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Camila Souza Crovador TRADUÇÃO E VALIDAÇÃO DA VERSÃO BRASILEIRA DO “MEMORIAL DELIRIUM ASSESSMENT SCALE” EM PACIENTES COM CÂNCER AVANÇADO. Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação da Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos para a obtenção do título de Mestre em Ciências da Saúde Área de concentração: Oncologia Orientador: Prof. Dr. Vinicius de Lima Vazquez Barretos, SP 2015

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Page 1: Camila Souza Crovador - Hospital de Câncer de Barretos · A toda equipe da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de ... DSM-II I Manual de Diagnóstico e Estatístico

Camila Souza Crovador

TRADUÇÃO E VALIDAÇÃO DA VERSÃO BRASILEIRA DO “MEMORIAL DELIRIUM

ASSESSMENT SCALE” EM PACIENTES COM CÂNCER AVANÇADO.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação da Fundação Pio XII – Hospital de

Câncer de Barretos para a obtenção do título

de Mestre em Ciências da Saúde

Área de concentração: Oncologia

Orientador: Prof. Dr. Vinicius de Lima Vazquez

Barretos, SP

2015

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FICHA CATALOGRÁFICA

Preparada por Rafael de Paula Araújo CRB 8/9130

Biblioteca da Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos

C937t Crovador, Camila Souza

Tradução e validação da versão brasileira do “Memorial Delirium Assessment Scale” em pacientes com câncer avançado / Camila Souza Crovador. - Barretos, SP 2015.

130 f. : il.

Orientador: Vinicius de Lima Vazquez.

Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos, 2014.

1. Confusão Mental/delirium. 2. Tradução. 3. Questionário. 4. Qualidade de Vida. 5. Cuidados Paliativos. 6. Oncologia. I. Autor. II. Vazquez, Vinicius de Lima

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“Esta dissertação foi elaborada e está apresentada de acordo com as normas da Pós-

Graduação do Hospital de Câncer de Barretos – Fundação Pio XII, baseando-se no Regimento

do Programa de Pós-Graduação em Oncologia e no Manual de apresentação de Dissertações

e Teses do Hospital de Câncer de Barretos. Os pesquisadores declaram ainda que este

trabalho foi realizado em concordância com Código de Boas Práticas Científicas (FAPESP),

não havendo nada em seu conteúdo que possa ser considerado como plágio, fabricação ou

falsificação de dados. As opiniões, hipóteses e conclusões ou recomendações expressas

neste material são de responsabilidade dos autores e não necessariamente refletem a visão

da Fundação Pio XII – Hospital de Câncer de Barretos”.

“Embora o Núcleo de Apoio ao Pesquisador do Hospital de Câncer de Barretos tenha

realizado as análises estatísticas e orientado sua interpretação, a descrição da metodologia

estatística, a apresentação dos resultados e suas conclusões são de inteira responsabilidade

dos pesquisadores envolvidos”.

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Dedicado este trabalho aos meus queridos pais, que me deram

força e me apoiaram em todos os momentos da minha vida.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço Dr. Vinicius de Lima Vazquez, meu orientador, que com muita paciência

me passou sábios ensinamentos acadêmicos.

Aos membros da Banca de Acompanhamento, Dra Namie e Dr Carlos, pelas

sugestões e críticas precisas ao longo da elaboração dessa dissertação.

A toda equipe da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de

Barretos, por todo companheirismo nesses anos de trabalho.

Agradeço aos tradutores, especialistas e médicos que fizeram com que esta pesquisa

se concretizasse, incluindo Ana Caroline da Silva dos Santos pelo auxilio na coleta de dados.

Agradeço especialmente as pessoas que me deram à vida, Guilhermina e José

Roberto, que em suas simplicidades me permitiram sonhar, me deram suporte e apoiaram

na concretização desses sonhos.

Aos meus irmãos, Ana Carolina e Vitor, assim como meus cunhados Luiz Henrique e

Melina pela força e apoio em todos os momentos.

Aos meus queridos sobrinhos Pedro, Isabelle, Rafael, Luize e Tiago que tornaram

meus momentos em família muito mais alegres e divertidos.

A toda minha família que compreenderam meus momentos de ausência.

As minhas grandes amigas Camila Tsuki Ito, Natalia Campacci e Ana Camila Alfano

que me apoiaram imparcialmente.

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“Um homem precisa se queimar em suas próprias

chamas para poder renascer das cinzas”

Frieddrich Nietzsche

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO

1.1 Delirium em pacientes com câncer avançado 1

1.2 Epidemiologia do delirium 5

1.3 Avaliação do delirium 6

1.4 Avaliação das propriedades psicométricas dos instrumentos de medida 10

2 JUSTIFICATIVA 12

3 OBJETIVOS

3.1 Geral 13

3.2 Específicos 13

4 MATERIAS E MÉTODOS

4.1 Local da pesquisa 14

4.2 Aspectos éticos 14

4.3 Coleta de dados 14

4.3.1 Etapa de tradução 14

4.3.1.1 Tradução 14

4.3.1.2 Tradução do instrumento para língua portuguesa brasileira 15

4.3.1.3 Síntese das traduções 15

4.3.1.4 Retrotradução 16

4.3.1.5 Avaliação pelo comitê de especialistas 16

4.3.1.6 Fase de compreensão dos profissionais da saúde 17

4.3.2 Instrumento de coleta de dados 17

4.3.2.1 Questionário de perfil profissional 17

4.3.2.2 Questionário de compreensão 18

4.4 Avaliação psicométrica 18

4.4.1 Tamanho da amostra 19

4.4.2 População 19

4.4.2.1 Critérios de inclusão 19

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4.4.2.2 Critério de exclusão 19

4.4.3 Instrumentos de coleta de dados 20

4.4.3.1 Questionário sócio demográfico e clínico 20

4.4.3.2 Questionário de avaliação de delirium segundo Manual de Diagnóstico

e estatístico das Perturbações Mentais - DSM-IV 20

4.4.3.3 Método de Avaliação de Confusão (Confusion Assessment Method–CAM) 21

4.4.3.4 Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS) 21

5. ANÁLISE ESTATÍSTICA

5. 1 Adaptação transcultural 22

5.2 Análise psicométrica 22

6. RESULTADOS

6.1 Procedimento de tradução do MDAS 23

6.1.1 Resultado da avaliação de compreensão dos profissionais da saúde 25

6.2 Avaliação psicométrica da Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS) 28

6.2.1 Análise descritiva do perfil da amostra 28

6.2.2 Análise de confiabilidade 31

6.2.3 Reprodutibilidade 33

6.2.4 Análise da validade 35

6.2.5 Identificação do ponto de corte e a acurácia do EAD (MDAS)

para rastreamento de delirium 40

6.2.6 Resultado da análise psicométrica 42

7. DISCUSSSÃO

7.1 Etapa de tradução do “Memorial Delirium Assessment Scale” 44

7.2 Etapa psicométrica da Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS) 45

8. CONCLUSÃO 50

REFERÊNCIAS 51

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ANEXOS

ANEXO A - Carta de Aprovação do estudo pelo Comitê de Ética

em Pesquisa 54

ANEXO B - Memorial Delirium Assessment Scale – MDAS 56

ANEXO C - Certificação American Journal Experts 61

ANEXO D - Permissão para tradução do Memorial Delirium Assessment Scale – MDAS 63

ANEXO E - Instrumento para análise da escala 64

ANEXO F - Questionário de perfil profissional 86

ANEXO G - Questionário de compreensão 87

ANEXO H - Questionário sócio demográfico e clínico 90

ANEXO I - Questionário de avaliação de delirium segundo DSM-IV 91

ANEXO J - Método de Avaliação de Confusão (Confusion Assessment

Method – CAM) Portuguese version of the confusion assessment method – CA 92

ANEXO K – Manual Operacional para Escala de Avaliação de

Delirium- EAD(MDAS) 97 ANEXO L - Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS) 98

ANEXO M - Versões do MDAS 103

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Fatores que contribuem para o delirium em pacientes com câncer 2 Figura 2 - Fluxograma da metodologia de tradução 15 Figura 3 - Fluxograma sobre a metodologia de avaliação psicométrica 18 Figura 4 - Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 4ª edição-DSM-IV 20 Figura 5 - Fluxograma de pacientes triados na pesquisa 29 Figura 6 - Reprodutibilidade interobservador. Análise do coeficiente de correlação intraclasse entre entrevistador A e B 34 Figura 7 - Gráfico box plot para validade de critério concorrente. EAD(MDAS) (Escala de Avaliação de Delirium), DSM-IV(Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais 4ª edição) 38 Figura 8 - Gráfico box plot para validade de critério concorrente. EAD(MDAS) (Escala de Avaliação de Delirium), DSM-IV(Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais 4ª edição) 38 Figura 9 - Gráfico box plot para validade de constructo convergente. EAD (MDAS)(Escala de Avaliação de Delirium), CAM (Método de Avaliação de Confusão) 39 Figura 10 - Gráfico box plot para validade de constructo convergente. EAD (MDAS)(Escala de Avaliação de Delirium), CAM (Método de Avaliação de Confusão) 39

Figura 11 - Curva ROC dos valores do escore da Escala de Avaliação

de Delirium-EAD(MDAS), comparando com o resultado do

obtido pelo padrão ouro, Manual de Diagnóstico e

Estatístico das Perturbações Mentais 4ª edição – DSM-IV 40

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Estudos de validação do Memorial Delirium Assessment Scale – MDAS. 08 Tabela 2 - Frequência de concordância entre os especialistas quanto às equivalências semântica, cultural e conceitual entre a versão original do MDAS e a versão T12 (Hospital de Câncer de Barretos, 2013) 24 Tabela 3 - Características demográficas e profissionais dos participantes da fase de compreensão da Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS)(Hospital de Câncer de Barretos, 2013-2014) 26 Tabela 4 - Resultados da fase de compreensão da Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS)(Hospital de Câncer de Barretos, 2013-2014) 27

Tabela 5 - Características demográficas e clínicas dos pacientes

portadores de neoplasia avançada participantes da

validação da EAD (MDAS) (n=82)(Hospital de Câncer de

Barretos, 2014) 30

Tabela 6 - Frequência de participantes por sitio de localização do câncer primário (n=82) (Hospital de Câncer de Barretos, 2014) 31 Tabela 7 - Análise da consistência interna pelo entrevistador A na validação do EAD (MDAS) em pacientes com neoplasia avançada (Hospital de Câncer de Barretos, 2014). 32 Tabela 8 - Análise da consistência interna pelo entrevistador B na validação do EAD (MDAS) em pacientes com neoplasia avançada (Hospital de Câncer de Barretos, 2014) 33

Tabela 9 - Análise da reprodutibilidade interobservador na validação da EAD (MDAS) através da análise do coeficiente de correlação intraclasse entre entrevistador A e B 35

Tabela 10 - Análise de validação de critério concorrente e validade de constructo convergente(Hospital de Câncer de Barretos, 2014) 37 Tabela 11 - Análise do ponto de corte e a acurácia do EAD (MDAS) para rastreamento de delirium (Hospital de Câncer de Barretos, 2014) 41

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Tabela 12 - Resumo da consistência interna, reprodutibilidade, validade de critério concorrente, validade de constructo convergente e ponte de corte do EAD (MDAS)(Hospital de Câncer de Barretos, 2014) 42

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LISTA DE ABREVIATURAS

CAM Método de avaliação de confusão (Confusion Assessment Method)

CNS Conselho Nacional de Saúde

DSM-II I Manual de Diagnóstico e Estatístico das perturbações mentais 3ª edição

DSM-IV Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 4ª edição –

(Diagnostic and Statistical Manual Forth Edition)

DP Desvio padrão

EAD (MDAS) Escala de avaliação de delirium

FDA Food and Drug Administration

IC Intervalo de confiança

KPS Karnofsky Performance Scale

MDAS Memorial Delirium Assessment Scale

OMS Organização Mundial de Saúde

ROC Receiver Operating Characteristic

TCLE Termo de consentimento livre e esclarecido

VVN Valor preditivo negativo

VVP Valor preditivo positivo

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LISTA DE SÍMBOLOS

≤ Menor ou igual a

≥ Maior ou igual a

< Menor que

> Maior que

Média

α Alfa

% Percentagem

n Tamanho da amostra

p Significância

H0 Hipótese nula

H1 Hipótese alternativa

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RESUMO

Crovador, CS. Tradução e validação da versão brasileira do “Memorial Delirium Assessment

Scale” em pacientes com câncer avançado. Dissertação (Mestrado). Barretos: Hospital de Câncer de

Barretos; 2015.

JUSTIFICATIVA: Delirium é uma grave síndrome neuropsiquiátrica muito comum em

pacientes com câncer avançado. Há uma escassez de estudos sobre esse tema que está

associado à intensa morbidade, assim como classificações e ferramentas validadas no Brasil

que ajudam na identificação da incidência e prevalência dos episódios de delirium na

população. A sua subnotificação e a presença frequente em pacientes oncológicos merece

maior atenção, pois através da identificação do delirium e consequentemente seu

tratamento e cuidados, há melhora na qualidade de vida, diminuição no tempo de

hospitalização e número de reinternações. O Memorial Delirium Assessment Scale (MDAS)

foi desenvolvido para avaliar a gravidade do delirium a qualquer momento. Ao realizar a

metodologia de tradução e validação do MDAS, o instrumento torna-se disponível para

auxiliar a identificação dessa síndrome. OBJETIVOS: Realizar a tradução para a língua

portuguesa brasileira, e avaliar as propriedades psicométricas do “Memorial Delirium

Assessment Scale”- MDAS em pacientes com câncer avançado em uma unidade de cuidados

paliativos. MATERIAS E MÉTODOS: Estudo metodológico dividido em: tradução conforme

diretrizes internacionais, do qual participaram um grupo de revisores (2 tradutores, 2

avaliadores independentes), 6 especialistas e 20 profissionais da saúde (fase de pré-teste);

Validação com 82 participantes ≥ 18 anos, internados com câncer avançado no Hospital de

Câncer de Barretos, Unidade de Cuidados Paliativos, nenhum deles portador de outros

distúrbios psiquiátricos. O participante foi entrevistado por três pessoas: médico

responsável, que entrevistou segundo Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações

Mentais-DSM-IV (padrão-ouro); entrevistador “A”, utilizando o MDAS e o Método de

Avaliação de Confusão -CAM; entrevistador “B” utilizando o MDAS. RESULTADOS: A

tradução foi considerada adequada pela frequência de porcentagem, considerada ideal

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acima de 80% para os especialistas e 70% para cada questão do MDAS relacionado à

compreensão. Na validação participaram 82 pacientes. A consistência interna (α de

Cronbach) para o entrevistador “A” foi 0,886 e para o entrevistador “B” 0,849. Para

reprodutibilidade interobservador, realizou-se o coeficiente de correlação intraclasse de

0,892 (IC 0,837 – 0,930), p<0,001. A validade de critério concorrente (DSM-IV versus MDAS)

e validade convergente (CAM versus MDAS), foram avaliados por teste de Mann-Whitney,

com p<0,001, baseado na média de escore do MDAS comparando não delirium(ND) versus

delirium(D), com os seguintes resultados: validade concorrente – D=13(n=13, DP2,25),

ND=2,89(n=66 DP2,25); validade convergente – D=15(n=9 DP7,38), ND=3,1(n=61DP=2,57).O

ponto de corte e a acurácia do MDAS para rastreamento de delirium foi definido como > 6,

pela curva ROC.CONCLUSÃO: Conclui-se que, após todas as análises pertinentes, A Escala de

Avaliação de Delirium – EAD (MDAS), traduzida e validada para a língua portuguesa do

Brasil está apta a identificar pacientes com câncer avançado em delirium.

PALAVRAS-CHAVE: Confusão Mental/delirium; Tradução; Questionário; Qualidade de Vida;

Cuidados Paliativos; Oncologia.

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ABSTRACT

Crovador, CS. Translation and validation of the Brazilian version of "Memorial Delirium

Assessment Scale" in patients with advanced cancer. Dissertation (Master’s Degree).

Barretos: Barretos Cancer Hospital; 2015.

BACKGROUND: Delirium is a serious and very common neuropsychiatric syndrome in

patients with advanced cancer. There is a lack of studies on this matter, associated with

significant morbidity, as well as no validated tools in Brazil that could help in identifying the

incidence and prevalence of episodes of delirium in the population. The underreporting of

delirium and its high prevalence in cancer patients requires further attention, since its

identification and treatment improve the quality of care and life, reduces hospitalization

time and decreases the number of hospital readmissions. The Memorial Delirium Assessment

Scale (MDAS) was developed to assess the severity of delirium at any time. The

methodological translation and validation of the MDAS, is therefore to make this instrument

available to assist in the identification of this syndrome. OBJECTIVES: To perform the

translation for Brazilian Portuguese, and evaluate the psychometric properties of the

"Memorial Delirium Assessment Scale" - MDAS in advanced cancer patients in a palliative

care unit. MATERIALS AND METHODS: a methodological study divided into translation

according to international guidelines, attended by a group of reviewers (2 translators, two

independent evaluators), 6 experts and 20 health professionals (pre-test phase). Followed

validation with 82 participants ≥ 18 years, admitted with advanced cancer in Barretos Cancer

Hospital, Palliative Care Unit who had no diagnosis of psychiatric illness. The participants

were interviewed by three personals: the responsible physician who interviewed according

to Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders DSM-IV-(gold standard);

interviewer "A", with MDAS and Confusion Assessment Method-CAM; interviewer "B" held

MDAS. RESULTS: The translation was due to the frequency percentage, considered ideal

above 80% for specialists and 70% for each issue of MDAS related to understanding.

Validation occurred with 82 patients. The internal consistency (Cronbach's alpha) for the

interviewer "A" was 0.886 and for the interviewer "B" 0.849. For interobserver

reproducibility was held intraclass correlation coefficient of 0.892 (CI 0.837 to 0.930), p

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<0.001. The validity of concurrent criterion (DSM-IV versus MDAS) and convergent validity

(CAM versus MDAS) were evaluated by Mann-Whitney test, p <0.001, based on the MDAS

score average when non delirium (ND) versus delirium (D), with the following results:

concurrent validity - D = 13 (n = 13, DP2.25), NA = 2.89 (n = 66 DP2.25); convergent validity -

D = 15 (n = 9 DP7.38), NA = 3.1 (n = 61DP = 2.57) .The cutoff point and the accuracy of the

MDAS for tracking delirium was defined as > 6, according to ROC curve. CONCLUSION: We

conclude that after all analysis, the Delirium Rating Scale - EAD (MDAS), translated and

validated for the Portuguese language of Brazil is able to identify patients with advanced

cancer in delirium.

KEYWORDS: Mental confusion / delirium; translation; questionnaire; Quality of Life;

Palliative Care; Oncology.

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1

1. INTRODUÇÃO

1.1 Delirium em pacientes com câncer avançado

Os termos câncer, neoplasia maligna ou ainda tumor maligno são utilizados para

designar um grupo vasto de doenças, que pode atingir qualquer parte do organismo. É

caracterizado pelo crescimento desordenado de células nos tecidos e órgãos, que ao ganhar

volume, podem invadir partes adjacentes ou se disseminar a outras partes do corpo

(metástases) e se tornar letal 1.

O aumento das doenças crônicas não transmissíveis, como o câncer, é um reflexo

do aumento da expectativa de vida populacional 2. Sendo que nos dias atuais as neoplasias

malignas apresentam-se como grande causa de mortalidade, perdendo em número de casos

apenas para as doenças cardiovasculares 3. O câncer é considerado um problema de saúde

pública mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS), através do projeto Globocan 2012

da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer estimou 14,1 milhões de novos casos de

câncer e 8,2 milhões de mortes por câncer em 2012 4. No Brasil, o biênio 2014-2015 é de

aproximadamente 576 mil novos casos de câncer, incluindo a pele não melanoma. Os mais

incidentes após os casos de pele não melanoma, são próstata (69mil), mama (57mil), cólon e

reto (33 mil), pulmão (27 mil), seguidos de estômago com 20 mil casos e colo de útero com

15 mil casos 5. Apesar dos esforços na prevenção, a maioria da população é diagnosticada

tardiamente, quando a doença já é classificada como avançada 6.

Pacientes com câncer avançado apresentam sintomas que reduzem sua qualidade

de vida com vários deles que impedem sua independência e o autocuidado. Um dos

aspectos que tem destaque é o delirium, que causa angustia tanto ao paciente quanto aos

familiares e/ou cuidadores 7, 8. Médicos da antiga Grécia e Roma já tinham a concepção do

delirium, sendo a palavra derivada do latim ‘delirare’, que significa “estar fora do lugar” 7.

Por definição delirium é uma perturbação da consciência acompanhada por uma alteração

na cognição que pode ser mais bem explicada por uma demência preexistente ou em

evolução 7, 9, 10. Essa perturbação ocorre em curto período de tempo, horas a dias, e pode

flutuar ao longo do dia 7, 9, 10. Já Irwin et al, definem delirium como “uma mudança aguda do

estado mental que pode flutuar e tem fundamentos em causas fisiológicas” 11. O delirium é

considerado uma grave síndrome neuropsiquiátrica12 e também uma das mais comuns 9.

Considera-se que essa patologia vem de alterações fisiológicas devidas a uma condição

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2

médica geral, ou fatores como intoxicação, abstinência, alterações metabólicas, infecções

sistêmicas ou ainda a associação desses fatores 6-8, 10, 13, 14, conforme figura 1 9. Também há

fatores que predispõe ao delirium, tais como idade avançada, comorbidades, deficiência

visual, sintomas depressivos, dificuldade cognitiva e alcoolismo 7, 14. Atualmente, acredita-se

que a maioria dos casos de delirium é resultado da associação de diferentes fatores, o que

dificulta saber exatamente a etiologia do distúrbio, porém a identificação desses fatores

facilita a intervenção multiprofissional na prevenção dos sintomas 7.

Fonte: Bush SH, Bruera E. 7

Figura 1- Fatores que contribuem para o delirium em pacientes com câncer.

O delirium apesar de ter sinais e sintomas estabelecidos é de difícil diagnóstico. Já

em 1959, Engel e Romano em seu artigo descrevem o subdiagnóstico dessa síndrome

neuropsiquiátrica. Apesar do avanço das décadas, o subdiagnóstico continua ocorrendo,

assim como o tratamento inadequado. Um estudo reportou que 20% dos enfermeiros e 23%

dos médicos não realizam o diagnóstico de delirium 9.

Essa síndrome pode ser classificada segundo o grau de alteração psicomotora,

sendo hiperativo, hipoativo ou misto 9, 11, porém os pesquisadores apontam a dificuldade de

determinar o tipo de delirium pela flutuação característica da doença 9. O comportamento e

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3

os sintomas apresentados no delirium, que resumem o Manual de Diagnóstico e Estatístico

das Perturbações Mentais 4ª edição – DSM-IV (Diagnostic and Statistical Manual Forth

Edition) 12, incluem:

- Início agudo: definido pelos sintomas que variam de minutos a dias, oscilando ao longo do

tempo.

- Agitação: incontrolável, excessiva, sem intenção cognitiva ou atividade motora.

- Alteração do nível de consciência: diferentes níveis de consciência e estado de alerta,

hipervigilante, alerta, letárgico, comatoso.

- Confusão: não reconhece as pessoas, lugar, tempo e situação.

- Delírios: fixa e falsa crença, julgamento errôneo que não modifica que pode apresentar

como uma paranoia, persecutória ou de grandiosidade.

- Desinibição: incapaz de controlar uma resposta imediata a uma situação.

- Pensamento desorganizado: pensamentos confusos, desconexos e vagos.

- Variação crescente/decrescente: alterações de intensidade e rapidez.

- Alucinações: percepção de objetos ou situações inexistentes.

- Falta de atenção: inabilidade de foco e pensamento organizado.

- Irritabilidade: impaciente, aborrecimento, raivoso.

- Labilidade afetada: mudança rápida de sintomas ligados ao humor.

- Psicose: perda de contato com realidade 8-11, 13.

Os mecanismos fisiopatológicos do delirium ainda não são claros 9. Entretanto, a

maioria das causas fisiológicas do delirium podem ser determinadas e revertidas 11. A

etiologia orgânica do delirium é multifatorial 8, 9. Dentre os fatores que predispõe ao

delirium em pessoas com doenças avançadas são alterações dos fluídos corporais,

desequilíbrio eletrolítico, medicamentos (opióides, benzodiazepínicos, esteróides e

anticolinérgicos, entre outros), infecções, falência hepática ou renal, hipóxia e distúrbios

hematológicos 9, 11. Sabe-se que o delirium hiperativo está mais comumente associado à

indução por medicamento e o delirium hipoativo à desidratação e as encefalopatias 9. A

identificação do delirium é de extrema importância, já que 50% dos casos são reversíveis 9,

12. Estudos relacionados as alterações psíquicas tem a limitação quanto as inclusões, devido

a alta proporção de pacientes que não possuem habilidade suficiente para se auto avaliarem

15. Contudo, em um estudo realizado por Bush e Bruera, recrutaram 99 pacientes com

câncer avançado, e 74% recordaram e descreveram os momentos de delirium como

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4

angustiantes 9. Além disso, a avaliação do paciente, seja para o cuidado, seja para pesquisa,

torna-se um desafio, já que este tem dificuldade para esclarecer os próprios sintomas 8, 9.

O gerenciamento do cuidado ao paciente em delirium deve ser multimodal e,

simultaneamente, deve-se avaliar os fatores precipitantes, realizar estratégias não-

farmacológicas e farmacológicas, e realizado de maneira multidisciplinar 9. A identificação

precoce do delirium pela equipe, especialmente enfermeiros, auxilia na reversão da

situação, melhorando o bem-estar do paciente e seus cuidadores 16. Estudos e guias

dedicados ao tema sugerem a gestão do delirium inicialmente com a educação da equipe

multidisciplinar até mesmo para gestão preventiva 7, 9.

O tratamento baseia-se na eliminação dos fatores precipitantes do delirium, assim

como técnicas para estimular o paciente em atividades mentais para melhorar a organização

de pensamento, providenciar um ambiente familiar e que ofereça orientação temporal e

espacial, diminuir o nível de estimulação por contato de diferentes pessoas, televisão ou

músicas altas, e essencialmente educar e estimular a participação de familiares e/ou

cuidadores para tranquilizar e orientar o paciente 9, 11.

Estudos sugerem que o uso de antipsicóticos e benzodiazepínicos aumentem o

tempo de vida e a qualidade de vida 8, 11. Sabe-se que pacientes em delirium hiperativo

tende a se beneficiar mais com tratamento farmacológico em comparação ao paciente em

delirium hipoativo 9. Atualmente não há nenhum registro de medicamento específico para

delirium pelo Food and Drug Administration(FDA), órgão governamental norte-americano

responsável pelo controle e registro de alimentos e medicamentos, além disso,

pouquíssimos estudos randomizados e duplo-cegos foram feitos neste contexto. Também

não há um consenso de uso de drogas entre os diversos profissionais incluindo oncologistas,

geriatras, paliativistas e psiquiatras 9, 11. Apenas um estudo realizado por Breitbart et al

realizou a comparação do haloperidol, clorpromazina e lorazepan em 30 pacientes HIV+

hospitalizados, conferindo igual efetividade entre haloperidol e clorpromazina 9, 17.

