calvino critica os pais da igreja por nunca terem reconhecido a doutrina da predestinação

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CALVINO CRITICA OS PAIS DA IGREJA POR NUNCA TEREM RECONHECIDO A DOUTRINA DA PREDESTINAÇÃO INTRODUÇÃO Atualmente é comum vermos protestantes querendo usar os padres da Igreja para provarem suas doutrinas. Um caso destes são os calvinistas que tentam através dos padres provarem a sua doutrina da predestinação. Tudo isto se torna muito interessante à medida que os calvinistas atuais parecem querer ser mais calvinistas que o próprio Calvino e tentam achar uma conciliação entre os padres da Igreja e a doutrina calvinista, coisa que o próprio Calvino tinha como incompatíveis, e inclusive criticava duramente os padres da Igreja por isto. Em um texto anterior publicamos como Calvino rejeitava as epistolas de Santo Inácio de Antioquia que considerava também longe da sua doutrina. No presente texto iremos demonstrar como Calvino criticava os padres da Igreja por serem contra sua doutrina da Predestinação e negação do livre arbítrio humano. 1. CALVINO CRITICA OS PADRES DA IGREJA Em suas Institutas Calvino fala como os padres aceitavam o livre arbítrio humano, com o titulo: Os pais da igreja mostram geralmente menos clareza, mas uma tendência a aceitar a liberdade da vontade. O que é o livre-arbítrio?” (2.2.4, pp. 258-261). 1

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Texto tratando da refutação da doutrina calvinista pelos pais da igreja.

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CALVINO CRITICA OS PAIS DA IGREJA POR NUNCA TEREM RECONHECIDO A DOUTRINA DA PREDESTINAO

INTRODUOAtualmente comum vermos protestantes querendo usar os padres da Igreja para provarem suas doutrinas. Um caso destes so os calvinistas que tentam atravs dos padres provarem a sua doutrina da predestinao. Tudo isto se torna muito interessante medida que os calvinistas atuais parecem querer ser mais calvinistas que o prprio Calvino e tentam achar uma conciliao entre os padres da Igreja e a doutrina calvinista, coisa que o prprio Calvino tinha como incompatveis, e inclusive criticava duramente os padres da Igreja por isto. Em um texto anterior publicamos comoCalvino rejeitava as epistolas de Santo Incio de Antioquiaque considerava tambm longe da sua doutrina. No presente texto iremos demonstrar como Calvino criticava os padres da Igreja por serem contra sua doutrina da Predestinao e negao do livre arbtrio humano.

