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PMSB PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO Produto nº2 Diagnóstico Estância @ SE Dezembro de 2014

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Page 1: Caderno de diagnóstico R1 web · do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6)

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PLANO!MUNICIPAL!DE!SANEAMENTO!BÁSICO!Produto!nº2!Diagnóstico!

Estância!@!SE!!Dezembro!de!2014!!!

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Ficha Técnica:

Este Plano Municipal de Saneamento Básico é desenvolvido com recursos do Ministério das Cidades através do contrato de reapasse nº 0351388-99/2011. É coordenado pela Secretária Municipal de Obras, Transporte e Habitação e tem consultoria da Risco arquitetura urbana.

Licitação:

Processo licitatório nº2013.047.165 / Tomada de Preços nº08/2013 / Objeto: Contratação de empresa especializada para elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Estância –SE. Licitação Homologada em 05/12/2013.

Contrato:

Contrato nº217/2013 de 19/12/2013, com ordem de serviço emitida em 13/03/2014.

Prefeitura Municipal de Estância - SE

Prefeito Municipal: Carlos Magno Costa Garcia

Secretário de Obras, Transporte e Habitação: Sóstenes Rollemberg.

Secretária Adjunta de Obras, Transporte e Habitação, Coordenação Geral do PMSB: Margarete Soares Santos Guimarães.

Praça Barão de Rio Branco nº76. Centro – Estância/SE www.estancia.se.gov.br Tel. 79 35221210

Comitês de coordenação e técnico-executivo

No ambito do Plano Municipal de Saneamento Básico, instituidos pelo decreto nº 6.483 de 14 de maio de 2014

Comitê de coordenação: Secretária de Obras, Transporte e Habitação Serviço Autônomo de Água e Esgoto Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente Conselho Municipal de Saúde Conselho Municipal de Meio Ambiente Sindicato dos Feirantes Câmara dos Dirigentes Lojistas - CDL Poder Legislativo – Camara de Vereadores Comitê executivo: Secretária de Obras, Transporte e Habitação Serviço autonomo de água e esgoto – SAAE Secretária de Assistencia Social Instituto Federal do Sergipe – IFS (campus Estância) Secretaria municipal de finanças Secretária municipal de educação Comitê da Bacia Hidrografia do Rio Piauí Secretaria Municipal de Saúde Secretaria municipal de agricultura, pecuária, abastecimento e pesca

Comissão especial de acompanhamento e fiscalização para desenvolvimento e implantação do Plano Municipal de Saneamento Básico de Estância/SE , instituida pelo decreto nº 6.484 de 14 de maio de 2014.

Consultoria:

Risco arquitetura urbana LTDA EPP CNPJ 11.509.268/0001-70 CAU nº134040-0 Av. São Luís nº258 – Conjunto 1006 – 10º andar São Paulo-SP CEP 01046-000. CNPJ 11.509.268/0001-70 www.riscoau.com [email protected] Tel. 11 3486-5414 * PMSB Estância na internet: www.pmsbestancia.org facebook.com/pmsbestancia

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INTRODUÇÃO

O Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB é o principal instrumento de

planejamento e estruturação da política pública de saneamento básico de Estância-SE. O

desenvolvimento do Plano, tem como base fundamental a Lei Federal no 11.445/2007 e o

Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB.

O conceito de saneamento básico apresentado considera quatro principais eixos: O

abastecimento de água; o esgotamento sanitário; a limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos; e a drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Seguindo a estrutura proposta pelo Termo de Referência para contratação dos serviços

de consultoria para elaboração do Plano Municipal de Saneamento, este caderno apresenta o

diagnóstico da situação da prestação dos serviços de saneamento básico e seus impactos nas

condições de vida e no ambiente natural, relacionado também à caracterização institucional

da prestação dos serviço, e à capacidade econômico-financeira e de endividamento do

Município, contendo 10 capítulos: (1)A Caracterização geral do município, incluindo a

caracterização socioeconômica demográfica, do meio ambiente e físico em geral, além de

dados atuais da saúde, educação, habitação, infraestrutura e demais serviços locais; (2) A

situação institucional, incluindo a leitura das leis relacionadas e dos órgãos vinculados a

política de saneamento nos âmbitos municipal, estadual e federal; (3) A situação econômico-

financeira do município, incluindo uma importante leitura sobre convênios federais realizados,

a potencialidade do uso dos royalties e as condições do Sistema Autônomo de Água e Esgoto

do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico

do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6) O diagnóstico dos serviços de limpeza urbana

e manejo de resíduos sólidos (7) O manejo de águas pluviais e drenagem urbana (8) Análise

sobre o setor de desenvolvimento urbano e habitação, no que se refere ao aspecto do

Saneamento Básico (9) Meio ambiente e recursos hídricos e (10) Saúde e saneamento. Foi

incluído ainda um último capitulo (11) que aponta alguns índices de referência para os serviços

e infraestruturas diagnosticadas e realiza considerações de síntese do diagnóstico.

Em todas as etapas de elaboração do PMSB, assim como no presente diagnóstico, é

garantida a participação popular, estabelecendo um conjunto de mecanismos e

procedimentos que garantam à sociedade informações, representações técnicas e

participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação

relacionados aos serviços públicos de saneamento básico.

Neste sentido, a participação da sociedade através do Comitê local de saneamento

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básico (Executivo e de Coordenação), e durante as Oficinas Participativas realizadas ao longo

de todo o processo de elaboração deste PMSB, tem sido fundamentais para a leitura da

realidade local, além de promover a apropriação de conhecimento e o auxílio a tomada de

decisão. Ao todo foram realizadas 15 Oficinas Participativas, incluindo localidades urbanas,

litorâneas, de maré, além de colônias, assentamentos e demais povoados rurais. Estas oficinas

reuniram mais de 350 pessoas que puderam contribuir relatando informações de seus

cotidianos.

Ao fim da etapa de diagnóstico, foi realizada a segunda Conferência Pública de

Saneamento Básico de Estância, no auditório da Universidade Tiradentes, onde a população se

reuniu para debater os resultados deste diagnóstico.

O desenvolvimento do PMSB considera ainda os demais trabalhos, ações e políticas

públicas relacionadas ao tema, existentes e em desenvolvimento no município, afim de

integrá-los.

O presente diagnóstico contou com indicadores estatísticos do IBGE, incluindo os Censos

demográficos e a Pesquisa nacional de saneamento Básico – PNSB, do Sistema de Informação

do Atendimento Básico – SIAB do município, do Sistema Nacional da Informação do

Saneamento – SNIS, além de demais relatórios elaborados pela Prefeitura Municipal.

Apresentamos a seguir o Diagnóstico do Plano Municipal de Saneamento Básico de

Estância-SE.

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INDICE:

1. A caracterização geral do município ............................................................................... 22

1.1 Histórico ............................................................................................................................ 23

1.2 Dados gerais ...................................................................................................................... 23

1.3 População e caracterização demográfica.......................................................................... 25

1.3.1 Quantificação e localização da população. ................................................................ 25

1.3.2 Série histórica 1970-2014, Urbano/Rural e Taxa de Crescimento. ......................... 31

1.3.3 Pirâmide etária atual .................................................................................................. 34

1.3.4 População flutuante, deslocamentos em função do trabalho e turismo. .............. 35

1.3.5 Projeção de crescimento populacional até 2034 ....................................................... 36

1.4 Localização do município no Estado e na Região .............................................................. 38

1.4.1 Distancias entre pontos de maior população na cidade. ........................................... 39

1.4.2 Distâncias entre Estância e cidades vizinhas. ............................................................. 41

1.5 Caracterização socioeconômica. ....................................................................................... 43

1.5.1 Índice de Desenvolvimento Humano, PIB e PIB per capita ........................................ 43

1.5.2 Renda.......................................................................................................................... 46

1.5.3 Educação .................................................................................................................... 48

1.6.1 Saneamento básico .................................................................................................... 50

1.6.2 Energia elétrica ........................................................................................................... 51

1.6.3 Telefonia e comunicação ............................................................................................ 51

1.6.4 Pavimentação, calçada, arborização e iluminação pública ........................................ 51

1.6.5 Transporte .................................................................................................................. 51

1.6.6 Saúde .......................................................................................................................... 51

1.6.7 Habitação ................................................................................................................... 52

1.7 Áreas de proteção ambiental ............................................................................................ 53

1.8 Análise da evolução da atividade antrópica, incluindo desmatamentos. ..................... 56

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1.9 Clima, temperatura e chuvas. ........................................................................................... 60

1.9.1 Série histórica de dados pluviométricos, com medias anuais e ocorrência de precipitações intensas e estiagens prolongadas, curva de intensidade e descrição de fatores especiais de influência sobre o clima...................................................................... 62

1.10 Meio Físico (cartografia) ................................................................................................. 65

1.11 Perfil industrial ................................................................................................................ 76

1.11.1 Industrias existentes ................................................................................................ 76

1.11.2 Tipos de efluentes gerados ...................................................................................... 80

1.11.3 Previsão de expansão industrial e demanda por utilização de serviços públicos de saneamento. ........................................................................................................................ 83

1.12 Outorgas .......................................................................................................................... 84

1.13 Consolidação cartográfica das informações socioeconômicas, físico territorial e ambiental disponíveis sobre o município e a região. .............................................................. 86

2. Situação Institucional ..................................................................................................... 87

2.1 Legislação aplicável. Leitura normativa federal, estadual e municipal relacionada ao Saneamento Básico e sua implicação no desenvolvimento urbano, saúde e meio ambiente. ................................................................................................................................................. 87

2.2 Normas de fiscalização e regulação. Ente responsável, meios e procedimentos para sua atuação .................................................................................................................................... 92

2.2.1  Normas  para  sistemas  de  abastecimento  d’água ...................................................... 92

2.2.2 Normas para sistema de esgotamento sanitário ....................................................... 92

2.2.3 Normas para resíduos Sólidos .................................................................................... 93

2.3 Entes responsáveis ............................................................................................................ 95

3. Situação econômico-financeira dos serviços de saneamento básico e do Município ......... 96

3.1. Levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do município ............. 96

3.1.1. Produto Interno Bruto Municipal .............................................................................. 96

3.1.1. Convênios ................................................................................................................ 104

3.1.2. Royalties do Petróleo .............................................................................................. 112

3.2. Situação econômico-financeira de prestação de serviços públicos de água e esgoto .. 116

3.2.1. Política e tarifa ........................................................................................................ 116

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3.2.2. Renda domiciliar, taxa de água e esgoto e tarifa social. ......................................... 116

3.2.5. Orçamento Anual de Custos e Investimentos ......................................................... 120

3.3. Análise geral da sustentabilidade econômica da prestação dos serviços de limpeza urbana e de manejos de resíduos sólidos urbanos ............................................................... 123

4. Situação dos serviços de abastecimento de água potável .............................................. 124

4.1 Caracterização da situação do abastecimento de água nos domicílios. ......................... 125

4.2 Concessão dos serviços de água ..................................................................................... 134

4.3 Sistema produtor de água existente. .............................................................................. 135

4.3.1 Captação e Adução de Água Bruta ........................................................................... 135

4.3.2 Tratamento ............................................................................................................... 136

4.3.3 Casa Química e Laboratório ..................................................................................... 136

4.3.4 Tanque de Contato ................................................................................................... 137

4.3.5 Elevação de água tratada ......................................................................................... 137

4.3.6 Reservação ............................................................................................................... 137

4.3.7 Distribuição .............................................................................................................. 138

4.4 Consumo atual de água. .................................................................................................. 147

4.5 Dados operacionais SAAE ................................................................................................ 147

4.6 Regulação, Controle e Fiscalização dos serviços. ............................................................ 148

4.6.1 Tarifa Social .............................................................................................................. 149

4.7 Qualidade da água consumida. ....................................................................................... 149

4.8 Síntese e localização do SAA ........................................................................................... 150

4.9 Sistema de abastecimento de água na zona rural. ......................................................... 153

4.9.1   Leitura   do   documento   “infraestrutura de abastecimento de água – povoados do município  de  Estância”    - Secretaria de Agricultura do Município de Estância , Agosto de 2014. .................................................................................................................................. 153

4.10 Ações para melhoria do SAA ......................................................................................... 156

4.10.1 Projeto para substituição de rede de distribuição de água de amianto por rede de distribuição de PVC ........................................................................................................... 156

5. Situação dos serviços de esgotamento sanitário ........................................................... 157

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5.1. Situação dos domicílios quanto à infraestrutura hidrosanitária de esgotamento sanitário, caracterização da cobertura e identificação das populações não atendidas ....... 157

5.2 Pontos críticos na sede urbana, indicação de áreas de risco de contaminação e áreas potencialmente já contaminadas. ......................................................................................... 177

5.3 – infraestrutura existente ............................................................................................... 180

6. Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos ...................... 182

6.1. Análise da situação da gestão do serviço - indicadores ................................................. 182

6.1.1. Indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) ........ 182

6.1.2. Indicadores Censo IBGE 2010 .................................................................................. 189

6.2. Análise crítica do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos do Consórcio Sul .................... 198

6.3. Descrição da situação dos sistemas (infraestrutura, tecnologia e operação) ............... 199

6.3.1. Acondicionamento ...................................................................................................... 199

6.3.2 Coleta e transporte de resíduos sólidos ................................................................... 202

6.3.3. Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos do município.......................... 204

6.4. Atendimento à população .............................................................................................. 207

6.5. Cobertura da coleta porta a porta ................................................................................. 208

6.5.1. Identificação da cobertura da coleta porta a porta .................................................... 209

6.6.Limpeza urbana e varrição .............................................................................................. 209

6.7. Serviços públicos de limpeza urbana e serviços especiais ............................................. 210

6.7.1. Feiras ....................................................................................................................... 210

6.7.4. Praia ......................................................................................................................... 210

6.8. Destinação de resíduos da construção civil ................................................................... 211

6.9. Resíduos dos serviços de saúde (RSS) ............................................................................ 213

6.9.1. Destinação dos RSS ................................................................................................. 214

6.9.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (PGRSS) ....... 215

6.10. Caracterização dos resíduos sólidos ............................................................................ 215

6.11. Identificação das formas de coleta seletiva ................................................................. 218

6.11.1.  Cooperativas,  associações  e  “carrinheiros” .......................................................... 221

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6.11.2. Inventário/análise da  situação  dos  “catadores” ................................................... 221

6.12. Áreas de risco de poluição/contaminação e alterações ambientais............................ 222

6.13. Situação dos sítios utilizados para disposição final de resíduos sólidos ..................... 223

7. Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas ....................... 227

7.1. Análise do Plano de Drenagem Urbana e Recursos Hídricos ......................................... 227

7.2. Identificação da infraestrutura local e análise crítica dos sistemas ............................... 228

7.3. Identificação das lacunas no atendimento pelo Poder Público ..................................... 233

7.3.1. Demandas de ações estruturais e não estruturais .................................................. 237

7.3.2. Indicadores do sistema de sistema de drenagem ................................................... 238

7.4. Sistema natural de drenagem ........................................................................................ 238

7.5. Drenagem e de esgotamento sanitário .......................................................................... 239

7.6. Estudo das características morfológicas e determinação de índices físicos para as bacias ................................................................................................................................. 241

7.6.1. Hidrografia ............................................................................................................... 241

7.6.2. Pluviometria ............................................................................................................ 241

7.6.3. Topografia ............................................................................................................... 242

7.6.4. Características do solo ............................................................................................ 242

7.6.5. Uso atual das terras ................................................................................................. 242

7.6.6. Índices de impermeabilização e cobertura vegetal ................................................ 242

7.7. Caracterização e indicação das áreas de risco ............................................................... 243

7.7.1. Áreas de risco de enchente, inundação e escorregamentos .................................. 243

7.8. Análise de indicadores epidemiológicos relacionados à deficiência no manejo de águas pluviais .................................................................................................................................. 243

7.9. Análise dos processos erosivos e sedimentológicos e sua influência na degradação das bacias e riscos de enchentes, inundações e deslizamentos de terra .................................... 243

8. Desenvolvimento urbano, habitação e Saneamento Básico ........................................... 245

8.1 parâmetros de uso e ocupação do solo .......................................................................... 245

8.2 definição do perímetro urbano da sede e dos distritos .................................................. 245

8.3 Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS ...................................................................... 245

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8.4 identificação de ocupação irregular em Áreas de Proteção Permanente. ..................... 246

8.5 definição de zoneamento com instrumentos do estatuto das cidades. ......................... 249

8.6 identificação da situação fundiária e eixos de desenvolvimento da cidade. .................. 249

8.7 PLHIS, planos de ação ...................................................................................................... 249

8.8 Oferta de moradia e solo urbanizado ............................................................................. 249

8.9 Demanda por habitação e investimentos habitacionais ................................................. 250

8.10 Projeção do déficit habitacional .................................................................................... 250

9. Meio Ambiente e Recursos Hídricos ............................................................................. 251

9.1. Caracterização geral das Bacias Hidrográficas do Município ......................................... 251

9.1.1. Delimitação territorial ............................................................................................. 252

9.1.2. Meio Físico e Natural, tipos e usos do solo e topografia ........................................ 253

9.1.3 Clima ......................................................................................................................... 255

9.2. Caracterização Geral dos Ecossistemas Naturais ........................................................... 255

9.2.1. Indicadores de Qualidade Ambiental ...................................................................... 255

9.2.1. Áreas de Preservação Permanente ......................................................................... 262

9.3. A situação e perspectivas dos usos e da oferta de água em bacias hidrográficas ......... 262

9.4. Identificação de condições de degradação ................................................................. 262

9.4.1 Degradação por lançamento de resíduos líquidos e sólidos ........................................ 262

9.4.3. Situações de escassez hídrica presente e futura ......................................................... 264

9.5. Identificação de condições de gestão de recursos hídricos nas bacias do município quanto a aspectos do saneamento básico ............................................................................ 264

9.5.1. Quanto ao domínio das águas superficiais e subterrâneas (União ou Estados) ..... 264

9.5.2. Atuação de comitês e agência de bacia .................................................................. 264

9.5.3. Enquadramento dos corpos d`água ........................................................................ 265

9.5.4. Implementação de outorga e cobrança pelo usos .................................................. 265

9.5.5. Instrumentos de proteção de mananciais .............................................................. 265

9.5.6 Situação do Plano de Bacia Hidrográfica e seus programas e ações ....................... 266

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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9.5.7 Disponibilidade de recursos financeiros para investimentos em saneamento básico ........................................................................................................................................... 266

9.6 Identificação de relações de dependência entre a sociedade local e os recursos ambientais, incluindo a água ................................................................................................ 267

10.Saúde e saneamento ................................................................................................... 268

10.1 Morbidade relacionadas a falta de saneamento .......................................................... 268

10.2 Sistema de Informação do Atendimento Básico – SIAB ................................................ 268

11. Índices, síntese e considerações finais. ....................................................................... 273

11.1 Considerações sobre o método de espacialização de dados. ....................................... 273

11.2 Variáveis selecionadas no Censo IBGE para o saneamento básico ............................... 273

11.3 Abastecimento de agua:................................................................................................ 273

11.4 Coleta e tratamento de esgoto: .................................................................................... 274

11.5 Resíduos Sólidos ............................................................................................................ 275

11.6 Rede de drenagem Pluvial ............................................................................................. 275

11.7 Descrição dos setores censitários de Estância-SE. ........................................................ 277

11.8 Adequação de serviços e infraestrutura ....................................................................... 284

11.9 Índices e demandas diretas ........................................................................................... 288

11.10 Síntese ......................................................................................................................... 295

*

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SIGLAS E ABREVIAÇÕES

ANA – Agencia Nacional das Águas

DATASUS - Departamento de informática do SUS

DIE – Distrito Industrial de Estância

DESO - Companhia de Saneamento de Sergipe

DRSAI - Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado

DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio

DQO – Demanda Química de Oxigênio

EE – Estação elevatória

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

EMDAGRO – Empresa de Desenvolvimento agropecuário do Sergipe

ETA – Estação de tratamento de água

ETDI - Estações de Tratamento de Despejos Industriais

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

FIES – Federação das Indústrias do Estado do Sergipe

OD – Oxigênio Dissolvido

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

INMET – Instituto nacional de meteorologia

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

PIB - Produto Interno Bruto

SIAB – Sistema de Informação do Atendimento Básico

TCG – Taxa de Crescimento Geométrico

SAAE – Sistema Autônomo de Água de Esgoto do município de Estância

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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QUADROS

Quadro1.1 População por situação

Quadro1.2 População por setores

Quadro1.3 Evolução populacional por década e crescimento médio anual

Quadro1.4 Evolução populacional por década, idade, urbano/rural e crescimento médio anual

Quadro 1.5 Projeção demográfico de Estância.

Quadro1.6 Distância entre Estância e cidades no entorno até 100km

Quadro 1.7 Dez maiores PIB Per capita do Sergipe em R$ correntes

Quadro 1.8 Renda domiciliar em salários mínimos.

Quadro 1.9 Relação docentes, escolas e alunos.

Quadro 1.10 Estabelecimentos de saúde.

Quadro 1.11 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013 em mm/m2

Quadro 1.12 Dados pluviométricos máxima, média e mínima Estância 2001-2013

Quadro1.13 Outorgas emitidas no município de Estância-SE

Quadro 2.1 Síntese das leis, decretos e resoluções vinculadas ao Saneamento Básico

Quadro 3.1 PIB a preços correntes 2011 do Sergipe (R$) e participação relativa no PIB estadual (%)

Quadro 3.2 Lavoura Temporária - Área plantada, valor da produção e participações relativas nos totais 2010

Quadro 3.3 Lavoura Permanente - Área plantada, valor da produção e participações relativas nos totais 2010

Quadro 3.4 Participação relativa dos municípios no comércio exterior do Sergipe 2010 (em percentagem)

Quadro 3.5 Tarifa residencial social – SAAE

Quadro 3.6 Tarifa residencial normal – SAAE

Quadro 3.7 SAAE - Síntese Econômico-Financeira 2012

Quadro 4.1 Síntese de abastecimento por tipo

Quadro 4.2 Síntese operacional SAAE, Água – SNIS 2012

Quadro 4.3 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012

Quadro 4.4 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012

Quadro 4.5 Indicadores de qualidade de água

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Quadro 4.6 Síntese do Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana

Quadro4.7 Situação dos poços artesianos dos Povoados 2009

Quadro 4.8 Localização dos poços artesianos dos Povoados 2009

Quadro 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios

Quadro 5.2 Destino do Esgotamento Sanitário

Quadro 6.1 índice I015

Quadro 6.2 índice I016

Quadro 6.3 Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas

Quadro 6.4 índice I021

Quadro 6.5 índice I031

Quadro 6.6 Resíduos Sólidos – destinação município

Quadro 6.7 Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas

Quadro 6.8 Volumes coletados

Quadro 6.9 Agente de coleta

Quadro 6.10 Detalhamento da coleta SNIS 2013

Quadro 6.11 Unidades de Saúde em Estância – SE

Quadro 6.12 Estimativa da composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados

Quadro 6.13 Empresas que realizam triagem e reciclagem

Quadro 6.14 Descrição quantidade de material reciclado segundo SNIS

Quadro 6.15 Composição da triagem e reciclagem – SNIS2013

Quadro 6.16 Coleta seletiva - outros serviços prestados (item 10.1 SNIS)

Quadro 7.1. Drenagem - situação domicílios – município

Quadro 7.2 Drenagem - situação domicílios – área urbanas

Quadro 9.1 Classificação do Índice de Qualidade da Água – IQA

Quadro 9.2 - A seguir a tabela de balneabilidade da ADEMA das praias do litoral

Quadro 9.3 Enquadramento de corpos d´água segundo a CONAMA 357

Quadro 10.1 Detalhamento do programa Saúde da Família

Quadro 10.2 Doenças totais SIAB

Quadro 10.3 Dados totais para Zona Urbana

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Quadro 10.4 Dados totais para Zona Rural

Quadro 10.5 Dados totais gerais

Quadro 11.1 Descrição dos perímetros dos setores censitários de Estância-SE

Quadro 11.2 Coleta de lixo adequada, banheiro exclusivo e destino do efluente em rede (V222) ou fossa séptica (V223)

Quadro11.3 Resumo de índices e demandas sugeridos

Quadro 11.4 Índices por Região

Quadro 11.5 Índices de cobertura (%) por setor de mobilização

Quadro 11.6 Demanda em número absoluto de domicílios

GRÁFICOS

Gráfico 1.1 Evolução populacional urbana e rural em Estância 1970-2010

Gráfico 1.2 Pirâmide etária – Comparação entre Estância, Sergipe, 3 Brasil

Gráfico 1.3 Pirâmide etária de Estância em 2010.

Gráfico 1.4 Composição da renda domiciliar em Estância-SE.

Gráfico 1.5 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013

Gráfico 3.5 Estância - Distribuição dos Convênios por Área 1996-2014

Gráfico 3.6 Estância - Distribuição do Valor Conveniado por Área 1996-2014 (em porcentagem)

Gráfico 3.7 Estância - Média do Valor Conveniado por Área 1996-2014

Gráfico 3.8 Estância - Distribuição do Valor Liberado por Área 1996-2014 (%)

Gráfico 3.9 Estância - Média do Valor Liberado por Área 1996-2014

Gráfico 3.10 Estância - Distribuição por Situação 1996-2014 (em porcentagem)

Gráfico 3.11 Estância - Distribuição de Grupos de situação por Área de Convênio 1996-2014

Gráfico 3.12 Estância - Distribuição por Área dos Grupos de situação 1996-2014

Gráfico 3.13 Repasse de royalties do petróleo para Estância - 2006-2013 - valores e part. relativa (%)

Gráfico 3.14 Repasse de royalties do petróleo para Estância e Sergipe 2006-2013

Gráfico 3.15 Estância - Domicílios particulares permanentes por classes de rendimento nominal mensal domiciliar 2010.

Gráfico 4.1 Situação do abastecimento de água

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Gráfico 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios

Gráfico 5.2. Destino do Esgotamento Sanitário

Gráfico 7.1 Pavimentação - situação domicílios – município

Gráfico 7.2 Calçadas - situação domicílios – município

Gráfico 7.3 Meio-fio / guia - situação domicílios

Gráfico 7.4 Bueiro / boca-de-lobo - situação domicílios

Gráfico 6.1 índice I015

Gráfico 6.2 índice I016

Gráfico 6.3. índice I021

Gráfico 6.4. índice I031

Gráfico 6.5 Resíduos sólidos coletados – destinação no Município

Gráfico 6.6 Resíduos sólidos não coletados – destinação no Município

Gráfico 6.7 Resíduos sólidos – destinação nas áreas urbanas (sede)

Gráfico 6.8 Composição dos Resíduos Sólidos Urbanos

Gráfico 6.9 Matéria orgânica, Rejeito e Material reciclável

Gráfico 6.10 Composição do Material Reciclável

MAPAS

Mapa 1.1 Densidade domiciliar por setores censitários.

Mapa 1.2 Situação dos setores censitários

Mapa 1.3 Densidade da Sede do município

Mapa 1.4 Sede urbana, localidades, assentamentos rurais, vias de acesso e hidrografia.

Mapa 1.5 Vias de acesso e áreas urbanizadas no estado do Sergipe.

Mapa  1.6  Área  de  Proteção  Ambiental  APA  Sul,  manguezais  e  cursos  d’água

Mapa 1.7 Perda de mata entre 2000 e 2012

Mapa 1.8 Perda total entre 2000 e 2012

Mapa 1.9 Ganho de mata entre 2000 e 2012

Mapa 1.10 Floresta existente, ganho, perda e perda e ganho

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Mapa 1.11 Isoietas

Mapa 1.12 Topografia com curvas em 10m.

Mapa 1.13 Geologia Estância

Mapa 1.14 Geologia Sergipe.

Mapa 1.15 Hipsometria

Mapa 1.16 Bacia Hidrográfica do Rio Piauí

Mapa 1.17 Bacias Hidrográficas do estado do Sergipe.

Mapa 1.18 Geomorfologia.

Mapa 1.19 Uso do Solo.

Mapa 1.20 Aquíferos.

Mapa 2.1 PBH Rio Piauí – Uso Potencial dos Solos

Mapa 4.1 Domicílios com abastecimento de água na rede (V012)

Mapa 4.2 Domicílios com abastecimento de água na rede. Sede. (V012)

Mapa 4.3 Domicílios abastecidos por poço ou nascente na propriedade (V013)

Mapa 4.4 Domicílios abastecidos por outra forma (V015)

Mapa 4.5 Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana-SAA

Mapa 4.6 Rede de distribuição existente na sede munícipio

Mapa 5.1 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – Município (V016)

Mapa 5.2 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – sede (V016)

Mapa 5.3 Domicílios sem Banheiro de Uso Exclusivo nem Sanitário – Município (V023)

Mapa 5.4 Destinação de esgotamento sanitário – rede geral de esgoto ou pluvial – Município (V017)

Mapa 5.5 Destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – Município (V018)

Mapa 5.6 Destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – sede (V018)

Mapa 5.7 Destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares – Município (V019)

Mapa 5.8 Destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares – sede (V019)

Mapa 5.9 Destinação de esgotamento sanitário – via vala – Município (V020)

Mapa 5.10 Destinação de esgotamento sanitário – direto em valas – sede (V020)

Mapa 5.11 Destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar – Município (V021)

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Mapa 5.12 Destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar - sede (V021)

Mapa 6.1 Domicílios sem Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares – Indice 08

Mapa 6.2 Resíduos Sólidos – coleta (V036)

Mapa 6.3 Resíduos Sólidos – coletado em caçamba (V037)

Mapa 6.4 Resíduos Sólidos – queimado na propriedade (V038)

Mapa 6.5 Resíduos Sólidos – enterrado na propriedade (V039)

Mapa 6.6 Resíduos Sólidos – jogado no terreno baldio ou logradouro (V040)

Mapa8.1 Delimitação de APPs na Sede urbana de Estância-SE

Mapa11.1 Numeração dos Setores Censitários

Mapa 11.2 Setores Censitários região central

Mapa11.3 V222 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via rede geral de esgoto pluvial

Mapa11.4 V223 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via fossa séptica

Mapa 11.5 Índice 1: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável

Mapa 11.6 Índice 2: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável incluso poços (%)

Mapa 11.7 Índice 4: coleta de esgoto adequada (rede + fossa séptica) (%)

Mapa 11.8 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)

Mapa11.9 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)

Mapa11.10 Índice 8: inexistência de coleta de resíduo sólido (%)

FIGURAS

Figura 1.1 Limites de Estância, municipios vizinhos e limite do estado do Sergipe.

Figura 1.2 Imagem aérea da Sede

Figura1.3 Mesorregião do Leste sergipano e Microrregião de Estância.

Figura 1.4 IDHM no Estado do Sergipe 2010.

Figura 2.1 Organograma de órgãos vinculados a politica de saneamento local

Figura 4.2 Organograma da estrutura do SAAE.

Figura5.1 Detalhe do projeto de concepção da rede de Esgoto do Alecrim (wetland).

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Figura 6.1 Sergipe – consórcios territoriais de saneamento

Figura 6.2 Localização do depósito de lixo municipal

TABELAS

Tabela  4.1  Situação  do  abastecimento  d’água  por  Domicílios

Tabela  4.2  Situação  do  abastecimento  d’água  por  Setores  de  Mobilização

Tabela  4.3  Situação  do  abastecimento  d’água  por  Setores  Censitário

Tabela  4.3.1  Situação  do  abastecimento  d’água  por  Setores  Censitário  continuação

Tabela 5.1 Esgotamento Sanitário - situação domicílios

Tabela 5.2 Situação do esgotamento domiciliar por Setores de Mobilização

Tabela 5.3 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário.

Tabela 5.4 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário. Continuação

FOTOS

Foto 4.1 Ponto de Captação superficial de Água no rio Piauitinga e gradeamento em caixa de concreto.

Foto 4.2 Estação elevatório de Água Bruta-EAB ao fundo (bomba de contato e sucção + casa de bomba)

Foto 4.3 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.

Foto 4.4 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.

Foto 4.5 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.

Foto 4.6 ETA SAAE Central – reservação 1000m³ / h=5m

Foto 4.7 Escritório do SAAE e Reservatório escritório central elevado 750m3

Foto 4.8 Reservatório escritório central elevado 750m3

Foto 4.9 ETA Cidade Nova

Foto 4.10 ETA Cidade Nova

Foto 4.11 ETA Cidade Nova – Detalhe do Reservatório de Apoio 200m3

Foto 4.12 ETA Cidade Nova –Reservatório de Apoio 600m3

Foto 4.13 Barragem de captação Biriba 2

Foto 4.14 Estrutura abandonada na captação Biriba 2

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Foto 4.15 Reservatório Antônio Carlos Valadares

Foto 4.16 Reservatório elevado no Alecrim 38m3

Foto 5.1 Barragem Rio Piauitinga

Foto 5.2 Fossa rústica como destinação final

Foto 5.3 Tubulação de esgotamento sanitário despejando efluentes diretamente no córrego

Foto 5.4 Zona de Raízes - Wetland Bairro Alecrim

Foto 6.1 caçamba de coleta de resíduos sólidos – povoado rural

Foto 6.2 caminhão de coleta de resíduos sólidos no centro de Estância

Foto 6.3 caminhão de coleta de resíduos sólidos no lixão

Foto 6.4 edificações de triagem de resíduos abandonadas e em estado de ruínas

Foto 6.5 lixão municipal e a presença de catadores e aves

Foto 6.6 lixo sem recobrimento de terra no lixão municipal

Foto 6.7 catadores de recicláveis trabalhando autonomamente (sem cooperativa)

Foto 6.8 descarte irregular de resíduos da construção civil no Bairro Alagoas

Foto 6.9 Deposito central de lixo de Estância

Foto 6.10 Depósito central de lixo de Estância

Foto 6.11 Trabalho irregular em deposito central de lixo de Estância

Foto 6.12 Depósito de lixo no bairro Bonfim

Foto 6.13 descarte irregular de resíduos da construção civil no Bairro Alagoas

Foto 7.1 a 7.3 Canal de Drenagem

Foto 7.4 Galeria águas pluviais na Rua Bahia construída em 1988, com contribuição de esgoto

Foto 7.5 Tubulação e canaleta no meio-fio e sarjeta na Av. Nova do Porto, com contribuição de esgoto

Foto 7.6 Canaleta formada por meio fio e sarjeta à Rua Nossa Sra. de Guadalupe

Foto 7.7 Canaleta improvisada para condução de águas pluviais, com contribuição direta de esgoto no Loteamento Humberto Halim (construído na década de 1980). Foto 7.8 e 7.9 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz

Foto 7.10 e 7.11 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz (à esquerda). Contribuição de águas cinzas em área rural não pavimentada (à direita)

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Foto 7.12 Erosão de planície aluvionar

Foto 9.1. Rio Capivara – margens degradadas sem mata ciliar

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1. A caracterização geral do município

A caracterização geral do município de Estância, tópico de abertura do diagnóstico, apresenta

os principais aspectos vinculados à: Questão demográfica populacional, incluindo a evolução

da população na história recente, a divisão urbano e rural, a atual pirâmide etária, as

populações flutuantes; A localização do município no Estado do Sergipe e região, indicando as

principais distâncias e pontos de interesse; A caracterização socioeconômica; A descrição das

infraestruturas e serviços disponíveis; A delimitação das áreas de proteção ambiental; Análise

da evolução da atividade antrópica; Clima; Acesos e principais rodovias; Topografia,

hidrografia e geologia; Características específicas urbanas; Condições sanitárias gerais; Perfil

socioeconômico; Perfil industrial; e Consolidação da cartografia existente e produzida.

No que diz respeito objetivamente aos serviços e infraestrutura de Saneamento Básico – foco

central deste diagnóstico – em seus quatro eixos: (1)Água, (2)Esgoto, (3)Resíduos Sólidos e

(4)Drenagem, visando uma contextualização inicial da problemática, é possível afirmar que: (1)

o município tem Sistema de Abastecimento de Água com rede de distribuição que abrange

toda a área urbana central, mas que apesar disso tem alto índice de intermitência e perdas,

ocasionando interrupção cotidiana de abastecimento de água nas regiões de cota de terreno

mais elevadas e nos pontos finais das redes onde a pressão e ou a capacidade instalada são

insuficientes. (2) Não há sistema de tratamento de esgoto e nem rede de coleta adequada,

sendo que as instalações para solução coletiva estão restritas a uma pequena parcela da

população, mais especificamente em 6 pontos da área urbana, sendo as tecnologias

implantadas o Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente – DAFA e uma Zona de Raízes wetland,

que na maior parte dos casos apresentam deficiência de instalação e ou falta de manutenção.

Os demais casos de destino final do esgoto estão vinculados na maior parte dos casos as

Fossas rudimentares. (3) O serviço de coleta de Resíduos Sólidos tem índice satisfatório na

sede urbana, com coleta de lixo em quase 100% das residências urbanas, apesar disso o

destino final é irregularmente feito no Lixão situado no município, que além de ser inadequado

para o destino final dos resíduos ocasionando alto impacto ambiental, contém trabalho

humano altamente precarizado, executado por trabalhadores que realizam a triagem no local

e vendem o produto triado para atravessadores. E (4) a drenagem de águas pluviais conta com

rede parcial e insuficiente, instalada na sede do município, que ao longo da sua extensão

recebe recorrentemente despejo de esgoto doméstico, apesar disso não há incidências de

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graves inundações nem deslizamentos, sendo que tais eventos concentram-se principalmente

nos períodos de maior chuva.

1.1 Histórico

A primeira ocupação do homem branco na região hoje conhecida como Estância, iniciou-se

ainda no séc. XVI, as margens do Rio Piauí, nas imediações do atual bairro Santa Cruz. O

povoamento e adensamento no entanto ocorreria somente a partir no séc. XVII, quando dada

sua privilegiada inserção em relação a comunicação dos rios com o Mar, o local assumiria

vocação portuária para troca de mercadorias. Estância se tornaria Vila em 1831 e finalmente

cidade em 1848. É também no final do séc. XIX que Estância assume sua vocação industrial

mantida até hoje. (IBGE 2014)

O primeiro ciclo de industrialização foi determinado pelas indústrias têxteis, que entrariam em

declínio na segunda metade do século XX dando lugar a situação derivada da modernização do

atual parque industrial onde há presença de diversos setores.

1.2 Dados gerais

Com área total de 644,038 Km2, o município está situado no sul do estado de Sergipe, com

sede urbana próxima ao encontro dos Rios Piauí e Piauitinga, fazendo divisa com Santa Luzia

do Itanhy e Indiaroba ao sul, Itaporanga da Ajuda ao norte, Salgado, Boquim e Arauá a oeste e

o Oceano Atlântico a leste.

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Figura 1.1 Limites de Estância, municipios vizinhos, rodovias e limite do estado do Sergipe.

Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2015

O município fica a 70 km da capital Aracaju, e mantém forte influência social e econômica no

sul do estado, sobretudo em decorrência do Distrito Industrial instalado.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Figura 1.2 Imagem aérea da Sede

fonte: Marco Barreto 2008

A foto anterior apresenta a sede urbana do municipio, onde concentra-se mais de 80% da

população de Estância, nela é possivel notar a setorização industrial a esquerda (oeste) da

Rodovia BR-101 e a direita seu núcleo histórico e demais bairros da sede. Pode-se notar

também o curso do Rio Piautinga na margem esquerda da BR-101, e ao fundo, do lado direito

da imagem o Rio Piauí, eixos que estruturaram historicamente a organização territorial da

cidade.

1.3 População e caracterização demográfica

A caracterização demográfica incluindo suas particularidades, modos de morar e localização,

são fundamentais ao diagnóstico deste PMSB, e portanto são descritas a seguir.

1.3.1 Quantificação e localização da população.

Em 2010, Estância era habitada por 64.409 pessoas (Censo IBGE 2010), e hoje tem, segundo

estimativa (IBGE 2014), 67.953 habitantes, dos quais aproximadamente 86% estão em situação

urbana, e outros 14% nas áreas rurais de ocupação adensada e ou dispersas.

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O total geral urbano, considera os moradores da Sede somados aos moradores da região

litorânea urbanizada, incluindo o litoral de Abaís até a Ponta do Saco. Já nas áreas rurais, os

modos predominantes são as Colônias, os Assentamento Rurais, Povoados e demais domicílios

dispersos não agrupados. O quadro a seguir apresenta estes números.

Quadro1.1 População por situação

Total Geral 64.235 100%

Urbano 1 – Sede Urbana 52.553 81,81%

Urbano 2 – Litoral 2.926 4,56%

Total Urbano 55.479 86,37%

Povoados, colônias e assentamentos 5.971 9,30%

Outros, incluindo rural disperso 2.785 4,34%

Total Rural 8.756 13,63%

Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Segundo a divisão territorial proposta no Plano de Mobilização e utilizada neste diagnóstico

(Ver setores de mobilização – Plano de Mobilização Social P1), a população do município está

disposta da seguinte maneira, considerando-se: os 15 perímetros propostos, o numero de

domicílios, área e densidade.

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Quadro1.2 População por setores

Região

Setores censitários

incorporados1 Domicílios (%) do total População

(%) do total Área (Km2)

Densidade (Hab/km2)

1.Sede Centro

de 01 até 06 + de 17 até 35 + 86 até 93 +98 8.014 43,72% 27.270 42,45% 9,227 2.955,33

2. Sede Sul 07 até 16 + 75 + 83 até 85 3.277 17,88% 11.799 18,37% 2,585 4.564,81

3. Sede Norte de 36 até 52+ 82 + 94 3.793 20,69% 13.484 20,99% 25,202 535,03

4. Colônia Rio Fundo +Cazuza + Araçá 66 208 1,13% 788 1,23% 28,656 27,50

5. Colônia Entre Rios 65 183 1,00% 683 1,06% 1,345 507,69

6. Estâncinha 64 117 0,64% 412 0,64% 0,314 1.312,72

7. Mato Grosso 63 183 1,00% 622 0,97% 48,241 12,89

8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim, São José, Saco do Barbosa) 80 165 0,90% 574 0,89% 24,243 23,68

9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 79 221 1,21% 785 1,22% 47,434 16,55

10. Vertentes 81 41 0,22% 147 0,23% 0,220 668,63

11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 67 134 0,73% 506 0,79% 29,358 17,24

12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 70 111 0,61% 387 0,60% 46,257 8,37

13. Farnaval + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 68 + 69 264 1,44% 1.067 1,66% 33,748 31,62

14. Abais 53 até 57 + 62 + 95 +97 398 2,17% 1.287 2,00% 38,688 33,27

15. Porto do Mato 58 até 61 + 73 464 2,53% 1.639 2,55% 51,031 32,12

Outros, incluindo o Rural disperso

71+72+74+76

até 78 + 96 757 4,13% 2.785 4,34% 257,487 10,82

Total 18.330 100% 64.235 100% 644,038 km2

Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Nota: Algumas localidades não estão citadas. O desenho dos setores censitários seguem perímetro estabelecido pelo IBGE e podem não delimitar-se em decorrência da ocupação humana, sobretudo nas áreas rurais.

1 A descrição do perímetro de cada um dos setores censitários podem ser encontradas no   documento   “analise  censitária”  anexo  deste  caderno de diagnóstico.

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Ressalta-se que a densidade demográfica, medida em domicílios por setor censitário é

predominante maior na Sede urbana, incluindo suas extremidades norte e Sul. Segundo a

divisão apresentada no Quadro 1.2, a densidade urbana central é em média de

2.955,33hab/km2, na extremidade norte da sede de 535,03hab/km2 e na extremidade sul de

4.564,81 hab/km2. A densidade do município, considerando todo seu território é de 104,79

hab/km2.

Mapa 1.1 Densidade domiciliar por setores censitários.

Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

29

Mapa 1.2 Situação dos setores censitários

Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

30

Mapa 1.3 Densidade populacional na Sede do município

Fonte: IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

31

1.3.2 Série histórica 1970-2014, Urbano/Rural e Taxa de Crescimento.

Além da caracterização da atual configuração populacional, apresentada no tópico anterior,

faz-se necessária a análise do histórico da população a partir da década de 1970, para que

demonstre-se o desenvolvimento da ocupação no município, e posteriormente seja realizada a

projeção demográfica futura.

Entre os anos de 1970 e 2010, a população de Estância mais que dobrou, crescendo em 129%,

passando de 28.045 para 64.409 habitantes. O ápice desse crescimento ocorreu na década de

1980, quando o crescimento médio anual foi equivalente, na média, a 1.550 pessoas/ano, o

que equivale a um crescimento de 3,52% ao ano. A maior parte deste crescimento se deu na

região urbana que passou de 28.174 habitantes em 1980 para 44.356 em 1991.

O crescimento populacional da zona Rural no período observado é quase nulo, tendendo a

estabilidade, tornando-se negativo entre os anos de 1991 e 2000, quando a população rural

decresceu de 9.513 habitantes para 8.148 habitantes. Na década seguinte no entanto, a

população rural voltou a crescer, sobretudo devido a implantação de novos Projetos de

Assentamento Rural, atingindo 6.649 habitantes em 2010. O quadro e o gráfico dispostos a

seguir apresentam estes dados.

Quadro1.3 Evolução populacional por década e crescimento médio anual

Ano População Total Média de Crescimento Anual na década

1970 28.045 2,76 %

1980 36.825 3,52 %

1991 53.869 1,02 %

2000 59.002 0,88 %

2010 64.409 -

Fonte: Censo IBGE 1970,80,91 2000 e 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 1.1 Evolução populacional urbana e rural em Estância 1970-2010

Fonte: Censo IBGE 1970,80,91 2000 e 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Na sede urbana de Estância-SE, no período observado, o principal vetor de expansão territorial

foi dado na porção norte do município, na região do Cidade Nova, que é também a região com

pior infraestrutura e cobertura de serviços urbanos atualmente, incluindo os serviços de

Saneamento Básico.

