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Este caderno faz parte integrante da edição 1606 do JORNAL DE LEIRIA, de 23.04.2015 e não pode ser vendida separadamente. MARINHA GRANDE CADERNO DE Cultura: Centro tradicional tornou-se centro cultural Educação: Escolas que formam, integram e mobilizam Economia: Da indústria soberana ao comércio emergente Entrevista: Álvaro Pereira, presidente da autarquia

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Este caderno faz parte integrante da edição 1606 do JORNAL DE LEIRIA, de 23.04.2015 e não pode ser vendida separadamente.

MARINHA GRANDE

CADERNO DE

Cultura: Centro tradicional tornou-se centro cultural

Educação: Escolas que formam, integram e mobilizam

Economia: Da indústria soberana ao comércio emergente

Entrevista: Álvaro Pereira, presidente da autarquia

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FICHA TÉCNICAEDIÇÃO: JORLIS - EDIÇÕES E PUBLICAÇÕES, LDA. / Director: João Nazário Redacção: Daniela Franco Sousa, Inês de Almeida e Paula Lagoa / Serviços Comerciais: Lúcia Alves, Rui Pereira e Sandra Nicolau/ Paginação: Isilda Trindade e Rita Carlos/Impressão: Grafedisport /Tiragem: 15.000 exemplares / Nº de registo: 109980 / Depósito legal nº: 5628/84 / JORNAL DE LEIRIA, Edição n.º 1606, 23 de Abril de 2015

Se ainda não conhece os novos espaços museológicos,os parques verdes recentemente requalificados, asfestas e as iniciativas que estão a fazer pulsar o cora-ção da Marinha Grande, talvez seja tempo de marcar umavisita.

Saiba que existe agora um Núcleo de Arte Contem-porânea, uma Colecção Visitável do Futuro Museu da In-dústria de Moldes, uma Casa da Cultura, que além decasa de teatro se tornou também num espaço para ou-tras artes e conferências.

Uma vez na Marinha Grande, é tempo de participar noscircuitos de turismo industrial, visitar as empresas, co-nhecer o seu passado, o seu presente, e percebercomo as indústrias evoluíram ao passo de se tornaremexemplo de aplicação tecnológica, com a criação de pro-dutos inovadores, reconhecidos no País e nos mercadosmais exigentes do mundo.

Entusiasmado com as empresas que viu no concelho?Além de local que concentra várias empresas desa-fiantes, comércio e serviços que garantem das melho-res taxas empregabilidade do País, as freguesias da Ma-rinha Grande, Vieira de Leiria e Moita formam hoje umterritório apetecível para quem pretende habitar a es-cassos quilómetros da costa e ter o sabor do mar ser-vido em cada restaurante.

Alicerces importantes para a vida familiar são aindaa oferta entretanto construída ao nível da saúde, com vá-rias clínicas, ginásios, serviços e equipamentos insta-lados EM espaços cobertos e ao ar livre, que permitempraticar exercício e respirar a natureza. Também as es-colas, centros de formação e um instituto de ensino su-perior que trabalha em estreita ligação com as empre-

sas locais, e ainda as associações e colectividades que,conjuntamente com a acção social da autarquia, con-tribuem para o entretenimento e para o reforço da so-lidariedade entre os munícipes, com projectos quepromovem a inclusão de crianças, idosos e outros pú-blicos mais desfavorecidos. �

Daniela Franco Sousa

MARINHA GRANDE

UM CONCELHO PARA TRABALHAR,CONHECER E FICARHá quanto tempo não visita a Marinha Grande? Sabia que a sua dinâmica industrial estendeu-se à oferta cultural,de turismo, educação, solidariedade, reforçando os motivos para visitar e viver no concelho?

RICARDO GRAÇA

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As freguesias da Marinha Grande,Vieira de Leiria e Moita formam hoje

um território apetecível para quempretende habitar a escassos

quilómetros da costa

MARINHA GRANDE

2 Jornal de Leiria, 23 de Abril de 2015

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Jornal de Leiria, 23 de Abril de 2015 3

MARINHA GRANDE

Se outrora a pujança industrial da Marinha Grande le-vava grande dianteira sobre a sua dinâmica cultural,desde que vários imóveis do centro tradicional sofre-ram obras de requalificação tornou-se clara a efer-vescência do concelho também no que respeita a ex-posições, eventos de música, dança, teatro e confe-rências, que têm reaproximado a população do cora-ção da cidade.

Remodelado, o Edifício da Resinagem acolhe agorao Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro(NAC) - que entre Outubro de 2013 e Março de 2015 jáfoi visitado por 10306 pessoas – e a Colecção Visitá-vel do Futuro Museu da Indústria de Moldes – que en-tre 13 de Dezembro de 2013 e 31 de Março de 2015 re-cebeu 13415 visitas.

Entre as várias exposições patentes no NAC, o pú-blico pôde conhecer O lado feminino do vidro – glassseen throught feminine eyes, que apresentou trabalhosda autoria de autores de diferentes pontos do globo, ar-gentinos, polacos, suíços, norte-americanos e brasi-leiros, entre outros; também Travessias, Escultura dePablo Pizarro, da autoria do espanhol Pablo Pizarro; Eu-ropean Glass Experience, a mostra que reuniu traba-lhos de vidro de vários jovens criadores europeus; e aSegunda Vida – Design de vidro reciclado da Finlândia,uma exposição que desde 21 de Março e até ao próxi-mo dia 27 de Setembro revela as obras de Jukka Iso-talo e Jan Torstensson.

E para o NAC, adianta já a câmara municipal, estátambém prevista outra grande exposição temporária,do artista espanhol de renome internacional Javier Gó-mez, cuja abertura poderá acontecer ainda em mea-dos de Outubro deste ano.

Instalada numa ala do edifício desta antiga fábrica deresinagem encontra-se também aberta ao público a ex-posição Esculpir o Aço, organizada em torno da colecçãodo futuro Museu da Indústria dos Moldes. Esta temcomo principal objectivo contribuir para a salvaguar-da e valorização do património e da memória colecti-va desta indústria e lançar as bases para a criação domuseu.

Esta mostra, organizada cronologicamente, recorre àinformação escrita e aos meios audiovisuais para, atra-vés de fotografia e vídeo, de máquinas, ferramentas einstrumentos de trabalho, bem como de moldes e de pro-duto finais, retratar o percurso histórico e tecnológicodo sector em Portugal, desde os primeiros moldes paravidros e plásticos fabricados na década de 1930.

Além do NAC e da Colecção Visitável, o edifício reú-ne, entre outros espaços, zonas de atendimento ao mu-nícipe, um atelier de fabrico artesanal de peças de cris-talaria, conta ainda com um auditório que tem sido uti-lizado para encontros e conferências, tornando-seum espaço aberto para a reflexão da comunidade, acer-ca de temáticas tão diferentes como saúde, educação,solidariedade, entre outros domínios.

No coração da cidade, foram ainda realizados me-lhoramentos nos Paços do Concelho, com nova pintu-ra que devolveu ao edifício da Câmara Municipal o tomcinzento que o caracterizava nos anos 70; foi ainda re-qualificada a Escola Profissional e Artística da MarinhaGrande e edifícios adjacentes, que acolhem agora es-paços de fabrico artesanal e lapidação de vidro, e foitransformado o antigo Teatro Stephens em Casa de Cul-tura, que, desde a sua reabertura, tem mantido umaprogramação variada, que além de dar a conhecer o quede melhor é feito em Portugal, não deixa de abrir a por-ta às colectividades e associações locais, que têm na-quele edifício um palco privilegiado para dar eco ao tra-balho que têm vindo a desenvolver.

De acordo com o município, desde a sua inau-

DEBATES E ARTES SÃO ALGUMAS DAS INICIATIVAS QUE DECORREM NA ZONA HISTÓRICA

CENTRO TRADICIONAL TORNOU-SECENTRO DE CULTURAOs novos espaços da Resinagem e a Casa da Cultura tornaram o centro tradicional num dos maiores pontos deinteresse cultural do concelho

CMMG

13.415pessoas visitaram a Colecção Visitável do Futuro Museu da Indústria de Moldes de 13 deDezembro de 2013 a 31 de Março de 2015. Este espaço tem patente a exposição Esculpir oAço, que revela ao público o passado e o presentedo sector

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de Agosto de 1998 até Março de 2015 foi visitado por22418 pessoas; e a Casa-Museu Afonso Lopes Viei-ra, em S. Pedro de Moel, que entre Julho de 2005 eMarço de 2015 recebeu 16773 visitantes.

Remodelado foi também o Auditório José Vareda,no Sport Operário Marinhense, que tem sido palcopara apresentação de livros, conferências, fados, es-pectáculos infantis, mantendo a diversidade e qua-lidade das iniciativas como é sua característica ha-bitual.

E na freguesia de Vieira de Leiria, a cultura pas-sa indubitavelmente pelo Cine-Teatro Actor Álvaro epela companhia de teatro Teatresco, que tem entreas suas maiores iniciativas o Festiv'Álvaro, festival deteatro que tem em curso a sua décima primeira edi-ção.

A oferta cultural, desportiva e recreativa é tambémmantida pela multiplicidade de colectividades e as-

guração em Outubro de 2014, foram atribuídos na Casada Cultura Teatro Stephens 6556 bilhetes. Com 258 lu-gares sentados e quatro lugares destinados a pessoascom mobilidade condicionada, esta tornou-se a maiorsala de espectáculos da cidade.