1. CALVINO CRITICA OS PADRES DA IGREJA

Em suas Institutas Calvino fala como os padres aceitavam o livre arbtrio humano, com o titulo: Os pais da igreja mostram geralmente menos clareza, mas uma tendncia a aceitar a liberdade da vontade. O que o livre-arbtrio? (2.2.4, pp. 258-261).Calvino comea o texto com a seguinte declarao: Todos osescritores eclesisticos reconheceram que tanto a solidez da razo no homem est gravemente ferida pelo pecado, quanto a vontade tem sido muito escravizada por maus desejos,ainda muitosdeles chegaram a abordagem muito prxima dos filsofos.Alguns dos escritores mais antigos parecem-me exaltar as foras humanas a partir de um temor de que um reconhecimento distinto de sua impotncia pudessem exp-los s zombarias dos filsofos com quem eles estavam disputando,etambm forneciam a carne, j muito declinada do bem, um novo pretexto para a preguia. Portanto, para evitar ensinar qualquer coisa que a maioria da humanidade pudesse considerar um absurda,eles fizeram com queseu estudo, em alguma medida, reconciliasse a doutrina da Escritura com os dogmas da filosofia, ao mesmo tempo, tornando-se seu cuidado especial para no fornecer qualquer ocasio para preguia.A primeira parte tambm reflete o entendimento ortodoxo da condio cada da humanidade e do nosso continuo livre arbtrio e a capacidade de raciocinar. No entanto, Calvino criticou esta compreenso da condio humana alegando que os pais da igreja primitiva ao afirmar a razo humana chegaram muita prxima dos filsofos. Ele acreditava que os primeiros pais tomaram esta posio, a fim de evitar as zombarias dos filsofos. Ento, ele alegou que os pais afirmavam o livre-arbtrio humano para no darocasio para preguia. Ele escreveu: Certamente vocver por estas declaraes que eles creditaram ao homem mais zelo pela virtude do que ele merecia, porque eles achavam que eles no poderiam despertar nossa indolncia inata, ao menos eles argumentaram que ns pecamos por isso sozinhos.A rala opinio de Calvino sobre os pais gregos se mostra clara e limpa na seguinte frase: "Alm disso, mesmo que os gregos, acima do resto,e entre eles especialmente Crisstomo, exaltam a capacidade da vontade humana, mas todos os antigos, salvo Agostinho,de algum modo diferem, vacilam, ou falam confusamente sobre este assunto, que quase nada pode ser determinado derivado de seus escritos." (Institutas Livro II, Captulo II).A frase acima pura dinamite. Em Primeiro Lugar Calvino estava ciente da crena dos primeiros pais ("todos os antigos") sobre o livre arbtrio. Em Segundo Lugar ele acreditava que os padres da Igreja falavam confusamente, o que significa que para ele, no houve consenso patrstico no livre-arbtrio. Em Terceiro Lugar nada de valor pode ser aprendido com os pais da igreja primitiva sobre esta matria. Quarto, a nica exceo entre os pais da igreja primitiva segundo ele, santo Agostinho.Todas estas teses so muito interessantes, mas como qualquer conjunto de teses, precisam ser apoiadas em provas e argumentos. decepcionante, portanto, ao descobrir que Calvino desdenha de fornecer qualquer elemento de prova.Por isso, Ns no devemos parar ao listar mais exatamente as opinies dos escritores individuais; mas ns devemos escolher aleatoriamente a partir de uma ou outro, como a explicao do argumento parece exigir.

