cÂmara municipal de gouveia de 2012... · 52 respondeu o senhor vereador joaquim lourenço dizendo...
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- - - - ATA N.º 20/2012 – Reunião ordinária da Câmara Municipal de Gouveia, 1
realizada no dia vinte e dois de outubro de dois mil e doze. 2
- - - - Aos vinte e dois dias do mês de outubro do ano de dois mil e doze, nesta 3
cidade de Gouveia, edifício dos Paços do Concelho e Sala das Reuniões, pelas 4
quinze horas e trinta minutos, reuniu ordinariamente a Câmara Municipal de 5
Gouveia, estando presentes os Excelentíssimos Senhores, Álvaro dos Santos 6
Amaro, Presidente, Armando José dos Santos Almeida, Joaquim Lourenço de 7
Sousa, José Manuel Correia Santos Mota, Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto 8
da Costa, Glória Cardoso Lourenço, Vereadores, comigo Alice Oliveira Ferrão, 9
Chefe da Divisão de Finanças, Património e Aprovisionamento. 10
- - - - JUSTIFICAÇÃO DE FALTA:- Deliberou a Câmara, por unanimidade, 11
considerar justificada a falta dada pelo Senhor Vereador Luís Manuel Tadeu 12
Marques que, por se encontrar em representação do Município nas 13
comemorações do 128º aniversário do Comando Distrital da PSP da Guarda, 14
não pode estar presente na reunião. 15
- - - - Verificando-se que a Câmara estava reunida em número legal suficiente 16
para deliberar, pelo Senhor Presidente foi declarada aberta a reunião. 17
- - - - 1. APROVAÇÃO DE ATAS:- Tendo-se procedido à leitura da ata n.º 18
19/2012, foi a mesma aprovada, por maioria, com a abstenção do Senhor 19
Presidente por não ter estado presente na respetiva reunião. 20
2. PERÍODO ANTES DA ORDEM DO DIA 21
3. INFORMAÇÕES 22
3.1) INFORMAÇÕES DO SENHOR PRESIDENTE 23
- - - - 3.1.1) MAPA DE PESSOAL DA DLCG:- Entregou aos Senhores 24
Vereadores eleitos pelo Partido Socialista a conta 63 da DLCG – Empresa 25
Municipal. 26
- - - - 3.1.2) REVISOR OFICIAL DE CONTAS:- Na sequência do Relatório de 27
Auditoria feito pelo Revisor Oficial de Contas, presente à última sessão da 28
Assembleia Municipal sobre o qual os Senhores Veradores eleitos pelo Partido 29
Socialista colocaram algumas dúvidas, deu conta de que havia sido recebida 30
uma comunicação da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, sobre os 31
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chamados exames simplificados, onde justificam a afirmação feita no Relatório 32
Semestral, dizendo que “no caso dos exames simplificados porque o revisor 33
auditor proporciona um nível de segurança moderado, a sua opinião deve ser 34
expressa de forma negativa, isto é, declarando se nada ou algo chegou ao seu 35
conhecimento que o leve a concluir que as demonstrações financeiras contêm 36
distorções que afetem de forma materialmente relevante a sua conformidade 37
com o referencial adotado na preparação das mesmas.”, ou seja, não havendo 38
evidências de que haja demonstrações financeiras contendo distorções, usa-se 39
a forma negativa para se declarar. 40
Deve confessar - continuou o Senhor Presidente – de que tal como disse na 41
última reunião, a sua intenção é que antes do próximo exame, poder pedir 42
outras explicações ao Senhor Revisor. 43
Interveio o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que isso não esclarece 44
nada. 45
Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que se lermos com 46
cuidado, se lermos pela negativa, compreende-se, porque acabam por dizer 47
que nada chegou ao seu conhecimento que demonstre que há evidências. 48
Retorquiu o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que não ter chegado 49
ao conhecimento também é grave, ou ele não pediu ou não lhe deram, alguma 50
coisas se passa. 51
Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que eles cumprem 52
as orientações da Ordem e nesse documento está transcrito capítulo a capítulo 53
a orientação para aquilo que eles escreveram. 54
Perguntou o Senhor Vereador José Santos Mota se voltariam a pedir 55
esclarecimentos, tendo o Senhor Presidente respondido que não iria pedir mais 56
esclarecimentos, aquilo que iria fazer era, no próximo exame regular que será 57
em abril, solicitar-lhes outro tipo de linguagem que, de alguma maneira, seja 58
percetível. 59
Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão de 60
Finanças, Património e Aprovisionamento, Dra. Alice Ferrão, referindo que, 61
quando confrontados com a reação havida ao Relatório, ficaram muito 62
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admirados porque a ideia deles é que não tinha havido evidências que 63
demonstrassem distorções, sendo que têm que fazer estas afirmações pela 64
negativa. No entanto, este palavreado já veio também no primeiro Relatório 65
feito por estes Revisores Oficiais de Contas. O estranho é que os anteriores 66
ROC’s, que trabalharam connosco desde 2007 até 2011, usaram termos 67
corretos e perceptíveis, parecendo que existem duas leis para o mesmo 68
assunto. Ora, se até 2011, não houve distorções, não iam aparecer agora em 69
2012, sendo que os anteriores Revisores fizeram um exame minucioso às 70
contas do Município. 71
- - - - 3.1.3) PEDIDO DE AGENDAMENTO:- Solicitou ao Executivo a devida 72
autorização para a inclusão das propostas de aprovação de cláusulas 73
contratuais na ordem de trabalhos, nos termos do n.º 4 do art.º 11.º do 74
Regimento da Câmara Municipal de Gouveia, uma vez que os documentos 75
apenas foram rececionados na sexta feira à tarde. 76
Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que, quando 77
apresentam neste Órgão uma proposta, dizem logo que fica para a próxima 78
reunião de Câmara e já não é a primeira nem a segunda vez que tal acontece, 79
isto para não dar outros exemplos, em que o comportamento é exatamente o 80
mesmo. Vão discutir e aprovar, mas recomenda que não se volte a fazer isto, 81
pois não custava nada na sexta feira dizer que seria feita uma adenda com os 82
pontos tais e tais. 83
Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que fica aceite a sua 84
recomendação, mas voltará a fazer exatamente a mesma coisa, embora seja 85
cioso do cumprirmento de formalidades, sendo muito institucionalista nessa 86
matéria. Agora se os documentos chegaram na sexta feira e separam-nos três 87
semanas até à próxima reunião que será a 12 de novembro e como este 88
assunto não tem nenhuma decisão política, porquanto é um ato técnico 89
resultante de uma aprovação que já fizemos, colocamos o assunto à 90
consideração deste Órgão. Se fosse uma questão que obedecesse a uma 91
leitura e discussão, nunca a colocaria assim, mas isto é um ato meramente 92
burocratico em que a Lei obriga a que seja o Executivo a aprovar e que se 93
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consubstancia na aprovação das cláusulas contratuais dos empréstimos já 94
autorizados previamente pelo Órgão Deliberativo. 95
Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço pedindo desculpa pelo 96
sucedido, mas se não estivesse ausente na sexta feira à tarde, este assunto 97
ainda teria seguido, nem que fosse mesmo no fim da tarde. 98
Posto isto autorizou o Executivo a introdução na Ordem de Trabalhos dos 99
pontos 5.6), 5.7), 5.8) e 5.9). 100
3.2) INTERVENÇÃO DA SENHORA VEREADORA LAURA COSTA 101
- - - - 3.2.1) FATURAS DA ÁGUA:- Deu conhecimento de que este assunto 102
está ainda em análise, porquanto a funcionária responsável esteve de baixa. 103
Estamos a fazer uma análise percentual que corresponde a 10% do universo 104
de consumidores que teve a intervenção do mesmo leitor. 105
Na próxima reunião, com o rigor necessário e para tentar responder às 106
questões que foram levantadas, traremos o assunto. 107
- - - - 3.2.2) SIADAP:- Informou que, em 2009, a Avaliação do Desempenho 108
efetuou-se de acordo com o disposto no n.º 2 do art.º 30.º do Decreto 109
Regulamentar n.º 18/2009, de 4 de setembro, tendo sido atribuído um ponto a 110
todos os trabalhadores do Município. 111
Em 2010, foram cumpridas todas as disposições legais aplicáveis e 112
nomeadamente as que dizem respeito às percentagens máximas relativas à 113
diferenciação de desempenho, não tendo existido iniciativas no sentido de 114
haver reconhecimento de desempenho “Excelente”. 115
Em 2011, foram cumpridas todas as disposições legais aplicáveis e 116
nomeadamente as que dizem respeito às percentagens máximas relativas à 117
diferenciação de desempenho, não tendo existido iniciativas no sentido de 118
haver reconhecimento de desempenho “Excelente”. 119
3.3) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR JOSÉ MOTA 120
- - - - 3.3.1) ESCOLA BÁSICA DE GOUVEIA:- Antes da inauguração da Escola 121
Básica de Gouveia, alertou para o desaparecimento da placa evocativa do 122
lançamento da 1.ª Pedra da obra, tendo o Senhor Presidente ficado surpreso 123
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dizendo que iria averiguar, pelo que pretendia saber se já está identicado o 124
paradeiro da pedra e quando será reposta. 125
Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço informando que a pedra 126
já foi encontrada e encontra-se no estaleiro municipal, tendo o Senhor 127
Presidente acrescentado que iremos arranjar maneira de a colocar. 128
3.4) INTERVENÇÃO DO SENHOR VEREADOR ARMANDO ALMEIDA 129
- - - - 3.4.1) COMISSÃO DE PROTEÇÃO DE JOVENS E CRIANÇAS:- Queria 130
falar acerca de uma questão que lhes foi colocada, sobre procedimentos 131
havidos na CPCJ, da qual a Senhora Vereadora Laura Costa é responsável, 132
porquanto é Presidente daquele Órgão. Ao que se consta, pois pensa que é 133
público, é de que a Psicóloga Sandra Tavares, havia assinado um documento 134
solicitando esclarecimentos à Entidade Superior e que ela própria teria sido 135
chamada à Câmara Municipal, na presença de todos os Vereadores do PSD e 136
havia sido despedida ou então que reconsiderasse a sua assinatura naquele 137
documento, para poder vir a ser readmitida o que parece que veio a acontecer. 138
Pretendia saber se isto é verdade, se foi isto que se passou e se podemos ter 139
acesso ao documento que assinou a Senhora Psicóloga, no sentido de saber e 140
averiguar se há realmente alguma gravidade nesse procedimento. 141
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que é puramente falso, 142
esclarecendo que a Senhora Dra. Sandra Tavares é da CPCJ e continua na 143
CPCJ, pois não se pode despedir da CPCJ uma pessoa que é nomeada em 144
Assembleia Municipal. 145
Quanto à outra questão, a Senhora Dra. Sandra Tavares esteve a trabalhar na 146
Câmara, contratada de resto pela DLCG, até começar a funcionar o CLDS, 147
onde iniciou funções como Coordenadora do Projeto. 148
Quanto à questão de ele próprio e os Senhores Vereadores do PSD terem tido 149
uma conversa com a Senhora Dra. Sandra Tavares é verdade, agora quanto ao 150
conteúdo que o Senhor Vereador Armando Almeida referiu é puramente falso, 151
nem passaria pela cabeça nem a ele, nem a ninguém que pelo facto a Dra. 152
Sandra Tavares, pelos vistos, ter assinado uma carta cujo teor ignora e que a 153
Senhora Vereadora Laura Costa também não sabe, em absoluto, mas querem 154
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conhecer, tanto quanto proventura os Senhores Vereadores, fosse motivo de 155
despedimento. 156
Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida pretendendo 157
saber porque motivo a Senhora Vereadora Laura Costa respondeu a um ofício 158
do Diretor do Agrupamento de Escolas de Gouveia a informar que “(…) a 159
Senhora Psicóloga Dra. Sandra Tavares já não se encontra ao serviço do 160
Município de Gouveia (…)” e isto no dia 16 de outubro. Então não foi despedida 161
na sexta feira anterior e depois não veio cá e foi readmitida ? – Perguntou o 162
Senhor Vereador. 163
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que isso é absolutamente falso, tendo 164
o Senhor Vereador Joaquim Lourenço acrescentado dizendo que no dia 1 de 165
outubro ela passou a ser funcionária contratada pela Fundação D.Laura dos 166
Santos para o CLDS. 167
Usou da palavra a Senhora Vereadora Laura Costa referindo que a resposta 168
não foi antes, pois segundo informação da Dra. Sandra Tavares estaria a 169
terminar um trabalho de avaliação de alguns alunos com a Dra. Dulce, da 170
Equipa Multidisciplinar. Na altura foi-lhe dito para não iniciar novos trabalhos 171
uma vez que o CLDS estava para começar, pois veio a autorização em final de 172
setembro de que o CLDS teria sido aprovado e, no dia 1 de outubro, a Dra. 173
Sandra Tavares, entrou efetivamente em funções na Fundação D.Laura dos 174
Santos, como Coordenadora desse Projeto. Recuperou o ofício do Senhor 175
Diretor do Agrupamento e respondeu dizendo e bem que a Dra. Sandra 176
Tavares, naquele momento, já não estaria em funções, pois se no ano passado 177
a pudemos dispensar, este ano não seria possível. 178
Porém, temos a intenção de ter uma nova Psicologa através de uma 179
candidatura ao Centro de Emprego a qual poderá vir a colaborar com o 180
Agrupamento de Escolas. 181
Usou novamente da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que 182
então terá que ser retirado o seu nome do Mapa 63 do pessoal da DLCG. 183
Interveio o Senhor Vereador Joaquim Lourenço esclarendo que esse mapa tem 184
a data de 30 de setembro, mesmo que a pessoa seja contratada a prazo não 185
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se pode despedir de um momento para o outro, mas pela data de referência, 186
30 de setembro, era ainda funcionária da DLCG. 187
Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que a sua 188
preocupação reside, segundo o que se consta, pois também não conhece o 189
documento, no enorme mau estar entre os membros da Comissão muito devido 190
ao comportamento e gestão da Senhora Vereadora Laura Costa que é a 191
Presidente dessa Comissão. É isso que o preocupa neste momento, para além 192
da outra situação do despedimento da Dra. Sandra Tavares que, segundo o 193
Senhor Presidente é mentira. Pensa porém, que a forma como são tratados os 194
assuntos nessa Comissão é inquietante. Agora se é verdade ou não é, se 195
calhar iremos averiguar. 196
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que a Senhora Vereadora 197
Laura Costa representa o Município na CPCJ, foi eleita de entre os pares, para 198
presidir àquele Órgão e irá manter-se no cargo. O seu recato enquanto 199
Presidente da Câmara obriga-o a não ter que se pronunciar sobre aquilo que o 200
Senhor Vereador acabou de dizer quanto a eventuais “maus-estares”. 201
“Mas já ouviu falar desse mau estar na CPCJ?” – Perguntou o Senhor Vereador 202
José Santos Mota. 203
“Não”. – Respondeu o Senhor Presidente. Os assuntos da CPCJ - prosseguiu 204
- são demasiado complexos para que, infelizmente, tenha que haver alguém 205
interessado em tentar criar algum mau estar na CPCJ. Era bom que todos nós 206
e todas as Instituições que lá estão representadas, estivessem embuídos do 207
mesmo espírito, querendo realçar em particular a coordenação do Juíz 208
Armando Leandro, Presidente da Comissão Nacional, em ter uma preocupação 209
saudável, muito importante que quer sublinhar, no sentido de que questões tão 210
complexas, como são as questões tratadas no âmbito da CPCJ, não tenham 211
que vir para a “praça pública”. É esta a preocupação do Juiz Armando Leandro 212
e de si próprio enquanto Presidente da Câmara, de maneira que esperamos 213
que isso que os Senhores Vereadores manifestam como preocupação, que 214
ouviram, não afetem a discussão dos assuntos intervencionados no seio da 215
CPCJ. 216
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3.5) INTERVENÇÃO DA SENHORA VEREADORA GLÓRIA LOURENÇO 217
- - - - 3.5.1) DESINFEÇÃO DOS CONTENTORES DO LIXO:- Pretendia saber 218
quais são os períodos em que é feita a limpeza e desinfeção dos contentores 219
do lixo, quer nas freguesias, quer na cidade, já que alguns encontram-se com 220
odor muito incomodativo. 221
Devidamente autorizado usou da palavra o Senhor Chefe de Divisão de 222
Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes, informando que foi detetado 223
um problema com a empresa prestadora deste serviço específico, relativo à 224
qualidade de serviço, porquanto se verificou que a limpeza dos contentores foi 225
executada com tecnologia a frio e não a quente como era exigido no caderno 226
de encargos. Tal situação pode ter afetado a qualidade de execução e a sua 227
mais precoce degradação, pelo que, o Município está em conversações com a 228
firma procurando uma solução que envolva a equivalente compensação, razão 229
que tem prolongado o intervalo de tempo entre limpezas e condicionou a 230
eventual celebração de novo contrato. 231
4. EXPEDIENTE 232
- - - - Não se analisou expediente na presente reunião. 233
5. DELIBERAÇÕES 234
- - - - 5.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DA 235
UTILIZAÇÃO DE ESPAÇOS COMERCIAIS NO MERCADO MUNICIPAL DE 236
GOUVEIA:- Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo 237
que os Vereadores eleitos pelo partido Socialista votam a favor, mas não 238
podem deixar de lamentar, em relação ao espaço do Mercado Municipal, que já 239
deveria ter sido reconsiderada uma remodelação ou alteração, pois o mesmo 240
está completamente ultrapassado, devia ter sido remodelado e tornado mais 241
atrativo para que haja pessoas interessadas. 242
Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota reforçando que se há 243
tanta loja vaga é de facto uma preocupação muito grande, pois há anos atrás 244
disputava-se quem é que as conseguia ter, hoje a quantidade de lojas que 245
estão vagas é preocupante e é isto que, de alguma forma, os inquieta e daí o 246
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Senhor Vereador Armando Almeida ter dito que associar a esta ocupação 247
outras preocupações de renovar este espaço, seria importante. 248
Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que o que está em causa agora, 249
é pôr as lojas em hasta pública. As outras preocupações, são questões de 250
natureza diferente, muito importantes, que podemos discutir em outra altura e 251
contexto. Mas, caso pretendam falar agora, tudo bem, estamos cá para isso. 252
Não tem muitas dúvidas de que aquele espaço devia ser remodelado, mas 253
também não tem certezas, nem nenhum de nós, se quiser pensar seriamente, 254
tem. Por mais remodelado e atraente que fosse, mesmo assim teríamos lojas 255
disponíveis pois, infelizmente para nós, não temos dinâmica empresarial para 256
tomarem de concessão as lojas, mas essa é a lei inexorável da vida. O Senhor 257
Vereador Armando Almeida dirá que a culpa é do Presidente da Câmara, por 258
isto ou por aquilo, mas ele dirá que o Presidente da Câmara terá as suas 259
culpas, mas infelizmente para o País, o interior de Portugal continua a não ter a 260
importância estratégica que devia ter, não teve nos últimos 30 ou 40 anos 261
passados da democracia, quer ressalvar que ao dizer isto não quer dizer que 262
esteja contra a democracia, mas gostaria de ter visto, na democracia, outras 263
medidas para o Interior. Ainda tem esperança de ver, mas já tinha há três, há 264
quatro, há sete, há dez, que haja políticas públicas ativas que possam fomentar 265
o desenvolvimento no Interior. 266
Posto isto, deliberou a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a 267
produzir efeitos imediatos de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 268
169/99, de 18 de Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 269
5 – A/2002, de 11 de Janeiro, autorizar a abertura de Procedimento por 270
Hasta Pública para Atribuição da Utilização de Espaços Comerciais no 271
Mercado Municipal de Gouveia, bem como proceder à aprovação do 272
respetivo Caderno de Encargos e Programa de Procedimento, de acordo 273
com os documentos que se encontram anexos à presente Ata e dela fica a 274
fazer parte integrante. 275
Mais se deliberou nomear a seguinte Comissão: 276
Presidente da Comissão: Prof.º Joaquim Lourenço de Sousa, Vereador; 277
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Vogal: Dra. Alice Oliveira Ferrão, Chefe de Divisão de Finanças, Património e 278
Aprovisionamento; 279
Vogal: Eng.º António Manuel Monteiro Mendes, Chefe de Divisão de 280
Infraestruturas e Ambiente. 281
- - - - 5.2) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO PEDIDO DE CESSÃO DE POSIÇÃO 282
CONTRATUAL DA FIRMA ADJUDICATÁRIA CHUPAS E MORRÃO S.A, À 283
FIRMA IRMÃOS ALMEIDA CABRAL LDA, PARA A EXECUÇÃO DA 284
EMPREITADA DO CAMINHO NATURAL – GOUVEIA (CURRAL DO 285
NEGRO), FOLGOSINHO (COVÃO DA PONTE), LIMITE DO CONCELHO:- 286
Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que pretendia 287
ser esclarecido se, com esta cedência de contrato, há garantias que não 288
haverá alteração aos valores contratualizados, tendo o Senhor Presidente 289
respondido que que isso decorre do contrato e da jurisprudência. Não pode ser 290
de outra maneira. 291
Interveio novamente o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando ainda 292
se, no futuro, não poderão aparecer contratos a mais ou alterações ao projeto, 293
tendo o Senhor Presidente respondido que acerca dos trabalhos a mais a 294
existirem, terão que estar dentro da Lei que, hoje em dia, está de tal forma 295
alterada e as regras tão apertadas, que já não é como era antigamente. 296
Usou da palavra o Senhor Vereador José Santos Mota perguntando se o 297
adiantamento que foi aprovado em reunião de Câmara foi pago ao empreiteiro, 298
tendo o Senhor Presidente respondido que não. 299
De seguida analisou o Executivo o pedido de Cessão de Posição Contratual da 300
Firma Adjudicatária Chupas e Morrão SA, à Firma Almeida Cabral Lda., tendo 301
em consideração que: 302
“1- O pedido formulado enquadra-se legalmente no previsto na regulamentação 303
em vigor, cumprindo, designadamente o previsto no artigo nº. 319 do Código 304
da Contratação Pública; 305
2- São aceitáveis os fundamentos apresentados pela atual firma adjudicatária e 306
comprovada a verificação dos requisitos exigíveis para a autorização da 307
cessão; 308
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3- A firma a co-contratar – Irmãos Almeida Cabral, Lda, caracteriza-se pela sua 309
idoneidade, competência técnica e eficiente disponibilidade de resposta, 310
segundo o conhecimento e avaliação dos serviços prestados (recentes 311
empreitadas) ao Município de Gouveia, relação que garante confiança na 312
assumpção do presente compromisso; 313
4- As declarações apresentadas pelas duas entidades – atual e futuro 314
adjudicatários – que se encontram anexas à presente ata e que dela ficam a 315
