caderno de resumos - x semana de historia - uva

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  Caderno de Resumos

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caderno de resumo

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  • Caderno de Resumos

  • 2

    Copyright 2012 CURSO DE HISTRIA UVA

    COORDENAO Alnio Carlos Noronha Alencar

    Paulo Henrique de Souza Martins

    EDIO Alnio Carlos Noronha Alencar

    Viviane Prado Bezerra Igor Alves Moreira

    Francisco de Sousa Furtado

    CAPA Regina Celi Fonseca Raick

    COMISSO ORGANIZADORA

    Professores Regina Celi Fonseca Raick

    Alnio Carlos Noronha Alencar Carlos Augusto Pereira dos Santos

    Francisco Dnis Melo Igor Alves Moreira

    Paulo Henrique de Souza Martins Telma Bessa Sales

    Alunos

    Adelmo Braga da Silva Alan John Cunha Aguiar

    Aline Mendes Lopes Alnlia Estevam de Carvalho

    Antonia Lilian Ferreira de Paiva Daniel Souza Tabosa

    Davi Melo Borges Erika de Vasconcelos Barros Francisco Anderson de Melo Francisco de Sousa Furtado

    Josu Humberto do Nascimento Lino Gervnia Sampaio Cavalcante

    Marcos Farias da Silva Maria Jaqueline Gomes de Paula

    Moacir de Oliveira Portela Rafael Pires Martins

    Tatiana Rodrigues Passos Teresinha de Jesus Maranho

    REALIZAO

    Curso de Histria / UVA Centro Acadmico de Histria /UVA

    APOIO

    Universidade Estadual Vale do Acara UVA Prefeitura Municipal de Sobral

    Ficha Catalogrfica

    X Semana de Histria

    Caderno de Resumos da X Semana de Histria Histria & Cultura Popular Sobral-CE: UVA, 2012.

    1. Histria. 2. Cultura popular. 3. Cultura oral e escrita I. Curso de Histria. II. Universidade Estadual Vale do Acara UVA. III. Ttulo

  • 3

    Apresentao

    Nos ltimos anos temos assistido em nosso pas a um aumento considervel de debates

    em torno da preservao cultural articulada com o exerccio da cidadania. Tem-se estabelecido

    uma discusso abrangendo vrios segmentos sociais como gestores, empresrios, intelectuais,

    escolas, ONGs, dirigentes polticos, cientistas, sociedade civil, etc., com a finalidade de construir

    uma conscincia acerca da importncia da preservao de nosso patrimnio sociocultural por meio

    de uma cultura cidad e de paz. Infelizmente, percebemos que essa discusso ainda no conseguiu

    sensibilizar a maioria da populao, sobretudo quando observamos o descaso com a preservao de

    monumentos, documentos histricos, saberes e prticas culturais, que acabam por desaparecer

    antes mesmos de serem estudados. Entretanto, no podemos deixar de destacar que iniciativas

    individuais e de alguns gestores, instituies pblicas ou particulares, atravs de projetos, aes e

    programas, realizam uma poltica de salvaguarda de bens culturais, por meio de pesquisa, ensino e

    extenso, elaborando mecanismos que promovam uma melhoria das condies de preservao e

    difuso do patrimnio cultural brasileiro.

    Dessa forma, a Semana de Histria ser um espao interinstitucional e interdisciplinar de

    debates entre Universidade, Escola e Sociedade sobre Cultura Popular, Poltica Cultural, Histria

    Cultural, Cidade e Patrimnio Cultural, diante da necessidade de promovermos debates sobre esses

    temas, de uma sociedade cada vez mais complexa, imersa em um mundo considerado globalizado

    em termos de informaes e comunicaes, porm, absolutamente segmentado no tocante a

    diviso dos bens produzidos por esta sociedade, e, portanto, apresenta demandas escola e

    universidade que no so possveis de solues sem que novos paradigmas polticos e educacionais

    sejam criados, assim como, sem que sejam realizadas reformas culturais e educacionais, polticas e

    sociais.

    Nesse interim, destaque especial para a Conferncia de Abertura do evento com a

    participao de um dos mais renomados historiadores, o italiano Alessandro Portelli, que

    professor de literatura norteamericana na Universit di Roma "La Sapienza". autor de inmeros

    livros de literatura e de histria oral, e desenvolveu diversos trabalhos de campo nos Estados

    Unidos e na Itlia. Fundou o Circolo Gianni Bosio para a pesquisa sobre msicas e culturas

    populares, e foi por cinco anos conselheiro para a memria histrica da prefeitura de Roma.

    Prof. M.Sc. Alnio Carlos Noronha Alencar (UVA)

  • 4

    S U M R I O

    Programao Geral ..................................................................................... 05

    Mini-Cursos e Oficinas ................................................................................ 07

    Simpsios Temticos (Programao) ......................................................... 08

    Simpsios Temticos (Resumos) ............................................................... 11

    Simpsio 01 Religio e Religiosidades..................................................... 11

    Simpsio 02 Ensino de Histria e InstrumentosDidticos........................ 11

    Simpsio 03 Memrias e Histrias de Negros e ndios no Cear............ 13

    Simpsio 04 Cidade, Memria e Patrimnio Cultural.............................. 14

    Simpsio 05 Direitos, lutas e conquistas na Histria Social..................... 15

    Simpsio 06 Gnero e histria das mulheres.......................................... 16

    Simpsio 07 Novos olhares sobre o sculo XIX no Brasil ....................... 16

    Simpsio 08 Histria, memria e oralidade............................................. 19

  • 5

    P R O G R A M A O G E R A L

    DIA 10/09 SEGUNDA-FEIRA

    17h 22h Credenciamento

    Centro de Cincias Humanas - CCH

    DIA 11/09 TERA-FEIRA

    08h

    14h

    18h30min

    19h30min

    Oficina O Jornal como fonte de pesquisa

    Ministrantes: Francisco de Sousa Furtado (PET Histria - UVA)

    Aline Mendes (PET Histria - UVA)

    Moacir de Oliveira Portela ( PET Histria - UVA)

    Alan John Aguiar Cunha ( PET Histria - UVA)

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH/ Campus Junco

    II Encontro de Ex-alunos do Curso de Histria da UVA

    Organizador: Prof. Dr. Carlos Augusto Pereira dos Santos (UVA)

    Local: Auditrio Milton Santos

    Apresentao Cultural

    Martnio Holanda

    Local: Auditrio ECOA

    Conferncia de Abertura

    Conferencista: Prof. Dr. Alessandro Portelli (Universit di Roma La Sapienza)

    Mediadora: Prof. Dr. Telma Bessa Sales (UVA)

    Local: Auditrio ECOA

    DIA 12/09 QUARTA-FEIRA

    08h

    14h

    18h30min

    19h30min

    Oficina O Jornal como fonte de pesquisa

    Ministrantes: Francisco de Sousa Furtado (PET Histria - UVA)

    Aline Mendes (PET Histria - UVA)

    Moacir de Oliveira Portela ( PET Histria - UVA)

    Alan John Aguiar Cunha ( PET Histria - UVA)

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH/ Campus Junco

    Mini-cursos

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

    Apresentao Cultural

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

    Conferncia: A Histria dos Comuns

    Lanamento do livro: Carinhanha. Entre Rios de Histrias

    Organizadores: Lo Mackellene, Simone Passos, Jos Edvar da Costa, Ana Argentina C. Sales,

    Tatiana Rodrigues e Ronaldo Santiago.