Estratégias baseadas nas evidências e no consenso de experts no assunto dividem o

tratamento de acordo com o potencial de reversibilidade e subtipos 11. O uso de

antipsicóticos como baixa dose de haloperidol e clorpromazina auxilia no tratamento por

diminuir a agitação e outros sintomas associados ao delirium hiperativo 11, 17, porém sem

uma dose estabelecida 9. Uma baixa dose de antipsicóticos é geralmente suficiente para

diminuir o delirium em pacientes com doença avançada, sem que este apresente efeitos

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5

colaterais medicamentosos 11, 12. De suma importância é a avaliação dos medicamentos em

uso, para realizar rotações ou mesmo eliminar o uso de medicamentos precipitantes do

delirium 9.

1.2 Epidemiologia do delirium

A prevalência de delirium na comunidade é ainda desconhecida. Estima-se que 1%

da população acima de 55 anos tenha delirium 7. Alguns estudos estimam que tenha

prevalência de 10 a 30% em pacientes internados, seja qual for o motivo da hospitalização:

câncer avançado, pós-operatório, doenças crônicas ou outras razões 13, 14, 18. Esse valor

aumenta para 40% quando o paciente é idoso 14. Cerca de 10% de idosos acima de 65 anos

apresentam delirium na admissão da hospitalização, e 10 a 15% irão desenvolver ao longo

da mesma 10. Outro dado expõe que o delirium tem alta prevalência em idosos (58-88%),

especialmente os hospitalizados, com doenças avançadas 11 ou em cuidados paliativos 12,

que neste caso varia de 26% a 44% no momento da admissão na unidade paliativa e chega a

mais de 80% nos últimos dias ou horas antes da morte 9.

Em uma revisão sistemática realizada por Hosie et al em 2012 e publicada em 2013,

oito estudos prospectivos com pacientes em cuidados paliativos, a maioria dos participantes

(98,9%) com câncer avançado, em cinco deles foi avaliada a presença de delirium na

admissão, com prevalência de 13,3% a 42,3%. Durante a internação este número aumentou

para 26% a 62%. Outros dois estudos analisaram a prevalência de delirium pré-óbito

(semanas a horas) com valores de 58,8% a 88%. Avaliando as prevalências por subtipos de

delirium, três estudos classificaram o subtipo hipoativo (68% a 86%) com maior frequência

entre os pacientes internados e hoje é o que está mais associado ao aumento da

mortalidade 9, 12.

Especificamente em oncologia, 50% dos pacientes desenvolvem delirium, 66% nos

casos avançados e 80% no final de vida 19. O delirium está associado com baixo prognóstico,

precedendo o óbito na maioria dos casos 8, 19 e muitas vezes o delirium é um preditor para a

sedação paliativa 19. Essa síndrome neuropsiquiátrica frequentemente leva a procedimentos

desnecessários, aumento do número e o prolongamento das internações, declínio funcional,

e aumento na mortalidade 7, 11, 12, 16, 17, 20. Também diminui a expectativa de vida, com

aumento do cuidado na saúde e os custos 11.

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6

Apesar dos dados citados, sabe-se que o delirium não é devidamente reconhecido,

diagnosticado e tratado 7-9, 14, 20 e estima-se que apenas 33-64% dos pacientes que estão com

delirium são identificados corretamente pela equipe médica 13.

1.3 Avaliação do delirium

A avaliação para identificar o delirium é um processo detalhado e contínuo, mas

obrigatoriamente deve observar os sinais e sintomas dessa síndrome e suas mudanças ao

longo do tempo, ter conhecimento da doença e comorbidades do paciente e os objetivos de

cuidados com o paciente e familiares e/ou cuidadores 11. Estudos de identificação de

delirium são de difícil avaliação por seus profissionais, resultando na alta variação de

números na prevalência e incidência do delirium 8, 12. De maneira ideal, devem-se utilizar

instrumentos validados na população em questão, ter uma equipe treinada e o uso de no

mínimo dois diferentes instrumentos de avaliação para essa síndrome neuropsiquiátrica 12.

Atualmente, há uma disponibilidade maior de instrumentos de identificação de

delirium e a sua severidade, porém no Brasil encontramos apenas um instrumento que

tenha sido traduzido e validado para a língua portuguesa, o Método de Avaliação de

Confusão (Confusion Assessment Method - CAM). Este instrumento é baseado no DSM-III-R

(Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 3ª edição) e foi validado no

Brasil por Fabbri, em 2001, especificamente para pacientes oncológicos paliativos 13. Possui a

desvantagem de não apresentar mudanças na escore do questionário quando realizado em

pequenos períodos de tempo e também a severidade do delirium 9, 21.

O nosso objeto de estudo, o Memorial Delirium Assessment Scale- MDAS (Anexo B)

é baseado no Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 4ª edição -

DSM-IV 21 e, o objetivo inicial da escala é identificar a severidade do delirium 9. Aconselha-se

iniciar a entrevista com as questões cognitivas – número 2, 3 e 4, permitindo ao mesmo

tempo observar o paciente para responder os outros itens 9. A grande vantagem deste

instrumento a tantos outros desenvolvidos é que pode ser aplicado diversas vezes ao longo

do dia, podendo verificar as mudanças ocorridas ao longo de horas, permitindo o

profissional intervir imediatamente 17, 18, 20. A escala MDAS é composta por dez questões

com quatro alternativas cada questão, sendo três o valor limite por questão, totalizando 30

pontos. Quanto maior o número de pontos, maior a severidade do delirium. Inicialmente, o

escore de corte foi dado pelo valor 13 9, 18, mas validações subsequentes mostraram que o

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7

MDAS pode ainda classificar o delirium em seus subtipos: leve (escore ≤ 15), moderado

(escore de 16-22) e severo (escore ≥ 23) 20. Lawlor, ao validar a escala em uma unidade de

cuidados paliativos em pacientes com câncer avançado, obteve o corte com o valor 7 22. O

MDAS foi traduzido e validado em alguns países e tem mostrado boa confiança, validação e

aplicação clínica nas diferentes línguas e culturas 19, conforme mostra tabela 1.

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Legenda: DRS-Delirium Rating Scale; MMSE- Mini-Mental State Examination; CAM-Confusion Assessment Method; ICD-10-International Classification disease 10th

.

Continua na próxima página

Países EUA Itália Japão Índia Espanha

Autor Breitbart et al. Grassi et al Matsuoka et al Shyamsundar et al Noguera et al

População Pacientes

hospitalizados com

câncer ou AIDS

Pacientes

hospitalizados com

câncer

Idoso com alteração

psiquiátrica

Pacientes em UTI pós

cirurgia cardíaca

Pacientes com câncer

avançado em

cuidados paliativos

Tamanho amostral 1ºEstudo:31;

2º Estudo: 51

105 37 120 85

Correlação de

instrumentos

1ºEstudo:Construção

do MDAS,

comparando com

DSM-IV.

2º Estudo: DRS e

MMSE, DSM-IV

DSM-III-R, CAM,

MMSE

DSM-IV, DRS, MMSE. CID-10 DSM-IV-TR, CAM,

DRS-R-98

Consistência Interna 0,91 0,89 0,92 0,89 0,82

Reprodutibilidade 0,92 0,98 0,93 0,85 (n=33)

Tabela 1- Estudos de validação do Memorial Delirium Assessment Scale – MDAS.

Breitbart W, Rosenfeld B, Roth A, Smith J, Cohen K, Passik S. The Memorial Delirium Assessment Scale. Journal of Pain and Symptom Management. 1997Grassi L, Caraceni,A.,Beltrami,E.,Borreani,C.,Zamorani,M.,Maltoni,M.,Monti,M.,Luzzani,M.,Mercadante,S.,Conno,F. Assessing Delirium in Cancer Patients. The Italian Versions of the Delirium Rating Scale and the

Memorial Delirium Assessment Scale. Journal of Pain and Symptom Management. 2001 Matsuoka H, Otsuka M, Koyama A, Hatabe S, Funai S, Tanaka A. The role of psychosomatic medicine doctors in palliative care medicine--two case reports. Gan To Kagaku Ryoho. 2010

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9

Países EUA Itália Japão Índia Espanha

Sensibilidade 70,26% 68%

Especificidade 93,80% 94%

Valor preditivo

positivo

92,30% 95%

Valor preditivo

negativo

75% 63%

Validade

Concorrente

MDAS X DRS (r=0,88,

p<0.0001);MDAS x

MMSE (r=-0,91,

p<0.0001)

MDAS x DRS (r=0,74,

p<0,011);MDAS x

MMSE (r=0,54,

p<0,029)

MDAS x CID -10

( r=0,71, p<0,001)

MDAS x DRS-R-98 (r=

0,80(IC 0,71, 0,86) p =

0,0164); MDAS x

MMSE (r=-0,74 (IC -

0,82, -0,63) p =0,23)

Responsividade De 0h e 72h,MDAS x

MMSE (r=-0,84(95%

IC-0,90, -0,76)

p=0,015); MDAS x

DRS-R-98 (r=0,93

(95% IC 0,89, 0,95)

p<0,001)

Tabela 1- Estudos de validação do Memorial Delirium Assessment Scale – MDAS.

Legenda: DRS-Delirium Rating Scale; MMSE- Mini-Mental State Examination; CAM-Confusion Assessment Method; ICD-10-International Classification disease 10th

.

Breitbart W, Rosenfeld B, Roth A, Smith J, Cohen K, Passik S. The Memorial Delirium Assessment Scale. Journal of Pain and Symptom Management. 1997

Grassi L, Caraceni,A.,Beltrami,E.,Borreani,C.,Zamorani,M.,Maltoni,M.,Monti,M.,Luzzani,M.,Mercadante,S.,Conno,F. Assessing Delirium in Cancer Patients. The Italian Versions of the Delirium Rating Scale and the Memorial Delirium Assessment Scale. Journal of Pain and Symptom Management. 2001

Matsuoka H, Otsuka M, Koyama A, Hatabe S, Funai S, Tanaka A. The role of psychosomatic medicine doctors in palliative care medicine--two case reports. Gan To Kagaku Ryoho. 2010

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1.4 Avaliação das propriedades psicométricas dos instrumentos de medida.

O sucesso de um instrumento está quando este consegue resultados merecedores

para a solução de um problema de pesquisa ou trabalho profissional 23. A psicometria é o

estudo das medidas em ciências, buscando um resultado numérico para as respostas e

comportamento dos sujeitos24.

A psicometria estrutura-se em dois pilares: a confiabilidade e a validade 25. A

confiabilidade tem por objetivo medir sem erros o que se propõe 26, para tanto avalia se os

resultados de um determinado instrumento são consistentes e reprodutíveis 23, 25, 27. Pode-se

verificar se um instrumento é reprodutível quando medido por diferentes observadores, ou

medido em diferentes ocasiões ou ainda por um teste paralelo no qual os escores sejam

similares 27. O resultado ideal dessa correlação deve ser 1, sendo que o erro na

reprodutibilidade ocorre quando o resultado se afasta desse valor. Portanto, em uma análise

de reprodutibilidade quanto mais próximo o coeficiente de 1, menos erros são cometidos ao

se aplicar o instrumento 26. Segundo Fayers e Machin, a reprodutibilidade é baixa quando

inferior a 0,40, moderada quando varia de 0,41 a 0,60 e boa quando acima de 0,61 28.

A consistência interna é baseada na correlação item-item ou item-múltiplos itens do

instrumento, ou seja, avalia se cada item esta em congruência com os demais itens do

próprio instrumento 26, 28. Assim como na reprodutibilidade, a congruência ideal tem valor 1,

porém considera-se que, quando a análise tem exatamente esse resultado (valor 1) o

instrumento é redundante em seus itens 26. A estimativa do coeficiente de consistência, em

sua grande maioria, é feito pelo α de Cronbach, que estabelece uma consistência aceitável

quando o coeficiente varia de 0,70 a 0,79, uma boa consistência interna quando está entre

0,80 e 0,89 e excelente quando 0,90 28. É importante alertar que uma escala pode ser

confiável em determinado grupo mas não em outro 27.

A validade, por sua vez, avalia a capacidade que um instrumento tem de medir o

que se propõe medir 25-29. Esta pode ser avaliada de acordo com seu conteúdo, critério ou

constructo 29. A validade de conteúdo busca identificar, claramente, os domínios de

interesse relevantes 28, 29. Para tanto, o instrumento deve conter especificações sobre os

objetivos a serem avaliados e determinar a representação de cada tópico do conteúdo 26. A

validade de critério avalia se o instrumento em teste equipara-se a um padrão ouro em seu

valor verdadeiro, ou seja, no critério desejado. Essa equiparação é considerada concorrente

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11

(validade de critério concorrente) quando existe a concorrência entre o instrumento e seu

padrão ouro. A vantagem desse tipo de validação é a construção de instrumentos mais

simples e de rápida aplicação em comparação ao padrão ouro. Já a validade de critério

preditiva busca a habilidade de predizer o estado futuro do entrevistado 28. A validade de

constructo é considerada a forma fundamental de validação, pois tem o objetivo de medir o

constructo (conceito), ou seja, o que se propõe realmente medir. A validade de constructo

também se subdivide, desta vez, em convergente ou discriminante. Diz-se que é

convergente quando a correlação de itens são realmente correlatos, enquanto na

discriminante os itens não se correlatam (se discriminam). Também existe a validade de

constructo de grupos conhecidos, quando o instrumento é capaz de separar ou discriminar

em diferentes grupos 29. A validade de um instrumento não é absoluta, isto é, o instrumento

é valido para um objetivo especifico, tornando a validação relativa 23. Assim, pode-se dizer

que todo instrumento validado é confiável, não sendo verdadeira a reciproca 23.

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12

2 JUSTIFICATIVA

Há uma escassez de estudos sobre delirium, entidade associada à intensa

morbidade, assim como classificações e ferramentas validadas que ajudam na identificação

da incidência e prevalência dos episódios de delirium na população. A sua subnotificação e a

presença frequente em pacientes com câncer avançado merece maior atenção, pois através

da identificação do delirium e consequentemente seu tratamento e cuidados, há melhora na

qualidade de vida, diminuição do tempo de hospitalização e o número de reinternações.

Além disso, vários estudos demonstram que instrumentos como os questionários são

largamente usados para facilitar e auxiliar a equipe multiprofissional no cuidado e

tratamento do paciente.

A proposta desta pesquisa é traduzir e validar o “Memorial Delirium Assessment

Scale” para disponibilizar um instrumento que facilite a identificação do delirium em

pacientes internados com câncer avançado. Assim, este estudo poderá propiciar um

instrumento que auxilie a identificação rápida do delirium para que a equipe possa intervir

ativamente, melhorando a qualidade de vida do paciente.

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13

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Realizar a tradução para a língua portuguesa brasileira, e avaliar as propriedades

psicométricas da “Memorial Delirium Assessment Scale- MDAS” em pacientes com câncer

avançado em uma unidade de cuidados paliativos.

3.2 Específicos

- Realizar a tradução do Memorial Delirium Assessment Scale - MDAS para a língua

portuguesa brasileira;

- Realizar a adaptação do Memorial Delirium Assessment Scale - MDAS para a língua

portuguesa brasileira conforme diretrizes para adaptação transcultural;

- Realizar um pré-teste para avaliar a compreensão da escala por profissionais da área da

saúde;

- Verificar a validade de critério concorrente, considerando o Manual Diagnóstico e

Estatístico de Transtornos Mentais 4ª edição - DSM-IV como padrão ouro para auxiliar no

diagnóstico de delirium;

- Avaliar a validade convergente, comparando ao Método de Avaliação de Confusão-CAM;

- Avaliar a reprodutibilidade interobservador;

- Identificar o ponto de corte e a acurácia do questionário traduzido para rastreamento de

delirium.

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14

4 MATERIAIS E MÉTODOS

Trata-se de um estudo metodológico, com coleta de dados transversal. O estudo

está dividido em duas etapas: (1) Tradução; (2) Avaliação psicométrica do questionário

MDAS.

4.1 Local da pesquisa

A pesquisa desenvolvida no Hospital de Câncer de Barretos- Fundação Pio XII,

especializado no atendimento exclusivo de pacientes com câncer. Os dados foram coletados

na Unidade de Cuidados Paliativos – Hospital São Judas Tadeu.

4.2 Aspectos éticos

O estudo foi submetido à apreciação do CEP com aprovação N°

667/12(Anexo A). O delineamento deste estudo segue os princípios para pesquisa

em humanos enunciados nas Boas Práticas Clínicas e a resolução do Conselho

Nacional de Saúde N°466 do ano de 2012 (CNS 466/12). A confidencialidade dos

dados foi garantida e somente a equipe delegada teve acesso aos formulários de

pesquisa.

Os profissionais que participaram da etapa de adaptação transcultural e

os participantes de pesquisa da etapa de validação do questionário MDAS foram

esclarecidos quanto à natureza dos objetivos da pesquisa e participaram de forma

voluntária, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

específico para a etapa que participaram.

4.3 Coleta de dados

4.3.1 Etapa de tradução

4.3.1.1 Tradução

Para esta etapa seguiu-se as recomendações internacionalmente conhecidas30: (1)

tradução da escala para língua portuguesa, (2) síntese das traduções, (3) retrotradução, (4)

avaliação por um grupo de revisores 31. Essas etapas são fundamentais para que se

mantenha a equivalência entre a versão traduzida e a versão original 25.

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15

Fonte: Beaton et al.27

Figura 2- Fluxograma da metodologia de tradução.

4.3.1.2 Tradução do instrumento para língua portuguesa brasileira

Nesta etapa dois tradutores independentes com fluência na língua inglesa e nativos

do Brasil realizaram a tradução do instrumento. Ambos os tradutores são médicos, porém

um possuía conhecimento sobre delirium, enquanto o outro tradutor não possui tais

conhecimentos, isso permitiu erros de interpretações no momento da tradução. Desta etapa

resultaram as versões T1 e T2.

4.3.1.3 Síntese das traduções

As duas versões em português do Brasil foram avaliadas por um comitê de

revisores, composto pelos dois tradutores, a pesquisadora e uma avaliadora independente.

Em conjunto analisaram-se as duas versões T1 e T2 e produziu-se uma única versão T12.

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16

4.3.1.4 Retrotradução

A retrotradução do MDAS versão T12 do português para inglês foi realizada pelo

American Journal Experts (Anexo C), por dois tradutores e dois editores. Todos envolvidos

desconheciam o instrumento e os editores em questão são nativos da língua inglesa. Após

esta etapa, o comitê de revisores avaliou as versões T1, T2, T12, versão original e

retrotradução e concluíram esta etapa. O autor do questionário, que autorizou a tradução

do instrumento (Anexo D), avaliou a retrotradução em comparação a versão original e

concordou com esta etapa. Por fim, o comitê de revisores sugeriu adaptações na versão T12,

obtendo a versão T12.1 que foi encaminhada para avaliação dos especialistas.

4.3.1.5 Avaliação pelo comitê de especialistas

Esta etapa ocorreu de junho de 2013 a novembro de 2013. Participaram seis

especialistas: uma psicóloga especialista em validação de questionários, uma médica e uma

enfermeira especialistas em construção e validação de questionários, uma médica geriatra,

um médico paliativista e uma médica psiquiatra.

Os especialistas selecionados receberam por e-mail instruções sobre os objetivos

dessa etapa, além das seguintes versões do questionário: original, T1, T2 e T12.1. Utilizando-

se de uma adaptação do instrumento desenvolvido por Toledo, Alexandre e Rodrigues 28,

para cada questão(Q) e para cada resposta(R) do MDAS, o especialista apontou uma das

seguintes notas: +1, quando havia uma equivalência entre a versão T12.1 e a escala original;

0, quando não era possível avaliar ou não sabia avaliar e -1, quando a sentença não equivalia

ao MDAS original 28 (anexo E).

O objetivo da avaliação dos especialistas foi adaptar o MDAS versão T12.1

baseando-se nas equivalências semântica, cultural e conceitual do questionário original.

Além de avaliar a validade de conteúdo do instrumento.

A equivalência semântica tem como meta a avaliação do significado das palavras e

expressões. Na equivalência cultural buscam-se termos correspondentes a situações e

atividades cotidianas na própria cultura. E a equivalência conceitual avalia conceitos

diferentes entre as duas culturas e busca alternativas para substituição de tais conceitos 25.

Após os membros do comitê de especialistas retornarem suas avaliações, realizou-

se uma avaliação quantitativa para cada questão e resposta do questionário, considerando-

se como satisfatório uma frequência de porcentagem acima de 80% das notas apontadas

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17

como +1 32. O comitê de revisores da etapa anterior analisou as observações de cada

especialista e propôs modificações, obtendo a versão T12.2.

Mais uma vez, os membros do comitê de especialistas receberam instruções por e-

mail e completaram suas avaliações. Ao retornarem suas avaliações o comitê de revisores,

mais uma vez, avaliou as respostas e observações dos membros especialistas. Neste ponto, o

comitê de revisores e comitê de especialistas concordaram com a versão final T12.2 - Escala

de Avaliação de Delirium-EAD(MDAS).

4.3.1.6 Fase de compreensão dos profissionais da saúde

Sabendo-se que a EAD(MDAS) tem como objetivo ser um instrumento de apoio ao

profissional da área de saúde na identificação do delirium, propõe-se como pré-teste uma

avaliação de compreensão por parte desses profissionais.

Esta etapa ocorreu de novembro de 2013 a janeiro de 2014. Participaram 20

profissionais da área da saúde. Após assinarem o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido(TCLE), o profissional fez a leitura do instrumento, EAD(MDAS) versão T12.2 e

avaliou o nível de compreensão da escala, incluindo itens como entendimento, uso de

palavras difíceis ou constrangedoras. Com uma aceitação igual ou superior a 70%,

considerada razoável, estabeleceu-se a versão final do questionário para a etapa de

validação 32.

4.3.2 Instrumentos de coleta de dados

4.3.2.1 Questionário de perfil profissional (Anexo F)

Este questionário foi utilizado na fase compreensão dos profissionais da saúde. O

questionário foi elaborado pela pesquisadora do projeto, contendo as seguintes variáveis:

idade, sexo, escolaridade, religião, tempo em anos de formação acadêmica e tempo em anos

de experiência com pacientes oncológicos.

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18

4.3.2.2 Questionário de compreensão (Anexo G)

Este questionário foi utilizado na fase compreensão dos profissionais da saúde. O

questionário de compreensão é muito utilizado em pesquisas de construção e validação de

questionários. O instrumento questiona se a pergunta ou resposta é difícil, confusa, palavras

difíceis ou constrangedoras, além de permitir observações por escrito do entrevistado.

4.4 Avaliação psicométrica

Inicialmente, a equipe foi treinada através de palestras com especialistas no assunto e

após a equipe foi delegada pela investigadora principal.

Os pacientes ou representantes legais que concordaram com a participação na

pesquisa, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido(TCLE). O paciente

(participante de pesquisa) foi entrevistado por três pessoas: (1) médico responsável pelo

paciente na internação, que realizou a entrevista observando os critérios segundo o Manual

de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 4ª edição - DSM-IV; (2) Entrevistadora

A - enfermeira de pesquisa que entrevistou os participantes seguindo os critérios do EAD

(MDAS) e o método de avaliação de confusão (CAM); (3) entrevistador B- assistente de

pesquisa treinado que entrevistou apenas de acordo com o EAD (MDAS).

Devido à oscilação do delirium, os entrevistadores aplicam os questionários com o

intervalo máximo de 30 minutos.

Figura 3- Fluxograma sobre a metodologia de avaliação psicométrica.

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19

4.4.1 Tamanho da amostra

A análise da amostra baseou-se na coleta de dados realizados de fevereiro a junho de

2014. Com base nesses resultados, o tamanho amostral foi estimado de acordo com os

objetivos do estudo. Em todas as análises de cálculo de amostragem considerou-se a

significância de 0,05 e poder de teste de 0,9.

Para análise de consistência interna através do cálculo de α de Cronbach, esperamos

uma boa consistência, ou seja, um valor igual a 0,8. Assim sendo, com uma hipótese nula

(H0) de 0,5, em um questionário com 10 itens, faz-se necessário 30 participantes.

Para realização da análise da reprodutibilidade interobservador, considerou-se obter

um coeficiente de correlação intraclasse de 0,85 e o limite inferior do intervalo de 95% de

confiança de 0,7, o número mínimo de participantes, nesse caso, seria 58.

A avaliação da validade de critério concorrente, considerando o Manual Diagnóstico

e Estatístico de Transtornos Mentais - DSM-IV como padrão ouro para diagnóstico de

delirium e a validade de constructo convergente, comparando ao Método de Avaliação de

Confusão-CAM, necessita de apenas 2 casos por grupo (delirium e não delirium) para cada

tipo de validação proposta.

4.4.2 População

4.4.2.1 Critérios de inclusão

- Pacientes internados com neoplasia avançada na unidade de cuidados paliativos do

Hospital de Câncer de Barretos;

- Idade ≥ 18 anos;

4.4.2.2 Critério de exclusão

- Pacientes com diagnóstico de doenças psiquiátricas, documentadas em registro médico ou

conforme relato do paciente ou cuidador.

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20

4.4.3 Instrumentos de coleta de dados

4.4.3.1 Questionário sócio demográfico e clínico (Anexo H)

Criado pela pesquisadora, contém as seguintes variáveis: idade, sexo, nível

educacional, religião, tipo de câncer, estadiamento, tratamento atual, uso de opióides,

neurolépticos e benzodiazepínicos.

4.4.3.2 Questionário de avaliação de delirium segundo Manual de Diagnóstico e Estatístico

das Perturbações Mentais - DSM-IV (Anexo I)

O DSM é amplamente utilizado na clínica e em pesquisa. Não se trata de um

questionário, mas sim de um manual de identificação de doenças psiquiátricas. Segundo

Hosie et al, a maioria de estudos prospectivos voltados para prevalência e incidência de

delirium utilizaram o DSM e suas diferentes edições como instrumento de identificação do

delirium 12. O DSM tem como critério a perturbação da consciência, características não

clínicas como ciclo sono-vigília, alteração da atividade motora e labilidade emocional, assim

como discurso incoerente (figura 4), sendo que a característica essencial na identificação do

delirium é a alteração da consciência 9.

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS PARA DELIRIUM DEVIDO A UMA CONDIÇÃO MÉDICA GERAL

A. Perturbação da consciência (isto é, redução da clareza da consciência em relação ao ambiente), com

redução da capacidade de direcionar, focalizar, manter ou deslocar atenção.

B. Uma alteração na cognição (tal como déficit de memória, desorientação, perturbação da linguagem) ou

desenvolvimento de uma perturbação da percepção que não é mais bem explicada por um demência

pré-existente, estabelecida ou em evolução.

C. A perturbação desenvolve-se em um curto período de tempo (em geral de horas e dias), com tendência

a flutuações no decorrer do dia.

D. Existem evidências a partir da história, exame físico ou achados laboratoriais de que a perturbação é

causada por consequências fisiológicas diretas de uma condição médica geral.

Nota para codificação: Se o delirium está sobreposto a uma Demência preexistente do tipo Alzheimer ou

Demência Vascular, indicar o delirium codificando o subtipo apropriado de demência (por ex., 290.3

Demência do tipo Alzheimer, Com Início Tardio, Com delirium).

Nota para codificação: Incluir o nome da condição médica geral no eixo I, por ex., 293.0 Delirium Devido

Encefalopatia Hepática; codificar também a condição médica geral do Eixo III (o DSM-IV fornece os códigos

no Apêndice G).

