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Câncer de Mama Karen d’Ávila; Letícia Vargas; Lisiane Machado; Luciana de Sousa Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre Departamento de Genética e Evolução

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Câncer de Mama

Karen d’Ávila; Letícia Vargas; Lisiane Machado; Luciana de Sousa

Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre

Departamento de Genética e Evolução

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HISTÓRICO

• Literatura Romana (100 d.C.);

• Paul Broca (séc. XIX);

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HISTÓRICO

• Marie Claire King (1990) – mapeamento do BRCA1 (BReast CAncer 1);

• Wooster et al (1995) – mapeamento do BRCA2 (BReast CAncer 2);

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INTRODUÇÃO

• CM – raro antes dos 35 anos;

• CM hereditário – aparecimento mais precoce;

• BRCA1 e BRCA2 – cerca de 84% dos casos de câncer de mama (CM) hereditário;

• Risco de câncer de ovário – associado ao BRCA1/BRCA2;

• Risco de CM em homens – associado ao BRCA2;

• Outros genes possivelmente envolvidos com CM: ATM, PT53, gene do receptor de andrógenos, gene do receptor de estrógeno (BRCA3?).

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EPIDEMIOLOGIA

• 1 milhão de casos novos/ano;• Neoplasia maligna mais comum em mulheres

(18% das neoplasias femininas);• 1/10 mulheres tem probabilidade de desenvolver

CM durante a vida;• Estimativa para 2000: 28.340 novos casos;• 5 – 10% dos CM possuem uma predisposição

genética

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mapa

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CLÍNICA

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mama

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ASPECTOS CLÍNICOS

Fatores Prognósticos• Acometimento dos linfonodos• Tamanho tumoral• Contorno do tumor• Tipo histológico• Grau histológico• Invasão vascular• Receptores hormonais• Medida da proliferação tumoral• Idade

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ASPECTOS CLÍNICOS

FATORES PREDISPONENTES

• Idade

• História familiar

• Dieta

• Fatores reprodutivos e hormonais

• História de câncer

• Fatores genéticos

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ASPECTOS CLÍNICOS

• Anamnese

• Exame físico

• Auto exame

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ASPECTOS CLÍNICOS

Exames de imagem

• Mamografia

• Ultra-sonografia

• TC e RM

• PAAF e citologia aspirativa

• Citologia do fluxo papilar

• Biópsia

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ASPECTOS CLÍNICOS

Tratamento

• Mastectomia radical modificada

• Radioterapia adjuvante

• Quimioterapia

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BASES GENÉTICAS

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BASES GENÉTICAS

PATOLOGIA DO CÂNCER

- Oncogenes- Genes controladores da apoptose- Genes reparadores de danos ao DNA- Genes supressores de tumor (BRCA1, BRCA2 e

TP53)

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BASES GENÉTICAS

• GENES SUPRESSORES DE TUMOR

– controle do ciclo celular

– transcrição

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BASES GENÉTICAS

• Padrão de herança das mutações nos genes BRCA1, BRCA2.

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BASES GENÉTICAS

Padrão de Herança Autossômica Dominante

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BASES GENÉTICAS

• Critérios de herança autossômica dominante:– o fenótipo aparece em todas as gerações, e toda pessoa

afetada tem um genitor afetado. Exceções:1- mutação nova num gameta de genitor fenotipicamente normal; 2-gene não penetrante;

– filhos de genitores afetados têm um risco de 50% de herdar o caráter;

– familiares fenotipicamte normais não transmitem o fenótipo para seus filhos, exceto quando esses possuem o gene mutado mas ele não é penetrante;

– mulheres e homens têm a mesma probabilidadede transmitir o fenótipo aos filhos de ambos os sexos

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BASES GENÉTICAS

• A penetrância dos genes BRCA1 e BRCA2 é variável, oscilando entre 40 e 80%

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BASES GENÉTICAS

• Herança autossômica recessiva?

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BASES GENÉTICAS

• Justificativa para o fato do desenvolvimento de câncer num grande número de indivíduos que tem apenas uma única mutação herdada em um gene supressor de tumor: Teoria de Knudson

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BASES GENÉTICAS

TEORIA DE KNUDSON:1) Uma mutação em um dos alelos do gene é

herdada através de uma célula germinativa;

2) A primeira mutação é seguida por uma segunda mutação envolvendo a deleção ou a perda da função do alelo restante normal.