O crescimento demográfico detalhado ano a ano, para o período de 1970 até 2010,

considerando-se a situação do domicilio (urbano/rural), sexo e faixa etária é apresentado no

quadro a seguir.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro1.4 Evolução populacional por década, idade, urbano/rural e crescimento médio anual TOTAL População residente (Pessoas) População residente (Percentual) ANO 1970 1980 1991 2000 2010 1970 1980 1991 2000 2010 Total 28045 36825 53869 59002 64409 100 100 100 100 100 0 a 4 anos 4650 5764 7231 6528 5270 16,58 15,65 13,42 11,06 8,18 5 a 9 anos 4138 5316 7535 6718 5621 14,75 14,44 13,99 11,39 8,73 10 a 14 anos 3889 5019 7116 7081 6681 13,87 13,63 13,21 12 10,37 15 a 19 anos 3084 4264 5957 6972 6618 11 11,58 11,06 11,82 10,27 20 a 24 anos 2047 3178 4989 5624 6247 7,3 8,63 9,26 9,53 9,7 25 a 29 anos 1544 2318 4232 4517 5722 5,51 6,29 7,86 7,66 8,88 30 a 34 anos 1393 1822 3476 4270 5026 4,97 4,95 6,45 7,24 7,8 35 a 39 anos 1265 1574 2778 3732 4494 4,51 4,27 5,16 6,33 6,98 40 a 44 anos 1193 1412 2268 3090 4120 4,25 3,83 4,21 5,24 6,4 45 a 49 anos 1093 1234 1757 2374 3471 3,9 3,35 3,26 4,02 5,39 50 a 54 anos 984 1116 1478 2023 2976 3,51 3,03 2,74 3,43 4,62 55 a 59 anos 678 914 1302 1509 2236 2,42 2,48 2,42 2,56 3,47 60 a 64 anos 753 840 1096 1390 1822 2,68 2,28 2,03 2,36 2,83 65 a 69 anos 527 809 942 1053 1332 1,88 2,2 1,75 1,78 2,07 70 a 74 anos 386 590 690 695 1037 1,38 1,6 1,28 1,18 1,61 75 a 79 anos 146 367 455 636 774 0,52 1 0,84 1,08 1,2 80 anos ou mais 230 244 567 - - 0,82 0,66 1,05 - - 80 a 84 anos - - - 412 454 - - - 0,7 0,7 85 a 89 anos - - - 203 273 - - - 0,34 0,42 90 a 94 anos - - - 101 178 - - - 0,17 0,28 95 a 99 anos - - - 44 57 - - - 0,08 0,09 100 anos ou mais - - - 30 - - - - 0,05 - URBANO População residente (Pessoas) População residente (Percentual) ANO 1970 1980 1991 2000 2010 1970 1980 1991 2000 2010 Total 20257 28174 44356 50854 54760 72,23 76,51 82,34 86,19 85,02 0 a 4 anos 3199 4097 5792 5558 4411 11,41 11,13 10,75 9,42 6,85 5 a 9 anos 2882 3851 5984 5639 4664 10,28 10,46 11,11 9,56 7,24 10 a 14 anos 2826 3839 5706 5798 5471 10,08 10,42 10,59 9,83 8,49 15 a 19 anos 2353 3447 4909 6019 5469 8,39 9,36 9,11 10,2 8,49 20 a 24 anos 1449 2554 4219 4850 5304 5,17 6,94 7,83 8,22 8,23 25 a 29 anos 1167 1864 3624 4034 5115 4,16 5,06 6,73 6,84 7,94 30 a 34 anos 1004 1446 2977 3817 4318 3,58 3,93 5,53 6,47 6,7 35 a 39 anos 864 1199 2354 3216 3848 3,08 3,26 4,37 5,45 5,97 40 a 44 anos 907 1105 1862 2760 3590 3,23 3 3,46 4,68 5,57 45 a 49 anos 748 935 1463 1991 2895 2,67 2,54 2,72 3,37 4,5 50 a 54 anos 709 871 1180 1780 2547 2,53 2,37 2,19 3,02 3,95 55 a 59 anos 528 708 1061 1260 2002 1,88 1,92 1,97 2,14 3,11 60 a 64 anos 592 642 913 1217 1530 2,11 1,74 1,69 2,06 2,38 65 a 69 anos 400 623 802 951 1059 1,43 1,69 1,49 1,61 1,64 70 a 74 anos 322 461 597 600 945 1,15 1,25 1,11 1,02 1,47 75 a 79 anos 110 272 404 620 748 0,39 0,74 0,75 1,05 1,16 80 anos ou mais 189 220 509 - - 0,67 0,6 0,94 - - 80 a 84 anos - - - 381 385 - - - 0,65 0,6 85 a 89 anos - - - 195 245 - - - 0,33 0,38 90 a 94 anos - - - 101 157 - - - 0,17 0,24 95 a 99 anos - - - 37 57 - - - 0,06 0,09 100 anos ou mais - - - 30 - - - - 0,05 - RURAL População residente (Pessoas) População residente (Percentual) ANO 1970 1980 1991 2000 2010 1970 1980 1991 2000 2010 TOTAL 7788 8651 9513 8148 9649 27,77 23,49 17,66 13,81 14,98 0 a 4 anos 1451 1667 1439 970 860 5,17 4,53 2,67 1,64 1,33 5 a 9 anos 1256 1465 1551 1079 957 4,48 3,98 2,88 1,83 1,49 10 a 14 anos 1063 1180 1410 1283 1210 3,79 3,2 2,62 2,17 1,88 15 a 19 anos 731 817 1048 953 1149 2,61 2,22 1,95 1,62 1,78 20 a 24 anos 598 624 770 774 943 2,13 1,69 1,43 1,31 1,46 25 a 29 anos 377 454 608 483 607 1,34 1,23 1,13 0,82 0,94 30 a 34 anos 389 376 499 453 708 1,39 1,02 0,93 0,77 1,1 35 a 39 anos 401 375 424 516 646 1,43 1,02 0,79 0,88 1 40 a 44 anos 286 307 406 330 530 1,02 0,83 0,75 0,56 0,82 45 a 49 anos 345 299 294 383 576 1,23 0,81 0,55 0,65 0,89 50 a 54 anos 275 245 298 243 429 0,98 0,67 0,55 0,41 0,67 55 a 59 anos 150 206 241 248 234 0,53 0,56 0,45 0,42 0,36 60 a 64 anos 161 198 183 173 292 0,57 0,54 0,34 0,29 0,45 65 a 69 anos 127 186 140 102 273 0,45 0,51 0,26 0,17 0,42 70 a 74 anos 64 129 93 95 92 0,23 0,35 0,17 0,16 0,14 75 a 79 anos 36 95 51 16 26 0,13 0,26 0,09 0,03 0,04 80 anos ou mais 41 24 58 - - 0,15 0,07 0,11 - - 80 a 84 anos - - - 31 69 - - - 0,05 0,11 85 a 89 anos - - - 8 28 - - - 0,01 0,04 90 a 94 anos - - - - 21 - - - - 0,03 95 a 99 anos - - - 7 - - - - 0,01 - 100 anos ou mais - - - - - - - - - - Fonte: Censo IBGE 1970,80,91 2000 e 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

34

1.3.3 Pirâmide etária atual

A pirâmide etária é a maneira pela qual pode-se observar a idade e o envelhecimento da

população. A composição de sua estrutura revela a quantidade de crianças, jovens, adultos e

idosos no município. Com isso é possível prever alguns fatores de comportamento

demográfico, dentre eles o crescimento futuro e as demandas por serviços públicos de

diversas naturezas, incluindo o saneamento.

Se comparadas as composições etárias das populações do Brasil, do Sergipe e de Estância,

nota-se que o município de Estância tem comportamento semelhante ao do estado, onde há

maior concentração de população nas faixas etárias entre 10 e 24 anos, tanto de homens

quanto mulheres. Já se comparadas as situações local e estadual, com a situação brasileira,

nota-se que as populações do Sergipe e de Estância são ligeiramente mais jovens, que no

Brasil, onde a maior concentração encontra-se na faixa etária que vai dos 15 aos 34 anos.

É evidente, como exemplo deste fato, a maior concentração de mulheres brasileiras entre os

25 e 34 anos. Vê-se também que a população masculina brasileira é superior em quantidade à

população feminina até a faixa etária dos 24 anos. A partir dos 25 anos de idade a quantidade

total da população feminina passa a ser superior a masculina em todas as faixas etárias até o

fim da vida. Tais dados mostram também que a mortalidade masculina de jovens até os 24

anos é superior à feminina, este fenômeno está vinculado principalmente as altas taxas de

homicídio do pais2.

Gráfico 1.2 Pirâmide etária – Comparação entre Estância, Sergipe, 3 Brasil

fonte: IBGE Censo demografico 2010, retirado do portal IBGE Cidades.

2 Segundo a Fundação das nações unidas para a infância – Unicef, em relatório publicado em 2014, sobre dados de 2012, o Brasil é o sexto pais do mundo em taxa de homicídios de jovens e crianças de zero a dezenove anos de idade. Sendo a taxa de homicídio média no Brasil de 17 homicídios a cada 100 mil habitantes. A taxa de homicídio no estado do Sergipe passou de 23,3 no ano de 2000 para 33 em 2010. O Sergipe é o decimo primeiro estado com maior taxa de homicídios na federação.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

35

A pirâmide etária de Estância tem a maior concentração populacional na faixa etária de 10 até

14 anos, seguida pela faixa etária de 15 até 19 ano e 20 até 24 anos respectivamente,

conforme demonstra o gráfico a seguir.

Gráfico 1.3 Pirâmide etária de Estância em 2010.

Fonte: IBGE Censo demografico 2010 retirado no Portal SIDRA. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

1.3.4 População flutuante, deslocamentos em função do trabalho e turismo.

Segundo o Censo do IBGE de 2010, haviam no município 385 pessoas que exerciam trabalho

principal em mais de uma cidade do pais, 2.031 pessoas moradoras de Estância mas que

trabalhavam fora do município, formando portanto um contingente imediato de demanda

parcial de 2.416 pessoas.

Outra demanda flutuante em relação aos deslocamentos diários é a de estudantes. Em

Estância, no ano de 2010, 710 alunos frequentavam escola ou creche em outro município.

A população flutuante decorrente da atividade turística, principalmente aquela que visita a

faixa litorânea do município entre Abais até a Ponta do Saco, nos períodos de Carnaval e fim

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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de ano, e aquela que visita a cidade durante as festividades de São João, determinam o

terceiro fator de flutuação de população no munícipio que é turístico.

Tais flutuações incidem no aumento   momentâneo   do   consumo   d’agua,   geração   de   esgoto  

domiciliar e resíduos sólidos e, portanto, devem ser consideradas no momento de

dimensionamento dos sistemas de infraestrutura local.

1.3.5 Projeção de crescimento populacional até 2034

Segundo a publicação Projeção da População do Brasil por Sexo e Idade para o Período

2000/2060 e Projeção da População das Unidades da Federação por Sexo e Idade para o

período de 2000/2030, lançada pelo IBGE em agosto de 2013, a população brasileira deverá

crescer até 2042, quando deverá atingir um total de 228,4 milhões de pessoas. A partir do ano

de 2043 a população tenderá a decrescer, e em 2060, estima-se que o Brasil seja habitado por

218,2 milhões pessoas.

A população do Estado do Sergipe, estimada em um total de 2.219.574 pessoas no ano de

2014, deverá atingir o total de 2.534.193 pessoas em 2030, sendo acrescida no total de

314.619 habitantes.

A Taxa de Crescimento Geométrico – TGC, atualmente fixada em 1,09%, deverá reduzir-se a

0,60% em 2030. A natalidade, medida pela Taxa Bruta de Natalidade – TBN, hoje fixada em

15,83% deverá ser de 12,37% em 2030. A Taxa Bruta de Mortalidade, hoje de 6,13% deverá ser

de 7,10% em 2030. A Taxa de mortalidade infantil deverá decrescer de 17,94 a cada 1.000

nascidos vivos, para 10,30.

Todos estes indicadores levarão ao envelhecimento da população, sendo que a idade média da

população sergipana, hoje fixada em 29,85 anos de idade, passará para 35,53 em 2030.

Considerando o comportamento estimado para a Taxa Geométrica de Crescimento do estado

do Sergipe nas próximas décadas, a população de Estância deverá atingir o total de 79.316

pessoas, ou seja, serão acrescidos 11.363 novos habitantes, entre nascidos e emigrados. O

quadro a seguir apresenta os dados de crescimento populacional por ano, estimados até o ano

de 2034.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 1.5 Projeção demográfica de Estância.

ANO Pop. Sergipe TGC Pop. Estância

2014 2.219.574 1,05% 67.953

2015 2.242.937 1,02% 68.668

2016 2.265.779 0,99% 69.368

2017 2.288.116 0,95% 70.051

2018 2.309.961 0,92% 70.720

2019 2.331.323 0,90% 71.374

2020 2.352.207 0,87% 72.014

2021 2.372.637 0,84% 72.639

2022 2.392.601 0,81% 73.250

2023 2.412.078 0,79% 73.847

2024 2.431.072 0,76% 74.428

2025 2.449.564 0,73% 74.994

2026 2.467.561 0,71% 75.545

2027 2.485.037 0,68% 76.080

2028 2.501.980 0,66% 76.599

2029 2.518.373 0,63% 77.101

2030 2.534.193 0,60% 77.585

2031 2.549.352 0,57% 78.049

2032 2.563.837 0,54% 78.493

2033 2.577.635 0,51% 78.915

2034 2.590.734 0,48% 79.316

Fonte: Projeção da população no Brasil IBGE 2014. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

38

1.4 Localização do município no Estado e na Região

Segundo a divisão territorial definida no âmbito do IBGE, o município Estância situa-se na

Mesorregião do Leste Sergipano e na Microrregião de Estância. A Mesorregião do Leste

Sergipano reúne 42 municípios do estado, incluindo todos os municípios litorâneos. A

Mesorregião se agrupa em outras 7 microrregiões, totalizando 8.028km2.

A Microrregião de Estância é formada pelos municípios de Estância, Indiaroba, Itaporanga

d’Ajuda  e  Santa  Luzia  do  Itanhy,  totalizando  área  de  2.054,5km2,  população  total  de  130.555  

habitantes e densidade média de 59,25 hab./km2 (IBGE 2013). A densidade de Estância é

portando o dobro da densidade média medida na microrregião.

Figura1.3 Mesorregião do Leste sergipano e Microrregião de Estância.

Fonte: Base cartográfica vetorial do IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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1.4.1 Distancias entre pontos de maior população na cidade.

Os pontos onde se concentram a população de Estância, como visto anteriormente nos

quadros 1.1 e 1.2, são a Sede, seguidas das regiões litorâneas de Abaís e das áreas de maré de

Riboleirinha e Porto do Mato. Estes estão conectados, a partir da sede, pelo eixo das rodovias

BR101, SE470 e SE100. Além dos pontos citados, existem ainda, pelo menos 15 localidades

entre povoados, colônias, e 11 assentamentos Rurais.

Os dois maiores pontos de densidade demográfica do município (Sede e Abaís) estão distantes

36km, mediados pelas rodovias BR-101, SE-470 e SE-100.

O ponto mais distante da sede com grande aglomeração populacional, para deslocamento, é a

região de Porto do Mato, distante a 48km.

O município possui em sua rede viária rodovias federais, rodovias estaduais e estradas vicinais.

Não há leito férreo no município, sendo que o ponto mais próximo está situado no extremo

norte, próximo a localidade da Colônia Rio Fundo.

O mapa a seguir apresenta a estrutura viária do município, sua sede, localidades e

assentamento rurais.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 1.4 Sede urbana, localidades, assentamentos rurais, vias de acesso e hidrografia.

Fonte: IBGE 2010

Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

41

1.4.2 Distâncias entre Estância e cidades vizinhas.

Como visto no mapa anterior, Estância tem como cidades de maior porte no Sergipe, os

municipios de Aracaju, Itabaiana e Lagarto, todas ao norte do municipio, distantes 70km,

109km e 65km respectivamente. O principal eixo viario do estado é formado pelas Rodovias

BR101 e BR235, que cortam latitudinal e longitudinalmente o estado. O mapa a seguir

apresenta tal configuração.

Mapa 1.5 Vias de acesso e áreas urbanizadas no estado do Sergipe.

Fonte: IBGE 2010, DNIT 2014, DEIRS 2014

Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro1.6 Distância entre Estância e cidades no entorno até 100km

Aracaju 67km BR-101; BR-235

Aráua 32Km BR-101; SE-285

Boquim 26km BR-101; SE-282; SE-160

Conde 81,9km BA-233; BA-099; SE-318

Itaporanga  d’Ajuda 38km BR-101;

Indiaroba 32km BR-101; SE-368; SE-100

Jandaíra 69,8km BA-396; BR-101

Lagarto 63km BR-101; SE-282; SE-160; SE-270

Rio Real 74,2km BA-396; BR-101

Santa Luzia do Itanhy 10km BR-101; SE-368

Umbaúba 32km BR-101

Fonte: Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe – DEIRS e Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes – DNIT 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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1.5 Caracterização socioeconômica.

A caraterização socioeconômica geral do município de Estância será composta de alguns

índices e estatísticas que servirão de parâmetro para situar o município em relação

comparativa com as realidades do Sergipe e do Brasil. Interessa ao tópico presente, descrever

características de Desenvolvimento Humano, Renda, Mortalidade Infantil e Expectativa de

Vida.

1.5.1 Índice de Desenvolvimento Humano, PIB e PIB per capita

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM3 de Estância em 2010, segundo o

Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas-PNUD(2013), era de 0,647. Índice

considerado médio, colocando-o em 6º lugar no ranking de desenvolvimento humano do

estado de Sergipe, atrás apenas das cidades de Aracaju, São Cristóvão, Propriá, e Barra dos

Coqueiros respectivamente. Em relação ao Brasil, Estância está na 3172ª posição de um total

de 5565 municípios.

Os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal vem crescendo substancialmente nas

últimas três décadas em todo o pais, e nos últimos 15 anos no nordeste. Em Estância esta

evolução é notável: Em 1991 o IDHM do município era de 0,374, e passou para 0,479(2000),

chegando aos atuais 0,647(2010), ou seja, em aproximadamente 25 anos o município passou

do Índice muito baixo para o índice alto.

O Estado do Sergipe não tinha nenhum município com IDHM considerado Muito Alto (acima de

8), apenas Aracaju figurava dentre os municípios com IDHM Alto (entre 0,7 e 0,799), 31

municípios, assim como Estância, estavam classificados como Médios (0,600 a 0,699), 43

municípios estavam classificados como Baixo (0,500 a 0,599) e nenhum município classificado

como Muito Baixo.

3 O IDH é uma medida usada para classificar cidades e países de acordo com seu grau de desenvolvimento humano. O índice é composto pela Expectativa de Vida ao Nascer, Educação e PIB per capita. A Organização das Nações Unidas-ONU, classifica anualmente o ranking dos países membros.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

44

Figura 1.4 IDHM no Estado do Sergipe 2010.

Fonte: IBGE 2010 retirado do Portal IBGE CIDADES

Vale ressaltar que para esse Diagnóstico, o IDHM será entendido apenas como um parâmetro

de referência para localização do município na situação estadual, uma vez que o Índice pode

mascarar diversos fatores da realidade. Por exemplo, a distribuição de renda e o Saneamento

Básico não figuram como fontes diretas de medição, sendo apenas indiretamente influente a

medida que interfere na Expectativa de Vida ao Nascer, que é um dos parâmetro este incluído

na composição do índice.

O Produto Interno Bruto – PIB per capita a preços correntes de Estância, no ano de 2011, era

de R$17.470,64 (IBGE), estando acima da média estadual. No mesmo ano, o estado do Sergipe

tinha PIB Per capita médio de R$12.536(IBGE), colocando-o como 17º estado de maior PIB per

capita dentre as 27 Unidades da Federação-UF. A região nordeste por sua vez apresenta o

menor PIB per capita do Brasil.

No estado do Sergipe o município de Estância tem o 7º maior PIB per capita. São fatores que

elevam este índice, os royalties de petróleo4 e atividade do polo industrial local industrial. Em

4 Os royalties de petróleo serão assunto de capitulo futuro, onde se avaliara a importância dos recursos advindos dessa fonte para o financiamento de politicas públicas municipais, incluindo o saneamento básico

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

45

todos os outros municípios de PIB elevado, estes fatores são reincidentes. Em Laranjeiras,

cidade de maior PIB per capita do estado, a atividade industrial (Petrobrás/Fafen, Votorantim,

e Usinas de Álcool e açúcar) compõem o Produto Interno. Em Canindé de São Francisco,

segundo maior PIB Per capita do estado, a atividade de geração de energia hidroelétrica eleva

o índice local. O quadro abaixo apresenta os dez maiores PIB perca pita do estado.

Quadro 1.7 Dez maiores PIB Per capita do Sergipe em R$ correntes.

Cidade PIB Per Capita

Laranjeiras 47.506,66

Canindé de São Francisco 46.951,85

Carmópolis 39.331,45

Divina Pastora 38.957,87

Japaratuba 28.915,52

Itaporanga  d’Ajuda 19.437,83

Estância 17.470,64

Aracaju 15.913,40

Frei Paulo 15.431,86

Maruim 14.870,75

Fonte: IBGE 2010 retirado portal IBGE CIDADES

Apesar do PIB Per capita relativamente alto, a concentração de renda existente – fator não

incorporado pelo IDH – faz com que a realidade da maior parte da população pouco tenha a

ver com o posicionamento do município nos rankings das melhores economias. Ao invés disso,

um quadro reincidente de insuficiência de renda familiar para obtenção de domicilio no

mercado formal, locado em área dotada de infraestrutura e serviços adequados, incluindo o

saneamento básico, é a realidade da maior parte das populações do estado, e do país. O

próximo tópico ira demonstrar e analisar a atual estrutura de renda da população local.

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1.5.2 Renda

A composição de renda no município (IBGE Censo 2010), vista a partir da renda domiciliar,

aponta que 61% dos domicílios, auferiam renda de até 02 salários mínimos no ano de 2010. Os

quadro e gráfico abaixo apresentam estes dados.

Quadro 1.8 Renda domiciliar em salários mínimos.

Renda Domicílios %

Domicílios particulares permanentes totais 18.215 100

sem rendimento 826 4,53%

até ½ salário mínimo 1.474 8,09%

de mais de ½ a 1 salário mínimo 3.146 17,27%

de mais de 1 a 2 salários mínimos 5.797 31,83%

de mais de 2 a 5 salários mínimos 5.042 27,68%

de mais de 5 a 10 salários mínimos 1.356 7,44%

de mais de 10 a 20 salários mínimos 376 2,06%

de mais de 20 salários mínimos 197 1,08%

Fonte: IBGE 2010 retirado portal IBGE CIDADES

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Gráfico 1.4 Composição da renda domiciliar em Estância-SE.

Fonte: IBGE 2010 retirado portal IBGE CIDADES

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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1.5.3 Educação

O município de Estância contava, no ano de 2012, com rede pública de educação composta

por: Na pré-escola, 161 docentes, dispostos em 40 estabelecimentos, onde haviam 2.077

matriculas ativas. Na rede fundamental, eram 531 docentes, lecionando em 48 escolas com

12.287 alunos. E no ensino médio eram 97 docentes, lecionando em 8 estabelecimentos para

2.704 alunos. Se compararmos a situação de Estância com a do Sergipe e do País, em relação a

proporção de docentes por alunos matriculados e estabelecimentos escolares por alunos

matriculados, notaremos que: Em relação a Pré escola o município tem um número maior de

docentes por matriculados em um número menor de pré escolas instaladas em relação ao

estado e ao país, o que indica genericamente a maior necessidade de instalação de mais pré-

escolas em relação a contratação de novos docentes. No ensino fundamental a relação de

alunos por docente, e de aluno por escolas existente, é maior nos dois casos, se comparadas as

realidades do estado e do país, indicando genericamente para a necessidade de contratação

de mais professores e construção de mais escolas fundamentais. No Ensino médio por sua vez,

o número de alunos por docente é quase o dobro das médias estadual e federal, a média de

aluno por escola está aproximadamente 10% acima, o que aponta genericamente para a alta

necessidade de contratação de docentes no ensino médio.

Quadro 1.9 Relação docentes, escolas e alunos.

Estância

Aluno/ Docente Sergipe

Aluno/ Docente Brasil

Aluno/ Docente

DOCENTES Pré-escolar 161 12,90 3246 19,57 281232 16,91

Fundamental 531 23,14 18647 19,46 1541247 19,27

Médio 97 27,88 5028 16,26 538860 15,55

ESCOLAS

Aluno/ Escola

Aluno/ Escola

Aluno/ Escola

Pré-escolar 40 52 1543 41 107791 44

Fundamental 48 256 1994 182 144705 205

Médio 8 338 264 310 27164 308

MATRICULAS

Pré-escolar 2077 - 63515 - 4754721 -

Fundamental 12287 - 362863 - 29702498 -

Médio 2704 - 81739 - 8376852 - Fonte: IBGE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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1.5.4 Mortalidade infantil, expectativa de vida ao nascer e morbidade hospitalar.

São consideradas Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI)

aquelas que podem estar associadas ao abastecimento   d’água   deficiente,   ao   esgotamento  

sanitário inadequado, a contaminação por resíduos sólidos ou as condições precárias do

domicilio.

Estas doenças estão vinculadas a diferentes tipos de transmissão, sendo eles: feco-oral, por

inseto vetor, contato com a água, relacionadas a cultura de higiene ou transmitidas por Geo-

helmintos e teníases.

Se as diversas ações possíveis para melhoria das condições de saneamento básico, forem

implantadas como forma política pública de Estado e planejada – como é o objetivo deste

PMSB – os níveis de incidência destas doenças serão gradativamente diminuídas.

Não é possível no entanto, por falta de dados, apontar qual a incidência direta destas doenças

nos índices de expectativa de vida ao nascer, mortalidade infantil e fetal e Morbidade

hospitalar. Os dados referente aos últimos aspectos citados são apresentados a seguir:

Expectativa de vida ao nascer

A expectativa de vida ao nascer, ou a esperança de vida, no Brasil apresentou aumento

substancial nas últimas décadas. Em 2000 a esperança era de 69,83 anos, já em 2014 a mesma

passou para 75,14 anos (IBGE).

Mortalidade infantil e fetal

No Município de Estância no ano de 2013 foram notificados 19 óbitos infantis e fetais

(DATASUS 2014), sendo que apenas no mês de fevereiro foram 6 mortes. Nenhuma das

mortes está vinculada a doenças infecciosas e parasitárias.

A queda da mortalidade infantil vem sendo constantemente reduzida no município, desde de

pelo menos o ano de 2008, quando o número de óbitos foi de 44. Em 2014 no entanto, até o

presente (mês de outubro) a mortalidade infantil e fetal registrou aumento, já sendo

notificados até o momento (outubro/2014) 25 óbitos infantis e fetais.

Morbidade hospitalar

Segundo o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS 2012, do

Ministério da Saúde, em 2012 ocorreram um total de 60 óbitos (28 homens e 32 mulheres) no

município de Estância. Destes 16 casos decorrentes do aparelho circulatório, 4 casos do

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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aparelho digestivo, 2 casos do aparelho geniturinário, 18 casos do aparelho respiratório, 7

casos de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, 2 casos de doenças originadas no

período perinatal, 5 casos de doenças vinculadas ao sangue, órgãos hematológicos e

transtorno imunitários, 4 casos de doenças infecciosas e parasitárias, 1 caso durante gravidez,

parto e puerpério, e um caso de neoplasia.1.6 Infraestrutura e serviços

1.6.1 Saneamento básico

O IBGE possui um indicador genérico de adequação do saneamento, o qual considera os

domicílios simultaneamente ligados à rede geral de abastecimento de água com canalização

interna, à rede geral de esgotamento sanitário ou fossa séptica e atendidos pelo sistema de

coleta de lixo domiciliar5.

Desta forma aqueles que preenchem todos os requisitos estão considerados pelo Instituto

como adequados, os que preenchem até dois requisitos estão semi-adequados, e os que não

preenchem nenhum requisito estão inadequados. Nota-se que o índice é generalista e

impreciso, uma vez que não considera as intermitências e as falhas do sistema de

abastecimento   d’água,   não   considera   o   destino   final   do   efluente   de   esgoto   domiciliar   que  

pode estar sendo despejado in-natura  nos  cursos  d’agua  e   também  não  considera  o  destino  

final dos resíduos sólidos que podem ser destinados a lixões ou à aterros não adequados.

No caso de Estância sabe-se que grande parte dos domicílios, devido o destino final dos

esgotos domiciliares, dos resíduos sólidos e às falhas e insuficiências dos sistemas de

abastecimento, e que portanto a condição de saneamento inadequado se estende por quase

todo o município.

Segundo as definições generalistas do Censo IBGE 2010, o município de Estância possuía 13,1%

dos seus domicílios particulares permanentes com saneamento adequado, 10,2% com

saneamento inadequado e outros 76,6% com saneamento semi-adequado.

Quando divido entre urbanos e rurais, tal índice indica que na zona rural apenas 2,2% tinham

saneamento adequado, 50,6% inadequado e outros 47,2% semi-adequados. Já na zona urbana

15,0% tinham saneamento adequado, 3,5% inadequado e outros 76,6% semi-adequados, ou

seja a condição do saneamento nas zonas rurais, segundo tal índice é bastante inferior a

urbana.

5 Definição  segundo  o  documento  “Notas  técnicas  do  IBGE  2010”  p.5

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Esse assunto será amplamente diagnosticado, qualitativa e quantitativamente ao longo deste

produto, nos capítulos que tratam de cada assunto especificamente (Ver capítulos 4, 5, 6 e 7).

1.6.2 Energia elétrica

Em 2010, 18.044 domicílios de Estância possuíam energia elétrica, e outros 165 não tinham.

18.035 ligações eram ligadas a rede de companhia distribuidora, destes 17.962 tinham

medidor.

1.6.3 Telefonia e comunicação

Em 2010, 15.931 moradores de Estância possuíam telefone celular, e outros 2.541 possuíam

telefone fixo. No mesmo ano, 3.932 moradores de Estância possuíam microcomputadores,

sendo que destes 2.597 possuíam acesso à internet. Sabe-se que hoje, 4 anos após a realização

do Censo o número de celulares já é bastante superior sendo que parte significativa dos

aparelhos possuem acesso à internet.

1.6.4 Pavimentação, calçada, arborização e iluminação pública

Em 2010, 12.623 domicílios situados em áreas urbanas possuíam pavimentação regular, outros

1.498 careciam desta infraestrutura, 12.575 domicílios tinham calçada em seu entorno, outros

1.546 não possuíam.

1.6.5 Transporte

No Município de Estância não há transporte coletivo, sendo a alternativa de serviço os moto-

taxis bastante utilizados na cidade, além de alguns taxis.

1.6.6 Saúde

Em Setembro de 2014, segundo DATASUS, o município de Estância contava 65

estabelecimentos de Saúde, sendo 28 públicos e 37 privados. O quadro abaixo apresenta os

totais por tipo de Estabelecimentos.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 1.10 Estabelecimentos de saúde.

Tipo de Estabelecimento Quantidade

TOTAL 65

Centro de Saúde / Unidade Básica de Saúde – UBS 14

Clínica/Ambulatório Especializado 14

Consultório 13

Unidade de Serviço de Apoio de Diagnose e Terapia 7

Posto de Saúde 4

Unidade Móvel de nível Urgência/Emergência 3

Academia de Saúde 3

Policlínica 2

Hospital Geral 2

Secretaria de Saúde 1

Centro de Atenção Psico social –CAPS 1

Farmácia 1

Fonte: Ministério da Saúde – Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde do Brasil – CNES. Consultado no DATASUS

Os serviços e infraestruturas destacados estão dispostos em todo o município, sendo maior a

concentração na sede urbana. Outros dados referentes a saúde serão novamente explorados

neste diagnóstico (ver cap. 10)

1.6.7 Habitação

Estância tem atualmente, segundo Censo IBGE, 18.330 domicílios, sendo esta a unidade

fundamental para entendimento da questão do saneamento, uma vez que a infraestrutura e

os serviços de saneamento devem ser promovidos e quantificados por domicílio. Durante este

diagnóstico, através de tópicos específicos, a cobertura de infraestrutura e serviços de

saneamento será apontada constantemente não só em referência a quantidade populacional,

mas também por numero de domicílios.

O Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS6, de Estância, instrumento de

organização e planejamento da política local de Habitação, não definiu em seu diagnóstico o

6 O PLHIS foi desenvolvido pela Prefeitura Municipal com consultoria da empresa M.C. Engenharia em 2012

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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déficit habitacional a partir de levantamento próprio, recorrendo as referências e estatísticas

publicadas pela Fundação João Pinheiro (2007) que por sua vez se baseiam nos indicadores do

Censo IBGE de 20007. Segundo tal informação, Estância possuía em 2000, 468 domicílios com

serviço/infraestrutura inadequada  de  Abastecimento  d’água,  1.983  com  serviço/infraestrutura  

inadequada de Esgotamento sanitário e 240 com serviço/infraestrutura inadequada de coleta

de lixo, totalizando 2.691 domicílios com serviços e infraestrutura inadequadas.

Como visto anteriormente (ver item 1.6.1) índices atualizados para o ano de 2010, também

serão priorizados ao longo deste documento.

1.7 Áreas de proteção ambiental

O município de Estância possui grande parte de seu perímetro dentro da Área de Proteção

Ambiental- APA Sul de Sergipe, que abrange todo o litoral do município, formando uma faixa

que segue aproximadamente 10km lineares partindo do Oceano Atlântico para o interior do

município.

O Sistema Nacional de Unidades de Conservação – SNUC, instituído pela lei nº9.985 de 18 de

julho de 2000, define como Unidade de Conservação o

“espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo águas jurisdicionais,

com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder

Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime

especial de administração, ao qual se aplicam garantia adequadas de

proteção” (Lei federal 9.985 Art.2º)

A APA Sul foi transformada em Unidade de Conservação através do Decreto nº13.468 de 1993,

limitada, ao sul, pela margem esquerda do Rio Real, na fronteira com a Bahia; ao norte, pela

margem direita do Rio Vaza-Barris; ao leste pelo Oceano Atlântico; e ao oeste por uma linha

distante 10km do litoral, totalizando área de aproximadamente 55,5km². A APA abrange ainda

os municípios de Itaporanga  d’Ajuda,  Santa  Luzia  do  Itanhy  e  Indiaroba,  inserem-se na APA as

praias de Abaís, Saco e Caueira. É característica local a presença de áreas de restingas

arbustivo-arbóreas, dunas, manguezais, lagoas perenes e enclaves da Mata Atlântica. Segundo

a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Sergipe – SEMARHA/SE

7 Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Estância 2012. Tabela 31 P.98.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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“a APA abriga biodiversidade de ambientes costeiros e de floresta estacional

semidecidual, com a ocorrência de espécies de aves limícolas e migratórias,

incluindo a presença de espécies ameaçadas, a exemplo de Pyriglena atra

(rendeira-dos-olhos-de-fogo) e do macaco-guigó (Callicebus coimbrai)”.

(www.semarh.se.gov.br/biodiversidade) <acessado em 06.09.2014>

O Decreto Estadual nº 13.468 de 21 de janeiro de 1993, definiu ainda a criação da Comissão

coordenadora da APA Sul, que deve elaborar o Plano de Manejo (Zoneamento Ecológico-

Econômico) visando o desenvolvimento sustentável observada a resolução CONAMA n.10.

Compete ainda a comissão, emitir parecer prévio ao licenciamento dos projetos públicos e

privados referentes ao parcelamento e utilização do solo, ao desenvolvimento turístico,

habitacional, industrial, agrícola, agroindustrial e outros projetos propostos para a área

territorial da APA. (Decreto nº13.468 Artigo 3º)

Sendo esta a principal legislação de proteção ambiental incidente sobre o Município de

Estância-SE, cabe ainda atentar para as diversas outras legislações incidentes sobre o

território, cabendo destaque para a legislação vigente de proteção à vegetação das margens

dos   cursos   d’agua (Código Florestal – Lei nº12.651/2012) que define uma faixa de proteção

mínima de 30m (aumentando dependendo do porte do curso d´água) e do entorno das

nascentes (50m) visando a preservação e a recomposição das matas ciliares, para proteção das

águas.

A sequência de mapas de nº1.7 até 1.10 mostrarão a seguir a evolução das perdas e ganhos de

mata no território de Estância, no período entre o ano 2000 até 2012. O mapa 19 mostra

também as áreas remanescentes de mata ciliar8.

8 ver  também  Mapa  8.1  “APPs  na  sede  urbana  de  Estância”

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 1.6 Área  de  Proteção  Ambiental  APA  Sul,  manguezais  e  cursos  d’água  

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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1.8 Análise da evolução da atividade antrópica, incluindo desmatamentos.

Mapa 1.7 Perda de mata entre 2000 e 2012

Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland  University  2013  “Results  for  time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 1.8 Perda total entre 2000 e 2012

Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland  University  2013  “Results  for  time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.

A quantidade de perda de matas no período observado é nitidamente maior na porção oeste

do município e parece estar vinculado a atividade pecuária para ampliação de pastos. Nota-se

também diversos pontos de perda de mata por todo o território, incluindo a região da APA Sul.

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Mapa 1.9 Ganho de mata entre 2000 e 2012

Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland  University  2013  “Results  for  time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

O ganho de mata no período observado é substancialmente menor que as perdas, com

destaque para o extremo oeste do território e também, pontualmente, nas proximidades da

margem leste do entroncamento da BR101 com a SE 470, nas imediações do Assentamento

Rural Edimilson Evaristo.

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Mapa 1.10 Floresta existente, ganho, perda e perda e ganho.

Fonte: Global Forest Change, Google e Department of Geografical Sciences – Maryland  University  2013  “Results  for  time-series analysis of 654,178 Landsat images. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

O mapa 10, reúne as informações de perda, ganho e ambos, somados à floresta existente.

Ressalta-se que os dados apresentados tem caráter generalista, sendo impossível identificar

qual o tipo de ocupação diretamente relacionada as perdas e ganhos de mata. Apesar disso é

possível confirmar que no município de Estância o impacto ambiental negativo de proporções

territoriais abrangentes a todo o município, avançou na última década.

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1.9 Clima, temperatura e chuvas.

Estância está localizada em região de clima tropical e úmido predominante na área litorânea e

que tende gradativamente ao tropical sub-úmido a medida que se avança para o interior do

continente. A média máxima anual é de 28ºC, e a média mínima é de 21ºC (INMET 2014).

O período de maior intensidade de chuvas, se observado o comportamento dos últimos 15

anos, concentra-se nos meses de abril à junho, com índice pluviométrico médio anual variando

entre 1.800mm e 1.300mm.

Sendo a precipitação pluviométrica medida maior na área litorânea e gradativamente menor a

medida que avança para o interior do continente. Na sede urbana a média pluviométrica está

entre 1300 e 1400mm.

O mapa e quadro a seguir apresenta o levantamento das Isoietas e do histórico de

precipitações pluviométricas observado no período de 2001 até 2013.

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Mapa 1.11 Isoietas

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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1.9.1 Série histórica de dados pluviométricos, com medias anuais e ocorrência de precipitações intensas e estiagens prolongadas, curva de intensidade e descrição de fatores especiais de influência sobre o clima.

Nas proximidades de Estância existem duas Estações meteorológicas de superfície

automáticas. Estas possuem vários sensores para leitura dos parâmetros meteorológicos de

pressão atmosférica, temperatura e umidade relativa do ar, precipitação, radiação solar,

direção e velocidade do vento. As estações estão instaladas nos municípios de Itabaianinha e

Aracaju, e podem ser consultadas com dados atualizados através da página na internet do

Instituto Nacional de Meteorologia-INMET.

Como Estância não possui estação para geração de dados na base nacional, utilizaremos os

dados presentes na base estadual, gerenciada e mantida pela Empresa de Desenvolvimento

Agropecuário do Sergipe – Emdagro, que disponibiliza dados mensais de 2001 até 2013,

apresentados a seguir.

Quadro 1.11 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013 em mm/m2

ano jan. fev. mar abr. mai. jun. jul. ago. set out nov. dez acumulado

2001 36,0 38,0 129,8 176,2 144,7 266,9 197,4 171,4 136,6 115,0 60,0 62,8 1534,8

2002 210,6 83,4 90,0 41,4 280,9 351,9 141,6 115,0 112,8 11,6 38,2 4,4 1481,8

2003 10,2 153,0 114,6 45,0 281,6 186,2 169,8 180,2 56,8 107,8 189,6 14,2 1509,0

2004 230,6 48,4 77,2 109,6 108,4 83,5 128,8 165,8 63,6 1,1 2,4 0,0 1019,4

2005 7,8 52,0 45,6 193,5 124,2 86,4 214,6 132,8 19,4 6,0 0,7 79,1 962,1

2006 22,7 56,2 31,6 169,4 279,0 456,3 333,2 93,4 180,6 75,6 61,8 6,0 1765,8

2007 20,6 116,2 277,1 193,2 332,2 221,6 172,8 156,8 124,2 25,8 13,8 26,0 1680,3

2008 80,2 42,6 199,6 187,8 306,4 147,4 183,2 97,8 51,8 26,0 0,0 7,2 1330,0

2009 11,1 188,3 9,2 87,4 643,8 173,8 87,3 184,0 37,6 61,2 1,6 3,9 1489,2

2010 23,4 94,4 92,0 549,6 271,4 323,4 254,8 104,0 100,6 52,0 52,0 0,0 1917,6

2011 134,0 274,6 303,2 610,6 523,8 137,8 238,4 95,2 117,2 288,4 50,0 0,0 2773,2

2012 14,0 24,0 16,0 4,3 108,8 96,6 134,8 143,8 73,6 60,8 0,0 7,0 683,7

2013 6,0 7,3 6,0 234,0 374,0 228,1 236,4 94,5 74,0 - - - 1260,3

Fonte: Dados pluviométricos Emdagro 2001-2013

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Quadro 1.12 Dados pluviométricos máxima, média e mínima Estância 2001-2013

ano Acumulado (mm/m2) Média (mm/m2) Min (mm/m2) Max (mm/m2)

2001 1534,8 127,9 36 266,9

2002 1481,8 123,48 4,4 351,9

2003 1509 125,75 10,2 281,6

2004 1019,4 84,95 0 230,6

2005 962,1 80,175 0,7 214,6

2006 1765,8 147,15 6 333,2

2007 1680,3 140,025 26 277,1

2008 1330 110,83 0 306,4

2009 1489,2 124,1 1,6 643,8

2010 1917,6 159,8 0 323,4

2011 2773,2 231,1 0 610,6

2012 683,7 56,975 0 143,8

2013 1260,3 140,0 6 374

Fonte: Dados pluviométricos Emdagro 2001-2013

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Gráfico 1.5 Dados pluviométricos mensais Estância 2001-2013

Fonte: Dados pluviométricos Emdagro 2001-2013 Elaboração: Risco arquitetura Urbana 2014

Os dados apresentados anteriormente apontam o ano de 2011 como de maior acúmulo

pluviométrico dos últimos 13 anos, já em 2012, ano seguinte, foi registrada a menor média

anual (56,97mm/m2). Chama atenção portanto que nos anos recentes o comportamento das

chuvas tendem a maior irregularidade, atingindo altos picos nos meses de março e abril, e

obtendo grande variação nas médias se tornando irregular. No gráfico tal leitura é evidente. As

linhas mais escuras representam o início do período observado, não ultrapassando os 300mm

mensais, enquanto as linhas mais claras apresentam grandes variações tendo meses nulos e

outros com alta incidência de chuvas.

A instabilidade climática é fator cada vez mais presente das cidades e decorrentes do impacto

ambiental e da ação antrópica sobre o meio ambiente.

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1.10 Meio Físico (cartografia)

Mapa 1.12 Topografia com curvas em intervalo de 10m.

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 1.13 Geologia Estância.

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2015

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 1.14 Geologia Sergipe.

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Mapa 1.15 Hipsometria

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012

Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Mapa 1.16 Bacia Hidrográfica do Rio Piaui.

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Mapa 1.17 Bacias Hidrográficas do estado do Sergipe

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012

Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Segundo o Comitê da Bacia do Rio Piauí (instituído pelo decreto nº23.375 de 2005) a Bacia

Hidrográfica possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19% do território

estadual e abrange 15 municípios, com uma população de 432.000 habitantes

aproximadamente. O sistema hidrográfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo

curso  d’água  principal do rio Piauí, e por diversos afluentes de grande porte, destacando-se,

pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga

(inserido no município de Estância), e Fundo (limítrofe ao município).

Os diversos usos das águas na Bacia Hidrográfica como: irrigação, mineração, indústrias,

consumo humano e animal, pesca, turismo e lazer estão associados às atividades econômicas,

ligados aos setores privado e público, bem como, os principais sistemas hídricos, naturais e

construídos, que possibilitam o desenvolvimento da região. Essa relação direta com os

recursos hídricos acarreta problemas inerentes a quase todos os municípios brasileiros como:

lixo, esgoto a céu aberto, assoreamento de rios e córregos, pesca predatória, uso

indiscriminado de agrotóxicos, extração inadequada de minerais, desmatamento e problemas

relacionados à destinação inadequada dos resíduos industriais.

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Mapa 1.18 Geomorfologia.

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Mapa 1.19 Uso do Solo.

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Mapa 1.20 Aquíferos.

Fonte: IBGE 2010 SEMARH/SE 2012 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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O Município de Estância tem 3 Estações de monitoramento fluvial superficiais operadas pela

SEMARH/SE, situadas no Rio Biriba, Riachão e Rio Calumbí/Quebradas, e 1 Estação operada

pela Agência das Águas – ANA situada no Piauitinga. Para este diagnóstico apenas foi possível

acessar os dados da ANA.

A estação localizada no Rio Piauitinga, na bacia do Piauí e está a 20 metros do nível do mar e

tem área de drenagem de 440km2.

A operação da estação teve início em 1949, e dados recentes de 2014 mediram no ponto

vazão máxima de 323m3/s, vazão média de 5,7m3/s, Vazão mínima de 0,2 m3/2 e Q90= a

1.1m3/s.

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1.11 Perfil industrial

Estância foi figura de vanguarda no processo de industrialização do nordeste e do estado do

Sergipe, e se consolida hoje como um dos principais polos industriais do Estado, ocupando

espaço fundamental e estratégico para a economia regional.

O primeiro ciclo industrial de Estância foi vinculado à indústria do tecido, ainda no séc. XIX com

a implantação da Fábrica de Tecidos Santa Cruz no ano de 1881, as margens do Rio Piauitinga.

A fábrica incorporou a energia hidráulica para movimentação dos teares, e junto a isso,

construiu uma unidade geradora de energia elétrica. Outra fábrica pertencente ao primeiro

ciclo industrial do município, é a Fábrica Senhor do Bonfim, implantada no ano de 1916, a

Fábrica de Charutos Walkiria em 1929, entre outras, tornando Estância uma cidade de

vanguarda no cenário estadual e nacional. (Melo et al UFS 2013).

Na década de 1960, com novo ciclo de industrialização da região nordeste, impulsionado pelo

conjunto de incentivos fiscais e financeiros do Sistema 34/18 do Fundo de Investimentos do

Nordeste - FINOR9, Estância seria uma das cidades protagonistas da reinserção industrial do

nordeste perante o Brasil, retirando o estado do Sergipe de uma situação de profunda

defasagem industrial em relação ao restante do país.

A criação do Distrito Industrial de Estância - DIE em 1974, em consonância com o corrente

Plano Nacional de Desenvolvimento, consolidaria a vocação industrial do município.

1.11.1 Industrias existentes

Estância produz aproximadamente 9,46% do Produto industrial do Sergipe (FIES 2010), e tem

11910 unidades   industriais   de   diversos   portes,   sendo   50   delas   “contatadas   e   cadastradas”   e  

outras  69  “à  contatar”,  segundo  cadastro  disponível  no  site  da  Fundação em outubro de 2014

(FIES 2014).

Os segmentos de atuação e os portes das unidades industriais instaladas em Estância são

bastante diversificados, cabendo destaque aos segmentos de bebida (incluindo sucos, cerveja

e água), agroindústria, cosméticos e têxtil.

Atualmente se destacam como grandes indústrias instaladas, a Crown (embalagens), Ambev

(cervejas e chope), Água Mineral Entre Rios (água envasada), Indústrias CIT (Consórcio

9 Caderno de Estudos Sociais Recife, v.11 n.1, p.117-140 jan/jun1995 10 Cadastro de unidades industriais da FIES acessado em Setembro de 2014.

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Industrial Têxtil), Maranata (Sucos), TropFruit (Sucos), Sulgipe (Energia Elétrica), e em processo

de instalação a Saint Goban (Vidros).

Cada um destes segmentos industriais produz um diferente tipo composto de efluente, mas

todos eles dependem da abundância de água para sua instalação e produção, em decorrência

disso, todos eles devolverão de alguma maneira, adequada ou não, parte dos efluentes

gerados, ao sistema hídrico local.

As tabelas apresentadas a seguir, citam todas as 119 industrias implantadas em Estância,

segundo cadastro da FIES.

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1.11.2 Tipos de efluentes gerados

Todo o setor industrial necessita de tratamento especifico individual para seus efluentes,

garantindo o tratamento da carga poluidora antes do seu lançamento no corpo de água

receptor. Esse tratamento deverá ser garantido pela indústria através da utilização de uma ETE

e/ou outra solução adequada as normas de despejo de efluentes, que deverá atender a

resolução CONAMA nº357/200511.

Destacam-se no município de Estância os efluentes gerados pelas indústrias da cerveja, do

suco e do setor têxtil.

Efluente industrial do setor têxtil

O uso da água é fator central na produção têxtil, onde todos os processos de tingimento e

lavagem  demandam  grande  volume  d’água,  o  que  torna  o  setor  um  dos  maiores  consumidores  

de água da indústria. Estima-se que em média sejam utilizados entre 120 e 180 litros por m2

de tecido acabado.

A indústria têxtil caracteriza-se ainda por possuir efluentes de alta complexidade de

composição físico-química e biológica - uma vez que cada tipo de fibra e tecido receberá um

diferente processo de tingimento - e pelo grande volume de efluente gerado com alto índice

poluentes químicos, já que até 90% dos componentes químicos serão descartados ao fim do

tingimento. (Silva Filho, 1994 apud Souto Silva 2007)

Destacam-se como produtos químicos utilizados os corantes (que podem ter as seguintes

classes: solúveis em água, reativos, ácidos básicos, diretos, metalíferos, insolúveis em água, a

cuba, ao enxofre, azoicos, dispersos, pigmentos e oxidantes), agentes tensoativos e outros

compostos que incluem metal pesado.

A descoloração dos efluentes do processo de tingimento é complexa e demanda a combinação

adequada de tratamentos por processos físico-químicos e biológicos. Dentre os tipos de

tratamento possíveis, incluem-se a Oxidação biológica, a Oxidação química (Cloro ou Ozônio),

a Oxidação Fotoquímica (fotodegradação por raios U.V.), e o Tratamento de clarificação

(floculação e decantação dos corantes insolúveis através de coagulantes).

11 Resolução CONAMA alterada pelas resoluções 410/2009 e 430/2011. O Art. 10. da Resolução estabelece os valores máximos para os parâmetros relacionados a cada uma das classes de enquadramento. A seção II indica os Padrões para Classe 1 – Água Doce, que é a principal forma de despejo de efluentes industriais em Estância.

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Efluentes industriais do setor cervejeiro

A cerveja e o chope são produtos que tem em sua composição final 95% de água. A produção

de cada litro de cerveja no processo industrial consome em média, entre 4 e 10 litros de

água12, gerando efluente com valores moderados ou elevados de carga orgânica e sólidos em

suspensão (de 1.200 a 3.000 mg/l de DBO, e de 100 a 800 mg/l de sólidos suspensos).

Havendo processo de lavagem de garrafas retornáveis na planta industrial, em máquina

lavadora de garrafa, adiciona-se ainda o uso intensivo de água, gerando comumente como

resíduos, a pasta celulósica (cola, papel e vidro), e os efluentes do liquido de lavagem,

contendo solução alcalina (soda) e detergente.

Na indústria cervejeira do Brasil é comum o uso de sistemas de limpeza Clean in Place-CIP, que

opera na seguinte sequência: enxágue, lavagem alcalina (solução de soda), enxague, lavagem

ácida (ácido nítrico) e enxague. Quando a necessidade de desinfecção, utiliza-se hipoclorito de

sódio. Os efluentes de uma lavagem tem potencial de reutilização no mesmo processo de até 6

vezes.

Genericamente, segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB

(2005)13, as plantas industriais do setor devem conter uma primeira fase de pré-tratamento

com neutralização e equalização, e um sistema de tratamento biológico (muitas vezes

integrando etapas anaeróbias e aeróbias), sendo que o lodo gerado no tratamento necessita

de uma destinação exclusiva.

