Aluno.

Adequar-se-ão os procedimentos de acordo com o novo Regulamento Geral de

Proteção de Dados, que garanta um equilíbrio entre confidencialidade e

transparência.

Elaboração de um Regulamento do Arquivo.

Elaboração de Manuais de Procedimentos ao nível dos vários serviços.

Qualidade

Para além de uma “fotografia” da FMUL é importante termos um “raio-X”, com vista

à melhoria contínua da qualidade dos serviços, dos próprios processos e

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Fausto J. Pinto 23

procedimentos, identificarmos boas práticas e aspetos a melhorar, priorizar as

necessidades e até mesmo identificar o que deverá ser estratégico. Para tal é

fundamental a elaboração de um estudo de diagnóstico organizacional.

Aplicação de questionários de avaliação e satisfação sobre as várias áreas e os serviços

prestados (à semelhança do que os alunos estão a aplicar sobre os serviços

académicos), como, por exemplo, aos visitantes do portal e leitores da newsletter, de

forma a ir ao encontro das necessidades e expectativas do público-alvo.

No âmbito de uma gestão estratégica, criar o “Barómetro FMUL”, um ‘dashboard’ de

“FMUL em Números”, para monitorizar e analisar a evolução de determinados

indicadores estatísticos no âmbito de áreas estratégicas e, desta forma, avaliar a

qualidade a nível institucional.

Comunicação

Implementação do recentemente aprovado Plano de Comunicação e Marketing,

fundamental para melhorar, ainda mais, a imagem da FMUL, vincando a sua “imagem

de marca” e projetando a Faculdade a nível nacional e internacional. Este plano é

importante, ao nível da pré-graduação para captar os melhores alunos, ao nível da

pós-graduação para promover a sua oferta e aumentar a procura, ao nível da

investigação em termos de parcerias e obter financiamento, entre outros. Deste plano

faz também parte a melhoria contínua do Portal da FMUL, nomeadamente da sua

navegabilidade e tradução em língua inglesa.

Produção de Brochura e Vídeo institucional sobre a FMUL, em português e inglês.

Tradução para inglês, para além da newsletter e portal, de todos os materiais

promocionais, como brochura da FMUL e outras brochuras, vídeos institucionais

(legendados em inglês).

Monitorizar e avaliar a nível de indicadores estatísticos os principais meios de

comunicação, portal e newsletter.

Recursos Humanos, Formação e Valorização Profissional

Manter a possibilidade de conciliação entre a Vida Profissional, Familiar e Pessoal e

Apoio à Parentalidade, através do Regulamento de Horário de Trabalho para o Pessoal

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Fausto J. Pinto 24

Não Docente, que possibilita a conciliação dos horários de trabalho com a situação

específica de cada colaborador, sem prejuízo da funcionalidade dos Serviços.

A FMUL todos os anos tem feito ‘formação à medida’ investindo em determinadas

áreas consoante as necessidades sentidas, como Segurança e Saúde no Trabalho, e

Regulamento Geral de Proteção de Dados. Sendo a globalização uma realidade da

sociedade atual e a internacionalização uma área estratégica da FMUL, considero

essencial investir na formação em inglês dos colaboradores não docentes, o que

possibilitará uma maior agilidade na interacção com outras instituições internacionais,

bem como processos de intercâmbio ou de aquisição de bens e serviços.

Promover estágios/visitas dos não docentes em áreas estratégicas a outras

instituições congéneres onde se realizem boas práticas (Benchlearning)

Promover a mobilidade inter-serviços, como política de motivação, de ajustar

competências, qualificações dos colaboradores aos postos de trabalho, de inovar e

melhorar os serviços prestados.

Responsabilidade Social

É uma das facetas da nossa casa que deve ser explorada e apoiada. Iniciativas como

Faculdade de Ajudar, Grupo de Saúde e Bem estar organizacional, terão o meu apoio

e incentivo, pelo que me proponho criar uma área de responsabilidade social – que

formalize a “Faculdade de Ajudar” como FMUL e alargue a esfera de atuação da

mesma em articulação com a AEFML, criando uma estrutura mais permanente que

promova este tipo de iniciativas que poderão contar com apoio institucional e

financeiro da FMUL. Manter a participação no Observatório de responsabilidade social

das instituições de ensino superior.