fazer parte integrante, esclarecem e salvaguardam as relações e 316
compromissos assumidos entre todas as entidades envolvidas, permitindo 317
concluir como regulamentar e ajustada a decisão de autorização da cessão de 318
posição contratual requerida. 319
Deste modo, delibera a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte 320
dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista e com três votos a 321
favor por parte do Senhor Presidente da Câmara e dos Senhores Vereadores 322
eleitos pelo Partido Social Democrata e em minuta de modo a produzir efeitos 323
imediatos de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 324
Setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5 – A/2002, de 11 325
de Janeiro, autorizar a Cessão de Posição Contratual da Firma 326
Adjudicatária Chupas e Morrão SA, à Firma Almeida Cabral Lda., para a 327
execução da Empreitada do “Caminho Natural – Gouveia (Curral do 328
Negro), Folgosinho (Covão da Ponte), Limite do Concelho.” 329
- - - - 5.3) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE 330
SUBSÍDIO À EQUIPA DE FUTEBOL FEMININO DA FUNDAÇÃO D. LAURA 331
DOS SANTOS:- Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço 332
referindo que é um tratamento pontual e é semelhante ao que se fazia com o 333
Desportivo de Gouveia e com as equipas que militam no campeonato nacional. 334
Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que discordam 335
da atribuição deste subsídio no valor que é proposto porque, pelos vistos, a 336
Equipa de Futebol Feminino da Fundação D.Laura dos Santos tem muito 337
mérito. Começam o campeonato em princípios de agosto, vai até maio, 338
fazendo muitas deslocações, em que a mais perto é Albergaria, percorrem todo 339
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o País, faz publicidade ao Município de Gouveia e quando vemos a atribuição 340
ao Vilanovenses de 7.048,00 Euros, ao Clube Desportivo de Gouveia um valor 341
de 12.310,00 Euros, consideram o agora proposto muito pequeno. 342
Compreende que é outra estrutura que há ali uma espécie de semi-343
profissionalismo nos atletas, mas se depois atendermos ao Clube Camões que 344
tem aqui também 3.900,00 Euros, consideramos que o subsídio mesmo que 345
pontual de 1.500,00 Euros é muito exíguo. 346
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, desses que referiu, 347
também está a atribuição do subsídio à Fundação, porquanto este é um 348
subsídio extraordinário, pois têm o subsídio normal de 7.212,69 Euros, 349
justamente porque a equipa anda nos campeonatos nacionais e faz publicidade 350
nos equipamentos ao Município de Gouveia, ao que o Senhor Vereador 351
Armando Almeida reforçou que, como tal, devia ser superior a 1.500,00 Euros. 352
Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que isso está bem é a sua opinião, é 353
diferente, mas não pela justificação que deu porque a Fundação D.Laura dos 354
Santos já recebe subsídio regular como as outras entidades que referiu, 355
recebem consoante o programa de atividades. 356
Retorquiu o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que, ao fazer-se uma 357
proposta destas, concorda com ele, é porque é pouco o dado a título ordinário 358
e, como tal, vai dar mais 1.500,00 Euros. 359
Interveio novamente o Senhor Presidente dizendo que já atribuímos a todas a 360
entidades uma verba que já aprovamos. No entanto não fora o lapso do Centro 361
Hípico que estamos agora a regularizar não havia mais qualquer subsídio. Mas 362
eis senão quando, reconhecendo que, como no passado, os Juniores do 363
Desportivo de Gouveia, também ganharam na Distrital, entraram no 364
Campeonato Nacional, os Juniores receberam o seu subsídio e depois por esta 365
razão com a condição de sustentarem o logotipo do Município, para além do 366
apoio ordinário e porque estão na 1.ª Divisão Nacional e porque percorrem o 367
País, nós ajudamos mais. Podíamos não fazer. Portanto, porque promovem o 368
Município de Gouveia no Campeonato Nacional e em coerência com o que 369
fizemos com os Juniores do Desportivo de Gouveia é mais uma alavancagem. 370
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13
Agora o Senhor Vereador pode dizer assim que, como subsídio pontual, por 371
esta razão e para este efeito, é pouco. Isso é diferente agora não confundir as 372
coisas. 373
Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que, tendo 374
em conta um dos considerandos da proposta que refere “a Equipa de Futebol 375
Feminino da Unidade Desportiva da Fundação D. Laura dos Santos, 376
concretizou a proeza de acesso, nesta temporada, à 1.ª Liga Nacional de 377
Futebol” e implicando isto custos de deslocações, refeições, entre outros, que 378
não cabem certamente nos 7.000,00 Euros atribuídos, como tal entende que 379
este subsídio extraordinário/pontual devia ser maior. Contudo os Vereadores 380
eleitos pelo Partido Socialista votam favoravelmente. 381
“Assim e considerando: 382
- Que o n.º 1 do artigo 5.º e n.º 1 do artigo 7.º do Regulamento Municipal de 383
Atribuição de Subsídios e Apoios às Coletividades do Concelho de Gouveia 384
aprovado em reunião de Câmara a 10 de Janeiro de 2011 com as alterações 385
introduzidas em reunião da Câmara Municipal de Gouveia a 09 de Abril de 386
2012, prevê a atribuição de subsídios pecuniários numa perspetiva de 387
desenvolvimento estrutural e organizacional das associações e o 388
desenvolvimento de atividades de relevante interesse municipal; 389
- Que as associações desportivas estimulam a educação para o desporto nas 390
faixas etárias mais jovens, apresentando uma oferta desportiva que contempla 391
cada vez mais população; 392
- Que as associações desportivas contribuem para a ocupação dos tempos 393
livres, contribuindo para uma formação harmoniosa e saudável; 394
- Que o desporto é uma área de grande mobilização, enquanto fenómeno 395
social, contribuindo para os tempos de lazer e de vivência das populações; 396
- Que a Equipa de Futebol Feminino da Unidade Desportiva da Fundação D. 397
Laura dos Santos, concretizou a proeza de acesso, nesta temporada, à 1.ª Liga 398
Nacional de Futebol; 399
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- Que este excelente trabalho na área do desporto deve ser reconhecido pelo 400
Município através do apoio aos custos inerentes à participação no referido 401
Campeonato; 402
- Que o equipamento que irão utilizar fará publicidade ao Município de Gouveia. 403
Delibera a Câmara, por unanimidade, ao abrigo do Regulamento Municipal de 404
Atribuição de Subsídios e Apoios às Associações do Concelho de Gouveia, 405
aprovado em reunião de Câmara a 10 de Janeiro de 2011 e os critérios para 406
atribuição de apoios anuais às associações do Concelho de Gouveia, 407
aprovados em reunião de Câmara a 23 de Maio de 2011 e da alínea b) do nº 4 408
do art.º 64 da Lei 169/99 de 18 de Setembro e da alínea b) do nº 2 do art.º 21 409
da Lei 159/99 de 14 de Setembro, proceder à atribuição de um subsídio no 410
montante de 1.500,00 euros (mil e quinhentos euros) a liquidar em dezembro 411
de 2012.” 412
Informação de Cabimento e Compromisso: 413
Número de compromisso sequencial 5444. 414
- - - - 5.4) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE ATRIBUIÇÃO DE 415
SUBSÍDIO AO CENTRO HÍPICO DE GOUVEIA:- Usou da palavra o Senhor 416
Vereador Joaquim Lourenço dizendo que se tratou de uma falha dos Serviços, 417
pois tendo entrado o programa de atividades na data certa, por lapso, não foi 418
incluído na lista dos subsidiados. 419
Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida referindo que conhece 420
uma Instituição que há uns anos entregou uma proposta no terminus da 421
entrega dos Planos de Atividades e foi rejeitada, não sabendo se isto 422
aconteceu neste caso ou não, tendo a Senhora Vereadora Laura Costa 423
informado que neste caso deu entrada nos serviços e tem o respetivo carimbo 424
de entrada. 425
“Considerando: 426
• Que o Centro Hípico de Gouveia desenvolve uma atividade única no 427
panorama concelhio; 428
• Que o Plano de Atividades do Centro Hípico de Gouveia não foi 429
considerado no processo de atribuição de subsídios ordinários 2012; 430
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15
• Que o Centro Hípico de Gouveia tem em funcionamento uma escola de 431
equitação que desenvolve uma componente de formação desportiva; 432
• Que a promoção de atividades de equitação aplicadas à oferta turística 433
é um elemento diferenciador; 434
Delibera a Câmara, por unanimidade, ao abrigo da alínea b) do nº 2 do art. 7 e 435
do nº 1 do art. 21 do Regulamento Municipal de Atribuição de Subsídios e 436
Apoios às Associações do Concelho de Gouveia, aprovado em reunião de 437
Câmara a 10 de Janeiro de 2011 e da alínea b) do nº 4 do art.º 64 da Lei 438
169/99 de 18 de Setembro e da alínea b) do nº 2 do art. 21 da Lei 159/99 de 14 439
de Setembro, proceder à atribuição do subsídio de 1.647,00 Euros (mil 440
seiscentos e quarenta e sete euros) ao Centro Hípico de Gouveia, a liquidar 441
de imediato.” 442
Informação de Cabimento e Compromisso: 443
Número de compromisso sequencial 5445. 444
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 445
de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 446
a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 447
- - - - 5.5) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DA PROPOSTA DE REALIZAÇÃO DA 448
FEIRA SEMANAL E ABERTURA DO MERCADO MUNICIPAL, NO DIA 1 DE 449
NOVEMBRO, FERIADO NACIONAL:- A Feira Semanal de Gouveia e abertura 450
do Mercado Municipal, realizar-se-á no próximo dia 01 de novembro, quinta-451
feira, Feriado Nacional. 452
Considerando que nos termos do n.º 2 do Artigo 8.º do Regulamento das 453
Feiras e da Venda Ambulante do Concelho de Gouveia, o qual refere “... 454
Quando o dia pré-estabelecido para a realização da feira semanal em Gouveia 455
coincida com feriado, aquela realizar-se-á no dia seguinte, ou em outro 456
qualquer dia, sempre que, por motivos devidamente justificados, a Câmara 457
assim entender, devendo para tanto, ouvir a Associação Comercial e de 458
Feirantes e dar disso conhecimento, através de aviso ou edital.” 459
Considerando, ainda que, à semelhança de situações anteriores idênticas, a 460
Câmara Municipal já deliberou manter a realização da Feira e abertura do 461
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Mercado na mesma data. 462
Delibera a Câmara, por unanimidade e em minuta de modo a produzir efeitos 463
imediatos, de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de 464
setembro, com a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 465
de janeiro, autorizar a realização da Feira Semanal e abertura do Mercado 466
Municipal no dia 01 de novembro, quinta-feira, Feriado Nacional, devendo, 467
em consequência proceder-se à elaboração do respetivo Edital Público e de 468
outros de igual teor que serão afixados nos lugares de estilo, a anunciar a data 469
da realização da mesma. 470
- - - - 5.6) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 471
CONTRATO DE FINANCIAMENTO REEMBOLSÁVEL A CELEBRAR COM O 472
IFDR, NO MONTANTE DE 107.839,00 EUROS, DESTINADO À OBRA DE 473
“QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO DA ANTIGA FÁBRICA DAS BOBINES, COM 474
A ÁREA PÚBLICA ENVOLVENTE E REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DO 475
MUNICÍPIO”:- Deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte 476
dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Armando José dos 477
Santos Almeida, José Manuel Correia Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço 478
e com três votos a favor por parte do Senhor Presidente, Álvaro dos Santos 479
Amaro e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, 480
Joaquim Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, 481
proceder à aprovação das Cláusulas Contratuais relativo ao Contrato de 482
Financiamento Reembolsável, a celebrar com o Instituto Financeiro para o 483
Desenvolvimento Regional I.P. (IFDR), no montante de 107.839,00 Euros 484
(cento e sete mil, oitocentos e trinta e nove euros) destinado à empreitada de 485
“Qualificação do Espaço da Antiga Fábrica das Bobines, com a Área 486
Pública envolvente e Requalificação da Praça do Município” e que a seguir 487
se transcrevem: 488
CONTRATO DE FINANCIAMENTO REEMBOLSÁVEL 489
MINUTA 490
Entre, 491
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PRIMEIRO OUTORGANTE, o Estado, através do Instituto Financeiro para o 492
Desenvolvimento Regional I.P. (IFDR), representado pelo Presidente do 493
Conselho Diretivo, José dos Santos Soeiro, cargo para 494
o qual foi nomeado pelo Despacho n.º 15701/2010, de 12 de outubro, do 495
Primeiro-ministro e dos Ministros de Estado e da Finanças e da Economia e da 496
Inovação, publicado no DR. n.º 203, de 19/10/2010, ao abrigo do disposto no 497
n.º 2 do art.º 30.º do Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de fevereiro, a seguir 498
também designado por Mutuante. 499
E 500
SEGUNDO OUTORGANTE, Município de Gouveia, NIPC n.º 506 510 476, com 501
sede na Avenida 25 de Abril, em Gouveia, representado por Álvaro dos Santos 502
Amaro, na qualidade de Presidente da Câmara Municipal de Gouveia, com 503
domicílio profissional em Santo António dos Olivais, portador do Bilhete de 504
Identidade n.º 2525335, válido até 09/06/2016, emitido em 09/07/2005, pelo 505
Arquivo de Identificação de Coimbra, que outorga na qualidade de 506
representante legal, a seguir também designado por Mutuário. 507
Considerando que: 508
A República Portuguesa celebrou, em 19 de novembro de 2010, um 509
contrato de empréstimo-quadro, adiante designado por QREN-EQ, com o 510
Banco Europeu de Investimento (BEI), para o financiamento de operações 511
aprovadas a cofinanciamento pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento 512
Regional (FEDER) e pelo Fundo de Coesão; 513
O Decreto-Lei n.º 32/2012, de 13 de fevereiro, no seu artigo 30.º, atribuiu 514
ao IFDR a concessão, em nome do Estado, de financiamentos no âmbito 515
do QREN-EQ; 516
O Despacho n.º 6572/2011, de 4 de abril (publicado no DR, 2ª Série, n.º 80, 517
de 26 de abril), dos Ministros de Estado e das Finanças e da Economia, da 518
Inovação e do Desenvolvimento, que estabelece as condições de acesso e 519
de utilização de financiamento no âmbito do QREN-EQ contratado entre a 520
República Portuguesa e o BEI, abriu uma fase de candidatura a 521
financiamento, à qual o Segundo Outorgante se candidatou para 522
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financiamento parcial da contrapartida nacional da operação QREN de que 523
é beneficiário; 524
O pedido de financiamento reembolsável apresentado pelo Segundo 525
Outorgante foi aprovado de forma condicionada pela Comissão de 526
Coordenação e Supervisão carecendo ainda de aprovação ex post por 527
parte do BEI; 528
A não aprovação pelo BEI da afetação de fundos do QREN-EQ contratado 529
com a República Portuguesa ao financiamento da contrapartida nacional da 530
operação QREN dará lugar à exigibilidade antecipada total do 531
financiamento reembolsável concedido através do presente contrato, por 532
iniciativa do Primeiro Outorgante; 533
A contração do financiamento reembolsável objeto do presente contrato foi 534
aprovada por deliberação da Assembleia Municipal de 27/09/2012, 535
entidade do mutuário competente a autorizar a contração do financiamento 536
reembolsável de 107.839,00 euros. 537
Se encontram reunidos os requisitos necessários para a outorga do 538
presente contrato; 539
ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 4 e no n.º 12, ambos do Despacho n.º 540
6572/2011, de 4 de abril, é de comum acordo e de boa fé celebrado o presente 541
contrato de financiamento reembolsável, que se rege pelas cláusulas 542
seguintes: 543
Cláusula 1.ª 544
Objeto 545
1- O presente contrato tem por objeto a concessão pelo Primeiro Outorgante, 546
na qualidade de Mutuante, de um financiamento reembolsável ao Segundo 547
Outorgante, na qualidade de Mutuário, para financiamento parcial da 548
contrapartida nacional da Operação QREN CENTRO-09-0141-FEDER-549
023001 de que este é beneficiário no âmbito do Programa Operacional 550
Regional do Centro (Mais Centro) 551
2- O presente financiamento reembolsável obedece aos termos e condições 552
previstos no Despacho n.º 6572/2011, de 4 de abril. 553
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Cláusula 2.ª 554
Definições 555
Para efeito do presente contrato as expressões identificadas têm o seguinte 556
significado: 557
a) QREN-EQ – Empréstimo-quadro contratado entre a República 558
Portuguesa e o Banco Europeu de Investimento em 19 de novembro de 559
2010; 560
b) Monitorização Operacional e Financeira (MOF) - Processo de recolha 561
mensal de informação relativa a operações financiadas pelos Programas 562
Operacionais FEDER/Fundo de Coesão, de acordo com o qual a 563
Autoridade de Gestão integra no Sistema de Informação FEDER/Fundo 564
de Coesão, os dados reportados ao último dia do mês anterior, e através 565
do qual no dia 15 de cada mês é possível apurar a realização financeira 566
acumulada de cada operação QREN à data de reporte; 567
c) Aferição da realização financeira da operação QREN – Procedimento 568
de verificação do índice de realização financeira da operação QREN por 569
consulta ao resultado do processo de MOF reportado pela Autoridade de 570
Gestão através do Sistema de Informação FEDER/Fundo de Coesão, que 571
tem lugar mensalmente nos 10 dias úteis subsequentes à conclusão 572
desse processo; 573
d) Período de utilização – período de disponibilização do financiamento 574
reembolsável ao Mutuário, através do desembolso inicial e de 575
desembolsos intercalares; 576
e) Período de carência – período durante o qual se vencem juros sobre o 577
montante do financiamento reembolsável utilizado não sendo efetuada a 578
amortização do capital. 579
Cláusula 3.ª 580
Finalidade 581
O financiamento reembolsável concedido pelo Mutuante ao Mutuário tem por 582
finalidade financiar, parcialmente, a contrapartida nacional da operação QREN 583
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CENTRO-09-0141-FEDER-023001 de que o Segundo Outorgante é 584
beneficiário. 585
Cláusula 4. ª 586
Valor 587
1- O financiamento reembolsável é concedido pelo Mutuante ao Mutuário por 588
um valor de até 107.839,00 € (cento e sete mil oitocentos e trinta e nove 589
euros). 590
2- O valor do financiamento reembolsável é ajustado por forma e na medida 591
do necessário a assegurar que: 592
a) Não exceda 50% do custo total da operação QREN; 593
b) Em conjunto com o cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão, não 594
exceda 90% do custo total da operação QREN; 595
c) Não exceda o valor do custo total previsto na decisão de aprovação do 596
cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão da operação QREN, 597
deduzido do valor do cofinanciamento e das componentes não elegíveis 598
a financiamento pelo BEI no âmbito do QREN-EQ. 599
3- O valor do financiamento reembolsável pode ser ajustado em qualquer 600
momento da vigência do financiamento, inclusive durante o período de 601
utilização. 602
4- O financiamento reembolsável observa as condições previstas na Ficha 603
Técnica do Financiamento Reembolsável e Simulação do Plano de 604
Utilização e Reembolso, que constituem respetivamente, os anexos 1 e 2 605
ao presente contrato e que dele fazem parte integrante. 606
Cláusula 5. ª 607
Prazo 608
O financiamento reembolsável tem o prazo de 8 anos a contar da data da 609
primeira utilização do mesmo. 610
Cláusula 6. ª 611
Utilização 612
1- O financiamento reembolsável é disponibilizado ao Mutuário através de 613
desembolsos parcelares, classificados em: 614
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a) Desembolso inicial, 615
b) Desembolso intercalar. 616
2- O desembolso inicial equivale ao produto entre: i) o valor global do 617
financiamento reembolsável; e ii) o índice de realização financeira da 618
operação QREN. 619
3- O índice de realização financeira da operação QREN resulta do quociente 620
entre: i) a realização financeira acumulada da operação QREN, apurada na 621
MOF à data do último reporte disponível; e ii) o valor do custo total 622
considerado na decisão de aprovação da operação QREN. 623
4- Para efeito do cálculo do valor do desembolso inicial previsto no contrato 624
releva o apuramento da MOF com referência ao mês de outubro de 2011. 625
5- Os desembolsos intercalares equivalem, no seu conjunto, ao valor do 626
financiamento reembolsável deduzido do valor do desembolso inicial. 627
6- O número de desembolsos intercalares é calculado em função do índice de 628
realização financeira da operação QREN, apurado para efeito de cálculo do 629
desembolso inicial, nos seguintes termos: 630
a) Um desembolso intercalar único, quando o índice de realização 631
financeira da operação QREN é igual ou superior a 0,6; 632
b) Dois desembolsos intercalares de igual valor, quando o índice de 633
realização financeira da operação QREN é igual ou superior a 0,3 e 634
inferior a 0,6; 635
c) Três desembolsos intercalares de igual valor, quando o índice de 636
realização financeira é inferior a 0,3. 637
7- O valor de cada desembolso intercalar equivale ao quociente entre: i) o 638
valor do financiamento reembolsável deduzido do valor do desembolso 639
inicial; e ii) o número de desembolsos intercalares resultantes da aplicação 640
da metodologia identificada no número anterior. 641
8- No momento da efetivação de cada desembolso proceder-se-á ao recálculo 642
do seu valor, com referência à MOF mais atual, mantendo-se neste 643
recálculo inalteradas as demais condições do financiamento. 644
Cláusula 7. ª 645
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Condições de utilização 646
1- A primeira utilização do financiamento reembolsável tem lugar no prazo de 5 647
dias úteis após início da produção de efeitos do presente contrato nos 648
termos da cláusula 19.ª e inclui o desembolso inicial acrescido do primeiro 649
desembolso intercalar. 650
2- Os desembolsos intercalares subsequentes têm lugar no prazo de 10 dias 651
úteis após a conclusão processo de recolha mensal de informação da MOF, 652
quando a operação QREN registe um índice de realização financeira igual 653
ou superior a: 654
a) 0,6 e o empréstimo reembolsável se encontre fracionado em dois ou três 655
desembolsos intercalares; 656
b) 0,3 e o empréstimo reembolsável se encontre fracionado em 3 657
desembolsos intercalares. 658
3- No caso do financiamento reembolsável se encontrar fracionado em três 659