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BASES GENÉTICAS

• 5 a 10% dos CM são hereditários;

• genes com baixa freqüência;

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BASES GENÉTICAS

Judias Asquenazitas

TEORIA DA DERIVA GENÉTICA

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BIOLOGIA MOLECULAR

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BRCA1 BRCA2Localização 17q12-21 13q12-13

Tamanho do Gene 100kb 70kbProteína 1863 aminoácidos 3418 aminoácidos

Supressor de tumor;

Função Interação com proteínas nucleares; Idem BRCA1Possível papel na reparação de danos ao DNA

Mutações ~ 500 ~ 200

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BRCA1 BRCA2Idade de Início ~ 40 - 50 anos ~ após os 50 anos

Risco de outros tumores Risco de 30-60% Ca de Ovário CM masculino, Ca de OvárioPróstata, Cólon Próstata, Bexiga, Pâncreas

Mutações em CM Muito raro (< 5%) < 5%esporádico

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MUTAÇÕES• BRCA1 (80%)

Frameshift

proteína truncada (87%)

Nonsense

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MUTAÇÃO NONSENSE

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MUTAÇÕES

• BRCA1OUTRAS:

- mutações reguladoras

- splice-site

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MUTAÇÃO SPLICE-SITE

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MUTAÇÕES

BRCA2

Todas as mutações no BRCA2 resultam em uma interrupção da síntese de proteínas, sendo a maioria do tipo frameshift.

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BRCA1

Na ausência de mutações, está envolvido na transcrição, apoptose,

ciclo celular, reparo do DNA e desenvolvimento biológico

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BRCA1• Presença de um domínio RING finger (Really

Interesting New Gene) na posição N-terminal, comum a muitos fatores de transcrição.

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BRCA1• Presença de uma granin motif, denominada BRCT, na posição

C-terminal, envolvida na maior parte das mutações encontradas no BRCA1. Estão presentes, também, em proteínas envolvidas na reparação do DNA e no metabolismo.

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BRCA1

EXEMPLO DE PROTEÍNAS COM CAPACIDADE DE LIGAÇÃO AO BRCA1:

- BAP1 (BRCA1 Activator Protein 1) – aumento do controle supressor do BRCA1 sobre as células de crescimento;

- BARD1 (BRCA1 Associated RING Domain 1) – envolvida na resposta aos danos ao DNA.

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BRCA1

FAMÍLIAS Alu

Presentes em grande quantidade na região central do BRCA1, estabelecendo uma facilitação para que ocorram grandes deleções e duplicações.

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BRCA1

• Oligonucleotídeos antisense

• Retrovírus capazes de expressar a proteína BRCA1

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BRCA2

• Compreende 26 éxons;

• Éxon 10 e éxon 11 perfazem 60% da região codificadora;

• Proteína formada – sem região de domínio definida.

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BRCA2

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TP 53

• 17p 13.1

• Gene supressor de tumor (“guardião do genoma”);

• A proteína p53 prolonga o tempo do ciclo celular, induzindo ao reparo do DNA ou a apoptose;

• Inativado por mutações puntuais;

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TP53

• Relação com a Síndrome de Li-Fraumeni;

• Mutação presente em 50% dos CM esporádicos;

• Nas linhagens germinativas, está presente em menos de 1%.

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OUTROS GENES

• Receptor de estrógeno no cromossomo 6q;

• Cromossomo 8p12-22

• Região telomérica do cromossomo 16q

• Receptor de andrógenos (cromossomo Xq 11.2-12) - CM em homens.