Simone de Oliveira, acompanhada ao piano porNuno Feist, será um dos grandes nomes da músicaa actuar na Casa da Cultura, no sábado, 25 de Abril.Pelo foyer da Casa da Cultura Teatro Stephens pas-sará ainda a terceira edição do Cinantrop - FestivalInternacional de Cinema Etnográfico, de 28 de Abrila 2 de Maio, com a exibição dos filmes apresentadosa concurso à edição de 2014. Uma iniciativa de entradalivre.

A oferta museológica municipal da Marinha Gran-de integra ainda o Museu do Vidro, que desde De-zembro de 1998 a Março de 2015 recebeu 287767 vi-sitantes; também o Museu Joaquim Correia, que des-

Exposições do Núcleo de ArteContemporânea do Museu do Vidro

foram vistas por 10.306 pessoasentre Outubro de 2013

e Março de 2015

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FOTOS: CMMG

MARINHA GRANDE

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sociações sediadas no concelho. A pa-tinagem de velocidade, a natação, o fu-tebol, o voleibol, as aulas de ginásticae zumba são algumas das inúmeras ac-tividades desenvolvidas por estas insti-tuições, que ao longo de décadas têm sa-bido adaptar-se ao tempo, às necessi-dades e preferências dos seus públicos.

UMA CIDADE EM FESTAAlém da oferta museológica, de espa-ços verdes e da dinâmica industrial, aMarinha Grande revela hoje uma “gran-de força” ao nível do associativismo,com associações que, muitas vezes emarticulação com a autarquia, estão acontribuir para a realização de iniciati-vas que voltam a captar o interesse e amovimentação da população pelo cen-tro da cidade.

Esta é a convicção de Bruno Lemos,presidente da Associação Comercial eIndustrial da Marinha Grande (ACIMG).“Além das recentes associações que vi-sam a melhoria da qualidade de vidados marinhenses, através da promoçãodo seu centro histórico, como são a As-sociação Comboio de Lata e os Vizinhos,por exemplo, os próprios comerciantesdo centro estão a desenvolver várias ini-ciativas para dar uma nova vida a esteespaço nobre da nossa cidade”, subli-nha o dirigente.

Bruno Lemos acredita que “2014 veioa revelar-se um ano fundamental paraesta tendência que se espera crescen-te”, desde logo pela primeira edição dasFestas da Cidade, em Junho (iniciativada autarquia que em três dias concen-trou cerca de 30 mil pessoas no Parqueda Cerca); ao Viver com M Grande (or-ganizado pela ACIMG), “que fez renas-cer o centro”; além de “muitas outraspequenas actividades, que de algumaforma fazem-nos acreditar num futuromelhor para o nosso centro”, observa opresidente.

“Curiosamente, mesmo com gravesproblemas urbanísticos, quebras acen-tuadas de negócio e constantes altera-ções das políticas da nossa cidade, o de-nominado centro histórico tem perto de90 empresas sediadas nesta zona”, sa-lienta Bruno Lemos. “A ACIMG temmantido uma política de estímulo, deimpulso e de apoio não só aos associa-dos, mas também a todos aqueles quequeiram de alguma forma dar um con-tributo positivo para a melhoria do nos-so centro histórico, através de eventosde maior dimensão, como foi o Vivercom M Grande, mas também em even-

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tos mais pequenos, como o Ignite ou nosimples apoio a iniciativas de terceiros,como foi a comemoração do Dia Na-cional dos Centros Históricos, organi-zado pelos comerciantes locais”, acres-centa o presidente.

“Para 2015, queremos dar mais for-ça aos eventos que realizámos no anopassado, mas trazer mais alguns mo-

mentos de debate que nos parecem fun-damentais. Uma nova Centralidadeserá o tema central de um conjunto deiniciativas que a ACIMG está a prepararpara um debate mais alargado, com oobjectivo de devolver o centro aos ma-rinhenses”, revela Bruno Lemos. “Seráum ciclo de debates com objectivos eorientações distintas, mas com um

único foco: devolver o centro aos mari-nhenses. Acreditamos que a MarinhaGrande se apresenta como uma cidademarcante no panorama do empreen-dedorismo e é nesse posicionamentoque também iremos actuar”, nota o di-rigente, adiantando ter “um projectoque dará resposta a isto mesmo”. �

Daniela Franco Sousa

MARINHA GRANDE

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Museus, várias capelas e uma igreja matriz, diferentesparques verdes, diversos pontos de vigia que permitemolhar o pinhal verde até ao limite do horizonte, árvoresenormes no Tremelgo, pinheiros que se contorcem dei-tados junto à praia, o Farol do Penedo da Saudade, emS. Pedro de Moel, uma costa recortada com muitaspraias, vários quilómetros de circuitos pedonais e ci-cláveis... Estas são algumas das razões pelas quais mui-tos forasteiros escolhem visitar a Marinha Grande.

Aos monumentos e ao património paisagístico junta-se ain-da uma história industrial que desperta a curiosidade dosmais velhos, vindos de fora do concelho e do País, e dos maisnovos que, apesar de viverem na Marinha Grande, possamnão estar familiarizados com as ferramentas, as activida-des e as tradições associadas à vivência fabril da cidade.

Esta história, semeada na Marinha Grande desde a ins-talação da Real Fábrica do Vidro, no século XVII, a que veiojuntar-se mais tarde a actividade dos moldes e dos plásti-cos, pode actualmente ser conhecida por todos através dos

circuitos industriais. Unidades fabris destes diferentes sec-tores aliaram-se a este projecto da autarquia e dão-se a co-nhecer ao público.

Com este mesmo objectivo, de transmitir conhecimentoacerca das indústrias, também o Museu do Vidro desen-volve frequentemente actividades, muitas delas dirigidas aopúblico mais novo. Presentemente, o Museu do Vidro estáa promover as XIII Jornadas Aprender o Vidro, que decor-rem nas suas instalações e no Serviço Educativo, situado noJardim Stephens.

Este ano, explica o município, o projecto é direcciona-do para as crianças que frequentam o ensino pré--escolar do concelho, com idades compreendidas entreos 3 e os 6 anos. “As Jornadas Aprender o Vidro têm comoobjectivos divulgar o museu junto do público infantil, en-quanto local de aprendizagem, experimentação, diversãoe diversificação dos seus conhecimentos, fomentandodesde cedo o conhecimento do património histórico e cul-tural do local onde vivem, nomeadamente da área do vi-

PINHAL, MAR E INDÚSTRIA SÃO FORTE ATRACTIVO DO CONCELHO

TURISMO VESTIDO DE VERDE E INCANDESCENTEO verde do pinhal e do mar e o incandescente do vidro marcam a paleta do turismo da Marinha Grande, que, alémde museus, tem paisagem e história industrial que se abre aos visitantes

RICARDO GRAÇARICARDO GRAÇA/REVISTA INVESTE

Aos monumentos e ao patrimóniopaisagístico junta-se ainda uma

história industrial que desperta acuriosidade

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MARINHA GRANDE

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dro”, salienta a autarquia. “Pretende-se ainda possibi-litar o desenvolvimento da criatividade das crianças, es-timulando e desenvolvendo as suas capacidades artís-ticas e culturais”, conclui o município.

COMBOIO E AUTOCARRO PANORÂMICO PROMETEM ANIMAR PINHAL DO REIUm comboio turístico, um autocarro panorâmico e um pas-sadiço suspenso são algumas das novidades que AlexandraDengucho, vereadora do Turismo da Marinha Grande, querintroduzir na mata nacional, e que pretendem dinamizar afloresta entre os meses de Junho e Setembro. A ideia colheuinteresse entre o executivo e está a ser discutida com as en-tidades que possam vir a ser parceiras neste projecto, en-tre as quais o próprio Instituto da Conservação da Nature-za e das Florestas.

Este projecto, orientado para o turismo de nature-za, chama-se Parque Pinhal do Rei e prevê a criaçãode um percurso com paragens em diferentes pontosde interesse, entre os quais o Ponto Novo, a Ponte Nova,Canto do Ribeiro, Fonte da Felícia, Poço dos Ingleses.Entre estas zonas a descobrir na Mata Nacional há res-taurantes, esplanadas, espaços de jogos tradicio-nais, de escalada, a conhecer através de comboio, au-tocarro panorâmico e até de um passadiço suspenso

que permite conhecer a mata ao nível da copa das ár-vores.

Integrado neste projecto está um outro, o Trilho do Co-nhecimento, que reúne elementos de âmbito cultural edidáctico orientados para a divulgação e ensino da flo-resta, que poderão ser usufruídos todo o ano. Deste tri-

lho poderão fazer parte o Museu das Florestas, projec-tado para o Parque do Engenho, e ainda o Centro de In-terpretação do Pinhal do Rei, um espaço interactivo quea autarquia pretende instalar numa antiga casa da guar-da florestal, em S. Pedro de Moel. �

Daniela Franco Sousa

RICARDO GRAÇA

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MARINHA GRANDE

Além de iguarias tradicionais como a sopa do vidreiro, cos-tume antigo mas vivo entre várias gerações de operários,ou o coelho com ervilhas, que continua a ser o mais re-quisitado repasto nos piqueniques da quinta-feira da As-censão, Portugal reconheceu a qualidade do arroz de ma-risco da Praia da Vieira, um dos ícones da freguesia, queem 2011 foi eleito uma das sete maravilhas da gastrono-mia nacional.

Entre os restaurantes da praia que dominam o segre-do desta iguaria está o café-restaurante Solemar (co-nhecido como “O Coelho”), estabelecimento dos HotéisCoelho, grupo que este ano tem motivos para celebrar.