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

    DIA 13/09 QUINTA-FEIRA

    08h30min

    Simpsio Temtico (Apresentao de Trabalhos)

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

    14h

    Mini-cursos

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

  • 6

    19h

    21h30min

    Mesa redonda

    Tema: Etnicidade e Cultura popular

    Prof. Dr. Carlos Rafael Caxil (INTA)

    Prof. M.Sc. Francisco Dnis Melo (UVA)

    Prof. M.Sc. Raimundo Nonato de Souza (UVA)

    Mediador: Prof. M.Sc Alnio Carlos Noronha de Alencar (UVA)

    Local: Auditrio Milton Santos, Campus Junco

    Apresentao Cultural

    Dupla de Violeiros

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

    DIA 14/09 SEXTA-FEIRA

    08h

    14h

    19h30min

    Simpsios Temticos

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

    Mini-cursos

    Local: Centro de Cincias Humanas CCH, Campus Junco

    Conferncia de Encerramento

    Aes Culturais e Polticas Pblicas

    Conferencista: Prof. Roberto Galvo ( Instituto Ecoa)

    Mediadora: Prof.M.Sc. Regina Celi GonsecaRaick

    Local: Auditrio Milton Santos, Campus Junco

  • 7

    M I N I - C U R S O S

    1 Com a ginga e a bola nos ps SALA 06

    Prof. Dr. Carlos Augusto Pereira dos Santos (UVA)

    2 No fundo a cozinha me inquieta SALA 08

    Prof. M.Sc. Francisco Dnis Melo (UVA)

    3 As fontes documentais para a histria e cultura das mulheres SALA 10

    Mestranda Maria Rakel Amncio Galdino (PPGH UFC)

    4 Cultura popular na proposta pedaggica do SPH SALA DE

    VDEO

    Prof. M.Sc. Benedito Gensio Ferreira (UVA) Vera Lcia Silva (Ps-graduanda Latu Sensu UVA)

    5 Cultura popular: historiografia e ensino de valores SALA 12

    Prof. Dr. Chrislene Carvalho dos Santos (UVA / INTA)

    O F I C I N A

    1 O Jornal como fonte de pesquisa SALA

    VDEO

    Francisco de Sousa Furtado (PET Histria - UVA)

    Aline Mendes Lopes (PET Histria - UVA)

    Moacir de Oliveira Portela ( PET Histria - UVA)

    Alan John Aguiar Cunha ( PET Histria - UVA)

  • 8

    S I M P S I O S T E M T I C O S

    I Religio e Religiosidade

    SALA 01

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

    Coordenador: Prof. Dr. Agenor Soares e Silva Jnior (UVA)

    1 Entre histria, religio e poltica: o fantasma do comunismo ronda os templos do serto do Cear. Poranga (1958 - 1973) Maria Maciana Marinho Roque

    II Ensino de Histria e Instrumentos Didticos

    SALA 02

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

    Coordenador: Prof. Dr.Chrislene Carvalho dos Santos (UVA / INTA)

    Prof. M.Sc. Igor Alves Moreira (UVA)

    Prof. M.Sc. Luciana de Moura (UVA)

    1 Como Tudo Comeo? O Ensino De Histria Dentro E Fora Da Sala De Aula Neycikele Sotero Arajo

    2 Novos Instrumentos Didticos No Ensino De Histria Em Hidrolndia. Antnio Resende Caetano Martins

    3 Cinema E Historia: Uma Nova Perspectiva Do Ensino Da Idade Media Atravs Do Filme "O Nome Da Rosa"; Guilardo Arago Maia

    4 Metodologia Do Ensino Histria Na Escola De Ensino Mdio Dona Marieta Cals Na Cidade De Carir Thamyris Matias Magalhes

    III Memrias e Histrias de Negros e ndios no Cear

    SALA 01

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

    Coordenador: M.Sc. Paulo Henrique de Souza Martins (UVA)

    1 A coleo de machados do Museu Dom Jos: 1 estudo detalhado e inventario. Tereza Maria Silva Oliveira

    2 Formao da famlia cativa na Ribeira do Acara - CE (Sc. XVIII) Francisco Jos Balduino da Silva

    3 Trememb: busca pelo reconhecimento tnico e direito terra. Roberto Valter Da Silveira Jnior

    4 Histria, memria e etnicidade Paulo Henrique de Souza Martins

    IV Cidade, Memria e Patrimnio Cultural

    SALA 02

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

    Coordenador: Prof. M.Sc. Alnio Carlos Noronha Alencar (UVA)

    1 Permanncias E Inovaes Nas Perfumasses Do Grupo Junino Associao Cultural Estrela Branca Antnio Marciano Rodrigues Bastos

    2 Os Sons Da Cidade: Histria E Memrias Do Rock Nas Tramas Urbanas Sobralenses - Sobral/CE (1970/1995) Luis Carlos De Souza Lima

    3 Histria E Memria: Conhecendo A Cidade De Sobral Atravs De Imagem Eveline Linhares Bezerra

  • 9

    4 Do Clube Para As Ruas Da Cidade Carnaval De Reriutaba (1970 2012) Nairla Mesquita Moror

    5 Trao De Tinta, Bola De Papel Bruno Ribeiro Marques

    V Direitos, lutas e conquistas na Histria Social

    SALA 01

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

    Coordenadores: Prof. Dr Regina Souza (UVA)

    Prof. M.Sc. Viviane Prado Bezerra (UVA)

    1

    Modos De Viver E De Trabalho Dos Scios Do Servio De Promoo Humana (Sph), Do Meio Rural De Camocim Ce (1969-1974) Vera Lcia Silva

    2

    Eu Vim Para Que Todos Tenham Vida E A Tenham Em Abundncia: A Atuao Da Pastoral Da Criana Em Ubajara. Sabrina De Sousa Silva

    VI Gnero e histria das mulheres cearenses

    SALA 02

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

    Coordenadora: Mestranda Maria Rakel Amncio Galdino (PPGH UFC)

    1 Mulheres da Elite Sobralense e o processo modernizador de Sobral (1910-1920). Erika de Vasconcelos Barros

    VII Novos olhares sobre o sculo XIX no Brasil

    SALA 05

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

    Coordenador: Prof. Dr. Thiago Alves Nunes Tavares (INTA)

    Prof. M.Sc. Carla Silvino (INTA)

    1 Desenvolvimento Socioeconmico Da Regio Noroeste Do Estado Do Cear (1898-1920) Antnia Lilian Ferreira De Paiva

    2 Anlise Do Discurso Sobre A Loucura No Sculo XIX Na Obra O Alienista De Machado De Assis Gervnia Sampaio Cavalcante

    3

    Histria Para Fazer O Futuro: Reflexes Em Torno Da Produo Historiogrfica Do Instituto Historico E Geographico Brazileiro Thiago Alves Nunes Rodrigues Tavares

    4 Joo Brgido E A Construo De Memria Em Sua Autobiografia (1889-1890) Renato De Mesquita Rios

    5 Prticas De Cura No Cear Imprio Carla Silvino De Oliveira

    6 As Experincias Da Epidemia De Clera Na Regio Norte Do Cear (1860-1863) Jos Da Silva Lima

    7 Sobre A Construo Dos Barbaros Ou Selvagens Na Obra De Francisco Adolfo De Varnhagem De 1854 Francisco Vagner Coutinho Henrique

    VIII Histria, memria e oralidade

    AUDITRIO

    CURSO DE

    CINCIAS

    SOCIAIS

  • 10

    Coordenador: Prof. Dr. Carlos Rafael Vieira Caxil (INTA)

    1 Historia E Memria: Uma Nova Verso Sobre A Construo Do Aude Araras Inara Alves De Oliveira

    2 A Sobral De Ontem E A De Hoje: A Cidade, A Grendene E A Fbrica De Tecidos. Marcos Vincius Lopes Marques

    3

    (...) Uma Verdadeira Epopeia De Trabalhos E De Benefcios: Experincias Associativistas Na Regio Noroeste Do Cear. (1935-1945). Marcos Farias Da Silva

    4 Os Operarios Da Construo Do Aude Paulo Sarasate (1951-1958): Histria Oral, Sociedade E Trabalho Vladya Cezario Severiano

    5 Os Cassacos Do Araras: Memrias Dos Operrios Do Aude Paulo Sarasate. Rafael Pires Martins

    6

    Sobral Vai A Guerra?: Memrias Dos Sobreiros Que Lutaram Pelo Pas Na Fora Expedicionria Brasileira (1941 1946). Francisco Anderson De Melo Freitas