Figura 4 - Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 4ª edição-DSM-IV.

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21

Uma ficha de coleta foi criada pela pesquisadora baseada em dados dos critérios

estabelecidos pelo próprio DSM-IV. As variáveis deste instrumento incluem: presença do

delirium, classificação do delirium, classificação da perturbação da consciência, alteração da

cognição, perturbação ciclo sono-vigília, alteração médica devido uma condição médica geral

e Karnofsky Performance Scale (KPS). Este último (KPS) trata-se uma escala que quantifica o

estado funcional dos pacientes com câncer, sendo 0% óbito e 100% normal, sem evidência

de incapacitação pela doença 33.

4.4.3.3 Método de Avaliação de Confusão (Confusion Assessment Method – CAM)(anexo J )

O Método de Avaliação de Confusão (Confusion Assessment Method - CAM) é

baseado no DSM-III-R (Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 3ª

edição), é um questionário de rápida aplicação (menos de 5 minutos), e, recentemente foi

validado na língua inglesa para cuidados paliativos 13. O instrumento possui boa

sensibilidade (94-100%) e especificidade (90-95%) quando comparado ao DSM – III, sendo

muito bem aceito na prática médica. O CAM foi validado no Brasil por Fabbri, em 2001,

especificamente para pacientes oncológicos paliativos 13. Possui a desvantagem de não

apresentar mudanças no resultado do questionário quando realizado em pequenos períodos

de tempo e também a severidade do delirium 9, 21.

4.4.3.4 Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS) (Anexo L)

Versão traduzida e adaptada à cultura brasileira do “Memorial Delirium Assessment

Scale”. Tem como objetivo ser um instrumento de apoio aos profissionais da saúde na

identificação do paciente em delirium.

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22

5. ANÁLISE ESTATÍSTICA

5.1 Adaptação transcultural

A análise da adaptação transcultural deu-se pela frequência de porcentagem,

considerada ideal acima de 80% para os especialistas e 70% para cada questão do EAD

(MDAS) relacionado à resposta obtida no questionário de compreensão (pré-teste).

5.2 Análise psicométrica

Análise da Escala de Avaliação de Delirium (valores de 0 a 30) foi avaliada através da

curva de Receiver Operating Characteristic (ROC) onde pode ser determinado o ponto de

corte (cut-off) da identificação de delirium.

Para a avaliação da consistência interna realizou o cálculo do coeficiente alfa de

Cronbach (α), considerando-se o valor de α ≥ 0,7 28

Para a análise de confiabilidade entre os entrevistadores, fez-se uma análise de

coeficiente de correlação intraclasse.

Os instrumentos DSM-IV, CAM foram classificados no final como variáveis

dicotômicas (delirium/não delirium) e o instrumento objeto de estudo foi analisado através

da média de sua pontuação. As comparações entre pares de instrumentos foram realizadas

pelo teste de Mann-Whitney.

Para todas as análises foram considerado um nível de significância de 5% e os dados

foram analisados no software estatístico SPSS for Windows v.19.

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23

6. RESULTADOS

6.1 Procedimento de tradução do MDAS

Após a realização das etapas de tradução, síntese, retrotradução, e avaliação

do comitê de revisores obteve-se a versão T12.1. Essa versão foi submetida à

avaliação dos especialistas quanto às equivalências semântica, culturais e

conceituais.

Lembrando que os especialistas apontavam uma das seguintes notas: +1,

quando havia uma equivalência entre a versão T12.1 e o questionário original; 0, quando

não era possível avaliar ou não sabia avaliar e -1, quando a sentença não equivalia ao MDAS

original 28.

Os especialistas apontaram uma menor concordância de equivalência semântica,

destacando-se o título e instrução (50%), seguido das questões (Q) 1, 2, 4 e 10 (66%), além

das respostas (R) 1, 8, 9 e 10(66%). Todas as outras questões e respostas do EAD(MDAS)

atingiram frequência de porcentagem acima de 80%.

Segundo a opinião dos especialistas, o EAD(MDAS) versão T12.1 atingiu a

equivalência cultural ideal para todas as questões e respostas.

Já na análise de equivalência conceitual alguns itens não atingiram uma satisfação

ideal de equiparação com o instrumento original, atingindo uma frequência de respostas +1

de 66% dos especialistas. São eles, os itens: instrução, as questões 1, 7, 8 e 10 e a resposta 9.

Com o resultado dessa primeira análise pelos especialistas, o comitê de revisores,

novamente, reuniu-se e avaliou as versões dos questionários e, juntamente com as opiniões

expressas dos especialistas, modificou-se a versão T12.1, gerando a versão T12.2.

Mais uma vez, o comitê de especialistas avaliou a versão proposta

(T12.2).Nesta segunda análise feita pelos especialistas, alcançou o objetivo de

80% de frequência de concordância da versão em análise 34.

A descrição de concordância de equivalência semântica, cultural e

conceitual encontra-se na tabela 2.

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24

Tabela 2 - Frequência de concordância entre os especialistas quanto às equivalências semântica,

cultural e conceitual entre a versão original do MDAS e a versão T12 (Hospital de Câncer de

Barretos, 2013).

Legenda: Q- questão; R- resposta.

Item Equivalência semântica

(%)

Equivalência cultural

(%)

Equivalência conceitual

(%)

1ªAvaliação 2ªAvaliação 1ªAvaliação 2ªAvaliação 1ªAvaliação 2ªAvaliação

Titulo 50 100 83,34 100 100 100

Instruções 50 100 83,34 100 66 100

Q1 66 100 100 100 66 100

R1 66 83,34 100 100 83,34 83,34

Q2 66 100 100 100 83,34 100

R2 83,34 100 100 100 100 100

Q3 83,34 100 83,34 100 83,34 100

R3 100 83,34 100 83,34 100 83,34

Q4 66 100 100 100 100 83,34

R4 83,34 100 100 100 100 100

Q5 83,34 100 100 100 83,34 100

R5 83,34 100 100 100 100 100

Q6 83,34 83,34 66 100 100 100

R6 100 100 100 100 100 100

Q7 83,34 100 66 100 66 100

R7 100 83,34 100 100 83,34 100

Q8 83,34 100 83,34 100 66 100

R8 66 100 100 100 83,34 100

Q9 100 100 100 100 100 100

R9 66 83,34 100 100 66 83,34

Q10 66 100 83,34 100 66 100

R10 66 100 83,34 100 83,34 100

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25

O anexo M representa às versões do MDAS, desde sua versão original até a versão

final (EAD(MDAS)) apresentada na fase de compreensão pelos profissionais da área da

saúde.

6.1.1 Resultado da avaliação de compreensão dos profissionais da saúde

Participaram desta fase 20 profissionais da área da saúde da unidade de

cuidados paliativos: 12 enfermeiros, 2 psicólogos, 2 médicos, 1 fisioterapeuta, 1

coordenadora e enfermeira de pesquisa, 1 terapeuta ocupacional e 1

musicoterapeuta. A idade média de 33 anos (DP 7), 18 mulheres(90%), 13(65%)

eram católicos. Do total de participantes, 4 (20%) possuíam como titulação

apenas a graduação, 11 (55%) tinham especialização lato senso, 4 (20%) eram

mestres e 1(5%) doutor. A média do tempo, em anos, de graduação dos

profissionais foi de 8 anos(DP 6) e tempo de experiência foi de 5 anos (DP 5)

(Tabela 3).

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Tabela 3 – Características demográficas e profissionais dos participantes da fase de

compreensão da Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS)(Hospital de Câncer de

Barretos, 2013-2014).

Variável Categoria N N (%)

Sexo Feminino 18 90,0%

Masculino 2 10,0%

Profissão Coordenadora de Pesquisa 1 5,0%

Enfermeiro 12 60,0%

Fisioterapeuta 1 5,0%

Médico 2 10,0%

Musicoterapeuta 1 5,0%

Psicólogo 2 10,0%

Terapeuta ocupacional 1 5,0%

Nível educacional Superior completo 4 20,0%

Lato sensu 11 55,0%

Mestrado 4 20,0%

Doutorado 1 5,0%

Pós-doutorado 0 0,0%

Religião Católico 13 65,0%

Evangélico 3 15,0%

Espírita 3 15,0%

Outra 0 0,0%

Não aplicável 1 5,0%

Variável Média Desvio Padrão

Idade do profissional 33 7

Tempo de formação (anos) 8 6

Tempo de experiência com pacientes oncológicos(anos) 5 5

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27

Os resultados mostraram que o nível de compreensão dos profissionais foi

igual ou superior a 70% para a Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS), versão

T12.2. Porém, os profissionais demonstraram preocupação quanto a questão e resposta do

item 4, considerada difícil e confusa, sendo que os comentários desses profissionais

ressaltavam a preocupação com o nível sociocultural e educacional dos pacientes para

respondê-la. Um profissional em questão demonstrou preocupação com possíveis vieses em

pacientes que possuem demência.

Abaixo, a tabela 4 descreve os resultados da fase de compreensão da

Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS)

Tabela 4 – Resultados da fase de compreensão da Escala de Avaliação de Delirium – EAD

(MDAS)(Hospital de Câncer de Barretos, 2013-2014).

Q/R Difícil? Confusa? Palavras Difíceis? Constrangedora?

Não (%) Não (%) Não (%) Não (%)

Q1 95 100 100 100

R1 95 90 95 100

Q2 95 100 95 100

R2 100 100 100 100

Q3 95 95 100 100

R3 95 100 100 100

Q4 75 70 95 95

R4 80 70 95 95

Q5 95 90 100 100

R5 100 100 100 100

Q6 95 100 75 100

R6 100 95 100 100

Q7 100 100 100 100

R7 100 90 100 100

Legenda: Q- Questão; R- Resposta.

Continua na próxima página

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Tabela 4 – Resultados da fase de compreensão da Escala de Avaliação de Delirium – EAD

(MDAS)(Hospital de Câncer de Barretos, 2013-2014).

Q/R Difícil? Confusa? Palavras Difíceis? Constrangedora?

Não (%) Não (%) Não (%) Não (%)

Q8 95 100 100 100

R8 95 95 100 100

Q9 95 100 95 100

R9 90 100 95 100

Q10 100 100 100 100

R10 100 95 100 100

Legenda: Q- Questão; R- Resposta.

6.2 Avaliação psicométrica da Escala de Avaliação de Delirium – EAD (MDAS).

6.2.1 Análise descritiva do perfil da amostra.

Para a realização desta etapa, foram treinados pela própria pesquisadora, cinco

médicos, uma enfermeira de pesquisa e dois assistentes de pesquisa, que, juntamente com a

pesquisadora formou a equipe de coleta de dados.

Foram triados 106 pacientes de acordo com os critérios de elegibilidade checados

em prontuário, destes 15 não foram incluídos nos estudo devido as seguintes causas: dois

tinham diagnóstico de doença psiquiátrica registrada em prontuário, seis recusaram-se a

responder, 6 estavam em sedação de final de vida e um paciente não estava capacitado a

comunicar-se (Figura 5).

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29

Figura 5- Fluxograma de pacientes triados na pesquisa.

Assim sendo, a amostra constituiu-se de 91 participantes de pesquisa, sendo 82

participantes na amostra final, pois 9 destes não conseguiram completar a entrevista ou

receberam alta hospitalar antes dela. Do total de 82 participantes, 43 (52,4%) eram do sexo

feminino e 39 (47,6%) sexo masculino, a idade média foi de 55 anos (DP 14,55) e a maioria

dos participantes possuíam ensino médio (85,5%). A religião predominante foi a católica com

59,8% (n=49), seguida da evangélica com 24,4% (n=20)(Tabela 5).

Dos participantes que compuseram a amostra, a maioria tinha como sítio primário

da doença o sistema digestório (29,3%), seguido do sistema urológico (17,1%), ginecológico

(15,9%) e mama (12,2%). Quanto ao uso de opióides, 75 (91,5%) os utilizavam seguido dos

benzodiazepínicos (73,2%) e neurolépticos (68,3%), conforme tabela 6. E o estado geral do

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30

participante baseado no Karnofsky Performance Scale (KPS), apontou que, em sua maioria,

encontravam-se entre 40 e 50% (n=32; 42,7%)( Tabela 5).

Tabela 5 – Características demográficas e clínicas dos pacientes portadores de neoplasia

avançada participantes da validação da EAD (MDAS) (n=82)(Hospital de Câncer de Barretos,

2014).

Variável Média (DP) Mediana Variação

observada

Idade (anos) 55,9

(14,55)

57 20-85

Variável Categoria N %

Sexo

Masculino 43 52,4 -

Feminino 39 47,6 -

Escolaridade

Analfabeto 3 3,7 -

Ensino médio 70 85,4 -

Ensino superior 9 11 -

Religião

Católico 49 59,8 -

Evangélico 20 24,4 -

Agnóstico 7 8,5 -

Espírita 2 2,2 -

Outra 4 4,9 -

KPS (%)

20 4 5,3 -

30 12 16 -

40 17 22,7 -

50 15 20 -

60 10 13,3 -

70 9 12 -

80 8 10,7 -

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31

Tabela 6 – Frequência de participantes por sitio de localização do câncer primário (n=82)

(Hospital de Câncer de Barretos, 2014)

Localização do câncer

primário

Frequência Porcentual Porcentagem

válida

Porcentagem

acumulativa

Digestório 24 29,3 29,3 85,4

Urológico 14 17,1 17,1 28,0

Ginecológico 13 15,9 15,9 43,9

Mama 10 12,2 12,2 56,1

Tórax 6 7,3 7,3 92,7

Cabeça e pescoço 4 4,9 4,9 11,0

Sarcoma 4 4,9 4,9 100,0

Desconhecido 3 3,7 3,7 3,7

Pele/melanoma 2 2,4 2,4 6,1

Neurológico 1 1,2 1,2 93,9

Hematológico 1 1,2 1,2 95,1

Total 82 100,0 100,0

6.2.2 Análise de confiabilidade

Para a análise da confiabilidade da escala traduzida “Escala de Avaliação de Delirium –

EAD (MDAS)” foi avaliada tanto para o entrevistador A como para o entrevistador B, através

da consistência interna pelo cálculo do α de Cronbach. Essa análise teve como objetivo

avaliar se os itens que compõe a escala correlacionam entre si e em sua totalidade (item-

total). Os itens que não se correlacionam com outros itens podem ser retirados para

aumentar a confiabilidade do questionário. Considera-se uma boa consistência interna

quando o valor do α de Cronbach for acima de 0,70 23, 28

Para o entrevistador A, a consistência interna foi de 0,886. Na análise item-total, ou

seja, simulando-se a exclusão de cada item do questionário, a variação do α de Cronbach foi

de 0,891(questão 4) a 0,861 (questão 1)(Tabela 7).

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32

Tabela 7 - Análise da consistência interna pelo entrevistador A na validação do EAD (MDAS)

em pacientes com neoplasia avançada (Hospital de Câncer de Barretos, 2014).

Na análise da confiabilidade do entrevistador B, α de Cronbach foi de 0,849. Na análise

de item-total, a variação do α de Cronbach foi de 0,857 (questão 10) e 0,823 (questão 5),

conforme tabela 8.

Questão EAD

(MDAS)

Média de

escala se o

item for

excluído

Variância

de escala se

o item for

excluído

Correlação

de item

total

corrigida

Correlação

múltipla ao

quadrado

Alfa de

Cronbach se

o item for

excluído

Questão 1 4,25 20,388 0,849 0,865 0,861

Questão 2 4,15 20,678 0,776 0,771 0,865

Questão 3 3,51 19,478 0,552 0,364 0,889

Questão 4 3,52 19,753 0,523 0,348 0,891

Questão 5 4,22 20,65 0,845 0,781 0,862

Questão 6 4,35 22,179 0,696 0,707 0,874

Questão 7 4,35 22,954 0,643 0,695 0,879

Questão 8 4,35 22,929 0,649 0,718 0,878

Questão 9 3,96 20,161 0,678 0,581 0,871

Questão 10 3,8 21,86 0,499 0,262 0,884

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33

Tabela 8 - Análise da consistência interna pelo entrevistador B na validação do EAD (MDAS)

em pacientes com neoplasia avançada (Hospital de Câncer de Barretos, 2014).

Questão EAD

(MDAS)

Média de

escala se o

item for

excluído

Variância de

escala se o

item for

excluído

Correlação

de item

total

corrigida

Correlação

múltipla ao

quadrado

Alfa de

Cronbach se

o item for

excluído

Questão 1 3,95 16,909 0,702 0,643 0,824

Questão 2 3,75 16,949 0,546 0,578 0,835

Questão 3 3,25 16,063 0,469 0,278 0,85

Questão 4 3,41 15,258 0,555 0,392 0,841

Questão 5 3,91 16,638 0,708 0,628 0,823

Questão 6 3,98 17,139 0,669 0,541 0,827

Questão 7 3,99 17,354 0,698 0,764 0,827

Questão 8 4,01 18,316 0,6 0,696 0,837

Questão 9 3,7 16,339 0,617 0,677 0,829

Questão 10 3,4 18,775 0,266 0,19 0,857

Baseado na literatura, esse resultado, independente do entrevistador, mostra que há

uma forte correlação entre os itens da escala, e que o instrumento é confiável.

6.2.3 Reprodutibilidade

A reprodutibilidade de uma escala ou questionário se dá pelos mesmos resultados

adquiridos em diferentes ocasiões (teste-reteste) ou por diferentes observadores em um

mesmo momento 27, 28. Devido à natureza fisiológica do delirium, optou-se por uma

reprodutibilidade interobservador. Esta análise se deu pela comparação de resultados entre

os entrevistadores A e B, utilizando do coeficiente de correlação intraclasse, conforme figura

6.

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34

Figura 6 – Reprodutibilidade interobservador. Análise do coeficiente de correlação

intraclasse entre entrevistador A e B.

O resultado foi uma correlação de 0,892. Para melhor interpretar este resultado

basta ter em mente que em uma análise de correlação intraclasse os valores variam de -1 a

1, sendo que, -1 representa ausência de reprodutibilidade e 1 a reprodutibilidade perfeita.

Assim, constata-se que a reprodutibilidade dos entrevistadores A e B são consideradas muito

boas 28 (tabela 9).

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35

Tabela 9 – Análise da reprodutibilidade interobservador na validação da EAD (MDAS) através

da análise do coeficiente de correlação intraclasse entre entrevistador A e B.

CORRELAÇÃO INTRACLASSE INTERVALO DE CONFIANÇA 95%

LIMITE INFERIOR LIMITE SUPERIOR

0,892 0,837 0,93

p<0,001

6.2.4 Análise da validade:

Neste estudo, a análise de validade de critério concorrente se deu pela associação

do DSM-IV, o padrão ouro, e a escala traduzida EAD(MDAS). Foi realizado um teste de Mann-

Whitney, comparando a média de pontuação do instrumento em estudo com o padrão ouro

DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), do qual possui resposta

dicotômica (presença ou ausência de delirium). Na análise, a hipótese nula (H0) supõem-se

que a média de pontuação de delirium seja igual à de não delirium, e que na hipótese

alternativa (H1), as pontuações médias entre delirium e não delirium sejam diferentes.

Na comparação de valores entre DSM-IV e o EAD(MDAS) advinda do entrevistador

A, tem-se na amostra o n=13 para delirium e n=66 para não delirium. Avaliando-se os casos

de delirium, a média de escore foi 13 (DP 7,09), valor mínimo de 2 e máximo de 25, sendo a

mediana 11. Já os casos de não delirium, ainda no entrevistador A, a média do escore foi de

2,89(DP 2,25) com mínimo de zero e máximo de 11, sendo a mediana 2 pontos (figura 7).

Avaliando os resultados comparativos do DSM-IV e o EAD(MDAS) para o

entrevistador B, os casos de delirium também foram n=13 e não delirium n=65. Os casos de

delirium tiveram uma média de 11,38 de pontuação (DP 6,76), valor mínimo de 4 e máximo

de 24, sendo a mediana 10 pontos. Os casos de não delirium tiveram um escore médio de

2,78 pontos (DP 2,03), com mínimo zero e máximo de 9, sendo a mediana 3 pontos(figura 8).

Tanto a análise do entrevistador A quanto o entrevistador B tiverem p<0,001, conforme

tabela 10.

Na validade de constructo convergente, a escala traduzida – EAD(MDAS) foi

associada ao questionário CAM - Método de Avaliação de Confusão. Mais uma vez, utilizou-

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36

se o teste de Mann-Whitney, fazendo uma comparação da média do escore do EAD(MDAS)

com o CAM.

Para análise do entrevistador A e B, a amostra estabelecida para casos com delirium

foi n=9 e não delirium n=61. Especificamente, para o entrevistador A, a média da pontuação

foi de 15 (DP 7,38) para delirium, com um mínimo de pontuação 6 e máximo 25, sendo a

mediana 16. Já os casos de não delirium a média do escore foi 3,1 (DP 2,57), com pontuação

mínima de zero e máxima de 11, sendo a mediana 2 pontos (figura 9).

Já na análise do entrevistador B, a média do escore para delirium foi de 12,78 (DP

2,48), sendo a pontuação mínima 4 e máxima 24, mediana 12 de escore. Casos de não

delirium tiveram uma média de pontuação de 2,78 (DP 2,03), mínimo zero e máximo 9, a

mediana foi escore 3 (gráfico 10).

Toda análise de validação encontra-se na tabela 10.

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Tabela 10 – Análise de validação de critério concorrente e validade de constructo convergente(Hospital de Câncer de Barretos, 2014)

EAD(MDAS)

ENTREVISTADOR

STATUS N MÉDIA DESVIO

PADRÃO

MÍNIMO 1º

QUARTIL

MEDIANA 3º

QUARTIL

MÁXIMO p-valor

CAM

A DELIRIUM 9 15 7,38 6 7,5 16 22 25 <0,001

NÃO

DELIRIUM

61 3,1 2,57 0 1,5 2 4 11

B DELIRIUM 9 12,78 7,48 4 6 12 20 24

NÃO

DELIRIUM

61 3,05 2,48 0 1 3 4 13

DSM- IV A DELIRIUM 13 13 7,09 2 8 11 18,5 25 <0,001

NÃO

DELIRIUM

66 2,89 2,25 0 1 2 4 11

B DELIRIUM 13 11,38 6,76 4 5,5 10 16 24

NÃO

DELIRIUM

65 2,78 2,03 0 1 3 4 9

Legenda: EAD(MDAS)- Escala de Avaliação de Delirium; CAM- Método de Avaliação de Confusão; DSM-IV- Manual diagnóstico e estatístico de

transtornos mentais.

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Figura 7 - Gráfico box plot para validade de critério concorrente. EAD(MDAS)(Escala de Avaliação de Delirium), DSM-IV(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4ª edição).

Figura 8 - Gráfico box plot para validade de critério concorrente. EAD(MDAS)(Escala de Avaliação de Delirium), DSM-IV(Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4ª edição).

p <0,001

p <0,001

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39

Figura 9 - Gráfico box plot para validade de constructo convergente. EAD(MDAS)(Escala de Avaliação de Delirium), CAM(Método de Avaliação de Confusão).

Figura 10 - Gráfico box plot para validade de constructo

convergente. EAD(MDAS)(Escala de Avaliação de Delirium),

CAM(Método de Avaliação de Confusão).

p <0,001

p <0,001

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40

Em resumo, na análise da validade de critério concorrente, os dois instrumentos

confrontados apresentaram forte associação entre si, demonstrando que o EAD(MDAS) é

válido quando comparado ao DSM-IV, o padrão ouro. A mesma conclusão ocorreu quando

avaliado a validade de constructo convergente entre o instrumento traduzido EAD(MDAS) e

o CAM - Método de Avaliação de Confusão.

6.2.5 Identificação do ponto de corte e a acurácia do EAD(MDAS) para rastreamento de

delirium.

Esta etapa teve duas funções a serem cumpridas: (1) verificar a assertividade do escore

com o padrão ouro DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 4ª

edição) e (2) encontrar o ponto de corte entre delirium e não delirium na EAD(MDAS). Para

tanto, utilizou-se a curva ROC(Figura 11), que ao analisar diferentes possibilidades de escore

indica a evidência no ponto de corte ideal para o instrumento na população estudada.

Conforme a figura 11, que corresponde a área da curva ROC, pode-se notar uma área

de 0,939(DP 0,045), limite inferior de 0,851 e superior a 1, com p ≤ 0,001.

Figura 11- Curva ROC dos valores de escore da Escala de Avaliação de Delirium-EAD(MDAS),

comparando com o resultado obtido pelo padrão ouro, Manual de Diagnóstico e Estatístico

das Perturbações Mentais 4ª edição – DSM-IV

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41

Os resultados obtidos na análise da curva ROC foi a pontuação de escore final da escala

de 5, 6 e 7, que, para cada escore, foi analisada os seguintes itens: acurácia, sensibilidade,

especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN). Independente

do valor determinado como corte. A tabela 11 explicita os valores encontrados.

Tabela 11 – Análise do ponto de corte e a acurácia do EAD(MDAS) para rastreamento de

delirium (Hospital de Câncer de Barretos, 2014)

PONTO

DE

CORTE

ACURACIA

(%)

SENSIBILIDADE ESPECIFICIDADE VALOR

PREDITIVO

POSITIVO

VPP (%)

VALOR

PREDITIVO

NEGATIVO

VPN (%)

< 5 81 92,30 78,80 46,20 98,10

[71,01-88,14] [66,69 - 98,63] [67,49 - 86,92] [28,76 - 64,56] [90,06 - 99,67]

< 6 90 92,30 89,40 63,20 98,30

[81,27 - 94,78] [66,69 - 98,63] [79,69 - 94,77] [41,04 - 80,85] [91,14 - 99,71]

< 7 92 84,60 93,90 73,30 96,90

[84,40 - 96,47] [57,77 - 95,67] [85,43 - 97,62] [48,05 - 89, 10] [89,30 - 99,14]

Ao analisar a tabela 11, o valor de melhor acurácia é de 92% (84,40 - 96,47) quando a

ponto de corte é inferior a 7, porém a melhor sensibilidade está para as notas de corte

inferior a 5 que é de 92,30 (66,69 - 98,63). Já a especificidade destaca-se a referência ao

corte < 7 com 93,90 (85,43-97,62). Quanto aos valores preditivos, o ponto de corte <7

alcançou o maior valor preditivo positivo (VPP): 73,30 (48,05 - 89,10) e o ponto <5 o maior

valor preditivo negativo (VPN) foi de 98,30 (91,14 - 99,71).

Avaliando os dados obtidos na tabela 11 juntamente com a curva ROC e, sabendo-se

que, quanto mais próximo o valor da área ser 1, maior a distinção entre delirium e não

delirium, considera-se a nota de corte ideal é ≤ 6. Assim sendo, com esta análise estabelece-

se que pontuação acima de 6 identifica um paciente em delirium, e que abaixo ou igual a 6,

como um paciente sem delirium.

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42

6.2.6 Resultado da análise psicométrica

Na tabela 12, abaixo, encontram-se um resumo dos valores obtidos em todas as

análises psicométricas.

Nesta análise final, os resultados obtidos na consistência interna foram de 0,886 para

entrevistador A e 0,849 para o entrevistador B. A reprodutibilidade foi de 0,892 (0,837 -

0,93).