A história deste grupo remonta há cerca de quatro dé-cadas com a abertura do restaurante. Seguiu-se a cons-trução do Hotel Estrela do Mar, com 24 quartos, e a inau-guração do Hotel Ouro Verde, de 32 quartos, também lo-calizado na Praia da Vieira, em 1990, e que este Verão as-sinala 25 anos de actividade. O mercado interno tem sidoo principal público destas unidades, explica a administração,em jeito de balanço.

GRUPO CRISTAL QUER CRIAR PARQUE AQUÁTICO COBERTO NA PRAIA DA VIEIRALocalizados na mesma praia, com vista privilegiada sobre

ARROZ DE MARISCO DA PRAIA DA VIEIRA É IGUARIA RECONHECIDA A NÍVEL NACIONAL

BOA CAMA, BOA MESA E PROJECTOSDE HOTELARIA A FLORESCERDebruçada sobre o oceano, a Marinha Grande alia vários hotéis com vista sobre a praia a uma gastronomia rica,tantas vezes confeccionada com os melhores sabores do mar

o mar, encontram-se dois hotéis e o parque aquático Ma-riparque, equipamentos do grupo Hotéis Cristal. A sua ofer-ta dirige-se quer aos turistas nacionais quer aos merca-dos estrangeiros, sendo que a estratégia do grupo tem pas-sado pela melhoria contínua dos seus serviços e infra--estruturas.

Um dos mais recentes projectos do grupo é a constru-ção do primeiro parque aquático climatizado na Penínsu-la Ibérica, o Cristal Fun Indoor Aquatic Park, que a admi-nistração pretende construir na Praia da Vieira. O projec-to corresponde a um investimento de cerca de seis milhõesde euros, prevê a cobertura do empreendimento existen-te, com a construção de diferentes espaços de lazer, de-vendo criar cerca de 40 novos postos de trabalho.

Apesar de algum impasse, gerado pelo diferendo entreautarquia e promotor, que levaram o investidor a desistirdos fundos do Quadro de Referência Estratégico Nacional,o JORNAL DE LEIRIA apurou que o promotor mantém in-teresse em avançar com o projecto e pretende candidatar--se ao programa Portugal 2020.

SUNSETS SÃO ÊXITO NO HOTEL MAR & SOLOs fins de tarde no Hotel Mar & Sol são uma das mais re-centes propostas desta unidade hoteleira instalada em S.Pedro de Moel. No topo do edifício, com vista para o ocea-no, ao som de boa música, com possibilidade de desfru-tar de uma bebida ou de um banho de jacuzzi, os sunsetstornaram-se uma das ofertas mais solicitadas deste es-paço. Bruno Ferreira, administrador, explicou ao JORNALDE LEIRIA que o objectivo do Mar & Sol é dar-se a conhecercada vez mais ao público, contrariando a ideia de que a uni-dade serve apenas quem nela está instalado.

O hotel tem 49 anos, mas tem sido alvo de frequentesremodelações. Uma das mais recentes intervenções de-correu em 2007, com a mudança de classificação de trêspara quatro estrelas. Em 2009 foi criado o Spa. Quanto aossunsets, são uma constante desde 2011. �

Daniela Franco Sousa

FOTOS: DR

Hotéis, residenciais, parques decampismo, diversos restaurantes

compõem a oferta turística doconcelho

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FEIRA DA SAÚDE REÚNE OFERTA DO CONCELHO NOS DIAS 2 E 3 DE MAIO

EQUIPAMENTOS E EVENTOS QUEPROMOVEM A SAÚDE E O BEM-ESTARParques apetrechados com equipamentos, clínicas e ginásios, iniciativas organizadas dentro e fora de portas sãoum importante contributo para o bem-estar da população. A Feira da Saúde é um desses eventos

CMMGPoucos serão os concelhos da dimensão da Marinha Gran-de que podem orgulhar-se de oferecer um conjunto de par-ques e jardins, todos eles recentemente remodelados, quealém da interacção que promovem entre as várias geraçõesincluem diferentes equipamentos onde miúdos e graúdos po-dem fazer exercício ao ar livre. Os parques da Cerca, dos Már-tires do Colonialismo e da Ribeira das Bernardas, no centroda cidade, são disso exemplo, assim como o do Vale do Ri-beiro de S. Pedro de Moel, junto a uma das praias da Mari-nha Grande. Além desta oferta pública, são muitos os giná-sios e as clínicas privadas que ao longo de décadas têm pres-tado diversos serviços de saúde à população do concelho.

A Clinigrande é uma das instituições mais antigas nestedomínio, com mais de 50 anos de actividade, e que ao lon-go destas décadas tem vindo a investir na modernização dasinfra-estruturas e na inovação. Anualmente, a Clinigrandeé responsável pela realização de cerca de 50 mil actos mé-dicos nas diferentes especialidades, em exames, consultas,meios complementares de diagnóstico e terapêutica.

O concelho é ainda rico em iniciativas que visam a promoçãoda saúde dos seus habitantes. Entre os próximos eventos con-

ta-se a terceira edição da Feira da Saúde, organizada pelo Ro-tary Club da Marinha Grande, e que este ano irá decorrer nosdias 2 e 3 de Maio, no parque municipal de exposições.

Neste evento estarão representadas as clínicas, gi-násios, laboratórios, farmácias, ervanárias, lares de ido-sos, entre outros espaços e serviços disponíveis no con-celho. O objectivo, explica Dulce Mendes, membro do Ro-tary e da organização, é fomentar uma “relação de pro-ximidade e de confiança” da população para com as di-ferentes entidades. O evento é dirigido ao público de to-

das as idades e conta, entre outras instituições de re-ferência, com a participação da Liga Portuguesa Con-tra o Cancro e dos bombeiros, salienta a médica.

Durante dois dias a população poderá fazer rastreiose assistir a seminários. Entre os conferencistas estaráo professor Manuel Antunes, que intervirá dia 2, pelas16 horas. A animação aliada à boa forma física será tam-bém uma constante, com momentos de demonstraçãode zumba, hip-hop, entre outras actividades. �

Daniela Franco Sousa

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MARINHA GRANDE

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10 Jornal de Leiria, 23 de Abril de 2015

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Três agrupamentos de escolas, estabeleci-mentos de ensino profissional e de ensinosuperior. O que têm em comum? Além daqualidade que tentam imprimir em cada pro-jecto, têm também uma grande vontade deintegrar e mobilizar os alunos.

Desafiado a destacar um projecto inova-dor das suas escolas, Cesário Silva, direc-tor do Agrupamento de Escolas MarinhaGrande Poente, sublinha de imediato que atarefa é de “grande responsabilidade” e de“enorme risco”, desde logo porque o agru-pamento se assume no seu Plano Anual deActividades como “um agrupamento comprojectos”.

Com um total de 2800 alunos e entre tan-tas iniciativas, Cesário Silva destaca à par-tida o facto de o agrupamento ter sido du-rante o biénio 2013/15 e a nível nacional, umdos dez estabelecimentos de ensino reco-nhecidos com o Selo de Escola Intercultu-ral, valorizando, desta forma, “um conjun-

to de boas práticas ao nível do acolhimen-to, inclusão e promoção da igualdade deoportunidades no quadro de uma escola de

todos e para todos”.Entre outras iniciativas emblemáticas, o

director refere a estreia dos Cursos Voca-

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ESCOLAS QUE FORMAM, INTEGRAM E MOBILIZAM OS SEUS ALUNOS Além de instruir, às escolas compete integrar os alunos e mobilizá-los para projectos.Esta tem sido a filosofia transversal às várias instituições de ensino da Marinha Grande

ISDOM ATRIBUI 30 BOLSAS DE ESTUDO DE 1500 EUROSNo próximo ano lectivo, o InstitutoSuperior D. Dinis, da Marinha Grande,irá atribuir bolsas de estudo de 1500euros a 30 estudantes de licenciatura,no âmbito do programa Bolsas para osque são da Nossa Terra. De acordo coma directora do ISDOM, o regulamentoacaba de ser aprovado, pelo que osalunos já podem inscrever-se ecandidatar-se.Cristina Simões explica que “esteprograma de bolsas visa incentivar eapoiar a frequência do ensino superiorpelos estudantes que residemhabitualmente na região onde ainstituição se insere, contribuindo destemodo para a sua fixação no território”.Além disso, ao valorizar o seu interesse

por estudar na sua terra, o ISDOMacaba por contribuir para inserçãodestes alunos no mercado de trabalhoda região.De acordo com o regulamento, podeapresentar-se a concurso “todo oestudante que satisfaça,cumulativamente, as seguintescondições: a) candidatar-se ao ensinosuperior através do concurso nacionalde acesso; b) estar inscrito, no anolectivo a que a bolsa diz respeito, emunidade curriculares que perfaçam 60ECTS; c) ter nacionalidade portuguesaou de um Estado membro da UniãoEuropeia; d) ter residência habitualnum dos concelhos abrangidos pelasNUTS III (Pinhal Litoral / e Oeste). �

RICARDO GRAÇA/ARQUIVO

DANIELA FRANCO SOUSA

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Cesário Silva, director do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente

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Jornal de Leiria, 23 de Abril de 2015 11

MARINHA GRANDE

EPAMG FORMA CIDADÃOS DO MUNDOA Escola Profissional e Artística da Marinha Grande(EPAMG) candidatou-se ao programa Erasmus + no âmbitodos estágios internacionais, tendo assegurado o estágiopara 15 alunos em Inglaterra e 15 em Itália. No ano lectivoanterior, no âmbito do Projecto Leonardo Da Vinci, sete dosseus alunos puderam vivenciar a uma experiênciaprofissional em contexto real em Malta. De acordo com Rita Venâncio, directora da escola, comestes projectos "pretende-se que os participantes vão aoencontro dos quatro pilares da educação: aprender aconhecer, aprender a fazer, aprender a ser e aprender aviver juntos, de acordo com os domínios cognitivo, afectivoe relacional dos mesmos. Pretende-se ainda que os alunosdesenvolvam hábitos de trabalho e sentido deresponsabilidade profissional, num país diferente do seu,aprender preceitos e regras inerentes às relaçõeshumanas no trabalho, desenvolver a capacidade deiniciativa e o espírito empreendedor, contactar com oshábitos profissionais e culturais doutra realidade".É de resto política da EPAMG "defender a internacio-nalização do saber ser, do saber fazer e do saber estar".�

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cionais neste agrupamento piloto, que este ano envolvem64 alunos do 3.º ciclo e 45 alunos do ensino secundário.“A implementação desta nova modalidade formativaconstitui uma resposta diferenciadora para os alunos doensino básico, que pretendem frequentar uma formaçãode cariz mais prático bem como a possibilidade de habi-litar com uma qualificação profissional de nível 4 e um cer-tificado de 12.º ano os alunos do ensino secundário queoptam pela frequência desta oferta formativa”, expõe oprofessor.