    7 Conflito Da Japura: Uma Reviso Necessria Francisco Maurigelbio Estevo Gomes

    8 Moradores Em Reunio: Associaes Comunitrias Em Santana Do Acara Paulo Roberto Sales Neto

    9 Chico Da Bomba: Uma Expresso Poltica Da Histria De Corea-Ce (1976-2009) Gleiciane Paulo Albuquerque

    10

    A Carnaba, Um Homem E Seu Chapu De Palha: Memria E Oralidade Nos Carnaubais Cid Morais Silveira

    11

    E Com Vocs Mestre Jos Silvrio E Sua Rebeca: A Trajetria De Vida De Um Rabequeiro Na Cidade De Tiangu Em 1950. Alan John Aguiar Cunha

    12 O Ritual Apresenta Sua Complexidade

    Carlos Rafael Vieira Caxil

  • 11

    SIMPSIOS TEMTICOS - RESUMOS

    SIMPSIO 01 Religio e religiosidades Dia 13/09 SALA 01 - CINCIAS SOCIAIS Prof. Dr. Agenor Soares e Silva Jnior (UVA)

    Entre histria, religio e poltica: o fantasma do comunismo ronda os templos do serto do Cear. Poranga (1958 1973)

    Maria Maciana Marinho Roque [email protected]

    Instituto de Teologia Aplicada - INTA

    Neste trabalho, tratamos do estudo e confronto de memrias que se engendraram da convivncia do povo poranguense com o padre Luis de Amarante Sousa Lima que atuou na parquia de Poranga-CE, entre 1958 a 1973. O intuito da pesquisa perceber nas memrias e no dilogo com outras formas documentais, como se deu a interao entre o padre e os pobres da localidade, e quais as consequncias desta relao. A partir dos discursos memoriais, traa-se uma anlise buscando identificar as concepes religiosas do vigrio, advindas de todo um contexto de engajamento da chamada igreja catlica progressista. Tais ideias influenciaram aes, pensadas e desenvolvidas coletivamente. A pesquisa tambm, noutro plano, o relato dramtico do acontecido ao padre num cenrio hostil liberdade de expresso e s causas populares, comandado pelo regime militar. Visto pelos militares como comunista, por desenvolver prticas coletivistas junto ao povo que se encontrava vitimado pelos anos secos das dcadas de 50, 60 e 70 do sculo XX, o padre foi mais um perseguido entre tantos que atuaram e se identificaram com o Brasil dos excludos.

    SIMPSIO 02 Ensino de Histria e Instrumentos Didticos Dia 13/09 SALA 02 CINCIAS SOCIAIS Prof. Dr. Chrislene Carvalho dos Santos (UVA/INTA) Prof. M.Sc. Igor Alves Moreira (UVA) Prof. M.Sc. Luciana de Moura(UVA)

    Como Tudo Comeou? O Ensino De Histria Dentro E Fora Da Sala De Aula

    Neycikele Sotero Arajo - UVA [email protected]

    Essa pesquisa tem como objetivo mostrar que atravs do ensino de histria local, partindo do cotidiano vivenciado pelo aluno, a disciplina de histria deixa de ser uma coisa decoreba e ganha uma nova forma de compreenso, onde os personagens podem ser vistos, ouvidos ou lembrados. Saindo da escrita oficial sobre a histria da cidade, buscamos percorrer suas ruas fazendo as seguintes indagaes: onde esto os trabalhadores que ergueram a igreja? Onde esto os trabalhadores das salinas que ajudaram no crescimento econmico da cidade? Onde esto os pescadores que passaram vrias noites no mar para pescar os peixes que abasteceriam as mesas dos chavalenses? Onde esto os professores que ajudaram na educao da populao? Onde esto as crianas que corriam e brincavam nas ruas da cidade? Onde esto essas memrias? A cidade, assim como a histria, ela precisa de indagaes, de sujeitos que busquem entender o local constitudo em sua volta.

    Novos instrumentos didticos no ensino de Histria em Hidrolndia.

    Antonio Resende Caetano Martins - UVA [email protected]

    Este trabalho que vou apresentar desenvolvi na disciplina de "Oficina de Instrumentos didticos ", ministrada pela Prof. Dr. Chrislene Carvalho dos Santos. A pesquisa se baseou na observao e entrevista com o professor Tarciso Rodrigues Martins que j atua como professor de Histria em Hidrolndia a mais dez anos. Procurei saber se ele utilizava alguns recursos didticos novos. Ao contrrio da maioria dos professores entrevistados pela a turma, Tarciso Rodrigues j inovava em suas aulas, utilizando msicas normais, pardias, assuntos ligados a histria local etc. Tais recursos so essenciais para tornar as aulas

  • 12

    mais dinmicas e atrativas pois as maiores crticas aos professores do ensino bsico a insistncia com mtodos ultrapassados, que no despertam mais interesse nos estudantes. Alm disso procurei observar a estrutura da Escola Francisca Maura Martins local aonde o professor Tarciso Rodrigues ministra suas aulas, pois as condies fsicas tambm so essenciais para implantao de novos recursos didticos.

    Cinema E Historia: Uma Nova Perspectiva Do Ensino Da Idade Media Atravs Do Filme "O Nome Da Rosa"

    Guilardo Arago Maia - UVA

    [email protected] Este intento visa a analise da relao entre Cinema e Historia, sendo observado o mtier do historiador e seu oficio nas reas pedaggicas. A seguinte pesquisa enveredou na analise do ensino da Histria Medieval, onde o filme: O Nome da Rosa, serviu de fonte para nossas problematizaes. A partir da anlise do final do perodo medieval, deu-se proeminncia fonte flmica, buscando-se o distanciamento das leituras convencionais de documentos escritos e contextualizando as linguagens cinematogrficas. Portanto, procurou-se delimitar na pesquisa, a construo da anlise do cinema como agente transformador do Ensino de Histria e perceb-lo como um mecanismo documental de grande auxilio didtico gerador de interesses histrico. Este Trabalho serviu para a incurso da problemtica dos filmes histricos e de poca trazidos pela Escola dos Analles, Histria das Mentalidades. Logo, partimos das anlises de autores como Marc Ferro, Jacques Le Goff, para subsidiar teoricamente essa linha de pesquisa. A obra cinematogrfica liga-se ao perodo histrico atravs da anlise dos personagens William de Baskerville e Jorge de Burgos. Concluiu-se que a narrativa flmica de extrema importncia para que os alunos percebam melhor como se deu a transio do fim da Idade Media para a Modernidade e como os reflexos desse perodo se estendem ate hoje.

    Metodologia Do Ensino Histria Na Escola De Ensino Mdio Dona Marieta Cals Na Cidade

    De Carir

    Thamyris Matias Magalhes [email protected]

    Instituto de Estudos e Pesquisas Vale do Acara (IVA)

    Neste trabalho ser discutido os mtodos, prticas e vivncias dos docentes e discentes no ensino de histria na Escola Marieta Cals na cidade de Carir, a transio do mtodo positivista e as inovaes tecnolgicas. Com a problematizao de quais as principais as metodologias usadas pelos professores de Histrias e quais as dificuldades encontradas no uso das mesmas. Para dessa forma compreender e analisar os prs e os contras das metodologias aplicadas em sala de aula na disciplina em questo.

    A insero do cinema como instrumento para o ensino da histria

    Antnio Roberto Soares Cavalcante - UVA

    [email protected] Durante o sculo XX aps o desenvolvimento da corrente historiogrfica dos Analles diversas metodologias foram inauguradas. O documento escrito perdeu seu espao de nica fonte para as pesquisas. nessa ampliao do conceito de documento causado pela Escola dos Analles que o cinema encontro seu espao na historiografia recente, tendo como pioneiro na utilizao do termo cinema histria Marc Ferro.Objetiva-se neste trabalho discorre a relevncia de se utilizar o cinema no interior da sala de aula com a iniciativa de tornar as aulas mais prazerosas e agradveis, incentivando o acesso a contedos atrelado a arte. Tal metodologia torna-se fundamental como ferramenta, todavia cabe ao professor a orientao de como o seu aluno deve assistir a um filme, ou obra de cunho cinematogrfico, elevando o aluno da condio antes exclusiva de receptor para uma dimenso que lhe proporcione uma viso diferenciada, um olhar mais consciente, crtico e at autocrtico. As inter-relaes existentes entre cinema e histria so vrias.

