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í Cake-walk eleitoral

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  • í

    Cake-walk eleitoral

  • ARARA

    AÜARA Num. 3 SABBADO 25 DE FEVEREIRO DE 1904

    E X 1» E 1> I E X T E

    PuMica-se aos saMos—PropricMe fle PEREIRA & COMP, Assignaturas: Capital, anno. . . 10W00—Interior. . . 15W00

    Numero avulso, 200 reis; numero atrazado, 500 reis.

    Roa José Mim, U —Caixa postal, 193 .

    Deu-se o primeiro desastre. O automobilismo, em S.Paulo, recebeu o seu baptismo de sangue. Um automóvel descendo vertiginosamente a Avenida Tiradentes colhe, á passagem, uma creança e, o que nesse doloroso momento se passou, todos os jornaes o referiram.

    Ora, se era isto apenas o que lhe faltava para se nos impor definitivamente como um sport, não só custoso e ele- gante, mas ainda por demais susceptível de produzir enftodós' nós as emoções mais intensas, já hoje podemos com segurança dizer que o automobilismo, em S. Paulo, promette não falhar de todo ao seu destino e á sua missão.

    O automóvel, que de modo algum é entre nós nm vehiculo de civilizaçãojpu de acpyidade productiva,,será quando muito, infelizmente, um engenho'de perigoso manejí), como uma bom- ba de dynamite ou um torpedo, isto é, uma ameaça e 'um constante perigo á segurança e i tranqüilidade publica.

    E nem facilmente se comprehende que oulros possam ser os seus destinos numa pacata e remansosa cidade como a S. Paulo dos nossos dias: J. '*»

    Disputar uma taça de honra, parodiando o^matsch^ Paris- Berlim, numa corrida de velocidade, do Largo do Rozariá^té á Penha ?

    Servir de vehiculo á nossa irrequieta actividade para. sim- ples transacções cambiaes ou simples negócios de corf^Iàgf m, entre a Travessa do Commercio e a rua Quinze ?

    Aptoveitai-os-á por accaso, numa insaciável sede Ee infor- mações, o serviço de reportagem da' imprensa ?

    Não nos parece que assim seja, porque até hoje em S. Paulo, o que o automóvel tem sido é simplesmente o seguinte: um enormissimo trambôlho fogueteando á disparada pelas ruas da cidade, sem um destino confessavel que justifique ao tran- seunte espavorido a insensatez da correria.

    Vai accudir a um incêndio ? Vai levar soccorro a um enfermo ? Vai salvar da forca um'rtínocente ? Levar ao governo a denun.cia de-uma conspiração ou um

    desfalque ? Não! Onde o automóvel vai, com tão acelerada marcha, é

    onde muito pacatamente nos leva a nós outros, sem perigo para o transeunte e sem lesar,D nosso interesse, o modesto tilbury de praça, ou o moderno bond da Light: ao Banco, ao escriptorio, á repartição, ou simplesmente á ociosidade e ao chop. São esses ainda, no tempo . actual, os mais seguros e innocentes vehiculos da nossa modesta actividade, ou da nossa recatada vadíSção. Ou uma victoria ou um coupé, se maior abastança o permitte.

    Nunca ningem viu de automóvel o sr. conselheiro Antônio Prado, o sr. Antônio Penteado ou o dr. Rodolpho de Miranda; é* são emtanto estes três homens os que maior actividade dis- pendem e maior influencia exercem na praça e na sociedade paulista, como directores de /Banco, como proprietários de fa- bricas, como agentes de negócios, como proprietários, como capitalistas e industriaes. E nunca ninguém .de certo os verá percorrendo á disparada as ruas centraes Sta .aáaúe—tuffl tufff tuffl—caminho da Prefeitura QU do Escriptorio da Mogyana. E assim é que todos: nos assistimos ao seguinte extranho para- doxo: são os pães os que mais trabalham, mas são os filhos que andam de automóvel!