Dinâmico é o Clube de Patinagem em Velocidade, pro-movido no âmbito das actividades de complemento cur-ricular, que já envolve cerca de 200 alunos e que tem per-mitido alcançar, nalgumas modalidades, “resultados demérito regional e nacional”, aponta ainda Cesário Silva.

Num agrupamento desta dimensão não faltam activi-dades. Há espaço para bibliotecas e mediateca, para o gru-po de teatro CalaBoca, participação em projectos comoo Parlamento Jovem e a Euroscola, e um Gabinete de Ima-gem e Comunicação, que divulga novidades da CalazansTV, da Rádio Calazans, do Clube de Informática, do Es-paço Memória e do Ponto & Vírgula.

A mobilização e sensibilização dos alunos para causasda comunidade e do País é também a preocupação doAgrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente. En-

tre outras iniciativas, os seus alunos participaram no To-dos Contam, um concurso de formação financeira; tam-bém no Ventos de Poupança, ainda em curso e cuja 12.ªposição a nível nacional permitiu passar à segunda faseda competição; no concurso intermunicipal de ideias em-preendedoras; nas Olimpíadas Portuguesas de Geologiae de Biologia Júnior; e no Comenius Show, projecto quetermina em Maio com uma deslocação à Polónia.

Prevenir a indisciplina, promover o sucesso é, por suavez, um dos mais recentes projectos do Agrupamento deEscolas de Vieira de Leiria, que arrancou em 2013 e já en-volve 139 alunos. Em causa está uma iniciativa que visapromover a disciplina dentro da sala de aula e assim fa-vorecer a aprendizagem e o sucesso escolar.

Coordenado pela professora Dulce Veríssimo, o projectodesenvolve-se ao longo do 3.º ciclo. No 7.º ano o foco éa promoção da disciplina, com a definição de regras e diá-logo regular com a figura do Provedor da Disciplina; no8.º ano reforça-se o envolvimento dos pais, com maiorcontacto com o director de turma; já no 9.º ano, desen-volvido no âmbito da Área da Integração, o projecto estáespecialmente direccionado para os métodos de estudo,para que os alunos adquiram ferramentas para aumen-tar o êxito nas provas finais de ciclo. �

Daniela Franco Sousa

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“A nossa associação não pode ser estática, a evolução é umadas vertentes de quem trabalha nesta área. Por isso, vamoseste ano fazer uma cozinha que dê apoio às nossas valên-cias e que possa também dar apoio a quem mais necessi-ta, ao género de uma cozinha social.” As aspirações forampartilhadas por Francisco Soares, presidente da AssociaçãoSocial Cultural e Desportiva de Casal Galego, a InstituiçãoParticular de Solidariedade Social que também tem o so-nho de construir um lar para dar apoio aos idosos mais ca-renciados.

A ideia é “preencher uma lacuna há muito sentida na nos-sa cidade”, explica Francisco Soares. “Só desejo que hajaabertura suficiente de todas as entidades para que o sonhose torne realidade.”

A associação nasceu em 1941 e tornou-se entidade de uti-lidade pública em 2004. Além do seu cariz social e cultural,a instituição actua na área social, junto dos idosos, em re-gime de apoio domiciliário, centro de dia e centro de conví-vio, e junto dos mais novos, com uma assistente social a apoiara Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da MarinhaGrande. No total, esta IPSS apoia 120 utentes e famílias, em-pregando 36 colaboradores.

S. SILVESTRE, O SONHO DO LAR PARA A MOITA PODE VOAR EM 2015Depois do serviço de apoio domiciliário e do centro deconvívio, também a Associação S. Silvestre sonha emconstruir um lar de idosos, na Moita (ver foto). ÁlvaroMartins, presidente desta Instituição Particular de So-lidariedade Social (IPSS), revelou ao JORNAL DE LEI-RIA que a associação gostaria de poder avançar com aconstrução do equipamento ainda este ano, de forma aconcluí-lo dentro de quatro anos.

A S. Silvestre – Associação de Solidariedade Social da Moi-ta nasceu por vontade de um grupo de moitenses, os Ami-gos da Moita, que, após auscultação à população e análisedas carências sociais locais, pôs mão à obra e conseguiu emNovembro de 2004 o estatuto de IPSS e o reconhecimentode pessoa colectiva de utilidade pública. Depois de encon-trar um local para poder dar início à actividade foi necessá-rio adaptá-lo. O aguardado serviço de apoio domiciliário sóarrancaria quatro anos depois. Já em 2013, graças a um apar-tamento cedido pela Câmara da Marinha Grande, no Bair-ro Social da Moita, foi inaugurado o centro de convívio.

Presentemente, a instituição auxilia 30 utentes, através deapoio domiciliário, e mais nove, no centro de convívio. Em-prega dez ajudantes de acção directa, uma colaboradora comcontrato de emprego-inserção, uma assistente social e uma

ASSOCIAÇÃO S. SILVESTRE QUER CONSTRUIR LAR DE IDOSOS NA MOITA

UMA TEIA DE SOLIDARIEDADE PARA APOIAR QUEM MAIS PRECISAAs franjas mais carenciadas da população têm nas diferentes associações e na autarquia um apoio de proximi-dade. Um novo lar e uma cozinha social são alguns dos projectos em curso

psicóloga, em regime de voluntariado.Face ao número de utentes e de postos de trabalho cria-

dos, as instalações da sede, onde funciona o serviço de apoiodomiciliário, tornam-se “exíguas”, razão pela qual a direc-ção apostou num plano ajustado às necessidades locais. Oprojecto já aprovado pela Segurança Social e pela autarquia,com orçamento total de cerca de um milhão de euros, pre-

tende integrar serviço de apoio domiciliário, centro de dia elar, apoiando 102 utentes.

O presidente da associação explica que a obra deverá serconstruída em quatro fases, avançando gradualmente à me-dida que forem conseguidos apoios de particulares, autar-quia, e de fundos a que a S. Silvestre pretende concorrer. �

Daniela Franco Sousa

CÂMARA, ASSOCIAÇÕES E MISERICÓRDIA, UMA REDE DE SOLIDARIEDADEConstituídas para suprir necessidades dediferentes públicos, são várias as entidades queactuam na área social neste concelho. Entre elasestá a ADESER II, que presta apoio na infância,juventude, idade adulta e terceira idade; também acooperativa Projectos de Vida Sénior e a associaçãodos reformados ASURPI, com projectos dirigidosaos idosos. Através do centro socio-sanitário PortaAzul, a Associação Novo Olhar II também prestaapoio a cerca de 300 utentes, entre os quaisfamílias em situação de pobreza, toxicodepen-dentes e trabalhadores sexuais. A Santa Casa daMisericórdia da Marinha Grande tem dois

estabelecimentos de apoio à terceira idade, umaUnidade de Cuidados Continuados e a gestão de umcentro infantil pertencente à Segurança Social. EmVieira de Leiria tem forte actuação o Centro Sociale Paroquial, cujo lar reabriu remodelado em 2011.Actuante na vertente da solidariedade é também aautarquia, que promove um incentivo à natalidade,conta com uma bolsa de imóveis para habitaçãosocial e, através da empresa municipal detransportes TUMG, assegura a mobilidade da população, com especial atenção para com osmais necessitados, através de passesubvencionado. �

DR

MARINHA GRANDE

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RICARDO GRAÇAMarinha Grande, terra de gente engenhosa, trabalhadorae perseverante que traçou a história do concelho com for-tes alicerces no ramo da indústria. Conquistou o título de“capital do vidro”, somou-lhe o de “capital do molde” e éhoje um importante e dinâmico pólo industrial da região cen-tro e do País. Fruto desta identidade industrial, o concelho regista, des-de 1920, um aumento gradual da sua população, contabi-lizando mais de 38 mil habitantes, de acordo com os últi-mos censos (2011). O crescimento da população marinhense apresenta-se, as-sim, em contraciclo com o da região centro, onde se inse-

re, e para esta evolução muito tem contribuído o sector in-dustrial, com significativa concentração em três áreas deactividade: vidro, produtos metálicos/moldes e plásticos. A Marinha Grande é uma terra boa para trabalhar e estarealidade tem levado à instalação de pessoas no concelhoao longo das últimas décadas. A indústria transformadora assume-se como a actividadeeconómica mais preponderante, embora, a uma escala mui-to mais pequena, sectores como o comércio, alojamento erestauração ou actividades de consultoria, científicas, téc-nicas e similares estejam já a dar sinais de uma vitalida-de até aqui adormecida.

