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Domingo, 14 de abril de 2013. Polícia Militar – Cadete – Prova A
CONCURSO PÚBLICO PARA OFICIAIS DA SAÚDE E PARA CADETE DA POLÍCIA MILITAR
Domingo, 14 de abril de 2013.
Caderno de Prova A
1ª etapa: Prova de Conhecimentos
Cargo: Cadete – PM
Este caderno de prova contém questões de
Conhecimentos Gerais Conhecimentos Específicos
Redação
Prova Objetiva Prova Objetiva
Língua Portu-guesa
Realidade Étnica*
Soma Noções de
Direito Penal
Noções de Direito
Constitu-cional
Noções de Direito
Processual Penal
Noções de Direito
Adminis-trativo
Noções de Direito Penal Militar
Noções de Direito
ProcessualPenal Militar
Legislação Extra-
vagante Soma
Nº de Questões
Nº de Questões
Valor de cada
Questão
Valor da Prova
Nº de Questões
Nº de Questões
Nº de Questões
Nº de Questões
Nº de Questões
Nº de Questões
Nº de Questões
Valor de cada
Questão
Valor da Prova
Nº de Questões
Valor da Questão
Valor da Prova
10 5 1 15 5 6 5 6 4 4 5 2 70 1 25 25
* Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do estado de Goiás.
1) Verifique se seu nome, seu número de inscrição e do seu documento de identidade estão grafados corretamente, abaixo da linha.
Se houver algum erro, comunique ao fiscal de sala, conforme item 84 do Edital.
2) Verifique ainda se o caderno está completo ou se há alguma imperfeição gráfica que possa gerar ilegibilidade ou dúvidas. Se
necessário, peça a substituição deste caderno antes de iniciar a prova.
3) Leia cuidadosamente o que está proposto.
4) As respostas das questões objetivas deverão ser transcritas (marcadas) no cartão de resposta, com caneta esferográfica de corpo
transparente e de tinta preta. O cartão de resposta será o único documento válido para a correção da prova objetiva. Os candidatos
que descumprirem este item arcarão com eventual prejuízo da ausência de leitura óptica de suas marcações e/ou de sua
eliminação, conforme itens 89 e 90 do Edital.
5) Caso queira, o candidato poderá utilizar os espaços de rascunho deste caderno de prova e o rascunho do gabarito para registrar as
alternativas escolhidas.
6) A partir das 16h 30min, os candidatos poderão sair da sala de prova portando este caderno, conforme itens 64, 65 e 85 do Edital.
Observação: Os fiscais não estão autorizados a fornecer informações acerca desta prova.
__________________________________________________________________________________________________________________ Identificação do candidato
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Rascunho do Gabarito
Questão Alternativas
1 a b c d
2 a b c d
3 a b c d
4 a b c d
5 a b c d
6 a b c d
7 a b c d
8 a b c d
9 a b c d
10 a b c d
11 a b c d
12 a b c d
13 a b c d
14 a b c d
15 a b c d
16 a b c d
17 a b c d
18 a b c d
19 a b c d
20 a b c d
21 a b c d
22 a b c d
23 a b c d
24 a b c d
25 a b c d
26 a b c d
27 a b c d
28 a b c d
29 a b c d
30 a b c d
31 a b c d
32 a b c d
33 a b c d
34 a b c d
35 a b c d
36 a b c d
37 a b c d
38 a b c d
39 a b c d
40 a b c d
41 a b c d
42 a b c d
43 a b c d
44 a b c d
45 a b c d
46 a b c d
47 a b c d
48 a b c d
49 a b c d
50 a b c d
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Língua Portuguesa
Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 6.
Amor platônico?
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O “amor platônico” é um dos estereótipos do senso comum mais conhecidos da tradição ocidental.
Se olharmos de perto os textos de Platão, ficaremos surpresos com o quanto suas ideias são distorcidas.
É comum dizer que o “amor platônico” refere-se a uma relação na qual aquele que ama idealiza o outro: a
pessoa amada é ideal e, portanto, inatingível. O texto mais conhecido de Platão sobre o amor é o diálogo
O Banquete, no qual se narra o encontro de cidadãos atenienses dispostos a elogiar o deus Eros.
6 O amor é e não é um sentimento
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Segundo alguns, o amor é um sentimento, um modo como os seres humanos são afetados por
objetos ou seres que os atraem e os marcam. Para Fedro, um dos personagens de O Banquete, o amor é
uma espécie de sentimento nobre e elevado de amizade, reciprocidade, que conduz ao cuidado com o
bem do outro.
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Já na perspectiva de Aristófanes, o amor não é mero sentimento, mas algo permanente, inerente
à espécie humana, na medida em que está presente no fato de sermos estruturalmente incompletos. A
busca de completude determina-nos, fazendo-nos estar sempre voltados para o outro. A essa estrutura
carente combinam-se graus de consciência, que determinam nosso modo de ser e agir.
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Entre o sentimento e a estrutura entram em jogo ainda as dimensões da significação e do
conhecimento, pela dimensão da consciência da falta, que está relacionada com a consciência do outro e
com a busca constante de alguém que nos complete. O que entendo que sou e aquilo que significo para
mim mesmo são correlatos ao que eu entendo que o outro é, ou o que o outro significa para mim.
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Sócrates critica, por um lado, a ideia de que o amor seja apenas a busca de uma suposta cara-
metade; por outro lado, reforça a perspectiva que leva em conta a consciência da carência: quem sequer
imagina que é deficiente naquilo que não acredita ser-lhe necessário não é capaz de desejar
verdadeiramente.
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A ideia do amor como processo permite associar intimamente amor e conhecimento: o amor fica
entre a ignorância e o saber pleno, pois quando o ser carente encontra o que busca, na beleza ou na
excelência do outro, torna-se grávido e tem necessidade de gerar. Para falarmos em geração, temos de
supor alguma plenitude, alguma suficiência que, finalmente, transborda, vai além da mera falta e produz
algo novo.