Algumas plantas industriais cervejeiras do pais já possuem sistema de reaproveitamento de

biogás gerado na etapa de tratamento anaeróbio, da ETE localizada na indústria. Este biogás

geralmente é empregado nas caldeiras da fábrica.

12 Dados da Associação Brasileira da Indústria da Cerveja-CervBrasil apontam para 4,5 l consumidos por litro gerado, esta organização que agrega 96% do mercado através das quatro maiores fabricantes de cerveja no país – Ambev, Brasil Kirin, Grupo Petrópolis e Heineken. Já a CETESB indica que este valor varia hoje no Brasil de 4l até 10l por litro gerado. A indústria europeia de cerveja opera com o uso máximo de 8l. por litro produzido. 13 Documento Cervejas e Refrigerantes. Série P+L

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Efluentes industriais do setor produtor de Sucos

Os efluentes da indústria do suco em estado bruto contém alto índice de compostos orgânicos

(em média, entre 1.800 e 3.200 mg/l de DBO). No entanto, após tratados da maneira correta, a

concentração cai para de 35 a 380 mg/l)14

Dentre eles, está presente na casca da laranja e do limão o componente d-limoneno,

responsável pelo odor recorrente no entorno das plantas industriais de suco cítrico. Esta

substancia, que também pode ser considerado um dos subprodutos da cadeia de produção,

pode prejudicar significativamente o tratamento do efluente uma vez que a substancia é

bacteriostático, inibindo o crescimento de bactérias e levando a anaerobiose e emissão de

ácido sulfúrico.

Os sistemas mais comuns no tratamento dos efluentes da indústria do suco são os biológicos,

de lodo ativado e lagoas.

Os resíduos sólidos orgânicos do processo (polpa, sementes, bagaço e casca) são subprodutos

comumente direcionados a fábrica de ração. O descarte é composto portanto do lodo

industrial e das cinzas das caldeiras.

Segundo a base de dados da SEMARH/SRH, de maio de 2012, o município de Estância-SE

possui três pontos cadastrados com lançamento de efluentes. Sendo eles de origem da Arum

Produtora de Embalagens do Sergipe LTDA, no manancial Rio das Quebradas, da Companhia

de Bebida das Américas – Ambev, no manancial Rio Fundo e da 13 de maio engenharia e

construção LTDA, no manancial do Rio Piaui. Apesar da limitação do citado cadastro, sabe-se

da existência de inúmeras outras fontes de efluentes industriais, que segundo cadastro de

unidades da FIES, aproxima-se de ao menos 120 fontes no município. O capitulo especifico

sobre os efluentes de esgoto deste caderno, voltará a explorar o assunto.

14 CETESB Documento Sucos Citricos. Série P+L. p.27

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1.11.3 Previsão de expansão industrial e demanda por utilização de serviços públicos de

saneamento.

Em decorrência da vocação industrial histórica da cidade, e da existência do Distrito Industrial

de Estância-DIE, a expansão industrial é uma constante.

No momento de redação deste trabalho, a Secretária Municipal de Estância trabalhava em

negociação para a implantação de planta industrial da Saint Gobain, o processo aponta para a

atual rotina existente e necessária à implantação de novas industrias.

Os serviços e infraestruturas coletivas de saneamento, na maioria dos casos das industrias

sobretudo aquelas de médio e grande porte, são substituídos por soluções próprias, para

abastecimento de água e tratamento de efluentes. Nestes casos, cabe ao município e aos

demais órgãos públicos reguladores, o licenciamento e a fiscalização.

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1.12 Outorgas

Segundo a SEMARH/SE, em maio de 2012, haviam no município 19 outorgas emitidas para uso de águas superficiais, detalhadas nos quadros a seguir

Quadro1.13 Outorgas emitidas no município de Estância-SE

Nº PORTARIA Nº_PROTOCOLO DT_PROTOCOLO DT_OUTORGA VAZÃO_m3/h VOL_m3

_mês REQUERENTE

1 42/2007 00916/2007-5 01/08/07 20/08/07 300 9920 NEDL

2 17/2005 01859/2003-1 29/08/03 22/03/05 23.46 16889

Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Estância

3 18/2005 01861/2003-7 29/08/03 22/03/05 71.09 51182

Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Estância

4 27/2001 01928/2001-0 17/09/01 07/11/01 8 5760 Filadelfo Alexandre Silva Costa

5 fev/12 00104/2012-5 19/01/12 23/01/12 32.76 11795 Porto da Lagoa Carcinicultura Ltda.

6 abr./02 01215/2001-4 29/06/01 22/03/02 3.6 1058.4 Edma de Andrade de Santana

7 fev./10 01261/2009-8 11/12/09 19/01/10 32.76 11795 Porto da Lagoa Carcinicultura Ltda.

8 21/2003 00363/2003-0 18/02/03 09/04/03 6.3 2778 José Araújo de Santana

9 61/2005 00625/2005-1 08/04/05 21/12/05 19.75 9481 Dumar Brasil Ltda.

10 32/2006 02283/2005-5 25/11/05 13/03/06 96.7 29010 Vannamar Agroindústria Ltda.

11 34/2006 01812/2005-1 15/09/05 20/03/06 173 124486

Aquasesa - Aquicultura Sergipana S/A

12 33/2003 01019/2003-3 16/05/03 19/08/03 179.58 129295

Aquasesa - Aquicultura Sergipana S.A.

13 76/2010 00860/2010-1 24/09/10 20/10/10 8 3744 Consórcio QGDC

14 77/2010 00857/2010-1 24/09/10 20/10/10 8 3744 Consórcio QGDC

15 fev./04 01860/2003-2 29/08/03 28/01/04 543 342090

Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Estância

16 jul./04 00768/2003-4 09/04/03 16/03/04 26.01 18727 Carlos Alberto Góis Mendonça

17 abr./11 00135/2011-2 01/02/11 05/05/11 90 64800

Arumé Produtora de Embalagens do Sergipe Ltda.

18 31/2007 00323/2007-9 11/04/07 11/05/07 10 3600 NEDL

19 mai./11 00910/2010-6 20/12/10 05/05/11 360 259200

Companhia de Bebidas das Américas-AMBEV

Fonte: SEMARH maio 2012 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

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Quadro1.13 Outorgas emitidas no município de Estância-SE (continuação)

Nº MANANCIAL Tipo UTM_N UTM_L FINALIDADE

1 Rio Piauí Sup 8752520 671624 Outros Usos

2 Rio Biriba I Sup 8757722 673526 Abastecimento Público

3 Rio Biriba II Sup 8758204 674738 Abastecimento Público

4 Rio Fundo Sup 8749958 680993 Aquicultura

5 Rio Fundo Sup 8750938 681906 Aquicultura

6 Riacho Águas Claras Sup 8768696 678262 Irrigação

7 Rio Fundo Sup 8750938 681906 Aquicultura

8 Riacho Muculunduba Sup 8761375 675577 Irrigação

9 Rio Fundo Sup 8750918 681915 Aquicultura

10 Rio Mudo Sup 8751796 681775 Aquicultura

11 Rio Mudo Sup 8752876 684605 Aquicultura

12 Rio Fundo Sup 8752876 684605 Aquicultura

13 Rio Fundo Sup 8774935 678532 Outros Usos

14 Riacho dos Macacos Sup 8773737 677532 Outros Usos

15 Rio Piauitinga Sup 8754518 670022 Abastecimento Público

16 Rio Muculunduba Sup 8752340 682285 Aquicultura

17 Rio das Quebradas Sup 8770012 676480 Abastecimento Industrial

18 Rio Piauí Sup 8752428 671563 Outros Usos

19 Rio Fundo Sup 8766184 681448 Abastecimento Industrial Fonte: SEMARH maio 2012 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Ao todo, a vazão outorgada é estimada em 1.500 m3/h ou 1.098.296 m3/mês. O SAAE tem três outorgas para abastecimento público de água. Sendo elas situadas nos Rios Piauitinga, Biriba I e Biriba II.

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1.13 Consolidação cartográfica das informações socioeconômicas, físico territorial e

ambiental disponíveis sobre o município e a região.

Como parte da elaboração deste diagnóstico, todas as informações socioeconômicas,

censitárias, físico territorial e ambientais reunidas nesta etapa do trabalho encontram-se

georreferenciadas no software livre Quantum GIS. Uma parte significativa destas informações

gerou o anexo de mapas em formato A3 (ver anexos)15.

15 Os mapas também estarão disponíveis na página do projeto (www.pmsbestancia.org)

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2. Situação Institucional

2.1 Legislação aplicável. Leitura normativa federal, estadual e municipal

relacionada ao Saneamento Básico e sua implicação no desenvolvimento urbano,

saúde e meio ambiente.

Para diagnóstico da condição atual do setor de saneamento, a seguir serão apresentadas

informações referentes à política publica e gestão dos serviços de saneamento básico do

município, incluindo como tópicos deste item: a legislação e instrumentos legais; as normas de

regulação e os entes responsáveis pela regulação e fiscalização bem como seu meio e forma

de atuação; os procedimentos para a avaliação sistemática de eficácia, eficiência e efetividade,

dos serviços prestados; a política de recursos humanos vinculada ao saneamento; a política

tarifária dos serviços de saneamento básico; Instrumentos e mecanismos de participação e

controle social na gestão política de saneamento básico; o sistema de informação sobre os

serviços de saneamento básico; e os mecanismos de cooperação com outros entes federados

para a implantação dos serviços de saneamento básico.

A questão do Saneamento Básico e todas as preocupações ambientais e de saúde pública à

população que ele implica, vem ocupando nos últimos anos, o centro das discussões

vinculadas ao planejamento urbano territorial nas esferas Federal, Estadual e Municipal.

Marco fundamental e ponto de partida deste processo foi a elaboração do Plano Nacional de

Saneamento Básico, estabelecido, com o advento da lei n. 11.445/07, que considera o conceito

de Saneamento Básico como o conjunto de serviços de infraestruturas e instalações de

abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais.

Além disso, a lei também definiu as competências dos diversos agentes envolvidos no

planejamento e execução da política federal de Saneamento Básico no Brasil, atribuindo ao

Ministério das Cidades, a responsabilidade pela elaboração do Plano Nacional de Saneamento

Básico (Plansab). Associado a isto, o país assumiu, junto à ONU (Organização das Nações

Unidas), através do Decreto n. 6.942/09, o compromisso de reduzir pela metade a proporção

de habitantes que não contam com Saneamento Básico até o ano de 2015.

A lei destaca ainda outros aspectos   relevantes   como  a  questão  da   “sustentabilidade”   (tanto  

ambiental como econômica), a gestão associada (por convênios de cooperação ou consórcio

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público), as necessidades de se estabelecer os deveres e direitos básicos dos usuários, as

prioridades de ação e o controle social dos serviços.

No  contexto  da  política  pública  nacional,  vale  destacar  a  lei  n.  9.795/99,  denominada  “Política  

Nacional   de   Educação   Ambiental”,   onde   se   constatou   a   importância   eminente   de   uma  

conscientização junto à população.

Figuram ainda diversas outras leis federais e resoluções do Conselho Nacional de Meio

Ambiente - CONAMA, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que também estabelece

normas referentes ao Saneamento Básico.

Em relação aos resíduos sólidos, deve-se mencionar a recente Lei n. 12.305/10, que institui a

“Política   Nacional   de   Resíduos   Sólidos”,   a   qual   estabelece   diretrizes   relativas   à   gestão  

integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, às responsabilidades dos geradores e do

poder público e aos instrumentos econômicos a serem aplicados.

Entre outros aspectos, a Lei de resíduos determina que todas as administrações públicas

municipais, indistintamente do seu porte e localização, deveriam construir aterros sanitários e

encerrarem as atividades dos lixões e aterros controlados, até 02/08/2014, substituindo-os por

aterros sanitários ou industriais, onde só poderão ser depositados resíduos sem possibilidade

de reciclagem e reaproveitamento, obrigando também a compostagem dos resíduos

orgânicos. Tal questão é emergencial em Estância, onde existe um grande lixão com trabalho

humano além de diversos pontos de acumulo de lixo nas áreas urbana e rural, onde ocorre o

depósito irregular dos resíduos sólidos.

Recentemente, o texto da Medida Provisória-MP 651/14, aprovado pela Câmara Nacional dos

deputados, amplia o prazo de instalação dos aterros sanitários para 201816. Na Medida

Provisória ficaria prorrogado também o prazo para elaboração dos Planos municipais e

estaduais de resíduos sólidos, requisito obrigatório para aquisição de convênios federais no

setor. A MP depende ainda de sanção do executivo, e portanto ainda é possível que

municípios que não cumpriram a meta sofram sanções e até multas pela não adequação da

destinação dos seus resíduos e implantação de aterro sanitário.

A Lei 12.305/10 obriga ainda o setor da construção civil a dar destinação final ambientalmente

adequada aos resíduos de construção e demolição (RCD), não podendo mais encaminhá-los

aos aterros.

16 Recentemente foi vetada a prorrogação de prazo para implantação dos aterros sanitários.

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No que se refere aos instrumentos e normativas Estaduais, consequentes das exigências

Federais, destaca-se   o   “Plano   Estadual   de   Recursos   Hídricos   de   Sergipe”   (PERH-SE),

desenvolvido pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH),

no âmbito do Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (PROÁGUA).

Neste, programas, ações e metas são elencados para se tratar dos aspectos referentes aos

recursos hídricos em todo o Estado, num período compreendido entre 2010 e 2025, com

recursos estimados de até R$ 4 bilhões, advindos, entre outros, do Ministério de Ciência e

Tecnologia (MCT), Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Ministério de Integração

Nacional (MI), Ministério das Cidades (MC); Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), Agência

Nacional de Águas (ANA), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura, Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Banco do Nordeste do Brasil

(BNB), além de recursos Estaduais.

O Plano da Bacia Hidrográfica do Piauí, em seu diagnóstico publicado em abril de 2010 define

que

“na bacia do Rio Piauí, estão localizados em sua totalidade seis municípios. Nessa

bacia 53,0% dos municípios estão com a taxa de urbanização acima de 50,0%, sendo

os municípios de Estância 85,0 % urbanizado e Pedrinhas com 73,0% de urbanização.

Os municípios que apresentaram baixas taxas de urbanização são os seguintes: Santa

Luzia do Itanhy com 22,7% de urbanização e Riachão do Dantas com 23,0 % de

urbanização. Para essa bacia realizou-se um estudo demográfico com base nos

dados levantados pelo IBGE nos censos de 1980, 1991 e 2000 e na contagem de

população do ano de 1996 e de 2007”. (Diagnóstico do PBH Piauí p.5)

O diagnóstico do Plano em questão, definiu área que incide sobre a porção oeste do município

de Estância como potencial para agricultura e pastagem. O mapa a seguir, retirado do Plano

ilustra tal apontamento.

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Mapa 2.1 PBH Rio Piauí – Uso Potencial dos Solos

Fonte: Plano de Bacia Hidrógrafica Piaui, 2010.

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Quadro 2.1 Síntese das leis, decretos e resoluções vinculadas ao Saneamento Básico.

Abrangência Nº / Ano Conteúdo

Federal Lei nº 11.445/2007 Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.

Lei nº 12.305/10 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos

Decreto nº 7.217/07 Regulamenta lei n.11.445, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico.

Decreto nº 4.281/02 Regulamenta lei n.9.759, que institui a Política Nacional de Educação Ambiental.

Lei nº 9.433/97 Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Decreto nº2612/98 Regulamenta o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, e dá outras providências.

Estadual Lei nº3.870 Dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, cria Fundo Estadual de Recursos Hídricos e o Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Lei nº6882/10 Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Estadual de Educação Ambiental.

Lei nº5.857/2006 Dispõe sobre a Política Estadual de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Municipal Lei orgânica de 1990 Lei orgânica de Estância

Lei Complementar 17/2008 Código de Obras

Lei Complementar 18/2008 Código de Meio Ambiente

Lei Complementar 31/2013 Plano Diretor

Lei nº1569/2012 Ratifica inclusão no consorcio público de saneamento básico do sul e centro sul do Sergipe.

Lei 1647/2013 Nomeia Conselho municipal de Meio Ambiente

Decreto º 6.483 de 14 de maio de 2014

Cria os comitês de Saneamento Básico

Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Nota: Considerou-se o conjunto de leis de maior relevância, que determinam diretamente as políticas de Saneamento Básico ou que se relacionam com o tema.

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2.2 Normas de fiscalização e regulação. Ente responsável, meios e procedimentos

para sua atuação

Além do conjunto da Legislação vigente, abordado no item anterior, que da base para o

funcionamento da política de saneamento, é importante ainda destacar o conjunto de Normas

Técnicas existentes que incidem sobre os sistemas de abastecimento de agua, esgotamento

sanitário, e de resíduos sólidos, permitindo a leitura técnica especifica, lançando padrões de

normatização para uso e manuseio de materiais e dimensionamento que incidem sobre o

projeto de infraestrutura, cabendo aos entes responsáveis pela gestão dos serviços locais -

SAAE e DESO – a adequada prestação de serviços.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT determina as seguintes normas vinculadas

aos temas específicos17:

2.2.1  Normas  para  sistemas  de  abastecimento  d’água

▪ NBR 09650 – Verificação de estanqueidade no assentamento de adutoras e redes de água.

▪ NBR 10156 – Desinfecção de tubulações de sistema público de abastecimento de água.

▪ NBR 12211 – Estudo de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água.

▪ NBR 12212 – Projeto de poço para captação de água subterrânea.

▪ NBR 12213 – Projeto de captação de água para o abastecimento público.

▪ NBR 12214 – Projeto do Sistema de bombeamento de água para o abastecimento público.

▪ NBR 12215 – Projeto de adutoras de água para o abastecimento público.

▪ NBR 12216 – Projeto de Estação de Tratamento de água para o abastecimento público.

▪ NBR 12217 – Projeto de reservatório de distribuição de água para o abastecimento público.

▪ NBR 12218 – Projeto de rede de distribuição de água para o abastecimento público.

▪ NBR 12244 – Construção de poço para captação de água subterrânea.

▪ NBR 12266 – Projeto de execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto e drenagem.

▪ NBR 12586 – Cadastro de sistema de abastecimento de água.

2.2.2 Normas para sistema de esgotamento sanitário

17 Seleção  a   partir   de   FUNASA/PAC   “Saneamento  em  município   com  população   total   de  até   50.000  habitantes”   e  Guia   de  Elaboração do PMSB – Min. Cidades 2011.

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▪ NBR 5645 – Tubo cerâmico para canalizações;

▪ NBR 7362 – Tubo de PVC rígido com junta elástica, coletor de esgoto;

▪ NBR 7367 – Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto sanitário;

▪ NBR 7663 – Tubo de ferro fundido dúctil centrifugado para canalizações sob pressão;

▪ NBR 8409 – Conexão cerâmica para canalização;

▪ NBR 8889 – Tubo de concreto simples, de seção circular, para esgoto sanitário;

▪ NBR 8890 – Tubo de concreto armado de seção circular para esgoto sanitário;

▪ NBR 9648 – Estudos de concepção de sistemas de esgoto sanitário;

▪ NBR 9649 – Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário;

▪ NBR 9814 – Execução de rede coletora de esgoto sanitário;

▪ NBR 9914 – Tubos de aço ponta e bolsa para junta elástica;

▪ NBR 12207 – Projeto de interceptores de esgoto sanitário;

▪ NBR 12208 – Projeto de estações elevatórias de esgoto sanitário;

▪ NBR 12209 – Projeto de estações de tratamento de esgoto sanitário;

▪ NBR 12266 – Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana;

▪ NBR 13133 – Execução de levantamento topográfico.

2.2.3 Normas para resíduos Sólidos

Classificação dos resíduos sólidos

▪ NBR 10.004 resíduos sólidos.

▪ NBR 12.807 resíduos de serviços de saúde, Terminologia;

▪ NBR 12.808resíduos de serviços de saúde, Classificação.

Acondicionamento

▪ NBR 9.190/ 1985 classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo;

▪ NBR 9.191/ 2000 classificação de sacos plásticos para acondicionamento de lixo;

▪ NBR 12.810/1993 procedimento de Coleta de Resíduos de Saúde;

▪ NBR 9.259 agulha hipodérmica estéril e de uso único;

▪ NBR 12.809 resíduos de Serviços de Saúde - Manuseio;

▪ NBR 13.853 coletorespararesíduosdeserviçosdesaúdeperfurantesoucortantes-Requisitos e métodos de ensaio;

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▪ NBR 12.235 armazenamento de resíduos sólidos perigosos;

▪ NBR 10.007 amostragem;

▪ NBR 10.004 classificação.

Coleta

▪ NBR 14.725 ficha de informações de segurança de produtos químicos – FISPQ ;

▪ NBR 7.500 símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Material;

▪ NBR 9.191 sacos plásticos;

▪ NBR 12.907 resíduos de serviços de saúde, terminologia;

▪ NBR 12.808 resíduos de serviços de saúde, classificação;

▪ NBR 12.809 manuseio de serviços de resíduos de saúde, procedimento;

▪ NBR 12.810 coleta de serviços de resíduos de saúde, procedimento;

▪ NBR 12.980 coleta, varrição e acondicionamento de RSU, terminologia;

Transportes

▪ NBR 13.221 transportes de resíduos

Aterro

▪ NBR 8.419 apresentação de projetos de aterros sanitários, procedimento;

▪ NBR 8.849 apresentação de projetos de aterros controlados, procedimento;

▪ NBR 9.690 mantas de polímeros para impermeabilização, PVC;

▪ NBR 10.157 aterros de resíduos perigosos;

▪ NBR 10.703 degradação do solo;

▪ NBR 7.229 projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos.

Entulho

▪ NBR 7.211 agregado para concreto.

Incineração

▪ NBR 11.175 – Incineração de Resíduos Sólidos Perigosos – Padrões de Desempenho.

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2.3 Entes responsáveis

O ente responsável pela regulação direta e fiscalização dos serviços gerais de Saneamento Básico no Município de Estância, é primordialmente a Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Obras, Transporte e Habitação, órgão que analisa, aprova e fiscaliza as obras no setor. Outros órgãos públicos e autarquias ou empresas mistas, também detém funções fiscalizadoras e executoras, em suas ações especificas, como será visto a seguir.

Em Estância a prestação de serviços de abastecimento de água e de coleta e destinação do esgoto fica dividida entre ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE e a Companhia de Desenvolvimento do Estado do Sergipe - DESO. A primeira opera os serviços da sede urbana, a segunda opera os serviços da região litorânea. Há ainda diversos pontos com pequenos sistemas rurais implantados e operados por secretarias municipais diretamente, como por exemplo os sistemas de abastecimento de água através de poços tubulares profundos implantados pela Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento.

Na região nordeste, o número de entes que operam sobre o saneamento básico - a água, o esgoto, os resíduos sólidos e a drenagem – é bastante grande, tornando a relação e coesão das ações complexas, devido sobretudo a sobreposição de funções sem a devida integração. O organograma a seguir organiza todos os órgãos que podem exercer alguma relação com os serviços de saneamento básico no estado do Sergipe.

Figura 2.1 Organograma de órgãos vinculados a politica de saneamento local.

elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Prefeitura de Estância

Secretaria de Obras Comitê Local

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3. Situação econômico-financeira dos serviços de saneamento básico

e do Município

3.1. Levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do município

O levantamento e avaliação da capacidade econômico-financeira do Município de Estância

considerou primeiramente o PIB municipal e sua comparação com outros municípios e o

Estado de Sergipe, bem como a existência dos convênios e os recursos provenientes dos

royalties da exploração do petróleo.

3.1.1. Produto Interno Bruto Municipal

O município de Estância possui, segundo dados do IBGE, o 5º maior Produto Interno Bruto

(PIB) do Estado do Sergipe, atrás de Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Laranjeiras e Canindé

de São Francisco.

Quadro 3.1 PIB a preços correntes 2011 do Sergipe (R$) e participação relativa no PIB

estadual (%)

Sergipe 26.198.908 100,00

Aracaju - SE 9.222.818 35,20

Nossa Senhora do Socorro - SE 2.119.765 8,09

Laranjeiras - SE 1.291.088 4,93

Canindé de São Francisco - SE 1.184.079 4,52

Estância - SE 1.132.534 4,32

Itabaiana - SE 906.826 3,46

Lagarto - SE 767.686 2,93

Itaporanga d'Ajuda - SE 598.646 2,29

São Cristóvão - SE 557.339 2,13

Carmópolis - SE 543.639 2,08

Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

97

Enquanto a capital, Aracaju, possui um PIB correspondente a pouco mais de um terço de todo

o Estado, Estância representa 4,32% do PIB sergipano. Esses 10 municípios listados

representam aproximadamente 70% do Produto estadual. Ou seja, 13,33% dos municípios do

Sergipe são responsáveis por 69,94% do valor adicionado no estado, enquanto 86,67% dos

municípios perfazem apenas cerca de 30% dessa mesma cifra.

A composição setorial do PIB de Estância possui diferenças em relação ao verificado para o

Sergipe como um todo. A participação do setor agropecuário é similar, 2% para o município, e

3% para o estado. Os serviços e a indústria, entretanto, apresentam diferenças mais

acentuadas. Ao passo que 52% do valor agregado de Estância provém do setor de serviços, a

participação desse setor no total PIB estadual atinge 68%. Em contrapartida, a participação

relativa da indústria no produto estanciano é de 46% e no produto sergipano de 29%. A

distribuição setorial do estado aproxima-se mais da média brasileira, com setor de serviços

com participações maiores.

Gráfico 3.1 Distribuição setorial do PIB de Sergipe e Estância 2011 (%)

Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Essa diferença na distribuição setorial para a cidade de Estância e a verificada para o Estado faz

com que a participação do produto industrial do município no produto industrial sergipano

seja mais expressiva do que dos outros setores. Em termos gerais, a economia estanciana,

corresponde a 4,32% da economia estadual, mas setorialmente, as contribuições são distintas.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

98

Gráfico 3.2 Participação dos setores nos respectivos totais estaduais 2011 (%)

Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

O gráfico deixa evidente que o setor industrial é que impulsiona a participação de Estância no

PIB do estado, tendo participação relativa próxima ao dobro das verificadas para os demais

setores.

A produção agropecuária de Estância em lavoura temporária tem como principais produções

em termos de área plantada (hectare) a mandioca (47% do total de área de lavoura

temporária), o girassol em grão (16%), milho (12,5%) e feijão em grão (11%). A maior parte

dessa produção destina-se à alimentação e abastecimento local. São culturas, em sua maioria

de fácil cultivo, sem maiores requisitos técnicos para seu cultivo.

No tocante ao valor da produção de lavoura temporária, dois produtos se destacam, somando

quase 90% do total de valor produzido nessas condições: Abacaxi (57,1%) e Mandioca (32,3%).

Nota-se que a cultura do abacaxi possui um coeficiente de valor por área cultivada muito

superior ao da mandioca, tendo 7,3% da área de cultivo, mas mais da metade do valor

produzido.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 3.2 Lavoura Temporária - Área plantada, valor da produção e participações relativas

nos totais 2010

Área

(he) (%)

Valor

(mil reais) (%)

Abacaxi 140 7,3 2.800 57,1

Amendoim 40 2,1 72 1,5

Batata - doce 15 0,8 57 1,2

Fava (em grão) 40 2,1 40 0,8

Feijão (em grão) 210 11,0 210 4,3

Fumo (em folha) 3 0,2 16 0,3

Girassol (em grão) 307 16,0 8 0,2

Mandioca 900 47,0 1.584 32,3

Melancia 20 1,0 56 1,1

Milho 240 12,5 48 1,0

Tomate 1 0,1 11 0,2

Total 1.916 100,0 4.902 100,0

Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Apresenta-se, em seguida, tabela similar para as informações da lavoura permanente. Como

esperado, as lavouras permanentes ocupam áreas maiores, mas valores de produção também

mais elevados que os das culturas de lavoura temporária. Para as lavouras permanentes as

maiores áreas correspondem também aos maiores valores de produção, destacando-se o

Coco-da-baía, com 62,6% da área total cultivada e 68,6% do valor total. Outra cultura de

destaque é a de laranja, com 32% da área de cultivo e 21,4% do valor produzido.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 3.3 Lavoura Permanente - Área plantada, valor da produção e participações relativas

nos totais 2010

Área (he) (%)

Valor

(mil reais) (%)

Banana (cacho) 124 1,5 926 2,3

Coco-da-baía 5.295 62,6 28.073 68,6

Laranja 2.702 32,0 8.754 21,4

Limão 14 0,2 52 0,1

Mamão 51 0,6 1.093 2,7

Manga 116 1,4 1.305 3,2

Maracujá 148 1,8 674 1,6

Tangerina 6 0,1 33 0,1

Total 8.456 100,0 40.910 100,0

Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

De acordo com os dados do Cadastro Central das Empresas do IBGE, Estância possuía em 2010

12 empresas atuantes no setor agropecuário sendo responsável por 122 pessoas ocupadas.

Coincidentemente esses números correspondem a 1,2% das empresas e das pessoas ocupadas

totais na cidade.

Completando a caracterização do setor agropecuário merecem ainda menção a coleta de

castanha de caju (valor de 7mil reais) e a fruta da mangaba (valor de 60mil reais), além dos

rebanhos de galos (68.865 cabeças), galinhas (54.105) e bovinos (28.000).

Para os setores industrial e de serviços lamentavelmente os dados são mais escassos para o

nível da municipalidade de Estância. O que segue são os dados disponibilizados pelo Cadastro

Central das Empresas do IBGE para 2010. Vale a nota de que alguns dados foram sigilados por

terem menos de três informantes.

O setor industrial possui 86 unidades empresariais, perfazendo 9,5% do total de empresas

levantadas pelo IBGE. Trata-se de um setor relativamente dinâmico na cidade, uma vez que

9,5% das unidades empresariais é responsável por 46% do Valor Agregado Bruto do município.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.3 Distribuição das empresas industriais de Estância 2010

Fonte: IBGE. Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

A grande maioria das empresas industriais de Estância opera na Indústria de Transformação

(70%), com as empresas de construção na segunda colocação (23%). O número de pessoas

ocupadas no setor da Indústria é de 2.755, o equivalente a 30,1% do total das pessoas

ocupadas segundo Cadastro Central das Empresas. As pessoas ocupadas na indústria se

distribuíram da seguinte forma:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.4 Estância - Distribuição do Pessoal ocupado na Indústria 2010

Fonte: IBGE – Cadastro Central das Empresas 2010. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014.

Os dados para as atividades de indústria extrativa e de eletricidade e gás foram sigilados.

Podemos ver que a atividade da indústria de transformação concentra 88% das pessoas

ocupadas na indústria em geral.

O setor de serviços, por sua vez, corresponde a 89,2% de todas as unidades empresariais na

cidade, totalizando 806 empreendimentos. A atividade com maior número de empresas é a de

“Comércio;  Reparação  de  veículos  automotores  e  motocicletas”,  com  56%,  seguida  de  “Outras  

atividades   de   serviços”   que   correspondem   a   15%,   “Alojamento   e   Alimentação”   com  

participação   percentual   de   6%   e   “Transporte,   Armazenagem   e   Correio”   com   5%.   Somadas,  

totalizam 82% do total de empresas, que se distribuem em 13 grupos de atividades18.

Em termos de pessoal ocupado no setor, o comércio mantém-se como mais expressivo, com

39% das 6.272 pessoas ocupadas ligadas a essa atividade (adicionada de reparo de automóveis

e motocicletas). A segunda posição nesse quesito é da Administração pública, com 31%, ou

seja, juntas, essas duas atividades são responsáveis por 70% do pessoal ocupado em Estância.

As atividades de Saúde e Educação, somadas correspondem a 12% do total do setor.

18 Classificadas de acordo com CNAE 2.0.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Não tendo informações disponíveis sobre a produção industrial e de serviços, propõe-se uma

aproximação do tema através dos dados de comércio exterior da Secretaria de Comércio

Exterior (SECEX). Decidiu-se manter para a análise o ano de 2010, para que se pudesse usar de

parâmetro os dados abordados até este ponto.

Apesar de ser a quinta mais dinâmica economia do estado, Estância apresenta-se como

principal centro exportador do Sergipe, sendo responsável por 61,2% do total do valor

exportado em 2010. Aracaju, capital sergipana, possui coeficiente bastante reduzido, de

apenas 0,9% das exportações. Concentra, por outro lado 34,7% das importações do estado.

Quadro 3.4 Participação relativa dos municípios no comércio exterior do Sergipe 2010 (em

percentagem)

Exportações Importações

Estância 61,2 3,8

Frei Paulo 23,9 0,3

Laranjeiras 8,6 14,9

São Domingos 2,7 0,0

Simão Dias 2,0 0,9

Aracaju 0,9 34,7

Nossa Senhora do

Socorro 0,5 9,9

Riachuelo 0,3 0,0

Fonte: MDIC, SECEX, DEPLA. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Nota-se ainda que Estância cumpre papel superavitário no comércio exterior estadual. Nesse

sentido, não se pode comparar diretamente a participação relativa estanciana nas exportações

e importações. É preciso recorrer aos dados absolutos. O total exportado pela cidade foi de

US$ 42.991.908,00, ao passo que o importado somou US$ 6.825.358,00, resultando num saldo

positivo de US$ 36.166.550,00. Para base de comparação, o saldo total para o Sergipe foi

negativo, de US$ 109.618.006.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Do total importado no município, 74,49% foi de Bens de Capital e 25,07% de insumos

industriais, com o resíduo correspondendo a bens de consumo, em especial não duráveis. Essa

pauta de importação reflete perfeitamente o perfil de divisão setorial do produto de Estância

com forte participação da indústria. De uma pauta de importação de 41 itens, destacaram-se

“OUTS.MÁQS.APARELHOS   D/IMPRESSÃO   P/OFSET”   (32,81%);   “MAQUINAS  

FERRAM.P/CISALHAR METAIS, C/COMANDO   NUMERICO”   (9,27%);   e   “OUTROS   FORNOS  

INDUSTRIAIS OU DE LABORATORIO, N/ELETRICOS”   (7,44%).   Somados,   esses   itens   perfazem  

praticamente 50% das importações destacadas para Estância.

Com o foco nas exportações, tem-se a participação quase total (91,91%) dos Bens de Consumo

não Durável. Os Insumos industriais, por sua vez, correspondem a 6,57%, somando 98,5% do

total exportado.

A pauta exportadora de Estância revela que a participação industrial relativamente elevada

está fortemente calcada no beneficiamento e transformação de frutas, com peso notável da

laranja   e   fabricação   de   seu   suco.   O   item   “SUCOS   DE   LARANJAS, CONGELADOS, NAO

FERMENTADOS”  é  responsável,  isoladamente  por  66,84%  do  total  exportado  e  os  outros  itens  

que seguem, por participação relativa também são ligados ao beneficiamento do cítrico. O

item  “OUTROS  SUCOS  DE  LARANJAS, NAO FERMENTADOS”  corresponde  a  13,09%  e  “OUTROS  

OLEOS ESSENCIAIS, DE LARANJA”   a   6,34%.   Somando,   temos   86,27%   do   total   exportado   de  

Estância, sendo que da totalidade da pauta, 99,9% provém do beneficiamento de frutas (como

por exemplo, o abacaxi).

3.1.1. Convênios

O levantamento de convênios realizados junto ao governo federal aponta, entre 1996 e 2014,

um total de 122 convênios abertos. Eles se distribuem da seguinte forma, por Área:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.5. Estância - Distribuição dos Convênios por Área 1996-2014

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Em termos de número de convênios, as principais áreas contempladas foram Educação (23,

totalizando 18,9%) e Saúde (19, correspondendo a 15,6%), seguidas por Saneamento (16,

equivalente a 13,1%) e Desenvolvimento Urbano (15, perfazendo 12,3%) – neste último item

ressaltaram-se convênios para obras de pavimentação.

Ao se olhar para a distribuição total do valor conveniado para o mesmo período, percebe-se

que sua distribuição por área se deu de maneira distinta, não correspondendo exatamente a

aquela verificada para o número de convênios. O montante de R$28.602.214,91 foi assim

distribuído:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.6 Estância - Distribuição do Valor Conveniado por Área 1996-2014 (em

porcentagem)

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

A principal área beneficiária do montante conveniado é Cultura (22,5%, ou R$6.444.122,23),

que corresponde apenas a 10,7% (13) do número total de convênios firmados. Destacaram-se

nessa área os recursos para construção de quadras esportivas e centros culturais. Embora

Educação e Saúde totalizem pouco mais de um terço do número de convênios realizados no

período, em termos de recursos não chegam a alcançar um quarto da somatória total. A

segunda maior participação foi de convênios ligados ao Des. Urbano (16,5%, R$4.712.350,00).

Além dos recursos destinados a Cultura e Des. Urbano, destacaram-se aqueles

correspondentes ao Saneamento (14,9%, R$4.258.606,67) e Desenvolvimento Agrário (12,4%,

R$3.547.695,00), ambas com maior participação no total conveniado em relação ao número

de convênios.

O valor médio por convênio firmado ficou no patamar de R$234.444,38 levando em

consideração o universo de 122 convênios. O gráfico seguinte apresenta uma comparação do

valor médio conveniado por área, levando em consideração a distribuição previamente

apresentada.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

107

Gráfico 3.7 Estância - Média do Valor Conveniado por Área 1996-2014

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Como esperado, a média apresentada foi maior para as áreas com maior participação no total

do valor conveniado e que tiveram participação nesse montante superior àquela verificada na

simples distribuição do número de convênios firmados. Quatro áreas obtiveram médias

superiores à média geral, foram: Cultura (R$ 495.701,71), Des. Urbano (R$ 314.156,67), Des.

Agrário (R$ 295.641,25) e Saneamento (R$ 266.162,92).

Essa disposição de valores, entretanto, se altera ao se levar em consideração não o Total do

Valor Conveniado, mas o efetivamente Liberado. A primeira cifra nos dá uma boa noção dos

esforços das autoridades e instituições públicas para transformar e gerir a cidade, mas a

segunda nos permite ter um quadro mais próximo do que efetivamente ocorreu.

O Valor Total Liberado entre 1996-2014 somou R$16.780.352,47, o que equivale a 58,7% do

Valor Total Conveniado, sendo que as participações relativas distribuíram-se da seguinte

forma:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.8 Estância - Distribuição do Valor Liberado por Área 1996-2014 (%)

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Houve troca de posições ao se listar as Áreas que obtiveram maior parcela de recursos. Pelo

critério do Valor Liberado, Des. Agrário passa a ter a principal cifra, com 20,8%

(R$3.489.445,00). A segunda participação mais expressiva passa a ser da Educação com 16,8%

(R$2.815.979,54), seguida por Saneamento 16,3% (R$2.732.432,29), Des. Urbano 12,4%

(R$2.078.349,25) e Cultura 11,7% (R$1.971.013,21). Embora haja perceptível alteração nas

participações relativas de cada Área, quando comparadas às relativas ao Valor Total

Conveniado, vale notar que não há alteração na lista das cinco Áreas que ficaram com a maior

parte dos Recursos Liberados.

A média do Valor Liberado estabeleceu-se em R$ 137.543,87 tomando os 122 convênios, mas

sobe para R$188.543,30 levando em consideração apenas os 89 em que houve alguma

liberação efetiva de verba. Para esse mesmo conjunto efetivo de liberações temos as seguintes

médias por Área:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.9 Estância - Média do Valor Liberado por Área 1996-2014

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Ao tomarmos a média do Valor Liberado por Área percebe-se que Saneamento passa ter a

maior média (R$ 303.603,59), seguido de Des. Agrário (R$ 290.787,08), Des. Urbano (R$

230.927,69) e Cultura (R$ 219.001,47). Essa alteração entre as quatro maiores médias se deve,

em grande parte, ao fato de se considerar um universo menor, de 89 convênios com alguma

liberação de verba. Entretanto, não houve alteração da lista das quatro maiores médias,

apenas nas suas posições.

Outro ponto importante de análise remete à Situação do convênio. O gráfico abaixo mostra

que entre os convênios listados entre 1996-2014 metade foi concluído19.

19 Para uma definição completa do que significa cada situação de convênio, acessar o sítio: http://www.portaltransparencia.gov.br/faleConosco/perguntas-tema-convenios.asp#3 .

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.10 Estância - Distribuição por Situação 1996-2014 (em porcentagem)

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Os convênios em situação adimplente (15,6%) e os excluídos (9,8%) são os seguintes em maior

representatividade. Somados aos concluídos, essas três situações abrangem 75% dos

convênios disponibilizados pela CGU entre 1996 e 2014.

Dividindo as possíveis situações em dois grupos, sendo o Grupo 1 formado pelas situações

“Adimplente”,   “Concluído”,   “Em   Execução”,   Inadimplência   Suspensa”,   Prestação de Contas

Aprovada”   e   Prestação   de   Contas   enviada   para   a   Análise”;   e   o   Grupo   2   conformado   por  

“Anulado”,  “Arquivado”,  “Excluído”  e  “Inadimplente”,  tem-se a seguinte distribuição:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.11 Estância - Distribuição de Grupos de situação por Área de Convênio 1996-2014

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Esse gráfico permite não só visualizar a incidência das Áreas dos convênios, mas ainda ter uma

aproximação do seu resultado (sucesso ou fracasso). O Grupo 1 foi maioria em todas as Áreas

conveniadas. O Grupo 2 teve maior peso relativo nas áreas de Habitação, Saneamento e Des.

Social. Quando, de fato, olha-se para a totalidade das situações integrantes do Grupo 2, vê-se

que as áreas de Habitação e Saneamento perfazem, sozinhas, 50% dos casos de convênios com

algum empecilho. O gráfico abaixo permite visualizar as participações relativas das Áreas

nesses dois grupos de situações que criamos. O anel exterior diz respeito ao Grupo 2 e o anel

interior ao Grupo 1.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.12 Estância - Distribuição por Área dos Grupos de situação 1996-2014

f

Fonte: CGU. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014.

Dos casos verificados no Grupo 1, Educação Des. Social e Des. Urbanos são os mais

significativos, somando pouco mais da metade dos convênios em situação regular.

3.1.2. Royalties do Petróleo

A análise desses dados de convênios dá referência para avaliar o possível impacto do uso de

recursos de royalties do petróleo para impulsionar políticas urbanas – em seu sentido amplo –

em Estância20. Entre 2006 e 2013 o estado do Sergipe recebeu R$172.941.917,20 em royalties

de petróleo21. Desse montante, R$8.315.765,89 foram para o município de Estância. Essa

somatória representou 4,81% do total recebido pelo estado. Julga-se uma quantia relevante

no sentido de impulsionar políticas municipais, uma vez que essa quantia perfaz 49,56% do

Valor Liberado em convênios com o governo federal, para um período mais extenso, entre

1996 e 2014.

20 O sítio de internet do TCE de Sergipe veiculou no dia 10/07/2014 matéria afirmando que será elaborada norma específica para aplicação desses recursos no estado. A matéria pode ser lida em http://www.tce.se.gov.br/sitev2/conteudo.ler.php?id=6701. 21 Dados corrigidos pelo IGP-DI para dezembro de 2013.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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A média anual do repasse de royalties do petróleo para Estância, entre 2006 e2013 foi de

R$1.043.943,17. Houve leve decréscimo do montante repassado no mesmo período, embora

tenha se apresentado irregular. O gráfico abaixo mostra os valores repassados e a participação

relativa de Estância no total de valores relativos a royalties repassados no estado de Sergipe.

Percebe-se que a série mostra comportamento irregular, terminando em patamar levemente

inferior ao iniciado. Nota-se ainda uma queda da participação relativa dos repasses para

Estância em relação ao total do Estado, de 5,78% no início da série para 5,10% em 2013. Isso

reflete um crescimento maior do montante apropriado no estado do que aquele do município,

em especial depois de 2009.

De fato, ao se calcular a taxa média anual de crescimento do repasse de royalties do município

e do estado, vemos que o primeiro fica em -0,38% enquanto o segundo atinge 1,21%, para o

período entre 2006 e 2013. Essa taxa praticamente nula do município esconde um período de

volatilidade considerável do repasse de royalties, como mostram os gráficos.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 3.13 Repasse de royalties do petróleo para Estância - 2006-2013 - valores e part.

relativa (%)

Fonte: Secretaria da Fazenda do estado do Sergipe. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Ao se tomar os dados do munícipio em contrapartida aos do estado, fica fácil notar o

descolamento das séries depois de 2009. Para o ano de 2010 vê-se que, enquanto houve

aumento real do valor de royalties no estado do Sergipe, Estância manteve a tendência de

queda apresentada desde 2008. O descolamento se agrava em 2011, mas passa a ser revertido

desde então. No último ano da série, inclusive, cai o valor total para o estado enquanto

Estância ainda vê crescimento, mesmo que menor.

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115

Gráfico 3.14 Repasse de royalties do petróleo para Estância e Sergipe 2006-2013

Fonte: Secretaria da Fazenda do estado do Sergipe. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Levando em consideração apenas os últimos três anos da série (2011 a 2013), o repasse de

royalties do petróleo para o município apresentou crescimento anual médio de 10,13% ao

passo que para o Sergipe, no mesmo período, a taxa foi de 1,15%. Entretanto, é necessário

ressaltar que mesmo com esse crescimento no curto período recente, os valores atualizados

de 2013 em Estância não alcançam os obtidos em 2006.

Ao se adotar a média anual de repasse como referência (R$1.043.943,17) e projetando a

mesma média de crescimento anual para os próximos vinte anos (aproximadamente nula),

espera-se que em 2034 o valor acumulado recebido pelo município atinja R$ 21.922.806,48

entre 2014 e o referido ano, sem considerar possíveis flutuações inflacionárias. Trata-se de um

montante considerável para ampliação das possibilidades de política pública para Estância,

num cenário de manutenção das estatísticas apresentadas e que depende, em larga medida,

dos patamares de preço do petróleo de qualidade similar ditado em mercados internacionais,

de notável volatilidade.

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116

3.2. Situação econômico-financeira de prestação de serviços públicos de água e

esgoto

Análise da situação atual dos serviços (água, esgoto, resíduos e drenagem) e análise de

viabilidade e sustentabilidade econômico-financeira da prestação dos mesmos serviços no

curto médio e longo prazo. Enfoque na SAAE Estância (água e esgoto) e na política da

Secretaria de Agricultura para perfuração de poços tubulares profundos em comunidades

rurais.

3.2.1. Política e tarifa

Estes serviços de saneamento são cobrados diretamente do consumidor final através da tarifa.

3.2.2. Renda domiciliar, taxa de água e esgoto e tarifa social.

A seguir analisamos a relação entre os tópicos, dando ênfase ao custo do serviço para as

famílias de baixa renda, a abrangência da tarifa social e o retorno para o SAAE.

A Renda Média Domiciliar para o município de Estância, segundo dados do Censo Demográfico

de 2010 do IBGE foi de R$1.561,1422. Numa primeira vista, parece ser um valor relativamente

alto, considerando a inserção e dinâmica econômicas do município. Para colocarmos essa cifra

em perspectiva escolheu-se por adotar indicadores auxiliares, que compõem um cenário mais

acurado da Renda.

A primeira estatística de que se fará uso é a do rendimento mediano mensal das pessoas de 10

ou mais anos de idade, com rendimento. Esse valor mediano corresponde ao rendimento que

distribui de forma equânime a população referida ao seu redor. Em outros termos, chega-se a

um valor que divide pela metade a totalidade dos casos analisados. Para o ano de 2010, em

Estância, esse valor foi de R$510,00. Isso significa que 50% da população da cidade ganhavam

até esse montante e os outros 50% ganhavam mais que isso. Levando-se em consideração que

para o mesmo ano o valor do salário mínimo era exatamente esse, podemos dizer que, então,

metade da população da cidade ganhava até um salário mínimo. Esse valor fica ainda,

evidentemente, abaixo do apresentado para o domicílio porque se trata de um valor que diz

respeito à renda pessoal e não de uma unidade que agrega mais de uma pessoa.

22 Esse valor foi obtido multiplicando-se a média de moradores por domicílio do município (3,53) pelo valor médio do rendimento mensal domiciliar per capita, todos para o referido ano de 2010.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

117

Escolheu-se, em seguida, apresentar a distribuição dos domicílios do município por classe de

rendimento mensal domiciliar. Os dados seguem no gráfico a seguir.

Gráfico3.15 Estância - Domicílios particulares permanentes por classes de rendimento

nominal mensal domiciliar 2010.

Fonte: Censo Demográfico 2010 IBGE. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Em primeiro lugar, percebe-se que, de forma isolada, do universo de 18.214 domicílios de

Estância em 2010, 32% - praticamente um terço – possuem rendimento entre 1 e 2 salários

mínimos. A segunda maior participação relativa ficou por conta dos domicílios cujo

rendimento situou-se entre 2 e 5 salários mínimos, perfazendo 28% do total. Em terceiro lugar

figuraram domicílios com rendimento mensal entre ½ e 1 salário mínimo.

Esses dados contribuem muito para ver-se um quadro de grande presença de pobreza no

município. Tem-se quase um terço (29,9%) de domicílios com rendimento igual ou inferior a

um salário mínimo, incluindo-se aí os domicílios sem qualquer rendimento.

Numa outra agregação possível, pode-se afirmar que praticamente metade dos domicílios do

município (49,1%) possui rendimento entre ½ e 2 salários mínimos. Ou ainda, que a maioria

dos domicílios (61,7%) recebe até 2 salários mínimos.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Complementando esse cenário, segundo dados da PNUD para 2010, uma parcela de 80% da

população de Estância se apropriava de 44,02% da Renda para o mesmo ano, ao passo que os

restantes 20% (mais ricos) eram responsáveis pela apropriação dos 55,98% restantes. Trata-se

de um cenário de pobreza agravado por traços notáveis de desigualdade social.