    Ora, desde o momento em que, entregue a mãos inespatlen^ tes e á impetuosidade juvenil de moços despreoecupados e incautos que, pela sua pouca experiência da vida, ainda não gabera quanto ella vale, o automóvel deixou de ser uma sim- ples e inoffensiva ostentação de riqueza e luxo, para vir em cada esquina ao nosso encontro como um perigo a que mal se escapa, é necessário que os regulamentos municipaes, que regulam a sua velocidade, se cumpram com todo o rigor e justiça, tornando-se, para .todos os fins, effectívas as responsa- bilidades que se apurarem.

    Ninguém mais do que nós lamenta o desespero e a ma- gua que hoje opprime o coração do desventurasio moço, causa- dor involuntário de um tãó lamentaverdesastre; mas—por pieda- de!— collegas, para lhe attènuarem a. responsablidade já de si sufficientemente attenuada' por todo um confincto de circums- tancias fortuitas a que a sua vontade foi completamente alheia, não vão ao mesmo tempo ultrajar o pesadoluto de uma pobre e desgraçada mãe,. lançandoMhe em rosto a vflipendiosa aceusa- ção de ter regateado, junto ao corpo esphacelado e exângue de um filho estremecido,,o?preço da sua própria vida, a titulo de -indemnísaçao. E nã'o*se esqueçam que dos seus olhos, donde mal se estancaram pranto da viuvez, correm agora em fio as Iggrimas de uma inconsolavel dôr pela perda do seu querido fiího que erà^aj-sua única esperança risonha do futuro, e que terta sido de certo o amparo da sua amargurada viuvez e o único consolo da sua velhice indigente.

    Podem cortejar a ojJÉencia, mas não cuspam sobre a mi- séria! Misericórdia! collegas. *'. %

    f

    I

  • AH Ali A

    t *

    >■ E a cartola do sr. Cardoso de Almeida é uma proprieda- de. A critica, abusando da mal comprehendida generosidade de s. exa. pode continuar a atacal-a, chamar-lhe em bom portuguez hectolitro, caneco e o mais que lhe aprouver.

    Eu não. Eu, homem de lei e moral, continuarei a vel-a no alto, nacessivel e victoriosa, inspirando não os pequeninos sen- timentos da inveja, mas os epichiremas de uma epopéia, a le- tra para um novo hymno nacional...

    Pasçhoal.

    Esia semam lancei a miiíha rede e, contra a minha es- pectathvl em vez de factos pesquei cartolas.

    Eii sou um alto respeitador da cartola do sr. Cardoso de A!ttitri|c!a e não deixo de fitar com piedosa ternura a do sr.

    s Coelho, sempre que o encontro 'na agitação febril uia eterna propaganda. Mas, dir-me-ao' os penhores: em

    cllf@ Por ventura, me poderão servir as cartolas deSse dois ou i)s personagens, se aqui se deve tratar não de ura velho

    ■ ccfoimc, n as das idéias que acçiaso elle possa abrigar, Inte o chamado período da incubaça^

    fé de Christo declaro que esta pescaria me contraria meira. E não é que eu tenha uma^ó poeífhha de des-

    essa espécie de home de pelld'brilhaníÉ, á sombra fípai, po' vexes, nascem, medram e vivem ideaes alevanta-

    dosrbe eu fosse raercieiro, sim, era possível que a encarasse com o pouco ou nenhum caso com que sempre encaramos os trastes famHiares. Plumítivo como sou, só me corre o dever de a olhar com apparente júbilo para affastar de mim a suspeita de invejoso.

    Depois, por índole, por educação, eu sou contrario ás zom-, barías que hão sido feitas á cartola do sr. Cardoso de Alm da. Bem sei que a critica, ao desfechar-lhe os dardos enve nados-, faz sempre mira ás idéas de s. exa., não lhe cabeh uma partícula de culpa por, em vez de idéias, encontrar, u cartola. Acho, porém, que esse trotnblom, como lhe chama unf senhora franceza das minhas relações, constitue um direito de propriedade particular, nobremente garantido pelo art0. 179. § 22 da Constituição. E, sendo assim, a critica não faz mais que infriguir uma das leis do paiz.

