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1 Julho de 2015 Metalúrgicos de Itu e Região Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região 65 anos de conquistas. 1950-2015 Ano 65 - Edição 195 Gratuito www.metalurgicosdeitu.com.br Julho de 2015 Campanha Salarial 2015: Metalúrgicos entregam pauta de reivindicação Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo deram início a Campanha Salarial 2015. A data-base da categoria é 1º de setembro e es- tão em Campanha cerca de 200 mil trabalhado- res na base da FEM-CUT/SP. O primeiro passo foi à entrega das pautas de reivindicações para seis setores patronais que aconteceu no dia 3 de julho, nas sedes da Fe- deração das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças). Participaram presidentes e dirigentes da Fede- ração e dos sindicatos filiados do ABC, Soroca- ba, Taubaté, Itu, Matão, São Carlos, Monte Alto, Araraquara, Cajamar, Salto, Pindamonhangaba e Itaquaquecetuba. Durante as entregas das pautas, o presidente da FEM, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, falou sobre a construção das pautas de reivin- dicações que receberam ricas contribuições dos trabalhadores no chão de fábrica e foram amplamente debatidas nas Plenárias Regionais de Monte Alto, Itu e Taubaté. Luizão pediu aos empresários que analisem com carinho as pro- postas. Trabalhadores e empresários destacaram que, embora a conjuntura econômica do País hoje seja atípica, é importante construir um diálogo equilibrado que caminhe para o entendimento. Confira como foi o ato de entrega da pauta na página 3. Bancada dos tabalhadores durante a entrega da pauta à bancada patronal. Dilma oficializa programa de proteção ao emprego Vitória dos trabalhadores: Na presença dos metalúrgicos da CUT e das centrais sindicais, presidenta assinou nesta segun- da-feira, dia 6 de julho, MP que assegura postos de trabalho e salário. Mais detalhes sobre o assunto na página 4. Novo Site O Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Re- gião conta, a partir deste mês de julho, com um novo site. Acesse www.metalurgicosdeitu.com.br e confira o novo site que têm galerias de fo- tos, vídeos e blog. IV Seminário da CIPA O Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região realiza no próximo dia 24 de agosto, das 13h às 17h, na sede da entidade em Itu, o IV Semi- nário da CIPA – Atualização das Normas Regu- lamentadoras, com destaque às NR17, NR12 e NR5. As inscrições seguem até o próximo dia 17 de agosto. A Secretaria de Saúde encaminhou diversas fichas para as empresas, porém caso os cipeiros ainda não tenham feito a inscrição tenham interesse em participar, solicita-se o fa- vor de entrar em contato com o Sindicato. A carga horária é de 4h e haverá apostila, DVD com o material do curso e certificado. Mais informações com Paulo da Silva (Pauli- nho), pelo fone (11) 40221446 ou pelos e-mails [email protected]; paulo@me- talurgicosdeitu.com.br.

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1Julho de 2015Metalúrgicos de Itu e Região

Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região 65 anos de conquistas. 1950-2015

Ano 65 - Edição 195 Gratuito www.metalurgicosdeitu.com.br

Julho de 2015

Campanha Salarial 2015: Metalúrgicos entregam pauta de reivindicação

Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo deram início a Campanha Salarial 2015. A data-base da categoria é 1º de setembro e es-tão em Campanha cerca de 200 mil trabalhado-res na base da FEM-CUT/SP.

O primeiro passo foi à entrega das pautas de reivindicações para seis setores patronais que aconteceu no dia 3 de julho, nas sedes da Fe-deração das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças).

Participaram presidentes e dirigentes da Fede-ração e dos sindicatos filiados do ABC, Soroca-ba, Taubaté, Itu, Matão, São Carlos, Monte Alto, Araraquara, Cajamar, Salto, Pindamonhangaba e Itaquaquecetuba.

Durante as entregas das pautas, o presidente da FEM, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, falou sobre a construção das pautas de reivin-dicações que receberam ricas contribuições dos trabalhadores no chão de fábrica e foram amplamente debatidas nas Plenárias Regionais de Monte Alto, Itu e Taubaté. Luizão pediu aos empresários que analisem com carinho as pro-postas.