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SÍNDROMES ASSOCIADAS

• Li-Fraumeni • Ataxia-Telandectasia• Doença de Cowden• Gorlin (autossômica dominante, 9q31), Muir-Torre

(autossômica dominante, 2p), Reifestein(mutação no receptor no cromossoma X) e Peutz-Jegher

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DIAGNÓSTICO GENÉTICO

• Estimativas de risco empírico para CM

- história familiar- bagagem étnica- segregação de gene mutado- gene mutado implicado na gênese de CM

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• TABELA

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DIAGNÓSTICO GENÉTICOTeste Genético Molecular

• Baseado no DNA- oligonucleotídeo alelo-específico (ASO)- proteína truncada (PTT)- eletroforese em gel com gradiente de

desnaturação (DGGE)- polimorfismo unifilamentar conformacional

(SSCP)- seqüenciamento completo de DNA- Southern blotting- análise heteroduplex (HA)

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DIAGNÓSTICO GENÉTICO

• Suspeita de CM hereditário

- história familiar de CM e/ou câncer de ovário (herança autossômica dominante)- idade precoce no diagnóstico- doença bilateral ou multifocal- CM em homem- história de câncer

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DIAGNÓSTICO GENÉTICO

Diagnóstico Genético Molecular

• Avaliação molecular do DNA

• Confiabilidade ?

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DIAGNÓSTICO GENÉTICO

Diagnóstico Genético Molecular

• Quando oferecer:- indivíduos sob alto risco

- parentes

- indivíduos afetados

- influência sobre o manejo médico

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DIAGNÓSTICO GENÉTICO

Diagnóstico Genético Molecular• Técnica laboratorial

- Oligonucleotídeo alelo-específico (ASO)- Proteína truncada (PTT)- Eletroforese em gel com gradiente de desnaturação (DGGE)- Polimorfismo unifilamentar conformacional (SSCP)- Seqüenciamento completo de DNA- Southern blotting- Análise Heteroduplex

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DIAGNÓSTICO GENÉTICO

Diagnóstico Genético Molecular

• Limitações

- aproximadamente 20% das mutações são perdidas

- significado biológico da mutação

- penetrância da mutação

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DIAGNÓSTICO GENÉTICO

Diagnóstico Genético Molecular• Interpretação de um teste positivo para

mutações de significado clínico inserto- estudo da família

- análise da freqüência de alelos- ensaio para função de proteínas

• Interpretação de um teste negativo• Interpretação de um teste positivo

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ACONSELHAMENTO GENÉTICO

• Objetivo• Avaliação de predisposição

- aconselhamento pré e pós-teste- contribuição para decisões clínicas- pequeno risco de desenvolver CM antes

dos 25 anos de idade- pais de indivíduo portador de mutação- aspectos clínicos da penetrância

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ACONSELHAMENTO GENÉTICO

• Indivíduo com mutação diagnosticada

• Parentes sob risco que não herdaram a mutação

• Prole de indivíduo com mutação

• Teste pré-natal

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MANEJO PROFILÁTICO

• Rastreamento

• Cirurgia profilática

• Quimioprevenção

- tamoxifeno

• Assistência psicológica

• Terapia gênica

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PROGNÓSTICO

A maioria dos estudos não encontrou diferença significativa em relação à sobrevida entre indivíduos com mutações (BRCA1 e BRCA2) e controles.

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CONCLUSÃO

• Tendo em vista o grande impacto do CM sobre a sociedade, grandes esforços vêm sendo feitos com o objetivo de esclarecer os mecanismos moleculares envolvidos na gênese desse processo neoplásico, bem como na busca de novas alternativas terapêuticas;

• Com o mapeamento dos genes BRCA1 e BRCA2, houve grandes avanços que geraram subsídios para a formulação de hipóteses que poderão auxiliar, no futuro, os modelos de tratamento e mediadas preventivas.

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CONCLUSÃO

• Ainda há muito a ser descoberto. As bases genéticas do CM ainda carecem de maiores esclarecimentos. Muitos genes, possivelmente envolvidos com o CM hereditário, ainda precisam ser mapeados visando desvendar a etiologia dessa neoplasia.

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QUESTÕES REMANESCENTES

• Há mutação dos genes BRCA1 e BRCA2 envolvidas em formas esporádicas de câncer de mama?

• Quais são as funções das proteínas codificadas por esses genes?

• Existem outro(s) gen(s) predisponente(s) ao câncer de mama, e, se existem, qual a sua freqüência e seus riscos associados?

• Como os fatores genéticos e não genéticos interferem nos riscos associados com mutação nos genes BRCA1 e BRCA2, e como esses fatores podem ser manipulados a fim de diminuir o risco individual?