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A geração deve ser pensada tanto no plano natural como no cultural. Os seres vivos estão em
permanente transformação, tornando-se constantemente outros, perdendo o que têm e fabricando-se
novamente. No plano biológico, a geração de outro ser é preservação da espécie; na dimensão cultural, a
geração dá-se no plano da significação e do conhecimento. Seja como preservação da espécie, seja
como fabricação da cultura, amar significa buscar recursos para lidarmos com nossa mortalidade.
33 O amor é loucura e filosofia
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A ideia de que o amor seja um tipo de loucura aparece também em outro diálogo platônico,
chamado Fedro, no qual Sócrates discute os benefícios e os prejuízos de uma relação amorosa. Mas, se
filosofia é amor pelo conhecimento, não pode ser um desvario irracional. Aqueles que julgam saber tudo
não filosofam, porque se creem sábios. A maioria dos humanos ignora sua própria ignorância, por isso
age irrefletidamente. Quem toma consciência da ignorância estrutural da humanidade são os que
filosofam, buscando nas coisas toda a racionalidade de que são capazes. O objeto dessa busca é a
inteligibilidade máxima, que Platão chama de “ideia”, “forma” ou “essência” inteligível.
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Por “ideia” e “ideal”, em Platão, não devemos entender algo idealizado, mas um modo de ser
radical, cujas determinações sejam puramente inteligíveis. Esse máximo de ideação é mais uma aposta e
uma exigência do que uma constatação; aquele que filosofa parte da precariedade e da finitude das
coisas e dos homens. Para compreendê-los e educá-los, o filósofo é levado a postular algo que não
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conhece, mas que julga dever existir, apesar de invisível. A “ideia” ou “essência”, então, é alguma coisa à
qual temos acesso por meio da inteligência. À medida que é pensada e desenvolvida reflexivamente (por
meio do diálogo), passa a ser tomada como referência; é algo divino porque está além da mortalidade
humana.
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Assim, o objeto dito “ideal” não é um objeto perfeito imaginado nem mera projeção gerada pela
carência. O objeto inteligível é proposto como algo a ser pensado, conhecido e amado. Se o amor é
filosófico, ele é construção racional e progressiva desse objeto. Não é a idealização ingênua da figura do
ser amado, mas é abertura para o outro e, progressivamente, para uma alteridade inteligível, rumo a
algum tipo de imortalidade.
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O movimento do amor não pode parar: além do aspecto físico, dos valores políticos, da
convivência na cidade (pólis), visando ao bem comum, ele é exigência máxima de racionalidade,
buscando a causa de tudo o que é bom e de toda beleza. Busca de consciência e conhecimento máximos,
o amor filosófico é exigência de beleza pura, mas sabe-se finito e limitado, mesmo que desejando sempre
mais.
MARQUES, Marcelo P. Amor Platônico. Revista Cult, edição 146, 2010. Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2010/05/amor-platonico/>.
Acesso em: 19 mar. 2013. (Adaptado).
Questão 1
Em relação à organização do texto verifica-se que
a) é apresentada no primeiro parágrafo (linhas 1-5) uma ideia científica, com a qual o autor concorda, e que
é confirmada pela filosofia platônica.
b) o autor entra em contradição porque defende uma ideia no primeiro parágrafo (linhas 1-5) e outra no
décimo parágrafo (linhas 49-53).
c) o autor apresenta inicialmente uma ideia do senso comum, rejeitando-a, depois, no nono e décimo
parágrafos (linhas 41-53) do texto.
d) as ideias de Platão apresentadas nos quatro últimos parágrafos do texto (linhas 34-58) confirmam o
significado que o senso comum atribui à expressão “amor platônico”.
Questão 2
O texto, ao apresentar algumas concepções do que seja o amor, vale-se de um procedimento argumentativo do
tipo
a) dogmático, já que o autor apresenta uma verdade a ser aceita, sem discutir as razões para isso.
b) dialético, pois o autor apresenta ideias aparentemente opostas com o fim de chegar a uma conclusão.
c) sofístico, em que são apresentados argumentos falsos com aparência de verdadeiros, sendo todos
aceitos e defendidos pelo autor.
d) silogístico, por meio do qual, a partir de premissas que não apresentam oposição de ideias, o autor
chega a uma conclusão quase automática.
Questão 3
Ao usar a expressão “objeto inteligível” (linha 50), o autor está indicando, por meio do uso do adjetivo, que o
objeto a que se refere é
a) compreensível pelo pensamento.
b) inatingível pela razão humana.
c) impensável pela mente humana.
d) acessível pela experiência.
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Questão 4
É ideia defendida no texto:
a) O objeto da busca amorosa, na medida em que se constitui como um sentimento de completude,
encontra-se em clara oposição ao objeto da busca filosófica, razão pela qual as noções de amor e
filosofia não combinam.
b) O amor filosófico se caracteriza por não buscar a consciência e o conhecimento, nem saber de sua
finitude e de sua limitação.
c) O amor pode ser caracterizado como uma construção racional e progressiva do objeto a ser pensado,
conhecido e amado, motivo pelo qual ele não corresponde à idealização ingênua do ser amado, e sim à
abertura para o outro.
d) Considerando-se a dicotomia ignorância-saber, o amor identifica-se com a ignorância e não tem relação
com o conhecimento, com a filosofia.
Questão 5
Os termos “sentimento” e “estrutura” (ambos na linha 15) são usados no início do parágrafo com o objetivo de
a) introduzir ideias que ainda não haviam sido mencionadas no texto.
b) retomar as ideias mencionadas no segundo e terceiro parágrafos, respectivamente.
c) retomar as ideias presentes no primeiro parágrafo do texto e desenvolvê-las.
d) introduzir ideias que serão colocadas em contradição com os parágrafos anteriores.
Questão 6
No trecho “o amor não é mero sentimento, mas algo permanente” (linha 11), o uso da conjunção “mas” evidencia
a ideia de que, no texto, “mero sentimento” e “permanente”
a) configuram uma relação semântica de similaridade.
b) estabelecem entre si uma relação de sinonímia.
c) encontram-se em relação de oposição semântica.
d) exemplificam uma relação de causa e efeito.
Leia o texto a seguir para responder às questões de 7 a 10.
Notas sobre a carioquice
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Rio de Janeiro. Chove muito forte na cidade. Raios e trovões. Alagamentos e árvores caídas.
