calendário de encontros do movimento estudantil de ......c estudant es de edu ação fí sica –xx...

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Executiva Nacional de Estudantes de Educação Física Gestão 2012-2013 Edição Abril, 2013 Encontro Nacional de Estudantes de Educação Física – XXXIV ENEEF/2013 Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), data a definir Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XI EREEF/2013 Regional 1 (SP) Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XII EREEF/2013 Regional 2 (RJ, MG e ES) Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – III EREEF/2013 Regional 4 (MA, PI, AM, PA, RR, AP e AC) Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XX EREEF/2013 Regional 3 ( ) CE, RN, PE, PB, AL, SE e BA Universidade Estadual Paulista (UNESP-RIO CLARO), de 31/05 a 2/06 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) , de 30/05 a 2/06 Universidade Estadual do Ceára (UECE) de 30/05 a 2/06 Universidade Estadual do Pára - Tucurui (UEPA-Tucurui) de 28/04 a 1º/05 Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de 29/05 a 2/06 Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XIX EREEF/2013 Regional 6 (RS, SC e PR) Calendário de Encontros do Movimento Estudantil de Educação Física SEMINÁRIO DE MOVIMENTO ESTUDANTIL E ESPORTE - XIV SMEE 2013 Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), data a definir

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Page 1: Calendário de Encontros do Movimento Estudantil de ......c Estudant es de Edu ação Fí sica –XX XIV iENE EF/2013 Unversidad eFederaldo EspíritoSa nto (UFES), data a definir EncontroRegi

Executiva Nacional de Estudantes de Educação FísicaGestão 2012-2013

Edição Abril, 2013

Encontro Nacional de Estudantes de

Educação Física – XXXIV ENEEF/2013

Universidade Federal do Espírito Santo

(UFES), data a definir

Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XI EREEF/2013Regional 1 (SP)

Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XII EREEF/2013Regional 2 (RJ, MG e ES)

Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – III EREEF/2013Regional 4 (MA, PI, AM, PA, RR, AP e AC)

Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XX EREEF/2013Regional 3 (

)

CE, RN, PE, PB, AL, SE e BA

Universidade Estadual Paulista (UNESP-RIO CLARO), de 31/05 a 2/06

Universidade Federal Rural do Rio deJaneiro (UFRRJ) , de 30/05 a 2/06

Universidade Estadual do Ceára (UECE) de 30/05 a 2/06

Universidade Estadual do Pára - Tucurui (UEPA-Tucurui) de 28/04 a 1º/05

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de 29/05 a 2/06

Encontro Regional de Estudantes de Educação Física – XIX EREEF/2013Regional 6 (RS, SC e PR)

Calendário de Encontros do Movimento Estudantil de Educação Física

SEMINÁRIO DE MOVIMENTOESTUDANTIL E ESPORTE - XIV SMEE 2013 Universidade Federal de Pernambuco

(UFPE), data a definir

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Movimento Estudantil de Educação Física (MEEF) é constituído por todos os estudantes de Educação

Física do país, ou seja, onde tiver estudante se organizando para reivindicar melhorias no seu curso, Ona sua Universidade e tentando transformar a sociedade lá estará o MEEF. Aqui, pretendemos

apresentar nosso movimento.

O MEEF surge no cenário nacional na década de 50 e tem como ponto crítico a deflagração de greve dos

estudantes da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD) da Universidade do Brasil (UB), atualmente

a Escola de Educação Física e Desportos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEFD-UFRJ). A Greve foi

motivada pelo desprezo do Diretor aos problemas estruturais da Universidade , tendo seu ponto alto a partir da

impossibilidade de um estudante negro cursar as aulas de natação do clube Guanabara, clube onde se faziam as aulas

de natação já que a Universidade não possuía uma piscina e que não permitia a presença de negros em suas

instalações. Os estudantes então se recusaram a fazer a aula de natação e mobilizaram todo o curso e o conjunto da

Universidade. O resultado da greve foi muito vitorioso para os estudantes, que após 06 meses de intensas

movimentações e até visitas ao Presidente da Republica – na época, JK - conquistaram a piscina nas dependências da

Universidade e diversas outras pautas, hoje a piscina possui o nome do estudante negro impedido de entrar naquela

época.

