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A luta continua: contra a retirada de direitos no INSS e em defesa da pauta da Saúde Até o fechamento desta edição, o governo não havia cumprido com a sua parte do acordo no INSS de editar Medida Provisória com as novas tabelas. Planalto deve encaminhar os novos valores através de Projeto de Lei, o que pode atrasar ainda mais o reajuste. Campanha salarial Edição 253 O departamento Jurídico do Sins- prev divulga para toda a categoria o relatório consolidado sobre as ações coletivas patrocinadas e acompanha- das pelo setor. Página 3 Jurídico informa andamento das ações O acordo do INSS prevê tabelas sa- lariais de julho de 2008 até julho de 2011, com congelamento da parte fixa do salário e redução para jornada de 30 horas. Página 6 Confira as mudanças e as novas tabelas salariais O Encontro Nacional da Seguridade Social, ocorrido no dia 2 de agosto em Brasília, aprovou a pauta de reivindi- cações dos trabalhadores do segmen- to, que inclui a Saúde Federal. Página 7 Saúde aprova pauta nacional de reivindicações Fotos: Manoel Messina

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A luta continua: contra a retirada de direitos no INSS e em defesa

da pauta da Saúde Até o fechamento desta edição, o governo não havia cumprido com a sua parte do acordo no INSS de editar Medida Provisória com as novas tabelas. Planalto deve encaminhar os novos valores através de

Projeto de Lei, o que pode atrasar ainda mais o reajuste.

Campanha salarial

Edição 253

O departamento Jurídico do Sins-prev divulga para toda a categoria o relatório consolidado sobre as ações coletivas patrocinadas e acompanha-das pelo setor.

Página 3

Jurídico informa andamento das ações

O acordo do INSS prevê tabelas sa-lariais de julho de 2008 até julho de 2011, com congelamento da parte fixa do salário e redução para jornada de 30 horas.

Página 6

Confira as mudanças e as novas tabelas salariais

O Encontro Nacional da Seguridade Social, ocorrido no dia 2 de agosto em Brasília, aprovou a pauta de reivindi-cações dos trabalhadores do segmen-to, que inclui a Saúde Federal.

Página 7

Saúde aprova pauta nacional de reivindicações

Fotos: Manoel Messina

Cresce a resistência a mais um ataque do gover-no Lula ao funcionalismo federal e aos serviços pú-blicos. O Planalto decidiu acelerar a tramitação do projeto de lei complemen-tar 92 (que cria as chama-das fundações estatais de direito privado) no Con-gresso Nacional.

O PLP 92/2007 foi enviado pelo governo Lula ao parlamento em julho do ano passado para, se aprovado, per-mitir a contratação de servidores pe-las regras da CLT (sem estabilidade e submetidos à possibilidade de demis-são sumária), desobrigar as unidades administradas pelas fundações “esta-tais” das regras da Lei de Licitações. A proposta entrega a administração da saúde e outros nove setores do serviço público para gestão privada.

A Intersindical e a Conlutas, além de centenas de entidades representati-vas do funcionalismo federal em todo o país decidiram intensificar a mobi-lização para impedir a aprovação do

projeto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

O PLP 92/07 é um dos maiores ataques já desfe-ridos contra o serviço pú-blico desde o início da era neoliberal no Brasil. Des-sa vez vale a frase sempre repetida pelo presidente

Lula. Nunca na história deste país se desferiu tão pesado ataque aos direitos fundamentais dos trabalhadores e da população.

A proposta busca inspiração na refor-ma do Estado proposta pelo então minis-tro de FHC, Luiz Carlos Bresser Pereira, para avançar em formas de privatização dos serviços públicos que o governo tu-cano não conseguiu impor devido à mo-bilização dos trabalhadores.

Mais uma vez, o governo petista aprofunda o modelo imposto pelo tu-canato. E, mais uma vez, encontrará pela frente a resistência dos trabalha-dores.

Não às fundações de direito priva-do. Em defesa dos serviços públicos.

Página 02 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 253a 13 de agosto de 2008

Derrotar o PLP 92: defender o serviço públicoEditorial

pérolas

“Essa ( violência) é uma cultura que muitas vezes o marginal traz do ventre da sua mãe” José Beltrame, Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, ao afirmar que não garantiria a presença da PM nas áreas de risco definidas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

conjuntura

Sinais dos tempos: a luta de classes se acirra

Mais uma vez, o governo petista aprofunda o mo-delo imposto pelo tucanato. E, mais uma vez, encon-trará pela frente a resistência dos trabalhadores.

condiçõEs dE trabalho

Muito se tem escrito so-bre os conflitos entre o ca-pital e o trabalho. Em quase sua totalidade, a abordagem mostra os avanços do capi-talismo, as freqüentes der-rotas dos trabalhadores e os recuos e fraquezas do movi-mento sindical e social em nível mundial.

Isso ocorre na grande e tradicional Eu-ropa ocidental, onde o capital chantageia com a “ameaça” de transladar suas fábricas para a Europa do leste, porque lá os salá-rios são bem menores e os incentivos fiscais muito mais vantajosos. Acontece na Amé-rica do Norte, onde o NAFTA (tratado de livre comércio daquela região) favore-ce a instalação de fábricas moderníssimas em regiões de mão-de-obra muito barata, principalmente no México, gerando a concorrência entre os trabalhadores dos seus três países (EUA, Canadá e México). Enquanto que as mesmas empresas estadu-nidenses mantêm os trabalhos produtivos que exigem maior capacitação técnica – e que oferece melhores salários – para seus ci-dadãos brancos, fazendo aumentar a já tão criminosa disparidade social e econômica por questões racistas.

Na Ásia dos chamados “tigres”, empre-sas multinacionais que se desenvolveram muito rapidamente, vêm sofrendo os efei-tos da superprodução e destruindo direitos dos trabalhadores.

Na América Latina... Bem, aqui já se falou tanto disso que o assunto se torna re-petitivo. (...)

Vendido o peixe do “milagre brasileiro” dos anos 70, em que a classe média se ven-deu ao capital multinacional, a entrada dos anos 80 começou a mostrar que a época desenvolvimentista estava se acabando e le-vando consigo os sonhos de um Brasil para todos. Restava um Brasil para nem todos, que, aos poucos, foi virando “o Brasil para as transnacionais e o capital financeiro”, deixando como rastro o cheiro da podri-dão e milhões de desempregados e subem-pregados, da rotatividade estonteante de mão-de-obra formal e crescente redução salarial. Não tem sido diferente no conjun-to da América Latina, com a diferença que o mais importante “milagre econômico” se deu no Brasil.

Como houve, à época, a retomada consciente das lutas operárias e campone-sas, com o conseqüente avanço nas con-quistas econômicas e sociais, o capital reto-mou seu plano de superexploração, sendo necessário, para isto, subjugar o movimen-to reivindicatório das classes trabalhadoras.

Era o início dos esforços para dividir e enfraquecer o movimento popular, criando entidades fantoches tipo CGT e Força Sin-dical, cooptar direções como as da UNE, CUT e de partidos de esquerda, tipo PCB (sua antiga direção), PSDB, PT e PCdoB.