Balanço trágico: quatro mortos e um garoto desaparecido. Em meio ao trânsito parado, dois gaiatos
(expressão tipicamente carioca) pegam suas pranchas e vão para a rua alagada surfar no asfalto.
Divertem-se, gritam, como se fosse necessário buscar prazer onde só há aborrecimento e lamentação. A
cena se repetiu anteontem à noite, à beira da lagoa Rodrigo de Freitas. Virou onda surfar
debochadamente na chuva. Espírito carioca.
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Várias pessoas ficam em cima de um ônibus, sem ter como sair. Bombeiros não chegam. De
algum lugar, surge um bote, a salvação para uma dezena de desesperados, só então resgatados. Nem
tudo é cinismo na cidade. Solidariedade carioca.
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Noite de show no Rio. Só há fila, e grande, na entrada para convidados, os que têm nome na
porta. As pessoas "normais" entram tranquilamente, sem aborrecimento. O VIP fica na fila porque quase
ninguém gosta de pagar ingresso. Descolados cariocas não tiram a carteira do bolso. Esperteza carioca.
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No restaurante, pai, mãe e amiga cantam parabéns para adolescente tímida e desanimada com o
aniversário. As mesas ao lado engrossam o "Parabéns a você". Logo, todo o restaurante canta junto, e a
menina ri, feliz. Alegria e gaiatice do carioca.
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Atenção à roupa e aos gestos. Na praia, na rua, no samba, no shopping, há sempre uma máquina
fotográfica à espreita. Os "paparazzi" estão em toda parte. Qualquer um pode aparecer em um site de
fofoca perto de suposta celebridade só por andar pelo Leblon. Coadjuvante de subcelebridade. Risco
carioca.
COSTA, Paula Cesarino. Notas sobre a carioquice. Folha de S. Paulo. Caderno Opinião. 07 mar. 2013. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/97239-notas-sobre-a-carioquice.shtml>. Acesso em: 07 mar. 2013. (Adaptado).
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Questão 7
Em relação ao modo como o texto está semanticamente organizado, verifica-se que a última frase de cada
parágrafo exerce, em relação a ele, a função de
a) retomar, por meio de noções abstratas, aquilo a que se fez referência por meio de fatos e elementos
concretos do cotidiano.
b) digredir o discurso, apontando para ideias não mencionadas no parágrafo e que serão retomadas no
parágrafo seguinte.
c) comparar o modo carioca de ser e de agir com o comportamento de moradores do Rio de Janeiro
oriundos de outras cidades.
d) contradizer as ideias mencionadas no parágrafo, utilizando-se de elementos linguísticos que, em seu
conjunto, configuram um paradoxo.
Questão 8
Com relação ao modo pelo qual os parágrafos do texto se relacionam, verifica-se que eles configuram uma
estrutura textual
a) linear de conceitos, que são analisados e explicados abstratamente em parágrafos interdependentes,
ligados por conectores textuais.
b) argumentativa e hierarquizada, por meio da qual cada parágrafo se inicia mencionando o conceito que foi
tratado no parágrafo anterior.
c) semanticamente desconexa, em que temas e situações não apresentam coerência entre si, constituindo-
se apenas numa lista de pequenas narrativas desprovidas de unidade de sentido.
d) constituída de breves relatos de episódios do cotidiano do Rio de Janeiro, que servem para exemplificar
características típicas do carioca.
Questão 9
A sentença “Descolados cariocas não tiram a carteira do bolso” (linha 12), estabelece, com o período que a
antecede, uma relação de
a) concessão
b) explicação
c) comparação
d) condição
Questão 10
No trecho “dois gaiatos (expressão tipicamente carioca)” (linhas 2-3), a informação que está entre parênteses
exemplifica a seguinte função da linguagem:
a) metalinguística
b) poética
c) emotiva
d) conativa
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Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do estado de Goiás
Questão 11
A intensificação [modernização] é um processo que consiste em se buscar ganhos via aumento de insumos, por
unidade de área cultivada, por meio do emprego maciço de inovações técnicas.
FARIA, M. E. Agricultura Moderna, Cerrados e Meio Ambiente. In: DUARTE, L. M. G. e BRAGA, M. L. S. (Org). Tristes Cerrados: sociedade e biodiversidade.
Brasília: Paralelo 15, 1998. p.157.
O texto faz referência à modernização da agricultura, em que o uso das inovações técnicas constitui a base da
produção. Sobre a modernização da agricultura goiana, implementada a partir da “Revolução verde”, até o ano
de 1990, percebe-se que
a) o pouco avanço nas pesquisas que comprovassem a eficácia dos insumos impediu seu uso imediato
pelos pequenos proprietários.
b) o financiamento para compra de insumos agrícolas concentrou-se entre os grandes proprietários,
promovendo aumento na produção.
c) a mecanização agrícola promoveu o aumento do emprego e da renda dos trabalhadores, permitindo sua
fixação no campo.
d) a política governamental incentivou a mecanização da pequena propriedade rural de trabalhadores
assentados.
Questão 12
Vários são os motivos que determinaram o crescimento de Goiânia e das cidades do entorno na década de 1990
[....], dentre os quais se podem citar as políticas públicas que serviram de atrativo para essa população migrante.
O crescimento da Região Metropolitana como um todo está diretamente relacionado com a expansão de Goiânia,
principalmente entre o início da década de 1970 e final da década de 1980.
FREITAS, C. A. L. L. Goiânia: as perspectivas do planejamento urbano e contradição com os espaços segregados. Revista Plurais. Anápolis-GO, v.1, n.2. 2005,
p.85-86 (Adaptado).
O texto faz referência à expansão urbana da região metropolitana de Goiânia a partir da década de 1990. Sobre
esse tema, o fator que contribuiu para a expansão dessa região foi
a) a criação de políticas públicas pelo governo de Goiás com o intuito de atrair mão de obra para a indústria
goianiense que se instalava na capital.
b) o grande fluxo populacional derivado do êxodo rural, com migração do homem do campo para a capital
em busca de trabalho e moradia.
c) a existência de movimentos organizados de ocupação de áreas urbanas que conseguiram garantir a
posse das terras públicas devolutas.
d) o maior rigor da legislação goianiense sobre o parcelamento do solo em Goiânia, promovendo o
deslocamento do capital imobiliário para os municípios circunvizinhos.