A validade de critério concorrente, avaliado pela comparação com padrão ouro

(DSM-IV) obteve uma média de escore 13 para delirium e 2,89 para não delirium para o

entrevistador A, já o entrevistador B teve um escore de 11,38 para os casos de delirium e

2,78 para os não delirium. A validade de constructo convergente, baseado na análise

comparativa do CAM, apresentou média de escore de 15 para casos de delirium e 3,1 para

casos de não delirium, para o entrevistador A, e o entrevistador B, com uma média na

pontuação de 12,78 para delirium e 3,05 para não delirium.

O ponto de corte que melhor identifica o delirium são as pontuações acima de 6, com

uma acurácia de 90%, sensibilidade de 92,30, especificidade de 89,40, VPP de 63,20 % e VPN

de 98,50%.

Tabela 12- Resumo da consistência interna, reprodutibilidade, Validade de critério

concorrente, validade de constructo convergente e ponte de corte do EAD(MDAS)(Hospital

de Câncer de Barretos, 2014).

Variáveis Entrevistador A Entrevistador B

Consistência interna 0,886 0,849

Reprodutibilidade

interobservador

0,892

(0,837 - 0,93)

Validade de critério

concorrente

Delirium

=13

Delirium

=11,38

Não delirium

= 2,89

Não delirium

= 2,78

Legenda: VPP – valor preditivo positivo; VPN – valor preditivo negativo; – media.

Continua na próxima página

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43

Tabela 12- Resumo da consistência interna, reprodutibilidade, Validade de critério

concorrente, validade de constructo convergente e ponte de corte do EAD(MDAS)(Hospital

de Câncer de Barretos, 2014).

Variáveis Entrevistador A Entrevistador B

Validade de constructo

convergente

Delirium

= 15

Delirium

=12,78

Não delirium

=3,1

Não delirium

= 3,05

Acurácia 90%

[81,27 - 94,78]

Sensibilidade 92,3

[66,69 - 98,63]

Especificidade 89,4

[79,69 - 94,77]

VPP (%) 63,2

[41,04 - 80,85]

VPN (%) 98,3

[91,14 - 99,71]

Legenda: VPP – valor preditivo positivo; VPN – valor preditivo negativo; – media.

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44

7. Discussão

7.1 Etapa de tradução do “Memorial Delirium Assessment Scale”

O processo de tradução seguiu as normas difundida por Beaton et al 31 e foi realizada

com sucesso. A avaliação comparativa da retrotradução com a versão original deu-se com

dupla confirmação pelo comitê de revisores e avaliação do próprio criador da escala, Dr

Breitbart 18. Foram necessárias apenas uma etapa de tradução e uma etapa de

retrotradução para que o instrumento fosse considerado com adequada tradução.

Apesar da escala possuir linguagem técnica de identificação da gravidade do delirium,

realizou-se uma etapa de adaptação transcultural. Essa etapa de adaptação não foi

observada em outros estudos de validade do Memorial Delirium Assessment Scale- MDAS,

contudo esta metodologia é muito bem difundida em estudos metodológicos 35. A opção de

realizar esta etapa foi por constatar que profissionais da saúde não especialistas em delirium

poderiam utilizar do instrumento para rápida identificação de pacientes com esta síndrome.

Para tanto, especialistas em validação de questionários e especialistas em delirium

realizaram uma avaliação baseada na análise semântica, cultural e conceitual da escala

original, em inglês, e a versão final traduzida. A etapa se deu pela adaptação do instrumento

construído por Toledo, Alexandre e Rodrigues em 2008 28. Esse instrumento foi de grande

importância no norteamento dos especialistas para verificar as equivalências propostas, até

mesmo porque não foi possível realizar esta etapa de forma presencial (Anexo E).

Foram necessárias duas avaliações dos especialistas até alcançar uma adaptação

considerada adequada para o entendimento dos profissionais da saúde. A primeira avaliação

dos especialistas não atingiu o objetivo de concordância de 80%. Assim, uma nova

adaptação foi realizada pelo comitê de revisores baseada nas sugestões dos especialistas.

Nessa reunião de revisores (tradutores, pesquisadora e avaliador independente), o grupo

percebeu que as sugestões eram modificações simples, como por exemplo, o título do

questionário e a criação de uma sigla. A segunda avaliação alcançou a aceitação que se

esperava, igual ou superior a 80% 34.

O pré-teste voltou-se para o público de interesse na compreensão da escala: os

profissionais da saúde. Esse pré-teste utilizou um questionário estruturado, no qual o

profissional respondia por questão e por resposta do EAD(MDAS) se esta era difícil, confusa,

com palavras difíceis ou constrangedoras (anexo G). A menor porcentagem registrada na

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45

síntese do pré-teste foi 70% para questão 4, que na verdade, trata-se de um teste

psicológico e de importância para o questionário. Contudo, a preocupação relatada pelos

profissionais de saúde foi quanto ao nível sociocultural dos pacientes internados, a

pesquisadora neste ponto, após avalição das respostas dos profissionais decidiu por

construir um manual para a EAD(MDAS) (Anexo K). O objetivo deste manual é, de forma

sucinta, esclarecer quanto a pontuação da escala e explicar cada uma das questões, já que

há questões que se utilizam de técnicas psicológicas que outros profissionais desconhecem.

Outra questão levantada nesta etapa é a possibilidade de confusão entre demência e

delirium. Segundo o DSM-IV, a diferença fundamental está na oscilação dos episódios, em

um quadro reversível no caso de delirium, e um quadro de declínio lento e progressivo na

demência10. A validação realizada por Matsuoka, no Japão, teve como perfil pacientes idosos

internados em hospital psiquiátrico, e a escala MDAS foi capaz de identificar apenas os casos

de delirium 36.

Em resumo, pouco foi necessário no processo de tradução, pois o instrumento em

questão não é autoaplicável e sim para ser utilizado por profissionais graduados, o que

infere em um nível educacional de melhor compreensão e interpretação de texto.

7.2 Etapa psicométrica da Escala de Avaliação de Delirium – EAD(MDAS).

Esta pesquisa teve como objetivo principal a validação da escala na identificação do

delirium. Contudo, buscou-se adaptar a escala culturalmente para que qualquer profissional

da área da saúde que tenha conhecimentos mínimos de delirium consiga utilizá-la como um

instrumento auxiliar no diagnóstico dessa síndrome neuropsiquiátrica. A escala foi

construída por Breitbart 18 como uma forma de auxiliar o profissional a identificar o delirium

de maneira rápida e, mais do que isso, um instrumento capaz de captar a gravidade e as

oscilações dessa síndrome ao longo do dia.

A validação do Memorial Delirium Assessment Scale (MDAS) se deu em apenas 4

países: Itália, Japão, Índia e Espanha. A população em estudo em sua maioria composta de

pacientes com câncer e/ou cuidados paliativos, exceto Japão que explorou a validação em

idosos com alterações psiquiátricas 36 e na Índia que foi realizado em pacientes de UTI pós-

cirúrgico cardíaco 37. Até mesmo a construção e validação inicial de Breitbart se deram em

pacientes com câncer e HIV positivo 18.

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46

A escolha da equipe de pesquisa que realiza a entrevista é fundamental para um

resultado confiável. Validações do MDAS foram realizadas por médicos, residentes atuantes

na área, psicólogos, ou seja, profissionais que tinham bom conhecimento sobre o delirium.

Essas equipes tinham o diferencial da qualificação acadêmica no assunto. Pensando na

proposta da pesquisa de obter um instrumento de fácil aplicação e que não necessite que

seu aplicador seja um especialista da área, fez com que uma equipe diversificada fosse

treinada para realizar as entrevistas necessárias à pesquisa. Contudo, para a escolha dos

entrevistadores do padrão ouro, manteve-se a escolha de profissionais com bom

conhecimento em delirium. Assim, médicos especialistas realizaram uma entrevista clínica

para completaram um questionário semi-estruturado de avaliação de delirium segundo

DSM-IV.

Duas enfermeiras de pesquisa responsabilizaram-se por completar o MDAS e o CAM

(Método de avaliação de confusão (Confusion Assessment Method)). E duas assistentes de

pesquisa, que são universitárias, realizaram a entrevista para completarem o MDAS, apenas.

Padronizou-se que o entrevistador A sempre seriam as enfermeiras de pesquisa, enquanto

as assistentes seriam o entrevistador B.

O entrevistador A apresentou dificuldade inicial na aplicação do CAM, pois para

respondê-lo por completo, deve-se ter uma avaliação de 24 horas do paciente 13. Além disso,

há questões abertas que torna a análise subjetiva e sua pontuação é realizada com base em

formulações, o que dificulta uma resposta precisa e rápida.

Quanto aos critérios de elegibilidade, sabe-se que os pacientes com maior

possibilidade de desenvolver ao menos um episódio de delirium durante a internação são

aqueles com doenças crônicas que passam por uma alteração aguda do estado mental,

fundamentado em alterações fisiológicas 11, daí a escolha do perfil de câncer avançado.

A confiabilidade da escala foi analisada através da consistência interna, pela análise de

α de Cronbach e, a reprodutibilidade através coeficiente de correlação intraclasse dos

entrevistadores A e B. Tendo os resultados de dois entrevistadores, foi possível realizar duas

análises de consistência interna. O entrevistador A alcançou 0,886 e o entrevistador B 0,849,

ambos os valores são considerados bons 28. Dentre os pesquisadores que já realizaram a

validação do MDAS, o maior valor de α de Cronbach foi de Matsuoka et al, com 0,9236 e o

menor valor de α de Cronbach foi de Noguera et al de 0,82 19.

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47

A análise da reprodutibilidade se deu pela observação de dois entrevistadores

(enfermeira e assistente), isto porque o delirium pode ocorrer em curto período de tempo,

horas a dias, e com capacidade de flutuar ao longo do dia 7, 9, 10. O resultado dessa análise

resultou em 0,892, sabendo-se que a reprodutibilidade ideal é 1, quanto mais o resultado se

aproxima desse valor, menor a chance de cometer erros ao se aplicar o instrumento 26.

Breitbart realizou dois estudos para construir e validar o MDAS. No primeiro estudo,

ele utilizou a metodologia de reprodutibilidade interobservador e conseguiu um bom

resultado (0,92). Contudo, a validação do MDAS por Matsuoka foi a que obteve o melhor

valor (0,98) 36. Grassi et al, em sua metodologia, optou por não fazer esta análise 21.

Ao analisar as possibilidades de validação de um instrumento, tem-se,

primordialmente, analisar de forma criteriosa as escolhas dos instrumentos de coleta. Uma

má escolha compromete a pesquisa, o ideal é que os instrumentos se correlacionem de

acordo com os domínios do instrumento, assim vários instrumentos podem ser utilizados

para serem equiparados ao objeto de estudo. Breitbart, ao criar o MDAS, fê-lo baseado no

DSM-IV 18, assim sendo o próprio manual é um excelente padrão ouro, já que possui todos

os domínios no mesmo local, porém sob a forma de quatro critérios, conforme a figura 4 9.

Dentro das validações do MDAS, apenas o estudo realizado por Shyamsundar et al não

utilizou-o 37. Contudo, para a análise de critério concorrente, o próprio Breitbart no seu

segundo estudo de validação do MDAS 18, assim como Matsuoka et al 36 e Noguera et al 19,

optaram por dois instrumentos: O Delirium Rating Scale (DRS) e Mini-Mental State

Examination (MMSE). A decisão na escolha está na facilidade de ver claramente todos os

domínios do MDAS inserido nestes dois questionários juntos.

Para o estudo de validação de critério concorrente do EAD(MDAS), manteve-se o

Manual de Diagnóstico e Estatístico das Perturbações Mentais 4ª edição – DSM-IV como o

padrão ouro, devido a ausência de instrumentos traduzidos e validados no Brasil que

completassem todos os domínios do EAD(MDAS).

Os médicos da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de Barretos

possuem conhecimento sobre delirium, além disso, foi proporcionado palestras de

atualização do assunto antes de iniciar a coleta de dados. A construção de ficha de coleta foi

um norteador no preenchimento do padrão ouro. Nela constavam os critérios estabelecidos

pelo DSM-IV na forma do quadro-resumo publicado pelo American Psychiatric Association

em 1994 9, e a questão sobre presença e ausência de delirium.

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48

Para completar a validação concorrente, utilizaram-se as respostas do EAD(MDAS).

Como não existia um valor de corte da escala definido por também ser um dos objetivos do

estudo, realizou-se a análise com base nas médias dos resultados de cada um dos

entrevistadores A e B. O resultado para o entrevistador A, foi a média de 13 para delirium e

média de 2,89 para casos de não delirium. O entrevistador B teve uma média de 11,38 para

delirium e média de 2,78 para os casos de não delirium. E através das figuras 7 e 8, pode-se

ver claramente a distinção dos casos de delirium e não delirium, concluindo a validade de

critério concorrente.

O estudo realizado por Breitbart et al, Matsuoka et al e, Noguera et al, utilizaram um

instrumento não traduzido no Brasil, o Delirium Rating Scale, em suas diferentes versões. O

DRS é uma escala de 10 itens que discrimina o paciente em delirium e não delirium 18, 19, 36.

Adicionado à aplicação do DRS, estes pesquisadores aplicaram o MMSE, que tem foco no

critério de alteração cognitiva (independente de ser ou não delirium). Apesar de análises

diferentes, esses estudos conseguiram alcançar o objetivo de valores que comprovam a

validade de critério concorrente.

A validade de constructo convergente também foi baseada nas médias dos

entrevistadores A e B, mas o questionário comparativo utilizado nessa análise foi o Método

de Avaliação de Confusão (Confusion Assessment Method)- CAM. A escolha desse

instrumento se deu pelo fato de ser o único instrumento especifico de identificação de

delirium validado no Brasil 13. Os resultados obtidos, também mostraram diferenças

significativas das médias entres os casos de delirium e não delirium, demonstrando que o

constructo da escala é compatível com o que o instrumento se propõe a medir 28. Outros

estudos de validação do MDAS não se propuseram a tal análise.

A análise da curva ROC tinha como meta verificar a assertividade do escore com o

padrão ouro DSM-IV e encontrar o ponto de corte entre delirium e não delirium no

EAD(MDAS). Baseando-se nos resultados de acurácia, valores preditivos, sensibilidade e

especificidade, pôde-se analisar as possibilidade de valores de corte da Escala de Avaliação

de Delirium-EAD(MDAS) e fazer a melhor escolha para o valor definidor de delirium e de não

delirium. Além de Breitbart na construção do questionário18, Grassi et al se propôs a fazer

esta análise 21.

Para este estudo de validação no Brasil em pacientes com câncer avançado, pôde-se

observar acurácia de 90%, valor preditivo positivo (VPP) de 63,2%, valor preditivo negativo

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49

(VPN) de 98,3%. Comparando este resultado aos estudos acima citados, esses valores foram

discrepantes em relação à literatura. Breitbart teve resultado de 92,3% para VPP e 75% para

VPN 18. Já Grassi teve 95% para VPP e 63% do VPN 21.

Já a análise de sensibilidade ficou mais próxima dos dados conhecidos na literatura,

com sensibilidade igual a 92,3 e a especificidade 89,4. No estudo de Breitbart, a sensibilidade

foi 70,26 e especificidade 93,8 18 e no estudo de Grassi et al a sensibilidade foi 68 e

especificidade 94 21.

Com os valores em mãos, foi feita dicotomia com nota de corte superior a 6. Apesar de

ser um valor de corte baixo quando comparada ao estudo inicial de Breitbart, com corte de

13 18, estudos subsequentes a construção da escala, mostraram valores diferentes na

validação em grupos de pacientes semelhantes ao primeiro estudo, como por exemplo, o

estudo realizado por Lawlor et al, em 2000, que realizou a validação do MDAS em pacientes

com câncer avançado e obteve sensibilidade de 0,97 e especificidade de 0,95 para o valor de

corte 7. Essa discrepância de valor talvez represente um viés pela participação de

entrevistadores com conhecimento aprofundado sobre delirium, como no caso do estudo de

construção da escala, do qual os entrevistadores foram psiquiatras 22 , o que não ocorreu no

estudo de Lawlor e também no presente estudo.

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50

8. CONCLUSÃO

O processo de tradução foi realizado seguindo metodologia internacionalmente

reconhecida. A tradução do Memorial Delirium Assessment Scale-MDAS para a língua

portuguesa brasileira foi um processo simples com necessidade de algumas modificações

semânticas e conceituais para a que a Escala de Avaliação do Delirium- EAD(MDAS) fosse

adaptada ao uso dos profissionais de saúde.

O pré-teste realizado com profissionais da saúde teve aceitação igual ou superior a

70%. A EAD(MDAS), juntamente com o seu manual, demonstrou estar suficientemente

adaptada para profissionais com pouca habilidade na identificação do delirium, servindo

como um instrumento facilitador na identificação dessa síndrome neuropsiquiátrica.

A avaliação da confiabilidade mostrou que a Escala de Avaliação de Delirium –

EAD(MDAS) possui uma boa consistência interna.

As validações propostas foram realizadas com sucesso, sendo que a validação de

critério concorrente e a validação de constructo convergente mostraram valores bem

distintos entre os grupos de pacientes sem delirium e com delirium.

A reprodutibilidade avaliada foi a interobservador devido as característica do delirium,

e considerada muito boa.

A identificação do ponto de corte e a acurácia do questionário, mostrou a dicotomia

entre delirium e não delirium na EAD(MDAS), sendo o valor maior de 6 para delirium.

Assim sendo, pode-se concluir que, a Escala de Avaliação de Delirium- EAD(MDAS) é

um instrumento confiável e válido disponível a ser utilizado por profissionais de saúde para

identificar delirium em pacientes com câncer avançado.

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ANEXO A - Carta de Aprovação do estudo pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

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ANEXO B - Memorial Delirium Assessment Scale – MDAS

Memorial Delirium Assessment Scale (MDAS) ©1996

INSTRUCTIONS: Rate the severity of the following symptoms of delirium based on current

interaction with subject or assessment of his/her behavior or experience over past several

hours (as indicated in each item.)

ITEM 1-REDUCED LEVEL OF CONSCIOUSNESS (AWARENESS): Rate the patient's current

awareness of and interaction with the environment (interviewer, other people/objects in the

room; for example, ask patients to describe their surroundings).

� 0: none (patient spontaneously fully aware of environment and interacts appropriately)

� 1: mild (patient is unaware of some elements in the environment, or not spontaneously

interacting appropriately with the interviewer; becomes fully aware and appropriately

interactive when prodded strongly; interview is prolonged but not seriously disrupted)

� 2: moderate (patient is unaware of some or all elements in the environment, or not

spontaneously interacting with the interviewer; becomes incompletely aware and

inappropriately interactive when prodded strongly; interview is prolonged but not seriously

disrupted)

� 3: severe (patient is unaware of all elements in the environment with no spontaneous

interaction or awareness of the interviewer, so that the interview is difficult-to-impossible,

even with maximal prodding)

ITEM 2-DISORIENTATION: Rate current state by asking the following 10 orientation items:

date, month, day, year, season, floor, name of hospital, city, state, and country.

� 0: none (patient knows 9-10 items)

� 1: mild (patient knows 7-8 items)

� 2: moderate (patient knows 5-6 items)

� 3: severe (patient knows no more than 4 items)

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ITEM 3-SHORT-TERM MEMORY IMPAIRMENT: Rate current state by using repetition and

delayed recall of 3 words [patient must immediately repeat and recall words 5 min later

after an intervening task. Use alternate sets of 3 words for successive evaluations (for

example, apple, table, tomorrow, sky, cigar, justice).

� 0: none (all 3 words repeated and recalled)

� 1: mild (all 3 repeated, patient fails to recall 1)

� 2: moderate (all 3 repeated, patient fails to recall 2-3)

� 3: severe (patient fails to repeat 1 or more words)

ITEM 4-IMPAIRED DIGIT SPAN: Rate current performance by asking subjects to repeat first

3, 4, then 5 digits forward and then 3, then 4 backwards; continue to the next step only if

patient succeeds at the previous one.

� 0: none (patient can do at least 5 numbers forward and 4 backward)

� 1: mild (patient can do at least 5 numbers forward, 3 backward)

� 2: moderate (patient can do 4-5 numbers forward, cannot do 3 backward)

� 3: severe (patient can do no more than 3 numbers forward)

ITEM 5-REDUCED ABILITY TO MAINTAIN AND SHIFT ATTENTION: As indicated during the

interview by questions needing to be rephrased and/or repeated because patient's attention

wanders, patient loses track, patient is distracted by outside stimuli or over-absorbed in a

task.

� 0: none (none of the above; patient maintains and shifts attention normally)

� 1: mild (above attentional problems occur once or twice without prolonging the interview)

� 2: moderate (above attentional problems occur often, prolonging the interview without

seriously disrupting it)

� 3: severe (above attentional problems occur constantly, disrupting and making the

interview

difficult-to-impossible)

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ITEM 6-DISORGANIZED THINKING: As indicated during the interview by rambling, irrelevant,

or incoherent speech, or by tangential, circumstantial, or faulty reasoning. Ask patient a

somewhat complex question (for example, "Describe your current medical condition.").

� 0: none (patient's speech is coherent and goal-directed)

� 1: mild (patient's speech is slightly difficult to follow; responses to questions are slightly off

target but not so much as to prolong the interview)

� 2: moderate (disorganized thoughts or speech are clearly present, such that interview is

prolonged but not disrupted)

� 3: severe (examination is very difficult or impossible due to disorganized thinking or

speech)

ITEM 7-PERCEPTUAL DISTURBANCE: Misperceptions, illusions, hallucinations inferred from

inappropriate behavior during the interview or admitted by subject, as well as those elicited

from nurse/family/chart accounts of the past several hours or of the time since last

examination.

� 0: none (no misperceptions, illusions, or hallucinations)

� 1: mild (misperceptions or illusions related to sleep, fleeting hallucinations on 1-2

occasions without inappropriate behavior)

� 2: moderate (hallucinations or frequent illusions on several occasions with minimal

inappropriate behavior that does not disrupt the interview)

� 3: severe (frequent or intense illusions or hallucinations with persistent inappropriate

behavior that disrupts the interview or interferes with medical care)

ITEM 8-DELUSIONS: Rate delusions inferred from inappropriate behavior during the

interview or admitted by the patient, as well as delusions elicited from nurse/family/chart

accounts of the past several hours or of the time since the previous examination.

� 0: none (no evidence of misinterpretations or delusions)

� 1: mild (misinterpretations or suspiciousness without clear delusional ideas or

inappropriate behavior)

� 2: moderate (delusions admitted by the patient or evidenced by his/her behavior that do

not or only marginally disrupt the interview or interfere with medical care)

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� 3: severe (persistent and/or intense delusions resulting in inappropriate behavior,

disrupting the interview or seriously interfering with medical care)

ITEM 9-DECREASED OR INCREASED PSYCHOMOTOR ACTIVITY: Rate activity over past

several hours, as well as activity during interview, by circling (a) hypoactive, (b) hyperactive,

or (c) elements of both present.

� 0: none (normal psychomotor activity)

� a b c 1: mild (hypoactivity is barely noticeable, expressed as slightly slowing of movement.

Hyperactivity is barely noticeable or appears as simple restlessness.)

� a b c 2: moderate (hypoactivity is undeniable, with marked reduction in the number of

movements or marked slowness of movement; subject rarely spontaneously moves or

speaks. Hyperactivity is undeniable, subject moves almost constantly; in both cases, exam is

prolonged as a consequence.)

� a b c 3: severe (hypoactivity is severe; patient does not move or speak without prodding or

is catatonic. Hyperactivity is severe; patient is constantly moving, overreacts to stimuli,

requires surveillance and/or restraint; getting through the exam is difficult or impossible.)

ITEM 10-SLEEP-WAKE CYCLE DISTURBANCE (DISORDER OF AROUSAL): Rate patient's ability

to either sleep or stay awake at the appropriate times. Utilize direct observation during the

interview, as well as reports from nurses, family, patient, or charts describing sleep-wake

cycle disturbance over the past several hours or since last examination. Use observations of

the previous night for morning evaluations only.

� 0: none (at night, sleeps well; during the day, has no trouble staying awake)

� 1: mild (mild deviation from appropriate sleepfulness and wakefulness states: at night,

difficulty falling asleep or transient night awakenings, needs medication to sleep well; during

the day, reports periods of drowsiness or, during the interview, is drowsy but can easily fully

awaken him/herself)

� 2: moderate (moderate deviations from appropriate sleepfulness and wakefulness states:

at night, repeated and prolonged night awakening; during the day, reports of frequent and

prolonged napping or, during the interview, can only be roused to complete wakefulness by

strong stimuli)

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� 3: severe (severe deviations from appropriate sleepfulness and wakefulness states: at

night, sleeplessness; during the day, patient spends most of the time sleeping or, during the

interview, cannot be roused to full wakefulness by any stimuli)

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ANEXO C - Certificação American Journal Experts

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ANEXO D - Permissão para tradução do Memorial Delirium Assessment Scale - MDAS

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ANEXO E - Instrumento para análise da escala

Instrução para análise da escala

Considerando as diferenças entre a população que originou o instrumento (norte

americana) e a nossa, esta etapa de adaptação cultural é de extrema importância uma vez

que permite identificar se as palavras significam a mesma coisa, se os itens do questionário

são compatíveis com a nossa cultura e se há itens redundantes ou faltantes.

Segue abaixo instruções para avaliação entre as diferentes versões do Memorial

Delirium Assessment Scale (MDAS). Para auxiliar na avaliação envio anexo os seguintes

documentos: escala original e síntese das traduções, retrotraduções e a 1ªadaptação.

A lista de itens a seguir corresponde à questão da versão original (destacado em

negrito) seguida da versão traduzida para o português. Em algumas questões o Comitê de

Juízes já fez algumas sugestões que estará como 1ª adaptação (em itálico). Para os casos que

têm-se a 1ª adaptação, realize a avaliação com base nesta adaptação. Ao avaliar as

equivalências semântica, idiomática, cultural e conceitual levar em consideração as

seguintes orientações:

Equivalência semântica e idiomática: corresponde a equivalência no significado das palavras

e no uso de expressões equivalentes em ambos os idiomas. Isto é; as palavras tem o mesmo

significado? Algumas palavras e termos são difíceis de serem traduzidos, caso haja

dificuldade na compreensão de algum item, por favor, faça sugestões.

Equivalência cultural: as situações retratadas na versão original são compatíveis com o

nosso contexto cultural. Caso identifique alguma situação não equivalente ao nosso

contexto cultural, por favor, evidencie isto e faça sugestões.

Equivalência conceitual: frequentemente palavras diferem em relação aos conceitos

em diferentes populações. Algumas palavras podem ter equivalência semântica e diferirem

conceitualmente.

Para avaliação das equivalências utilize a escala abaixo e marque com um “X” o campo

que corresponde ao seu julgamento.

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Escala de Equivalência

-1 Não equivalente

0 Não é possível avaliar/ não sei

+1 Equivalente

Se optar por -1 ou 0, faça as sugestões que achar pertinentes nas linhas disponibilizadas

abaixo de cada questão. Sua opinião é de fundamental importância nesse processo.

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original Memorial Delirium Assessment Scale (MDAS) ©1996

Traduzida Escala de Avaliação de Delirium

(Memorial Delirium Assessment Scale)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original INSTRUCTIONS: Rate the severity of the following symptoms of

delirium based on current interaction with subject or

assessment of his/her behavior or experience over past

several hours (as indicated in each item.)