    Os senhores riem? Pois, não tem de. quê. Na Inglaterra, que foi o berço, perdão, a fôrma da primeira cartola, a lei viu-se obrigada a intervir num caso muito parecido com este.

    Havia aHi um homem que não se sentindo com capacida- de para ministro, resolvera conquistar a notoriedade por meio da cartola.

    Assim, inventou-a, corporificou-a e veiu para a rua passear o estranho funil de seda.

    Deu a turba-multa com os olhos no traste e acotovelou-se e atropellou-se, na anciã de verificar de perto o original, que assim ousava afírontar os velhos moldes do chie.

    Pobre galurin! Sobre elle choveram as invectivas mais audazes, os nomes mais obscenos — quasi que ia havendo uma revolução!

    —,.Mas este homem é um perturbador da ordem, usando semelhante decalitro, pensara um dia o chefe de policia. E mandou prendel-o.

    Foi, pois, o pobre do cartola para os tribunaes, sentou-se nos bancos dos réus e chegada a hora da sua defeza, levanta- se e diz com todo o orgulho ao juiz:

    —Senhor! Não ha, não poderá haver lei alguma no mun- do que negue a qualquer cidadão o direito de se enchape- lar como muito bem entender! Tenho dito!

    O magistrado achou que elle tinha rasão: absolveu-o. E como era preciso prestar homenagen aos immortaes princípios, o homem foi levado em triumpho, a cartola passou a ser a rainha da moda e ainda hoje o é, pois não houve até agora ridículo, critica ou mal de inveja capaz de a fazer baquear do seu throno.

    Já vêem os senhores, portanto, que não têm o direito de rir de mim só porque lhes invoco uma lei, que garante a pro- priedade particular.

    Telegrammas do Rio Grande do Norte dão noticia dum attentado do governador desse Estado contra dois diários que se/atreveram a censurar a política dominante e os demandos do senador Pedro Velho, sogro do governador Tavares Lyra.

    Empastellaram as typographias, aggrediram a facão poli- cial os redactores, pintaram o sete e o padre, com valentia e denodo proporcionaes á certesa da impunidade.

    Factos como estes são tão vulgares que o Arara não des- ceria a commental-os, se não divisasse no casa do Rio Grande do Norte alguma coisa a mais do que o simples attentado á liberdade do pensamento.

    E' que o senador Pedro Velho, para distrahir a attenção do publico, organisou uma regata; e, emquanto a população applaudia delirante os heróes do remo, a policia saqueava á vontade as redacções dos jornaes. ^ Os Lyras da decadência romana já se tinham lembrado de idêntico estratagema traduzido na phrase: panem et circenses; muito mais tarde, os Acciolis da Hespanha, usaram do mesmo recurso, adaptando-o, porém, ás predilecções dos filhos da pá- tria do Cid: pan y toros.

    E agora o senador Pedro Velho dá uma nova forma a essa política, condensando-a na áspera e dura legenda: páu e regatas. _i

    que é amigo de innovações, se systema...

    Devolvendo uma folha

    tores do "Viçoso,, Tos encarecidamente

    Não me enviasseis jamais esse indecente, Orgam, que redigis tão fastidioso!

    Eu preciso, senhores, de repouso, De paz espiritual, principalmente, E não ha quem supporte nem agüente A leitura desse orgam tenebroso I

    Pois não cessaes vossa porfia brava, Homens sem luz, sem graça, sem talento, Sem brio, sem razão, mais uma vez,

    (Pela sétima, creio, ou pela oitava) Devolvo este eloqüente documento De vossa peregrina estupidez.

    AGENOR SILVEIRA.

    ♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»»»»♦♦♦♦♦»♦»»»»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦ Foi creado mais um núcleo colonial com o nome de "Jor-

    ge Tibiriçá". Indagamos dos motivos que levaram o governo a baptisar

    com o nome do presidente do Estado o novo núcleo, e nin- guém nos soube informar.