Questão 13:
O PT goiano começou sua estruturação em um contexto bastante adverso, pois havia uma polarização entre
forças já enraizadas na política estadual, de um lado o PMDB – cuja vitória era tida como certa – e de outro, o
PDS em declínio.
MIRANDA, Paulo Roberto. As bases do PT em Goiás: estrutura e recrutamento político. In: FERREIRA, D. P; BEZERRA, H. D. (Org.). Panorama da política em
Goiás. Goiânia: Ed. da UCG, 2008. p. 84
Com a redemocratização brasileira e o retorno do voto direto, o PT (Partido dos Trabalhadores) quase sempre foi
o 3º colocado nas eleições para governador em Goiás, durante as décadas de 1980 e 1990. Isso só não ocorreu
nas eleições de
a) 1982, quando Athos Magno assumiu a 2ª posição, suplantando Otávio Laje.
b) 1986, quando Darcy Acorsi assumiu a 2ª colocação, suplantando Mauro Borges.
c) 1994, quando Luiz Antônio perdeu a 3ª colocação para Ronaldo Caiado.
d) 1990, quando Valdi Camarcio perdeu a 3ª colocação para Iran Saraiva.
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Questão 14
A defesa da construção de Goiânia feita por um de seus principais responsáveis – Dr.Armando de Godói –
evidencia com clareza o que se pensava naquele período sobre o planejamento, especialmente no que tange à
obediência do espaço à razão.
CHAVEIRO, E. F. A urbanização do sertão goiano e a criação de Goiânia. In. NETO, A. T.; et al. (Org.). O espaço goiano: abordagens geográficas. Goiânia,
Associação dos Geógrafos Brasileiros, 2004. p.113.
O modelo de planejamento urbano proposto por Armando de Godói para a construção da cidade de Goiânia foi
fortemente influenciado
a) pela Carta de Atenas, manifesto proposto pelos urbanistas modernos em 1933, que entendia a cidade
como um organismo funcional, dividida em setores e privilegiando a presença de áreas verdes.
b) pelo projeto varguista da Marcha para o Oeste, apoiado por Pedro Ludovico, que considerava Goiânia a
capital do cerrado, construindo-a livremente inspirada no traçado do Rio de Janeiro, então capital federal.
c) pelo Darwinismo Social que dominava o cenário intelectual no início do século XX, segundo o qual a
ocupação urbana era entendida como racionalista, sendo o espaço mais importante que o indivíduo.
d) pela forte presença da Igreja Católica na administração pública da época, o que justifica o fato de o
traçado urbano de Goiânia ser inspirado nos traços visualizados no manto de Nossa Senhora Aparecida.
Questão 15
No período republicano, a causa separatista do norte de Goiás voltou a se manifestar. O crescimento econômico
das regiões sul e sudoeste, intensificado a partir da chegada dos trilhos no estado, refletiu-se no aumento das
diferenças regionais.
ASSIS, Wilson Rocha. Estudos de História de Goiás. Goiânia: Vieira, 2005. p. 139.
O texto refere-se aos esforços que culminaram na criação do estado de Tocantins, em 1988. O novo estado foi
efetivado politicamente
a) pela aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa Estadual, no momento em que a bancada
de deputados do norte era numericamente superior à do sul.
b) pela realização de um plebiscito, sob a iniciativa do governador Henrique Santillo, no qual a população de
Goiás votou favoravelmente à separação territorial.
c) por intermédio de uma campanha suprapartidária, liderada por Siqueira Campos, que conseguiu a
aprovação da emancipação na constituinte de 1988.
d) por meio de um acordo político-partidário entre os principais partidos atuantes na época, pelo qual Goiás
ficou sob a hegemonia do PMDB e o Tocantins sob a do PDS.
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Noções de Direito Penal
Questão 16
Sobre ação penal, verifica-se que
a) em razão da titularidade da atuação, o código penal brasileiro, num critério eminentemente pré-subjetivo,
divide as ações em penal pública e em ação penal privada.
b) a ação penal pública, na distinção com relação ao sujeito do exercício do direito à jurisdição, não é
promovida pelo Ministério Público, órgão do estado administrativo, representado por promotores e
procuradores de justiça.
c) é vedado na ação pública depender da representação que se constitui numa espécie de pedido de
autorização em que a vítima, seu representante legal ou curador nomeado para expressar o desejo de
que ação seja instaurada.
d) ação penal privada é uma denominação imprópria. Sendo públicas quase todas as ações por ser direito à
jurisdição no âmbito da justiça penal. A ação penal pública é de iniciativa privada, e promovida mediante
queixa do ofendido sem a possibilidade de representação.
Questão 17
Sobre o crime em direito penal, verifica-se que
a) o resultado, de que depende existência do crime, não é somente imputável a quem lhe deu causa.
b) a omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado.
c) diz-se crime consumado quando nele se reúnem alguns elementos da sua definição legal.
d) tentativa de crime se dá quando, iniciada a execução, se consuma por circunstâncias alheias ao agente.
Questão 18
Em relação à extinção da punibilidade, segundo o código penal, tem-se que
a) a extinção da punibilidade de crime é pressuposto, elemento constitutivo. Nos crimes conexos, a extinção
da punibilidade de um deles visa preservar a sociedade da ação de delinquentes.
b) a prescrição antes de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena aplicada.
c) estingue-se a punibilidade pela morte do agente, pela anistia, graça ou indulto, prescrição e decadência.
d) a prescrição, depois de transitar em julgado a sentença final, começa a correr exclusivamente no dia em
que o crime se consumou.
Questão 19
Em relação às medidas de segurança, tem-se o seguinte:
a) a medida de segurança não deixa de ser uma sanção penal e, embora mantenha semelhança com a
pena, diminuindo um bem jurídico visa preservar a sociedade.
b) de acordo com a lei anterior, as medidas de segurança podiam ser aplicadas isoladamente, aos
imputáveis, e cumuladas com penas aos semi-imputáveis e aos imputáveis considerados perigosos.
c) na aplicação da medida de segurança não será observado o princípio da legalidade, somente sendo
possível a imposição daquela que estiver prevista em lei.
d) reconhecidos os pressupostos, a medida de segurança é aplicada pelo juiz. Prevê-se que não será
exclusiva competência do juiz a substituição da pena por medida de segurança.