Traduzida INSTRUÇÕES: Pontue a gravidade dos seguintes sintomas de

delírium, baseado na interação atual com o individuo ou

avaliação de seu comportamento / ou experiências passada sem

vários momentos (como indicado em cada item)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original ITEM 1-REDUCED LEVEL OF CONSCIOUSNESS (AWARENESS):

Rate the patient's current awareness of and interaction with

the environment (interviewer, other people/objects in the

room; for example, ask patients to describe their

surroundings).

Traduzida Item 1- REDUÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA (CONSCIÊNCIA):

Pontue o nível de consciência atual do paciente e da sua

interação com o meio ambiente (entrevistador, outras pessoas /

objetos no quarto, por exemplo, perguntar aos pacientes para

descrever o ambiente ao redor)

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SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original � 0: none (patient spontaneously fully aware of environment

and interacts appropriately)

� 1: mild (patient is unaware of some elements in the

environment, or not spontaneously interacting appropriately

with the interviewer; becomes fully aware and appropriately

interactive when prodded strongly; interview is prolonged but

not seriously disrupted)

� 2: moderate (patient is unaware of some or all elements in

the environment, or not spontaneously interacting with the

interviewer; becomes incompletely aware and inappropriately

interactive when prodded strongly; interview is prolonged but

not seriously disrupted)

� 3: severe (patient is unaware of all elements in the

environment with no spontaneous interaction or awareness of

the interviewer, so that the interview is difficult-to-impossible,

even with maximal prodding)

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SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Traduzida □ 0. Nenhum (paciente espontaneamente consciente do

ambiente e interage adequadamente)

□ 1. Leve (paciente está inconsciente de alguns elementos no

ambiente, ou não interage de forma espontânea e

adequadamente com o entrevistador; torna-se completamente

consciente e interativo quando estimulado fortemente; a

entrevista é prolongada, mas não seriamente interrompida)

□ 2. Moderado (paciente não reconhece alguns ou todos os

elementos no ambiente, ou não interage espontaneamente

com o entrevistador; não se torna completamente consciente e

interage inapropriadamente quando estimulado de forma

intensa; a entrevista é prolongada, mas não seriamente

interrompida)

□ 3. Grave (paciente não reconhece todos os elementos no

ambiente; sem interação espontânea ou consciente com o

entrevistador, de modo que a entrevista é difícil e até

impossível, mesmo com estímulo intenso)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original ITEM 2-DISORIENTATION: Rate current state by asking the

following 10 orientation items: date, month, day, year, season,

floor, name of hospital, city, state, and country.

Traduzida Item 2 - DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado atual, perguntando

os 10 itens de orientações seguintes: data, dia do mês, ano,

estação, piso (andar), nome do hospital, cidade, estado e país.

1ª Adaptação Item 2 - DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado atual, perguntando

os 10 itens de orientações seguintes: dia, mês, ano, dia da

semana, estação, piso (andar), nome do hospital, cidade, estado

e país.

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original � 0: none (patient knows 9-10 items)

� 1: mild (patient knows 7-8 items)

� 2: moderate (patient knows 5-6 items)

� 3: severe (patient knows no more than 4 items)

Traduzida □ 0. Nenhum (paciente sabe 9 -10 itens)

□ 1. Leve (paciente sabe 7 - 8 itens)

□ 2. Moderado (paciente sabe 5 - 6 itens)

□ 3. Grave (paciente não sabe mais do que 1 item)

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SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original ITEM 3-SHORT-TERM MEMORY IMPAIRMENT: Rate current

state by using repetition and delayed recall of 3 words [patient

must immediately repeat and recall words 5 min later after an

intervening task. Use alternate sets of 3 words for successive

evaluations (for example, apple, table, tomorrow, sky, cigar,

justice).

Traduzida Item 3 – PERDA DE MEMÓRIA recente: Pontue o estado atual

usando a repetição e a recordação tardia de 3 palavras

(paciente deve repetir imediatamente e recordar as palavras 5

minutos após uma tarefa de intervenção).Usar conjuntos

alternativos de avaliações sucessivas (por exemplo: maça, mesa,

amanhã, céu, charuto e justiça)

1ª Adaptação Item 3 – PERDA DE MEMÓRIA RECENTE: Pontue o estado atual

usando a repetição e a recordação tardia de 3 palavras não

relacionadas entre si (paciente deve repetir imediatamente e

recordar as palavras 5 minutos após uma tarefa de

intervenção).Usar conjuntos alternativos de avaliações

sucessivas (por exemplo: maça, mesa e amanhã; céu, charuto e

justiça)

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SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original � 0: none (all 3 words repeated and recalled)

� 1: mild (all 3 repeated, patient fails to recall 1)

� 2: moderate (all 3 repeated, patient fails to recall 2-3)

� 3: severe (patient fails to repeat 1 or more words)

Traduzida □ 0. Nenhum (todas as 3 palavras repetidas e recordadas)

□ 1. Leve (todas as 3 repetidas, paciente falha em recordar 1)

□ 2. Moderado (todas as 3 repetidas , paciente não recorda 2-3)

□ 3. Grave ( paciente falha em repetir uma ou mais palavras).

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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72

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________-

_________________________________________________________________

Versão Instruções

Original ITEM 4-IMPAIRED DIGIT SPAN: Rate current performance by

asking subjects to repeat first 3, 4, then 5 digits forward and

then 3, then 4 backwards; continue to the next step only if

patient succeeds at the previous one.

Traduzida Item 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA: Pontue o

desempenho atual solicitando ao paciente para repetir 3, 4, em

seguida 5 números (de 0 a 9) para a frente e então 3, depois 4

para trás; continue o proximo passo se o paciente for bem-

sucedido no anterior.

1ª Adaptação Item 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA: Pontue o

desempenho atual solicitando ao paciente para repetir 3, 4 e em

seguida 5 números não sequenciais (de 0 a 9) para a frente. Se

paciente for bem sucedido, solicitar a ele para dizer de trás para

frente uma sequência de 3 números e depois 4.

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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73

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original � 0: none (patient can do at least 5 numbers forward and 4

backward)

� 1: mild (patient can do at least 5 numbers forward, 3

backward)

� 2: moderate (patient can do 4-5 numbers forward, cannot do

3 backward)

� 3: severe (patient can do no more than 3 numbers forward)

Traduzida □ 0. Nenhum (paciente consegue repetir pelo menos 5 números

para a frente e 4 para trás)

□ 1. Leve (paciente consegue repetir pelo menos 5 números

para a frente e 3 para trás)

□ 2. Moderado (paciente consegue repetir 4 - 5 números para a

frente e não consegue 3 para trás)

□ 3. Grave (paciente não consegue repetir mais do que 3

números para a frente)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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74

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original ITEM 5-REDUCED ABILITY TO MAINTAIN AND SHIFT

ATTENTION: As indicated during the interview by questions

needing to be rephrased and/or repeated because patient's

attention wanders, patient loses track, patient is distracted by

outside stimuli or over-absorbed in a task.

Traduzida Item 5 – CAPACIDADE REDUZIDA DE MANTER E DESVIAR

ATENÇÃO: conforme observado durante a entrevista as

perguntas precisam ser reformuladas ou repetidas porque a

atenção do paciente se desvia, o paciente perde o contato,

paciente é distraído por estímulos externos ou se absorve em

outra tarefa.

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original � 0: none (none of the above; patient maintains and shifts

attention normally)

� 1: mild (above attentional problems occur once or twice

without prolonging the interview)

� 2: moderate (above attentional problems occur often,

prolonging the interview without seriously disrupting it)

� 3: severe (above attentional problems occur constantly,

disrupting and making the interview difficult-to-impossible)

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75

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Traduzida □ 0. Nenhum (Nenhuma das alternativas acima; paciente

mantém e desvia a atenção normalmente)

□ 1. Leve (Problemas de atenção acima ocorrem uma ou duas

vezes sem prolongar a entrevista)

□ 2. Moderado (Problemas de atenção acima ocorrem com

freqüência, prolongando a entrevista sem interrompê-la

seriamente)

□ 3. Grave (Problemas de atenção acima ocorrem

constantemente, interrompendo e tornando a entrevista difícil

até impossível)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original ITEM 6-DISORGANIZED THINKING: As indicated during the

interview by rambling, irrelevant, or incoherent speech, or by

tangential, circumstantial, or faulty reasoning. Ask patient a

somewhat complex question (for example, "Describe your

current medical condition.").

Traduzida Item 6 - PENSAMENTO DESORGANIZADO: Como observado

durante a entrevista, pela fala incoerente, irrelevante, ou

desconexa ou pelo raciocínio falho, tangencial ou circunstancial.

Pergunte ao paciente uma questão um pouco complexa (por

exemplo, "Descreva sua atual condição médica.").

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76

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original � 0: none (patient's speech is coherent and goal-directed)

� 1: mild (patient's speech is slightly difficult to follow;

responses to questions are slightly off target but not so much

as to prolong the interview)

� 2: moderate (disorganized thoughts or speech are clearly

present, such that interview is prolonged but not disrupted)

� 3: severe (examination is very difficult or impossible due to

disorganized thinking or speech)

Traduzida □ 0. Nenhum (Discurso do paciente é coerente e direcionado

aos objetivos)

□ 1. Leve (Discurso do paciente é um pouco difícil de seguir,

respostas para as perguntas são um pouco fora do objetivo, mas

não tanto para prolongar a entrevista)

□ 2. Moderado (Pensamentos ou falas desorganizadas estão

claramente presentes, de tal forma que a entrevista se

prolonga, mas não é interrompida)

□ 3. Grave (Exame é muito difícil ou impossível devido ao

pensamento ou fala desorganizada)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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77

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original ITEM 7-PERCEPTUAL DISTURBANCE: Misperceptions, illusions,

hallucinations inferred from inappropriate behavior during the

interview or admitted by subject, as well as those elicited from

nurse/family/chart accounts of the past several hours or of the

time since last examination.

Traduzida Item 7 - DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Percepções erradas

(equívocos), idéias delirantes, alucinações deduzidas a partir de

um comportamento inadequado durante a entrevista ou

assumidas pelo paciente, bem como os obtidos a partir de

enfermeiro / família / relato do quadro das últimas horas ou do

tempo desde último exame.

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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78

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original � 0: none (no misperceptions, illusions, or hallucinations)

� 1: mild (misperceptions or illusions related to sleep, fleeting

allucinations on 1-2 occasions without inappropriate behavior)

� 2: moderate (hallucinations or frequent illusions on several

occasions with minimal inappropriate behavior that does not

disrupt the interview)

� 3: severe (frequent or intense illusions or hallucinations with

persistent inappropriate behavior that disrupts the interview

or interferes with medical care)

Traduzida □ 0. Nenhum (Nenhuma percepção errada, idéias delirantes ou

alucinações)

□ 1. Leve (Percepções erradas ou idéias delirantes relacionadas

ao sono, alucinações fugazes 1-2 vezes, sem comportamento

inapropriado)

□ 2. Moderado (Alucinações ou idéias delirantes freqüentes em

várias ocasiões com comportamento inapropriado mínimo que

não interrompem a entrevista)

□ 3. Grave (Idéias delirantes freqüentes ou intensas ou

alucinações com comportamento inapropriado persistente que

perturbam a entrevista ou interfere com a assistência médica)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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79

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão

Instruções

Original ITEM 8-DELUSIONS: Rate delusions inferred from

inappropriate behavior during the interview or admitted by

the patient, as well as delusions elicited from

nurse/family/chart accounts of the past several hours or of the

time since the previous examination.

Traduzida Item 8 – IDÉIAS DELIRANTES: Pontue as ideias delirantes

deduzido de um comportamento inadequado durante a

entrevista ou admitidos pelo paciente, bem como observado

pelo enfermeiro / família / prontuário do paciente nas útimas

horas ou desde o último exame clinico.

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original � 0: none (no evidence of misinterpretations or delusions)

� 1: mild (misinterpretations or suspiciousness without clear

delusional ideas or inappropriate behavior)

� 2: moderate (delusions admitted by the patient or evidenced

by his/her behavior that do not or only marginally disrupt the

interview or interfere with medical care)

� 3: severe (persistent and/or intense delusions resulting in

inappropriate behavior, disrupting the interview or seriously

interfering with medical care)

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80

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Traduzida □ 0. Nenhum (Nenhuma evidência de interpretações

equivocadas sobre ideias delirantes)

□ 1. Leve (Interpretação confusa ou desconfiançasem clareza de

idéias delirantes ou comportamento inapropriado –

interrompe/fragmenta muito pouco a entrevista ou inferem nos

cuidados médicos)

□ 2. Moderado (Ideias delirantes admitidas pelo paciente ou

evidenciadas pelo seu comportamento que não ou apenas

ligeiramente interrompem a entrevista ou inferem nos cuidados

médicos)

□ 3. Grave (Idéias delirantes persistentes e / ou intensas,

resultando em comportamento inadequado, interrompendo a

entrevista ou interferindo seriamente com os cuidados

médicos)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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81

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original ITEM 9-DECREASED OR INCREASED PSYCHOMOTOR ACTIVITY:

Rate activity over past several hours, as well as activity during

interview, by circling (a) hypoactive, (b) hyperactive, or (c)

elements of both present

Traduzida Item 9 - DIMINUIÇÃO OU AUMENTO DA ATIVIDADE

PSICOMOTORA: Avalie a atividade psicomotora durante as

últimas horas, assim como durante a entrevista, circulando (a)

hipoativo, (b) hiperativo, ou (c) ambos presentes.

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

Versão Instruções

Original � 0: none (normal psychomotor activity)

� a b c 1: mild (hypoactivity is barely noticeable, expressed as

slightly slowing of movement. Hyperactivity is barely

noticeable or appears as simple restlessness.)

� a b c 2: moderate (hypoactivity is undeniable, with marked

reduction in the number of movements or marked slowness of

movement; subject rarely spontaneously moves or speaks.

Hyperactivity is undeniable, subject moves almost constantly;

in both cases, exam is prolonged as a consequence.)

� a b c 3: severe (hypoactivity is severe; patient does not move

or speak without prodding or is catatonic. Hyperactivity is

severe; patient is constantly moving, overreacts to stimuli,

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82

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

requires surveillance and/or restraint; getting through the

exam is difficult or impossible.)

Traduzida □ 0. Nenhum (Atividade psicomotora normal)

□ 1. Leve (Hipoatividade dificilmente notável, expressada como

ligeira desaceleração do movimento.Hiperatividade dificilmente

notável ou aparece apenas como simples inquietação)

□ 2. Moderado (A hipoatividade é inegável, com redução

acentuada no número de movimentos ou lentidão acentuada do

movimento; o individuo raramente se move espontaneamente

ou fala. Hiperatividade é inegável, individuo se move quase que

constantemente; em ambos os casos, o exame é prolongado

como consequencia.)

□ 3. Grave (A hipoatividade é grave, individuo não se move ou

fala sem estímulo ou é catatônico. Hiperatividade é grave, o

individuo está constantemente em movimento, reage

exageradamente aos estímulos,requer vigilância e / ou

restrição;chegar ao fim do exame é difícil ou impossível.)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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83

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

Versão Instruções

Original ITEM 10-SLEEP-WAKE CYCLE DISTURBANCE (DISORDER OF

AROUSAL): Rate patient's ability to either sleep or stay awake

at the appropriate times. Utilize direct observation during the

interview, as well as reports from nurses, family, patient, or

charts describing sleep-wake cycle disturbance over the past

several hours or since last examination. Use observations of

the previous night for morning evaluations only.

Traduzida Item 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-VIGÍLIA (TRANSTORNO DE

EXCITAÇÃO): Pontue a capacidade do doente tanto para dormir

quanto para ficar acordado nos momentos adequados. Utilize a

observação direta durante a entrevista, assim como relatórios

de enfermeiros, familiares, o paciente, ou prontuario que

descrevam a perturbação do ciclo sono-vigília nas últimas horas

ou desde último exame.Use as observações da noite anterior

apenas para as avaliações da manhã.

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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84

Versão Instruções

Original � 0: none (at night, sleeps well; during the day, has no trouble

staying awake)

� 1: mild (mild deviation from appropriate sleepfulness and

wakefulness states: at night, difficulty falling asleep or

transient night awakenings, needs medication to sleep well;

during the day, reports periods of drowsiness or, during the

interview, is drowsy but can easily fully awaken him/herself)

� 2: moderate (moderate deviations from appropriate

sleepfulness and wakefulness states: at night, repeated and

prolonged night awakening; during the day, reports of

frequent and prolonged napping or, during the interview, can

only be roused to complete wakefulness by strong stimuli)

� 3: severe (severe deviations from appropriate sleepfulness

and wakefulness states: at night, sleeplessness; during the

day, patient spends most of the time sleeping or, during the

interview, cannot be roused to full wakefulness by any stimuli)

Traduzida □ 0. Nenhum (Dorme bem à noite, durante o dia, não tem

problemas para ficar acordado)

□ 1. Leve (Desvio leve de sonolência e estado de vigília à noite,

dificuldade em adormecer ou despertar transitórios à noite,

precisa de medicação para dormir bem;durante o dia, relata

períodos de sonolência ou, durante a entrevista, é sonolento,

mas pode facil e totalmente despertar)

□ 2. Moderado (Desvios moderados sonolência e estados de

vigília: à noite, despertar noturno repetido e prolongado;

durante o dia, relatos freqüentes e prolongados de cochilos, ou,

durante a entrevista, só pode ser despertado com estímulos

fortes

□ 3. Grave (Desvios graves de sonolência e estados de vigília: à

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85

SUGESTÕES:_________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

noite, insônia ; durante o dia, o paciente passa a maior parte do

tempo dormindo ou, durante a entrevista, não pode ser

despertado por quaisquer estímulos)

Equivalências -1 0 1

Semântica/idiomática

Cultural:

Conceitual

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86

ANEXO F - Questionário de perfil profissional

PROTOCOLO DE PESQUISA

1 Identificação

2 Iniciais

3 Data

DD/MM/AAAA

4 Idade

ANOS

5 Sexo

1- Feminino; 2- Masculino

6 Tempo de graduação

ANOS

7 Tempo de experiência com pacientes oncológicos

ANOS

CARACTERÍSTICAS SOCIO-DEMOGRÁFICAS

8 Nível educacional

0- Superior Completo; 1- Lato sensu; 2- Mestrado; 3- Doutorado;

4- Pós-doutorado

9 Religião

0- Católico; 1- Evangélico; 2- Espirita; 3- Outras

RELATÓRIO

Por favor, inserir a opinião sobre a leitura do instrumento.

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ANEXO G - Questionário de compreensão

QUESTIONÁRIO DE COMPREENSÃO

Q/R Difícil? Confusa? Palavras Difíceis? Constrangedora? Como Você Perguntaria Essa

Questão?

Comentários

Questão 1 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 1 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Questão 2 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 2 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Questão 3 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 3 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Questão 4 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 4 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

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88

Questão 5 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 5 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Questão 6 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 6 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Questão 7 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 7 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Questão 8 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 8 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Questão 9 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 9 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

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89

Questão 10 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

Resposta 10 Sim Sim Sim Sim

Não Não Não Não

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ANEXO H - Questionário sócio demográfico e clinico

PROTOCOLO DE PESQUISA

1 Identificação

2 Iniciais

3 Registro Hospitalar

4 Data

DD/MM/AAAA

5 Idade

ANOS

6 Sexo

1- Feminino; 2- Masculino

CARACTERÍSTICAS SOCIO-DEMOGRÁFICAS

7 Nível educacional

0- analfabeto; 1- grau incompleto; 2- 1 grau completo; 3- 2 grau

incompleto;

4- 2 grau completo; 5- superior incompleto; 6- superior

completo

8 Religião

0- Católico; 1- Evangélico; 2- Espirita; 3- Outra.

CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-PATOLÓGICAS

9 Tipo de câncer

10 Estadiamento

11

Tratamento atual

1- em quimioterapia; 2- hormonioterapia;

3- outros ____________________; 4- paliativo exclusivo

12 Uso de opióides

0- Não; 1- Sim

13 Uso de Neurolépticos

0- Não; 1- Sim

14 Uso de benzodiazepínicos

0- Não; 1- Sim

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91

ANEXO I - Questionário de avaliação de delirium segundo DSM-IV

PROTOCOLO DE PESQUISA

1 Identificação

2 Iniciais

3 Registro Hospitalar

4 Data

DD/MM/AAAA

AVALIAÇÃO DSM-IV

5 Presença de delirium

1- Sim; 2- Não.

6 Perturbação da Consciência

1- Leve; 2- Moderado; 3- Grave.

7 Alteração cognitiva

1- Leve; 2- Moderado; 3- Grave.

8 Perturbação com alteração ao longo do dia

1- Leve; 2- Moderado; 3- Grave.

9 Alteração devido uma condição médica geral

1- Leve; 2- Moderado; 3- Grave

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92

ANEXO J - Método de Avaliação de Confusão (Confusion Assessment Method – CAM)

Portuguese version of the confusion assessment method – CA

1) Início agudo

Há evidência de uma mudança aguda do estado mental de base do paciente?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

2) Distúrbio da atenção

2.A) O paciente teve dificuldade em focalizar sua atenção, por exemplo, distraiu-se

facilmente ou teve dificuldade em acompanhar o que estava sendo dito?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

2.B) Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto é,

tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

2.C) Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

3) Pensamento desorganizado: O pensamento do paciente era desorganizado ou

incoerente, com a conversação dispersiva ou irrelevante, fluxo de ideias pouco claro ou

ilógico, ou mudança imprevisível de assunto?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

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93

3.B) Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto é,

tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

3.C) Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

4) Alteração do nível de consciência: Em geral, como você classificaria o nível de consciência

do paciente?

- Alerta (normal) ( )

- Vigilante(hiperalerta, hipersensível a estímulos ambientais, assustando-se facilmente) ( )

- Letárgico (sonolento, facilmente acordável) ( )

- Estupor (dificuldade para despertar) ( )

- Coma ( )

- Incerto ( )

4.B) Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto é,

tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

4.C) Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

5) Desorientação: O paciente ficou desorientado durante a entrevista, por exemplo,

pensando que estava em outro lugar que não o hospital, que estava no leito errado, ou

tendo noção errada da hora do dia?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

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94

5.B) Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto é,

tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

5.C) Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

6) Distúrbio (prejuízo) da memória:O paciente apresentou problemas de memória durante a

entrevista, tais como incapacidade de se lembrar de eventos do hospital, ou dificuldade para

se lembrar de instruções?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

6.B) Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto é,

tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

6.C) Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

7) Distúrbios de percepção: O paciente apresentou sinais de distúrbios de percepção, como

por exemplo alucinações, ilusões ou interpretações errôneas (pensando que algum objeto

fixo se movimentava)?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

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7.B) Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto é,

tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

7.C) Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

8) Agitação psicomotora

Parte 1 - Retardo psicomotor - Durante a entrevista, o paciente apresentou aumento

anormal da atividade motora, tais como agitação, beliscar de cobertas, tamborilar com os

dedos ou mudança súbita e frequente de posição ?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

8.B)PARTE 1- Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto

é, tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

8.C)PARTE 1- Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

Parte 2 - Durante a entrevista, o paciente apresentou diminuição anormal da atividade

motora, como letargia, olhar fixo no vazio, permanência na mesma posição por longo

tempo, ou lentidão exagerada de movimentos?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

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8.B)PARTE 2- Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto

é, tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ?

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

8.C) PARTE 2-Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

9) Alteração do ciclo sono-vigília: O paciente apresentou sinais de alteração do ciclo sono-

vigília, como sonolência diurna excessiva e insônia noturna?

- Ausente em todo o momento da entrevista ( )

- Presente em algum momento da entrevista, porém de forma leve ( )

- Presente em algum momento da entrevista, de forma marcante ( )

- Incerto ( )

9.B) Se presente ou anormal, este comportamento variou durante a entrevista, isto é,

tendeu a surgir e desaparecer ou aumentar e diminuir de gravidade ? ( )

- Sim ( )

- Não ( )

- Incerto ( )

- Não aplicável ( )

9.C) Se presente ou anormal, descreva o comportamento:

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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ANEXO K – Manual Operacional para Escala de Avaliação de Delirium- EAD(MDAS)

Manual Operacional para Escala de Avaliação de Delirium- EAD(MDAS)

Trata-se de uma escala que não é autoaplicável, mas sim um instrumento a ser respondido a partir da

observação de uma entrevista com o paciente. Possui dez perguntas, com quatro alternativas, sendo a

pontuação máxima por questão de 3 e total do instrumento de 30 pontos. O valor de corte para esta escala é 6,

assim sendo pacientes que tiverem a somatório dos pontos maior que 6 considera-se com delirium.

Para facilitar a entrevista e a observação, recomenda-se iniciar com as questões 2, 3 e 4, pois através

dessas perguntas permite-se ao mesmo tempo avaliar os itens observacionais e subjetivos do mesmo.

ITEM 1 – REDUÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: caracteriza-se pelos diferentes níveis de consciência e estado

de alerta, hipervigilante, letárgico, comatoso. Pode ser acompanhada de alterações da labilidade (mudança

rápida de sintomas ligados ao humor). Deve-se observar a interação do paciente com o ambiente e outras

pessoas.

ITEM 2 – DESORIENTAÇÃO: caracteriza-se pela confusão (não reconhece as pessoas, lugar, tempo e situação)

e, também, ao pensamento desorganizado (pensamentos confusos, desconexos e vagos).

ITEM 3 – PERDA DE MEMÓRIA EM CURTO PRAZO: refere-se à perda de memória de fatos recentes, falta de

atenção (inabilidade de foco e pensamento organizado).

ITEM 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA (SPAN DE DÍGITOS): refere-se a perda de memória recente e

pensamento desorganizado (pensamentos confusos, desconexos e vago) e a falta de atenção do paciente.

ITEM 5 – CAPACIDADE REDUZIDA DE MANTER E DESVIAR ATENÇÃO: Refere-se à inabilidade de foco.

ITEM 6 – PENSAMENTO DESORGANIZADO: Refere-se a falta de atenção, e alterações da consciência que pode

ser acompanhada ou não da psicose (perda de contato com realidade).

ITEM 7 – DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Possibilidade de apresentar alucinações auditivas e/ou visuais (percepção

de objetos ou situações inexistentes).

ITEM 8 – DELÍRIOS: Definido pela fixa e falsa crença, julgamento errôneo que não modifica que pode

apresentar como uma paranoia, persecutória ou de grandiosidade. O delírio pode ser persecutório, de

referência e/ou de grandiosidade.

ITEM 9 - DIMINUIÇÃO OU AUMENTO DA ATIVIDADE PSICOMOTORA: apresenta-se por agitação psicomotora

que pode ser incontrolável, excessiva, sem intenção cognitiva ou atividade motora.

ITEM 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-VIGÍLIA: Alteração com início agudo que variam de minutos a dias,

oscilando ao longo do tempo. Essa variação pode ser crescente ou decrescente e sofre alterações de

intensidade e rapidez.

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ANEXO L - Escala de Avaliação de Delirium – EAD(MDAS)

Escala de Avaliação de Delirium – EAD(MDAS)

INSTRUÇÕES: Pontue a gravidade dos seguintes sintomas de delirium, baseado na interação

atual com o paciente, a avaliação do seu comportamento e/ou experiências nas últimas

horas (como indicado em cada item).