desembolsos intercalares, o segundo e terceiro desembolso intercalar 660
podem ter lugar, em simultâneo, quando após a primeira utilização o índice 661
de realização financeira da operação QREN atinja um valor igual ou superior 662
a 0,6. 663
4- O período de utilização do financiamento reembolsável não pode ser 664
superior ao período de carência de amortização de capital. 665
5- A realização dos desembolsos parcelares depende ainda da verificação das 666
seguintes condições: 667
a) Regularidade da situação fiscal e contributiva do Mutuário; 668
b) Inexistência de suspensão de pagamentos no âmbito da operação 669
QREN cuja contrapartida nacional é financiada através do presente 670
contrato; 671
c) Inexistência de dívidas do Mutuário no âmbito da operação QREN cuja 672
contrapartida nacional é financiada através do presente contrato; 673
d) Inexistência de incumprimento de pagamento de juros no âmbito do 674
presente contrato; 675
676
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e) Atualização do montante da garantia bancária/seguro caução/conta 677
caucionada pelo montante total do financiamento reembolsável que 678
resultará do desembolso a realizar, nos casos em que o Mutuário tenha 679
prestado essa modalidade de garantia. 680
f) Os desembolsos parcelares são efetuados por transferência para a 681
conta do Mutuário com o NIB 0035 03543 0000 3178 930 13. 682
Cláusula 8.ª 683
Taxa de juro 684
1- A taxa de juro contratual é de 3,901% (três virgula novecentos e um por 685
cento), ao ano e corresponde à taxa suportada pela República Portuguesa 686
no âmbito do QREN-EQ celebrado com o BEI, acrescida de uma margem 687
de 20 pontos base. 688
2- Em caso de alteração da taxa de juro suportada pela República Portuguesa 689
no âmbito do QREN-EQ, a mesma repercute-se na taxa de juro contratual 690
do período de contagem de juros que se inicie após essa alteração, 691
devendo para tanto ser notificada pelo Primeiro Outorgante ao Segundo 692
Outorgante. 693
Cláusula 9.ª 694
Reembolso 695
1- O financiamento reembolsável tem um período de carência de amortização 696
de capital de 6 semestres. 697
2- Caso a utilização do financiamento reembolsável venha a ultrapassar o 698
período de carência este será ajustado em conformidade, até ao limite 699
máximo de 6 semestres. 700
3- Durante o período de carência são devidos juros que incidem sobre o 701
montante do financiamento reembolsável em cada momento utilizado. 702
4- Os juros são calculados dia a dia e pagos semestral e postecipadamente, 703
vencendo-se no primeiro dia útil após o final do semestre, aferido em 704
função da data da primeira utilização do financiamento reembolsável. 705
5- O reembolso do capital inicia-se no semestre subsequente ao fim do 706
período de carência do financiamento reembolsável. 707
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6- O reembolso do capital e juros é efetuado em 10 prestações semestrais, 708
iguais e sucessivas, e tem lugar no primeiro dia útil após o final de cada 709
semestre, determinado nos termos previstos no n.º 5. 710
7- No prazo de 5 dias úteis após a data da primeira utilização do 711
financiamento reembolsável, o Mutuante notifica o Mutuário do plano de 712
reembolso do financiamento, relevando esta notificação para os efeitos 713
previstos no n.º 3 da presente Cláusula. 714
8- O Mutuante notifica o Mutuário da atualização do plano de reembolso 5 715
dias úteis após a realização de cada desembolso intercalar. 716
717
Cláusula 10.ª 718
Modo de reembolso 719
O pagamento do capital e juros a realizar pelo mutuário, nos termos do 720
presente contrato, deve ser efetuado por transferência para a conta do 721
Mutuante com o NIB 0781 0112 0112 0014 3904 1. 722
Cláusula 11.ª 723
Mora 724
Em caso de atraso no pagamento de qualquer prestação de juros ou de capital 725
e juros há lugar a um agravamento da taxa de juro contratual de 2% (dois por 726
cento) ao ano que incide sobre o montante em dívida até à data do efetivo 727
pagamento, sem prejuízo do acionamento de outras garantias. 728
Cláusula 12.ª 729
Garantias 730
Para garantir ao Mutuante o integral e pontual cumprimento das obrigações 731
decorrentes do presente contrato o Mutuário constitui a favor do Mutuante uma 732
garantia, conforme documento de garantia em anexo 3 ao presente contrato e 733
que dele faz parte integrante. 734
Cláusula 13.ª 735
Vencimento antecipado 736
1- Há lugar a vencimento antecipado total do financiamento reembolsável por 737
iniciativa do Mutuante no caso de: 738
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
25
a) O BEI não aprovar a operação para financiamento com fundos do 739
QREN-EQ; 740
b) A operação deixar de ser cofinanciada por FEDER ou por Fundo de 741
Coesão; 742
c) A operação QREN registar uma redução da contrapartida nacional 743
necessária à sua execução, designadamente em resultado do aumento 744
da taxa de cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão aplicada, que 745
determine que o valor da contrapartida nacional, deduzido do valor das 746
componentes não elegíveis a financiamento pelo BEI no âmbito do EQ, 747
caso estas existam, seja nulo; 748
d) Incumprimento pelo Mutuário da obrigação de pagamento de juros ou de 749
capital e juros nas datas contratualmente definidas. 750
2- Há lugar a vencimento antecipado parcial do financiamento reembolsável 751
por iniciativa do Primeiro Outorgante sempre que houver lugar ao 752
ajustamento do valor do financiamento reembolsável por forma e na 753
medida do necessário a assegurar que: 754
a) Não exceda 50% do custo total da operação QREN; 755
b) Em conjunto com o cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão, não 756
exceda 90% do custo total da operação QREN; 757
c) Não exceda o valor do custo total previsto na decisão de aprovação do 758
cofinanciamento FEDER ou Fundo de Coesão da operação QREN, 759
deduzido do valor do cofinanciamento e das componentes não elegíveis 760
a financiamento pelo BEI no âmbito do QREN-EQ. 761
3- Pode ainda haver lugar a vencimento antecipado, total ou parcial, do 762
financiamento reembolsável em caso de incumprimento, por parte do 763
Mutuário, das obrigações estabelecidas na Cláusula 15.ª. 764
4- Caso se verifique alguma das situações previstas nos números anteriores, 765
o Mutuante notifica o Mutuário para efeito de pagamento do montante do 766
capital e juros que se mostrem devidos no prazo de 30 dias corridos, sem 767
que para tal seja necessário qualquer procedimento ou formalidade judicial. 768
Cláusula 14.ª 769
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
26
Reembolso antecipado 770
1- O Mutuário pode efetuar o reembolso antecipado, parcial ou total, do 771
financiamento concedido. 772
2- O reembolso antecipado por iniciativa do Mutuário pode ser efetuado nas 773
datas de pagamento de capital e juros, devendo este informar o Mutuante 774
dessa intenção com uma antecedência mínima de 5 dias úteis. 775
Cláusula 15.ª 776
Obrigações do Mutuário 777
Na execução do presente contrato o Mutuário obriga-se a: 778
a) Cumprir integral e pontualmente as obrigações de pagamento de capital e 779
juros; 780
b) Realizar a operação QREN nos prazos que constam da decisão de 781
cofinanciamento de FEDER ou Fundo de Coesão; 782
c) Reportar à Autoridade de Gestão a totalidade da despesa incorrida no 783
âmbito da operação QREN, incluindo a componente de despesa de 784
natureza não elegível para efeito de financiamento por FEDER ou Fundo 785
de Coesão, caso a mesma exista; 786
d) Comunicar ao Mutuante qualquer facto suscetível de dar lugar à 787
exigibilidade antecipada, total ou parcial, do financiamento reembolsável 788
objeto do presente contrato, no prazo de 5 dias úteis após tomar 789
conhecimento do mesmo; 790
e) Prestar toda a informação solicitada pelo Mutuante e pela Comissão de 791
Coordenação e Supervisão prevista no n.º 13 do Despacho n.º 792
6572/2011, de 4 de abril, no âmbito do acompanhamento da execução do 793
presente contrato; 794
f) Cumprir as obrigações que assumiu com a aprovação da operação para 795
cofinanciamento pelo FEDER ou pelo Fundo e Coesão; 796
g) Disponibilizar ao público os sumários não técnicos dos estudos de 797
impacto ambiental caso a operação se encontre sujeita a processo de 798
avaliação de impacto ambiental ou a avaliação de biodiversidade; 799
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
27
h) Manter em arquivo e permanentemente atualizados todos os documentos 800
relacionados com a operação QREN, nomeadamente estudos ambientais 801
realizados no âmbito da avaliação de impacto ambiental, os sumários não 802
técnicos dos estudos de impacto ambiental e estudos em matéria de 803
natureza e biodiversidade que atestem o cumprimento das diretivas 804
europeias relativas a habitats e pássaros, bem como disponibilizá-los ao 805
BEI e às autoridades nacionais sempre que estas o solicitem; 806
i) Dispor de seguros relativos as atividades a realizar no âmbito da 807
operação e aos ativos que a constituem ou que lhe estão afetos segundo 808
as modalidades e os procedimentos usuais no sector em que se inserem 809
as atividades de natureza idêntica à operação. 810
Cláusula 16.ª 811
Responsabilidade por despesas 812
Ficam a cargo do Mutuário todas as despesas relacionadas com a celebração 813
e execução do presente contrato, designadamente as resultantes da 814
constituição e cancelamento de garantias por este prestadas. 815
Cláusula 17.ª 816
Alterações ao contrato 817
1- Qualquer alteração ao presente contrato deverá revestir a forma de 818
documento escrito assinado pelos Outorgantes. 819
2- Constitui exceção ao disposto no número anterior as alterações do valor 820
constante da cláusula 4ª., da Ficha Técnica do Financiamento 821
Reembolsável e da Simulação do Plano de Utilização e Reembolso, que 822
constituem, respetivamente, os anexos 1 e 2 ao presente contrato e que 823
dele fazem parte integrante, que se venham a revelar necessárias ao longo 824
da vigência do contrato, sendo as mesmas formalizadas pelo Mutuante ao 825
Mutuário, através de carta registada com aviso de receção. 826
3- Após o último desembolso, será celebrada adenda ao presente contrato, a 827
qual refere as modificações ocorridas nos termos do número anterior, 828
sendo ajustados os valores inicialmente contratados aos valores dos 829
desembolsos efetivamente concretizados. 830
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
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Cláusula 18.ª 831
Comunicações 832
1- Todas as comunicações e notificações a realizar entre as partes, nos 833
termos do presente contrato de financiamento reembolsável, devem, sob 834
pena de nulidade, ser efetuadas para os seguintes endereços: 835
- Primeiro Outorgante/Mutuante: 836
Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional, I.P. (IFDR) 837
Rua de São Julião, 63, 838
1149-030, Lisboa 839
Tel.: 218 814 000 840
Fax: 218 881 111 841
Email: [email protected] 842
- Segundo Outorgante/Mutuário: 843
(Município de Gouveia) 844
Avª. 25 de Abril, 6290-554 Gouveia 845
Tel.: 238 490 210 846
Fax: 238 494 686 847
Email: [email protected] 848
2- As notificações entre os Outorgantes são preferencialmente efetuadas 849
através dos endereços de email identificados no número anterior. 850
3- Qualquer alteração dos endereços identificados no n.º 1 só será valida 851
após comunicação, por escrito, à outra parte. 852
Cláusula 19.ª 853
Vigência 854
O presente contrato produz efeitos na data da sua assinatura por todos os 855
outorgantes ou da comunicação ao Mutuante da obtenção do visto do Tribunal 856
de Contas, quando aplicável, e cessará quando se verificar, por parte do 857
Mutuário, a amortização integral do capital e o pagamento dos juros resultantes 858
do financiamento reembolsável concedido ao Mutuário. 859
Celebrado em dois exemplares que serão assinados pelos Outorgantes ficando 860
cada um deles na posse de um exemplar. 861
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
29
Pelo Primeiro Outorgante/Mutuante Pelo Segundo Outorgante/Mutuário
Data: Data:
José Santos Soeiro
Presidente do Conselho Diretivo do IFDR
(Álvaro dos Santos Amaro)
(Presidente da Câmara Municipal de Gouveia)
ANEXOS: 862
1)Ficha Técnica do Financiamento Reembolsável; 863 2) Simulação do Plano de Utilização e Reembolso; 864 3) Documento(s) de Garantia. 865 Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 866
de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 867
a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 868
- - - - 5.7) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 869
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO A CELEBRAR COM A CAIXA DE CRÉDITO 870
AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, NO MONTANTE DE 871
42.161,00 EUROS DESTINADO À OBRA DE “QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO 872
DA ANTIGA FÁBRICA DAS BOBINES, COM A ÁREA PÚBLICA 873
ENVOLVENTE E REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DO MUNICÍPIO”:- 874
Deliberou a Câmara, por maioria, com três abstenções por parte dos Senhores 875
Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, Armando José dos Santos Almeida, 876
José Manuel Correia Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço e com três votos 877
a favor por parte do Senhor Presidente, Álvaro dos Santos Amaro e dos 878
Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Social Democrata, Joaquim 879
Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, proceder 880
à aprovação das Cláusulas Contratuais relativo ao Contrato de Empréstimo a 881
celebrar com a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, CRL, no 882
montante de 42.161,00 Euros (quarenta e dois mil, cento e sessenta e um 883
euros) destinado à empreitada de “Qualificação do Espaço da Antiga 884
Fábrica das Bobines, com a Área Pública envolvente e Requalificação da 885
Praça do Município” e que a seguir se transcrevem: 886
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 887
Entre a: ----------------------------------------------------------------------------------------------- 888
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
30
--CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, 889
com sede em Seia, no Largo Marques da Silva, N.I.P.C. 501 216 022, 890
matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Seia, sob o atrás 891
referido número, com o capital social realizado de € 17.044.550,00 (variável), 892
adiante designada abreviadamente por CAIXA AGRÍCOLA. ------------------------- 893
E o: --------------------------------------------------------------------------------------------------- 894
MUNICÍPIO DE GOUVEIA, autarquia local, NIPC 506 510 476, com sede na 895
Av. 25 de Abril, em 6290-554 Gouveia, representado pelo Senhor Presidente 896
da Câmara Municipal, Sr. Álvaro dos Santos Amaro (Dr.), com poderes para 897
este acto nos termos das deliberações camarárias certificadas em anexo: acta 898
da sessão ordinária da Câmara de 24/09/2012 e acta da Assembleia Municipal 899
de 27/09/2012; adiante designado por MUNICÍPIO ou MUTUÁRIO. ---------------- 900
* É celebrado o presente contrato de empréstimo, que se rege pelas cláusulas 901
seguintes: -------------------------------------------------------------------------------------------- 902
CLÁUSULA PRIMEIRA (Pressupostos contratuais) ------------------------------------ 903
1. O presente contrato regula os termos e condições do empréstimo de 904
longo prazo no montante de QUARENTA E DOIS MIL CENTO E SESSENTA E 905
UM EUROS [€ 42.161,00] que a CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO 906
MUTUÁRIO, com a finalidade e os pressupostos previstos nos números 907
seguintes e com as condições, obrigações, direitos e garantias previstos nas 908
cláusulas subsequentes. ------------------------------------------------------------------------- 909
2. O empréstimo destina-se a dotar a autarquia de meios financeiros 910
necessários para fazer face ás despesas provenientes da componente nacional 911
de obras, consignadas no Plano Plurianual de Investimento para 2012, 912
designadamente para a seguinte obra: Qualificação do Espaço da Antiga 913
Fábrica das Bobines com a Área Pública envolvente e Requalificação da 914
Praça do Município. ----------------------------------------------------------------------------- 915
3. O MUNICÍPIO DE GOUVEIA declara que: (i) a contratação deste 916
empréstimo se enquadra nos termos dos artigos 38º e 39º da Lei das Finanças 917
Locais (Lei nº 2/2007, de 15.01), (ii) o empréstimo tem previsão orçamental e 918
não tem qualquer relação com outro acto ou contrato de crédito ou outras 919
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
31
obrigações que o MUNICÍPIO tenha assumido e cujo valor deva ser 920
considerado e englobado, e (iii) a contratação dele foi aprovada por deliberação 921
da sua Assembleia Municipal de 27/09/2012 e conforme deliberação da sua 922
Câmara Municipal de 24/09/2012. ------------------------------------------------------------- 923
4. Este contrato e o empréstimo, incluindo a efectiva concessão e tomada de 924
fundos, pressupõem e ficam subordinados à verificação cumulativa e à 925
confirmação dos requisitos e condições legais aplicáveis e aos previstos nos 926
números anteriores, bem como à obtenção do visto prévio favorável do Tribunal 927
de Contas e à sua comunicação pelo MUNICÍPIO à CAIXA AGRÍCOLA.---------- 928
5. Independentemente do momento da verificação de qualquer das 929
condições e requisitos previstos no número anterior, ou doutra condição 930
contratual, seja de alguma deliberação, autorização, ou visto prévio, seja de 931
qualquer outro acto, a disponibilidade do empréstimo e a possibilidade de o 932
MUTUÁRIO solicitar fundos ou deles dispor, ao abrigo deste contrato, finda 933
decorridos trinta e seis [36] meses a contar da data deste contrato. ---------------- 934
CLÁUSULA SEGUNDA (Crédito, Utilização e Confissão de dívida) --------------- 935
1. A CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO um 936
empréstimo de QUARENTA E DOIS MIL CENTO E SESSENTA E UM EUROS 937
[€ 42.161,00] cujos fundos serão disponibilizados nos termos dos números 938
seguintes. -------------------------------------------------------------------------------------------- 939
2. O capital do empréstimo será disponibilizado por tranches, durante o 940
período de utilização de trinta e seis [36] meses, a contar da data deste 941
contrato e após solicitação escrita do MUTUÁRIO, sendo que a primeira 942
utilização terá de ser pedida no prazo de trinta dias a contar da data do visto 943
prévio favorável do Tribunal de Contas previsto no número quatro da cláusula 944
primeira, mas dentro do prazo previsto no seu número cinco, e desde que 945
verificados os demais requisitos previstos nessa cláusula. ---------------------------- 946
3. O crédito dos capitais será feito na Conta D.O. do MUTUÁRIO identificada 947
na Cláusula Terceira, após solicitação escrita da Câmara Municipal do 948
MUTUÁRIO, dirigida à CAIXA AGRÍCOLA, com dois [2] dias de antecedência e 949
a indicação do montante e da data para esse crédito, a qual não pode 950
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
32
ultrapassar o prazo de dez dias seguintes à data do respectivo pedido, sendo 951
que a não observância dessa condição é motivo para a recusa da concessão 952
ou disponibilização dos fundos do crédito. -------------------------------------------------- 953
4. O MUTUÁRIO confessa-se devedor das/s quantia/s mutuada/s, através 954
do respectivo crédito na sua referida Conta D.O.; e obriga-se a pagá-la/s com 955
os respectivos juros e despesas de processamento do crédito. ---------------------- 956
CLÁUSULA TERCEIRA (Processamento) ------------------------------------------------ 957
1. As quantias mutuadas e as obrigações relativas ao empréstimo são 958
processadas em conta interna constituída pela CAIXA AGRÍCOLA, com a 959
numeração que o sistema automático atribuir e que poderá ser alterada, que 960
funcionará por contrapartida da conta de depósitos à ordem com o NIB 0045 961
4061 40103016828 84, designada por “Conta D.O.”, titulada em nome do 962
MUNICÍPIO MUTUÁRIO, na CAIXA AGRÍCOLA. ----------------------------------------- 963
2. O crédito do capital mutuado e os débitos das obrigações de pagamento 964
emergentes deste contrato serão processados e efectuados na referida Conta 965
D.O., que o MUTUÁRIO se obriga a ter suficientemente provisionada, nas 966
datas de vencimento das suas obrigações, e que autoriza a CAIXA AGRÍCOLA 967
a movimentar e debitar, para efectivar quaisquer pagamentos. ---------------------- 968
3. Os extractos das referidas contas e as notas de lançamento emitidas pela 969
CAIXA AGRÍCOLA e relacionadas com o empréstimo constituem documentos 970
bastantes para prova da dívida do MUTUÁRIO e dos registos e movimentação 971
dessas contas. -------------------------------------------------------------------------------------- 972
CLÁUSULA QUARTA (Prazo e Reembolso de capital) ------------------------------- 973
1. O prazo contratual é de quinze [15] anos, a contar deste contrato, nele 974
se incluindo o prazo previsto no número cinco da cláusula primeira e também o 975
período de carência de capital de trinta e seis [36] meses a contar da data 976
deste contrato. -------------------------------------------------------------------------------------- 977
2. O empréstimo será reembolsado em prestações semestrais, sucessivas e 978
constantes, de capital e juros, vencendo-se a primeira seis [6] meses, após o 979
decurso do período de carência de capital, e cada uma das demais no 980
correspondente dia de cada semestre subsequente. ------------------------------------ 981
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
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CLÁUSULA QUINTA (Juros) ------------------------------------------------------------------ 982
1. A quantia mutuada vence juros, postecipados e contados dia a dia, à taxa 983
de juro anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações 984
diárias da taxa EURIBOR a seis [6] meses (base 30/360) durante o mês de 985
calendário anterior a cada período semestral, e arredondada à milésima de 986
ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a 987
cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida do ‘spread’ ou margem 988
de [6,000%] seis pontos percentuais, o que se traduz na taxa de juro nominal 989
actual de [6,484%] seis vírgula quatrocentos e oitenta e quatro por cento. ------- 990
2. A taxa anual efectiva (TAE) deste contrato, calculada nos termos do Dec.- 991
