caderno tecnico

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equi lib rio Caderno Artistico A Intervenção Artística mostrou-se como uma proposta de ocupação do espaço pela arte. Constituiu, para todos do grupo G1, o primeiro contato com o incrível mundo do FERRO VELHO. A controversa escolha do Solar da Baronesa, como veríamos mais tarde, aproximou os princípios do ato de projetar à realidade, mesmo que limitando a pontencialidade de nossas ideias. Sobre o reconhecimento do espaço, o Solar foi divido em setores, havendo tam- bém a possibilidade de utilizar a área externa, a qual ficou a encargo de dois dos grupos. Com a divisão da mesma, o G1 ficou responsável pelo, talvez, mais ‘desinteressante’ dos locais a serem trabalhados. Era preciso, em contrapartida, materiais que por si mesmos representassem como atrativo, e que subvertessem as condições precárias de uma ilu- minação quase inexistente. Havia limitações quanto a ocupação do lugar, mesmo que esse desse acesso a apenas um beco, com uma torneira praticamente inutilizada... Fora as condições impostas pelo Solar, deveria haver o diálogo en- tre os grupos responsáveis pela área externa. Com a posterior escolha dos materiais, é sabido que a proposta também era fazer ambas as inter- venções estabelecerem certo contato, numa possível conexão de ideias. D aiana Mara, Débora Paião, Deborah Fernanda, Igor Oliveira, Renata Fernandes - Arquitetura e Urbanismo 2011/1 - UFSJ

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caderno tecnico da intervenção artística realizada no Solar da Baronesa, pela turma de arquitetura e urbanismo da UFSJ.

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Page 1: caderno tecnico

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Caderno Artistico

A Intervenção Artística mostrou-se como uma proposta de ocupação do espaço pela arte. Constituiu, para todos do grupo G1, o primeiro contato com o incrível mundo do FERRO VELHO.

A controversa escolha do Solar da Baronesa, como veríamos mais tarde, aproximou os princípios do ato de projetar à realidade, mesmo que limitando a pontencialidade de nossas ideias.

Sobre o reconhecimento do espaço, o Solar foi divido em setores, havendo tam-bém a possibilidade de utilizar a área externa, a qual ficou a encargo de dois dos grupos. Com a divisão da mesma, o G1 ficou responsável pelo, talvez, mais ‘desinteressante’ dos locais a serem trabalhados. Era preciso, em contrapartida, materiais que por si mesmos representassem como atrativo, e que subvertessem as condições precárias de uma ilu-minação quase inexistente. Havia limitações quanto a ocupação do lugar, mesmo que esse desse acesso a apenas um beco, com uma torneira praticamente inutilizada... Fora as condições impostas pelo Solar, deveria haver o diálogo en-tre os grupos responsáveis pela área externa. Com a posterior escolha dos materiais, é sabido que a proposta também era fazer ambas as inter-venções estabelecerem certo contato, numa possível conexão de ideias.

Daiana Mara, Débora Paião, Deborah Fernanda, Igor Oliveira, Renata Fernandes - Arquitetura e Urbanismo 2011/1 - UFSJ

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Era fácil se perder nas possibilidades de materiais do Ferro Velho, já que uma definição de FERRO

VELHO (FV), além dos dicionários é:

FV= Intervenção Artística em si.

O grande lance era ter o material certo, até mesmo porque, tínhamos uma folha só de ideias. Mas a única coisa que se pode saber é: o material só é perfeito em tese, como veríamos mais tarde, com apenas um homem no grupo, a escolha de materiais não foi tão perfeita assim...

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Materiais a postos: mãos ao trabalho. Com as leiteiras e rodas de carroça super pesadas e caras, a extervenção - intervenção do lado externo do Solar - teve o cus-to de R$ 4000,00, um peso de aproximadamente 500 Kg e preci-sou de extamente três viagens de caçamba pra chegar ao local certo.

Agora é a vez de ocupar o espaço. Sobre isso, falaremos depois. Fato é que das ideias em mente, resolvemos usar a mais ousada: equili-brar leiteiras e rodas, sem nenhum tipo de amarração. PS.: Vale lembrar que a ‘extervenção’ artística sobreviveu aos dias de chu-va e vento.