  • 13

    SIMPSIO 03 Memrias e Histrias de Negros e ndios no Cear Dia 14/09 SALA 01 CIENCIAIS SOCIAIS Prof. M.Sc. Paulo Henrique de Souza Martins (UVA)

    A coleo de machados do Museu Dom Jos: 1 estudo detalhado e inventario

    Tereza Maria Silva Oliveira - UVA

    [email protected]

    O presente trabalho prope se a apresentar uma metodologia e um modelo de fichas e de classificao para a inventariao das peas do acervo ltico do Museu Dom Jos (MDJ), Sobral, Cear. Fundado em 1951 por Dom Jos Tupinamb da Frota, o museu reuni uma srie de colees advindas de todas as partes do Estado do Cear e dos Estados vizinhos. O modelo de ficha que sugerimos foi desenvolvido levando-se em conta a coleo de machados, privilegiando a fotografia e a descrio das peas em detalhe, permitindo o seu reconhecimento imediato. A anlise das fichas favorecer a criao de categorias distinguindo os materiais do acervo em tipologias por forma, tamanho e peso. As demais informaes sobre as peas so complementadas com os campos que possibilitam a particularizao das peas e quando existente acrescidos dos dados que se encontram no livro de Tombo do Museu. A reviso do inventrio e classificao das peas alargar o campo de investigao do acervo no s enquanto esplio, mas principalmente enquanto documentos das culturas materiais dos povos que habitaram a regio.

    Formao da famlia cativa na Ribeira do Acara - CE (Sc. XVIII)

    Francisco Jos Balduino da Silva [email protected]

    Professor da Rede Pblica de Ensino do Estado do Cear A presente pesquisa visa adentrar nas relaes familiares dos cativos e forros presentes na Ribeira do Acara no sculo XVIII, usando como base de informaes o acervo documental da Cria Diocesana de Sobral, dando-se nfase aos livros de batismo e casamento.Identificada a presena de cativos e forros passamos a uma analise quantitativa e qualitativa dos dados capaz de apresentar as singularidades e padres de formao da famlia cativa, indo alm da caracterizao mononuclear e estendendo-se atravs do compadrio.Observamos os cativos agindo em espaos geogrficos diferenciados e relacionando-se com diferentes etnias na formao de um espao interetnico dentro de um sistema escravista, rompendo uma viso tradicional maniquesta caracterizadora dos cativos como seres incapazes de governarem suas prprias vidas dentro do sistema escravista. A famlia escrava apresenta-se ento como uma formao cativa de espao de sociabilidade criada e recriada pelos escravos e ex-escravos.

    Trememb: busca pelo reconhecimento tnico e direito terra

    Roberto Valter Da Silveira Jnior - UVA

    [email protected] A pesquisa vem tratar sobre o processo de reconhecimento tnico e direito terra dos ndios trememb que esto localizados nos municpios de Acara e Itarema, buscando uma aproximao do olhar indgena, fazer uma anlise dos anos 70 e 80 onde se iniciam essas lutas indgenas em nvel nacional com a criao da FUNAI e as representaes na elaborao da constituio, v o que isso afetou e influiu no processo de reconhecimento local, e abrir uma discusso sobre intelectuais que veem esses ndios como fruto de projeto poltico e no como ndios propriamente, pondo de lado suas vivncias e prticas quotidianas.

    Histria, memria e etnicidade

    Paulo Henrique de Souza Martins - UVA

    [email protected]

    Nas ltimas dcadas a memrias em geral e as "memrias tnicas" em particular foram se transformando em importantes elementos de identidade poltica de grupos especficos. O movimento indgena e negro no

  • 14

    Brasil certamente contribuiu fundamentalmente nesse sentido adicionando o carter poltico institucional, bem como toda a tradio dos movimento sociais populares. No obstante, esse parece ser um movimento de propores bem mais ampliadas haja vista o surgimento e fortalecimento de movimentos similares em vrios pases latino-americanos. Analisar as interrelaes possveis entre as "memrias tnicas" e as demandas polticas contemporneas o objetivo dessa comunicao.

    SIMPSIO 04 Cidade, Memria e Patrimnio Cultural - Dia 14/09 SALA 02 CINCIAS SOCIAIS Prof. M.Sc. Alnio Carlos Noronha Alencar (UVA)

    Permanncias e inovaes nas perfumasses do grupo junino Associao Cultural Estrela Branca

    Antonio Marciano Rodrigues Bastos UVA / Bolsista Capes

    [email protected] Orientador(a): Chrislene Carvalho dos Santos

    As festividades juninas correspondem a um dos eventos mais esperado do calendrio brasileiro que animam os meses de junho e julho com muita msica, quadrilhas, comidas e bebidas tpicas em homenagem a trade de santos catlicos: Santo Antnio, So Joo e So Pedro. Tais festas ocupam os diferentes espaos transformando o cotidiano de cidades com a singularidade de espetculos artsticos atravs dos festivais de quadrilha. No referido trabalho objetiva-se discorre as permanncias e inovaes presentes nas festividades juninas do municpio de Hidrolndia atravs do grupo de quadrilha Estrela Branca.

    Os sons da Cidade: Histria e memrias do Rock nas tramas urbanas Sobralenses -

    Sobral/CE (1970/1995)

    Lus Carlos de Souza Lima - UVA [email protected]

    O crescimento urbano, associado ao desenvolvimento tecnolgico, atribui outros sentidos para a cidade e novos parmetros de sociabilidade. Estes, muitas vezes, se constituem a partir da fruio de produtos culturais. Assim, vemos surgir espaos que se transformam pela apropriao de grupos identificados com determinados produtos culturais. As cidades, por tanto, so vistas como cenrios de confrontos e das mais diversas experincias dos tantos sujeitos que so constantemente atingidos por discursos disciplinadores institudos por estas. Tais sujeitos elaboram em seu cotidiano prticas culturais que ressignificam saberes, fazeres e lugares, onde vivem e criam para si novos referenciais e novos sentidos a cultura urbana e seus mltiplos sentidos historicamente forjados. Desta forma, a pesquisa tem como objetivo tecer as memrias cotidianas do movimento rock em Sobral no perodo de 1970 a 1995, percebendo as tramas citadinas, conflitos e legados dos atores sociais representantes de tal processo. Busca-se tambm entender como a cidade percebeu e recebeu as primeiras bandas de rock, seus espaos, e as rdios que divulgavam esse estilo musical, bem como discutir a cidade de Sobral sob uma musicalidade cotidiana acentuando seus diversos grupos e as dinmicas de interferncias urbanas destes no processo de ressignificao dos espaos na cidade.

    Histria E Memria: Conhecendo A Cidade De Sobral Atravs De Imagem

    Eveline Linhares Bezerra - UVA [email protected]

    A presente pesquisa, pretende analisar imagens socialmente construdas sobre a cidade de Sobral, durante a administrao de Cid Gomes(1997/2004). Portanto, entendemos ser necessrio analisar o processo de construo das representaes sobre o patrimnio arquitetnico da cidade, dessa foram pesquisa torna-se relevante, pois nos leva a perceber a multiplicidade de sentidos das imagens produzidas nesse perodo e como elas foram assimiladas pela populao local. A produo dessas representaes, foi desenvolvida por incentivo da Prefeitura Municipal de Sobral e do Instituto Histrico e Artstico Nacional (IPHAN), as quais criaram uma srie de transformaes tanto na estrutura urbana de Sobral quanto no imaginrio da populao. As representaes imagticas da cidade, produzidas nesse perodo, contriburam na difuso do

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    discurso de modernidade da cidade, ideologicamente atribudo a administrao de Cid Gomes, assim como na construo de um imaginrio popular acerca dos espaos representados pelas fotografias, que eram amplamente divulgadas.Palavras-chaves: Imagens, Cidade e Patrimnio.