Lei nº 220/94, de 23.08, é de [6,589%] seis vírgula quinhentos e oitenta e nove 992
por cento. --------------------------------------------------------------------------------------------- 993
3. Os juros vencem-se e serão pagos em prestações semestrais, a contar da 994
data deste contrato, fazendo-se na primeira prestação ao acerto que seja 995
necessário do período de contagem dos juros. -------------------------------------------- 996
4. Durante o período de carência de capital, são devidos os juros contados e 997
exigíveis nos termos do número anterior. Após o período de carência, os juros 998
serão contados e pagos em prestações constantes de capital e juros e com a 999
mesma periodicidade. ---------------------------------------------------------------------------- 1000
5. Em caso de mora no pagamento de qualquer obrigação ou quantia são 1001
devidos, à CAIXA AGRÍCOLA, juros moratórios a uma taxa equivalente à taxa 1002
nominal aplicável acrescida de quatro pontos percentuais, a título de mora e 1003
cláusula penal, que se vencem e são exigíveis diariamente e sem dependência 1004
de interpelação. ------------------------------------------------------------------------------------ 1005
6. A CAIXA AGRÍCOLA pode capitalizar juros remuneratórios de prazo não 1006
inferior a três meses e juros moratórios de prazo não inferior a um ano, 1007
adicionando-os ao capital, para seguirem o regime deste (cf. DL 344/77, DL 1008
204/87, DL 344/77 e DL 83/86). ---------------------------------------------------------------- 1009
CLÁUSULA SEXTA (Condições gerais) --------------------------------------------------- 1010
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1. As prestações de capital e de juros e as demais obrigações contratuais 1011
são exigíveis e devem ser pagas pelo MUTUÁRIO nas datas dos seus 1012
vencimentos, independentemente de qualquer aviso ou interpelação. ------------- 1013
2. Os pagamentos serão imputados pela ordem seguinte: a despesas, a 1014
juros, começando pelos de mora, e depois, a capital. ----------------------------------- 1015
3. A taxa de juro nominal aplicável em cada período de contagem será 1016
adequada em função das variações do indexante previsto para a sua 1017
determinação e a respectiva periodicidade, aplicando-se automática e 1018
independentemente da comunicação que a esse respeito a CAIXA AGRÍCOLA 1019
fará ao MUTUÁRIO, tomando em consideração que a taxa de referência 1020
aplicável e as suas modificações são publicadas pelos meios adequados e se 1021
encontram publicitadas e acessíveis nas instalações ao público nos balcões da 1022
CAIXA AGRÍCOLA. ---------------------------------------------------------------------------------- 1023
4. No empréstimo e relativamente aos actos processados no seu âmbito e 1024
previstos na Tabela de Preçário da CAIXA AGRÍCOLA, que em cada momento 1025
estiver em vigor e divulgada aos seus balcões, incidem as respectivas 1026
comissões e encargos, com os valores e critérios nela indicados, o que o 1027
MUTUÁRIO aceita, e a que acrescem os inerentes impostos e encargos legais. 1028
5. Durante a vigência do contrato e após comunicação escrita ao 1029
MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA poderá substituir o indexante se no sistema 1030
bancário passar a ser usado outro com características e metodologia 1031
objectivas, associado a uma variável financeira adequada ao tipo de crédito e 1032
que reflicta as condições de mercado, bem como poderá alterar o spread ou 1033
margem ou outro factor que influa na determinação da taxa de juro ou nos 1034
custos do crédito, e outras condições do crédito, como previsto na lei e neste 1035
contrato, fazendo-o em termos razoáveis, atentas as boas práticas bancárias e 1036
observando os princípios da objectividade, transparência, confiança, 1037
proporcionalidade e adequação, com base em razão atendível, por sobrevirem 1038
ou serem motivados por variações de mercado e factos objectivos e relevantes, 1039
externos ou alheios à CAIXA AGRÍCOLA, ou fora do seu controlo directo, 1040
designadamente a alteração especial das condições de mercado, o aumento 1041
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
35
de taxas e custos do crédito, ou do refinanciamento no sistema bancário 1042
nacional e internacional. Com a comunicação dessas alterações ao 1043
MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA indicará a data de início da sua aplicação e 1044
o prazo razoável para ele optar pela sua aceitação, expressa ou tácita, ou pela 1045
resolução do contrato através de escrito devidamente assinado, caso em que, 1046
nesse mesmo prazo, o MUTUÁRIO fica obrigado a reembolsar as quantias 1047
mutuadas e a pagar os juros e encargos emergentes do contrato. ------------------ 1048
6. A falta ou demora da CAIXA AGRÍCOLA na cobrança de créditos e na 1049
efectivação de débitos na Conta D.O., ou no exercício de algum direito ou 1050
faculdade, não representa a concessão de moratória, nem significa renúncia ou 1051
perda de qualquer prazo ou direito e à percepção dos créditos e quantias que 1052
lhe sejam devidas. --------------------------------------------------------------------------------- 1053
7. O MUTUÁRIO obriga-se especialmente ao seguinte: ---------------------------- 1054
a) A fornecer prontamente à CAIXA AGRÍCOLA sempre que ela solicite, os 1055
documentos e informações relativos aos requisitos e condições previstos na 1056
Cláusula Primeira, bem como os relacionados com a aplicação das quantias 1057
mutuadas e com a disponibilidade e aplicação das verbas e valores a que se 1058
reporta a Cláusula Oitava. ----------------------------------------------------------------------- 1059
b) A processar e movimentar verbas das suas receitas na referida sua Conta 1060
D.O. 1061
c) A dar imediato conhecimento à CAIXA AGRÍCOLA de todo e qualquer 1062
acto ou diligência administrativa, judicial ou extrajudicial de que seja citado ou 1063
interpelado, ou de outro facto que de alguma forma possa afectar ou pôr em 1064
risco as garantias e o cumprimento das suas obrigações contratuais. -------------- 1065
8. Ficam autorizadas e aceites, sem necessidade de outro consentimento ou 1066
comunicação, a cessão da posição contratual e a cessão de créditos, total ou 1067
parcial, que a CAIXA AGRÍCOLA pretenda fazer e nas condições que entender. 1068
CLÁUSULA SÉTIMA (Incumprimento e exigibilidade) --------------------------------- 1069
1. O não cumprimento pontual de quaisquer obrigações do MUTUÁRIO para 1070
com a CAIXA AGRÍCOLA, ainda que decorrentes de outros actos e títulos, 1071
produz o vencimento antecipado e a exigibilidade imediata de todas as demais 1072
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obrigações, sem embargo de outros direitos conferidos por lei ou contrato, e 1073
especialmente nos casos seguintes: --------------------------------------------------------- 1074
a) Se não for paga alguma das prestações de capital ou de juros, no 1075
respectivo prazo, ou os juros moratórios e os encargos, ou outras quantias 1076
devidas, nas datas estabelecidas ou que forem indicadas pela CAIXA 1077
AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1078
b) Se não forem respeitadas as disposições relativas às garantias e à 1079
consignação das verbas referidas na Cláusula Oitava, ou se sobre elas recair 1080
alguma oposição, apreensão ou outra providência judicial, administrativa ou 1081
extrajudicial; ou se sobrevier facto que afecte o seu valor, integralidade e livre 1082
disponibilidade. ------------------------------------------------------------------------------------- 1083
c) Se as quantias mutuadas forem usadas em fim diferente do contratado; e 1084
se não forem entregues os documentos ou não forem prestadas as 1085
informações que o devam ser à CAIXA AGRÍCOLA, ou neles/as haja falsidade, 1086
defeito ou omissão. -------------------------------------------------------------------------------- 1087
2. Em caso de incumprimento e nos acima referidos, a CAIXA AGRÍCOLA 1088
fica autorizada a movimentar e debitar a referida Conta D.O. e outras contas de 1089
qualquer natureza nela tituladas em nome do MUTUÁRIO ou da respectiva 1090
Câmara Municipal, para obter o pagamento das obrigações emergentes deste 1091
contrato e de qualquer obrigação, inclusive de descoberto em conta bancária, 1092
podendo proceder à compensação com quaisquer saldos credores, 1093
independentemente da verificação dos pressupostos da compensação legal. --- 1094
CLÁUSULA OITAVA (Garantia: consignação de receitas) ---------------------------- 1095
1. Para garantia do bom, pontual e integral pagamento de todas as 1096
obrigações e responsabilidades do MUTUÁRIO decorrentes deste contrato, 1097
quer de capital e juros, à taxa e sobretaxa contratadas, incluindo de mora, quer 1098
das despesas judiciais e extrajudiciais que a CAIXA AGRÍCOLA faça, o 1099
MUNICÍPIO procede à consignação das suas receitas, incluindo as verbas ou 1100
transferências da sua participação no IRS, as verbas correspondentes ao 1101
Fundo de Regularização Municipal, ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, ao 1102
Fundo Geral e de Coesão Municipal e de outros apoios a que tenha direito, 1103
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inclusive ao abrigo de Quadros Comunitários de Apoio, e com observância do 1104
disposto na Lei das Finanças Locais. -------------------------------------------------------- 1105
2. A CAIXA AGRÍCOLA fica autorizada a receber directamente do Estado as 1106
receitas ou verbas destinadas ao MUNICÍPIO e que nos termos deste contrato 1107
se destinam a ser consignadas, até ao limite das importâncias devidas, em 1108
cada momento, e afectadas ao pagamento dessas obrigações. --------------------- 1109
3. O MUNICÍPIO obriga-se a disponibilizar as importâncias necessárias, nos 1110
termos dos números anteriores, e a processar o seu depósito ou crédito na 1111
sobredita sua Conta D.O., ou noutra que a CAIXA AGRÍCOLA indicar, bem 1112
como dará instruções às entidades pagadoras para efectuarem as 1113
transferências para essa Conta e prestará as informações que a CAIXA 1114
AGRÍCOLA lhe solicitar, a qual fica autorizada a cativar e consignar em conta 1115
as quantias e valores necessários, para assegurar e efectivar o pagamento do 1116
que lhe seja devido, nos termos deste contrato. ------------------------------------------ 1117
CLÁUSULA NONA (Tramitação de Dados) ----------------------------------------------- 1118
Os dados deste contrato e da Conta DO referida na cláusula terceira, dos 1119
respectivos intervenientes, ou com eles relacionados, podem ser processados 1120
informaticamente e usados pela CAIXA AGRÍCOLA, que também poderá 1121
recolher informação adicional e facultar esses elementos às autoridades e 1122
entidades judiciais, administrativas e de supervisão bancária e financeira, bem 1123
como a entidade à qual seja cedido o crédito, com salvaguarda da confidência 1124
e das regras legais. -------------------------------------------------------------------------------- 1125
CLÁUSULA DÉCIMA (Foro e Comunicações) ------------------------------------------- 1126
1. Para solucionar questões relacionadas com este contrato fica designado 1127
como competente, no que por lei for disponível, o foro da Comarca da CAIXA 1128
AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1129
2. As comunicações entre as partes devem ser efectuadas por escrito, por 1130
carta ou por telecópia, dirigidas para os seus endereços mencionados neste 1131
contrato. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 1132
Gouveia, quarta-feira, 10 de Outubro de 2012. -------------------------------------------- 1133
Isento de Imposto de Selo nos termos do artº 6º do Código do Imposto de Selo. 1134
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A CAIXA AGRÍCOLA 1135
Pelo MUTUÁRIO, o Presidente da Câmara do Município de Gouveia” 1136
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 1137
de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 1138
a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1139
- - - - 5.8) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 1140
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO A CELEBRAR COM A CAIXA DE CRÉDITO 1141
AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, NO MONTANTE DE 1142
84.919,00 EUROS DESTINADO À OBRA DE “MELHORIA DAS 1143
ACESSIBILIDADES INTRA-CONCELHIAS”:- Deliberou a Câmara, por 1144
maioria, com três abstenções por parte dos Senhores Vereadores eleitos pelo 1145
Partido Socialista, Armando José dos Santos Almeida, José Manuel Correia 1146
Santos Mota e Glória Cardoso Lourenço e com três votos a favor por parte do 1147
Senhor Presidente, Álvaro dos Santos Amaro e dos Senhores Vereadores 1148
eleitos pelo Partido Social Democrata, Joaquim Lourenço de Sousa e Laura 1149
Maria da Rocha Oliveira Pinto da Costa, proceder à aprovação das Cláusulas 1150
Contratuais relativo ao Contrato de Empréstimo a celebrar com a Caixa de 1151
Crédito Agrícola Mútuo da Serra da Estrela, CRL, no montante de 84.919,00 1152
Euros (oitenta e quatro mil, novecentos e dezanove euros) destinado à 1153
empreitada de “Melhoria das Acessibilidades Intra-Concelhias” e que a 1154
seguir se transcrevem: 1155
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 1156
Entre a: ----------------------------------------------------------------------------------------------- 1157
--CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, 1158
com sede em Seia, no Largo Marques da Silva, N.I.P.C. 501 216 022, 1159
matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Seia, sob o atrás 1160
referido número, com o capital social realizado de € 17.044.550,00 (variável), 1161
adiante designada abreviadamente por CAIXA AGRÍCOLA. ------------------------- 1162
E o: --------------------------------------------------------------------------------------------------- 1163
MUNICÍPIO DE GOUVEIA, autarquia local, NIPC 506 510 476, com sede na 1164
Av. 25 de Abril, em 6290-554 Gouveia, representado pelo Senhor Presidente 1165
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da Câmara Municipal, Sr. Álvaro dos Santos Amaro (Dr.), com poderes para 1166
este acto nos termos das deliberações camarárias certificadas em anexo: acta 1167
da sessão ordinária da Câmara de 24/09/2012 e acta da Assembleia Municipal 1168
de 27/09/2012; adiante designado por MUNICÍPIO ou MUTUÁRIO. ---------------- 1169
* É celebrado o presente contrato de empréstimo, que se rege pelas cláusulas 1170
seguintes: -------------------------------------------------------------------------------------------- 1171
CLÁUSULA PRIMEIRA (Pressupostos contratuais) ------------------------------------ 1172
6. O presente contrato regula os termos e condições do empréstimo de 1173
longo prazo no montante de OITENTA E QUATRO MIL NOVECENTOS E 1174
DEZANOVE EUROS [€ 84.919,00] que a CAIXA AGRÍCOLA concede ao 1175
MUNICÍPIO MUTUÁRIO, com a finalidade e os pressupostos previstos nos 1176
números seguintes e com as condições, obrigações, direitos e garantias 1177
previstos nas cláusulas subsequentes. ------------------------------------------------------ 1178
7. O empréstimo destina-se a dotar a autarquia de meios financeiros 1179
necessários para fazer face ás despesas provenientes da componente nacional 1180
de obras, consignadas no Plano Plurianual de Investimento para 2012, 1181
designadamente para a seguinte obra: Melhoria das Acessibilidades Intra-1182
Concelhias. ----------------------------------------------------------------------------------------- 1183
8. O MUNICÍPIO DE GOUVEIA declara que: (i) a contratação deste 1184
empréstimo se enquadra nos termos dos artigos 38º e 39º da Lei das Finanças 1185
Locais (Lei nº 2/2007, de 15.01), (ii) o empréstimo tem previsão orçamental e 1186
não tem qualquer relação com outro acto ou contrato de crédito ou outras 1187
obrigações que o MUNICÍPIO tenha assumido e cujo valor deva ser 1188
considerado e englobado, e (iii) a contratação dele foi aprovada por deliberação 1189
da sua Assembleia Municipal de 27/09/2012 e conforme deliberação da sua 1190
Câmara Municipal de 24/09/2012. ------------------------------------------------------------- 1191
9. Este contrato e o empréstimo, incluindo a efectiva concessão e tomada de 1192
fundos, pressupõem e ficam subordinados à verificação cumulativa e à 1193
confirmação dos requisitos e condições legais aplicáveis e aos previstos nos 1194
números anteriores, bem como à obtenção do visto prévio favorável do Tribunal 1195
de Contas e à sua comunicação pelo MUNICÍPIO à CAIXA AGRÍCOLA.---------- 1196
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10. Independentemente do momento da verificação de qualquer das 1197
condições e requisitos previstos no número anterior, ou doutra condição 1198
contratual, seja de alguma deliberação, autorização, ou visto prévio, seja de 1199
qualquer outro acto, a disponibilidade do empréstimo e a possibilidade de o 1200
MUTUÁRIO solicitar fundos ou deles dispor, ao abrigo deste contrato, finda 1201
decorridos trinta e seis [36] meses a contar da data deste contrato. ---------------- 1202
CLÁUSULA SEGUNDA (Crédito, Utilização e Confissão de dívida) --------------- 1203
5. A CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO um 1204
empréstimo de OITENTA E QUATRO MIL NOVECENTOS E DEZANOVE 1205
EUROS [€ 84.919,00] cujos fundos serão disponibilizados nos termos dos 1206
números seguintes. -------------------------------------------------------------------------------- 1207
6. O capital do empréstimo será disponibilizado por tranches, durante o 1208
período de utilização de trinta e seis [36] meses, a contar da data deste 1209
contrato e após solicitação escrita do MUTUÁRIO, sendo que a primeira 1210
utilização terá de ser pedida no prazo de trinta dias a contar da data do visto 1211
prévio favorável do Tribunal de Contas previsto no número quatro da cláusula 1212
primeira, mas dentro do prazo previsto no seu número cinco, e desde que 1213
verificados os demais requisitos previstos nessa cláusula. ---------------------------- 1214
7. O crédito dos capitais será feito na Conta D.O. do MUTUÁRIO identificada 1215
na Cláusula Terceira, após solicitação escrita da Câmara Municipal do 1216
MUTUÁRIO, dirigida à CAIXA AGRÍCOLA, com dois [2] dias de antecedência e 1217
a indicação do montante e da data para esse crédito, a qual não pode 1218
ultrapassar o prazo de dez dias seguintes à data do respectivo pedido, sendo 1219
que a não observância dessa condição é motivo para a recusa da concessão 1220
ou disponibilização dos fundos do crédito. -------------------------------------------------- 1221
8. O MUTUÁRIO confessa-se devedor das/s quantia/s mutuada/s, através 1222
do respectivo crédito na sua referida Conta D.O.; e obriga-se a pagá-la/s com 1223
os respectivos juros e despesas de processamento do crédito. ---------------------- 1224
CLÁUSULA TERCEIRA (Processamento) ------------------------------------------------ 1225
4. As quantias mutuadas e as obrigações relativas ao empréstimo são 1226
processadas em conta interna constituída pela CAIXA AGRÍCOLA, com a 1227
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41
numeração que o sistema automático atribuir e que poderá ser alterada, que 1228
funcionará por contrapartida da conta de depósitos à ordem com o NIB 0045 1229
4061 40103016828 84, designada por “Conta D.O.”, titulada em nome do 1230
MUNICÍPIO MUTUÁRIO, na CAIXA AGRÍCOLA. ----------------------------------------- 1231
5. O crédito do capital mutuado e os débitos das obrigações de pagamento 1232
emergentes deste contrato serão processados e efectuados na referida Conta 1233
D.O., que o MUTUÁRIO se obriga a ter suficientemente provisionada, nas 1234
datas de vencimento das suas obrigações, e que autoriza a CAIXA AGRÍCOLA 1235
a movimentar e debitar, para efectivar quaisquer pagamentos. ---------------------- 1236
6. Os extractos das referidas contas e as notas de lançamento emitidas pela 1237
CAIXA AGRÍCOLA e relacionadas com o empréstimo constituem documentos 1238
bastantes para prova da dívida do MUTUÁRIO e dos registos e movimentação 1239
dessas contas. -------------------------------------------------------------------------------------- 1240
CLÁUSULA QUARTA (Prazo e Reembolso de capital) ------------------------------- 1241
3. O prazo contratual é de quinze [15] anos, a contar deste contrato, nele 1242
se incluindo o prazo previsto no número cinco da cláusula primeira e também o 1243
período de carência de capital de trinta e seis [36] meses a contar da data 1244
deste contrato. -------------------------------------------------------------------------------------- 1245
4. O empréstimo será reembolsado em prestações semestrais, sucessivas e 1246
constantes, de capital e juros, vencendo-se a primeira seis [6] meses, após o 1247
decurso do período de carência de capital, e cada uma das demais no 1248
correspondente dia de cada semestre subsequente. ------------------------------------ 1249
CLÁUSULA QUINTA (Juros) ------------------------------------------------------------------ 1250
7. A quantia mutuada vence juros, postecipados e contados dia a dia, à taxa 1251
de juro anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações 1252
diárias da taxa EURIBOR a seis [6] meses (base 30/360) durante o mês de 1253
calendário anterior a cada período semestral, e arredondada à milésima de 1254
ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a 1255
cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida do ‘spread’ ou margem 1256
de [6,000%] seis pontos percentuais, o que se traduz na taxa de juro nominal 1257
actual de [6,484%] seis vírgula quatrocentos e oitenta e quatro por cento. ------- 1258
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42
8. A taxa anual efectiva (TAE) deste contrato, calculada nos termos do Dec.- 1259
Lei nº 220/94, de 23.08, é de [6,589%] seis vírgula quinhentos e oitenta e nove 1260
por cento. --------------------------------------------------------------------------------------------- 1261
9. Os juros vencem-se e serão pagos em prestações semestrais, a contar da 1262
data deste contrato, fazendo-se na primeira prestação ao acerto que seja 1263
necessário do período de contagem dos juros. -------------------------------------------- 1264
10. Durante o período de carência de capital, são devidos os juros contados e 1265
exigíveis nos termos do número anterior. Após o período de carência, os juros 1266
serão contados e pagos em prestações constantes de capital e juros e com a 1267