A inauguração do dia 07 de junho elevou o espíritos dos pobres estudantes, (que estavam se sentindo realmente artistas) e o Solar da Baronesa de repente torna-se uma galeria de Inhotim, numa doce ilusão. Uma pena ter de desmontar tanto trabalho...

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Com as leiteiras e rodas de carroça, houve ensaios sobre a disposição dos materiais, ainda no ferro velho... Como mais tarde veríamos, a intervenção final su-perou as ideias inicais que o grupo teve:

IDEIA 1 - foi pensado inutilizar o beco, fechando-o com leiteiras na horizontal, todas numa mesma posição. DESTARCADA A HIPÓTESE - ideia considerada óbvia. E agora?

Foi necessário o transporte para o solar, a fim de ver no espaço certo a relação estética entre a área externa e os materiais escolhidos.

O capítulo do transporte relaciona-se intimamente com o próximo: A Montagem. A quantidade de leiteiras e rodas de carroça pareceu ser a certa, até que... ...Surge a ideia de conferir verticalidade à intervenção. Foram utilizadas caçambas, do próprio ferro velho que forneceu o ma-terial a ser utilizado. Não, não pense que o transporte foi empresta-

do. Adiante, segue uma pequena e representativa tabela de preços.

PS.:O transporte feito para os demais grupos não chegaria a tempo de levar nossos materiais, visto que era necessário justamente o fa-tor TEMPO, que é limitante, para assim podermos usufruir do espa-ço. As pré-concepções não foram suficientes, e como já dito, foi ne-cessário apostar no EQUILÍBRIO da Física, mas aplicado na Arte. (não toque na obra)

ALUGUEL DAS CAÇAMBAS: R$: 35,00 por transporte. TOTAL DE TRANSPORTES: 3 3 X 35 = R$:105,00.

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Foi a partir da montagem que nomeamos a nossa intervenção “EQUILÍBRIO”. Houve a transfor-mação do que de início parecia um problema, usa-mos o própio peso dos materiais a nosso favor.

A disposição dos mateiriais foi feita de modo a equilibrar leiteiras inclinadas com relação ao chão, à outras leiteiras, também inclinadas e apoiadas a uma roda.

E estava tudo certo até o dia da inauguração. Até que, da saída do Solar para a grande comemo-ração feita com cerveja, suco de laranja e batata frita, começa a chover... Será que a intervenção resistiria ás intem-péries? Estaria de pé até o dia 12 de junho? Sem maiores suspenses, a intervenção so-

breviveu sim e sem causar maiores prejuízos.

Terminada a montagem só ficou faltando a iluminação. Uti-lizamos 50 metros de fio preto e 17 lâmpadas (algumas de foco na cor amarela, outras comuns) e boquilhas. Houve alguns focos de luz do decorrer do caminho, destacando os pontos fortes do trabalho. A intervenção ganhou, assim, certo destaque à noite. O contraste é claro entre as vistas de Equilíbrio de dia, ou ao anoitecer.

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Agradecemos ao tão citado ferro velho ‘Palvatacris’, por ter nos emprestado os materiais para a Intervenção Artística, mesmo que as máquinas de escrever utilizadas nos trabalhos de um outro período tenham sido tingidas de verde e vermelho sem a permissão do dono. Agradecemos à nossa querida Beth por ter mantido a palavra, sempre, e ter contribuído para que a nossa intervenção, mesmo considerando o peso (literalmente, em kilogramas) de nossos ma-teriais, nos fez inverter o caminho, para dar passagem a uma utilização hipotética do espaço. Agradecemos à paciência do funcionário anônimo de uma loja de lâmpadas que esquecemos o nome, mas lembramos bem que ele testava com toda a paciência todas elas, e cujo funcionamento dependia o nosso trabalho. Agradecemos aos nossos paitrocinadores, que financiaram a intervenção, em termos de transporte, iluminação e lanche, isto é, nos dias em que não almoçávamos, em virtude da montagem artística no Solar da Baronesa. Agradecemos a Filipe Andrade e Hugo Nogueira, e seus re-spectivos braços que nos ajudaram a carregar as leiteiras. Não podemos esquecer também de Gustavo César, verdadeiro ‘culpado’ de a iluminação acontecer. Por fim, não agradecemos ao técnico de iluminação do Solar, mas agradecemos ao porteiro, que é gente boa.

obrigado!

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