Acenando para a possibilidade de che-gada ao poder político, a direita consegue seus objetivos, inicialmente com a era

FHC, exigindo, como con-trapartida, nada mais nada menos que a entrega de todo o patrimônio nacional e a destruição dos direitos trabalhistas.

Ludibriados pela opor-tunidade da classe trabalha-dora alcançar o poder polí-

tico nacional, via Lula, PT e seus aliados esquerdistas, o movimento social caiu no canto da sereia e entregou sua disposição de luta nas mãos de seus “representantes”.

Mas a História não acabou, como di-zem os aliados da classe dominante. Por baixo das cinzas muita brasa continuou a arder, mantendo aquecido o sonho de conquista da justiça social. (...) Assistimos ao crescimento de movimentos de resistên-cias, como a denúncia da ação macarthista do Ministério Público do RS sobre o MST, e a ampla mobilização nacional em defesa do próprio MST e da Via Campesina, ex-pressões legais e legítimas do Movimento dos Sem Terras; ao movimento contra a ir-racional transposição do rio São Francisco e de outros em defesa da ecologia; contra o desmatamento e a poluição dos aqüíferos pela mineração irresponsável e predadora; contra a entrega do patrimônio público às empresas privadas.

Vemos crescer movimentos populares pela mudança das leis visando punir todos os políticos envolvidos em crimes de todas as naturezas, pelo fim do trabalho escravo e punição daqueles que o praticam; pela re-dução da jornada de trabalho, sem redução salarial e sem “bancos de horas”. No âmbito eclesial, percebemos a retomada das pasto-rais sociais, em particular as de juventude, da retomada das CEBs e seu compromisso com os excluídos.

(...) Muitos que até então defendiam o atual governo já não o fazem mais.

Algo que nos anima a manter vivos nossos sonhos de justiça é também o surgi-mento de novas forças trabalhistas, concen-tradas particularmente na Conlutas e na Intersindical, dois embrionários movimen-tos dos trabalhadores que, devido aos seus compromissos vêm ganhando progressiva-mente a confiança de parcelas significativas da classe. Não têm, ainda, a força necessá-ria para o grande enfrentamento com as mazelas do capital. Mas a alcançará com o aprendizado da própria luta de classes.

Olhando os “sinais dos tempos”, po-demos ter a certeza que um novo e amplo movimento social, forte e enraizado na vida sofrida do povo está sendo gestado.

Certamente nascerá. Não sem dores de parto e nem antes de seu tempo de matu-ração. Dependerá da contribuição de cada um e cada uma de nós. Mas chegará e com forças renovadas e transformadoras. Quem viver verá.

Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral

Operária da Arquidiocese de São Paulo. A íntegra deste texto pode ser lida em

www.sinsprev.org.br

Waldemar Rossi*

Algo que nos anima a manter vivos

nossos sonhos de justiça é também o

surgimento de novas forças trabalhistas

A agência Brigadeiro está em con-dições precárias. Há diversas paredes que apresentam rachaduras, existe grande vazamento de água e o teto está caindo em várias partes. Além disso, outro grave problema, que infe-lizmente não se diferencia da maioria dos postos do INSS, é a falta de ma-nutenção dos equipamentos pela Da-taprev. Segundo servidor que não quis se identificar por medo de represália, muitos computadores estariam que-brados, impressoras sem funcionar e o espaço físico do local é pequeno demais, logo, provoca que segurados

e servidores se amontoem entre armá-rios e processos –guardados em caixas de papelão - pelo chão.

Conforme os servidores da agên-cia, todos estes problemas já foram repassados à gerência regional e ao serviço de logística do Instituto, que, até o momento, não tomaram nenhu-ma providência.

A postura de completo descaso ao serviço público federal provoca irrita-ção na população, que, conseqüente-mente, acaba desrespeitando os servi-dores com agressões verbais e físicas.Com a palavra, os responsáveis.

Situação vergonhosa na APS Brigadeiro

chargE

Charge de Bruno Galvão

Página 03 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 253 13 de agosto de 2008

Jurídico

Relatório do andamento das ações

ISONOMIA GDASS/INSS – O departamento Jurídico do Sinsprev obteve sentença de primei-ra instância favorável aos aposentados do INSS, garantindo o reconhecimento da paridade no pagamento da GDASS (gratificação de desempe-nho das atividades do Seguro Social). A decisão foi concedida pela juíza Diana Brunsteim, da 7ª vara cível da Justiça Federal, na ação coletiva de número 2007.61.00.032161-4, que determinou também o pagamento do retroativo pago a me-nor. Ainda cabe recurso, mas a possibilidade de mudança na sentença é pouco provável.

28,86% do Ministério da Saúde - a senten-ça transitou em julgado reconhecendo o direito às diferenças salariais nos termos da decisão do Supremo Tribunal Federal. Os cálculos já foram apresentados à Procuradoria Geral da União para conferência dos nomes e valores. Aguarda-se que a PGU junte o trabalho ao processo para que tenham início os pagamentos.

3,17% do Ministério da Saúde - O processo transitou em julgado, sendo que o departamento jurídico do Sinsprev e a assessoria responsável pela ação encaminhou a execução em acordo com a AGU para evitar embargos que atrasariam ainda mais o pagamento. Os termos deste acordo foram submetidos a assembléia da categoria que aprovou a redução dos juros de 12% para 6% conforme exi-gência da AGU. Foram apresentados os cálculos que estão na procuradoria em fase de conferência. Após a conferência serão novamente encaminha-dos à vara judicial para que sejam expedidos os requisitórios e efetuados os pagamentos.

3,17% do INSS - Em 26 de julho de 2007 a Procuradoria do INSS em São Paulo apresentou recurso de Apelação, mesmo após o governo ter determinado que não recorreria das decisões fa-voráveis aos servidores que determinam o paga-mento deste passivo. O Jurídico tenta derrubar o recurso e, caso isso não ocorra, será necessário aguardar o julgamento do mesmo para dar início à execução.

28,86% do INSS – A sentença já transitou em julgado, mas, por equívoco do judiciário, foi de-terminada a realização de duas compensações na liquidação dos valores, quando o correto seria apenas uma. O sindicato recorreu dessa parte da sentença e aguarda decisão judicial, que será en-

caminhada junto com cálculos à Procuradoria do INSS para a execução acordada.

PCCS do INSS – Está em fase de execução. A decisão transitou em julgado no segundo semes-tre do ano passado. Ou seja, não cabe mais re-curso. O Jurídico já elaborou os cálculos e está encaminhando a execução em comum acordo com a Procuradoria do INSS, evitando a interpo-sição de uma séries de recursos e viabilizando que os valores sejam pagos o mais breve possível.

PCCS do Ministério da Saúde – O processo está no Tribunal Regional Federal da 3ª Região aguardando decisão de um recurso protelatório da União, que deverá ser julgado em breve. Já elaboramos os cálculos, que serão apresentados junto com a lista dos servidores para conferência e acordo dos valores pela Advocacia Geral da União, e posterior juntada aos autos para liquida-ção da sentença e pagamento dos valores.