ITEM 1 – REDUÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: Pontue o nível de consciência atual do

paciente e sua interação com o ambiente (entrevistador, outras pessoas/objetos do quarto;

por exemplo, solicite ao paciente para descrever o ambiente ao seu redor).

□ 0. Nenhuma (paciente espontaneamente consciente do ambiente e interage

adequadamente).

□ 1. Leve (paciente não observa ou não reconhece alguns elementos do ambiente, não

interage de forma espontânea e adequada com o entrevistador; torna-se completamente

consciente e interativo quando estimulado fortemente; a entrevista é prolongada, mas não

seriamente interrompida).

□ 2. Moderada (paciente não observa ou não reconhece alguns ou todos os elementos no

ambiente, não interage espontaneamente com o entrevistador; apresenta alterações de

consciência e interage inapropriadamente quando estimulado de forma intensa; a entrevista

é prolongada, mas não seriamente interrompida).

□ 3. Grave (paciente não reconhece todos os elementos no ambiente; não interage de forma

espontânea ou consciente com o entrevistador, de modo que a entrevista é difícil ou até

impossível, mesmo com estímulo intenso).

Item 2 - DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado atual, perguntando os 10 itens seguintes de

orientação: dia, mês, ano, dia da semana, estação do ano, nome do hospital, andar do

hospital, cidade, estado, país.

□ 0. Nenhuma (paciente acerta 9 -10 itens).

□ 1. Leve (paciente acerta 7 - 8 itens).

□ 2. Moderada (paciente acerta 5 - 6 itens).

□ 3. Grave (paciente não acerta mais do que 4 itens).

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Item 3 – PERDA DE MEMÓRIA EM CURTO PRAZO: Pontue o estado atual usando a repetição

e a recordação tardia de 3 palavras não relacionadas entre si (paciente deve repeti-las

imediatamente e recordá-las 5 minutos depois, após alguma tarefa de intervenção). Use

combinações de 3 diferentes palavras para avaliações sucessivas (por exemplo: maçã, mesa

e amanhã; céu, charuto e justiça; etc).

□ 0. Nenhuma (todas as 3 palavras repetidas e recordadas).

□ 1. Leve (todas as 3 repetidas, paciente falha em recordar 1).

□ 2. Moderada (todas as 3 repetidas , paciente falha em recordar 2-3).

□ 3. Grave (paciente falha em repetir todas as palavras).

Item 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA (SPAN DE DÍGITOS): Pontue o desempenho

atual solicitando ao paciente que repita 3, 4 e em seguida 5 números não sequenciais (de 0

a 9) para a frente. Se o paciente for bem sucedido, solicite que fale de trás para frente uma

sequência de 3 números e depois 4 números diferentes.

□ 0. Nenhuma (paciente consegue repetir pelo menos 5 números para frente e 4 para trás).

□ 1. Leve (paciente consegue repetir pelo menos 5 números para frente e 3 para trás).

□ 2. Moderada (paciente consegue repetir 4 - 5 números para frente e não consegue 3 para

trás).

□ 3. Grave (paciente não consegue repetir mais do que 3 números para frente).

Item 5 – CAPACIDADE REDUZIDA DE MANTER E DESVIAR ATENÇÃO: Conforme observado

durante a entrevista, as perguntas precisam ser reformuladas e/ou repetidas porque o

paciente desvia a atenção, perde o contato, é distraído por estímulos externos ou concentra-

se em outra tarefa.

□ 0. Nenhuma (Nenhuma das alternativas acima; paciente mantém e desvia a atenção

normalmente).

□ 1. Leve (Problemas de atenção citados acima ocorrem uma ou duas vezes, sem prolongar a

entrevista).

□ 2. Moderada (Problemas de atenção citados acima ocorrem com frequência, prolongando

a entrevista, sem interrompê-la seriamente).

□ 3. Grave (Problemas de atenção citados acima ocorrem constantemente, interrompendo e

tornando a entrevista difícil ou até impossível).

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Item 6 – PENSAMENTO DESORGANIZADO: Como observado durante a entrevista, pela fala

incoerente, irrelevante, ou pelo raciocínio falho, tangencial e circunstancial. Pergunte ao

paciente uma questão um pouco complexa (por exemplo, "Descreva sua atual condição de

saúde").

□ 0. Nenhum (Discurso do paciente é coerente e direcionado aos objetivos).

□ 1. Leve (Discurso do paciente é um pouco difícil de prosseguir, as respostas para as

perguntas são um pouco fora do objetivo, mas não suficiente para prolongar a entrevista).

□ 2. Moderado (Pensamentos ou falas desorganizadas estão claramente presentes, de tal

forma que a entrevista prolonga-se, mas não é interrompida).

□ 3. Grave (Exame é muito difícil ou impossível, devido ao pensamento ou fala

desorganizada).

Item 7 – DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Equívocos, ilusões, alucinações deduzidas a partir de

comportamento inadequado durante a entrevista ou notado pelo paciente, bem como pela

equipe de enfermagem/ família/ anotações no prontuário das últimas horas ou do tempo

desde última avaliação.

□ 0. Nenhum (Nenhum equívoco, ilusões ou alucinações).

□ 1. Leve (Equívocos ou ilusões relacionadas ao sono, alucinações fugazes 1-2 ocasiões, sem

comportamento inapropriado).

□ 2. Moderado (Alucinações ou ilusões frequentes em várias ocasiões, com comportamento

inapropriado mínimo que não interrompem a entrevista).

□ 3. Grave (Ilusões frequentes ou intensas, alucinações com comportamento inapropriado

persistente, que perturbam a entrevista ou que interfiram na assistência médica).

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Item 8 – DELÍRIOS: Pontue os delírios deduzidos por um comportamento inadequado

durante a entrevista ou notados pelo paciente, bem como observado pela equipe de

enfermagem/ família/ prontuário do paciente nas últimas horas ou desde a última avaliação

clínica.

□ 0 - Nenhum (Nenhuma evidência de interpretações equivocadas ou delírios).

□ 1 - Leve (Interpretação equivocada ou desconfiança, sem a presença clara de delírios).

□ 2 - Moderado (Delírios relatados pelo paciente ou evidenciados pelo comportamento, mas

que não interrompam ou os fazem apenas levemente durante a entrevista e/ou interferem

nos cuidados médicos).

□ 3 - Grave (Delírios persistentes e/ou intensos, resultando em comportamento inadequado,

interrompendo a entrevista ou interferindo seriamente com os cuidados médicos).

Item 9 - DIMINUIÇÃO OU AUMENTO DA ATIVIDADE PSICOMOTORA: Pontue a atividade

psicomotora durante as últimas horas, assim como durante a entrevista, circulando (a)

hipoativo, (b) hiperativo, ou (c) ambas as condições presentes.

□ 0. Nenhuma (Atividade psicomotora normal).

□ a b c 1. Leve (Hipoatividade dificilmente notável, expressada como ligeira desaceleração

do movimento. Hiperatividade dificilmente percebida ou aparece apenas como simples

inquietação).

□ a b c 2. Moderada (A hipoatividade é inegável, com redução acentuada no número de

movimentos ou lentidão acentuada do movimento; o paciente raramente se move ou fala

espontaneamente. Hiperatividade é inegável, paciente se move quase que constantemente;

em ambos os casos, o exame é prolongado como consequência).

□ a b c 3. Grave (A hipoatividade é grave, paciente não se move, fala sem estímulo ou está

catatônico. Hiperatividade é grave, o paciente está constantemente em movimento, reage

exageradamente aos estímulos, requer vigilância e / ou restrição; chegar ao fim do exame é

difícil ou impossível).

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Item 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-VIGÍLIA: Pontue a capacidade do paciente tanto para

dormir quanto para ficar acordado nos momentos adequados. Utilize a observação direta

durante a entrevista, assim como os relatórios da equipe de enfermagem, de familiares, do

paciente, ou prontuário que descrevam perturbações do ciclo sono-vigília nas últimas horas

ou desde o último exame. Use as observações da noite anterior apenas para as avaliações da

manhã.

□ 0 - Nenhum (Dorme bem à noite; durante o dia, não tem problemas para ficar acordado).

□ 1 - Leve (Alteração leve do sono e do estado de vigília: à noite, dificuldade em adormecer

ou despertar transitório noturno, necessita de medicação para dormir bem; durante o dia,

relata períodos de sonolência ou, durante a entrevista, é sonolento, mas pode, com

facilidade, ser despertado totalmente).

□ 2. Moderado (Alteração moderada do sono e do estado de vigília: à noite, despertar

noturno repetido e prolongado; durante o dia, relatos frequentes e prolongados de cochilos,

ou, durante a entrevista, só pode ser despertado com estímulos fortes).

□ 3. Grave (Alteração grave do sono e do estado de vigília: à noite, insônia; durante o dia, o

paciente passa a maior parte do tempo dormindo ou, durante a entrevista, não pode ser

despertado por quaisquer estímulos).

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ANEXO M - Versões do MDAS

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Título Memorial Delirium

Assessment Scale (MDAS)

©1996

Escala de Avaliação de Memória no

Delírio (EAMD)

Medida de mensuração de

delírio (Memorial Delirium

Assessment Scale (MDAS))1996

Escala de Avaliação de

Delirium (Memorial Delirium

Assessment Scale)

Delirium Assessment

Scale

Escala de Avaliação de

Delirium (Memorial Delirium

Assessment Scale)

Escala de Avaliação de

Delirium - EAD

Escala de Avaliação de

Delirium – EAD(MDAS)

Instruções INSTRUCTIONS: Rate the

severity of the following

symptoms of delirium based

on current interaction

with subject or assessment of

his/her behavior or experience over past

several hours (as indicated in

each item.)

INSTRUÇÕES: Classifique a

gravidade dos seguintes

sintomas de delírio, baseado

na interação atual com o individuo ou avaliação do

comportamento / ou

experiências passadas

dele/dela em várias

momentos (como indicado em cada item)

INSTRUÇÕES: Pontue a

severidade dos seguintes

sintomas de delírio baseado

na interação atual com o paciente.

Alternativamente: Avalie o

comportamento do paciente

durante várias horas (como

indicado em cada intervalo de

tempo)

INSTRUÇÕES: Pontue a

gravidade dos seguintes

sintomas de delírium,

baseado na interação atual com o individuo ou avaliação de

seu comportamento

/ ou experiências passadasem

vários momentos

(como indicado em cada item)

INSTRUCTIONS: Rate the

severity of the following delirium

symptoms based on your

current interaction

with the individual or an assessment of

his/her past behavior and

experiences (as indicated in each item).

INSTRUÇÕES: Pontue a

gravidade dos seguintes

sintomas de delírium,

baseado na interação atual com o individuo ou avaliação de

seu comportamento

/ ou experiências passada sem

vários momentos

(como indicado em cada item).

INSTRUÇÕES: Pontue a

gravidade dos seguintes

sintomas de delirium,

baseado na interação atual com o indivíduo ou avaliação do

seu comportamento/ ou experiências

nas últimas horas (como indicado em cada item).

INSTRUÇÕES: Pontue a

gravidade dos seguintes

sintomas de delirium,

baseado na interação atual com o paciente, a avaliação do

seu comportamento

e/ou experiências nas últimas

horas (como indicado em cada item).

Continua na próxima página

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Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 1 ITEM 1-REDUCED LEVEL OF

CONSCIOUSNESS (AWARENESS):

Rate the patient's current awareness of and interaction

with the environment (interviewer,

other people/objects in

the room; for example, ask patients to

describe their surroundings).

Item 1- NIVEL REDUZIDO DE CONSCIÊNCIA

(CONSCIÊNCIA): Avalie o nível de consciência atual do paciente e da

sua interação com o meio ambiente

(entrevistador, outras pessoas / objetos na sala,

por exemplo, perguntar aos pacientes para

descrever o ambiente ao

redor)

ITEM 1-REBAIXAMENTO

DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA: (CONSCIÊNCIA)

Pontue o estado atual de

consciência do paciente e a sua interação com o

meio (entrevistador,

outras pessoas/objetos no quarto. Por

exemplo, pergunte ao

paciente para que descreva o

ambiente ao seu redor)

Item 1- REDUÇÃO DO

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

(CONSCIÊNCIA): Pontue o nível de consciência atual do paciente e da

sua interação com o meio ambiente

(entrevistador, outras pessoas /

objetos no quarto, por exemplo,

perguntar aos pacientes para

descrever o ambiente ao

redor)

Item 1 – AWARENESS

(Reduced Level of

Consciousness): Rate the current

level of awareness based on the patient’s interaction with

his/her surroundings,

such as the interviewer and

other people and objects in the

room. For example, ask the

patient to describe his/her

surroundings.

Item 1- REDUÇÃO DO

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA

(CONSCIÊNCIA): Pontue o nível de consciência atual do paciente e da

sua interação com o meio ambiente

(entrevistador, outras pessoas /

objetos no quarto, por exemplo,

perguntar aos pacientes para

descrever o ambiente ao

redor)

ITEM 1 – REDUÇÃO DO

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:

Pontue o nível de consciência atual do paciente e sua interação com o

ambiente (entrevistador,

outras pessoas/objetos no quarto; por

exemplo, solicitar ao paciente para

descrever o ambiente ao seu

redor).

ITEM 1 – REDUÇÃO DO

NÍVEL DE CONSCIÊNCIA:

Pontue o nível de consciência atual do paciente e sua interação com o

ambiente (entrevistador,

outras pessoas/objetos do quarto; por

exemplo, solicite ao paciente para

descrever o ambiente ao seu

redor).

Continua na próxima página

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105

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 1 � 0: none (patient

spontaneously fully aware of environment and interacts

appropriately) � 1: mild

(patient is unaware of

some elements in the

environment, or not

spontaneously interacting

appropriately with the

interviewer; becomes fully

aware and appropriately

interactive when prodded

strongly; interview is

prolonged but not

seriously disrupted)

( ) 0. Nenhum (paciente

consciente espontânea e

completamente do ambiente, e

interage apropriadamente)

( ) 1. Leve (paciente não

conhece alguns elementos no

ambiente, ou não interage de forma

espontânea e adequadamente

com o entrevistador;

torna-se completamente

consciente e interativo quando

estimulado fortemente; a entrevista é

prolongada, mas não seriamente interrompida)

0: nenhum (paciente

espontaneamente consciente do ambiente com

interação apropriada)

1: leve (paciente está consciente

de alguns elementos do

ambiente ou não interage

espontaneamente como o

entrevistador; Torna-se

totalmente consciente e

interativo quando estimulado

intensamente; A entrevista se

prolonga mas não é fragmentada)

□ 0. Nenhum (paciente

espontaneamente consciente do

ambiente e interage

adequadamente) □ 1. Leve

(paciente está inconsciente de

alguns elementos no ambiente, ou não interage de

forma espontânea e

adequadamente com o

entrevistador; torna-se

completamente consciente e

interativo quando estimulado

fortemente; a entrevista é

prolongada, mas não seriamente interrompida)

□ 0. None: The patient is

spontaneously aware of the environment and interacts appropriately. □ 1. Mild: The

patient is unaware of

some elements in the

environment or does not interact

spontaneously or

appropriately with the

interviewer; the patient

becomes fully aware and interactive

when he/she is strongly

stimulated; the interview is

prolonged but not seriously interrupted.

□ 0. Nenhum (paciente

espontaneamente consciente do

ambiente e interage

adequadamente) □ 1. Leve

(paciente está inconsciente de

alguns elementos no ambiente, ou não interage de

forma espontânea e

adequadamente com o

entrevistador; torna-se

completamente consciente e

interativo quando estimulado

fortemente; a entrevista é

prolongada, mas não seriamente interrompida)

□ 0. Nenhum (paciente

espontaneamente consciente do

ambiente e interage

adequadamente). □ 1- Leve

(paciente não observa ou não

reconhece alguns elementos no

ambiente, ou não interage de forma

espontânea e adequada com o

entrevistador; torna-se

completamente consciente e

interativo quando estimulado

fortemente; a entrevista é

prolongada, mas seriamente

interrompida).

□ 0. Nenhum (paciente

espontaneamente consciente do

ambiente e interage

adequadamente). □ 1. Leve

(paciente não observa ou não

reconhece alguns elementos do ambiente, não

interage de forma espontânea e

adequada com o entrevistador;

torna-se completamente

consciente e interativo quando

estimulado fortemente; a entrevista é

prolongada, mas não seriamente interrompida).

Continua na próxima página

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106

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 1 � 2: moderate (patient is unaware

of some or all elements in the environment, or

not spontaneously interacting with the interviewer;

becomes incompletely

aware and inappropriately

interactive when prodded strongly;

interview is prolonged but not

seriously disrupted)

� 3: severe (patient is unaware of all elements in the

environment with no spontaneous

interaction or awareness of the

interviewer, so that the interview

is difficult-to-

impossible, even with maximal

prodding)

( ) 2. Moderado (paciente não

conhece alguns ou todos os

elementos no ambiente, ou não

interage espontaneamente

com o entrevistador; não

se torna completamente

consciente e interage de forma

inadequada quando estimulado

fortemente; a entrevista é

prolongada, mas não seriamente interrompida) ( ) 3. Severo

(paciente não conhece todos os

elementos no ambiente; sem

interação espontânea ou

consciente com o entrevistador, de

modo que a entrevista é difícil e

até impossível, mesmo com

estímulo máximo)

2: moderado (paciente está

inconsciente de alguns ou todos elementos do

ambiente ou não interage

espontaneamente como o

entrevistador; Torna-se

totalmente consciente mas não interage de forma adequada

como o entrevistador

mesmo quando muito estimulado;

A entrevista se prolonga mas não

é seriamente fragmentada)

3: grave( paciente está inconsciente

de todos os elementos do

ambiente, sem interação

espontânea de consciência com o entrevistador de

forma que a entrevista é

praticamente impossível de se realizar, mesmo

com estímulo intenso.

□ 2. Moderado (paciente não

reconhece alguns ou todos os

elementos no ambiente, ou não

interage espontaneamente

com o entrevistador; não

se torna completamente

consciente e interage

inapropriadamente quando estimulado de forma intensa; a

entrevista é prolongada, mas não seriamente interrompida)

□ 3. Grave (paciente não

reconhece todos os elementos no

ambiente; sem interação

espontânea ou consciente com o entrevistador, de

modo que a entrevista é difícil e

até impossível, mesmo com

estímulo intenso)

□ 2. Moderate: The patient is unaware

of some or all of the elements in the

environment or does not interact

spontaneously with the

interviewer; the patient is not fully

aware and interacts

inappropriately when he/she is

strongly stimulated; the

interview is prolonged but not

seriously interrupted.

□ 3. Severe: The patient is unaware

of all of the elements in the

environment; the patient does not

interact spontaneously

with and is unaware of the

interviewer; even with maximal

stimulation, the interview is difficult or

impossible to conduct.

□ 2. Moderado (paciente não

reconhece alguns ou todos os

elementos no ambiente, ou não

interage espontaneamente

com o entrevistador; não

se torna completamente

consciente e interage

inapropriadamente quando estimulado de forma intensa; a

entrevista é prolongada, mas não seriamente interrompida)

□ 3. Grave (paciente não

reconhece todos os elementos no

ambiente; sem interação

espontânea ou consciente com o entrevistador, de

modo que a entrevista é difícil e

até impossível, mesmo com

estímulo intenso)

□ 2- Moderado (paciente não

observa ou não reconhece alguns

ou todos os elementos no

ambiente, ou não interage

espontaneamente com o

entrevistador; apresenta

alterações de consciência e

interage inapropriadamente quando estimulado de forma intensa; a

entrevista é prolongada, mas não seriamente interrompida).

□ 3- Grave (paciente não

reconhece todos os elementos no ambiente; não

interage de forma espontânea ou

consciente com o entrevistador, de

modo que a entrevista é difícil ou até impossível,

mesmo com estímulo intenso).

□ 2. Moderado (paciente não

observa ou não reconhece alguns

ou todos os elementos no ambiente, não

interage espontaneamente

com o entrevistador;

apresenta alterações de consciência e

interage inapropriadamente quando estimulado de forma intensa; a

entrevista é prolongada, mas não seriamente interrompida).

□ 3. Grave (paciente não

reconhece todos os elementos no ambiente; não

interage de forma espontânea ou

consciente com o entrevistador, de

modo que a entrevista é difícil ou até impossível,

mesmo com estímulo intenso).

Continua na próxima página

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107

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 2 ITEM 2-DISORIENTATION: Rate current state by asking the following

10 orientation items: date, month, day, year, season,

floor, name of hospital, city,

state, and country.

Item 2 - DESORIENTAÇÃO:

Avalie o estado atual,

perguntando os 10 itens de orientação

seguintes: data, mês, dia, ano, estação, piso

(andar), nome do hospital, cidade,

estado e país.

ITEM 2-DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado atual perguntado

pelos 10 seguintes itens de orientação: Data, dia do mês, ano, estação, ala do

hospital, nome do hospital, cidade,

estado e país.

Item 2 - DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado

atual, perguntando os

10 itens de orientações

seguintes: data, dia do mês, ano,

estação, piso (andar), nome do hospital, cidade,

estado e país

Item 2 – DISORIENTATION: Rate the current

state of orientation by asking the patient the

following 10 orientation items:

date, day of month, year, season, hospital floor

(story), hospital name, city, state

and country.

Item 2 - DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado

atual, perguntando os

10 itens de orientações

seguintes: dia, mês, ano, dia da semana, estação,

piso (andar), nome do hospital, cidade, estado e

país.

Item 2 - DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado

atual, perguntando os

10 itens seguintes de orientação:

dia, mês, ano, dia da semana,

estação do ano, nome do hospital, andar do hospital,

cidade, estado, país.

Item 2 - DESORIENTAÇÃO: Pontue o estado

atual, perguntando os

10 itens seguintes de orientação:

dia, mês, ano, dia da semana,

estação do ano, nome do hospital, andar do hospital,

cidade, estado, país.

Continua na próxima página

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108

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 2 � 0: none (patient knows 9-

10 items) � 1: mild (patient knows 7-8 items)

� 2: moderate (patient knows 5-

6 items) � 3: severe

(patient knows no more than 4

items)

( ) 0. Nenhum (paciente

conhece 9 -10 itens)

( ) 1. Leve (paciente

conhece 7 - 8 itens)

( ) 2. Moderado (paciente

conhece 5 - 6 itens)

( ) 3. Severo (paciente não

conhece mais do que 4 itens)

0: Nenhuma (paciente sabe 9-

10 itens)

1: Leve (paciente sabe 7-8 itens) 2: moderada

(paciente sabe 5-6 itens)

3: Grave

(paciente não sabe mais que 1

item)

□ 0. Nenhum (paciente sabe 9

-10 itens) □ 1. Leve

(paciente sabe 7 - 8 itens)

□ 2. Moderado (paciente sabe 5

- 6 itens) □ 3. Grave

(paciente não sabe mais do que

1 item)

□ 0. None: The patient knows 9-

10 items. □ 1. Mild: The

patient knows 7-8 items.

□ 2. Moderate: The patient

knows 5-6 items. □ 3. Severe: The patient does not know more than

4 items.

□ 0. Nenhum (paciente sabe 9

-10 itens) □ 1. Leve

(paciente sabe 7 - 8 itens)

□ 2. Moderado (paciente sabe 5

- 6 itens) □ 3. Grave

(paciente não sabe mais do que

1 item)

□ 0. Nenhum (paciente acerta

9 -10 itens). □ 1. Leve

(paciente acerta 7 - 8 itens).

□ 2. Moderado (paciente acerta

5 - 6 itens). □ 3. Grave

(paciente não acerta mais do

que 4 itens).

□ 0. Nenhum (paciente acerta

9 -10 itens). □ 1. Leve

(paciente acerta 7 - 8 itens).

□ 2. Moderado (paciente acerta

5 - 6 itens). □ 3. Grave

(paciente não acerta mais do

que 4 itens).

Continua na próxima página

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109

Item Versão original

T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 3 ITEM 3-SHORT-TERM

MEMORY IMPAIRMENT: Rate current state by using

repetition and delayed

recall of 3 words

[patient must immediately repeat and

recall words 5 min later

after an intervening

task. Use alternate sets

of 3 words for

successive evaluations

(for example, apple, table, tomorrow, sky, cigar, justice).

Item 3 - DEFICIÊNCIA DE MEMÓRIA EM CURTO PRAZO: Avalie o estado atual usando a repetição e a recordação tardia de 3

palavras (paciente deve imediatamente

repetir e recordar as

palavras 5 min após a tarefa ser

solicitada).

ITEM 3 –PERDA DE MEMÓRIA DE

CURTA DURAÇÃO:

Pontue o estado atual através de

repetição e lembrança

tardia de três palavras [o

paciente deve repetir

imediatamente e lembrar das

palavras 5 minutos após uma tarefa de intervenção ( por exemplo, maçã, mesa, amanhã, céu,

charuto, justiça)].

Item 3 – PERDA DE MEMÓRIA recente:

Pontue o estado atual usando a repetição e a

recordação tardia de 3 palavras

(paciente deve repetir

imediatamente e recordar as

palavras 5 minutos após uma tarefa de intervenção).Usar

conjuntos alternativos de

avaliações sucessivas (por exemplo: maça, mesa, amanhã, céu, charuto e

justiça)

Item 3 – SHORT-TERM MEMORY LOSS: Assess the current state of

memory by repeating and assessing the delayed recall of 3 words. The patient should repeat the

words immediately and should recall the

words 5 minutes after a task

intervention. Use alternative sets of successive words (e.g., apple, table,

tomorrow, sky, cigar and justice).

Item 3 – PERDA DE MEMÓRIA

RECENTE: Pontue o estado atual

usando a repetição e a recordação

tardia de 3 palavras não relacionadas entre si (paciente

deve repetir imediatamente e

recordar as palavras 5 minutos após uma tarefa de intervenção).Usar

conjuntos alternativos de

avaliações sucessivas (por exemplo: maça, mesa e amanhã; céu, charuto e

justiça)

Item 3 – PERDA DE MEMÓRIA EM CURTO PRAZO:

Pontue o estado atual usando a repetição e a

recordação tardia de 3 palavras não relacionadas entre si (paciente deve

repeti-las imediatamente e

recordá-las 5 minutos depois,

após alguma tarefa de

intervenção). Usar combinações de 3

diferentes palavras para

avaliações sucessivas (por exemplo: maçã, mesa e amanhã; céu, charuto e justiça; etc).

Item 3 – PERDA DE MEMÓRIA EM CURTO PRAZO:

Pontue o estado atual usando a repetição e a

recordação tardia de 3 palavras não relacionadas entre si (paciente deve

repeti-las imediatamente e

recordá-las 5 minutos depois,

após alguma tarefa de

intervenção). Use combinações de 3

diferentes palavras para

avaliações sucessivas (por exemplo: maçã, mesa e amanhã; céu, charuto e justiça; etc).