    Do Clube Para As Ruas Da Cidade Carnaval De Reriutaba (1970 2012)

    Nairla Mesquita Moror - UVA [email protected]

    O Presente trabalho tem como objetivo tornar pbico a histria carnavalesca vivenciada na cidade de Reriutaba entre os anos de 1970 - 2012, dando nfase discriminao e a desigualdade social sofrida pela classe menos favorecida da populao, nesta ocasio no perodo do carnaval. De modo que a histria no feita apenas por grandes nomes, grandes feitos, aqui busco dar foco a uma histria voltada para pessoas comuns, ou seja, uma histria vista de forma mais geral, levantar e problematizar as questes histricas, sociais e culturais no que tange as regionais carnavalescas, tendo como foco as pessoas comuns, no intuito de encontrar nas memrias outras histrias sobre o mesmo carnaval.

    Trao De Tinta, Bola De Papel

    Bruno Ribeiro Marques

    [email protected] Faculdade do Macio de Baturit - FMB

    Atravs dos peridicos A Lucta e Correio da Semana, analisaremos as transformaes que o futebol introduziu no cotidiano sobralense entre 1914 e 1925. As mudanas, prticas e resistncias, bem como o papel dos jornais, por vezes apoiando ou criticando a prtica esportiva, so partes integrantes dessa pesquisa. Entender a partir dessa necessidade, o papel social que o futebol exerce ponto primeiro da nossa pesquisa. Assim como perceber quem se apodera desse discurso e como ele usado em favor da "civilidade". Os peridicos, enquanto porta-voz das classes abastadas so veculos necessrios para a anlise do processo de construo pr-futebol. No entanto de suma importncia lembrarmos que o futebol no ser abraado completamente por todos, o que nos abre a possibilidade de uma problematizao das resistncias e, por conseguinte os elementos que levaram o esporte breto popularizao logo na dcada seguinte.

    SIMPSIO 05 Direitos, lutas e conquistas na Histria Social Dia 13/09 SALA 01 CINCIAS SOCIAIS Prof. Dr. Maria Regina Santos de Souza (UVA) Prof. M.Sc. Viviane Prado Bezerra (UVA)

    Modos De Viver E De Trabalho Dos Scios Do Servio De Promoo Humana (Sph), Do Meio

    Rural De Camocim Ce (1969-1974)

    Vera Lcia Silva UVA / Bolsista PROED [email protected]

    Orientador(a): Viviane Prado Bezerra

    O presente trabalho trata da atuao do Servio de Promoo Humana (SPH) no meio rural, principalmente, no Stio Tamboril, a partir de 1969, atravs da Operao Esperana. Tem como objetivos estudar as experincias de vida e de trabalho do homem do campo, as relaes estabelecidas entre ele, SPH e, atravs desse, com a Igreja Catlica. Para atingir tais objetivos faz um cruzamento com fontes escritas e orais. As primeiras localizadas no Ncleo de Estudos e Documentao Histrica (NEDHIS), do Curso de Histria da Universidade Estadual Vale do Acara (UVA), e as segundas no meu arquivo pessoal. Partindo da perspectiva de que o campesinato passou a ser alvo de disputas entre Igreja Catlica/organizaes religiosas e os grupos considerados de ideias subversivas, sobretudo, no incio dos anos 1960, esse estudo contribui para compreendermos os movimentos polticos que giravam em torno do homem do campo nas dcadas de 1960, 1970 e 1980, entendendo a complexidade desse universo, pois esses camponeses transitavam por diversas organizaes de matrizes poltico-ideolgicas de esquerda, que influenciavam direta ou indiretamente a formao de sua viso de mundo.

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    Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundncia: A atuao da Pastoral da

    Criana em Ubajara. Sabrina de Sousa Silva - UVA

    [email protected] Com a preocupao em salvar vidas de crianas que morriam por doenas de fcil preveno, como a desidratao, a Pastoral da Criana veio a surgir no ano de 1982 por meio de uma aliana entre ONU (Organizao das Naes Unidas), Dom Paulo Evaristo Arns, Cardeal Arcebispo de So Paulo e a mdica sanitarista Dr. Zilda Arns. Possuindo um verdadeiro espirito missionrio a Pastoral da Criana se baseou na mstica da caridade crist para o incentivo de pessoas no trabalho voluntrio para orientao no tratamento e preveno destas doenas contribuindo assim para a reduo das taxas de mortalidade infantil. O trabalho da Pastoral da Criana foi iniciado primeiramente na cidade de Florestpolis e s em 1983 foi apresentado o Projeto a CNBB (Conferncia Nacional dos Bispos do Brasil), atravs disto ela se expandiu principalmente nas regies Norte e Nordeste do pas. A Pastoral da Criana no foi s pioneira na reduo das taxas de mortalidade infantil, mas tambm foi realizadora de projetos ligados a sensibilizao da coletividade em ser cumpridora dos seus direitos e deveres, por meio de sua misso evangelizadora ela buscava realizar uma ao proftica denunciando as injustias e anunciando a esperana de transformao para a criao de uma sociedade nova e um homem novo. Neste trabalho possvel identificarmos a presena da historia social e cultural que estas pessoas passaram a desenvolver, com isto pretendoanalisar a problematizao sobre o papel do governo mediante a sade pblica daquele perodo e como a Igreja foi favorecida mediante a criao desta Pastoral. Com este trabalho ela continua atuante no desenvolver de projetos relacionados a famlia at os dias atuais.

    SIMPSIO 06 Gnero e Histria das mulheres cearenses Dia 14/09 SALA 02 CINCIAS SOCIAIS Mestranda Maria Rakel Amncio Galdino (PPGH UFC)

    Mulheres da Elite Sobralense e o processo modernizador de Sobral (1910-1920).

    Erika de Vasconcelos Barros UVA / Bolsista PET

    [email protected] Orientador: Carlos Augusto Pereira dos Santos

    Este trabalho discutir o cotidiano e as prticas femininas da elite sobralense na dcada de vinte (1910 1920) buscando analisar como essas mulheres eram vistas dentro da sociedade, abordando tambm a transio delas do confinamento domstico para a vida pblica, pois nesse perodo a cidade comeava a vivenciar seu processo de urbanizao, ou seja, a cidade comeava a se modernizar. Esse processo de transformao causou mudanas na vida dessas mulheres que moravam na cidade, e na a igreja que controlava e interferia na vida dessas, esta ento se viu incomodada diante das mudanas que este processo modernizador causou nas mulheres da elite e procurou criar estratgias por meio do jornal Correio da semana para converter toda essa situao causando um embate com as ideias defendidas pelo jornal do democrata Deolindo Barreto. Palavras chaves: mulheres. mudanas. igreja.

    SIMPSIO 07 - Novos olhares sobre o sculo XIX no Brasil - Dia 13/09 SALA 05 CINCIAS SOCIAIS Prof. Dr. Thiago Alves Nunes Rodrigues Tavares (INTA) Prof. M.Sc. Carla Silvino (INTA)

    Desenvolvimento Socioeconmico Da Regio Noroeste Do Estado Do Cear (1898-1920)

    Antnia Lilian Ferreira de Paiva UVA /Bolsista CNPQ

    [email protected] Orientador: Carlos Augusto Pereira dos Santos

    O presente trabalho tem por objetivo fazer uma discusso preliminar do que foi o processo de desenvolvimento da Regio Noroeste do Estado do Cear, tendo como fonte as Cartas e Faturas das Firmas Comerciais de Granja, intitulada: Carvalho Motta & Irmo, assim como o peridico A Republica, A Lucta e A Ordem que se encontram, arquivados no Ncleo de Estudos e Documentao Histrica

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    (NEDHIS). A partir destas documentaes buscamos perceber diversos fatores que tiveram importncia relevncia no processo de desenvolvimento desta regio, como a construo da estrada de ferro, que influenciou no surgimento e ampliao das cidades, graas a maior circulao de mercadorias para as mesmas. Analisaremos as influncias negativas e positivas deste processo como, por exemplo, o clima, oscilao do cambio, assim como os conflitos. Objetivando assim fazer uma analise das relaes do mundo do trabalho, existentes junto s organizaes econmicas fundados para este fim e, seus efeitos sobre as cidades. A partir de leituras concernentes ao tema supracitado, somadas ao trabalho de catalogao, transcrio e digitalizao das fontes, podemos ter uma interpretao preliminar de como se deu o processo de desenvolvimento da regio, abordando suas vantagens e conflitos dentro das trocas comerciais.