ISONOMIA GDAST/SAÚDE – Coletiva que visa garantir a paridade no pagamento da gra-tificação aos servidores aposentados, confor-me decisão conferida pelo STF a servidores do Ministério dos Transportes. Processo número 007.6100.00032162-6, aguardando decisão.

INSALUBRIDADE DO INSS (período cele-tista) - Ainda está sobrestado o pedido de aver-bação do tempo de serviço prestado em condi-ções insalubres no período celetista para efeito de aposentadoria. Apesar do expresso reconhe-cimento do governo quanto à existência desse direito, o INSS vem protelando a efetiva conver-são do tempo de serviço de seus servidores sob alegação de ausência de critérios, que segundo eles devem ser ditados pelo Ministério do Plane-jamento.

Ocorre que o Ministério do Planejamento já estabeleceu os critérios para respectiva Averba-ção por meio Orientação Normativa, a exemplo do que ocorreu no Ministério da Saúde - que já vem averbando desde junho de 2007.

De fato, constata-se na negativa do INSS em proceder as averbações mera protelação em conceder o que já é direito, devido ao grande número de servidores que poderão se aposentar.

Diante da ausência de iniciativa do INSS, o Jurídico do Sinsprev novamente protocolou re-

querimento junto ao RH do INSS em Brasília, bem como no Ministério do Planejamento, reiterando o pedido de averbação anteriormente requerido. Havendo negativa ou omissão por parte desses órgão serão imediatamente tomadas as medidas judiciais cabíveis para solucionar a questão.

INSALUBRIDADE - Para o período posterior a 1990, a conversão do tempo de serviço presta-do em condições insabubres pelo servidor público não é regulamentado em lei. No entanto, em re-cente decisão do STF e do TRF-3, foi reconhecido o direito a essa contagem/conversão de tempo de serviço nos mesmos termos dos celetistas, jus-tamente por ausência de lei que regulamente o direito do servidor público. Ante esta situação, o departamento jurídico do Sinsprev iniciou um estudo técnico para interposição de ação para reconhecimento do direito, garantindo aos servi-dores a aposentadoria especial com 25 anos de serviço. AÇÃO DE REENQUADRAMENTO INSS - O departamento Jurídico do Sinsprev vai propor ação em nome de todos os atuais técnicos do Seguro Social e agentes administrativos sindicali-zados, reivindicando a reclassificação e/ou isono-mia salarial destes cargos com o cargo de analista previdenciário, dentro da mesma carreira, tendo em vista a execução de idênticas atribuições sem igual remuneração.Quando o INSS criou o cargo de analista previden-ciário, pela lei 10.667/2003, estabeleceu a exigên-cia de que os candidatos tivessem formação supe-rior, sendo certo que na prática as atribuições dos analistas são as mesmas dos antigos agentes ad-ministrativos e dos atuais técnicos do Seguro Social, a quem embora seja exigido apenas o nível médio têm idênticas atribuições dos analistas (nível supe-rior) continuam recebendo remuneração inferior.A exemplo do que ocorreu na carreira da polícia fe-deral, cujos técnicos foram reclassificados para ana-listas, os advogados do Sinsprev ingressarão com ação judicial pleiteando o mesmo direito.No início do ano, o jurídico do Sinsprev requereu administrativamente ao INSS que tais distorções sa-lariais entre os cargos fossem regularizadas, todavia diante da ausência de solução por parte da Admi-nistração, não restou alternativa senão a judicial, resgatando assim a dignidade dos servidores que se veêm em situação de desvantagens face a colegas de trabalho que realizam as mesmas tarefas.

O departamento Jurídico do Sinsprev divulga para toda a categoria o relatório consolidado sobre as ações coletivas patrocinadas e acompanhadas pelo setor. Veja abaixo como está o andamento de seu processo.

JORNAL DO SINSPREV é uma publicação do sindicato dos trabalhadores em saúde e previdência no Estado de são paulo. -- Filiado a Fenasps e a cntss/cut jornalista responsável: luciana araujo (Mtb 39715). jornalista: alexandre dornelles (Mtb 13.586). Editoração Eletrônica: leon cunha (Mtb 50.649). Fotolitos e impressão: Editora Forma certa. tiragem: 22 mil exemplares. Endereços: sede capital – centro: rua antonio de godoy, 88 - 2º andar – centro - Fone: (11) 3361-4344 - E-mail: [email protected] - cEp: 01034-000. sede capital – aclimação: rua senador Felício dos santos, 404 – aclimação - Fone: (11) 3207-9344 - E-mail: [email protected] - cEp: 01511-010. sub-sede de guarulhos: rua dr. Eloy chaves, 208 - Vila sorocabana - guarulhos – sp - Fone (11) 6421-0175 - cEp: 07024-181. delegacia regional de araçatuba: rua Euclides da cunha, 48 – araçatuba - Fone/Fax: (18) 3625-9002 - E-mail: [email protected] - cEp: 16015-453. delegacia regional da baixada santista: av. bernardino de campos, 145ª - V. belmiro – santos - Fone (13) 3221-3028 - E-mail: [email protected] - cEp: 11065-001. delegacia regional de Marilia: rua julio de Mesquita, 112 – jd Maria izabel – Marilia - Fone/Fax: (14) 3433-8159 - E-mail: [email protected] - cEp: 17515-230. delegacia regional de piracicaba: av armando salles oliveira, 642 – centro – piracicaba - Fone/Fax (19) 3433-3920 ou 3434-3309 - E-mail: [email protected] - cEp: 13400-010. delegacia regional de presidente prudente: rua Francisco Machado de campos, 503 - Vila nova - presidente prudente - Fone (18) 3223-1800 - E-mail: [email protected] - cEp: 19010-300. delegacia regional de ribeirão preto: r. amador bueno, 983 – centro - ribeirão preto - Fone/Fax (16) 3625-3228 - E-mail: [email protected] - cEp: 14010-070. sub-sede de barretos: rua avenida 13, 570 – centro - barretos – sp - Fone (17) 3323-6859 - E-mail: [email protected] - cEp: 14780- 615. delegacia regional de são josé do rio preto: rua Major joaquim borges de carvalho, 497 – V. angélica - são josé do rio preto - Fone/Fax (17) 3215-3648 - E-mail: [email protected] - cEp: 15050-170. delegacia regional do Vale do paraíba: rua Mauricio diamante, 45 – jd Matarazzo – são josé dos campos - Fone/Fax: (12) 3923-9037 - E-mail: [email protected] - cEp: 12209-570. DIRETORIA COLEGIADA - ADMINISTRAÇÃO: denise Maria solimar diana, gilceli leite lima, josias de jesus; APOSENTADOS: Edna lopes rosa, Maria aparecida Vicente assencio, gilberto silva; ASSUNTOS JURÍDICOS: sandro paulo sabbauskas, gilmar rodrigues Miranda, Maria das graças alves candido; CULTURAL E POLÍTICAS SOCIAIS: irene guimarães dos santos, tereza aparecida da costa, Eli nunes dos santos rossignatti; DELEGACIAS E NÚCLEOS: silvia helena garcia barreto, cláudio josé Machado, Maria do carmo simões de oliveira; FINANÇAS: deise lucia do nascimento, regina célia porfírio de lima silva, nair assis de oliveira; FORMAÇÃO POLÍTICA E RELAÇÕES INTER-SINDICAIS: rita de cássia pinto, joão Maia, nélson novaes rodrigues; IMPRENSA E DIVULGAÇÃO: Fábio antonio arruda, josé rubens decares, higino de souza pacanaro; SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL: Vinicius Vasconcelos, rita de cássia assis bueno, Felipe antonio neto; SUPLENTES: Flávio Milton de souza, inez alquati, Vanessa Marques castilho hachuy, Marcelo gomes de santana, Maria angelita da silva; CONSELHO FISCAL: leandro gomes Zamboni, gilberto santos, Márcia antonia p. puerro, simone dos santos, Maria do carmo damaceno; SUPLENTES DE CONSELHO FISCAL: odalina bueno de camargo, josé Elesbão souza dos santos.