Trabalhadores e empresários destacaram que, embora a conjuntura econômica do País hoje seja atípica, é importante construir um diálogo equilibrado que caminhe para o entendimento.

Confira como foi o ato de entrega da pauta na página 3. Bancada dos tabalhadores durante a entrega da pauta à bancada patronal.

Dilma ofi cializa programa

de proteção ao emprego

Vitória dos trabalhadores: Na presença dos metalúrgicos da CUT e das centrais sindicais, presidenta assinou nesta segun-da-feira, dia 6 de julho, MP que assegura postos de trabalho e salário. Mais detalhes sobre o assunto na página 4.

Novo Site

O Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Re-gião conta, a partir deste mês de julho, com um novo site.

Acesse www.metalurgicosdeitu.com.br e confira o novo site que têm galerias de fo-tos, vídeos e blog.

IV Seminário da CIPA

O Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região realiza no próximo dia 24 de agosto, das 13h às 17h, na sede da entidade em Itu, o IV Semi-nário da CIPA – Atualização das Normas Regu-lamentadoras, com destaque às NR17, NR12 e NR5.

As inscrições seguem até o próximo dia 17 de agosto. A Secretaria de Saúde encaminhou diversas fichas para as empresas, porém caso os cipeiros ainda não tenham feito a inscrição tenham interesse em participar, solicita-se o fa-vor de entrar em contato com o Sindicato.

A carga horária é de 4h e haverá apostila, DVD com o material do curso e certificado.

Mais informações com Paulo da Silva (Pauli-nho), pelo fone (11) 40221446 ou pelos e-mails [email protected]; [email protected].

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2 Julho de 2015 Metalúrgicos de Itu e Região

Boletim informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Oficinas Metal., Mec., de Materiais Elétricos e Eletrônicos, Siderúrgicas, Fundi-dos, Automobilísticas, Autopeças e Aeroespacial de Itu, Porto Feliz, Boituva e Cabreúva.. Secretário de Imprensa: Jorge Luís Benedito de Jesus - Res-ponsabilidade: Dorival Jesus do Nascimento Júnior - Presidente e diretoria do Sindicato - Circulação na categoria metalúrgica. - Impressão: Gráfica Taiga. - Tiragem: 11.000 - e-mail para contato: [email protected] - Jornalista e Diagramação Tadeu Eduardo Italiani - Mtb 47.674 . Endereço da Sede: Rua Euclides da cunha n.º 127 - Centro – Itu / SP - Cep.: 13.300-015 Fone: (11) 4022-1446 -Subsede Cidade Nova: Rua Joaquim Delfino da Silva, 250 - Jardim Europa - fone (11) 4013-2027 - Subsede em: Porto Feliz Rua Conselheiro Manoel Dias de Toledo - nº394 B. Cidade Jardim fone (15) 3261-1880 / Boituva Rua Professor José Atala Júnior n.º 281 – Centro - fone (15) 3263-2266 / Cabreúva Rua Guaxinduva n.º 103 Bairro Jacaré - fone (11) 4529-4060.

Palavra da Diretoria Companheiros e CompanheirasIniciamos as negociações da Campanha Salarial com o patronal,

entregando a Pauta de Reivindicações, após as Plenárias Regionais realizadas em Monte alto, Itu e Taubaté que serviu para discutir os avanços nas Claúsulas Sociais, que foram aprovadas na Plenária Es-tatutária, realizada na Sede da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT (FEM/CUT-SP). No dia 3 de julho, realizamos a entrega da pauta de Reinvidicações para a Bancada Patronal. Este ano a FEM/CUT-SP, está negociando junto à bancada patronal as cláusulas eco-nômicas e sociais.

É muito importante ficarmos mobilizados e no aguardo dos resul-tados das negociações que virão, pois, conforme os encaminhamen-tos teremos que mostrar para classe patronal a nossa unidade em torno de atingir uma boa Campanha Salarial . Somos profissionais qualificados que deixa a família e passa a maior parte do tempo ao pé de uma máquina produzindo e gerando o capital. Conforme for acontecendo os avanços nas negociações, informaremos a todos, no site com atualizações diárias, por meio de boletins específicos, ou mesmo através de carro de som na porta da fábrica. Vocês podem ficar cientes que estaremos repassando as informações vindas das ro-dadas de negociações. O importante como já citamos é ficarmos mo-bilizados, atentos a movimentação e choradeira da classe patronal.