Estabelecimento de protocolos com outras entidades que representem mais valias

para os nossos funcionários e suas famílias (ex. ATLs, creches, colégios, etc

Relação com AIDFM (Associação para a Investigação e Desenvolvimento da

Faculdade de Medicina)

A AIDFM tem sido um instrumento muito importante no suporte de múltiplas

actividades da FMUL, quer a nível de docentes, discentes e funcionários, o que se

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Fausto J. Pinto 25

deverá manter e até aprofundar num quadro de completa clareza e transparência. O

apoio a actividades da FMUL, como o caso da organização com grande sucesso do

AIMS, mostra a necessidade de continuar a apoiar o seu desenvolvimento.

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Fausto J. Pinto 26

COMPROMISSO COM A UNIVERSIDADE DE LISBOA

A fusão das Universidades Clássica e Técnica marcou um ponto de viragem na

estrutura universitária e uma grande vantagem competitiva da presente Universidade

de Lisboa.

Colocarei todo o meu empenhamento na concretização de um projecto de afirmação

da FMUL como núcleo de desenvolvimento das Ciências da Vida e da Saúde na U

Lisboa.

Nesse sentido irei propor a criação de uma rede interdisciplinar à semelhança das já

existentes (Rede Agro, Saúde, Mov, Mar), na área da "Promoção da Saúde: Por uma

Universidade Saudável" que se articule com o Projeto de prevenção da FMUL, ou seja

a extensão do mesmo à ULisboa, consoante o âmbito de atuação deste.

A rede envolverá todas as Escolas com intervenção possível nesta área: Motricidade

na vertente exercício, Direito na vertente de legislação, Farmácia na vertente da

bromotologia/outros, Veterinária e Agronomia vertente da fileira industrial dos

alimentos, Letras representações culturais desta actividade, etc

Rede Espaço: Criação duma rede espaço, em que a participação da FMUL cobrirá

todos os aspectos relacionados com Medicina aero-espacial, numa vertente moderna

desta tão recente, mas importante, área da Medicina.

A nossa participação no Colégio Mente e Cérebro, iniciado sob a direcção da Profª Ana

Sebastião, no Colégio de Química, no Colégio Food, Farming and Farmacy, a

participação em projectos de intervenção europeia através da Universidade, o

desenvolvimento de Programas de Doutoramento com a participação liderante da

FMUL, do IMM e do ISAMB, são expressão do empenhamento institucional no sucesso

deste novo e ambicioso projecto de afirmação nacional que é a Universidade de

Lisboa.

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Fausto J. Pinto 27

Neste contexto, assume particular relevância o desenvolvimento da nossa Parceria

com o Instituto Superior Técnico, nomeadamente com a conclusão do Edifício

Reynaldo dos Santos.

O novo Edifício Reynaldo dos Santos, cuja finalização tem sido atrasada por razões

totalmente alheias à FMUL, representa uma mais valia para essa cooperação, tal como

permitirá uma expansão e reestruturação de áreas científicas da FMUL.

O projecto em curso que contempla:

Criação dum Centro de BioImagem sofisticada, em estreita colaboração com o

IST, devidamente equipado para poder responder aos desafios de investigação

e ser uma área de prestação de Serviços em cooperação com o HSM-CHLN

Dotar o Centro de Investigação Cardiovascular de infraestruturas laboratoriais,

factor que tem impedido a sua consolidação.

Centro de Investigação em Tecnologias da Saúde, Medicina Regenerativa,

Biomateriais e Nanotecnologia em cooperação com grupos do IST.

Áreas laboratoriais para projectos de investigação, inovação e

empreendedorismo (“Condomínio” para a instalação de projectos e arranque

de empresas start-ups, essencial à ligação da FMUL a empresas e projectos de

redes internacionais, e à sustentabilidade do próprio Ed. Reynaldo dos Santos).