A partir do exposto, apresenta-se uma breve análise do impacto da tarifa de água em relação

aos rendimentos dos domicílios. De início, é importante atentar que, segundo dados do

Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) para o ano de 2010, 93,57% das

economias de água em Estância eram de economias residenciais23. Por conta de tamanha

representatividade dentro do total, escolheu-se por focar no caso residencial para tarifa social

e normal. Embora os dados aqui apresentados para rendimento domiciliar médio sejam do

Censo de 2010, optou-se por se utilizar a tabela de preços aprovada segundo Lei Municipal nº

1.633 de 09 de Setembro de 2013. Justifica-se tal escolha pela qualidade dos Dados do Censo

Demográfico e atualizou-se os valores necessários a partir do INPC do IBGE.

Seguem as tabelas de preços praticados pela SAAE para Residência do tipo Social e do tipo

Normal em vigor:

Quadro 3.5 Tarifa residencial social - SAAE

R1 Residencial Social Tarifa (R$)

0-10 10,17

Consumo excedente (por m3)

11-20 3,08

21-30 6,51

31-50 7,9

51-100 11,22

acima de 100 20,61

Fonte: Lei 1.633 do Município de Estância de 09/09/2013

23 A definição de economia para os cálculos que seguem se deu por maior proximidade à noção de domicílio do que a de ligação. Segundo Glossário do Saneamento, economia é Imóvel de uma única ocupação, ou subdivisão de imóvel com ocupação independente das demais, perfeitamente identificável ou comprovável em função da finalidade de sua ocupação legal, dotado de instalação privativa ou comum para o uso dos serviços de abastecimento de água ou de coleta de esgoto. Ex: um prédio com 10 apartamentos possui uma ligação e 10 economias.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 3.6 Tarifa residencial normal - SAAE

R2 Residencial Normal Tarifa (R$)

0-10 15,93

Consumo excedente (por m3)

11-20 3,08

21-30 6,51

31-50 7,9

51-100 11,22

acima de 100 20,61

Fonte: Lei 1.633 do Município de Estância de 09/09/2013

Segundo informações disponibilizadas através do SNIS, a tarifa social em Estância impõe

algumas exigências para ser aplicada. Em primeiro lugar, o usuário deve estar cadastrado tanto

no Bolsa Família quanto no Cadastro Único para Programas Sociais. Adicionalmente, impõe-se

o volume máximo de 10m3 sobre o que se aplica a tarifa de consumo mínimo (de R$10,17

aprovada em 2013).

Para um domicílio de rendimento igual ao salário mínimo de 2010 atualizado para o ano de

2013 pelo INPC essa fatura corresponderia a 1,65% do rendimento do domicílio, estimado em

R$617,3124. A incidência de tarifa social, entretanto, poderia ser considerada para rendimentos

domiciliares inferiores ao salário mínimo.

De fato, como quase um terço dos domicílios do município apresenta rendimentos no máximo

iguais a um salário mínimo, poderíamos adotar o valor médio de 60% do salário mínimo de

rendimento médio domiciliar como parâmetro (R$370,39). Nesses termos, a fatura média com

valores da tabela residencial social representaria 2,75% do rendimento domiciliar médio.

É importante notar que pelos dados apresentados pelo SNIS para 2012, dentro dos parâmetros

estipulados pela política adotada para tarifa social, tinha-se um total de 177 economias

beneficiadas. Essas economias representam 1,2% do total de economias residenciais ativas

24 Não se utilizou diretamente o valor do salário mínimo de 2013, pois as proporções e distribuições de domicílios por classe de rendimento mensal foram feitos para o salário de 2010.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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(14.810) no mesmo ano. Em face da caracterização dos domicílios por classe de renda é

possível afirmar que a base de beneficiários da tarifa social encontra-se demasiado

comprimida. Tem-se como evidência que 5% dos domicílios no município não possuíam

qualquer rendimento e 8% recebiam até ½ salário mínimo. Isso totaliza 13% de domicílios com

rendimento nulo ou de até ½ salário mínimo, enquanto apenas 1,2% das economias

residenciais são beneficiadas pela tarifa social.

Partindo para a tabela residencial normal, a fatura média, seguindo raciocínio análogo ao

apresentado anteriormente, a fatura média seria de R$26,71. Esse valor é obtido

multiplicando-se o consumo médio mensal por economia (de 13,5 m3 por mês por economia)

pelos valores da tabela normal, valor 162,64% superior ao apresentado pela tabela de tarifa

social, para um consumo potencialmente apenas 35% maior. Para um domicílio de rendimento

de salário mínimo atualizado para 2013, essa fatura representaria 4,33% do rendimento

domiciliar. Pode-se ainda calcular o peso dessa fatura no orçamento do domicílio de renda

média do município. O valor apresentado no início da análise, de R$1.561,14 para 2010,

passaria a R$1.889,63 atualizado para 2013 e a fatura média seria 1,41% dessa quantia. Mais

significativo, entretanto, é compará-lo à combinação de classes cuja renda média varia entre ½

e 2 salários mínimos, caso representativo de aproximadamente metade dos domicílios da

cidade e que engloba a classe mais expressiva em termos representativos. Para um

rendimento de R$771,74 (ou 1,25 Salários Mínimos atualizados para 2013) a fatura

representaria 3,46% do rendimento domiciliar.

Em conclusão, é preciso salientar que os valores aqui apresentados referentes ao dispêndio

com serviço de Água apresentaram-se superiores a aqueles constatados pela Pesquisa de

Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, realizada para 2008-2009 para o Nordeste do país. A

POF indica que o dispêndio médio de uma família com rendimento de até R$830,00

(R$1.113,77 em valores atualizados para 2013) seria de 1,4% da sua despesa total com serviço

de Água e Esgoto. Aqui comparamos o gasto com esse serviço em relação a classes de

rendimento e não à despesa, mas é importante ter em mente essa referência.

3.2.5. Orçamento Anual de Custos e Investimentos

Até este ponto deu-se ênfase para a situação de domicílios e famílias, consumidoras do serviço

de abastecimento de água em Estância. Mostra-se relevante tecer alguns comentários sobre a

situação econômico-financeira da empresa (autarquia) responsável pelo serviço, Serviço

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). Para tanto, serão utilizados indicadores do SNIS para o

ano de 2012, entrada mais recente disponível para consulta.

Em primeiro lugar, é necessário deixar explícito que a operação da SAAE resume-se em

essência à atividade de abastecimento de água, com as atividades relativas à operação com

esgoto mostrando representatividade nula nas receitas operacionais da empresa. De fato,

enquanto o índice de atendimento urbano de água é de 100% (85,15% de atendimento total),

o índice de atendimento urbano de esgoto para o mesmo ano foi de 1,87% apenas, com índice

de coleta inferior à unidade percentual.

Por conta desse cenário, 95,58% das receitas operacionais da SAAE provém da operação

diretamente ligada à água, com os outros 4,42% da receita operacional sendo oriundas de

atividades indiretas como cortes, religamentos, etc. Essas receitas operacionais superaram as

despesas totais em 2012, obtendo-se um indicador de desempenho financeiro de 107,5%. De

fato, entre 2009 e 2012 a SAAE obteve esse indicador superior a 100% em três anos. Isso

indica que as operações da SAAE tem sido rentáveis, cobrindo valores de despesa com alguma

folga. Para o ano de 2012, as receitas operacionais superaram as despesas totais em

R$503.324,70. A autarquia possui ainda um ativo a receber de R$914.904,77 em contas.

O investimento total realizado foi de R$1.159.435,81, o que correspondeu a 28,8% da Despesa

Total. Do ponto de vista da origem desses recursos é louvável que a totalidade do montante

investido tenha advindo de recursos próprios, sem onerar as contas da SAAE com empréstimos

e compromissos futuros a serem pagos. Do ponto de vista do destino, a principal parcela do

total   investido   foi   sob   a   alcunha   “outros” 25 (82,21%), enquanto o investimento em

abastecimento de água atingiu R$206.277,56, perfazendo 17,79% do total investido no ano.

25 Segundo Glossário do SNIS trata-se de valor anual investido em aquisição de bens, equipamentos e instalações, não contabilizados nos investimentos realizados em abastecimento de água ou em esgotamento sanitário. Considerar também aplicações em instalações físicas e administrativas de novos serviços, organização ou reorganização de sistemas administrativos, contabilizados no Ativo Diferido.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 3.7 SAAE - Síntese Econômico-Financeira 2012

Receitas Operacionais

Totais (a) Despesas Totais (b) Diferença (a)-(b)

R$4.532.143,76 R$4.028.819,06 R$503.324,70

Crédito de Contas a

receber Investimento Total Inv. Abast. Água

R$914.904,77 R$1.159.435,81 R$206.277,56

Invest. / Despesa (%) Invest. Com Recursos

Próprios (%)

Inv. Água / Inv. Total

(%)

28,8 100 17,79

Fonte: SNIS. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Um olhar mais detido sobre as despesas mostra que mais da metade (58%) destinou-se ao

pagamento de pessoal, sendo os dispêndios com energia elétrica (14%) e serviços de terceiros

(11%) seus outros itens mais representativos. Somadas, essas despesas correspondem a mais

de 80% das despesas totais da SAAE.

Gráfico 3.16 SAAE - Despesa total por componente 2012

F

onte: SNIS. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Se a situação econômica da autarquia atualmente é satisfatória, cabe apontar possíveis fontes

futuras de tensão. Acredita-se que a futura operação e tratamento do esgoto possam, de

início, pressionar os gastos operacionais. A recuperação desse gasto, repassado à tarifa, deve

acentuar a pressão que o gasto com água e esgoto tem sobre os orçamentos familiares,

especialmente no cenário de desigualdade social e presença marcante de rendimentos

inferiores a 2 salários mínimos.

3.3. Análise geral da sustentabilidade econômica da prestação dos serviços de

limpeza urbana e de manejos de resíduos sólidos urbanos

Já em relação aos serviços públicos de manejo de resíduos sólidos urbanos, identifica-se

primeiramente que este serviço não é cobrado diretamente através de tarifas, como ocorre

nos serviços de água e esgoto.

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4. Situação dos serviços de abastecimento de água potável

Estância conta com a abundância de recursos hídricos (ver mapas 4, 6, 15 e 16). Os rios

Piauitinga (principal fonte de captação de água na área urbana), Piauí, Biriba, Fundo, e

Gonçalves dias, e diversos outros rios secundários, ribeirões e córregos constituem a rede

hidrográfica do município.

Apesar da abundância de recursos hídricos disponíveis,  diversos  cursos  d’água  encontram-se

contaminados em decorrência do despejo direto de esgoto domiciliar e/ou industrial, assim

como os lençóis freáticos que recebem contribuição de fossas rudimentares, comprometendo

a qualidade das fontes de água potável para abastecimento atualmente.

Outro   problema   que   atinge   os   cursos   d’água   é   o   desmatamento   das   matas   ciliares,   e   a  

degradação das nascentes, impulsionada também pela atividade pecuária, exploração ilegal de

areia e outros fatores que favorecem o assoreamento dos cursos locais (ver item 1.8).

Durante as atividades de campo e oficinas realizadas junto a população, houveram alguns

relatos sobre a diminuição da quantidade de água disponível, a piora da qualidade, e o

assoreamento dos cursos  d’água  ao longo dos últimos anos (ver anexo relatório de atividades).

Também foram identificados diversos casos onde os domicílios carecem de abastecimento

d’água,  como  é  o  caso  do  povoado  de  bairros  situados  em  cotas  altas  de  terreno  no  norte  da  

sede urbana, e os domicílios situados no final da linha de distribuição, onde falta pressão na

rede.

O  caso  mais  grave  identificado  na  área  urbana,  quanto  a  carência  de  abastecimento  d’água  e  

interrupção do fornecimento é o caso do bairro Santo Antônio, onde a maioria dos domicílios

carecem  de  reservatório  próprio   (caixa  d’água),  e  a  água  é   fornecida a partir da madrugada,

mas acaba ao longo do dia. Por conta deste fato, diversas pessoas acabam buscando água com

balde nos primeiros pontos de saída já no período da madrugada. Agrava ainda mais a situação

o fato de algumas pessoas romperem a rede ilegalmente em seus pontos iniciais, para retirada

de água.

Já na área rural, o caso do Povoado de Tibúrcio (Local de Mobilização 13 – Tibúrcio / Ouricuri)

é o mais grave, com 32 domicílios (de um total de 56) abastecidos por uma fonte de água

barrenta (imprópria para o consumo) e os demais abastecidos por poço cacimba. Esta situação

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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associada à falta de banheiros (somente 1 domicílio possui) agrava ainda mais a situação de

acesso à água potável.

Apesar da situação exposta acima, de maneira geral o município não tem limitação quanto a

disponibilidade de recursos hídricos, estando o problema de fornecimento vinculado porém a

limitação  de  infraestrutura  e  a  poluição  dos  cursos  d’água  e  lençóis freáticos.

4.1 Caracterização da situação do abastecimento de água nos domicílios.

O IBGE classifica as diferentes formas de abastecimento de água do domicílio como:

Rede geral de distribuição - quando o domicílio ou o terreno, ou a propriedade onde estava

localizado, estava ligado a uma rede geral de distribuição de água;

Poço ou nascente na propriedade - quando o domicílio era servido por água proveniente de

poço ou nascente localizado no terreno ou na propriedade onde estava construído;

Água de chuva armazenada em cisterna - quando o domicílio era servido por água de chuva

armazenada em cisterna, caixa de cimento etc.

Outra - quando a forma de abastecimento de água do domicílio era proveniente de poço ou

nascente fora da propriedade, carro-pipa, água da chuva armazenada de outra forma, rio,

açude, lago ou igarapé ou outra forma de abastecimento de água, diferente das descritas

anteriormente.

Quanto a situação do abastecimento de água em Estância, segundo o Censo IBGE 2010,

83,12% dos domicílios (93,6% dos urbanos e 26,49% dos rurais) estavam ligados a rede geral,

outros 9,18% (2,87% dos urbanos e 43,33% dos rurais) tinham poço ou nascente na

propriedade. Foram também identificados 99 (0,54%) casos onde o domicilio armazenava água

em cisterna, e outros 1.302 (7,16%) casos onde o abastecimento se dava por outra forma,

inclusive formas não regulares e precárias. A tabela, gráfico e mapas26 à seguir apresentam

detalhadamente a caracterização geral do abastecimento de água em Estância.

26 Os mapas apresentados a seguir, tem como unidade de medida o número de domicílios. Já os números que aparecem no interior do mapa se referem aos dígitos finais do setor censitário, fazendo alusão as tabelas 4.2, e 4.3.

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Tabela 4.1 Situação do  abastecimento  d’água  por  Domicílios

Tipo de abastecimento de água

Dom. com abastecimento de água da rede geral

Poço ou nascente na propriedade

agua de chuva armazenada em cisterna

outra forma de abastecimento Total

Total Geral 15123 1671 99 1302 18195 (%) 83,12% 9,18% 0,54% 7,16% 100%

Urbano 1 (domicílios) 14273 175 13 513 14974 (%) 95,32% 1,17% 0,09% 3,43% 100%

Urbano 2 (domicílios) 98 266 2 16 382 (%) 25,65% 69,63% 0,52% 4,19% 100,00%

Total Urbano (dom.) 14371 441 15 529 15356 (%) 93,59% 2,87% 0,10% 3,44% 100%

Povoados, Colônias e Assentamentos (dom.) 594 948 78 462 2082

(%) 28,53% 45,53% 3,75% 22,19% 100% Rural Disperso (dom.) 158 282 6 311 757

(%) 20,87% 37,25% 0,79% 41,08% 100% Total Rural (dom.) 752 1230 84 773 2839

(%) 26,49% 43,33% 2,96% 27,23% 100% Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

Tabela 4.2 Situação  do  abastecimento  d’água  por  Setores  de  Mobilização

Setor

Dom. com abastecimento de água da rede geral

Poço ou nascente na propriedade

agua de chuva armazenada em cisterna

outra forma de abastecimento

Total Domicílios

1.Sede Centro 7.286 37 0 50 8.014 2. Sede Sul 3.004 14 1 55 3.277 3. Sede Norte 3.347 127 0 376 3.793

4. Colônia Rio Fundo 180 0 0 3 208 5. Entre Rios 116 0 0 1 183 6. Estâncinha 14 122 0 45 117

7. Mato Grosso 2 18 0 0 183

8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa) 0 112 45 64 165

9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 95 36 0 31 221 10. Vertentes 0 107 2 55 41

11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 107 55 0 45 134 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 36 65 0 31 111

13. Farnaval + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 30 112 1 122 264 14 Abais 313 362 13 100 398 15 Porto do Mato 80 324 2 46 464 *Rural disperso 260 179 35 260 757 TOTAL 14.870 1.670 99 1.284 18.330

Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Tabela 4.3 Situação  do  abastecimento  d’água  por  Setores  Censitário

Nº do Setor Censitário Setor de mobilização

Dom. com abastecimento de água da rede geral

Poço ou nascente na propriedade

agua de chuva armazenada em cisterna

outra forma de abastecimento

V012 V013 V014 V015

1 1.Sede Centro 249 0 0 0

2 1.Sede Centro 216 0 0 0

3 1.Sede Centro 235 1 0 0

4 1.Sede Centro 348 0 0 9

5 1.Sede Centro 205 0 0 0

6 1.Sede Centro 270 0 0 0

7 2. Sede Sul 365 0 0 0

8 2. Sede Sul 431 1 0 5

9 2. Sede Sul 303 0 0 1

10 2. Sede Sul 173 0 0 1

11 2. Sede Sul 306 0 0 2

12 2. Sede Sul 116 0 0 3

13 2. Sede Sul 130 1 0 3

14 2. Sede Sul 158 0 0 11

15 2. Sede Sul 136 0 0 1

16 2. Sede Sul 244 1 0 1

17 1.Sede Centro 194 1 0 1

18 1.Sede Centro 125 0 0 2

19 1.Sede Centro 260 2 0 8

20 1.Sede Centro 322 1 0 3

21 1.Sede Centro 239 0 0 0

22 1.Sede Centro 296 0 0 0

23 1.Sede Centro 198 1 0 1

24 1.Sede Centro 250 1 0 1

25 1.Sede Centro 171 5 0 3

26 1.Sede Centro 195 8 0 9

27 1.Sede Centro 169 0 0 1

28 1.Sede Centro 218 3 0 0

29 1.Sede Centro 305 0 0 0

30 1.Sede Centro 201 0 0 0

31 1.Sede Centro 381 0 0 0

32 1.Sede Centro 185 0 0 1

33 1.Sede Centro 202 0 0 2

34 1.Sede Centro 245 0 0 0

35 1.Sede Centro 164 0 0 3

36 3. Sede Norte 262 10 0 4

37 3. Sede Norte 292 0 0 4

38 3. Sede Norte 100 0 0 114

39 3. Sede Norte 47 0 0 153

40 3. Sede Norte 162 0 0 8

41 3. Sede Norte 160 0 0 3

42 3. Sede Norte 278 0 0 0

43 3. Sede Norte 303 0 0 3

44 3. Sede Norte 242 0 0 1

45 3. Sede Norte 133 0 0 0

46 3. Sede Norte 154 0 0 2

47 3. Sede Norte 274 2 0 5

48 3. Sede Norte 257 0 0 2

49 3. Sede Norte 220 4 0 1

50 3. Sede Norte 8 88 0 16

51 3. Sede Norte 3 3 0 36

52 3. Sede Norte 0 21 11 8

53 14 Abais 13 32 0 3

54 14 Abais 8 20 1 0

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

128

Tabela 4.3.1 Situação  do  abastecimento  d’água  por  Setores  Censitário  continuação

Nº do Setor Censitário Setor de mobilização

Dom. com abastecimen

to de água da rede geral

Poço ou nascente na propriedade

agua de chuva armazenada em

cisterna outra forma de abastecimento

V012 V013 V014 V015

55 14 Abais 26 82 1 4

56 14 Abais 41 51 0 5

57 14 Abais 1 50 0 1

58 15 Porto do Mato 23 44 0 2

59 15 Porto do Mato 13 14 0 1

60 15 Porto do mato (central) 43 180 0 36

61 15 Porto do Mato 23 77 0 4

62 14 Abais 2 18 0 0

63 7. Mato Grosso + Entre Rios 14 122 0 45

64 6. Estâncinha 116 0 0 1

65 5. Colônia Entre Rios 180 0 0 3

66 4. Colônia Rio Fundo 107 55 0 45

67 11. Muculunduba, 27 59 1 47

68 13. Farnaval, 3 53 0 75

69 13. Farnaval 36 65 0 31

70 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo. 9 40 30 32

71 Rural disperso 4 36 1 29

72 Rural disperso 0 36 2 6

73 15 Porto do Mato 0 0 0 0

74 Rural disperso 9 5 0 6

75 2. Sede Sul 193 0 1 19

76 Rural disperso 46 17 1 38

77 Rural disperso 1 73 2 139

78 Rural disperso 95 36 0 31

79 9. Agua branca + PA Caio Prado 0 112 45 64 80 8. Riachão do Teté 0 107 2 55

81 10. Vertente 0 20 0 21

82 3. Sede Norte 153 7 1 15

83 2. Sede Sul 251 0 0 6

84 2. Sede Sul 203 0 0 1

85 2. Sede Sul 207 0 0 0

86 1.Sede Centro 297 0 0 2

87 1.Sede Centro 163 0 0 0

88 1.Sede Centro 143 6 0 2

89 1.Sede Centro 164 2 0 0

90 1.Sede Centro 160 2 0 0

91 1.Sede Centro 265 2 0 3

92 1.Sede Centro 234 1 0 1

93 1.Sede Centro 288 0 0 0

94 3. Sede Norte 199 0 0 14

95 14 Abais 7 13 0 3

96 Rural disperso 3 79 0 62

97 14 Abais 0 0 0 0

98 1.Sede Centro 253 1 0 18 Fonte: Censo IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

129

Gráfico 4.1 Situação do abastecimento de água.

Fonte: Censo IBGE 2010 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2013

Quadro 4.1 Síntese de abastecimento por tipo

Tipo de abastecimento Domicílios

Rede geral (V012) 15.123 Poço ou nascente na propriedade (V013) 1.671

Água de chuva armazenada em cisterna (V014) 99

Abastecimento de água - Outra (V015) 1.302

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

130

Mapa 4.1 Domicílios com abastecimento de água na rede (V012)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

131

Mapa 4.2 Domicílios com abastecimento de água na rede. Sede. (V012)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

132

Mapa 4.3 Domicílios abastecidos por poço ou nascente na propriedade (V013)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

133

Mapa 4.4 Domicílios abastecidos por outra forma (V015)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

134

A partir dos dados expostos, pode-se considerar que o município tem boa cobertura de rede

de água na sede municipal, atingindo, no momento de realização do Censo, 83% da população

geral, sendo 93,6% dos domicílios urbanos. Outros 1.671 (2,97%) casos são abastecidos por

poço ou nascente na propriedade, e outros 1.302 (7,16%) casos tinham abastecimento de

outra forma. A análise das informações apresentadas espacialmente nos mapas, demonstram

que os domicílios com abastecimento por poço ou nascente, ou de outra forma estão

majoritariamente fora da área urbana da sede.

4.2 Concessão dos serviços de água

Os sistemas de abastecimento de água no município de Estância-SE, são realizados na sede

pela SAAE e no Litoral pela DESO. Diversos pontos das regiões rurais tem abastecimento

realizado pela Prefeitura municipal, onde destaca-se a atuação da Secretaria de Agricultura, na

operação e instalação de Poços.

Criado em 1967, pela lei nº274/1967, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE é uma

Autarquia Municipal que faz parte da administração Indireta do Município de Estância – SE,

tem como finalidade gerir o sistema de abastecimento de água do município, captar, tratar e

distribuir água potável, com observância dos parâmetros exigidos pelo Ministério da Saúde, de

acordo com a Portaria - MS n.º 518/2004.

Figura4.2 : Organograma da estrutura do SAAE.

Fonte: SAAE 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

135

A Companhia de Desenvolvimento do Sergipe – DESO é uma empresa de economia mista

criada em 25 de agosto de 1969, responsável por estudos, projetos e execução de serviços de

abastecimento de água, esgotos e obras de saneamento. Tem como principal acionista o

Governo do Estado de Sergipe, que detém 99% do total de ações.

4.3 Sistema produtor de água existente.

O Sistema de Abastecimento de Água - SAA de Estância é composto por três subsistemas:

(1)Central, (2)Bairro Cidade Nova (Valter Cardoso Costa) e (3)Conjunto Albano Franco,

totalizando aproximadamente 100km27 de rede de distribuição.

4.3.1 Captação e Adução de Água Bruta

Subsistema Central é abastecido pelo rio Piauitinga, responsável pelo fornecimento de água a

cerca de 70% da extensão territorial da sede do município de Estância. A captação de água

bruta é realizada de forma superficial, através de uma barragem de elevação de nível em

concreto e com uma tubulação em ferro fundido de aproximadamente 200 mm de diâmetro.

O ponto de captação superficial está 200m distante da reservação. No entorno do manancial

foi observado um ponto de lançamento de esgoto in natura a jusante do ponto de captação e

pontos difusos de lançamento de esgoto doméstico. A unidade de captação, situada às

margens do rio Piauitinga retira um volume médio de 540 m3 de água com utilização de bomba

de sucção de vazão máxima de 601 m3/h e potência de 75cv, recalcando-o para a Estação de

Tratamento de água ETA – Rio Piauitinga através de tubulação em ferro fundido com diâmetro

aproximado de 200mm.

O Subsistema Bairro Cidade Nova é abastecido pelo Riacho Biriba, que é responsável pelo

fornecimento de água a cerca de 30% da extensão territorial da sede do município. A captação

de água bruta é feita de forma superficial através de uma tubulação de ferro fundido e

medindo 200 mm de diâmetro. A unidade de captação do Riacho Biriba retira

aproximadamente o volume de 144m3/h de água bruta com a utilização de dois conjuntos

moto-bombas funcionando de forma alternada com vazão de 144m3/h e potência de 75cv,

recalcando-o para a ETA – Bairro Cidade Nova, distante linearmente há 2,5 km, através de

adutora em PVC DeFoFo, medindo 150 mm de diâmetro e 3.415 metros de extensão,

recebendo um volume de aproximadamente 110m3 devido à perda de carga na elevação. O

Subsistema do Conjunto Albano Franco é abastecido por manancial subterrâneo por meio de

um poço artesiano e é responsável pelo abastecimento de água em cerca de 5% da extensão 27 Segundo dados do SAAE disponíveis na pagina da empresa em julho de 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

136

territorial do município estanciano. A unidade de Captação de água bruta submersa retira

aproximadamente o volume de 8m3 de água, recalcando-o para o reservatório elevado com

capacidade de armazenamento de 100m3 através de adutora em PVC com diâmetro de 75 mm

4.3.2 Tratamento

A estação de Tratamento ETA – Rio Piauitinga é do tipo convencional, e compreende as etapas

de floculação, decantação, filtração descendente e desinfecção de água bruta. Os filtros

realizam filtragem descendente e são lavados 2 filtros à cada 24horas em intervalos de 6

horas. O volume aduzido pela ETA é de 580 m3/h, sendo produzido 460m3/h.

A ETA – Bairro Cidade Nova, é do tipo simples e compreende as etapas de floculação, filtração

descendente e desinfecção. O volume aduzido é de 144m3/h, sendo produzido 110m3/h. A

filtragem da água é realizada de forma descendente e para lavagem dos filtros é utilizado um

volume de água de aproximadamente 23.000L. É utilizada a descarga de fundo de filtro para

lavagem dos mesmos e economia do volume demandado para lavagem.

O tratamento de água proveniente do Subsistema Conjunto Albano Franco compreende

apenas a desinfecção de água bruta com tabletes de hipoclorito de sódio

4.3.3 Casa Química e Laboratório

A casa química da ETA – Rio Piauitinga possui um pavimento e armazena em baias o sulfato de

alumínio Al2(SO4)3 e o fluossilicato de sódio Na2SiF6. O sulfato de alumínio é adicionado como

coagulante na forma de solução em um volume de 40 mg/s através de uma calha Parshall. Os

serviços de Adição de Cloro são terceirizados. A adição de cloro é realizada no tanque de

contato através de sistema o de dosadores instalados em dois cilindros com capacidade de 68

Kg cada um, instalados numa casa de gás e tem autonomia de 72 horas. A casa química da ETA

– Cidade Nova consiste em um pequeno pavimento onde fica armazenado o sulfato de

alumínio que é adicionado em forma de solução a 5% de concentração através de um tanque

de gotejamento adaptado, pois não existe calha parshall nesta unidade e o fluossilicato de

sódio que é adicionado numa proporção 50 kg/1.000 l com autonomia de consumo de 21 dias.

A adição de cloro é realizada no tanque de contato de forma semelhante ao da ETA – Rio

Piauitinga, através de dosador instalado em um cilindro de 6 kg com autonomia de 12 dias de

consumo.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

137

4.3.4 Tanque de Contato

O tanque de contato do Subsistema Central é do tipo reservatório apoiado e tem capacidade

para armazenamento de 1.100 m3 de água. Além da adição de cloro gasoso, o tanque de

contato recebe a adição de fluossilicato de sódio. O tanque de contato do Subsistema Cidade

Nova, é em forma de reservatório apoiado e tem capacidade para armazenamento de 600m3

de água tratada, este por sua vez recebe adição de cloro gasoso e fluossilicato de sódio.

4.3.5 Elevação de água tratada

A água tratada na ETA – Rio Piauitinga é bombeada com o auxílio de dois conjuntos moto-

bombas com volume de vazão máxima de 500m3/h e 136m3/h e potência de 150cv e 20cv

respectivamente, para os reservatórios elevados localizados no escritório do SAAE, que possui

capacidade de armazenar 750m3 de água tratada e é abastecido pela rede adutora de ferro

fundido e 350 mm de diâmetro, para o reservatório localizado no conjunto Valadares, este

com capacidade para armazenar 100m3 e o reservatório localizado no bairro Alecrim, que

conta com uma capacidade de armazenar 36m3. Os dois últimos são abastecidos por uma rede

adutora em PVC DeFoFo medindo 100mm de diâmetro. A ETA – Cidade Nova possui além do

tanque de contado de 600m3, que também funciona como reservatório, um tanque com

capacidade de 200m3, que recebe água tratada através de bombeamento e abastece o bairro

Santo Antônio. O abastecimento é realizado por gravidade.

4.3.6 Reservação

Os reservatórios do Subsistema Central são o da ETA – Rio Piauitinga, localizada na BR 101,

que tem capacidade de armazenamento de 1.100m3 e foi construído em Alvenaria e tem a

função de reservação e tanque de Contato. O reservatório localizado no escritório do SAAE foi

construído em Alvenaria, tem capacidade de armazenamento de 750m3 de água e possui a

função de reservatório de água. O reservatório elevado localizado no Conjunto Valadares, tem

capacidade de armazenamento de 100m3, foi construído em alvenaria e tem função de

reservatório de água. O reservatório localizado no bairro Alecrim tem capacidade de

armazenamento de 36m3 de água e foi construído em alvenaria tendo como função a reserva

de água tratada para distribuição no bairro Alecrim. Os Reservatórios do Subsistema Bairro

Cidade Nova, são dois, um com capacidade de armazenar 600m3, tem função de reservatório e

tanque de contato e foi construído em alvenaria e o outro tem capacidade de armazenar

200m3, tem função apenas de reservatório e foi construído em alvenaria.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

138

4.3.7 Distribuição

A distribuição de água tratada no subsistema Central e Conjunto Albano Franco é realizada

através de bombeamento, já no Subsistema Bairro Cidade Nova, a distribuição de água é feita

por gravidade. A extensão geral da rede de distribuição dos três subsistemas é de cerca de 100

km, com variações de diâmetro entre 100 mm e 500 mm, sendo composta por materiais como

Ferro fundido, PVC DeFoFo e Concreto Amianto, que é proibido pela Organização Mundial da

Saúde (OMS), devido seu alto potencial cancerígeno.

Foto 4.1 Ponto de Captação superficial de Água no rio Piauitinga e gradeamento em caixa de

concreto.

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

139

Foto 4.2 Estação elevatório de Água Bruta-EAB ao fundo (bomba de contato e sucção + casa de bomba)

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.3 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

140

Foto 4.4 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.5 Estação de Tratamento de Água - ETA SAAE Central.

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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141

Foto 4.6 ETA SAAE Central – reservação 1000m³

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.7 Escritório do SAAE e Reservatório escritório central elevado 750m3

Fonte: Google street view, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

142

Foto 4.8 Reservatório escritório central elevado 750m3

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 4.9 ETA Cidade Nova

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

143

Foto 4.10 ETA Cidade Nova

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014. Foto 4.11 ETA Cidade Nova – Detalhe do Reservatório apoiado 200m3

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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144

Foto 4.12 ETA Cidade Nova –Reservatório de Apoiado 600m3

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 4.13 Barragem de captação Biriba 2

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

145

Foto 4.14 Estrutura desativada Biriba 2

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 4.15: Reservatório elevado no conjunto Antônio Carlos Valadares 100m3

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Foto 4.16 Reservatório elevado no Alecrim 38m3

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

147

4.4 Consumo atual de água.

Segundo do Sistema Nacional de Informação do Saneamento – SNIS, o consumo médio do

brasileiro no ano de 2012 era de 163 litros por dia. Em Estância, o consumo médio per capita

no mesmo, ano era de 104,3 litros/dia por pessoa28.

Considerando a média apontada pelo SNIS, o consumo humano total anual de Água em

Estância, fica estimado, para população de 67.953 habitantes (IBGE estimativa 2014) a

demanda total de 7.087.497,9 litros por dia ou 7.087,5m3/dia.

A eficiência técnica do sistema apresentava em 2012, baseado no índice de perdas de

distribuição, era de 61,83%. Ou seja, para servir o município, o município precisou produzir e

distribuir 61,85% a mais do que o necessário.

Além do consumo humano, é importante destacar ainda o consumo de água demandado pela

pecuária e indústria, que demandam atualmente grande volume dos mananciais locais.

4.5 Dados operacionais SAAE

Segundo o SNIS, o Sistema Operacional da SAAE tinha em 2012 o Total de ligações ativas de

15.683, sendo que destas 14.810 eram residenciais. A síntese financeira operacional, aponta

uma receita operacional anual total de R$4.532.143,76 R$/ano.

Quadro 4.2 Síntese operacional SAAE, Água – SNIS 2012

Tipo de

Serviço

Índice de atendimento com rede

de água Consumo

médio per

capita de água

Índice de

perdas na

distribuição

Quantidade de ligações de

água

Quantidade

de economias

residenciais

ativas

População

total

População

urbana

Total (ativas

+ inativas) Ativas Água

% % l/hab./dia % lig. lig. econ.

IN055 IN023 IN022 IN049 AG021 AG002 AG013

Água 85,15 100 104,30 61,85 17.711 15.683 14.810

Fonte: SNIS 2012

28 SNIS IN022 2012

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

148

Quadro 4.3 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012

Tipo de

Serviço

Receita

operacional total Arrecadação total

Despesa total com os

serviços Despesa de exploração

R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano

FN005 FN006 FN017 FN015

Água 4.532.143,76 4.532.143,76 4.028.819,06 3.628.819,06

Fonte: SNIS 2012

Quadro 4.4 Síntese financeira operacional SAAE: Água – SNIS 2012

Investimentos realizados Despesa

total

média

Tarifa média

praticada

Índice de

suficiência

de caixa

Quantidade

equivalente de

pessoal total Total Água Esgotos

R$/ano R$/ano R$/ano R$/m3 R$/m3 % emprego

FN024 Obs. "e" Obs. "e" IN003 IN004 IN101 IN018

206.277,56 206.277,56 0,00 1,60 1,72 124,89 118,0

Fonte: SNIS 2012

4.6 Regulação, Controle e Fiscalização dos serviços.

A regulação, controle e fiscalização dos serviços de saneamento no estado do Sergipe, é

atualmente responsabilidade da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de Sergipe

- AGRESE. Criada em 28 de agosto de 2009, através da lei 6.661. Segundo texto da lei, em seu

artigo 4º a agencia tem por tem  por  finalidade  “exercer  o  poder  de  regular  e  de  fiscalizar  as  

concessões e permissões de serviços públicos nas quais o Estado de Sergipe, por disposição

legal ou delegação, figure como Poder Concedente ou Permitente, nos termos das normas

legais, regulamentares e contratuais pertinentes, e, em especial, das disposições da Lei n°

3.800, de 26 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o regime de concessão e permissão de

prestação de serviços públicos, pelo Estado  de  Sergipe”.

No âmbito municipal a regulação dos serviços públicos de água e esgoto sanitário do

SAAE estão estabelecidos pelo decreto nº2.402/1994, que regulamenta as relações

entre SAAE e seus usuários. As categorias de usuário ficam divididas em comercial,

residencial, pública e industrial.

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149

4.6.1 Tarifa Social

A lei n.1554/2012 normatiza a tarifa social dos serviços de água e esgoto no município de

Estância, decretada anteriormente pela lei 1.358/2009, que determina a tarifa aplicável a

domicílios com consumo de até 10m3 por mês e que estejam incluídos no Cadastro Único

(CadÚnico), ou que recebam benéfico de prestação continuada da assistência social.

Atualmente 9.999 economias residências são beneficiadas com a Tarifa Mínima29, sendo a

tarifa mínima praticada de R$15,93 R$/mês.

4.7 Qualidade da água consumida.

O quadro a seguir apresenta índices de qualidade de análises de água retirados do SNIS 2013.

Quadro 4.5 Indicadores de qualidade de água

Índice de conformidade da quantidade de amostra -

Cloro Residual

Incidência das análises de cloro residual fora do

padrão

Índice de conformidade da quantidade de amostra -

Turbidez

Incidência das análises de

turbidez fora do padrão

Índice de conformidade da quantidade de amostra - Coliformes

Totais

Incidência das análises de coliformes

totais fora do padrão

percentual percentual percentual percentual percentual percentual IN079 IN075 IN080 IN076 IN085 IN084

28,31 0,00 28,31 9,07 23,27 0,00 Fonte: SNIS 2013.

29 Informação referente a 31/12/2013, incluída no relatório de inclusão de informações do SNIS.

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150

4.8 Síntese e localização do SAA

Como síntese, o SAA da sede urbana pode ser resumido em 11 principais etapas, incluindo captação, tratamento e reservação, conforme apresentado no quadro e mapa abaixo.

Quadro 4.6 Síntese do Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana

Etapa Localização Cota(M)

Latitude Longitude

Subsistema – Sede/Centro

1. 1Captação (CAP1) Superficial: Piautinga S11º15’46,44” W37º26’35,57” 23.0

1.2 Estação de Elevação de Água Bruta (EAB1) S11º15’47,08” W37º26’34,15” 25.3

1.3 ETA 1 (Centro Sede) S11º15’38,78” W37º26’27,92” 39.7

1.4 Reservatório (RES1) apoiado 1.100m3 (ETA1 Sede) S11º15’38,60” W37º26’26,87” 39.7

1.5 Reservatório (RES2) elevado 750m3 (Centro/

Escritório SAAE)

S11º16’00,25” W37º25’05,18” 49.9

1.6 Reservatório (RES3) elevado 38m3 (Alecrim) S11º14’41,51” W37º27’14,54” 62.6

Subsistema – Bairro Cidade Nova

1.6 Captação (CAP2) Superficial: Riacho Biriba S11º13’46,36” W37º23’58,94” 20.0

1.7 ETA 2 (Cidade Nova) S11º14’32,11” W37º25’53,79” 47.0

1.8 Reservatório (RES4) apoiado - 600m3 S11º14’32,11” W37º25’53,79” 47.1

1.9 Reservatório (RES5) apoiado – 200m3 - - -

`Subsistema – Conjunto Antônio Carlos Valadares

1.10 Captação (CAP3) profunda (Poço Profundo) S11º14’31,53” W37º25’54,28” 47.5

1.11 Reservatório (RES6) elevado – 100m3 S11º14’31,53” W37º25’54,28” 47.4

Fonte: Base Cartográfica SAAE Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

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Mapa 4.5 Sistema de Abastecimento de Água na sede Urbana-SAA.

fonte: SAAE, PME, PMSB, 2014

Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014

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Mapa 4.6 Rede de distribuição existente na sede munícipio.

fonte: SAAE, PME, PMSB, 2014 Elaboração: Risco arquitetura urbana 2015

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153

4.9 Sistema de abastecimento de água na zona rural.

A  gestão  dos  sistemas  de  abastecimento  d’agua  da  zona  rural  do  município  de  Estância  é  de  

responsabilidade da Secretaria Municipal de Agricultura, que conta com apoio técnico do

SAAE. Devido a grande extensão territorial da zona rural de Estância, com aproximadamente

650km2, e as distancias entre os povoados, a solução mais utilizada e adequada aos sistemas

de abastecimento são os Poços artesianos. Nestas localidades, a inadequação ou ausência de

infraestrutura adequada, é a principal causa de doenças relacionadas a baixa qualidade da

água.

4.9.1   Leitura   do   documento   “infraestrutura   de   abastecimento   de   água – povoados do município   de   Estância”     - Secretaria de Agricultura do Município de Estância , Agosto de 2014.

O documento “infraestrutura   de   abastecimento   de   água   – povoados do município de

Estância”  apresenta em forma de relatório, a infraestrutura adequada para implantação nos

povoados do Rio Fundo III, Casulo, Muculunduba, Farnaval, Tibúrcio, Ouricuri, Saco do

Barbosa, Curimã, Miranga e Escola Agrícola do Povoado Araçás. Com aproximadamente 200

paginas, o documento traz para cada um dos povoados citados, um memorial descritivo, um

memorial de cálculo e a relação de materiais hidráulicos. Ainda como parte do documento, o

“Anexo   A”   traz   a   relação   de   materiais   hidráulicos   por   localidade,   incluindo   os   povoados  

Taquari, Dizilena, além dos povoados já citados anteriormente. As tabelas descritivas datam de

fevereiro de 2009, e todo o documento é assinado pelo engenheiro civil Marcus Paulo Rosa

Barbosa.

O relatório aponta que em decorrência da boa qualidade da água subterrânea presente em

toda a extensão rural (dado empírico) a solução recomendada é pontual e isolada através de

poços artesianos, com sistema composto por poço, adutora, reservatório ou chafariz, rede de

distribuição e ligação domiciliar .

À viabilidade e a opção de configuração da infraestrutura sugerida, tomou como referencia os

seguintes   fatores   limitantes:   “capacidade   de   produção   do   poços   artesianos,   quantidade   de  

habitantes  e  concentração  populacional,  relevo  favorável  e  infraestrutura  existente”.  (p.3)

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Quadro4.7 Situação dos poços artesianos dos Povoados 2009.

povoado Diâmetro da perfuração (M)

Nível Estático (M)

Nível Dinâmico (M)

Profundidade (M)

Profundidade de Instalação da Bomba (M)

Vazão ( L/s e M3/h)

Taquari 6 15,20 19,30 80,00 30,00 0,58 / 2,08

Dizilena 6 17,20 21,30 80,00 24,00 1,83 / 6,60

Rio Fundo III – 1 6 4,90 20,70 80,00 24,00 2,93 / 10,56

Rio Fundo III – 2 6 8,30 17,90 80,00 24,00 3,28 / 11,82

Casulo 6 4,00 21,50 80,00 24,00 1,95 / 7,01

Muculunduba 6 11,60 12,75 80,00 24,00 3,67 / 13,20

Farnaval 1 6 4,60 31,20 80,00 36,00 2,20 / 7,92

Farnaval 2 6 14,10 15,14 80,00 24,00 2,10 / 7,54

Tibúrcio 6 24,40 37,25 80,00 42,00 1,13 / 4,06

Ouricuri 6 14,00 15,70 80,00 24,00 2,10 / 7,54

Saco do Barbosa 6 10,90 21,30 80,00 24,00 3,61 / 12,98

Curimã 6 30,20 33,50 80,00 36,00 0,81 / 2,93

Miranga 6 22,00 38,90 70,00 42,00 0,92 / 3,30

Escola Agrícola Araçás

6 5,10 24,30 80,00 24,00 2,32 / 8,34

Fonte: Secretaria de Agricultura de Estância 2009. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

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Quadro 4.8 Localização dos poços artesianos dos Povoados 2009.

povoado latitude longitude

Taquari S  11º  11’  45,5” W  37º  22’  59,5”

Dizilena S  11º  13’  27,1”   W  37º  25’  40,2”

Rio Fundo III S  11º  09’  13,3” W  37º  20’  58,2”

Rio Fundo III S  11º  09’  3,6” W  37º  20’  51,2”

Casulo S  11º  13’  1,0” W  37º  27’  3,5”

Muculunduba S11º  14’  21,1” W  37º  22’  5,6”

Farnaval 1 S11º  15’  41,1” W37º  19’  52,4”

Farnaval 2 S11º  15’  33,1” W37º  19’  22,9”

Tibúrcio S11º  17’  45,0” W37º  22’  39,6”

Ouricuri S11º  16’  8,4” W37º  21’  36,6”

Saco do Barbosa S11º  10’  18,6” W37º  24’  13,3”

Curimã S11º  14’  2,2” W37º20’  37,5”

Miranga S11º  17’  49,8” W37º24’  6,2”

Escola Agrícola Araçás S11º  7’  35,1” W37º21’  58,8”

Fonte: Secretaria de Agricultura de Estância 2009. Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

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4.10 Ações para melhoria do SAA

Existem no município projetos e ações em curso para modernização e melhoria do atual

Sistema de Abastecimento de Água. Dentre as ações identificadas no período de diagnóstico

do PMSB, destaca-se a ação de substituição da rede de amianto existente.

4.10.1 Projeto para substituição de rede de distribuição de água de amianto por rede de

distribuição de PVC

Em 2008 foi publicado pela Prefeitura Municipal de Estância projeto para substituição de

15.738m de rede de amianto por rede de PVC. As ações abrangiam os bairro centro, Santa

Cruz,  Bonfim,  Porto  D’areia  e  Cidade  Nova.  Prevendo  a  substituição    de  uma  extensão  total  de  

3.270m de tubulação com DN75mm; 3.540m de tubulação com DN de 100mm; 5.628m de

tubulação com DN de 150mm; 666m de tubulação com DN de 200mm; 210m de tubulação

com DN de 250mm e 2.424m de tubulação com DN de 300mm.

O valor estimado para o projeto, no ano corrente de 2008 era de R$1,5 milhões, com execução

prevista para 6 meses.

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5. Situação dos serviços de esgotamento sanitário

5.1. Situação dos domicílios quanto à infraestrutura hidrosanitária de esgotamento

sanitário, caracterização da cobertura e identificação das populações não

atendidas

Para diagnóstico dos serviços de esgotamento sanitário foram analisados os dados estatísticos

do Censo 2010, em decorrência da inexistência de operação de serviços de saneamento básico

coletivos, não havendo portanto indicadores técnicos de prestação de serviço, operacionais e

financeiros.

A partir dos dados do Censo, identificou-se incialmente que no Município 97% dos domicílios

possuíam banheiros de uso exclusivo30 ou sanitários31 em condições adequadas, sendo que os

demais 3% constituem uma demanda emergencial para atendimento. Quando a destinação

final do esgoto doméstico é a fossa rudimentar para os efluentes da bacia sanitária e a guia/

meio fio ou a saia existente na fachada residencial, ou no quintal, para as águas cinzas.

A atual rede existente de coleta de esgotamento sanitário de Estância é caracterizada como

insuficiente e inapropriada. Composta em sua maioria por ramais compartilhados com de

escoamento de água pluvial, a rede está anexa a um emaranhado de pequenas redes

autoconstruídas, localizadas majoritariamente sob os lotes, e tendo como destino final os rios

locais (Piauitinga, Piauí). É comum o fluxo de água pluvial em toda a extensão da rede.

Não foi identificado no município Plano Diretor de esgotamento sanitário. Não foi identificada

rotina, ou mesmo dados preexistentes, sobre avaliação das condições dos corpos receptores

locais.

Quanto as infraestruturas adequadas, existiam, no momento de levantamento de dados para

realização deste diagnóstico, 6 pontos com soluções locais, sendo as tecnologias implantadas o

Digestor Anaeróbio de Fluxo Ascendente – DAFA e uma Zona de Raízes wetland.

Observa-se no gráfico 5.2 a seguir, o grande número de fossas rudimentares como solução de

disposição final de efluentes (90% dos domicílios) além de outros 2% de soluções também

30 Segundo o IBGE, o termo banheiro de uso exclusivo é definido como o cômodo que dispunha de chuveiro (ou banheira) e vaso sanitário (ou privada) e de uso exclusivo dos moradores, inclusive os localizados no terreno ou na propriedade. 31 Segundo o IBGE, o termo sanitário é definido como o local limitado por paredes de qualquer material, coberto ou não por um teto, que dispunha de vaso sanitário ou buraco para dejeções.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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inadequadas. Destacamos ainda que somente 6,15% dos domicílios apresentam fossas

sépticas, consideradas como uma solução adequada, dentro dos parâmetros normativos, à

destinação final de efluentes32.