ABREM MAIS EMPRESAS DO QUE FECHAM NA MARINHA GRANDE

DA INDÚSTRIA SOBERANA AO COMÉRCIO EMERGENTESe a história nos diz que esta é uma terra de indústria, os números também mostram que há outros sectores quecomeçam a mostrar mais vitalidade e que contribuem para uma Marinha Grande mais viva.

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14 Jornal de Leiria, 23 de Abril de 2015

MARINHA GRANDE

É verdade que a crise tem fechado muitas portas na Ma-rinha Grande. No ano passado foram 72 as empresas dis-solvidas mas, por outro lado, o concelho registou a aber-tura de outras 97 empresas. Um saldo positivo e bastanterevelador de uma dinâmica de crescimento que se tem vin-do a instalar. Este ano, só em Janeiro e Fevereiro, abriram na MarinhaGrande 33 empresas. No mesmo período do ano passadocontabilizavam-se apenas 19, revelam dados do Instituto Na-cional de Estatística (INE). E se olharmos para as áreas de actividade com maior ex-pressão entre as empresas criadas em 2014, é o sector docomércio que leva a fatia maior, com 22 novas unidades re-gistadas. Segue-lhe a indústria transformadora, com 20 no-vas empresas, depois as actividades de consultoria, cien-tificas, técnicas e similares com 15 e o alojamento, res-tauração e similares com 13. Entre as menos expressivas ficam a agricultura, as indús-trias extractivas, construção, actividades de informação ede comunicação, financeiras e seguros, entre outras.

MAIS VIDA NO COMÉRCIO Além da liderança do comércio entre os sectores que maisempresas abriram em 2014 na Marinha Grande, os dadosdo INE revelam que este não foi um registo pontual, tratando--se mesmo de uma tendência do concelho e da região. Já este ano, entre Janeiro e Fevereiro, abriram 11 novos es-tabelecimentos comerciais na Marinha Grande, um númeroque ganha peso quando olhamos para dados do mesmo pe-ríodo de 2014 em que foram registadas apenas três novasempresas neste sector. Tendência que alinha com a RegiãoCentro, que registou 74 novas empresas de comércio en-tre Janeiro e Fevereiro de 2015, para 48, no período homólogode 2014. Quem conhece o centro tradicional nota essa nova dinâmicado comércio. Para isso terão contribuído as melhorias tra-zidas pelas obras de reabilitação efectuadas, o espírito deunião entre os comerciantes e acima de tudo a vontade deoperar a mudança que está no ADN dos marinhenses. Bruno Lemos, presidente da Associação Comercial e In-dustrial da Marinha Grande (ACIMG) confirma que “a Ma-rinha Grande tem assistido a uma dinâmica interessante esignificativa no sector comercial. Novas lojas, alguma re-novação de outras já existentes, novos empreendedores e,principalmente, uma tendência de centralização geográ-fica”. Reconhece que “um dos grandes problemas que a Mari-nha Grande teve foi a dispersão da actividade comercial, ob-rigando as pessoas a andarem de carro de loja em loja. Hoje,já se percebeu que um centro forte é fundamental para ocrescimento de toda a actividade comercial e até da peri-feria”. Para o responsável “procurar a origem desta dinâmica é cer-tamente um trabalho desnecessário e provavelmente in-justo, até porque a própria influência da economia nacio-nal e do aumento da taxa de desemprego, principalmentede longa duração, leva as pessoas a procurar em outro tipode soluções. Infelizmente, na maioria das vezes, com ta-xas de sucesso muito baixas”. Mas aponta alguns dos problemas. “Negócios mal ideali-zados, com uma forte carência de estudos prévios, inexis-

tência de plano de negócio ou qualquer estratégia comer-cial”, estão para o presidente da ACIMG na base desses in-sucessos. “Na ACIMG chegam semanalmente varias propostas de ade-são de novos sócios. Infelizmente, muitos deles ao fim deseis meses já não existem. No entanto importa destacara dinâmica, a vontade de fazer mais e melhor e o esforço

dos empreendedores em trazer publico às ruas”, acrescenta. A mudança que se vem sentindo no comércio da MarinhaGrande é também resultado de uma postura proactiva, deentrega e de esforço redobrado, já que, de acordo com Bru-no Lemos “os empreendedores, que deveriam estar foca-dos no seu negócio, em prestar o melhor serviço, ou ven-der o melhor produto a um preço justo, estão na realida-de, também, a despender muito do seu tempo no esforçode trazer gente à rua, a passear nas rua da cidade, a cir-cular junto aos seus espaços comerciais”. A título de exemplo refere “três eventos realizados com esseobjectivo nos últimos 12 meses, através de organizaçõesdiferentes: Marinha a Tempo e Horas (pela Associação Com-boio de Lata), Viver com M Grande (pela ACIMG) e Come-moração do Dia Nacional dos Centros Históricos (pelos pró-prios comerciantes do Centro)”. �

Paula Lagoa

"Já se percebeu que um centro forteé fundamental para o crescimento de

toda a actividade comercial e até da periferia”

Bruno Lemos, presidente da ACIMG

FOTOS: ACIMG

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A pujança económica da Marinha Grande sempre foi asso-ciada à vertente industrial da cidade. Mas esta urbe, situa-da entre a costa e a capital do distrito, também dá cartas nocomércio. Uma passagem atenta pelas ruas do centro do mu-nicípio permite que seja surpreendido por negócios plenosde carisma e tradição. Seja uma loja de roupa que veste osconterrâneos há gerações, seja uma pequena padaria combolos caseiros e pão fresco, o que não falta são opções queapelam ao consumo e a uma estada mais prolongada na ci-dade vidreira.A padaria Ritus do Pão é um espaço singular. Quando se en-tra, sobressai automaticamente a decoração do espaço, todo

ele em madeira, à semelhança de uma casinha de bonecas.O acolhimento caloroso de Fátima Santos, a responsável doespaço, não passa despercebido. Nas vitrines o pão frescoe os bolos caseiros enchem o olho e aguçam o apetite. Di-fícil é escolher. O nome do espaço relaciona-se com o método de confecçãodo pão, à antiga, que privilegia as técnicas tradicionais e in-gredientes de qualidade. O pão ritus à casa é único deste es-paço, assim como os bolos caseiros, feitos por encomenda.Foi há três anos que este espaço abriu, sendo que a defini-ção de padaria não chega para o classificar.“Esta padaria diferencia-se pela decoração e pela varieda-

de de oferta”, considera Fátima Santos. “É um espaço aco-lhedor, os clientes gostam de ficar”, acrescenta a respon-sável da loja. Corroborando as palavras de Fátima Santos,rapidamente as clientes que se encontram calmamente sen-tadas a desfrutar do seu café da manhã explicam o motivode frequentarem este local diariamente:“é alegre, sossegado,sem fumo e álcool, e é uma casa familiar.”Desengane-se quem pensa que este espaço só tem pão e bo-los para oferecer. O leitão é outra das bandeiras da casa. Podeser comprado inteiro, ao quilo ou degustado numa sandes.Por 3,5 euros, o cliente tem à disposição sopas caseiras, umprato de peixe e um de carne. “O pão é oferta da casa

ESTABELECIMENTOS APOSTAM EM PRODUTOS DE QUALIDADE

COMÉRCIO AFIRMA-SE NA ECONOMIA LOCALDesengane-se quem pensa que a Marinha Grande só se faz de vidro e moldes. O marinhense de gema sabe ondealmoçar bem e onde comprar um fato de qualidade.

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MARINHA GRANDE

com o menu”, explica Fátima Santos.Se passar pela Ritus do Pão (na foto) duran-te a tarde, também pode juntar-se ao chá dascinco. Por 1,5 euros tem direito a uma canecade chá da casa, filhoses ou bolo caseiro. “Foiuma ideia minha”, conta Fátima Santos.“Queremos chamar as pessoas para o co-mércio de rua.”

DO SONHO FEZ-SE UMA LOJAEstendendo-se por dois pisos imaculada-mente organizados e limpos, o Sonho daModa é uma loja de pronto-a-vestir que é res-ponsável por deixar os marinhenses bem ves-tidos há décadas. José Barreiro (na foto aolado do pai) é o actual gerente de loja. “Tra-balho cá há trinta anos. Antigamente o res-

ponsável era o meu pai, que agora passou apasta.”Este espaço é ideal para quem procura umatendimento especializado, como só quemtrabalha no ramo há décadas sabe dar. À dis-posição do freguês encontram-se váriasmarcas de renome, como a Lacoste, a Marl-boro Classics ou a Dielmar. “A nossa loja des-tina-se a quem tem um estilo mais clássico”,afirma José Barreiro. Segundo o empresário, o Sonho da Moda éfrequentado por “homens dos 25 anos paracima e mulheres com mais de 35 anos”. Mas,sobretudo, tem peças para os detentores deum estilo clássico, que não se alicerce me-ramente nas tendências. “Para quem procuravestir-se simplesmente de acordo com astendências, o local apropriado não é aqui, paraisso têm outras superfícies”, afirma o gerente.No entanto, acrescenta, “apesar da nossaroupa ter uma base mais clássica, tambémacompanha a moda”. Apesar da filosofia desta loja assentar em va-lores seguros como o bom corte das vesti-mentas e um atendimento à antiga, os do-nos não se deixam acomodar. “Fizemosobras há três anos e sabemos que temos deestar sempre em renovação, para não can-sar os clientes. Temos de ser competitivos.”Apesar de não duvidar da qualidade que a sualoja tem para oferecer, José Barreiro desa-bafa “a maioria das pessoas da MarinhaGrande não faz compras aqui, vai para Lei-ria”. No entanto, o gerente afirma que con-tinuam a poder contar com os clientes fiéise que procuram “mimá-los”.

