Por que os planos de saúde devem cobrir a quimioterapia oral?

Entenda o contextoA lei obriga os planos a cobrirem apenas as quimioterapias administradas em clínicas e hospitais;

Quando a lei foi aprovada (1998), 99% das quimioterapias eram administradas em clínicas e hospitais.

Isso mudou… E muito…

Hoje, mais de 30% das quimioterapias são realizadas em casa com uso de medicamento oral;

Pesquisas apontam que em 2021, mais de 80% dos tratamentos oncológicos serão orais e o paciente poderá fazer todo o seu tratamento em casa.

Esse problema impacta a vida de muita gente?

SIM! E como...

Brasileiros com plano de saúde

Aproximadamente 49 milhões de brasileiros possuem planos de saúde... Isso significa 25% de toda população do país;

Alguém acha pouco?

É o tamanho da população inteira da Espanha e mais de 4x o tamanho da população de Portugal.

+ =Brasileiros com plano de saúde

O sonho de consumo da classe C

Pesquisa do Datafolha mostra que ter um plano de saúde é, hoje, o 2º sonho de consumo da classe C; perde apenas para a casa própria.

No Brasil, estima-se que 520 mil pessoas receberão o diagnóstico de câncer...

131 mil desses pacientes terão plano de saúde!

É provável que todo paciente com câncer, em algum momento, precise de

quimioterapia oral.

Se o plano não cobre a quimio oral...

Além de o paciente, já fragilizado, se sentir enganado e traído pelo seu plano, a sociedade inteira paga um preço altíssimo.

Se o plano não cobre, quem arca com o prejuízo é o SUS.

Se o plano não cobre a quimio oral...

Estima-se que em 2010 o SUS poderia ter economizado mais de 175 milhões de reais caso os planos fossem

obrigados a custear a quimioterapia oral.

Com esse valor seria possível adquirir 58 aparelhos de radioterapia ou ainda construir 580 postos de saúde

O caminho que estamos percorrendo para garantir que o paciente tenha

direito a cobertura

Campanha nas ruas

Em maio de 2011, ANS submete para Consulta Pública a Revisão do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Nessa ocasião, o Instituto Oncoguia lançou a Campanha pela Inclusão da Quimio Oral. O objetivo era convencer a população da importância de incluir a quimioterapia oral entre as coberturas obrigatórias.

Campanha Online

Período: 2 de maio a 20 de maio de 2011

• 13.921 assinaturas coletadas por meio do hotsite da campanha;

• Mais de 900 citações sobre a campanha no Facebook.

Folder Informativo

Verso

Distribuição de Folder nas Ruas (2.500 folders distribuídos)

Frente

Coletamos18 mil assinaturas!

Todas foram enviadas à ANS

Resposta da ANSFRUSTAÇÃO...

Mesmo reconhecendo o anseio da população, a ANS disse que não teria competência legal para incluir a quimioterapia oral. Seria preciso mudar a lei.

Reação frente à resposta da ANS

Nos perguntamos: então, como faremos para mudar a lei?

Ora, nossos deputados e senadores, aqueles mesmos que tínhamos acabado de eleger... Eles poderão nos ajudar!

Fomos atrás de algum parlamentar que se preocupa, verdadeiramente, com o paciente com câncer.

Encontramos a Senadora Ana Amélia, que acabava de divulgar e distribuir uma cartilha dos direitos do paciente com câncer.

A senadora Ana Amélia, com base em subsídios apresentados pelo

Instituto Oncoguia, apresentou Projeto de Lei (PLS 352/11), que

pretende alterar a lei dos planos de Saúde para tornar obrigatória a

cobertura de antineoplásicos de uso oral em domicílio.

Audiência Pública no Senado

Apresentamos o problema também ao Ministro da Saúde,

Alexandre Padilha. Em audiência realizada no dia 18 de agosto

de 2011, o Ministro registrou irrestrito apoio à aprovação do PLS

352/11.

Audiência com Ministro da Saúde

Aprovação no Senado

Após muito debate, incontáveis idas e vindas de Brasília na tentativa de impedir que alguns parlamentares atrasassem o andamento do projeto, ELE FOI APROVADO PELO SENADO.

É importante destacar o esforço da senadora Ana Amélia e do Senador Waldemir Moka, que foi o relator do projeto.

Mobilização nas redes socias

A repercussão nas mídias sociais e no canal Alô, Senado foi de extrema importância. A solicitação para que o PLS 352/11 fosse aprovado teve destaque entre os pedidos da população e ganhou espaço na página principal do Alô Senado e no twitter do canal.

Aprovação na Câmara dos Deputados

Aprovado no Senado, o projeto seguiu para a Câmara dos Deputados. O presidente da Câmara, assim que o recebeu, determinou que ele passasse por 3 Comissões e, se aprovado nas três, seria imediatamente enviado para sanção presidencial.

A Comissão de Defesa do Consumidor foi a primeira a analisar o projeto na Câmara. Realizamos reunião com o Deputado Reguffe (relator do projeto na CDC) que demonstrou absoluto apoio ao projeto.

Reguffe lutou contra tudo e todos que tentaram derrubar o projeto e fez prevalecer o melhor para a sociedade.

Ele, inclusive, acatou um pedido do Instituto Oncoguia para mudar o nome “quimioterapia oral” para “antineoplásicos de uso oral”. Isso permite que todas as drogas de uso oral, independentemente de como a chamarmos (quimioterapia, hormonioterapia, etc.) sejam cobertas pelos planos.

Aprovação na Câmara dos Deputados

Após a aprovação na Comissão de Defesa do Consumidor, o projeto passou para a Comissão de Seguridade Social e Família, sob a relatoria da Deputada Jandira Feghali.

Foi aprovado, por unanimidade, na votação realizada dia 29 de maio de 2013.

Aprovação na Câmara dos Deputados

Na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania – CCJC o projeto da Quimio Oral teve como relator o deputado Ricardo Berzoini e foi aprovado por unanimidade na votação do dia 27 de agosto de 2013.

Aprovação na Câmara dos Deputados

No dia da votação na CCJC houve uma grande repercussão nas mídias sociais, com pedidos de pacientes e familiares pela aprovação do projeto. No post do facebook houve:147.456 visualizações3.528 compartilhamentos 23 comentários 493 curtidas. Devido a grande mobilização nas redes sociais, em seu discurso o presidente da comissão, o deputado Décio Lima cita a presença do Instituto Oncoguia e dos pacientes nas redes sociais.

Aprovação na Câmara dos Deputados

Aprovação na Câmara dos Deputados

Análise no Senado

O Projeto voltou ao Senado Federal apenas para análise das alterações que foram feitas ao projeto na Câmara, não podendo mais ser alterado.

No dia 22/10/2013 o Senado aprovou o substitutivo da Câmara em plenário. A Senadora Ana Amélia, autora do projeto foi bastante elogiada pela iniciativa e em seu discurso ela citou a importante participação do Oncoguia no projeto.

O projeto então embarcou para a sua última etapa: a sanção presidencial.

O projeto de Lei foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff e se tornou a

LEI 12.880 de 12 de novembro de 2013

Ainda é preciso esperar o prazo de 180 dias a partir da data da publicação no Diário Oficial (13/11/2013) para que a lei entre em vigor. Este prazo servirá para que o governo e os planos de saúde se ajustem e façam as adaptações exigidas pela nova lei.

Cenário Atual

Agradecemos a sua participação!