    Anlise do discurso sobre a loucura no sculo XIX na obra o Alienista de Machado de Assis

    Gervnia Sampaio Cavalcante UVA / Bolsista PET [email protected]

    Este trabalho visa abordar anlises sobre a loucura, os locais de tratamento psiquitricos e a construo da identidade do louco no sculo XIX no Brasil a partir do conto O alienista de machado de Assis. Nesta obra o autor crtica o cientificismo, sociedade da poca e s relaes de poder, sobretudo naquilo que diz respeito loucura. Dentro do contexto interno e externo da obra irei analisar o discurso proferido pelos mdicos e a sociedade do sculo XIX sobre a loucura, e sobre quem e por quais razes foi considerado louco, como operaram essas instituies e o saber psiquitrico, como se dava a relao entre a sociedade, o hospcio e o louco neste recorte temporal. Este trabalho visa abordar anlises sobre a loucura, os locais de tratamento psiquitricos e a construo da identidade do louco no sculo XIX no Brasil a partir do conto O alienista de machado de Assis. Nesta obra o autor crtica o cientificismo, sociedade da poca e s relaes de poder, sobretudo naquilo que diz respeito loucura. Dentro do contexto interno e externo da obra irei analisar o discurso proferido pelos mdicos e a sociedade do sculo XIX sobre a loucura, e sobre quem e por quais razes foi considerado louco, como operaram essas instituies e o saber psiquitrico, como se dava a relao entre a sociedade, o hospcio e o louco neste recorte temporal Histria Para Fazer O Futuro: Reflexes Em Torno Da Produo Historiogrfica Do Instituto

    Historico E Geographico Brazileiro

    Thiago Alves Nunes Rodrigues Tavares - INTA [email protected]

    Temos por objetivo ao longo desta reflexo, o desenvolvimento de uma anlise em torno dos anseios da comunidade de imaginao associada ao Instituto Histrico e GeographicoBrazileiro (IHGB), para com a escrita de uma Histria do Brasil capaz de somar ao projeto de construo nacional.

    Joo Brgido E A Construo De Memria Em Sua Autobiografia (1889-1890)

    Renato de Mesquita Rios - Mestrado Acadmico em Histria e Culturas (MAHIS/UECE) [email protected]

    Orientador(a): Dr Lucili Grangeiro Cortez

    Esse trabalho objetiva discutir o processo de formao de uma memria construda por Joo Brgido em sua autobiografia, divulgada em peridicos e obras desse autor nos anos de 1889 e 1890, enfocando principalmente os lugares de pertencimento pontuados nesses textos, que justificam a posio de biografado, e os modos de atuao desse autor na sociedade cearense das ltimas dcadas do sculo XIX.

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    SIMPSIO 07 - Novos olhares sobre o sculo XIX no Brasil - Dia 14/09 SALA 05 CIENCIAS SOCIAIS Prof. Dr. Thiago Alves Nunes Rodrigues Tavares (INTA) Prof. M.Sc. Carla Silvino (INTA)

    Prticas de Cura no Cear Imprio

    Carla Silvino de Oliveira Faculdades INTA

    [email protected] O presente trabalho tem como objetivo discutir as prticas de cura realizadas no Cear Imprio. A pesquisa compreende que as doenas alm de orientarem a criao dos espaos de sade pblica (BASTOS, 1997), norteiam a disciplinarizao dos corpos (FOUCAULT, 1979; 1984), a relao dos enfermos com as doenas (DINIZ, 1997) e as teorias e prticas mdicas (GARCIA, 2006); (SAMPAIO, 2001). Dessa forma, as prticas de cura orientam a (re)construo das doenas a partir das experincias epidmicas de Febre Amarela (1851-53) e Clera (1861-63), nas quais diagnsticos e tratamentos eram discutidos entre os escapulrios. Para compreenso das disputas pelos espaos de cura e pela construo dos saberes mdicos analisa-se o seguinte suporte documental: Correspondncias Mdicas (Arquivo Pblico do Estado do Cear), Correspondncias do Hospital da Santa Casa de Misericrdia (Arquivo Pblico do Estado do Cear), Atas da Santa Casa de Misericrdia (Arquivo do Hospital da Santa Casa de Misericrdia), Estatuto da Santa Casa de Misericrdia de Fortaleza (Biblioteca Pblica Governador Menezes Pimentel-CE), Relatrios dos Presidentes da Provncia do Cear (Biblioteca Pblica Governador Menezes Pimentel-CE) e os Peridicos: O Cearense e Pedro II (Biblioteca Pblica Governador Menezes Pimentel-CE) e Lanceta Mdica (Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro).

    As experincias da Epidemia de Clera na regio norte do Cear (1860-1863)

    Jos da Silva Lima Faculdades INTA / Bolsista PROUNI

    [email protected] Orientador(a): Prof. Ms. Carla Silvino de Oliveira

    A pesquisa tem como objetivo discutir as experincias da epidemia de Clera na regio norte da provncia do Cear no perodo Imperial (1860-1863). Analisamos a construo social das doenas a partir dos saberes mdicos vigentes na capitania. Observamos a imposio do saber medico populao enferma, bem como as teorias medicas provenientes da medicina social francesa. Percebemos a regio norte da provncia como um espao de disputa na legitimao das prticas de cura. A pesquisa analisa a seguinte documentao: Relatrios Mdicos do Sec. XIX, os Relatrios dos Presidentes de Provncia, o peridico O Cearense e as Correspondncias Mdicas.

    Sobre A Construo Dos Barbaros Ou Selvagens Na Obra De Francisco Adolfo De Varnhagem

    De 1854

    Francisco Vagner Coutinho Henrique [email protected]

    Instituto Superior de Teologia Aplicada

    A proposta deste projeto de pesquisa, o desenvolvimento de reflexes em torno da construo dos brbaros e dos selvagens na obra varnhageniana. Elementos estes, que figuravam na literatura romntica dos indianistas do Brasil oitocentista como smbolos da nacionalidade e que em Francisco Adolfo de Varnhagen, so pintados como selvagens e brbaros. Para o desenvolvimento do presente trabalho, utilizaremos como fonte de anlise, inicialmente, o primeiro tomo da Histria Geral do Brasil, publicado em 1854, onde o autor apresenta um estudo das culturas indgenas que haviam na parte litornea do Brasil, atentando, notadamente, para o estado de selvageria em que viviam aqueles. Sero utilizados ainda, como referencias para o desenvolvimento deste incipiente projeto de pesquisa, autores como TAVARES (2011), CEZAR (2002, 2007, 2009), SCHWARCZ (1998), atravs de que pretende-se constituir bases para o desenvolvimento de nosso trabalho, compreendendo as metodologias de escrita de Varnhagen, elaborada sobre os indgenas, atentando assim, a problematizao do posicionamento anti-indianista romntico.