INSSPágina 04 - Jornal do Sinsprev EDIÇÃO 253 13 de agosto de 2008

Manter a mobilização em defesa das 30 horas e do salário A Plenária da Fenasps realizada no último dia 3 de

agosto decidiu marcar para o próximo dia 20 de agosto um Dia Nacional de Mobilização nos Estados e no Distri-to Federal pelo atendimento da pauta de reivindicações da categoria e para garantir o pagamento imediato das novas tabelas salariais no INSS (pelo acordo assinado pela Fede-ração, os novos valores devem ser implementados na folha de agosto, que será paga no início do mês de setembro).

Entre as deliberações da plenária, que contou com a participação de 68 delegados e 138 observadores repre-sentando 19 estados do país, foi reafirmada a participação da Fenasps nos grupos de trabalho do Seguro Social. Os GTs serão compostos pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) para discutir as atribuições da Carreira do Seguro Social e a jornada de trabalho dos servidores, tendo em vista que – devido à mobilização da categoria - o governo acabou jogando para 2009 a imple-mentação da jornada de 40 horas que pretendia instituir de imediato.

Os representantes da Fenasps foram indicados pela di-reção e são Jorge Moreira, do Rio Grande do Sul e Lídia de Jesus, da Bahia. A Assembléia de São Paulo votou pela não participação de seus representantes do estado por entender que o Grupo de Trabalho não apresenta espaço para apre-sentação de divergências e disputa de posições divergentes à do governo. A assembléia aprovou ainda que as reuniões do GT devem ser acompanhadas de mobilização da cate-goria para impedir que o governo, como nos GTs anterio-res imponha suas posições em relação a regulamentação das metas de desempenho e a jornada de 30 horas.

Na instalação do GT no dia 7 de agosto o governo reafirmou suas intenções ao indicar 6 representantes do governo, 2 vagas para a Fenasps e 2 vagas para a CNTSS. Ou seja, maioria do governo com apoio da CNTSS que defende a regulamentação das metas de produtividade.

A plenária da Fenasps aprovou que a participação de seus representantes se fará no sentido de exigir a defesa in-transigente dos direitos da categoria como jornada, contra

a política de produtividade, paridadeentre ativos e aposen-tados, desvio de função, contratação dos aprovados no úl-timo concurso, extruturação da carreira do Seguro Social e políticas de combate ao assédio moral. O que vemos é que o GT começou mal, com o governo reafirmando suas posições de que sua intenção é regulamentar as metas de produtividade.

O comando nacional de mobilização será mantido e terá início uma campanha nacional pelas reivindicações da categoria para pressionar o andamento das negociações nos GTs. Também foi indicada pela plenária a criação de grupos de trabalho nos estados para elaborar informes so-bre as condições de trabalho em cada unidade da federa-ção, que servirão de base à exigência para a solução de tais problemas.

A plenária também definiu que a Fenasps deverá reali-zar um Encontro Nacional dos Trabalhadores das Procura-dorias do INSS e Técnicos da Carreira Previdenciária para discutir demandas específicas.

A categoria reunida em assembléia no dia 23 de julho depois de amplo de-bate deliberou por maioria a rejeição do acordo assinado pela Fenasps com o go-verno. Esta deliberação veio respaldar a decisão do Comando Estadual de Mobi-lização que no dia 17 de julho também havia se posicionado contra a assinatura do acordo.

A Plenária Nacional em votação acirrada aprovou a assinatura por 34 votos favoráveis, 29 votos contrários e 2 abstenções. A avaliação geral foi de que os avanços obtidos na proposta do governo foram fruto da mobilização da categoria com atos, manifestações e paralisação.

A discordância foi em relação a assinatura do Termo de Acordo pela FENASPS uma vez que o governo já havia decidido que encaminharia a edi-

ção da Medida Provisória com ou sem a assinatura das entidades FENASPS e CNTSS. A polêmica expressou a visão sobre se assinatura causaria confusão na categoria.

Basicamente, a proposta do governo coloca em xeque nossa jornada de traba-lho de 30 horas semanais, conquista his-tórica conseguida com muita luta e man-tida há mais de 24 anos, uma vez que o acordo prevê duas tabelas salariais, com jornadas de 40 e 30 horas semanais, com redução salarial para a jornada de 30 ho-ras. Manobra absurda, pois hoje todos os servidores recebem o mesmo salário com a manutenção da carga horária. Ou-tra questão equivocada que está presen-te no acordo é a aceitação do critério da produtividade como fator fundamental para definir o salário dos servidores, que passarão a ser avaliados pela chefias em

cima de um plano de metas a ser estabe-lecido pela administração.

Para os servidores da ativa a pro-dutividade vai significar ainda mais exploração do nosso trabalho, que pas-sará a ter controle total por parte das chefias, além do risco do governo apro-var no Congresso Nacional o projeto de lei que está tramitando e que prevê a demissão do servidor que não obtiver avaliação satisfatória por duas vezes consecutivas.

Já o golpe articulado pelo Governo com a implantação da produtividade, ataca de forma absurda os servidores aposentados e aqueles que estão prestes a se aposentar, pois os primeiros, rece-berão no máximo a metade dos valores da gratificação por produtividade; e os servidores que estão para se aposentar proporcionalmente perdem a paridade

e o direito às gratificações, ficando com os seus proventos congelados, e mesmo os que se aposentarem integralmente re-ceberão valores menores .

Por isso, a assembléia estadual e a plenária da Fenasps deliberaram pela orientação geral, de que a categoria deve se manter unida contra qualquer amea-ça de retirada de nossos direitos, pela defesa intransigente das 30 horas para todos sem redução salarial, pela parida-de entre ativos e aposentados e contra a produtividade que causará redução de salário de ativos e aposentados. Embora tenha sido polemica a discussão sobre a assinatura do acordo por terem se ex-pressado visões diferentes sobre os efei-tos de sua assinatura, todos entendem que devemos manter a categoria unida e preparada para enfrentar os ataques apontados pelo governo.