2. UMA RESPOSTA A CALVINO

Se Calvino no vai listar mais exatamente as opinies dos escritores individuais, ento eu vou. As citaes seguintes so apresentadas para mostrar a amplitude e a profundidade de afirmao do livre-arbtrio humano da Igreja primitiva.Incio de Antioquia (110 d.C), um dos Padres Apostlicos, afirmou o livre-arbtrio humano: Visto, ento, que todas as coisas tm um fim, -nos colocada diante de ns a vida, fruto da nossa observncia [aos preceitos de Deus], e a morte, como resultado da desobedincia; todos conforme a escolha que fizer encontraro seu prprio lugar, permitindo escapar da morte e optar pela vida. Observo que duas caractersticas diferentes so encontradas nos homens: a verdadeira moeda e a espria. O verdadeiro fiel o tipo verdadeiro de moeda, cunhada pelo prprio Deus. O infiel, por sua vez, uma moeda falsa, ilegal, espria, falsificada, cunhada no por Deus, mas pelo diabo. No estou querendo dizer que existem duas naturezas humanas diferentes; existe apenas uma nica humanidade que, s vezes, pertence a Deus, e outras vezes, ao diabo. Se algum verdadeiramente religioso, ser tambm homem de Deus; mas, se no for religioso, ser homem do diabo, no por sua natureza,mas por sua prpria escolha.(Epstola Aos Magnsios Verso Longa Captulo V).A Epstola a Diogneto, considerado parte do corpus dos padres apostlicos, afirmou o livre-arbtrio humano: Ao contrrio, enviou-o com clemncia e mansido, como um rei que envia seu filho. Deus o enviou,e o enviou como homem para os homens; enviou-o para nos salvar, para persuadir, e no para compelir, pois em Deus no h violncia. (Mathetes - Epistola a Diogneto 7, 3)Clemente de Roma (90-100 d.C) tem sido citado em apoio ao livre-arbtrio (ver Reconhecimentos 9, 30). No entanto, srias dvidas tm sido levantadas sobre a autenticidade dos Reconhecimentos (Patrologia de Quasten Vol. I, p. 61-62).Justino Martir (100-165 d.C), um apologista que foi educado na filosofia clssica antes de sua converso, escreveu: De fato, do mesmo modo como no princpio nos fez do no ser, assim tambm cremosque queles que escolheram o que lhe grato, conceder a incorruptibilidade e a convivncia com ele,como prmio dessa mesma escolha.Com efeito, ser criados no princpio no foi mrito nosso;mas agora ele nos persuade e nos conduz f para que sigamos o que lhe grato,por livre escolha, atravs das potncias racionais, com que ele mesmo nos presenteou.(Apologia I, 10).Atengoras (Sculo II), outro apologista antigo, escreveu: Do mesmo modo, porm, que os homens tm livre-arbtrio e podem optar pela virtude e pela maldade- pois se no estivesse em seu poder maldade e a virtude, no honrareis os bons nem castigareis os maus, quando uns se mostram diligentes e outros desleais naquilo que lhes confiais -, assim tambm os anjos.(Petio em Favor dos Cristos - XXIV).Irineu de Lion (195 d.C), considerado o maior telogo do segundo sculo, do mesmo modo afirmou que a capacidade do homem para a f era baseada em seu livre-arbtrio: Agoratodas essas expresses demonstram que o homemest emseu prprio poder no que diz respeito f (Contra as Heresias4.37.2).Cipriano de Cartago (c. 200 / 210-258), o filho espiritual de Tertuliano e um dos Padres latinos, afirmou o livre-arbtrio humano. O seu Tratado 52 intitulado A liberdade de crer ou de no crer colocado em livre escolha.; Ele deu trs passagens das Escrituras em apoio desse ensinamento: Deuteronmio 13, 19 , Isaas 1, 19, e Lucas 17, 21.Santo Atansio de Alexandria (296-373 d.C) era conhecido por sua defesa da natureza divina de Cristo. Na sua obra sobre a vida de Santo Antnio 20 ele escreveu que a virtude humana depende da existncia do livre-arbtrio humano: Portantovirtude precisouem nossasmos de vontade prpria, uma vez que est em ns e formada de ns. (Vida de Santo Antnio).Orgenes de Alexandria (185-254 d.C) em sua obra De PrincipiisPrefcio 5fez esta observao sobre a opinio geral da Igreja: Isto tambmest claramente definido no ensinamento da Igreja, que toda alma racional possuidora de livre-arbtrio e vontade.Assim como significativo o fato de que a negao do livre arbtrio humano foi rejeitada como um ensinamento errneo. O oposto do livre-arbtrio vontade com limitaes de necessidade, esta Vicente de Lerins (d. Antes 450) em seu Commonitrio observa como hertica, porque faz o pecado ser irresistvel: Quem, antes de Simo Mago, duramente castigado pela reprimenda apostlica e de quem provm a antiga enxurrada de torpezas que, por sucesso ininterrupta e oculta, tenha chegado at Prisciliano se atreveu a dizer que Deus criador o autor do mal, ou seja, de nossos delitos, de nossas impiedades, de nossos vcios?Este afirma que Deus, com suas prprias mos, cria a natureza estruturada de maneira que, por movimento espontneo e sob o impulso de uma vontade necessitada, no pode mais,no quer mais que pecar.Agitada e incendiada pelas frias de todos os vcios, se v arrastada com nsia inesgotvel aos abismos de toda sorte de crimes. Exemplos como estes existem e no acabam mais, mas deixemo-los para sermos breves. Demonstram a todos com evidncia que a atitude normal e comum de qualquer heresia gozar-se nas novidades profanas e sentir repulsa pelos dogmas da antiguidade, at o ponto de naufragar na f por causa de discusses de uma falsa cincia.Ao contrrio, prprio dos catlicos guardar o depsito transmitido pelos Santos Padres, condenar as novidades profanas e, como muitas vezes repetiu o Apstolo, descarregar o antema sobre quem tem a audcia de anunciar algo diferente do que foi recebido. (Comonitrio captulo XXIV).Uma condenao semelhante pode ser encontrada em Metdio (311 d.C) na obra O Banquete