Espaço potencial para outros grupos cuja proposta de trabalho seja

competitiva e se enquadre nos desígnios da FMUL, em particular em

colaboração com IST

Localização de empresas biotecnológicas (start-ups) no campus académico

Espaço pedagógico para a Engenharia Biomédica e a Licenciatura de Ciências

da Nutrição, com salas de aula e de estudo e também para apoio aos

estudantes do MIM. Será um passo importante para reforçar a ligação dos

alunos do Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica à FMUL, com uma

verdadeira identificação com a instituição, enquadrada em espaço próprio.

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CONSOLIDAÇÃO DO CAML

O conceito de Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), criado em 2009, também

desenvolvido noutros países teve como objectivo dominante concentrar numa só estrutura

funcional os três grandes pilares do Edifício Médico Académico: Prestação de cuidados

médicos diferenciados, Ensino pré e pós-graduado e Investigação científica. Partilho da visão

deste conceito e procurarei defender a sua expansão. Só assim se conseguirá uma melhor

integração da área académica com a área clinica, fundamental na formação de novos médicos,

bem como no desenvolvimento de programas de investigação e de pós-graduação fortemente

ligados à componente clinica.

Desenvolverei todos os esforços para reforçar a necessidade de criar em Portugal um estatuto

de Hospital Académico/Universitário com regras diferentes de financiamento e de

organização, consonantes com a sua tripla missão de prestação de cuidados de saúde, ensino

e investigação. Em particular actuarei com empenho e dedicação para reforçar o

entrosamento das instituições que integram o CAML (HSM-CHLN, FMUL e Instituto de

Medicina Molecular) no respeito pelas atribuições e competências respectivas, mas

procurando criar cada vez mais oportunidades e iniciativas de âmbito comum

A criação do CAML colocou-nos numa posição de vanguarda no contexto nacional da

organização do ensino, investigação e prática médica. Reafirmo o meu total empenhamento

em ultrapassar inércias e constrangimentos no seu desenvolvimento progressivo, em

consonância com outros projectos análogos na Europa, Estados-Unidos e Ásia, cujo

funcionamento tive a oportunidade de apreciar directamente.

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MODELOS DE FINANCIAMENTO

O financiamento da FMUL é em grande parte dependente do Orçamento de Estado e de

receitas próprias, com grande preponderância das propinas do MIM e de cursos de pós-

graduação. Uma questão crucial refere-se à percepção generalizada da inadequação do

numerus clausus e que se traduz num número excessivo de alunos da pré-graduação face aos

recursos existentes. É meu propósito contribuir activamente para que se verifique uma

redução desse número, sem prejuízo do financiamento da Faculdade, o qual terá que ser re-

equacionado.

Estou consciente de outras possibilidades de financiamento público e externo os quais a

Faculdade terá que disputar de forma competitiva. Mas para isso é fundamental o apoio

público aos nossos planos de expansão - investigação científica, dinamização do edifício

Reynaldo dos Santos, prestação de serviços, etc. Sem estes planos dificilmente poderemos

ultrapassar os constrangimentos impostos pelo Orçamento do Estado e ter uma política

efectiva de captação dos recursos humanos melhor preparados e dos recursos materiais

necessários à implementação dos projectos considerados essenciais, como os ligados à

valorização profissional e segurança no local de trabalho.

Contudo, temos de ser imaginativos na forma como podemos encontrar outras formas de

financiamento que nos permitam concretizar alguns projectos que sejam considerados

essenciais. Tentaremos concretizar assim algumas ideias, como sejam: 1. Prestação de

serviços de vária índole; 2. Redefinição da política de “overheads” cobrados pela Faculdade;

3. Fomento da participação em projectos de investigação nacionais e internacionais; 4.

Reforço da política de mecenato/patrocínio, incluindo as salas do novo Edifício Reynaldo dos

Santos e algumas do Edifício Egas Moniz, poderem ter nomes de patrocinadores, 5.

Alargamento da oferta de cursos quer conducentes a título, quer de formação pós-graduada,

incluindo áreas transversais em que a Medicina seria apenas um parceiro (ex. Tecnologias da

Saúde, Economia de Saúde, etc)

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Fausto J. Pinto 30

A FMUL é uma Escola que honra o seu passado e que, no presente, preocupa-se em cumprir

a sua missão e atingir com sucesso os seus objetivos, de forma a construir o seu futuro e

prosseguir a sua visão de alcançar um lugar cimeiro como instituição de referência do ensino

médico e da investigação biomédica, no contexto nacional e internacional. É este o propósito

de me recandidatar, contribuindo para o cumprir desses objectivos que deverão sempre

nortear uma instituição com a responsabilidade duma Faculdade de Medicina.