Continua na próxima página

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110

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 3 � 0: none (all 3 words repeated

and recalled) � 1: mild (all 3

repeated, patient fails to recall 1) � 2: moderate (all 3 repeated, patient fails to

recall 2-3) � 3: severe

(patient fails to repeat 1 or more

words)

( ) 0. Nenhum (todas as 3

palavras repetidas e recordadas)

( ) 1. Leve (todas as 3 repetidas, paciente não

recorda 1) ( ) 2. Moderado

(todas as 3 repetidas ,

paciente não recorda 2-3) ( ) 3. Severo

(paciente não consegue repetir

1 ou mais palavras )

0: nenhuma (todas as 3

palavras repetidas e

relembradas) 1: leve (todas as

3 palavras repetidas e o

paciente falha ao lembra de uma)

2: moderada (todas as 3

palavras repetidas e o

paciente falha ao lembrar de 2 ou

3) 3: grave (falha ao

repetir uma ou mais palavras)

□ 0. Nenhum (todas as 3

palavras repetidas e recordadas)

□ 1. Leve (todas as 3 repetidas, paciente falha em recordar 1) □ 2. Moderado

(todas as 3 repetidas ,

paciente não recorda 2-3) □ 3. Grave (

paciente falha em repetir uma

ou mais palavras).

□ 0. None: All 3 words are

repeated and recalled.

□ 1. Mild: All 3 words are

repeated, but the patient fails to recall 1 word.

□ 2. Moderate: All 3 words are

repeated, but the patient fails to

recall 2-3 words. □ 3. Severe: The patient fails to repeat one or more words.

□ 0. Nenhum (todas as 3

palavras repetidas e recordadas)

□ 1. Leve (todas as 3 repetidas, paciente falha em recordar 1) □ 2. Moderado

(todas as 3 repetidas ,

paciente não recorda 2-3) □ 3. Grave (

paciente falha em repetir uma

ou mais palavras).

□ 0. Nenhum (todas as 3

palavras repetidas e

recordadas). □ 1. Leve (todas as 3 repetidas, paciente falha

em recordar 1). □ 2. Moderado

(todas as 3 repetidas ,

paciente falha em recordar 2-3).

□ 3. Grave (paciente falha

em repetir todas as palavras).

□ 0. Nenhum (todas as 3

palavras repetidas e

recordadas). □ 1. Leve (todas as 3 repetidas, paciente falha

em recordar 1). □ 2. Moderado

(todas as 3 repetidas ,

paciente falha em recordar 2-

3). □ 3. Grave

(paciente falha em repetir todas

as palavras).

Continua na próxima página

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111

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 4 ITEM 4-IMPAIRED DIGIT

SPAN: Rate current

performance by asking subjects

to repeat first 3, 4, then 5 digits

forward and then 3, then 4

backwards; continue to the next step only if patient succeeds at the previous

one.

Item 4 - ORDEM DOS DÍGITOS

(QUALQUER UM DOS NÚMEROS

DE 0 A 9) PREJUDICADA:

Avalie o desempenho

atual solicitando aos participantes

para repetir os primeiros 3, 4,

em seguida os 5 números para a frente e então 3,

depois 4 para trás; continue

para a próxima etapa somente se o paciente conseguir a

anterior.

ITEM 4-MEMÓRIA NUMÉRICA (DIGITOS)

DIMINUÍDA: Pontue a

performance do paciente ao pedir que repita 3, 4 e

5 dígitos para frente e então 3

e 4 para trás; continue o

próximo passo apenas se o

paciente completou o

passo anterior.

Item 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA:

Pontue o desempenho

atual solicitando ao paciente para repetir 3, 4, em

seguida 5 números (de 0 a 9) para a frente e então 3, depois 4

para trás; continue o

proximo passo se o paciente for

bem-sucedido no anterior.

Item 4 – IMPAIRED DIGIT SPAN: Rate the

current performance by

asking the patient to repeat the first 3, 4 and 5 digits forward and then ask the patient to repeat the first 3 and 4

digits backwards. Continue to the next step if the

patient is successful at the

previous one.

Item 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA:

Pontue o desempenho

atual solicitando ao paciente para repetir 3, 4 e em

seguida 5 números não

sequenciais (de 0 a 9) para a

frente. Se paciente for bem

sucedido, solicitar a ele

para dizer de trás para frente uma sequência de 3

números e depois 4.

Item 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA

(SPAN DE DÍGITOS): Pontue

o desempenho atual solicitando ao paciente que repita 3, 4 e em

seguida 5 números não

sequenciais (de 0 a 9) para a frente. Se o

paciente for bem sucedido,

solicita-lo que fale de trás para

frente uma sequência de 3

números e depois 4 números

diferentes.

Item 4 - ORDEM DOS NÚMEROS PREJUDICADA

(SPAN DE DÍGITOS): Pontue

o desempenho atual solicitando ao paciente que repita 3, 4 e em

seguida 5 números não

sequenciais (de 0 a 9) para a frente. Se o

paciente for bem sucedido, solicite que fale de trás para frente uma sequência de 3

números e depois 4 números

diferentes.

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112

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 4 � 0: none (patient can do

at least 5 numbers forward and 4 backward) � 1: mild (patient can do at least 5

numbers forward, 3 backward)

� 2: moderate (patient can do

4-5 numbers forward, cannot do 3 backward)

� 3: severe (patient can do no more than 3

numbers forward)

( ) 0. Nenhum (paciente sabe

pelo menos fazer 5 números para a

frente e 4 para trás)

( ) 1. Leve (paciente sabe

pelo menos fazer 5 números para a

frente e 3 para trás)

( ) 2. Moderado (paciente sabe

fazer 4 - 5 números para a

frente e não sabe fazer 3 para trás)

( ) 3. Severo (paciente não

sabe fazer mais do que 3

números para a frente)

0: não- (paciente pode

repetir ao menos 5 números para frente e 4 para

trás) 1: leve –

(paciente pode repetir ao menos 5 números para frente e 3 para

trás) 2: moderada

(paciente pode repetir 4-5

números para frente, não

consegue 4 para trás)

3: grave (paciente não

consegue repetir mais que 3

números para frente)

□ 0. Nenhum (paciente

consegue repetir pelo menos 5

números para a frente e 4 para

trás) □ 1. Leve (paciente

consegue repetir pelo menos 5

números para a frente e 3 para

trás) □ 2. Moderado

(paciente consegue repetir

4 - 5 números para a frente e não consegue 3

para trás) □ 3. Grave

(paciente não consegue repetir

mais do que 3 números para a

frente)

□ 0. None: The patient can

repeat at least 5 numbers forward

and 4 numbers backwards.

□ 1. Mild: The patient can

repeat at least 5 numbers forward

and 3 numbers backwards.

□ 2. Moderate: The patient can

repeat 4-5 numbers forward

but cannot repeat 3 numbers

backwards. □ 3. Severe: The patient cannot

repeat more than 3 numbers

forward.

□ 0. Nenhum (paciente

consegue repetir pelo menos 5

números para a frente e 4 para

trás) □ 1. Leve (paciente

consegue repetir pelo menos 5

números para a frente e 3 para

trás) □ 2. Moderado

(paciente consegue repetir

4 - 5 números para a frente e não consegue 3

para trás) □ 3. Grave

(paciente não consegue repetir

mais do que 3 números para a

frente)

□ 0. Nenhum (paciente

consegue repetir pelo menos 5 números para frente e 4 para

trás). □ 1. Leve (paciente

consegue repetir pelo menos 5 números para frente e 3 para

trás). □ 2. Moderado

(paciente consegue repetir

4 - 5 números para frente e não consegue 3 para

trás). □ 3. Grave

(paciente não consegue repetir

mais do que 3 números para

frente).

□ 0. Nenhum (paciente

consegue repetir pelo menos 5 números para frente e 4 para

trás). □ 1. Leve (paciente

consegue repetir pelo menos 5 números para frente e 3 para

trás). □ 2. Moderado

(paciente consegue repetir

4 - 5 números para frente e não consegue 3 para

trás). □ 3. Grave

(paciente não consegue repetir

mais do que 3 números para

frente).

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113

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 5 ITEM 5-REDUCED ABILITY TO

MAINTAIN AND SHIFT

ATTENTION: As indicated during the interview by

questions needing to be

rephrased and/or repeated because patient's

attention wanders, patient

loses track, patient is

distracted by outside stimuli or over-absorbed in

a task.

Item 5 - CAPACIDADE

REDUZIDA PARA MANTER E DESVIAR

ATENÇÃO: Conforme observado durante a

entrevista com perguntas, estas

precisam ser reformuladas e /

ou repetidas porque a

atenção do paciente se

desvia, o paciente perde

contato, o paciente é

distraído por estímulos

externos ou super absorvido em uma tarefa.

ITEM 5-HABILIDADE

REDUZIDA DE MANTER E

MUDAR ATENÇÃO: Como

indicada durante a entrevista por questões que

necessitam ser reformuladas ou

repetidas devido a desatenção, perda

de raciocínio ou distração/paciente

absorto em alguma tarefa.

Item 5 –CAPACIDADE REDUZIDA DE

MANTER E DESVIAR

ATENÇÃO: conforme observado durante a

entrevista as perguntas

precisam ser reformuladas ou repetidas porque

a atenção do paciente se

desvia, o paciente perde o

contato, paciente é

distraído por estímulos

externos ou se absorve em outra tarefa.

Item 5 – REDUCED

ABILITY TO MAINTAIN AND

SHIFT ATTENTION: The

patient’s attention is

indicated during the interview by questions that

need to be reformulated or

repeated because the

patient's attention

wanders; the patient loses

focus or becomes

absorbed in some task or distracted by

external stimuli.

Item 5 – CAPACIDADE REDUZIDA DE

MANTER E DESVIAR

ATENÇÃO: conforme observado durante a

entrevista as perguntas

precisam ser reformuladas ou repetidas porque

a atenção do paciente se

desvia, o paciente perde o

contato, paciente é

distraído por estímulos

externos ou se absorve em outra tarefa.

Item 5 – CAPACIDADE REDUZIDA DE

MANTER E DESVIAR

ATENÇÃO: Conforme observado durante a

entrevista, as perguntas

precisam ser reformuladas

e/ou repetidas porque o

paciente desvia a atenção, perde

o contato, é distraído por

estímulos externos ou se

concentra-se em outra tarefa.

Item 5 – CAPACIDADE REDUZIDA DE

MANTER E DESVIAR

ATENÇÃO: Conforme observado durante a

entrevista, as perguntas

precisam ser reformuladas

e/ou repetidas porque o

paciente desvia a atenção, perde o

contato, é distraído por

estímulos externos ou

concentra-se em outra tarefa.

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114

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 5 � 0: none (none of the above; patient

maintains and shifts attention

normally) � 1: mild (above

attentional problems occur once or twice

without prolonging the interview) � 2: moderate

(above attentional problems occur

often, prolonging the interview

without seriously disrupting it)

� 3: severe (above attentional

problems occur constantly,

disrupting and making the interview

difficult-to-impossible)

( ) 0. Nenhum (Nenhuma das

alternativas acima; paciente mantém e

desvia a atenção normalmente)

( ) 1. Leve (Problemas de atenção acima

ocorrem uma ou duas vezes sem

prolongar a entrevista)

( ) 2. Moderado (Problemas de atenção acima ocorrem com freqüência,

prolongando a entrevista sem interrompe-la seriamente) ( ) 3. Severo

(Problemas de atenção acima

ocorrem constantemente, interrompendo e

tornando a entrevista difícil até impossível)

0: não. (nenhuma das acima.

Paciente mantém ou muda atenção

normalmente). 1: leve. (problemas de atenção acima

relacionados ocorrem uma ou duas vezes sem

prolongar a entrevista)

2: moderada (problemas de atenção acima relacionados ocorrem com frequencia,

prolongando a entrevista, sem fragmentá-la)

3: grave (problemas de atenção acima relacionados

ocorrem constantemente, fragmentando e

tornando a entrevista difícil ou

impossível.

□ 0. Nenhum (Nenhuma das

alternativas acima; paciente mantém e

desvia a atenção normalmente)

□ 1. Leve (Problemas de atenção acima

ocorrem uma ou duas vezes sem

prolongar a entrevista)

□ 2. Moderado (Problemas de atenção acima ocorrem com freqüência,

prolongando a entrevista sem interrompe-la seriamente) □ 3. Grave

(Problemas de atenção acima

ocorrem constantemente, interrompendo e

tornando a entrevista difícil até impossível)

□ 0. None: None of the above; the

patient maintains and shifts attention

normally. □ 1. Mild: The

above attention problems occur

once or twice but do not prolong the

interview. □ 2. Moderate: The

above attention problems often frequently and

prolong the interview, but the problems do not

seriously interrupt the interview.

□ 3. Severe: The above attention problems occur constantly; the

problems interrupt the interview and

make the interview difficult or

impossible to conduct.

□ 0. Nenhum (Nenhuma das

alternativas acima; paciente mantém e

desvia a atenção normalmente)

□ 1. Leve (Problemas de atenção acima

ocorrem uma ou duas vezes sem

prolongar a entrevista)

□ 2. Moderado (Problemas de atenção acima ocorrem com freqüência,

prolongando a entrevista sem interrompê-la seriamente) □ 3. Grave

(Problemas de atenção acima

ocorrem constantemente, interrompendo e

tornando a entrevista difícil até impossível)

□ 0. Nenhum (Nenhuma das

alternativas acima; paciente mantém e

desvia a atenção normalmente).

□ 1. Leve (Problemas de atenção acima

ocorrem uma ou duas vezes sem

prolongar a entrevista).

□ 2. Moderado (Problemas de atenção acima ocorrem com freqüência,

prolongando a entrevista sem interrompê-la seriamente).

□ 3. Grave (Problemas de atenção acima

ocorrem constantemente, interrompendo e

tornando a entrevista difícil ou

até impossível).

□ 0. Nenhum (Nenhuma das

alternativas acima; paciente mantém e desvia a atenção

normalmente). □ 1. Leve

(Problemas de atenção citados acima ocorrem uma ou duas vezes, sem prolongar a entrevista).

□ 2. Moderado (Problemas de

atenção citados acima ocorrem

com frequência, prolongando a entrevista, sem interrompê-la seriamente).

□ 3. Grave (Problemas de

atenção citados acima ocorrem

constantemente, interrompendo e

tornando a entrevista difícil ou

até impossível).

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115

Item Versão original

T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 6 ITEM 6-DISORGANIZED THINKING: As indicated during the

interview by rambling,

irrelevant, or incoherent

speech, or by tangential,

circumstantial, or faulty reasoning.

Ask patient a somewhat complex

question (for example, "Describe

your current medical

condition.").

Item 6 - PENSAMENTO

DESORGANIZADO: Conforme

observado durante a entrevista , pela fala incoerente, irrelevante, ou

desconexa ou pelo raciocínio falho,

tangencial ou circunstancial. Pergunte ao

paciente uma questão um pouco

complexa (por exemplo,

"Descreva sua atual condição

médica.").

ITEM 6 – DESORGANIZAÇÃO DE PENSAMENTO:

Como indicada durante a

entrevista por discurso irrelevante

e desconexo ou incoerente, ou

tangencial, circunstancial ou

desprovido de razão. Pergunte ao

paciente alguma questão complexa

como por exemplo:”descreva a sua condição de

saúde”.

Item 6 - PENSAMENTO

DESORGANIZADO: Como observado

durante a entrevista, pela fala incoerente, irrelevante, ou

desconexa ou pelo raciocínio falho,

tangencial ou circunstancial. Pergunte ao

paciente uma questão um pouco

complexa (por exemplo,

"Descreva sua atual condição

médica.").

Item 6 – DISORGANIZED THINKING: The disorganization of the patient’s

thinking is indicated during the interview by

incoherent, irrelevant or

disjointed speech or by flawed, tangential or

circumstantial reasoning. Ask the patient a

somewhat complex

question, such as "Describe your current medical

condition."

Item 6 - PENSAMENTO

DESORGANIZADO: Como

observado durante a

entrevista, pela fala incoerente, irrelevante, ou desconexa ou pelo raciocínio

falho, tangencial ou circunstancial.

Pergunte ao paciente uma questão um

pouco complexa (por exemplo, "Descreva sua atual condição

médica.").

Item 6 – PENSAMENTO

DESORGANIZADO: Como observado

durante a entrevista, pela fala incoerente, irrelevante, ou pelo raciocínio

falho, superficial ou casual.

Pergunte ao paciente uma

questão um pouco complexa (por

exemplo, "Descreva sua

atual condição de saúde").

Item 6 – PENSAMENTO

DESORGANIZADO: Como observado

durante a entrevista, pela fala incoerente, irrelevante, ou pelo raciocínio

falho, tangencial e circunstancial. Pergunte ao

paciente uma questão um pouco

complexa (por exemplo,

"Descreva sua atual condição de

saúde").

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116

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 6 � 0: none (patient's speech is coherent and goal-directed) � 1: mild (patient's speech is slightly

difficult to follow; responses to questions are

slightly off target but not so

much as to prolong the interview) � 2: moderate (disorganized

thoughts or speech are clearly present, such that interview

is prolonged but not disrupted)

� 3: severe (examination is very difficult or

impossible due to disorganized

thinking or speech)

( ) 0. Nenhum (Discurso do paciente é coerente e

direcionado aos objetivos) ( ) 1. Leve

(Discurso do paciente é um pouco difícil de

seguir, respostas para as perguntas são um pouco fora do objetivo, mas não tanto para

prolongar a entrevista)

( ) 2. Moderado (Pensamentos ou

falas desorganizadas

estão claramente presentes, de tal

forma que a entrevista se

prolonga, mas não é interrompida)

( ) 3. Severo (Exame é muito

difícil ou impossível devido ao

pensamento ou fala desorganizada)

0: não (discurso do paciente é coerente e

dirigido) 1: leve. (discurso

do paciente é ligeiramente difícil

de seguir: as respostas são um

pouco fora de foco, mas não tanto que chegue a prolongar

a entrevista) 2: moderada (discurso e

pensamento claramente

desorganizados de modo que a entrevista é

prolongada mas não é fragmentada ou interrompida)

3: grave (o exame é muito difícil ou

impossível devido ao pensamento e

discurso desorganizado)

□ 0. Nenhum (Discurso do paciente é coerente e

direcionado aos objetivos)

□ 1. Leve (Discurso do paciente é um pouco difícil de

seguir, respostas para as perguntas são um pouco fora do objetivo, mas não tanto para

prolongar a entrevista)

□ 2. Moderado (Pensamentos ou

falas desorganizadas

estão claramente presentes, de tal

forma que a entrevista se

prolonga, mas não é interrompida)

□ 3. Grave (Exame é muito difícil ou

impossível devido ao pensamento ou fala desorganizada)

□ 0. None: The patient's speech is

coherent and focused on the

topic. □ 1. Mild: The

patient's speech is slightly difficult to

follow and answers are slightly off topic, but the

interview is not prolonged.

□ 2. Moderate: Disorganized

speech or thinking is clearly present; the interview is

prolonged but not interrupted.

□ 3. Severe: The exam is extremely

difficult or impossible to

complete because of disorganized

speech or thinking.

□ 0. Nenhum (Discurso do paciente é coerente e

direcionado aos objetivos)

□ 1. Leve (Discurso do paciente é um pouco difícil de

seguir, respostas para as perguntas são um pouco fora do objetivo, mas não tanto para

prolongar a entrevista)

□ 2. Moderado (Pensamentos ou

falas desorganizadas

estão claramente presentes, de tal

forma que a entrevista se

prolonga, mas não é interrompida)

□ 3. Grave (Exame é muito difícil ou

impossível devido ao pensamento ou fala desorganizada)

□ 0. Nenhum (Discurso do paciente é coerente e

direcionado aos objetivos).

□ 1. Leve (Discurso do paciente é um pouco difícil de

seguir, as respostas para as perguntas são um pouco fora do objetivo, mas

não suficiente para prolongar a entrevista).

□ 2. Moderado (Pensamentos ou

falas desorganizadas

estão claramente presentes, de tal

forma que a entrevista se

prolonga, mas não é interrompida).

□ 3. Grave (Exame é muito difícil ou

impossível devido ao pensamento ou

fala desorganizada).

□ 0. Nenhum (Discurso do paciente é coerente e

direcionado aos objetivos).

□ 1. Leve (Discurso do paciente é um

pouco difícil de prosseguir, as

respostas para as perguntas são um

pouco fora do objetivo, mas não

suficiente para prolongar a entrevista).

□ 2. Moderado (Pensamentos ou

falas desorganizadas

estão claramente presentes, de tal

forma que a entrevista

prolonga-se, mas não é

interrompida). □ 3. Grave (Exame é muito difícil ou

impossível, devido ao pensamento ou

fala desorganizada).

Continuação na próxima página

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117

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 7 ITEM 7-PERCEPTUAL

DISTURBANCE: Misperceptions,

illusions, hallucinations inferred from inappropriate

behavior during the interview or

admitted by subject, as well as

those elicited from

nurse/family/chart accounts of the

past several hours or of the time

since last examination.

Item 7 - DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Percepções

erradas (equívocos),

ilusões, alucinações deduzidas a partir de um

comportamento inadequado durante a

entrevista ou reconhecidos pelo assunto,

bem como aos obtidos a partir de enfermeiro / família / relato do quadro das

últimas horas ou do tempo desde último exame.

ITEM 7-DISTURBIOS DE

PERCEPÇÃO: Ilusões, confusão de percepção e

alucinações inferidas devido

ao comportamento

inapropriado durante a

entrevista ou admitida pelo

paciente, assim como aos

narrados pelos familiares,

enfermagem e anotações sobre

o paciente durante várias

horas ou desde o ultimo exame:

Item 7 - DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Percepções

erradas (equívocos),

idéias delirantes, alucinações deduzidas a partir de um

comportamento inadequado durante a

entrevista ou assumidas pelo paciente, bem

como os obtidos a partir de

enfermeiro / família / relato do quadro das

últimas horas ou do tempo desde

último exame

Item 7 – PERCEPTUAL

DISTURBANCE: Perceptual

disturbances are indicated by

misconceptions, delusions or

hallucinations. These

disturbances are inferred from inappropriate

behaviors during the interview or are recognized by the patient, nurse, family or patient records

over several hours or since the last clinical examination.

Item 7 - DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Percepções

erradas (equívocos),

idéias delirantes, alucinações deduzidas a partir de um

comportamento inadequado durante a

entrevista ou assumidas pelo paciente, bem

como os obtidos a partir de

enfermeiro / família / relato do quadro das

últimas horas ou do tempo desde último exame.

Item 7 – DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Equívocos,

ilusões, alucinações deduzidas a

partir de comportamento

inadequado durante a

entrevista ou relatado pelo paciente, bem

como pela equipe de

enfermagem/ família/

anotações no prontuário das

últimas horas ou do tempo desde última avaliação.

Item 7 – DISTÚRBIO DE PERCEPÇÃO: Equívocos,

ilusões, alucinações deduzidas a

partir de comportamento

inadequado durante a

entrevista ou notado pelo

paciente, bem como pela equipe de

enfermagem/ família/

anotações no prontuário das

últimas horas ou do tempo desde última avaliação.

Continuação da próxima página

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118

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 7 � 0: none (no misperceptions,

illusions, or hallucinations)

� 1: mild (misperceptions

or illusions related to sleep,

fleeting hallucinations

on 1-2 occasions without

inappropriate behavior)

( ) 0. Nenhum (Nenhuma

percepção errada, ilusões ou

alucinações) ( ) 1. Leve

(Percepções erradas ou ilusões

relacionados ao sono, alucinações fugazes 1-2 vezes,

sem comportamento

inadequado)

0: não. (sem ilusões, confusões

ou alucinações) 1: leve. (confusões

ou ilusões relacionadas ao

sono, alucinações fugazes em 1-2 ocasiões sem

comportamento inapropriado)

□ 0. Nenhum (Nenhuma

percepção errada, idéias delirantes ou alucinações)

□ 1. Leve (Percepções

erradas ou idéias delirantes

relacionadas ao sono, alucinações fugazes 1-2 vezes,

sem comportamento

inapropriado)

□ 0. None: The patient has no

misconceptions, illusions or

hallucinations. □ 1. Mild: The

patient has misconceptions or

delusions about sleep and has had

fleeting hallucinations 1-2 times but exhibits no inappropriate

behavior.

□ 0. Nenhum (Nenhuma

percepção errada, idéias delirantes ou alucinações)

□ 1. Leve (Percepções

erradas ou idéias delirantes

relacionadas ao sono, alucinações fugazes 1-2 vezes,

sem comportamento

inapropriado)

□ 0. Nenhum (Nenhuma

percepção errada, ilusões ou

alucinações). □ 1. Leve

(Percepções erradas ou ilusões

relacionadas ao sono, alucinações

fugazes 1-2 ocasiões, sem

comportamento inapropriado).

□ 0. Nenhum (Nenhuma

equívoco, ilusões ou alucinações).

□ 1. Leve (Equívocos ou

ilusões relacionadas ao

sono, alucinações fugazes 1-2

ocasiões, sem comportamento inapropriado).

Continua na próxima página

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119

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 7 � 2: moderate (hallucinations

or frequent illusions on

several occasions with

minimal inappropriate behavior that

does not disrupt the interview)

� 3: severe (frequent or

intense illusions or hallucinations with persistent inappropriate behavior that disrupts the interview or

interferes with medical care)

( ) 2. Moderado (Alucinações ou

ilusões freqüentes em várias ocasiões

com comportamento

inadequado mínimo que não interrompem a

entrevista) ( ) 3. Severo

(Ilusões freqüentes ou

intensas ou alucinações com comportamento

inadequado persistente que

perturba a entrevista ou

interfere com a assistência

médica)

2: moderada (alucinações ou

ilusões frequentes em várias ocasiões

com comportamento inapropriado mínimo que não interrompe a

entrevista) 3: grave (ilusões

frequentes ou intensas ou

alucinações com comportamento

inapropriado persistente que

fragmenta/interompe a entrevista e

interfere com os cuidados médicos)

□ 2. Moderado (Alucinações ou idéias delirantes freqüentes em várias ocasiões

com comportamento

inapropriado mínimo que não interrompem a

entrevista) □ 3. Grave

(Idéias delirantes

freqüentes ou intensas ou

alucinações com comportamento

inapropriado persistente que

perturbam a entrevista ou

interfere com a assistência

médica)

□ 2. Moderate: The patient has

had frequent hallucinations or

delusions on several

occasions and exhibits

minimally inappropriate behavior that

does not interrupt the

interview. □ 3. Severe: The patient has had

frequent or intense

delusions or hallucinations and exhibits persistent

inappropriate behavior that disrupts the interview or

interferes with medical care.

□ 2. Moderado (Alucinações ou idéias delirantes freqüentes em várias ocasiões

com comportamento

inapropriado mínimo que não interrompem a

entrevista) □ 3. Grave

(Idéias delirantes

freqüentes ou intensas ou

alucinações com comportamento

inapropriado persistente que

perturbam a entrevista ou

interfere com a assistência

médica)

□ 2. Moderado (Alucinações ou

ilusões frequentes em várias ocasiões

com comportamento

inapropriado mínimo que não interrompem a

entrevista). □ 3. Grave

(Ilusões frequentes ou intensas, ou

alucinações com comportamento

inapropriado persistente que

perturbam a entrevista ou

interferem com a assistência

médica).

□ 2. Moderado (Alucinações ou

ilusões frequentes em várias ocasiões,

com comportamento

inapropriado mínimo que não interrompem a

entrevista). □ 3. Grave

(Ilusões frequentes ou

intensas, alucinações com comportamento

inapropriado persistente, que

perturbam a entrevista ou

que interfiram na assistência

médica).

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120

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 8

ITEM 8-DELUSIONS: Rate

delusions inferred from inappropriate

behavior during the interview or admitted by the patient, as well

as delusions elicited from

nurse/family/chart accounts of the

past several hours or of the time since the

previous examination.