Tendo em vista a inexistência serviço de coleta e tratamento de esgotos da Concessionária,

caracterizamos a atual destinação do esgotamento sanitário, conforme Gráfico, Tabela e

Quadros apresentados a seguir:

Tabela 5.1 Esgotamento Sanitário - situação domicílios

Tipo de abastecimento

de água

banheiro ou sanitário de uso exclusivo

banheiro ou sanitário exclusivo com esgotamento na rede geral ou pluvial

banheiro ou sanitário exclusivo e fossa séptica

banheiro ou sanitário exclusivo e fossa rudimentar

banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via vala

banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via rio, lago ou mar

banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via outro escoadouro

domicilio sem banheiro de uso exclusivo nem sanitário

Total Geral 17659 1711 1577 13694 336 136 205 536

(%) 97,05

% 9,69% 8,93% 77,55% 1,90% 0,77% 1,16% 2,95% Urbano 1

(domicílios) 14878 1676 876 11845 236 132 113 96

(%) 81,77

% 11,19% 5,85% 79,10% 1,58% 0,88% 0,75% 0,64% Urbano 2

(domicílios) 368 8 73 268 9 0 10 14

(%) 96,34

% 2,09% 19,11% 70,16% 2,36% 0,00% 2,62% 3,66% Total Urbano

(dom.) 15246 1684 949 12113 245 132 123 110

(%) 99,28

% 10,97% 6,18% 78,88% 1,60% 0,86% 0,80% 0,72% Povoados Colônias e

Assentamentos (dom.) 1794 3 536 1142 46 2 65 288

(%) 86,17

% 0,14% 25,74% 54,85% 2,21% 0,10% 3,12% 13,83% Rural Disperso

(dom.) 619 24 92 439 45 2 17 138

(%) 81,77

% 3,17% 12,15% 57,99% 5,94% 0,26% 2,25% 18,23% Total Rural

(dom.) 2413 27 628 1581 91 4 82 426

(%) 84,99

% 0,95% 22,12% 55,69% 3,21% 0,14% 2,89% 15,01% Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

32 Apesar do IBGE mencionar tais dados para uso de fossa séptica, durante visita de campo e consulta técnica aos gestores locais, foi identificada a quase inexistência deste tipo de fossa no munícipio.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Tabela 5.2 Situação do esgotamento domiciliar por Setores de Mobilização

Tipo de abastecimento de água

banheiro ou sanitário de uso exclusivo

banheiro ou sanitário exclusivo com esgotamento na rede geral ou pluvial

banheiro ou sanitário exclusivo e fossa séptica

banheiro ou sanitário exclusivo e fossa rudimentar

banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via vala

banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via rio, lago ou mar

banheiro ou sanitário exclusivo e esgotamento via outro escoadouro

domicilio sem banheiro de uso exclusivo nem sanitário

1.Sede Centro 7.356 564 444 6.244 58 16 30 17 2. Sede Sul 3.046 334 156 2.294 133 115 14 28 3. Sede Norte 3.804 772 236 2.682 44 1 69 46 4. Colônia Rio Fundo (Cazuza, Araçá) 179 1 43 133 1 0 1 4 5. Colônia Entre Rios 106 0 0 106 0 0 0 11 6. Estâncinha 164 0 163 0 0 0 1 17 7. Mato Grosso + *Entre Rios 17 0 0 17 0 0 0 3

8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa) 196 0 176 20 0 0 0 25 9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 144 17 64 18 37 2 6 18 10. Vertentes 144 0 0 120 10 0 14 20

11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 183 0 35 130 5 0 13 24 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 80 0 2 78 0 0 0 52

13. Farnaval* + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 185 1 0 153 3 1 27 80 14 Abais 744 8 56 657 13 0 10 44 15 Porto do Mato 404 1 153 241 1 1 7 48 RURAL DISPERSO 636 9 49 535 31 0 12 98 TOTAL 17.388 1.707 1.577 13.428 336 136 204 535

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

160

Tabela 5.3 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário. Nº

do

Seto

r Cen

sitár

io

Setor de mobilização ba

nhei

ro o

u sa

nitá

rio d

e us

o ex

clusiv

o

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o co

m

esgo

tam

ento

na

rede

ge

ral o

u pl

uvia

l

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

foss

a sé

ptica

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

foss

a ru

dim

enta

r

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

esgo

tam

ento

vi

a va

la

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

esgo

tam

ento

vi

a rio

, lag

o ou

mar

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

esgo

tam

ento

vi

a ou

tro

esco

adou

ro

dom

icilio

sem

ban

heiro

de

uso

exclu

sivo

nem

sa

nitá

rio

V016 V017 V018 V019 V020 V021 V022 V023 1 1.Sede Centro 249 73 11 154 10 0 1 0 2 1.Sede Centro 215 6 0 209 0 0 0 1 3 1.Sede Centro 236 67 20 147 0 0 2 0 4 1.Sede Centro 356 3 0 347 5 0 1 1 5 1.Sede Centro 205 4 0 201 0 0 0 0 6 1.Sede Centro 270 15 14 240 1 0 0 0 7 2. Sede Sul 365 74 16 258 10 2 5 0 8 2. Sede Sul 434 39 13 224 107 50 1 3 9 2. Sede Sul 302 54 106 93 1 48 0 2

10 2. Sede Sul 174 29 0 144 0 0 1 0 11 2. Sede Sul 308 19 0 285 2 2 0 0 12 2. Sede Sul 113 47 0 63 1 0 2 6 13 2. Sede Sul 132 0 0 131 0 0 1 2 14 2. Sede Sul 164 51 0 103 1 8 1 5 15 2. Sede Sul 137 2 0 135 0 0 0 0 16 2. Sede Sul 244 5 0 237 2 0 0 2 17 1.Sede Centro 196 24 18 153 0 1 0 0 18 1.Sede Centro 126 0 0 125 0 0 1 1 19 1.Sede Centro 268 17 1 239 0 5 6 2 20 1.Sede Centro 323 52 0 258 2 7 4 3 21 1.Sede Centro 239 85 24 130 0 0 0 0 22 1.Sede Centro 295 2 1 281 8 0 3 1 23 1.Sede Centro 200 2 0 187 10 1 0 0 24 1.Sede Centro 251 8 0 243 0 0 0 1 25 1.Sede Centro 179 2 171 6 0 0 0 0 26 1.Sede Centro 212 0 0 210 0 0 2 0 27 1.Sede Centro 170 25 66 72 3 1 3 0 28 1.Sede Centro 221 43 70 107 0 0 1 0 29 1.Sede Centro 305 52 25 224 0 0 4 0 30 1.Sede Centro 201 2 9 189 1 0 0 0 31 1.Sede Centro 380 4 0 375 1 0 0 1 32 1.Sede Centro 186 9 1 175 0 0 1 0 33 1.Sede Centro 203 2 7 192 2 0 0 1 34 1.Sede Centro 245 8 2 235 0 0 0 0 35 1.Sede Centro 167 150 0 17 0 0 0 0 36 3. Sede Norte 271 47 5 204 14 0 1 5 37 3. Sede Norte 294 53 2 231 1 0 7 2 38 3. Sede Norte 212 0 2 208 0 0 2 2 39 3. Sede Norte 200 30 165 3 0 0 2 0 40 3. Sede Norte 170 1 0 168 0 0 1 0 41 3. Sede Norte 163 155 1 6 0 0 1 0 42 3. Sede Norte 278 2 1 273 2 0 0 0 43 3. Sede Norte 304 4 0 300 0 0 0 2 44 3. Sede Norte 243 0 0 243 0 0 0 0 45 3. Sede Norte 133 0 0 133 0 0 0 0 46 3. Sede Norte 156 5 0 147 4 0 0 0 47 3. Sede Norte 281 11 2 244 10 0 14 0 48 3. Sede Norte 258 74 6 176 0 0 2 1 49 3. Sede Norte 225 31 1 192 1 0 0 0 50 3. Sede Norte 81 1 2 66 12 0 0 31 51 3. Sede Norte 39 0 0 32 0 0 7 3 52 3. Sede Norte 37 0 36 1 0 0 0 3

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

161

Tabela 5.4 Situação do esgotamento domiciliar por Setor Censitário. Continuação Nº

do

Seto

r Cen

sitár

io

Setor de mobilização ba

nhei

ro o

u sa

nitá

rio d

e us

o ex

clusiv

o

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o co

m

esgo

tam

ento

na

rede

ge

ral o

u pl

uvia

l

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

foss

a sé

ptica

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

foss

a ru

dim

enta

r

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

esgo

tam

ento

vi

a va

la

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

esgo

tam

ento

vi

a rio

, lag

o ou

mar

banh

eiro

ou

sani

tário

ex

clusiv

o e

esgo

tam

ento

vi

a ou

tro

esco

adou

ro

dom

icilio

sem

ban

heiro

de

uso

exclu

sivo

nem

sa

nitá

rio

V016 V017 V018 V019 V020 V021 V022 V023 53 14 Abais 43 0 0 42 1 0 0 5 54 14 Abais 29 0 0 29 0 0 0 0 55 14 Abais 113 2 16 77 8 0 10 0 56 14 Abais 91 4 0 87 0 0 0 6 57 14 Abais 52 1 38 13 0 0 0 0 58 15 Porto do Mato 69 0 68 0 0 0 1 0 59 15 Porto do Mato 28 0 14 13 1 0 0 0 60 15 Porto do mato

central 228 0 7 215 0 1 5 31

61 15 Porto do Mato 101 1 0 100 0 0 0 3 62 14 Abais 17 0 0 17 0 0 0 3 63 7. Mato Grosso +

*Entre Rios 164 0 163 0 0 0 1 17

64 6. Estâncinha 106 0 0 106 0 0 0 11

65 5. Colônia Entre Rios 179 1 43 133 1 0 1 4

66 4. Colônia Rio Fundo (Cazuza, Araçá) 183 0 35 130 5 0 13 24

67

11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 104 0 0 88 2 1 13 30

68 13. Farnaval, Curimã 81 1 0 65 1 0 14 50 69 13. Farnaval* +

Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã

80 0 2 78 0 0 0 52 70 12. Ouricuri, Tibúrcio,

Mocambo, 90 0 28 35 26 0 1 21

71 Rural disperso 44 3 0 41 0 0 0 26 72 Rural disperso 27 0 26 0 0 0 1 17 73 15 Porto do Mato 0 0 0 0 0 0 0 0 74 Rural disperso 18 0 0 18 0 0 0 2 75 2. Sede Sul 211 2 2 205 1 0 1 2 76 Rural disperso 90 3 0 79 0 0 8 12 77 Rural disperso 178 0 0 172 4 0 2 37 78 Rural disperso 144 17 64 18 37 2 6 18 79 9. Agua branca + PA

Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras)

196 0 176 20 0 0 0 25 80 8. Riachão do Teté

(Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa)

144 0 0 120 10 0 14 20 81 10. Vertente 41 0 0 39 0 0 2 0 82 3. Sede Norte 173 2 3 165 0 1 2 3 83 2. Sede Sul 256 1 1 244 9 1 0 1 84 2. Sede Sul 200 1 3 191 1 3 1 4 85 2. Sede Sul 207 4 0 203 0 0 0 0 86 1.Sede Centro 299 4 17 278 0 0 0 0 87 1.Sede Centro 163 3 0 160 0 0 0 0 88 1.Sede Centro 148 4 0 137 6 1 0 3 89 1.Sede Centro 166 8 0 158 0 0 0 0 90 1.Sede Centro 162 33 0 129 0 0 0 0 91 1.Sede Centro 270 13 0 256 0 0 1 0 92 1.Sede Centro 236 0 1 227 8 0 0 0 93 1.Sede Centro 288 208 49 0 0 1 30 0 94 3. Sede Norte 212 0 2 210 0 0 0 1 95 14 Abais 23 1 19 3 0 0 0 0 96 Rural disperso 118 1 2 111 4 0 0 26 97 14 Abais 0 0 0 0 0 0 0 0 98 1.Sede Centro 271 4 0 266 0 0 1 1

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

162

Gráfico 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Gráfico 5.2 Destino do Esgotamento Sanitário

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

163

Quadro 5.1 Instalações Sanitárias - situação domicílios

Situação Domicílios Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo 17.659 Domicílios sem banheiro de uso exclusivo 536

TOTAL 18.195 Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Quadro 5.2 Destino do Esgotamento Sanitário

Destinação Domicílios

rede geral de esgoto ou pluvial (V017) 1711 fossa séptica (V018) 1577 fossa rudimentar (V019) 13.694 esgotamento sanitário - vala (V020) 336 rio, lago ou mar (V021) 136

outro escoadouro (V022) 205

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Os mapas apresentados a seguir 33 , revelam a distribuição geográfica destes

indicadores:

33 Os mapas apresentados a seguir, tem como unidade de medida o número de domicílios. Já os números que aparecem no interior do mapa se referem aos dígitos finais do setor censitário, fazendo alusão as tabelas 5.2, 5.3 e 5.4

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

164

Mapa 5.1 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – Município (V016)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

165

Mapa 5.2 Domicílios com Banheiro de Uso Exclusivo ou Sanitário – sede (V016)

Fonte: IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

166

Mapa 5.3 Domicílios sem Banheiro de Uso Exclusivo nem Sanitário – Município (V023)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

167

Mapa 5.5 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rede geral de esgoto ou pluvial

por– Município (V017)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

168

Mapa 5.4 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rede geral de esgoto ou pluvial

Sede

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

169

Mapa 5.5 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – Município

(V018)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

170

Mapa 5.6 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas sépticas – sede (V018)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

171

Mapa 5.7 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares –

Município (V019)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

172

Mapa 5.8 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – fossas rudimentares – sede

(V019)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

173

Mapa 5.9 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – via vala – Município (V020)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

174

Mapa 5.10 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – direto em valas – sede (V020)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 5.11 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar – Município

(V021)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 5.12 Domicílios e destinação de esgotamento sanitário – rio, lago ou mar - sede (V021)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

177

5.2 Pontos críticos na sede urbana, indicação de áreas de risco de contaminação e

áreas potencialmente já contaminadas.

Dentre alguns pontos de maior precariedade em relação a atual situação de despejo de

efluentes de esgoto no município, destacamos 13 áreas selecionadas a partir de visitada de

campo realizada para diagnóstico:

A01 - Localizado no Bairro Santa Cruz, próximo ao prédio da polícia feminina, o local consiste

em uma área cercada com declive levemente acentuado, com proximidade de algumas

residências e reservatório suspenso de água. Foi indicada a presença de uma nascente de água

no local e o lançamento de efluentes domésticos sem tratamento, ocasionando a potencial

contaminação da nascente.

P02 - Ainda no bairro Santa Cruz, dentro de uma propriedade particular que fica localizada as

margens da BR 101, foi verificado a presença de esgoto não tratado e não canalizado, disposto

a céu aberto sobre a rua, além de alguns focos de descarte inadequado de resíduos sólidos

domésticos e da construção civil. Este local é o último ponto de conjunção antes do efluente

ser lançado no rio Piauí.

P03 - Localizado no encontro dos rios Piauí e Piauitinga. Próximo a barragem, foi identificada a

presença de espuma com coloração avermelhada, o que indica o lançamento de efluentes

industriais no local, sem o devido tratamento.

P04 – Bairro Santa Cruz, ao lado da Associação de Moradores, numa região conhecida como

“Irã   – Iraque”   identificou-se um córrego que recebe uma grande vazão de efluentes

domésticos e águas pluviais. Este córrego desagua no rio Piauitinga.

P05 – Localizado próximo ao centro da cidade. O terreno recebe todo o esgoto proveniente do

centro da cidade. As ruas no entorno foram recentemente pavimentadas, porém foi

identificada obras de infraestrutura de esgoto. No local foi informado que há uma lagoa

dentro de propriedade particular e que existe tubulação de esgoto passando próxima a esta

lagoa. Ao longo do muro que cerca a propriedade existem várias aberturas com canaletas que

sugerem o recebimento de efluentes ou águas pluviais.

P06 – Conjunto Nivaldo Silva (Ex-Matadouro), localizado as margens da BR 101. O conjunto

não possui infraestrutura para efluentes, foi identificado várias tubulações danificadas, bocas

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

178

de lobo obstruídas e o lançamento de grande volume de efluentes domésticos a céu aberto e

acúmulo de resíduos sólidos domiciliares no local. No rio que passa atrás do conjunto foi

verificado vários pontos de lançamento de esgoto in natura. Populares nos passaram

informações de lançamento de efluentes com coloração avermelhada e em temperaturas

elevadas, o que sugere o lançamento indevido de efluentes industriais com alto potencial

poluidor no rio.

P07 – Posto Estanciano, as margens da BR 101. Foi indicado o local que segundo informações

do professor Palomares é utilizado para lançamento de efluente industrial. O local fica

próximo à estação de captação de água do SAAE.

P08 – Centro, ao lado da autopeças Bomfim, identificado ponto de recebimento de esgoto,

com proximidade do mercado municipal da cidade. No local foi identificado resíduo de óleo

automotivo e resíduos domiciliares.

P09 – Ponto de lançamento de efluentes domésticos no rio Piauitinga próximo ao Asilo. No

local existem algumas manilhas de concreto abandonadas e esgoto correndo a céu aberto

numa espécie de córrego. No local há indícios de capina, diferente dos demais locais visitados,

em que a vegetação encobria todo o local.

P10 - Local próximo à captação do SAAE. Maior foco de lançamento de efluente doméstico

encontrado, a jusante do ponto de captação do SAAE, onde foi encontrado focos de depósito

de resíduos sólidos e coloração esverdeada da água, indicando alta carga orgânica depositada

no rio.

P11 – Bairro Alagoas, atrás da Subestação de energia elétrica. Região com características de

ocupação irregular e presença de focos de descarte irregular de resíduos da construção civil.

P12 – Região   conhecida   como   “Cigano”.   Local   com   pequenos   pastos,   próximo   ao rio, é

utilizado com retirada ilegal de areia, possui vários focos de lançamento de esgoto doméstico.

Recebe o esgoto do bairro Alagoas e fica atrás do 6º Batalhão de Polícia Militar.

P13 - BR 101 Próximo ao Riacho do Cuí. Foi indicado o local onde havia uma boca de lobo e a

presença de odores que sugeriam a presença de efluentes industriais.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

179

Foto 5.1 Barragem Rio Piauitinga

Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.

Foto 5.2 Fossa rústica como destinação final no conjunto Nivaldo silva.

Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

180

Foto 5.3 Tubulação de esgotamento sanitário despejando efluentes diretamente no córrego

Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.

5.3 – infraestrutura existente

O presente diagnóstico identificou a existência de 6 DAFAs em todo o município sendo um

deles anexado a zona de raízes situada e rede coletora no bairro Alecrim. Contam também

ações em fase de implantação na Praia do Saco e Abaís, todos com projetos executivos

realizados pela L.J. Engenharia entre 2009 e 2014.

Em vistoria in-loco, acompanhada por engenheiro da Prefeitura, verificou-se que a wetland

encontrava-se com grande acumulo de sedimentos e areia em seu interior, apontando para a

possível falta de manutenção, ou mesmo ineficiência do atual sistema.

O projeto executivo existente para a praia de Abaís, conta com a previsão de uma ETE e cinco

EEs. Já o sistema previsto para praia do Saco, que incorpora também o povoado de Porto do

Mato, considera a previsão de uma ETE e nove estações elevatórias. Ambos os sistemas estão

na região com prestação de serviços da DESO.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

181

Foto 5.4 Zona de Raízes - Wetland Bairro Alecrim

Fonte: Risco Arquitetura Urbana 2014.

Figura5.1 Detalhe do projeto de concepção da rede de Esgoto do Alecrim (wetland).

fonte: LJ Engenharia 2009.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

182

6. Situação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos

sólidos

Este capítulo discorre sobre a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos, englobando

análise dos serviços prestados e das infraestruturas existentes no município de Estância.

A limpeza urbana envolve os serviços de varrição, capina e roçada e o manejo de resíduos

sólidos envolve a coleta e a destinação de resíduos sólidos domiciliares (RDO), resíduos

públicos provenientes da limpeza de logradouros (RPU), as coletas de resíduos dos serviços de

saúde (RSS) e os resíduos da construção e demolição (RCD), estes últimos também

identificados como resíduos da construção civil (RCC).

6.1. Análise da situação da gestão do serviço - indicadores

6.1.1. Indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)34

Este item apresentará a situação da gestão dos serviços de limpeza urbana e manejo de

resíduos sólidos com base em indicadores técnicos, operacionais e financeiros disponibilizados

no SNIS. A última versão publicada oficialmente pela Secretaria Nacional de Saneamento

Ambiental (SNSA), vinculado ao Ministério das Cidades, é do ano base de 2012, com apenas 13

municípios do Estado do Sergipe tendo fornecido dados para compor este documento (de um

total de 78 municípios). A declaração de dados anterior à de 2013 realizada pela Prefeitura do

Município de Estância ocorreu em 2010.

Estes indicadores são autodeclarados pelos poderes executivo municipais, sendo que para os

Resíduos Sólidos a responsabilidade foi delegada em Estância, ao Departamento de Meio

Ambiente, vinculado à Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura Municipal de Estância.

Os dados utilizados nesta análise do diagnóstico do PMSB de Estância são os da Coleta 2013,

disponibilizados em caráter preliminar, ainda em análise para validação da SNSA, sendo

portanto passíveis de ajustes ao longo do desenvolvimento deste PMSB.

Avaliando que os dados fornecidos para 2013 não abrangem todo o universo de indicadores

previstos no SNIS, a seguir listamos os dados disponibilizados e comparamos com os dados do 34 SNIS – Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento – www.snis.gov.br.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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SNIS 2012, apresentando as médias para a mesma faixa populacional35, média para municípios

do Nordeste e para o Brasil.

Em Estância, identificamos que os dados passíveis de tal análise são:

ÍNDICES DE COBERTURA DO SERVIÇO DE COLETA DOMICILIAR (RDO)36

I015 - a relação se faz entre a população total atendida (declarada pelo município no campo

Co164) com a população total do IBGE para o ano de referência.

Quadro 6.1 índice I015

Estância 85,02% Faixa Populacional 2 87,09% Nordeste 88,00% Brasil 93,10%

Gráfico 6.1 índice I015

Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014. Neste indicador observa-se que o município encontra-se abaixo da média de municípios do

mesmo porte, das médias para o Nordeste e para o Brasil. Ao se comparar este Índice com o

próximo (I016), pode-se concluir que o problema está na cobertura do serviço nas áreas rurais

do município, assim como nas áreas urbanas litorâneas.

35 Classificação de municípios da amostra do SNIS-RS 2012, por faixas, segundo população total Faixa populacional Intervalo da faixa *2 - de 30.001 a 100.000 habitantes. SNIS-RS, 2012. 36 Ressaltamos   que   “para o SNIS-RS a frequência mínima admitida é de uma vez por semana, tanto para zona urbana quanto para zona rural. Contudo, vale ressaltar que não se leva em consideração, neste momento, o tipo de coleta adotada - se direta (porta-a-porta) ou através de sistema estacionário  (caçambas)”. SNIS-RS, 2012.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

184

Ainda que a coleta regular de resíduos sólidos em área rural seja um desafio do ponto de vista

logístico e do custo de operação, este indicador torna clara a necessidade de se buscar outras

alternativas para saneamento do problema da destinação dos resíduos sólidos.

I016 - relaciona a população urbana atendida (declarada pelo município no campo Co050)

com a população urbana do SNIS/IBGE.

Quadro 6.2. índice I016

Estância 100,00% Faixa Populacional 2 97,40% Nordeste 97,80% Brasil 98,30%

Gráfico 6.2 índice I016

Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

Neste indicador observa-se que o município encontra-se acima da média de municípios do

mesmo porte, das médias para o Nordeste e para o Brasil, com 100% de atendimento.

Ressalva-se porém, ao analisar os mapas 6.1 a 6.5 a seguir e o quadro 6.3 com dados

detalhados do Censo IBGE 2010, que há domicílios em área urbana que não destinam seu

lixo para a coleta (seja ela em caçambas de limpeza ou porta-a-porta). O quadro abaixo

resume estes dados:

Quadro 6.3: Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas

DESTINO DO LIXO SEDE URBANA LITORAL URBANO ÁREA URBANA MUNICIPAL

domicílios % domicílios % domicílios %

Coletado (V035) 13314 97,13% 582 48,02% 13.896 93,14%

Não Coletado 393 2,87% 630 51,98% 1.023 6,86%

total 13707 100% 1212 100% 14.919 100%

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

185

Assim, entendemos que a diferença do Índice para a área urbana da sede possa ter se

aproximado dos 100% entre 2010 (IBGE) e a coleta de dados do SNIS 2013. No entanto, além

do Índice de atendimento na área rural litorânea ser bastante desfavorável a essa virada de

gestão, outras informações coletadas nas oficinas participativas indicam que de fato os

números reais não são de 100% de atendimento.

Sugerimos, portanto, a retificação do Índice I016 para 93,14%, mais condizente com a

realidade encontrada no município.

A seguir apresentamos mapa que apresenta o I8 - Índice de Domicílios sem coleta de

Resíduos Sólidos, com variando entre 5% (áreas urbanas da sede e litoral e povoados de

maior porte) e entre 35 e 39% nas regiões de maré e demais áreas rurais afastadas.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 6.1. Domicílios sem Coleta de Resíduos Sólidos Domiciliares – Indice 0837

37 Os índices em (%) por cobertura de serviço estão apresentados e detalhados no último capitulo deste caderno

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Fonte: IBGE Cidades 2010. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

MASSA COLETADA PER CAPITA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES E PÚBLICOS

(RDO+RPU)

I021 - Índice de massa coletada (RDO+RPU) per Capita em Relação à População Urbana.

Quadro 6.4 índice I021

Estância 1,06 kg.hab x dia Faixa Populacional 2 0,87 kg.hab x dia Sergipe 1,00 kg.hab x dia Nordeste 1,17 kg.hab x dia Brasil 1,00 kg.hab x dia Gráfico 6.3 índice I021

Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014. Neste indicador observa-se que o município encontra-se acima da média em relação a

municípios do mesmo porte, de outros municípios no Sergipe e em relação à média do Brasil,

mas abaixo da médias para o Nordeste. Ressalta-se que a tendência é de que quanto maior e

mais rico o município, maior este Índice.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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COLETA SELETIVA E RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS

I031 – Taxa de recuperação de materiais recicláveis em relação à quantidade total (RDO + RPU) coletada.

Quadro 6.5 índice I031

Estância 0,04% Faixa Populacional 2 4,10% Brasil 4,70% Gráfico 6.4 índice I031

Fonte: SNIS 2012. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

Neste indicador, observa-se uma taxa ínfima de recuperação de materiais recicláveis no

município, de valor absoluto quase desprezível em comparação com a média de municípios da

mesma faixa populacional ou média do país (ainda que estas também possuam índices abaixo

do desejável).

No entanto, pelas vistorias de campo e oficinas participativas, entende-se que este número

possa ser maior do que o fornecido ao SNIS, umas vez que foram identificados outros agentes

que promovem a coleta seletiva, ainda que de forma não oficial. Deste modo, por se tratar de

dados preliminares fornecidos ao SNIS 2013, atentamos para a possibilidade de haver

inconsistência de informações, que poderão ser retificadas em momento oportuno.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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6.1.2. Indicadores Censo IBGE 2010

Os indicadores disponíveis quanto aos resíduos sólidos domiciliares no Censo IBGE 2010 estão

agrupados por setores censitários e correspondem às seguintes variáveis da planilha Dom_01

(domicílios 01), apresentados a seguir:

•  Coletado  por  serviço  de  limpeza  - V036 - quando o lixo do domicílio é coletado diretamente

por serviço de empresa pública ou privada;

•   Coletado em caçamba de serviço de limpeza - V037 - quando o lixo do domicílio é

depositado em uma caçamba, tanque ou depósito, fora do domicílio, para depois ser coletado

por serviço de empresa pública ou privada;

•  Queimado (na propriedade) V038 - quando o lixo do domicílio é queimado no terreno ou

propriedade em que se localizava o domicílio;

•  Enterrado (na propriedade) V039 - quando o lixo do domicílio é enterrado no terreno ou

propriedade em que se localizava o domicílio;

•   Jogado   em   terreno   baldio   ou   logradouro   V040 - quando o lixo do domicílio é jogado em

terreno baldio ou logradouro público;

•  Jogado em rio, lago ou mar V041 - quando o lixo do domicílio é jogado em rio, lago ou mar;

•   Outro destino - V042 - quando o lixo do domicílio tinha destino diferente dos descritos

anteriormente.

Para analisar separadamente os dados referentes à destinação dos RSD, realizamos da

seguinte forma:

•  Coletado  - V035 – somatória das variáveis V036 e V037;

•  Não  coletado  - V035 – somatória das variáveis V038 a V042;

Após a análise dos dados, geramos mapas, com divisão dos setores censitários do município no

qual estas variáveis podem ser identificadas no território, possibilitando uma análise

geográfica da situação do manejo de RSD no município. A seguir os dados gerais para todo o

Município de Estância:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 6.6 Resíduos Sólidos – destinação no município

DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES Número de domicílios

TOTAL MUNICÍPIO

Coletado (V035) 14.881 Coletado por serviço de limpeza (V036) 14.097 Coletado em caçamba de serviço de limpeza (V037) 784 Não Coletado (somatória de V038 a V042) 3314 Lixo queimado na propriedade (V038) 2517 Lixo enterrado na propriedade (V039) 120 Lixo jogado em terreno baldio ou logradouro (V040) 606 Lixo jogado em rio, lago ou mar (V041) 3 Outro destino (V042) 68 Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Considerando os dados do Censo IBGE 2010 representados na tabela anterior, temos que 18%

dos resíduos sólidos urbanos do Município de Estância não são coletados (somatório de V038 a

V042), 4% são coletados por caçamba de serviço de limpeza (V037) e 78% através de coleta

porta-a-porta (V036).

Gráfico 6.5 Resíduos sólidos coletados – destinação no Município

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Já o destino dos resíduos sólidos não coletados é majoritariamente a queima na propriedade

(V038) com 76%, seguido pela disposição em terreno baldio ou logradouro (V040) com 18%,

enterrado na propriedade (VO39) com 4% e ainda outro destino não especificado (VO042) que

soma outros 2%.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 6.6 Resíduos sólidos não coletados – destinação no Município

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Conforme se observará nos mapas a seguir, é clara a divisão geográfica dos serviços de coleta

porta-a-porta dos RSD (mapa 6.2), que atinge principalmente a área urbana do município

localizada na sede (setor mais escuro do mapa), com exceção de alguns bairros situados nos

setores nordeste. Estes, conforme se observa no mapa a seguir (mapa 6.3), são atendidos por

caçambas de limpeza, assim como os bairros mais periféricos localizados à sudeste da sede

urbana (bairros de Porto de Areia e Santa Cruz). Também há uma predominância desta

modalidade nas áreas urbanas litorâneas de Porto do Mato e Praia do Saco, à sudeste do

município, bem como do setor censitário ao norte da área urbana litorânea da Praia de Abaís.

Já na sequência de mapas que trata dos RSD não coletados (mapas 6.4 a 6.6), identifica-se uma

clara predominância de domicílios cuja destinação dos RSD é a queima. Destaca-se também

que na área litorânea fora das áreas urbanas mais consolidadas os RSD são enterrados. Por

último, nos setores oeste do município, há incidência de quantidade significativa de domicílios

que simplesmente jogam em terreno baldio ou logradouro, podendo identificar-se também

que domicílios de alguns bairros mais periféricos da sede urbana também dão este destino aos

seus resíduos.

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Mapa 6.2 Resíduos Sólidos coletados – coleta (V036)

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Mapa 6.3 Resíduos Sólidos – coletado em caçamba (V037)

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Mapa 6.4 – Resíduos Sólidos – queimado na propriedade (V038)

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Mapa 6.5 – Resíduos Sólidos – enterrado na propriedade (V039)

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Mapa 6.6 – Resíduos Sólidos – jogado no terreno baldio ou logradouro (V040)

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O serviço de coleta de lixo por serviço de limpeza atende 78% do município (14.097

domicílios). No entanto, ressaltamos a grande diferenciação entre áreas urbanas (sede

municipal urbana e litoral urbano) e rurais (aglomerados rurais ou domicílios em áreas rurais

dispersas), conforme quadros abaixo:

Quadro 6.7 Resíduos Sólidos – destinação áreas urbanas

DESTINO DO LIXO Número de Domicílios

SEDE URBANA LITORAL URBANO

Coletado (V035) 13.314 582

Coletado por serviço de limpeza (V036) 12762 465

Coletado em caçamba de serviço de limpeza (V037) 552 117

Não Coletado 393 630

Lixo queimado na propriedade (V038) 94 544

Lixo enterrado na propriedade (V039) 6 49

Lixo jogado em terreno baldio ou logradouro (V040) 283 31

Lixo jogado em rio, lago ou mar (V041) 0 0

Outro destino (V042) 10 6

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Gráfico 6.7 Resíduos sólidos – destinação nas áreas urbanas (sede)

Fonte: Censo IBGE 2010 elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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6.2. Análise crítica do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos do Consórcio Sul

O Município de Estância é integrante de Consórcio Intermunicipal regulamentado pela Lei

Estadual nº 11.107/2005, denominado Consórcio Aterro Sanitário da Região Sul, Centro Sul do

Estado de Sergipe – CONSENSUL, estabelecido através da Lei Municipal 1504/2011.

Atualmente em fase de elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do

Consórcio Sul Sergipano, que abrange 16 municípios e 454.784 habitantes 38 , tendo

participação dos seguintes municípios: Estância, Arauá, Boquim, Pedrinhas, Salgado, Indiaroba,

Cristinápolis, Tomar do Geru, Itabaianinha, Tobias Barreto, Lagarto, Simão Dias, Poço Verde,

Santa Luzia do Itanhy, Umbaúba e Riachão do Dantas, todos no Estado de Sergipe39.

Figura 6.1 Sergipe – consórcios territoriais de saneamento

Fonte: Plano Estadual de Regionalização da Gestão dos Resíduos Sólidos de Sergipe. Elaboração: Grupo de Resíduos Sólidos do IFS.

38 Fonte: Plano Estadual de Regionalização da Gestão dos Resíduos Sólidos de Sergipe. Elaboração: Grupo de Resíduos Sólidos do IFS. Os dados de população se referem a dados demográficos do ano de 2007. 39 De acordo com Indicadores PO042, PO043, PO045 e PO046 do SNIS 2013.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Atualmente em fase de validação dos produtos elaborados, já foi disponibilizado uma versão

preliminar pela SEMARH (órgão gestor do contrato), cujo conteúdo utilizamos para as

caracterizações dos dados municipais referentes aos resíduos sólidos e comparações com

outros municípios do Estado do Sergipe.

6.3. Descrição da situação dos sistemas (infraestrutura, tecnologia e operação)

O município, apesar de contar com local próprio para disposição final dos resíduos sólidos no

município, não segue procedimentos de gestão ou cuidados ambientais mínimos necessários à

correto tratamento dos resíduos. Atualmente a infraestrutura de serviços de resíduos sólidos

de Estância é constituída unicamente pela Unidade de Processamento - depósito de lixo

municipal (ver item 6.3.3).

Já a operação do sistema de coleta, transporte e disposição final dos resíduos sólidos do

Município de Estância é misto, sendo realizado em parte pelo Departamento de Meio

Ambiente da Secretaria Municipal de Urbanismo e em parte através de contrato específico

com empresa particular, que atua principalmente no transporte dos resíduos sólidos

coletados, através de caminhões fechados ou para transporte de caçambas de limpeza. Há

também o transporte de material reciclável transportado após triagem no lixão municipal,

acondicionado em sacos, em caminhão com caçamba aberta.

6.3.1. Acondicionamento

Como já foi descrito anteriormente, os resíduos sólidos do município são coletados de duas

formas: através de caminhões que fazem a coleta porta a porta e através de caçambas.

No primeiro caso, o acondicionamento dos resíduos é feito de maneira correta e não vem

trazendo complicações à gestão dos resíduos sólidos no município. No segundo caso, no

entanto, observa-se problemas sérios de transbordamento das caçambas, acúmulo de lixo no

entorno, vazamento de sacos e presença de mau cheiro, ratos, baratas, moscas e demais

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insetos. Esta situação foi observada em diversas localidades nas visitas de campo e também

relatada durante as oficinas participativas pelos próprios moradores.

A maior causa deste problema de acondicionamento até a coleta e destinação dos resíduos se

deve, principalmente, à relação insuficiente de caçambas por domicílios e a baixa frequência

de recolhimento dos resíduos (geralmente uma vez por semana). Associado a isso e também o

fato de não ser devidamente fechado, sofrendo com a ação do sol (causando mau cheiro) e da

chuva (transbordamento de chorume), bem como e sofrendo com ação dos animais citados

anteriormente, bem como da falta de cuidado dos moradores ao depositar o lixo, que também

pode ser apontado como fator contribuinte, ainda que menos representativo em relação aos

demais problemas apontados acima.

Foto 6.1 caçamba de coleta de resíduos sólidos – povoado rural

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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Foto 6.2 caminhão de coleta de resíduos sólidos no centro de Estância

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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202

6.3.2 Coleta e transporte de resíduos sólidos

Os serviços de coleta e transporte dos resíduos sólidos domiciliares do município são

realizados pela própria prefeitura e por empresa contratada, divididos em 50% da massa total

coletada para cada agente, no que diz respeito aos resíduos sólidos domiciliares. Somam

conjuntamente 22.152 toneladas anuais. Além deste montante, a Prefeitura Municipal

também se responsabiliza por outros 936 toneladas anuais de resíduos públicos, conforme

detalhado nos quadros 6.3 e 6.4 a seguir:

Quadro 6.8 Resíduos sólidos coletados

Total Domiciliar Público

t t t

CO119 CO111 CO115

22152 21216 936 Fonte: SNIS 2013. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

Quadro 6.9 Agentes de coleta de resíduos sólidos

Quantidade total coletada por agente público Quantidade total coletada por agente privado

Total Domiciliar Público Total Domiciliar Público

t t t t t t

CO116 CO108 CO112 CO117 CO109 CO113

10296 9360 936 9360 9360 0 Fonte: SNIS 2013. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

Ainda segundo o SNIS, o valor contratado (preço unitário) do serviço de coleta diurna, em

31/12/2013 era de R$39,54/tonelada (CO012), incluído o transporte de resíduos coletados até

o depósito de lixo municipal (CO0148), área própria municipal, localizada a 13,5 km do centro

(CO149). Ressalta-se que a distância do depósito de lixo ao centro, no entanto é de 6km, e a

diferença entre a ida e a volta deve-se à necessidade de se efetuar um retorno na BR101,

principal via de acesso do município, onerando os custos do transporte dos resíduos sólidos

coletados.

Os serviços realizados pela Prefeitura contam com 03 caminhões compactadores com mais de

10 anos (Co056), 02 caminhões basculantes com menos de 10 anos (Co063 e Co064) e 02

tratores agrícolas com idade entre 6 e 10 anos (Co082). Já a empresa contratada possui 02

caminhões compactadores com menos de 5 anos de idade (Co057) e um com idade entre 6 e

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10 anos. Também utiliza um caminhão polguindaste – para carregar caçambas – com menos

de 5 anos de idade.

Foto 6.3 caminhão de coleta de resíduos sólidos no lixão

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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6.3.3. Tratamento e disposição final dos resíduos sólidos do município

Segundo o SNIS, a Unidade de Processamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Município de

Estância é classificado como aterro controlado (UP003). Teve início de operação em 1997

(UP002), mas à época não foi concluída a obra da central de triagem, que hoje encontra-se

bastante deteriorada, com parte das edificações abandonadas em estado de ruínas.

Também não há licença ambiental para operação desta unidade. Além disso, houve

descontinuidades dos serviços de gestão de resíduos sólidos nos padrões mínimos

estabelecidos40 para que esta unidade possa ser considerada atualmente como aterro

controlado. Deste modo, entendemos que o enquadramento adequado desta unidade seja de

lixão, conforme indica também o mapa de localização de lixões constante do SIRHSE41, cuja

fonte indicada para esta unidade é SEPLANTEC/SRH (2002).

Ressalta-se que além das 22.152 toneladas de resíduos sólidos do Município de Estância

despejado anualmente no depósito de lixo em questão, também são despejados no local

outras 2.016 toneladas anuais provenientes do Município de Santa Luzia do Itanhy42.

Observa-se, apesar de não haver impermeabilização do solo e acondicionamento dos resíduos

em valas, que vem sendo realizado o recobrimento com terra, ainda que não rotineiro, para

evitar a atração excessiva de animais e vetores. Apesar disso, este recobrimento ocorre apenas

em parte das áreas, com muitas delas ainda com resíduos expostos. Também não há controle

adequado da entrada no lixão e presença de catadores de materiais reciclados trabalhando

sem condições mínimas de salubridade ou equipamentos de segurança.

40 Aterro controlado: Forma inadequada de disposição final de resíduos e rejeitos, no qual o único cuidado realizado é o recobrimento da massa de resíduos e rejeitos com terra. Lixão: Forma inadequada de disposição final de resíduos e rejeitos, que consiste na descarga do material no solo sem qualquer técnica ou medida de controle. Plano Nacional de Resíduos Sólidos, 2012. 41 SIRHSE – Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos de Sergipe, 2010. 42 Fonte: SNIS 2013. Indicador UP007.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Figura 6.2 Localização do depósito de lixo municipal

Fonte: Apple Mapas. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 6.4 edificações de triagem de resíduos abandonadas e em estado de ruínas

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Foto 6.5 lixão municipal e a presença de catadores e aves

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 6.6 lixo sem recobrimento de terra no lixão municipal

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

207

Foto 6.7 catadores de recicláveis trabalhando autonomamente (sem cooperativa)

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

6.4. Atendimento à população

Identificação de lacunas no atendimento à população pelo sistema público de limpeza urbana

e manejo de resíduos sólidos (condições atuais e futuras), quanto à população atendida

(urbana e rural), tipo, regularidade, qualidade e frequência dos serviços. Retomando os

principais dados do SNIS e IBGE já apresentados, temos:

- são coletadas 22.152 toneladas /ano;

- a população urbana do município de Estância com coleta porta-a-porta é de 57.38043

habitantes;

- a população rural do município é de 10.111 habitantes;

- a estimativa de Massa RDO coletada per capita em relação à pop. total atendida (I022) em

2013 é de 1,01 (kg/hab.dia);

- a relação entre a população total atendida com a população total do IBGE para o ano de

referência é de 85,02% (I015);

43 Fonte: Indicador CO165 do SNIS 2013.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

208

- a relação entre população urbana atendida por coleta-porta-a-porta com a população urbana

do SNIS é de 100%. No entanto, os dados do Censo 2010 do IBGE apresentam uma estimativa

mais próxima de 93,14%;

- análise dos mapas 6.1 a 6.6 do item 6.1.2 que tratam da destinação dos resíduos sólidos

urbanos;

Deste modo, identificamos uma lacuna de atendimento à população pelo sistema público de

limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos justamente nas áreas rurais, sendo que a massa

estimada produzida e não coletada é de 3.727 toneladas/ano, representando 18% da massa

total de resíduos sólidos urbanos estimados produzidos anualmente no município. Estes

resíduos, conforme item 6.1.2, são em sua maioria queimados ou jogados em terrenos baldios.

6.5. Cobertura da coleta porta a porta

A cobertura da coleta de lixo porta-a-porta aqui considerada diz respeito à coleta através de

caminhões, que passam com periodicidade mínima de uma vez por semana em frente aos

domicílios do município.

Segundo o Censo IBGE 2010, existem no município 14.097 domicílios atendidos por coleta de

serviço de limpeza (V036). Ainda, de acordo com o SNIS, 89% da população com cobertura da

coleta porta a porta é atendida diariamente, 6% é atendida entre duas ou três vezes por

semana e 5% somente uma vez por semana.

Para realizar esse serviço há um total de 30 (trinta) empregados contratados, entre coletores e

motoristas. A seguir apresentamos os valores detalhados no quadro 6.6.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

209

Quadro 6.10 Detalhamento da coleta SNIS 2013

População atendida declarada Pop. atendida, segundo a

frequência

Coleta noturna

Coleta com elevação de contêiner

Quantidade de coletadores e motoristas

Total Urbana do município

Urbana direta

(porta-a-porta), sem

uso de caçambas

Diária 2 ou 3

vezes por semana

1 vez por semana

Prefeitura Empresas

habitante habitante habitante % % % exist. exist. empregado empregado

CO164 CO050 CO165 CO134 CO135 CO136 CO008 CO131 TB001 TB002

57380 57380 57380 89 6 5 não não 20 10

Fonte: SNIS 2013.

6.5.1. Identificação da cobertura da coleta porta a porta

Conforme detalhado no item 6.1, segundo o Censo IBGE 2010, existem no município 14.097

domicílios atendidos por coleta porta-a-porta (V036). Esta ocorre na área urbana da sede e

área urbana litorânea do município, principalmente nas vias principais de Abaís, Porto do Mato

e Praia do Saco (ver mapa 6.2). Nas demais localidades, o serviço é realizado através de

caçambas de serviço de limpeza (ver mapa 6.3) ou não é realizado, sendo que os resíduos

sólidos tem outra destinação (ver mapas 6.4 a 6.7).

6.6.Limpeza urbana e varrição

De acordo com o SNIS, no município há um total de 4.800 km de sarjetas varridas (VA039),

sendo 1.929 km realizados pela Prefeitura Municipal (VA010) e os outros 2.880 km realizados

pelas empresas contratadas (VA011). O serviço é realizado de forma manual e o preço unitário

pago é de R$27,00 por km varrido (VA020), custando aos cofres municipais portanto

R$77.760,00 para pagamento da empresa contratada.

Somente as áreas urbanas mais centrais da sede possuem este serviço, assim como alguns

trechos urbanos no litoral – Praia do Saco e Praia de Abaís. Encontramos nas vistorias

realizadas muitos pontos de acúmulo de lixo junto às guias, bem como em terrenos baldios,

podendo concluir que este serviço deverá ser melhor estruturado e sua abrangência e

eficiência melhoradas.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

210

6.7. Serviços públicos de limpeza urbana e serviços especiais

Análise dos serviços, incluindo desenhos, fluxogramas, fotografias e planilhas para entendimento dos sistemas.

6.7.1. Feiras

Ocorrem no município duas feiras, uma na região central (Praça da Bandeira, entre as ruas

Fausto Cardoso, rua Francisco Pires e Rua da Liberdade) e outra aos sábados no Bairro Cidade

Nova.

A primeira, de ocorrência diária, com exceção dos domingos, possui 02 (dois) dias de maior

movimento (sábados e segundas-feiras) e outros 04 (quatro) dias de menor movimento. Há

setores de verduras e legumes; frutas; confecção; equipamentos importados (bugigangas e

eletroeletrônicos); cereais; peixes; carnes e lanchonetes.

O material acumulado é de aproximadamente 1 (uma) caçamba de resíduos prensados por dia

nos dias de maior movimento e de 2/3 de caçamba nos demais dias.

Há relato que na ocasião do encerramento da feira, por volta das 18h00, comércios próximos

como frigoríficos também juntam parte dos seus resíduos para recolhimento junto com o

restante do material da feira.

A segunda feira, de ocorrência semanal no Bairro Cidade Nova, tem porte menor e não há

dados precisos quanto ao volume coletado.

Deste modo, a produção de resíduos estimada em 1500kg44 semanais, ou 6000kg mensais.

6.7.4. Praia

Mesmo com a vocação turística de veraneio do litoral estanciano não foi identificado serviço

específico de limpeza da praia ou dados que permitam avaliar quantitativa ou

qualitativamente este serviço.

Há relatos da população da região no entanto, que nos meses de alta temporada este serviço

se faz extremamente necessário, devido ao grande aumento de turistas e insuficiência do

serviço de coleta de lixo domiciliar, acarretando em grande acúmulo de material junto à orla,

44 Estimativa realizada de acordo com entrevista a representantes do Sindicato dos Feirantes, integrantes do Comitê de Coordenação do PMSB de Estância/SE.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

211

causando danos ao meio ambiente e a médio prazo prejudicando financeiramente os negócios

da região.

6.8. Destinação de resíduos da construção civil

A execução do serviço de Coleta de Resíduos de Construção e Demolição é realizado por

diversos agentes: Prefeitura Municipal ou empresa contratada diretamente, por empresas

especializadas   (“caçambeiros”)   que   prestam   serviço   aos   geradores   de   resíduos   e   pelos  

próprios geradores.

Em termos quantitativos, os resíduos da construção civil produzidos anualmente no município

são estimados, segundo SNIS 2013, em 35.728,00 toneladas/ano. A Prefeitura coleta 28.880,00

toneladas/ano   (CC013),   as   empresas   especializadas   (“caçambeiros”)   ou   autônomos  

contratados pelo gerador (CC014) coletam 11.232,00 toneladas / ano e os próprios geradores

coletam 5.616,00 toneladas /ano (CC015).

Apesar da coleta, não há dados disponibilizados sobre a Gestão de Resíduos da Construção

Civil e principalmente quanto a sua disposição final. Também não foram identificadas

propostas para a reutilização, reciclagem, beneficiamento e disposição final dos resíduos da

construção civil, atendendo a Resolução CONAMA 307/2002.

Durante as vistorias de campo no município, identificou-se alguns pontos de descarte irregular

de resíduos da construção civil, principalmente junto a área nas proximidades do Forródromo,

no Bairro Alagoas, avançando sobre uma área de mata preservada, com presença de córrego

no fundo de vale. Além do entulho e terra, pode-se observar também a presença de resíduos

sólidos domiciliares misturados, trazendo um alerta ainda maior quanto às questões de

presença de animais vetores de doenças, bem como contaminação do solo e dos corpos

d´água.