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CURRICULUM VITAEFAUSTO J. PINTO

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Fausto J. Pinto 32

Curriculum Vitae

Professor Fausto J. Pinto, MD, PhD, FESC, FACC, FSCAI, FASE

Place and Date of Birth: Santarém, Portugal / 3 November 1960

Gender: Male

Marital status: Married, five children

Official address: Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa - Hospital de Santa Maria - Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E. Serviço de Cardiologia Av. Professor Egas Moniz, Piso 08 1649-035 Lisboa / PORTUGAL Phone/Fax: (+351) 21 000 85 00 / (+351) 21 780 53 56

E-mail: [email protected] URL: www.faustopinto.com

Main Current Positions

Dean of the Faculty of Medicine, University of Lisbon Head, Cardiology and Heart and Vessels Department University Hospital of Santa Maria/CHLN, Lisbon,

Portugal Full Professor of Cardiology, Lisbon University Medical School Chair, Cardiology Clinic, Faculty of Medicine, University of Lisbon Scientific Coordinator, Cardiovascular Centre of the University of Lisbon (FCT, Fundação para a Ciência

e Tecnologia, the Portuguese national funding agency for science, research and technology) Immediate Past-President, European Society of Cardiology (2016-2018) Board member (Strategic Partner), World Heart Federation (WHF) (2017-2018) President, Association for Research and Development of the Faculty of Medicine (AIDFM), Lisbon,

Portugal (2003-2015) Director, Lisbon Cardiovascular Institute (since 1999) Postgraduate supervision (MSc, PhD, Postdocs) at Faculty of Medicine Lisbon, Imperial College London,

Escola Nacional de Saúde Pública / National School of Public Health (among others)

Training and Education

Good Clinical Practice, EU GCP Directives (2001/20 & 2005/28), Jul 2016 (applies until Jul 2018) Interventional Cardiology Fellowship at Stanford University Medical School (CA, USA) (1992-93). Clinical Attending at the Echocardiography Laboratory, Stanford University Medical Center (CA, USA)

(1991-93) Fellowship in Echocardiography at Stanford University Medical School (CA, USA) (1990-91). Cardiology Internship at Santa Maria University Hospital (Lisbon, Portugal) (1987-89) and at Stanford

University Medical School (CA, USA) (1990-91). MD - Lisbon University Medical School (1984)

Post Graduate Degrees

Aggregation/Habilitation - Lisbon University Medical School (1997) PhD - Lisbon University Medical School (1993)

Main European Society of Cardiology Activities

Immediate Past-President of the European Society of Cardiology (2016-2018) Chairman of the European Heart Agency (since 2016) Chairman of Managerial Council (since 2016) Board of the European Heart for Children (since 2016) President of the European Society of Cardiology (2014-2016) President Elect of the European Society of Cardiology (2012-2014) Treasurer of the European Heart for Children (2012-2014)

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Fausto J. Pinto 33

Vice-President of ESC for National and Affiliated Societies (2010-12) Chairman of the Congress Program Committee (CPC) of ESC (2008-2010): Barcelona (Spain, 2009) and

Stockholm (Sweden, 2010). Board member of ESC (Councilor) (2004-2006). Member of the Scientific Committee and CPC (Coordinator of Imaging) of the World Congress of

Cardiology 2006, Barcelona (Spain), and the ESC Congress 2005, Stockholm (Sweden). President and Founder of the European Association of Echocardiography (EAE) – a registered branch of

ESC (2003-2004). General Director Euroecho 8, Athens (Greece, 2004) and Euroecho 7, Barcelona (Spain, 2003). Vice President of the Working Group of Echocardiography of ESC (2000-2002). Chairman Scientific Committee Euroecho 6, Munich (Germany, 2002) and Euroecho 5, Nice (France,

2001). Vice-Chairman (1995-1997) and Chairman (1997-1999) of the sub group of “Intravascular Ultrasound” of

the Working Group of Echocardiography ESC

Editorial and Advisory Boards

Advisor: Department of Cardiovascular Sciences, University of Leuven (since 2016); Circulation Journal (2016 – 2018)

Consulting Editor: Journal Dialogues in Cardiovascular Medicine (since 2015) and International Heart Journal (since 2016).