A partir daí, o MEEF começou a se organizar e participar mais ativamente dos debates em nível nacional,

criando no Congresso da UNE em Friburgo, A UNEEF (União Nacional dos Estudantes de Educação Física).

Porem, assim como todo o movimento estudantil no país, durante o período da Ditadura Militar, devido ao

autoritarismo e repressão acabou se desestruturando, só voltando a se organizar com a decadência da Ditadura. É

nesse momento, 24 anos depois da criação da UNEEF, que surgem os Encontros Nacionais de Estudantes de

Educação Física (ENEEF).

O primeiro ENEEF foi realizado em 1980, na Universidade Católica de Salvador (UCSAL), e colocou o

movimento noutro patamar ao trazer os debates sobre a conjuntura política da época e o papel dos trabalhadores e

estudantes de Educação Física na sociedade; e a problemática dos cursos de curta duração.

Em 1992, com o objetivo de melhor organizar o movimento é fundada a Executiva Nacional dos Estudantes de

Educação Física (ExNEEF), entidade que representa os estudantes de Educação Física em nível nacional. O MEEF

através da ExNEEF é organizado em seis regionais, são elas:

Regional 1 - SP

Regional 2 - ES, MG, RJ

Regional 3 - CE, RN, PB, PE, AL, SE, BA

Regional 4 - MA, PI, AM, PA, RR, AP, AC

Regional 5 - MT, MS, GO, DF, TO, RO

Regional 6 - RS, SC, PR

A partir dessa organização o MEEF toca suas quatro bandeiras: a Luta contra a Reforma Universitária, por

uma Universidade Pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada; a luta contra a Regulamentação da

Profissão, pela Regulamentação do Trabalho; a luta contra as atuais Diretrizes Curriculares Nacionais que

fragmentam nossa formação, por uma Formação Unificada, pela Licenciatura Ampliada; a luta contra a sociedade

capitalista, pelo projeto socialista. São essas bandeiras que movem o MEEF e a ExNEEF em sua luta cotidiana.

Atualmente o MEEF vem construindo a bandeira contra os Megaeventos esportivos entendendo-os como

expressão de um projeto neoliberal. Eles assumem um caráter importantíssimo nesse momento de crise estrutural do

capital se inserindo facilmente nos países emergentes a fim de expandir o mercado para as grandes potências

capitalistas. A chegada das olimpíadas e da Copa do Mundo significou em todos esses países, assim como acontece

agora no Brasil, modificações nas agendas do governo no sentido de garantir a excelência e a qualidade dos eventos,

secundarizando as necessidades da classe trabalhadora como direito a educação, saúde, moradia e segurança

pública e de qualidade.

A partir disso, convidamos você a conhecer melhor a história do nosso movimento, e principalmente, tornar-

se parte dela. Certos de que enquanto estudante, membros da sociedade e futuros professores não podemos nos

omitir diante de todos os problemas que vivenciamos no dia a dia.

2 7Venha construir o MEEF!

Um passado de lutas para um futuro de vitorias

contrariedade a política educacional vigente podem contribuir para a superação da precarização da

nossa formação e da nossa universidade. Com isso, como a construção da campanha “10% do PIB

reafirmamos que a luta do movimento estudantil deve para a Educação Pública JÁ!”, a Greve Nacional

se dar na rua, junto à base dos estudantes e não em da Educação no ano de 2012, a construção do

reuniões com direções de curso, reitorias e governos. Seminário de Universidade e Formação no

Para isso apontamos a necessidade da FENEX e a luta contra os megaeventos no Brasil.

organização coletiva, seja através de DA's/CA's, seja O processo de reorganização que está em curso

em coletivos organizamos e partidos políticos, pois vem sendo debatido profundamente em todos os

compreendemos que somente através de trabalho de setores do movimento estudantil de Educação base, ou seja, estar em contato direto com os estudantes Física em seus EREEFs e ENEEFs e tem de Educação Física das nossas Universidades, se demandado a necessidade de organização possível sempre articulado com o movimento coletiva dos estudantes em torno das bandeiras e estudantil geral, é que conseguiremos dar saltos lutas do MEEF, já que o mesmo é dinâmico, qualitativos e respostas para a reorganização do contraditório e ainda não chegou ao fim. movimento estudantil. Não será através de entidades Diante disso, convocamos todos os nacionais forjadas fora das bases, mas sim na estudantes de Educação Física a se somarem a construção diária de um movimento combativo, esta luta através da construção de DAs/CAs e propositivo e de luta. coletivos que através da organização de ações e da

participação nos espaços do MEEF (EREEF/ENEEF)

