argumentativo textoed

23
Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica O que são os argumentos. Objetivos e elementos.

Upload: filazambuja

Post on 22-Dec-2014

266 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

O que são os argumentos. Objetivos e elementos.

Page 2: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Os argumentos servem para justificar a verdade de uma afirmação.

Justificar uma afirmação consiste em apresentar as razões em que nos podemos basear para concluir que a afirmação é verdadeira.

Page 3: Argumentativo textoed

Exemplo 1

Maria: As pessoas são as únicas responsáveis pelas decisões que tomam. Joana: Por que razão dizes isso? Maria: Se somos livres, podíamos ter decidido agir de maneira diferente. E se podíamos ter decidido agir de outra maneira mas não o fizemos, a responsabilidade só pode ser nossa. Portanto…Joana: Sim. Se formos realmente livres.

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Page 4: Argumentativo textoed

Exemplo 1

Maria: As pessoas são as únicas responsáveis pelas decisões que tomam. Joana: Por que razão dizes isso? Maria: Se somos livres, podíamos ter decidido agir de maneira diferente. E se podíamos ter decidido agir de outra maneira mas não o fizemos, a responsabilidade só pode ser nossa. Portanto…Joana: Sim. Se formos realmente livres.

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Page 5: Argumentativo textoed

Exemplo 1

Maria: As pessoas são as únicas responsáveis pelas decisões que tomam. Joana: Por que razão dizes isso? Maria: Se somos livres, podíamos ter decidido agir de maneira diferente. E se podíamos ter decidido agir de outra maneira mas não o fizemos, a responsabilidade só pode ser nossa. Portanto…Joana: Sim. Se formos realmente livres.

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Page 6: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

As razões que um argumento tem para oferecer são as suas premissas.

A afirmação que as premissas pretendem justificar é a conclusão do argumento.

Page 7: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Premissas e conclusão

(1) Se somos livres, podíamos ter decidido agir de maneira diferente. (2) Se podíamos ter agido de outra maneira e não o fizemos, a responsabilidade é nossa.

As pessoas são as únicas responsáveis pelas decisões que tomam.

Page 8: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

O primeiro passo que permitirá avaliar o mérito de um argumento é identificá-lo.

É necessário saber qual das afirmações é a conclusão e quais são as premissas.

Page 9: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Identificar argumentos. Indicadores de premissas.

porquedado que

como foi ditovisto quedevido a

a razão é queadmitindo que

sabendo-se que

Page 10: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Identificar argumentos. Indicadores de conclusão.

por issopor conseguinte

logoportantodaí que

segue-se quepode-se inferir queconsequentemente

Page 11: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Premissas e conclusão. Argumentos válidos e inválidos.

Page 12: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Exemplo 2

(1) Todos os seres humanos são mortais.(2) Platão é um ser humano.

Platão é mortal.

Page 13: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

O argumento anterior tem uma característica importante: se as premissas forem verdadeiras, a conclusão é obrigatoriamente verdadeira.

A verdade das premissas dá-nos a garantia que a conclusão é verdadeira.

Os argumentos que possuem esta característica são chamados válidos.

Page 14: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Mortais

Homens

. Platão

Page 15: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Num argumento válido, a verdade da conclusão é a consequência lógica da verdade das premissas.

Não é possível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa.

Page 16: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

No entanto, podem existir argumentos válidos com premissas falsas.

As premissas não têm de ser verdadeiras para um argumento ser válido.

A definição de validade diz o que tem de acontecer à conclusão na hipótese de as premissas serem verdadeiras. Esta hipótese pode não se verificar.

Page 17: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Exemplo 3

(1) Todos os portugueses são asiáticos.(2) Barack Obama é português.

Barack Obama é asiático.

Page 18: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

As premissas são falsas: nem Barack Obama é português nem os portugueses são asiáticos. E a conclusão também é falsa: Barack Obama não é asiático.

Mas o argumento é válido. Se Barack Obama fosse português e os portugueses fossem asiáticos, a consequência lógica seria Barack Obama ser asiático.

Page 19: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Mas nem todos os argumentos são válidos. E nem sempre é fácil perceber quando isso acontece.

Um argumento é inválido quando a conclusão pode ser falsa mesmo que as premissas sejam verdadeiras.

Num argumento inválido, a verdade das premissas não justifica ou garante a conclusão.

Page 20: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Exemplo 4

(1) Alguns políticos são corruptos.(2) Napoleão é político.

Napoleão é corrupto.

Page 21: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

A premissa (1) afirma apenas que alguns políticos (e não todos) são corruptos, o que é verdade.

A premissa (2) afirma que Napoleão é um político. Esta premissa também é verdadeira.

Page 22: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

CorruptosPolíticos

.

Napoleão

??

Page 23: Argumentativo textoed

Unidade 1 – Iniciação à atividade filosófica

Embora ambas as premissas sejam verdadeiras, não se pode concluir que Napoleão seja corrupto.

O argumento é inválido. A conclusão não é uma consequência lógica das premissas.