Espaço para rascunho
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Questão 20
Sobre os crimes contra a administração pública, tem-se o seguinte:
a) concussão é exigir para si ou para outrem vantagem indevida, ainda que fora da função ou até mesmo
antes de assumi-la.
b) solicitar para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la
configura peculato.
c) retardar ou deixar de praticar indiretamente ato de ofício ou praticá-lo para satisfazer interesse próprio é
incorrer em corrupção passiva.
d) quem oferece ou promete vantagem indevida a funcionário público para determiná-lo a praticar ou omitir
ato de ofício comete corrupção passiva.
Espaço para rascunho
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Noções de Direito Constitucional
Questão 21
A Constituição Federal, para garantir a ordem econômica, assegurando a existência digna e a efetividade dos
seus princípios, estabeleceu a possibilidade de intervenção do Estado na economia, na forma
a) direta, pela exploração de atividade econômica pelo Estado, sempre que aquela representar
possibilidade de benefícios financeiros efetivos .
b) indireta, quando o Estado atua como agente na prática de atividade econômica e como regulador,
participando efetivamente do mercado.
c) da criação de agentes fiscalizadores, atuantes de forma direta na prática de atividade econômica,
reservada ao ente estatal.
d) da instituição de monopólios, por meio da subtração de determinada atividade econômica da iniciativa
privada e a reserva, com exclusividade, à exploração estatal.
Questão 22
Há diferentes modelos de controle de constitucionalidade dos atos ou omissões do poder púbico. Quanto ao
número de órgãos com competência para esse controle, entende-se que é
a) difuso, quando realizado incidentalmente, à vista de um caso concreto, como ocorre na França.
b) difuso, quando conferido a uma pluralidade de órgãos, como ocorre nos Estados Unidos da América.
c) concentrado, quando desencadeado como controle principal, à vista de um caso concreto, como ocorre
em Portugal.
d) concentrado, quando conferido simultaneamente a um órgão e a uma pluralidade de órgãos, como ocorre
na Alemanha.
Questão 23
A Constituição Federal garante o direito de propriedade, prevendo a possibilidade de desapropriação por
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social. A teoria constitucional explica que se define
a) o interesse social, quando as circunstâncias impõem a desapropriação para aproveitamento da
propriedade em benefício da comunidade, sendo esse seu caráter distintivo.
b) a necessidade pública, quando ocorre situação em que a desapropriação é conveniente para o poder
público, sendo esse seu caráter distintivo.
c) a utilidade pública, quando é imprescindível a desapropriação para atender a interesses públicos
coletivos, sendo esse seu caráter distintivo.
d) a necessidade ou utilidade pública, quando se impõe a desapropriação para benefício público, verificada
a sua conveniência pelo poder público, sendo esse seu caráter distintivo.
Questão 24
O advento de uma nova Constituição gera efeitos na ordem jurídica preexistente. Dentre esses, tem-se a
revalidação, na nova ordem constitucionalmente estabelecida,
a) de todas as normas anteriores a ela, pelo fenômeno da recepção.
b) das normas compatíveis com a nova Constituição, pela recepção.
c) de todas as normas anteriores a ela, pelo fenômeno da repristinação.
d) das normas compatíveis com a nova Constituição, pela repristinação.
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Domingo, 14 de abril de 2013. Polícia Militar – Cadete – Prova A
Questão 25
A Constituição Federal estabelece os princípios fundamentais do Estado brasileiro, dentre os quais o do
pluralismo político, cujos limites conformadores se traduzem
a) na possibilidade da diversidade de partidos políticos.
b) no direito à singularidade como inerente à dignidade da pessoa.
c) na possibilidade da coexistência de ideologias político-pessoais.
d) na possibilidade da eleição dos representantes políticos.
Questão 26
A Constituição veda a cassação de direitos políticos, permitindo em alguns casos a suspensão ou a perda
desses direitos. São casos de perda
a) incapacidade civil absoluta, pela interdição civil.
b) condenação criminal, com decisão transitada em julgado.
c) improbidade administrativa, aferida em processo civil.
d) cancelamento de naturalização com trânsito em julgado.
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Domingo, 14 de abril de 2013. Polícia Militar – Cadete – Prova A
Noções de Direito Processual Penal
Questão 27
Segundo a Lei 9.099/95 e suas alterações:
a) durante a suspensão condicional do processo, o prazo prescricional continua a correr normalmente,
sendo suspenso apenas se houver decisão judicial ou determinação do Ministério Público.
b) a suspensão condicional do processo será revogada se, no curso do prazo, o beneficiário vier a ser
processado por outro crime ou não efetuar, sem motivo justificado, a reparação do dano.
c) a aceitação da proposta de suspensão condicional do processo pelo acusado tem caráter de
reconhecimento de culpa e, assim, caso descumpridas as condições fixadas, o Ministério Público poderá
executá-las.
d) a suspensão condicional do processo poderá ser proposta pelo magistrado, nos crimes em que a pena
mínima cominada for igual ou inferior a 2 (dois) anos, desde que o acusado não tenha sido condenado
por outro crime cuja pena máxima cominada seja superior a 4 (quatro) anos.
Questão 28
Segundo o Código de Processo Penal, no procedimento comum ordinário:
a) o princípio da identidade física do juiz não é reconhecido expressamente. Portanto, o magistrado que
presidir a instrução processual penal não deverá ser o prolator da sentença.
b) durante a instrução, não havendo requerimento de diligências, serão oferecidas alegações finais orais
por 20 (vinte) minutos, respectivamente, primeiro pela defesa e depois pelo Ministério Público, sendo
impossibilitada a apresentação de memoriais escritos.
c) produzidas as provas, ao final da audiência, o Ministério Público, o querelante e o assistente e, a seguir,
o acusado poderão requerer diligências cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados
na instrução.
d) durante a instrução poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pelo Ministério Público e 5
(cinco) pela defesa, compreendendo, neste número, as que não prestem compromisso e as referidas.