Desta forma, devido ao grande montante de resíduos desta natureza gerados no município, é

urgente identificar formas de minimizar o descarte irregular deste material e poder atender às

especificações da Resolução citada acima, minimizando os danos ao meio ambiente e à

população do município, bem como otimizando custos e reaproveitando o material.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

212

Foto 6.8 descarte irregular de resíduos da construção civil no Bairro Alagoas

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

213

6.9. Resíduos dos serviços de saúde (RSS)

Estes resíduos, conforme Resolução CONAMA 358/20015, são todos aqueles provenientes de:

“serviços   relacionados  com  o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores, distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento à saúde; serviços  de  7acupuntura;  serviços  de  tatuagem,  entre  outros  similares.“

São também classificados de acordo com uma classificação periculosidade e quanto à origem,

seguindo a normativa da NBR10.004/200445, separando em categorias diferentes os resíduos

que podem causar riscos à saúde pública e ao meio ambiente. São provenientes dos serviços

de saúde, como hospitais, clínicas médicas, odontológicas, veterinárias e laboratórios,

necessitando, dependendo do tipo, pré-tratamento antes da disposição final.

Conforme aponta o Plano Estadual de Resíduos Sólidos:

“De  acordo  com  a  Organização  Mundial  de  Saúde  (OMS,  apud IPEA, 2012c), 80% dos RSS têm risco similar aos resíduos domiciliares (grupo D), 15% aos biológicos (grupo A), 1% são perfurocortantes (grupo E), 3% são resíduos químicos e farmacêuticos (grupo  B)  e  1%  corresponde  ao  restante.“

Deste modo, fica evidente que o manejo dos RSS a correta separação e adequação dos

resíduos, pois o acondicionamento incorreto ainda nas unidades de saúde pode fazer com que

resíduos não perigosos se misturem e contaminem os resíduos comuns, aumentando a

quantidade a ser tratada previamente à disposição final, elevando custos de transporte e de

destinação final desnecessariamente. De acordo com a ANVISA46 “apenas  uma  fração  inferior  a  

2%  é  composta  por  RSS  e,  destes,  apenas  10  a  25%  necessitam  de  cuidados  especiais”.

É importante ressaltar também que as unidades geradoras de RSS tem obrigação legal47 de

realizar Planos de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde, de modo a estabelecer

45 A NBR 10.004/2005 define as seguintes categorias: - classe I: perigosos; - classe II: não perigosos; - classe II A: não inertes; - classe II B: inertes; 46 Manual de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Vigilância Sanitária. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006. 47 De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS e Resolução CONAMA 283/2001.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

214

os critérios e procedimentos para separação de resíduos perigosos e não perigosos,

acondicionamento e destinação final, observando também a coleta de material reciclável não

contaminado separadamente. A seguir estimamos portanto os RSS do Município de Estância:

Quadro 6.11 Resíduos Serviços de Saúde - estimativa

Resíduos toneladas/ano

massa total coletada no município 22152

Estimativa de RSS (2% do total) 443

RSS contaminantes (25% do total de RSS) 111

Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

É válido ressaltar que, uma vez que muitas unidades geradoras de RSS não possuem seus

PRGRS ou não os colocam em prática, há grande possibilidade de que a massa dos RSS

contaminantes sejam maiores dos que os apresentados no quadro.

6.9.1. Destinação dos RSS

No município atualmente a coleta diferenciada de resíduos sólidos dos serviços de saúde é

executada pela Prefeitura Municipal (RS045), em veículo exclusivo (RS038), sendo o controle

sobre executores externos da coleta diferenciada de RSS (RS026) realizada através de relatórios

de entrega (RS027)48.

No entanto, não há dados sobre a destinação dos RSS ou sobre a cobrança destes serviços pela

Prefeitura, quando se tratar de clínicas e hospitais particulares. Já as unidades de saúde

municipais deverão ter o serviço financiado pela própria prefeitura.

De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, não há coleta especial dos resíduos

sólidos dos serviços de saúde e estes são levados diretamente para o depósito de lixo, sem

qualquer separação ou cuidado especial, o que agrava ainda mais a exposição a riscos que os

catadores de material reciclável são expostos no lixão, bem como danos ao meio ambiente.

48 Indicadores SNIS RS045, RS038, RS026 e RS027.

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215

6.9.2. Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde (PGRSS)

De acordo com a Resolução CONAMA 283/2001, que trata da coleta e destinação final de RSS,

o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde-PGRSS é

documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no âmbito dos estabelecimentos mencionados no art. 2º desta Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública. O PGRSS deve ser elaborado pelo gerador dos resíduos e de acordo com os critérios estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio ambiente federais, estaduais e municipais.

Assim, fica a cargo da Prefeitura Municipal cobrar e fiscalizar a execução destes planos pelas

unidades geradoras privadas, bem como executar os PGRSS para cada unidade geradora

pública municipal que esteja em situação irregular.

Para isso, recomendamos a consulta às Resoluções RDC ANVISA nº 306/04 que “dispõe  sobre  o  

Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de   saúde” e CONAMA

nº358/05 que “dispõe   sobre   o   tratamento   e   a   disposição   final   dos   resíduos   dos   serviços   de  

saúde”.

6.10. Caracterização dos resíduos sólidos

Não há dados específicos para caracterização gravimétrica dos resíduos sólidos do Município

de Estância. Deste modo, adotaremos como base para a análise, o Plano Estadual de Resíduos

Sólidos do Sergipe49, adotando a composição gravimétrica média dos municípios Sergipanos

entre 30.001 a 100.000hab50:

Quadro 6.12 Composição gravimétrica dos resíduos sólidos coletados – PERS 2012

Resíduos Participação (%)

Material Reciclável 19,20%

Matéria Orgânica 70,50%

Rejeito 10,30%

total 100,00% Fonte: Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Sergipe, 2014. 49 Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Sergipe (PERS) – Produto 2: Diagnóstico, abril 2014. 50 Esta classificação é baseada na definição utilizada no SNIS, que adota faixas populacionais dos municípios para para a análise e ponderação dos dados visando maior confiabilidade dos resultados.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

216

Gráfico 6.9 Matéria orgânica, Rejeito e Material reciclável

Fonte: Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Sergipe, 2014.

Ressalta-se que medida que o porte e o poder aquisitivo da população aumenta, a tendência é

de aumento dos recicláveis e diminuição proporcional da representatividade da matéria

orgânica. Sob este ponto de vista, é importante retomar as informações já apresentadas no

item 6.1.1 deste deste relatório, em especial quanto ao indicador do SNIS I021 - Índice de

massa coletada (RDO+RPU) per Capita em Relação à População Urbana, onde observa-se que

os valores de Estância (1,06kg.hab/dia) são mais próximas da média do Estado do Sergipe e da

média nacional (1,00kg.hab/dia) e mais distantes dos municípios da Faixa Populacional 2

(0,97kg.hab/dia), fator que pode estar relacionado ao poder aquisitivo da população urbana

de Estância em comparação com outros municípios de mesmo porte ou outros fatores não

diretamente identificáveis.

Outra ponderação quanto ao alto índice de material orgânico diz respeito à exclusão de dados

provenientes de áreas sem coleta de lixo, como grande parte das áreas rurais dos municípios

do Sergipe e do país. Esta população, apesar de produzir massa de material orgânico

proporcionalmente maior que de áreas urbanas, tende a ser usado como alimentação para

animais e em último caso compostado. A entrada desta população na rotina da coleta de

resíduos também pode alterar esta composição gravimétrica.

Posto isso, para efeito das estimativas deste relatório, sugere-se adotar para cálculo da

composição gravimétrica dos RSU os seguintes valores, provenientes do cruzamento de dados

do SNIS (quanto à quantificação da produção dos RSU municipais) e do Plano Nacional de

Resíduos Sólidos 2011 (que atribui a composição gravimétrica detalhada dos RSU para o

Brasil):

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 6.13 Composição gravimétrica estimada – Município de Estância.

Resíduos massa (ton. /ano) Participação (%)

Material Reciclável 7066 31,90%

Metais 642 2,90%

Aço 509 2,30%

Alumínio 133 0,60%

Papel, papelão e Tetrapak 2902 13,10%

Plástico Filme 1972 8,90%

Plástico Rígido 1019 4,60%

Vidro 532 2,40%

Matéria Orgânica 11386 51,40%

Outros 3699 16,70%

TOTAL 22152 100,00% Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2011 e SNIS 2013. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014 Também adotamos os dados do Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2011 e Relatório do SNIS

2012 para caracterizar a composição do material reciclável, conforme gráfico a seguir:

Gráfico 6.10 Composição do Material Reciclável

Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos 2011 e SNIS 2013. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

218

6.11. Identificação das formas de coleta seletiva

Apesar de não haver coleta seletiva organizada pelo Município de Estância, neste item será

realizada a identificação, quantificação e qualificação dos agentes que promovem a coleta

seletiva.

Intermediadores

Atuante no depósito de lixo há intermediadora dos catadores, comprando o material separado

por eles de maneira grosseira e transportando até uma central de triagem própria para uma

separação mais minuciosa de materiais de diversas qualidades. Finalmente, o material final

separado é levado para as centrais que compram o material. Dependendo do material, há

necessidade de transportá-lo até Aracaju, Salvador e até mesmo Recife.51

Em Abaís, foi identificado também que o Presidente da Associação de Moradores local compra

material reciclável, armazena, transporta e revende para as centrais de processamento de

material.

Outra forma de coleta seletiva não governamental identificada durante as oficinas

participativas do diagnóstico foi a presença esporádica em muitas localidades de um caminhão

que coleta sucata e alumínio. Sem aviso ou periodicidade definida o material é comprado ou

trocado por doces (algodão-doce). Assim, as crianças acabam sendo agentes que coletam

material nos povoados.

Além disso, identificamos empresas que já realizam triagem e reciclagem de materiais,

conforme quadro abaixo:

Quadro 6.13 Empresas que realizam triagem e reciclagem

Tipo Nome situação Plástico Reciclar/ Ouroplast Em funcionamento Alumínio Crown Em funcionamento Vidro Indústria Vidreira do

Nordeste (IVN) Em obras (previsão de operação em dezembro/2015

Fonte: Risco arquitetura urbana 2014.

51 Segundo relato da intermediadora em entrevista realizada em 14/06/2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Alumínio

Localizado no km 133 da BR-101 a fábrica da Crown Embalagens de Estância produz latas de

alumínio. Não há informações quanto à utilização de material reciclável coletado diretamente

na fábrica.

Vidro

Com lançamento da pedra fundamental das obras da Indústria Vidreira do Nordeste (IVN) em

24/03/2014 e previsão de conclusão das obras em dezembro de 2015. Quando em operação,

haverá a produção anual de 80 mil toneladas de vidro (aproximadamente 200 milhões de

embalagens) 52. Há informação também que parte da produção de novas embalagens será

realizada através da reciclagem de vidros, com processamento do material e transformação

em embalagens novas53.

Ainda, segundo o SNIS 2013, a quantidade de materiais recicláveis recuperados (exceto

matéria orgânica e rejeitos) resultante dos processos de triagem (em toneladas) e dados

quanto à composição do material reciclável recuperado:

Quadro 6.14 Descrição quantidade de material reciclado segundo SNIS

Código SNIS Descrição Toneladas /ano CS010 Papel e papelão recicláveis recuperados 2,0 CS011 Plásticos recicláveis recuperados 3,0 CS012 Metais recicláveis recuperados 1,5 CS013 Vidros recicláveis recuperados 1,0 CS014 Outros materiais recicláveis recuperados 0,5 CS009 Total de materiais recicláveis recuperados 8,0 Fonte: SNIS 2013. Elaboração: Risco arquitetura urbana, 2014.

52 Notícia de 24/03/2014 do site Infonet - Estância sediará a nova Indústria Vidreira do Nordeste. Acessado o link http://www.infonet.com.br/politica/ler.asp?id=156248 em 13/10/2014. 53 Notícia de 24/10/2012 do site Agência Sergipe de Notícias (ASN) - Jackson Barreto anuncia instalação de mais uma fábrica em Sergipe. Acessado o link http://www.agencia.se.gov.br/noticias/leitura/materia:30732/jackson_barreto_anuncia_instalacao_de_mais_uma_fabrica_em_sergipe.html em 13/10/2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 6.15 Composição da triagem e reciclagem – SNIS2013

Incid. de papel/papelão sobre

total mat. recuperado

Incid. de plásticos sobre total material

recuperado

Incid.de metais sobre total material

recuperado

Incid.de vidros sobre total de material

recuperado

Incidência de ''outros'' sobre total material recuperado

% % % % % I034 I035 I038 I039 I040 25 37,5 18,75 12,5 6,25

Fonte: SNIS 2013. Além disso, conforme quadro a seguir, há outros serviços de coleta seletiva prestados pela Prefeitura ou por empresas e demais intuições:

Quadro 6.16 Coleta seletiva - outros serviços prestados (item 10.1 SNIS)

OS001 Lavação de vias e praças não

OS0040 Poda de árvores Sim

OS003 Limpeza de feiras livres ou mercados Sim

OS004 Limpeza de Praias Sim

OS005 Limpeza de bocas de lobo Sim

OS006 Pinturas de meios-fios Sim

OS007 Limpeza de lotes vagos Não

OS008 Remoção de animais mortos de vias públicas Sim

OS009 Coleta diferenciada de pneus velhos Sim

OS0047 Coleta diferenciada de lâmpadas fluorescentes Sim

OS0010 Coleta diferenciada de pilhas e baterias Não

OS0050 Coleta diferenciada de resíduos eletrônicos Não

OS0011 Coleta de resíduos volumosos inservíveis Sim

OS0043 Outros serviços Não

Fonte: SNIS 2013. Destacamos que quanto ao item OS050 temos informação que a Loja da Vivo localizada no

centro da cidade recebe aparelhos celulares usados/quebrados e suas respectivas baterias. No

entanto, esta informação não está devidamente difundida entre a população.

Quanto ao item OS009, referente à coleta diferenciada de pneus velhos, identificamos que

muitos povoados rurais mais afastados possuem borracharias e não ocorre esta coleta, sendo

que em muitos casos os pneus inservíveis ficam acumulados expostos ao tempo ou são

queimados, gerando fumaça tóxica que afeta a vizinhança. Já na sede, há informações de que

lojas de pneus, em parceria com a Prefeitura Municipal de Estância armazena

temporariamente pneus coletados em um galpão, que depois são destinados à central de

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

221

reciclagem da Reciclanip54 em Aracaju. Não foram disponibilizados dados consistentes quanto

à massa desse material coletado e destinado corretamente, assim como toda a rede deste

serviço prestado. Identificamos também que não há informações disponibilizadas para

borracharias afastadas do centro urbano ou demais consumidores, ficando a coleta e

destinação dos pneus inservíveis restrita aos clientes das borracharias da sede.

A partir destes dados é possível fazer uma comparação com o total de material coletado e com

o total estimado de resíduos sólidos produzidos anualmente no Município. Considerando o

total de 22.152 toneladas /ano de material coletado (CO109)55 no município, a somatória do

total de materiais recicláveis recuperados (CO009) que totaliza 8 toneladas /ano é de 0,36%.

Conforme exposto no Quadro 6.4 que apresenta o I031 – Taxa de recuperação de materiais

recicláveis em relação à quantidade total (RDO + RPU) coletada, este valor de 0,36% é

extremamente baixo, mesmo que comparado com a média nacional e do nordeste, também

bastante distantes das taxas ideais de recuperação de material reciclável.

6.11.1.  Cooperativas,  associações  e  “carrinheiros”

Não foram identificados cooperativas, associações e carrinheiros no município. No entanto, há

informações do Departamento de Meio Ambiente de que está em processo de formalização a

associação de catadores de material reciclável atuantes no depósito de lixo municipal, visando

melhores condições de remuneração e de segurança no trabalho, com minimização da atuação

da intermediadora no local.

6.11.2.  Inventário/análise  da  situação  dos  “catadores”

Foram  identificados  durante  as  visitadas  de  campo  “catadores”  atuantes  somente  no  depósito  

de lixo municipal, sem dados sobre sua atuação nas ruas, povoados ou áreas rurais/litorâneas

do município. No entanto, consta do SNIS 2013 que existem catadores de materiais recicláveis

que trabalham dispersos na cidade56.

De  acordo  com  informação  dos  próprios  “catadores”,  há  aproximadamente  20  (vinte)  famílias  

de catadores que subsidiem do trabalho de separação do material reciclável que chega ao

54 Reciclanip é uma entidade sem fins lucrativos criada pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Continental, Goodyear, Michelin e Pirelli que destina pneus inservíveis pós-consumo para reaproveitamento, reciclagem ou utilização como combustível. Acessado www.reciclanip.org.br em 19/12/2014. 55 Indicador SNIS CO109. 56 Indicador SNIS CO004.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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depósito de lixo local, misturado ao lixo orgânico. A triagem é feita a céu aberto, com presença

de animais (insetos, ratos e urubus).

Além disso, há o agravante de que a grande maioria dos trabalhadores não possui e/ou não

utiliza equipamentos mínimos de segurança, como luvas, botas e óculos de proteção. Deste

modo, estão sujeitos à ferimentos dos materiais perfuro cortantes e infectantes existentes no

lixo descartado, estando expostos a contrair doenças e sofrer acidentes graves.

O trabalho ocorre portanto em condições degradantes e com baixa remuneração, sendo

realizado inclusive por adolescentes. Dos catadores entrevistados durante a elaboração do

diagnóstico,  a   informação  (posteriormente  confirmada  pela  “atravessadora”   local)  é  que   sua  

renda varia entre R$120 e R$300 por semana (entre R$480 e R$1200 mensais).

Há informações da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de que para melhorar a qualidade

de vida destes trabalhadores, a Prefeitura Municipal de Estância está auxiliando na

formalização da Cooperativa do Trabalhadores em Reciclagem Autônomos de Estância -

COTRAE57. Além disso, ocorre por parte da Prefeitura um trabalho social direcionado a estes

trabalhadores, com cursos de capacitação, bolsa família e alfabetização58.

Ressalta-se que um dos empecilhos apontados ao sucesso desta iniciativa ocorre devido à

baixa instrução destes trabalhadores e diferenças significativas na eficiência do trabalho de

cada trabalhador. Isto resulta em rendas bastante díspares, consequentemente em resistência

por parte de alguns catadores com receio de equilíbrio da renda, independente da eficiência

do trabalho. Há necessidade de esclarecimento aos cooperados e criação de mecanismos que

possam minimizar este fato, avançando no processo de formalização da cooperativa e

trazendo melhorias urgentes para as condições de trabalho dessa população.

6.12. Áreas de risco de poluição/contaminação e alterações ambientais

Este item identifica e analisa as alterações ambientais, as áreas já contaminadas e as áreas de

potenciais riscos de poluição / contaminação causadas por depósitos de lixo.

O depósito de lixo municipal está localizado na bacia hidrográfica de afluente direto do Rio

Piauitinga, importante rio do município, que abastece grande parte da população urbana do

Município de Estância.

57 Indicador SNIS 2013 CO007. 58 Indicador SNIS 2013 CO008.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Localizado à aproximadamente 1700 metros lineares até o ponto de tangência mais próximo

do Rio Piautinga, entende-se que o depósito de lixo possui interação com o lençol freático que

abastece o sistema de água do município, atingindo também as águas subterrâneas que vem a

abastecer a vazão de base deste rio, uma das principais bacias hidrográficas do município.

6.13. Situação dos sítios utilizados para disposição final de resíduos sólidos

Um levantamento fotográfico realizado durante atividade de campo, documentou os principais

pontos de despejo de resíduos sólidos existentes em Estância, a seguir apresenta-se algumas

destas fotos:

Foto 6.9 Deposito central de lixo de Estância

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Foto 6.10 Depósito central de lixo de Estância

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 6.11 Trabalho irregular em deposito central de lixo de Estância

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Foram identificados também locais com descarte irregular de lixo nas áreas urbanas e

povoados rurais do município. Destaca-se em porte, no entanto, o localizado no Bairro

Bomfim, conforme foto a seguir:

Foto 6.12 Depósito de lixo no bairro Bonfim

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Além disso, pelo relato dos moradores nas oficinas participativas do diagnóstico realizadas no

município, destacam-se alguns povoados e arredores, que vem encontrando problemas sérios

de descarte irregular de lixo.

Em especial, citamos o Povoado Farnaval, que por possuir população flutuante grande devido

à proximidade com a maré, presença de muitos estabelecimentos comerciais e residências

voltadas ao turismo de veraneio e fim de semana, há grande aumento de produção de

resíduos sólidos, que são descartados irregularmente, principalmente próximos às vias e em

terrenos baldios.

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Foto 6.13 Acumulo de lixo em área rural (Farnaval)

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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7. Situação dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas

Este capítulo apresenta a situação da infraestrutura de drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas, atentando à relação direta com questões relativas à ocupação e uso do solo do

território municipal e também a influência direta de fatores climáticos e características

ambientais, em especial, dos recursos hídricos.

7.1. Análise do Plano de Drenagem Urbana e Recursos Hídricos

No Município de Estância não foi identificado um Plano Diretor de Drenagem Urbana e

Recursos Hídricos (PDU). No entanto, há extensa legislação que trata do assunto e dá subsídio

legal para a sua elaboração, dando diretrizes para sua implantação, análise da situação atual e

também das demandas futuras. Abaixo elencamos as leis pertinentes:

- Lei nº 6.938/81 - Política Nacional do Meio Ambiente(PNMA);

- Lei nº 9.433/97 - Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH);

- Lei nº 12.651/ 2012 – Código Florestal;

A elaboração de um PDU tem sua importância justificada pelo impacto que a urbanização tem

sobre a drenagem, devido à alterações no uso do solo e consequentemente das características

de escoamento superficial das águas, índices de impermeabilização e alteração dos corpos

d´água, seja através da ocupação das áreas de proteção permanente (APPs) ou alteração das

suas seções (alteração da calha). A seguir elaboramos melhor sobre estes aspectos elencados

acima.

Alguns princípios devem orientar a elaboração de um PDU59: “(a)  os  novos  desenvolvimentos  

não podem aumentar a vazão máxima de jusante; (b) o planejamento e controle dos impactos

existentes devem ser elaborados considerando a bacia como um todo; (c) o horizonte de

59TUCCI, Carlos E. M. Drenagem Urbana. http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252003000400020

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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planejamento deve ser integrado ao Plano Diretor da cidade; (d) o controle dos efluentes deve

ser  avaliado  de  forma  integrada  com  o  esgotamento  sanitário  e  os  resíduos  sólidos”.

7.2. Identificação da infraestrutura local e análise crítica dos sistemas

Considera-se como   “infraestrutura   de   drenagem   urbana”   o   conjunto   de   sistemas   de  

escoamento formados pelo sistema de macrodrenagem e microdrenagem. Os sistemas de

drenagem são geralmente compostos por:

Macrodrenagem:

- galeria (diâmetro maior que 1,5m);

- canal;

- reservatórios, bacias de retenção e detenção de grande porte;

Galeria macrodrenagem

Não foram identificadas galerias de macrodrenagem no Município de Estância/SE.

Canal de drenagem

Abaixo identificamos o canal principal de drenagem com muros de alvenaria / concreto, em

área central da cidade. Recebe contribuição de esgoto e há presença de lixo. Não há relatos

nem registros de inundação neste trecho.

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Foto 7.1 a 7.3 Canal de Drenagem

Canal de drenagem à Rua Nossa Sra. de Guadalupe (próximo ao Sesi) – Bairro Santa Cruz. Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Microdrenagem

Considera-se como componentes do sistema de microdrenagem:

- galeria de águas pluviais;

- bueiros e bocas de lobo;

- canaletas (formados por meio-fio e sarjetas);

De maneira geral, as estruturas identificadas apresentam grande precariedade, com remendos

e complementos executados pelos próprios moradores, com indícios de pouca ou nenhuma

manutenção para desobstrução de tubulações e retirada de lixo acumulado.

Além disso, quase a totalidade das estruturas apresenta contribuição de esgoto nas redes de

águas pluviais, seja ele de águas negras (vasos sanitários) ou somente de águas cinzas (pias e

chuveiros). Em ambos os casos, causam mau cheiro e podem causar doenças, em maior ou

menor grau. Abaixo colocamos alguns exemplos para ilustrar as situações existentes no

município:

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Foto 7.4 Galeria águas pluviais na Rua Bahia construída em 1988, com contribuição de esgoto.

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 7.5 Tubulação e canaleta no meio-fio e sarjeta na Av. Nova do Porto, com contribuição de esgoto

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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Foto 7.6 Canaleta formada por meio fio e sarjeta à Rua Nossa Sra. de Guadalupe.

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 7.7 Canaleta improvisada para condução de águas pluviais, com contribuição direta de esgoto no Loteamento Humberto Halim (construído na década de 1980).

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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7.3. Identificação das lacunas no atendimento pelo Poder Público

São poucos os bairros urbanos do município que possuem um sistema de drenagem adequado

e nenhum dos povoados rurais ou povoados litorâneos possui sistema já implantado, apesar

de haver já projetos de drenagem de águas pluviais já desenvolvidos e em processo de

contratação de obras nos bairros de Alagoas e Alecrim (Sede) e na Praia de Abaís e Praia do

Saco (Litoral).

Deste modo, faz se necessário quantificar e qualificar o déficit de atendimento deste serviço

de saneamento básico no município. Para isso, dados do IBGE 2010 foram utilizados como

forma de organizar as demandas, caracterizando as deficiências do sistema de drenagem de

águas pluviais urbanas existente e auxiliando, na próxima etapa do PMSB, na identificação das

melhores alternativas e soluções para solucionar os problemas encontrados quanto ao manejo

de águas pluviais e drenagem urbana.

A escassez de dados específicos quanto a existência de infraestrutura de microdrenagem faz

com que seja necessário compor este quesito a partir de diversos valores, que direta ou

indiretamente trazem relação com a existência de sistemas de drenagem. Assim, utilizamos os

valores V014 a V037 da tabela de ENTORNO_01 do IBGE 2010, que dizem respeito à existência

de pavimentação, calçada, meio-fio / guia e bueiro / boca-de-lobo.

Agrupando os dados dos Domicílios particulares permanentes (próprios, cedidos e alugados),

chegamos nas informações a seguir, que dizem respeito a todo o município de Estância:

Quadro 7.1 Drenagem - situação domicílios - município Situação Domicílios %

Domicílios - existe pavimentação (soma V014+V016+V018) 13.255 87%

Domicílios - não existe pavimentação (soma V015+V017+0V19) 1.943 13%

Domicílios - existe calçada (soma V020+V022+V024) 12.839 84%

Domicílios - não existe calçada (soma V021+V023+V025) 2.359 16%

Domicílios - existe meio-fio / guia (soma V026+V028+V030) 11.956 79%

Domicílios - não existe meio-fio / guia (soma V027+V029+V031) 3.242 21%

Domicílios - existe bueiro / boca-de-lobo (soma V032+V034+V036) 4.683 31%

Domicílios - não existe bueiro / boca-de-lobo (soma V033+V035+V037) 10.515 69%

TOTAL 15.198 100%

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Gráfico 7.1 Pavimentação - situação domicílios - município

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Gráfico 7.2 Calçadas - situação domicílios - município

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

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Gráfico 7.3 Meio-fio / guia - situação domicílios

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

Gráfico 7.4 Bueiro / boca-de-lobo - situação domicílios

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014.

Os dados referentes ao quadro 7.1 e gráficos 7.1, 7.2 e 7.3, que dizem respeito

respectivamente à existência de pavimentação, de calçada e de meio-fio / guia, são

compatíveis com o número de domicílios e moradores vivendo em áreas urbanas e rurais do

Município de Estância, respectivamente 86% e 14%.

No entanto, quando se observa o valor dos dados referentes à existência de bueiros e bocas-

de-lobo, estes mostram que inclusive na área urbana há carência desta infraestrutura,

existindo em apenas 31% dos domicílios do município.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Ao se analisar os mesmos dados somente na área urbana, chega-se a um número mais preciso,

conforme quadro abaixo:

Quadro 7.2 Drenagem - situação domicílios – área urbanas

Situação Urbano 1

Centro

Urbano 2

Sede Sul

Urbano 3

Sede norte Urbano Total

Domicílios - existe pavimentação (soma V014+V016+V018) 7.211 91% 2.849 93% 2.825 83% 12.885 90%

Domicílios - não existe pavimentação (soma V015+V017+0V19) 690 9% 206 7% 579 17% 1.475 10%

Domicílios - existe calçada

(soma V020+V022+V024) 7.337 93% 2.852 93% 2.428 71% 12.617 88%

Domicílios - não existe calçada (soma V021+V023+V025) 564 7% 976 32% 976 29% 2.516 18%

Domicílios - existe meio-fio / guia (soma V026+V028+V030) 6.404 81% 2.704 89% 2.696 79% 11.804 82%

Domicílios - não existe meio fio

(soma V027+V029+V031) 1.497 19% 351 11% 708 21% 2.556 18%

Domicílios - existe bueiro / boca-de-lobo (soma V032+V034+V036) 3.026 38% 787 26% 869 26% 4.682 33%

Domicílios - não existe bueiro / boca-de-lobo (soma V033+V035+V037) 4.875 62% 2.268 74% 2.535 74% 9.678 67%

TOTAL 7.901 100% 3.055 100% 3.404 100% 14.360 100%

Fonte: Censo IBGE 2010. Elaboração: Risco Arquitetura Urbana 2014

Neste quadro observa-se que, em comparação com os dados do quadro 7.1 referente a todo o

município, não há variações significativas quando se avalia os dados referentes à somatória de

áreas urbanas, com menos de 5% de variação entre os indicadores.

Destacam-se negativamente, no entanto, dados referentes aos setores Urbano 3 – Sede Norte

(Cidade Nova), com indicadores consideravelmente mais baixos que os demais setores

urbanos.

É importante ressaltar, ainda, que estes dados dizem respeito à quantidade e não à qualidade

do serviço prestado, que pelo que se observa, não possui manutenção adequada, além da

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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contribuição clandestina de esgoto e existência de lixo acumulado que pode chegar a interferir

o funcionamento destas estruturas, causando entupimentos e consequentes alagamentos.

Além disso, estes não são os únicos elementos que podem caracterizar uma rede de drenagem

adequada, mas ajuda a definir a demanda de domicílios que carecem destas infraestruturas.

7.3.1. Demandas de ações estruturais e não estruturais

Primeiramente, adotamos as seguintes definições para ações em drenagem urbana e manejo

de águas pluviais:

Ações estruturais em drenagem urbana “representam   interferências   nas   características   do  

escoamento”,   como   por   exemplo   construção   de   obras   hidráulicas,   como   “a   construção   de  

reservatórios,  diques  e  canalizações  abertas  e  fechadas”60.

Estas ações, não garantem proteção absoluta contra os eventos de inundações e enchentes e

necessitam de grandes quantidades de recursos para sua efetivação.

Atualmente no município estão finalizados os Projetos de Drenagem de Águas Pluviais dos

seguintes bairros de Estância/SE:

- Bairro Alecrim – 2009

- Bairro Alagoas – 2014 – área de contribuição da bacia de 208041,30m²

- Povoado de Abaís (litoral)

- Praia do Saco (litoral)

Já as ações não-estruturais são   “medidas   de   caráter   legal   e   institucional   e   que   procuram  

disciplinar a urbanização de tal forma a minimizar os seus efeitos no regime hídrico das

bacias”.  Dentre  os  exemplos  existentes,  elencamos  alguns

- Regulamentação do uso e ocupação do solo;

- Medidas de proteção individual das edificações em áreas de risco;

- Seguro contra enchente;

60 São Paulo (cidade). Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Manual de drenagem e manejo de águas pluviais: gerenciamento do sistema de drenagem urbana. São Paulo: SMDU, 2012.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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- Sistemas de alerta;

- Ações da defesa civil e relocações de edificações.

É importante ressaltar que é preciso combinar ações estruturais e não-estruturais no

planejamento da drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

7.3.2. Indicadores do sistema de sistema de drenagem

A partir das informações dos itens anteriores, podemos concluir que a cobertura do sistema de

drenagem em Estância é insuficiente, não há dados confiáveis quanto sua capacidade de

suporte e as estruturas carecem de manutenção, estando algumas em péssimo estado.

As demandas para drenagem urbana podem ser resumidas em:

- Necessidade de plano/projeto básico de macrodrenagem do munícipio

- Necessidade de plano/projeto de recuperação e proteção de nascentes e mata ciliares

no perímetro urbano

- Necessidade de rotina de manutenção de limpeza das galerias e bueiros existentes

7.4. Sistema natural de drenagem

O Município de Estância conta com importante área de estuário do Rio Piauí, que recebe

contribuição próximo à sua foz de vários outros corpos d´água do município (Rio Fundo e Rio

Piauitinga) e juntos forma a área denominada popularmente de maré, por sua clara influência

de água do mar, formando grande extensão de canais naturais d´água salobra.

Este sistema, por sua característica, funciona como um depurador natural destas águas,

contribuindo para a melhoria de sua qualidade até chegar ao mar. No entanto, há indícios de

que parte a poluição das águas vem prejudicando a fauna e flora da região, com diminuição da

quantidade de peixes e mariscos encontrados pelos pescadores.

De forma a proteger esta área, como citado anteriormente, é relevante a existência da Área de

Proteção Ambiental- APA Sul de Sergipe (ver item 1.7) , com normas especificas para proteção

ambiental local.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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O fator de influência marinha, acrescentando grande volume d´água ao volume dos rios,

também proporciona uma diluição dos poluentes, que contribui para a diminuição dos efeitos

nocivos da poluição.

7.5. Drenagem e de esgotamento sanitário

Conforme apresentado no Capitulo 5. Sistema de Esgotamento Sanitário, a quantidade de

domicílios que tem a destinação do esgoto sanitário no sistema de águas pluviais do município

é bastante relevante, chegando a 9,69% dos domicílios urbanos, somando 1711 domicílios.

Além destes dados referentes ao esgoto proveniente dos vasos sanitários, é crucial ressaltar

que praticamente em todo o município as águas servidas provenientes do chuveiro, pias

(banheiros e cozinhas) e áreas de serviço (lavanderias) – águas cinzas - não são destinadas

junto com as águas do vaso sanitário – águas negras.

Deste modo, conforme identificamos a seguir, grande parte destas águas são direcionadas

diretamente para as vias públicas ou para os fundos dos lotes. Na área rural, estas águas

infiltram no solo com maior rapidez e tem um impacto menor na contaminação dos lençóis

freáticos (em comparação com as águas negras), mas ainda assim, merecem atenção. Já nas

áreas urbanas, nas quais há maior incidência de vias com guias e sarjetas, devido ao

adensamento populacional, há um constante volume de águas cinzas conduzido a céu aberto,

trazendo odor desagradável e disseminação de doenças, apresentando uma situação bastante

preocupante. A seguir, algumas fotos que ilustram esta situação:

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Foto 7.8 e 7.9 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz.

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

Foto 7.10 e 7.11 Drenagem urbana com contribuição de esgoto sanitário na Rua da Bahia, Bairro Santa Cruz (à esquerda). Contribuição de águas cinzas em área rural não pavimentada (à direita).

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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7.6. Estudo das características morfológicas e determinação de índices físicos para as bacias

Cada um dos itens a seguir apresenta características e índices que influenciam na gestão das

micro e macrobacias hidrográficas, com destaque para as localizadas nas áreas urbanas. A

análise das bacias hidrográficas de todo o município, de forma mais abrangente, será tratada

no capítulo

7.6.1. Hidrografia

Ver Mapa 1.16 – Bacia Hidrográfica do Rio Piauí e Mapa 1.17 – Bacias Hidrográficas do Estado

de Sergipe.

A hidrografia e a divisão das principais bacias é um dos aspectos a ser avaliados na definição

dos índices físicos do município.

7.6.2. Pluviometria

Conforme Item 1.9 – Clima, temperatura e chuvas deste relatório, observando os dados

relativos à pluviometria no Município de Estância constantes do Quadro 1.11 - Dados

pluviométricos mensais Estância 2001-2013 em mm/m2, Quadro 1.12 - Dados pluviométricos

máxima, média e mínima Estância 2001-2013 e Mapa 1.11 – Isoietas e Gráfico 1.5 - Dados

pluviométricos mensais Estância 2001-2013, chegamos às seguintes conclusões:

- os índices pluviométricos no município variam entre 1200 e 1800mm anuais de

precipitação. Na sede urbana e regiões à oeste do município, a média fica entre 1200 e

1400mm e no litoral e demais regiões à leste, média anual entre 1400 e 1700mm;

- a predominância das chuvas é no período de março a julho;

- o máximo de precipitação mensal ocorreu em maio de 2011, atingindo 523,8mm;

- o mês de dezembro é o de menor precipitação, com vários anos apresentando

precipitação de 0,0mm.

- o ano de 2011 teve o maior acumulado de precipitações, com 2773,2mm;

- o ano de 2012 teve o menor acumulado de precipitações, com 683,7mm;

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

242

7.6.3. Topografia

Ver Mapa 1.12: Topografia com curvas em 10m e Mapa 1.15: Hipsometria constantes do

Capítulo 1 deste relatório.

Com altura máxima de 170m acima do nível do mar e predominância de alturas até 68m, o

município litorâneo apresenta também pouca declividade de encostas.

7.6.4. Características do solo

Ver mapa 1.13 e 1.18

7.6.5. Uso atual das terras

Ver mapa 1.19

7.6.6. Índices de impermeabilização e cobertura vegetal

Ver mapas 1.6 à 1.9

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

243

7.7. Caracterização e indicação das áreas de risco

Segundo informação fornecida pela defesa civil local, existem apenas duas áreas com

ocorrência de risco de alagamentos na sede do município, sendo elas a região dos Jardins e

Alagoas. Ambos os locais estão atualmente com execução de obras de drenagem. Não foram

registradas áreas com risco de deslizamento.

As entrevistas a moradores e questionários respondidos, revelaram ainda diversos pontos de

alagamento esporádicos, relacionados a maior ocorrência de chuvas. (Ver anexo)

O PLHIS (2012) indicou a existência de áreas de Risco nas áreas caracterizadas como

assentamentos precários no Conjunto Piautinga (bairro Alagoas), Rua do Pompéu/Av. Nova do

Porto (Bairro Porto  d’Areia)  e  no  bairro  Candeal  (na  BR101  na  altura  do  Posto  Cachoeira).  (ver  

quadro 09 do produto nº3 do PLHIS)

7.7.1. Áreas de risco de enchente, inundação e escorregamentos

A partir dos dados destacados anteriormente sobre a hidrografia, pluviometria, topografia,

características do solo, uso atual das terras, índices de impermeabilização e cobertura vegetal

do Município de Estância, apontamos a seguir as áreas de risco de enchente, inundação e

escorregamentos.

7.8. Análise de indicadores epidemiológicos relacionados à deficiência no manejo

de águas pluviais

Considerando os agravos à saúde cuja incidência pode ser determinada diretamente por

deficiência nos sistemas de manejo de águas pluviais destacamos a grande presença de

Dengue, identificada a partir dos dados gerados nas oficinas participativas realizadas em 15

pontos de mobilização do Município de Estância, somadas a aplicação de questionários a

população local (ver anexo2).

7.9. Análise dos processos erosivos e sedimentológicos e sua influência na

degradação das bacias e riscos de enchentes, inundações e deslizamentos de terra

Foram identificados em muitos locais do município a ocorrência de processos erosivos e

sedimentológicos, ocasionados principalmente devido à obras de terraplenagem, minerações

(lavras de areia) e perdas de mata ciliar junto aos principais corpos d´água do município.

Estes processos tem influência na degradação das bacias e riscos de enchentes e inundações.

Não foram identificados locais com deslizamentos de terra relacionados a este fator.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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A ONG Água é Vida, que acompanha o processo de elaboração do PMSB como membro do

Comitê de coordenação, acompanha processos junto ao Ministério Público, dentre eles uma

denuncia de lavra ilegal de areia na região do Rio Fundo, destacada em foto a seguir.

Foto 7.12 Erosão de planície aluvionar.

Fonte: ONG Água é vida 2002

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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8. Desenvolvimento urbano, habitação e Saneamento Básico

O desenvolvimento urbano com a promoção de solo urbanizado, incluindo infraestruturas e

serviços urbanos adequados, tem como referencias básicas o Plano Diretor do Município

(2007) e sua lei (LC n31/2010) e o Plano local de Habitação de Interesse Social – PLHIS(2012),

além do PMSB em atual desenvolvimento. A seguir destacamos trechos relevantes para o atual

PMSB retirados destes Planos ou de suas respectivas leis.

8.1 parâmetros de uso e ocupação do solo

A Lei Complementar nº 28, de 2010, instituiu no município de Estância as diretrizes para o

parcelamento do solo urbano, complementando as disposições do Código de Obras e do

Código Municipal de Meio Ambiente.

A lei em seu Art. 3º condiciona a aprovação de parcelamentos por loteamento e

desmembramentos, a lei Federal 6766/79 e ao Plano Direto Urbano, quando houver

especificações e restrições de zoneamento. Todo requerimento de parcelamento novo deverá

passar pela anuência do conselho municipal de Meio Ambiente (Art.4).

Na seção II, Art.7º, a lei estabelece que o parcelamento deverá destinar 35% do total da gleba

para áreas comuns, sendo 20% para área verde, 5% para uso comum social, e 10% para vias.

É de responsabilidade do loteador a execução e locação das ruas, quadras, lotes, meios-fios,

sarjetas, rede de abastecimento de água nas limitações do empreendimento, rede de esgoto

coletiva ou individual e pavimentação de todas as ruas

8.2 definição do perímetro urbano da sede e dos distritos

Não foi identificada base cartográfica, o lei especifica de perímetro urbano, cabendo como

referencia o mapa desenvolvido pelo PMSB (ver mapa 1.2)

8.3 Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS

Segundo o PLHIS (2012)61 , citando o artigo nº 20 do Plano Diretor, menciona que “O  Poder  

Executivo poderá instituir Zonas de Interesse Social (ZIS) e Zonas Habitacionais de Interesse

Social (ZHIS) com normas especiais de ocupação e uso do solo destinadas a permitir sua

regularização”. O artigo 27 do PD e seus parágrafos, dispõem ainda sobre os dispositivos de

61 Ver PLHIS 2012 p.25 – Plano de Ações, produto 3

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

246

assistência técnica e jurídica à população carente, especificamente no que diz respeito à

regularização fundiária para efeito de titulação, os processos de desapropriação e as

relocações de famílias que estejam ocupando áreas de risco.

8.4 identificação de ocupação irregular em Áreas de Proteção Permanente.

É recorrente a ocupação de APP por unidades habitacionais ao longo de toda a extensão

urbana de Estância-SE. Notada esta realidade, também recorrente na maioria dos municípios

brasileiros, é pouco recomendada a remoção de domicílios nessa situação, ao menos que estes

estejam em situação de risco, e tal solução seja aplicada somente como último recurso. É

necessário porém, a pratica de ações de contenção destas aeras ocupadas e, sobretudo, o

impedimento do surgimento de novas ocupações irregulares em áreas ambientalmente

frágeis, promovendo para isso a produção de solo urbanizado e unidades habitacionais formais

adequadas e acessíveis a população local, pelo mercado formal.

Sobre a definição destas APPs, seus parâmetros se modificaram recentemente com a

aprovação do Novo Código Florestal (lei 12.561/2012). Segundo a lei, entende por Área de

Preservação Permanente

área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função

ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade

geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora,

proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;

A delimitação destas áreas, ficam definidas no Capitulo nºII, Art. 4º o qual define que

I - as   faixas   marginais   de   qualquer   curso   d’água   natural   perene   e  

intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito

regular, em largura mínima de: (Incluído pela Lei nº 12.727, de 2012).

a)  30  (trinta)  metros,  para  os  cursos  d’água  de  menos  de  10  (dez)  metros  de  

largura;

b)  50  (cinquenta)  metros,  para  os  cursos  d’água  que  tenham  de  10  (dez)  a  

50 (cinquenta) metros de largura;

c)  100  (cem)  metros,  para  os  cursos  d’água  que  tenham  de  50  (cinquenta)  a  

200 (duzentos) metros de largura;

d) 200 (duzentos) metros, para os   cursos   d’água   que   tenham   de   200  

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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(duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura;

e)   500   (quinhentos)   metros,   para   os   cursos   d’água   que   tenham   largura  

superior a 600 (seiscentos) metros;

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais, em faixa com largura

mínima de:

a)  100  (cem)  metros,  em  zonas  rurais,  exceto  para  o  corpo  d’água  com  até  

20 (vinte) hectares de superfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)

metros;

b) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

Seguindo tais parâmetros, realizou-se mapa de abrangência das áreas de APP, segundo faixa

marginal dos cursos de água existentes na sede do município, conforme apresenta mapa

abaixo.

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Mapa8.1: Delimitação de APPs na Sede urbana de Estância-SE

fonte: Base cartografia PME 2012 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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8.5 definição de zoneamento com instrumentos do estatuto das cidades.

O Plano Diretor - PD de Estância ( inciso II , artigo 2º) apresenta a delimitação das áreas

urbanas onde poderão ser aplicados os instrumentos urbanísticos previstos na legislação

federal. Apesar de constar no texto, o PD não normatiza nem grafa as áreas onde incidem tais

instrumentos.

8.6 identificação da situação fundiária e eixos de desenvolvimento da cidade.

Segundo o PLHIS(2012) a existência de irregularidade fundiária é recorrente no município,

sendo ela incidente sobre terrenos, glebas, lotes ou mesmo sobre imóveis. Estima-se que mais

de 4.000 imóveis carecem de regularidade fundiária no município. Recentemente o município

lançou o programa municipal Habitação Legal, com objetivo de regularizar 2.000 imóveis

originários do patrimônio público de Estância.

8.7 PLHIS, planos de ação

O Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS, de Estância, de dezembro de 2012

como já destacado anteriormente (ver item 1.6.7) fez referência as estatísticas da Fundação

João Pinheiro (2007) que por sua vez se baseiam nos indicadores do Censo IBGE de 200062.

Segundo tal informação, Estância possuía em 2000, 468 domicílios com serviço/infraestrutura

inadequada de Abastecimento   d’água,   1.983   com   serviço/infraestrutura   inadequada   de  

Esgotamento sanitário e 240 com serviço/infraestrutura inadequada de coleta de lixo,

totalizando 2.691 domicílios com serviços e infraestrutura inadequadas. A ação de urbanização

deve tomar portanto, inicialmente a referência da necessidade de implantação de

infraestrutura e serviços de saneamento em pelo menos 1.983 domicílios. O Plano de Ação,

destaca a carência total de infraestrutura abrangendo 3.379 domicílios e demandando um

investimento da ordem de R$24,5 milhões.

8.8 Oferta de moradia e solo urbanizado

Estância tem viabilizado nos últimos diversas ações visando a implantação de conjuntos

habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida. Em julho de 2014 foi realizado amplo

recadastramento de demanda para atendimento no programa. Apesar das ações recentes, a

oferta pública de moradia e solo urbanizado ou então a viabilização pelo mercado a preços

acessíveis para a maior parte da população foi insuficiente. Segundo o PLHIS(2012) entre os

anos de 1967 e 2005, apenas 950 unidades, justificando a expansão informal e o passivo atual

de infraestrutura e serviços adequados.

62 Plano Local de Habitação de Interesse Social – PLHIS de Estância 2012. Tabela 31 P.98.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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8.9 Demanda por habitação e investimentos habitacionais

A demanda acumulada segundo o PLHIS(2012) é de 2.360 domicílios. (tabelas 27 e 28 PLHIS

p.101)

8.10 Projeção do déficit habitacional

A demanda demografica futura no municipio foi calculada no item 1, na seção de população.

(ver quadro 1.5)

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9. Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Neste capítulo, são abordados os temas referentes ao Meio Ambiente e Recursos Hídricos,

sempre que possível contextualizando as informações municipais relacionando-os aos dados

do Estado de Sergipe.

9.1. Caracterização geral das Bacias Hidrográficas do Município

O Estado do Sergipe possui oito bacias hidrográficas, sendo que o Município de Estância em

seu território possui parte da Bacia hidrográfica do Rio Piauí e Grupo de Bacias Costeiras. (ver

mapas 1.16 e 1.17)

Na Bacia Hidrográfica do Rio Piauí, os seus principais afluentes diretos são o Rio Piauitinga e

Rio Fundo. O primeiro tem como afluentes respectivamente o Riacho Grotão, Rio Riachão e

Rio das Capivaras e o segundo o Rio Paripueira, Rio Muculunduba e Rio Biriba. Segundo a

SEMARH a Bacia hidrográfica do rio Piauí

possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19% do território

estadual e abrange 15 municípios, com uma população de 432.000

habitantes aproximadamente. Localizada na parte sul do estado, é um dos

mais importantes componentes da rede hidrográfica do estado de Sergipe.