UM NEGÓCIO SÓLIDOEstanislau Pereira vende mobiliário de es-critório e “estantaria para todos os fins”, comoexplica o próprio, há trinta e três anos. E.A.P.Móveis e Equipamentos Industriais é o nomeda empresa familiar, que tem como sóciosEstanislau, a sua esposa e os dois filhos de

ambos. “A empresa destaca-se na qualidade dos ma-teriais que utilizamos nos produtos”, afirmaEstanislau Pereira. Com visível orgulho,elenca: “temos seis representações dife-rentes em mobiliário de escritório e à voltade dezanove fornecedores”. No entanto, o só-cio-gerente não se presta a grandes aven-turas. “Nunca fui uma pessoa aventureirapara vender para o exterior. Vendo paraempresas nacionais, que por seu turno às ve-zes vendem para fora.”Na E.A.P Móveis e Equipamentos Industriaisencontra divisórias modeladas, tectos falsos,sistemas de armazenamento para cargapesada e leve, plataformas, equipamento pararefeitório, salas de formação e balneários.Apesar de o negócio se manter e já contar,aliás, com três décadas de sucesso, Esta-nislau desabafa: “gostava que o nosso Paístivesse mais poder de compra. De volume denegócios, o empresário conta com 300 mil eu-ros anuais. “Não estamos a sentir a crise,mas também não estamos melhor do que hádez anos.”

CASA DE PASTO COM SAÚDEO Augustito não é uma casa de pasto tradi-cional. O restaurante de Bruno Lemos, quejá teve três donos diferentes desde 1985, preo-cupa-se com a saúde dos seus frequenta-dores. “É uma casa essencialmente de diá-rias, mas tem uma ligação com uma empresade nutrição”, explica o sócio-gerente.“Só temos fritos uma vez por semana. E,como temos dois pratos, há sempre uma al-ternativa.” No Augustito serve-se diaria-mente um prato de carne e outro de peixe,sendo que, apesar de não haver um menupropriamente dito, por 3,65 euros tem-se di-reito a chá frio e uma maçã a acompanhar oprato. “Tentámos criar condições para que as pes-soas, por pouco dinheiro, possam comer um

FOTOS: CHEILA NETO

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PUBLIREPORTAGEM

As empresas do Setor Metalúrgico e Metalome-cânico, e principalmente as da Indústria de Mol-des, vêm-se atualmente confrontadas com difi-culdades de recrutamento - Jovem, essencialmente- mas também de Adultos Desempregados, quepossam ter a experiência adequada para inter-vir num setor de elevada exigência técnica. Emrelação a estes últimos, não é alheio, também,na sociedade atual, uma certa desconsideraçãopelo individuo com mais idade e desempregado,em prejuízo do culto da juventude e do sucesso,estando neste aspeto os trabalhadores mais velhosclaramente em desvantagem. Às dificuldades apontadas, vem o CENFIM res-pondendo com a Formação Inicial de Jovens (Sis-tema de Aprendizagem de dupla certificação,escolar ao nível do 12º. Ano de escolaridade eprofissional) praticamente desde a sua criaçãoe, mais recentemente, desde 2009, com a reali-zação de Ciclos de Formação por Unidades Modu-lares, tendo esta formação um total de aproxi-madamente 250 horas, acrescidas (nestes últimosciclos realizados) de um módulo corresponden-do a um estágio em prática de contexto de tra-balho, em mais 200 horas. Esta prática em con-texto de trabalho foi mais uma solução inovadorapor nós inserido nestes ciclos, visando propor-cionar aos Formandos um maior e adequadoconhecimento de uma empresa de moldes, assimcomo resultar numa efetiva mais-valia para aposterior integração dos mesmos nas empre-sas. A Empregabilidade dos seus Formandos é,e será sempre, a prioridade do CENFIM.Dir-se-á que este formato rápido de formaçãode adultos para colocação igualmente célere nomercado de trabalho não será a mais adequada,pois não se trata de um percurso de formaçãodevidamente integrado e qualificado, que não temo tempo suficiente para se formar adequada-mente os Formandos da forma como as empre-sas desejam. Pode até ser verdade, na essênciada questão, mas similarmente também é verda-deiro que as empresas têm de fazer o seu papelde apoio e promoção de formação interna naempresa como papel agregador e facilitador dosucesso do Formando, dando-lhe o tempo apro-priado para a devida adaptação (dado que a maio-ria destas pessoas nunca trabalharam na Indús-tria de Moldes). Esta Indústria tão relevantetecnologicamente e na sua capacidade de se rein-ventar constantemente, na criação de empregojovem que tem nos últimos anos proporcionado(em claro contraciclo com a maioria dos outrossetores de atividade económica), poderá, tam-bém, ficar associado nesta fase de enormes desa-fios para o País como um dos setores que maiscontribuiu para a integração de desempregadosrequalificados, ajudando decisivamente para adiminuição dos níveis de desemprego, nomea-damente, das zonas da Marinha Grande/Leiria ede Oliveira de Azeméis, locais onde esta indús-tria tem uma fortíssima implementação.

“A requalificação profissional de adultos desempregados - o recomeçar de uma nova vida!”

Carlos Manuel Silva, diretordo Núcleo do CENFIM daMarinha Grande

CADA UM COME O QUE QUERNormalmente quem vai a um restaurante buffet sabe que vai sair de láde barriguinha cheia. Mas no Pintainho Piu, não só vai com a promessade saciar o pecado da gula, como também sabe que vai degustar pratosde qualidade. Ou pelo menos é essa a promessa do chef ManuelCabecinhas, cuja especialidade é cozinha de autor.O próprio conceito de buffet é diferente no Pintainho Piu, onde não só sepode repetir as entradas e os pratos principais as vezes que se quiser,como também se pode fazer o mesmo com as bebidas e as sobremesas.Quanto à variedade, há para todos os gostos e paladares. Para começar orepasto, há quatro saladas combinadas e quatro saladas normais, umamesa de queijos e salgados à disposição do freguês. Os sete pratos decarne e os três de peixe garantem que há opções para todos os gostos,mesmo os mais selectivos e exigentes. Como especialidades da casa,Manuel Cabecinhas destaca o frango à Pintainho Piu (uma espécie defrango da Guia mas com molho da casa) e os secretos laminados.Este negócio familiar só tem três anos mas já conta com um sucessosem precedentes. “À quinta-feira começo já a recusar reservas parasábado”, explica Manuel Cabecinhas. Percebendo a necessidade deentreter os seus clientes depois de uma farta refeição, o chef já tem outronegócio na manga. O bar Like This vai ter música das décadas de 60, 70 e80 e a abertura está prevista para Maio. �

prato equilibrado, saudável e barato”, conta Bruno Lemos.Este restaurante não vive só das diárias. “Levamos al-moços e lanches às empresas. Ou deixamos nos es-critórios um cesto com pão e fruta.” Quanto aos jantares,só estão disponíveis por marcação e por norma contamcom música ao vivo.

ESPLANADAS QUE PEDEM PARA “ATASCAR”A Tasca Nova é a mais recente aposta de Eduardo Car-valho que, já teve restaurantes tanto na Marinha Gran-de como em Leiria, e deu aulas de hotelaria durante dozeanos. Por não ter a afluência desejada, Eduardo Carvalhoviu-se obrigado a modificar o conceito do espaço. “Co-meçou por ter a filosofia das tapas, mas agora estamosa apostar mais enquanto restaurante/cervejaria, expli-ca com entusiasmo. O bife à tasca é uma das especialidades deste restau-rante. Com ovo a cavalo, molho de carnes, cogumelosselvagens, legumes salteados e batata frita às rodelas,faz salivar só de ouvir a descrição. Quem não gostar debife tem outras hipóteses igualmente tentadoras. Pol-vo à lagareiro, espetadas de carne e de peixe, e maris-co, prometem fazer as delícias dos visitantes deste es-paço.Eduardo Carvalho já tem uma nova aposta em vista. “Ummil folhas de novilho, com umas batatas gratinadas elegumes salteados”, refere com entusiasmo.A venda de vinho a copo e do presunto pata negra ain-da remete para o conceito inicial do espaço, as tapas.A abertura da Tasca Nova deu-se em Novembro e já con-ta com reformulações. Mas, para já, dá para se sentarnuma das duas esplanadas, a interior ou a exterior, edeleitar-se com um belo copo de vinho ou um suculentobife à casa. � Inês de Almeida