Item 8 - FALSAS CRENÇAS

(DECEPÇÕES): Avalie as falsas

crenças deduzidas de

um comportamento inadequado

durante a entrevista ou

admitidos pelo paciente, bem

como falsas crenças

suscitado a partir de

enfermeiro / família / relato do quadro das últimas horas ou do tempo

desde o exame anterior.

ITEM 8-DELÍRIOS: Pontue de acordo com o inferido ao

comportamento inadequado durante a entrevista ou relatado

pela enfermagem/familiares/prontuári

o do paciente nas últimas horas desde o último exame clínico.

Item 8 – IDÉIAS DELIRANTES:

Pontue as ideias

delirantes deduzido de

um comportamento inadequado

durante a entrevista ou

admitidos pelo paciente, bem

como observado pelo

enfermeiro / família /

prontuário do paciente nas útimas horas ou desde o

último exame clinico.

Item 8 – DELUSIONS: The patient’s

delirium is inferred from inappropriate

behavior during the interview or is recognized by

the patient, nurse, family or patient records

over several hours or since the last clinical examination.

Item 8 – IDÉIAS DELIRANTES

Pontue as ideias delirantes

deduzido de um comportamento inadequado

durante a entrevista ou

admitidos pelo paciente, bem

como observado pelo

enfermeiro / família /

prontuário do paciente nas

útimas horas ou desde o último exame clinico.

Item 8 – DELÍRIOS: Pontue os

delírios inferidos por

um comportamento inadequado

durante a entrevista ou

relatados pelo paciente, bem

como observado pela

equipe de enfermagem/

família/ prontuário do paciente nas últimas horas

ou desde a última avaliação

clínica.

Item 8 – DELÍRIOS: Pontue os

delírios deduzidos por

um comportamento inadequado

durante a entrevista ou notados pelo

paciente, bem como

observado pela equipe de

enfermagem/ família/

prontuário do paciente nas últimas horas

ou desde a última

avaliação clínica.

Continua na próxima página

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121

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 -

Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 -

Especialistas

Resposta 8 � 0: none (no

evidence of

misinterpretations

or delusions)

� 1: mild

(misinterpretations

or suspiciousness

without clear

delusional ideas or

inappropriate

behavior)

( ) 0. Nenhum

(Nenhuma

evidência de

erros de

interpretação

ou falsas

crenças)

( ) 1. Leve

(Interpretações

erradas ou

desconfianças

sem idéias

ilusórias claras

ou

comportamento

inadequado)

0: não (sem evidência

de delírios ou

interpretação confusa)

1: leve (interpretação

confusa ou suspeição

em idéias delirantes

claras ou

comportamento

inapropriado -

interrompe/fragmenta

muito pouco a

entrevista ou os

cuidados médicos)

□ 0. Nenhum

(Nenhuma evidência

de interpretações

equivocadas sobre

ideias delirantes)

□ 1. Leve

(Interpretação

confusa ou

desconfiançasem

clareza de idéias

delirantes ou

comportamento

inapropriado –

interrompe/fragmenta

muito pouco a

entrevista ou inferem

nos cuidados médicos)

□ 0. None:

There is no

evidence of

delusions.

□ 1. Mild: The

patient exhibits

confused

interpretations

or mistrust

without clear

delusional ideas

or

inappropriate

behavior.

□ 0. Nenhum

(Nenhuma evidência

de interpretações

equivocadas sobre

ideias delirantes)

□ 1. Leve

(Interpretação

confusa ou

desconfiançasem

clareza de idéias

delirantes ou

comportamento

inapropriado –

interrompe/fragmenta

muito pouco a

entrevista ou inferem

nos cuidados médicos)

0 - Nenhum

(Nenhuma

evidência de

interpretações

equivocadas ou

delírios).

1 - Leve

(Interpretação

equivocada ou

desconfiança

sem a presença

clara de

delírios).

□ 0 - Nenhum

(Nenhuma

evidência de

interpretações

equivocadas ou

delírios).

□ 1 - Leve

(Interpretação

equivocada ou

desconfiança,

sem a presença

clara de

delírios).

Continuação na próxima página

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122

Item Versão original

T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 8

� 2: moderate (delusions

admitted by the patient or evidenced by

his/her behavior that

do not or only

marginally disrupt the

interview or interfere with medical care)

� 3: severe (persistent

and/or intense delusions

resulting in inappropriate

behavior, disrupting

the interview or seriously interfering

with medical care)

( ) 2. Moderado (Falsas crenças admitidas pelo

paciente ou evidenciado

pelo seu comportamento

que não, ou apenas

ligeiramente interrompem a entrevista ou

interferem com a assistência

médica) ( ) 3. Severo

(Idéias ilusórias persistentes e /

ou intensa, resultando em

um comportamento

inadequado, interrompendo a entrevista ou

interferindo seriamente com

cuidados médicos)

2: moderado (delírios admitidos pelo paciente ou

evidenciado pelo seu comportamento que

interrompe/fragmenta muito pouco a entrevista ou os

cuidados médicos) 3: grave (delírios persistentes

ou intensos resultando em comportamento inapropriado, interrompendo/fragmentando

a entrevista ou interferindo seriamente os cuidados

médicos

□ 2. Moderado (Ideias

delirantes admitidas pelo

paciente ou evidenciado

pelo seu comportamento

que não ou apenas

ligeiramente interrompem a entrevista ou inferem nos

cuidados médicos)

□ 3. Grave (Idéias

delirantes persistentes e /

ou intensas, resultando em

comportamento inadequado,

interrompendo a entrevista ou

interferindo seriamente com

os cuidados médicos)

□ 2. Moderate: The patient admits to

having delirium, and delusions are evident in the

patient’s behavior; the

behavior slightly

disrupts the interview or

interferes with medical care. □ 3. Severe: The patient

has persistent and/or intense

delusional ideas that result in

inappropriate behavior; the

behavior interrupts the interview or

seriously interferes with medical care.

□ 2. Moderado (Ideias

delirantes admitidas pelo

paciente ou evidenciado

pelo seu comportamento

que não ou apenas

ligeiramente interrompem a entrevista ou inferem nos

cuidados médicos)

□ 3. Grave (Idéias

delirantes persistentes e /

ou intensas, resultando em

comportamento inadequado,

interrompendo a entrevista ou

interferindo seriamente com

os cuidados médicos)

2 - Moderado (Delírios

admitidos pelo paciente ou

evidenciados pelo

comportamento, mas não

interrompem, ou apenas

levemente, a entrevista ou

interferem nos cuidados médicos). 3 - Grave (Delírios

persistentes e/ou intensos, resultando em

comportamento inadequado,

interrompendo a entrevista ou

interferindo seriamente com

os cuidados médicos).

□ 2 - Moderado (Delírios

relatados pelo paciente ou

evidenciados pelo

comportamento, mas que não

interrompam ou os fazem apenas

levemente durante a

entrevista e/ou interferem nos

cuidados médicos).

□ 3 - Grave (Delírios

persistentes e/ou intensos, resultando em

comportamento inadequado,

interrompendo a entrevista ou

interferindo seriamente com

os cuidados médicos).

Continuação na próxima página

Page 141: Camila Souza Crovador - Hospital de Câncer de Barretos · A toda equipe da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital de Câncer de ... DSM-II I Manual de Diagnóstico e Estatístico

123

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 9 ITEM 9-DECREASED OR

INCREASED PSYCHOMOTOR ACTIVITY: Rate

activity over past several hours, as well as activity

during interview, by circling (a)

hypoactive, (b) hyperactive, or (c) elements of both present.

Item 9 - DIMINUIÇÃO OU

AUMENTO DA ATIVIDADE

PSICOMOTORA: Avalie a atividade

psicomotora durante as

últimas horas, assim como a

atividade durante a entrevista,

circulando (a) hipoativo, (b)

hiperativo, ou (c) elementos de

ambos presente.

ITEM 9-ATIVIDADE

PSICOMOTORA AUMENTADA OU

DIMINUÍDA: Pontue a atividade

ocorrida por várias horas, assim como a

atividade psicomotora

durante a entrevista

circulando (a) hipoativa, (b)

hiperativa, ou (c) ambos

elementos presentes.

Item 9 - DIMINUIÇÃO OU

AUMENTO DA ATIVIDADE

PSICOMOTORA: Avalie a atividade

psicomotora durante as

últimas horas, assim como durante a entrevista,

circulando (a) hipoativo, (b)

hiperativo, ou (c) ambos

presentes.

Item 9 – DECREASE OR INCREASE IN

PSYCHOMOTOR ACTIVITY: The

rate of psychomotor activity over

several hours and during the

interview is indicated by the presence of (a)

hypoactivity, (b) hyperactivity or (c) elements of

both.

Item 9 - DIMINUIÇÃO OU

AUMENTO DA ATIVIDADE

PSICOMOTORA: Avalie a atividade

psicomotora durante as

últimas horas, assim como durante a entrevista,

circulando (a) hipoativo, (b)

hiperativo, ou (c) ambos

presentes.

Item 9 - DIMINUIÇÃO OU

AUMENTO DA ATIVIDADE

PSICOMOTORA: Pontue a atividade

psicomotora durante as

últimas horas, assim como durante a entrevista,

circulando (a) hipoativo, (b)

hiperativo, ou (c) ambas as condições presentes.

Item 9 - DIMINUIÇÃO OU

AUMENTO DA ATIVIDADE

PSICOMOTORA: Pontue a atividade

psicomotora durante as

últimas horas, assim como durante a entrevista,

circulando (a) hipoativo, (b)

hiperativo, ou (c) ambas as condições presentes.

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124

Item Versão original

T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 9 � 0: none (normal

psychomotor activity)

� a b c 1: mild (hypoactivity

is barely noticeable,

expressed as slightly

slowing of movement.

Hyperactivity is barely

noticeable or appears as

simple restlessness.)

( ) 0. Nenhum (Atividade psicomotora normal)

( ) a,b,c 1. Leve (Hipoatividade é quase

imperceptível, expressada como ligeira

desaceleração do movimento.Hiperatividade é quase imperceptível ou

aparece como simples inquietação.

0- abc 0 não. (atividade

psicomotora normal)

1- abc 1 leve (hipoatividade

dificilmente notavel.ou

aparece como simples

diminuição de movimentos.

Hiperatividade dificilmente notável ou

aparece apenas como inquietação

□ 0. Nenhum (Atividade psicomotora normal)

□ 1. Leve (Hipoatividade dificilmente notável,

expressada como ligeira desaceleração do

movimento.Hiperatividade dificilmente notável ou aparece apenas como simples inquietação)

□ 0. None: The patient exhibits normal

psychomotor activity.

□ 1. Mild: The patient

exhibits barely noticeable

hypoactivity, which is

expressed as a slight slowing of movement. Alternatively,

the patient exhibits barely

noticeable hyperactivity,

which is expressed as

simple restlessness.

□ 0. Nenhum (Atividade

psicomotora normal)

□ 1. Leve (Hipoatividade

dificilmente notável,

expressada como ligeira

desaceleração do

movimento. Hiperatividade

dificilmente notável ou

aparece apenas como

simples inquietação)

□ 0. Nenhum (Atividade

psicomotora normal). □ 1. Leve

(Hipoatividade dificilmente

notável, expressada como ligeira

desaceleração do

movimento. Hiperatividade

dificilmente notável ou

aparece apenas como

simples inquietação).

□ 0. Nenhum (Atividade

psicomotora normal).

□ a b c 1. Leve (Hipoatividade

dificilmente notável,

expressada como ligeira

desaceleração do

movimento. Hiperatividade

dificilmente percebida ou

aparece apenas como

simples inquietação).

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125

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 9 � a b c 2: moderate

(hypoactivity is undeniable, with marked reduction in

the number of movements or

marked slowness of movement;

subject rarely spontaneously

moves or speaks.

Hyperactivity is undeniable,

subject moves almost

constantly; in both cases,

exam is prolonged as a consequence.)

( ) a,b,c 2. Moderado (A

hipoatividade é inegável, com

redução acentuada no número de

movimentos ou lentidão acentuada do movimento; o

individuo raramente se

move espontaneamente

ou fala.Hiperatividade é inegável, sujeito

se move quase que constantemente;

em ambos os casos,

consequentemente o exame é

prolongado.)

2: abc 2 moderada (Hipoatividade é

inegável, com redução

acentuada no número de

movimentos ou lentidão

acentuada do movimento. O

paciente dificilmente se move ou fala

espontaneamente. Hiperatividade é

inegável,e o paciente se move constantemente;.

Em ambos os casos, o exame é prolongado como

consequencia)

□ 2. Moderado (A hipoatividade é inegável, com

redução acentuada no

número de movimentos ou

lentidão acentuada do movimento; o

individuo raramente se

move espontaneamente

ou fala. Hiperatividade é

inegável, individuo se move

quase que constantemente;

em ambos os casos, o exame é prolongado como

consequencia.)

□ 2. Moderate: The patient’s

hypoactivity is undeniable

and is exhibited by a

marked reduction in

the number of movements or a slowness of movement; the patient

rarely moves or speaks

spontaneously. Alternatively, the patient’s

hyperactivity is undeniable

and is exhibited by

virtually constant

movements. In both cases, the

exam is prolonged as a consequence.

□ 2. Moderado (A hipoatividade é inegável, com

redução acentuada no

número de movimentos ou

lentidão acentuada do movimento; o

individuo raramente se

move espontaneamente

ou fala. Hiperatividade é

inegável, individuo se move

quase que constantemente;

em ambos os casos, o exame é prolongado como

consequencia.)

□ 2. Moderado (A hipoatividade é inegável, com

redução acentuada no

número de movimentos ou

lentidão acentuada do movimento; o

individuo raramente se

move espontaneamente

ou fala. Hiperatividade é

inegável, individuo se move

quase que constantemente;

em ambos os casos, o exame é prolongado como

consequencia).

a b c 2. Moderado (A hipoatividade é

inegável, com redução

acentuada no número de

movimentos ou lentidão

acentuada do movimento; o

individuo raramente se move ou fala

espontaneamente. Hiperatividade é

inegável, individuo se move quase

que constantemente;

em ambos os casos, o exame é prolongado como

consequência).

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126

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 9 � a b c 3: severe (hypoactivity is severe; patient does not move

or speak without

prodding or is catatonic.

Hyperactivity is severe; patient

is constantly moving,

overreacts to stimuli, requires

surveillance and/or

restraint; getting through

the exam is difficult or

impossible.)

( ) a,b,c 3. Severo (A hipoatividade é grave,

paciente não se move ou fala sem estímulo ou é

catatônico.Hiperatividade é grave, o paciente está

constantemente em movimento, reage

exageradamente aos estímulos,requer vigilância e / ou

restrição;chegar ao fim do exame é difícil ou

impossível.)

3: abc 3 grave(hipoatividade é

grave, o paciente não se

move ou fala sem estímulo

ou é catatônico. Hiperatividade

é grave, o paciente está em constante movimento,

exagera a estímulos, exige vigilância e / ou

restrição, tornando o

exame difícil ou impossível.)

□ 3. Grave (A hipoatividade é grave, individuo não se move ou

fala sem estímulo ou é

catatônico. Hiperatividade é

grave, o individuo está

constantemente em movimento,

reage exageradamente

aos estímulos,requer vigilância e / ou restrição;chegar ao fim do exame

é difícil ou impossível.)

□ 3. Severe: The patient’s

hypoactivity is severe; the patient is

catatonic or does not move

or speak without

stimulus. Alternatively, the patient’s

hyperactivity is severe; the patient is

constantly moving,

overreacts to stimuli and

requires surveillance

and/or restraint. The interview is difficult or

impossible to conduct.

□ 3. Grave (A hipoatividade é grave, individuo não se move ou

fala sem estímulo ou é

catatônico. Hiperatividade é

grave, o individuo está

constantemente em movimento,

reage exageradamente

aos estímulos, requer vigilância

e / ou restrição;chegar ao fim do exame

é difícil ou impossível.)

□ 3. Grave (A hipoatividade é grave, individuo não se move ou

fala sem estímulo ou está

catatônico. Hiperatividade é

grave, o individuo está

constantemente em movimento,

reage exageradamente

aos estímulos, requer vigilância e / ou restrição; chegar ao fim do

exame é difícil ou impossível).

□ a b c 3. Grave (A hipoatividade

é grave, individuo não se move, fala sem

estímulo ou está catatônico.

Hiperatividade é grave, o

individuo está constantemente em movimento,

reage exageradamente

aos estímulos, requer vigilância e / ou restrição; chegar ao fim do

exame é difícil ou impossível).

Continua na próxima página

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127

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Questão 10 ITEM 10-SLEEP-WAKE CYCLE

DISTURBANCE (DISORDER OF

AROUSAL): Rate patient's ability

to either sleep or stay awake at the

appropriate times. Utilize

direct observation during the

interview, as well as reports from nurses, family,

patient, or charts describing sleep-

wake cycle disturbance over the past several hours or since

last examination. Use observations of the previous

night for morning evaluations only.

Item 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-

VIGÍLIA (TRANSTORNO

DE EXCITAÇÃO): Avalie a

capacidade do doente tanto para dormir quanto ficar

acordado nos momentos adequados.

Utilize a observação

direta durante a entrevista, bem como relatos de

enfermeiros, familiares de pacientes, ou gráficos que descrevem a

pertubacão do ciclo sono-vigília nas últimas horas ou desde último

exame.Use as observações da noite anterior

para as avaliações da

manhã apenas.

ITEM 10-DISTÚRBIO DO CICLO SONO-

VIGÍLIA (DISTÚRBIO DE EXCITAÇÃO):

Pontue a capacidade do paciente tanto

de dormir como ficar acordado nos horários apropriados.

Utilize a observação

direta durante a entrevista assim como relatórios de enfermagem, paciente, familiar ou prontuário do

paciente pelas horas desde o último exame clínico. Utilize

observações da noite anterior apenas para

avaliações pela manhã.

Item 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-

VIGÍLIA (TRANSTORNO

DE EXCITAÇÃO): Pontue a

capacidade do doente tanto para dormir

quanto para ficar acordado nos

momentos adequados.

Utilize a observação

direta durante a entrevista, assim como relatórios de enfermeiros,

familiares, o paciente, ou

prontuario que descrevam a

perturbação do ciclo sono-vigília nas últimas horas ou desde último

exame.Use as observações da noite anterior apenas para as avaliações da

manhã.

Item 10 – SLEEP-WAKE CYCLE

DISTURBANCE (DISORDER OF

AROUSAL): Disorder of arousal is

indicated by the patient’s ability

to sleep and stay awake at

appropriate times. Use direct

observation during the

interview and reports from the patient, nurse,

family or patient records that

describe sleep-wake cycle

disturbances over the last

several hours or since the last

exam. For morning

evaluations, only use observations

from the previous night.

Item 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-

VIGÍLIA (TRANSTORNO

DE EXCITAÇÃO): Pontue a

capacidade do doente tanto para dormir

quanto para ficar acordado nos

momentos adequados.

Utilize a observação

direta durante a entrevista, assim como relatórios de enfermeiros,

familiares, o paciente, ou

prontuario que descrevam a

perturbação do ciclo sono-vigília nas últimas horas ou desde último exame. Use as

observações da noite anterior apenas para as avaliações da

manhã.

Item 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-

VIGÍLIA: Pontue a capacidade do paciente tanto

para dormir quanto para ficar

acordado nos momentos adequados.

Utilize a observação

direta durante a entrevista, assim como relatórios

da equipe de enfermagem, de

familiares, do paciente, ou

prontuario que descrevam

pertubações do ciclo sono-vigília nas últimas horas ou desde último exame. Use as

observações da noite anterior apenas para as avaliações da

manhã.

Item 10 - DISTÚRBIO DO CICLO SONO-

VIGÍLIA: Pontue a capacidade do paciente tanto

para dormir quanto para ficar

acordado nos momentos adequados.

Utilize a observação

direta durante a entrevista, assim

como os relatórios da

equipe de enfermagem, de

familiares, do paciente, ou

prontuário que descrevam

perturbações do ciclo sono-vigília

nas últimas horas ou desde o

último exame. Use as

observações da noite anterior apenas para as avaliações da

manhã.

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128

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 10 � 0: none (at night, sleeps

well; during the day, has no

trouble staying awake)

� 1: mild (mild deviation from

appropriate sleepfulness and

wakefulness states: at night, difficulty falling

asleep or transient night

awakenings, needs

medication to sleep well; during the day, reports

periods of drowsiness or,

during the interview, is

drowsy but can easily fully

awaken him/herself)

( ) 0. Nenhum (Dorme bem à

noite, durante o dia, não tem

problemas para ficar acordado)

( ) 1. Leve Desvio leve de

sonolência e estado de vigília:

à noite, dificuldade em adormecer ou

despertar transitórios à

noite, precisa de medicação para

dormir bem;durante o

dia, relata períodos de

sonolência ou, durante a

entrevista, é sonolento, mas

pode facil e totalmente despertar)

0: não (dorme bem à noite; durante o dia

não tem dificuldade em

manter-se acordado)

1: leve (alteração entre sono completo e

apropriado e períodos de despertar à

noite, dificuldade em adormecer ou despertar

noturno transitórios, precisa de

medicação para dormir bem.

Durante o dia, relata períodos

de sonolência ou, durante a

entrevista, é sonolento, mas pode facilmente

acordar)

□ 0. Nenhum (Dorme bem à

noite, durante o dia, não tem

problemas para ficar acordado)

□ 1. Leve (Desvio leve de

sonolência e estado de vigília

à noite, dificuldade em adormecer ou

despertar transitórios à

noite, precisa de medicação para

dormir bem;durante o

dia, relata períodos de

sonolência ou, durante a

entrevista, é sonolento, mas

pode facil e totalmente despertar)

□ 0. None: The patient sleeps

well at night and during the day

and has no trouble staying

awake. □ 1. Mild: At

night, the patient experiences mild deviations from sleepfulness and wakefulness, has difficulty falling

asleep or experiences

transient awakenings or

requires medication to

sleep well; during the day, the

patient experiences periods of

drowsiness; during the

interview, the patient is drowsy but can be easily

and fully awakened.

□ 0. Nenhum (Dorme bem à

noite, durante o dia, não tem

problemas para ficar acordado)

□ 1. Leve (Desvio leve de

sonolência e estado de vigília

à noite, dificuldade em adormecer ou

despertar transitórios à

noite, precisa de medicação para

dormir bem;durante o

dia, relata períodos de

sonolência ou, durante a

entrevista, é sonolento, mas

pode facil e totalmente despertar)

0 - Nenhum (Dorme bem à

noite, durante o dia, não tem

problemas para ficar acordado).

1 - Leve (Alteração leve do sono e do

estado de vigília: à noite,

dificuldade em adormecer ou

despertar transitório

noturno, precisa de medicação

para dormir bem; durante o dia, relata períodos

de sonolência ou, durante a

entrevista, é sonolento, mas

pode com facilidade ser despertado

totalmente).

□ 0 - Nenhum (Dorme bem à

noite; durante o dia, não tem

problemas para ficar acordado).

□ 1 - Leve (Alteração leve do sono e do

estado de vigília: à noite,

dificuldade em adormecer ou

despertar transitório noturno,

necessita de medicação para

dormir bem; durante o dia,

relata períodos de sonolência ou, durante a entrevista, é

sonolento, mas pode, com

facilidade, ser despertado

totalmente).

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129

Item Versão original T1 T2 T12 Retrotradução T12.1 Ciclo 1 - Especialistas

T12.2 e Ciclo 2 - Especialistas

Resposta 10 � 2: moderate (moderate

deviations from appropriate

sleepfulness and wakefulness states: at night, repeated

and prolonged night awakening; during the day,

reports of frequent and

prolonged napping or, during the

interview, can only be roused to

complete wakefulness by strong stimuli)

� 3: severe (severe deviations from

appropriate sleepfulness and

wakefulness states: at night,

sleeplessness; during the day, patient spends

most of the time sleeping or, during

the interview, cannot be roused

to full wakefulness by any stimuli)

( ) 2. Moderado (Desvios

moderados sonolência e

estados de vigília: à noite, despertar

noturno repetido e prolongado;

durante o dia, relatos freqüentes e prolongados de

cochilos, ou, durante a

entrevista, só pode ser despertado com estímulos

fortes) ( ) 3. Severo

(Desvios graves de sonolência e

estados de vigília: à noite, insônia ;

durante o dia, o paciente passa a maior parte do

tempo dormindo ou, durante a

entrevista, não pode ser

despertado por quaisquer estímulo)

2: moderada

(perda do sono apropriado com

períodos de vigília durante a noite, que ser repete

durante a entrevista e só

despertado para completar a vigília

por estímulos fortes)

3: grave (desvios graves de sono e estados de vigília com insônia de

noite, e durante o dia o paciente passa a maior

parte do tempo dormindo ou

durante a entrevista não

pode ser despertado para a

vigília completa por quaisquer

estímulos)

□ 2. Moderado (Desvios

moderados sonolência e

estados de vigília: à noite, despertar

noturno repetido e prolongado;

durante o dia, relatos freqüentes e prolongados de

cochilos, ou, durante a

entrevista, só pode ser despertado com estímulos

fortes □ 3. Grave (Desvios

graves de sonolência e

estados de vigília: à noite, insônia ;

durante o dia, o paciente passa a maior parte do

tempo dormindo ou, durante a

entrevista, não pode ser

despertado por quaisquer estímulos)

□ 2. Moderate: At night, the patient

experiences moderate

deviations from sleepfulness and

wakefulness; during the

interview, strong stimuli are needed

to rouse the patient to complete

wakefulness. □ 3. Severe: At

night, the patient experiences severe

deviations from sleepfulness and

wakefulness, including insomnia; during the day, the

patient spends most of the time sleeping; during

the interview, the patient cannot be

roused to complete

wakefulness by any stimuli.

□ 2. Moderado (Desvios

moderados sonolência e

estado de vigília: à noite, despertar

noturno repetido e prolongado;

durante o dia, relatos freqüentes e prolongados de

cochilos, ou, durante a

entrevista, só pode ser despertado com estímulos

fortes □ 3. Grave (Desvios

graves de sonolência e

estados de vigília: à noite, insônia;

durante o dia, o paciente passa a maior parte do

tempo dormindo ou, durante a

entrevista, não pode ser

despertado por quaisquer estímulos)

□ 2. Moderado (Alteração

moderada do sono e do estado de vigília: à noite,

despertar noturno repetido e

prolongado; durante o dia,

relatos frequentes e prolongados de

cochilos, ou, durante a

entrevista, só pode ser despertado com estímulos

fortes). □ 3. Grave

(Alteração grave do sono e do estado de vigília: à noite, insônia; durante o

dia, o paciente passa a maior

parte do tempo dormindo ou,

durante a entrevista, não

pode ser despertado por

quaisquer estímulos).

□ 2. Moderado (Alteração

moderada do sono e do estado de vigília: à noite,

despertar noturno repetido e

prolongado; durante o dia,

relatos frequentes e prolongados de

cochilos, ou, durante a

entrevista, só pode ser despertado com estímulos

fortes). □ 3. Grave

(Alteração grave do sono e do

estado de vigília: à noite, insônia;

durante o dia, o paciente passa a maior parte do

tempo dormindo ou, durante a

entrevista, não pode ser

despertado por quaisquer estímulos).

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