Editor in Chief: Portuguese Journal of Cardiology (1999-2015). Member of Editor’s Network: ESC and Heart group (since 1999). Member of the Editorial Board: European Heart Journal; European Heart Journal - Cardiovascular

Imaging; European Heart Journal - Cardiovascular Pharmacotherapy; European Medical Journal; Arquivos Brasileiros de Cardiologia; The Journal of Heart Disease; International Journal of Cardiovascular and Science; Archives of the Turkish Society Cardiology; Revista “Clínica e Saúde”; Revista Espanhola de Cardiologia/Spanish Journal of Cardiology; Hellenic Journal of Cardiology; Romanian Heart Journal; Journal of Cardiovascular Diseases; Archives of Medical Science; Business Briefing: European Cardiology Publication; Medical Science Monitor International Panel of Reviewers; The Netherlands Heart Journal; The Journal of Heart Disease, Journal of Chinese Clinical Medicine; Cardiology Management Journal; The Journal of Tehran University Heart Center; Journal of Geriatric Cardiology; Cardiology Research and Practice, International Journal of Cardiovascular Sciences; Journal of Medical and Clinical Investigations.

Fellowships / Honours

Key note speaker - Scientific Conference of the I Medical Faculty of the Medical University of Warsaw (Poland, 2018)

Special Lecturer, Japanese Circulation Society, Osaka (Japan, 2018) C3 Luminaire Award (Orlando, USA, June 2017) Gold Medal of Heart Failure Society of Serbia for 2017 (Serbia, 2017) International Honorary Member of the Japanese Circulation Society (Kanazawa, Japan, 2017) Honoray Award for Excellence in Science 2016, University of Messina and Fondazione Internazionale

Menarini (Italy, 2016) Award for Outstanding Contribution to Cardiology, Maltese Cardiac Society (Malta, 2016) Gold Medal, European Society of Cardiology (2016) Member of the "Ordem do Coração", Indian Heart Journal (2016) Corresponding Member of the Peruvian Society of Cardiology (2016) Special Lecturer, Japanese Circulation Society, Sendai (Japan, 2016) Doctor Honoris Causa of Semmelweis University, Budapest (Hungary, 2015). Honorific title of the Slovak Society of Cardiology and Slovak Medical Association - Societas Medicorum

Slovacorum, Societas Pro Cardiologia (Slovakia, 2015). Honorary Diploma, Russian Society of Cardiology (Moscow, 2015) Lettura Magistrale at the ANMCO Congress: “Feeding the Planet. Energy for Life”, Milan (Italy, 2015). Medal of Honor of the Bulgarian Society of Cardiology (2014). Hong Kong Heart Foundation Lecture: "The role of cardiovascular imaging in the heart failure patient"

(2014). Medal of Honor of the Cuban Society of Cardiology (2014). Inaugural Magistral Lecture of the VIII Congress of the Cuban Society of Cardiology: "Imagenología en

la enfermedad coronaria", Havana (Cuba, 2014).

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Fausto J. Pinto 34

Libensky Gold Medal, Czech Society of Cardiology, Lecture State of the art lecture on Modern Cardiac Imaging, “The role of scientific societies in the promotion of science and good clinical practice”, 2014.

Cardiochus 2013, Honorary lecture: "Role of multimodality cardiovascular imaging in ischemic heart disease", Santiago de Compostela (Spain, 2013).