CHEILA NETO

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Em que medida é que a ampliação da Zona Industrialde Casal da Lebre vai contribuir para dinamizar o te-cido industrial da Marinha Grande?Esta ampliação permitirá dar resposta à procura delotes de terreno infra-estruturados inseridos na áreaindustrial da Marinha Grande e permitirá igualmen-te, numa perspectiva de ordenamento do território ede remate urbano, fechar o polígono da Zona Indus-trial até um limite físico - construção do nó de liga-ção da A8. Por outro lado, esta ampliação vai permi-tir a criação de mais uma ligação de entrada/saída daZIMG para a Estrada do Guilherme, o que em termosde segurança e acessibilidade desta área é essenciale vital para todo o tecido industrial aí implantado. Ocontinuado desenvolvimento industrial do nosso con-celho é inequívoco e não ficou dependente da criaçãode condições em termos de território para o efeito. Aeste respeito registou-se, aliás, um entrave ao longodo tempo por acção da Administração Central à am-pliação da zona industrial. O que é essencial para oinvestimento é a capacidade empreendedora dosnossos empresários e, quando esta existe, as opor-tunidades desenvolvem-se e novos produtos sur-gem. A Câmara Municipal é pioneira, na nossa região,na criação de um Programa de Apoio ao Investimen-to Industrial que procura criar condições mais favo-ráveis ao investimento privado na área em que nosqueremos afirmar, a indústria. O Programa de Apoioao Investimento Industrial conseguiu singrar e cons-titui um incentivo relevante ao desenvolvimento in-dustrial da Marinha Grande. Este contributo decorredos prazos extremamente reduzidos em matéria delicenciamento e da redução ou isenção de taxas emfunção da criação de postos de trabalho. Temoscumprido com afinco a redução dos prazos em matériade licenciamento de actividades económicas, certosde que o investimento e a criação de postos de trabalhoconstituem o caminho em direcção ao futuro. Quantos novos lotes estão previstos?Com esta ampliação é expectável a criação de 22 lo-tes industriais, mas não é de excluir que tratando--se de novas unidades industriais, se for o caso, es-tas comportem um reforço da capacidade produtiva daMarinha Grande e, inclusive, se constituam como umfactor de atractividade de novos investimentos po-tencialmente criadores de emprego. O desenvolvi-mento industrial da Marinha Grande, estou certo, nãose cingirá à criação de espaços destinados à instala-

ção de indústrias, pois está essencialmente centra-do na capacidade inovadora e de incorporação de no-vas tecnologias na actividade industrial. O que espe-ramos é a densificação de uma referência industrialque assente em bases sólidas e que não se restrinjaapenas a alguns exemplos de sucesso. O nosso esforçoassenta na afirmação do potencial industrial da Ma-rinha Grande como um todo, em diferentes áreas denegócio e que comportem um real valor acrescenta-do. Qual é o orçamento previsto?

O orçamento previsto para execução das infra-estru-turas necessárias à ampliação da zona industrial estáestimado em 1.308.000,00 (um milhão, trezentos e oitomil euros) para as quatro fases. Trata-se de um va-lor muito elevado e que imporá a execução faseada dasinfra-estruturas de forma a possibilitar a continuidadedos restantes projectos nas diferentes áreas de acçãomunicipal.Quais são os prazos de início e de conclusão de obra?Neste momento encontra-se em fase de concurso aelaboração do projecto de execução das infra-estru-turas imprescindíveis à criação dos lotes da parte novada zona industrial, a que se seguirá a necessária con-formação dos instrumentos de gestão territorial a estanova realidade. Está em causa um investimento mui-to elevado, pelo que estaremos também atentos à exis-tência de oportunidades de financiamento comunitá-rio com vista ao aceleramento da sua concretização.Neste momento, em face destas condicionantes, nãopodemos indicar uma data concreta de início de exe-cução das obras, o que faremos logo que os projec-tos estejam concluídos e definida em termos finais aprevisão de custo para o efeito. �

Inês de Almeida

ÁLVARO PEREIRA, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DA MARINHA GRANDE

“PROCURAMOS A AFIRMAÇÃO DO POTENCIAL INDUSTRIAL”O autarca fala do investimento previsto para a Zona Industrial de Casal da Lebre e dos seus planos para o futuroda indústria na Marinha Grande.

RICARDO GRAÇA/ARQUIVO

O que é essencial para oinvestimento é a capacidadeempreendedora dos nossos

empresários

MARINHA GRANDE

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Moldes, plásticos e vidros são os secto-res de actividade pelos quais a MarinhaGrande é hoje mais reconhecida a nívelnacional e internacional. Mas além deles,existem outras indústrias igualmenterelevantes pela inovação que imprimemnos seus produtos e pelas taxas de ex-portação que evidenciam.

No caso dos moldes, são sobejamen-te conhecidas as empresas que compõemo universo Iberomoldes. Sediado na Ma-rinha Grande, este grupo é responsávelpelo desenvolvimento de projectos tãoinovadores como o emblemático LIFE, ointerior de uma aeronave executiva feitode materiais mais leves e mais ecoefi-cientes, que resultou do consórcio comvárias empresas, entre as quais o cons-trutora aeronáutica brasileira Embraer.

Nos plásticos existem grandes em-presas igualmente exportadoras, quetrabalham com os mercados mais exi-gentes do mundo, em ramos tão com-plexos como o automóvel. A BourbonAutomotive é um destes casos, com ele-vadas taxas de exportação e forte em-pregabilidade.

Ao nível do vidro são também grandesempregadoras as empresas de vidro de fa-brico automatizado, como a Crisal, a Gal-lo Vidro, a BA Vidro e a Santos Barosa.

Mas, como referimos, nem só em tornodos moldes, plástico e vidro vive este con-celho. Em Vieira de Leiria, por exemplo, aBöllinghaus, produtora de barras de aço ino-xidável, tem em curso a construção dequatro novos pavilhões e espera investir 18milhões de euros nos próximos três anos.Só no ano passado, a unidade empregoucerca de 60 pessoas e de acordo com o seudirector-geral, Bruno Pedro (na foto), no pri-meiro trimestre de 2015 já deu trabalho amais de 20. No total, a Böllinghaus Steel em-prega hoje 250 pessoas.

Altamente exportadora é também a Tec-fil, fabricante de cordoaria com instalaçõesna Marinha Grande. Até agora, a empresatrabalhava essencialmente com o mercado

europeu e Marrocos. É de resto para o mer-cado externo que a Tecfil vende 80% do queproduz. Mas de acordo com Paulo Valinha,administrador, uma das novidades da em-presa para 2015 é a sua entrada nos Esta-dos Unidos, um mercado onde a Tecfil an-

tevê possibilidade de crescimento.Noutro ramo completamente diferente

actua a Metalmarinha, empresa com sedena Marinha Grande e instalações no con-celho de Alcobaça. Trata-se de uma uni-dade dedicada ao comércio internacional

de resíduos metálicos que, liderada porMarco Pereira, tem crescido e exportadoquer para destinos mais próximos, comoEspanha e Alemanha, quer para paragensdistantes como Índia e China. �

Daniela Franco Sousa

UNIDADES DE DIFERENTES SECTORES CRIAM EMPREGO, INOVAM E EXPORTAM

INDÚSTRIAS, O MOTOR DA ECONOMIA

O tecido industrial da Marinha Grande é hoje composto por diferentes ramos de actividade. O que têm as suasempresas em comum? Apostam na inovação, exportam produtos diferenciados e geram emprego

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RICARDO GRAÇA Böllinghaus Steel temcomo principais mercadosa Europa comunitária e aAmérica do Norte ,vendendo ainda para outrospaíses, localizados naEuropa extracomunitária,Ásia, África, América do Sule Oceânia

MARINHA GRANDE

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MARINHA GRANDE

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A Plastimago, empresa da Marinha Grande com actividade nosector dos plásticos, vai criar 15 novos postos de trabalho, be-neficiando do programa de apoio ao investimento industrial, me-dida implementada pela autarquia local.

De acordo com Gonçalo Mateus, administrador, o incentivo sur-ge no momento em que a Plastimago se prepara para criar umaterceira unidade industrial no concelho. “Numa política de apoioàs empresas e à empregabilidade, a autarquia presidida por Ál-varo Pereira reduziu em 40% os encargos da empresa neste in-vestimento, quer em licenças quer em taxas, como contrapar-tida da criação de 15 postos de trabalho”, observa o empresá-rio. Com este apoio, a Plastimago irá poupar cerca de 20 mil eu-ros, específica Gonçalo Mateus.

Além disso, “apesar de no Estado haver ainda muita burocracia,há nesta câmara a preocupação de dar resposta com a maiorceleridade”, nota Gonçalo Mateus, que afirma ter sido atendi-do na mesma semana em que solicitou.

Em causa está a criação da terceira unidade da empresa daMarinha Pequena que tem como principal actividade a injecçãode peças plásticas e que é ainda fabricante de moldes em re-

gime de outsourcing.Segundo Gonçalo Mateus, a empresa tem vindo a crescer, mas

precisa de instalações capazes dar resposta a projectos de maiorfôlego. Depois de ter sido criada uma segunda unidade no anopassado, a empresa tem em curso a remodelação da terceirainfra-estrutura, que deverá estar pronta depois do Verão.

POLITÉCNICO E AUTARQUIA SÃO PILARES DE CRESCIMENTOAlém do investimento em novas infra-estruturas, a Plastima-go tem vindo a apostar no desenvolvimento de produtos inova-dores, em parceria com o Centro de Desenvolvimento Rápido eSustentado do Produto (CDRSp), do Instituto Politécnico de Lei-ria - entidade que a autarquia acolheu na Zona Industrial de Ca-sal da Lebre - , e também com o Centro de Engenharia Mecâ-nica da Universidade de Coimbra (CEMUC).

Além dos pinos urbanos feitos de pneu triturado e reutiliza-do, a Plastimago está a desenvolver um projecto em parceria como CDRSp e liderado pela empresa de moldes Farmi, o projectoDirect & Intelligent Moulding (DIM), um trabalho realizado emconsórcio – que recorre aos saberes complementares de cada

EMPRESA PREPARA-SE PARA ABRIR TERCEIRA UNIDADE

PLASTIMAGO GERA 15 POSTOS DE EMPREGOCOM INCENTIVO MUNICIPAL

entidade - com o objectivo de “desenvolver moldes com maioreficiência produtiva, capazes de gerar produtos finais de melhorqualidade”, explica Artur Mateus, vice presidente do CDRSp.