O sistema hidrográfico é bastante desenvolvido, sendo constituído pelo

curso  d’água  principal  do  rio  Piauí,  e  por  diversos  afluentes  de  grande  porte,  

destacando-se, pela margem direita, os rios Arauá e Pagão, e, pela margem

esquerda, os rios Jacaré, Piauitinga e Fundo. Os diversos usos das águas na

Bacia Hidrográfica como: irrigação, mineração, indústrias, consumo humano

e animal, pesca, turismo e lazer estão associados às atividades econômicas,

ligados aos setores privado e público, bem como, os principais sistemas

hídricos, naturais e construídos, que possibilitam o desenvolvimento da

região. Essa relação direta com os recursos hídricos acarreta problemas

inerentes a quase todos os municípios brasileiro como: lixo, esgoto a céu

aberto, assoreamento de rios e riachos, pesca predatória, uso

indiscriminado de agrotóxicos, extração inadequada de minerais,

desmatamento e problemas relacionados com os resíduos industriais.

(www.semarh.se.gov.br/biodiversidade) <acessado em 15.10.2014>

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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9.1.1. Delimitação territorial

A Bacia Hidrográfica do Rio Piauí possui uma área geográfica de 4.150 km², equivalentes a 19%

do território estadual e abrange 15 municípios.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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9.1.2. Meio Físico e Natural, tipos e usos do solo e topografia

Analisando  os  Mapas  1.6  “Proteção  ambiental  APA  Sul,  manguezais  e  cursos  d’água”  e  o  mapa  

1.12   “Topografia   com  curvas   em  10m”,   é   possível   notar   que   a   faixa   litorânea  do  município,  

onde está delimitada a APA SUL – faixa de aproximadamente 10km do mar ao interior do

continente – conformando área de 55km2, tem terreno predominantemente plano com pouca

elevação ao nível do mar, atingindo no máximo 34m de elevação (ver mapa 1.15 Hipsometria)

favorecendo a formação de lagos, mangues e dunas. Além da formação de mangue, esta

porção litorânea abriga formação de floresta estacional Semidecidual. A presença também de

algumas áreas de pastagem (ver mapa 1.19 uso do solo).

Para além da APA Sul, no interior do município, podem ser identificadas cotas de até 339m. A

cobertura predominante do solo é de pastagem, com ocorrências de florestas estacional (ver

mapa 1.19)

A sede urbana do município se encontra no limite da área de influência da maré no Rio Fundo,

nas proximidades da queda d´água do Rio Piauí (ver foto 9.1.), onde ocorre a transição do tipo

de subsolo e solo (ver item 9.1.3), dos depósitos colúvio-eluviais para os depósitos litorâneos.

9.1.2.1 Área degradada

Consiste do agrupamento da sede urbana e dos povoados. A sede ocupa aproximadamente

5,91km² de um total de 644km² de todo o município, com perímetro urbano de

aproximadamente 31,08km63.

Destacamos ainda a evolução de perda e ganho de vegetação no município, no período de

2000 a 2012 (ver mapas 1.7, 1.8 e 1.9). Onde o ganho de mata no período observado é

substancialmente menor que as perdas, e tem destaque no extremo oeste do território e

pontualmente próximo a margem leste do entroncamento da BR101 com a SE470, nas

imediações do Assentamento Rural Edimilson Evaristo.

63 SEMARH/SRS 2010 – Atlas Digital sobre Recursos Hídricos do Sergipe.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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9.1.2.2 Área embrejada

Localiza nas planícies costeiras do município, entre a várzea do Rio Fundo e Rio Piauí e da

rodovia litorânea que dá acesso aos Povoados de Porto do Mato e Praia do Saco, bem como da

Praia de Abaís.

9.1.2.3 Manguezal

Incidência sobre grandes áreas lindeiras do Rio Fundo e Rio Piauí até sua foz no Oceano

Atlântico. Também margeia o Rio Biriba na sua porção mais a jusante.

9.1.2.4 Vegetação de restinga

Ocorrência na porção litorânea, ocupa faixa entre as áreas de manguezal e a praia.

9.1.2.5 Pastagem

É o uso de solo de maior extensão no território, sendo encontrado em todas as regiões, com

exceção da região litorânea, onde é pouco presente.

9.1.2.6 Floresta estacional

Uso do solo de pouca extensão territorial, majoritariamente localizada na porção noroeste, nas

bacias do Rio Capivara e Rio Piauitinga.

9.1.2.7 Floresta ombrófila

Com pouca representatividade, localizada principalmente à leste da sede municipal, nas

proximidades do Rio Piauí e Rio Biriba.

9.1.2.8 Mata ciliar

Observa-se que alguns corpos d´água de menor porte na porção oeste do município possuem

suas margens com mata ciliar. Estão localizados principalmente nas margens do Rio Piauí e

Piauitinga, bem como de seus afluentes. Não há ocorrência de mata ciliar nas margens de

outros rios importantes do município, como o Rio Biriba e Rio Fundo.

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9.1.2.9 Área degradada

Estas áreas, geralmente localizadas nas proximidades da sede municipal (setor oeste da BR-

101), bem como no depósito de lixo municipal e demais áreas industriais junto à rodovia.

9.1.2.10 Cultivos agrícolas e solos expostos

Predominância na porção noroeste do território, coincidente com a área de maior produção

agrícola do município.

9.1.2.11 Dunas e areial

Localizado na porção sul litorânea do território. Identificamos que no mapa, uma porção

denominada como de cultivos agrícolas / solos expostos.

9.1.3 Clima

*Ver item 1.9

9.2. Caracterização Geral dos Ecossistemas Naturais

Para caracterização geral dos ecossistemas naturais utilizaremos de instrumentos

denominados indicadores, que permitem analisar a evolução de cada aspecto avaliado ao

longo do tempo, permitindo avaliar sua evolução e intuir sobre as tendências de crescimento

ou diminuição dos valores encontrados.

9.2.1. Indicadores de Qualidade Ambiental

Segundo o Ministério do Meio Ambiente os indicadores ambientais são

estatísticas selecionadas que representam ou resumem alguns aspectos do

estado do meio ambiente, dos recursos naturais e de atividades humanas

relacionadas.

(http://www.mma.gov.br/governanca-ambiental/informacao-

ambiental/sistema-nacional-de-informacao-sobre-meio-ambiente-

sinima/indicadores) <acessado em 21.10.2014>

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Adotamos para efeito deste trabalho os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável64

estabelecidos   pelo   IBGE,   especificamente   neste   capítulo,   aqueles   indicados   na   “dimensão  

ambiental”.

A dimensão ambiental diz respeito ao uso dos recursos naturais e à degradação

ambiental, e está relacionada aos objetivos de preservação e conservação do meio

ambiente, considerados fundamentais para a qualidade de vida das gerações atuais

e o benefício das gerações futuras. Estas questões aparecem organizadas nos temas

atmosfera; terra; água doce; oceanos, mares e áreas costeiras; biodiversidade e

saneamento. (BRASIL, IBGE 2012)

Os indicadores escolhidos são estão divididos nas seguintes categorias: atmosfera; terra; água

doce; oceanos, mares e áreas costeiras; biodiversidade e saneamento. Devido à escassez de

dados específicos para o Estado do Sergipe e especificamente para o Município de Estância,

apresentaremos a seguir os que poderão ser analisados de maneira completa. Os demais, em

momento oportuno, poderão ser recomendados e detalhados de modo a coletar dados para

um diagnóstico futuro mais completo.

9.2.1.1 Terra

Uso de fertilizantes

O indicador expressa a intensidade de uso de fertilizantes nas áreas cultivadas de um

território, em determinado período. Este indicador considera as áreas plantadas (ha) e as

quantidades de fertilizantes vendidos e entregues ao consumidor final. Sua relevância para

este trabalho diz respeito aos impactos ambientais que o uso a médio e longo prazo destas

substâncias causa, apesar da sua melhoria na eficiência e produtividade em períodos mais

curtos. Os principais efeitos negativas são eutrofização65 e contaminação de aquíferos, bem

como estudos em andamento que relacionam o uso de fertilizantes nitrogenados à destruição

da camada de ozônio da atmosfera.

O Estado de Sergipe possui os seguintes índices66:

64 Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, Brasil, 2012. Todos os indicadores citados a seguir foram retirados da mesma publicação. 65 Eutrofização é o processo de aumento de nutrientes (especificamente neste caso P e N) nas águas, causando a proliferação de bactérias aeróbias que consomem o O2 da água, causando desequilíbrios ambientais, como por exemplo a mortandade de peixes. 66 Fontes: Anuário estatístico [do] setor de fertilizantes 2010. São Paulo: Associação Nacional para Difusão de Adubos - ANDA, 2011; e Produção agrícola municipal 2010. In: IBGE. Sidra: sistema IBGE de recuperação automática. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/pam/ default.asp>. Acesso em: out. 2011.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

257

- Vendas de fertilizantes, por área cultivada - 2010 = 14,5 a 84,0 kg/ha

- Vendas de fertilizantes (Nitrogênio), por área cultivada - 2010 = 20,2 a 34,3 kg/ha

- Vendas de fertilizantes (Fósforo), por área cultivada - 2010 = 7,0 a 24,3 kg/ha

- Vendas de fertilizantes (Potássio), por área cultivada - 2010 = 15,1 a 35,0 kg/ha

Ao se comparar estes valores com outros estados do Nordeste ou do Brasil, verifica-se que são

considerados ainda relativamente baixos. É necessário, no entanto, buscar alternativas

sustentáveis para o usos destas substâncias, transformando a produção local e permitindo que

sejam preservados os recursos naturais conjuntamente com os ganhos de produtividade

agrícola. As formas de como isto pode ser realizado poderão ser explorados em momento

oportuno nas próximas etapas de desenvolvimento do PMSB.

Uso de agrotóxicos

O indicador expressa a intensidade de uso de agrotóxicos nas áreas cultivadas de um território,

em determinado período. (...) é composto pela razão entre a quantidade de agrotóxico

utilizada anualmente e a área cultivada, apresentado em kg/ha/ano.

Consumo total por unidade de área cultivada (2009) = 0,1 a 1,2 kg/ha

Neste indicador, o Estado de Sergipe encontra-se em 22º dentre as 27 unidades federativas,

com consumo bastante abaixo da média, próximo de 0,5 kg/ha. É importante ressaltar que não

encontramos dados específicos para o setor agrícola municipal, mas identificamos durante as

oficinas participativas que o uso irresponsável de agrotóxicos ocorre, seja ele pela proximidade

com corpos d´água seja pela ausência de informações e equipamentos de segurança para seu

manuseio, causando queimaduras severas nos agricultores mal informados.

Terras em uso agrossilvipastoril

O indicador apresenta a proporção de terras imediatamente disponíveis para a produção

agrícola, a pecuária, a silvicultura e aquelas que foram degradadas por essas atividades, em

determinado território.

Neste indicador o Estado de Sergipe possui um dos mais altos índices de terras em uso

agrossilvipastoril na superfície territorial, com aproximadamente 57% da área total do

território municipal, demonstrando um grande potencial para produção agrossilvipastoril.

Ressalta-se, porém, que uma maior área destinada a esta produção não significa diretamente

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

258

uma maior produção ou eficiência, representando também uma ameaça à sustentabilidade se

combinado com os demais índices de uso de agrotóxicos e de fertilizantes.

Queimadas e incêndios florestais67

O  indicador  expressa  a  frequência  de  focos  de  calor  em  um  território,  em  determinado  ano.”  

Sua relevância como indicador ambiental é devido à expansão agropecuária, geralmente sobre

áreas de vegetação nativa.

Neste indicador, o Estado de Sergipe apresenta a menor escala representada no mapa, com

graduação do número de focos de calor (2011) - 1 a 10 focos / 1000km².

A maior concentração de focos ocorre nos estados do Centro Oeste e Norte do país (Pará e

Tocantins). No Nordeste, os destaques negativos são do Estado da Bahia e do Piauí.

Desmatamento nos biomas extra-amazônicos

O indicador é a proporção da área desmatada acumulada até o último ano apurado em relação

à   área   total   original   do   bioma   no   território   considerado.”   Pode   ser   utilizado   para   avaliar   a  

evolução das atividades antrópicas sobre os biomas, com desmatamento causando danos à

biodiversidade, ao solo e aos recursos hídricos, contribuindo também negativamente para as

emissões de CO2, acentuando o efeito estufa.

Neste quesito, o Estado de Sergipe apresenta os seguintes dados68:

- Desmatamento total do Cerrado até 2010 - 3,1%

- Desmatamento total da Caatinga até 2009 - 53,6 a 82,3%

- Desmatamento total da Mata Atlântica - 89,4 a 92,5%

Os índices de desmatamentos da Caatinga e Mata Atlântica demonstrando elevado grau de

deterioração destes biomas, com todos os efeitos citados anteriormente. É urgente atentar

67 Fonte: Queimadas: monitoramento de focos. Cachoeira Paulista, SP: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - CPTEC, 2012. Disponível em: <http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas/>. Acesso em: mar. 2012. 68 Fonte: Monitoramento do desmatamento nos biomas brasileiros por satélite. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente - MMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, 2011. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido= conteudo.monta&idEstrutura=72&idConteudo=7422&idMenu=7508>. Acesso em: mar. 2012; e Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica: período de 2008-2010. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica; São José dos Campos: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE, 2011. Disponível em: <http://mapas.sosma.org.br/site_media/download/atlas_2008-10_relatorio%20final_versao2_julho2011.pdf>. Acesso em: mar. 2012.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

259

para a evolução destes indicadores e buscar reverter o quadro através de políticas de incentivo

ao reflorestamento e recuperação de áreas degradadas.

9.2.1.2 Água doce

Qualidade de águas interiores

O indicador apresenta a qualidade da água em alguns corpos de água interiores (trechos de

rios e represas), expressa pela Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO e pelo Índice de

Qualidade da Água – IQA.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

260

Quadro 9.1 Classificação do Índice de Qualidade da Água - IQA69

Categoria Faixa de valor

Ótima 79 < IQA < 100

Boa 51 < IQA < 79

Regular 36 < IQA < 51

Ruim 19 < IQA < 36

Péssima IQA < 19

Fonte: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB.

Segundo DA SILVA et al (2011)70 as amostras coletadas no Rio Piautinga entre novembro de

2008 e novembro de 2010, apresentaram IQAs variando de ótimo a regular, sendo os valores

respectivamente: 74 nov./08, 48 mar/09, 47 mai./09, 51 ago./09, 85 nov./09, 55 jan./10, 62

mai./10, 82 ago./10 e 56 nov./10.

Destaca-se período de mar/09 até ago./09 onde a qualidade da água resultou como regular,

na principal fonte de abastecimento da sede urbana do município de Estância-SE.

9.2.1.3 Oceanos, mares e áreas costeiras

Balneabilidade

“O   indicador   expressa   a   qualidade   da   água   para   fins   de   recreação   de   contato   primário   em  algumas  praias  do  litoral  brasileiro  em  um  determinado  período  de  tempo”.

Quadro 9.2 - A seguir a tabela de balneabilidade da ADEMA71 das praias do litoral

Praias Coordenados UTM Status

Praia do Abaís (em frente à praça de eventos) 687359 E 8747446 N Própria

Praia do Saco (em frente à rua principal) 681695 E 8736298 N Própria

Praia das Dunas (em frente ao lot. Zé de Loia) 683866 E 8738086 N Própria

Fonte: ADEMA 2014.

69 Companhia Ambiental do Estado de São Paulo - CETESB. 70 Artigo publicado na 34ª reunião da Sociedade Brasileira de Quimica disponível em: http://sec.sbq.org.br/cdrom/34ra/resumos/T1937-1.pdf <acessado em 05/11/2014 71 ADEMA - Administração Estadual do Meio Ambiente – Tabela de Balneabilidade das Praias entre 30/10/2014 a 05/11/2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

261

Identificamos também que no período entre 2003 e 2007, segundo os dados constantes do

“Diagrama  3  – Percentil 80 anual da qualidade de água para recreação de contato primário,

por vários métodos, com base na Resolução 274/2000 do CONAMA, nas águas de praias

selecionadas”   - Praia do Saco/Estância, a Qualidade das águas apresentada estava dentro do

padrão CONAMA.

População residente em áreas costeiras

O indicador apresenta a proporção da população residente na zona costeira, em relação ao

total da população de um determinado território, e a densidade populacional da zona costeira.

No município de Estância, aproximadamente 4,56% da população municipal vive nas áreas

costeiras, sendo que durante os períodos de férias de verão observa-se também um grande

aumento de turistas.

Este indicador é importante pois as áreas costeiras são regiões ambientalmente delicadas, com

áreas de estuários, manguezais e também, por historicamente abrigarem percentagens

expressivas da população. Esta sobreposição, associada ao turismo de veraneio e aos demais

fatores de sustentabilidades abordados neste relatório precisar ser avaliados regularmente, de

modo a entender as dinâmicas existentes e identificar os problemas que podem levar a uma

situação de risco futuro.

Saneamento

Formado por cinco indicadores, todos eles já explorados detalhadamente em outros capítulos,

são de grande relevância no acompanhamento das condições ambientais dos ecossistemas

naturais, pois tem relação direta com um crescimento sustentável da população municipal e

seu impacto direto sobre os recursos disponíveis. São eles:

x Acesso à sistema de abastecimento de água

x Acesso a esgotamento sanitário

x Acesso a serviço de coleta de lixo doméstico

x Tratamento de esgoto

x Destinação final do lixo

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

262

9.2.1. Áreas de Preservação Permanente

É essencial acompanhar a questão das áreas de proteção permanente, estabelecidas através

do Código Florestal Lei nº 12.651/2012 é essencial para garantir a qualidade e a quantidade

dos recursos hídricos no Município de Estância.

9.3. A situação e perspectivas dos usos e da oferta de água em bacias hidrográficas

Considerando a utilização potencial de água para suprimento humano, conforme descrito no

capítulos 4 há captação de água do SAAE no Rio Piauitinga e Rio Biriba, e demais captações

profundas abastecendo 95,32% da população da sede. (ver tabela 4.1)

Considerando as demandas presentes e futuras e o lançamento de resíduos líquidos e sólidos

de sistemas de saneamento básico, detalhadamente abordado no capítulo 5 podemos

identificar um claro conflito entre a poluição dos corpos d´água e lençóis freáticos e a

dependência destas fontes de captação para abastecimento das populações urbanas e rurais.

9.4. Identificação de condições de degradação

9.4.1 Degradação por lançamento de resíduos líquidos e sólidos

No Capítulo 5, que trata do esgotamento sanitário, foram identificados pontos de lançamento

direto de esgoto e detalhados os efluentes industriais que causam degradação dos corpos

hídricos.

Outros dois exemplos de degradação do meio ambiente, no que impacta diretamente os

recursos hídricos, são os casos de extração de areia respectivamente do Rio Fundo (no limite

com  o  Município  de  Itaporanga  D’Ajuda)  e  no  Rio  Capivara,  região  centro-oeste do Município

de Estância.

No primeiro caso, apesar da existência de outorga quanto à retirada de areia, há indícios de

que os limites de extração do mineral estejam sendo descumpridos, acarretando na

degradação de margens de ambos municípios, acelerando o processo de perda de mata ciliar e

de assoreamento do rio a jusante, consequentemente prejudicando a qualidade da água e a

manutenção de aspectos essenciais à vida na área.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Os locais indicados de extração de areia no Rio Fundo:

- Ponto 01 – Lat. 11°10'47.40"S / Long. 37°20'45.50"O

- Ponto 02 – Lat. 11°10'10.40"S / Long. 37°20'25.10"O

- Ponto 03 – Lat. 11°10'33.70"S / Long. 37°20'33.40"O

No segundo caso, há autorização expressa do INCRA para extração de pequenas quantidades

para uso dos moradores cadastrados nos assentamentos rurais das proximidades. No entanto,

há relatos de que estes limites estão sendo descumpridos e também há ocorrência de

empresas (provavelmente clandestinas) que se utilizam do material para execução de obras de

construção civil.

O resultado, como pode-se verificar nas imagens a seguir do Rio Capivara (região oeste do

Município), é de diminuição drástica da mata ciliar, ocasionando a diminuição da vazão de

água superficial, ocorrência de inúmeros trechos com erosão acentuada e podendo acarretar

também na qualidade da água a jusante. Relatos de moradores indicam também que a vazão

do Rio Capivara anos atrás era muito maior, principalmente a vazão de base na época de

estiagem.

Foto 9.1. Rio Capivara – margens degradadas sem mata ciliar

Fonte: Risco arquitetura urbana, 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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9.4.3. Situações de escassez hídrica presente e futura

Conforme detalhado no capítulo 04, os pontos de captação de água para posterior tratamento

e distribuição realizados pelo SAAE de Estância utilizam água de dois afluentes do Rio Piauí: Rio

Biriba e Rio Piauitinga. Deste modo, há uma dependência direta da quantidade de recursos

disponíveis e qualidade destes corpos d´água para abastecimento da população. A única

evidencia  de  escassez  hídrica  relacionada  a  fonte  d’água  no  município  de  estancia,  identificada  

durante a fase de diagnóstico, está relacionada ao Rio Capivara, que segundo relato de

moradores locais durante Oficina Participativa, tem apresentado volume de água muito menor

do que nos anos anteriores.

9.5. Identificação de condições de gestão de recursos hídricos nas bacias do

município quanto a aspectos do saneamento básico

A gestão de recursos hídricos nas bacias do município deverá atentar primeiro para as formas

e condições definidas para a União e Estado de Sergipe, e em seguida contextualizar o

município.

9.5.1. Quanto ao domínio das águas superficiais e subterrâneas (União ou Estados)

A água é reconhecida como bem de domínio público e portanto o seu uso deve ser autorizado

pelos governos federal ou estadual. Não há, portanto, cobrança pelo uso da água.

No entanto, apesar de não haver cobrança, para assegurar o controle quantitativo e

qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício do direito de acesso a esse bem público

deverão ser observados aspectos legais que discorrem sobre a outorga de direito de uso dos

recursos hídricos, conforme detalhado no item 9.5.4 deste documento.

9.5.2. Atuação de comitês e agência de bacia

O processo de instituição do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piauí (CBH-Piauí) iniciou-se

em 2004, com base na metodologia participativa aplicada em diversos momentos e em 2005

foi oficializado pelo Decreto do Governo do Estado de nº. 23.375 de 09 de setembro de 2005,

publicado no Diário Oficial do Estado de nº. 24.855 pág. 1 e 2 em 12 de setembro de 2005 e

pela Resolução do CONERH/SE de nº. 05 de 27 de junho de 2007.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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O Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piauí é composto por 48 membros entre Titulares e

Suplentes eleitos por seus pares dos Segmentos Poder Público, Sociedade Civil e Usuários e

encontra-se na segunda gestão – 2008-201072.

9.5.3. Enquadramento dos corpos d`água

Considerando os principais corpos d´água do município de Estância, apresentamos o quadro a seguir:

Quadro 9.3 Enquadramento de corpos d´água segundo a CONAMA 357

NOME

CLASSE ENQUADRAMENTO

PROPOSTA (CONAMA 357)

DOMÍNIO Extensão (m) FONTE ORDEM

RIO FUNDO Salobra Classe 1 Estadual 44715,25 SEMARH (2010) 2

RIO GONÇALVES DIAS - Estadual 15355,71 SEMARH (2010) 2

RIO PIAUI Doce Classe 1 / Salobra Classe 1 / Doce Classe 2

Estadual 121932,88 ANA (2008) /

SEMARH (2010) 1

RIO PIAUITINGA Doce Classe 2 / Doce

Classe 1 / Salobra Classe 1

Estadual 59115,68 SEMARH (2010) 2

9.5.4. Implementação de outorga e cobrança pelo usos

A outorga de direitos de uso de recursos hídricos visa assegurar o controle quantitativo e

qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água73.

A outorga de direito de uso dos recursos hídricos está prevista na Lei Federal nº9.433/97 e no

Estado de Sergipe é tratada na Lei nº3.870/97 e regulamentada pelo Decreto nº18.456/99,

que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos. As águas superficiais e subterrâneas

tem o pedido de outorga do uso da água submetido à SEMARH – Secretaria de Estado do Meio

Ambiente e dos Recursos Hídricos, órgão gestor dos recursos hídricos no Estado de Sergipe.74

9.5.5. Instrumentos de proteção de mananciais

72 http://www.semarh.se.gov.br/comitesbacias/modules/tinyd0/index.php?id=43 73 Plano Estadual de Recursos Hídricos de Sergipe – PERH-SE, 2010. 74 Site: www.semarh.se.gov.br/srh

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

266

A legislação vigente no Estado do Sergipe estabelece os instrumentos e diretrizes para

proteção dos mananciais:

1. Constituição do Estado de Sergipe 1989 Artigos 2º, 7º, 232, 239 a 249;

2. Política Estadual de Recursos Hídricos - Lei nº 3870, de 25 de setembro de 1997;

3. Conselho Estadual de Recursos Hídricos - Decreto nº 18.099, de 26 de maio de 1999;

4. Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos - Decreto nº 18.456, de 03 de dezembro de

1999;

5. Fundo Estadual de Recursos Hídricos - Decreto nº 19.079, de 05 de setembro de 2000;

6. Lei N.º 4.787/2003 - Organização básica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente – SEMA;

7. Lei N.º 5.057/2003 - Dispõe sobre a organização básica da Administração Estadual do Meio

Ambiente – ADEMA, e dá providências correlatas;

8. Lei N.º 5.360/2004 - Dispõe sobre o Fundo de Defesa do Meio Ambiente de Sergipe –

FUNDEMA/SE;

9. Lei Nº 4.600/2002 - Altera a Lei nº 3.870/1997;

10. Lei Nº 5.858/2006 - Dispõe sobre a Política Estadual do Meio Ambiente, institui o Sistema

Estadual do Meio Ambiente

Através delas devem ser fiscalizados e garantidos direitos e deveres para que se faça um uso

sustentável dos recursos naturais existentes e melhorias nas condições de saneamento básico

da população municipal.

9.5.6 Situação do Plano de Bacia Hidrográfica e seus programas e ações

Foi realizada licitação de consultoria para elaboração do Plano de Bacia Hidrográfica do Rio

Piauí - PBH-Piaui. Atualmente em desenvolvimento foi recentemente apresentado o arranjo

institucional ao GAT – grupo de acompanhamento técnico do SEMARH75. As entidades

participantes farão suas manifestações e propostas, que deverão ser discutidas e incorporadas

às diretrizes para execução do plano.

9.5.7 Disponibilidade de recursos financeiros para investimentos em saneamento básico

Este item é mais detalhadamente abordado no Capítulo 3 - Situação econômico-financeira dos

serviços de saneamento básico e do Município.

75 Notícia do SEMARH/SE de 28/11/2014: http://www.semarh.se.gov.br/comitesbacias/modules/news/article.php?storyid=163

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

267

9.6 Identificação de relações de dependência entre a sociedade local e os recursos

ambientais, incluindo a água

É importante notar que parcela da população cuja atividade econômica principal é a de pesca,

sendo diretamente dependente da qualidade das águas salobras do sistema de mangues

formados pelos rios Fundo e Piauí e seus estuários, na zona popularmente chamada de maré.

Há inclusive uma série de associações comunitárias diretamente relacionadas às atividades de

pesca de peixes e mariscos, como por exemplo a Associação Comunitária das Marisqueiras de

Porto do Mato, área litorânea do Município.

Há também população cuja atividade econômica também explora o turismo na área litorânea,

com passeios de barco nas regiões dos mangues e estuários, assim como o próprio turismo em

terra, com dunas e praias muito procuradas nas férias de verão e finais de semana. A

preservação desta paisagem natural e da limpeza das praias, qualidade das águas dos rios e do

oceano é vital para sustentabilidade do turismo na região.

Deste modo, observa-se uma relação direta de parcela sociedade quanto à qualidade da água

e a preservação das zonas de preservação e proteção naturais, cujas atividades de sustentação

econômica são dependentes da qualidade da água, da disponibilidade de peixes e mariscos e

da paisagem litorânea preservada.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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10.Saúde e saneamento

O diagnóstico da situação de saúde relacionada ao saneamento busca a aproximação dos

temas, colocando o saneamento básico como potencial promotor da prevenção de

efemeridades.

Diversos dados e índices de saúde, ou demais índices diretamente vinculados à saúde, foram

apresentados ao longo deste diagnóstico (ver itens 1.5.4 e 1.6.6 entre outros), os quais

relacionam infraestrutura e serviços existentes. Além dos dados do DATASUS (mortalidade e

morbidade) anteriormente citados, focamos novamente nos dados de morbidade relacionados

a doenças infecciosas e parasitárias. Ressaltamos ainda a importância dos dados gerais

fornecidos pelo Sistema de Atendimento Básico – SIAB (Saúde da Familiar)

10.1 Morbidade relacionadas a falta de saneamento

No Município de Estância, no ano de 2013 foram notificados 19 óbitos infantis e fetais

(DATASUS 2014), sendo que apenas no mês de fevereiro foram 6 mortes. Nenhuma das

mortes está vinculada a doenças infecciosas e parasitárias.

A queda da mortalidade infantil vem sendo constantemente reduzida no município, desde de

pelo menos o ano de 2008, quando o número de óbitos foi de 44. Em 2014 no entanto, até o

presente (mês de outubro) a mortalidade infantil e fetal registrou aumento, já sendo

notificados até o momento (outubro/2014) 25 óbitos infantis e fetais.

10.2 Sistema de Informação do Atendimento Básico – SIAB

O SIAB constitui-se com um importante indicador para saúde municipal, sobretudo porque

dispõem de informações atualizadas e alimentadas no âmbito municipal mensalmente. Em

Estância o SIAB está organizado em 18 áreas vinculadas as respectivas Unidades de Saúde da

Família – USF, e 144 micro áreas, sendo cada uma delas de responsabilidade de um Agente.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

269

Quadro 10.1 – Detalhamento do programa Saúde da Família.

ÁREA LOCALIZAÇÃO USF PROFISSIONAIS Micro áreas

ÁREA 01 (Santa Cruz) USF SANTA CRUZ Aux. de Enf - Érica; Aux de S. Bucal - Tereza; Cirurgião Dentista -

Tatiana; Enf. - Juliana; Médico - Enilma 6 ÁREA 02 (Santa Cruz) USF SANTA CRUZ Aux de Enf. - Valquíria; Enf.ª Heloana; Médico - Ana Claúdia 5 ÁREA 03 (Porto D'Areia)

USF DR. RAIMUNDO GOOD LIMA

Aux de Enf. - Emauela; Aux de S. Bucal - Raimunda; Cirugião Dentista - Louise; Enf.ª - Silvia; Médico - Ricardo 7

ÁREA 04 (São Jorge)

USF DR. RAIMUNDO GOOD LIMA

Aux de Enf. - Valquíria ; Aux de S. Bucal - Josefa;Cirugião Dentista - Hayanna; Enf.ª - Simone; Médico - Silvio 7

ÁREA 05 (Centro) USF DR. QUIRINO LOPES

Aux de Enf.ª - Deise; Aux de S. Bucal - Renata; Cirugião Dentista - Raquel; Enf.ª - Luana; Médico - Anne 7

ÁREA 06 (Centro/Alagoas)

USF DR. QUIRINO LOPES Aux de Enf. - Robson ; Enf. - Aline; Médico - Claúdio 8

ÁREA 07 USF CAIC JORGE AMADO

ASB: Elaine; Auxiliar: Silvânia ; CD: Adriana; Enf.: Milena; Médico Ricardo 10

ÁREA 08 USF IRMÃ MADALENA

ASB: Simone ; Auxíliar: Maria Vanilma; CD: Ana Paula Enf.: Manuel Leandro ; Medico: Antônio José Junior 7

ÁREA 09 (Alagoas) USF IRMÃ MADALENA

ASB: Juliana; Auxíliar:Ana Carla; CD: Alesandra; Enf.: Elline; Médico:Amanda; 8

ÁREA 10 (Cidade Nova/Valadares)

USF RAIMUNDA MESQUITA

ASB: Alzinir Auxiliar: Fabiana CD: Ester Enf.: Liana Carla Médico:Marcos 6

ÁREA 11 USF LEONOR FRANCO

ASB: Magarete; Auxíliar:Claúdeildes; CD: Aline ENF: Rodrigo Médico:Rômulo 6

ÁREA 12 USF LEONOR FRANCO

ASB:Juliana; Auxiliar: Jussara ; CD:Ana Patrcia ; Enf.: Heriomar; Médico: 6

ÁREA 13 USF PAULO AMARAL ASB: Aparecida; Auxíliar: Carlos Alberto; CD:Luciana Enf:Sandro; Médico: Tiago 8

ÁREA 14 ( Praias) USF PROF.ª MARIA EUNICE

ASB: Maria Luzia; Auxiliar: Ivaneide; CD: Sandro; Enf:Eliane Médico:Gabriel 12

ÁREA 15 (Limite com Itaporanga - Zona Norte)

USF 15 ASB: Simone; AUXÍLIAR: Patrícia; CD: Josenilton ;Enf.: Adjane; Médico: Luiz 12

ÁREA 16 (Alecrim - Zona Oeste)

USF DRª WILMA MASCARENHAS

ABS: Jéssica; AUXILIAR:Edineide ; CD:Marcos; Enf:Amanda; Médico:Sílvio 11

ÁREA 17 USF DR VALTER CARDOZO COSTA

ASB:Andreia Auxíliar:Conçeicão CD: Adisson Enf.: Thaila Médico:Márcia 12

ÁREA 18 ( Zona Sul) USF PASTINHO ASB: Auxíliar : Francis; Enf:ALINE; Médico: Roberto 6

Total 144 Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.

Dentre as doenças sistematicamente monitoradas pelo SIAB, nenhuma delas está diretamente

vinculada a qualidade dos serviços e infraestruturas de saneamento básico, para tanto esse

diagnóstico incorporou ao questionário aplicado a diversos moradores, uma pergunta sobre

incidência de doenças diretamente vinculadas ao saneamento (ver item 1.5.4).

Dentre as doenças monitoradas pelo SIAB, destacam-se como as de maior incidência

atualmente no município a Hipertensão Arterial, seguida da Diabetes.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

270

Quadro 10.2 Doenças totais SIAB.

FAIXA ETÁRIA

alcoolismo %

Chagas %

Deficiência física

%

Diabetes %

Distúrbio

mental %

epilepsia %

Hipertensão

arterial %

hanseníase %

malária %

tuberculose % FAIXA ETÁRIA

0 a 14 anos

6 - 35 5 - 14 3 - - - 10 a 19 anos 0,04% - 0,25% 0,04% - 0,10% 0,02% - - -

15 anos ou

mais

184 10 715 1425 - 96 5018 18 - 16 20 anos e mais

0,37% 0,02% 144,0

0% 2,86% - 0,19% 10,08

% 0,04% - 0,03%

Total 190 10 750 1.430 - 110 5.021 18 - 16

Total 0,30% 0,02%

118,00% 2,25% - 0,17% 7,89% 0,03% - 0,03%

Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.

Dentre  os  demais  dados  apresentados  pelo  SIAB,  destacamos  a   forma  de  tratamento  d’água  

intradomiciliar, dado inexistente em outras fontes estatisticas públicas. No mês de referencia

(jun 2014), nas área urbana, 60,54% dos moradores utilizavam filtração, 0,5% fervura, 11,36%

cloração adicional e outros 27,5% não utilizavam nenhum outro tipo de tratamento adicional.

Já na zona rural, os mesmo indices eram respectivamente de 22,95% filtração, 1,03% fervura,

36,12% cloração e 39% sem tratamento.

Os dados apontam que a cultura de filtragem, apesar de mais importante na zona rural dado a

inexistencia de serviço coletivo de tratamento de água para consumo, é substancialmente

menor. Ao mesmo tempo é maior o numero de domicilios que utilizam o tratamento de

hipoclorito de sódio (cloração) fornecido pelos agentes de saúde.

O processo de disseminação desta pratica é fundamental, dado o grande numero de domicilios

abastecidos com água de poço raso/cacimba que localizam-se próximos a fossas rudimentares.

Os quadros a seguir apresentam os dados referentes a cada uma das zonas e também os totais

auferidos no municipio.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

271

Quadro 10.3 Dados totais para Zona Urbana.

Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.

Quadro 10.4 Dados totais para Zona Rural.

Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

272

Quadro 10.5 Dados totais gerais.

Fonte: Secretária de Saúde de Estância-SE julho 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

273

11. Índices, síntese e considerações finais.

11.1 Considerações sobre o método de espacialização de dados.

Os mapas produzidos ao longo do diagnóstico constituem informações centrais para

determinação da análise apresentada. Para sua produção seguiu-se método próprio de analise

espacial dos dados censitários do IBGE relacionados ao saneamento básico. Para isso foram

selecionadas as variáveis disponíveis que permitiram a espacialização e visualização dos

serviços e infraestruturas e suas carências, gerando índices de cobertura do Saneamento,

dispostos no território e determinando as demandas diretas para cada um dos serviços.

Tal análise revela quais são as áreas do município sujeitas aos piores índices de saneamento

básico, quantificando e qualificando-os.

Para organização, o território de Estância fica subdividido em 98 perímetros, coincidentes com

os Setores Censitários desenhados pelo IBGE. Estes territórios estão também agrupados

através dos 15 setores de mobilização determinados durante a primeira fase de elaboração

deste PMSB.

11.2 Variáveis selecionadas no Censo IBGE para o saneamento básico

Dentre as mais de 3.000 variáveis disponíveis no Censo IBGE 2010, somente uma parte se

relaciona diretamente com o tema do saneamento básico. A tabela disponibilizada pelo

Instituto   denominada   “Basico_UF_Situacao_setor” 76 reúne variáveis que se referem, de

alguma   forma,   aos   quatro   eixos   do   saneamento   básico:   Abastecimento   d’agua,   coleta   e  

tratamento de esgoto, coleta de lixo e Rede de drenagem Pluvial. Destacamos e detalhamos a

seguir as variáveis utilizadas.

11.3 Abastecimento de agua:

Situação urbana:

Para a situação urbana em geral serão , o abastecimento deverá ser provido pela rede geral de

abastecimento   d’agua,   sendo   o   índice   de   cobertura   resultado   do   número   de   domicílios

particulares ligados a rede, dividido pelo total de domicílios particulares: (V012/V002) = i1.

A demanda direta é formada por (V002-V012) = D1.

76 Na seção download do site do IBGE http://downloads.ibge.gov.br/ acesse o menu estatísticas, pasta Censos. Seleciona-se a pasta   “Censo_Demografico_2010”   ,   “Resultados_do_Universo”   ,   “Agregados_por_Setores_Censitarios”.   Seleciona-se a base do estado em que se insere o município.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

274

Para a situação rural:

Para aglomerados rurais de extensão urbana, e aglomerados rurais isolados (povoado, núcleo

e outros aglomerados), considera-se que o abastecimento adequado pode ser provido por

rede, poço ou nascente na propriedade, desta forma o índice de cobertura é

(V012+V013/V002) = i2 . A demanda direta é formada por (V002-V012-V013-V015)=D2.

Cabe dar atenção especial aos casos onde a uso de poço-cacimba (considerado Poço na

propriedade) estão em proximidade com fossa rudimentar. Considera-se que em todas as

residências onde a solução de distribuição de água for adequada via poço ou nascente na

propriedade (V013), mas houver existência de fossa rudimentar ou vala (V019 + V020), há

grandes chances de contaminação da água por interferência do esgoto sanitário domiciliar.

Nestes casos o índice de possibilidade de contaminação será dado por (V019+V020/V013) = i3.

É comum que este índice esteja acima dos 90%.

Outro caso, majoritariamente relacionado ao abastecimento de água nas regiões rurais, é

dado  pelo  abastecimento  de  “Outra  Forma”  que  inclui,  carro-pipa, cisterna que capta água de

chuva, e outros. Este  valor  está  indicado  pela  variável  “V015”.

11.4 Coleta e tratamento de esgoto:

Para as situações urbanas e rurais em geral, a coleta de esgoto adequada se dá por existência

de sanitário ligado a rede geral ou pluvial (V017) ou fossa séptica (V018). No primeiro caso,

onde o esgotamento for conduzido na rede pluvial existe inadequação. Como este dado não

esta disponível no CENSO é preciso avaliar caso a caso, interpretando os dados de acordo com

a   realidade   local.   Ainda   sobre   a   variável   “V017”   quando   forem inexistes os Sistema de

tratamento de Esgoto, como a exemplo a existência de Estação de Tratamento de Esgoto –

ETE, Sistemas Biodigestores, entre outros, também existira inadequação.

O índice de cobertura será resultado de (V017+V018/V002) = i4

Quando não houver ETEs e outras soluções na cidade, o índice de cobertura dos serviços de

tratamento do esgoto será (V018/V002) = i5.

Ainda   sobre   a   interpretação   dos   dados   fornecidos   pelo   IBGE,   quanto   a   variável   “V018”,   é  

importante ressaltar que comumente o IBGE informa a existência de fossas sépticas que na

realidade são Rudimentares. Neste caso é preciso também atentar-se para a interpretação dos

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

275

dados em comparação com a realidade local, podendo ainda este fator reduzir o índice de

cobertura  sugerido  por  “i4”  e “i5”

A demanda pelo serviço será resultado de V002-(V017+V018)=D3

Existência de banheiro:

Outro dado de fundamental relevância para diagnóstico da situação do saneamento básico é a

existência de banheiro e sanitários nos domicílios recenseados. A variável   “V023”   indica   a  

existência de domicílios particulares permanentes sem banheiro de uso exclusivo dos

moradores  e  nem  sanitário”.  A  variável  “V034”  indica  os  domicílios  particulares  permanentes  

sem banheiro de uso exclusivo dos moradores.

Os índices de existência de sanitário e banheiro se dará por: V034/V002 = i6 e V023/V002 = i7.

A demanda direta pela construção de banheiros sanitários é igual a V023 e V034. D4=V023,

D5=V034

11.5 Resíduos Sólidos

A demanda direta dos serviços de coleta de resíduos sólidos é definida por V002-V035=D6. A

cobertura dos serviços por sua vez, provem da mesma interação, sendo resultante de

V035/V002=i8.

O Censo IBGE não faz menção ao destino final do lixo, e nem a coleta de resíduos especiais,

portanto é necessário interpretar a realidade local, a partir do índice gerado, atentando-se

para a existência ou não de aterros sanitários no município, por processos de consorcio ou

ainda contratado diretamente pela prefeitura local.

Em Estância, sabe-se que todo o lixo coletado esta sendo destinado ao lixão local, havendo

também pelo menos outros 3 pontos urbanos com grande acumulo de resíduos sólidos.

11.6 Rede de drenagem Pluvial

O Censo IBGE não indica com precisão dados referentes a drenagem. Apesar disso no arquivo

“Entorno   01   – Planilha   Entorno   01_UF.xls”   estão   disponíveis   algumas   variáveis   que   incidem  

sobre a drenagem urbana. São elas:

V032 – Domicílios particulares permanentes próprios – Existe bueiro/boca de lobo e V033 –

Domicílios particulares permanentes próprios – Não existe bueiro/boca de lobo. A mesma

indicação é também delimitada para domicilio alugados, cedidos. Desta forma a variável de

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

276

existência de Bueiro/Boca de Lobo deverá ser informada pela soma de (V032+V034+V036) e a

inexistência por (V033+V035+V037).

Outras variáveis indicam ainda a existência de pavimentação e meio fio, e podem, durante a

interpretação da realidade local, serem utilizadas como indicativo.

A demanda direta será formada portanto por (V033+V035+V037)=D7 e o Índice de cobertura

da infraestrutura por i9+(V032+V034+V036)/V001.

Todos os mapas gerados estão disponíveis também em formato A3 (Ver Anexo)

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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11.7 Descrição dos setores censitários de Estância-SE.

Os 98 setores censitários existentes em Estância tem seu perímetro detalhadamente descritos

no anexonº4, e se definem da seguinte maneira:

Mapa11.1 Numeração dos Setores Censitários

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 11.2 Setores Censitários região central

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 11.1 Descrição dos perímetros dos setores censitários de Estância-SE.