Também precisamos intensificar o debate sobre a Pl4330 que reti-ra direitos conquistados ao longo dos anos, pela classe trabalhadora deste País. Alguns empresários e Deputados Federais, do Congres-so Nacional que hoje é considerado o mais conservador da historia

deste país, vem defendendo a retirada de direitos com esta lei da terceirização, inclusive nas atividades- fins que terá efeitos danosos em toda cadeia produtiva, sendo um retrocesso.

Outro assunto que estamos passando novamente é a crise mundial. Estamos vivendo um período especial, após uma escalada de cres-cimento e prosperidade, experimentamos agora as dificuldades do ajuste fiscal, porém, o preço não pode recair no trabalhador(a). Mui-tas empresas quando se depararam com a crise, reduziram sua pro-dução e custos sendo o primeiro a pagar as contas o trabalhador(a), realizando demissões, igual anos anteriores como para os mais vivi-dos 1982,1989,1994, 2000 e para os mais novos 2008/2009 sempre discutimos, e a perspectiva mais uma vez, é que o povo brasileiro supere a crise e volte a sua condição.

No mês de julho o Governo Federal editou uma Medida Provisória 680/15 que passa a ser mais uma ferramenta para evitar demissões em empresas que realmente estejam com a produção afetada, que é necessário comprovar. Em reunião na segunda feira, dia 13 de julho, a direção deste Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região definiu, por também discutir com o Excelentíssimo Prefeito e Vereadores pro-postas Emergenciais de Políticas Sociais para os Trabalhadores(as) desempregados e que sofrerem redução salarial. Vamos elaborar pro-postas com os demais Sindicatos da Cidade em conjunto com a Co-missão Municipal de Emprego.

Para terminar queríamos ressaltar que é um momento muito im-portante para nossa categoria, e vamos atravessar esta crise mundial. É necessário ficarmos mobilizados, atentos, com muita Luta e Uni-dade. Vamos mais uma vez fazer uma campanha Salarial Vitoriosa.

Metalúrgicos (as) vamos nos unir e ser firmes em nossos propósitos para irmos buscar mais esta conquista. E a luta é continua.

NOSSAS CONQUISTAS, NOSSOS DIREITOS

Garantias Salariais na rescisão do Contrato de Trabalho – Parte II

Nota: Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de 30 (trinta) dias. A falta do aviso prévio por parte do empregador o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço. E a falta de aviso prévio por parte do empregado dá ao em-pregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo.

Demissão por Justa Causa do (a) Trabalhador (a): Ocorre quando o (a) trabalhador (a) colaborador comete alguma falta grave, especifica-da no artigo 482 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Neste caso, cabe ao empregador a prova dos fatos ensejadores da justa cau-sa. Não provados esses fatos, considera-se que houve despedida sem justa causa.

Justa Causa aplicada pelo (a) trabalhador (a) no Empregador: acon-tece quando o empregador é quem descumpre o contrato de trabalho. Neste caso, o (a) trabalhador (a) deverá entrar com uma ação na justi-ça do trabalho e obter uma declaração judicial dando fim a relação de trabalho. Assim o empregado passa a ter o direito às mesmas verbas rescisórias do empregado dispensado sem justa causa. Conseqüente-mente, os gastos do empregador serão os mesmos do caso da rescisão sem justa causa (CLT, art. 483).

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3Julho de 2015Metalúrgicos de Itu e Região

Campanha Salarial 2015: sindicatos entregam pauta de reivindicação para bancada patronal

Os metalúrgicos da CUT no Estado de São Paulo deram início a Campanha Salarial 2015. A data-base da categoria é 1º de setembro e es-tão em Campanha cerca de 200 mil trabalhado-res na base da FEM-CUT/SP.

O primeiro passo foi à entrega das pautas de reivindicações para seis setores patronais que aconteceu na manhã da sexta-feira, dia 3 de ju-lho, nas sedes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e do Sindicato Na-cional da Indústria de Componentes para Veí-culos Automotores (Sindipeças).

Participaram presidentes e dirigentes da Fe-deração e dos sindicatos filiados do ABC, So-rocaba, Taubaté, Itu, Matão, Monte Alto, Ara-raquara, Cajamar, Salto, Pindamonhangaba e Itaquaquecetuba.