das Dez Virgens: Agoraaqueles que decidemque o homem no dotado de livre-arbtrioe afirmam que ele regido pelas necessidades inevitveis do destino, e os seus comandos no escritos, so culpados de impiedade para com o prprio Deus, fazendo-o ser a causa e o autor dos males humanos. (O Banquete das Dez Virgens - Captulo 16).Joo Crisstomo, famoso por sua pregao e patriarca de Constantinopla, igualmente condenou a negao do livre arbtrio humano, em sua terceira homilia sobre a Timteo: Tendo assimalargado sobre o amor de Deus que, no contente com misericrdia com um blasfemo e perseguidor, conferiu-lhe outras bnos em abundncia, ele tem se guardado contra esse erro dos descrentes que tira o livre arbtrio, acrescentando que, com f e o amor que h em Cristo Jesus. (Homilia Sobre Timteo III).Outra testemunha significativa para o livre arbtrio Cirilo de Jerusalm (310-386 d.C), Patriarca de Jerusalm, no sculo IV. Em suas famosas leituras catequticas Cirilo repetidamente afirma o humano livre-arbtrio (Leituras2.1-2e4.18, 21).Da mesma forma, Gregrio de Nissa (330-c 395), em suas leituras catequticas, ensinou: ParaEle que fez o homem para a participao de Sua prpria peculiar bondade, e incorporou nele os instintos de tudo o que era excelente, a fim de que seu desejo pudesse ser transportado por um movimento correspondente em cada caso a sua vontade, nunca teria privado o daquele mais excelente e precioso de todos os bens; Quero dizer o dom implcito em ser seu prprio mestre, e ter uma vontade livre. (O Grande Catecismo Leitura V).Joo Damasceno (675-745 d.C), Um Padre da Igreja do oitavo sculo, escreveu a coisa mais prxima de uma teologia sistemtica na Igreja primitiva, a Exposio da F Catlica. Nela, ele explicou que Deus fez o homem um ser racional dotado de livre-arbtrio e, como resultado da queda, o livre-arbtrio do homem foi corrompido (Livro 3 Captulo 14).So Joo Climaco (579-649), um Padre do Deserto do sculo VII, em seu clssico espiritual, A Escada da Ascenso Divina, escreveu: Dos seres racionais criados por Ele ehonrados com a dignidade do livre-arbtrio,alguns so Seus amigos, os outros so Seus verdadeiros servos, alguns so sem valor, alguns esto completamente afastados de Deus, e outros, embora criaturas fracas so Seus adversrios (Degrau 1.1).Uma pesquisa com os primeiros escritos cristos mostram o seguinte: (1) a doutrina do livre-arbtrio humano foi ensinada pelos Padres Apostlicos (Incio de Antioquia e na Carta a Diogneto), (2) que foi afirmado pelos apologistas (Justino Mrtir e Atengoras), (3), foi ensinado pelos principais Padres da Igreja, como Irineu de Lion, Atansio, o Grande, e Gregrio Magno, (4) que foi ensinado pelo Padres latinos (Cipriano de Cartago), (5), foi ensinado por Padres srios (Joo Damasceno), (6), foi ensinada pelos Padres do Deserto (Joo da Escada), e (7), foi afirmado pelo Patriarca de Jerusalm Cirlo em suas leituras catequticas. inexplicvel, para no mencionar indesculpvel, Calvino ter recusado a participar deste amplo consenso patrstico. Calvino em contraste dependia exclusivamente em um pai igreja mais tardio Agostinho de Hipona. Alm disso, o ensinamento de Agostinho no concorda com ele, alm do mais suas explicaes sobre livre-arbtrio humano foram escritas em resposta heresia pelagiana e no para apresentar uma posio equilibrada.Segundoo Comonitrio de Vicente de Lenris, a negao de Calvino ao livre-arbtrio humano no pode ser considerada parte da f catlica. Ao contrrio da afirmao do livre-arbtrio humano, que pode ser encontrado nos Padres Apostlicos e os Apologistas que viveram no sculo II, Calvino no fez nenhum apelo aos Padres Ante-Nicenos; assim ele falha em razo da antiguidade.Mesmo que se pudesse admitir que Santo Agostinho cria na predestinao calvinista seria um caso isolado e nico, pois os testemunhos patristicos sobre livre arbtrio podem ser encontrado em todo o mundo antigo: Glia, Itlia, sia Menor, frica do Norte, Sria, para no mencionar o grande v de Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalm. Assim, o argumento de Calvino tambm falha em razo da onipresena da crena no livre arbtrio em todos os lugares. Na melhor das hipteses ele poderia ser apenas considerado como uma opinio pessoal, mas no o ensino catlico e universal da Igreja.Degradao dos pais da igreja por Calvino, no era um improviso ou no calor do momento uma hiprbole. Calvino quis dizer o que ele escreveu. Por uma questo bvia, ele repetiu este ponto novamente no captulo 2.2.9 (pp. 266-267): "Talvez eu parea ter trazido um grande prejuzo em cima de mim quando eu confesso que todos os escritores eclesisticos, exceto Agostinho falaram de maneira to ambgua ou diversamente sobre este assunto que nada certo pode ser adquirido a partir de seus escritos..... Mas eu no quis dizer nada mais do que eu queria de forma simples e sincera para aconselhar a piedade popular;. para que se fossem depender de opinies daqueles homens nesta matria, eles sempre tropeariam na incerteza ao mesmo tempo esses autores ensinam que o homem, despojado dos poderes da livre vontade, se refugia na graa. em outro momento eles fornecem, ou parecem fornecer, ele com sua prpria armadura." (Institutas 2.2.9).A recusa de Calvino a fornecer evidncia de apoio a sua afirmao angustiante. O que temos aqui no erudio, mas o dogmatismo.A dependncia quase exclusiva de Calvino sobre Agostinho de Hipona alheio ao mtodo teolgico dos primeiros cristos como descrito no Comonitrio de So Vicente de Lenris: O que tem sido crido em todos os lugares, sempre, e por todos ubique quod, quod sempre, quod ab omnibus. (Comonitrio - Captulo 2.6).