Porque rejeitamos o acordo com o governoA Assembléia Estadual do Sinsprev de São Paulo reiterou rejeição à assinatura do Termo de Acordo pela Fenasps

Manifestações nos estados vão marcar entrega da pauta de reivindicações da categoria aos Ministérios da Previdência, Saúde e Planejamento, além da Casa Civil e do Congresso Nacional * Comando de mobilização fará ato em Brasília

No dia 13 de agosto a diretoria do Sinsprev se reuniu com a Elisete Berchiol, gerente regional do INSS. Os re-presentantes da categoria apresentaram como problemas reivindicados pelos servidores:

Convocação para curso com jornada de 8 horas e fora do domicilio dos servidores - Os servidores tem en-trado em contato com o sindicato indignados com a exi-gência de terem que se deslocar por até mais de 100 km para realizar o curso e que a jornada do curso afronta a jornada de 30 horas.

A Gerente Regional reconheceu que tem recebido re-clamações dos servidores porém afirmou que os servidores do interior deverão receber diárias para participarem do curso inclusive para ficarem hospedados nas cidades onde o curso será realizado. O problema persiste para os traba-lhadores da grande São Paulo, que não receberão diárias e onde o deslocamento traz vários transtornos. Sobre a jor-nada reafirmamos que deve ser respeitada a jornada de 30 horas, e deve ser revisto o critério para os trabalhadores da

grande São Paulo que não receberão diárias para participar do curso. Também afirmamos que o curso dever ser organi-zados nos locais de trabalho para garantir maior participa-ção dos servidores sem causar transtornos. Os funcionário com dificuldade ou impossibilidade de participar do curso, não devem ser pressionados, e as gerencias devem buscar formas de equacionar a participação destes servidores.

Xavier e Brigadeiro – problemas no local de trabalho: sobre a APS Brigadeiro ficou acertado de apresentarmos os problemas técnicos que vem ocorrendo e a gerencia se comprometeu a fazer as vistorias necessárias e ainda infor-mou que está providenciando local para novas instalações da APS. Sobre a Xavier de Toledo onde a reforma causa transtornos diários para funcionários e a população, in-clusive com acidentes, ficou marcada nova reunião esta se-mana em que a Gerencia apresentará soluções para o caos vivido diariamente no local de trabalho.

Insalubridade – Cobramos da Gerencia que se empe-nhe em solucionar o impasse onde apenas os funcionários

do INSS não tem seu tempo reconhecido para efeito de aposentadoria. Exigimos que haja solução para este impas-se uma vez que o governo se recusa a contratar funcionários e fica adiando o direito de aposentadoria de grande parte da categoria.

MP do reajuste – Cobramos da Gerente que o atraso na edição da MP tem causado insatisfação e revolta nos trabalhadores. Diante dos rumores de que o governo não editará Medida Provisória e sim um Projeto de Lei – que atrasará ainda mais os efeitos financeiros sobre os salários, informamos que os trabalhadores não aceitarão passiva-mente esta quebra de acordo pelo governo.

Retorno dos redistribuídos à RFB – A gerente regio-nal informou aos diretores do Sinsprev que o INSS tem interesse no retorno dos trabalhadores que foram para a RFB e que aguarda reunião com representante da Recei-ta. Porém, lembrou que desde o início desta discussão, a Receita tem tido prioridade na decisão sobre liberação dos funcionários.

Em audiência, diretoria cobra providências da Gerência Regional do INSS

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INSS

Manter a mobilização em defesa das 30 horas e do salário

Porque rejeitamos o acordo com o governo

O Acordo do INSS prevê tabelas salariais de julho de 2008 até julho de 2011, com reajuste das tabelas sempre nos meses de junho e novembro de cada ano.

Nas tabelas de julho de 2008, os servidores do INSS terão aumentos no Vencimento Básico (VB) e na GAE. Mas isto acontecerá em decorrência de acordo já cele-brado em 2005, e não do acordo atual. Agora, o que acontecerá é a incorporação dos valores da GESS (Gra-tificação Executiva do Seguro Social) e a simultânea extinção da mesma. Assim, usando como exemplo um servidor no Nível Intermediário, Classe S, padrão V, te-ríamos o seguinte quadro, no exemplo abaixo:

VB de R$ 591,85, passando para R$ 763,85. Diferença de R$ 172,00.

GAE de R$ 946,96, passando para R$ 1.222,16. Diferença de R$ 275,20.

Diferença total de R$ 447,20 (ou R$ 172,00 + R$ 275,20).

Deduzindo-se dos R$ 447,20 o valor da extinta GESS (R$ 238,00), chegaríamos a um saldo total de R$ 209,20 como aumento do VB e GAE, com re-flexos proporcionais no anuênio e nos adicionais de insalubridade.

Mas o novo acordo também prevê aumento do valor do ponto da GDASS (de R$ 11,00 para R$ 23,27, a partir de julho deste ano). Ou seja: se hoje os servido-res recebem 80 pontos (R$ 880,00), passarão a receber 80 x 23,27 = R$ 1.861,60. Portanto, uma diferença a

mais de R$ 981,60, até que ocorra a primeira avaliação de desempenho, cujo resultado redefinirá a pontuação recebida pelos servidores.

No caso dos aposentados, além das variações do VB e da GAE, (de acordo com suas respectivas Classe /Padrão), haverá aumento da pontuação de 30 para 40 pontos da GDASS em Julho/2008 e para 50 em Ju-nho/2009. Hoje, o aposentado que recebe 30 x 11,00 = R$ 330,00, passará a receber 40 x 23,27 = 930,80, em Julho/2008. Em Junho de 2009, passará a receber 50 x o valor do ponto naquele mês.

Hoje, em valores, baseados no exemplo acima adota-do, um servidor da ativa teria seu salário bruto acrescido cerca de R$ 981,80 em julho de 2008. Um servidor aposentado teria seu salário bruto acrescido cerca de R$ 600,80, também em julho de 2008.

Os valores líquidos dependem de situações indivi-dualizadas e resultarão da dedução dos impostos e con-tribuições devidos por cada um (Seguridade Social, Geap, Imposto de Renda, Contribuição Sindical etc.).

Defender as 30 horas, uma conquista histórica

Num primeiro momento, a tabela de julho de 2008 será aplicada igualmente a todos os servidores, sem alte-ração da carga horária cumprida atualmente. A partir de julho de 2009, porém, o governo apresenta duas tabelas (de 30 e 40h). Para quem mantiver as 30 horas, o gover-no quer impor uma redução proporcional nos salários.

“Dependendo da disposição de mobilização da nossa categoria, podemos alterar esse horizonte, defendendo a conquista histórica das 30 horas sem redução salarial”, avalia Gilmar Rodrigues Miranda, diretor do Sinsprev e da Fenasps.