Questão 29
No que concerne às nulidades no processo penal, tem-se o seguinte:
a) as omissões da denúncia ou da queixa poderão ser supridas a todo tempo, mesmo após a prolação da
sentença final.
b) segundo o Supremo Tribunal Federal, a falta de defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência
só anulará o processo se houver prova de prejuízo para o réu.
c) a omissão de formalidade que constitua elemento essencial do ato é causa de nulidade absoluta, não
podendo ser sanada, mesmo se, praticado por outra forma, o ato tiver atingido seu fim.
d) as nulidades relativas podem ser invocadas a qualquer tempo ou grau de jurisdição, por qualquer das
partes, bem como podem ser decretadas de ofício pelo juiz.
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Questão 30
Segundo o procedimento previsto na Lei 11.343/06 (Lei Antidrogas):
a) o inquérito policial para apurar os crimes previstos na Lei 11.343/06 será concluído no prazo
improrrogável de 10 (dez) dias, se o indiciado estiver preso, ou de 30 (trinta) dias, se o imputado estiver
solto.
b) o juiz, a requerimento do Ministério Público, havendo meras suspeitas, poderá decretar, somente no
curso do inquérito policial, o sequestro de bens imóveis auferidos com a prática dos crimes previstos na
lei 11.343/06.
c) o interrogatório do acusado será realizado privativamente pelo juiz que, após inquiri-lo, encerrará a
instrução, não sendo conferida às partes a possibilidade de solicitar esclarecimentos ou formular
perguntas complementares.
d) em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos na Lei 11.343/06, é permitida,
mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, a infiltração por agentes de polícia, em
tarefas de investigação, constituída por órgãos especializados pertinentes.
Questão 31
Sobre os recursos, segundo o Código de Processo Penal, tem-se o seguinte:
a) entende-se por efeito regressivo, iterativo ou diferido a transferência do conhecimento da matéria
impugnada ao órgão jurisdicional superior, objetivando a reforma ou invalidação da decisão impugnada.
b) quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de
parte da decisão se recorra.
c) contra a decisão que conceder ou negar liberdade provisória poderá ser interposto recurso de apelação
perante o juiz monocrático, a quem competirá reformar ou manter a decisão.
d) contra decisão absolutória não unânime caberão embargos infringentes e de nulidade, a serem opostos
pelo Ministério Público ou pelo assistente de acusação.
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Noções de Direito Administrativo
Questão 32
Em relação à política tarifária do serviço concedido, de acordo com a Lei federal n. 8.987/95, que dispõe sobre o
regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos
a) o vencedor da licitação é quem fixará a tarifa após a homologação do certame.
b) a revisão da tarifa será sempre por ato do concessionário.
c) o contrato não prevê regras sobre a revisão tarifária.
d) a tarifa será fixada pelo preço constante na proposta vencedora da licitação.
Questão 33
Nos termos da Lei n. 8.666/93, a prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras é
a) obrigatória, não podendo ser dispensada em nenhuma hipótese.
b) facultativa, podendo a autoridade competente fixá-la no momento da assinatura do contrato.
c) obrigatória em todas as contratações decorrentes da modalidade concorrência.
d) facultativa, a critério da autoridade competente, em cada caso, desde que prevista no edital.
Questão 34
Prevê a Lei n. 8.666/93 que a comissão de licitação, permanente ou especial, será formada de, no mínimo,
a) 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros
permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.
b) 4 (quatro) membros, sendo 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes
dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.
c) 4 (quatro) membros, sendo pelo menos 1 (um) deles servidor qualificado pertencente aos quadros
permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.
d) 3 (três) membros, sendo pelo menos 1 (um) deles servidor qualificado pertencente aos quadros
permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.
Questão 35
A delegação da execução de um serviço de que é titular o poder público, cujas características são a
unilateralidade, a discricionariedade e a precariedade, é materializada pela
a) concessão
b) autorização
c) parceria público-privada
d) empreitada
Questão 36
Em relação ao tema da desapropriação, retrocessão é
a) a desapropriação que se processa sem observância do procedimento legal, equiparada ao esbulho.
b) a desapropriação que se processa com finalidade contrária ao interesse público, motivada por
perseguição ou favoritismo a pessoas determinadas.
c) o direito que tem o expropriado de exigir de volta o seu imóvel caso o mesmo não tenha o destino para
que se desapropriou.
d) a ação judicial a que tem direito o expropriado para recomposição integral do patrimônio, como lucros
cessantes e danos emergentes.
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Questão 37
A possibilidade conferida ao administrado de interpor recursos hierárquicos até chegar à autoridade máxima da
organização administrativa corresponde ao seguinte princípio:
a) economia processual
b) contraditório
c) atipicidade
d) pluralidade de instâncias
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Noções de Direito Penal Militar
Questão 38
Extingue-se a punibilidade, segundo o Código Penal Militar,
a) pela morte do ofendido.
b) pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo.
c) pelo perdão aceito, nos crimes de ação pública.
d) pela decadência, nos crimes de ação pública.
Questão 39
Segundo o Código Penal Militar, tem-se o seguinte:
a) a perda de posto e patente e a indignidade para o oficialato são penas acessórias.
b) o arrependimento posterior é causa obrigatória de redução da pena.
c) não há previsão de medidas de segurança patrimoniais.
d) a ação penal militar será condicionada à representação ou requisição da vítima.
Questão 40
No que se refere ao conflito de leis no tempo, segundo o Código Penal Militar:
a) a lei posterior que favorecer o agente aplica-se retroativamente, salvo quando já tenha sobrevindo
sentença condenatória irrecorrível.
b) ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, permanecendo vigente,
entretanto, a sentença irrecorrível proferida com alicerce à lei anterior.
c) para se reconhecer a norma mais favorável, a lei posterior e anterior devem ser consideradas
separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato.
d) há orientação consolidada reconhecendo a possibilidade de se mesclar o regime penal comum e o
regime penal castrense, mediante a seleção das partes mais benéficas de cada um deles.