    Teria o sr. Jorge Tibiriçá ido buscar os colonos, concor- rendo do sen bolsinho para as despezas da installação?

    Quem sabe se o mesmo cavalheiro cedeu generosamen- te as terras e os instrumentos agrários?

    Ou então, o acto de assignar um decreto, creando um núcleo colonial mantido com o dinheiro dos contribuintes, é duma benemerencia, duma relevância tal que mereça ficar per- petuado?

    Nesse caso,, achamos mais natural e lógico, mesmo para evitar susceptibilidades,. que d'ora avante se diga em vez de Estado de S. Paulo, "Estado Jorge Tibíríçá„.

  • A AMERICA EM S. PAULO

    O nosso Roosewelt

    Este Carvalha estar sempre molecaí

  • (;:ji)do ve- readores os srs. Carlos Gííirck,. ..^tíijiiso : Viso e ]%rnei>.i^ Goulart. , IMoveram-se céus o tonív; passai— empreitaili >içoS dos filhotes de pais infeíc if^Monlon s ^v;ào do seu prografíama admimstraUvd.consistia na lírovavoi, smao de Botucatú; e por fim. i ■ perdeu a cartada por .íIUI v»ttófcerta, desarmonia que, forçosamente, havia de surgir ositro ps poftajós E' de^arreliar de fazer perder a paciência a um santo. «legislativo o executivo, dentro do .e.pirito í

    O sr. libinca. (píer r mais longo a comedia da sua pia- 0 tafonna política,'lembrou-se de iazf :;■ circular a divertida hla(j,m.Ê^, políticos estadoaes desunidos porMuterosses aiversos

    i muito luxo, -vs Evitar essa desharmonia, reiüovi/r este oKstacul comparsas íiue'fíiziiínv de- , -, - --,. , ^#e] f^d.ata; importara, no

    e~ bivft; alçapões. opposieiònftra

    liberdade eleitoral. Montí^gsc estudaram com esmero os'Fien- povo, estavam ensaiados a cs^:. a tramóia funccioxrou mal; e po o machinista, sr. Lacerda Franco, eí^rega dado momento deviam levar para o porão funecionaram. Desceu-se o panno á pressa.

    ma victiraa da. fallibilidade humana ? Não; o sr, Bornardino de Cam- pos não fez nada disto^apenas os seus amigos o apresontSnTcStiüida- to á presidência da Republica; Interessa á politfca, mas deve ser in- differeute aos distribuidores1 j^t justiça.

    Mas,isto emfim poueò ilaporta. O que nos!assusta ó a forma ar- cíiaiea còm que o Tribunal lie Justiça revestiu o seu elevado pensa- mento, n sua Iv^uenagem ao pfnvavel sol nascente.

    Uiíi retrato aí.olefjr em FevOTeirp de 11)05,: ó desaininador sob o ponto de vista dã e,ví»liji^«r da artç. Decididamente, regressamos á barbaria. * (ã»*í'*' í'

    ; ' I Q 4-. ia rm-iv-sí.vo.!

    A

    'isía. no T)iai-ia Fomilar, ilo 26 do corrente, cxpli- ■ngonhosa a gonese^aa- política dos governadoxes,

    monto geral; procurou-se untar melhor as molas mas, qual! — O eme torto nasce jyMw» se ciulireitjS'"i a quem a peça contra 2, lieonç

    O sr. Gomoslíargífti. vai .tóive. ::«■ .. mágica dç grande appaí

    E o chroiiisía>otíic;;iií ^ ©sitarde da republica, ftfíTS. Paulo, sifTfoíclMil-o-a ao títnlo como ura mentirosos' a|>:iiihad^ na- pEOpría%i^|