Setor Ponto inicial Descrição do perímetro

0001

ENTRONCAMENTO DA AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA, COM A RUA MELQUISEDECK AMADO OU RUA DA ALEGRIA

DO PONTO INICIAL ATE A RUA FAUSTO CARDOSO, RUA FLORIANO PEIXOTO, RUA MOISES COSTA CARVALHO, RUA PEDRO HOMEM DA COSTA, RUA GUMERCINDO BESSA, RUA CAPITAO SALOMAO, PRACA BARAO DO RIO BRANCO, CONTORNANDO O JARDIM, TRAVESA DA INDEPENDENCIA, R

0002 ENCONTRO DA "AVENIDA TENENTE ELOI" COM A "RUA VISCONDE DE INHAUMA"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA DO OURO", "RUA LEOPOLDO RODRIGUES DO NASCIMENTO", "RUA VERISSIMO VIANA", "PRACA 7 DE SETEMBRO" (INCLUSIVE), "RUA GUMERCINDO BESSA", "AVENIDA TENENTE ELOI" ATE O PONTO INICIAL

0003 PRACA 7 DE SETEMBRO(EXCLUSIVE)

DO PONTO INICIAL ATE A RUA VERISSIMO VIANA,TRAVESSA FRANCISCO ARAUJO MACEDO, RUA DEPUTADO F AAUJO MACEDO, RUA MARQUES DE HERVAL, RUA DA MIRANGA, RUA JOAQUIM CALAZANS, RUA JORGE AMADO, RUA VICENTE B ALENCAR, RUA CAPITAO SALOMAO, RUA GUME

0004

ENTRONCAMENTO DA "RUA DO SAO CAETANO" COM A "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA" ATE O "PERIMETRO URBANO", "PERIMETRO URBANO", "GASODUTO" ATE A "ESTRADA DO CANGA", "RUA MARIO BATISTA DO SANTOS", "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA" ATE O PONTO INICIAL

0005

ENTRONCAMENTO DA RUA TENENTE F. DE OLIVEIRA COM O RUA MARIO BATISTA DOS SANTOS

DO PONTO INICIAL ATE A RUA SEM DENOMINACAO, RUA JOSE ROBERTO SOARES, RUA CANDIDO ARAUJO, RUA IRENIO J DOS SANTOS, RUA JOSE VENANCIO CRUZ, RUA SENHORZINHO ARAUJO DE LIBORIO, RUA TENENTE F. DE OLIVEIRA ATE O PONTO INICIAL

0006 ENTRONCAMENTO DA RUA ELIZIO MATOS COM A RUA RIACHUELO

DO PONTO INICIAL ATE A RUA MARIO BATISTA, RUA TENENTE F OLIVEIRA, RUA SENHORZINHO ARAUJO DE LIBORIO, RUA JOSE VENANCIO CRUZ, RUA ELIZIO MATOS ATE O PONTO INICIAL

0007

ENTRONCAMENTO DA RUA AGNALDO AUGUSTO DO SANTOS COM A RUA JOAQUIM CALAZANS

DO PONTO INICIAL ATE A RUA ELIZIO MATOS, TERCEIRA TRAVESSA ELIZIO MATOS, RUA LOURIVAL BATISTA, RUA JOAO FRANCISCO DA SILVA, RUA AGNALDO AUGUSTO DOS SANTOS ATE O PONTO INICIAL

0008

ENTRONCAMENTO DA AVENIDA LOURIVAL BATISTA COM A TERCEIRA TRAVESSA ELISIO MATOS

DO PONTO INICIAL ATE A RUA NOVA DO PORTO, ESTRADA PARA O CAMPING, GASODUTO, RIO PIAUI ATE ALTURA DA ESCOLA ESTADUAL GILBERTO AMADO (INCLUSIVE), RUA ALTO DA CONCEICAO, RUA DA LAGOA RUA DO POMPEU, RUA JOSE MARCELO DOS SANTOS, AVENIDA LOUR

0009

ENCONTRO DA TRAVESA DA INDEPENDENCIA COM A RUA VICENTE B. ALENCAR

DO PONTO INICIAL ATE A RUA JORGE AMADO, RUA JOAQUIM CALAZANS, RUA AGNALDO AUGUSTO DOS SANTOS, RUA JOAO FRANCISCO DA SILVA, RUA JOSE MARCELO DOS SANTOS, RUA DO POMPEU, PRACA JACKSON FIGUEIREDO(EXCLUSIVE), RUA RAIMUNDO C. CARVALHO, RUA LEOP

0010

ENTRONCAMENTO DA AVENIDA GETULIO VARGAS COM A RUA JOSE ANTONIO DE MENDONCA BA RRETO

DO PONTO INICIAL ATE A RUA LEOPOLDO AMARAL, RUA RAIMUNDO COSTA CARVALHO, RUA DO POMPEU, RUA DO GRAVATA, RUA AQUIDABA, AVENIDA GETULIO VARGAS ATE O PONTO INICIAL

0011 ENCONTRO DA RUA GENERAL PEDRA COM A RUA RAIMUNDO COSTA CARVALHO

DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA GETULIO VARGAS, RUA AQUIDABA, RUA DA BAHIA, RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE, SEGUE ATE O RIO PIAUI, ESTRADA DA FABRICA, PRACA LEAO XIII (EXCLUSIVE), AVENIDA SANTA CRUZ, AVENIDA GETULIO VARGAS, PRACA GRACHO

0012 "PONTE" SOBRE O "RIACHO DONANA" NA "BR 101"

DO PONTO INICIAL ATE O "RIO PIAUI" "ESTRADA PARA A FABRICA", "CHURRASCARIA" (INCLUSIVE), "FUNDO DAS CASAS DA ESTRADA PARA INDIAROBA","REDE DE ALTA TENSAO", "RIACHO DA DONANA" ATE O PONTO INICIAL

0013 PONTE SOBRE O RIO PIAUI NA RODOVIA BR 101

DO PONTO INICIAL SEGUE A RODOVIA BR 101 ATE A LINHA DE ALTA TENSAO, SEGUE A LINHA DE ALTA TENSAO PASSANDO PELOS FUNDOS DAS CASAS DA RUA JOAO LAUREANO, IGREJA SANTA RITA DE CASSIA (INCLUSIVE), FUNDOS DAS CASAS DA RUA SAO JOSE, SEGUE PELOS FUNDO

0014 ENTRONCAMENTO DA PRACA LEAO XIII COM A AVENIDA SANTA CRUZ

DO PONTO INICIAL ATE A ESTRADA DA FABRICA, RIO PIAUI, RIO PIAUITINGA, RUA A, RODOVIA BR-101, RUA SAO JOSE, RUA EDGAR B DE ARAUJO, RUA JOAQUIM ONORIO, RUA SANTA LUZIA, PRACA LEAO XIII (INCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL

0015

ENTRONCAMENTO DA RUA SANTA LUZIA COM A PRACA PRINCESA ISABEL (EXCLUSIVE)

DO PONTO INICAL ATE A AVENIDA GETULIO VARGAS, AVENIDA SANTA CRUZ, PRACA LEAO XIII (EXCLUSIVE), RUA SANTA LUZIA, RUA JOAQUIM ONORIO, RUA EDGAR B DE ARAUJO, RUA SEM DENOMINACAO, RUA SANTA LUZIA, ATE O PONTO INICIAL

0016 ENTRONCAMENTO DA RUA SAO JOSE COM A RODOVIA BR 101

DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RIO BRANCO, AVENIDA PRIMEIRO DE MAIO, RUA SANTA LUZIA, RUA SEM DENOMINCAO, RUA EDGAR B DE ARAUJO, RUA SAO JOSE ATE O PONTO INICIAL

0017

ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" COM A "RUA DOUTOR JESSE FONTES"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA FRANCISCO CAMERINO", "RUA GENERAL PEDRA", "RUA PROFESSORA CREMILDES FREIRE", "RUA JOAO SARMENTO", "RUA MARIA PEREIRA SANTOS", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" ATE O PONTO INICIAL

0018 CRUZAMENTO DO RIO PIAUI COM A REDE DE ALTA TENSAO

DO PONTO INICIAL ATE A RUA CAJUEIRO, RUA ESTEVES DE FREITAS, JOSE B. NASCIMENTO RUA DOMINGOS ALVES RIBEIRO, AVENIDA CONSTANCIO VIEIRA, CAMINHO PARA FONTE, RIO PIAUITINGA, RIO PIAUI ATE O PONTO INICIAL

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

280

0019

ENTRONCAMENTO DA "RUA ESTEVES DE FREITAS" COM A "AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA A",'PONTE", "CAMINHO PARA A FONTE", "AVENIDA CONSTANCIO VIEIRA", "RUA DOMINGOS ALVES RIBEIRO", "BECO DA RENDEIRA", "RUA ESTEVES DE FREITAS" ATE O PONTO INICIAL

0020

PONTE SOBRE O RIO PIAUITINGA NO ENTRONCAMENTO DA AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA COM A RUA ESTEVES DE FREITAS

DO PONTO INICIAL ATE O BECO DA RENDEIRA, RUA DOMINGOS ALVES RIBEIRO, RUA JOSE B. NASCIMENTO, PRACA JOAO COSTA E SILVA (EXCLUSIVE), RUA ESTEVES DE FREITAS, RUA CAJUEIRO, SEGUE O PERIMETRO URBANO BEIRANDO A RODOVIA VENANCIO F. DA FONSECA E D

0021

ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA PROFESSOR JOAO LIMA DA SILVEIRA" COM A "RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOSE ANTONIO DE OLIVEIRA", "RUA PEDRO HOMEM DA COSTA", "RUA MOISES COSTA CARVALHO", "RUA FLORIANO PEIXOTO", "RUA FAUSTO CARDOSO", "RUA MELQUISEDEK AMADO", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" ATE O PONTO INICIAL

0022

ENTRONCAMENTO DA RUA OTAVIANO SIQUEIRA COM A TRAVESSA OTAVIANO SIQUEIRA

DO PONTO INICIAL SEGUE A TRAVESSA OTAVIANO SILVEIRA, RUA ACRISIO ESTEVES DA SILVA, RUA RODOLFO OLIVEIRA DE ANDRADE, RUA JORGE RODRIGUES DE MATOS, RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA, RUA DOUTOR HELVECIO DE ARAUJO MACEDO, RUA PEDRO HOMEM DA COSTA

0023 PONTE SOBRE O RIO PIAUITINGA NA RUA C

DO PONTO INICIAL ATE A RUA A, AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA, RUA HEBERT DE SOUZA, TRAVESSA HEBERT DE SOUZA, TRAVESSA OTAVIANO SIQUEIRA, RUA OTAVIANO SIQUEIRA, RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA, AVENIDA JOAO LIIMA DA SILVEIRA, RUA ESTEVES

0024

CRUZAMENTO DA RODOVIA VENANCIO F. DA FONSECA COM A TRAVESSA DO CAJUEIRO

DO PONTO INICIAL ATE A RUA C, RUA ANTONIO PORTUGUES, RODOVIA VENANCIO F. DA FONSECA ATE O PONTO INICIAL

0025

ENTRONCAMENTO DA "RUA SANTO ANTONIO" COM A "RUA GERALDO BISPO DE SOUZA"

DO PONTO INICIAL ATE A "AVENIDA MANOEL BONFIM", SEGUE CONTORNANDO OS "FUNDOS DAS CASAS" DA "AVENIDA MANOEL BONFIM" ATE A ALTURA DA "RUA SANTO ANTONIO", "RUA SANTO ANTONIO" ATE O PONTO INICIAL

0026 PONTE SOBRE O "RIO PIAUITINGA" NA "RUA ANTONIO PORTUGUES"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO PIAUTINGA" ATE A "LINHA DE ALTA TENSAO", "LINHA DO PERIMETRO URBANO" ATE O CRUZAMENTO DA "RODOVIA BR-101" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA", "RUA A" NO "CONJUNTO RESIDENCIAL PIAUITINGA", "RUA ANTONIO PORTUGUES" ATE O PONTO INICIAL

0027

ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" COM A "RUA PROFESSOR JOSE DIAS DE OLIVEIRA"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOAO ESTEVES", "TRAVESSA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "RUA 31 DE MARCO", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" ATE O PONTO INICIAL

0028

ENTRONCAMENTO DA RUA VICENTE JOSE SANTIAGO COM A AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA

DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, RUA VICENTE JOSE SANTIAGO NETO ATE O PONTO INICIAL

0029 ENTRONCAMENTO DA TRAVESSA TENENTE ELOI COM A RUA JOAO PASSOS DE SOUZA

DO PONTO INICIAL ATE A TRAVESSA MONSENHOR VITORINO, RUA A, AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, TRAVESSA TENENTE ELOI ATE O PONTO INICIAL

0030

ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA" COM A "RUA A"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA LEANDRO DE SOUZA AZEVEDO", "RUA PEDRO MARIANO DE SOUZA", "RUA MONSENHOR VITORINO FONTES" OU "RUA DO ARAME", "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA" ATE O PONTO INICIAL

0031

ENTRONCAMENTO DA "RUA VOLUNTARIO DA PATRIA" COM A "RUA VERISSIMO VIANA"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA VERISSIMO VIANA", "RUA LEOPOLDO RODRIGUES DO NASCIMENTO", "RUA SAO CAETANO", "RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA" ATE O PONTO INICIAL

0032 "RUA SAO CAETANO" NA ALTURA DA "RUA LEOPOLDO RODRIGUES DO NASCIMENTO"

DO PONTO INICIAL EM LINHA RETA, CONTORNA OS "FUNDOS DAS CASAS" DO "LOTEAMENTO JARDIM CLEA", "LOTEAMENTO JARDIM CLEA" (INCLUSIVE), "RUA SAO CAETANO" ATE O PONTO INICIAL

0033 ENTRONCAMENTO DA AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA COM A RUA C

DO PONTO INICIAL ATE A RUA EZEQUIAS COSTA DE OLIVEIRA, RUA MARINHO DIAS DA SILVA, RUA NIVALDO BATISTA DE JESUS, RUA DEOCLECIANO DOS SANTOS, RUA MARIA LUCIA FONTES EVARISTO, RUA MARINHO DIAS DA SILVA, RUA B, RUA EXISTENTE, RIACHO DO QUI,

0034

ENTRONCAMENTO DA AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA COM A RUA A (CONJUNTO PEDRO BARRETO SIQUEIRA)

DO PONTO INICIAL ATE A RUA A, RUA LESTE, RUA SUL, RUA C, AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA ATE O PONTO INICIAL

0035

ENTRONCAMENTO DA RUA A DO CONJUNTO RESIDENCIAL PEDRO BARRETO SIQUEIRA COM A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA

DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA OU BR-101, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RUA SEM DENOMINCAO, RUA M, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RIACHO DO QUI ATE ALTURA DA RUA SEM DENOMINCAO, RUA A DO CONJUNTO ANTONIO CARLOS VALADA

0036 ENTRONCAMENTO DA RUA G COM A AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES

DO PONTO INICIAL ATE A RUA C, RUA 5, RUA SEM DENOMINACAO, LINHA RETA ATE O PERIMETRO URBANO, SEGUE A LINHA DO PERIMETRO URBANO ATE O RIACHO DO QUI, RIACHO DO QUI, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, TRAVESSA F, RUA F, RUA G ATE O PONTO INIC

0037

ENTRONCAMENTO DA RODOVIA BR 101 OU AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA COM A AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES

DO PONTO INICIAL ATE A RUA G, RUA F, TRAVESSA F, AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RUA M, RUA SEM DENOMINACAO,AVENIDA DOUTOR OSORIO RAMOS, RODOVIA BR 101 OU AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA ATE O PONTO INICIAL

0038 ENTRONCAMENTO DA RODOVIA BR 101 COM A RUA O

DO PONTO INICIAL ATE A RUA L, RUA A, RUA DO CEMITERIO, RUA CAMILO CALAZANS, AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES, RODOVIA BR 101 ATE O PONTO INICIAL

0039 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA BR-101" DO PONTO INICIAL ATE A "RUA A", "RUA L", "RUA O", "RODOVIA BR 101" ATE O

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

281

COM A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO" PONTO INICIAL

0040 ENTRONCAMENTO DA "RUA 6" COM A "RUA DO CEMITERIO"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA ANTONIO SERAFIM", SEGUE CONTORNANDO AS "CASAS DO CONJUNTO PAULO AMARAL ATE A RUA A" , "RUA A", "RUA 02", "RUA 06", ATE O PONTO INICIAL

0041 ENTRONCAMENTO DA "RUA DO CEMITERIO" COM A "RUA 06"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOAO CAFE FILHO", "RUA FREI DAMIAO", "RUA DO CEMITERIO" ATE O PONTO INICIAL

0042 ENTRONCAMENTO DA "RUA FREI DAMIAO" COM A "RUA FORTALEZA"

DO PONTO INICIAL ATE A "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES", "RUA FREI DAMIAO" ATE O PONTO INICIAL

0043 ENTRONCAMENTO DA "RUA FORTALEZA" COM A "RUA FREI DAMIAO"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA MACEIO", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES", "RUA FORTALEZA" ATE O PONTO INICIAL

0044 ENTRONCAMENTO DA "RUA MACEIO" COM A "RUA FREI DAMIAO"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA ZECA DO FORTE", "RUA JOAO COSTA E SILVA", "RUA MARECHAL RONDON", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES" , "RUA MACEIO" ATE O PONTO INICIAL

0045 ENTRONCAMENTO DA RUA SAO JOAO COM A AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES

DO PONTO INICIAL ATE A RUA ZECA DO FORTE , RUA JOAO COSTA E SILVA , RUA MANOEL NATUREZA, RUA SAO JOAO ATE O PONTO INICIAL

0046 PRACA VALTER C. COSTA (INCLUSIVE) DO PONTO INICIAL ATE A RUA D, TRAVESSA D4, RUA VILA NOVA,RUA DA JOAO COSTA E SILVA, RUA ZECA DO FORTE ATE O PONTO INICIAL

0047 "PRACA VALTER C COSTA" (EXCLUSIVE) NA ANTIGA "ESTRADA PARA O ABAIS"

DO PONTO INICIAL ATE O "PERIMETRO URBANO", SEGUE A LINHA DE "PERIMETRO URBANO" ATE A ALTURA DA "RUA SEM DENOMINACAO", "RUA SEM DENOMINACAO", "RUA 5", "RUA 6", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES", "RUA SAO JOAO", "RUA MANOEL NATUREZA", LINHA RETA ATE A "RUA JOAO COSTA E SILVA", "RUA JOAO COSTA E SILVA", "RUA VILA NOVA", "TRAVESA D4", "RUA D", "PRACA VALTER CARDOSO COSTA" (EXCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL

0048

CRUZAMENTO DA TRAVESSA DEPUTADO FRANCISCO ARAUJO MACEDO COM A RUA VERRISIMO VIANA

DO PONTO INICIAL ATE A RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA, RUA RIACHUELO, RUA DA MARIANGA, LARGO PEDRO PIRES, RUA DEPUTADO F. A. MACEDO, TRAVESSA DEPUTADO FRANCISCO DE ARAUJO MACEDO ATE O PONTO INICIAL

0049

ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES" COM A "RUA MARECHAL RONDON"

DO PONTO INICIAL ATE A "RUA JOAO COSTA E SILVA" , "RUA ZECA DO FORTE", "AVENIDA JORNALISTA AUGUSTO GOMES" ATE O PONTO INICIAL

0050 CRUZAMENTO DA "RODOVIA BR 101" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "ANTIGA ESTRADA PARA SALGADO" ATE O "PERIMETRO URBANO", SEGUE A LINHA DO "PERIMETRO URBANO" ATE A "FAZENDA SANTA CLARA" NA "RUA SEM DENOMINACAO", "RUA SEM DENOMINACAO", "RODOVIA BR 101", "ESTRADA DO GASODUTO", "PERIMETRO URBANO", SEGUE A LINHA DO "PERIMETRO URBANO" ATE O "RIACHO DO LESBAO", "RUA M","RUA ANTONIO SERAFIM", "RUA A", CONTORNA O "CONJUNTO PAULO BARRETO" (EXCLUSIVE), "RUA ANTONIO SERAFIM", "ANTIGA ESTRADA PARA A SALGADO" ATE O PONTO INICIAL

0051 "KM 131" NA "RODOVIA BR 101" PROXIMO A "CERVEJARIA AGUAS CLARAS"

DO PONTO INICAL EM DIRECAO A "PONTE" NO "RIACHO DO CARVAO", FUNDOS DA "CERVEJARIA AGUAS CLARAS" (INCLUSIVE), BIFURCACAO DA "ESTRADA PARA ESCOLA AGRICOLA" COM A "ESTRADA DO RIO FUNDO", "ESTRADA DO GASODUTO" NO "ASSENTAMENTO GERALDO GARCIA", "RODOVIA BR 101" ATE O PONTO INICIAL

0052 ALTURA DA "FAZENDA SANTA CLARA" NA "RUA SEM DENOMINACAO"

DO PONTO INICIAL ATE A "SEDE DA FAZENDA NOVA ESTANCIA" (EXCLUSIVE), SEGUE O "PERIMETRO URBANO" ATE A ALTURA DO "KM 132" DA "RODOVIA BR 101", "RODOVIA BR 101" ATE O PONTO INICIAL

0053

LIMITE MUNICIPAL "ESTANCIA-ITAPORANGA DAJUDA" NA "RODOVIA AIRTON SENA"

DO PONTO INICIAL ATE O "OCEANO ATLANTICO", SEGUE PELO "OCEANO ATLANTICO", CONTORNA OS FUNDOS DAS CASA DO "ABAIS", "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO ABAIS" (EXCLUSIVE), "ESTRADA PARA O ABAIS", "RODOVIA AIRTON SENA" ATE O PONTO INICIAL

0054 INICIO DA "RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO"

DO PONTO INICIAL SEGUE CONTORNANDO OS "FUNDOS DAS CASAS DO ABAIS", "OCEANO ATLANTICO" ATE A ALTURA DA "RUA 23", "RUA 23", "RUA 9", "RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO" ATE O PONTO INICIAL

0055

"CASA DE SERGIO DA PRODASE" (EXCLUSIVE|) NO "CONDOMINIO PRAIA DAS DUNAS"

DO PONTO INICIAL ATE A "ALTURA DA CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS", "CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS" (EXCLUSIVE), NA "ESTRADA DE ACESSO PARA ZECA DE LOIA", "ESTRADA PARA O SACO", "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA PARA O ABAIS", "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO ABAIS" (EXCLUSIVE), "FUNDO DAS CASAS DO ABAIS", "CAMPO DE FUTEBOL" (INCLUSIVE), "OCEANO ATLANTICO" ATE A ALTURA DA "CASA DE SERGIO DA PRODASE" ATE O PONTO INICIAL

0056

ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA PARA MASSADICO" COM A "RODOVIA AIRTON SENA"

DO PONTO INICIAL ATE A "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA AGUA VERMELHA", MARGEANDO A "LAGOA ESCURA", PELA LINHA DE "LIMITE URBANO", "ESTRADA PARA MASSADICO" ATE O PONTO INICIAL

0057

ANTIGA CASA DE SERGIO DA PRODASE (INCLUSIVE) NO CONDOMINIO PRAIA DAS DUNAS

DO PONTO INICIAL ATE O OCEANO ATLANTICO, CONDOMINIO VILA DEL MAR (INCLUSIVE), SEGUE EM LINHA RETA ATE A ALTURA DA CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS, CASA DE MARCOS DE SIMAO DIAS, CONTORNA OS FUNDOS DAS CASAS ATE O PONTO INICIAL

0058 "CONDOMINIO VILA DEL MAR" NA "PRAIA DAS DUNAS" (EXCLUSIVE)

DO PONTO INICIAL ATE O "OCEANO ATLANTICO", ATE A ALTURA DA "CASA DE VALDEMAR DA AGROVEL" (EXCLUSIVE), CONTORNA OS FUNDOS DAS "CASAS DA PRAIA DO SACO", "OCEANO ATLANTICO", SEGUE O "LIMITE URBANO", ATE O "RIO DA NANGOLA", "PONTE NOVA", CONTORNA O "POVOADO PORTO DO MATO"

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

282

(EXCLUSIVE), ATE O ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA PORTO DO MATO - PRAIA DO SACO", "ESTRADA PARA O SACO", "ACESSO A ZECA DE LOIA", SEGUE CONTORNANDO OS "FUNDOS DAS CASAS DO CONDOMINIO PRAIA DAS DUNAS" (EXCLUSIVE), ATE O PONTO INICIAL

0059 "CASA DE IDALICIO - BARBEIRO" (INCLUSIVE)

DO PONTO INICIAL ATE A "CASA DE VALDEMAR DA AGROVEL" (INCLUSIVE), "OCEANO" ATE A ALTURA DA "FAZENDA NOSSA SENHORA BOA VIAGEM", "FAZENDA NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM" (INCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL

0060

ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA PARA GRANJA DO PINA" COM A "ESTRADA PARA PORTO DO MATO"

DO PONTO INICIAL CONTORNA OS FUNDOS DAS CASAS DO "POVOADO PORTO DO MATO" (INCLUSIVE), "PONTE NOVA", NO "RIO DA NANGOLA", "RIO DA NANGOLA", SEGUE O "LIMITE URBANO", ATE O "PORTAO DA GRANJA DO PINA", "ESTRADA DA GRANJA DO PINA", ATE O PONTO INICIAL

0061 "PORTAO" DA "GRANJA DO PINA" NA "ESTRADA PARA GRANJA"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "LIMITE URBANO", ATE A "ESTRADA AGUA VERMELHA", "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA PARA PORTO DO MATO", "ESTRADA PARA GRANJA DO PINA" ATE O PONTO INICIAL

0062

"LIMITE MUNICIPAL ESTANCIA-ITAPORANGA" NA "RODOVIA AIRTON SENA"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA AIRTON SENA", "ESTRADA PARA MASSADICO", "LINHA DE LIMITE URBANO" ATE O PONTO INICIAL

0063 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA BR 101" COM O "RIO FUNDO"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA BR 101", ATE O "KM 131", CONTORNA O "PERIMETRO URBANO", ATE O "SITIO FUTURO SOSSEGO" (EXCLUSIVE), NO "POVOADO COLONIA ENTRE RIOS", CONTORNANDO O "POVOADO COLONIA ENTRE RIOS", ATE A "CASA DE MILTON DE LAGARTO" (EXCLUSIVE), CONTORNA O "PERIMETRO URBANO", ATE O "RIO PIAUITINGA", SEGUE O "RIO PIAUITINGA", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", "LIMITE MUNICIPAL COM ITAPORANGA D'AJUDA", "RIO FUNDO" ATE O PONTO INICIAL

0064 CASA DE JOSE (INCLUSIVE)

DO PONTO INICIAL ATE O DEPOSITO (INCLUSIVE), CASA DE FARINHA (INCLUSIVE), CASA DE RAIMUNDO BARBOSA LIMA (INCLUSIVE), RUA PRINCIPAL, RUA DO CAMPO, CASA DE JOSE RAIMUNDO (EXCLUSIVE), CASA DE ANTONIO Nº15 (INCLUSIVE), SEGUE O LIMITA MUNICIPAL

0065 "CASA DE COSME RODRIGUES DOS SANTOS"(INCLUSIVE)

DO PONTO INICIAL ATE A "CASA DE ZE LEANDRO" (INCLUSIVE), "SITIO FUTURO SOSSEGO" (INCLUSIVE), "CASA DE MILTON DE LAGARTO" (INCLUSIVE), "CASA DE MILTINHO" (INCLUSIVE), "CASA DE DEZINHO" (INCLUSIVE), NA "ESTRADA PARA GROTAO" ATE O PONTO INICIAL

0066 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA BR 101" COM O "RIO FUNDO"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO FUNDO" ATE ALTURA DA "FAZENDA JANGADA" (INCLUSIVE), "ESTRADA PARA O RIO FUNDO III", SEGUE O "PERIMETRO URBANO", "RODOVIA BR 101" ATE O PONTO INICIAL

0067 ENTRONCAMENTO DO "RIACHO LIMOEIRO" COM O "RIO FUNDO"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO FUNDO" ATE A "RODOVIA SE 470", "RODOVIA SE 470", "ANTIGA ESTRADA PARA ABAIS" ATE O "PERIMETRO URBANO", CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", ATE A "FAZENDA ROMA" (INCLUSIVE), "RIACHO LIMOEIRO" ATE O PONTO INICIAL

0068 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA SE 470" COM O "RIO FUNDO"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO FUNDO" ATE A "ESTRADA FARNAVAL-GAMELEIRA", "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS", "RODOVIA SE 470" ATE O PONTO INICIAL

0069 ENTRONCAMENTO DO "RIO FUNDO" COM O "RIO MUCUBANDUBA"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO MUCUBANDUBA", "ESTRADA GAMELEIRA - FARNAVAL", "RIO FUNDO" ATE O PONTO INICIAL

0070 ENCONTRO DO "RIO BIRIBA" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS"

DO PONTO INICIAL ATE O "RIO MUCUBANDUBA", "RIO FUNDO"(EXCLUSIVE A ILHA), "RIO PIAUI", "RIO BIRIBA" ATE O PONTO INICIAL

0071 ENTRONCAMENTO DO "RIO BIRIBA" COM A "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS"

DO PONTO INICIAL SEGUE PELO "RIO BIRIBA", ATE O "RIO PIAUI", "RIO PIAUI", "GASODUTO" (EXCLUSIVE), NO "PERIMETRO URBANO", "ANTIGA ESTRADA PARA O ABAIS" ATE O PONTO INICIAL

0072

ENCONTRO DA "ESTRADA AGUA VERMELHA" COM O "RIO GONÇALVES DIAS"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO GONCALVES DIAS", "RIO PIAUI" (INCLUSIVE A ILHA DA TARTARUGA), "RIO FUNDO" (INCLUSIVE A ILHA), "LIMITE MUNICIPAL COM ITAPORANGA DAJUDA", FUNDOS DAS CASAS DA "RODOVIA AIRTON SENA" (EXCLUSIVE), MARGEANDO AS LAGOAS "GRANDE" E "ESCURA" (INCLUSIVE), PASSANDO PELA "TORRE DE TELEFONIA CELULAR", "ESTRADA AGUA VERMELHA" ATE O PONTO INICIAL

0073 ENTRONCAMENTO DO "RIO GONCALVES DIAS" COM A "ESTRADA AGUA VERMELHA"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "ESTRADA AGUA VERMELHA", ATE "LAGOA SECA" (EXCLUSIVE), EM LINHA RETA ATE A "GRANJA DO PINA" (INCLUSIVE), LINHA RETA ATE O "ATRACADOURO PORTO DO CAVADO" (EXCLUSIVE),"RIO GONCALVES DIAS" ATE O PONTO INICIAL

0074 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA SE 368" COM A "RODOVIA BR 101"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA BR 101", ATE OS "FUNDOS DAS CASAS" (EXCLUSIVE), DA "ESTRADA PARA INDIAROBA", "ESTRADA DA FABRICA", NO "PERIMETRO URBANO", "RIO PIAUI", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM INDIAROBA", SEGUE O "LIMITE MUNICIPAL COM INDIAROBA", ATE A "RODOVIA SE 368" ATE O PONTO INICIAL

0075 CONJUNTO ALBANO FRANCO TODA A AREA DO CONJUNTO ALBANO FRANCO ATE O LIMITE MUNICIPAL COM SANTA LUZIA DO ITANHY

0076 ENTRONCAMENTO DA "RODOVIA SE 368" COM A "RODOVIA BR 101"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "RODOVIA SE 368", ATE O"RIO ARIQUITIBA", "RIACHO JOAO DIAS", "BRAÇO DO RIO PIAUI", "RIO PIAUI", "BRAÇO DO RIO PIAUI", ATE A "BR 101", "BR 101" ATE O PONTO INICIAL

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

283

0077

ENTRONCAMENTO DO "RIO PIAUI", COM A "REDE DE ALTA TENSAO" NO "PERIMETRO URBANO"

DO PONTO INICIAL SEGUE CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", ATE A "RODOVIA BR 101", "RODOVIA BR 101", "ANTIGA ESTRADA PARA ARAUA", "BRACO DO RIO PIAUI", "RIO PIAUI", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM ARAUA", "LIMITE MUNICIPAL COM ARAUA", "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", ATE O "RIO CASSUNGUE", "RIO PIAUI" ATE O PONTO INICIAL

0078 ENTRONCAMENTO DA "LINHA DE ALTA TENSAO" COM O "RIO PIAUI"

DO PONTO INICIAL SEGUE O "RIO PIAUI", ATE O "RIO CASSUNGUE", "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", ESTRADA CANAFISTULA-ESTANCIA", CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", "LINHA DE ALTA TENSAO" ATE O PONTO INICIAL

0079

ENTRONCAMENTO DA "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" COM A "REDE DE ALTA TENSAO"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" ATE A "RODOVIA BR 101", CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", "REDE DE ALTA TENSAO" NO "PERIMETRO URBANO", "ESTRADA CANAFISTULA-ESTANCIA", "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" ATE O PONTO INICIAL

0080

ENTRONCAMENTO DA "LINHA DE ALTA TENSAO" COM A "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA", ATE A "FAZENDA EMA" (EXCLUSIVE), CONTORNANDO O "PERIMETRO URBANO", ATE O "RIO PIAUITINGA", "RIO PIAUITINGA", ATE O "LIMITE MUNICIPAL COM SALGADO", "ESTRADA SALGADO-ESTANCIA" ATE O PONTO INICIAL

0081 "FAZENDA DE ZE DA MADEIREIRA" (INCLUSIVE)

DO PONTO INCIAL ATE A "CASA DE ARINALDO - ARI" (INCLUSIVE), "CASA DE MARIA DA CONCEICAO" (INCLUSIVE), CONTORNA O POVOADO ATE A "FAZENDA MILAGRE" (INCLUSIVE), "ESCOLA" (INCLUSIVE), "CASA DE FARINHA" (INCLUSIVE), "CASA DE ZE GORDINHO" (INCLUSIVE) ATE O PONTO INICIAL

0082

ENTRONCAMENTO DA RUA SANTO ANTONIO COM A AVENIDA MANOEL BONFIM

DO PONTO INICIAL ATE O LIMITE DO PERIMETRO URBANO, RIACHO DAS CAPIVARAS, RIO PIAUITINGA ATE A LINHA DE ALTA TENSAO, SEGUE A LINHA DE ALTA TENSAO ATE A RUA ALBERTO BEZERRA DA SILVA, RUA GERALDO BISPO DE SOUZA, RUA SANTO ANTONIO ATE O PONTO I

0083

ENTRONCAMENTO DO RUA SEM DENOMINACAO COM A RUA MARIO BATISTA DOS SANTOS

DO PONTO INICIAL ATE A ESTRADA DO CANGA, GASODUTO, ESTRADA PARA O CAMPING, RUA NOVA DO PORTO, RUA ELISIO MATOS, RUA JOSE VENANCIO CRUZ, RUA IRENO JOSE DOS SANTOS, RUA SEM DENOMINACAO ATE O PONTO INICIAL

0084

ENTRONCAMENTO DA RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE COM A RUA AQUIDABA

DO PONTO INICIAL ATE A RUA DO GRAVATA, RUA DO POMPEU, NA ALTURA DA RUA SEM DENOMINACAO SEGUE EM LINHA RETA ATE O RIO PIAUI, SEGUE EM DIRECAO A RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE, RUA CANDIDO FERREIRA DE ANDRADE ATE O PONTO INICIAL

0085

ENTRONCAMENTO DA RUA PROFESSORA CREMILDES FREIRE COM A RUA GENERAL PEDRA

DO PONTO INICIAL ATE A PRACA GRACCHO CARDOSO (INCLUSIVE), AVENIDA GETULIO VARGAS, PRACA PRINCESA ISABEL (INCLUSIVE), RUA SANTA LUZIA, AVENIDA PRIMEIRO DE MAIO, JOAO LIDIO DOS SANTOS, AVENIDA RIO BRANCO, RUA DOUTOR CLOVIS ALVES FRANCO, RUA

0086

ENTRONCAMENTO DA RUA RODOLFO OLIVEIRA DE ANDRADE COM A RUA ACRISIO ESTEVES DA SILVA

DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, AVENIDA TENENTE ELOY, RUA GUMERCINDO BESSA, RUA PEDRO HOMEM DA COSTA, RUA DOUTOR HELVECIO DE ARAUJO MACEDO, RUA MARECHAL DEODORO DA FONSECA, RUA JORGE RODRIGUES DE MATOS, RUA RODOLFO O

0087 ENTRONCAMENTO DA TRAVESSA 31 DE MARCO COM A RUA HERBET DE SOUZA

DO PONTO INICIAL ATE A AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA, RUA ACRISIO ESTEVES DA SILVA, TRAVESSA OTAVIANO SIQUEIRA, TRAVESSA 31 DE MARCO ATE O PONTO INICIAL

0088

ENTRONCAMENTO DA RUA GERALDO BISPO DE SOUZA COM A RUA ALBERTO BEZERRA DA SILVA

DO PONTO INICIAL ATE A REDE DE ALTA TENSÃO, RIO PIAUITINGA, PONTE SOBRE O RIO PIAUITINGA NA RUA ANTONIO PORTUGUES, RUA ANTONIO PORTUGUES, RUA C, TRAVESSA DO CAJUEIRO, RUA PEDRO DE OLIVEIRA, RUA GERALDO BISPO DE SOUZA ATE O PONTO INICIA

0089

ENTRONCAMENTO DA "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" COM A "RUA VICENTE JOSE SANTIAGO"

DO PONTO INICIAL ATE A "AVENIDA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "TRAVESSA RAIMUNDO SILVEIRA SOUZA", "RUA JOAO ESTEVES", "RUA PROFESSOR JOSE DIAS OLIVEIRA", "AVENIDA JOAO LIMA DA SILVEIRA" OU "BR-101" ATE O PONTO INICIAL

0090

ENTRONCAMENTO DA TRAVESSA MONSENHOR VITORINO FONTES COM A RUA MONSENHOR VITOR INO FONTES

DO PONTO INICIAL ATE A RUA PEDRO MARIANO DE SOUZA, RUA LENALDO SOUZA AZEVEDO , RUA C, TRAVESSA MONSENHOR VITORINO FONTES ATE O PONTO INICIAL

0091

ENTRONCAMENTO DA RUA MONSENHOR VITORINO COM A ESTRADA PARA FAZENDA FORTE

DO PONTO INICIAL ATE O RIACHO DO QUI, PERIMETRO URBANO, RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA, RUA SAO CAETANO, LOTEAMENTO JARDIM CLEA (EXCLUSIVE), RUA DO OURO, RUA LUIZ FILADELFO DA COSTA, RUA MONSENHOR VITORINO ATE O PONTO INICIAL

0092 ENTRONCAMENTO DA RUA EZEQUIAS COSTA DE OLIVEIRA COM A RUA C

DO PONTO INICIAL ATE A RUA A SUL, RUA A LESTE, ESTRADA DA FAZENDA FORTE, RIACHO DO QUI ATE A PONTE, RUA EXISTENTE, RUA B, RUA MARINHO DIAS DA SILVA, RUA MARIA LUCIA FONTES, RUA DEOCLECIANO DOS SANTOS, RUA NIVALDO BATISTA DE JESUS, R

0093

ENTRONCAMENTO DA RUA C DO CONJUNTO ANTONIO CARLOS VALADARES COM A RUA I

DO PONTO INICIAL ATE A RUA SEM DENOMINACAO, RIACHO DO QUI, ESTRADA PARA O FORTE, RUA A NORTE, RUA A DO CONJUNTO PEDRO BARRETO SIQUEIRA, RUA A DO LOTEAMENTO SAO FRANCISCO, ESTRADA PARA O CONJUNTO VALADARES, RUA A DO CONJUNTO ANTONIO CA

0094 ENTRONCAMENTO DA RUA JOAO CAFE FILHO COM A RUA 6

DO PONTO INICIAL ATE A RUA 2, RUA A, TRAVESSA M, RUA M, LINHA RETA A PARTIR DO RIACHO LESBAO ATE A ANTIGA ESTRADA DO ABAIS, RUA FREI DAMIAO, PRACA JOAQUIM DOS SANTOS, RUA FREI DAMIAO, RUA JOAO CAFE FILHO ATE O PONTO INICIAL

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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0095 CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO NA RODOVIA ABAIS (INCLUSIVE)

DO PONTO INICIAL SEGUE CONTORNANDO OS FUNDOS DAS CASAS ATE A ALTURA DA RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO, RUA JOSE ANTONIO DE MIRANDA BARRETO, RUA 9, RUA 23, OCEANO ATLANTICO ATE A ALTURA DO CAMPO DE FUTEBOL, CAMPO DE FUTEBOL (EXCLUSIVE),

0096

ENTRONCAMENTO DO "PERIMETRO URBANO" COM A "ESTRADA PARA O RIO FUNDO III"

DO PONTO INICIAL SEGUE PELA "ESTRADA PARA O RIO FUNDO III" PASSANDO PELA "FAZENDA JANGADA" (EXCLUSIVE), "RIO FUNDO", "RIACHO LIMOEIRO" ATE A "FAZENDA ROMA" (EXCLUSIVE), SEGUE O "PERIMETRO URBANO" ATE O PONTO INICIAL

0097 "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO" (EXCLUSIVE) NA "RUA PRINCIPAL"

DO PONTO INICIAL SEGUE A "RUA PRINCIPAL" ATE A "RUA 9" , "RUA 35" , "RUA SEM DENOMINACAO" , "RUA 28" , "RUA SEM DENOMINACAO" , "RUA 27" , "RUA SEM DENOMINACAO" "OCEANO ATLANTICO" ALTURA DO "CAMPO DE FUTEBOL" , LINHA RETA ATE A DIRECAO DA "CASA DE MATERIAL DE CONSTRUCAO" , DAI ATE O PONTO INICIAL

0098 CRUZAMENTO DA "REDE DE ALTA TENSAO" COM A "RUA DO CAJUEIRO"

DO PONTO INICIAL ATE A"RUA ESTEVES DE FREITAS" , "RUA JOSE B DO NASCIMENTO" , "RUA C", "RUA 5" , "RUA SEM DENOMINACAO" , "RUA 10" , "RUA C" "REDE DE ALTA TENSAO" ATE O PONTO INICIAL

Fonte: Censo IBGE 2010

11.8 Adequação de serviços e infraestrutura

Duas variáveis disponíveis no Censo IBGE, ainda não exploradas neste diagnóstico, são

eficientes para incio de lançamento de índices compostos por variáveis de mais de um dos

quatro eixos do saneamento básico, apontando desta forma para um índice único de

adequação dos serviços e da infraestrutura. A seguir destacamos duas destas variáveis

compostas.

Se observado o cruzamento entre coleta adequada de resíduos sólidos, a presença de

banheiro ou sanitário exclusivo e a destinação final de efluente do esgoto em rede e ou fossa

séptica, tem-se um indicativo dos domicílios com a situação mais próxima de adequada em

Estância. A soma total destes casos totaliza 2.659 domicílios.

Pode-se afirmar portanto que a adequação de serviços e infraestrutura (mesmo

desconsiderando-se a forma de abastecimento de água potável e o destino final o efluente de

esgoto e do lixo), é atualmente de no máximo 14,5% dos domicílios.

Se for considerada a inexistência de tratamento de efluentes de esgoto eficiente em sistemas

coletivos, esta adequação tenderá a zero.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Quadro 11.2 Coleta de lixo adequada, banheiro exclusivo e destino do efluente em rede (V222) ou fossa séptica (V223)

V222 V223 Total Geral 1.666 993 Urbano 1 1.639 823 Urbano 2 5 68 TOTAL URBANO 1.644 891 POVOADOS, COLONIAS E ASSENTAMENTOS 1 70 RURAL DISPERSO 21 32 TOTAL RURAL 22 102

Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.

Os mapas a seguir territorializam tais índices destacados, onde é possível observar que a

cobertura adequada é maior na Sede, tomando destaque quando observado o mapa do índice

(V223), os bairro alecrim e o limite norte da Cidade Nova.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa11.3 V222 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via rede geral de esgoto pluvial.

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa11.4 V223 – Domicílios particulares permanentes com lixo coletado, banheiro de uso exclusivo ou sanitário e esgotamento via fossa séptica.

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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11.9 Índices e demandas diretas

Para conclusão deste diagnóstico, com aferimento seguro de índices de atendimento e

demandas existentes, aponta-se a seguir a definição de 11 índices e 7 demandas, compostos

por variáveis capazes de sintetizar sintetizarmos as demandas existentes no município de

Estância-SE.

Quadro11.3 Resumo de índices e demandas sugeridos.

Nº Descrição do índice ou demanda Composição

I1 Índice de cobertura de distribuição de água potável. (V012/V001)

D1 Demanda direta por abastecimento de água (urbano) (V002-V012)

I2 Índice de adequação de abastecimento de água (rural) (V012+V013/V002)

D2 Demanda direta por abastecimento de água (rural) (V002-V012-V013-V015)

I3* Índice  de  potencial  de  contaminação  de  fonte  d’água  por  fossa  rudimentar(1)

(V019+V020/V013)

I4 Índice de cobertura de coleta e tratamento de esgoto adequado para cidades com solução coletiva de tratamento (ETE, DAFA, Biossistemas entre outros)

(V017+V018/V002)

I5 Índice de cobertura de coleta e tratamento de esgoto adequado para cidades sem solução coletiva de tratamento

(V018/V002)

D3 Demanda por tratamento de esgoto V002-(V017+V018)

I6 Índice de inexistência de banheiros V034/V002

I7 Existência de sanitários V023/V002

D4 Demanda por construção de banheiros e sanitário V023

D5 Demanda por construção/reforma de sanitários para inclusão de banheiro + fossa séptica ou conexão na rede

V034

D6 Demanda por serviço de coleta de resíduos sólidos V002-V035

I8 Índice domicílios sem coleta de resíduos sólidos V035/V002

D7 Demanda por drenagem urbana V033+V035+V037

I9 Índice de cobertura de infraestrutura de drenagem urbana (V032+V034+V036)/V001

I10 Índice de adequação do Saneamento 1: V222/V002

I11 Índice de adequação do Saneamento 2: V223/V003

Elaboração:   risco   arquitetura   urbana   2014.   Fonte:   D7   e   i9   se   referem   as   variáveis   da   planilha   “Entorno   01   – Planilha Entorno 01_UF”  os  demais   índices  se  referem  a  variáveis  da   tabela  “Domicílios  geral  01_UF”     (1) é comum que em alguns municípios o poço  cacimba   seja  declarado  como  “outra   forma”  nesse   caso  a  variável  V015  deverá   ser   somada  com  a  V013  para  geração  do  índice.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

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Mapa 11.5 Índice 1: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável.

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Page 290: Caderno de diagnóstico R1 web · do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6)

PMSB Estância-SE Diagnóstico

290

Mapa 11.6 Índice 2: cobertura de serviço/infraestrutura de distribuição de água potável incluso poços (%).

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Page 291: Caderno de diagnóstico R1 web · do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6)

PMSB Estância-SE Diagnóstico

291

Mapa 11.7 Índice 4: coleta de esgoto adequada (rede + fossa séptica) (%)

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Page 292: Caderno de diagnóstico R1 web · do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6)

PMSB Estância-SE Diagnóstico

292

Mapa 11.8 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Page 293: Caderno de diagnóstico R1 web · do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6)

PMSB Estância-SE Diagnóstico

293

Mapa11.9 Índice 5: coleta de esgoto via fossa séptica (%)

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Page 294: Caderno de diagnóstico R1 web · do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6)

PMSB Estância-SE Diagnóstico

294

Mapa11.10 Índice 8: inexistência de coleta de resíduo sólido (%)

fonte: IBGE 2010 – Elaboração Risco arquitetura urbana 2014

Page 295: Caderno de diagnóstico R1 web · do Município - SAAE; (4) O diagnóstico do Sistema de Abastecimento de água (5) O diagnóstico do Sistema de coleta e tratamento de esgoto, (6)

PMSB Estância-SE Diagnóstico

295

11.10 Síntese

Para síntese da cobertura de infraestrutura e serviços de saneamento básico adequados,

apresenta-se a seguir os índices de cobertura e demandas direta de domicílios por região,

anteriormente relacionados no quadro 11.2.

Quadro 11.4 Índices por Região

Região i1 i2 i4 i5 i6 i7 i8 i9 I10 I11

Total Geral 70,61% 87,38% 19,57% 11,55% 8,66% 4,45% 71,12% 19,93% 7,72% 6,99%

Urbano 1 92,04% 94,56% 18,31% 7,08% 2,95% 1,06% 92,09% 29,10% 10,89% 5,61%

Urbano 2 21,60% 80,12% 25,71% 24,70% 4,49% 3,57% 53,01% 0,27% 0,77% 22,18%

TOTAL URBANO 80,60% 92,21% 19,51% 9,94% 3,20% 1,47% 85,74% 24,41% 9,25% 8,30% POVOADOS, COLONIAS E ASSENTAMENTOS 28,61% 67,56% 21,65% 21,53% 29,45% 15,90% 2,45% 0,00% 0,00% 0,09%

RURAL DISPERSO 22,43% 63,28% 16,91% 14,28% 38,38% 20,56% 11,85% 0,00% 2,37% 2,82%

TOTAL RURAL 26,21% 65,90% 19,81% 18,71% 32,92% 17,72% 6,10% 0,00% 0,92% 1,15% Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.

Quadro 11.5 Índices de cobertura (%) por setor de mobilização

SETOR MOBILIZAÇÃO i1 i2 i4 i5 i6 i7 i8 i9 i10 i11

1.Sede Centro 98,59% 99,14% 19,15% 7,19% 1,74% 0,21% 98,33% 37,63% 11,80% 7,08%

2. Sede Sul 97,95% 98,05% 13,70% 3,22% 2,03% 1,07% 94,69% 22,19% 9,52% 3,22%

3. Sede Norte 75,99% 83,79% 20,21% 9,73% 5,79% 2,58% 79,03% 18,94% 10,28% 4,74% 4. Colônia Rio Fundo (Cazuza, Araça) 51,69% 78,26% 16,91% 16,91% 19,32% 11,59% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%

5. Colônia Entre Rios 98,36% 98,36% 24,04% 23,50% 2,73% 2,19% 0,55% 0,00% 0,00% 0,55%

6. Estâncinha 99,15% 99,15% 0,00% 0,00% 14,53% 9,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 7. Mato Grosso + *Entre Rios 7,73% 75,14% 90,06% 90,06% 19,34% 9,39% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 8. Riachão do Teté (Nova Estancia, Cupim*, São José*, Saco do Barbosa) 0,00% 65,24% 0,00% 0,00% 18,90% 12,20% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 9. Agua branca + PA Caio Prado + Granja Nanay + Junco + Capivaras) 0,00% 50,68% 79,64% 79,64% 74,21% 11,31% 0,45% 0,00% 0,00% 0,45%

10. Vertentes 0,00% 48,78% 0,00% 0,00% 9,76% 0 0 0 0 0 11. Muculunduba, Taquari, Rio Fundo, Pastinho. 20,15% 64,18% 0,00% 0,00% 32,84% 22,39% 16,42% 0,00% 0,00% 0,00% 12. Ouricuri, Tibúrcio, Mocambo, 8,11% 44,14% 25,23% 25,23% 38,74% 18,92% 7,21% 0,00% 0,00% 0,00% 13. Farnaval* + Gravatá + PA Roseli Nunes + Curimã 14,78% 59,63% 1,14% 0,76% 46,79% 38,78% 1,14% 0,00% 0,00% 0,00%

14 Abais 20,29% 83,22% 22,75% 21,23% 4,95% 3,95% 54,53% 0,43% 1,13% 20,68%

15 Porto do Mato 23,70% 75,16% 30,44% 30,25% 3,76% 2,97% 50,59% 0,00% 0,19% 24,59% Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

296

Quadro 11.6 Demanda em número absoluto de domicílios.

Demanda/Região D1 D2 D3 D4 D5 D6 D7

Total Geral 3.086 113 14.921 536 1.187 3.328 10.515

Urbano 701 13 12.422 96 317 654 9.678

Urbano 2 656 16 685 48 63 428 837

Total Urbano 1.357 29 13.107 144 380 1.082 10.515

Aglomerado rural 1.130 78 1.173 254 506 1.587 0

Rural disperso 599 6 641 138 301 659 0 Fonte: IBGE 2010 – Elaboração: Risco arquitetura urbana 2014.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

297

Bibliografia e referências

Legislação

Lei 8.080 Lei orgânica da saúde

Lei 8.142 Gestão do Sistema Único de Saúde - SUS

Lei 8.666 Licitações e contratos

Lei 8.987 Concessão e permissão de serviços públicos

Lei 9.074 Outorga e prorrogação de serviços públicos

Lei 9.433 Politica nacional de recursos hídricos

Lei 9.795 Politica de educação ambiental

Lei 11.079 Parceria público privada

Lei 11.107 Contratação de consórcios públicos

Lei 10.257 Estatuto das Cidades

Lei 11.124 SNHIS FNHIS

Lei 11.445 Diretrizes nacionais para Saneamento Básico

Lei 12.305 Institui a politica nacional de resíduos sólidos.

Decreto 6.017 – Regulamenta a lei 11.107

Decretos 7.217 – Regulamenta a lei 11.445

Decreto 7.404 – Regulamenta a lei 12.305

Decreto 7.405 – Institui o Programa Pró-catador

Portaria 518 de 25/03/2004 - Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao

controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de

potabilidade, e dá outras providências.

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PMSB Estância-SE Diagnóstico

298

Portaria 2.914 de 12/11/2011 - Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância da

qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade

Planos, Manuais, Artigos, Dissertações, Teses e Livros

ALMEIDA, J. R., CAVALCANTI, Y., MELLO, C.S. (2000). Gestão Ambiental: Planejamento,

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FUNASA. Aplicação controlada de Água Residuária e Lodo de Esgoto no Solo, para melhorar e

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FUNASA. Segundo caderno de pesquisa em Engenharia de Saúde Pública. 2006

FUNASA e Gov. Do Ceará - A informação no contexto dos Planos de Saneamento Básico – 2010

FUNASA. Manual de Acompanhamento e Prestação de contras finais de Planos Municipais de

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FUNASA. Orientações para Padronização de Documentos Técnicos referentes a Sistemas de

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FUNASA e ASSEMAE. Manual de implantação de consórcios públicos de saneamento – 2008

FUNASA. Rotinas administrativas dos serviços municipais de saneamento – 2006

FUNASA. Orientações para execução de obras e serviços de engenharia pela Funasa – 2006

FUNASA. Programa de Cooperação Técnica – 2006

FUNASA. Projetos físicos de estabelecimentos de saúde, água, esgotamento sanitário e

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FUNASA. Manual de orientações técnicas para o Programa de resíduos sólidos urbanos – 2013

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FUNASA. Apresentação de projetos de sistemas de esgotamento sanitário – 2008

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MMA – Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação – 2012

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MMA – Manual para apresentação de propostas para Saneamento Integrado – SI (programa

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SNSA MCIDADES – Plano Nacional de Saneamento Básico-PLANSAB 2013

SNSA MCIDADES – Politica Municipal de Saneamento Ambiental: Experiências e

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SNSA MCIDADES – Panorama do Saneamento Básico no Brasil V.6 – 2011

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