mesma periodicidade. ---------------------------------------------------------------------------- 1268
11. Em caso de mora no pagamento de qualquer obrigação ou quantia são 1269
devidos, à CAIXA AGRÍCOLA, juros moratórios a uma taxa equivalente à taxa 1270
nominal aplicável acrescida de quatro pontos percentuais, a título de mora e 1271
cláusula penal, que se vencem e são exigíveis diariamente e sem dependência 1272
de interpelação. ------------------------------------------------------------------------------------ 1273
12. A CAIXA AGRÍCOLA pode capitalizar juros remuneratórios de prazo não 1274
inferior a três meses e juros moratórios de prazo não inferior a um ano, 1275
adicionando-os ao capital, para seguirem o regime deste (cf. DL 344/77, DL 1276
204/87, DL 344/77 e DL 83/86). ---------------------------------------------------------------- 1277
CLÁUSULA SEXTA (Condições gerais) --------------------------------------------------- 1278
9. As prestações de capital e de juros e as demais obrigações contratuais 1279
são exigíveis e devem ser pagas pelo MUTUÁRIO nas datas dos seus 1280
vencimentos, independentemente de qualquer aviso ou interpelação. ------------- 1281
10. Os pagamentos serão imputados pela ordem seguinte: a despesas, a 1282
juros, começando pelos de mora, e depois, a capital. ----------------------------------- 1283
11. A taxa de juro nominal aplicável em cada período de contagem será 1284
adequada em função das variações do indexante previsto para a sua 1285
determinação e a respectiva periodicidade, aplicando-se automática e 1286
independentemente da comunicação que a esse respeito a CAIXA AGRÍCOLA 1287
fará ao MUTUÁRIO, tomando em consideração que a taxa de referência 1288
aplicável e as suas modificações são publicadas pelos meios adequados e se 1289
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encontram publicitadas e acessíveis nas instalações ao público nos balcões da 1290
CAIXA AGRÍCOLA. ---------------------------------------------------------------------------------- 1291
12. No empréstimo e relativamente aos actos processados no seu âmbito e 1292
previstos na Tabela de Preçário da CAIXA AGRÍCOLA, que em cada momento 1293
estiver em vigor e divulgada aos seus balcões, incidem as respectivas 1294
comissões e encargos, com os valores e critérios nela indicados, o que o 1295
MUTUÁRIO aceita, e a que acrescem os inerentes impostos e encargos legais. 1296
13. Durante a vigência do contrato e após comunicação escrita ao 1297
MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA poderá substituir o indexante se no sistema 1298
bancário passar a ser usado outro com características e metodologia 1299
objectivas, associado a uma variável financeira adequada ao tipo de crédito e 1300
que reflicta as condições de mercado, bem como poderá alterar o spread ou 1301
margem ou outro factor que influa na determinação da taxa de juro ou nos 1302
custos do crédito, e outras condições do crédito, como previsto na lei e neste 1303
contrato, fazendo-o em termos razoáveis, atentas as boas práticas bancárias e 1304
observando os princípios da objectividade, transparência, confiança, 1305
proporcionalidade e adequação, com base em razão atendível, por sobrevirem 1306
ou serem motivados por variações de mercado e factos objectivos e relevantes, 1307
externos ou alheios à CAIXA AGRÍCOLA, ou fora do seu controlo directo, 1308
designadamente a alteração especial das condições de mercado, o aumento 1309
de taxas e custos do crédito, ou do refinanciamento no sistema bancário 1310
nacional e internacional. Com a comunicação dessas alterações ao 1311
MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA indicará a data de início da sua aplicação e 1312
o prazo razoável para ele optar pela sua aceitação, expressa ou tácita, ou pela 1313
resolução do contrato através de escrito devidamente assinado, caso em que, 1314
nesse mesmo prazo, o MUTUÁRIO fica obrigado a reembolsar as quantias 1315
mutuadas e a pagar os juros e encargos emergentes do contrato. ------------------ 1316
14. A falta ou demora da CAIXA AGRÍCOLA na cobrança de créditos e na 1317
efectivação de débitos na Conta D.O., ou no exercício de algum direito ou 1318
faculdade, não representa a concessão de moratória, nem significa renúncia ou 1319
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perda de qualquer prazo ou direito e à percepção dos créditos e quantias que 1320
lhe sejam devidas. --------------------------------------------------------------------------------- 1321
15. O MUTUÁRIO obriga-se especialmente ao seguinte: ---------------------------- 1322
d) A fornecer prontamente à CAIXA AGRÍCOLA sempre que ela solicite, os 1323
documentos e informações relativos aos requisitos e condições previstos na 1324
Cláusula Primeira, bem como os relacionados com a aplicação das quantias 1325
mutuadas e com a disponibilidade e aplicação das verbas e valores a que se 1326
reporta a Cláusula Oitava. ----------------------------------------------------------------------- 1327
e) A processar e movimentar verbas das suas receitas na referida sua Conta 1328
D.O. 1329
f) A dar imediato conhecimento à CAIXA AGRÍCOLA de todo e qualquer 1330
acto ou diligência administrativa, judicial ou extrajudicial de que seja citado ou 1331
interpelado, ou de outro facto que de alguma forma possa afectar ou pôr em 1332
risco as garantias e o cumprimento das suas obrigações contratuais. -------------- 1333
16. Ficam autorizadas e aceites, sem necessidade de outro consentimento ou 1334
comunicação, a cessão da posição contratual e a cessão de créditos, total ou 1335
parcial, que a CAIXA AGRÍCOLA pretenda fazer e nas condições que entender. 1336
CLÁUSULA SÉTIMA (Incumprimento e exigibilidade) --------------------------------- 1337
3. O não cumprimento pontual de quaisquer obrigações do MUTUÁRIO para 1338
com a CAIXA AGRÍCOLA, ainda que decorrentes de outros actos e títulos, 1339
produz o vencimento antecipado e a exigibilidade imediata de todas as demais 1340
obrigações, sem embargo de outros direitos conferidos por lei ou contrato, e 1341
especialmente nos casos seguintes: --------------------------------------------------------- 1342
d) Se não for paga alguma das prestações de capital ou de juros, no 1343
respectivo prazo, ou os juros moratórios e os encargos, ou outras quantias 1344
devidas, nas datas estabelecidas ou que forem indicadas pela CAIXA 1345
AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1346
e) Se não forem respeitadas as disposições relativas às garantias e à 1347
consignação das verbas referidas na Cláusula Oitava, ou se sobre elas recair 1348
alguma oposição, apreensão ou outra providência judicial, administrativa ou 1349
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extrajudicial; ou se sobrevier facto que afecte o seu valor, integralidade e livre 1350
disponibilidade. ------------------------------------------------------------------------------------- 1351
f) Se as quantias mutuadas forem usadas em fim diferente do contratado; e 1352
se não forem entregues os documentos ou não forem prestadas as 1353
informações que o devam ser à CAIXA AGRÍCOLA, ou neles/as haja falsidade, 1354
defeito ou omissão. -------------------------------------------------------------------------------- 1355
4. Em caso de incumprimento e nos acima referidos, a CAIXA AGRÍCOLA 1356
fica autorizada a movimentar e debitar a referida Conta D.O. e outras contas de 1357
qualquer natureza nela tituladas em nome do MUTUÁRIO ou da respectiva 1358
Câmara Municipal, para obter o pagamento das obrigações emergentes deste 1359
contrato e de qualquer obrigação, inclusive de descoberto em conta bancária, 1360
podendo proceder à compensação com quaisquer saldos credores, 1361
independentemente da verificação dos pressupostos da compensação legal. --- 1362
CLÁUSULA OITAVA (Garantia: consignação de receitas) ---------------------------- 1363
4. Para garantia do bom, pontual e integral pagamento de todas as 1364
obrigações e responsabilidades do MUTUÁRIO decorrentes deste contrato, 1365
quer de capital e juros, à taxa e sobretaxa contratadas, incluindo de mora, quer 1366
das despesas judiciais e extrajudiciais que a CAIXA AGRÍCOLA faça, o 1367
MUNICÍPIO procede à consignação das suas receitas, incluindo as verbas ou 1368
transferências da sua participação no IRS, as verbas correspondentes ao 1369
Fundo de Regularização Municipal, ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, ao 1370
Fundo Geral e de Coesão Municipal e de outros apoios a que tenha direito, 1371
inclusive ao abrigo de Quadros Comunitários de Apoio, e com observância do 1372
disposto na Lei das Finanças Locais. -------------------------------------------------------- 1373
5. A CAIXA AGRÍCOLA fica autorizada a receber directamente do Estado as 1374
receitas ou verbas destinadas ao MUNICÍPIO e que nos termos deste contrato 1375
se destinam a ser consignadas, até ao limite das importâncias devidas, em 1376
cada momento, e afectadas ao pagamento dessas obrigações. --------------------- 1377
6. O MUNICÍPIO obriga-se a disponibilizar as importâncias necessárias, nos 1378
termos dos números anteriores, e a processar o seu depósito ou crédito na 1379
sobredita sua Conta D.O., ou noutra que a CAIXA AGRÍCOLA indicar, bem 1380
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como dará instruções às entidades pagadoras para efectuarem as 1381
transferências para essa Conta e prestará as informações que a CAIXA 1382
AGRÍCOLA lhe solicitar, a qual fica autorizada a cativar e consignar em conta 1383
as quantias e valores necessários, para assegurar e efectivar o pagamento do 1384
que lhe seja devido, nos termos deste contrato. ------------------------------------------ 1385
CLÁUSULA NONA (Tramitação de Dados) ----------------------------------------------- 1386
Os dados deste contrato e da Conta DO referida na cláusula terceira, dos 1387
respectivos intervenientes, ou com eles relacionados, podem ser processados 1388
informaticamente e usados pela CAIXA AGRÍCOLA, que também poderá 1389
recolher informação adicional e facultar esses elementos às autoridades e 1390
entidades judiciais, administrativas e de supervisão bancária e financeira, bem 1391
como a entidade à qual seja cedido o crédito, com salvaguarda da confidência 1392
e das regras legais. -------------------------------------------------------------------------------- 1393
CLÁUSULA DÉCIMA (Foro e Comunicações) ------------------------------------------- 1394
3. Para solucionar questões relacionadas com este contrato fica designado 1395
como competente, no que por lei for disponível, o foro da Comarca da CAIXA 1396
AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1397
4. As comunicações entre as partes devem ser efectuadas por escrito, por 1398
carta ou por telecópia, dirigidas para os seus endereços mencionados neste 1399
contrato. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 1400
Gouveia, quarta-feira, 10 de Outubro de 2012. -------------------------------------------- 1401
Isento de Imposto de Selo nos termos do artº 6º do Código do Imposto de Selo. 1402
A CAIXA AGRÍCOLA 1403
Pelo MUTUÁRIO, o Presidente da Câmara do Município de Gouveia” 1404
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 1405
de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 1406
a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1407
- - - - 5.9) APROVAÇÃO DAS CLÁUSULAS CONTRATUAIS RELATIVO AO 1408
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO A CELEBRAR COM A CAIXA DE CRÉDITO 1409
AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, NO MONTANTE DE 1410
118.000,00 EUROS DESTINADO À OBRA DE “CAMINHO NATURAL - 1411
C Â M A R A M U N I C I P A L D E G O U V E I A
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GOUVEIA (CURRAL DO NEGRO), FOLGOSINHO (COVÃO DA PONTE), 1412
LIMITE DO CONCELHO”:- Deliberou a Câmara, por maioria, com três 1413
abstenções por parte dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista, 1414
Armando José dos Santos Almeida, José Manuel Correia Santos Mota e Glória 1415
Cardoso Lourenço e com três votos a favor por parte do Senhor Presidente, 1416
Álvaro dos Santos Amaro e dos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido 1417
Social Democrata, Joaquim Lourenço de Sousa e Laura Maria da Rocha 1418
Oliveira Pinto da Costa, proceder à aprovação das Cláusulas Contratuais 1419
relativo ao Contrato de Empréstimo a celebrar com a Caixa de Crédito Agrícola 1420
Mútuo da Serra da Estrela, CRL, no montante de 118.000,00 Euros (cento e 1421
dezoito mil euros) destinado à empreitada de “Caminho Natural - Gouveia 1422
(Curral do Negro) – Folgosinho - Covão da Ponte, Limite do Concelho” e 1423
que a seguir se transcrevem: 1424
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO 1425
Entre a: ----------------------------------------------------------------------------------------------- 1426
--CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DA SERRA DA ESTRELA, CRL, 1427
com sede em Seia, no Largo Marques da Silva, N.I.P.C. 501 216 022, 1428
matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Seia, sob o atrás 1429
referido número, com o capital social realizado de € 17.044.550,00 (variável), 1430
adiante designada abreviadamente por CAIXA AGRÍCOLA. ------------------------- 1431
E o: --------------------------------------------------------------------------------------------------- 1432
MUNICÍPIO DE GOUVEIA, autarquia local, NIPC 506 510 476, com sede na 1433
Av. 25 de Abril, em 6290-554 Gouveia, representado pelo Senhor Presidente 1434
da Câmara Municipal, Sr. Álvaro dos Santos Amaro (Dr.), com poderes para 1435
este acto nos termos das deliberações camarárias certificadas em anexo: acta 1436
da sessão ordinária da Câmara de 24/09/2012 e acta da Assembleia Municipal 1437
de 27/09/2012; adiante designado por MUNICÍPIO ou MUTUÁRIO. ---------------- 1438
* É celebrado o presente contrato de empréstimo, que se rege pelas cláusulas 1439
seguintes: -------------------------------------------------------------------------------------------- 1440
CLÁUSULA PRIMEIRA (Pressupostos contratuais) ------------------------------------ 1441
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11. O presente contrato regula os termos e condições do empréstimo de 1442
longo prazo no montante de CENTO E DEZOITO MIL EUROS [€ 118.000,00] 1443
que a CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO, com a 1444
finalidade e os pressupostos previstos nos números seguintes e com as 1445
condições, obrigações, direitos e garantias previstos nas cláusulas 1446
subsequentes. -------------------------------------------------------------------------------------- 1447
12. O empréstimo destina-se a dotar a autarquia de meios financeiros 1448
necessários para fazer face ás despesas provenientes da componente nacional 1449
de obras, consignadas no Plano Plurianual de Investimento para 2012, 1450
designadamente para a seguinte obra: Caminho Natural - Gouveia (Curral do 1451
Negro) – Folgosinho - Covão da Ponte, Limite do Concelho. -------------------- 1452
13. O MUNICÍPIO DE GOUVEIA declara que: (i) a contratação deste 1453
empréstimo se enquadra nos termos dos artigos 38º e 39º da Lei das Finanças 1454
Locais (Lei nº 2/2007, de 15.01), (ii) o empréstimo tem previsão orçamental e 1455
não tem qualquer relação com outro acto ou contrato de crédito ou outras 1456
obrigações que o MUNICÍPIO tenha assumido e cujo valor deva ser 1457
considerado e englobado, e (iii) a contratação dele foi aprovada por deliberação 1458
da sua Assembleia Municipal de 27/09/2012 e conforme deliberação da sua 1459
Câmara Municipal de 24/09/2012. ------------------------------------------------------------- 1460
14. Este contrato e o empréstimo, incluindo a efectiva concessão e tomada de 1461
fundos, pressupõem e ficam subordinados à verificação cumulativa e à 1462
confirmação dos requisitos e condições legais aplicáveis e aos previstos nos 1463
números anteriores, bem como à obtenção do visto prévio favorável do Tribunal 1464
de Contas e à sua comunicação pelo MUNICÍPIO à CAIXA AGRÍCOLA.---------- 1465
15. Independentemente do momento da verificação de qualquer das 1466
condições e requisitos previstos no número anterior, ou doutra condição 1467
contratual, seja de alguma deliberação, autorização, ou visto prévio, seja de 1468
qualquer outro acto, a disponibilidade do empréstimo e a possibilidade de o 1469
MUTUÁRIO solicitar fundos ou deles dispor, ao abrigo deste contrato, finda 1470
decorridos trinta e seis [36] meses a contar da data deste contrato. ---------------- 1471
CLÁUSULA SEGUNDA (Crédito, Utilização e Confissão de dívida) --------------- 1472
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9. A CAIXA AGRÍCOLA concede ao MUNICÍPIO MUTUÁRIO um 1473
empréstimo de CENTO E DEZOITO MIL EUROS [€ 118.000,00] cujos fundos 1474
serão disponibilizados nos termos dos números seguintes. --------------------------- 1475
10. O capital do empréstimo será disponibilizado por tranches, durante o 1476
período de utilização de trinta e seis [36] meses, a contar da data deste 1477
contrato e após solicitação escrita do MUTUÁRIO, sendo que a primeira 1478
utilização terá de ser pedida no prazo de trinta dias a contar da data do visto 1479
prévio favorável do Tribunal de Contas previsto no número quatro da cláusula 1480
primeira, mas dentro do prazo previsto no seu número cinco, e desde que 1481
verificados os demais requisitos previstos nessa cláusula. ---------------------------- 1482
11. O crédito dos capitais será feito na Conta D.O. do MUTUÁRIO identificada 1483
na Cláusula Terceira, após solicitação escrita da Câmara Municipal do 1484
MUTUÁRIO, dirigida à CAIXA AGRÍCOLA, com dois [2] dias de antecedência e 1485
a indicação do montante e da data para esse crédito, a qual não pode 1486
ultrapassar o prazo de dez dias seguintes à data do respectivo pedido, sendo 1487
que a não observância dessa condição é motivo para a recusa da concessão 1488
ou disponibilização dos fundos do crédito. -------------------------------------------------- 1489
12. O MUTUÁRIO confessa-se devedor das/s quantia/s mutuada/s, através 1490
do respectivo crédito na sua referida Conta D.O.; e obriga-se a pagá-la/s com 1491
os respectivos juros e despesas de processamento do crédito. ---------------------- 1492
CLÁUSULA TERCEIRA (Processamento) ------------------------------------------------ 1493
7. As quantias mutuadas e as obrigações relativas ao empréstimo são 1494
processadas em conta interna constituída pela CAIXA AGRÍCOLA, com a 1495
numeração que o sistema automático atribuir e que poderá ser alterada, que 1496
funcionará por contrapartida da conta de depósitos à ordem com o NIB 0045 1497
4061 40103016828 84, designada por “Conta D.O.”, titulada em nome do 1498
MUNICÍPIO MUTUÁRIO, na CAIXA AGRÍCOLA. ----------------------------------------- 1499
8. O crédito do capital mutuado e os débitos das obrigações de pagamento 1500
emergentes deste contrato serão processados e efectuados na referida Conta 1501
D.O., que o MUTUÁRIO se obriga a ter suficientemente provisionada, nas 1502
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datas de vencimento das suas obrigações, e que autoriza a CAIXA AGRÍCOLA 1503
a movimentar e debitar, para efectivar quaisquer pagamentos. ---------------------- 1504
9. Os extractos das referidas contas e as notas de lançamento emitidas pela 1505
CAIXA AGRÍCOLA e relacionadas com o empréstimo constituem documentos 1506
bastantes para prova da dívida do MUTUÁRIO e dos registos e movimentação 1507
dessas contas. -------------------------------------------------------------------------------------- 1508
CLÁUSULA QUARTA (Prazo e Reembolso de capital) ------------------------------- 1509
5. O prazo contratual é de quinze [15] anos, a contar deste contrato, nele 1510
se incluindo o prazo previsto no número cinco da cláusula primeira e também o 1511
período de carência de capital de trinta e seis [36] meses a contar da data 1512
deste contrato. -------------------------------------------------------------------------------------- 1513
6. O empréstimo será reembolsado em prestações semestrais, sucessivas e 1514
constantes, de capital e juros, vencendo-se a primeira seis [6] meses, após o 1515
decurso do período de carência de capital, e cada uma das demais no 1516
correspondente dia de cada semestre subsequente. ------------------------------------ 1517
CLÁUSULA QUINTA (Juros) ------------------------------------------------------------------ 1518
13. A quantia mutuada vence juros, postecipados e contados dia a dia, à taxa 1519
de juro anual nominal que resultar da média aritmética simples das cotações 1520
diárias da taxa EURIBOR a seis [6] meses (base 30/360) durante o mês de 1521
calendário anterior a cada período semestral, e arredondada à milésima de 1522
ponto percentual, por excesso se a quarta casa decimal for igual ou superior a 1523
cinco, ou por defeito se for inferior, e depois acrescida do ‘spread’ ou margem 1524
de [6,000%] seis pontos percentuais, o que se traduz na taxa de juro nominal 1525
actual de [6,484%] seis vírgula quatrocentos e oitenta e quatro por cento. ------- 1526
14. A taxa anual efectiva (TAE) deste contrato, calculada nos termos do Dec.- 1527
Lei nº 220/94, de 23.08, é de [6,589%] seis vírgula quinhentos e oitenta e nove 1528
por cento. --------------------------------------------------------------------------------------------- 1529
15. Os juros vencem-se e serão pagos em prestações semestrais, a contar da 1530
data deste contrato, fazendo-se na primeira prestação ao acerto que seja 1531
necessário do período de contagem dos juros. -------------------------------------------- 1532
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16. Durante o período de carência de capital, são devidos os juros contados e 1533
exigíveis nos termos do número anterior. Após o período de carência, os juros 1534
serão contados e pagos em prestações constantes de capital e juros e com a 1535
mesma periodicidade. ---------------------------------------------------------------------------- 1536
17. Em caso de mora no pagamento de qualquer obrigação ou quantia são 1537
devidos, à CAIXA AGRÍCOLA, juros moratórios a uma taxa equivalente à taxa 1538
nominal aplicável acrescida de quatro pontos percentuais, a título de mora e 1539
cláusula penal, que se vencem e são exigíveis diariamente e sem dependência 1540
de interpelação. ------------------------------------------------------------------------------------ 1541