CONCLUSO

Mas algumas perguntas difceis precisam ser feitas sobre o mtodo teolgico de Calvino. Primeiro, foi Calvino mais sbio do que a srie de todos os primeiros Padres da Igreja? Ser que os discpulos dos Apstolos e seus sucessores deixaram a bola cair? Ou seja, em vez de guardar cuidadosamente o depsito Apostlico, eles descuidadamente deixaram-no ser modificado para seguir suas prprias ideias pessoais ou para agradar suas congregaes? Essa doutrina correta desapareceu e foi substituda por uma heresia? A resposta a estas perguntas : No. A histria mostra que, na sua luta com os problemas e questes levantadas pelos filsofos gregos e vrias heresias, eles procuraram ser fieis a Sagrada Tradio. Alm disso, a histria mostra os primeiros cristos dispostos a morrer pela f, em vez de recorrer a um compromisso com a heresia. Quanto mais se toma o tempo para ler e aprender o que os pais da igreja acreditavam e ensinavam, mais confiana tem-se que o Esprito Santo, de fato, fazer jus promessa de Cristo para ensinar e liderar a Igreja em toda a verdade.As Institutas 2.2.4 e 2.2.9 fornecem enormesinsightssobre o mtodo teolgico de Calvino. L ns achamos que, apesar de sua familiaridade com os pais da igreja primitiva e sua disposio em cit-los Calvino estava, de fato, muito longe do mtodo patrstico. Ele no tinha nenhum interesse em aprender o consenso patrstico em questes especficas. Para um cristo ortodoxo esta atitude alarmante. Mas ainda mais chocante foi destruir o consenso dos pais da igreja, alegando que seus ensinamentos eram confusos e contraditrios. Ele no d nenhuma evidncia de apoio a sua alegao. No podemos lhe inferir deficincia intelectual, mas obstinao arrogante.

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