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    SIMPSIO 08 Histria, memria e oralidade Dia 13/09 - AUDITRIO DAS CINCIAS SOCIAIS Prof. Dr. Carlos Rafael Vieira Caxil (INTA)

    Historia E Memria: Uma Nova Verso Sobre A Construo Do Aude Araras

    Inara Alves de Oliveira

    [email protected] Faculdade Kurios - FAK

    Este trabalho buscar desvendar novas verses sobre a Histria da construo do Aude Arars to comentada nos jornais da dcada de cinquenta e ainda nas caladas da cidade, tendo como foco da pesquisa os moradores do antigo Distrito de Varjota e dos lugarejos circunvizinhos. Acredita-se que oralidade uma fonte singular de pesquisa que proporciona o conhecimento de fatos ainda no questionados e elucidados que tambm compem a construo do Aude Araras. atravs das memrias dos moradores e operrios em geral da obra, que se pretende trazer tona outra face desta histria e evidenciar novos sujeitos histricos da historiografia local. Por fim, visa-se descobrir os motivos que levaram a insatisfao das pessoas que seriam desapropriadas, como tambm, as posturas tomadas por eles diante da ao do Governo Federal executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DNOCS, procurando deslindar o que realmente a promessa da gua significou, em pocas to difceis e de poucas expectativas.

    A Sobral De Ontem E A De Hoje: A Cidade, A Grendene E A Fbrica De Tecidos

    Marcos Vincius Lopes Marques - UVA / Bolsista Funcap

    [email protected] Orientador(a): Telma Bessa

    Ao analisarmos o atual nvel de desenvolvimento econmico sobralense, no podemos renegar aquela que certamente foi um dos motores desse processo, propiciando a entrada de capital industrial, o surgimento de inmeros empregos no apenas para Sobral, mas tambm para as cidades circunvizinhas, alm de trazer consigo o desenvolvimento urbano no trajeto da entrada e sada de produtos e pessoas. Fato parecido ocorreu com a implantao da Fbrica de Tecidos Ernesto Deocleciano, vrios anos antes. Esse trabalho, portanto, visa compreender os enlaces que permeiam esse processo, bem como as interrelaes de ontem e de hoje entre trabalhadores e patres, e entre si, alm de observar as transformaes ocorridas no mbito social, atravs das narrativas dos trabalhadores que por meio da metodologia da Histria Oral podem alcanar novos horizontes, ultrapassando os discursos hegemnicos e tomando a dimenso que lhes de direito, uma vez que apenas com o conhecimento dessas experincias aliadas aos documentos oficiais e noticias de jornais que se pode ento compreender de forma clara esse processo de fez de Sobral o que hoje ela . (...) Uma Verdadeira Epopeia De Trabalhos E De Benefcios: Experincias Associativistas

    Na Regio Noroeste Do Cear. (1935-1945).

    Marcos Farias da Silva UVA / Bolsista FUNCAP [email protected]

    O associativismo dinamizou as relaes trabalhistas neste territrio, especialmente, no entardecer do sculo XIX, e amanhecer do seguinte, agindo como um conjunto de fatores que juntos teceram fortes fios no fazer das relaes sociais na construo do cenrio dos negcios, principalmente, nas atuais cidades de Camocim, Granja e Sobral, concernente a este recorte temporal. At ento, as trilhas tomadas por ns, no processo de desenvolvimento do objeto pesquisado, foi marcado por anlise apenas de documentos impressos como forma de melhor nos acercamos das possibilidades e das impresses iniciais, no sentido de escolher o fio de Ariadne, que nos conduzira ao entendimento das peculiaridades e objetivos destas agregaes. Fontes como jornais, cartas e faturas de casas comerciais e livros de histria local, so elementos de grande valia para nossa cabal compreenso. Somaremos a estas, relatos de memrias de ex-integrantes de associaes e/ou descendentes, destacando as prticas associativistas entre as prestadoras de servios, servidores das instituies econmicas, trabalhistas e sociais. Embora que, algumas vezes as fontes no forneam informaes precisas quanto gnese dessas associaes, possvel tecermos algumas hipteses, tais como

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    a iniciativa de que associar-se, visa atender um objetivo, amenizar, ou, melhor enfrentar as dificuldades vividas no cotidiano.

    Os Operrios Da Construo Do Aude Paulo Sarasate (1951-1958): Histria Oral, Sociedade

    E Trabalho Vladya Cezario Severiano - IVA

    [email protected] Este trabalho visa resgatar atravs da oralidade a Histria dos operrios da seca de 1950, chamados de cassacos, que prestaram servios para o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca-DNOCS. Eram retirantes que chegaram a Varjota-CE para a construo do aude Paulo Sarasate (Araras) entre os anos de 1951-58. Os cassacos migraram em 1951 de localidades vizinhas para ento localidade de Araras que pertencia ao municpio de RERIUTABA-CE (que depois se emancipou tornando-se o municpio de Varjota) para se alistarem na construo do aude que seria feito pelo DNOCS, mas s no ano de seguinte teve inicio da construo.Estes trabalhadores, fora braal da histria de Varjota, ficaram marginalizados na Histria do municpio, pouco ou quase nada se sabe sobre seu cotidiano durante a obra do 4 maior aude do Cear to importante para aquela regio. Essa despreocupao com a Histria daqueles que a fazem pela submisso, aqueles que a constroem com o suor e seu sangue, acarretou no desenvolvimento desta pesquisa cujo principal objetivo levar a sociedade essa nova janela de ver o passado que a micro histria e a Histria Social, valorizando a Histria oral, aquela construda por aqueles que ficaram marginais dos livros e dos documentos oficiais e da historiografia Varjotense.

    Os Cassacos do Araras: Memrias dos operrios do Aude Paulo Sarasate.

    Rafael Pires Martins - UVA [email protected]

    A presente pesquisa discorrer sobre uma anlise histrica acerca da construo do Aude Paulo Sarasate, situado no municpio de Varjota entre os anos de 1954 e 1958, debruando-se principalmente sobre a memria dos principais sujeitos dessa histria, os operrios vindos de toda a regio chamados de cassacos. Bem como, tambm, tratar do discurso de progresso embutido na chegada da grandiosa obra, que trouxe atrelado a si o esprito de desenvolvimento que vigorava nesse contexto. Nesse contexto, ir se discorrer tambm sobre as polticas pblicas de audagem, ocorrentes na regio Nordeste desde o Imprio, onde ser abordada uma discusso sobre as difceis condies de trabalhos que os operrios eram submetidos para, atravs da metodologia da oralidade, compreender o universo do trabalhador que construiu a principal fonte de renda para o municpio, quem eram eles e como se davam suas relaes sociais na rotina e no convvio com uma nova cultura de trabalho imposta a eles pelo discurso de progresso.

    Sobral Vai a Guerra?: Memrias dos Sobreiros que Lutaram Pelo Pas na Fora Expedicionria Brasileira (1941 1946).

    Francisco Anderson de Melo Freitas UVA / Bolsista PET

    [email protected] Orientador: Carlos Augusto Pereira dos Santos

    Este trabalho tem como objetivo analisar atravs do uso de histria oral e memria, sobre o processo de mobilizao de sobralenses para a Segunda Guerra Mundial e compor a Fora Expedicionria Brasileira, entre 1941 1947. No esquecendo tambm de outro fato de grande importncia e esta diretamente interligada e a reintegrao social no ps-guerra, no total 25.334 militares cruzaram as guas do oceano Atlntico, sendo enviados para a frente de combate italiana, entre 1944 1945. Com o fim da guerra ouve a desmobilizao e dissoluo da FEB, logo aps a chegada do efetivo em solo ptrio, e o deslocamento as suas respectivas cidades houve festa e homenagens, mas outra batalha estava por comear, e em alguns casos perduraram anos. A luta por reconhecimento histrico da sua participao na guerra e insero de sua memria, por conta das dificuldades encontradas no processo de reintegrao no seu lugar social. Em alguns locais espalhados pelo Brasil foram criados associaes de veteranos, entidades para prestar apoio e leis de amparo foram criadas, e em locais que no foram criados os ex-combatentes acabaram travando embates contra o esquecimento e o isolamento de todos. PALAVRAS CHAVE: Fora Expedicionria Brasileira; Segunda Guerra Mundial; Sobralenses.