Gold Medal, Hungarian Society of Cardiology (2013). Honorary Member, Hungarian Society of Cardiology (2013). Gold Medal, A.N. Bakulev Scientific Centre for Cardiovascular Surgery, Moscow (2013). Leonardo Virga Award, Univeristy of Messina (2012). Gold Medal M. Strazhesko - Ukrainian Academy of Medical Sciences Award (2012). SBC Merit - International Teaching Award Brasilian Society of Cardiology (2012). Opening lecture at the Congress of Italian Society of Cardiology: “The role of scientific societies in

promoting scientific developments”, Rome (Italy, 2011). Visiting Professorship at Wakayama University: “Cardiac Imaging: Perspectives into the future” (Japan,

2008). Award “Nunes Correa Verdades de Faria - 2006”, under the theme “Progress in the treatment of heart

disease” (2007). Edler Lecture 2007: “Echo Odyssey: A journey into the secrets of the heart”. EuroEcho 2007, Lisbon

(2007). Silver Medal of ESC (2006). Upjohn Award for Outstanding Research in Cardiovascular Medicine, Stanford, CA (USA, 1993). American College of Cardiology, Bristol Travel Award, Anaheim, CA (USA, 1993). Dean’s Postdoctoral Fellowship Award, Stanford University, CA (USA, 1991). Full Member (Chair XXXV) of Portuguese Medical Academy (Academia de Medicina Portuguesa-Cadeira

XXXV). Honorary Member of several Societies: American Society of Echocardiography, Sociedad Colombiana

de Cardiologia, Czech Cardiology Society, Societé Française de Cardiologie, Hungarian Society of Cardiology, Societá Italiana de Ecografia Cardiovascular, Japanese Circulation Society, Maltese Society of Cardiology, Peruvian Society of Cardiology, Romanian Society of Cardiology, Romanian Academy of Medical Sciences, Russian Society of Cardiology, Slovakian Society of Cardiology.

Fellow of the European Society of Cardiology (FESC), Fellow of the American College of Cardiology (FACC), Fellow of the American Society of Angiology (FASA). Fellow of the American Society of Echocardiography (FASE) (2008) Fellow of the Society for Cardiac Angiography and Interventions (FSCAI) . Fellow of the International Society of Cardiovascular Ultrasound and Foreign Member of the Board of

the Russian Chapter of ISCU

Participation in Clinical Trials and Clinical Studies (Last 5 years)

National Coordinator “Intravenous iron in patients with systolic heart failure and iron deficiency to improve morbidity &

mortality.” (FAIR-HR). 2016 “A Double-blind, Randomized, Placebo-controlled, Multicenter Study to Assess the Efficacy and Safety of

Omecamtiv Mecarbil on Mortality and Morbidity in Subjects With Chronic Heart Failure With Reduced Ejection Fraction” (GALACTIC-HF). 2016.

“A phase III, double-blind, randomized placebo-controlled study to evaluate the effects of dalcetrapib on cardiovascular (CV) risk in a genetically defined population with a recent Acute Coronary Syndrome (ACS): The Dal-GenE trial” (DalGene). 2015 – Ongoing.

National Lead: “A Randomized, Double-blind, Event-driven, Multicenter Study Comparing the Efficacy and Safety of Rivaroxaban with Placebo for Reducing the Risk of Death, Myocardial Infarction or Stroke in Subjects with Heart Failure and Significant Coronary Artery Disease Following an Episode of Decompensated Heart Failure” (COMMANDER HF). 2015 – Ongoing.

“A randomized, comparative effectiveness study of complete versus culprit-only revascularization strategies to treat multi-vessel disease after primary PCI for STEMI” (COMPLETE). 2015 – Ongoing.

“Colchicine cardiovascular outcomes trial” (COLCOT). 2015 – Ongoing. “The efficAcy and safety of Trimetazidine in Patients with angina pectoris having been treated by

percutaneous Coronary Intervention (ATPCI study). An international, multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled study in patients treated for 2 to 4 years.” 2014 – Ongoing.

“Effects of ivabradine on plaque burden, morphology and composition in patients with clinically indicated coronary angiography. A randomized double-blind placebo-controlled international multicentre study” (MODIFY). 2013 – 2015.

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Representative of the Sponsor in the EU “Combined transcatheter aortic valve implantation and percutaneous closure of the left atrial appendage”

(TAVI-LAAC). 2016 Principal Investigator

“Clinical Characteristics of Takotsubo Cardiomyopathy” (TAKOTSUBO). 2017. “Edoxaban treatment in routine clinical practice for patients with non valvular atrial fibrillation” (ETNA).