Assembléia de Estudantes UFRJ, 2012

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Assim como tudo na sociedade capitalista torna-se mercadoria, a educação não foge a essa lógica. Isso se torna mais evidente, no Brasil, a partir da década de 1990, quando o Estado Brasileiro desencadeia uma forte ampliação do espaço privado, não só nas empresas do setor de produção, mas também nos direitos sociais conquistados historicamente pela classe trabalhadora, como a educação, saúde, entre outros.A forma como esse processo de privatização da educação se dá em nosso país, é fortemente influenciado por políticas promovidas pelos organismos internacionais do capital, sendo os principais: Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO); Grupo Banco Mundial (BM); e a Organização Mundial do Comercio (OMC).

Essas instituições atuam com empréstimos financeiros a países que não estão no centro do capitalismo, como os países da América Latina, que ao tomarem esses empréstimos, além de endividarem, aceitam diversos condicionantes que resultam na ingerência desses organismos na política educacional dos países.

Além dessa influência, temos que ressaltar o caráter de classe do Estado. Ele não é neutro como muitos pensam, muito pelo contrário, o Estado é fruto do antagonismo de classes e atua na perspectiva de defender os interesses da classe dominante.Nesse sentido, podemos afirmar que a privatização da educação é mais uma investida do Estado para garantir e maximizar os lucros da

burguesia que atua no setor educacional.Esse processo de privatização se dá de duas formas: i) a

expansão de instituições privadas através da liberalização dos serviços educacionais; ii) o direcionamento das instituições públicas para a esfera privada através das fundações de direito privado, das cobranças de taxas e mensalidades, do corte de vagas para contratação dos trabalhadores em educação e, entre outros, do corte de verbas para a infra-estrutura das instituições.

Ao passo que a educação privada vem crescendo, a educação pública torna-se cada vez mais precária, mesmo com campanhas da classe trabalhadora para que haja maior verba. Na década de 90 o presidente Fernando Henrique Cardoso, através do Plano Nacional de Educação (PNE) vetou maior investimento para o setor público, que foi vetado novamente pelo presidente Lula. O governo deste último presidente ainda fez mais, investiu de forma pesada nas instituições privadas através do PROUNI.

Dados do ANDES-SN demonstram que o dinheiro destinado ao PROUNI daria para construir, ao menos 20 novas universidades públicas, além de melhorar expressivamente a qualidade das já existentes e garantir um aumento de vagas.

No mesmo bojo de precarização do público em detrimento do privado, está o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) que na aparência tem como objetivo ampliar o acesso e a permanência no ensino superior, mas na sua essência é mais uma das medidas do Estado, a qual já pontuamos que tem lado, a classe dominante, agora avançando para um lugar onde em épocas passadas não havia extração de lucro, mas para o Capital se manter como modelo de produção da vida humana é necessário agora privatizar o que antes era público para assim gerar lucro e mais valia as grandes corporações, patrões e empresários.

Todas essas medidas geram ônus, ou seja, prejuízos para os

trabalhadores, que agora além de pagar seus impostos que servem para manter os serviços públicos de educação, saúde, transporte,

iluminação, e etc. já muito precarizados, precisam pagar duas vezes, recorrendo a assistência privada por que o público não consegue

dar conta. A expressão disso na Educação é demonstrada com as escolas públicas da educação básica com déficit de professores,

superlotação nas salas de aula, prejudicando o processo de ensino e aprendizagem e contribuindo para um esvaziamento da escola. No

ensino superior muitas características são conservadas como: salas superlotadas, laboratórios precários e sem material, políticas de

acesso e permanência estudantil deficitária, falta de professores para ministrar disciplinas e mesmo com a universidade sendo pública,

há autos custos para manter os estudos.