    Como, porém. ■.-■ «iliò nem rancor, r- missão Contrai, ao,IsTs rtiroiifehte, d» .Estado e"idigià nossos endoloridos-, pezaso.os jjor mais- e%ia deár^ta, í taveis entidades da.^íicçso gõyornai-nefttal, qu cidade, queiram resigi grande, como disse lio

    Quanro, fw .s,r. Lai porque iá _àiz o dietst se isto stl .dáveom as ç eleitoraes, dé sni

    u meio do desaponta-

    ilvac

    rggrupainfenKt*

    contrários. _'

    'ra de -^ec^si-

    "lo. do .propriix-régs

    inlia de vãrtíeniu-

    y pavilhão., do

    01-

    »'■■ 'í1»

    He5 tos, au^l; da pii falsida nuncii

    Di mos pa mos á

    So Bpence: sua these na seguf gía assemblea mandi pos, na sala das sess pos Salles.

    O retrato a" óleo, da manifestaçàõf ,*,, p

    Pois uma coliocr bismo com as mos figurinos pelo ultimo re tem estes doj da moda, i

    f'iin i Ue-' i ilima poro;; v. «rancni ■ .:o.l;-perdooiii-liio-, ;;;HSII aa \'---r--...!!'!.' as iiòo ... rompaF !ò com niaís Rízâo se c®ví#'oiiu-iT5, ti^êâp; o remendadas e osburaca'V

    O fmos livros, í^ííCíOS e ãocumen-

    :;rto ^«itcmporanea e especialmente ' "Vosiíada incorrecção do desenho, a

    .to'modelado o outras requintes de- rversào do sentimento esthetíco. inglez, (pie em vez de progredir-

    ais perfeita, regressamos, reverte- itamos à barbaria, a achado mais um facto a favor da

    do nosso Tribunal de Justiça : a egre- o retrato do sr. Bernardino de Cain-

    ublieano, poupando ainda. :'. V

    nas alfândegas o pavilhito

    irò, j0*:

    thi a política chamada ilasi.

    |iis simples como se \ igjuante syudicato do po- er,- substitui-se o iir.méíJílissiiuo regimen das olygarchias

    sr. ' ;;'-:i;ista esqueçou-se a^tató tóèJizer que esta política ge- ' oioih do que a applícaçâo Sò díctãllo: dentada de cãocura-

    ■11o' do mesmo. disto, o Ararei faz sinceros votas para que, se vingara

    iniciádor clj política dos governadores, caiba ao sr. ■iqiistas*-:!. gor^ts. õiíia ipie merecem o*.seus magistraes- arti^gpá.

    A*íIIUIP, perdão, .'vanU^-profundo-pensador, f " . - ',

    MUSEU'B AS %^òaiAb t^t CERQUE5RA CÉSAR

    do retrato lá existente d Cam-

    •infância

    •suas

    i-anno do século vinte, do engrossamento!

    que o sr. Arruda dá a n meticulosamente cortadas

    Saldanha talha a sedosa e.. rdoVll, uma collectividade,j ilmente improsionaveis pelas'

    10 rptrato a óleo ? E não l!onye,.uiiiH-vo'/ ipie protestasse contra esse attestadirpalpitan-

    te de pobreza^dç imaginação^ de esterilidade de recursos artísticos!' Já não queremos indagar da significação desse retrato. O sr. Ber-

    nardino de Campos ó um provecto advogado, digamos mesmo um eru- dito juiisconsultó. Que fez elle, no emtanto, para merecer essa mani- festação unanime do Tribunal do Justiça ?