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    SIMPSIO 08 Histria, memria e oralidade Dia 14/09 AUDITRIO DAS CINCIAS SOCIAIS Prof. M. Sc. Viviane Prado Bezerra (UVA)

    Conflito Da Japura: Uma Reviso Necessria

    Francisco Maurigelbio Estevo Gomes - UVA

    [email protected] A presente pesquisa trata do conflito da Fazenda Japuara no municpio de Canind-CE, esse conflito foi o pice de uma briga judicial sobre a posse das terras da fazenda vendida a um latifundirio pelos herdeiros do primeiro proprietrio, este que j havia prometido a venda para um de seus rendeiros (recebendo uma parcela do valor). Travou-se uma luta judicial sobre a legalidade da venda, e paralelamente outra ao foi movida pelo latifundirio e as famlias de colonos, ele querendo a desapropriao das terras, elas querendo as indenizaes compensatrias pelos beneficiamentos na propriedade. No dia 02 de janeiro de 1971, o latifundirio manda jagunos expulsarem os agricultores, mas estes resistem findando com 4 pessoas mortas e com as famlias se dispersando mata a dentro sendo perseguidas pelas foras policiais. Foi o evento um desdobramento da Ditadura, Resistncia camponesa, quebra do status quo? As memrias ser o objeto desta pesquisa, ela e suas vrias verses j coletadas pro outros pesquisadores em outras obras para podermos apreender o que foi o evento narrado e observar como a oralidade fluida em suas narraes em diferentes pocas em que foi coletada, assim avanando no estudo desta fonte/metodologia de pesquisa.

    Moradores em reunio: Associaes comunitrias em Santana do Acara

    Paulo Roberto Sales Neto

    [email protected] Instituto de Educao Superior e Pesquisa do Cear - IESC

    O objetivo deste trabalho compreender o processo de constituio do Bairro Pedregal, reconhecendo e valorizando as personagens, principalmente por meio das narrativas dos seus moradores. O bairro Pedregal surgiu na dcada de 1970, com apenas algumas moradias construdas em taipa e palha. No incio de 1980, a igreja catlica por meio do Movimento de Promoo Humana - MPH conseguiu junto ao governo do Estado financiamento para a construo de casas em regime de mutiro, que levou o nome de Conjunto Habitacional Luza Tvora. Depois que o conjunto estava consolidado os moradores foram se organizando em associaes para lutar por melhores condies de vida. Dessa forma os moradores tinham na associao seu porta-voz junto aos governantes. O MPH deixou de atuar depois que o padre ficou com suas atividades limitadas por motivo de sade e a Associao Comunitria Beneficente do Bairro Pedregal passou a lutar por mais espaos para construo de novas moradias. Dialogando com tericos, como PORTELLI, THOMPSON e VILANOVA pretendemos d sentido a nossa pesquisa e compreender a dinmica da cidade.

    Chico Da Bomba: Uma Expresso Poltica Da Histria De Corea-Ce (1976-2009)

    Gleiciane Paulo Albuquerque - UVA

    [email protected] A referida pesquisa procura entender os conflitos, as relaes polticas e sociais da cidade de Corea-CE, por meio da trajetria e das memrias construdas de uma personalidade da poltica, Francisco Cristino Moreira, mais conhecido como Chico da Bomba. A delimitao desta pesquisa se d a partir de 1976, ano de seu primeiro mandato de prefeito da cidade e nos estendemos at 2009, ano em que o mesmo faleceu, em sua residncia, j fragilizado por doenas e, no mais se encontrava ocupando nenhum cargo poltico na cidade. Todavia, sua memria ainda muito recente no espao social e poltica da cidade, tento destaque inclusive nas eleies atuais (2012). A popularidade de Chico da Bomba, o tornou uma forte expresso da poltica local. Como base de sustentao desta pesquisa foi essencial as memrias do povo coreauense, por meio das entrevistas concebidas, como tambm das bases tericas e aqui daremos um enfoque nas teorias de ECLA BOSI, THOMPSON, SCHWARTZMAN, VICTOR NUNES LEAL, assim como as imagens produzidas em diferentes tempos, aos quais tomaram notoriedade nesta pesquisa, dentre outros. E no podemos nos esquecer tambm das contribuies da escrita da Histria local feita pelo pesquisador e memorialista LEONARDO PILDAS e das publicaes realizadas em blogs coreauenses e de outras fontes on

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    A Carnaba, Um Homem E Seu Chapu De Palha: Memria E Oralidade Nos Carnaubais

    Cid Morais Silveira UVA / Bolsista CNPQ

    [email protected] Orientador(a): Telma Bessa

    Esta pesquisa visa registrar, preservar e difundir a histria e memria dos trabalhadores dos carnaubais sobralenses, dialogando com suas interpretaes e narrativas do vivido, inserindo-os na histria social e cultural da cidade de Sobral. A ideia de realizar um estudo sobre os trabalhadores dos carnaubais surge a partir de vrias inquietaes e dilogos com elementos que constituem a memria de Sobral. Dentro do enfoque do mundo do trabalho, apresentar e configurar pesquisas sobre este segmento, percebendo de forma explcita algumas memrias dos trabalhadores. Os significados das suas narrativas proporcionam discusses e dilogos com diversas fontes de pesquisa como jornais, fotografias, canes, dentre outras. Buscamos debater textos e artigos acadmicos, alm de analisar documentrios sobre assuntos como memrias, experincias, oralidade, cultura e sociedade, no sentido de compreender e ampliar o campo de registro das memrias e da Histria. com este esprito que a pesquisa aqui apresentada pretende desenvolver reflexes na rea de Histria e Culturas na linha de pesquisa memria e oralidade.

    E com vocs mestre Jos Silvrio e sua rebeca: a trajetria de vida de um rabequeiro na

    cidade de Tiangu em 1950.

    Alan John Aguiar Cunha UVA/Bolsista PET [email protected]

    Orientador: Carlos Augusto Pereira dos Santos

    A Musicalidade popular disseminada em todo o interior do pas por pequenos mestres da cultura durantes anos e ainda hoje reforam a multiplicidade de movimentos artsticos e culturais nas milhares de cidade do pas. Normalmente de cunho popular e amador esses msicos disseminaram sua arte de compor, tocar e produzir seus prprios instrumentos em vrios recantos do pas, levando e celebrando a alegria pelos pequenos bailes e festas por onde andavam. Compreender a trajetria do msico Jos Silvrio Gomes, natural de Tiangu durante sua jornada musical em diversos Estados por onde passou. A utilizao da Oralidade como pressuposto tcnico e metodolgico aliada pesquisa bibliogrfica. A Msica como aparato de ensino e aprendizagem e ferramenta de transformao social para aqueles que dela vivem ou dela dependem. A Msica como subterfgio para milhares de pessoas que esto diante das diversas situaes de opresso e misria vivenciadas nas localidades em que vivem. O movimento artstico e cultural vivenciado por alguns artistas populares que veem na msica uma possibilidade de lazer, realizao profissional e de renda familiar.

    O Ritual Apresenta Sua Complexidade

    Carlos Rafael Vieira Caxil - INTA

    [email protected]

    Temos como objetivo central nesse texto explicitar algumas prticas culturais, principalmente, congos e maracatus, presentes na cidade de Fortaleza, a partir do final do sculo XIX, enquanto expresso e manifestao da cultura popular, rica em aspectos simblicos e espaos de sociabilidade e integrao cultural; momentos de liberao e contestao da ordem vigente. A populao vive a cidade a seu modo, produzindo lazer e festa. Os rituais que a constituem situam-se entre o universo religioso e profano, o que confere mais autonomia para a populao operar nesses espaos. As manifestaes populares apresentadas possuem como caracterstica fundamental a imbricao entre o sagrado e o profano, cujo entendimento implica consider-lo em conjunto.

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    Reconhecida pela Portaria N 821/ MEC D.O.U. de 01/06/1994 Avenida da Universidade, 850 Betnia CEP: 62.040-370 Sobral Cear

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