2017. “Changes in Ischemia and Angina over One year among ISCHEMIA trial screen failures with no obstructive

coronary artery disease on coronary CT angiography” (ISCHEMIA-CIAO). 2017. “An Open-label, 2 x 2 Factorial, Randomized Controlled, Clinical Trial to Evaluate the Safety of Apixaban

vs. Vitamin K Antagonist and Aspirin vs. Aspirin Placebo in Patients with Atrial Fibrillation and Acute Coronary Syndrome or Percutaneous Coronary Intervention” (AUGUSTUS). 2016.

“Evaluation of the safety and efficacy of an edoxaban-based compared to a vitamin k antagonist-based antithrombotic regimen in subjects with atrial fibrillation following successful percutaneous coronary intervention with stent placement” (Edoxaban treatment versus VKA in patients with AF undergoing PCI - ENTRUST-AF PCI). 2016.

“Combined transcatheter aortic valve implantation and percutaneous closure of the left atrial appendage” (TAVI-LAAC). 2016

“Validation of a novel non-invasive hemodynamics algorithm” (LL CardioArt echo vs. RHC protocol). 2015 – Ongoing

“A phase III, double-blind, randomized placebo-controlled study to evaluate the effects of dalcetrapib on cardiovascular (CV) risk in a genetically defined population with a recent Acute Coronary Syndrome (ACS): The Dal-GenE trial” (DalGene). 2015 - Ongoing

“A RandomizEd Study of tHe MitrACliP DEvice in Heart Failure Patients with Clinically Significant Functional Mitral Regurgitation (The RESHAPE-HF2 Trial): A Clinical Evaluation of the Safety and Effectiveness of the MitraClip System in the Treatment of Clinically Significant Functional Mitral Regurgitation in Patients with Chronic Heart Failure”. 2015 – Ongoing.

“A randomized, comparative effectiveness study of complete versus culprit-only revascularization strategies to treat multi-vessel disease after primary PCI for STEMI” (COMPLETE). 2015 – Ongoing.

“Colchicine cardiovascular outcomes trial (COLCOT)”. 2015 – Ongoing. A prospective Randomised, open label, blinded endpoint (PROBE) study to Evaluate DUAL antithrombotic

therapy with dabigatran etexilate (110mg and 150mg b.i.d.) plus clopidogrel or ticagrelor vs. triple therapy strategy with warfarin (INR 2.0 – 3.0) plus clopidogrel or ticagrelor and aspirin in patients with non valvular atrial fibrillation (NVAF) that have undergone a percutaneous coronary intervention (PCI) with stenting (RE-DUAL PCI). 2015 – Ongoing.

“International Study of Comparative Health Effectiveness with Medical and Invasive Approaches (ISCHEMIA Study-NIH)”. 2013 – Ongoing.

“Global Registry on Long-Term Oral Anti-thrombotic Treatment In Patients with Atrial Fibrillation” (GLORIA_AF: Phase II/III – EU/EEA Member States) observational study. 2013 – Ongoing

“Effects of ivabradine on plaque burden, morphology and composition in patients with clinically indicated coronary angiography. A randomized double-blind placebo-controlled international multicentre study” (MODIFY). 2013 – 2015.

Co-investigator in more than 30 clinical trials and clinical studies since 2003. Participation in Funded Research Projects National Coordinator

Beta3 AR: A multi-center randomized, placebo-controlled trial of mirabegron, a new beta3-adrenergic receptor agonist on left ventricular mass and diastolic function in patients with structural heart disease. Horizon 2020: H2020-PHC-2014. 2015.

Principal Investigator

Beta3 AR: A multi-center randomized, placebo-controlled trial of mirabegron, a new beta3-adrenergic receptor agonist on left ventricular mass and diastolic function in patients with structural heart disease. Horizon 2020: H2020-PHC-2014. 2015.

Avaliação da Progressão/Regressão da Placa Aterosclerótica Coronária. Impacto da Ultrassonografia Intracoronária. PRAXIS XXI nº/2/2.1/SAU/1284/95

Co-investigator in more than 20 national and international funded Research Projects since 1995.

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Publications

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Source: Google Scholar

Date: 01/06/2018

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Over 1500 presentations/chairmanships at national and mostly international meetings.

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FAUSTO J. PINTO