    Remodelou em novas bases a justiça, dilatou os horizontes da scíencia do Direito com alguma descoberta importante, salvou com o prestipío da sua eloqüência e a força víctoriosa do seu talento algu-

    is de tefesercidQ as mfè altas funeções publicas rio seu Esfáâo, nãá^guer qtíeMhe falem na politica. Foge delia

    o o Q^abc- án\ cruz. £ |texn ^azão èstç paulista- de velha ^'preseaVantc dum^rj^indepeTíííente c forfe,

    gponco Ppbuco sem Jtóxar herdeiros. como a compreheii^ffl hoje, é uma eiaor- ;e a população forrièce o precioso leite; tete, 'emente esterilisfdo no Thesouro, é di

    ute ás habilidades de cada um.JPo^is únicos partidos políticos; o do*à (pie e

    '•do orçamento^eáfãdpl' I^ÍTO;-J .emplando a voracidade

    me ma depois" de buido: t é qii«.:ha, apenal tão agrados "á o dos Mé" fi| dos aiPersaril

    "ora veja

    Tto, o velho ao hesitou: voltou as Jmeio político, em que

    "menor flexibilidade da colu-

    Entreii_ , Não se daria

    t^su.cc^sso depende da maior mna vertebral,

    Muitos d'aquelles, que hoje domi^n a situação, pavo- ando-se e impondo-se á admiração básbaque das turbas, de-

    vem-lhe tudo. Tirou^s da medriberidade em que viviam e feUos gente; mas, como boas creatüras, revoltaram-se contra o creador.

    E podia ser peior; esses mesmos, que apenas engatinha- vam no tempo da propaganda republicana, podiam ainda atirar- lhe em rosto a pecha de monarchista.

    Ora, ahi está porque Cerqueira César, depois de ter exer- cido as ciais altas posições politicasno sen •Estado, rilo quer que lhe falem nesta politica!

  • \K ARA

    }

    í

    O Conselho de Kadosch do Grande Oriento de S. Paulo protestou éontra o abandono em que os altos poderos do Grande Oriente do Brasil deixaram o sr. Lauro Sodré, actual grão-mestre.

    E1 de louvar esse protesto contra a negra ingratidíw dos man- dões da maçonaria, numa epoea em que o engrossamento reveste to- das as formas « se enraigou tão profundamente nos nossos costumes.

    Se o sr. Lauro Sodré tivesse sido vencedor, o Grande Oriente do Brasil havia de eleval-o ás nuvens, proclamando-o salvador das instituições, coração magnânimo de patriota. Todos esses que hoje delle se affastam com desdém, haviam de disputar ronhidamente a hon- ra de serem os primeiros a applaudir-lhe a attitude. O sr. Lauro Sodré, porém, foi infeliz; e os mandões da maçonaria não só lhe viram as costas como pensam até em lhe dar immediato successor. Sosinho no belicho do Deodoro, ao dilatar a vista para a cidade, donde lhe che- gam os echos destas covardes deserções, é bem possível, que os olhos se lhe arrasem d'agua. Não serão lagrimas de desespero e de (for; mas de náusea, provocada pelas emanações dessa maresia política que tu- do infecta.

    ♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦»♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦♦»♦♦♦^ ■> >>^^^^^.#^^^^*^^*^^#* ^♦^♦♦♦♦^►♦♦^

    DIALOGO ouvido á porta do Correio Paulistano: — Então o Cardoso é de corpo e alma pela candidatura

    do Bernardino? — Está claro que é; e o Godoy também. — ?

    i — E a razão é simples: se o Bernardino fôr para a presi- dência da Republica, o Cardoso fica como gallo un.ico em ter- reiro, e empoleira-se na presidência do Estado.

    — E o Godoy ? — Ora, essa é bôa! O Godoy vai para o logar do Cardoso. — Que dirá o Rubião a tudo isto ? — O Rubião continua a ter-se na conta de peixe escamado

    e ensaboado e com isto se contenta.

    A cm>rf$ .imana ii:i;i;i. a i corda hamua.

    A jj; derneiras 6 > i

    Polytheama

    que trabalha neste theatro, deu-nos ,durante a se- ita, phantastíca, O badalo, e o vaudeville Maridós.na

    ■a desconhecida em S. Paulo; os autores Raul Pe- e Reis aproveitaram com habilidade alguns dos polvílharam tudo isso de sal nem sempre refinado. factos d

  • VELHA TÊMPORA

    — Nâo me fallem na politica !..