Em Julho de 2009, está prevista a incorporação da VPNI (R$ 59,87) ao Vencimento Básico, com conse-qüentes mudanças nos valores de GAE, anuênio e in-salubridade, como já explicado anteriormente. Have-rá também novo valor para o ponto da GDASS (R$ 28,07 para 40h e R$ 21,05 para 30 h), já com redução proporcional, caso não haja mudanças, sempre usando como exemplo o caso se um servidor NI classe S padrão V, além do aumento da pontuação da GDASS aos apo-sentados (50 pts).

Peso excessivo da GDASS aumenta risco de perda salarial

Além de impor as 40 horas e manter as discrimi-nações contra aposentados, o acordo do INSS também traz risco de futura perda salarial. É que, de 2008 a 2011, será crescente o peso da GDASS no total da re-muneração, a ponto de a gratificação significar 70% de todos os valores recebidos pelo servidor.

Mais um elemento a considerar é que as tabelas apre-sentadas pelo governo prevêem salário com GDASS em 100 pontos, o que é irreal, pois a pontuação é de 80 pontos e futuramente estará condicionada às avaliações institucional e individual de desempenho.

Confira as mudanças e as novas tabelas salariais dos servidores do INSS

Abaixo apresentamos as tabelas para Nível Superior, Nível Intermediário e Nível Auxiliar – valor inicial – primeira referencia e final da tabela – última referencia com as progressões sobre 30 e 40 horas. Na coluna Parte fixa, somamos os valores do Vencimento Básico, Gae e VPI. Na coluna Parte Variável apresentamos os valores da Gratificação produtivista em 100 pontos. Na coluna Total Ativo somamos a parte fixa mais 80 pontos

da gratificação produtivista – que será pago até que seja realizada a primeira avaliação de desempenho. Observe que na progressão da tabela de 2008 a 2011 ocorre o congelamento da parte fixa do

salário, ocorrendo aumentos apenas na parte variável. Na tabela de 30 horas não constam valores para os aposentados pois o governo não divulgou estes valores na tabela.

Membros do GT - Geap

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Seminário discute Geap e cria GTDia 28 de julho mais de 200 trabalhadores, entre

ativos e aposentados, da saúde e INSS compareceram ao Sinsprev para reunião com a superintendente da Geap Susana Rosa Lopes Barrios. A pauta era escla-recimentos sobre os problemas do plano enfrentado pelos servidores no estado de São Paulo. “Convida-mos a doutora Suzana mais de uma vez, infelizmen-te demorou muito para ela aceitar. Só confirmou sua presença após negarmos sua contra proposta de re-ceber apenas uma comissão no gabinete dela”, conta Cássio Lavorato, advogado do Sinsprev.

Inicialmente Lavorato explanou todas as queixas que o departamento jurídico do sindicato vem rece-bendo sobre a rede de atendimento da Geap. “São constantes os descredenciamentos de hospitais, clí-nicas, laboratórios e profissionais da área médica”, diz o advogado.

Em seguida, os servidores apresentaram os rela-tos de como está o atendimento do serviço em cada município do interior do Estado. “Foi demonstrado de forma clara que há um caos na Geap São Paulo”, falou José Rubens Decares, diretor do Sinsprev.

Suzana rebateu as denuncias com argumentos de que existem apenas problemas localizados e todos estão sen-do analisados. Para a superintendente o grande proble-ma é o auto gasto e a baixa entrada de receitas. “Só em 2007, 65 pessoas gastaram R$ 10 milhões”, explica.

Já os prestadores de serviço alegam que não re-cebem o pagamento dos trabalhos prestados e por isso suspendem o atendimento. Para a responsável da Geap isso na verdade é conseqüência de irregu-laridades na fatura, sendo assim, acaba por não pa-gar. E, disse ainda, que os problemas de hoje são os mesmos faz tempo. “Desde que assumi (três anos e meio atrás) enfrentamos exatamente as mesmas dificuldades”, justifica. Concluiu com a tentativa de esclarecimento de que os prestadores de serviço querem o pagamento antes dos atendimentos. “Isso nos levará a falência. Quem faz isso em suas contas de casa? Pagar antes de consumir!”.

O jurídico do sindicato contra-argumentou com a justificativa que falta clareza nas finanças da Geap. “Em primeiro lugar, não temos uma prestação de contas bem definida de quanto os servidores contri-buem e quanto é o gasto do plano, e, é preciso dizer, que a Geap e sua administração é muito eficiente na cobrança, tanto de mensalidades como aos serviços recebidos”, conta Lavorato. Segundo ele, há casos de servidores que acabaram com seus nomes no se-resa, sendo que os inadimplentes acabam excluídos automaticamente do plano.

“O problema da Geap, de fundo, é uma questão política, pois mesmo sendo uma empresa de direi-to privado ela é administrada pelo Governo, visto

que 30% das despesas são patrocinadas pelo próprio Planalto e por isso todos os administradores, direto-res, superintendentes são nomeados pelo poder exe-cutivo nacional”, conta Decares.

No sentido de tentar solução administrativa e restabelecer o atendimento mínimo necessário de acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS), foi proposto por Lavorato formar comissão com representantes da categoria, jurídico do Sinsprev e representantes da Geap (conselheiros e superinten-dência). “É uma questão mais política que adminis-trativa, pois o governo tem claramente a intenção de tirar cada vez mais sua participação para que seja privatizada, passando todo o custo para o servidor público. O governo já teve participação de 70% dos gastos da Geap, hoje está em 30%”, conta Decares.

A intenção do Planalto não se reflete apenas na Geap, mas em todo serviço público federal, pois não concede reajuste de salários, retira direitos, destituiu o sistema jurídico único (Lei 8112/90). “A situação da Geap é a visão do Governo, faz parte da política deles”, encerra Lavorato.

Servidores ocupam superintendência do INSS

Após a reunião, os servidores presentes à ativi-dade decidiram pela ocupação do prédio da gerência regional do Instituto de São Paulo para reivindica-rem reunião com Elisete Berchiol, gerente regional, para protestarem contra retirada de direitos. Como ela não estava presente, os cerca de 150 servidores do INSS e da Saúde, entre ativos e aposentados, fo-ram recebidos pela substituta, Lúcia Helena Paquier. Foi entregue, então, documento reafirmando a ma-nutenção da jornada de trabalho, contra a política de produtividade e redução de salários, quebra de paridade entre ativos e aposentados e a necessidade da convocação dos aprovados no último concurso público, que foi enviada ao ministro da Previdência Social, José Pimentel.

Sorocaba cadastra hospital após seis meses

Os resultados já começam a acontecer. Em So-rocaba, após seis meses de muita luta, conseguiu-se reverter a situação da Geap local. “A situação estava caótica. Ficamos sem atendimento em ne-nhum hospital durante todo esse período. Após vá-rios contatos com a superintendência do plano, foi credenciado o Hospital Samaritano, que conta com atendimento de Pronto Socorro, e existe perspecti-va de conseguirmos em breve também o Hospital Evangélico”, conta Marcelo Gomes de Santana, di-retor do Sinsprev.