Durante as solenidades, o presidente da FEM, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, falou sobre a construção das pautas de reivindicações que receberam ricas contribuições dos trabalhado-res no chão de fábrica e foram amplamente de-batidas nas Plenárias Regionais de Monte Alto, Itu e Taubaté. Luizão pediu aos empresários que analisem com carinho as propostas. “Apro-vamos a nossa bandeira de luta Nenhum Di-reito a Menos e Mais Avanços Sociais que tem essa preocupação de não aceitar retrocesso nas nossas conquistas sociais”, frisou.

Ele citou como exemplo, o nefasto PLC 30 (antigo 4330), que permite a terceirização in-discriminada nas atividades fim das empre-sas, destacando que ele representa um “ataque frontal aos direitos da classe trabalhadora”, que foram conquistados com muita luta e suor ao longo dos anos.

Trabalhadores e empresários destacaram que, embora a conjuntura econômica do País hoje seja atípica, é importante construir um diálogo equilibrado que caminhe para o entendimento. “Reconhecemos que a conjuntura atual não é das melhores, assim como o momento político, mas o que estamos propondo nas nossas pau-tas são questões do dia a dia do trabalhador, que é possível as empresas cederem sem muito custo. Podemos avançar e o trabalhador pode contribuir com o Brasil”, frisa Luizão.

O coordenador da bancada patronal do Gru-po 8, Valdemar Andrade, aposta no diálogo. “Esperamos a união de todos para que possa-mos chegar ao final das negociações com uma Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) que sir-va para todos”, disse.

Para o coordenador da bancada do Grupo 3, Dráuzio Rangel, diante desse cenário difícil da economia, a manutenção dos empregos deve ser priorizada nas mesas de negociação. “Te-mos que fazer esse esforço. Porque o empre-

go é o maior bem do trabalhador e também da empresa”,ressalta.

O presidente da FEM concorda, mas chama atenção para o fato que os metalúrgicos querem a volta dos níveis de emprego anteriores. “Sa-bemos que uma parte das empresas realmen-te passou por uma situação complicada, mas outras aproveitaram do momento difícil para fazer a reestruturação necessária. E o trabalha-dor já pagou um pouco dessa conta que ele não deve”, explica.

As cláusulas sociais serão o destaque. Foram apresentadas mais de 30 contribuições que vieram das Plenárias Regionais realizadas em Monte Alto, Itu e Taubaté que propõem melho-rias nas cláusulas pré-existentes (que estão em vigor nas Convenções Coletivas de Trabalho) e a inclusão de novos direitos. “Queremos uni-formizar as nossas cláusulas pelo o que temos de melhor em cada grupo”, explica Luizão.

A Federação negocia com seis bancadas pa-tronais: Grupo 2 (máquinas e eletrônicos); Gru-po 3 (autopeças, forjaria, parafusos); Grupo 8 (trefilação, laminação de metais ferrosos; refri-geração, equipamentos ferroviários, rodoviá-rios entre outros); Grupo 10 (lâmpadas, equi-pamentos odontológicos, iluminação, material bélico entre outros); Estamparia e Fundição. (Agência de Notícias - FEM-CUT/SP)

Entrega da pauta no Sindimaq. Grupo 2Entrega da pauta no Grupo 10Entrega da pauta na Fundição

Entrega da pauta na Estamparia Entrega da pauta na Grupo 8 Entrega da pauta na Sinaes.- Grupo 2

Entrega da pauta no Sindipeças Entrega da pauta no Sindipeças Bancada da classe trabalhadora

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4 Julho de 2015 Metalúrgicos de Itu e Região

MP permite que empresa em difi culdade reduza salário e jornada em até 30%

Medida foi editada pelo governo com o intuito de manter empregos durante a crise econômica

O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional a Medida Provisória (MP) 680/15, que permite a empresa em dificuldade financeira reduzir a remuneração e a jornada de trabalho de seus empregados em até 30%. Como contra-partida, a corporação fica impedida de demitir empregados sem justa causa por até 16 meses.