Questão 41
Quanto ao lugar do crime, segundo o Código Penal Militar:
a) adota-se a teoria da ubiquidade para os crimes omissivos e comissivos, nos moldes estabelecidos pelo
Código Penal.
b) aplica-se, ao crime comissivo, a teoria da ação ou atividade, pois se considera o lugar do crime somente
aquele em que a ação criminosa produziu resultado.
c) adota-se, ao crime omissivo, a teoria da ubiquidade, pois se considera o lugar do crime aquele em que a
conduta omissiva produziu resultado.
d) nos crimes omissivos, adota-se a teoria da ação ou atividade, pois o fato considera-se praticado no lugar
em que deveria realizar-se a ação omitida.
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Noções de Direito Processual Penal Militar
Questão 42
A denúncia, segundo o Código de Processo Penal Militar:
a) conterá a exposição do fato criminoso, com todas as circunstâncias, bem como a classificação do crime.
b) conterá o rol de testemunhas, que não poderá ser dispensado mesmo se o Ministério Público dispuser de
prova documental suficiente.
c) deverá ser oferecida, se o imputado estiver preso, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias.
d) em caso de rejeição decorrente da ilegitimidade do acusador, será obstado o exercício da ação penal,
mesmo se, depois, vier a ser promovida por acusador legítimo.
Questão 43
No que concerne aos recursos, segundo o Código de Processo Penal Militar, tem-se que
a) não há reconhecimento legal do princípio da fungibilidade recursal ou da permutabilidade do recurso.
b) no caso de concurso de agentes, a interposição do recurso por um dos réus aproveitará aos outros,
mesmo quando venha a agravar a situação de quem não recorreu.
c) o Ministério Público não poderá desistir do recurso que haja interposto.
d) é cabível apelação em face da decisão ou sentença que não receber a denúncia, no todo ou em parte, ou
seu aditamento.
Questão 44
Segundo o Código de Processo Penal Militar, a citação far-se-á por:
a) hora certa, quando o acusado se ocultar ou opuser obstáculo para não ser citado.
b) hora certa, quando o acusado estiver em local incerto e não sabido.
c) edital, quando o acusado estiver residindo na sede do juízo em que se promove a ação penal.
d) edital, quando estiver asilado em lugar que goze de extraterritorialidade de país estrangeiro.
Questão 45
No que se refere às medidas assecuratórias, segundo o Código de Processo Penal Militar:
a) a busca domiciliar será executada sempre durante o dia, independentemente do consentimento expresso
do morador para realizá-la à noite ou de ter como escopo acudir a vítima do crime.
b) a revista pessoal será realizada quando houver suspeitas, mesmo superficiais, de que alguém oculte
consigo objetos que constituam corpo de delito.
c) proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para descobrir objetos
necessários à prova da infração ou à defesa do acusado.
d) a autoridade militar não poderá requisitar à autoridade policial civil a realização da busca, devendo esta
ser executada, no curso do inquérito ou do processo penal, por oficial de justiça.
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Legislação Extravagante
Questão 46
O constrangimento com emprego de violência ou grave ameaça, de acordo com a Lei dos Crimes de Tortura (Lei
n. 9.455/97), pode ser qualificado como crime de tortura quando causa sofrimento físico ou mental para
a) aplicar castigo pessoal na vítima ou em terceira pessoa.
b) praticar ato não resultante de medida legal contra a vítima ou terceira pessoa.
c) impor medida de caráter preventivo contra a vítima ou terceira pessoa.
d) obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
Questão 47
Uma usina de processamento de cana-de-açúcar para fabricação de álcool, dirigida por um engenheiro
ambiental, deixa vazar de suas instalações uma substância tóxica que atinge o rio que passa nos arredores da
localidade, matando grande quantidade de peixes. O gerente se recusa a permitir que a autoridade encarregada
da vigilância ambiental entre na usina. Conforme a Lei dos Crimes Ambientais (Lei n. 9.605/98), a pena contra a
empresa será
a) agravada porque foi praticada em espaço territorial especialmente protegido.
b) agravada por ter afetado e exposto a perigo, de maneira grave, o meio ambiente.
c) atenuada porque há baixo grau de instrução do agente causador do dano.
d) atenuada pela colaboração do autor aos agentes encarregados do controle ambiental.
Questão 48
A colocação, em família substituta, de criança ou adolescente indígena ou proveniente de remanescente de
quilombola, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90), exige, além de outras
medidas, que
a) seja considerada a identidade social e cultural da criança, seus costumes e tradições, ainda que
contrariem direitos fundamentais do Estatuto da Criança e do Adolescente.
b) a colocação ocorra, de modo obrigatório, no âmbito da comunidade originária da criança ou junto a
membros da mesma etnia.
c) seja considerada a identidade social e cultural da criança, seus costumes e tradições, ainda que
contrariem direitos fundamentais da Constituição Federal.
d) a colocação ocorra, de modo prioritário, no âmbito da comunidade originária da criança ou junto a
membros da mesma etnia.
Questão 49
São princípios que orientam a aplicação das medidas protetivas previstas no Estatuto da Criança e do
Adolescente (Lei. n. 8.069/90), entre outros:
a) a condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos, a proteção integral e prioritária, a
intervenção mínima.
b) o interesse superior da criança e do adolescente, a privacidade, a intervenção máxima, a
responsabilidade parental.
c) a obrigatoriedade da informação, a prevalência da família, a proporcionalidade e a responsabilidade do
jovem.
d) o interesse superior da criança e do adolescente, a responsabilidade primária e solidária do poder público
e a intervenção máxima.
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Domingo, 14 de abril de 2013. Polícia Militar – Cadete – Prova A
Questão 50
A Polícia Militar, segundo o Estatuto dos Policiais Militares do Estado de Goiás, é “uma instituição permanente e
regular, destinada à manutenção da ordem pública do Estado”, e impõe, aos seus integrantes, “conduta moral e
profissional irrepreensível”. Isso obriga seus membros à observância de preceitos de ética policial militar, tais
sejam, entre outros:
a) ter zelo pelo seu próprio preparo, sob os aspectos moral, intelectual e físico, ainda que seja necessário o
uso particular de bens públicos.
b) abster-se de usar seu posto ou sua graduação para alcançar facilidades pessoais ou encaminhar
negócios particulares.
c) tratar com todo cuidado, ainda que fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa relativa à segurança
nacional.
d) exercer com subordinação, eficiência e probidade as funções que lhe couberem em decorrência do
cargo.