Com ampla participação de servidores do INSS e da Saúde, Seminário debateu problemas com credenciamentos no estado.

Geap

Aparecida Cristina Paulina da Costa Rudgel - Beatriz Monteiro de Souza - Benedita Aparecida Paulino Ruiz - Duílio Manoel dos Santos - Evardo Rosa - Ezequiel Barbosa - Felipe Radiante - Inedes Aparecida de Carvalho Castro - Jose Aparecido Antunes - Jose Jorge Prado - Jose Luis de Almeida - Laert Marcio Mendonça - Márcia Maria de Faria Beltramello - Maria do Carmo Silva - Maria Lema Silvério - Maria Luiza Viola da Silvelio Sales - Maria Noeme de Jesus Nascimento - Ovídio Belarmino Vieira - Sueli Domingues - Vanderlei Lemes da Silva. O GT será acompanhado pelo jurídico do SinsprevPara contatar os membros do GT-Geap você pode mandar um e-mail para [email protected] ou ligar no Jurídico do sindicato.

Seminário contou com ampla participação da categoria...

da Superintendente da Geap/SP, Susana Rosa Lopes Barrios

os representantes no CONDEL-Geap, Valmir Braz e Cleusa Faustino

Após o seminário, os servidores ocuparam a gerência do INSS

onde os diretores do Sinsprev, junto com os servidores, protoco-laram um documento com as reivindicações dos servidores.

Imagens da mobilizaçãoFotos: Manoel Messina

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Deputados rejeitam emendas à MP 431/08

O plenário da Câmara dos Deputa-dos votou, no último dia 5, os desta-ques apresentados à medida provisó-ria 431 (MP 431, que regulamenta as novas tabelas salariais dos servidores da Saúde, do Trabalho e do Ministério da Previdência, à exceção do INSS). Os deputados rejeitaram todas as pro-postas de emenda ao texto, que fora aprovado no dia 16 de julho, antes do recesso parlamentar.

Agora, a MP será encaminhada ao Senado Federal para apreciação. As diretorias do Sinsprev e da federação nacional (Fenasps) orientam os servi-dores a intensificar a mobilização jun-to aos senadores para que as emendas sejam aprovadas no Senado. Nesse caso, o texto volta à Câmara dos De-putados para nova votação antes de ser enviado à sanção presidencial.

O que muda na vida do servidor

Os efeitos financeiros da MP serão retroativos a março deste ano, com inte-gralização em 2011. Em 2009, a Medida Provisória prevê a incorporação da GAE (Gratificação por Atividade Executiva) aos salários.

A medida também extingue a GDASST (Gratificação de Desempe-

nho da Atividade da Seguridade Social e do Trabalho) e a GESST (Gratifica-ção Específica da Seguridade Social e do Trabalho), que são convertidas na GDPST (Gratificação de Desempenho da Atividade da Previdência, Saúde e Trabalho). Com essa alteração, que im-põe a avaliação de desempenho como critério salarial, os servidores podem ter perdas porque a GDPST variará até 100 pontos (80 vinculados à ava-liação institucional e 20 da avaliação individual). Esse critério vai contra os acordos da greve de 2005.

Diferentemente do que vem divul-gando a grande imprensa, a MP tam-bém não garante a paridade entre ati-vos e aposentados (em 2008 a GDPST será paga sobre a base de 40 pontos, e em 2009 o cálculo passa a se dar sobre a base de 50 pontos). A MP apenas ga-rante que quando houver reajustes nos salários dos trabalhadores da ativa, os aposentados também terão majoração salarial, mas não garante os mesmos valores para os dois segmentos e, ao impor as gratificações por desempe-nho, exclui os aposentados da possibi-lidade de receberem 100% dos valores pagos aos colegas que estão na ativa porque o governo considera os apo-sentados como “inativos”.

Categoria deve intensificar a pressão sobre os senadores para garantir mudanças no texto a fim de evitar prejuízos aos trabalhadores.

Seguridade Social

Saúde aprova pauta de reivindicaçõesO Encontro Nacional da Segurida-

de Social, ocorrido no dia 2 de agos-to em Brasília, aprovou a pauta de reivindicações dos trabalhadores do segmento, que inclui a Saúde Federal. Também foi aprovada a realização de manifestações nos estados pelo aten-dimento das reivindicações (neste dia a pauta será protocolada pelo coman-do nacional de mobilização nos minis-térios do Planejamento, Saúde, Previ-dência e Trabalho e Emprego, na Casa Civil e no Congresso Nacional).

O Encontro teve a participação de 167 servidores representando 17 es-tados e discutiu ainda os problemas da MP 431/08 e a necessidade da luta pela recomposição das perdas sala-riais. A plenária nacional da Fenasps realizada no dia 3 referendou todos os encaminhamentos do encontro.

Entre outros pontos, os servidores decidiram reivindicar uma tabela sa-larial baseada nos valores das tabelas do Seguro Social (INSS) e Anvisa – os valores podem ser consultados na pá-gina do Sinsprev na internet (www.sinsprev.org.br).

A categoria também assumirá a luta contra as fundações estatais de direito privado que o governo Lula tenta im-por nas unidades de saúde (este mode-lo de gestão possibilita a contratação de funcionários pelas regras da CLT e sua demissão sumária sem o devido processo administrativo, além de aca-bar com a possibilidade de instituição de planos de carreiras para os servido-res das categorias atingidas).

Deverão ser realizadas assembléias em todos os locais de trabalho e nos estados para organizar a mobilização. Em São Paulo, a atividade acontecerá no dia 20 de agosto no Núcleo Estadu-al do Ministério da Saúde (Av. Nove de Julho, 611) a partir das 11 horas.

Entre outros pontos, a assembléia discutirá outras duas deliberações do Encontro Nacional da Seguridade Social: a realização de uma plenária nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) contra as fundações de direi-to privado no dia 22 de setembro; e a nova Marcha Nacional dos Trabalha-dores da Seguridade Social, marcada para 24 de setembro, em Brasília.

Encontro Nacional dos Trabalhadores da Seguridade Social aprovou plano de lutas com participação dos estados

Emendas da Fenasps à MP 431As emendas encaminhadas pela direção da federação nacional (Fenasps) ao Congresso Nacional que foram

aceitas por parlamentares referem-se aos seguintes pontos:IRREDUTIBILIDADE SALARIAL - Para assegurar que os valores da nova gratificação de desempenho criada pela MP (GDPGPE – gratifi-cação de desempenho do plano geral de cargos do Poder Executivo) não seja paga com valores inferiores a 50 pontos, a fim de que os trabalhadores não tenham mais perdas.PARIDADE – Reafirmando a defesa da paridade entre ativos e apo-sentados.GARANTIA DE PAGAMENTO DA GDAST – Para assegurar aos ser-vidores que recebiam a GDAST há pelo menos cinco anos a continuidade do pagamento dos 60 pontos proporcionais ao tempo trabalhado.PCCS - Pela incorporação de 47,11% ao vencimento básico dos ser-vidores conforme o acordo assinado em 2005.CARREIRA - Pela dilatação do prazo para integrar a carreira da Se-guridade Social (termo de opção para os servidores se adequarem à lei 11.355).COMPLEMENTAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO - Pela garantia de manutenção da complementação do salário mínimo para evitar per-das aos servidores.FUNASA – Pela extensão da GACEN (gratificação de atividade de combate e controle de endemias) a todos os servidores e contra a redução dos valores pagos a título de diárias.