O texto institui o Programa de Preservação do Emprego (PPE) para, segundo o Planalto, manter postos de trabalho em momentos de retração econômica. De acordo com a medida, poderão participar do programa empresas em dificuldade econômico-financeira, conforme definição a ser regulamentada pelo Executivo.

A MP também prevê a necessidade de acordo coletivo de trabalho entre a empresa e o sin-dicato da categoria predominante para a di-minuição salarial e de jornada ser possível. A redução deverá abranger todos os empregados da companhia ou, pelo menos, de um setor es-pecífico.

As empresas podem participar do programa por até 12 meses (seis meses com uma reno-vação) e a adesão vai até 31 de dezembro. Pela medida, o trabalhador com salário e jornada re-duzidos manterá o vínculo trabalhista por até 8 meses, em casos de adesão ao programa por 6

meses; e até 16 meses, em adesões por 12 me-ses.

VantagensDe acordo com a exposição de motivos do

Executivo, o programa é vantajoso para empre-sas, trabalhadores e governo. Para as empresas, ao ajustar fluxo de produção à demanda e man-ter trabalhadores já qualificados com redução de custos (demissão/admissão). Para os traba-lhadores, por preservar empregos e parte do salário. E para o governo, por economizar com seguro-desemprego e preservar a arrecadação sobre a folha.

“O PPE é um importante instrumento na ma-nutenção dos empregos, pois atenua demissões em empresas que se encontram em dificulda-des financeiras temporárias”, afirma a nota.

A estimativa do governo é que o programa use R$ 97,6 milhões de recursos do FAT em 2015 (R$ 29,7 milhões) e 2016 (R$ 67,9 milhões).

CompensaçãoO trabalhador que tiver diminuição salarial

receberá uma compensação do governo de até 50% do salário reduzido (ou 15% do salário ori-ginal), a partir de recursos do FAT. Pelo texto, a compensação estará limitada a R$ 900,84, 65% do valor do maior benefício do seguro-desem-

prego (R$ 1.385,91).Por exemplo: um trabalhador que receba R$

5.000 por mês e esteja em uma empresa do pro-grama receberá R$ 4.250 com a redução de 30% da jornada de trabalho. Desse total, R$ 3.500 serão pagos pelo empregador e R$ 750 pagos com recursos do FAT.

Já um trabalhador com salário de R$ 10.000, com a compensação máxima do governo (R$ 900,85), vai receber R$ 7.900,85 ao reduzir o tempo de trabalho (R$ 7.000 do empregador e o restante do FAT).

Pela medida, a redução salarial não pode ge-rar um salário a ser pago pela empresa inferior ao mínimo, atualmente fixado em R$ 788.

ContribuiçõesA proposta altera a Lei de Contribuição Pre-

videnciária (8.212/91) e a lei que regulamenta o FGTS (8.036/90) para garantir que a incidên-cia tributária dessas contribuições seja sobre o total do salário do trabalhador após a redução.

Ou seja, o recurso da compensação dada pelo governo fará parte da base de cálculo da contri-buição patronal. Essa parte da medida provisó-ria só entra em vigor a partir de 1º de novem-bro, por causa da regra da noventena.

A empresa que fraudar o programa ou des-cumprir o acordo coletivo sobre a redução da jornada de trabalho será excluída da iniciati-va e não poderá mais se inscrever. Em caso de fraude, a empresa deverá restituir os recursos do FAT recebidos, além de pagar multa.

Segundo o governo, esse tipo de programa foi muito utilizado no exterior depois da crise finan-ceira de 2009, a partir de sugestões da Organiza-ção Internacional do Trabalho (OIT) e Comissão Europeia. Programas como o da MP teriam, de acordo com o Planalto, ajudando a evitar layoffs (suspensão de contrato trabalhista para requa-lificação profissional em que se perde o vínculo empregatício) na Alemanha e em outros países da Europa. A MP 680/15 será analisada por uma comissão mista, formada por deputados e senado-res. Depois, seguirá para votação nos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. (Ag. Câmara Federal)

Campeonato de Futebol Society começa domingoTem início neste domingo, dia 19 de julho, o XIV Campeonato de Futebol Society dos Metalúrgicos de Itu e Região. As partidas

ocorrerão no campo do CRM (Centro Recreativo dos Metalúrgicos), sempre no período da manhã. Confira abaixo a tabela da primeira fase do campeonato.