18. A CAIXA AGRÍCOLA pode capitalizar juros remuneratórios de prazo não 1542
inferior a três meses e juros moratórios de prazo não inferior a um ano, 1543
adicionando-os ao capital, para seguirem o regime deste (cf. DL 344/77, DL 1544
204/87, DL 344/77 e DL 83/86). ---------------------------------------------------------------- 1545
CLÁUSULA SEXTA (Condições gerais) --------------------------------------------------- 1546
17. As prestações de capital e de juros e as demais obrigações contratuais 1547
são exigíveis e devem ser pagas pelo MUTUÁRIO nas datas dos seus 1548
vencimentos, independentemente de qualquer aviso ou interpelação. ------------- 1549
18. Os pagamentos serão imputados pela ordem seguinte: a despesas, a 1550
juros, começando pelos de mora, e depois, a capital. ----------------------------------- 1551
19. A taxa de juro nominal aplicável em cada período de contagem será 1552
adequada em função das variações do indexante previsto para a sua 1553
determinação e a respectiva periodicidade, aplicando-se automática e 1554
independentemente da comunicação que a esse respeito a CAIXA AGRÍCOLA 1555
fará ao MUTUÁRIO, tomando em consideração que a taxa de referência 1556
aplicável e as suas modificações são publicadas pelos meios adequados e se 1557
encontram publicitadas e acessíveis nas instalações ao público nos balcões da 1558
CAIXA AGRÍCOLA. ---------------------------------------------------------------------------------- 1559
20. No empréstimo e relativamente aos actos processados no seu âmbito e 1560
previstos na Tabela de Preçário da CAIXA AGRÍCOLA, que em cada momento 1561
estiver em vigor e divulgada aos seus balcões, incidem as respectivas 1562
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comissões e encargos, com os valores e critérios nela indicados, o que o 1563
MUTUÁRIO aceita, e a que acrescem os inerentes impostos e encargos legais. 1564
21. Durante a vigência do contrato e após comunicação escrita ao 1565
MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA poderá substituir o indexante se no sistema 1566
bancário passar a ser usado outro com características e metodologia 1567
objectivas, associado a uma variável financeira adequada ao tipo de crédito e 1568
que reflicta as condições de mercado, bem como poderá alterar o spread ou 1569
margem ou outro factor que influa na determinação da taxa de juro ou nos 1570
custos do crédito, e outras condições do crédito, como previsto na lei e neste 1571
contrato, fazendo-o em termos razoáveis, atentas as boas práticas bancárias e 1572
observando os princípios da objectividade, transparência, confiança, 1573
proporcionalidade e adequação, com base em razão atendível, por sobrevirem 1574
ou serem motivados por variações de mercado e factos objectivos e relevantes, 1575
externos ou alheios à CAIXA AGRÍCOLA, ou fora do seu controlo directo, 1576
designadamente a alteração especial das condições de mercado, o aumento 1577
de taxas e custos do crédito, ou do refinanciamento no sistema bancário 1578
nacional e internacional. Com a comunicação dessas alterações ao 1579
MUTUÁRIO, a CAIXA AGRÍCOLA indicará a data de início da sua aplicação e 1580
o prazo razoável para ele optar pela sua aceitação, expressa ou tácita, ou pela 1581
resolução do contrato através de escrito devidamente assinado, caso em que, 1582
nesse mesmo prazo, o MUTUÁRIO fica obrigado a reembolsar as quantias 1583
mutuadas e a pagar os juros e encargos emergentes do contrato. ------------------ 1584
22. A falta ou demora da CAIXA AGRÍCOLA na cobrança de créditos e na 1585
efectivação de débitos na Conta D.O., ou no exercício de algum direito ou 1586
faculdade, não representa a concessão de moratória, nem significa renúncia ou 1587
perda de qualquer prazo ou direito e à percepção dos créditos e quantias que 1588
lhe sejam devidas. --------------------------------------------------------------------------------- 1589
23. O MUTUÁRIO obriga-se especialmente ao seguinte: ---------------------------- 1590
g) A fornecer prontamente à CAIXA AGRÍCOLA sempre que ela solicite, os 1591
documentos e informações relativos aos requisitos e condições previstos na 1592
Cláusula Primeira, bem como os relacionados com a aplicação das quantias 1593
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mutuadas e com a disponibilidade e aplicação das verbas e valores a que se 1594
reporta a Cláusula Oitava. ----------------------------------------------------------------------- 1595
h) A processar e movimentar verbas das suas receitas na referida sua Conta 1596
D.O. 1597
i) A dar imediato conhecimento à CAIXA AGRÍCOLA de todo e qualquer 1598
acto ou diligência administrativa, judicial ou extrajudicial de que seja citado ou 1599
interpelado, ou de outro facto que de alguma forma possa afectar ou pôr em 1600
risco as garantias e o cumprimento das suas obrigações contratuais. -------------- 1601
24. Ficam autorizadas e aceites, sem necessidade de outro consentimento ou 1602
comunicação, a cessão da posição contratual e a cessão de créditos, total ou 1603
parcial, que a CAIXA AGRÍCOLA pretenda fazer e nas condições que entender. 1604
CLÁUSULA SÉTIMA (Incumprimento e exigibilidade) --------------------------------- 1605
5. O não cumprimento pontual de quaisquer obrigações do MUTUÁRIO para 1606
com a CAIXA AGRÍCOLA, ainda que decorrentes de outros actos e títulos, 1607
produz o vencimento antecipado e a exigibilidade imediata de todas as demais 1608
obrigações, sem embargo de outros direitos conferidos por lei ou contrato, e 1609
especialmente nos casos seguintes: --------------------------------------------------------- 1610
g) Se não for paga alguma das prestações de capital ou de juros, no 1611
respectivo prazo, ou os juros moratórios e os encargos, ou outras quantias 1612
devidas, nas datas estabelecidas ou que forem indicadas pela CAIXA 1613
AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1614
h) Se não forem respeitadas as disposições relativas às garantias e à 1615
consignação das verbas referidas na Cláusula Oitava, ou se sobre elas recair 1616
alguma oposição, apreensão ou outra providência judicial, administrativa ou 1617
extrajudicial; ou se sobrevier facto que afecte o seu valor, integralidade e livre 1618
disponibilidade. ------------------------------------------------------------------------------------- 1619
i) Se as quantias mutuadas forem usadas em fim diferente do contratado; e 1620
se não forem entregues os documentos ou não forem prestadas as 1621
informações que o devam ser à CAIXA AGRÍCOLA, ou neles/as haja falsidade, 1622
defeito ou omissão. -------------------------------------------------------------------------------- 1623
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6. Em caso de incumprimento e nos acima referidos, a CAIXA AGRÍCOLA 1624
fica autorizada a movimentar e debitar a referida Conta D.O. e outras contas de 1625
qualquer natureza nela tituladas em nome do MUTUÁRIO ou da respectiva 1626
Câmara Municipal, para obter o pagamento das obrigações emergentes deste 1627
contrato e de qualquer obrigação, inclusive de descoberto em conta bancária, 1628
podendo proceder à compensação com quaisquer saldos credores, 1629
independentemente da verificação dos pressupostos da compensação legal. --- 1630
CLÁUSULA OITAVA (Garantia: consignação de receitas) ---------------------------- 1631
7. Para garantia do bom, pontual e integral pagamento de todas as 1632
obrigações e responsabilidades do MUTUÁRIO decorrentes deste contrato, 1633
quer de capital e juros, à taxa e sobretaxa contratadas, incluindo de mora, quer 1634
das despesas judiciais e extrajudiciais que a CAIXA AGRÍCOLA faça, o 1635
MUNICÍPIO procede à consignação das suas receitas, incluindo as verbas ou 1636
transferências da sua participação no IRS, as verbas correspondentes ao 1637
Fundo de Regularização Municipal, ao Fundo de Equilíbrio Financeiro, ao 1638
Fundo Geral e de Coesão Municipal e de outros apoios a que tenha direito, 1639
inclusive ao abrigo de Quadros Comunitários de Apoio, e com observância do 1640
disposto na Lei das Finanças Locais. -------------------------------------------------------- 1641
8. A CAIXA AGRÍCOLA fica autorizada a receber directamente do Estado as 1642
receitas ou verbas destinadas ao MUNICÍPIO e que nos termos deste contrato 1643
se destinam a ser consignadas, até ao limite das importâncias devidas, em 1644
cada momento, e afectadas ao pagamento dessas obrigações. --------------------- 1645
9. O MUNICÍPIO obriga-se a disponibilizar as importâncias necessárias, nos 1646
termos dos números anteriores, e a processar o seu depósito ou crédito na 1647
sobredita sua Conta D.O., ou noutra que a CAIXA AGRÍCOLA indicar, bem 1648
como dará instruções às entidades pagadoras para efectuarem as 1649
transferências para essa Conta e prestará as informações que a CAIXA 1650
AGRÍCOLA lhe solicitar, a qual fica autorizada a cativar e consignar em conta 1651
as quantias e valores necessários, para assegurar e efectivar o pagamento do 1652
que lhe seja devido, nos termos deste contrato. ------------------------------------------ 1653
CLÁUSULA NONA (Tramitação de Dados) ----------------------------------------------- 1654
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Os dados deste contrato e da Conta DO referida na cláusula terceira, dos 1655
respectivos intervenientes, ou com eles relacionados, podem ser processados 1656
informaticamente e usados pela CAIXA AGRÍCOLA, que também poderá 1657
recolher informação adicional e facultar esses elementos às autoridades e 1658
entidades judiciais, administrativas e de supervisão bancária e financeira, bem 1659
como a entidade à qual seja cedido o crédito, com salvaguarda da confidência 1660
e das regras legais. -------------------------------------------------------------------------------- 1661
CLÁUSULA DÉCIMA (Foro e Comunicações) ------------------------------------------- 1662
5. Para solucionar questões relacionadas com este contrato fica designado 1663
como competente, no que por lei for disponível, o foro da Comarca da CAIXA 1664
AGRÍCOLA.------------------------------------------------------------------------------------------ 1665
6. As comunicações entre as partes devem ser efectuadas por escrito, por 1666
carta ou por telecópia, dirigidas para os seus endereços mencionados neste 1667
contrato. ---------------------------------------------------------------------------------------------- 1668
Gouveia, quarta-feira, 10 de Outubro de 2012. -------------------------------------------- 1669
Isento de Imposto de Selo nos termos do artº 6º do Código do Imposto de Selo. 1670
A CAIXA AGRÍCOLA 1671
Pelo MUTUÁRIO, o Presidente da Câmara do Município de Gouveia” 1672
Esta deliberação foi aprovada em minuta de modo a produzir efeitos imediatos, 1673
de acordo com o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com 1674
a redação que lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro. 1675
6. OBRAS 1676
- - - - 6.1) DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DO PEDIDO DE RECEÇÃO DEFINITIVA 1677
E LIBERTAÇÃO DE CAUÇÃO RELATIVAMENTE AO ALVARÁ DE 1678
LOTEAMENTO N.º 9/98, SITO NO LUGAR DE CABEÇO MARIA, LOTEADOR 1679
VITOR MANUEL RODRIGUES QUINTELA:- Acerca deste assunto usou da 1680
palavra o Senhor Vereador José Santos Mota solicitando um pedido de 1681
esclarecimento e que se prende com o facto de não ter entendido muito bem 1682
como é que os Serviços Técnicos de uma proposta inicial de 4.800,00 euros, 1683
se altera para 3.400,00 euros e agora sugerem 1.500,00 euros. Isto significa 1684
portanto que vale a pena protestar ou reclamar. 1685
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Portanto pretendia saber como se justifica esta passagem dos 4.800,00 euros 1686
para os 1.500,00 euros. Há certamente uma justificação que o Senhor 1687
Vereador não compreendeu. 1688
Devidamente autorizado usou a palavra o Senhor Chefe de Divisão de 1689
Infraestruturas e Ambiente, Eng.º António Mendes, referindo que a primeira 1690
redução, dos 4.800,00 Euros para os 3.000,00 Euros, decorre de uma situação 1691
de excesso de zelo técnico, por terem sido mobilizados para a 1692
responsabilidade do loteador determinados trabalhos de qualificação do 1693
espaço, executados na empreitada, que a maior simplicidade da solução do 1694
projeto das obras de urbanização do loteamento não continha. A segunda 1695
redução não se reporta a questões técnicas mas à aplicação de um princípio 1696
de bom senso e justiça; de facto, embora a o valor real a pagar se quantifique 1697
nos 3.000,00 Euros, foi tido em conta o facto da empreitada, que também 1698
incluiu os trabalhos de urbanização em falta, ter sido objeto de uma 1699
candidatura com comparticipação, pelo que, o que se propõe é que o loteador 1700
pague exatamente o valor da comparticipação nacional, ou seja, a quantia 1701
efetivamente despendida pela Câmara Municipal para a execução dos 1702
respetivos trabalhos. 1703
Retomou a palavra o Senhor Vereador José Santos Mota dizendo que os 1704
Vereadores eleitos pelo Partido Socialista não têm nada contra esta proposta, 1705
mas é a questão da imagem exterior do Município que de facto os preocupa, 1706
contudo votam favoravelmente. 1707
Usou ainda da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida aproveitando para 1708
questionar acerca do processo das contrapartidas da Urbanização Mira Serra 1709
(Barreiros). 1710
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que, na altura, foi solicitado um 1711
parecer jurídico que, de resto, o fez suspender. Tem a confessar que de 1712
momento não tem presente o ponto da situação deste assunto, mas pede aos 1713
Senhores Vereadores para que na próxima reunião de Câmara, o Senhor 1714
Vereador Luís Tadeu, que tem acompanhado esse processo, possa vir 1715
esclarecer. 1716
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De seguida analisou o Executivo o pedido de receção definitiva e libertação de 1717
caução referente ao loteamento urbano com o alvará n.º 9/98, de que foi 1718
loteador Vítor Manuel Rodrigues Quintela, sito no lugar de “Cabeço Maria”, na 1719
freguesia de São Pedro, concelho de Gouveia, tendo a Câmara deliberado, por 1720
unanimidade e em minuta de modo a produzir efeitos imediatos de acordo com 1721
o n.º 3 do artigo 92.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redação que 1722
lhe foi introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, que o Loteador - 1723
Vítor Manuel Rodrigues Quintela, proceda ao pagamento do valor residual das 1724
obras de urbanização assumidas pelo Município, num total de 1.563,66 euros 1725
(mil quinhentos e sessenta e três euros e sessenta e seis cêntimos), de acordo 1726
com a Informação dos Serviços Técnicos, que se encontra anexa à presente 1727
ata e dela fica a fazer parte integrante, solução que legitima a emissão da 1728
Receção Definitiva das Obras de Urbanização referente ao referido alvará de 1729
loteamento e consequente libertação da respetiva caução. 1730
Mais se deliberou proceder à revogação da deliberação acerca deste assunto, 1731
aprovada, por unanimidade, na reunião de Câmara realizada no dia 13 de 1732
dezembro de 2010. 1733
- - - - 6.2) EMISSÃO DE CERTIDÃO DE DESTAQUE:- De António Dias 1734
Rodrigues, contribuinte n.º 106797468, residente na Rua da Ponte Nova, 1735
freguesia de Cativelos, concelho de Gouveia, vem na qualidade de proprietário 1736
de um prédio misto, sito no lugar de “Tapada ou Ponte Nova”, freguesia de 1737
Cativelos, concelho de Gouveia, inscrito na respetiva matriz sob o n.º 230 e 1738
descrito na Conservatória do Registo Predial sob o n.º 112/19860717, requerer 1739
nos termos do n.º 4, do art.º 6.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, 1740
na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de março, 1741
a emissão de certidão de destaque de uma parcela de terreno com a área de 1742
228 m2. – Deliberado, por unanimidade, emitir parecer favorável de acordo 1743
com a informação dos Serviços Técnicos. 1744
- - - - 6.3) INFORMAÇÃO SOBRE OS PROJECTOS APRECIADOS NA 1745
SEMANA DE 2012/10/08 A 2012/10/18: 1746
ARQUITECTURA:- De Alberto de Jesus Arcanjo Nogueira, de Paços da Serra, 1747
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para Alteração e Ampliação de Moradia; De Júlio Pereira de Albuquerque, de 1748
São Paio, para Alteração ao Projeto Inicial; De Sumol+Compal Marcas, SA, de 1749
Paços da Serra, para Construção de um cais de cargas e descargas; De 1750
Sumol+Compal Marcas, SA, de Paços da Serra, para Construção de uma 1751
ETAR. - Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 1752
ESPECIALIDADES:- De Glória Maria Fonseca Brites Cardoso, de Arcozelo da 1753
Serra, para Reconstrução de Moradia; De Maria Emília Gonçalves Silvestre 1754
Póvoas Pereira, de Arcozelo da Serra, para Ampliação de Moradia; De Piet 1755
Lodewijk M. Smis, de Nabais, para Alteração e Ampliação de Moradia; De 1756
Martinho Pereira Castanheira, de Folgosinho, para Ampliação de Moradia. - 1757
Deferidos de acordo com a informação dos Serviços Técnicos. 1758
7. RESUMO DIÁRIO DA TESOURARIA 1759
- - - - Foi presente o Resumo Diário da Tesouraria número 203, referente ao 1760
dia dezanove de outubro, pelo qual se verifica a existência dos seguintes 1761
saldos: Em Operações Orçamentais – Um milhão e três mil, duzentos e 1762
noventa e quatro euros e cinquenta e sete cêntimos (€1.003.294,57); Em 1763
Documentos – Oitenta e nove mil, setecentos e dezoito euros e setenta e seis 1764
cêntimos (€89.718,76). 1765
- - - - Nos termos da legislação em vigor, ratificou a Câmara a realização de 1766
despesas a que se referem as requisições números 1105 a 1110, 1112 a 1201, 1767
1203 a 1206, bem como os pagamentos no montante de trezentos e trinta e 1768
três mil, oitocentos e vinte e seis euros e trinta e um cêntimos (€333.826,31) a 1769
que se referem as Ordens de Pagamento números, 3600 a 3603, 3608 a 3634, 1770
3636 a 3685, 3687 a 3688, 3690 a 3759, 3768, 3773 a 3807. 1771
8. PRESENÇA DE PÚBLICO 1772
- - - - 8.1) Senhor Fernando Oliveira Viegas, de Ribamondego:- Referiu que 1773
a sua vinda à reunião de Câmara, mais uma vez, se prende com os assuntos 1774
que já abordou das últimas vezes que cá veio. 1775
Em primeiro lugar, congratulou-se pelo facto dos serviços do Município se 1776
terem deslocado finalmente para arranjar os buracos e a parte elétrica embora 1777
só lá esteja um candeeiro, mas está à espera que lá vão. Além de se 1778
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congratular com isso, quer também afirmar que a Câmara não lhe fez nenhum 1779
favor, tudo o que lá foi feito, a pessoa que lá foi bem viu a razão que tinha 1780
quando reclamou. A Câmara não o beneficiou em nada, nem em candeeiros 1781
nem em nada, falta lá, mas cuidado que não fica beneficiado em nada, o que 1782
foi feito na freguesia é o que lá foi reposto, exceto a parte da limpeza que, 1783
desde 2002, nunca mais fizeram, mas que virá a ser resolvida noutro lado, 1784
porque isso não é competência da Câmara. 1785
Entretanto também vinha cá por causa dos pagamentos daquele dinheiro da 1786
CCDRC, já de 2007. A última vez que cá esteve, foi-lhe prometido que lhe iam 1787
mandar por escrito, realmente, recebeu a carta, telefonaram-lhe e depois 1788
mandaram por escrito. O que mandaram foi que o seu advogado entrasse em 1789
contacto com o advogado da Câmara para resolver esse dinheiro, os 1790
pagamentos que se referem aos dois processos. Contatou o advogado, ele via 1791
que não havia interesse nisso, mas pediu-lhe, para que amanhã não houvesse 1792
dúvidas, que não havia interesse nisso, os advogados entrarem em contato e o 1793
advogado da Câmara propôs uma reunião para ver se chegávamos a um 1794
consenso de um acordo global. Essa reunião foi feita no dia 4 de setembro, não 1795
havia datas antes, havia pessoas de férias tanto da Câmara como o advogado 1796
da Câmara, depois também do seu advogado e então foi acordado para o dia 4 1797
de setembro. No dia 4 de setembro, estivemos nesta sala e qual não foi o seu 1798
espanto quando vem a ter conhecimento de que o dinheiro já estava em poder 1799
da Câmara, o dinheiro que sempre reclamou que devia vir para a sua conta já 1800
estava em poder da Câmara. Congratulou-se com isso, então já era fácil vir 1801
para a sua conta e aguardamos, tivemos a ver se chegávamos a um acordo, 1802
passado um mês recebe uma carta do advogado da Câmara que em relação à 1803
proposta do acordo global aquilo não era nada, porque o que lá vinha não era 1804
um acordo global, mas sim de alguns processos. O seu advogado contatou o 1805
advogado da Câmara dizendo que podíamos negociar processo a processo, 1806
pois isto não era o acordo global. 1807
Mas em relação àquele dinheiro que vem reclamando há muito tempo, também 1808
foi informado que se encontra disponível para entrega, no montante de 1809
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317.000,00 Euros. 1810
No dia 4 de outubro contatou a Câmara para ver se realmente podia vir receber 1811
porque não vá agora dizer-se que o Fernando Viegas tinha o dinheiro à 1812
disposição e não quis receber, ficaram de lhe dar uma resposta e até hoje. E 1813
portanto agora vinha saber o que é que se está a passar, o dinheiro já está em 1814
poder da Câmara, já não está em Tribunal porque razão não lhe pagam. 1815
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que em relação à questão do 1816
arranjo dos buracos, o Senhor Fernando Viegas diz que a Câmara não fez 1817
favores ao ter realizado esses trabalhos e ele queria reforçar isso mesmo, a 1818
Câmara não anda cá para fazer favores, a Câmara age e reage muitas vezes 1819
em função daquilo que pode fazer em cada momento, onde quer fazer e onde 1820
pode fazer. 1821
Quanto à questão do pagamento desse valor queria recordar ao Senhor 1822
Fernando Viegas que hoje mesmo o Senhor poderia estar em condições até de 1823
dizer o contrário do que disse em atas que estão aqui na Câmara, tempos 1824
houve, não muito distantes, julga que está em atas, o Senhor chegou a acusar-1825
nos de que sabia que nós já tínhamos gasto o dinheiro a fazer outros 1826
pagamentos e teve a oportunidade de lhe dizer que isso nunca tinha 1827
acontecido. 1828
Bom depois fazer-lhe aqui duas ou três correções em relação ao que disse 1829
pelas informações que nós temos do advogado da Câmara que não coincidem 1830
exatamente com aquelas que o Senhor Fernando Viegas disse, de modo que 1831
talvez seja importante esclarecê-las ou o Senhor com o seu advogado ou nós 1832
com o nosso, não está a dizer quem é que esteja a falar totalmente certo. As 1833