Essas distorções foram aceitas e acordadas sem discussão com a ca-tegoria pela CUT/CNTSS/Condsef e não foram discutidas com a direção da Fenasps, que vem lutando de todas as

formas para reverter os prejuízos aos servidores, inclusive tendo forçado o governo a rever erros de cálculo e nos valores aceitos pela CUT/CNTSS/Condsef.

Nota de FalecimentoÉ com extremo pesar que comunica-

mos o falecimento de nossa colega Tereza Haas, ocorrido no dia 12 de agosto. Tere-za era servidora aposentada da Sáude de Barretos e ativa participante das ativida-des da categoria.

A diretoria do Sinsprev e os compa-nheiros da regional de Barretos e Ribeirão Preto manifestam a sua mais profunda solidariedade aos amigos e familiares. Sua dedicação estará sempre presente.

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Fenasps e Sinsprev cobram retorno dos redistribuídos à RFB para o INSS

A reunião ocorrida no Ministério da Previdência Social, entre a Fe-nasps e CRH/RFB, dia 30/07, teve o objetivo de debater as formas que o governo utilizará para o retorno dos servidores redistribuídos para a RFB e que optaram em retornar ao INSS. Segundo o Coordenador de Recur-sos Humanos/RFB os servidores que optaram por retornar ao INSS, um total de 1002 servidores, poderiam retornar a partir do dia 04/08/2008 até o final de agosto. A RFB estaria expedindo uma orientação interna para disciplinar o retorno. Segundo o RH do INSS a SRH das Gerências estaria recepcionando os servidores para fins de lotação. Que uma Me-dida Provisória traria os prazos para o retorno do restante dos servidores, os que estão sob a liminar e os que optarem em retornar para o INSS ou vice-versa. A proposta é liberar um

número de servidores em outubro de 2008, janeiro de 2009, abril de 2009 e julho de 2009, da mesma maneira que a anterior.

Em mais uma ato de autoritaris-mo o governo Lula editou o Decreto 6.522, de 30/07/2008, prorrogando o prazo de retorno previsto no Decre-to nº 6.248, para 31/07/2009. O Coordenador de Gestão de Pessoas se limitou a emitir comunicado indi-cando que a liberação dos servidores se dará a partir de 04 de agosto.

Até o fechamento desta edição nenhum ato normativo foi expedido para disciplinar a questão. Os de-legados da RFB estão impedindo a liberação daqueles que de forma le-gitima firmaram opção por retornar aos quadros do INSS, os servidores se encontram em situação deses-peradora, sem definição funcional. Ante este quadro de descaso da Ad-

ministração o Sinsprev estará ingres-sando, também com uma medida judicial para resguardar o direito dos trabalhadores. Solicitamos aos ser-vidores que se sintam prejudicados a entrarem em contato com o sindi-cato, encaminhar autorização para ingresso da ação e cópia da opção de retorno.

O Sinsprev/Fenasps seguem ul-timando providências no sentido de agendar audiência com os ministros responsáveis para tratar do caso dos servidores fixados na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, com exercício fixado na AGU, que estão em situação absolutamente precária e irregular.

Em mais uma ato de autoritarismo o governo Lula editou o Decreto 6.522, de 30/07/2008, prorrogando o prazo de retorno previsto no Decreto nº 6.248, para 31/07/2009.

Anvisa

Categoria arranca acordo do governoApós grande mobilização da ca-

tegoria, que durou mais de um mês, Anvisa e demais agente reguladores, arrancam acordo do governo assina-do pela Fenasps, CNTSS e Condsef no último dia 07. Na proposta final, aceita pelas entidades representati-vas, o Planalto se comprometeu em diluir a Gratificação de Exercício entre o Vencimento Básico (VB) e a Gratificação de Avaliação, deixan-do, assim, a Gratificação em 100% do VB o que, segundo a direção da Fenasps, melhora consideravelmente os vencimentos dos aposentados. Já o Nível intermediário ficou com o VB entorno de 58% do VB do Nível Su-perior e com os mesmos índices de aumento nos anos de 2008, 2009 e 2010.

As lutas começaram quando no mês de maio, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) apresentou às entidades representativas proposta de tabela salarial que continha distorções absurdas, como a diferença salarial entre os traba-lhadores de nível superior e intermediário, que exer-cem a mesma função, de 65%. “A nossa luta é pela reestruturação da carreira como exclusiva de Esta-do”, afirma Luiz Castilhos, diretor da Devisa/Fe-nasps. Conforme a coordenação do Devisa/Fenasps,

há grande desequilíbrio salarial entre os servido-res contratados antes da criação da Anvisa para os concursados após seu surgimento. “Quando fomos transportados da antiga Secretária de Vigilância Sa-nitária do Ministério da Saúde para a Anvisa, fica-mos sem plano de carreira, diferente daqueles que entraram depois da instituição da Agência”, explica Castilhos.

Fenasps, Sinagências, Condsef e CNTSS apre-sentaram ao governo, logo em seguida, proposta de tabela salarial que pretendia corrigir as distorções hoje existentes nos salários do segmento (reduzin-do as diferenças salariais entre os níveis superior e

intermediário) e valorizando os servi-dores.

No dia 30 de junho a categoria en-trou em greve e permaneceu até 11 de julho, quando resolveu dar “trégua” ao governo por dez dias, depois, en-tre os dias 21 do mês passado até 07 de agosto, somente a Anvisa manteve processo de mobilização, com a rea-lização de greve em alguns locais e operação padrão em outros.

Para a direção da Fenasps não foi possível conquistar tudo agora, po-rém o Governo se comprometeu em dar continuidade nas negociações através do Grupo de Trabalho (GT) de carreira, que será instalado ainda

este ano. E, todos os efeitos financeiros acordados neste momento serão retroativos a 1° de julho de 2008, e se a categoria concordar com esta propos-ta ela será contemplada em uma Medida Provisória (MP) em breve.

“Nós do DEVISA/FENASPS avaliamos que obtivemos avanços e que é possível melhorar um pouco mais no GT de carreira. Isto somente foi possível graças a esta categoria guerreira, lutadora e unida que nos ajudou com sua presença mesmo que a distância nas mesas de negociação”, finaliza Castilhos.

Dirigentes da Devisa resaltam importância da mobilização e da organização da categoria

Redistribuídos

Servidores da Anvisa e das Agências Reguladoras realizaram diversas atividades com apoio do Sinsprev e da Fenasps

Sinsprev e Fenasps têm atuado para garantir o direito de opção e retorno dos redistribuídos para o INSS

Fotos: Manoel Messina