Portanto, é necessário compreender que dentro do metabolismo do Capital, a Educação vai se tornando cada vez mais uma

mercadoria, para manter os lucros dos empresários com a exploração aos trabalhadores e os trabalhadores em formação (estudantes).

Assim, ter clareza do papel que assume o Estado na sociedade é sair da aparência e compreendermos o seu papel e qual seus objetivos no

momento para a Educação (privatizá-la). Para sairmos dessa situação é necessário estarmos organizados, pois, a história e as lutas

concretas vem nos mostrando que para modificar e superar essa mercantilização da educação no plano específico e no mais geral, a

sociedade baseada na exploração de um ser humano por outro ser humano, as ações precisam acontecer com o conjunto dos

trabalhadores em formação e trabalhadores que produzem cotidianamente todos os bens gerados pela humanidade.

O movimento estudantil sempre ocupou

papel de destaque nas lutas por outro projeto de

sociedade na história da classe trabalhadora

brasileira. Isto se deu tanto na luta contra o nazi-

fascismo e por democracia durante a ditadura

Vargas, na luta pelas reformas de base na

década de 50 e na luta pela redemocratização

do país nos anos de chumbo da ditadura militar.

Apesar disso, desde a década de 90, o

movimento estudantil enfrenta um período de

refluxo e desorganização de suas ações, que

acabam por fazer com que a União Nacional dos

Estudantes (UNE) – entidade nacional

representativa dos estudantes – passe da

postura de conflito e contraposição à ordem

vigente a uma atuação de defesa e construção

desta mesma ordem.

Este fato, com a entrada de Lula e do

Partido dos Trabalhadores na presidência da

república se acentua e faz com que a UNE

passe a atuar na formulação e implementação

das políticas neoliberais de educação, esporte e

lazer do governo, como o foi na construção da

Contrarreforma Universitária nos anos de 2004-

2012 através da Caravana em Defesa do

REUNI, na defesa de 10% do PIB para a

educação acordada em gabinete com os

ministros da educação e na defesa dos

megaeventos esportivos no Brasil.

O afastamento da UNE das lutas e sua

postura de representante do governo federal

nas bases do movimento estudantil faz com que

diversos setores passem a atuar na perspectiva

de reorganizar o movimento estudantil de luta e

combativo através de espaços por fora da

entidade, como a criação do Fórum Nacional de

Executivas e Federações de Curso (FENEX) e

na Frente de Lutas contra a Reforma

Universitária.

Ao mesmo tempo, diversas alternativas

de reorganização do movimento estudantil são

criadas como a Coordenação Nacional de Lutas

dos Estudantes (CONLUTE) em 2004 e a

Assembléia Nacional dos Estudantes Livres

(ANEL) no ano de 2009, que devido ao período

de refluxo das organizações de esquerda e ao

método de construção faz com que tais

fe r ramentas tenham sua cons t rução

hegemonizada pelo PSTU, que além de se

configurarem como alternativas construídas num

viés unilateral, acabam se afastando das

demandas específicas dos estudantes e não

representando possibilidades concretas para o

avanço das lutas e a constituição de um

programa unitário que rompa com os velhos

vícios do movimento estudantil e com a própria

UNE, evidenciando-se a prioridade estratégica

de cooptação dos estudantes para a

massificação de partido.

O MEEF, através da ExNEEF e após

diversos debates realizados na base do

movimento, no ano de 2008 deixa de reconhecer

a UNE como entidade representativa dos

estudantes a nível nacional, apontando a

necessidade de retomada das lutas na base dos

estudantes e da construção de outra alternativa

de organização estudantil a nível nacional.