orientações, quando nós temos advogados metidos na gestão de alguns 1834
processos, ou seja, o que nós fazemos é transmitir orientações aos nossos 1835
advogados, foi sempre assim que fizemos de modo que está por isso em 1836
condições de dar conta das orientações que nós transmitimos ao nosso 1837
advogado e do conhecimento que temos é que ele fez e faz rigorosamente 1838
aquilo que naturalmente nós estabelecemos como boa solução para a Câmara, 1839
o advogado não está apenas para cumprir as ordens da Câmara o advogado 1840
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faz também aquilo que em conversa connosco, ele é o nosso fornecedor de 1841
serviços, nós damos as nossas orientações, ele pode aconselhar-nos, é para 1842
isso que lhe pagamos, aconselhar-nos qual o caminho mais indicado. É assim 1843
que nós vemos a relação entre um cliente que somos nós e o nosso fornecedor 1844
de serviços. E o que nós dissemos ao advogado depois dessa reunião de 4 de 1845
setembro, o que sempre dissemos ao nosso advogado e temos a certeza que 1846
ele sempre o transmitiu nas reuniões com o seu advogado, é que sempre 1847
estivemos disponíveis para fazer um acordo global. Sempre, foi sempre assim, 1848
não estamos para fazer nenhuma negociação processo a processo, mas sim 1849
acordo global, de maneira que nós não alteramos nada a nossa postura, 1850
sempre dissemos isso e sempre agimos dessa maneira. E nessa circunstância 1851
o nosso advogado mandou para o advogado do Senhor Fernando Viegas uma 1852
proposta muito concreta, embora não a tenha aqui comigo mas posso ir busca-1853
la, de qual era a nossa posição no processo A, processo B, processo C, 1854
processo D. E depois dizia duas coisas no final e avançava em relação à última 1855
reunião propondo que nesse acordo global houvesse duas situações, uma, 1856
avançava com um valor global para esse acordo além de processo a processo 1857
que era à volta de 150 mil euros a mais, por isso prova maior de uma tentativa 1858
de negociação, ninguém é bom juiz em causa própria, mas é manifesta e clara 1859
a intenção de se chegar a acordo. A outra parte é claro tem toda a legitimidade 1860
de dizer que não concorda, que discorda. E dizia ainda outra coisa, que estava 1861
disponível o advogado para reunir no escritório do seu advogado, aliás, num 1862
dia, salvo o erro, que o Dr. Castanheira Neves iria até a Tondela, posso estar 1863
equivocado mas ouvi falar em Tondela e não ripostou. E o que o nosso 1864
advogado nos disse é que não teve sequer resposta. Nem à proposta nem à 1865
possibilidade de se fazer essa reunião, isto foi recentemente, tem uma semana, 1866
quinze dias, não teve resposta alguma. E lá também se dizia da nossa 1867
disponibilidade da transferência agora que temos o dinheiro que saiu do 1868
Instituto de Gestão Financeira do Ministério da Justiça e que está depositado 1869
numa conta na Caixa Geral de Depósitos, esse dinheiro nunca se lhe tocou, 1870
não sabe como mas quando demos conta ele estava numa conta desse tal 1871
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Instituto porque tinha sido previamente depositado à ordem dos autos. Na 1872
verdade, recuperámo-lo como não podia deixar de ser e o que é facto é que ele 1873
está agora à nossa disponibilidade nessa conta na Caixa Geral de Depósitos. 1874
E quer voltar a repetir ao Senhor Fernando Viegas aquilo que sempre 1875
dissemos. Julga que seria importante que os advogados tivessem orientações 1876
muito claras de ambas as partes e pudessem chegar a acordo, porque nós 1877
sempre vimos, mal ou bem, sempre dissemos coerentemente nessa 1878
negociação que está para se ver também em termos jurídicos, não em termos 1879
contabilísticos, ainda na semana passada o Senhor Vereador Joaquim 1880
Lourenço lhe dizia e quer salvaguardar isso mesmo e a Senhora Dra. Alice 1881
Ferrão a mesma coisa e quer que isso fique registado que, em termos 1882
contabilísticos, já não tem aqui nenhum tipo de classificação ou 1883
enquadramento, porque aquele não era dinheiro do FEDER, da CCDRC, 1884
aquele dinheiro é a contrapartida autárquica que nós tivemos que colocar para 1885
receber o dinheiro do FEDER, nunca foi dinheiro do FEDER, nunca foi dinheiro 1886
da CCDRC, pedindo à Senhora Chefe de Divisão de Finanças que 1887
esclarecesse. 1888
Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão de 1889
Finanças, Património e Aprovisionamento, Dra. Alice Ferrão esclarecendo que 1890
o senhor Fernando Viegas entregou na Câmara duas faturas de trabalhos 1891
imprevistos que, aos preços da Câmara, totalizavam perto de 707.000,00 1892
euros. Através dessas faturas, foi feito um pedido ao FEDER que enviou à 1893
Câmara a sua comparticipação no valor de 388.000,00 Euros. Essa quantia foi 1894
paga, na altura, ao empreiteiro Fernando Oliveira Viegas. Para completar o 1895
pagamento faltava a componente nacional, no valor de 317.000,00 Euros que 1896
foi colocada na Caixa Geral de Depósitos, em Depósito Autónomo, à ordem 1897
dos Autos, uma vez que corriam no Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo 1898
Branco, dois processos judiciais contra a Câmara pela não aceitação dos 1899
valores totais das faturas. 1900
Retomou a palavra o Senhor Presidente referindo que esse dinheiro e foi 1901
discutido no âmbito da CCDRC, sempre esteve disponível, sempre foi dito pelo 1902
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nosso advogado como sendo uma parte importante do acordo, que repete, já 1903
não tem nenhuma relevância em termos contabilísticos para a Câmara, quer 1904
salvaguardar isso, mas acha que era por isso, salvo melhor opinião, o Senhor 1905
até pode dizê-lo aqui e fica registado que, em relação à proposta ou 1906
contraproposta, para o acordo global que o advogado da Câmara fez, para si 1907
não tem, não vale, que nem merece resposta, aquilo foi enviado ao seu 1908
advogado, tivemos conhecimento pelo nosso advogado que nos deu 1909
conhecimento. Acha que deve ter resposta, porque é em função da resposta 1910
que nós podemos também reagir. 1911
Retomou a palavra o Senhor Fernando Oliveira Viegas dizendo que o dinheiro 1912
foi recebido em 2007 e depositado em 2008. O dinheiro esteve depositado 1913
desde 2007? Onde é que andou o dinheiro? – Perguntou. 1914
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que já lhe explicou e não tem que lhe 1915
dar mais explicação alguma sobre isto, era dinheiro da Câmara Municipal e não 1916
dinheiro do FEDER. 1917
Continuou o Senhor Fernando Viegas dizendo que foi recebido da CCDRC e 1918
não estavam lá os recibos, vocês mandaram dizer que estavam lá os recibos. 1919
Foi recebido em 2007, foram pedidos diversas vezes os recibos e esses 1920
recibos nunca os passei, até hoje, entretanto receberam em dezembro de 2007 1921
e em 2008 é que o foram depositar, sabe que não foi à ordem do processo, é 1922
claro que não foi à ordem do processo, que não esteve na Caixa Geral de 1923
Depósitos. Não ficou agregado a nenhum processo. 1924
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que o depósito foi feito à ordem dos 1925
autos. O Senhor pode dizer o que entender e fazer o que entender. 1926
O que entender não – continuou o Senhor Fernando Viegas - vim cá perguntar 1927
diversas vezes onde é que está o dinheiro e como é que eu posso recebê-lo. E 1928
o Tribunal não aceitou, tenho tudo por escrito. 1929
Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que o Tribunal não aceitou, o dinheiro 1930
foi para o Instituto de Gestão Financeira. 1931
Aí está que eu sempre disse que estava lá e não o podia receber. – Referiu o 1932
Senhor Fernando Viegas. 1933
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Respondeu o Senhor Presidente dizendo que o Senhor não disse isso, o que o 1934
Senhor sempre disse é que nós o gastamos a pagar outras coisas. 1935
Disse e mantenho – respondeu o Senhor Fernando Viegas - desde 2007 a 1936
2008 não o puseram lá, afirmo e não tenho medo de o dizer. 1937
Retorquiu o Senhor Presidente perguntando como pode manter uma coisa 1938
destas se acaba de dizer onde é que o dinheiro estava? O senhor não tem 1939
medo de o dizer e nós não temos medo de o ouvir e de responder. O que o 1940
Senhor diz não é verdade, nunca usamos o dinheiro para gastar em coisa 1941
alguma, como está nas atas, 1942
Não o pôs em 2007, lá. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 1943
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não tem a data na cabeça e 1944
como não quer estar a dizer coisas que não tem a certeza, mas uma coisa 1945
sabe firmemente é de que depositamos o dinheiro por conta dos autos na 1946
Caixa Geral de Depósitos. O Juiz mais tarde veio dizer que não aceitava, o 1947
dinheiro foi para o Instituto, do Instituto tivemos que o voltar a pedir, está neste 1948
momento depositado na Caixa numa conta à ordem da Câmara. E como lhe 1949
explicou há um texto recentemente enviado ao seu advogado, não sabe dizer a 1950
data exatamente, que foi enviado ao seu advogado com uma proposta mais 1951
uma vez em coerência com o que sempre dissemos para a negociação global 1952
com o credor que é o Senhor Fernando Viegas. Estamos à espera de uma 1953
resposta. 1954
Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o ofício da Câmara não 1955
merece resposta. Eu transmiti logo isso, no dia 4 de outubro, está aí o Senhor 1956
Vereador Joaquim Lourenço que lhe diga, isto não merece resposta, transmiti 1957
logo, isto não é proposta global o que está aqui, para nós não é proposta. 1958
O advogado da Câmara fez uma proposta ao seu advogado, o seu advogado já 1959
respondeu? – Perguntou o Senhor Presidente. 1960
Respondi eu em nome do advogado, porque o advogado para já nem queria 1961
fazer essa reunião, era a quarta vez, sem resultados. – Respondeu o Senhor 1962
Fernando Viegas. 1963
Peço desculpa, não houve reunião alguma. Houve uma proposta escrita. – 1964
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Referiu o Senhor Presidente. 1965
Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que isso foi à base de uma 1966
reunião que tivemos no dia 4 de outubro. 1967
Depois da reunião houve uma proposta, está aí. – Respondeu o Senhor 1968
Presidente. 1969
O que ele disse podemos negociar processo a processo porque isto não é 1970
acordo global. – Retorquiu o senhor Fernando Viegas. 1971
Volto a repetir isso é uma proposta global. – Referiu o Senhor Presidente. 1972
Não é global, porque se fosse global tinha que cá ter os processos todos e não 1973
tem, vá lá ver e diga quantos processos lá estão. - Retorquiu o Senhor 1974
Fernando Viegas. 1975
A mim não me manda ver nada, nós temos um advogado que fez uma 1976
proposta, o seu advogado já lhe respondeu? – Perguntou o Senhor Presidente. 1977
Não responde, isso não merece resposta. – Respondeu o Senhor Fernando 1978
Viegas. 1979
Então diga isso “não merece resposta”. – Referiu o Senhor Presidente. 1980
O que eu – continuou o senhor Fernando Viegas - transmiti à Câmara, 1981
interrompeu o Senhor Presidente dizendo que a mim não transmite nada, mas 1982
sim o seu advogado transmite por escrito ao nosso. 1983
Não interessa por escrito – interveio o Senhor Fernando Viegas - , se fosse 1984
uma proposta global não tinha cá isto quanto “… à fatura 867, de 49.000 euros, 1985
o Município de Gouveia desconhece em absoluto”. Então uma fatura que aqui é 1986
entregue, tem carimbo de entrega, a Câmara desconhece? 1987
Não discuto a proposta do nosso advogado, o seu advogado discute com o 1988
advogado da Câmara. Aqui não discuto mais. – Referiu o Senhor Presidente. 1989
Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que ele é que transmite as 1990
ordens ao seu advogado, o que a Câmara faz ao dela, também ele faz ao seu, 1991
o seu só foi fazer a reunião a quarta vez porque não queria, porque quer esse 1992
dinheiro que lhe pertence, não se interessava dos processos que estão em 1993
Tribunal. 1994
Interveio o Senhor Presidente dizendo que não há nenhuma reunião desde que 1995
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o advogado da Câmara mandou essa proposta ao seu advogado, não houve 1996
mais reunião alguma. Faça o que entender, mas era importante que o 1997
advogado da Câmara tenha uma resposta. O advogado da Câmara fez uma 1998
proposta concreta ao seu advogado. 1999
Interveio o Senhor Fernando Viegas dizendo que não fez uma proposta 2000
concreta global, fez de processos, está aqui, estão meia dúzia de processos, o 2001
resto nada e há outra coisa que está aqui na proposta “O Executivo não aceita 2002
quaisquer outras pretensões.” Se não aceita vamos fazer outras propostas de 2003
quê? 2004
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não discuta aqui com o Senhor 2005
Fernando Viegas em reunião de Câmara, uma carta que o advogado da 2006
Câmara escreveu ao do Senhor Fernando Viegas e que o seu ainda não 2007
obteve resposta. 2008
O meu advogado não vai aceitar porque a Câmara não vale a pena. – 2009
respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2010
Então responda isso. – Referiu o Senhor Presidente. 2011
Não é preciso, estou eu a responder. Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2012
É o seu advogado que tem que responder, referiu o Senhor Presidente. 2013
Não interessa, estou eu a responder. Tanto que o dinheiro que eu venho pedir, 2014
não me interessa dos processos para nada, alguém há-de resolver, mas se a 2015
Câmara diz aqui que “desconhece a fatura em absoluto”, se a Câmara diz que 2016
“o executivo não aceita qualquer outras pretensões” e se a Câmara diz que se 2017
encontra disponível para a entrega no montante de 317 mil euros, que é isso 2018
que eu venho cá pedir, não é o resto, quero saber, quando posso receber esse 2019
dinheiro. Como o Tribunal disse peguem no dinheiro e paguem ao homem, 2020
vocês não me entregaram, puseram lá no depósito em 2008 e ninguém lhe 2021
podia mexer só vocês e não quero que me acusem foi isso que transmiti ao 2022
Vereador com quem falei, que podia vir a receber o dinheiro ou não, não quero 2023
que amanhã me acusem porque o homem não recebeu porque não quis. 2024
Quanto aos processos mais tarde se há-de resolver, se o advogado da Câmara 2025
diz que a Câmara desconhece faturas, não vale a pena. Agora o dinheiro dos 2026
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dois processos, os 317 mil, posso receber, não posso, fica agregado? 2027
Respondeu o Senhor Presidente referindo que não iria dizer nem mais uma 2028
palavra, o advogado do senhor Fernando Viegas ou o Senhor Fernando Viegas 2029
como queira responde ao advogado da Câmara dizendo isso ou o que o 2030
Senhor entender. 2031
Não respondo nada. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas - Só preciso de 2032
saber se esse dinheiro que felizmente já o têm, pois por Lei já o tinham 2033
perdido, mas felizmente já o têm, o dinheiro ao fim de três anos ficavam sem 2034
ele e era mau porque a Câmara precisa, o Concelho precisa e, portanto, o 2035
empreiteiro precisa e esse dinheiro é o que me interessa e desde 2008 que o 2036
Tribunal disse entreguem o dinheiro ao homem e vocês não foram buscar, ficou 2037
lá, fizeram cartas para a Caixa, a Caixa não deu e foram sim senhora e bem 2038
foram buscar ao Instituto de Gestão Financeira. Agora pergunta porque razão 2039
não pagam ao empreiteiro? Quer receber e veio cá e já transmitiu isso no dia 4 2040
de outubro, não quero que amanhã digam que o homem não recebeu porque 2041
não quis receber, estava escrito e não quis receber, não damos o dinheiro mais 2042
nada desde 2008. O resto estes processos que puseram aqui e outros nada, 2043
desconhecem, não merece resposta, havemos de ver no Tribunal. Como é que 2044
há-de ficar isso, disse o Senhor Fernando Viegas. 2045
Não volto a dizer nem mais uma palavra. – Retorquiu o Senhor Presidente. 2046
Onde é que está o dinheiro e quando é que me pagam, agora já sei que a 2047
Câmara tem o dinheiro, estão a pagar juros. – Referiu o Senhor Fernando 2048
Viegas. 2049
O Senhor compreenda que quando um advogado faz uma proposta a outro 2050
advogado, o outro advogado tem todo o direito de, por ele e pelo cliente dele 2051
de discordar de não aceitar, de não querer. Diga-o. - Referiu o Senhor 2052
Presidente. 2053
Quando é uma proposta global, que eram os processos que fomos ter a 2054
reunião à base desses processos, estão aqui os processos, pedi ao advogado 2055
para lá ir, houve a reunião no dia 4 de agosto e recebi a resposta no dia 4 de 2056
outubro. – referiu o Senhor Fernando Viegas. 2057
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Não estou a falar de reunião, mas da carta, da última carta que o advogado da 2058
Câmara escreveu ao seu advogado e ainda não teve resposta. – Referiu o 2059
Senhor Presidente. 2060
Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o que tem aqui é uma 2061
carta da Câmara para receber, o que mandaram foi para esses dois processos 2062
e são esses que quero saber onde está o dinheiro. O advogado um dia sentado 2063
aqui nesta cadeira também confirmou que o dinheiro se encontra disponível e 2064
também o Senhor Vereador me disse na reunião que o dinheiro se encontra 2065
disponível. 2066
Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que o advogado disse e bem, o Senhor 2067
Vereador disse e bem disse, com autorização nossa, porque essa é a verdade, 2068
o advogado disse a verdade, o Vereador disse a verdade. O seu advogado 2069
com orientação sua, responda ao nosso advogado ou responda o Senhor ao 2070
advogado da Câmara, como quiser. 2071
Eu não respondo, pois isto não é acordo global e andamos a perder tempo. – 2072
Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2073
Então transmita isso, tem que ser por escrito. – Retorquiu o Senhor Presidente. 2074
Quando se refere na carta “o executivo não aceita quaisquer outras 2075
pretensões” , portanto não vale a pena. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2076
Está aí por escrito nosso, falta por escrito o seu. – Retorquiu o Senhor 2077
Presidente. 2078
Não vale a pena, se a Câmara não aceita o que é que vamos fazer? – 2079
respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2080
Falta por escrito o seu, a resposta a essa carta.- Repetiu o Senhor Presidente. 2081
E a proposta que nós mandámos? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2082
A proposta que os Senhores mandaram teve a nossa contraproposta. – 2083
Respondeu o Senhor Presidente. 2084
Mas fugiram aos processos. – Retorquiu o Senhor Fernando Viegas. 2085
E agora o seu advogado diz a resposta, mas não fugimos a nada. – Respondeu 2086
o Senhor Presidente. 2087
Usou da palavra o Senhor Vereador Joaquim Lourenço dizendo que a 2088
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metodologia foi a mesma, depois da nossa reunião do dia 4 de setembro, 2089
ficaram os Senhores de apresentar uma proposta para base de negociação. 2090
Foi enviada. Receberam uma contraproposta da parte do Município que seguiu 2091
a mesma linha de metodologia que os Senhores apresentaram. Em termos de 2092
apresentação o Senhor coloca aquela que o seu advogado nos enviou e coloca 2093
a que retribuímos, lado a lado, e vê que a metodologia seguida foi a mesma, à 2094
exceção de uma coisa, que é o valor global final. 2095
Agora, na sequência disso, o Senhor Fernando Viegas já disse aqui várias 2096
vezes que já transmitiu à Câmara, não transmitiu à Câmara, se quiser clarificar, 2097
transmitiu ao Senhor Vereador Joaquim Lourenço, no dia 4 de outubro, que 2098
estava a representar a Câmara, mas para que não haja duvidas, aquilo que lhe 2099
solicitou é aquilo que o Senhor Presidente lhe pede aqui hoje, é verdade ou 2100
não é, eu disse-lhe, concordando ou discordando, por favor, deem uma 2101
resposta à nossa contraproposta, nem que mais não seja, para dizer que não 2102
concordamos com nada disto e estão fechadas as negociações. 2103
Mas transmiti-lhe a si. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2104
Está bem Senhor Fernando Viegas – prosseguiu o Senhor Vereador Joaquim 2105
Lourenço - mas se foram os advogados a relacionarem-se, entenderá que 2106
institucionalmente não compete a mim, nem ao Senhor diretamente fazermos 2107
isto, não custa nada que o seu advogado, positivamente ou negativamente, 2108
numa linha, duas linhas, diga “processo encerrado”, nem que seja isto, que é 2109
para nós sabermos. Até agora eu sentei-me a esta mesa, no dia 4 de 2110
setembro, de boa fé, para chegarmos a um processo de entendimento, é 2111
evidente que, nem de longe, nem de perto, as posições se aproximaram ainda, 2112
mas tinha esperança que houvesse da vossa parte também uma 2113
contraproposta no sentido de aproximarmos posições, porque isto é que uma 2114
negociação, eu pelo menos vim para a conversa consigo e com o seu 2115
advogado com esse princípio de boa fé, e acredito que os Senhores também. 2116
Mas neste momento a “bola” está do vosso lado, para além do que me 2117
transmitiu verbalmente. Aquilo que transmitiu aqui hoje, que o seu advogado, 2118
institucionalmente o diga assim. É a minha opinião. 2119
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Na reunião que você teve, viu alguma coisa em contrário, não havia boa 2120
vontade de todas as partes, diferente de situações anteriores que já houve que 2121
nem vale a pena falar? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2122
Acabei de o afirmar aqui e por isso lhe digo, fazem uma contraproposta, porque 2123
continuo a dizer que se colar uma proposta à outra, a metodologia, os itens, 2124
são os mesmos, que é para não perdermos na forma. – Retorquiu o Senhor 2125
Vereador Joaquim Lourenço. 2126
É diferente. – Interveio o Senhor Fernando Viegas. 2127
É diferente o parágrafo final, é diferente quanto a montantes. – Respondeu o 2128
Senhor Vereador Joaquim Lourenço. 2129
Não, se for à nossa proposta lá vê todos os processos que estão em Tribunal, 2130
aqui são quatro ou cinco e depois diz que “o Município de Gouveia não aceita 2131
qualquer dívida de juros.” Está aqui alguma dívida de juros, não estão todas. – 2132
Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2133
Essa é a nossa contraproposta. - Respondeu o Senhor Vereador Joaquim 2134
Lourenço. 2135
Mas se vocês não aceitam o que é que interessa, se está em Tribunal, lá em 2136
cima é que se resolve. - Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2137
Relativamente aos juros tínhamos acordado entre os dois fechar primeiro os 2138
contratos e tratar dos juros à posteriori. - Respondeu o Senhor Vereador 2139