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Domingo, 14 de abril de 2013. Polícia Militar – Cadete – Prova A
Redação
Atualmente, um tema muito discutido é a submissão de recém-formados a exames de proficiência aplicados por
conselhos profissionais e, especialmente, o boicote que muitos desses graduados estão propondo aos referidos
exames. A esse respeito, leia a coletânea de textos a seguir.
Texto 1
Criado em 2005, o exame do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) foi optativo
até o ano de 2010. Em 2011, apenas 418 estudantes (contra 998 de 2005) se inscreveram. A taxa de reprovação foi
de 46% - índice médio dos últimos sete anos. Em novembro de 2012, foi aplicada a primeira prova obrigatória para
os alunos do sexto ano. O teste não exige nota mínima para aprovação. O aluno só precisa comparecer e
responder todas as questões. Entretanto, lideranças estudantis de três Universidades (Unicamp, Unesp e
Faculdade de Medicina de Marília) recomendaram que os alunos boicotassem o exame. A despeito da polêmica, o
exame tem recebido apoio de médicos renomados, como o cardiologista Adib Jatene e o oncologista Drauzio Varella,
que também defendem avaliações externas periódicas. Segundo o Cremesp, o “ato de rebeldia” ficará arquivado
no Conselho, na pasta do futuro médico.
COLLUCCI, Cláudia. Aluno que boicotar exame terá “ficha suja”, diz Conselho de Medicina de SP. São Paulo, Folha de São Paulo, 9 nov. 2012. C1. (Adaptado).
Texto 2
Os últimos dias não foram de felicidade para os brasileiros. Entre outros motivos, descobriram que 54,5%
dos médicos recém-formados da nação são inaptos para a profissão. Sem tergiversar, julgo que profissionais
inaptos devem ser impedidos de exercer a profissão. Contudo, não posso deixar de expressar certa angústia
quando dirijo um olhar a esse grupo. Confesso que nunca me deparei com um médico recém-formado que não
acalentasse o sonho de se tornar um profissional respeitado. Referindo-me a uma realidade que Riobaldo, o
jagunço-filósofo de Guimarães Rosa, soube muito bem descortinar – “Um sentir é o do sentente, mas o outro é
do sentidor.” –, reconheço que as inquietações expressas sobre as aptidões dos recém-formados são justificadas
por quem sente de fora. Mas como um dos que sentem de dentro, não posso deixar de dizer que, ao invés de
algozes, a imensa maioria dos novos médicos da nação são vítimas de um enredo perverso que mistura uma
sociedade permissiva, escolas médicas deficientes e governantes incapazes, que transformam esperanças
incontidas em sonhos frustrados. (Miguel Srougi, 66, é pós-graduado em urologia pela Universidade de Harvard
(EUA) e professor titular de urologia da Faculdade de Medicina da USP).
SROUGI, Miguel. Médicos inaptos: algozes ou vítimas? Disponível em: <http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=56998>. Acesso em: 14 mar. 2013. (Adaptado).
Texto 3
Tiro meu chapéu para os estudantes de Medicina da Unicamp, os quais decidiram em assembleia
boicotar o exame do Conselho Regional de Medicina (Cremesp). O objetivo maior desse conselho é extorquir os
formandos, tornando obrigatória a realização de prova para avaliar os alunos do 6º ano do curso de medicina.
Está cristalizado no art. 5º, inciso XIII, da Constituição que: "É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.” No art. 43 da LDB (Lei n.º 9.394/96),
pode-se constatar que a educação superior tem por finalidade “formar diplomados nas diferentes áreas de
conhecimento, aptos para inserção em setores profissionais”. Também na LDB, o art. 48 diz que os diplomas de
cursos superiores reconhecidos, quando registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida
por seu titular. Não é da alçada de nenhum órgão de fiscalização da profissão avaliar ninguém.
VASCONCELOS, Vasco. Opinião: diga não ao exame do Cremesp e da OAB. Disponível em: <http://oab-df.jusbrasil.com.br/notícias/100123368>.
Acesso em: 09 mar. 2013. (Adaptado).
Texto 4
Está consolidada uma nova realidade para os cerca de um milhão de profissionais da contabilidade que
atuam em todo o Brasil. Entre os grandes motivos de comemoração para esta importante categoria está que
2013 (escolhido como o Ano da Contabilidade no Brasil) será o terceiro ano de aplicação do Exame de
Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade, o CFC, prova obrigatória para o registro do profissional
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Domingo, 14 de abril de 2013. Polícia Militar – Cadete – Prova A
contábil. Caso o recém-formado não seja aprovado, ele não pode tirar sua carteira do Conselho Regional de
Contabilidade e, consequentemente, não tem permissão para exercer a função. E não tem sido diferente em
relação ao essencial e milenar ofício do contador, uma das cinco profissões mais demandadas no mercado de
trabalho. Estamos construindo há pouco mais de meio século uma bela estrutura para fortalecer a profissão e
seus profissionais. E, agora, com o Exame de Suficiência do CFC, damos um novo salto em direção à
qualificação da área da contabilidade. O Exame passa a demandar uma melhor preparação daqueles que
pretendem iniciar suas carreiras na área contábil. Não basta mais aos futuros contadores e técnicos concluir a
formação específica para atuar profissionalmente. É preciso comprovar em exame os conhecimentos que serão
exigidos na prática diária.
POCETTI, Eduardo. O Brasil precisa de bons contadores. Disponível em: <http://www.jb.com.br>. Acesso em: 11 mar. 2013. (Adaptado).
Com base na leitura da coletânea, redija um texto dissertativo argumentativo discutindo a seguinte questão-tema:
Boicote aos exames de proficiência aplicados por Conselhos Profissionais:
questão de consciência política ou de insegurança quanto à própria formação?
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