Com isso, passa a encampar a campanha

“Educação Física é uma só! Formação Unificada

Já!” como parte do movimento de reaproximação

da base dos estudantes, além é claro da

const rução de ações de combate e

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Desde que o governo do Partido dos pobreza aos projetos de desenvolvimento desenvolvimento da própria universidade população segundo dados do governo

Trabalhadores (PT) determinou que o passando é claro pelos megaeventos através de obras e no caso específico da federal, o aumento dos aluguéis devido a

Brasil se tornaria um país olímpico até o esportivos. educação física, na produção do especulação imobiliária, a redução de Nessa perspectiva, diversos são aqueles ano de 2023 – sediando eventos como a conhecimento e na atuação dos professores impostos para empresas, os pacotes de que baseados nesta dita mudança, se Copa do Mundo, as Olimpíadas, as formados. privatização como o dos aeroportos e embebedam da possibilidade de a Copa do Apesar disso e de maneira bastante Paralimpíadas, a Ginastrada e as portos, os cortes em gastos sociais que Mundo e as Olimpíadas trazerem ao país contraditória, o que temos vivenciado em Olimpíadas Universitárias - temos somaram em 2011 e 2012 o montante de maior geração de renda, ampliação de nosso dia a dia é o aumento absurdo das vivenciado nos meios de comunicação de 105 bilhões de reais e ainda o envio de empregos, qualificação de força de tarifas de ônibus, a superlotação de metrôs massa, em nossas escolas e universidades, 47,19% de tudo o que produzimos para trabalho, obras em infraestrutura como e rodovias, um desemprego estrutural que o discurso ufanista de um país que está pagar juros e amortizações da dívida.aeroportos, ferrovias e rodovias, além do em 2012 no Brasil atingiu 5,5% da mudando pra melhor, desde o combate a

Em meio a essa grande contradição, a qual expressa que vivemos um aprofundamento das políticas

neoliberais que atacam e retiram direitos dos trabalhadores e da juventude, cabe a nós nos perguntarmos se são

realmente os megaeventos a solução para os problemas estruturais que vivemos, como a fome, o analfabetismo, o

desemprego e a precarização da universidade e da nossa formação?

Nós, estudantes de educação física que somos chamados a ser voluntários na Copa e nas Olimpíadas - e que

em troca receberemos um curso básico de inglês e pão com mortadela de refeição durante os dias do evento como foi

no Pan em 2007 no Rio de Janeiro - realmente teremos uma formação de qualidade em uma universidade pública e

gratuita, voltada as demandas de esporte e lazer da classe trabalhadora e da juventude, ao participar desses eventos?

O que temos visto junto aos movimentos sociais e organizações da classe trabalhadora é de que os

megaeventos esportivos em nada tem a contribuir para os trabalhadores e a juventude brasileira. As obras da Copa e

das Olimpíadas já atingem o valor de 130 bilhões de reais que poderiam ser investidos em saúde e educação –

direitos sociais essências a vida humana e que são extremamente precarizados – as remoções de famílias são

estimadas em mais de 100 mil pessoas que serão despejadas para esconder a grande desigualdade social e valorizar

as áreas ao redor dos estádios - como foi o caso da desocupação violenta do Museu do Índio no Rio de Janeiro no

começo do ano - além é claro da criação de um estado de exceção - truculento e militarizado- o qual será dirigido pela

FIFA e que ataca a liberdade defendida na constituição federal.

Não seriamos nós, força de trabalho flexível e precarizada, e que ao final destes eventos novamente estaríamos

desempregados e sem bagagem de conhecimento útil alguma?

Por conta disso, o Movimento Estudantil de organizada que conseguiremos obter uma copa ou humanizar as olimpíadas. megaeventos aos trabalhadores, a É por isso, que neste ano, estaremos Educação Física através de debates realidade digna de ser comemorada. universidade e a nossa formação, visando

Sabemos que a vinda destes eventos irão l a n ç a n d o a c a m p a n h a “ D O S realizados em seus fóruns de discussão tem articular lutas – como ocupações de centro e trazer apenas o aprofundamento da lógica MEGAEVENTOS EU ABRO MÃO! EU a compreensão de que é preciso lutar contra reitorias, paralisações e greves - que exploratória que temos vivido e que por QUERO MORADIA, SAÚDE, ESPORTE os megaeventos no Brasil, demonstrando busquem superar essa realidade que consequência disso em nada podem ser E EDUCAÇÃO!” com o objetivo de aos estudantes que é através da luta vivemos. disputados tendo em vista popularizar a apresentar as consequências dos