Joaquim Lourenço. 2140
Não, eu disse que os processos tinham que ser todos. Fiquem bem cientes que 2141
eu nunca vou prescindir dos juros. E está na Lei pagar os juros. – Respondeu o 2142
senhor Fernando Viegas. 2143
Eu disse vamos processo a processo em termos práticos, trataríamos de juros 2144
depois. – Respondeu o Senhor Vereador Joaquim Lourenço. 2145
Mas eu quero tudo, porque os processos estão lá em Tribunal, assim não é um 2146
acordo global. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2147
No final chegaremos a um acordo global. – Respondeu o Senhor Vereador 2148
Joaquim Lourenço. 2149
Mas têm que entrar todos os processos que estão em Tribunal ou só entram 2150
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quatro ou cinco, quando dizem que não aceitam juros, quando dizem que não 2151
aceitam quaisquer outras pretensões, o que é que vamos fazer? – Questionou 2152
o Senhor Fernando Viegas. 2153
Para concluir usou da palavra o Senhor Presidente referindo que a resposta 2154
está aí se quiser dar a resposta ao advogado. 2155
Não dou, não vale a pena estarmos a perder tempo. – Respondeu o Senhor 2156
Fernando Viegas. 2157
Todas as cartas devem ter uma resposta. – Retorquiu o Senhor Presidente. 2158
A minha também esteve três anos à espera de uma resposta e nunca teve uma 2159
resposta até hoje, o Senhor é o primeiro que se deve penalizar porque não deu 2160
resposta e eu é que tenho resposta a não dar em dois anos e nem três, porque 2161
o Senhor também não deu. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2162
Usou da palavra o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando ao Senhor 2163
Fernando Viegas se estes 317 mil euros correspondem a que serviços e 2164
quando é que passou a fatura. E saber se estes 317 mil euros, estão 2165
consignados nas provisões e riscos dos 530 mil euros, tendo o Senhor 2166
Presidente respondido que não, então quer dizer – prosseguiu o Senhor 2167
Vereador – que é o tal depósito autónomo que está disponível para fazer o 2168
pagamento. 2169
Usou da palavra o Senhor Fernando Viegas referindo que esta fatura 2170
correspondem a serviços feito em 2005 que nunca mais resolviam, faturei em 2171
2006 e a partir de um determinado momento que houve aqui um 2172
desentendimento com um Vereador, viu-se que aquilo já não valia a pena e foi 2173
para Tribunal, foi ainda para o Conselho Superior de Obras Públicas, porque 2174
não podia ir diretamente para o Tribunal, primeiro tinha que ir para lá, em 2006, 2175
depois houve um acordo também com a Banca e com fornecedores que entrou 2176
um milhão, dois acordos, ainda se fez mais um, isso foi de trabalhos de 2005, 2177
faturados em 2006 da Estrada de Nabais. E que entraram em junho, julho ou 2178
agosto para o Tribunal. Entretanto, entrou em Tribunal e está até hoje, já 2179
naquela altura uma fatura era de 600 mil e outra de 300 mil para o Tribunal de 2180
Castelo Branco já era de 800 mil euros, era de juros naquela altura, desde o 2181
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Conselho Superior até ao Tribunal. Entretanto em 2010 vim a descobrir que a 2182
Câmara tinha pedido à CCDRC mediante essas faturas, que tinha lá os recibos 2183
e a CCDRC mandou em dezembro de 2007 e de dezembro de 2007 até 2008, 2184
esse dinheiro não me foi entregue, em dezembro de 2008, um ano depois, é 2185
isso que eu digo onde é que o dinheiro andou durante um ano e isso é que eu 2186
digo que foram pagas outras coisas com o dinheiro, posso não ter razão, mas 2187
continuo a afirmá-lo e já o afirmei em Tribunal e continuo a dizer de 2007 a 2188
2008 onde é que esteve o dinheiro, quanto é que rendeu à Câmara, se esteve 2189
numa conta bancária, se foi para pagar outros, se não esteve e agora desde 2190
2008 que não me pagaram, existiu aquele incidente no Tribunal, o Tribunal não 2191
aceitou, peguem no dinheiro e paguei ao homem e não me pagaram até hoje. 2192
Fiquei realmente contente que a Câmara já tenha o dinheiro, se o foram buscar 2193
é muito bom, só que o dinheiro não está nas minhas mãos e continuam a pagar 2194
juros, desde 2006 a 2012 estão a pagar juros e não há interesse nisso. E 2195
quando dizem na carta que o dinheiro está disponível para receber o advogado 2196
diz vá lá receber senão amanhã dizem que ele tinha por escrito e não foi lá e 2197
contatei o Senhor Vereador que me disse que iria resolver, não me disse nada 2198
e vim à reunião. Só quero esse dinheiro, o resto dos processo hão-de resolver-2199
se e vão entrar outros, também é certo que me dizem aqui que faturas que a 2200
Câmara não tem conhecimento, há anos, faturas que entraram aqui e não tem 2201
conhecimento? Agora dos juros não vou prescindir nem que seja um tostão. 2202
Retomou a palavra o Senhor Vereador Armando Almeida dizendo que há aqui 2203
duas questões, segundo a sua interpretação, uma é o contencioso que pelos 2204
visto não conseguem resolver com acordo algum, global, não é global, já vi que 2205
isto vai ser resolvido em Tribunal. Agora também há qui uma coisa clara para 2206
si, há aqui uma dívida e há aqui dinheiro, há cabimentação para pagar essa 2207
dívida no valor de 317 mil euros, pelos vistos os serviços foram realizados, 2208
pague-se à empresa Fernando Oliveira Viegas os tais 317 mil euros que deve 2209
precisar de dinheiro e pertence-lhe. Por isso pergunta porque é que não 2210
pagam? 2211
Usou da palavra o Senhor Presidente referindo que o Senhor Vereador 2212
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Armando Almeida disse “há cabimentação, logo pode pagar-se”, devo 2213
esclarecer mais uma vez que esse dinheiro, contabilisticamente, já não terá 2214
nenhum registo contabilístico, de modo que não tem que haver cabimentação, 2215
não está provisionado, não tem nenhum registo. Já saiu da Câmara para o 2216
depósito autónomo. O Senhor Fernando Viegas nesta última intervenção disse 2217
uma coisa que era importante que o Senhor Vereador considerasse. “Eu 2218
próprio até já disse em Tribunal que o dinheiro foi gasto para pagar outras 2219
coisas”, há o processo que corre em Tribunal onde a própria CCDRC já foi 2220
chamada a Tribunal, por isso nada mais posso acrescentar sobre isto. O 2221
dinheiro em depósito não tem atualmente qualquer registo contabilístico é 2222
como se não estivesse na Câmara. Se o Senhor Vereador está muito 2223
preocupado com esta situação, eu também estou e por isso temos procurado 2224
junto do Senhor Fernando Viegas uma contraproposta, o Senhor Fernando 2225
Viegas tem todo o direito de não concordar com a nossa proposta, só tem que 2226
o transmitir, eu até posso aceitar como bom, perguntando ao advogado da 2227
Câmara, se ele achar como boa a sua resposta à carta que ele lhe mandou 2228
como contraproposta nossa, se ele achar isso e estamos a falar do campo 2229
jurídico e tal como o Senhor eu também não sou advogado e por isso temos 2230
advogados a quem damos orientações e com quem nos aconselhamos tal 2231
como o Senhor. Com esta ressalva, de perguntar ao advogado da Câmara, se 2232
ele considera como correta a resposta que o Senhor Fernando Viegas dá hoje 2233
na reunião de Câmara que fica escrita, como resposta à carta que ele mandou 2234
ao seu advogado se for correto, para mim basta. 2235
Para mim isso não interessa o que me interessa são os 317 mil euros posso 2236
receber, não posso? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2237
Responda à carta, ou se não quer que o seu advogado responda onde também 2238
se fala nisso, se o Senhor Fernando Viegas com todo o direito que lhe assiste 2239
entende que não deve responder àquela carta, mas se quiser responder como 2240
disse o Vereador Joaquim Lourenço pode responder numa linha, num 2241
parágrafo, dez linhas, dez folhas, pode responder item a item, pode responder 2242
só a essa parte, porque também consta da carta, eu é que perguntarei ao 2243
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advogado da Câmara, com esta ressalva, se o advogado da Câmara 2244
considerar que juridicamente é válida como resposta, será assim considerada. 2245
Interveio o Senhor Fernando Viegas dizendo que a ele não lhe interessa, está 2246
tudo em Tribunal, a ele o que me interessa e veio cá desde sempre é solicitar 2247
que lhe deem os 317 mil euros que lhe pertencem. 2248
Como está em Tribunal esta parte e todas as partes é por isso que eu tenho 2249
todos os cuidados de falar juridicamente que eu não percebo de Leis, por isso 2250
se o advogado da Câmara considerar que juridicamente está a resposta dada 2251
àquela carta já não precisa de responder a mais nada. – Referiu o Senhor 2252
Presidente. 2253
E não respondo e não houve nenhuma contraproposta, isto não é nenhuma 2254
contraproposta, são uns processos, demos os processos todos e vão analisar 2255
aqueles que receberam e aqueles que eu recebi, não estão os processos todos 2256
e quando a Câmara diz que não aceita mais nada de juros, a Câmara não 2257
aceita mais outras pretensões, a Câmara não conhece as faturas que deram 2258
entrada, então como entrego aqui uma fatura e passados anos a Câmara não 2259
conhece a fatura como é que é possível? No dia 14 ou 24 de 2010, o Senhor 2260
Presidente recebeu uma carta em mão na CCDRC, em Coimbra, para entregar 2261
os recibos, caso contrário perdia o dinheiro e deram-lhe o prazo de 15 dias, 2262
tenho isso por escrito se quiser posso trazer à próxima reunião pública. 2263
Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão Dra. 2264
Alice Ferrão referindo que, em relação à fatura que a Câmara desconhece, não 2265
impede que o Senhor Fernando Viegas forneça uma segunda via para 2266
analisarmos, porque não conhece essa fatura nem nos Serviços quer 2267
consultou. 2268
Mas já estou habituado a isso, já tive aqui um processo que também disseram 2269
que não entreguei e depois dei uma segunda via, também de mais de 3 mil 2270
euros e em relação a essa fatura também me pediram uma segunda via. – 2271
Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2272
Usou da palavra o Senhor Presidente dizendo que o Senhor Fernando Viegas 2273
responde à carta do advogado se quiser, se não quiser ele perguntará ao 2274
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advogado da Câmara se as suas afirmações que estão gravadas nesta reunião 2275
de Câmara, são o suporte jurídico e dispensam a resposta. Se assim for, não 2276
precisa de mais nada. 2277
Interveio o Senhor Fernando Viegas dizendo que não responde, a Câmara, por 2278
intermédio do advogado, é que devia responder ao meu advogado aos 2279
processos todos que temos em Tribunal, para uma proposta de acordo global. 2280
Quando a Câmara não respondeu aos processos e limita-se a dizer que 2281
desconhece faturas que ainda não entraram que vão entrar agora, não aceita 2282
quaisquer dívidas de juros. Eu não prescindo deles, só me interessa o dinheiro, 2283
isso não interessa, só preciso saber recebo ou não recebo? Se os Senhores 2284
quiserem que eu venha receber, venho receber, se não quiserem que eu venha 2285
receber não venho e continua. 2286
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que não vai dizer mais uma palavra, 2287
o Senhor tem todo o direito de dizer ao advogado que não responde, é uma 2288
opção sua, está tudo na carta que o Senhor não quer responder, vou perguntar 2289
ao advogado se todas as suas afirmações hoje aqui proferidas, servem na 2290
estratégia jurídica que não é a minha, para resposta à carta que o Senhor hoje 2291
declara que para si serve que não vai haver resposta alguma. 2292
Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que não vai haver resposta, 2293
porque isto não é nenhuma contraproposta, isto é brincar, não aceitarem nada, 2294
e desconhecerem faturas, o Executivo não aceita outras pretensões, não vale a 2295
pena. 2296
Nós não brincamos, são coisas sérias demais e se o Senhor não concorda com 2297
o que está aí na carta, então deveria responder e se o seu advogado não 2298
quiser responder eu perguntarei ao advogado da Câmara. – Referiu o Senhor 2299
Presidente. 2300
E os 317 mil euros, posso receber? – Perguntou o Senhor Fernando Viegas. 2301
Estão na carta que o Senhor deve responder. Se o seu advogado não quer 2302
responder perguntei ao advogado da Câmara. 2303
Quero saber se me pode pagar ou não? - Interveio o Senhor Fernando Viegas. 2304
Senhor Fernando Viegas, perguntarei ao advogado da Câmara se a sua 2305
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resposta hoje na Câmara, substitui a resposta do seu advogado a essa carta. – 2306
Retorquiu o Senhor Presidente. 2307
Não vale a pena estarmos a falar que não houve nenhuma contraproposta. Se 2308
são dez processos que vão, são dez processos que vêm. – Referiu o Senhor 2309
Fernando Viegas. 2310
Respondeu o Senhor Presidente dizendo “a nossa proposta foi feita de 2311
propósito para não haver essa dúvida, foi feita com a mesma metodologia”. 2312
De acordo global, não estão cá os processos e quando dizem que não aceitam, 2313
não vale a pena.- Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2314
Mas se não estão lá os processos, se tem dúvidas, então o seu advogado que 2315
esclarecesse junto do advogado da Câmara.- Referiu o Senhor Presidente. 2316
Não vale a pena. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2317
Acho que tudo vale a pena, agora se o Senhor acha que não, perguntarei ao 2318
advogado se esta resposta que o Senhor deu hoje na Câmara é juridicamente 2319
bastante. – Referiu o Senhor Presidente. 2320
O meu advogado faz tudo para ter os acordos, já em 2008 ou 2009, em 2321
fevereiro de 2010, quando me pagaram um de 40 e tal mil euros também 2322
pediram a mesma coisa, em fevereiro de 2010, pediu à Juíza vamos fazer, mas 2323
o colega não aceitou, mas isso está em Tribunal. 2324
Já houve uns quantos a serem julgados em Tribunal não já? – Perguntou o 2325
Senhor Presidente. 2326
Não, pelo menos que saiba não. – Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2327
Não houve três ou quatro? – Retorquiu o Senhor Presidente. 2328
Respondeu a Senhora Chefe de Divisão Dra. Alice Ferrão respondendo que 2329
eram injunções. 2330
Interveio o Senhor Vereador Armando Almeida perguntando ao Senhor 2331
Presidente se tem consciência de que isto em termos de juros já vai em cerca 2332
de 90 mil euros, desses 317 mil euros e isto é dinheiro. 2333
Respondeu o Senhor Presidente dizendo que aqui nesta casa tem-se 2334
consciência e estamos todos empenhados, já disse o que tinha a dizer e não 2335
tenho mais nada a acrescentar. E perguntarei ao advogado se a sua resposta 2336
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de hoje é juridicamente bastante. 2337
Em relação ao advogado eu até tenho consideração, porque o homem tem 2338
apaziguado e tem tentado chegar a acordo, tal como o Senhor Vereador 2339
Joaquim Lourenço que também se mostrou disponível. 2340
E eu também. – Interveio o Senhor Presidente. 2341
Não sei, digo-lhe de caras, que não sei. – Referiu o Senhor Fernando Viegas. 2342
Mas digo-lhe de caras que sim. – Respondeu o Senhor Presidente. 2343
Quando vim há uns anos para receber de uma Vereadora que tinha cá 150 mil 2344
euros, vim cá para receber e foi a partir daí que começaram os problemas, foi 2345
da Variante do Arcozelo da Serra e como eram números muito grandes pedi ao 2346
advogado era de um milhão e seiscentos mil, depois era de diversos processos 2347
e não era só com a Câmara era também com empreiteiros e aquilo tinha que 2348
ter acompanhamento e chamei o advogado que se sentou, cumprimentou 2349
todos, sentamo-nos com educação, ninguém fez nenhuma confusão, foi para 2350
pagar a obra da variante do Arcozelo, em 2006. Recebia da Câmara hoje 50 2351
mil, amanhã 20 mil, depois mais 30 mil e iria recebendo e íamos andando. 2352
Quando a Vereadora Dra. Ana Maria disse que queria pagar aquela obra eu 2353
disse que não, disse que só podia pagar parte da obra, porque não tinha os 2354
autos feitos, a seguir vamos para esta obra ao pé do Turismo e depois vamos 2355
para outra e tudo a mesma coisa e depois faz-me a seguinte pergunta, então o 2356
Senhor Presidente tem conhecimento disso? Eu disse não sei se tem, se não 2357
tem, mas uma coisa é certa, a Dra. Alice já ouviu isto e volto a afirmar, os 2358
políticos não deixam fazer os autos ao Fernando Viegas. Isto é grave para o 2359
Fernando Viegas. Foi verdade. E está a Dra. Alice que não me deixa mentir. 2360
Mas que políticos? Eu? – Perguntou o Senhor Presidente. 2361
Não sei, por isso é que eu disse que não sei, os políticos aqui da Câmara quem 2362
são? - Respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2363
Devidamente autorizada usou da palavra a Senhora Chefe de Divisão Dra. 2364
Alice Ferrão dizendo que, em relação aos trabalhos a mais, na altura ninguém 2365
fazia os autos, porque corria o boato nos Serviços Técnicos – o Senhor Eng.º 2366
António Mendes sabe deste assunto - de que não se faziam autos de trabalhos 2367
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a mais porque os políticos não deixavam e quando soube disso comuniquei ao 2368
Senhor Presidente e fizeram-se os autos. 2369
Naquela altura - retomou a palavra o Senhor Fernando Viegas - a Senhora 2370
Vereadora Dra. Ana Maria disse que iria falar com o Senhor Presidente, eu 2371
próprio falei porque não podiam pagar, paguem só aquilo e fica o resto. O 2372
Senhor pode não saber, mas muitas vezes a imagem do Fernando Viegas é 2373
má, mas nunca o prejudiquei a si, nem a nenhum Presidente, sempre cumpri 2374
com as obras. E esta coisa estou à vontade para dizer e se às vezes tem a 2375
imagem do Fernando Viegas é porque arranjam problemas. 2376
Eu já lhe disse olhos nos olhos e seguindo um bom princípio de que “vale mais 2377
um mau acordo do que uma boa demanda”. E não quero que tenha dúvidas 2378
que eu quero um acordo e um acordo implica uma negociação. 2379
Referiu o Senhor Fernando Viegas que em 2006, começaram os problemas aí, 2380
não lhe pagavam porque não tinha os autos, porque os políticos não deixavam 2381
que se elaborassem. Em 2006, a Dra. Ana Maria acompanhada pela Dra. Alice 2382
disse vamos falar e viemos para a semana, só que já não foi essa Vereadora já 2383
foi com o Dr. Luís Tadeu e aí começaram os problemas e nessa reunião eu 2384
com o meu advogado, o Vereador e a Dra. Alice, apresentei-lhe o meu 2385
advogado que não conhecia, cumprimentaram-se e aí é que foi grave, o meu 2386
advogado dirigiu-se ao Dr. Luís Tadeu e disse “Senhor Doutor, por onde vamos 2387
começar?” - porque eram diversas obras - ele dá dois berros e um murro na 2388
mesa, uma falta de respeito, o advogado ficou admirado e levantou-se para se 2389
ir embora. Fomos para Tribunal mas não foi o Fernando Viegas. Por isso paga 2390
ou não me paga? – Perguntou o Senhor Presidente. 2391
Já lhe disse, vou perguntar ao advogado da Câmara se as suas declarações de 2392
hoje são juridicamente bastantes para a resposta à carta que ele mandou. – 2393
respondeu o Senhor Presidente. 2394
Esta carta, para mim, não me diz nada que fique claro, não me diz nada. – 2395
respondeu o Senhor Fernando Viegas. 2396
É uma falta de respeito para com o advogado. – Retorquiu o Senhor 2397
Presidente. 2398
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Não é falta de respeito, porque o homem só faz aquilo que a Câmara diz. Ele 2399
está aqui a dizer que a Câmara não aceita. Em fevereiro de 2010 ali no 2400
Tribunal numa ação em que vocês pagaram 45 mil euros, o vosso advogado 2401
pediu ao Juiz e a mim, o homem disse em Tribunal, sou eu próprio que quero 2402
resolver isto, o homem até tem tido feito os possíveis. 2403
Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que ele faz segundo as orientações do 2404
seu cliente. Tem ordens para procurar tudo para fazer o acordo. O seu 2405
advogado é que no dia em que fomos ao Conselho Superior de Obras 2406
Públicas, onde nunca mais fui, nem sequer sabia ao que ía, para se tentar 2407
fazer um acordo de uma divergência que havia da Estrada de Nabais, o seu 2408
advogado disse perante o Juiz Conselheiro estas palavras “Senhor Juiz 2409
Conselheiro, esta estrada, no Tribunal, o Juiz até há-de mandar desfazê-la 2410
para a voltar a medir para provar que o meu cliente tem razão em relação às 2411
medições”. 2412
Respondeu o Senhor Fernando Viegas, não foi bem assim, eu estava presente 2413
e o Senhor Presidente foi lá duas vezes e a segunda vez até fui eu que falei e 2414
não foi o advogado e o Senhor levantou um processo ao Eng.º Mendes e nem 2415
entrou e primeira vez foi o advogado que falou, a segunda vez fui eu. 2416
Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que a primeira vez ouviu o advogado 2417
do Senhor Fernando Viegas dizer aquelas palavras e um advogado que diz isto 2418
ou ele ou o cliente nunca quererão um acordo com a Câmara, foi isto que lá foi 2419
dito e até dizia com seu ar vitorioso que poderia ganhar a demanda. 2420
Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o que o advogado disse foi 2421
em 2006 e a estrada ainda não estava alcatroada, só estava aquele primeiro 2422
piso, se for preciso abre-se a estrada e vê-se o que o é que lá estava 2423
enterrado. 2424
Retorquiu o Senhor Presidente dizendo que o seu advogado disse “esta 2425
estrada, no Tribunal, o Juiz até há-de mandar desfazê-la para a voltar a medir 2426
para provar que o meu cliente tem razão” esta postura é que não é de 2427
negociação. 2428
Respondeu o Senhor Fernando Viegas dizendo que o Senhor Presidente foi 2429
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para lá simplesmente com uma ideia e, aos serviços, era só levantar um auto a 2430
um funcionário e até hoje ainda não vimos esse auto que foi pedido ao 2431
funcionário. 2432
Bom, dinheiro não recebo, toda a gente sabe que a Câmara já tem o dinheiro e 2433
não me paga. Isso é o que interessa. – Terminou o Senhor Fernando Viegas, 2434
retirando-se de seguida da sala de reuniões. 2435
- - - - E não havendo mais assuntos a tratar, pelo Senhor Presidente foi 2436
declarada encerrada a reunião, pelas dezassete horas e trinta minutos, da qual 2437
para constar se lavrou a presente ata, nos termos do n.º 1 do Art.º 92.º, da Lei 2438
n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, a qual será submetida à aprovação do Órgão 2439
Executivo, nos termos do n.º 2 do mesmo artigo. 2440
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A Chefe de Divisão 2442
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A Câmara Municipal 2445
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