“Trata-se de moldes que empregam tecnologias de fabricoaditivo, ou comummente designadas por tecnologias de im-pressão 3D, tecnologias de ponta, que permitem processamentode aço e de titânio”.

Neste processo estão a ser ensaiadas ferramentas, com ca-nais de refrigeração ou de aquecimento, cuja utilização está adap-tada e optimizada ao máximo, nota Artur Mateus. Trata-se deum projecto em fase de desenvolvimento, com um investimentoglobal de 615 mil euros, que conta com apoio da Agência Na-cional de Inovação, e que irá finalizar em Junho. “Nessa altu-ra teremos um conjunto de resultados que poderão ser trans-portados para a fase seguinte de aplicação na inovação produ-tiva”, adianta o empresário. �

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MARINHA GRANDE

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As instituições de formação da Marinha Grande regem-sepor um denominador comum: a empregabilidade. Cursos,formações, workshops, estágios e demais acções com vis-ta à aquisição de conhecimento e competências são ideali-zados tendo como ponto de partida a certeza de que estãoa responder às necessidades do tecido empresarial da re-gião e, consequentemente, alargando as possibilidades deempregabilidade dos formandos.

Pedro Paramos, director dos serviços de formação do Cen-cal, confirma que “a empregabilidade está sempre presen-te na actividade formativa do Cencal”, cujos cursos “depen-

dem sempre de critérios rigorosos de avaliação da mesma”.“Se um curso não oferece o mínimo de empregabilidade nãose realiza”, acrescenta.

A auscultação das empresas é, portanto, o ponto de par-tida e um passo importante na actuação dos centros de for-mação, com vista à identificação das lacunas no sector in-dustrial em termos de recursos humanos.

Especialmente vocacionado para o sector do vidro, o pólodo Cencal na Marinha Grande faz “sempre uma abordagemàs empresas para perceber quais as suas necessidades” e“há sempre uma avaliação pós formações, para aferir a em-

pregabilidade das mesmas”, esclarece Pedro Paramos. No que respeita às carências identificadas junto das em-

presas o director revela que estas “procuram essencialmentepessoas com um perfil profissional de técnico intermédio, parao sector produtivo” e garante que “há forte empregabilida-de nestes cursos”. No entanto, lamenta que seja “difícil cap-tar jovens para este tipo de cursos. Apesar das garantias deemprego que apresentam, eles mostram-se pouco recep-tivos ao sector industrial”. “Infelizmente, as escolhas pro-fissionais nem sempre são feitas em função das necessidadesdo mercado de trabalho, mas de acordo com outros

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factores, como o gosto pessoal e os cursos que estão namoda”, constata Pedro Paramos.

“Mas o sector industrial precisa de novas pessoas e é pre-ciso chegar até elas”, afirma. E é neste sentido que os cen-tros de formação também assumem um papel de relevan-te importância para o município da Marinha Grande, pro-curando “chegar ao jovens com estratégias de divulgaçãodas suas mais-valias, pelos media, junto das escolas, ou atéatravés das empresas, para que os seus trabalhadores pas-sem a palavra junto das suas famílias”, esclarece o direc-tor dos serviços de formação do Cencal.

OPEN E CENTIMFE, À PROCURA DAS PESSOAS CERTASPARA OS LUGARES CERTOS O Centimfe e a OPEN, duas instituições com ligação ao sec-tor dos moldes, actuam a vários níveis no que respeita à an-gariação e encaminhamento de recursos humanos para osector dos moldes com alguns projectos conjuntos que setêm revelado cruciais para a vitalidade deste cluster.

São exemplos da sua acção, o projecto Pense Indústria,desenvolvido na região desde 1996, assegurou até agora maisde 100.000 estudantes do ensino básico e secundários, atra-vés da dinamização de actividades de sensibilização para asoportunidades da indústria e das profissões industriais, mo-bilizando os jovens para acções de criatividade e inovação;Isto é uma ideia (com o estímulo à criação de ideias de pro-dutos inovadores); Fórmula 1 nas escolas (com a concep-ção e o desenvolvimento de carrinhos F1 e a apresentaçãode portefólio das equipas, em concursos regionais, nacio-nais e internacionais; Laboratório de Tecnologias (com o tra-balho em laboratório com tecnologias da indústria); Visitasa Empresas (contacto com o ambiente empresarial, iden-tificação de profissões, trabalho em equipa, etc). .

Complementarmente, ambas as organizações promovem

CENFIM, AO LADO DAS EMPRESAS DESDE 1985O núcleo da Marinha Grande foi o primeiro doCENFIM a iniciar a actividade, em 1985, de forma a“apoiar e responder às contínuas e crescentesnecessidades de formação da indústriametalomecânica da região, nomeadamente a demoldes, abrangendo hoje cerca de 250 empresas”. António Sá, primeiro director do CENFIM, disserecentemente na comemoração dos 30 anos dainstituição: “a nossa filosofia é empregabilidade e satisfação do cliente. Auscultamos as empresas e fazemos formação àmedidas das suas necessidades, daí que consigamos

empregar tão bem”. A participação do CENFIM em projectos europeusremonta já a 1989. Desde então o CENFIM participouem mais de uma centena de projectos de iniciativacomunitária. Face à exigência técnica e tecnológicado sector industrial que apoia, mas também à dopróprio contexto da formação onde eclodemcontinuamente novos modelos pedagógicos e novastecnologias de aprendizagem, consideram que “só apartilha de experiências e a cooperação a uma escalaglobal garantem as bases de uma evoluçãopermanente”. �

RICARDO GRAÇA

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Em que medida a empregabilidade no concelho da MarinhaGrande é uma preocupação do Centimfe e da Open? A empregabilidade é claramente uma preocupação desteCentro Tecnológico e da própria Incubadora de EmpresasOPEN, que tem por missão também a inserção de técnicosna Indústria que representa (Moldes, FerramentasEspeciais e Plásticos) e o lançamento de novas empresasvisando o desenvolvimento futuro e o emprego qualificado. Que tipo de pessoas procura o sector dos moldes? Hoje as empresas preferem e procuram recursos humanoscriativos, com disponibilidade e motivação para aaprendizagem contínua, fomento da inovação e focalizaçãona produtividade, onde o domínio de línguas estrangeiras,nomeadamente inglês, é uma obrigatoriedade. Osconhecimentos técnicos e a formação de base (EngenhariaMecânica, Electrotécnica, Polímeros, Materiais), sendoimportantíssimos, para uma integração mais rápida eefectiva, acabam muitas vezes por ser vistos comocomplementares, mas estruturantes, nos requisitosprocurados. Qual a estratégia, ou que medidas têm sido tomadas paraagregar pessoas a este sector? O cluster tem a vantagem de ser bastante aberto ecomunicativo sobre o que se faz, sobre as oportunidades defuturo, mas também em acções conjuntas entre empresasque concorrem entre si. A promoção conjunta e a adopçãoda marca colectiva Engineering & Tooling from Portugal,

representa o patamar mais elevado da cooperaçãoindustrial a que se denomina de Copetição (cooperação ecompetição). Esta capacidade de afirmação internacional éhoje reconhecida internacionalmente e é seguramente umaenorme garantia para todos aqueles que pretendemdesenvolver as suas carreiras com sucesso na indústria. Aindústria tem dinamizado um trabalho conjunto de definiçãoe ajustamento do seu Plano Estratégico até 2020, definiu oseu Roadmap Tecnológico para 2020, definindo as áreastecnológicas de aposta para o futuro próximo. A indústria,tem sabido comunicar com frequência a sua estratégia, osprincipais constrangimentos e as oportunidades de futuro,procurando desta forma atrair e agregar novascompetências e novas empresas, especialmente em áreasque reforcem a cadeia de valor e a sua oferta. �

Paula Lagoa

apresentações nas escolas e dinamizam acções de estímuloao empreendedorismo, apontando as tecnologias do futu-ro, identificando as oportunidades das Indústrias de Moldes,Ferramentas Especiais e de Plásticos, e estimulando o net-working como estratégia de reforço de competências e deintegração competitiva.

O Centimfe foi ainda pioneiro, ao ter sido motor de de-senvolvimento dos primeiros mestrados e pós-graduações,em parceria com a Universidade do Minho, fora de portas dauniversidade, em que as aulas foram lecionadas no Centimfe,e os alunos eram maioritariamente da indústria, bemcomo os respetivos temas das teses desenvolvidas.

Destaque também para o trabalho permanente de inserçãode técnicos na indústria que vão tendo formação no Centimfe,de que é exemplo um iniciativa com grande sucesso, que con-siste em acolher durante um a dois meses licenciados, noCentimfe, antes de entrarem nas empresas, processo queé coordenado/contratualizado com as empresas que vão in-tegrar esses novos técnicos. Um processo que tem permi-tido que passem pelos vários departamentos/áreas de in-tervenção do Centro (metrologia, engenharia de produto eprototipagem, engenharia de processo), facilitando e ace-lerando a integração destes jovens na indústria e com as suastecnologias.

De salientar ainda um trabalho que foi dinamizado peloCentimfe no último ano, de formação e reorientação de cer-ca de 40 licenciados desempregados para o Cluster Engi-neering & Tooling, que permitiu requalificar e integrar es-tes profissionais num mercado de trabalho exigente e ca-rente de recursos humanos qualificados e acabou por dartambém um novo alento a muitas famílias que estavam emsituações de desconforto. �

Paula Lagoa

RUI TOCHA, DIRECTOR-GERAL DO CENTIMFE E DA POOL-NET NA OPEN

“A INDÚSTRIA TEM SABIDO COMUNICARA SUA ESTRATÉGIA"

JORNAL DE LEIRIA/ARQUIVO

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